CORPUS ELECTRÓNICO DO CELGA
– PORTUGUÊS DO PERÍODO CLÁSSICO –
(CEC– PPC)
LEITURA SEMIDIPLOMÁTICA,
ÍNDICES DE FORMAS E CONCORDÂNCIAS
DOS SONETOS DAS MUSAS PORTUGUESAS
DE D. FRANCISCO MANUEL DE MELO
CENTRO DE ESTUDOS DE LINGUÍSTICA GERAL E APLICADA (CELGA)
FACULDADE DE LETRAS
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
2007
ÍNDICE
Páginas
APRESENTAÇÃO
3
SONETOS − EDIÇÃO
5
ÍNDICE DIRECTO DE FORMAS
40
ÍNDICE INVERSO DE FORMAS
93
ÍNDICE DE FREQUÊNCIAS DE FORMAS
145
CONCORDÂNCIAS DOS SONETOS
250
2
APRESENTAÇÃO
Disponibiliza-se por este meio uma leitura semidiplomática dos cem sonetos que
D. Francisco Manuel de Melo incluiu nas Musas portuguesas, ou Segundas Musas – o
conjunto de composições em verso, em língua portuguesa, que integra as suas Obras
métricas, publicadas em Lyon, por Horace Boessat e George Remeus, em 1665 –, e
também índices de formas e concordâncias dos mesmos textos.
A leitura presente foi realizada sobre a lição dos sonetos transmitida por aquela
edição, tendo servido de base ao trabalho de edição o exemplar existente no Instituto de
Língua e Literatura Portuguesas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (cota:
CF. A-7-16, antes Sala 1 / 3-1), que confrontei com exemplares da Biblioteca Central da
mesma Faculdade (cota: B-12-2-16) e da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
(cotas: 1-4-14-382 e 4 A-6-2-4). Ao prepará-la, procurei preservar a linguagem com que os
sonetos vieram a público sob os olhos do ilustre Polígrafo, inclusivamente no que concerne
a apresentação ortográfica. A documentação da linguagem de D. Francisco Manuel de
Melo, e da língua portuguesa do seu tempo, que tal leitura propicia, justifica-a
suficientemente, pelo interesse que tem para a investigação no âmbito da Filologia, se não
para leitores que valorizam a maior proximidade possível dos textos editados em relação
ao autor. Determinante foi, contudo, o propósito de dispor, por essa via, e após o
tratamento informático e quantitativo dos textos transcritos, de elementos de apoio,
sistemáticos e exaustivos, para levar a termo, com maior segurança, uma outra leitura, de
tipo crítico-interpretativo (já apresentada em exemplares mimeografados1, actualmente em
preparação para publicação tipográfica).
Esta leitura mantém os aspectos observados nos textos, relativos não só aos usos de
grafemas vocálicos e consonânticos, e em particular de maiúsculas e minúsculas iniciais,
mas também de sinais de acentuação, sinais de pontuação e ainda os usos relativos à
junção e separação de palavras ou partes de palavras, e portanto ao apóstrofo (salvo, neste
caso, notórias e indiscutíveis anomalias gráficas). Procedi, todavia, a actualizações de
alguns aspectos gráficos, condicionados de perto pelo trabalho e apetrechamento
tipográficos do século XVII, o que oferece vantagens ao tratamento informático dos textos.
Assim:
▪ Substituí «I», «j», «u», «v» e «V» pelos caracteres que lhes correspondem
actualmente, em conformidade com o que representem – vogal ou consoante.
▪ Em vez de « ſ », inscrevi «s».
▪ Uniformizei a colocação do til que, na edição de 1665, ocorre muitas vezes
sobreposto ao segundo elemento vocálico de ditongo nasal ou de encontro de vogal nasal
com vogal oral, inscrevendo-o sempre sobre o primeiro elemento.
Corrigi falhas tipográficas. As intervenções correctoras efectuadas foram assinaladas
na nova leitura com o sinal •, excepto nos casos de algumas anomalias, como letras
invertidas, e também de «c» em vez de «ç», e de ausência de til em formas como
1 D. Francisco Manuel de Melo, As Musas portuguesas – As Segundas três Musas das Obras Métricas.
Edição integral, crítica e anotada de Evelina Verdelho. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra,
2004, 2 tomos.
3
«bençoes», que poderão resultar de utilização de caracteres cansados. Assinalei com um
asterisco formas problemáticas, que de um modo geral necessitam de continuar a ser
objecto de estudo e análise.
Com base na leitura que preparei dos sonetos de D. Francisco Manuel de Melo, e
recorrendo a software adequado, elaborei os índices de formas e as concordâncias que
também se disponibilizam por este meio.
São os seguintes:
Índice directo de formas
Este índice regista todas as formas dos sonetos. Ordenadas alfabeticamente a partir
da letra inicial, as formas são seguidas da indicação do número total de ocorrências de cada
uma, ou frequência, entre parênteses curvos, e de referências localizadoras (até 10),
constituídas pela letra «S», correspondente a «Soneto», e por outras duas letras,
correspondentes à caracterização ou tipologia do soneto em que ocorrem, e ainda pelo
número do mesmo (a caracterização e a numeração dos sonetos lê-se já na edição de 1665).
Índice inverso de formas
Esta lista repertoria também todas as formas dos sonetos, neste caso ordenadas a
partir da letra final, seguidas da indicação do número de ocorrências entre parênteses
curvos.
Índice de frequências de formas
Neste, alinham-se todas as formas dos sonetos, com menção do número de
ocorrências, por ordem decrescente.
As Concordâncias, que, como os índices precedentes, são listas completas de formas
dos sonetos, mostram as formas integradas em contexto, precedidas de localização.
Siglas dos tipos de sonetos, usadas nas referências localizadoras:
SAM
SFA
SFE
SFU
SHE
SLA
SLI
SMO
SPR
SSA
Soneto Amoroso
“
Familiar
“
Festivo
“
Fúnebre
“
Heróico
“
Laudatório
“
Lírico
“
Moral
“
Proemial
“
Sacro
Evelina Verdelho
4
D. FRANCISCO MANUEL DE MELO − SONETOS
de AS MUSAS PORTUGUESAS
−LEITURA SEMIDIPLOMÁTICA−
A TUBA
DE CALLIOPE.
QUARTA MUSA
DO MELLODINO.
RIMAS
[SPR1] Escuzase da gloria do Escarmento.
SONETO I. Proemial.
Prezese, quem quizer, do roto lenho
Para eterna menção de seu naufragio;
Eu viva errado sò, sem mais sufragio,
Que o mesmo horror, que do naufragio tenho.
Jà nem da perdição do altivo empenho,
Poes o fim não fugî, tema o presagio:
E se exemplo não fui, seja contagio,
Que perca, a quantos vem, por onde venho.
Tambem nas mãos resigno da esperança
A gloria, que por tragicos escritos
Resulta de evitar d’ Amor os danos.
Acabe nesta sorte, esta vingança;
Sepultemse comigo meus delitos,
Antes que sirvão para desenganos. /
[SAM2] Versos pregão das dores.
SONETO II. Amoroso.
Poes são tantos os males padecidos
Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados;
Não me estranhe ninguem, que meus cuidados
Sejão por tantos modos repetidos.
Estes, que ja vos forão referidos
Em differente estillo então cantados,
Tornão segunda vez hoje chorados,
Por ver, se são de vos melhor ouvidos.
Não de flores, de lastimas se cobre
A pobre humilde Musa, que procura
Sempre a paz, nunca o premio da ignorancia.
E se rica algum tempo, agora pobre
A verdade sô quer para doçura,
O desengano sò para elegancia.
5
[SMO3] Capricho de bom humor.
SONETO III. Moral.
Musa, façamos mais hum desvario
Todo de desconcertos marchetado;
E para ser maior, seja cuidado
A vontade do prodigo alvedrio.
Não nos sirva de medo, ou de desvio
Ver, como vai o Mundo concertado;
Porque nem porque o Mar sempre he salgado,
Deixa sempre de ser ensoço o rio.
Se eu erro para mi, porque me emenda
Com colera, e sem zelo, a voz agreste,
A quem em vão, a emenda lhe prometo?
Mais dano trouxe a paz, do que a contenda.
Porem que desvario ha de ser este?
Que desvario? seja este Soneto. /
[SAM4] Amor escudo de Amantes.
SONETO IV. Amoroso.
Senhora: se não levo às vossas aras
Hum sacrificio igual; levo por elle
Hum impossivel tal, que o vencer delle
De novo ao Mundo sei, que as farà raras.
Com mãos vence de gloria sempre avaras,
Quem vence humilde Fado: este, ou aquelle;
O deixai que a fortuna me atropelle,
Que tão grandes vitorias não são caras!
Gloria vos pode ser ir defendendo
A vida, contra quem com torpe estudo
Em perseguilla á sorte não dispensa;
E obrigação tambem, em conhecendo,
Que se no vosso Amor, não acho escudo,
Não me fica no mundo outra defensa.
[SMO5] Contra as fadigas do dezejo.
SONETO V. Moral.
E quem me compusera do dezejo,
Que grande bem, que grande paz me dera?
Ou (por força) com elle hoje fizera,
Que me não vira em quanto assi me vejo?
O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo,
Elle o reprova; como se tivera
Sortes a seu mandar, em que escolhera,
Contra as quaes sò por elle en vão pelejo.
Anda a voar do arduo ao impossivel:
E para me perder de muitos modos,
Finje que a honra he certa no perigo.
Pois se nunca pretende o que he possivel,
Como posso esperar ter paz com todos,
Quando não posso, nem ter paz comigo? /
6
[SAM6] Saudades.
SONETO VI. Amoroso.
Serei eu algũa hora tão ditoso,
Que os cabellos, que Amor laços fazia,
Por premio de o esperar, veja algum dia
Soltos a o brando vento boliçoso?
Verei os olhos, donde o sol fermoso
As portas da manhãa mais cedo abria,
Mas em chegando a vellos, se partia
Ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso?
Verei a limpa testa, a quem a Aurora
Graça sempre pedio? E os brancos dentes,
Por quem trocàra as perolas, que chora?
Mas que espero de ver dias contentes,
Se para se pagar de gosto hũa hora,
Não bastão mil idades differentes?
[SAM7] Conhecendose a hũa desconhecida.
SONETO VII. Amoroso.
Pâre a duvida jà, cesse a cautella,
Se em socorro da Fê, foi fabricada;
Porque da mesma duvida informada,
Quanto nella se encobre, entende della.
Pode do Sol a claridade bella,
Pelas nuvẽns a os olhos ser negada;
Mas nunca ser dos olhos duvidada,
Pois mais que a sombra esconde, o ardor revella.
Em vão logo serà, se pretenderdes
Dissimular a luz, que a sombra cerca,
Sendo os raios jà vistos, e adorados.
Vos, senhora, fareis, quanto quizerdes;
Porem eu quero crer, mas que me perca,
Estoutra informação dos meus cuidados. /
[SAM8] Pensamentos temerarios.
SONETO VIII. Amoroso.
Como voaste, ou cego, ou atrevido
A impossivel tão grande, ò pensamento?
O vento te• levou, caes do vento,
Vento foste a o subir, vento es caído.
Justiça foi do Fado obedecido
Teu dano; porem deveslhe o escarmento:
Que em fim se não lograste hum alto intento,
Hum seguro temor tẽns conseguido.
Dece embora de tî. Ay não pretendas
Alto nome por morte peregrina;
Nem pelo que he castigo, a fama entendas:
Salvo se o gram poder, que te destina,
Quer que nas quedas, voos, e contendas
7
Compres a gloria, a pezo da ruina.
[SAM9] Auzencia breve, mas custosa.
SONETO IX•. Amoroso.
Senhora, neste breve apartamento
Bem conheço, por mais que à dor resista,
Que sempre o não estar• à vossa vista
He sempre estar, à vista do tormento.
Qual serà pois o louco pensamento
Que deixe tal comercio, e tal conquista?
Se hà mais ganho na gloria, que dais vista,
Que monta o cabedal do sofrimento.
Amor tanto nas penas se melhora,
Despois que nellas novos ganhos sente,
Que hũa sô petição vos faça, ordena.
Não sabeis qual! Pois he que se algũa hora
Mais vos pedir, mandeis que viva auzente,
E me aconselhe là co a minha pena. /
[SMO10] Quando se vè do mal, o que se não via d’ antes.
SONETO X. Moral.
Se como haveis tardado, desenganos,
Vindes hoje de novo apercebidos;
A troco de vos ver tão prevenidos,
Douvos por bem tardados tantos annos.
Tardastes; e entre tanto estes tiranos
Casos d’ Amor roubarãome os sentidos:
Se alcançallos quereis, bem que são idos,
Buscayos pelo rastro dos meus danos.
O seguyos, prendeyos; porque logo
Teme que foje, quem procura, alcança,
Poes he pezo o temor, o gosto he vento.
E para quando os alcanceis, vos rogo,
Não que façais me tornem a esperança,
Mas que se quer, me deixem o escarmento.
[SMO11] Mundo he Comedia.
SONETO XI. Moral.
Dez figas para vos, poes com furtado
Consular nome vos chamais Prudencia;
Se fazendo co Mundo conferencia,
Discursais, revolveis; e eis tudo errado.
Quem vos vir, Apetite disfarçado,
Digno vos julgarà de reverencia,
E a vos, odio, por homem de conciencia,
Vendovos tão sezudo, e tão pezado.
Dous a dous, tres a tres, e quatro a quatro,
Entrão de flamas tacitas ardendo
Astutos Palladioens em simples Troyas.
Quem enganas, ò Mundo, em teu teatro?
8
A mi não pelo menos, que estou vendo
Dentro do vestuario estas tramoyas. /
[SLA12] Ao Poema de Malaca conquistada de Francisco de Sà
de Meneses.
SONETO XII. Laudatorio.
Malaca, de Albuquerque conquistada
Tão culto escreves, cantas tão valente,
Que parece que o Barbaro, igualmente
Venera a Tuba, que temeo a espada.
Nunca fora a vitoria duvidada,
Se nella, illustre Sà, foras prezente;
Poes o que não rendéra o rayo ardente,
Bem o rendéra a Musa levantada.
Em quanto viva o circular governo
Nas esferas do Olimpo luminoso
Vivirás a pezar do oposto inferno.
Porem Tu com excesso mais glorioso,
Que elle sem ti, não pode ser eterno;
Mas tu sem elle, podes ser famoso.
[SFE13] Respondendo a hũ soneto de D. Antonio Alvares da Cunha.
SONETO XIII. Festivo.
Hora bem digo eu, que sois Demonio,
Meu senhor Dom Antonio, em vossos tratos;
E não sois sò Demonio para os ratos,
Mas para as proprias rãns do charco Aonio.
Eu o lî jà; e cuido que em Petronio
(Ou em qualquer d’ essoutros mentecatos)
Que das plumas as rosas dos çapatos
Não teve Portugal, tal Dom Antonio.
Estâ vossa mercê muito contente
De me render aos pès do seu soneto?
Hora paguelho Deus, pois eu não posso.
Mas não mande acordar tão cedo a gente
Com carapuças de cilicio preto.
Torre velha. Segunda feira. Vosso. /
[SAM14] Queixa, e Enveja.
SONETO XIV. Amoroso.
Aquella Fè de tantos maltratada
Foge da sem razão, e em vos espera
A razão, que dos outros desespera;
Foge em fim para vos, desesperada.
Pobre da Fè tão boa, e tão prezada
Por boa, là nos dias de outra era:
Mas quem foi, quem vos disse, de quem era,
Por que fosse de vos tão desprezada.
Mofino era eu assàz por mi somente,
Sem ter por enemigo a hum venturoso,
Que a meu pezar, nas glorias se exercita.
9
Hora vença, e de mi riase a gente;
Jà que lhe sobejou para ditoso
Ter por contrario, quem não teve dita.
[SMO15] Cada hum he Fado de si mesmo.
SONETO XV. Moral.
Mas adonde irei eu, que este não seja,
Se a causa deste ser, levo comigo?
E se eu proprio me perco, e me persigo,
Quem serà, que me poupe, ou que me reja?
Porque me hei de queixar do Tempo, e Enveja?
Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo?
Fuy deixado em mi mesmo por castigo:
Triste serei, em quanto em mi, me veja.
Esta empreza, que em mi, tanto em vão tomo,
Esta sorte, que em mi, seu dano ensaya,
Esta dor, que minha Alma em mi, cativa,
Vos sò podeis mudar: mas isto como?
Como? fazendo que a minha alma saya
De mi, senhora, e dentro de vos viva. /
[SMO16] Nova invenção de Amor, novo tormento.
SONETO XVI. Moral.
Pudeste mais fazer, ò sorte escura,
Que em dano meu, e afronta da porfia,
Ir a justificar a tirania,
Porque padeça a afronta, e a desventura?
A quem me hei de queixar, se o ceo procura
Que soe minha dor, como ousadia?
Qual o cruento Phalaris ouvia
A humana voz, vestida em fera dura:
Fostes cubrir de hũa razão meu dano,
Que a todos desobrigue, e me emmudeça
A vista do tormento, e do tirano.
E a fim de que ninguem se compadeça,
Là traçastes de modo o vosso engano,
Que a todos o meu mal, bem lhes pareça.
[SAM17] Porfia infelice.
SONETO XVII. Amoroso.
Qual, senhora, he dos dous, nesta querella
O mais culpado, foy contenda antiga:
Vos, que tanto me dais, que della diga?
Eu, que não posso ja, se não dizella?
Vos, que ma repartîs, podeis detella;
Mandandolhe que pâre, e me não siga.
Eu, que a padeço, quando mais amiga,
Assaz de pouco faço em padecella.
Atê nas proprias queixas meu destino
Quer, que a vosso desprezo obediente,
Quando delle me queixe, o aclame dino.
10
Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente,
Não que me desprezais, como mofino,
Mas que me castigais por delinquente. /
[SLA18] Em resposta de hũa carta em verso.
Ao Embaixador• Francisco de Sousa Coutinho.
SONETO XVIII•. Laudatorio.
Senhor, a vossa carta he jà de guia
Para mi, que perdido ando vivendo;
Mais me cativa, quanto a vou mais lendo:
Não tem geito de ser a d’ alforria.
Serà de marear à fantazia,
Que sem rumos tambem, se vai perdendo.
He tudo; mas he mais, segundo entendo,
A da examinação da Poesia.
Ouço Platão, em termos eloquentes,
Homero escuto, em versos inauditos;
Chore Grecia, as Athenas, e as Espartas
Vivão vossos escritos sobre as gentes;
Que em fim, quem conhecer vossos escritos,
Não pode esperar menos, que estas cartas.
[SMO19] Escusase ao Ceo com a causa de seu delirio.
SONETO XIX. Moral.
Poes se para os amar, não foram feitos,
Senhor, aquelles olhos soberanos,
Porque por tantos modos mais que humanos,
Pintando os estivestes tão perfeitos;
Se taes palavras, e se taes conceitos,
Tão divinas; tão longe de profanos,
Não destes por Oraculo aos enganos,
Com que Amor vive nos mas altos peitos?
Porque, senhor, tanta belleza junta,
Tanta graça; e tal ser lhe foi detado*,
Qual Idolo nenhum gozâra antigo?
Mas como respondeis a esta pergunta,
Que ou para disculpar o meu peccado,
Ou para eternizar o meu castigo? /
[SAM20] Cloris com rosa no toucado.
SONETO XX. Amoroso.
Essa, ô Cloris, do Amor, e da ventura;
Que hũa hora foi engano, outra escarmento
Humilde vassallajem paga ao vento,
Sem lhe escapar por flor da fermosura.
Mas conhecendo jà, quam pouco dura,
Appella a vosso grão merecimento,
Crendo que em vos, como no Firmamento
Bella pode viver, e estar segura.
Que a Rosa viva là, de Rosa estrella,
11
Milagre foy de vosso ser profundo;
Ella se logra delle, e elle della.
Fazei outro milagre em mi segundo;
Que nem porque lhe destes vida a ella,
He razão que mateis a todo o mundo.
[SFU21] A morte de hum General.
SONETO XXI. Funebre.
Acabou de vencer a ser vencido
Hum Capitão da Morte, hoje soldado.
Conheceuse, entregouse: mais honrado
Triunfado foy, que triunfador tem sido.
No constante arraial, no combatido
Castello; postra seu contrario armado:
Rendase hoje a seu braço, que he forçado,
Pois nunca d’ outro braço foi rendido.
Rendido estâ; bem podes, Morte ouzada,
Chegarte hum pouco, em quanto as gentes chorão,
Cheas d’ enveja, e dor, tal fim, e auzencia:
Mas pois tão nobre vida tens roubada,
Para que deixas cà, se suas forão,
A Verdade, a Justiça, e a Prudencia? /
[SLI22] Desgraça, enveja de tudo.
SONETO XXII. Lirico
Junto do manso Tejo, que corria
Para o Mar, que nos braços o esperava,
Jaz hum pastor, que no semblante dava
Mostras da dor, que o coração cubria,
Fallava o gesto quanto n’ alma havia,
Que quiçâ por ser muito, ella o callava:
Mas vencido do mal, que o atormentava,
Sem licença do mal, assi dezia:
Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo,
Poes vives sem fortuna, de que esperes
Que encaminhe teu passo a teu dezejo;
Vàs, e tornas, e iràs, como vieres;
Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo,
Ditoso tu, que vàs, adonde queres.
[SAM23] Despedida.
SONETO XXIII. Amoroso.
Parto, partome enfim, Senhora minha,
O Fado o quis assi, que nos reparte;
Mas quem cuidareis vos, que he, o que parte!
Parte aquelle, que sò partir convinha.
He verdade que parte, e que caminha,
Mas partese, e caminha por tal arte,
Que câ vos deixa aquella illustre parte,
Que não terà melhor, nem melhor tinha.
12
Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho
A vida entregarei, que os satisfaça,
Tomo quem dos perigos não tem medo.
A vinda temo mais, do que o caminho,
Porque para me dar mayor desgraça,
Sei que me hà de trazer a sorte, cedo. /
[SLA24] Na dilatada convalecencia de hum Ministro amigo.
SONETO XXIV. Laudatorio.
Enfermastes, senhor, sois tal amigo,
Que com vosco enfermou toda amizade.
Que cuidais? perigou corte, e cidade.
Se foi da dor, que fora do perigo?
A mi, que sou mais vosso, e mais antigo,
Por erro me deixou a enfermidade;
Salvo se conheceo (e com verdade)
Que era peor, haverse assi comigo.
Hora os que forão votos, sejão cantos,
Que eu cantarei; o que votar não pude,
Do muito, que chorei, muito temendo.
Porem como sarais com vosco a tantos,
Força he que, para dàr tanta saude,
Vades tão devagar convalecendo.
[SFE25] De consoada a hũa F. P.
SONETO XXV. Festivo.
Que vos hei de mandar de Caparica,
De que vos, Prima, não façais esgares?
Porque de graças, e• benções aos pares,
Disso, graças a Deus, sois vos bem rica.
Mel, e assucar? são cousas da botica.
Coscorões? são peores que folares,
Perús? não, que são passaros vulgares.
Porco? sò de o dizer nojo me fica.
Mandaravos o sol, se desta cova
Mo deixárão tomar; mas he fechada,
E inda o he mais para mi a rua nova.
Poes se ha de ser de nada a consoada,
Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova,
Que o mesmo vem a ser, que não ser nada. /
[SLI26] Vinda dezejada.
SONETO XXVI. Lirico.
Bramava o Mar; e estâ contente agora:
Trocouse o vento em aura socegada.
Despiose o Ceo da sombra carregada,
E o manto azul vestio, da branca Aurora.
A flor, que no botão com medo mora,
Rompe gentil, saindo confiada.
Filomena com queixas namorada
Amores canta jà, queixas não chora.
13
Aplauso se tornou, o que era espanto,
Resucita o prazer antes difunto,
O tempo moço estâ, alegre o pranto.
Quem pode melhorar o mundo junto?
Mas eu adonde estou, que ignoro tanto?
Se Clori apareceo, que mais pergunto?
[SAM27] Medo, e obediencia.
SONETO XXVII. Amoroso.
Quantas vezes conheço o meu cuydado,
E contemplo na duvida, que o espera;
Tantas, e muitas mais, delle quizera
Antes ser despedido, que enganado.
Torno a cuidar despoes que inda apartado
Quem me assegura a mi, de que o estivera?
Se para sempre amar, sempre he hũa era,
Para sempre temer, sempre hum estado.
Jà propuz de passar o mundo a esmo,
Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte,
A fraude he certa, e nunca conhecida.
Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu mesmo,
Ensinaime a viver com minha sorte,
Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida. /
[SLA28] Elogio a hum Livro de destreza das Armas, composto pello
General Diogo Gomes de Figueiredo.
SONETO XXVIII. Laudatorio.
Quando estas regras de destreza ensinas,
Parmeno, de ti creo que es de sorte,
Que não por destra a Morte, mas por Morte
Mais certos golpes tem, que taes doutrinas.
E quando nas palestras peregrinas
Te vejo confiado, astuto, e forte,
Parece certo que a contraria sorte
Entre a vontade, e o braço, determinas.
Espada, e pena, poes que com verdade,
O mesmo que hũa intrepida peleja,
A outra cientifica derrama:
Ambas chaves serão da Eternidade,
Esta, para cerrar bocas da enveja;
Aquella, para abrir bocas da Fama.
[SLI29] Triste remedio o mal de muitos.
SONETO XXIX. Lirico.
Eu vi rir esta fonte; e deste rio
A verdura regada, ser enveja
Da que mais verde entre esmeraldas seja;
Horido o bosque, o prado vi sombrio.
Vejo chorar a fonte, e que de frio
O rio pâra, o prado se despeja:
14
Seca a verdura; a neve he sò sobeja,
O triste inverno, assombra ao claro estio.
Hora se servirà de ser vingado
Ver quam mal da mudança se assegura
A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado.
Ay de mi, que me chega a sorte dura
A querer que alivie o meu cuidado
Por exemplos de alhea desventura! /
[SFE30] Em estillo da praça, dando os parabẽns à sobrinha de hũa
Prelada, da eleição da Tia.
SONETO XXX. Festivo.
Quem poderà com vosco, sor Catuxa,
Cuma tia Abbadeça, como hum ouro.
Arredo và de nos o sestro agouro,
Se sobre feiticeira inda sois bruxa.
Daime por vida vossa à vida suxa;
Mas matallo tambem: isto algum Mouro?
Que vos ande a zunir, como bezouro,
E que andeis a callar, como cartuxa.
Ha de pucha que joya soes, mà hora!
Se cuidais que he gracinha o ser ingrata,
E credes que o alrotar que he cortezia ?
Porem não me direis, minha senhora,
Que tem que ver toda esta patarata
Cos parabẽns da Madre vossa Tia
[SAM31] Arismetica da auzencia.
SONETO XXXI. Amoroso.
Deminuir da fê tão nobre intento,
Fermosa Lici, em vão pretende o Fado;
Porque a auzencia reparte o seu cuidado
Pelo valor do proprio apartamento.
Conta he esta, que nunca o pensamento,
Com a saber provar, houve encerrado:
E o mesmo Amor, que a tem multiplicado,
Quando somar a quer, vai muito atento.
Riamonos da auzencia, se hà lembrança;
Se hà firmeza, riamos do receo:
E pois hà fè, riamos do castigo.
Riamonos do Fado, e da mudança;
Riamos do desvio, e do rodeo,
Se nunca vai sem vos, quem vai com sigo. /
[SMO32] Desde a prizão a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava
na Corte.
SONETO XXXII. Moral.
Aqui me tem de vos tão apartado•,
Ah senhor Dom Antonio, a dura sorte.
Soes mancebo, folgais de andar na Corte:
Câ vos tenho arguîdo, e desculpado.
15
Deixai sò para mi, pena e cuydado,
Que essas sò são as guardas, do meu norte.
Todo o tempo a nos vem, sò o da morte
Foge daquelles, de quem he chamado.
Tendes riqueza, tendes galhardia;
E com tudo viveis vida cansada,
Que faz que do viver a gosto vede,
Pobre de quem, vivendo em demazia,
D’ essas ditas, que tendes, não tem nada,
E tem muito d’ essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria Custosa.
SONETO XXXIII. Amoroso.
Emfim que aquella hora he jà chegada,
Que atê nos passos tras preço, e ventura,
Tão merecida de hũa fé tão pura,
E de hum tão limpo amor, tão esperada.
Ella tardou em vir, como rogada
Da viva saúdade, que ainda• dura.
Hora bem pode vir, e estar segura,
Que hà de ser possuida, e dezejada.
Senhora, se com lagrimas convinha
Sentir somente o mal, e agora o canto
He digno de outra gloria verdadeira;
Não cuydeis que he fraqueza da alma minha,
Mas que de costumada sempre ao pranto,
Não sabe festejar d’ outra maneira. /
[SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo
em que lhe escreveo outro soneto.
SONETO XXXIV. Festivo.
Meu Senhor Dom Antonio, muy bom he
Zombar, mas não jà tanto, como• aqui.
Vos pedirme licenças? vos a mi?
Huy senhor! isso quer vossa mercè?
A mi, que mais forçado que em galê,
D’ aquella, que não passa desde alli,
Jà nem para homem de guadameci
Tenho figura, nem para de pé.
A mi trovas cortezes, que em vos sò
Trova cortez no mundo se acharà,
Correndo de Cascaes atê Pegû.
Tende dos vossos consoantes dò:
E quando d’ essa quinta mandeis cà,
Para que serve hum elle, hum vos, hum tu ?
[SMO35] Dialogo da vida, e o Tempo.
SONETO XXXV. Moral.
Vida Quem chama dentro em mi? Tempo O Tempo ouzado.
V. Entraste sem licença? T. Tenhoa hà muito.
16
V. Que me queres? T. Que me ouças. V. Jà te escuto.
T. Prometes de me crer? V. Falla avizado.
T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado.
T. Essa é condição minha? V. Esse he meu fruto.
T. Es molher descuidada? V. Es velho astuto.
T. Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns dado
T. Ay, Vida, como passas? V. Perseguida.
T. De quem? V. De ti? T. O Tempo o gosto nega.
V. O Tempo he ar? T. A vida he passatempo.
V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida.
V. Vai para louco? T. Vaite para cega.
Vedes, como se vão a Vida, e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de Paiva de Andrade, Autor do
Livro, que se intitula Casamento perfeito.
SONETO XXXVI. Laudatorio:
Clarissimo Diogo, quem cuydàra,
Sem que gastasse em vão toda a eloquencia,
Reduzir ao imperio da prudencia
O mando, que a fortuna lhe usurpàra ?
Tu só; cuja doutrina sempre clara,
Eximindo a razão da contingencia,
Do que antes era caso, fez ciencia,
Documento geral, da sorte avara.
Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado
Os louvores confunde em alegria,
Quando hum dourado seculo presume:
Poes vè que a perfeição de tal estado,
Se antes, por maravilha sucedia,
Agora se exercita por costume.
[SFU37] Em pezame a hũa D. da morte de hũa sua Filha morta
pouco depois de bautizada.
SONETO XXXVII. Funebre.
D’ Aquella flor, que tanto em flor cortada,
Chorais; ò não choreis mortal ferida;
Que a Morte contra humanos atrevida,
Contra o divino nunca foy ouzada.
Essa flor, esta vida tendo em nada,
Se sobe ao Ceo, donde deceo à vida.
Veyo mostrarse, foyse agradecida,
Por ser là mais que cà inda esperada.
Allì vive, alli estâ; jà dos melhores
Espritos requebrada; e ardendo em lumes
De hum Amor, cujas linguas são louvores.
Seja satisfação destes queixumes
Ver, que se vos roubàrão os amores,
Là co Ceo se hão de haver vossos ciumes. /
[SHE38] A El Rey N. S. pello sucesso arriscado de sua viagem maritima.
SONETO XXXVIII. Heroico.
Senhor: Aventurar por novo Imperio,
Digno de Cesar he, digno de Augusto;
17
Porque hum peito real, alto, e robusto
Pede esfera maior, que hum emisferio.
Porém sò, se ao castigo, ao vituperio
Olhais do mar cruel, do vento injusto,
Qual destes triunfos não fez caro o susto,
Antes de visto seu feliz misterio?
O proprio tempo vencedor vos chama
Rendido a vossas obras singulares,
Que inculca às gentes sabias, como às rudes.
Passeai poes o Mundo sobre a Fama,
E desde vos, rendei terras, e mares,
Sem provar forças mais que as das virtudes.
[SFE39] Ao novo emprego amoroso de hũa Senhora desenganada
antes de tempo.•
SONETO XXXIX•. Festivo.
Por isso eu disse jà que o desengano
Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima?
Cura por fora, e dentro nos lastima;
Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno.
Vos cuydaveis que abaixo Amor profano
Era la como o alto Amor de cima?
Não! que posto que Amor cada hum se estima,
O divino he divino, o humano humano.
Porem nesta mortal Filosofia,
Quando vê que lhe falta o gosto, e o prazo
Logo muda das couzas o Elemento.
Poes se o arrependimento da ouzadia
Não nasceo, que me espanto que em tal cazo
Nasça a ouzadia, do arrependimento? /
[SFE40] Responde a hum amigo, que mandava perguntar a vida,
que fazia em sua prizão.
SONETO XL. Festivo.
Cazinha desprezivel mal forrada,
Furna là dentro mais que inferno escura,
Fresta pequena, grade bem segura,
Porta sò para entrar, logo fechada;
Cama, que he potro, meza destroncada,
Pulga, que por picar, faz matadura,
Cão sò para agourar, rato, que fura,
Candea, nem cos dedos atiçada:
Grilhão, que vos assusta eternamente
Negro boçal, e mais boçal ratinho,
Que mais vos leva, que vos traz da praça:
Sem Amor, sem Amigo, sem Parente;
Quem mais se doe de vos, diz: Coutadinho.
Tal vida levo, Santo prol me faça.
[SAM41] Que de tão pouco hum triste se contenta.
SONETO XLI. Amoroso.
18
Quem lhe ouvir murmurar tanto a este Rio,
Cintia, se for estrancho, ou passageiro,
Crerà que foy sem duvida, o primeiro
Maltratado das mãos do ardente Estio.
Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio
Acho tanto perigo verdadeiro!
Anno esteril de Amor, que passa inteiro,
Auzencia o Inverno, e o Verão desvio.
Não cabe a vida nunca, em quem não caiba
O queixume da dor, que a dor lhe deixa:
Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo.
Hora eu me callarei, como se saiba
Que quem lhe tira a voz, a quem se queixa,
De novo se lhe obriga a remediallo. /
[SHE42] Ao escarmento de Troya.
SONETO XLII. Heroico.
Esta do Mundo maravilha, em tanto
Que firme ao Firmamento competia,
Cuja de pedras prodiga ouzadia
Meta do assombro foy, termo do encanto,
Tanto d’ enveja ao Mundo lhe deu•, quanto
De lastima lhe dà: e se algum dia
Das envejas as lagrimas pedia,
Hoje pede das lastimas o pranto.
Sempre, ò Troya, es felice; poes acabas
Com tão altos penhores de famosa,
Que mais segura estàs, que antes estavas:
Porque em ambas fortunas venturosa,
Se antes nem de ti mesma te fiavas,
Agora nem do templo es temerosa.
[SAM43] Por Assunto academico se mandou celebrar o Nascimento de
hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal.
SONETO XLIII. Amoroso.
Hoje emfim, que deixando a Empirea altura
A graça, dece a honrar a natureza;
Como tambem do Ceo, vossa belleza
Nasce a vencer da terra a sombra escura:
Rompe o Anjo, cuberto de luz pura,
O Serafim vestido, em flama acesa;
E entre tantos sinaes de tal grandeza
Tambem vem por sinal tal fermosura.
Fermoso esprito pareceis d’ aquelles
Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra;
Mas confundome, vendovos hum delles:
Que elles vem publicando paz à Terra:
E vos, não sei porque, com vir entre elles,
Vindes para fazer ao Mundo guerra. /
[SMO44] Velhice presumida.
19
SONETO XLIV. Moral.
Gastas em vão, Lesbina, os teus enganos;
Dalhe licença, murchem se ja as flores;
A planta seca estâ, mortas as cores:
De que serve encantar no vidro, os annos?
Se lhe resistes, dâs mais força aos danos,
Medindote• os estragos, pellas dores;
Quanto forão melhor, que para amores,
Taes desenganos, para desenganos?
Diràs: que por temer o Mundo hũa hora
As leis, que teus desdẽns às gentes derão,
Com razão de ti mesma, hoje te fias.
Lesbina, olha esses marmores agora,
Cinzas jâ são, as que colunas erão.
Ora sente, se quer, qual pêdra os dias?
[SAM45] De hum Retrato.
SONETO XLV. Amoroso.
Não sò duvido eu; duvidais, Flora,
Pintada, e viva, vendovos querida?
Pois qual sois, se a real, ou se a fingida,
Não sei certo dos dous, qual mais o ignora.
Vos, que a fingida sois, dizeimo agora,
Fallai; sereis por copia conhecida,
Menos me admirarà ver em vós vida,
Que ver que a viva, me responda hũa hora.
Porem se sois ingrata, sendo ingrata,
Como conhecereis a viva, ou copia?
Eu menos, porque Amor não quer que veja.
Pois inda a confusão não se remata
Em vos, e em mi; mas cuido que ella propia
Ou não sabe, ou não quer saber, qual seja. /
[SAM46] Tradução do Giostiniano.
SONETO XLVI. Amoroso.
Doces versos, por quem o auxilio espero,
Mais que d’ Apollo, d’ esse Deus infante;
Ide humildes de Flerida diante,
Nuncios sempre fieis, d’ Amor sincero.
E se como comigo, foi severo,
Com vosco o for, o celestial sembrante;
Dirlhe heis se veja em vôs, verse hà triunfante,
Se jà piadoso a sy: se a my foy fero.
Não temais abrazarvos dos ardores
De seus olhos; que a rayos de tal sorte,
Nunca as humildes lagrimas tem medos.
Se emfim vos abrazarem seus amores,
Morrei, filhos, co pay, da mesma morte;
E poes morreis honrados, morrei ledos.
20
[SAM47] Amor peor estado.
SONETO XLVII. Amoroso.
Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura
He do dia, bastarda sucessora.
Jà quando• esta manham bordava a Aurora,
Triste sombra o roubou, da agoa, e verdura.
Repouza essa ribeira entre a frescura;
Dorme o prado; e das arvores agora
Nem da que mais o Zefiro namora,
Deixa a donzella flor, d’ estar segura.
Em doce sono o Lavrador cansado
Do trabalho• se esquece; o Marinheiro
Jáz, sem temor das ondas, descuidado.
O Principe, o Pastor, o Aventureiro
Logrão da paz, que falta ao meu cuidado:
Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. /
[SAM48] Louvando por ley de certamen,
hũns olhos negros, e pequenos.
SONETO XLVIII. Amoroso.
Olhos, vos soes, quem nessa esfera breve
Guardastes, por industria nunca ouvida,
Da fermosura a gloria, sempre unida
Aos centros da ventura, que não teve.
Que mal se atreve, quando a vos se atreve,
Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•;
Se com mais de vitoria por ferida
Sabe Amor lhas granhais*: tantas vos deve.
Negros soes, não soes grandes; e o que a todos
He culpa, vos realça, e faz modellos
Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes.
Emfim milagres soes por tantos modos,
Que por ser mais fermosos; dos mais bellos
As cores, e as medidas, desprezastes.
[SMO49] Escarmento prevenido no temor.
SONETO XLIX. Moral.
Como me eu vi voàr com desatino
Da baixa sorte, para o estado honroso,
Logo o voo julguei por enganoso:
Saibao, quem folga, e vè que me arruino.
Nem me fez do que sou perder o tino
Aquelle assombramento de ditoso:
Tem me os enganos jà tão ardiloso,
Que primeiro os conheço, que imagino.
Dexa• poes, se a tragedia solicita
Algũa sem razão, que no meu dano
O mesmo se não logra, que exercita.
Jà não lhe chamarei Fado tirano;
Poes se se vinga, em ver, que perco a dita,
Eu me vingo, em saber, que deixo o engano. /
21
[SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas por hum corpo bellissimo,
junto à sepultura.
SONETO L. Moral.
Armas do Amor, Planetas da Ventura,
Olhos, adonde sempre era alto dia,
Perfeição, que não cabe em fantazia,
Fermosura mayor, que a fermosura:
Cova profunda, triste, horrenda, escura,
Funesta alcoba, de morada fria,
Confuza solidão, sò companhia,
Cujo nome melhor he Sepultura:
Quem tantas maravilhas differentes
Pode fazer unir? salvo se a Morte ?
A Morte foi em sem razões mais rara.
Tu, que vives triunfante sobre as gentes,
Nota (pois te ameaça hũa igual sorte)
Donde pâra a belleza, e no que pâra.
[SFA51] A hum amante da variedade.
SONETO LI. Familiar.
Amigo, muitas dores não são dores,
Muitas queixas serão; e quando muto,
Hum modo he de penar irresoluto
Sem gloria aos mortos, nem aos matadores.
Escolhei dos perigos os melhores
(Se podeis) entre as lagrimas, que escuto;
Pois desta casta de arvores de fruto,
Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores.
A cera, que do bafo se derrete,
Val pouco; mas o celebre ouro fino
Nem reconhece a fragua, em que se mete.
Vos direis que isto he Fado, ou que he destino,
Que hum não dà nada, e tudo outro promete:
Temei embora humano, e amay divino. /
[SAM52] Ao silencio de hũas bem vistas paredes.
SONETO LII. Amoroso.
Paredes: vos guardais os resplandores
D’ aquelle proprio Sol, que eu n’ alma guardo:
Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo?
Não guardais, acendeis mais meus ardores.
Crecem prezos os rayos vingadores,
Certo effeito de todo o incendio tardo.
Que industria contra o Ceo achou resguardo,
Que os estragos despoes não fez, mayores ?
De pedras como vôs, e mais estreitas,
Os Muros erão, donde a sorte dura
Roubou, para vos dar, minha alegria.
Hora acabai de crer que estais sugeitas
22
A perderdes, como eu, vossa ventura;
Que eu tambem, quando a tive, nunca o cria.
[SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum livro de versos,
que lhe havia comunicado.
SONETO LIII. Familiar.
Velho mancebo, illustre em sangue, e esprito,
Tu que queres de mi, que assi me obrigas?
A ti, que tẽns as Musas por amigas,
Que louvor te hà de dar meu fraco grito?
Que direi eu, que ellas não tenhão dito?
Direi sò que as afagues, e que as sigas;
Que a fê que mais de hum par, por mais que digas,
Vè, quando escreves, outro Apollo escrito.
Là te mando os teus versos, que mandarão
Callar os meus. Que avaro intento esconde
Tal fonte de doçura, e de elegancia?
Este lugar, onde elles repouzarão,
Banho espero que seja aos tempos, onde
Venha o Mundo a lavarse da ignorancia. /
[SHE54] Estando para nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e o
Autor prezo.
SONETO LIV. Heroico.
Não sei, se soes Senhor, se soes Senhora,
Senhor, sede o que for; e sede tanto,
Quanta a esperança foy, he o gosto, e quanto
Crecerão com crecerdes de hora em hora.
Tanta estrella tenhais, bem como agora
Com vosco nasce a ser da noite espanto.
Tende a Terra por berço, o Ceo por manto,
E por ama, a Fortuna vencedora.
A paz vos adormente; o sono leve
Repouzo seja sò: e o sonho seja
A desgraça (se em vos força he que vibre)
Leite a Razão vos dê: e o choro breve
A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja:
Tanto vivais, que me possais ver livre,
[SAM55] Havendose cazado por vingança hũa senhora contra seu
merecimento.
SONETO LV. Amoroso.
Vossa desgraça, e minha desventura,
Eillas, senhora, jà irmãns e unidas.
Sejão, se querem, contra mi atrevidas,
Porem não contra a vossa fermosura.
Se vos desta vingança estais segura,
Venhão muitas; que mil serão sufridas.
Vivei por ambos vos: porque as feridas
Nunca podem matar, que não tem cura.
Menos fora sentido o golpe duro,
23
A não ser para vos tão duro, e grave,
Pois fere mais a seta, onde he secreta.
Ah senhora, que o dito he pouco escuro:
De que serve matar hũa vil ave,
E perder, por matalla, a melhor seta? /
[SLA56] Resposta a hum Amigo Poeta, que louvava seus versos.
SONETO LVI. Laudatorio.
Quando em vossos louvores ocupâra,
Sabio Dalizo, a vos, Musa, instrumento,
Então vos digo eu, que cada accento
O Mundo engrandecera, e eu prezára.
Mas que merece aquelle, que declara
Por magoas naturaes seu sentimento?
Não canto não; humilde rogo ao vento,
Torne a buscar de mi, quanto deixára.
Algũns (não como vos) mostrarão gosto
De me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto
Por falta d’ arte, e voz, por dizer deixo.
Sabeis hora, onde estâ o engenho posto?
Não certo nos primores, com que canto,
Mas nas muitas razoens com que me queixo.
[SMO57] Tomando o habito de Frade hum mancebo nobre.
SONETO LVII. Moral.
Ditoso de ty, Fabio, que advertiste
Tão cedo deste Mundo os vîs enganos,
Que antes que a idade te soltasse os anos,
Jà no sagrado monte a vida viste.
Tem te, não deças, que em te estár consiste
O vencimento dos mayores danos:
Vence, sem batalhar; que os desenganos
Dão pezada vitoria, e triunfo triste.
A cobiça pizada; e escarnecida
A ambição; cada qual de longe brada,
Por ver, se de ty pode ser ouvida.
Vida tẽns, e teràs, sempre envejada
Da cobiça, e ambição; poes he sò vida,
A quem tirar não pode, o Mundo nada. /
[SAM58] Amante suspenso diante de Filis.
SONETO LVIII. Amoroso.
Vite, Filis, hũa hora: a voz detida
Seguio do coração o modo, e parte,
Ambos provárão mudos a louvarte
Ao entender, se passou d’ ambos a vida.
Mas que pudéra a voz, quando advertida,
E ouzado o coração, de louvor darte;
Que não fizesse com mais culto, e arte
Aquella suspensão tão comedida ?
24
D’ essa alta gloria, que nenhũa iguala,
Melhor declarei mudo o alto modello:
Mas quando eu bem fizesse em declaralla,
Dissera tua belleza, e meu desvello;
Quanto he mais adoralla, que contallla;
Quanto he mais padecello, que dizello?
[SMO59] Antes de confissão.
SONETO LIX. Moral.
Eu que faço? que sei? que vou buscando?
Conto, lugar, ou tempo, a esta fraqueza?
Tenho eu mais que acusar, por mais firmeza,
Toda a vida, sem mais como, nem quando.
Se cuidando, Senhor, fallando, obrando,
Te offenda minha ingrata natureza,
Nascer, viver, morrer, tudo he torpeza.
Donde vou? donde venho? donde ando?
Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa
Descubro ante os teus olhos. Toda a vida
Se conte por delito, e por offensa.
Mas que fora de nos, se esta, se algũa
Fora mais que hũa gota, a ser medida
Co largo Mar de tua Graça immensa? /
[SAM60] Cada amor he seu escarmento.
SONETO LX. Amoroso.
Que queres mais de mi, Idolo ingrato?
Soltame, e tornarei à triste vida:
Porque d’ esta cadea nunca erguida
Não cuides que tão cedo me desato.
Acaba poes de crer, não dâs barato
O resplandor da gloria tão fingida:
Olha a que grande preço a tem subida
A voz de meu custoso desbarato.
Os anos, os suspiros, as verdades,
Tudo là te entreguei; fiel, cego, e mudo:
Outra vez to perdoo. O não te queixes!
Fiquem te embora os gostos, e as idades;
Mas he razão, que poes te deixo tudo,
Que este pouco, que fica, que mo deixes•.
[SMO61] Desenganase de si, pello que vê nos outros.
SONETO LXI. Moral.
Onde me acolherei? Tudo he tomado!
Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura
O firme freixo: a estrella mais segura
Varre o chão, com desprezo antes olhado!
O docel d’ ouro, o coronel dourado
Pende, e desmente. A graça, e a ventura
Pallida foge. O sangue, a fermosura,
Tudo vai pela terra derramado.
25
Perdese o grande, perdese o fermoso,
Sem que o valor do mais constante brio
Escape d’ acabar, do assalto, ou cerco.
Pois eu, fraco, ferido, e temeroso,
Se inda despoes de tantos me confio,
De quem me hey de queixar, quando me perco? /
[SLI62] Memorias, e queixas.
SONETO LXII. Lirico.
Esses Mares, que vejo, essas areas,
Rompi, pizei, beijei hoje hà sete annos:
Sete servi, sete perdi, tiranos
Sempre os Fados nas vozes das Sereas.
Tantos hà, que arrastando crueis cadeas,
Não guardo ovelhas, mas aguardo danos,
Das fermosas Raqueis vendo os enganos,
Sem a promessa ouvir, das Lias feas.
Sofra Jacô fiel Labão mentindo;
Que se dobra o servir, da alta consorte,
Já não pode negarlhe a mão devida.
Ay do que espera, quanto mais servindo:
Para hum tão triste fim, tão leda a Morte,
Para hum tão largo amor, tão curta a vida.
[SSA63] Segundo as leis do certamen da Conceição.
Celebrado em Lisboa, e premiado em primeiro lugar.
SONETO LXIII. Sacro.
Que Ceptro justo hè este, mais que humano,
Eixo quasi, da immensa eternidade?
Que com pontas na Fè, e na Piedade,
Descreve hum novo Imperio soberano?
O Catholico Ceptro he Lusitano,
Que de Maria, e Deus em igualdade
Defende a luz, consagrase à verdade,
Triunfando Portuguez, crendo Romano.
Vença logo das gentes a esperança,
Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza
Lhe prometem dos tempos a Vitoria:
E por honra dos dous, dos dous alcança,
Pello que ao Filho crê, alta firmeza;
Pello que à May defende, eterna gloria. /
[SFU64] A morte do Senhor Infante D. Duarte.
SONETO LXIV. Funebre.
Do merito primeiro, que da Morte,
A vida te cortou o braço duro:
Delle perigas, della estâs seguro,
Porque elle o ferro deu, deu ella o corte,
Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte,
Então por se escuzar do mal futuro,
Da tua paciencia fes seu muro,
26
Da tua fortaleza fes seu forte.
Cercado assi na morte, assi na vida
Pagaste como culpas as grandezas,
Que por premios os Ceos quizerão darte.
O Morte contra os bõns sempre atrevida!
Mas que muito, se vives das proezas,
Que morras das envejas, ò Duarte?
[SSA65] Domine, tu mihi lauas pedes?
SONETO LXV. Sacro.
Ouzado Pescador, qu’ he da tormenta
Nas mansas aguas d’ esse breve vazo?
Duvidais vos d’ entrar (timido a cazo)
Quando que nelle entreis, o Mestre intenta?
Como se antes ouzada, hoje avarenta
Se mostra a planta, que por longo prazo
O bravo Mar pizou, qual campo razo,
Em virtude do braço, que a sustenta?
Então lhe obedeceis os pensamentos,
Porque se mostrou Deus: e hoje vestido
De Escravo, duvidais seus mandamentos?
Pois diz o Amor: Que para obedecido,
Mais he, que quando aos pês, rende Elementos,
Quando elle o poem, a vossos pês rendido. /
[SAM66] Tradução do estimado Soneto de Monsieur de Voiture
Poeta Francés.
SONETO LXVI. Amoroso.
Força he acabar no amor d’ Urania os dias;
Tempo, nẽ auzencia saberão valerme:
Nada vejo, que possa socorrerme,
Nem que saiba remirme em taes porfias.
Ancias hà muito que conheço impias;
Mas vendo as graças, por quem vou perderme,
Meu martirio• engrandeço; e alegre em verme
Morro sem maldizer taes tiranias.
Razão tal vez, por falso pensamento
Mostra os socorros, e à batalha incita:
Mas se della me valho em meu tormento;
Despoes da grave pena se me evita:
E emprenhandome mais o entendimento,
Bella, e amavel Urania me acredita.
[SMO67] Considera a ventagem, que os Brutos fazem aos Homẽns em
obedecer a Deus.
SONETO LXVII. Moral.
Quando vejo, Senhor, que âs alimarias
Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto,
Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto
Das Leys, que lhes puzestes ordinarias;
27
E logo vejo, quantas artes varias
O Homem racional, provido, e astuto,
Poem em obrar ingrato, e resoluto,
Obras, que a vossas leys são tão contrarias:
Ou me esquece, quem soes, ou quem eu era;
Poes do que me mandais, tanto me esqueço,
Como so a vos, e a mi não conhecera.
Com razão logo por favor vos peço,
Que, poes• Homem tal sou, me façais Fera,
A ver se, assi melhor, vos obedeço. /
[SSA68] Ao Archanjo são Rafael, pedindolhe dirija sua molesta
navegação.
SONETO LXVIII. Sacro.
Piloto Celestial, Norte divino
Primeiro Tifis, Palinuro bello,
Guiador de Tobias a Gabello,
Igual luz que do Velho; do Minino.
Este madeiro, que sem luz, sem tino,
Corta do mundo tanto paralello,
Que presâgo se mostra em seu desvello
Mais do naufragio, que do porto, dino:
Socorrey, e guiay, entre as porfias
Dos erros, e das sombras, que ignorante
O desvião do porto verdadeiro:
Qual como fostes a ambos os Tobias,
Do Pay mezinha, e medico elegante,
Do Filho guia, e doce companheiro.
[SMO69] Escuzase da esperança, a que o induzem os passados exemplos.
SONETO LXIX. Moral.
Dos Carceres subir, qual subio Mario
Dizes que espere; ou bem jà como Augusto:
Hum de proscrito a Consul, e outro a justo
Monarca, tendo o Povo por contrario.
Que olhe a Tiberio com progresso vario
Altivo Emperador, de Reo injusto:
E a Claudio entronizado a breve custo
Do Tempo, que lhe foy duro adversario.
Hora, que tarda para vir, mil annos,
Que importa que não chegue? se se aguarda,
Ou se compra co a dor, com que atormenta.
O que bem disse contra seus enganos
Seneca, quando diz: Que o bem, que tarda,
Mais lastîma, que o mal, que se exprimenta. /
[SFE70] Dando os parabẽns do nascimento de hũa Filha a D. Antonio
Alvarez da Cunha.
SONETO LXX. Festivo.
Compadre, agora sim: cà tenho ouvido,
Terdes fruta, que he fruto abençoado.
28
Ninguem mais fez num ano de cazado:
(Sois home em fim de prol) Pay, e Marido.
Mas sospeito que estas como corrido,
De não nos virdes logo c’ um morgado.
Huy? donde vistes vos ser o Sol nado,
Antes da bella Aurora haver nascido?
Aposto que vos traz Dona Joana
Hum alegre recado, que em secreto
Dom Lourenço lhe deu là muitas vezes.
Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana,
Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo
De lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes.
[SAM71] Relação de hũa viajem.
SONETO LXXI. Amoroso.
Cem dias de continua tempestade,
Dez mil horas de duro apartamento,
Quarenta mil instantes de tormento,
E hum milhão de milhões de saudade,
Hà, despoes que parti essa Cidade,
Se à auzencia faz a conta o pensamento;
Porem quando lha ajusta o sentimento,
Não soma menos, que hũa eternidade.
Ajuntailhe os perigos, e incertezas,
Do fraudulento hospicio, jà chegado;
As carrancas despoes, e as estranhezas.
Cheguei, vi, padeci: ô triste estado!
Se hum bem, que se alcançou, custa asperezas,
Que custaria hum bem nunca alcançado? /
[SLA72] Em resposta a hum Elogio Poetico elegante, composto por
hum Religioso de grandes partes.
SONETO LXXII. Laudatorio.
Este, que falla, he Tullio? ou he Timante
Este, que pinta? e acaso se comparte,
He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte?
Se escreve, he Palatino, ou he Morante?
He Diafanto, se entoa ? ou se elegante
Poetiza, he Apollo? ou já he Marte,
Se emprende ? ou Alexandre, se reparte?
Ou Scevola constante, se he constante?
He na cadeira Escoto? ou he na santa
Escritura Agostinho? ou he segundo
Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta?
Nenhum he? Pois quem he, que gloria tanta
Pode juntar em si do Ceo, e Mundo?
Hum sô Frey Daniel, que todos monta.
[SMO73] Em dia de Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es.
SONETO LXXIII. Moral.
29
Melhor hà de mil anos que me grita
Hũa voz, que me diz: Es pò da terra.
Melhor• hà de mil anos que a desterra
Hum sono, que esta voz desacredita.
Diz me o pò que sou pò? e a crer me incita
Que he vento, quanto neste pò se encerra:
Dizme outro vento que esse pò vil erra;
Qual destes a verdade solicita?
Poes se mente este pô, que foi do Mundo?
Que he do gosto? que he do ocio? que he da idade?
Que he do vigor constante, e amor jocundo?
Que he da velhice? que he da mocidade?
Tragoume a vida inteira o Mar profundo!
Hora quem diz sou pô, fallou verdade. /
[SLA74] A hũa senhora, que estando de mũy bom parecer, contrahio
o parentesco de sogra.
SONETO LXXIV. Laudatorio.
Quando deixareis vos de ser fermosa,
Minha senhora Dona Mariana?
Nunca jà mais, se a vista não me engana,
Ou se a fê mais que a vista escrupulosa.
Filha vos conheci; e jà vi rosa
Das que se preza Abril, Mayo se ufana,
Que em vendo essa belleza soberana,
Do prado se acolhia vergonhosa.
Conhecivos Esposa em igual preço
Envejada das flores: mas que importa,
Se May fostes, con rayos semelhantes
E atè sogra, que agora vos conheço
(Contra o que dizem: Nem de barro à porta)
Aposto que inda soes, como ereis d’ antes.
[SFE75] Varia idea estando na America, e perturbado no estudo por
bayles de Barbaros.
SONETO LXXV. Festivo.
São dadas nove; a luz, e o sofrimento
Me deixão sò nesta varanda muda:
Quando a Domingos, que dormindo estuda,
Por hum nome, que errou, lhe chamo eu cento.
Mortos da mesma morte o dia, e vento,
A noite estava para estar sezuda;
Que desta negra gente, em festa ruda
Endoudece o lascivo movimento.
Mas eu que digo? solto o tão sublime
Discurso ao ar; e vou pegar da pena,
Para escrever tão simples catorzada?
Vedes? não faltarà pois quem ma estime:
Que a palha para o asno, ave hè de pena,
Fallando com perdão da gente honrada. /
[SAM76] A Lucinda, que chorava.
30
SONETO LXXVI. Amoroso.
Esperdicemse as perolas, que hà mutas,
Lucinda, no Occidente, e no Oriente;
Donde no frio golfo, ou pego ardente,
As deposita o sol, em conchas brutas.
Mas lagrimas celestes, que inda enxutas
Ver não merece Amor, correspondente,
Quem merece alcançar prodigamente
Derramadas, constantes, resolutas?
Resolutas, constantes, derramadas,
Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas
D’ aquelles, por quem são de vos choradas!
Mas choradas de vòs, que mais queridas
As vidas podem ser ? que as mortes dadas
Por lagrimas tão bellas repetidas ?
[SLA77] Em resposta a hum Elogio metrico
do Poeta Manuel Thomaz.
SONETO LXXVII. Laudatorio.
O duas vezes Cisne venerando
Dos olhos, dos ouvidos, que enriqueces!
Não• sei onde em mais credito floreces,
Se no que vàs vivendo, ou vàs cantando.
Quando te vejo, admirome, mas quando
Te escuto, em tanto aplauso e fama creces
Que os dobrados affectos, que mereces,
A quaes subirão mais, vem duvidando.
Poes que conta farei, se a Urbanidade
Contar, e se contar, quantas doutrinas
Repartes de hum riquissimo tezouro ?
Hora vive, e da fama faze idade,
Que vivas nas idades peregrinas!
Com idade de prata, e pena d’ ouro!
[SFE78] A hum amigo, que o convidava lhe acabasse certo soneto
satirico.
SONETO LXXVIII. Festivo.
Meu Senhor Dom João, jà tenho visto
Os oito versos destes dous quartetos;
Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos,
Isso não farei eu, não boto a Cristo.
Porem crede, que quando vos resisto,
Que me chove a razão; porque Sonetos
Feitos a semelhantes Giovenetos,
Me teem feito bem mal, e bem mal quisto.
Por outro tal remendo quiz hum dia
(Arredo và de nòs o sestro agouro)
Remendarme a cabeça outra porfia.
Mas se Apollo inda he aquelle moço louro,
Eu fico que elle chante na enxovia
O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro.
31
[SHE79] Considera, e louva por credito da insigne Vitoria d’ Elvas,
a presteza, com que foy alcançada.
SONETO LXXIX. Heroico.
Qual quizeste primeiro, ô illustre Conde?
Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste
Primeiro batalhar, como nos deste
A Vitoria, sem vermos, como, ou donde?
O Misterio, que em duvidas esconde
Marte iracundo, descifraste, e leste,
Porque de Marte o coração celeste
Sempre a teu alto coração responde.
Postrese Roma a Cesar reverente,
Por ir, ver, e vencer na antiguidade
A dura força da contraria gente:
Lisboa mais ao Cesar desta idade,
Por ir, ver, e vencer mais altamente;
Poes se là vence o braço, câ a vontade. /
[SFE80] A hũa enferma, que perguntandoselhe por seu mal, respondeu
que estava aleijada.
SONETO LXXX. Festivo.
Vos aleijada? De hoje per diante
Aleijado seja eu, se o não dezejo:
Mas eu em vos nenhũa alejão vejo,
Salvo aquella de ser linda, que espante.
Agora manquejardes de inconstante
(Apalpando do pejo, e do despejo)
Mal he tambem, de que eu tambem manquejo,
Se o que a• Galanta quer, quer o Galante.
Aposto que em Coimbra algum letrado
Disse que foi de Deus alto castigo,
Aleijarvos, por ter tanto aleijado
Com tudo eu creo (cà para comigo)
Que não foi; mas se o dais adivinhado,
Escutayme hora à orelha, a ver se o digo.
[SMO81] Apologo da Morte.
SONETO LXXXI. Moral.
Vi eu hum dia a Morte andar folgando
Por hum campo de vivos, que a não vião.
Os velhos, sem saber o que fazião,
A cada passo nella hião topando.
Na mocidade os moços confiando,
Ignorantes da Morte, a não temião.
Todos cegos, nenhũns se lhe desvião,
Ella a todos co dedo, os vay contando.
Então quiz disparar? e os olhos cerra:
Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos
Tão sem ordem, bradei: Tem te, homicida.
32
Voltouse, e respondeu: Tal vay de guerra;
Se vos todos andais comigo cegos,
Que esperais que com vosco ande advertida? /
[SMO82] Conta com as perdidas esperanças.
SONETO LXXXII. Moral.
Tende mão, Esperanças malogradas,
Vamos todos de volta à sepultura,
Sede fieis na morte a hũa ventura,
De quem fostes na vida sustentadas.
Bem cuydei eu que estaveis vòs guardadas
Em my, para outro bem de larga dura;
Mas jà sey, contra si que mal procura,
Quem credito vos der, por ser fundadas.
Canseime pello vosso nascimento;
Nacestes: consumime pello fruto;
Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica.
O não façais tão falso apartamento;
Esperay, que não pode durar muto
Vida tão pobre, que se vio tão rica.
[SMO83] Mundo incerto.
SONETO LXXXIII. Moral.
Eis aqui mil caminhos! Por ventura
Qual• destes leva a gente ao povoado?
Todos vão sòs; só este vai trilhado;
Mas se, por ser trilhado, me assegura?
Não: que desdo principio hà que lhe dura
Do erro este costume, a o mundo dado;
Ser aquelle caminho mais errado
O que he de mais passage, e fermosura.
Em fim não passarei, temendo a sorte?
Tambem, tanto temor he desconcerto;
A quem passar avante, assi lhe importe.
Que farei logo incerto em mundo incerto?
Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte,
Poes na terra não hà, caminho certo. /
[SMO84] Fraqueza do Amor humano.
SONETO LXXXIV. Moral.
Porque, fortuna, quanto o Amor me hà dado,
Me queres tu roubar? A prata, o ouro,
As perolas, o nacar, o tesouro,
Com que mais rico fuy, que afortunado?
Por ti todo o meu bem me he jà vedado,
Qual se fosse a teu mal, meu bem, agouro!
Porque com tanta serpe em jardim Mouro,
Pomo não foi de Hesperides guardado.
Em gloria prometeu, todo o tormento
Trocarme Amor? em honra o vituperio;
A guerra em paz; que em tanto Amor se mete
33
Hũa vez prometeu, mentiome cento.
Que pode Amor, se no seu proprio Imperio
Nada pode cumprir, do que promete?
[SFU85] Ao naufragio, e morte de hum Amigo.
SONETO LXXXV. Funebre.
Gozoute a Terra, teu progresso amando,
Poucos anos, mas todos gloriosos;
Dos illustres Avòs, sempre famosos,
Os feitos competindo, e acrecentando.
Gozoute o Ar, teu nome publicando
Em acordados ecos sonorosos,
Onde aos termos do mundo duvidosos,
Estendendose foy, e affeiçoando.
Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo:
A Agua te não gozou. O quem fizera
Que de te haver gozado não se honrasse.
Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo,
He força que te goze: O quem pudera
Fazer como tambem, te o Ceo gozasse. /
[SSA86] A hum quadro, que continha os Esposos divinos com a letra:
Sedebat sic super fontem. •
SONETO LXXXVI. Sacro.
Bebei confiadamente, Esposa dina
Dina desta agua candida abundante,
Para vos, para o mundo tão bastante,
Que toda a sede eterna, a não termina.
Bebei, que he tão potente, he tão benina,
Que o humilde eleva, o fragil faz constante;
Sem que, porque se afirme, ou se levante,
Possa temer o excesso, ou a ruina.
Do poço de Sichem, nem da cisterna
De Bellem emanou. Fonte dos montes
De Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça.
Fonte de graças, que com graça eterna
Brotarà cedo cinco• eternas fontes,
Que rios corrão para o Mar da graça.
[SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta.
SONETO LXXXVII. Familiar.
Quando pellas florestas passa o vento,
Que a nos chega fragrante; por ventura
Essa fragrancia, essa aura, essa doçura
Effeito he, que pertença a esse elemento?
Apenas pos o Ar hum leve alento,
Que das flores colheu cheiro, e frescura;
Poes se he do campo a graça, e fermosura
Que devemos ao Ar, no movimento?
Tal, se passando vai por teus primores
34
A pobre Musa minha desornada,
Que merece em tomarlhe alento, e cores?
Mas saiba quem por ti a vir louvada,
Que os teus ouvidas* são os* que são flores;
Os meus versos, o vento, o vento nada. /
[SFA88] Ao Conde Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro da
defensa da Musica moderna.
SONETO LXXXVIII. Familiar.
Façame hoje mercê vo senhoria,
Se a grandeza aos pequenos se dispensa,
De lhe dizer ao Autor desta defensa,
Que nos defenda todo o Santo dia.
E pois que tem tal mão para a Armonia
(Que he parte, que anda co a brandura apensa)
Me defenda tambem, de tanta offensa,
Que he muita jà, se vai de zombaria.
Se os avexados defender pretende,
Não gaste seu valor, por vãos caminhos;
Jà que as defensas lè, jà que as entende.
Ouça os corvos, tambem cos passarinhos:
Que a Musica a sy mesma se defende;
E o pranto he sò, quem hà mister padrinhos.
[SMO89] Metafora da Ambição.
SONETO LXXXIX. Moral.
Vivia aquelle Freixo no alto monte,
Verde, e robusto; apenas o tocava
O brando vento, apenas o deixava
De abraçar pelos pès aquella fonte.
Tão soberbo despoes levanta a fronte,
Como Pavão, do bosque, donde estava,
Envejoso de ver que o mar cortava
Hum Pinho, que nasceu delle defronte.
Hora sahio da terra, e foi navio,
Lutou co Mar, lutou co vento em guerra:
Quedas• vio ser, o que esperava abraços.
Eillo que chora em vão seu desvario,
De longe a vè, chegar dezeja à terra,
Não lho consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A hum Roixinol.
SONETO XC. Lirico.
Brando filho do Zefiro suave,
Que com suaves leis de doce canto,
Tão grande imperio tẽns nas almas, quanto
Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave:
Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave,
Tanto essa voz, atê que possa tanto,
Que o que não pode hum seculo de pranto,
Hũa sò hora de armonia acave.
35
E poes que da republica sonora
Entre as aves pretendes sinalarte
No Musico louvor da branca Aurora;
Canta, que viràs mais a levantarte,
Comedindo o rigor de Fili agora,
Que em quantos triunfos, pode darte a Arte.
[SAM91] Metafora Alegorica.
SONETO XCI. Amoroso.
Batia em hum penedo da agua erguido
Lá na serra da Arrabida viçosa
Irado o mar com força temerosa,
Do fero sopro do Austro embravecido.
Responde repetindolhe o bramido
Na branca praya, humida, arenosa
Hum eco, que na penha cavernosa
Durou medonhamente repetido.
Sereno Pescador, que a Daliana
Adora; vendo ja que se estremece
A firma penha, donde o Mar batia;
Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana,
Que à porfia, e ao Amor tudo obedece:
Tu sò zombas do Amor, e da porfia. /
[SSA92] Votando ao sublime Evangelista S. João a profissão de certa
Religiosa, que se celebrou em seu dia.
SONETO XCII. Sacro.
Salve, ò sol dos amantes, que illustraste,
Aguia, que ao immenso sol, a luz bebeste,
Oraculo do Mundo, em que viveste,
Mundo das perfeições, que em ty guardaste;
Perola, que tiveste por engaste
O peito, porque o peito a Amor rendeste,
Livro de Deus, que em Deus tanto aprendeste,
Que o que era Deus, aos homẽns ensinaste.
Poes hoje por honrar teu santo dia,
A feminil piadade aspira a tanto,
Que com victima nova o altar florece;
Mereçate poes tanta affeição pia:
Que offereças a Deus o voto santo,
Que ao senhor por ty mesmo hoje se offrece.
[SLA93] Celebrando a Acção da propria Religiosa.
SONETO XCIII. Laudatorio.
Salve, ò tu, que de tanta antiga historia
Dos Avòs, que deixaste escurecidos,
Os brazões altos, e altos apellidos
Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa gloria•.
Tu, que trocaste as honras da memoria
A dezejos mais nobres, mais cumpridos,
Porque de pensamentos tão subidos
36
Não sabe a terra o fim, se não a gloria:
Nasce do Amor, renova da esperança,
Fenis, das chamas, em que estàs ardendo,
Do Amado, o amado exemplo, hoje imitando.
Melhora seja o fogo, e não mudança,
Para que eternamente renacendo,
Eternamente vas sacrificando. /
[SLA94] Em a mesma acção as Religiosas do convento.
SONETO XCIV. Laudatorio.
Salve, ò Jardim de Rosas tão cerrado,
Que do dia engeitais a luz, e a vida,
Porque outra luz, mais clara, e mais subida
Entre• vos tem, seu resplandor guardado.
Ceo de humanas estrellas illustrado,
Que o Ceo dezeja, e para si convida;
Gloria co a gloria em tudo parecida,
Donde não falta o bem, por ser gozado.
Desta flor, desta Estrella, celebrada,
Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega,
Deixai que os lazos rompa, e que entrar possa;
Porque de tal maneira a Deus he dada,
Que quanto mais depressa a Deus se entrega,
Mais propriamente Deus a farà vossa.
[SLA95] Elogio ao Excellente livro das Excellencias de Portugal,
escrito pello Doutor Antonio de Sousa de Macedo.
SONETO XCV. Laudatorio.
Quando envolto nos miseros cuydados
De Portugal o Reino se lamenta;
Quando a Fortuna cegamente intenta
Mentirlhe glorias, e usurparlhe estados:
Vossa Pena com termos levantados
Excellencias da Patria reprezenta,
Com que por vossa Pena a Patria aumenta
Meritos nas desgraças sepultados.
Tal, acção para sempre celebrada
Serà, poesque com alta providencia
Hoje fazeis a lastima oportuna:
Por que sendo na perda acreditada,
Visse o Mundo que fora esta excellencia
Ou desculpa, ou razão desta fortuna. /
[SAM96] Lamentando o infelice cazamento de hũa Dama.
SONETO XCVI. Amoroso.
Rubi, cujo valor não conhecido
Foy, do vil lapidario, a quem foi dado;
Diâmante que quando mais guardado
D’ entre as mãos de seu dono foi perdido.
Zafiro singular, que foi vendido
37
A quem, em ferro o tem mal engastado;
Aver que por se haver em vão achado
Em pastas de carvão, foi convertido
Perola sem igual, pouco estimada
Do barbaro boçal Indio inorante
Por quem, a cazo, foi do mar levada.
Sois na fortuna: mas dessemelhante.
No valor; se ante vos não valem nada
Zafir, Perola, Aver, Rubi, Diamante.
[SLA97] Celebra o Poëma Epitalamico, dito, Templo da Memoria,
em as Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal.
SONETO XCVII. Laudatorio.
Dedalo que fabricas numeroso
Edificio imortal, onde venera
Quantos prazeres a Esperança espera
Deste sagrado Talamo ditoso.
Levanta poes, o Templo milagroso,
Porque se algum rigor temer pudera
Sidónia altas colunas lhe offrecera
E Bragança àlicerce generoso
Imortal sempre, nas memorias ande
A fama, dos que tanto celebraste,
Por mais que o tempo esquecimentos mande.
Poes para ti tal nome asseguraste
Que eterno vivirà teu nome grande
Tanta vez, quanto nome eternizaste. /
[SAM98] Contra hũa soberana ingratidão.
SONETO XCVIII. Amoroso.
Que faz Licis? Que faz? Que faz a Fera?
Entretense, traçandome outra morte?
Prepâra para darme, hum novo corte
Braço mais crú? Espada mais severa?
Que faz o Rayo da mortal esfera
Procura de cegarme todo o Norte
Ou pretende co’ a força do aço forte
Medir a condição da branda cera.
Que faz? Que intenta o riguroso Fado,
Que em fulminar tragedias repetidas
Entende, que enobrece as duras armas?
Ora eu fora ditozo, esse vingado
Se o Ceo me dera para perder Vidas,
Quantas Iras lhe deu, para tirarmas.
[SLA99] Em a publicação do famoso Poëma do Doutor Gabriel
Pereira de Castro.
SONETO XCIX. Laudatorio.
Repouza nesse Tumulo eminente
Dos dous Ulisses, hũa mesma gloria
Que emprestandose entrambos à memoria,
38
Entrambos vivirão, eternamente.
Pos o Primeiro, a acção mais excelente
Que foi do Tempo a os seculos notoria
Pos o Segundo a mais illustre historia
Que ao mundo fez Calliope prezente.
Livro não, màs Piramide famoso
He o que vés de letras, que preciosas
Pedras são, mais que porfido e alabastro.
Mas qual será o epitafio argumentoso
Que declare as emprezas gloriosas,
Do Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? /
[SHE100] Por Asunto Academico se offreceu a El Rey Nosso Señor
o patrocinio da Academia dos Generosos: denotado
em a Tocha sobre a Pedra, que tem por sua
Empreza.
SONETO C. Heroico.
Monarca Portuguez, nossa Palestra
Onde o Sago se veste, e se arma a Toga;
Com suas firme, e ardente insignias, roga
A vossa planta, como á vossa destra.
Para Alumnos os inclitos adestra
Ingenhos, por quem oje a Fama avoga,
Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga,
Prezandose de ser dos mestres, mestra.
Cera e Marmore offerece a o eterno templo
De hum magnanimo Afonso, que se aclama
Arbitro do feliz, e infeliz astro.
As materias deixai, tomai o exemplo
Sendo a os contrarios, Simbolo da Flama,
Sendo aos propicios, Copia do Alabastro. /
39
ÍNDICE DIRECTO DE FORMAS
DOS SONETOS DE D. FRANCISCO MANUEL INCLUÍDOS NAS MUSAS PORTUGUESAS
FORMAS
FREQ.
LOCALIZAÇÃO
a
á
à
A
abaixo
Abbadeça
abençoado
abraçar
abraços
abrazarem
abrazarvos
abria
Abril
abrir
abundante
Acaba
acabai
acabar
acabas
acabasse
Acabe
Acabou
Academia
academico
Academico
acaso
acave
acção
Acção
accento
acendeis
acesa
achado
acharà
acho
Acho
achou
aclama
aclame
aço
acolherei
acolhia
aconselhe
acordados
acordar
acrecentando
acredita
acreditada
acusar
adestra
adivinhado
admirado
admirarà
admirome
adonde
Adora
adorados
adoralla
adormente
(302)
(2)
(20)
(73)
(1)
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(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
SLA99, SLA93, SMO16, SSA68, SSA92, SFA88, SLI90, SAM6, SAM47, SAM31
SAM4, SHE100
SAM71, SAM66, SAM9, SLA18, SSA63, SLA99, SFE80, SAM91, SLA74, SMO82
SFU85, SMO57, SHE54, SMO81, SFA51, SMO57, SLA18, SHE54, SLA93, SHE79
SFE39
SFE30
SFE70
SMO89
SMO89
SAM46
SAM46
SAM6
SLA74
SLA28
SSA86
SAM60
SAM52
SMO61, SAM66
SHE42
SFE78
SPR1
SFU21
SHE100
SAM43
SHE100
SLA72
SLI90
SLA94, SLA99, SLA95
SLA93
SLA56
SAM52
SAM43
SAM96
SFE34
SAM4
SAM41
SAM52
SHE100
SAM17
SAM98
SMO61
SLA74
SAM9
SFU85
SFE13
SFU85
SAM66
SLA95
SMO59
SHE100
SFE80
SLA36
SAM45
SLA77
SLI26, SMO15, SLI22, SMO50
SAM91
SAM7
SAM58
SHE54
40
adversario
advertida
advertidas
advertiste
afagues
affectos
affeição
affeiçoando
afirme
afoga
Afonso
afortunado
afronta
agoa
agora
Agora
Agostinho
agourar
agouro
agradecida
agreste
agua
Agua
aguarda
aguardo
aguas
agudo
Aguia
Ah
ay
Ay
ainda
Ajuntailhe
ajusta
alabastro
Alabastro
Albuquerque
alcança
alcançada
alcançado
alcançallos
alcançar
alcançastes
alcanceis
alcançou
alcoba
Alegorica
alegre
alegria
Alegria
aleijada
aleijado
Aleijado
Aleijarvos
alejão
alenta
alento
Alexandre
alforria
algũa
Algũa
algum
Algũns
alhea
àlicerce
alimarias
alivie
alli
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(1)
(2)
SMO69
SMO81, SAM58
SMO50
SMO57
SFA53
SLA77
SSA92
SFU85
SSA86
SHE100
SHE100
SMO84
SMO16, SMO16
SAM47
SMO44, SHE54, SAM45, SAM47, SAM33, SAM2, SLI90, SFE70, SLI26, SLA74
SFE80, SHE42, SLA36
SLA72
SFE40
SMO84, SFE78, SFE30
SFU37
SMO3
SSA86, SMO67, SAM91
SFU85, SFU85
SMO69
SLI62
SSA65
SLI90
SSA92
SMO32, SAM55
SAM41
SAM41, SLI29, SLI62, SAM8, SAM76, SMO35
SAM33
SAM71
SAM71
SLA99
SHE100
SLA12
SSA63, SMO10
SHE79
SAM71
SMO10
SAM76
SAM48
SMO10
SAM71
SMO50
SAM91
SLI22, SAM66, SLI26, SFE70
SAM52, SLA36
SAM33
SFE80, SFE80
SFE80
SFE80
SFE80
SFE80
SLI90
SFA87, SFA87
SLA72
SLA18
SMO59, SAM9, SAM6
SMO49
SHE42, SAM6, SFE80, SFE30, SLA97, SAM2
SLA56
SLI29
SLA97
SMO67
SLI29
SFU37, SFE34
41
Allì
alma
Alma
almas
alrotar
alta
altamente
altar
altas
altivo
Altivo
alto
Alto
altos
altura
Alumnos
Alvares
Alvarez
alvedrio
ama
amado
Amado
amay
amando
amante
Amante
amantes
Amantes
amar
amavel
ambas
Ambas
ambição
Ambição
ambos
Ambos
ameaça
America
amiga
amigas
amigo
Amigo
amizade
amor
Amor
amores
Amores
amoroso
Amoroso
Ancias
anda
Anda
andais
andar
ande
andeis
ando
Andrade
Anjo
anno
Anno
annos
ano
anos
ante
antes
Antes
antiga
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(9)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(4)
(1)
(5)
(32)
(3)
(1)
(1)
(29)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(5)
(2)
(11)
(5)
(2)
SFU37
SFE39, SAM52, SLI22, SAM33, SMO15
SMO15
SLI90
SFE30
SLI62, SSA63, SAM58, SLA95
SHE79
SSA92
SLA97
SPR1
SMO69
SFE39, SFE80, SHE79, SMO50, SHE38, SMO67, SAM8, SAM58, SMO89
SAM8
SLA93, SLA93, SMO19, SHE42
SAM43, SMO61
SHE100
SFE13
SFE34, SMO32, SFE70
SMO3
SHE54
SLA93
SLA93
SFA51
SFU85
SFA51
SAM58
SSA92
SAM4
SMO19, SAM27
SAM66
SHE42
SLA28
SMO57, SMO57
SMO89
SAM58, SSA68, SAM55
SAM58
SMO50
SFE75
SAM17
SFA53
SMO15, SFA87, SFE40, SFE78, SLA24, SLA24
SFA51, SLA56, SFE40, SFU85
SLA24
SAM66, SAM60, SMO73, SLI62, SAM33
SFE39, SAM76, SFU37, SFE39, SAM91, SAM20, SMO84, SAM4, SMO84, SAM6
SFU37, SAM46, SMO44
SLI26
SFE39
SAM14, SAM91, SAM71, SAM8, SAM31, SAM46, SAM33, SAM76, SAM20, SAM66
SAM66
SFA88
SMO5
SMO81
SMO81, SMO32
SFE30, SLA97, SMO81
SFE30
SMO59, SLA18
SLA36
SAM43
SFE39
SAM41
SMO69, SMO44, SLI62, SMO10
SFE70
SMO57, SFU85, SAM60, SMO73, SMO73
SMO59, SAM96
SFE39, SLI26, SLA36, SHE42, SHE42, SMO61, SSA65, SLA36, SMO57, SMO10
SFE70, SMO59, SHE38, SPR1, SAM27
SLA93, SAM17
42
antigo
antiguidade
Antonio
ao
Ao
Aonio
aos
Aos
Apalpando
apareceo
apartado
apartamento
apellidos
apenas
Apenas
apensa
apercebidos
Apetite
aplauso
Aplauso
Apollo
Apologo
Aposto
Appella
aprendeste
aquella
Aquella
aquelle
Aquelle
aquelles
aqui
Aqui
ar
Ar
aras
Arbitro
Archanjo
arde
Arde
ardendo
ardente
ardiloso
ardo
ardor
ardores
arduo
areas
arenosa
arguîdo
argumentoso
Arismetica
arma
armado
armas
Armas
armonia
Armonia
Arrabida
arraial
arrastando
Arredo
arrependimento
arriscado
arruino
arte
Arte
artes
arvores
(2)
(1)
(9)
(33)
(11)
(1)
(13)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(3)
(1)
(1)
(5)
(4)
(7)
(1)
(3)
(2)
(1)
(2)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(4)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
SMO19, SLA24
SHE79
SMO32, SFE13, SFE34, SMO32, SFE70, SLA95, SFE13, SFE13, SFE34
SAM91, SFE75, SFA87, SFA88, SHE38, SMO19, SFU37, SLA94, SLA72, SHE79
SSA68, SAM23, SFA88, SLA18, SAM58, SHE42, SFU85, SFE39, SLA12, SLA36
SFE13
SMO44, SMO19, SSA92, SMO67, SFA51, SFA51, SFE25, SFA88, SFE13, SSA65
SAM48
SFE80
SLI26
SMO32, SAM27
SAM9, SAM31, SMO82, SAM71
SLA93
SMO89, SMO89
SFA87
SFA88
SMO10
SMO11
SLA77
SLI26
SAM46, SFA53, SFE78, SLA72
SMO81
SFE80, SLA74, SFE70
SAM20
SSA92
SFE80, SMO89, SAM33, SAM23, SFE34
SAM14, SFU37, SLA28, SAM58
SMO83, SMO89, SFE78, SAM4, SAM52, SLA56, SAM23
SMO49
SAM43, SMO19, SAM76
SMO83, SFE34
SMO32
SFE75, SMO35
SFU85, SFA87, SFA87, SMO67, SFU85
SAM4
SHE100
SSA68
SMO61
SMO61
SMO11, SLA93, SFU37
SAM76, SLA12, SAM41, SHE100
SMO49
SAM52
SAM7
SAM52, SAM46
SMO5
SLI62
SAM91
SMO32
SLA99
SAM31
SHE100
SFU21
SAM98
SLA28, SMO50
SLI90
SFA88
SAM91
SFU21
SLI62
SFE30, SFE78
SFE39, SFE39
SHE38
SMO49
SAM58, SLA56, SAM23, SLA72
SLI90
SMO67
SAM47, SFA51
43
as
ás
às
âs
As
asno
asperezas
aspira
assalto
assàz
Assaz
Assàz
assegura
asseguraste
assi
assombra
assombramento
assombro
assucar
Assunto
assusta
astro
astuto
Astutos
Asunto
atè
atê
Atê
atento
Athenas
atiçada
atormenta
atormentava
atreve
atrevida
atrevidas
atrevido
atropelle
Augusto
aumenta
aura
Aurora
Austro
Autor
auxilio
auzencia
Auzencia
auzente
avante
avara
avaras
avarenta
avaro
ave
Ave
Aventurar
Aventureiro
Aver
aves
avexados
avizado
avoga
Avòs
azul
bafo
bayles
baixa
Banho
(46)
(1)
(4)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(5)
(1)
(3)
(1)
(6)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SFA53, SLA18, SLI90, SLA97, SMO44, SHE38, SFA88, SAM98, SLA99, SFA88
SAM2
SMO44, SHE38, SHE38, SAM4
SMO67
SAM71, SAM48, SAM76, SMO44, SHE100, SMO84, SAM6, SAM76
SFE75
SAM71
SSA92
SMO61
SAM14
SAM17
SMO35
SAM27, SLI29, SMO83
SLA97
SLA24, SLI22, SMO83, SFA53, SMO5, SMO67, SFU64, SFU64, SAM23
SLI29
SMO49
SHE42
SFE25
SAM43
SFE40
SHE100
SLA28, SMO67, SMO35
SMO11
SHE100
SLA74
SAM33, SFE34, SLI90
SAM17
SAM31
SLA18
SFE40
SMO69
SLI22
SAM48, SAM48
SFU37, SFU64
SAM55
SAM8
SAM4
SMO69, SHE38
SLA95
SFA87, SLI26
SLI26, SLI90, SAM6, SFE70, SAM47
SAM91
SFA88, SLA36, SHE54
SAM46
SAM71, SFU21, SAM31, SAM66, SAM31, SAM31
SAM9, SAM41
SAM9
SMO83
SLA36
SAM4
SSA65
SFA53
SAM55, SFE75, SLI90
SMO67
SHE38
SAM47
SAM96, SAM96
SLI90
SFA88
SMO35
SHE100
SLA93, SFU85
SLI26
SFA51
SFE75
SMO49
SFA53
44
barato
barbaro
Barbaro
Barbaros
barro
bastante
bastão
bastarda
batalha
batalhar
Batalhar
batia
Batia
bautizada
Bebei
bebeste
beijar
beijei
bella
Bella
bellas
Bellem
belleza
Belleza
bellissimo
bello
bellos
bem
Bem
benções
benina
berço
bezouro
boa
boçal
bocas
Bodas
boliçoso
bom
bõns
bordava
bosque
botão
botica
boto
braço
Braço
braços
brada
bradei
Bragança
Bramava
bramido
branca
brancos
branda
brando
Brando
brandura
bravo
brazões
breve
brio
Brotarà
brutas
Bruto
Brutos
bruxa
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(24)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SAM60
SAM96
SLA12
SFE75
SLA74
SSA86
SAM6
SAM47
SAM66
SHE79, SMO57
SHE79
SAM91
SAM91
SFU37
SSA86, SSA86
SSA92
SFE70
SLI62
SFE70, SAM7
SAM66, SAM20
SAM76
SSA86
SAM58, SMO50, SMO19, SAM43, SLA74
SHE54
SMO50
SSA68
SAM48
SMO84, SHE54, SMO82, SFE13, SMO69, SAM58, SMO69, SMO16, SFE78, SFE78
SAM9, SMO82, SLA12
SFE25
SSA86
SHE54
SFE30
SAM14, SAM14
SFE40, SAM96, SFE40
SLA28, SLA28
SLA97
SAM6
SMO59, SFE34, SMO3, SLA74
SFU64
SAM47
SMO89, SLI29, SLI29
SLI26
SFE25
SFE78
SHE79, SLA28, SFU64, SFU21, SSA65, SFU21
SAM98
SLI22
SMO57
SMO81
SLA97
SLI26
SAM91
SLI26, SLI90, SAM91
SAM6
SAM98
SMO89, SAM6
SLI90
SFA88
SSA65
SLA93
SHE54, SAM9, SMO69, SAM48, SAM9, SSA65
SMO61
SSA86
SAM76
SMO67
SMO67
SFE30
45
Buscayos
buscando
buscar
Buscar
c'
C
cà
câ
Câ
cabe
cabeça
cabedal
cabellos
cada
Cada
cadea
cadeas
cadeira
cae
caes
caiba
caído
callar
Callar
callarei
callava
Calliope
CALLIOPE
calma
Cama
Camareiro
caminha
caminho
caminhos
campo
Candea
candida
cansada
cansado
Canseime
canta
Canta
cantados
cantando
cantarei
cantaro
cantas
canto
cantos
Cão
Caparica
çapatos
Capitão
Capricho
carapuças
caras
Carceres
caro
carrancas
carregada
carta
cartas
cartuxa
carvão
Casamento
Cascaes
caso
Casos
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO10
SMO59
SLA56
SMO83
SFE70
SHE100
SFU37, SFE80, SFE34, SFU21, SFE70
SHE79, SAM23
SMO32
SAM41, SMO50
SFE78
SAM9
SAM6
SLA56, SFE39, SMO81, SMO57
SAM60, SMO15
SAM60
SLI62
SLA72
SMO61
SAM8
SAM41
SAM8
SFE30
SFA53
SAM41
SLI22
SLA99
SPR1
SAM41
SFE40
SFA88
SAM23, SAM23
SMO83, SMO83, SAM23
SFA88, SMO83
SFA87, SMO81, SSA65
SFE40
SSA86
SMO32
SAM47
SMO82
SLI26
SLI90
SAM2
SLA77
SLA24
SFE39
SLA12
SAM33, SLA56, SLA56, SLI90
SLA24
SFE40
SFE25
SFE13
SFU21
SMO3
SFE13
SAM4
SMO69
SHE38
SAM71
SLI26
SLA18, SLA18
SLA18
SFE30
SAM96
SLA36
SFE34
SLA36
SMO10
46
casta
Castello
castigais
castigo
Castro
Catholico
cativa
catorzada
Catuxa
causa
cautella
cavernosa
cazado
cazamento
Cazinha
cazo
cedo
cega
cegamente
cegarme
cego
cegos
Celebra
celebrada
Celebrado
Celebrando
celebrar
celebraste
celebre
celebrou
celeste
celestes
celestial
Celestial
Cem
cento
centros
ceo
Ceo
Ceos
Ceptro
cera
Cera
cerca
Cercado
cerco
cerra
cerrado
cerrar
certa
certamen
certo
Certo
certos
Cesar
cesse
chama
chamado
chamais
chamarei
chamas
chamo
chante
chão
charco
chaves
Cheas
chega
(1)
(1)
(1)
(6)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(6)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(17)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(5)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
SFA51
SFU21
SAM17
SAM8, SFE80, SHE38, SMO19, SAM31, SMO15
SLA99, SLA99
SSA63
SLA18, SMO15
SFE75
SFE30
SMO19, SMO15
SAM7
SAM91
SAM55, SFE70
SAM96
SFE40
SAM96, SFE39, SSA65
SFE13, SAM6, SSA86, SMO57, SAM60, SAM23
SMO35
SLA95
SAM98
SAM60, SAM8, SAM6
SMO81, SMO81
SLA97
SLA94, SLA95
SSA63
SLA93
SAM43
SLA97
SFA51
SSA92
SHE79
SAM76
SAM46
SSA68
SAM71
SFE75, SMO84
SAM48
SAM23, SMO16
SAM52, SAM76, SMO61, SMO19, SLI26, SLA94, SLA94, SFU37, SLA72, SFU85
SMO83, SFU64
SSA63, SSA63
SFA51, SAM98
SHE100
SAM7
SFU64
SMO61
SMO81
SLA94
SLA28
SAM27, SMO5, SSA92
SSA63, SAM48
SAM45, SMO83, SLA56, SLA28, SFE78
SAM52
SLA28
SHE79, SHE38, SHE79
SAM7
SMO35, SHE38
SMO32
SMO11
SMO49
SLA93
SFE75
SFE78
SMO61
SFE13
SLA28
SFU21
SLI29, SLA94, SFA87
47
chegada
chegado
chegando
chegar
Chegarte
chegue
Cheguei
cheiro
chora
choradas
chorados
Chorais
chorão
chorar
chorava
Chore
chorei
choreis
choro
chove
cidade
Cidade
ciencia
cientifica
cilicio
cima
cinco
Cintia
Cinza
Cinzas
circular
Cisne
cisterna
ciumes
clara
claridade
Clarissimo
claro
Claudio
Clori
Cloris
co
co'
Co
cobiça
cobre
Coimbra
colera
colher
colheu
colunas
com
Com
combatido
Comedia
comedida
Comedindo
comercio
Cometas
comigo
como
Como
compadeça
Compadre
companheiro
companhia
comparte
competia
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(1)
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(1)
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(2)
(10)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(41)
(15)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(7)
(35)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SAM33
SAM71
SAM6
SMO89
SFU21
SMO69
SAM71
SLA94, SFA87
SLI26, SMO89, SAM6
SAM76, SAM76
SAM2
SFU37
SFU21
SLI29
SAM76
SLA18
SLA24
SFU37
SHE54
SFE78
SLA24
SAM71
SLA36
SLA28
SFE13
SFE39
SSA86
SAM41
SMO73
SMO44
SLA12
SLA77
SSA86
SFU37
SLA94, SLA36
SAM7
SLA36
SLI29
SMO69
SLI26
SAM20, SAM20
SFA88, SMO69, SLA94, SAM9, SFU37, SMO81, SMO89, SMO11, SAM46, SMO89
SAM98
SMO59
SMO57, SMO57
SAM2
SFE80
SMO3
SMO82
SFA87
SMO44, SLA97
SMO19, SSA86, SLA95, SMO82, SHE54, SMO49, SMO61, SMO5, SLA12, SAM91
SAM31, SFE13, SMO3, SLA77, SAM4, SMO19, SMO84, SLA95, SMO44, SMO67
SFU21
SMO11
SAM58
SLI90
SAM9
SAM76
SMO81, SMO15, SAM46, SLA24, SPR1, SFE80, SMO5
SHE100, SHE54, SFE34, SHE38, SMO69, SFE30, SFE30, SAM46, SMO15, SFE70
SAM45, SMO15, SMO49, SMO89, SMO5, SSA65, SMO67, SAM43, SAM8
SMO16
SFE70
SSA68
SMO50
SLA72
SHE42
48
competindo
composto
compra
Compres
compusera
comunicado
con
Conceição
conceitos
concertado
conchas
conciencia
Conde
condição
conferencia
confiada
confiadamente
confiado
confiando
confio
confissão
confunde
confundome
confusão
Confuza
conhecendo
Conhecendose
conheceo
conhecer
conhecera
conhecereis
Conheceuse
conheci
conhecida
conhecido
Conhecivos
conheço
conquista
conquistada
consagrase
conseguido
consente
Considera
consiste
consoada
consoantes
consorte
constante
constantes
Consul
Consular
consumime
conta
Conta
contagio
contallla
contando
contar
Contar
conte
contemplo
contenda
contendas
contenta
contente
contentes
contingencia
continha
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(5)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(6)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
SFU85
SLA28, SLA72
SMO69
SAM8
SMO5
SFA53
SLA74
SSA63
SMO19
SMO3
SAM76
SMO11
SHE79, SFA88
SAM98, SMO35
SMO11
SLI26
SSA86
SLA28
SMO81
SMO61
SMO59
SLA36
SAM43
SAM45
SMO50
SAM20, SAM4
SAM7
SLA24
SLA18
SMO67
SAM45
SFU21
SLA74
SAM45, SAM27
SAM96
SLA74
SLA74, SAM66, SAM27, SAM9, SMO49
SAM9
SLA12, SLA12
SSA63
SAM8
SMO89
SMO67, SHE79
SMO57
SFE25, SFE25
SFE34
SLI62
SFU21, SMO61, SMO73, SLA72, SLA72, SSA86
SAM76, SAM76
SMO69
SMO11
SMO82
SLA77, SAM71
SMO82, SAM31
SPR1
SAM58
SMO81
SLA77
SLA77
SMO59
SAM27
SAM17, SMO3
SAM8
SAM41
SLI26, SFE13
SAM6
SLA36
SSA86
49
continua
Conto
contra
Contra
contrahio
contraria
contrarias
contrario
contrarios
convalecencia
convalecendo
convento
convertido
convida
convidava
convinha
copia
Copia
coração
cores
coronel
corpo
corrão
Corre
Correndo
correspondente
corria
corrido
Corta
cortada
cortava
corte
Corte
cortez
cortezes
cortezia
cortou
corvos
cos
Cos
Coscorões
costumada
costume
cousas
Coutadinho
Coutinho
couzas
cova
Cova
crê
Crecem
Crecerão
crecerdes
creces
crede
credes
credito
crendo
Crendo
creo
crer
Crerà
cria
Cristo
crú
crueis
cruel
cruento
(1)
(1)
(9)
(5)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(5)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
SAM71
SMO59
SAM55, SFU37, SAM55, SAM52, SFU64, SAM4, SAM55, SMO69, SMO82
SMO5, SMO5, SAM98, SFU37, SLA74
SLA74
SHE79, SLA28
SMO67
SFU21, SMO69, SAM14
SHE100
SLA24
SLA24
SLA94
SAM96
SLA94
SFE78
SAM23, SAM33
SAM45, SAM45
SHE100
SHE79, SLI22, SAM58, SAM58, SHE79
SMO44, SAM48, SFA87
SMO61
SMO50
SSA86
SLI22
SFE34
SAM76
SLI22
SFE70
SSA68
SFU37
SMO89
SAM98, SLA24, SFU64
SMO32, SMO32
SFE34
SFE34
SFE30
SFU64
SFA88
SFE40, SFA88
SFE30
SFE25
SAM33
SMO83, SLA36
SFE25
SFE40
SLA18
SFE39
SFE25
SMO50
SSA63
SAM52
SHE54
SHE54
SLA77
SFE78
SFE30
SHE79, SLA77, SMO82
SSA63
SAM20
SFE80, SLA28
SAM7, SMO73, SAM60, SAM52, SMO35
SAM41
SAM52
SFE78
SAM98
SLI62
SHE38, SAM43
SMO16
50
cuberto
cubria
cubrir
cuidado
cuydado
cuidados
cuydados
cuidais
cuidando
cuidar
cuidarâ
cuydàra
cuidareis
cuydaveis
cuydei
cuydeis
cuides
cuido
cuja
Cuja
cujas
cujo
Cujo
culpa
culpado
culpas
culto
Cuma
cumpridos
cumprir
Cunha
cura
Cura
curta
custa
custaria
custo
custosa
Custosa
custoso
d'
D
D'
da
dà
Da
Dà
dada
dadas
dado
dados
Daime
dais
Dalhe
Daliana
Dalizo
Dama
dando
Dando
Daniel
dano
danos
dão
Dão
daquelles
dar
dàr
darme
(1)
(1)
(1)
(4)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(27)
(6)
(7)
(102)
(3)
(9)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(7)
(5)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
SAM43
SLI22
SMO16
SMO3, SAM31, SLI29, SAM47
SAM27, SMO32
SAM7, SAM2
SLA95
SLA24, SFE30
SMO59
SAM27
SAM17
SLA36
SAM23
SFE39
SMO82
SAM33
SAM60
SAM45, SFE13
SLA36
SHE42, SLA94
SFU37
SLA94, SAM96
SMO50
SMO59, SAM48
SAM17
SFU64
SAM58, SLA12
SFE30
SLA93
SMO84
SFA53, SFE34, SMO32, SFE70, SFE13
SAM55
SFE39
SLI62
SAM71
SAM71
SMO69
SAM9
SAM33
SAM60
SMO61, SLA18, SAM58, SPR1, SMO10, SAM46, SMO10, SLA74, SAM46, SAM43
SFE13, SFE34, SMO32, SFE70, SFU37, SFU64
SFE34, SFU37, SAM52, SAM76, SAM96, SAM58, SMO32
SHE100, SAM47, SMO67, SAM91, SAM33, SLI62, SMO61, SMO89, SAM91, SAM31
SHE42, SFA51, SFA51
SMO49, SMO57, SAM48, SAM2, SLI29, SMO67, SFU64, SFU64, SAM33
SFE39
SLA94
SFE75, SAM76
SAM96, SMO84, SMO83, SMO35
SAM2
SFE30
SFE80, SAM17, SAM9
SMO44
SAM91
SLA56
SAM43, SAM96
SFE30
SFE70
SLA72
SMO15, SMO16, SMO35, SMO49, SAM8, SMO16, SMO3
SPR1, SLI62, SMO44, SMO10, SMO57
SFA51
SMO57
SMO32
SFE39, SAM23, SFA53, SAM52
SLA24
SAM98
51
darte
das
dâs
Das
dava
de
dè
dê
De
DE
deças
dece
Dece
deceo
Deces
declara
declaralla
declare
declarei
Dedalo
dedo
dedos
defenda
defende
Defende
defendendo
defender
defensa
defensas
defronte
deixa
Deixa
deixado
deixai
Deixai
deixaime
deixando
deixão
deixára
deixárão
deixareis
deixas
deixaste
deixava
deixe
deixem
deixes
deixo
deixou
delinquente
delirio
delito
delitos
della
delle
Delle
delles
demazia
Deminuir
Demonio
denotado
dentes
dentro
Dentro
depois
deposita
depressa
der
(3)
(20)
(2)
(4)
(1)
(231)
(1)
(1)
(29)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SLI90, SFU64, SAM58
SLA28, SAM47, SLA93, SFE39, SAM2, SFU64, SLA95, SFA87, SLA74, SSA63
SAM60, SMO44
SHE42, SLI62, SMO67, SLA74
SLI22
SLA36, SLA12, SLI29, SAM4, SMO16, SAM41, SMO32, SLA36, SLI90, SFA51
SHE54
SHE54
SMO89, SSA86, SFE25, SSA86, SSA65, SFE80, SFU37, SHE100, SAM45, SHE42
SPR1
SMO57
SAM43
SAM8
SFU37
SLI90
SLA56
SAM58
SLA99
SAM58
SLA97
SMO81
SFE40
SFA88, SFA88
SFA88, SSA63
SSA63
SAM4
SFA88
SAM4, SFA88, SFA88
SFA88
SMO89
SAM23, SAM41
SAM47, SMO3
SMO15
SAM4, SHE100
SLA94, SMO32
SAM17
SAM43
SFE75
SLA56
SFE25
SLA74
SFU21
SLA93
SMO89
SAM9
SMO10
SAM60
SMO49, SLA56, SAM60
SLA24
SAM17
SMO19
SMO59
SPR1
SAM17, SFU64, SAM20, SAM66, SAM7
SAM4, SMO89, SAM20, SAM17, SAM27
SFU64
SAM43
SMO32
SAM31
SFE13, SFE13
SHE100
SAM6
SMO15, SMO35, SFE40, SFE39
SMO11
SFU37
SAM76
SLA94
SMO82
52
dera
derão
derrama
derramadas
Derramadas
derramado
derrete
desacredita
desatino
desato
desbarato
descifraste
desconcerto
desconcertos
desconhecida
Descreve
Descubro
descuidada
descuidado
desculpa
desculpado
desde
Desde
desdẽns
desdo
desencerra
desenganada
Desenganase
desengano
desenganos
desespera
desesperada
desgraça
Desgraça
desgraças
deshumana
desmente
desobrigue
desornada
Despedida
despedido
despeja
despejo
Despiose
despoes
Despoes
Despois
desprezada
desprezais
Desprezas
desprezastes
desprezivel
desprezo
dessemelhante
desta
Desta
deste
Deste
desterra
destes
destina
destino
destra
destreza
destroncada
desvario
desvello
desventura
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(5)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(9)
(1)
(4)
(1)
(1)
(7)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(4)
(2)
(3)
SMO5, SAM98
SMO44
SLA28
SAM76
SAM76
SMO61
SFA51
SMO73
SMO49
SAM60
SAM60
SHE79
SMO83
SMO3
SAM7
SSA63
SMO59
SMO35
SAM47
SLA95
SMO32
SFE34, SHE38
SMO32
SMO44
SMO83
SAM43
SFE39
SMO61
SFE39, SAM2
SMO57, SMO44, SMO44, SPR1, SMO10
SAM14
SAM14
SAM55, SHE54, SAM23
SLI22
SLA95
SAM91
SMO61
SMO16
SFA87
SAM23
SAM27
SLI29
SFE80
SLI26
SMO61, SAM71, SMO89, SAM52, SAM27, SAM71
SAM66
SAM9
SAM14
SAM17
SLA93
SAM48
SFE40
SMO61, SAM17
SAM96
SSA86, SFA51, SFE25, SFA88, SLA94, SLA95, SHE79, SFE75, SAM55
SLA94
SHE79, SMO57, SLI29, SMO15
SLA97
SMO73
SMO73, SFE78, SMO83, SMO19, SFU37, SHE38, SAM20
SAM8
SFA51, SAM17
SLA28, SHE100
SLA28, SLA28
SFE40
SMO89, SMO3, SMO3, SMO3
SSA68, SAM58
SMO16, SAM55, SLI29
53
desvião
desvio
detado
detella
determinas
detida
deu
Deus
devagar
deve
devemos
deveslhe
devida
Dexa
dez
Dez
dezeja
dezejada
dezejo
dezejos
dezia
dia
Diafanto
Dialogo
Diamante
Diâmante
diante
dias
differente
differentes
difunto
diga
digas
digno
Digno
digo
dilatada
dina
Dina
dino
Diogo
Diràs
direi
Direi
direis
dirija
Dirlhe
disculpar
Discursais
Discurso
disfarçado
disparar
dispensa
disse
Disse
Dissera
Dissimular
Disso
dita
ditas
dito
ditoso
Ditoso
ditozo
divinas
divino
divinos
diz
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(17)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(4)
(1)
(1)
(14)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(5)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(4)
(3)
(1)
(1)
(5)
(1)
(6)
SSA68, SMO81
SAM31, SAM41, SMO3
SMO19
SAM17
SLA28
SAM58
SFU64, SFU64, SFE70, SAM98, SHE42
SLA94, SFE80, SSA92, SSA65, SSA63, SLA94, SAM46, SMO59, SSA86, SSA92
SLA24
SAM48
SFA87
SAM8
SLI62
SMO49
SFE70
SMO11, SAM71
SMO89, SLA94
SAM33, SLI26
SFE80, SMO5, SMO5, SLI22
SLA93
SLI22
SMO81, SSA92, SFE78, SAM47, SHE42, SMO73, SAM43, SFE75, SFA88, SLA94
SLA72
SMO35
SAM96
SAM96
SFE80, SAM58, SAM46
SAM6, SAM71, SAM14, SMO44, SAM66
SAM2
SAM6, SMO50
SLI26
SAM17
SFA53
SHE38, SAM33
SHE38, SMO11
SFE80, SLA56, SFE13, SFE75
SLA24
SSA86
SSA86
SAM17, SSA68
SLA36, SLA28, SLA36
SMO44
SFA53
SFA53
SFE30, SFA51
SSA68
SAM46
SMO19
SMO11
SFE75
SMO11
SMO81
SFA88, SAM4
SMO69, SAM14, SFE39
SFE80
SAM58
SAM7
SFE25
SAM14, SMO49
SMO32
SFA53, SAM55, SLA97
SLA97, SAM6, SMO49, SAM14
SMO57, SLI22, SLI22
SAM98
SMO19
SFA51, SFE39, SFU37, SFE39, SSA68
SSA86
SFE40, SMO73, SSA65, SMO69, SMO73, SAM91
54
Diz
Dizeilhe
dizeimo
dizella
dizello
dizem
dizer
Dizes
Dizme
do
dò
Do
DO
dobra
dobrados
doce
docel
Doces
Documento
doçura
doe
Dom
Domine
Domingos
Dona
donde
Donde
dono
donzella
dor
dores
Dorme
dormindo
dos
Dos
dourado
dous
Dous
Doutor
doutrina
doutrinas
Douvos
Duarte
duas
dura
durar
duras
duro
Durou
duvida
duvidada
duvidais
Duvidais
duvidando
duvidas
duvido
duvidosos
e
é
E
eco
ecos
Edificio
effeito
Effeito
Eillas
Eillo
eis
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(102)
(1)
(15)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(7)
(1)
(1)
(2)
(9)
(4)
(1)
(1)
(11)
(4)
(1)
(1)
(24)
(7)
(2)
(7)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(9)
(1)
(1)
(5)
(1)
(4)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(187)
(1)
(43)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO73
SFE70
SAM45
SAM17
SAM58
SLA74
SFA88, SLA56, SFE25
SMO69
SMO73
SAM98, SHE100, SPR1, SAM91, SAM20, SMO84, SMO50, SLA93, SMO67, SAM41
SFE34
SLA93, SAM96, SMO83, SAM91, SSA68, SAM71, SLA99, SFU64, SLA24, SSA68
SPR1
SLI62
SLA77
SLI90, SSA68, SAM47, SLI22
SMO61
SAM46
SLA36
SFA53, SFA87, SAM2
SFE40
SMO32, SFE13, SFE13, SFE34, SFE78, SFE70, SHE54
SSA65
SFE75
SFE70, SLA74
SAM52, SMO59, SFU37, SMO89, SAM91, SAM6, SHE79, SMO59, SFE70
SLA94, SAM76, SMO50, SMO59
SAM96
SAM47
SMO69, SMO16, SMO82, SAM41, SAM41, SAM41, SLA24, SMO15, SLI22, SAM9
SFA51, SFA51, SMO44, SAM2
SAM47
SFE75
SSA92, SAM46, SFE13, SSA63, SSA63, SAM17, SAM45, SHE100, SMO57, SAM48
SLA93, SMO69, SLA99, SSA68, SAM48, SFU85, SLA77
SMO61, SLA36
SSA63, SSA63, SAM17, SAM45, SFE78, SMO11, SLA99
SMO11
SLA95, SLA99
SLA36
SLA28, SLA77
SMO10
SFU64, SFU64
SLA77
SLI29, SAM20, SMO83, SHE79, SMO16, SAM33, SMO82, SAM52, SMO32
SMO82
SAM98
SAM55, SMO69, SAM71, SFU64, SAM55
SAM91
SAM7, SAM7, SAM41, SAM27
SAM7, SLA12
SAM45, SSA65
SSA65
SLA77
SHE79
SAM45
SFU85
SMO73, SMO16, SMO82, SMO67, SAM47, SFU21, SMO61, SLA94, SAM66, SLA72
SMO35
SMO69, SMO16, SMO11, SLA74, SLA97, SMO32, SAM27, SFE30, SAM33, SHE38
SAM91
SFU85
SLA97
SAM52
SFA87
SAM55
SMO89
SMO11
55
Eis
Eixo
El
elegancia
elegante
eleição
eleje
elejo
elemento
Elemento
Elementos
eleva
ella
Ella
ellas
elle
Elle
elles
Elogio
eloquencia
eloquentes
Elvas
em
Em
emanou
Embaixador
embora
embravecido
emenda
emfim
Emfim
eminente
emisferio
emmudeça
empenho
Emperador
Empirea
emprego
empregos
emprende
emprenhandome
emprestandose
empreza
Empreza
emprezas
en
encaminhe
encantar
encanto
encerra
encerrado
encobre
Endoudece
enemigo
enferma
Enfermastes
enfermidade
enfermou
enfim
engana
enganado
enganas
engano
enganos
enganoso
engastado
engaste
engeitais
(1)
(1)
(2)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(3)
(1)
(10)
(1)
(3)
(4)
(1)
(1)
(1)
(112)
(21)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO83
SSA63
SHE38, SHE100
SAM2, SFA53
SLA72, SSA68, SLA72
SFE30
SMO5
SMO5
SFA87
SFE39
SSA65
SSA86
SAM20, SLI22, SFU64, SAM45
SMO81, SAM20, SAM33
SFA53
SFE78, SAM20, SMO5, SMO5, SFE34, SAM4, SFU64, SSA65, SLA12, SLA12
SMO5
SFA53, SAM43, SAM43
SLA28, SLA95, SLA77, SLA72
SLA36
SLA18
SHE79
SHE100, SLA36, SHE42, SLA97, SLI26, SAM41, SAM6, SFE80, SAM76, SAM4
SLA94, SLA99, SFU85, SMO73, SAM2, SAM47, SFE30, SMO83, SMO84, SMO82
SSA86
SLA18
SAM8, SFA51, SAM60
SAM91
SMO3, SMO3
SAM43, SAM46
SAM48, SAM33
SLA99
SHE38
SMO16
SPR1
SMO69
SAM43
SFE39
SMO81
SLA72
SAM66
SLA99
SMO15
SHE100
SLA99
SMO5
SLI22
SMO44
SHE42
SMO73
SAM31
SAM7
SFE75
SAM14
SFE80
SLA24
SLA24
SLA24
SAM23
SLA74
SAM27
SMO11
SMO49, SAM20, SMO16
SMO19, SMO44, SMO49, SMO57, SLI62, SMO69
SMO49
SAM96
SSA92
SLA94
56
engenho
engrandecera
engrandeço
enobrece
enriqueces
ensaya
Ensinaime
ensinas
ensinaste
ensoço
então
Então
entendas
entende
Entende
entender
entendimento
entendo
entoa
entrambos
Entrambos
Entrão
entrar
Entraste
entre
Entre
entrega
entregarei
entregouse
entreguei
entreis
Entretense
entronizado
enveja
Enveja
envejada
Envejada
envejas
Envejoso
envolto
enxovia
enxuga
enxutas
epitafio
Epitalamico
era
Era
erão
ereis
erguida
erguido
erra
Errada
errado
erro
Erro
erros
errou
es
Es
escapar
Escape
escarmento
Escarmento
escarnecida
Escolhei
escolhera
esconde
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(8)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(4)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(10)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(3)
(1)
(1)
(2)
(7)
(3)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
SLA56
SLA56
SAM66
SAM98
SLA77
SMO15
SAM27
SLA28
SSA92
SMO3
SAM2
SSA65, SFU64, SMO81, SLA56
SAM8
SAM7, SFA88
SAM98
SAM58
SAM66
SLA18
SLA72
SLA99
SLA99
SMO11
SFE40, SLA94, SSA65
SMO35
SAM47, SFA51, SAM96, SSA68, SAM43, SLI29, SMO10, SAM43
SLA28, SLI90, SLA94
SLA94
SAM23
SFU21
SAM60
SSA65
SAM98
SMO69
SHE42, SLA28, SLI29, SLI22, SFU21
SAM48, SMO15, SAM14, SHE54
SMO57
SLA74
SHE42, SFU64
SMO89
SLA95
SFE78
SHE100
SAM76
SLA99
SLA97
SMO50, SLA36, SSA92, SLI26, SAM14, SAM14, SAM27, SLA24, SMO67, SAM14
SFE39, SFE39
SAM52, SMO44
SLA74
SAM60
SAM91
SMO73
SMO35
SMO83, SMO11, SPR1, SMO35
SMO83, SLA24, SMO3
SMO35
SSA68
SMO81, SFE75
SAM8, SLA28, SHE42, SMO35, SMO73, SMO35, SHE42
SMO35, SMO73, SMO35
SAM20
SMO61
SHE42, SAM20, SMO10, SAM8, SAM60
SMO49, SPR1
SMO57
SFA51
SMO5
SHE79, SAM7, SFA53
57
Escoto
Escravo
escreve
escreveo
escrever
escreves
escrito
escritos
Escritura
escrupulosa
escudo
escura
escurecidos
escuro
Escusase
Escutayme
escuto
escuzar
Escuzase
esfera
esferas
esforça
esgares
esmeraldas
esmo
espada
Espada
espante
espanto
Espartas
espera
esperada
Esperay
esperais
esperança
Esperança
esperanças
Esperanças
esperar
esperava
Esperdicemse
espere
esperes
espero
Esposa
Esposos
esprito
Espritos
esquece
esquecimentos
esqueço
essa
Essa
essas
esse
Esse
esses
Esses
essoutro
essoutros
esta
estâ
Esta
Estâ
estado
estados
estais
estando
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(3)
(1)
(1)
(2)
(5)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(4)
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(6)
(1)
(1)
(1)
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(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(8)
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(3)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(13)
(6)
(5)
(1)
(5)
(1)
(2)
(2)
SLA72
SSA65
SLA72
SFE34
SFE75
SLA12, SFA53
SFA53, SLA95
SLA18, SPR1, SLA18
SLA72
SLA74
SAM4, SAM4
SFE40, SMO50, SAM47, SMO16, SAM43
SLA93
SAM55
SMO19
SFE80
SLA77, SLA18, SFA51, SMO35
SFU64
SMO69, SPR1
SAM48, SHE38, SAM98
SLA12
SLI90
SFE25
SLI29
SAM27
SLA12
SLA28, SAM98
SFE80
SFE39, SLI26, SHE54
SLA18
SAM14, SLA97, SLI62, SAM27
SFU37, SAM33
SMO82
SMO81
SMO69, SPR1, SLA93, SHE54, SMO10, SSA63
SLA97
SMO82
SMO82
SLA18, SMO5, SAM6
SMO89, SLI22
SAM76
SMO69
SLI22
SAM6, SAM46, SFA53
SSA86, SLA74
SSA86
SAM43, SFA53
SFU37
SMO67, SAM47, SMO67
SLA97
SMO67
SAM58, SFA87, SLA74, SAM71, SFA87, SFE34, SAM47, SLI90
SMO35, SFU37, SFA87, SAM20
SLI62, SMO32, SMO32
SSA65, SAM46, SFA87, SMO73, SAM98
SMO35
SMO44
SLI62
SMO32
SFE13
SAM60, SLA95, SLI29, SMO59, SAM47, SFE30, SMO19, SAM31, SMO59, SFE25
SLI26, SFU21, SLI26, SFU37, SMO44, SLA56
SHE42, SMO15, SMO15, SLA28, SMO15
SFE13
SMO49, SAM27, SLA36, SAM71, SAM47
SLA95
SAM55, SAM52
SLA74, SFE75
58
Estando
estar
estár
estas
estàs
estâs
estatuto
estava
estavas
estaveis
este
Este
Estendendose
esteril
estes
Estes
estillo
estima
estimada
estimado
estime
estio
Estio
estivera
estivestes
estou
Estoutra
estragos
estrancho
estranhe
estranhezas
estreita
estreitas
estrella
Estrella
estrellas
estremece
estuda
estudo
eterna
eternamente
Eternamente
eternas
eternidade
Eternidade
eternizar
eternizaste
eterno
eu
Eu
Evangelista
evita
evitar
examinação
excelente
excellencia
Excellencias
Excellente
excesso
exemplo
exemplos
exercita
Eximindo
exprimenta
F
Fabio
fabricada
fabricas
(1)
(6)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(11)
(4)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
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(43)
(10)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(3)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SHE54
SAM9, SAM9, SAM47, SAM20, SAM33, SFE75
SMO57
SLA18, SFE70, SLA28, SMO11
SLA93, SHE42
SFU64
SMO67
SFE80, SMO89, SMO32, SFE75
SHE42
SMO82
SMO83, SFE70, SSA63, SMO15, SAM4, SMO73, SAM60, SMO3, SAM41, SMO3
SFA53, SSA68, SLA72, SLA72
SFU85
SAM41
SMO10
SAM2
SFE30, SFE34, SAM2
SFE39
SAM96
SAM66
SFE75
SLI29, SLI29
SAM41
SAM27
SMO19
SLI26, SMO11
SAM7
SAM52, SMO44
SAM41
SAM2
SAM71
SFU64
SAM52
SMO61, SAM20, SHE54
SLA94
SLA94
SAM91
SFE75
SAM4, SFE75
SSA86, SSA86, SSA63, SPR1
SFE40, SLA99, SLA93
SLA93
SSA86
SAM71, SSA63
SLA28
SMO19
SLA97
SLA12, SHE100, SLA97
SMO15, SLI26, SAM6, SAM14, SAM58, SLA24, SFE75, SFE80, SFE39, SAM45
SFE78, SMO49, SAM45, SFE13, SAM17, SMO59, SAM17, SMO81, SLI29, SPR1
SSA92
SAM66
SPR1
SLA18
SLA99
SLA95
SLA95, SLA95
SLA95
SLA12, SSA86
SLA93, SPR1, SHE100
SLI29, SMO69
SAM14, SMO49, SLA36
SLA36
SMO69
SFE25
SMO57
SAM7
SLA97
59
faça
façais
Façame
façamos
faço
fadigas
Fado
Fados
falla
Falla
Fallai
fallando
Fallando
Fallava
fallou
falso
falta
faltarà
fama
Fama
Familiar
famosa
famoso
famosos
fantazia
farà
farei
fareis
Fareis
favor
faz
faze
Fazei
fazeis
fazem
fazendo
fazer
Fazer
fazia
fazião
fé
fè
fê
Fè
Fê
feas
fechada
feira
feiticeira
feito
feitos
Feitos
felice
feliz
feminil
Fenis
fera
Fera
fere
ferida
feridas
ferido
fermosa
Fermosa
fermosas
fermoso
Fermoso
fermosos
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(9)
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(3)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
SFE78, SAM9, SFE40
SFE25, SMO67, SMO10, SMO82
SFA88
SMO3
SAM17, SMO59
SMO5
SMO15, SAM31, SAM4, SAM23, SAM8, SFA51, SAM31, SAM98, SMO49
SLI62
SLA72
SMO35
SAM45
SMO59
SFE75
SLI22
SMO73
SMO82, SAM66
SAM47, SLA56, SLA94, SFE39
SFE75
SLA77, SLA97, SAM8, SLA77
SHE100, SHE38, SLA28
SFA51, SFA88, SFA87, SFA53
SHE42
SLA99, SLA99, SLA12
SFU85
SMO50, SLA18
SAM4, SLA94
SFE78, SMO83, SLA77
SAM7
SAM27
SMO67
SAM71, SAM98, SSA86, SAM98, SFE40, SAM48, SAM98, SMO32, SAM98, SAM98
SLA77
SAM20
SLA95, SAM47
SMO67
SMO11, SMO15
SAM43, SMO16, SMO50
SFU85
SFE40, SAM6
SMO81
SAM33
SAM31
SLA74, SFA53, SAM31
SAM14, SSA63, SAM14
SSA63, SAM7, SAM27
SLI62
SFE40, SFE25
SFE13
SFE30
SFE78
SFU85, SMO19
SFE78
SHE42
SLI90, SHE100, SHE38
SSA92
SLA93
SMO16
SMO67, SAM98
SAM55
SFU37, SAM48
SAM55
SMO61
SLA74
SAM31
SLI62
SAM6, SMO61
SAM43
SAM48
60
fermosura
Fermosura
fero
ferro
fes
festa
festejar
Festivo
fez
fias
fiavas
fica
fico
fieis
fiel
figas
Figueiredo
figura
Filha
filho
Filho
filhos
Fili
Filis
Filomena
Filosofia
fim
fingida
Finje
fino
Fiquem
firma
Firmamento
firme
firmeza
fizera
fizesse
flama
Flama
flamas
Flerida
flor
Flora
florece
floreces
flores
florestas
foge
Foge
fogo
Fogo
foi
foy
Foy
foyse
foje
folares
folga
folgais
folgando
fonte
Fonte
fontem
fontes
for
fora
Fora
foram
(8)
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(20)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(3)
(7)
(1)
(1)
SAM48, SMO50, SMO83, SAM43, SAM20, SFA87, SAM55, SMO61
SMO50, SMO50
SAM46, SAM91
SFU64, SAM96
SFU64, SFU64
SFE75
SAM33
SFE40, SFE70, SFE13, SFE34, SFE78, SFE39, SFE25, SFE30, SFE75, SFE80
SLA99, SHE38, SLA36, SMO49, SAM52, SFE70
SMO44
SHE42
SFE25, SAM4, SMO82, SAM60
SFE78
SAM46, SMO82
SAM60, SLI62, SMO15
SMO11
SLA28
SFE34
SFE70, SFU37, SLA74
SLI90
SSA63, SSA63, SSA68
SAM46
SLI90, SAM47
SAM58, SAM58
SLI26
SFE39
SFE70, SMO16, SFU21, SPR1, SMO83, SAM14, SLA18, SLA93, SAM8, SLI62
SAM45, SAM60, SAM45
SMO5
SFA51
SAM60
SAM91
SAM20, SHE42
SHE42, SHE100, SMO61
SSA63, SAM31, SMO59
SFU85, SMO5
SAM58, SAM58
SAM43
SHE100
SMO11
SAM46
SFU37, SAM47, SAM20, SLA94, SFU37, SLI26, SFU37, SMO82
SAM45
SSA92
SLA77
SFA51, SMO44, SFA87, SAM2, SLA74, SFA87
SFA87
SMO82, SMO61
SAM14, SMO32, SAM14
SLA93
SFU85, SFU85
SAM96, SLA24, SAM96, SFE80, SMO84, SMO19, SAM8, SAM96, SMO73, SLA99
SHE79, SAM17, SAM20, SMO69, SFU85, SAM46, SHE54, SFU37, SFU21, SAM41
SAM96, SMO82
SFU37
SMO10
SFE25
SMO49
SMO32
SMO81
SFA53, SLI29, SLI29, SLI29, SMO89
SSA86, SSA86
SSA86
SSA86
SHE54, SAM41, SAM46
SLA12, SMO59, SAM98, SLA24, SFE39, SLA95, SAM55
SMO59
SMO19
61
forão
foras
força
Força
forçado
forças
forrada
fortaleza
forte
fortuna
Fortuna
fortunas
fosse
foste
fostes
Fostes
fraco
Frade
fragil
fragrancia
fragrante
fragua
Francés
Francisco
fraqueza
Fraqueza
fraude
fraudulento
Frey
freixo
Freixo
frescura
Fresta
fria
frio
fronte
fruta
fruto
fugî
fui
fuy
Fuy
fulminar
fundadas
Funebre
Funesta
fura
Furna
furtado
futuro
Gabello
Gabriel
Galanta
Galante
galê
galhardia
ganho
ganhos
Gastas
gastasse
gaste
geito
General
generoso
Generosos
gente
gentes
gentil
(4)
(1)
(7)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(6)
(3)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(7)
(7)
(1)
SFU21, SMO44, SAM2, SLA24
SLA12
SMO44, SMO5, SHE79, SAM98, SHE54, SFU85, SAM91
SAM66, SLA24
SFU21, SFE34
SHE38
SFE40
SFU64
SFU64, SAM98, SLA28
SLI22, SLA95, SLA36, SAM96, SAM4, SMO84
SLA95, SAM2, SHE54
SHE42
SMO84, SAM14
SAM8
SSA68, SLA74, SMO82
SMO16
SMO61, SFA53
SMO57
SSA86
SFA87
SFA87
SFA51
SAM66
SLA12, SLA18
SAM33, SMO59
SMO84
SAM27
SAM71
SLA72
SMO61
SMO89
SAM47, SFA87
SFE40
SMO50
SAM41, SAM76, SLI29
SMO89
SFE70
SFE70, SFA51, SMO82, SFA51, SMO35
SPR1
SPR1
SMO84
SMO15
SAM98
SMO82
SFU21, SFU37, SFU64, SFU85
SMO50
SFE40
SFE40
SMO11
SFU64
SSA68
SLA99
SFE80
SFE80
SFE34
SMO32
SAM9
SAM9
SMO44
SLA36
SFA88
SLA18
SLA28, SFU21
SLA97
SHE100
SMO83, SFE13, SFE75, SFE75, SAM14, SHE79, SAM17
SSA63, SFU21, SAM2, SMO44, SMO50, SLA18, SHE38
SLI26
62
geral
gesto
Giostiniano
Giovenetos
gloria
Gloria
glorias
gloriosas
glorioso
gloriosos
golfo
golpe
golpes
Gomes
gosto
Gosto
gostos
gota
governo
gozado
gozâra
gozasse
goze
gozou
Gozoute
graça
Graça
graças
gracinha
grade
gram
grande
grandes
grandeza
grandezas
granhais
grão
grave
Grecia
Grilhão
grita
grito
guadameci
guardadas
guardado
guardais
guardas
guardaste
Guardastes
guardo
guerra
guia
Guiador
guiay
ha
hà
Ha
Hà
habito
hão
haveis
havendo
Havendose
haver
haverse
havia
he
hè
(1)
(1)
(1)
(1)
(17)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(6)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(7)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(6)
(2)
(1)
(1)
(2)
(19)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(2)
(87)
(2)
SLA36
SLI22
SAM46
SFE78
SAM8, SSA63, SFA51, SPR1, SLA94, SLA93, SMO84, SAM9, SAM58, SPR1
SLA94, SAM4
SLA95, SAM14
SLA99
SLA12
SFU85
SAM76
SAM55
SLA28
SLA28
SLA56, SFE39, SHE54, SMO10, SAM6, SMO35, SMO73, SMO32
SAM27
SAM60
SMO59
SLA12
SLA94, SFU85
SMO19
SFU85
SFU85
SFU85
SFU85, SFU85, SFU85
SAM43, SMO61, SFA87, SMO19, SSA86, SSA86
SMO59, SAM6
SFE25, SFE25, SAM66, SSA86
SFE30
SFE40
SAM8
SMO5, SLI90, SAM8, SMO5, SMO61, SAM60, SLA97
SAM48, SAM48, SLA72, SAM4
SFA88, SAM43
SFU64
SAM48
SAM20
SLI90, SAM66, SAM55
SLA18
SFE40
SMO73
SFA53
SFE34
SMO82
SLA94, SAM96, SMO84
SAM52, SAM52, SAM52
SMO32
SSA92
SAM48
SLI62, SAM52
SMO84, SFE39, SAM47, SMO89, SMO81, SAM43
SSA68, SLA18
SSA68
SSA68
SFE25, SMO3
SMO83, SMO84, SFA53, SMO73, SMO73, SAM33, SAM23, SAM31, SAM31, SAM31
SFE30
SAM71
SMO57
SFU37
SMO10
SFA88
SAM55
SAM96, SFU85, SFE70, SFU37
SLA24
SFA53, SLI22
SAM66, SLA72, SFE78, SMO35, SAM8, SAM27, SMO5, SMO32, SMO11, SLA72
SFE75, SSA63
63
He
hei
hey
heis
Heroico
Hesperides
hião
historia
hoje
Hoje
home
homẽ
homem
Homem
homẽns
Homẽns
Homero
homicida
honra
honrada
honrado
honrados
honrar
honras
honrasse
honroso
hora
Hora
horas
Horido
horrenda
horror
hospicio
houve
hũ
hũa
Hũa
hũas
Huy
hum
Hum
humana
humanas
humano
humanos
humida
humilde
Humilde
humildes
humor
hũns
I
idade
idades
ide
Ide
idea
Idolo
idos
ignora
ignorancia
ignorante
Ignorantes
ignoro
igual
Igual
iguala
igualdade
(13)
(4)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(2)
(16)
(4)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(14)
(13)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(34)
(4)
(1)
(2)
(57)
(11)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(5)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
SAM48, SLA72, SAM33, SAM47, SFE70, SFU85, SLA72, SLA99, SAM20, SAM9
SFE25, SMO15, SMO16, SFE25
SMO61
SAM46
SHE42, SHE100, SHE54, SHE79, SHE38
SMO84
SMO81
SLA93, SLA99
SFE70, SAM48, SFU21, SSA65, SAM2, SMO10, SMO5, SLI62, SLA93, SFA88
SAM43, SLA95, SLA36, SHE42
SFE70
SSA86
SMO11, SFE34
SMO67, SMO67
SSA92
SMO67
SLA18
SMO81
SSA63, SMO5, SMO84
SFE75
SFU21
SAM46
SAM43, SSA92
SLA93
SFU85
SMO49
SAM58, SFE80, SMO44, SLI90, SHE54, SAM20, SAM33, SAM9, SAM6, SLA56
SAM52, SFE13, SAM33, SAM41, SFE70, SLA24, SFE13, SMO69, SMO73, SMO89
SAM71
SLI29
SMO50
SPR1
SAM71
SAM31
SFE13
SFE39, SLA18, SFU37, SAM43, SAM96, SAM7, SMO59, SMO59, SFE80, SAM27
SFA51, SLI90, SMO84, SMO73
SAM52
SFE70, SFE34
SAM8, SFA51, SFA87, SFE40, SFE78, SLA56, SFU85, SFU37, SFE39, SAM71
SFE70, SFU21, SMO69, SAM91, SAM4, SFA51, SMO89, SAM4, SAM8, SLA72
SMO16
SLA94
SFA51, SSA63, SFE39, SFE39, SMO84
SFU37, SMO19
SAM91
SSA86, SAM4, SAM2, SLA56
SAM20
SAM46, SAM46
SMO3
SAM48
SPR1
SLA77, SHE79, SMO73, SLA77, SMO57
SAM6, SAM60, SLA77
SFE70
SAM46
SFE75
SAM60, SMO19
SMO10
SAM45
SAM2, SFA53
SSA68
SMO81
SLI26
SAM4, SAM96, SLA74, SMO50
SSA68
SAM58
SSA63
64
iguallo
igualmente
II
III
illustrado
illustraste
illustre
illustres
imagino
imitando
immensa
immenso
imortal
Imortal
impede
imperio
Imperio
impias
importa
importe
impossivel
inauditos
incendio
incertezas
incerto
incita
inclitos
inconstante
inculca
inda
Indio
industria
induzem
infante
Infante
infelice
infeliz
inferno
informação
informada
Ingenhos
ingrata
ingratidão
ingrato
injuria
injusto
inorante
insigne
insignias
instantes
instrumento
inteira
inteiro
intenta
intento
intitula
intrepida
invenção
inverno
Inverno
ir
Ir
iracundo
Irado
iràs
Iras
irei
irmãns
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(1)
(9)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SAM41
SLA12
SAM2
SMO3
SLA94
SSA92
SHE79, SFA53, SLA99, SAM23, SLA12
SFU85
SMO49
SLA93
SMO59, SSA63
SSA92
SLA97
SLA97
SMO32
SLA36, SLI90
SHE38, SMO84, SSA63
SAM66
SMO69, SLA74
SMO83
SMO5, SAM4, SAM8
SLA18
SAM52
SAM71
SMO83, SMO83, SMO83
SAM66, SMO73
SHE100
SFE80
SHE38
SAM45, SAM27, SMO61, SAM76, SFU37, SFE78, SFE25, SLA74, SFE30
SAM96
SAM52, SAM48
SMO69
SAM46
SFU64, SHE54
SAM96, SAM17
SHE100
SFE40, SLA12
SAM7
SAM7
SHE100
SAM45, SFE30, SMO59, SAM45
SAM98
SMO67, SAM60
SLA93
SMO69, SHE38
SAM96
SHE79
SHE100
SAM71
SLA56
SMO73
SAM41
SSA65, SLA95, SAM98
SFA53, SAM31, SAM8
SLA36
SLA28
SMO16
SLI29
SAM41
SFE70, SAM4, SHE79, SHE79
SMO16
SHE79
SAM91
SLI22
SAM98
SMO15
SAM55
65
irresoluto
isso
Isso
isto
Ithaco
IV
IX
ja
já
jà
jâ
Já
Jà
Jacô
jardim
Jardim
Jaz
Jáz
Joana
João
jocundo
jogo
joya
julgarà
julguei
junta
juntar
junto
Junto
Justiça
justificar
justo
L
la
là
Lá
Là
Labão
laços
lagrimas
lamenta
Lamentando
lapidario
larga
largo
lascivo
lastima
lastîma
lastimas
lauas
Laudatorio
lavarse
Lavrador
lazos
lè
leda
ledos
ley
leis
leys
Leys
Leite
lembrança
lendo
lenho
ler
Lesbina
leste
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(27)
(2)
(1)
(10)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(8)
(1)
(3)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(14)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
SFA51
SFE39, SFE34
SFE78
SFE30, SMO15, SFA51
SLA99
SAM4
SAM9
SMO44, SAM91, SAM17, SAM2
SLA72
SAM7, SLA94, SAM33, SAM71, SMO69, SLA18, SAM43, SFU37, SFE13, SAM55
SMO67, SMO44
SLI62
SAM47, SMO49, SPR1, SFE34, SMO57, SAM27, SAM47, SFA88, SAM14, SMO35
SLI62
SMO84
SLA94
SLI22
SAM47
SFE70
SSA92, SFE78, SFA53
SMO73
SFU85
SFE30
SMO11
SMO49
SMO19
SLA72
SMO50, SLI26
SLI22
SFU21, SAM8
SMO16
SSA63, SMO69
SMO50
SFE39
SAM9, SAM20, SFE40, SFU37, SFE70, SAM14, SAM60, SHE79
SAM91
SFU37, SFA53, SMO16
SLI62
SAM6
SAM76, SAM33, SHE42, SFA51, SAM76, SAM46
SLA95
SAM96
SAM96
SMO82
SLI62, SMO59
SFE75
SFE39, SHE42, SLA95
SMO69
SHE42, SAM2
SSA65
SLA36, SLA97, SLA24, SLA72, SLA12, SLA77, SLA74, SLA56, SLA95, SLA28
SFA53
SAM47
SLA94
SFA88
SLI62
SAM46
SAM48
SLI90, SSA63, SMO44
SMO67
SMO67
SHE54
SAM31
SLA18, SLA72
SAM23, SPR1
SLA56
SMO44, SMO44
SHE79
66
letra
letrado
letras
leva
levada
levanta
Levanta
levantada
levantados
levantarte
levante
leve
levo
levou
lha
lhas
lhe
Lhe
lhes
lho
lî
LI
Lias
licença
licenças
Lici
Licis
LII
LIII
limpa
limpo
linda
linguas
linho
Lirico
Lisboa
lisonjeiro
LIV
livre
livro
Livro
LIX
logo
Logo
logra
Logrão
lograste
longe
longo
louco
Lourenço
louro
louva
louvada
Louvando
louvarte
louvava
louvor
louvores
Lucinda
lugar
Lugar
lumes
luminoso
Lusitano
lutou
Lutou
luz
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(33)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(4)
(1)
(8)
(2)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(3)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(10)
SSA86
SFE80
SLA99
SMO83, SFE40
SAM96
SMO89
SLI90, SLA97
SLA12
SLA95
SLI90
SSA86
SFA87, SHE54
SAM4, SMO15, SAM4, SFE40
SAM8
SAM71
SAM48
SFE78, SMO49, SFE75, SHE42, SAM41, SAM20, SMO81, SFE70, SAM98, SHE42
SSA63
SFE78, SMO16, SMO67
SMO89
SFE13
SFA51
SLI62
SLI22, SMO44, SMO35
SFE34
SAM31
SAM98
SAM52
SFA53
SAM6
SAM33
SFE80
SFU37
SAM23
SLI26, SLI90, SLI62, SLI29, SLI22
SSA63, SHE79
SAM6
SHE54
SHE54
SFA88, SLA95, SFA53
SLA28, SSA92, SLA99, SLA36
SMO59
SFE70, SSA63, SFE40, SMO83, SMO67, SAM7, SMO10, SMO67
SFE39, SMO49
SAM20, SMO49
SAM47
SAM8
SMO89, SMO57, SMO19
SSA65
SAM9, SMO35
SFE70
SFE78
SHE79
SFA87
SAM48
SAM58
SLA56
SLI90, SAM58, SFA53
SLA36, SLA56, SFU37
SAM76, SAM76
SFA53, SMO59, SSA63
SAM27
SFU37
SLA12
SSA63
SMO89
SMO89
SSA92, SSA63, SLA94, SLA94, SFE75, SLA94, SAM43, SAM7, SSA68, SSA68
67
LV
LVI
LVII
LVIII
LX
LXI
LXII
LXIII
LXIV
LXIX
LXV
LXVI
LXVII
LXVIII
LXX
LXXI
LXXII
LXXIII
LXXIV
LXXIX
LXXV
LXXVI
LXXVII
LXXVIII
LXXX
LXXXI
LXXXII
LXXXIII
LXXXIV
LXXXIX
LXXXV
LXXXVI
LXXXVII
LXXXVIII
ma
mà
Macedo
madeiro
Madre
magnanimo
magoas
May
Mayo
maior
mayor
mayores
mais
Mais
mal
Mal
Malaca
maldizer
males
malogradas
maltratada
Maltratado
mana
mancebo
mandais
mandamentos
mandandolhe
Mandandolhe
mandar
mandarão
Mandaravos
mandardes
Mandarvos
mandava
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(3)
(2)
(83)
(9)
(17)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SAM55
SLA56
SMO57
SAM58
SAM60
SMO61
SLI62
SSA63
SFU64
SMO69
SSA65
SAM66
SMO67
SSA68
SFE70
SAM71
SLA72
SMO73
SLA74
SHE79
SFE75
SAM76
SLA77
SFE78
SFE80
SMO81
SMO82
SMO83
SMO84
SMO89
SFU85
SSA86
SFA87
SFA88
SFE75, SAM17
SFE30
SLA95
SSA68
SFE30
SHE100
SLA56
SSA63, SSA63, SLA74
SLA74
SHE38, SMO3
SAM23, SFA88, SMO50
SMO57, SAM52
SLI90, SAM55, SAM58, SHE79, SAM17, SMO15, SLA24, SHE79, SAM48, SFE40
SLA28, SMO3, SSA68, SSA65, SMO69, SLA18, SLA94, SAM46, SAM9
SLI22, SMO16, SLI29, SLI29, SAM33, SFE78, SAM96, SFE40, SFU64, SMO84
SFE80
SLA12, SLA12
SAM66
SAM2
SMO82
SAM14
SAM41
SFE70
SMO32, SFA53, SMO57
SMO67
SSA65
SFA53
SAM17
SFE25, SMO5
SFA53
SFE25
SFE78
SFE25
SFE40
68
mande
mandeis
mando
mandou
maneira
manhãa
manham
manquejardes
manquejo
mansas
manso
manto
Manuel
mão
mãos
mar
Mar
maravilha
maravilhas
marchetado
Marcial
marear
mares
Mares
Maria
Mariana
Marido
Marinheiro
Mario
maritima
Marmore
marmores
Marte
martirio
mas
màs
Mas
matadores
matadura
matalla
matallo
matar
mateis
materias
me
Me
medico
medida
medidas
Medindote
Medir
medo
Medo
medonhamente
medos
Mel
melhor
Melhor
melhora
Melhora
melhorar
melhores
MELLODINO
memoria
Memoria
memorias
Memorias
menção
(2)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
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(5)
(5)
(11)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(16)
(1)
(41)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(76)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(7)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
SFE13, SLA97
SFE34, SAM9
SFA53, SLA36
SAM43
SLA94, SAM33
SAM6
SAM47
SFE80
SFE80
SSA65
SLI22
SLI26, SHE54
SLA77
SLI62, SMO82, SFA88
SFE70, SAM96, SAM41, SPR1, SAM4
SAM23, SAM91, SMO89, SHE38, SAM96
SHE100, SAM91, SSA86, SMO59, SLI26, SMO89, SMO89, SSA65, SMO73, SLI22
SHE42, SLA36
SMO50, SAM48
SMO3
SFU85
SLA18
SHE38
SLI62
SSA63
SLA74
SFE70
SAM47
SMO69
SHE38
SHE100
SMO44
SHE79, SHE79, SLA72
SAM66
SLI62, SMO19, SAM45, SAM9, SAM96, SFE25, SLA18, SMO15, SFE34, SFA51
SLA99
SMO15, SAM76, SMO19, SAM43, SAM20, SAM6, SLI26, SFE80, SFE75, SAM60
SFA51
SFE40
SAM55
SFE30
SAM55, SAM55
SAM20
SHE100
SMO61, SAM9, SAM66, SAM45, SMO49, SAM27, SMO83, SAM4, SAM41, SAM17
SFA88, SFE75, SMO84, SFE78
SSA68
SMO59
SAM48
SMO44
SAM98
SAM23, SLI26, SMO3
SAM27
SAM91
SAM46
SFE25
SMO50, SAM23, SAM2, SMO44, SAM55, SAM23, SMO67
SAM58, SMO73, SMO73
SAM9
SLA93
SLI26
SFU37, SFA51
SPR1
SLA93, SLA99
SLA97
SLA97
SLI62
SPR1
69
Meneses
menos
Menos
mente
mentecatos
mentindo
mentiome
Mentirlhe
mercè
mercê
Mereçate
merece
mereces
merecida
merecimento
merito
Meritos
mesma
mesmo
mestra
Mestre
mestres
Meta
Metafora
mete
metrico
meu
Meu
meus
meza
mezes
mezinha
mi
my
mihi
mil
milagre
Milagre
milagres
milagroso
milhão
milhões
minha
Minha
Minino
Ministro
miseros
mister
misterio
Misterio
mo
Mo
mocidade
moço
moços
modello
modellos
moderna
modo
modos
mofino
Mofino
molesta
molher
Monarca
Monsieur
monta
monte
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(8)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(20)
(4)
(7)
(1)
(1)
(1)
(31)
(2)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(14)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(3)
SLA12
SAM45, SLA18, SMO11, SAM71
SAM55, SAM45
SMO73
SFE13
SLI62
SMO84
SLA95
SFE34
SFE13, SFA88
SSA92
SAM76, SAM76, SLA56, SFA87
SLA77
SAM33
SAM20, SAM55
SFU64
SLA95
SLA94, SAM7, SLA99, SMO44, SAM46, SFE75, SFA88, SHE42
SAM31, SAM27, SSA92, SPR1, SMO15, SLA28, SMO49, SMO15, SFE25
SHE100
SSA65
SHE100
SHE42
SAM91, SMO89
SMO84, SFA51
SLA77
SMO84, SMO84, SMO19, SLI29, SAM47, SAM27, SAM60, SMO49, SMO16, SAM17
SAM66, SFE13, SFE34, SFE78
SAM52, SAM7, SAM2, SMO10, SPR1, SFA53, SFA87
SFE40
SFE70
SSA68
SFE25, SAM41, SAM55, SMO15, SAM27, SFE34, SAM60, SAM27, SAM45, SMO15
SAM46, SMO82
SSA65
SMO69, SMO73, SMO73, SMO83, SAM71, SAM6, SAM71, SAM55
SAM20
SAM20
SAM48
SLA97
SAM71
SAM71
SAM52, SMO15, SMO15, SFA87, SAM55, SMO16, SMO59, SAM33, SAM23, SAM9
SLA74
SSA68
SLA24
SLA95
SFA88
SHE38
SHE79
SAM60
SFE25
SMO81, SMO73
SLI26, SFE78
SMO81
SAM58
SAM48
SFA88
SAM58, SFA51, SMO16
SMO5, SMO19, SAM48, SAM2
SAM17
SAM14
SSA68
SMO35
SHE100, SMO69
SAM66
SLA72, SAM9
SMO57, SMO61, SMO89
70
montes
mora
morada
Moral
Morante
morgado
morras
morrei
Morrei
morreis
morrer
Morro
morta
mortal
mortas
morte
Morte
mortes
mortos
Mortos
mostra
Mostra
mostrarão
mostrarse
Mostras
mostrou
Mouro
movimento
muda
mudança
mudar
mudo
mudos
muy
mũy
muita
muitas
Muitas
muito
muitos
multiplicado
mundo
Mundo
murchem
murmurar
muro
Muros
Musa
MUSA
Musas
Musica
Musico
mutas
muto
n'
N
na
Na
nacar
Nacestes
nada
Nada
nado
namora
namorada
não
Não
nas
(1)
(1)
(1)
(23)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(15)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
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(3)
(2)
(2)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(9)
(2)
(1)
(11)
(22)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(20)
(3)
(1)
(1)
(8)
(2)
(1)
(1)
(1)
(92)
(34)
(13)
SSA86
SLI26
SMO50
SMO32, SMO50, SMO49, SMO11, SMO57, SMO69, SMO5, SMO83, SMO59, SMO44
SLA72
SFE70
SFU64
SAM46
SAM46
SAM46
SMO59
SAM66
SFU37
SAM98, SFU37, SFE39
SMO44
SMO82, SFU64, SFU37, SFU85, SFU21, SFU64, SAM46, SMO32, SFE75, SAM8
SMO81, SAM27, SMO50, SFU64, SMO50, SMO81, SFU37, SFU64, SMO50, SFU21
SAM76
SFA51
SFE75
SSA65, SSA68
SAM66
SLA56
SFU37
SLI22
SSA65
SFE78, SMO84, SFE30
SFE75, SFA87
SFE39, SFE75
SLA93, SAM31, SLI29
SMO15
SAM58, SAM60
SAM58
SFE34
SLA74
SFA88
SFA51, SAM27, SAM55, SLA56, SFA51, SFE70
SFA51
SAM31, SFE13, SMO32, SLI22, SLA24, SAM66, SFU64, SLA24, SMO35
SMO5, SLI29
SAM31
SAM27, SAM20, SMO83, SFU85, SLA99, SMO83, SLI26, SAM4, SFE34, SSA68
SFA53, SMO3, SMO11, SSA92, SSA92, SMO11, SLA56, SAM43, SMO11, SMO44
SMO44
SAM41
SFU64
SAM52
SMO3, SLA56, SLA12, SFA87, SFE78, SAM2
SPR1
SFA53
SFA88, SFA88
SLI90
SAM76
SFA51, SMO82
SAM52, SLI22
SHE38
SFE75, SHE79, SLA72, SMO32, SMO32, SAM27, SFE78, SSA63, SAM96, SAM9
SAM91, SLA24, SMO81
SMO84
SMO82
SFE25, SMO57, SFA87, SFA51, SMO32, SFU37, SFE25, SAM96
SMO84, SAM66
SFE70
SAM47
SLI26
SLA93, SAM4, SFE78, SMO50, SAM41, SMO69, SLI26, SFU37, SLA56, SMO67
SAM6, SAM41, SLA56, SLA56, SAM33, SAM60, SAM2, SMO19, SFA88, SAM52
SLI90, SLA95, SAM14, SLA77, SPR1, SAM48, SLA97, SLA56, SLA28, SAM9
71
Nas
Nasça
nasce
Nasce
nasceo
nascer
Nascer
nasceu
nascido
nascimento
Nascimento
Natal
naturaes
natureza
naufragio
navegação
navio
nẽ
nega
negada
negarlhe
negra
Negro
negros
Negros
nella
nellas
nelle
nelles
nem
Nem
nenhũa
nenhum
Nenhum
nenhũns
nessa
nesse
nesta
neste
neve
Ninfa
ninguem
Ninguem
no
No
nobre
nobres
noite
nojo
nome
norte
Norte
nos
nòs
nossa
Nosso
Nota
notoria
nova
Nova
nove
novo
novos
ns
num
numeroso
nunca
Nunca
(2)
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(2)
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(4)
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(25)
(3)
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(3)
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(18)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(13)
(4)
SLA12, SSA65
SFE39
SHE54, SSA86
SAM43, SLA93
SAM43, SFE39
SHE54
SMO59
SMO89
SFE70
SFE70, SMO82
SAM43
SAM43
SLA56
SAM43, SMO59
SFU85, SPR1, SSA68, SPR1
SSA68
SMO89
SAM66
SMO35
SAM7
SLI62
SFE75
SFE40
SAM48
SAM48
SMO81, SLA12, SAM7
SAM9
SSA65
SAM52
SFA51, SFE40, SSA86, SPR1, SHE42, SHE42, SMO89, SAM23, SFE34, SFE34
SAM47, SLA74, SMO49, SAM8, SAM66, SFA51, SMO35
SFE80, SAM58
SMO19
SLA72
SMO81
SAM48
SLA99
SFE39, SAM17, SPR1, SFE75
SAM9, SMO73
SLI29
SAM91
SAM2, SMO16
SFE70
SMO89, SAM66, SLI26, SAM76, SFU21, SFE75, SAM20, SAM76, SMO49, SFA87
SFU21, SLI90, SAM96
SAM31, SMO57, SFU21
SLA93
SAM47, SHE54, SFE75
SFE25
SLA97, SLA97, SLA97, SMO50, SAM8, SFU85, SFE75, SMO11
SMO32
SSA68, SAM98, SMO83
SLI22, SMO83, SFA87, SFA88, SHE79, SAM14, SFE39, SMO19, SLA95, SFE30
SFE78
SHE100
SHE100
SMO50
SLA99
SSA92, SFE25
SMO16
SFE75
SAM4, SMO10, SAM98, SFE39, SHE38, SSA63, SAM41, SMO16
SAM9
SLI90
SFE70
SLA97
SAM71, SAM27, SFU21, SAM41, SAM60, SFU37, SAM52, SAM31, SAM2, SAM48
SAM46, SLA12, SLA74, SAM55
72
Nuncios
Nunes
nuvẽns
o
ò
ô
O
obedece
obedeceis
obedecer
obedecido
obedeço
obediencia
obediente
obrando
obrar
obras
Obras
obriga
obrigação
obrigas
Occidente
ocio
ocupâra
odio
offenda
offensa
offereças
offerece
offrece
offrecera
offreceu
oito
oje
olha
Olha
olhado
Olhais
olhe
olhos
Olhos
Olimpo
ondas
onde
Onde
oportuna
oposto
Ora
Oraculo
ordem
ordena
ordenas
ordinarias
orelha
Oriente
os
Os
ou
Ou
Ouça
ouças
Ouço
ouro
ousadia
outra
Outra
outro
outros
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(1)
(9)
(2)
SAM43, SAM46
SFA53
SAM7
SAM17, SFE30, SSA92, SFE39, SMO67, SAM58, SLA93, SMO84, SSA65, SAM43
SMO59, SFU64, SLI90, SLA94, SMO11, SFU37, SAM8, SSA92, SMO16, SHE42
SAM20, SLI22, SHE79, SAM91, SAM71
SMO89, SSA65, SSA63, SAM4, SAM2, SSA68, SFE39, SMO61, SLA77, SAM23
SAM91
SSA65
SMO67
SSA65, SAM8
SMO67
SAM27
SAM17
SMO59
SMO67
SHE38
SMO67
SAM41
SAM4
SFA53
SAM76
SMO73
SLA56
SMO11
SMO59
SMO59, SFA88
SSA92
SHE100
SSA92
SLA97
SHE100
SFE78
SHE100
SMO44
SAM60
SMO61
SHE38
SMO69
SMO81, SAM6, SLA77, SAM7, SAM48, SAM46, SAM7, SMO19, SMO59
SMO50, SAM48
SLA12
SAM47
SFA53, SLA77, SLA56, SAM55, SLA97, SFA53, SPR1
SFU85, SMO61, SHE100
SLA95
SLA12
SAM98, SMO44
SMO19, SSA92
SMO81
SAM9
SLA36
SMO67
SFE80
SAM76
SMO10, SMO19, SFU37, SMO44, SMO57, SFA88, SFU64, SAM6, SMO67, SAM6
SAM60, SLA93, SFU85, SLA36, SFA87, SAM52, SFE78, SMO81
SSA86, SLA72, SAM4, SAM8, SMO69, SAM8, SMO61, SAM45, SMO3, SHE79
SAM6, SLA95, SFE13, SMO67, SAM45, SMO19, SMO5, SAM98, SLA72, SLA74
SFA88
SMO35
SLA18
SLA77, SFE30, SMO84, SFA51, SMO61
SMO16
SLA28, SAM4, SAM14, SAM20, SAM33, SLA94, SAM33, SAM98, SFE78
SAM60
SMO69, SFA53, SMO82, SFU21, SAM20, SFA51, SFE34, SFE78, SMO73
SAM14, SMO61
73
ouvia
ouvida
ouvidas
ouvido
ouvidos
ouvir
ouvis
ouzada
ouzadia
ouzado
Ouzado
ovelhas
P
paciencia
padeça
padecella
padecello
padeci
padecidos
padeço
padrinhos
paga
pagar
Pagaste
paguelho
pay
Pay
Paiva
Palatino
palavras
Palestra
palestras
palha
Palinuro
Palladioens
Pallida
par
pâr
para
pâra
Para
parabẽns
paralello
pâre
Pâre
pareça
parece
Parece
pareceis
parecer
parecida
paredes
Paredes
Parente
parentesco
pares
Parmeno
parte
Parte
partes
partese
parti
partia
partir
Parto
partome
passa
passados
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(1)
(1)
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(1)
(3)
(1)
SMO16
SAM48, SMO57
SFA87
SFE70
SAM2, SLA77
SLI62, SAM41, SLA56
SFE39
SFU21, SFU37, SSA65
SFE39, SHE42, SFE39
SAM58, SMO35
SSA65
SLI62
SFE25
SFU64
SMO16
SAM17
SAM58
SAM71
SAM2
SAM17
SFA88
SAM20
SAM6
SFU64
SFE13
SAM46
SFE70, SSA68, SFE70
SLA36
SLA72
SMO19, SMO73
SHE100
SLA28
SFE75
SSA68
SMO11
SMO61
SFA53
SAM48
SFA88, SLA28, SFE40, SMO44, SFE13, SMO35, SLA28, SFE80, SLA24, SAM98
SMO50, SMO50, SLI29
SHE100, SFE75, SPR1, SLI62, SLI62, SLA18, SLI22, SFU21, SLA93, SFE34
SFE30, SFE30, SFE70
SSA68
SAM17
SAM7
SMO16
SLA12
SLA28
SAM43
SLA74
SLA94
SAM52
SAM52
SFE40
SLA74
SFE25
SLA28
SAM58, SAM23, SAM23, SFA88, SAM23
SAM23
SLA72
SAM23
SAM71
SAM6
SAM23
SAM23
SAM23
SFE34, SAM41, SFA87
SMO69
74
passage
passageiro
passando
passar
passarei
passarinhos
passaros
passas
passatempo
Passeai
passo
passos
passou
pastas
pastor
Pastor
patarata
Patria
patrocinio
Paulo
Pavão
paz
pé
peccado
peço
pedaços
pede
Pede
pedes
pedia
pedindolhe
pedio
pedir
pedirme
pêdra
Pedra
pedras
Pedras
Pedro
pegar
pego
Pegû
peito
peitos
Peixe
pejo
pela
Pelas
peleja
pelejo
pellas
pello
Pello
pelo
Pelo
pelos
pena
Pena
penar
penas
Pende
penedo
penha
penhores
pensamento
pensamentos
Pensamentos
peor
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
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(1)
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(2)
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(1)
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(10)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(6)
(2)
(4)
(1)
(1)
(7)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(5)
(2)
(1)
(2)
SMO83
SAM41
SFA87
SMO83, SAM27
SMO83
SFA88
SFE25
SMO35
SMO35
SHE38
SLI22, SMO81
SAM33
SAM58
SAM96
SLI22
SAM47
SFE30
SLA95, SLA95
SHE100
SLA72
SMO89
SAM43, SMO5, SMO5, SMO3, SFE39, SMO5, SAM2, SMO84, SAM47, SHE54
SFE34
SMO19
SMO67
SMO89
SHE42
SHE38
SSA65
SHE42
SSA68
SAM6
SAM9
SFE34
SMO44
SHE100
SAM52, SHE42
SLA99
SHE54
SFE75
SAM76
SFE34
SSA92, SSA92, SHE38
SMO19
SMO67
SFE80
SMO61
SAM7
SLA28
SMO5
SMO44, SFA87, SAM76
SLA95, SMO82, SLA28, SMO61, SHE38, SMO82
SSA63, SSA63
SFE34, SMO11, SAM8, SMO10
SAM31
SMO89
SLA77, SMO32, SFE75, SFE75, SLA28, SAM9, SAM66
SLA95, SLA95
SFA51
SAM9
SMO61
SAM91
SAM91, SAM91
SHE42
SAM31, SAM66, SAM8, SAM71, SAM9
SSA65, SLA93
SAM8
SAM47, SLA24
75
peores
(1)
pequena
(1)
pequenos
(2)
per
(1)
perca
(2)
perco
(3)
perda
(1)
perdão
(1)
perdendo
(1)
perder
(4)
perderdes
(1)
perderme
(1)
perdese
(1)
Perdese
(1)
perdi
(1)
perdição
(1)
perdidas
(1)
perdido
(2)
perdoo
(1)
peregrina
(1)
peregrinas
(2)
Pereira
(2)
perfeição
(1)
Perfeição
(1)
perfeições
(1)
perfeito
(1)
perfeitos
(1)
pergunta
(1)
perguntandoselhe(1)
perguntar
(1)
pergunto
(1)
perigas
(1)
perigo
(3)
perigos
(3)
perigou
(1)
Perola
(3)
perolas
(3)
Perseguida
(1)
perseguilla
(1)
persigo
(1)
pertença
(1)
perturbado
(1)
Perús
(1)
pès
(2)
pês
(2)
Pescador
(2)
petição
(1)
Petronio
(1)
pezada
(1)
pezado
(1)
pezame
(1)
pezar
(2)
pezo
(2)
Phalaris
(1)
pia
(1)
piadade
(1)
piadoso
(1)
picar
(1)
Piedade
(2)
Piloto
(1)
Pinho
(1)
pinta
(1)
Pintada
(1)
Pintando
(1)
Piramide
(1)
pizada
(1)
pizei
(1)
pizou
(1)
SFE25
SFE40
SFA88, SAM48
SFE80
SPR1, SAM7
SMO49, SMO15, SMO61
SLA95
SFE75
SLA18
SMO5, SMO49, SAM55, SAM98
SAM52
SAM66
SMO61
SMO61
SLI62
SPR1
SMO82
SLA18, SAM96
SAM60
SAM8
SLA77, SLA28
SLA99, SLA99
SLA36
SMO50
SSA92
SLA36
SMO19
SMO19
SFE80
SFE40
SLI26
SFU64
SLA24, SMO5, SAM41
SAM71, SAM23, SFA51
SLA24
SAM96, SSA92, SAM96
SMO84, SAM6, SAM76
SMO35
SAM4
SMO15
SFA87
SFE75
SFE25
SMO89, SFE13
SSA65, SSA65
SSA65, SAM91
SAM9
SFE13
SMO57
SMO11
SFU37
SLA12, SAM14
SAM8, SMO10
SMO16
SSA92
SSA92
SAM46
SFE40
SHE54, SSA63
SSA68
SMO89
SLA72
SAM45
SMO19
SLA99
SMO57
SLI62
SSA65
76
Planetas
planta
Platão
plumas
pò
pô
pobre
Pobre
poço
pode
Pode
podeis
podem
poder
poderà
podes
poem
Poem
Poema
Poëma
poes
Poes
Poesia
poesque
Poeta
Poëta
Poetico
Poetiza
pois
Pois
Pomo
pontas
por
Por
Porco
porem
Porem
Porém
porfia
Porfia
porfias
porfido
porque
Porque
porta
Porta
portas
porto
Portugal
Portuguez
pos
Pos
possa
Possa
possais
possivel
posso
possuida
posto
postra
Postrese
potente
potro
pouco
Poucos
poupe
Povo
povoado
(1)
(3)
(2)
(1)
(5)
(2)
(4)
(3)
(1)
(14)
(3)
(3)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(14)
(23)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(7)
(11)
(1)
(1)
(81)
(25)
(1)
(1)
(10)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(11)
(21)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
(2)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO50
SHE100, SSA65, SMO44
SLA18, SLA72
SFE13
SMO73, SMO73, SMO73, SMO73, SMO73
SMO73, SMO73
SAM2, SAM2, SFA87, SMO82
SAM14, SMO32, SFU64
SSA86
SMO84, SMO84, SLI90, SMO82, SLA18, SLI90, SLI26, SLI62, SMO57, SLA12
SAM7, SMO50, SLA72
SAM17, SFA51, SMO15
SAM55, SAM76
SAM8
SFE30
SFU21, SLA12
SSA65
SMO67
SLA12
SLA99, SLA97
SHE42, SFU85, SMO11, SAM60, SMO57, SMO67, SAM46, SHE38, SLA97, SLA28
SAM17, SSA63, SMO67, SMO10, SSA92, SMO83, SAM27, SPR1, SLA12, SLA97
SLA18
SLA95
SFE78, SAM66, SLA77, SLA56
SFA87
SLA72
SLA72
SFE13, SAM31, SAM9, SFA88, SFE75, SFU21, SMO50
SFA51, SSA65, SMO61, SAM55, SAM9, SAM45, SAM7, SFU21, SAM45, SLA72
SMO84
SSA63
SHE54, SAM55, SFA53, SFE75, SMO10, SHE54, SMO15, SMO69, SAM14, SAM45
SAM43, SHE100, SAM14, SLA24, SLI29, SLA56, SMO81, SFE75, SHE79, SHE79
SFE25
SAM8
SLA24, SFE78, SAM7, SAM55, SFE30, SFE39, SAM71, SMO3, SAM45, SLA12
SHE38
SAM91, SMO16, SFE78, SAM91
SAM17
SAM66, SSA68
SLA99
SAM45, SAM55, SAM43, SAM20, SMO10, SMO3, SSA86, SMO3, SSA92, SSA86
SAM31, SMO84, SAM60, SAM7, SFE25, SHE79, SLA93, SLA94, SFU64, SHE42
SLA74
SFE40
SAM6
SSA68, SSA68
SLA95, SLA95, SLA97, SFE13
SSA63, SHE100
SFA87
SLA99, SLA99
SLA94, SAM66, SLI90
SSA86
SHE54
SMO5
SMO5, SAM17, SFE13, SMO5
SAM33
SLA56, SAM47, SFE39
SFU21
SHE79
SSA86
SFE40
SFU37, SAM20, SFU21, SAM55, SAM96, SAM17, SAM41, SFA51, SAM60
SFU85
SMO15
SMO69
SMO83
77
praça
prado
praya
pranto
prata
prazer
prazeres
prazo
preciosas
preço
pregão
Prelada
premiado
premio
premios
prendeyos
Prepâra
presagio
presâgo
presteza
presume
presumida
pretendas
pretende
pretenderdes
pretendes
preto
prevenido
prevenidos
preza
prezada
Prezandose
prezára
prezente
Prezese
prezo
prezos
Prima
primeiro
Primeiro
primores
Principe
principio
prizão
procura
Procura
prodiga
prodigamente
prodigo
Proemial
proezas
profano
profanos
profissão
profunda
profundo
progresso
prol
promessa
promete
prometem
Prometes
prometeu
prometo
propia
propicios
propria
propriamente
(2)
(5)
(1)
(5)
(2)
(1)
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(2)
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(3)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(5)
(3)
(2)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
SFE30, SFE40
SLI29, SAM47, SLA74, SLI29, SLI29
SAM91
SFA88, SLI90, SAM33, SLI26, SHE42
SLA77, SMO84
SLI26
SLA97
SFE39, SSA65
SLA99
SAM60, SAM33, SLA74
SAM2
SFE30
SSA63
SAM2, SAM6
SFU64
SMO10
SAM98
SPR1
SSA68
SHE79
SLA36
SAM48, SMO44
SAM8
SAM98, SFA88, SAM31, SMO5
SAM7
SLI90
SFE13
SMO49
SMO10
SLA74
SAM14
SHE100
SLA56
SLA99, SLA12
SPR1
SHE54
SAM52
SFE39, SFE25, SFE25
SSA63, SAM41, SHE79, SMO49, SFU64
SLA99, SHE79, SSA68
SFA87, SLA56
SAM47
SMO83
SMO32, SFE40
SMO10, SMO16, SMO82, SAM2
SAM98
SHE42
SAM76
SMO3
SPR1
SFU64
SFE39
SMO19
SSA92
SMO50
SAM20, SMO73
SFU85, SMO69
SFE40, SFE70
SLI62
SMO84, SFA51
SSA63
SMO35
SMO84, SMO84
SFE70, SMO3
SAM45
SHE100
SLA93
SLA94
78
proprias
proprio
propuz
proscrito
provar
provárão
providencia
provido
prudencia
Prudencia
publicação
publicando
pucha
pude
pudera
pudéra
Pudeste
Pulga
Pulpito
puluis
pura
Pureza
puzestes
qu'
quadro
quaes
qual
Qual
qualquer
quam
quando
Quando
Quanta
quantas
Quantas
quanto
quantò
Quanto
quantos
Quantos
Quarenta
QUARTA
quartetos
quasi
quatro
que
Que
quedas
Quedas
queixa
Queixa
queixar
queixas
queixe
queixes
queixo
queixume
queixumes
quem
Quem
quer
Quer
quereis
querella
querem
querer
queres
querida
(2)
(5)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
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(1)
(2)
(1)
(2)
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(2)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(13)
(10)
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(17)
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(1)
(1)
(1)
(1)
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(408)
(133)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(45)
(13)
(10)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
SAM17, SFE13
SAM31, SMO84, SMO15, SAM52, SHE38
SAM27
SMO69
SHE38, SAM31
SAM58
SLA95
SMO67
SLA36
SFU21, SMO11
SLA99
SFU85, SAM43
SFE30
SLA24
SFU85, SLA97
SAM58
SMO16
SFE40
SLA72
SMO73
SAM33, SAM43
SSA63
SMO67
SSA65
SSA86
SMO5, SLA77
SSA65, SMO57, SFE70, SLA93, SAM45, SMO44, SAM9, SAM45, SLA99, SAM45
SSA68, SMO73, SMO83, SHE38, SMO19, SMO16, SHE79, SMO84, SAM17, SAM9
SFE13
SLI29, SAM20
SAM52, SAM48, SAM58, SSA65, SFE34, SMO69, SFA53, SAM47, SAM58, SAM71
SFE75, SLA95, SLA74, SAM17, SSA65, SLA56, SLA95, SLA28, SLA36, SMO5
SHE54
SMO67, SLA77
SAM98, SAM27
SLA18, SFU21, SMO5, SHE54, SHE42, SLI90, SLA56, SMO15, SLA94, SLI62
SHE100
SMO44, SAM58, SAM58, SAM7
SLI90, SPR1
SLA97
SAM71
SPR1
SFE78
SSA63
SMO11, SMO11
SMO3, SLA28, SAM91, SMO73, SAM41, SMO50, SAM45, SLA36, SAM4, SFE80
SFA53, SAM14, SFU37, SFA88, SFA87, SFE75, SAM20, SMO16, SMO16, SAM91
SAM8
SMO89
SAM41, SAM41
SAM14
SAM17, SMO15, SMO61, SMO16
SAM17, SLI26, SLI26, SFA51, SLI62
SAM17
SAM60
SLA56
SAM41
SFU37
SAM6, SAM96, SAM4, SLA18, SLA36, SAM23, SMO73, SAM23, SAM96, SMO3
SMO35, SMO82, SMO11, SAM41, SFE40, SAM27, SAM76, SLI26, SFE30, SMO15
SMO10, SFE80, SAM2, SFE25, SMO44, SAM45, SFE80, SAM45, SAM31, SFE34
SAM17, SAM8
SMO10
SAM17
SAM55
SLI29
SFA53, SLI22, SAM60, SMO35, SMO84
SAM45
79
queridas
quero
Quia
quiçâ
quinta
quis
quisto
quiz
quizer
quizera
quizerão
quizerdes
quizeste
racional
Rafael
rayo
Rayo
raios
rayos
rãns
Raqueis
rara
raras
rastro
ratinho
rato
ratos
razão
Razão
razo
razoens
razões
real
realça
recado
receo
reconhece
Reduzir
referidos
regada
regras
Rey
Reiis
Reino
reja
Relação
Religiosa
Religiosas
Religioso
remata
remediallo
remedio
Remendarme
remendo
remirme
remonta
renaça
renacendo
Rendase
rende
rendei
render
rendéra
rendeste
rendido
Rendido
renova
Reo
(1)
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(3)
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(1)
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(2)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
SAM76
SAM7
SMO73
SLI22
SFE34
SAM23, SMO15
SFE78
SMO82, SMO81, SFE78
SPR1
SAM27
SFU64
SAM7
SHE79, SHE79
SMO67
SSA68
SLA12
SAM98
SAM7
SAM46, SLA74, SAM52
SFE13
SLI62
SMO50
SAM4
SMO10
SFE40
SFE40
SFE13
SLA36, SMO44, SLA95, SAM14, SMO67, SMO16, SFE78, SAM14, SAM20, SMO49
SAM66, SHE54
SSA65
SLA56
SMO50
SHE38, SAM45
SAM48
SFE70
SAM31
SFA51
SLA36
SAM2
SLI29
SLA28
SHE38, SHE100
SLA97
SLA95
SMO15
SAM71
SSA92, SLA93
SLA94
SLA72
SAM45
SAM41
SLI29
SFE78
SFE78
SAM66
SLA72
SSA86
SLA93
SFU21
SSA65
SHE38
SFE13
SLA12, SLA12
SSA92
SFU21, SSA65
SHE38, SFU21
SLA93
SMO69
80
reparte
Repartes
repartîs
repetidas
repetido
repetidos
repetindolhe
Repouza
repouzarão
Repouzo
reprezenta
reprova
reprovo
republica
requebrada
resguardo
resigno
resista
resistes
resisto
resolutas
Resolutas
resoluto
resplandor
resplandores
responda
responde
Responde
respondeis
Respondendo
respondeu
resposta
Resposta
Resucita
Resulta
Retrato
revella
reverencia
reverente
revolveis
Riamonos
riamos
Riamos
riase
ribeira
rica
rico
rigor
riguroso
RIMAS
rio
Rio
rios
riqueza
riquissimo
rir
robusto
rodeo
roga
rogada
rogo
Roixinol
Roma
Romance
Romano
rompa
Rompe
Rompi
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
SAM23, SAM31, SLA72
SLA77
SAM17
SAM76, SAM98
SAM91
SAM2
SAM91
SAM47, SLA99
SFA53
SHE54
SLA95
SMO5
SMO5
SLI90
SFU37
SAM52
SPR1
SAM9
SMO44
SFE78
SAM76
SAM76
SMO67
SAM60, SLA94
SAM52
SAM45
SHE79
SFE40, SAM91
SMO19
SFE13, SFA87
SFE80, SMO81
SLA77, SLA72, SLA18
SFE34, SLA56
SLI26
SPR1
SAM45
SAM7
SMO11
SHE79
SMO11
SAM31, SAM31
SAM31, SAM31
SAM31
SAM14
SAM47
SAM2, SFE25, SMO82
SMO84
SLI90, SLA97
SAM98
SPR1
SLI29, SLI29, SLI29, SMO3
SAM41
SSA86
SMO32
SLA77
SLI29
SMO89, SHE38
SAM31
SHE100
SAM33
SLA56, SMO10
SLI90
SHE79
SFE78
SSA63
SLA94
SLI26, SAM43
SLI62
81
rosa
Rosa
rosas
Rosas
roto
roubada
roubar
roubàrão
roubarãome
roubou
Roubou
rua
Rubi
ruda
rudes
ruina
rumos
S
Sà
sabe
Sabe
sabeis
Sabeis
saber
saberão
sabias
sabio
Sabio
sacrificando
sacrificio
Sacro
Sago
sagrado
sahio
saya
saiba
Saibao
saindo
salgado
Salve
salvo
Salvo
sangue
santa
santo
Santo
são
São
sarais
satirico
satisfaça
satisfação
saudade
saúdade
Saudades
saude
Scevola
se
Se
seca
Seca
secreta
secreto
seculo
seculos
sede
Sede
Sedebat
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(2)
(3)
(1)
(2)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(3)
(2)
(1)
(2)
(2)
(18)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(147)
(42)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
SLA74, SAM20
SAM20, SAM20
SFE13
SLA94
SPR1
SFU21
SMO84
SFU37
SMO10
SAM47
SAM52
SFE25
SAM96, SAM96
SFE75
SHE38
SAM8, SSA86
SLA18
SSA92, SHE38
SLA12, SLA12
SLA93, SAM33, SAM45
SAM48
SAM27, SAM9
SLA56, SFE70
SMO81, SAM31, SAM45, SMO49
SAM66
SHE38
SLA36
SLA56
SLA93
SAM4
SSA86, SSA65, SSA68, SSA63, SSA92
SHE100
SMO57, SLA97
SMO89
SMO15
SAM41, SFA87, SAM66
SMO49
SLI26
SMO3
SLA94, SSA92, SLA93
SMO50
SFE80, SLA24, SAM8
SMO61, SFA53
SLA72
SSA92, SSA92
SFA88, SFE40
SMO32, SMO44, SAM4, SFE25, SAM76, SAM2, SFA51, SFA87, SMO10, SFU37
SFE75
SLA24
SFE78
SAM23
SFU37
SAM71
SAM33
SAM6
SLA24
SLA72
SLA74, SAM45, SAM46, SMO50, SMO82, SAM45, SMO49, SLA77, SLA74, SFE34
SMO15, SFA88, SAM71, SMO10, SHE42, SLA36, SLI26, SAM48, SMO10, SMO59
SMO44
SLI29
SAM55
SFE70
SLI90, SLA36
SLA99
SSA86, SHE54, SHE54
SMO82
SSA86
82
Seguio
seguyos
segunda
Segunda
segundo
Segundo
segura
seguro
sei
sey
Sei
seja
Seja
sejão
Sejão
sem
Sem
semblante
sembrante
semelhantes
sempre
Sempre
sendo
Sendo
Seneca
senhor
Senhor
senhora
Senhora
senhoria
Señor
sente
sentido
sentidos
sentimento
Sentir
sepultados
Sepultemse
sepultura
Sepultura
ser
Ser
será
serà
Serà
Serafim
serão
Sereas
serei
Serei
sereis
Serenissimos
Sereno
serpe
serra
serve
servi
servindo
servir
servirà
sestro
seta
sete
Sete
seu
seus
severa
severo
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(7)
(2)
(6)
(2)
(1)
(12)
(1)
(1)
(2)
(25)
(11)
(1)
(1)
(2)
(20)
(4)
(2)
(3)
(1)
(6)
(12)
(9)
(6)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(37)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(22)
(6)
(1)
(1)
SAM58
SMO10
SAM2
SFE13
SLA18, SLA72, SAM20
SLA99, SSA63
SAM47, SHE42, SFE40, SAM20, SAM33, SMO61, SAM55
SFU64, SAM8
SAM45, SLA77, SAM43, SAM4, SMO59, SHE54
SMO82, SLA56
SAM23
SHE54, SLI90, SFA53, SPR1, SMO3, SMO3, SFE80, SLI29, SLA93, SMO15
SFU37
SLA24
SAM2, SAM55
SFE40, SMO57, SMO35, SAM41, SLA12, SLI22, SAM96, SMO35, SSA68, SMO59
SLI62, SFE40, SFA51, SAM20, SLI22, SAM48, SHE38, SLA36, SMO61, SSA86
SLI22
SAM46
SLA74, SFE78
SAM27, SAM33, SFU64, SAM4, SLA95, SLA36, SMO3, SMO57, SMO50, SAM9
SAM2, SHE79, SHE42, SLI62
SAM45, SLA95
SHE100, SHE100, SAM7
SMO69
SMO32, SFE13, SFE34, SSA92, SLA24, SMO19
SLA18, SMO19, SHE38, SFE34, SFE78, SMO59, SFU64, SHE54, SFE70, SMO67
SAM55, SLA74, SMO15, SAM7, SAM17, SAM55, SLA74, SAM55, SFE30
SFE39, SAM23, SAM9, SAM33, SAM4, SHE54
SFA88
SHE100
SAM9, SMO44
SAM55
SMO10
SLA56, SAM71
SAM33
SLA95
SPR1
SMO82, SMO50
SMO50
SLA18, SHE54, SFE25, SAM27, SHE100, SAM7, SMO3, SLI29, SMO3, SLA12
SMO83
SLA99
SAM9, SMO15, SAM7
SLA18, SLA95
SAM43
SLA28, SFA51, SAM55
SLI62
SMO15
SAM6
SAM45
SLA97
SAM91
SMO84
SAM91
SMO44, SFE34, SAM55
SLI62
SLI62
SLI62
SLI29
SFE78, SFE30
SAM55, SAM55
SLI62, SLI62
SLI62
SFU21, SFU21, SAM31, SMO15, SMO19, SMO89, SSA68, SSA92, SAM96, SAM60
SAM46, SMO81, SMO69, SSA65, SAM46, SLA56
SAM98
SAM46
83
sezuda
sezudo
si
sy
sic
Sichem
sido
Sidónia
siga
sigas
sigo
silencio
sim
Simbolo
simples
sinaes
sinal
sinalarte
sincero
singular
singulares
sirva
sirvão
so
só
sò
sô
Sò
sobe
sobeja
sobejou
soberana
soberano
soberanos
soberbo
sobes
sobre
sobrinha
socegada
Socorrey
socorrerme
socorro
socorros
soe
soes
Soes
Sofra
sofrimento
sogra
sois
Sois
sol
Sol
soldado
solicita
solidão
Soltame
soltasse
solto
Soltos
soma
somar
sombra
sombras
sombrio
somente
soneto
Soneto
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(26)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(9)
(1)
(1)
(2)
(2)
(8)
(2)
(5)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(2)
(4)
(2)
SFE75
SMO11
SLA94, SLA72, SMO15, SMO61, SMO82
SFA88, SAM46
SSA86
SSA86
SFU21
SLA97
SAM17
SFA53
SAM31
SAM52
SFE70
SHE100
SFE75, SMO11
SAM43
SAM43
SLI90
SAM46
SAM96
SHE38
SMO3
SPR1
SMO67
SLA36, SMO83
SMO50, SFA51, SFE25, SFE13, SAM45, SHE54, SLI90, SFE75, SMO32, SFE40
SLA72, SAM9, SAM2
SAM41
SFU37
SLI29
SAM14
SLA74, SAM98
SSA63
SMO19
SMO89, SLI22
SLI90
SHE38, SHE100, SMO50, SLA18, SMO73, SFE30
SFE30
SLI26
SSA68
SAM66
SAM7
SAM66
SMO16
SLA74, SAM48, SFE30, SAM48, SMO67, SAM48, SAM48, SHE54, SHE54
SMO32
SLI62
SAM9, SFE75
SLA74, SLA74
SFE30, SFE13, SAM45, SAM45, SAM45, SFE13, SLA24, SFE25
SFE70, SAM96
SSA92, SSA92, SAM76, SAM6, SFE25
SAM7, SAM47, SFE70, SAM52
SFU21
SMO49, SMO73
SMO50
SAM60
SMO57
SFE75
SAM6
SAM71
SAM31
SLI26, SAM7, SAM7, SAM43, SAM47
SSA68
SLI29
SAM33, SAM14
SFE13, SFE13, SFE78, SFE34
SMO3, SAM66
84
SONETO
Sonetos
sonho
sono
sonora
sonorosos
sopro
sor
sorte
Sorte
Sortes
sòs
sospeito
sou
Sousa
sua
suas
suave
suaves
subida
subidos
subio
subir
subirão
sublime
sucedia
sucesso
sucessora
sufragio
sufridas
sugeitas
super
suspensão
suspenso
suspiros
sustenta
sustentadas
susto
suxa
T
tacitas
taes
Taes
tal
Tal
Talamo
tambem
Tambem
tanta
Tanta
tantas
Tantas
tanto
Tanto
tantos
Tantos
tão
Tão
tarda
tardado
tardados
Tardastes
tardo
tardou
te
tẽ
Te
teatro
(100)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(17)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(2)
(6)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(13)
(1)
(5)
(1)
(19)
(6)
(1)
(11)
(4)
(7)
(3)
(2)
(1)
(22)
(3)
(9)
(1)
(43)
(7)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(22)
(1)
(3)
(1)
SHE100, SPR1, SAM2, SMO3, SAM4, SAM9, SMO50, SFA51, SAM52, SFA53
SFE78
SHE54
SHE54, SAM47, SMO73
SLI90
SFU85
SAM91
SFE30
SLA36, SAM23, SMO50, SLI29, SAM52, SFU64, SLA28, SMO16, SPR1, SAM27
SAM27
SMO5
SMO83
SFE70
SLA24, SMO67, SMO49, SMO73, SMO73
SLA18, SLA95
SLA72, SHE100, SFU37, SSA68, SFE40, SHE38
SHE100, SFU21
SLI90
SLI90
SAM60, SLA94
SLA93
SMO69
SMO69, SAM8
SLA77
SFE75, SSA92
SLA36
SHE38
SAM47
SPR1
SAM55
SAM52
SSA86
SAM58
SAM58
SAM60
SSA65
SMO82
SHE38
SFE30
SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35
SMO11
SMO19, SLA28, SMO19, SAM66, SAM66
SMO44
SLA24, SAM23, SFE39, SAM9, SAM9, SFE13, SLA36, SAM43, SFU21, SAM43
SLA95, SFA53, SAM47, SFA87, SMO81, SFE40
SLA97
SFA88, SFE80, SFA88, SAM43, SAM4, SFE30, SFE80, SFU85, SAM52, SLA18
SPR1, SMO83, SMO35, SAM43
SSA92, SLA93, SMO19, SFA88, SLA72, SLA24, SMO84
SHE54, SMO19, SLA97
SMO50, SAM48
SAM27
SAM41, SFE80, SMO84, SLA77, SSA92, SLA97, SFE34, SFU37, SMO15, SMO10
SHE42, SLI90, SHE54
SMO10, SLA24, SAM14, SMO61, SMO19, SAM48, SAM2, SAM2, SAM43
SLI62
SHE42, SMO32, SMO49, SSA86, SAM76, SSA86, SAM14, SFE13, SAM60, SLA94
SMO57, SLA12, SMO19, SLI90, SAM33, SMO81, SMO89
SMO69, SMO69
SMO10
SMO10
SMO10
SAM52
SAM33
SMO50, SFU64, SAM60, SAM8, SAM60, SAM60, SMO35, SMO57, SMO44, SHE42
SLI90
SLA77, SMO59, SLA28
SMO11
85
teem
Tejo
tem
Tem
tema
temais
Teme
Temei
temendo
temeo
temer
temerarios
temerosa
temeroso
temião
temo
temor
tempestade
templo
Templo
tempo
Tempo
tempos
Tende
tendes
Tendes
tendo
tenhais
tenhão
tenho
Tenho
Tenhoa
tens
tẽns
ter
Ter
terà
teràs
tercetos
Terdes
termina
termo
termos
terra
Terra
terras
tesouro
testa
teu
Teu
teus
teve
tezouro
Thomaz
ti
tî
ty
tia
Tia
Tiberio
Tifis
Timante
timido
tinha
tino
tira
tirania
tiranias
(1)
(2)
(16)
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(4)
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(1)
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(1)
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(3)
(7)
(6)
(1)
(1)
(1)
(9)
(1)
(6)
(3)
(1)
(1)
(9)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
SFE78
SLI22, SLI22
SAM55, SMO32, SLA18, SAM96, SAM23, SAM46, SMO32, SAM31, SMO32, SHE100
SMO49, SMO81, SMO57
SPR1
SAM46
SMO10
SFA51
SMO83, SLA24
SLA12
SSA86, SMO44, SLA97, SAM27
SAM8
SAM91, SHE42
SMO61, SAM6
SMO81
SAM23
SAM47, SMO83, SMO10, SMO49, SAM8
SAM71
SHE100, SHE42
SLA97, SLA97
SMO59, SMO32, SAM2, SAM2, SLA97, SLI26, SFE39, SHE38
SLA99, SMO35, SMO15, SMO35, SMO35, SAM27, SAM66, SMO35, SMO35, SMO35
SSA63, SFA53
SHE54, SFE34, SMO82
SMO32, SMO32
SMO32
SFU37, SMO69
SHE54
SFA53
SMO32, SPR1, SFE70, SFE78
SMO59, SFE34
SMO35
SFU21
SFA53, SAM8, SMO35, SMO57
SMO5, SMO5, SAM14, SFE80
SAM14
SAM23
SMO57
SFE78
SFE70
SSA86
SHE42
SFU85, SLA18, SLA95
SAM43, SMO61, SMO89, SMO73, SMO83, SMO89, SLA93
SFU85, SMO67, SAM43, SHE100, SHE54, SFU85
SHE38
SMO84
SAM6
SHE79, SLI22, SMO84, SLA97, SFU85, SLI22, SFU85, SSA92, SMO11
SAM8
SMO44, SMO44, SMO59, SFA87, SFA87, SFA53
SAM14, SFE13, SAM48
SLA77
SLA77
SFA87, SLA28, SMO44, SHE42, SLA12, SFA53, SMO35, SLA97, SMO84
SAM8
SMO57, SSA92, SSA92, SMO57
SFE30
SFE30, SFE30
SMO69
SSA68
SLA72
SSA65
SAM23
SMO49, SSA68
SAM41
SMO16
SAM66
86
tirano
tiranos
tirar
tirarmas
Tirou
tive
tivera
tiveste
to
Tobias
tocava
Tocha
toda
Toda
todo
Todo
todos
Todos
Toga
tomado
tomai
Tomando
tomar
tomarlhe
tomo
Tomo
topando
tormenta
tormento
tornado
Tornão
tornarei
tornas
Torne
tornem
Torno
tornou
torpe
torpeza
Torre
toucado
trabalho
traçandome
traçastes
Tradução
tragedia
tragedias
tragicos
Tragoume
tramoyas
tras
tratos
traz
trazer
tres
trilhado
triste
Triste
Triunfado
triunfador
Triunfando
triunfante
triunfo
triunfos
trocàra
Trocarme
trocaste
troco
(2)
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(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO16, SMO49
SMO10, SLI62
SMO57
SAM98
SMO81
SAM52
SMO5
SSA92
SAM60
SSA68, SSA68
SMO89
SHE100
SLA36, SSA86, SLA24, SFE30
SMO59, SMO59
SAM52, SMO84, SAM20, SAM98, SFA88, SMO84, SAM27
SMO3, SMO32
SMO81, SMO81, SMO82, SMO16, SFU85, SAM48, SLA72, SMO16, SMO5
SMO81, SMO83
SHE100
SMO61
SHE100
SMO57
SFE25
SFA87
SMO15
SAM23
SMO81
SSA65
SAM66, SMO16, SAM71, SAM9, SMO16, SMO84
SFA88
SAM2
SAM60
SLI22
SLA56
SMO10
SAM27
SLI26
SAM4
SMO59
SFE13
SAM20
SAM47
SAM98
SMO16
SAM66, SAM46
SMO49
SAM98
SPR1
SMO73
SMO11
SAM33
SFE13
SFE40, SFE70
SAM23
SMO11, SMO11
SMO83, SMO83
SMO57, SAM71, SLI62, SMO50, SLI29, SAM41, SAM60
SLI29, SMO15, SAM47
SFU21
SFU21
SSA63
SAM46, SMO50
SMO57
SHE38, SLI90
SAM6
SMO84
SLA93
SMO10
87
Trocouse
Troya
Troyas
trouxe
trova
Trova
trovas
tu
Tu
tua
Tuba
TUBA
tudo
Tudo
Tullio
Tumulo
ufana
Ulisses
um
unida
unidas
unir
Urania
Urbanidade
usurpàra
usurparlhe
V
và
vãa
Vades
vai
vay
Vai
Vaite
Val
valem
valente
valerme
valho
valor
Vamos
vão
vãos
varanda
varão
Varia
varias
variedade
vario
Varre
vas
vàs
Vàs
vassallajem
vazo
vè
vê
Vè
vedado
vede
Vedes
Veyo
veja
vejo
Vejo
velha
velhice
Velhice
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(9)
(7)
(4)
(1)
(1)
(10)
(4)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(14)
(2)
(1)
(1)
(9)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(11)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
SLI26
SHE42, SHE42
SMO11
SMO3
SFE25
SFE34
SFE34
SFE34, SMO35, SSA65, SLA93, SLI22, SLI22, SMO84, SLA12, SMO35
SLA12, SMO35, SFA53, SLA93, SMO50, SLA36, SAM91
SAM58, SFU64, SMO59, SFU64
SLA12
SPR1
SMO11, SFE80, SMO59, SLA18, SAM91, SFA51, SLA94, SAM60, SLI22, SMO32
SMO59, SMO61, SAM60, SMO61
SLA72
SLA99
SLA74
SLA99, SLA99
SFE70
SAM48
SAM55
SMO50
SAM66, SAM66
SLA77
SLA36
SLA95
SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO35, SMO5, SMO35, SMO35
SFE30, SFE78
SLA93
SLA24
SAM31, SFA88, SAM31, SMO3, SMO61, SLA18, SFA87, SAM31, SMO83
SMO81, SMO81
SMO35
SMO35
SFA51
SAM96
SLA12
SAM66
SAM66
SMO61, SAM31, SAM96, SFA88, SAM96
SMO82
SMO3, SMO35, SAM96, SMO44, SAM7, SMO5, SAM31, SMO89, SMO83, SLA36
SFA88
SFE75
SLA36
SFE75
SMO67
SFA51
SMO69
SMO61
SMO35, SLA93, SMO35
SLI22, SLA77, SLA77
SLI22
SAM20
SSA65
SMO89, SMO10, SLA36, SMO49
SMO61, SFE39
SFA53
SMO84
SMO32
SMO35, SFE75
SFU37
SAM6, SAM46, SMO15, SAM45
SLA77, SLA28, SLI22, SLI62, SMO5, SMO67, SAM66, SFE80, SMO67
SLI29
SFE13
SMO73
SMO44
88
velho
Velho
velhos
vellos
vem
Vem
vença
Vença
vence
Vence
vencedor
vencedora
vencer
vencido
vencimento
vendido
vendo
vendovos
Vendovos
venera
Venera
venerando
Venha
Venhão
venho
ventagem
vento
Vento
ventura
Ventura
venturosa
venturoso
ver
Ver
Verão
veràs
verdade
Verdade
verdadeira
verdadeiro
verdades
verde
Verde
verdura
Verei
vergonhosa
verme
vermos
verse
verso
versos
Versos
ves
vés
veste
vestida
vestido
vestio
vestuario
vez
vezes
vi
Vi
VI
via
viagem
viajem
vião
(1)
(2)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(6)
(2)
(1)
(1)
(6)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(18)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(14)
(4)
(1)
(1)
(7)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(7)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(5)
(3)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SMO35
SSA68, SFA53
SMO81
SAM6
SFE25, SLA77, SPR1, SAM43, SAM43, SMO32
SAM91
SAM14
SSA63
SAM4, SAM4, SHE79
SMO57
SHE38
SHE54
SFU21, SAM43, SAM4, SHE79, SHE79, SHE79
SLI22, SFU21
SMO57
SAM96
SAM66, SMO11, SLA74, SAM91, SLI62, SMO81
SAM43, SAM45
SMO11
SLA97
SLA12
SLA77
SFA53
SAM55
SMO59, SPR1
SMO67
SFE75, SAM23, SMO89, SAM6, SMO10, SLI26, SMO89, SAM8, SHE38, SFA87
SAM8
SMO82, SFA87, SMO61, SMO83, SAM48, SAM52, SAM20, SAM33
SMO50
SHE42
SAM14
SAM6, SHE79, SHE79, SAM45, SHE54, SAM45, SMO89, SMO49, SMO67, SMO57
SMO3, SAM76, SLI29, SFU37
SAM41
SAM91
SMO73, SLA28, SAM23, SLA24, SAM2, SMO73, SSA63
SFU21
SAM33
SAM41, SAM47, SMO83, SSA68
SAM60
SLI29
SMO89
SLI29, SLI29, SAM47
SAM6, SAM6
SLA74
SAM66
SHE79
SAM46
SLA18
SFE78, SLA18, SFA87, SAM46, SFA53, SFA53, SLA56
SAM2
SLI22
SLA99
SHE100
SMO16
SSA65, SAM43
SLI26
SMO11
SAM2, SAM66, SMO84, SLA97, SAM60
SLA77, SAM27, SFE70
SAM71, SLI29, SLA74, SLI29, SMO49
SMO81
SAM6
SMO10
SHE38
SAM71
SMO81
89
vibre
viçosa
victima
vida
Vida
vidas
Vidas
vidro
vieres
vigor
VII
VIII
vil
vinda
Vinda
Vindes
vinga
vingado
vingadores
vingança
vingo
vio
vir
vira
viràs
virdes
virtude
virtudes
vîs
Visse
vista
vistas
viste
vistes
visto
vistos
Vite
vitoria
Vitoria
vitorias
Vitruvio
vituperio
viva
vivais
Vivão
vivas
vive
Vivei
viveis
vivendo
viver
vives
viveste
Vivia
vivirà
vivirão
Vivirás
vivos
vo
voar
voàr
voaste
Voiture
volta
Voltouse
vontade
voo
voos
(1)
(1)
(1)
(27)
(7)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(3)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(2)
(9)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(3)
(4)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
SHE54
SAM91
SSA92
SAM20, SMO57, SMO32, SAM4, SMO35, SAM23, SMO35, SMO73, SFE40, SAM58
SMO35, SMO35, SAM27, SMO35, SMO82, SMO57, SMO35
SAM76, SAM76
SAM98
SMO44
SLI22
SMO73
SAM7
SAM8
SAM55, SMO73, SAM96
SAM23
SLI26
SMO10, SAM43
SMO49
SAM98, SLI29
SAM52
SAM55, SAM55, SPR1
SMO49
SFU64, SMO89, SMO82
SMO11, SAM33, SAM33, SAM43, SFA87, SMO69
SMO5
SLI90
SFE70
SSA65
SHE38
SMO57
SLA95
SMO16, SAM9, SLA74, SAM9, SLA74, SAM9
SAM52
SMO57
SFE70
SFE78, SHE38
SAM7
SAM58
SLA12, SMO57, SAM48
SHE79, SSA63, SHE79
SAM4
SLA72
SMO84, SHE38
SAM9, SPR1, SAM20, SAM45, SMO15, SLA12, SAM45, SAM33, SAM45
SHE54
SLA18
SLA77
SFU37, SLA77, SMO19
SAM55
SMO32
SMO32, SLA18, SLA77
SMO32, SAM27, SAM20, SMO59
SFU64, SLI22, SMO50
SSA92
SMO89
SLA97
SLA99
SLA12
SMO81
SFA88
SMO5
SMO49
SAM8
SAM66
SMO82
SMO81
SHE79, SMO3, SLA28
SMO49
SAM8
90
vos
vós
vòs
vôs
Vos
vosco
vossa
Vossa
vossas
vosso
Vosso
vossos
Votando
votar
voto
votos
vou
voz
vozes
vulgares
X
XC
XCI
XCII
XCIII
XCIV
XCIX
XCV
XCVI
XCVII
XCVIII
XI
XII
XIII
XIV
XIX
XL
XLI
XLII
XLIII
XLIV
XLIX
XLV
XLVI
XLVII
XLVIII
XV
XVI
XVII
XVIII
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXIX
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXIX
XXXV
XXXVI
(73)
(1)
(2)
(2)
(10)
(6)
(13)
(2)
(4)
(7)
(1)
(7)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(10)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SFE34, SAM46, SHE54, SFE30, SFE40, SFE25, SHE38, SMO11, SAM76, SAM20
SAM45
SMO82, SAM76
SAM52, SAM46
SFE80, SFE39, SFA51, SFE34, SAM45, SAM17, SAM27, SAM17, SAM7, SMO15
SLA24, SMO81, SLA24, SHE54, SAM46, SFE30
SFE30, SAM43, SLA18, SHE100, SLA94, SAM55, SFE34, SFE13, SLA95, SHE100
SAM55, SLA95
SAM4, SMO67, SHE38, SAM27
SAM4, SAM17, SLA24, SMO16, SAM20, SMO82, SAM20
SFE13
SFU37, SFE34, SLA18, SLA18, SLA56, SSA65, SFE13
SSA92
SLA24
SSA92
SLA24
SMO59, SMO59, SLA18, SFE75, SAM66
SAM41, SMO3, SLI90, SAM60, SMO73, SAM58, SLA56, SAM58, SMO73, SMO16
SLI62
SFE25
SMO10
SLI90
SAM91
SSA92
SLA93
SLA94
SLA99
SLA95
SAM96
SLA97
SAM98
SMO11
SLA12
SFE13
SAM14
SMO19
SFE40
SAM41
SHE42
SAM43
SMO44
SMO49
SAM45
SAM46
SAM47
SAM48
SMO15
SMO16
SAM17
SLA18
SAM20
SFU21
SLI22
SAM23
SLA24
SLI29
SFE25
SLI26
SAM27
SLA28
SFE30
SAM31
SMO32
SAM33
SFE34
SFE39
SMO35
SLA36
91
XXXVII
XXXVIII
Zafir
Zafiro
Zefiro
zelo
Zombar
zombaria
zombas
zunir
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
SFU37
SHE38
SAM96
SAM96
SAM47, SLI90
SMO3
SFE34
SFA88
SAM91
SFE30
92
ÍNDICE INVERSO DE FORMAS
DOS SONETOS DE D. FRANCISCO MANUEL DE MELO INCLUÍDOS NAS MUSAS PORTUGUESAS
FORMAS
FREQUÊNCIA
a
á
à
A
manhãa
vãa
Acaba
caiba
saiba
alcoba
Tuba
TUBA
cà
câ
Câ
ameaça
faça
satisfaça
Malaca
renaça
graça
Graça
desgraça
Desgraça
praça
cabeça
Abbadeça
padeça
compadeça
emmudeça
Seneca
pareça
seca
Seca
cobiça
fica
cientifica
republica
rica
Caparica
America
Alegorica
Musica
Arismetica
botica
Justiça
quiçâ
realça
inculca
alcança
mudança
Bragança
vingança
branca
lembrança
esperança
Esperança
licença
pertença
vença
Vença
nunca
(302)
(2)
(20)
(73)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(6)
(2)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(3)
(3)
(1)
(6)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(13)
93
Nunca
Monarca
cerca
perca
força
Força
esforça
Nasça
Ouça
da
Da
dà
Dà
roubada
cada
Cada
fabricada
atiçada
alcançada
destroncada
dada
descuidada
duvidada
socegada
chegada
negada
regada
carregada
rogada
fechada
confiada
envejada
Envejada
dezejada
aleijada
Prelada
estimada
informada
costumada
nada
Nada
desenganada
desornada
consoada
espada
Espada
brada
celebrada
requebrada
esperada
desesperada
honrada
morada
namorada
Errada
forrada
cansada
dilatada
maltratada
acreditada
levantada
Pintada
cortada
conquistada
levada
louvada
pezada
prezada
(4)
(2)
(1)
(2)
(7)
(2)
(1)
(1)
(1)
(102)
(9)
(3)
(1)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(8)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
94
desprezada
pizada
bautizada
catorzada
ouzada
leda
Arrabida
subida
agradecida
conhecida
desconhecida
escarnecida
parecida
merecida
homicida
medida
comedida
Despedida
candida
fingida
Pallida
humida
presumida
unida
intrepida
ferida
Flerida
querida
detida
advertida
vestida
Perseguida
erguida
possuida
vida
Vida
devida
atrevida
convida
duvida
ouvida
anda
Anda
varanda
branda
defenda
offenda
emenda
horrenda
contenda
inda
ainda
Lucinda
linda
vinda
Vinda
responda
profunda
segunda
Segunda
toda
Toda
tarda
bastarda
aguarda
perda
muda
ruda
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(27)
(7)
(1)
(2)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(9)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
95
estuda
sezuda
cadea
idea
Candea
alhea
Empirea
Ninfa
paga
cega
chega
nega
entrega
diga
prodiga
amiga
obriga
siga
antiga
folga
Pulga
vinga
afoga
roga
Toga
avoga
larga
enxuga
ha
Ha
hà
Hà
Tocha
pucha
lha
palha
batalha
orelha
velha
Filha
maravilha
olha
Olha
penha
Venha
gracinha
minha
Minha
caminha
sobrinha
tinha
continha
convinha
Cazinha
mezinha
Cunha
praya
saya
ensaya
Grecia
elegancia
fragrancia
ignorancia
convalecencia
providencia
prudencia
Prudencia
contingencia
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(19)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(14)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
96
ciencia
paciencia
conciencia
obediencia
excellencia
conferencia
reverencia
eloquencia
auzencia
Auzencia
dia
ousadia
ouzadia
sucedia
tragedia
Comedia
pedia
galhardia
Filosofia
porfia
Porfia
acolhia
companhia
Academia
tirania
Urania
Sidónia
armonia
Armonia
joya
Troya
pia
copia
Copia
propia
zombaria
Maria
contraria
custaria
Varia
abria
cubria
cria
fria
alegria
Alegria
senhoria
gloria
Gloria
memoria
Memoria
vitoria
Vitoria
notoria
historia
propria
corria
alforria
Patria
industria
injuria
Poesia
tia
Tia
batia
Batia
competia
Cintia
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(2)
(14)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(17)
(2)
(2)
(1)
(3)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
97
partia
guia
Aguia
Quia
via
havia
Vivia
enxovia
ouvia
fazia
demazia
fantazia
dezia
cortezia
ja
já
Já
jà
Jà
jâ
sobeja
peleja
despeja
reja
seja
Seja
veja
enveja
Enveja
dezeja
dirija
cuja
Cuja
la
Lá
là
Là
iguala
pela
falla
Falla
declaralla
adoralla
matalla
ella
Ella
bella
Bella
padecella
della
nella
Appella
querella
estrella
Estrella
detella
cautella
aquella
Aquella
revella
dizella
donzella
perseguilla
contallla
Perola
Scevola
intitula
ma
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(27)
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98
mà
ama
Cama
Dama
fama
Fama
chama
aclama
flama
Flama
derrama
Poema
Poëma
tema
cima
Prima
victima
maritima
lastima
lastîma
estima
alma
Alma
calma
Roma
soma
arma
enferma
firma
mesma
Cuma
na
Na
ufana
engana
Daliana
Mariana
mana
humana
deshumana
Joana
soberana
ordena
Filomena
pena
Pena
pequena
Lesbina
dina
Dina
termina
benina
peregrina
doutrina
destina
ruina
Dona
moderna
eterna
cisterna
Furna
fortuna
Fortuna
oportuna
boa
Lisboa
agoa
Tenhoa
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(1)
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(1)
(1)
99
entoa
culpa
desculpa
limpa
rompa
trocàra
cuydàra
cuidarâ
farà
julgarà
acharà
clara
declara
para
Para
pâra
Prepâra
usurpàra
ocupâra
rara
admirarà
faltarà
Brotarà
avara
deixára
prezára
gozâra
Celebra
Coimbra
sombra
assombra
dobra
Pedra
pêdra
era
Era
cera
Cera
engrandecera
conhecera
offrecera
dera
Considera
rendéra
poderà
pudera
pudéra
fera
Fera
esfera
escolhera
colera
venera
Venera
espera
desespera
Crerà
será
serà
Serà
Dissera
compusera
terà
severa
tivera
estivera
fizera
quizera
(1)
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(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
100
Sofra
negra
logra
sogra
ribeira
feiticeira
cadeira
verdadeira
feira
maneira
Pereira
inteira
aspira
tira
vira
vivirà
servirà
honra
Ora
embora
Adora
vencedora
fora
Fora
Metafora
agora
Agora
hora
Hora
chora
melhora
Melhora
senhora
Senhora
Flora
mora
namora
ignora
sonora
Aurora
sucessora
compra
erra
cerra
encerra
desencerra
serra
terra
Terra
desterra
guerra
letra
contra
Contra
destra
adestra
Palestra
mestra
mostra
Mostra
postra
outra
Outra
Estoutra
aura
cura
Cura
doçura
(1)
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(2)
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(9)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
101
procura
Procura
escura
frescura
dura
matadura
brandura
verdura
fura
segura
assegura
figura
pura
fermosura
Fermosura
Escritura
altura
sepultura
Sepultura
ventura
Ventura
desventura
Sà
acesa
defensa
offensa
immensa
apensa
dispensa
viçosa
vergonhosa
Religiosa
escrupulosa
famosa
fermosa
Fermosa
arenosa
cavernosa
Esposa
rosa
Rosa
temerosa
venturosa
custosa
Custosa
passa
essa
Essa
promessa
nessa
depressa
nossa
possa
Possa
vossa
Vossa
causa
Musa
MUSA
Sousa
remata
patarata
ingrata
prata
Meta
Poeta
Poëta
secreta
(4)
(1)
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(1)
(2)
(1)
(1)
(4)
(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
102
seta
solicita
incita
exercita
Resucita
dita
acredita
desacredita
estreita
grita
deposita
muita
evita
alta
falta
volta
Resulta
canta
Canta
Galanta
planta
santa
tanta
Tanta
Quanta
levanta
Levanta
alenta
lamenta
exprimenta
tormenta
atormenta
aumenta
Quarenta
avarenta
intenta
contenta
sustenta
reprezenta
pinta
quinta
conta
Conta
monta
remonta
afronta
pergunta
junta
gota
Nota
carta
QUARTA
certa
Corta
morta
porta
Porta
importa
curta
casta
esta
Esta
estâ
Estâ
desta
Desta
festa
molesta
(2)
(2)
(2)
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(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(4)
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(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(5)
(6)
(1)
(9)
(1)
(1)
(1)
103
nesta
Funesta
Fresta
testa
Evangelista
resista
conquista
vista
resposta
Resposta
custa
ajusta
assusta
fruta
agua
Agua
fragua
algũa
Algũa
hũa
Hũa
nenhũa
continua
rua
sua
tua
và
tocava
dava
convidava
mandava
bordava
callava
Fallava
Bramava
esperava
chorava
atormentava
cortava
estava
louvava
deixava
leva
eleva
Paiva
cativa
viva
cova
Cova
nova
Nova
renova
reprova
trova
Trova
sirva
louva
Dexa
baixa
deixa
Deixa
queixa
Queixa
bruxa
suxa
Catuxa
cartuxa
grandeza
(4)
(1)
(1)
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(1)
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(9)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
104
fortaleza
belleza
Belleza
meza
firmeza
torpeza
preza
empreza
Empreza
destreza
Pureza
natureza
presteza
fraqueza
Fraqueza
riqueza
Poetiza
Cinza
Confuza
Repouza
C
sic
XC
D
e
é
E
cae
cabe
Acabe
sabe
Sabe
sobe
dece
Dece
obedece
Endoudece
reconhece
estremece
parece
Parece
enobrece
offerece
merece
offrece
florece
esquece
velhice
Velhice
felice
infelice
Romance
vence
Vence
doce
àlicerce
mercè
mercê
nasce
Nasce
de
De
dè
dê
DE
piadade
Piedade
variedade
(1)
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(1)
(1)
(3)
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(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(2)
(2)
(231)
(29)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
105
idade
cidade
Cidade
mocidade
enfermidade
Urbanidade
eternidade
Eternidade
claridade
antiguidade
igualdade
verdade
Verdade
saudade
saúdade
Andrade
Frade
grade
vontade
tempestade
amizade
pede
Pede
impede
crede
sede
Sede
vede
ide
Ide
Piramide
humilde
Humilde
ande
mande
grande
defende
Defende
Pende
rende
emprende
Tende
pretende
entende
Entende
onde
Onde
Conde
esconde
donde
Donde
adonde
responde
Responde
confunde
pode
Pode
arde
Arde
verde
Verde
desde
Desde
fraude
saude
pude
virtude
fé
(5)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
106
fè
Fè
fê
Fê
passage
longe
foge
Foge
he
He
hè
lhe
Lhe
Dalhe
aconselhe
perguntandoselhe
Ajuntailhe
Dizeilhe
olhe
mandandolhe
Mandandolhe
pedindolhe
repetindolhe
negarlhe
tomarlhe
usurparlhe
Dirlhe
Mentirlhe
deveslhe
estranhe
encaminhe
alivie
eleje
Finje
oje
foje
hoje
Hoje
lè
galê
elle
Elle
delle
Delle
nelle
atropelle
aquelle
Aquelle
me
Me
Façame
aclame
Soltame
pezame
Teme
Daime
Ensinaime
Escutayme
deixaime
Canseime
sublime
consumime
estime
roubarãome
traçandome
emprenhandome
confundome
home
(1)
(3)
(3)
(3)
(1)
(3)
(2)
(3)
(87)
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(2)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
107
homẽ
mentiome
nome
admirome
partome
Trocarme
darme
Remendarme
cegarme
perderme
valerme
socorrerme
verme
pedirme
firme
afirme
remirme
Dorme
Tragoume
presume
costume
queixume
Dizme
nẽ
insigne
Domine
Torne
Cisne
doe
soe
pé
Escape
Principe
golpe
Rompe
Calliope
CALLIOPE
serpe
torpe
poupe
declare
pâre
Pâre
celebre
Funebre
vibre
cobre
encobre
nobre
pobre
Pobre
sobre
crê
Madre
Compadre
Alexandre
fere
espere
milagre
Milagre
alegre
Chore
Marmore
sempre
Sempre
Varre
Corre
Torre
(1)
(1)
(8)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(20)
(4)
(1)
(1)
(1)
108
entre
Entre
Mestre
illustre
Voiture
livre
se
Se
Rendase
riase
Desenganase
consagrase
Escusase
Escuzase
perdese
Perdese
Postrese
partese
Prezese
foyse
Esperdicemse
Sepultemse
Entretense
emprestandose
Prezandose
Conhecendose
Estendendose
Havendose
Despiose
mostrarse
lavarse
verse
haverse
acabasse
honrasse
soltasse
gastasse
gozasse
esse
Esse
cesse
nesse
fizesse
disse
Disse
Visse
fosse
Conheceuse
Trocouse
entregouse
Voltouse
te
Te
tẽ
atè
atê
Atê
Mereçate
mete
promete
derrete
sete
Sete
Vaite
Leite
noite
Apetite
Vite
(8)
(3)
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(1)
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(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
109
ante
abundante
infante
Infante
triunfante
elegante
chante
dessemelhante
diante
Galante
semblante
amante
Amante
Diamante
Diâmante
Timante
espante
sembrante
fragrante
Morante
ignorante
inorante
bastante
constante
inconstante
avante
levante
Occidente
correspondente
ardente
gente
obediente
Oriente
valente
excelente
Excellente
mente
confiadamente
cegamente
prodigamente
medonhamente
propriamente
eternamente
Eternamente
altamente
igualmente
somente
adormente
desmente
eminente
Parente
differente
reverente
sente
consente
contente
potente
delinquente
prezente
auzente
conte
fonte
Fonte
monte
fronte
defronte
Medindote
arte
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
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(1)
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(1)
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(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(4)
110
Arte
darte
Chegarte
sinalarte
Marte
parte
Parte
reparte
comparte
levantarte
Duarte
louvarte
corte
Corte
forte
morte
Morte
norte
Norte
importe
sorte
Sorte
consorte
trocaste
guardaste
gaste
Pagaste
engaste
ensinaste
voaste
celebraste
descifraste
lograste
Entraste
illustraste
asseguraste
deixaste
eternizaste
este
Este
bebeste
deste
Deste
rendeste
aprendeste
Pudeste
leste
celeste
neste
agreste
veste
tiveste
viveste
quizeste
triste
Triste
consiste
advertiste
viste
foste
Gozoute
chegue
desobrigue
sangue
que
Que
Albuquerque
porque
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(408)
(133)
(1)
(11)
111
Porque
poesque
bosque
vè
Vè
vê
ave
Ave
acave
grave
suave
deve
leve
neve
breve
escreve
Descreve
atreve
teve
tive
vive
Salve
chove
nove
serve
houve
deixe
Peixe
queixe
trouxe
faze
goze
F
Ah
I
ay
Ay
acabai
Passeai
guiay
Fallai
May
amay
tomai
pay
Pay
Esperay
vai
Vai
vay
deixai
Deixai
Rubi
padeci
conheci
guadameci
Lici
XCI
perdi
Bebei
bradei
cuydei
rendei
hei
hey
Escolhei
beijei
ley
(21)
(1)
(3)
(4)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(6)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(9)
(1)
(2)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
112
Temei
Rey
farei
entregarei
declarei
callarei
chamarei
tornarei
passarei
cantarei
acolherei
serei
Serei
Verei
Frey
irei
direi
Direi
chorei
Socorrey
morrei
Morrei
sei
Sei
sey
Cheguei
entreguei
julguei
Vivei
Fazei
pizei
fugî
mihi
II
XCII
III
XCIII
LIII
XLIII
VIII
XCVIII
LVIII
XLVIII
XVIII
LXVIII
XXVIII
LXXVIII
XXXVIII
LXXXVIII
XIII
LXIII
XXIII
LXXIII
XXXIII
LXXXIII
LII
XLII
VII
XCVII
LVII
XLVII
XVII
LXVII
XXVII
LXXVII
XXXVII
LXXXVII
XII
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
113
LXII
XXII
LXXII
XXXII
LXXXII
lî
LI
Fili
alli
Allì
XLI
mi
my
foi
foy
Foy
Rompi
Clori
si
sy
quasi
assi
ti
tî
ty
parti
fui
fuy
Fuy
Huy
muy
mũy
aqui
Aqui
vi
Vi
VI
XCVI
LVI
XLVI
servi
XVI
LXVI
XXVI
LXXVI
XXXVI
LXXXVI
XI
LXI
XXI
LXXI
XXXI
LXXXI
L
boçal
cabedal
real
Portugal
arraial
Marcial
Proemial
celestial
Celestial
mal
Mal
sinal
racional
geral
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(31)
(2)
(20)
(11)
(2)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(9)
(9)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(17)
(1)
(1)
(1)
(1)
114
General
Moral
tal
Tal
Natal
mortal
imortal
Imortal
igual
Igual
qual
Qual
Val
El
Rafael
docel
fiel
Daniel
Gabriel
Mel
coronel
Manuel
cruel
amavel
possivel
impossivel
desprezivel
fragil
mil
feminil
Abril
esteril
gentil
vil
Roixinol
prol
sol
Sol
Consul
azul
XL
manham
gram
foram
quam
em
Em
bem
Bem
tambem
Tambem
Cem
Crecem
podem
ordem
teem
viagem
ventagem
Sichem
murchem
viajem
vassallajem
valem
Bellem
homem
Homem
nem
Nem
(2)
(23)
(19)
(6)
(1)
(3)
(1)
(1)
(4)
(1)
(13)
(10)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(5)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(112)
(21)
(24)
(3)
(11)
(4)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(15)
(7)
115
tornem
poem
Poem
abrazarem
querem
porem
Porem
Porém
sem
Sem
tem
Tem
prometem
fontem
ninguem
Ninguem
quem
Quem
Fiquem
vem
Vem
deixem
fazem
dizem
induzem
jardim
Jardim
fim
Serafim
emfim
Emfim
enfim
sim
bom
com
Com
Dom
um
algum
hum
Hum
nenhum
Nenhum
num
N
en
certamen
con
o
ò
ô
O
ao
Ao
Labão
Saibao
Cão
publicação
satisfação
navegação
obrigação
Relação
informação
examinação
coração
acção
Acção
ambição
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(10)
(1)
(25)
(11)
(16)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(45)
(13)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(10)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(4)
(41)
(15)
(7)
(1)
(6)
(57)
(11)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(258)
(11)
(5)
(43)
(33)
(11)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(3)
(1)
(2)
116
Ambição
condição
perdição
Conceição
affeição
perfeição
Perfeição
eleição
petição
menção
invenção
Tradução
dão
Dão
solidão
ingratidão
perdão
pregão
hão
chão
milhão
Grilhão
tenhão
Venhão
hião
temião
vião
desvião
fazião
alejão
sejão
Sejão
mão
não
Não
Tornão
João
roubàrão
mandarão
mostrarão
varão
provárão
deixárão
repouzarão
erão
saberão
Crecerão
derão
serão
Verão
quizerão
grão
Logrão
subirão
vivirão
forão
chorão
corrão
Entrão
são
São
suspensão
confissão
profissão
confusão
tão
Tão
Platão
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(92)
(34)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(18)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(43)
(7)
(2)
117
Capitão
então
Então
botão
bastão
vão
Pavão
Vivão
carvão
sirvão
deixão
razão
Razão
prizão
mancebo
soberbo
co
Co
aço
faço
Ithaco
Jacô
braço
Braço
fraco
eco
padeço
obedeço
engrandeço
conheço
peço
preço
esqueço
medico
fico
Catholico
Epitalamico
academico
Academico
Heroico
rico
Lirico
satirico
metrico
Musico
Poetico
Lourenço
cinco
moço
poço
troco
ensoço
charco
berço
cerco
perco
Porco
parentesco
Francisco
vosco
Ouço
louco
pouco
do
Do
dò
DO
perturbado
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(11)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(11)
(2)
(2)
(3)
(2)
(10)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(6)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(6)
(1)
(2)
(9)
(102)
(15)
(1)
(1)
(1)
118
peccado
recado
multiplicado
comunicado
alcançado
disfarçado
Cercado
forçado
arriscado
toucado
dado
vedado
cuidado
cuydado
descuidado
soldado
tardado
guardado
Fado
Triunfado
chegado
salgado
vingado
morgado
achado
trilhado
olhado
adivinhado
confiado
premiado
aleijado
Aleijado
amado
Amado
chamado
derramado
estimado
tomado
armado
nado
enganado
tornado
afortunado
abençoado
povoado
culpado
desculpado
Celebrado
sagrado
Irado
admirado
honrado
prado
errado
cerrado
encerrado
letrado
illustrado
dourado
cansado
Maltratado
detado
marchetado
denotado
apartado
concertado
furtado
engastado
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(4)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(9)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(5)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
119
estado
deixado
cazado
pezado
entronizado
avizado
gozado
ouzado
Ouzado
cedo
Macedo
dedo
medo
Medo
penedo
Figueiredo
Arredo
caído
obedecido
conhecido
embravecido
vencido
nascido
despedido
rendido
Rendido
vendido
perdido
porfido
bramido
timido
prevenido
Marido
ferido
Horido
corrido
sido
combatido
repetido
sentido
convertido
vestido
cuido
conseguido
arguîdo
erguido
atrevido
provido
duvido
ouvido
ando
sacrificando
publicando
buscando
dando
Dando
cuidando
duvidando
Triunfando
chegando
folgando
confiando
fallando
Fallando
mando
amando
Tomando
affeiçoando
(5)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(6)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
120
Apalpando
topando
brando
Brando
Celebrando
obrando
venerando
passando
imitando
cantando
acrecentando
Lamentando
Pintando
contando
Votando
arrastando
estando
Estando
quando
Quando
Louvando
deixando
renacendo
conhecendo
convalecendo
defendendo
Respondendo
ardendo
perdendo
lendo
remendo
temendo
crendo
Crendo
Correndo
sendo
Sendo
tendo
entendo
vendo
havendo
vivendo
fazendo
saindo
Comedindo
Eximindo
dormindo
competindo
mentindo
servindo
iracundo
jocundo
profundo
segundo
Segundo
mundo
Mundo
modo
todo
Todo
ardo
tardo
guardo
aguardo
resguardo
desdo
escudo
agudo
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(19)
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(1)
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(22)
(3)
(7)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
121
mudo
tudo
Tudo
estudo
sezudo
ceo
Ceo
deceo
conheceo
receo
apareceo
nasceo
rodeo
temeo
Reo
creo
escreveo
bafo
golfo
triunfo
Sago
presâgo
cego
pego
emprego
digo
prodigo
amigo
Amigo
enemigo
comigo
perigo
sigo
persigo
antigo
castigo
vingo
longo
fogo
Fogo
Diogo
jogo
logo
Logo
Dialogo
Apologo
rogo
largo
acho
Acho
Capricho
estrancho
lho
trabalho
valho
paguelho
velho
Velho
filho
Filho
Banho
ganho
engenho
lenho
empenho
tenho
Tenho
venho
(2)
(10)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(2)
(2)
122
Coutadinho
linho
caminho
Pinho
ratinho
Agostinho
Coutinho
sonho
Mayo
rayo
Rayo
Fabio
sabio
Sabio
subio
Edificio
sacrificio
cilicio
hospicio
silencio
ocio
comercio
remedio
pedio
incendio
Indio
odio
Claudio
Veyo
epitafio
confio
naufragio
sufragio
presagio
contagio
Elogio
contrahio
sahio
auxilio
Tullio
premio
patrocinio
Aonio
Demonio
Petronio
Antonio
principio
rio
Rio
lapidario
Mario
contrario
adversario
vestuario
vario
desvario
brio
sombrio
alvedrio
Tiberio
emisferio
imperio
Imperio
vituperio
misterio
Misterio
frio
delirio
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(4)
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(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
123
martirio
Laudatorio
proprio
estio
Estio
vestio
Seguio
vio
navio
desvio
Vitruvio
elejo
pelejo
pejo
despejo
Tejo
manquejo
vejo
Vejo
dezejo
Anjo
Archanjo
nojo
cujo
Cujo
Dedalo
pelo
Pelo
zelo
remediallo
matallo
iguallo
bello
Gabello
padecello
modello
paralello
pello
Pello
Castello
desvello
dizello
Eillo
estillo
Apollo
Simbolo
Idolo
templo
Templo
contemplo
exemplo
Paulo
Oraculo
seculo
Tumulo
mo
Mo
chamo
Talamo
temo
dizeimo
magnanimo
bellissimo
Clarissimo
riquissimo
como
Como
Pomo
(1)
(14)
(5)
(2)
(1)
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(1)
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(1)
(3)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(35)
(9)
(1)
124
tomo
Tomo
termo
esmo
mesmo
no
No
ano
dano
profano
engano
desengano
Giostiniano
Romano
humano
soberano
tirano
Lusitano
Parmeno
Sereno
digno
Digno
resigno
dino
MELLODINO
Reino
fino
mofino
Mofino
imagino
Minino
tino
Palatino
desatino
destino
arruino
divino
anno
Anno
dono
sono
inferno
eterno
inverno
Inverno
governo
Torno
asno
perdoo
voo
pò
pô
campo
tempo
Tempo
passatempo
limpo
Olimpo
corpo
barbaro
Barbaro
caro
claro
cantaro
avaro
assombro
Descubro
Sacro
(1)
(1)
(1)
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(9)
(25)
(3)
(1)
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(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(5)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
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(2)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(3)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(12)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
125
quadro
Pedro
vidro
sincero
fero
Homero
espero
quero
severo
Negro
verdadeiro
madeiro
passageiro
cheiro
companheiro
Marinheiro
lisonjeiro
primeiro
Primeiro
Camareiro
Aventureiro
inteiro
Zafiro
Zefiro
choro
ignoro
sopro
barro
erro
Erro
ferro
socorro
Morro
teatro
quatro
Arbitro
dentro
Dentro
potro
Ceptro
astro
alabastro
Alabastro
Castro
rastro
sestro
Ministro
Austro
outro
essoutro
escuro
duro
seguro
muro
Palinuro
ouro
agouro
louro
Mouro
tesouro
bezouro
tezouro
futuro
livro
Livro
so
só
sò
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(5)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(9)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(1)
(5)
(3)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(4)
(1)
(2)
(26)
126
Sò
sô
caso
acaso
falso
manso
immenso
suspenso
Afonso
boliçoso
piadoso
Religioso
glorioso
Envejoso
ardiloso
famoso
fermoso
Fermoso
enganoso
luminoso
temeroso
numeroso
generoso
milagroso
honroso
amoroso
Amoroso
riguroso
venturoso
ditoso
Ditoso
argumentoso
custoso
verso
Discurso
passo
sucesso
excesso
progresso
isso
Isso
Disso
Nosso
posso
vosso
Vosso
aplauso
Aplauso
to
rato
barato
desbarato
ingrato
Retrato
desato
prometo
soneto
Soneto
SONETO
secreto
preto
habito
dito
credito
feito
effeito
Effeito
perfeito
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(29)
(1)
(1)
(4)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(4)
(7)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(4)
(2)
(100)
(1)
(1)
(1)
(3)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
127
geito
peito
sospeito
delito
oito
Pulpito
escrito
proscrito
merito
grito
esprito
muito
alto
Alto
assalto
solto
envolto
culto
canto
encanto
Diafanto
manto
espanto
pranto
santo
Santo
tanto
Tanto
quanto
Quanto
quantò
cento
accento
alento
fraudulento
Firmamento
assombramento
Casamento
pensamento
apartamento
cazamento
elemento
Elemento
merecimento
vencimento
nascimento
Nascimento
arrependimento
entendimento
sofrimento
sentimento
movimento
escarmento
Escarmento
tormento
Documento
instrumento
atento
intento
cruento
vento
Vento
convento
Conto
difunto
pergunto
junto
Junto
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(9)
(9)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(2)
(3)
(5)
(2)
(2)
(22)
(3)
(17)
(4)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(5)
(4)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(2)
(2)
(5)
(2)
(6)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(18)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
128
Asunto
Assunto
boto
Escoto
Piloto
roto
voto
Parto
cuberto
certo
Certo
incerto
desconcerto
porto
gesto
isto
Cristo
resisto
quisto
visto
gosto
Gosto
posto
Aposto
composto
oposto
robusto
custo
Augusto
justo
injusto
susto
escuto
resoluto
irresoluto
muto
Bruto
fruto
estatuto
astuto
arduo
vo
bravo
Escravo
levo
lascivo
altivo
Altivo
Festivo
salvo
Salvo
novo
Povo
reprovo
abaixo
Eixo
deixo
freixo
Freixo
queixo
cazo
razo
prazo
vazo
pezo
prezo
desprezo
Dalizo
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(8)
(1)
(3)
(3)
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(1)
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(2)
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(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
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(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(10)
(1)
(3)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
129
ditozo
Repouzo
P
ar
Ar
acabar
Zombar
roubar
nacar
abraçar
justificar
picar
alcançar
buscar
Buscar
assucar
dar
dàr
cuidar
andar
mandar
acordar
mudar
marear
pagar
devagar
chegar
pegar
lugar
Lugar
batalhar
Batalhar
Familiar
festejar
beijar
callar
Callar
circular
singular
Dissimular
Consular
mar
Mar
amar
somar
tomar
penar
fulminar
voar
voàr
par
pâr
escapar
disculpar
disparar
celebrar
obrar
esperar
tirar
honrar
chorar
melhorar
cerrar
entrar
durar
murmurar
agourar
Aventurar
(1)
(1)
(1)
(2)
(5)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(11)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
130
Cesar
passar
acusar
matar
evitar
altar
encantar
contar
Contar
perguntar
juntar
alrotar
votar
estar
estár
provar
queixar
pezar
eternizar
escuzar
saber
obedecer
conhecer
parecer
vencer
nascer
Nascer
der
defender
render
entender
poder
perder
colher
molher
ler
temer
per
super
crer
querer
morrer
ser
Ser
ter
Ter
mister
quer
Quer
qualquer
ver
Ver
Aver
haver
escrever
viver
fazer
Fazer
prazer
trazer
dizer
maldizer
quizer
ir
Ir
subir
Medir
pedir
(3)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(2)
(4)
(2)
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(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(37)
(1)
(4)
(1)
(1)
(10)
(2)
(1)
(14)
(4)
(2)
(4)
(1)
(4)
(3)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(4)
(1)
(2)
(1)
(1)
131
Zafir
unir
zunir
rir
abrir
cubrir
cumprir
Sentir
partir
Deminuir
vir
servir
ouvir
Reduzir
dor
Pescador
triunfador
Guiador
Emperador
Lavrador
Embaixador
vencedor
resplandor
ardor
peor
for
rigor
vigor
melhor
Melhor
senhor
Senhor
maior
mayor
valor
flor
amor
Amor
temor
humor
Señor
por
Por
horror
sor
pastor
Pastor
Autor
Doutor
favor
louvor
Monsieur
S
as
ás
às
âs
As
acabas
ambas
Ambas
zombas
graças
desgraças
deças
offereças
fabricas
esperanças
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(1)
(3)
(1)
(11)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(3)
(2)
(1)
(7)
(3)
(6)
(12)
(2)
(3)
(5)
(8)
(5)
(32)
(5)
(1)
(1)
(81)
(25)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(2)
(1)
(3)
(1)
(2)
(46)
(1)
(4)
(1)
(8)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
132
Esperanças
carrancas
licenças
bocas
forças
ouças
carapuças
das
Das
dâs
dadas
fundadas
guardadas
derramadas
Derramadas
malogradas
choradas
sustentadas
quedas
Quedas
medidas
perdidas
unidas
feridas
queridas
sufridas
repetidas
advertidas
vidas
Vidas
atrevidas
duvidas
ouvidas
esmeraldas
pretendas
entendas
contendas
ondas
Bodas
guardas
cadeas
feas
Cheas
areas
Sereas
digas
fadigas
figas
amigas
obrigas
perigas
sigas
conchas
lhas
ovelhas
maravilhas
sabias
Tobias
Ancias
Excellencias
dias
tragedias
fias
porfias
Lias
tiranias
insignias
tramoyas
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(20)
(4)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(2)
(1)
(2)
(5)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
133
Troyas
impias
alimarias
ordinarias
contrarias
varias
materias
glorias
memorias
Memorias
vitorias
proprias
envejas
cujas
Pelas
ellas
bellas
nellas
pellas
estrellas
Eillas
perolas
mas
Mas
màs
chamas
flamas
RIMAS
lagrimas
lastimas
almas
armas
Armas
tirarmas
plumas
nas
Nas
enganas
humanas
ordenas
Athenas
penas
apenas
Apenas
determinas
peregrinas
doutrinas
ensinas
divinas
eternas
tornas
colunas
fortunas
magoas
culpas
aras
caras
raras
avaras
sombras
obras
Obras
pedras
Pedras
esferas
teràs
veràs
regras
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(3)
(16)
(41)
(1)
(1)
(1)
(1)
(6)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(13)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
134
Iras
iràs
Diràs
viràs
Vivirás
honras
foras
horas
terras
morras
tras
letras
palestras
Mostras
duras
palavras
mansas
defensas
preciosas
Religiosas
gloriosas
fermosas
rosas
Rosas
passas
essas
vossas
Musas
cousas
Cometas
Planetas
tacitas
ditas
sugeitas
estreitas
muitas
Muitas
altas
cantas
tantas
Tantas
quantas
Quantas
pontas
cartas
Espartas
mortas
portas
Gastas
pastas
estas
estàs
estâs
florestas
vistas
resolutas
Resolutas
mutas
brutas
enxutas
lauas
duas
aguas
linguas
hũas
suas
vas
vàs
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(2)
(2)
(1)
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(1)
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(4)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(3)
135
Vàs
fiavas
estavas
vivas
Elvas
trovas
deixas
queixas
grandezas
estranhezas
proezas
asperezas
emprezas
Desprezas
incertezas
Cinzas
couzas
es
Es
caes
Cascaes
sinaes
naturaes
taes
Taes
quaes
sobes
Deces
creces
mereces
floreces
enriqueces
Francés
Doces
idades
verdades
Saudades
Vades
pedes
paredes
Paredes
credes
Vedes
Hesperides
cuides
humildes
grandes
tendes
Tendes
pretendes
Vindes
podes
mandardes
manquejardes
crecerdes
pretenderdes
perderdes
Terdes
quizerdes
virdes
rudes
virtudes
fes
lhes
males
bayles
elles
delles
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(7)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
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(2)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(3)
(1)
136
nelles
aquelles
daquelles
simples
Gomes
ciumes
lumes
queixumes
Nunes
perfeições
benções
milhões
poes
Poes
despoes
Despoes
Coscorões
soes
Soes
razões
brazões
pès
pês
golpes
vulgares
esgares
folares
singulares
mares
Mares
pares
Alvares
nobres
Carceres
vieres
esperes
queres
prazeres
milagres
cores
dores
vingadores
matadores
resplandores
ardores
peores
melhores
penhores
mayores
flores
amores
Amores
primores
marmores
arvores
louvores
Compres
tres
mestres
illustres
Meneses
esses
Esses
Ulisses
Prometes
antes
Antes
semelhantes
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(14)
(23)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(11)
(5)
(2)
137
amantes
Amantes
consoantes
Ignorantes
instantes
constantes
dentes
gentes
differentes
contentes
eloquentes
fontes
montes
artes
partes
Repartes
mortes
Sortes
traçastes
alcançastes
Tardastes
Guardastes
Enfermastes
desprezastes
estes
Estes
Nacestes
destes
celestes
estivestes
puzestes
resistes
vistes
fostes
Fostes
afagues
ves
vés
aves
chaves
suaves
escreves
vives
deixes
queixes
mezes
cortezes
vezes
Dizes
vozes
façais
dais
cuidais
duvidais
Duvidais
andais
mandais
guardais
castigais
folgais
Olhais
granhais
tenhais
mais
Mais
chamais
temais
sarais
(1)
(1)
(1)
(1)
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(2)
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(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(83)
(9)
(1)
(1)
(1)
138
esperais
Chorais
Discursais
possais
engeitais
estais
vivais
desprezais
Licis
eis
Eis
sabeis
Sabeis
obedeceis
pareceis
alcanceis
cuydeis
andeis
mandeis
acendeis
respondeis
podeis
heis
fieis
leis
leys
Leys
cuidareis
fareis
Fareis
deixareis
ereis
conhecereis
sereis
quereis
direis
choreis
morreis
entreis
mateis
Raqueis
crueis
cuydaveis
haveis
estaveis
viveis
revolveis
fazeis
Tifis
Reiis
Filis
Fenis
pois
Pois
depois
Despois
sois
Sois
Phalaris
Cloris
repartîs
puluis
quis
vîs
ouvis
ns
irmãns
rãns
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(7)
(11)
(1)
(1)
(8)
(2)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
139
parabẽns
desdẽns
homẽns
Homẽns
Palladioens
razoens
tens
tẽns
nuvẽns
bõns
Algũns
hũns
nenhũns
os
Os
aos
Aos
mãos
vãos
ambos
Ambos
entrambos
Entrambos
cos
Cos
pedaços
laços
braços
abraços
ecos
tragicos
brancos
moços
Poucos
dos
Dos
dados
cuidados
cuydados
tardados
acordados
Fados
dobrados
honrados
adorados
chorados
passados
sepultados
cantados
levantados
estados
avexados
dedos
ledos
medos
idos
apercebidos
subidos
padecidos
escurecidos
apellidos
prevenidos
referidos
cumpridos
repetidos
sentidos
ouvidos
modos
(3)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(4)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(60)
(8)
(13)
(1)
(5)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(24)
(7)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(4)
140
todos
Todos
mudos
Ceos
triunfos
estragos
cegos
empregos
perigos
Domingos
velhos
filhos
olhos
Olhos
ganhos
Ingenhos
caminhos
passarinhos
padrinhos
Buscayos
raios
rayos
propicios
Nuncios
prendeyos
premios
rios
temerarios
contrarios
seguyos
dezejos
pelos
alcançallos
bellos
cabellos
modellos
vellos
exemplos
seculos
façamos
riamos
Riamos
Vamos
devemos
Serenissimos
termos
vermos
rumos
nos
nòs
anos
danos
profanos
enganos
desenganos
humanos
soberanos
tiranos
menos
Menos
pequenos
divinos
Alumnos
annos
Riamonos
voos
pos
Pos
(9)
(2)
(1)
(2)
(2)
(2)
(2)
(1)
(3)
(1)
(1)
(1)
(9)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(18)
(1)
(5)
(5)
(1)
(6)
(5)
(2)
(1)
(2)
(4)
(2)
(2)
(1)
(1)
(4)
(2)
(1)
(1)
(2)
141
tempos
Barbaros
passaros
miseros
negros
Negros
suspiros
erros
socorros
centros
outros
essoutros
Muros
sòs
Casos
duvidosos
gloriosos
famosos
fermosos
Esposos
Generosos
sonorosos
versos
Versos
passos
vossos
mentecatos
çapatos
ratos
tratos
affectos
tercetos
Giovenetos
Sonetos
quartetos
inauditos
conceitos
feitos
Feitos
perfeitos
peitos
inclitos
delitos
escritos
Meritos
Espritos
muitos
altos
Soltos
cantos
tantos
Tantos
quantos
Quantos
mandamentos
pensamentos
Pensamentos
Elementos
esquecimentos
votos
certos
desconcertos
mortos
Mortos
vistos
gostos
Brutos
Astutos
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(7)
(1)
(1)
(7)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(3)
(1)
(1)
(2)
(4)
(1)
(1)
(9)
(1)
(2)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
142
vos
Vos
vós
vòs
vôs
Avòs
Mandaravos
Conhecivos
vivos
vendovos
Vendovos
novos
Mandarvos
Aleijarvos
abrazarvos
corvos
Douvos
lazos
prezos
Deus
meus
seus
teus
dous
Dous
Perús
T
Sedebat
eu
Eu
offreceu
nasceu
deu
respondeu
colheu
meu
Meu
seu
teu
Teu
prometeu
Pegû
hũ
ou
Ou
Acabou
roubou
Roubou
alcançou
mandou
tardou
perigou
achou
sobejou
fallou
enfermou
emanou
tornou
celebrou
Tirou
errou
mostrou
Durou
sou
passou
cortou
estou
lutou
(73)
(10)
(1)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(17)
(7)
(6)
(6)
(7)
(1)
(1)
(13)
(1)
(43)
(10)
(1)
(1)
(5)
(2)
(1)
(20)
(4)
(22)
(9)
(1)
(2)
(1)
(1)
(37)
(11)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(1)
(1)
(5)
(1)
(1)
(2)
(1)
143
Lutou
vou
levou
deixou
pizou
gozou
crú
tu
Tu
V
(1)
(5)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(9)
(7)
(14)
XCV
IV
XCIV
LIV
XLIV
XIV
LXIV
XXIV
LXXIV
XXXIV
LXXXIV
LV
XLV
XV
LXV
XXV
LXXV
XXXV
LXXXV
X
IX
XCIX
LIX
XLIX
XIX
LXIX
XXIX
LXXIX
XXXIX
LXXXIX
LX
XX
LXX
XXX
LXXX
faz
Jaz
Jáz
Thomaz
paz
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(10)
(1)
(1)
(1)
(10)
traz
Assaz
assàz
Assàz
dez
Dez
fez
Alvarez
cortez
Portuguez
vez
diz
Diz
feliz
infeliz
quiz
voz
luz
propuz
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(2)
(6)
(3)
(1)
(2)
(5)
(6)
(1)
(3)
(1)
(3)
(10)
(10)
(1)
ÍNDICE DE FREQUÊNCIAS DE FORMAS
144
DOS SONETOS DE D. FRANCISCO MANUEL DE MELO INCLUÍDOS NAS MUSAS PORTUGUESAS
FORMAS
FREQUÊNCIA
que
a
o
de
e
se
Que
em
da
do
SONETO
não
he
mais
por
me
A
vos
os
hum
para
as
quem
E
eu
O
tão
Se
com
Mas
ou
ser
como
hũa
Não
ao
lhe
Amor
mi
Amoroso
De
d'
jà
vida
sò
no
Por
sem
bem
dos
Moral
Poes
Mundo
seu
tanto
te
Em
Porque
à
das
foi
meu
na
(408)
(302)
(258)
(231)
(187)
(147)
(133)
(112)
(102)
(102)
(100)
(92)
(87)
(83)
(81)
(76)
(73)
(73)
(60)
(57)
(51)
(46)
(45)
(43)
(43)
(43)
(43)
(42)
(41)
(41)
(37)
(37)
(35)
(34)
(34)
(33)
(33)
(32)
(31)
(29)
(29)
(27)
(27)
(27)
(26)
(25)
(25)
(25)
(24)
(24)
(23)
(23)
(22)
(22)
(22)
(22)
(21)
(21)
(20)
(20)
(20)
(20)
(20)
145
sempre
hà
quando
tal
nos
são
vento
Ceo
Deus
gloria
mal
Quando
quanto
sorte
hoje
mas
tem
Com
Do
Morte
nem
dia
hora
Laudatorio
minha
pode
poes
V
ver
aos
esta
He
Hora
nas
nunca
qual
Quem
T
vossa
Para
seja
Senhor
Tempo
antes
Ao
dor
este
foy
Hum
Mar
morte
mundo
ò
Ou
Pois
porque
razão
Sem
tambem
vão
agora
co
elle
era
Eu
faz
Festivo
fim
(20)
(19)
(19)
(19)
(18)
(18)
(18)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(16)
(16)
(16)
(15)
(15)
(15)
(15)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(12)
(12)
(12)
(12)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
146
Jà
luz
paz
Porem
Qual
quer
tudo
Vos
voz
alto
Antonio
assi
Como
contra
Da
desta
donde
dura
Fado
inda
Mais
mesmo
muito
olhos
outra
outro
pouco
senhora
soes
tantos
teu
ti
todos
tu
vai
vejo
viva
As
entre
essa
fermosura
flor
gosto
là
logo
mesma
mil
nada
nome
novo
Os
sois
tempo
ventura
aquelle
comigo
D'
dano
destes
Dom
Dos
dous
es
fora
força
gente
gentes
grande
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
147
melhor
meus
Nem
onde
pena
pois
segura
tanta
Tão
terra
todo
triste
Tu
verdade
versos
Vida
vosso
vossos
Ay
algum
amigo
auzencia
braço
breve
castigo
cedo
constante
D
despoes
diz
enganos
esperança
estâ
estar
fez
flores
fortuna
graça
guerra
lagrimas
muitas
Musa
pello
sei
senhor
Senhora
seus
sobre
sua
Tal
Terra
teus
tormento
vem
vencer
vendo
vir
vista
vosco
alma
amor
anos
Antes
aquella
Ar
Aurora
belleza
cà
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
148
certo
conheço
Contra
coração
crer
Cunha
danos
della
delle
desenganos
deu
dias
divino
duro
enveja
escarmento
escura
esse
Esta
estado
fonte
fruto
Heroico
humano
idade
illustre
Lirico
mãos
mar
ô
ouro
parte
pensamento
pò
prado
pranto
primeiro
proprio
queixas
queres
Sacro
si
sol
sombra
sou
taes
temor
valor
vez
vi
vou
adonde
alegre
alta
altos
Amigo
annos
apartamento
Apollo
Aquella
ardente
arte
às
bom
cada
canto
cuidado
dado
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
149
dar
Das
dentro
deste
desvario
dezejo
digo
ditoso
doce
Donde
dores
duvida
ella
Elogio
Então
Enveja
errado
escuto
espera
Essa
estas
estava
Este
eterna
façais
falta
fama
Familiar
fica
forão
Funebre
graças
grandes
haver
hei
Hoje
Hũa
humilde
igual
ingrata
ir
ja
levo
Livro
Me
menos
merece
Meu
modos
naufragio
nesta
Nunca
pelo
perder
pobre
Poeta
porfia
Portugal
posso
pretende
procura
Quanto
queixar
rio
saber
Sempre
Sol
soneto
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
150
Tambem
temer
tenho
tẽns
ter
ty
toda
tua
Tudo
vè
veja
Ver
verdadeiro
viver
vossas
acção
Agora
agouro
agua
algũa
Alvarez
ambos
amores
ande
Aposto
aquelles
ardendo
assegura
astuto
atê
Autor
ave
Bem
boçal
bosque
branca
caminho
campo
cazo
cego
certa
Cesar
chega
chora
contrario
cores
corte
credito
dà
dais
darte
defensa
deixo
desgraça
desventura
desvio
diante
Diogo
disse
dito
Ditoso
dizer
doçura
elegante
Ella
elles
embora
engano
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
151
entrar
Entre
erro
Es
esconde
escritos
esfera
espanto
esperar
espero
esquece
essas
estillo
estrella
eternamente
eterno
exemplo
exercita
faça
Fama
famoso
farei
fazer
fê
Fè
Fê
feliz
fiel
Filha
Filho
fingida
firme
firmeza
Foge
for
forte
Fortuna
fostes
frio
Gozoute
grave
guardado
guardais
honra
idades
Imperio
impossivel
incerto
intenta
intento
isto
João
Là
lastima
leis
lhes
licença
livro
longe
louvor
louvores
lugar
May
mayor
mancebo
mão
Marte
medo
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
152
Melhor
modo
monte
mortal
Mouro
mudança
Na
nella
No
nobre
noite
Norte
Onde
ouvir
ouzada
ouzadia
Pay
pâra
parabẽns
passa
peito
pellas
perco
perigo
perigos
Perola
perolas
planta
Pobre
Pode
podeis
possa
posto
preço
Prima
Primeiro
quiz
rayos
reparte
resposta
rica
sabe
saiba
Salve
Salvo
sede
segundo
Sendo
serà
serão
serve
sô
sono
Tanta
Tanto
Te
Tem
Tende
termos
teve
Triste
vas
vàs
vence
verdura
vezes
vil
vingança
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
153
vio
vitoria
Vitoria
vive
vivendo
vives
vontade
á
acabar
advertida
afronta
Agua
Ah
alcança
alegria
aleijada
alento
alli
altura
amar
ambição
andar
ando
ante
antiga
antigo
apartado
apenas
aqui
ar
ardores
Armas
Arredo
arrependimento
arvores
atreve
atrevida
Augusto
aura
Auzencia
Aver
Avòs
batalhar
Bebei
bella
Bella
boa
bocas
brando
câ
cabe
Cada
caminha
caminhos
carta
Castro
cativa
causa
cazado
cegos
celebrada
cento
ceo
Ceos
Ceptro
cera
certamen
chama
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
154
cheiro
choradas
clara
Cloris
cobiça
colunas
composto
Conde
condição
conhecendo
conhecida
conquistada
Considera
consoada
constantes
conta
Conta
contenda
contente
contraria
convinha
copia
Corte
cos
costume
creo
cruel
cuydado
cuidados
cuidais
cuido
Cuja
cujo
culpa
culto
dadas
Dama
dâs
defenda
defende
deixa
Deixa
deixai
Deixai
Demonio
dera
desde
desengano
desprezo
destino
destra
destreza
desvello
desvião
Dez
dezeja
dezejada
differentes
digno
Digno
dino
direis
dispensa
dita
Dona
dourado
Doutor
doutrinas
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
155
Duarte
duvidada
duvidais
El
elegancia
emenda
emfim
Emfim
entende
envejas
Era
erão
errou
Escarmento
escreves
escrito
escudo
Escuzase
Espada
esperada
esperava
Esposa
esprito
estais
estando
estàs
estio
estou
estragos
estudo
eternidade
Excellencias
excesso
exemplos
faço
falso
fantazia
farà
fazeis
fazendo
fazia
fechada
feitos
Fera
ferida
fermoso
Fermosura
fero
ferro
fes
fieis
Fili
Filis
Firmamento
fizera
fizesse
foge
Fogo
Foy
Fonte
Força
forçado
fosse
fraco
Francisco
fraqueza
frescura
General
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
156
Gloria
glorias
gozado
Graça
grandeza
guardo
guia
ha
havia
hè
historia
homem
Homem
honrar
Huy
humanos
humildes
Idolo
ignorancia
immensa
imperio
importa
incita
industria
Infante
infelice
inferno
ingrato
injusto
isso
jâ
junto
Justiça
justo
largo
lastimas
lendo
lenho
Lesbina
leva
Levanta
leve
Lisboa
Logo
logra
louco
Lucinda
ma
maior
mayores
Malaca
mandar
mande
mandeis
mando
maneira
manto
maravilha
maravilhas
matar
melhores
memoria
Menos
mercê
merecimento
Metafora
mete
my
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
157
mocidade
moço
Monarca
monta
mostra
movimento
muda
mudo
muitos
Musica
muto
n'
Nada
Nas
nasce
Nasce
nasceo
nascimento
natureza
nenhũa
neste
ninguem
nova
Nuncios
obedecido
offensa
Olhos
Ora
Oraculo
outros
ouvida
ouvidos
ouzado
palavras
passar
passo
Patria
pedras
Pello
Pena
penha
pensamentos
peor
pequenos
perca
perdido
peregrinas
Pereira
pès
pês
Pescador
pezar
pezo
Piedade
Platão
pô
podem
podes
Poëma
porfias
porto
Portuguez
Pos
praça
prata
prazo
premio
presumida
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
158
prezente
primores
prizão
profundo
progresso
prol
promete
prometeu
prometo
proprias
provar
Prudencia
publicando
pudera
pura
quaes
quam
quantas
Quantas
quantos
quatro
queixa
Quer
quis
quizeste
Razão
real
Rey
Religiosa
rendéra
rendido
Rendido
repetidas
Repouza
resplandor
Responde
Respondendo
respondeu
Resposta
Riamonos
riamos
rigor
robusto
rogo
Rompe
rosa
Rosa
Rubi
ruina
S
Sà
sabeis
Sabeis
sagrado
sangue
santo
Santo
seculo
Segundo
seguro
sey
Sejão
semelhantes
sendo
sente
sentimento
sepultura
Serà
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
159
sestro
seta
sete
sy
simples
só
soberana
soberbo
sofrimento
sogra
Sois
solicita
somente
Soneto
Sousa
suas
subida
subir
sublime
tantas
tarda
Tejo
temendo
temerosa
temeroso
templo
Templo
tempos
tendes
tendo
Tenho
Tia
tino
tirano
tiranos
Tobias
Toda
Todo
Todos
Tradução
traz
tres
trilhado
triunfante
triunfos
Troya
Ulisses
Urania
và
vay
vê
Vedes
Velho
vencido
vendovos
venho
Verei
vestido
vidas
Vindes
vingado
visto
vituperio
vòs
vôs
Vossa
Zefiro
abaixo
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(1)
160
Abbadeça
abençoado
abraçar
abraços
abrazarem
abrazarvos
abria
Abril
abrir
abundante
Acaba
acabai
acabas
acabasse
Acabe
Acabou
Academia
academico
Academico
acaso
acave
Acção
accento
acendeis
acesa
achado
acharà
acho
Acho
achou
aclama
aclame
aço
acolherei
acolhia
aconselhe
acordados
acordar
acrecentando
acredita
acreditada
acusar
adestra
adivinhado
admirado
admirarà
admirome
Adora
adorados
adoralla
adormente
adversario
advertidas
advertiste
afagues
affectos
affeição
affeiçoando
afirme
afoga
Afonso
afortunado
agoa
Agostinho
agourar
agradecida
agreste
aguarda
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
161
aguardo
aguas
agudo
Aguia
ay
ainda
Ajuntailhe
ajusta
alabastro
Alabastro
Albuquerque
alcançada
alcançado
alcançallos
alcançar
alcançastes
alcanceis
alcançou
alcoba
Alegorica
Alegria
aleijado
Aleijado
Aleijarvos
alejão
alenta
Alexandre
alforria
Algũa
Algũns
alhea
àlicerce
alimarias
alivie
Allì
Alma
almas
alrotar
altamente
altar
altas
altivo
Altivo
Alto
Alumnos
Alvares
alvedrio
ama
amado
Amado
amay
amando
amante
Amante
amantes
Amantes
amavel
ambas
Ambas
Ambição
Ambos
ameaça
America
amiga
amigas
amizade
Amores
amoroso
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
162
Ancias
anda
Anda
andais
andeis
Andrade
Anjo
anno
Anno
ano
antiguidade
Aonio
Aos
Apalpando
apareceo
apellidos
Apenas
apensa
apercebidos
Apetite
aplauso
Aplauso
Apologo
Appella
aprendeste
Aquelle
Aqui
aras
Arbitro
Archanjo
arde
Arde
ardiloso
ardo
ardor
arduo
areas
arenosa
arguîdo
argumentoso
Arismetica
arma
armado
armas
armonia
Armonia
Arrabida
arraial
arrastando
arriscado
arruino
Arte
artes
ás
âs
asno
asperezas
aspira
assalto
assàz
Assaz
Assàz
asseguraste
assombra
assombramento
assombro
assucar
Assunto
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
163
assusta
astro
Astutos
Asunto
atè
Atê
atento
Athenas
atiçada
atormenta
atormentava
atrevidas
atrevido
atropelle
aumenta
Austro
auxilio
auzente
avante
avara
avaras
avarenta
avaro
Ave
Aventurar
Aventureiro
aves
avexados
avizado
avoga
azul
bafo
bayles
baixa
Banho
barato
barbaro
Barbaro
Barbaros
barro
bastante
bastão
bastarda
batalha
Batalhar
batia
Batia
bautizada
bebeste
beijar
beijei
bellas
Bellem
Belleza
bellissimo
bello
bellos
benções
benina
berço
bezouro
Bodas
boliçoso
bõns
bordava
botão
botica
boto
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
164
Braço
braços
brada
bradei
Bragança
Bramava
bramido
brancos
branda
Brando
brandura
bravo
brazões
brio
Brotarà
brutas
Bruto
Brutos
bruxa
Buscayos
buscando
buscar
Buscar
c'
C
Câ
cabeça
cabedal
cabellos
cadea
cadeas
cadeira
cae
caes
caiba
caído
callar
Callar
callarei
callava
Calliope
CALLIOPE
calma
Cama
Camareiro
Candea
candida
cansada
cansado
Canseime
canta
Canta
cantados
cantando
cantarei
cantaro
cantas
cantos
Cão
Caparica
çapatos
Capitão
Capricho
carapuças
caras
Carceres
caro
carrancas
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
165
carregada
cartas
cartuxa
carvão
Casamento
Cascaes
caso
Casos
casta
Castello
castigais
Catholico
catorzada
Catuxa
cautella
cavernosa
cazamento
Cazinha
cega
cegamente
cegarme
Celebra
Celebrado
Celebrando
celebrar
celebraste
celebre
celebrou
celeste
celestes
celestial
Celestial
Cem
centros
Cera
cerca
Cercado
cerco
cerra
cerrado
cerrar
Certo
certos
cesse
chamado
chamais
chamarei
chamas
chamo
chante
chão
charco
chaves
Cheas
chegada
chegado
chegando
chegar
Chegarte
chegue
Cheguei
chorados
Chorais
chorão
chorar
chorava
Chore
chorei
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
166
choreis
choro
chove
cidade
Cidade
ciencia
cientifica
cilicio
cima
cinco
Cintia
Cinza
Cinzas
circular
Cisne
cisterna
ciumes
claridade
Clarissimo
claro
Claudio
Clori
co'
Co
cobre
Coimbra
colera
colher
colheu
combatido
Comedia
comedida
Comedindo
comercio
Cometas
compadeça
Compadre
companheiro
companhia
comparte
competia
competindo
compra
Compres
compusera
comunicado
con
Conceição
conceitos
concertado
conchas
conciencia
conferencia
confiada
confiadamente
confiado
confiando
confio
confissão
confunde
confundome
confusão
Confuza
Conhecendose
conheceo
conhecer
conhecera
conhecereis
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
167
Conheceuse
conheci
conhecido
Conhecivos
conquista
consagrase
conseguido
consente
consiste
consoantes
consorte
Consul
Consular
consumime
contagio
contallla
contando
contar
Contar
conte
contemplo
contendas
contenta
contentes
contingencia
continha
continua
Conto
contrahio
contrarias
contrarios
convalecencia
convalecendo
convento
convertido
convida
convidava
Copia
coronel
corpo
corrão
Corre
Correndo
correspondente
corria
corrido
Corta
cortada
cortava
cortez
cortezes
cortezia
cortou
corvos
Cos
Coscorões
costumada
cousas
Coutadinho
Coutinho
couzas
cova
Cova
crê
Crecem
Crecerão
crecerdes
creces
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
168
crede
credes
crendo
Crendo
Crerà
cria
Cristo
crú
crueis
cruento
cuberto
cubria
cubrir
cuydados
cuidando
cuidar
cuidarâ
cuydàra
cuidareis
cuydaveis
cuydei
cuydeis
cuides
cuja
cujas
Cujo
culpado
culpas
Cuma
cumpridos
cumprir
cura
Cura
curta
custa
custaria
custo
custosa
Custosa
custoso
Dà
dada
dados
Daime
Dalhe
Daliana
Dalizo
dando
Dando
Daniel
dão
Dão
daquelles
dàr
darme
dava
dè
dê
DE
deças
dece
Dece
deceo
Deces
declara
declaralla
declare
declarei
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
169
Dedalo
dedo
dedos
Defende
defendendo
defender
defensas
defronte
deixado
deixaime
deixando
deixão
deixára
deixárão
deixareis
deixas
deixaste
deixava
deixe
deixem
deixes
deixou
delinquente
delirio
delito
delitos
Delle
delles
demazia
Deminuir
denotado
dentes
Dentro
depois
deposita
depressa
der
derão
derrama
derramadas
Derramadas
derramado
derrete
desacredita
desatino
desato
desbarato
descifraste
desconcerto
desconcertos
desconhecida
Descreve
Descubro
descuidada
descuidado
desculpa
desculpado
Desde
desdẽns
desdo
desencerra
desenganada
Desenganase
desespera
desesperada
Desgraça
desgraças
deshumana
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
170
desmente
desobrigue
desornada
Despedida
despedido
despeja
despejo
Despiose
Despoes
Despois
desprezada
desprezais
Desprezas
desprezastes
desprezivel
dessemelhante
Desta
Deste
desterra
destina
destroncada
detado
detella
determinas
detida
devagar
deve
devemos
deveslhe
devida
Dexa
dez
dezejos
dezia
Diafanto
Dialogo
Diamante
Diâmante
differente
difunto
diga
digas
dilatada
dina
Dina
Diràs
direi
Direi
dirija
Dirlhe
disculpar
Discursais
Discurso
disfarçado
disparar
Disse
Dissera
Dissimular
Disso
ditas
ditozo
divinas
divinos
Diz
Dizeilhe
dizeimo
dizella
dizello
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
171
dizem
Dizes
Dizme
dò
DO
dobra
dobrados
docel
Doces
Documento
doe
Domine
Domingos
dono
donzella
Dorme
dormindo
Dous
doutrina
Douvos
duas
durar
duras
Durou
Duvidais
duvidando
duvidas
duvido
duvidosos
é
eco
ecos
Edificio
effeito
Effeito
Eillas
Eillo
eis
Eis
Eixo
eleição
eleje
elejo
elemento
Elemento
Elementos
eleva
ellas
Elle
eloquencia
eloquentes
Elvas
emanou
Embaixador
embravecido
eminente
emisferio
emmudeça
empenho
Emperador
Empirea
emprego
empregos
emprende
emprenhandome
emprestandose
empreza
Empreza
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
172
emprezas
en
encaminhe
encantar
encanto
encerra
encerrado
encobre
Endoudece
enemigo
enferma
Enfermastes
enfermidade
enfermou
enfim
engana
enganado
enganas
enganoso
engastado
engaste
engeitais
engenho
engrandecera
engrandeço
enobrece
enriqueces
ensaya
Ensinaime
ensinas
ensinaste
ensoço
então
entendas
Entende
entender
entendimento
entendo
entoa
entrambos
Entrambos
Entrão
Entraste
entrega
entregarei
entregouse
entreguei
entreis
Entretense
entronizado
envejada
Envejada
Envejoso
envolto
enxovia
enxuga
enxutas
epitafio
Epitalamico
ereis
erguida
erguido
erra
Errada
Erro
erros
escapar
Escape
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
173
escarnecida
Escolhei
escolhera
Escoto
Escravo
escreve
escreveo
escrever
Escritura
escrupulosa
escurecidos
escuro
Escusase
Escutayme
escuzar
esferas
esforça
esgares
esmeraldas
esmo
espada
espante
Espartas
Esperay
esperais
Esperança
esperanças
Esperanças
Esperdicemse
espere
esperes
Esposos
Espritos
esquecimentos
esqueço
Esse
esses
Esses
essoutro
essoutros
Estâ
estados
Estando
estár
estâs
estatuto
estavas
estaveis
Estendendose
esteril
estes
Estes
estima
estimada
estimado
estime
Estio
estivera
estivestes
Estoutra
estrancho
estranhe
estranhezas
estreita
estreitas
Estrella
estrellas
estremece
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
174
estuda
Eternamente
eternas
Eternidade
eternizar
eternizaste
Evangelista
evita
evitar
examinação
excelente
excellencia
Excellente
Eximindo
exprimenta
F
Fabio
fabricada
fabricas
Façame
façamos
fadigas
Fados
falla
Falla
Fallai
fallando
Fallando
Fallava
fallou
faltarà
famosa
famosos
fareis
Fareis
favor
faze
Fazei
fazem
Fazer
fazião
fé
fè
feas
feira
feiticeira
feito
Feitos
felice
feminil
Fenis
fera
fere
feridas
ferido
fermosa
Fermosa
fermosas
Fermoso
fermosos
festa
festejar
fias
fiavas
fico
figas
Figueiredo
figura
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
175
filho
filhos
Filomena
Filosofia
Finje
fino
Fiquem
firma
flama
Flama
flamas
Flerida
Flora
florece
floreces
florestas
fogo
foyse
foje
folares
folga
folgais
folgando
fontem
fontes
Fora
foram
foras
forças
forrada
fortaleza
fortunas
foste
Fostes
Frade
fragil
fragrancia
fragrante
fragua
Francés
Fraqueza
fraude
fraudulento
Frey
freixo
Freixo
Fresta
fria
fronte
fruta
fugî
fui
fuy
Fuy
fulminar
fundadas
Funesta
fura
Furna
furtado
futuro
Gabello
Gabriel
Galanta
Galante
galê
galhardia
ganho
(1)
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(1)
(1)
176
ganhos
Gastas
gastasse
gaste
geito
generoso
Generosos
gentil
geral
gesto
Giostiniano
Giovenetos
gloriosas
glorioso
gloriosos
golfo
golpe
golpes
Gomes
Gosto
gostos
gota
governo
gozâra
gozasse
goze
gozou
gracinha
grade
gram
grandezas
granhais
grão
Grecia
Grilhão
grita
grito
guadameci
guardadas
guardas
guardaste
Guardastes
Guiador
guiay
Ha
Hà
habito
hão
haveis
havendo
Havendose
haverse
hey
heis
Hesperides
hião
home
homẽ
homẽns
Homẽns
Homero
homicida
honrada
honrado
honrados
honras
honrasse
honroso
(1)
(1)
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(1)
177
horas
Horido
horrenda
horror
hospicio
houve
hũ
hũas
humana
humanas
humida
Humilde
humor
hũns
I
ide
Ide
idea
idos
ignora
ignorante
Ignorantes
ignoro
Igual
iguala
igualdade
iguallo
igualmente
II
III
illustrado
illustraste
illustres
imagino
imitando
immenso
imortal
Imortal
impede
impias
importe
inauditos
incendio
incertezas
inclitos
inconstante
inculca
Indio
induzem
infante
infeliz
informação
informada
Ingenhos
ingratidão
injuria
inorante
insigne
insignias
instantes
instrumento
inteira
inteiro
intitula
intrepida
invenção
inverno
Inverno
(1)
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(1)
178
Ir
iracundo
Irado
iràs
Iras
irei
irmãns
irresoluto
Isso
Ithaco
IV
IX
já
Já
Jacô
jardim
Jardim
Jaz
Jáz
Joana
jocundo
jogo
joya
julgarà
julguei
junta
juntar
Junto
justificar
L
la
Lá
Labão
laços
lamenta
Lamentando
lapidario
larga
lascivo
lastîma
lauas
lavarse
Lavrador
lazos
lè
leda
ledos
ley
leys
Leys
Leite
lembrança
ler
leste
letra
letrado
letras
levada
levanta
levantada
levantados
levantarte
levante
levou
lha
lhas
Lhe
lho
(1)
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179
lî
LI
Lias
licenças
Lici
Licis
LII
LIII
limpa
limpo
linda
linguas
linho
lisonjeiro
LIV
livre
LIX
Logrão
lograste
longo
Lourenço
louro
louva
louvada
Louvando
louvarte
louvava
Lugar
lumes
luminoso
Lusitano
lutou
Lutou
LV
LVI
LVII
LVIII
LX
LXI
LXII
LXIII
LXIV
LXIX
LXV
LXVI
LXVII
LXVIII
LXX
LXXI
LXXII
LXXIII
LXXIV
LXXIX
LXXV
LXXVI
LXXVII
LXXVIII
LXXX
LXXXI
LXXXII
LXXXIII
LXXXIV
LXXXIX
LXXXV
LXXXVI
LXXXVII
LXXXVIII
mà
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
180
Macedo
madeiro
Madre
magnanimo
magoas
Mayo
Mal
maldizer
males
malogradas
maltratada
Maltratado
mana
mandais
mandamentos
mandandolhe
Mandandolhe
mandarão
Mandaravos
mandardes
Mandarvos
mandava
mandou
manhãa
manham
manquejardes
manquejo
mansas
manso
Manuel
marchetado
Marcial
marear
mares
Mares
Maria
Mariana
Marido
Marinheiro
Mario
maritima
Marmore
marmores
martirio
màs
matadores
matadura
matalla
matallo
mateis
materias
medico
medida
medidas
Medindote
Medir
Medo
medonhamente
medos
Mel
melhora
Melhora
melhorar
MELLODINO
Memoria
memorias
Memorias
menção
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
181
Meneses
mente
mentecatos
mentindo
mentiome
Mentirlhe
mercè
Mereçate
mereces
merecida
merito
Meritos
mestra
Mestre
mestres
Meta
metrico
meza
mezes
mezinha
mihi
milagre
Milagre
milagres
milagroso
milhão
milhões
Minha
Minino
Ministro
miseros
mister
misterio
Misterio
mo
Mo
moços
modello
modellos
moderna
mofino
Mofino
molesta
molher
Monsieur
montes
mora
morada
Morante
morgado
morras
morrei
Morrei
morreis
morrer
Morro
morta
mortas
mortes
mortos
Mortos
Mostra
mostrarão
mostrarse
Mostras
mostrou
mudar
mudos
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
182
muy
mũy
muita
Muitas
multiplicado
murchem
murmurar
muro
Muros
MUSA
Musas
Musico
mutas
N
nacar
Nacestes
nado
namora
namorada
Nasça
nascer
Nascer
nasceu
nascido
Nascimento
Natal
naturaes
navegação
navio
nẽ
nega
negada
negarlhe
negra
Negro
negros
Negros
nellas
nelle
nelles
nenhum
Nenhum
nenhũns
nessa
nesse
neve
Ninfa
Ninguem
nobres
nojo
norte
nòs
nossa
Nosso
Nota
notoria
Nova
nove
novos
ns
num
numeroso
Nunes
nuvẽns
obedece
obedeceis
obedecer
obedeço
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
183
obediencia
obediente
obrando
obrar
obras
Obras
obriga
obrigação
obrigas
Occidente
ocio
ocupâra
odio
offenda
offereças
offerece
offrece
offrecera
offreceu
oito
oje
olha
Olha
olhado
Olhais
olhe
Olimpo
ondas
oportuna
oposto
ordem
ordena
ordenas
ordinarias
orelha
Oriente
Ouça
ouças
Ouço
ousadia
Outra
ouvia
ouvidas
ouvido
ouvis
Ouzado
ovelhas
P
paciencia
padeça
padecella
padecello
padeci
padecidos
padeço
padrinhos
paga
pagar
Pagaste
paguelho
pay
Paiva
Palatino
Palestra
palestras
palha
Palinuro
Palladioens
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
184
Pallida
par
pâr
paralello
pâre
Pâre
pareça
parece
Parece
pareceis
parecer
parecida
paredes
Paredes
Parente
parentesco
pares
Parmeno
Parte
partes
partese
parti
partia
partir
Parto
partome
passados
passage
passageiro
passando
passarei
passarinhos
passaros
passas
passatempo
Passeai
passos
passou
pastas
pastor
Pastor
patarata
patrocinio
Paulo
Pavão
pé
peccado
peço
pedaços
pede
Pede
pedes
pedia
pedindolhe
pedio
pedir
pedirme
pêdra
Pedra
Pedras
Pedro
pegar
pego
Pegû
peitos
Peixe
pejo
pela
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
185
Pelas
peleja
pelejo
Pelo
pelos
penar
penas
Pende
penedo
penhores
Pensamentos
peores
pequena
per
perda
perdão
perdendo
perderdes
perderme
perdese
Perdese
perdi
perdição
perdidas
perdoo
peregrina
perfeição
Perfeição
perfeições
perfeito
perfeitos
pergunta
perguntandoselhe
perguntar
pergunto
perigas
perigou
Perseguida
perseguilla
persigo
pertença
perturbado
Perús
petição
Petronio
pezada
pezado
pezame
Phalaris
pia
piadade
piadoso
picar
Piloto
Pinho
pinta
Pintada
Pintando
Piramide
pizada
pizei
pizou
Planetas
plumas
poço
poder
poderà
poem
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
186
Poem
Poema
Poesia
poesque
Poëta
Poetico
Poetiza
Pomo
pontas
Porco
porem
Porém
Porfia
porfido
porta
Porta
portas
pos
Possa
possais
possivel
possuida
postra
Postrese
potente
potro
Poucos
poupe
Povo
povoado
praya
prazer
prazeres
preciosas
pregão
Prelada
premiado
premios
prendeyos
Prepâra
presagio
presâgo
presteza
presume
pretendas
pretenderdes
pretendes
preto
prevenido
prevenidos
preza
prezada
Prezandose
prezára
Prezese
prezo
prezos
Principe
principio
Procura
prodiga
prodigamente
prodigo
Proemial
proezas
profano
profanos
profissão
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
187
profunda
promessa
prometem
Prometes
propia
propicios
propria
propriamente
propuz
proscrito
provárão
providencia
provido
prudencia
publicação
pucha
pude
pudéra
Pudeste
Pulga
Pulpito
puluis
Pureza
puzestes
qu'
quadro
qualquer
Quanta
quantò
Quantos
Quarenta
QUARTA
quartetos
quasi
quedas
Quedas
Queixa
queixe
queixes
queixo
queixume
queixumes
quereis
querella
querem
querer
querida
queridas
quero
Quia
quiçâ
quinta
quisto
quizer
quizera
quizerão
quizerdes
racional
Rafael
rayo
Rayo
raios
rãns
Raqueis
rara
raras
rastro
ratinho
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
188
rato
ratos
razo
razoens
razões
realça
recado
receo
reconhece
Reduzir
referidos
regada
regras
Reiis
Reino
reja
Relação
Religiosas
Religioso
remata
remediallo
remedio
Remendarme
remendo
remirme
remonta
renaça
renacendo
Rendase
rende
rendei
render
rendeste
renova
Reo
Repartes
repartîs
repetido
repetidos
repetindolhe
repouzarão
Repouzo
reprezenta
reprova
reprovo
republica
requebrada
resguardo
resigno
resista
resistes
resisto
resolutas
Resolutas
resoluto
resplandores
responda
responde
respondeis
Resucita
Resulta
Retrato
revella
reverencia
reverente
revolveis
Riamos
riase
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
189
ribeira
rico
riguroso
RIMAS
Rio
rios
riqueza
riquissimo
rir
rodeo
roga
rogada
Roixinol
Roma
Romance
Romano
rompa
Rompi
rosas
Rosas
roto
roubada
roubar
roubàrão
roubarãome
roubou
Roubou
rua
ruda
rudes
rumos
Sabe
saberão
sabias
sabio
Sabio
sacrificando
sacrificio
Sago
sahio
saya
Saibao
saindo
salgado
salvo
santa
São
sarais
satirico
satisfaça
satisfação
saudade
saúdade
Saudades
saude
Scevola
seca
Seca
secreta
secreto
seculos
Sede
Sedebat
Seguio
seguyos
segunda
Segunda
Sei
(1)
(1)
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(1)
190
Seja
sejão
semblante
sembrante
Seneca
senhoria
Señor
sentido
sentidos
Sentir
sepultados
Sepultemse
Sepultura
Ser
será
Serafim
Sereas
serei
Serei
sereis
Serenissimos
Sereno
serpe
serra
servi
servindo
servir
servirà
Sete
severa
severo
sezuda
sezudo
sic
Sichem
sido
Sidónia
siga
sigas
sigo
silencio
sim
Simbolo
sinaes
sinal
sinalarte
sincero
singular
singulares
sirva
sirvão
so
Sò
sobe
sobeja
sobejou
soberano
soberanos
sobes
sobrinha
socegada
Socorrey
socorrerme
socorro
socorros
soe
Soes
Sofra
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
191
soldado
solidão
Soltame
soltasse
solto
Soltos
soma
somar
sombras
sombrio
Sonetos
sonho
sonora
sonorosos
sopro
sor
Sorte
Sortes
sòs
sospeito
suave
suaves
subidos
subio
subirão
sucedia
sucesso
sucessora
sufragio
sufridas
sugeitas
super
suspensão
suspenso
suspiros
sustenta
sustentadas
susto
suxa
tacitas
Taes
Talamo
Tantas
Tantos
tardado
tardados
Tardastes
tardo
tardou
tẽ
teatro
teem
tema
temais
Teme
Temei
temeo
temerarios
temião
temo
tempestade
Tendes
tenhais
tenhão
Tenhoa
tens
Ter
terà
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(1)
(1)
192
teràs
tercetos
Terdes
termina
termo
terras
tesouro
testa
Teu
tezouro
Thomaz
tî
tia
Tiberio
Tifis
Timante
timido
tinha
tira
tirania
tiranias
tirar
tirarmas
Tirou
tive
tivera
tiveste
to
tocava
Tocha
Toga
tomado
tomai
Tomando
tomar
tomarlhe
tomo
Tomo
topando
tormenta
tornado
Tornão
tornarei
tornas
Torne
tornem
Torno
tornou
torpe
torpeza
Torre
toucado
trabalho
traçandome
traçastes
tragedia
tragedias
tragicos
Tragoume
tramoyas
tras
tratos
trazer
Triunfado
triunfador
Triunfando
triunfo
trocàra
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
193
Trocarme
trocaste
troco
Trocouse
Troyas
trouxe
trova
Trova
trovas
Tuba
TUBA
Tullio
Tumulo
ufana
um
unida
unidas
unir
Urbanidade
usurpàra
usurparlhe
vãa
Vades
Vai
Vaite
Val
valem
valente
valerme
valho
Vamos
vãos
varanda
varão
Varia
varias
variedade
vario
Varre
Vàs
vassallajem
vazo
Vè
vedado
vede
Veyo
Vejo
velha
velhice
Velhice
velho
velhos
vellos
Vem
vença
Vença
Vence
vencedor
vencedora
vencimento
vendido
Vendovos
venera
Venera
venerando
Venha
Venhão
ventagem
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
194
Vento
Ventura
venturosa
venturoso
Verão
veràs
Verdade
verdadeira
verdades
verde
Verde
vergonhosa
verme
vermos
verse
verso
Versos
ves
vés
veste
vestida
vestio
vestuario
Vi
VI
via
viagem
viajem
vião
vibre
viçosa
victima
Vidas
vidro
vieres
vigor
VII
VIII
vinda
Vinda
vinga
vingadores
vingo
vira
viràs
virdes
virtude
virtudes
vîs
Visse
vistas
viste
vistes
vistos
Vite
vitorias
Vitruvio
vivais
Vivão
vivas
Vivei
viveis
viveste
Vivia
vivirà
vivirão
Vivirás
vivos
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
195
vo
voar
voàr
voaste
Voiture
volta
Voltouse
voo
voos
vós
Vosso
Votando
votar
voto
votos
vozes
vulgares
X
XC
XCI
XCII
XCIII
XCIV
XCIX
XCV
XCVI
XCVII
XCVIII
XI
XII
XIII
XIV
XIX
XL
XLI
XLII
XLIII
XLIV
XLIX
XLV
XLVI
XLVII
XLVIII
XV
XVI
XVII
XVIII
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXIX
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXIX
XXXV
XXXVI
XXXVII
XXXVIII
Zafir
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
196
Zafiro
zelo
Zombar
zombaria
zombas
zunir
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
ÍNDICE DE FREQUÊNCIAS
DE FORMAS
DOS SONETOS DE
D. FRANCISCO MANUEL
DE MELO
INCLUÍDOS NAS MUSAS
PORTUGUESAS
que
a
o
de
e
se
Que
em
da
do
SONETO
não
he
mais
por
me
A
vos
os
hum
para
as
quem
E
eu
O
tão
Se
com
Mas
ou
ser
como
hũa
Não
ao
lhe
Amor
mi
Amoroso
De
d'
jà
vida
sò
no
Por
sem
bem
dos
Moral
(408)
(302)
(258)
(231)
(187)
(147)
(133)
(112)
(102)
(102)
(100)
(92)
(87)
(83)
(81)
(76)
(73)
(73)
(60)
(57)
(51)
(46)
(45)
(43)
(43)
(43)
(43)
(42)
(41)
(41)
(37)
(37)
(35)
(34)
(34)
(33)
(33)
(32)
(31)
(29)
(29)
(27)
(27)
(27)
(26)
(25)
(25)
(25)
(24)
(24)
(23)
197
Poes
Mundo
seu
tanto
te
Em
Porque
à
das
foi
meu
na
sempre
hà
quando
tal
nos
são
vento
Ceo
Deus
gloria
mal
Quando
quanto
sorte
hoje
mas
tem
Com
Do
Morte
nem
dia
hora
Laudatorio
minha
pode
poes
V
ver
aos
esta
He
Hora
nas
nunca
qual
Quem
T
vossa
Para
seja
Senhor
Tempo
antes
Ao
dor
este
foy
Hum
Mar
morte
mundo
ò
Ou
Pois
porque
(23)
(22)
(22)
(22)
(22)
(21)
(21)
(20)
(20)
(20)
(20)
(20)
(20)
(19)
(19)
(19)
(18)
(18)
(18)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(17)
(16)
(16)
(16)
(15)
(15)
(15)
(15)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(14)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(13)
(12)
(12)
(12)
(12)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
(11)
198
razão
Sem
tambem
vão
agora
co
elle
era
Eu
faz
Festivo
fim
Jà
luz
paz
Porem
Qual
quer
tudo
Vos
voz
alto
Antonio
assi
Como
contra
Da
desta
donde
dura
Fado
inda
Mais
mesmo
muito
olhos
outra
outro
pouco
senhora
soes
tantos
teu
ti
todos
tu
vai
vejo
viva
As
entre
essa
fermosura
flor
gosto
là
logo
mesma
mil
nada
nome
novo
Os
sois
tempo
ventura
aquelle
comigo
(11)
(11)
(11)
(11)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(10)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(9)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(8)
(7)
(7)
199
D'
dano
destes
Dom
Dos
dous
es
fora
força
gente
gentes
grande
melhor
meus
Nem
onde
pena
pois
segura
tanta
Tão
terra
todo
triste
Tu
verdade
versos
Vida
vosso
vossos
Ay
algum
amigo
auzencia
braço
breve
castigo
cedo
constante
D
despoes
diz
enganos
esperança
estâ
estar
fez
flores
fortuna
graça
guerra
lagrimas
muitas
Musa
pello
sei
senhor
Senhora
seus
sobre
sua
Tal
Terra
teus
tormento
vem
vencer
vendo
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(7)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
(6)
200
vir
vista
vosco
alma
amor
anos
Antes
aquella
Ar
Aurora
belleza
cà
certo
conheço
Contra
coração
crer
Cunha
danos
della
delle
desenganos
deu
dias
divino
duro
enveja
escarmento
escura
esse
Esta
estado
fonte
fruto
Heroico
humano
idade
illustre
Lirico
mãos
mar
ô
ouro
parte
pensamento
pò
prado
pranto
primeiro
proprio
queixas
queres
Sacro
si
sol
sombra
sou
taes
temor
valor
vez
vi
vou
adonde
alegre
alta
altos
Amigo
(6)
(6)
(6)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(5)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
201
annos
apartamento
Apollo
Aquella
ardente
arte
às
bom
cada
canto
cuidado
dado
dar
Das
dentro
deste
desvario
dezejo
digo
ditoso
doce
Donde
dores
duvida
ella
Elogio
Então
Enveja
errado
escuto
espera
Essa
estas
estava
Este
eterna
façais
falta
fama
Familiar
fica
forão
Funebre
graças
grandes
haver
hei
Hoje
Hũa
humilde
igual
ingrata
ir
ja
levo
Livro
Me
menos
merece
Meu
modos
naufragio
nesta
Nunca
pelo
perder
pobre
Poeta
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
202
porfia
Portugal
posso
pretende
procura
Quanto
queixar
rio
saber
Sempre
Sol
soneto
Tambem
temer
tenho
tẽns
ter
ty
toda
tua
Tudo
vè
veja
Ver
verdadeiro
viver
vossas
acção
Agora
agouro
agua
algũa
Alvarez
ambos
amores
ande
Aposto
aquelles
ardendo
assegura
astuto
atê
Autor
ave
Bem
boçal
bosque
branca
caminho
campo
cazo
cego
certa
Cesar
chega
chora
contrario
cores
corte
credito
dà
dais
darte
defensa
deixo
desgraça
desventura
desvio
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(4)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
203
diante
Diogo
disse
dito
Ditoso
dizer
doçura
elegante
Ella
elles
embora
engano
entrar
Entre
erro
Es
esconde
escritos
esfera
espanto
esperar
espero
esquece
essas
estillo
estrella
eternamente
eterno
exemplo
exercita
faça
Fama
famoso
farei
fazer
fê
Fè
Fê
feliz
fiel
Filha
Filho
fingida
firme
firmeza
Foge
for
forte
Fortuna
fostes
frio
Gozoute
grave
guardado
guardais
honra
idades
Imperio
impossivel
incerto
intenta
intento
isto
João
Là
lastima
leis
lhes
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
204
licença
livro
longe
louvor
louvores
lugar
May
mayor
mancebo
mão
Marte
medo
Melhor
modo
monte
mortal
Mouro
mudança
Na
nella
No
nobre
noite
Norte
Onde
ouvir
ouzada
ouzadia
Pay
pâra
parabẽns
passa
peito
pellas
perco
perigo
perigos
Perola
perolas
planta
Pobre
Pode
podeis
possa
posto
preço
Prima
Primeiro
quiz
rayos
reparte
resposta
rica
sabe
saiba
Salve
Salvo
sede
segundo
Sendo
serà
serão
serve
sô
sono
Tanta
Tanto
Te
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
205
Tem
Tende
termos
teve
Triste
vas
vàs
vence
verdura
vezes
vil
vingança
vio
vitoria
Vitoria
vive
vivendo
vives
vontade
á
acabar
advertida
afronta
Agua
Ah
alcança
alegria
aleijada
alento
alli
altura
amar
ambição
andar
ando
ante
antiga
antigo
apartado
apenas
aqui
ar
ardores
Armas
Arredo
arrependimento
arvores
atreve
atrevida
Augusto
aura
Auzencia
Aver
Avòs
batalhar
Bebei
bella
Bella
boa
bocas
brando
câ
cabe
Cada
caminha
caminhos
carta
Castro
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(3)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
206
cativa
causa
cazado
cegos
celebrada
cento
ceo
Ceos
Ceptro
cera
certamen
chama
cheiro
choradas
clara
Cloris
cobiça
colunas
composto
Conde
condição
conhecendo
conhecida
conquistada
Considera
consoada
constantes
conta
Conta
contenda
contente
contraria
convinha
copia
Corte
cos
costume
creo
cruel
cuydado
cuidados
cuidais
cuido
Cuja
cujo
culpa
culto
dadas
Dama
dâs
defenda
defende
deixa
Deixa
deixai
Deixai
Demonio
dera
desde
desengano
desprezo
destino
destra
destreza
desvello
desvião
Dez
dezeja
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
(2)
207
dezejada
differentes
digno
Digno
dino
direis
dispensa
dita
Dona
dourado
Doutor
doutrinas
Duarte
duvidada
duvidais
El
elegancia
emenda
emfim
Emfim
entende
envejas
Era
erão
errou
Escarmento
escreves
escrito
escudo
Escuzase
Espada
esperada
esperava
Esposa
esprito
estais
estando
estàs
estio
estou
estragos
estudo
eternidade
Excellencias
excesso
exemplos
faço
falso
fantazia
farà
fazeis
fazendo
fazia
fechada
feitos
Fera
ferida
fermoso
Fermosura
fero
ferro
fes
fieis
Fili
Filis
Firmamento
fizera
fizesse
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
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(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
208
foge
Fogo
Foy
Fonte
Força
forçado
fosse
fraco
Francisco
fraqueza
frescura
General
Gloria
glorias
gozado
Graça
grandeza
guardo
guia
ha
havia
hè
historia
homem
Homem
honrar
Huy
humanos
humildes
Idolo
ignorancia
immensa
imperio
importa
incita
industria
Infante
infelice
inferno
ingrato
injusto
isso
jâ
junto
Justiça
justo
largo
lastimas
lendo
lenho
Lesbina
leva
Levanta
leve
Lisboa
Logo
logra
louco
Lucinda
ma
maior
mayores
Malaca
mandar
mande
mandeis
mando
maneira
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
209
manto
maravilha
maravilhas
matar
melhores
memoria
Menos
mercê
merecimento
Metafora
mete
my
mocidade
moço
Monarca
monta
mostra
movimento
muda
mudo
muitos
Musica
muto
n'
Nada
Nas
nasce
Nasce
nasceo
nascimento
natureza
nenhũa
neste
ninguem
nova
Nuncios
obedecido
offensa
Olhos
Ora
Oraculo
outros
ouvida
ouvidos
ouzado
palavras
passar
passo
Patria
pedras
Pello
Pena
penha
pensamentos
peor
pequenos
perca
perdido
peregrinas
Pereira
pès
pês
Pescador
pezar
pezo
Piedade
Platão
pô
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
210
podem
podes
Poëma
porfias
porto
Portuguez
Pos
praça
prata
prazo
premio
presumida
prezente
primores
prizão
profundo
progresso
prol
promete
prometeu
prometo
proprias
provar
Prudencia
publicando
pudera
pura
quaes
quam
quantas
Quantas
quantos
quatro
queixa
Quer
quis
quizeste
Razão
real
Rey
Religiosa
rendéra
rendido
Rendido
repetidas
Repouza
resplandor
Responde
Respondendo
respondeu
Resposta
Riamonos
riamos
rigor
robusto
rogo
Rompe
rosa
Rosa
Rubi
ruina
S
Sà
sabeis
Sabeis
sagrado
sangue
santo
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
211
Santo
seculo
Segundo
seguro
sey
Sejão
semelhantes
sendo
sente
sentimento
sepultura
Serà
sestro
seta
sete
sy
simples
só
soberana
soberbo
sofrimento
sogra
Sois
solicita
somente
Soneto
Sousa
suas
subida
subir
sublime
tantas
tarda
Tejo
temendo
temerosa
temeroso
templo
Templo
tempos
tendes
tendo
Tenho
Tia
tino
tirano
tiranos
Tobias
Toda
Todo
Todos
Tradução
traz
tres
trilhado
triunfante
triunfos
Troya
Ulisses
Urania
và
vay
vê
Vedes
Velho
vencido
vendovos
venho
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
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(2)
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(2)
(2)
(2)
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(2)
(2)
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(2)
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(2)
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(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
212
Verei
vestido
vidas
Vindes
vingado
visto
vituperio
vòs
vôs
Vossa
Zefiro
abaixo
Abbadeça
abençoado
abraçar
abraços
abrazarem
abrazarvos
abria
Abril
abrir
abundante
Acaba
acabai
acabas
acabasse
Acabe
Acabou
Academia
academico
Academico
acaso
acave
Acção
accento
acendeis
acesa
achado
acharà
acho
Acho
achou
aclama
aclame
aço
acolherei
acolhia
aconselhe
acordados
acordar
acrecentando
acredita
acreditada
acusar
adestra
adivinhado
admirado
admirarà
admirome
Adora
adorados
adoralla
adormente
adversario
advertidas
advertiste
afagues
affectos
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(2)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
213
affeição
affeiçoando
afirme
afoga
Afonso
afortunado
agoa
Agostinho
agourar
agradecida
agreste
aguarda
aguardo
aguas
agudo
Aguia
ay
ainda
Ajuntailhe
ajusta
alabastro
Alabastro
Albuquerque
alcançada
alcançado
alcançallos
alcançar
alcançastes
alcanceis
alcançou
alcoba
Alegorica
Alegria
aleijado
Aleijado
Aleijarvos
alejão
alenta
Alexandre
alforria
Algũa
Algũns
alhea
àlicerce
alimarias
alivie
Allì
Alma
almas
alrotar
altamente
altar
altas
altivo
Altivo
Alto
Alumnos
Alvares
alvedrio
ama
amado
Amado
amay
amando
amante
Amante
amantes
Amantes
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
214
amavel
ambas
Ambas
Ambição
Ambos
ameaça
America
amiga
amigas
amizade
Amores
amoroso
Ancias
anda
Anda
andais
andeis
Andrade
Anjo
anno
Anno
ano
antiguidade
Aonio
Aos
Apalpando
apareceo
apellidos
Apenas
apensa
apercebidos
Apetite
aplauso
Aplauso
Apologo
Appella
aprendeste
Aquelle
Aqui
aras
Arbitro
Archanjo
arde
Arde
ardiloso
ardo
ardor
arduo
areas
arenosa
arguîdo
argumentoso
Arismetica
arma
armado
armas
armonia
Armonia
Arrabida
arraial
arrastando
arriscado
arruino
Arte
artes
ás
âs
asno
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
215
asperezas
aspira
assalto
assàz
Assaz
Assàz
asseguraste
assombra
assombramento
assombro
assucar
Assunto
assusta
astro
Astutos
Asunto
atè
Atê
atento
Athenas
atiçada
atormenta
atormentava
atrevidas
atrevido
atropelle
aumenta
Austro
auxilio
auzente
avante
avara
avaras
avarenta
avaro
Ave
Aventurar
Aventureiro
aves
avexados
avizado
avoga
azul
bafo
bayles
baixa
Banho
barato
barbaro
Barbaro
Barbaros
barro
bastante
bastão
bastarda
batalha
Batalhar
batia
Batia
bautizada
bebeste
beijar
beijei
bellas
Bellem
Belleza
bellissimo
bello
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
216
bellos
benções
benina
berço
bezouro
Bodas
boliçoso
bõns
bordava
botão
botica
boto
Braço
braços
brada
bradei
Bragança
Bramava
bramido
brancos
branda
Brando
brandura
bravo
brazões
brio
Brotarà
brutas
Bruto
Brutos
bruxa
Buscayos
buscando
buscar
Buscar
c'
C
Câ
cabeça
cabedal
cabellos
cadea
cadeas
cadeira
cae
caes
caiba
caído
callar
Callar
callarei
callava
Calliope
CALLIOPE
calma
Cama
Camareiro
Candea
candida
cansada
cansado
Canseime
canta
Canta
cantados
cantando
cantarei
cantaro
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
217
cantas
cantos
Cão
Caparica
çapatos
Capitão
Capricho
carapuças
caras
Carceres
caro
carrancas
carregada
cartas
cartuxa
carvão
Casamento
Cascaes
caso
Casos
casta
Castello
castigais
Catholico
catorzada
Catuxa
cautella
cavernosa
cazamento
Cazinha
cega
cegamente
cegarme
Celebra
Celebrado
Celebrando
celebrar
celebraste
celebre
celebrou
celeste
celestes
celestial
Celestial
Cem
centros
Cera
cerca
Cercado
cerco
cerra
cerrado
cerrar
Certo
certos
cesse
chamado
chamais
chamarei
chamas
chamo
chante
chão
charco
chaves
Cheas
chegada
chegado
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
218
chegando
chegar
Chegarte
chegue
Cheguei
chorados
Chorais
chorão
chorar
chorava
Chore
chorei
choreis
choro
chove
cidade
Cidade
ciencia
cientifica
cilicio
cima
cinco
Cintia
Cinza
Cinzas
circular
Cisne
cisterna
ciumes
claridade
Clarissimo
claro
Claudio
Clori
co'
Co
cobre
Coimbra
colera
colher
colheu
combatido
Comedia
comedida
Comedindo
comercio
Cometas
compadeça
Compadre
companheiro
companhia
comparte
competia
competindo
compra
Compres
compusera
comunicado
con
Conceição
conceitos
concertado
conchas
conciencia
conferencia
confiada
confiadamente
confiado
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
219
confiando
confio
confissão
confunde
confundome
confusão
Confuza
Conhecendose
conheceo
conhecer
conhecera
conhecereis
Conheceuse
conheci
conhecido
Conhecivos
conquista
consagrase
conseguido
consente
consiste
consoantes
consorte
Consul
Consular
consumime
contagio
contallla
contando
contar
Contar
conte
contemplo
contendas
contenta
contentes
contingencia
continha
continua
Conto
contrahio
contrarias
contrarios
convalecencia
convalecendo
convento
convertido
convida
convidava
Copia
coronel
corpo
corrão
Corre
Correndo
correspondente
corria
corrido
Corta
cortada
cortava
cortez
cortezes
cortezia
cortou
corvos
Cos
Coscorões
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
220
costumada
cousas
Coutadinho
Coutinho
couzas
cova
Cova
crê
Crecem
Crecerão
crecerdes
creces
crede
credes
crendo
Crendo
Crerà
cria
Cristo
crú
crueis
cruento
cuberto
cubria
cubrir
cuydados
cuidando
cuidar
cuidarâ
cuydàra
cuidareis
cuydaveis
cuydei
cuydeis
cuides
cuja
cujas
Cujo
culpado
culpas
Cuma
cumpridos
cumprir
cura
Cura
curta
custa
custaria
custo
custosa
Custosa
custoso
Dà
dada
dados
Daime
Dalhe
Daliana
Dalizo
dando
Dando
Daniel
dão
Dão
daquelles
dàr
darme
dava
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
221
dè
dê
DE
deças
dece
Dece
deceo
Deces
declara
declaralla
declare
declarei
Dedalo
dedo
dedos
Defende
defendendo
defender
defensas
defronte
deixado
deixaime
deixando
deixão
deixára
deixárão
deixareis
deixas
deixaste
deixava
deixe
deixem
deixes
deixou
delinquente
delirio
delito
delitos
Delle
delles
demazia
Deminuir
denotado
dentes
Dentro
depois
deposita
depressa
der
derão
derrama
derramadas
Derramadas
derramado
derrete
desacredita
desatino
desato
desbarato
descifraste
desconcerto
desconcertos
desconhecida
Descreve
Descubro
descuidada
descuidado
desculpa
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
222
desculpado
Desde
desdẽns
desdo
desencerra
desenganada
Desenganase
desespera
desesperada
Desgraça
desgraças
deshumana
desmente
desobrigue
desornada
Despedida
despedido
despeja
despejo
Despiose
Despoes
Despois
desprezada
desprezais
Desprezas
desprezastes
desprezivel
dessemelhante
Desta
Deste
desterra
destina
destroncada
detado
detella
determinas
detida
devagar
deve
devemos
deveslhe
devida
Dexa
dez
dezejos
dezia
Diafanto
Dialogo
Diamante
Diâmante
differente
difunto
diga
digas
dilatada
dina
Dina
Diràs
direi
Direi
dirija
Dirlhe
disculpar
Discursais
Discurso
disfarçado
disparar
Disse
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
223
Dissera
Dissimular
Disso
ditas
ditozo
divinas
divinos
Diz
Dizeilhe
dizeimo
dizella
dizello
dizem
Dizes
Dizme
dò
DO
dobra
dobrados
docel
Doces
Documento
doe
Domine
Domingos
dono
donzella
Dorme
dormindo
Dous
doutrina
Douvos
duas
durar
duras
Durou
Duvidais
duvidando
duvidas
duvido
duvidosos
é
eco
ecos
Edificio
effeito
Effeito
Eillas
Eillo
eis
Eis
Eixo
eleição
eleje
elejo
elemento
Elemento
Elementos
eleva
ellas
Elle
eloquencia
eloquentes
Elvas
emanou
Embaixador
embravecido
eminente
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
224
emisferio
emmudeça
empenho
Emperador
Empirea
emprego
empregos
emprende
emprenhandome
emprestandose
empreza
Empreza
emprezas
en
encaminhe
encantar
encanto
encerra
encerrado
encobre
Endoudece
enemigo
enferma
Enfermastes
enfermidade
enfermou
enfim
engana
enganado
enganas
enganoso
engastado
engaste
engeitais
engenho
engrandecera
engrandeço
enobrece
enriqueces
ensaya
Ensinaime
ensinas
ensinaste
ensoço
então
entendas
Entende
entender
entendimento
entendo
entoa
entrambos
Entrambos
Entrão
Entraste
entrega
entregarei
entregouse
entreguei
entreis
Entretense
entronizado
envejada
Envejada
Envejoso
envolto
enxovia
enxuga
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
225
enxutas
epitafio
Epitalamico
ereis
erguida
erguido
erra
Errada
Erro
erros
escapar
Escape
escarnecida
Escolhei
escolhera
Escoto
Escravo
escreve
escreveo
escrever
Escritura
escrupulosa
escurecidos
escuro
Escusase
Escutayme
escuzar
esferas
esforça
esgares
esmeraldas
esmo
espada
espante
Espartas
Esperay
esperais
Esperança
esperanças
Esperanças
Esperdicemse
espere
esperes
Esposos
Espritos
esquecimentos
esqueço
Esse
esses
Esses
essoutro
essoutros
Estâ
estados
Estando
estár
estâs
estatuto
estavas
estaveis
Estendendose
esteril
estes
Estes
estima
estimada
estimado
estime
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
226
Estio
estivera
estivestes
Estoutra
estrancho
estranhe
estranhezas
estreita
estreitas
Estrella
estrellas
estremece
estuda
Eternamente
eternas
Eternidade
eternizar
eternizaste
Evangelista
evita
evitar
examinação
excelente
excellencia
Excellente
Eximindo
exprimenta
F
Fabio
fabricada
fabricas
Façame
façamos
fadigas
Fados
falla
Falla
Fallai
fallando
Fallando
Fallava
fallou
faltarà
famosa
famosos
fareis
Fareis
favor
faze
Fazei
fazem
Fazer
fazião
fé
fè
feas
feira
feiticeira
feito
Feitos
felice
feminil
Fenis
fera
fere
feridas
ferido
fermosa
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
227
Fermosa
fermosas
Fermoso
fermosos
festa
festejar
fias
fiavas
fico
figas
Figueiredo
figura
filho
filhos
Filomena
Filosofia
Finje
fino
Fiquem
firma
flama
Flama
flamas
Flerida
Flora
florece
floreces
florestas
fogo
foyse
foje
folares
folga
folgais
folgando
fontem
fontes
Fora
foram
foras
forças
forrada
fortaleza
fortunas
foste
Fostes
Frade
fragil
fragrancia
fragrante
fragua
Francés
Fraqueza
fraude
fraudulento
Frey
freixo
Freixo
Fresta
fria
fronte
fruta
fugî
fui
fuy
Fuy
fulminar
fundadas
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
228
Funesta
fura
Furna
furtado
futuro
Gabello
Gabriel
Galanta
Galante
galê
galhardia
ganho
ganhos
Gastas
gastasse
gaste
geito
generoso
Generosos
gentil
geral
gesto
Giostiniano
Giovenetos
gloriosas
glorioso
gloriosos
golfo
golpe
golpes
Gomes
Gosto
gostos
gota
governo
gozâra
gozasse
goze
gozou
gracinha
grade
gram
grandezas
granhais
grão
Grecia
Grilhão
grita
grito
guadameci
guardadas
guardas
guardaste
Guardastes
Guiador
guiay
Ha
Hà
habito
hão
haveis
havendo
Havendose
haverse
hey
heis
Hesperides
hião
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
229
home
homẽ
homẽns
Homẽns
Homero
homicida
honrada
honrado
honrados
honras
honrasse
honroso
horas
Horido
horrenda
horror
hospicio
houve
hũ
hũas
humana
humanas
humida
Humilde
humor
hũns
I
ide
Ide
idea
idos
ignora
ignorante
Ignorantes
ignoro
Igual
iguala
igualdade
iguallo
igualmente
II
III
illustrado
illustraste
illustres
imagino
imitando
immenso
imortal
Imortal
impede
impias
importe
inauditos
incendio
incertezas
inclitos
inconstante
inculca
Indio
induzem
infante
infeliz
informação
informada
Ingenhos
ingratidão
injuria
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
230
inorante
insigne
insignias
instantes
instrumento
inteira
inteiro
intitula
intrepida
invenção
inverno
Inverno
Ir
iracundo
Irado
iràs
Iras
irei
irmãns
irresoluto
Isso
Ithaco
IV
IX
já
Já
Jacô
jardim
Jardim
Jaz
Jáz
Joana
jocundo
jogo
joya
julgarà
julguei
junta
juntar
Junto
justificar
L
la
Lá
Labão
laços
lamenta
Lamentando
lapidario
larga
lascivo
lastîma
lauas
lavarse
Lavrador
lazos
lè
leda
ledos
ley
leys
Leys
Leite
lembrança
ler
leste
letra
letrado
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
231
letras
levada
levanta
levantada
levantados
levantarte
levante
levou
lha
lhas
Lhe
lho
lî
LI
Lias
licenças
Lici
Licis
LII
LIII
limpa
limpo
linda
linguas
linho
lisonjeiro
LIV
livre
LIX
Logrão
lograste
longo
Lourenço
louro
louva
louvada
Louvando
louvarte
louvava
Lugar
lumes
luminoso
Lusitano
lutou
Lutou
LV
LVI
LVII
LVIII
LX
LXI
LXII
LXIII
LXIV
LXIX
LXV
LXVI
LXVII
LXVIII
LXX
LXXI
LXXII
LXXIII
LXXIV
LXXIX
LXXV
LXXVI
LXXVII
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
232
LXXVIII
LXXX
LXXXI
LXXXII
LXXXIII
LXXXIV
LXXXIX
LXXXV
LXXXVI
LXXXVII
LXXXVIII
mà
Macedo
madeiro
Madre
magnanimo
magoas
Mayo
Mal
maldizer
males
malogradas
maltratada
Maltratado
mana
mandais
mandamentos
mandandolhe
Mandandolhe
mandarão
Mandaravos
mandardes
Mandarvos
mandava
mandou
manhãa
manham
manquejardes
manquejo
mansas
manso
Manuel
marchetado
Marcial
marear
mares
Mares
Maria
Mariana
Marido
Marinheiro
Mario
maritima
Marmore
marmores
martirio
màs
matadores
matadura
matalla
matallo
mateis
materias
medico
medida
medidas
Medindote
Medir
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
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(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
233
Medo
medonhamente
medos
Mel
melhora
Melhora
melhorar
MELLODINO
Memoria
memorias
Memorias
menção
Meneses
mente
mentecatos
mentindo
mentiome
Mentirlhe
mercè
Mereçate
mereces
merecida
merito
Meritos
mestra
Mestre
mestres
Meta
metrico
meza
mezes
mezinha
mihi
milagre
Milagre
milagres
milagroso
milhão
milhões
Minha
Minino
Ministro
miseros
mister
misterio
Misterio
mo
Mo
moços
modello
modellos
moderna
mofino
Mofino
molesta
molher
Monsieur
montes
mora
morada
Morante
morgado
morras
morrei
Morrei
morreis
morrer
Morro
(1)
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morta
mortas
mortes
mortos
Mortos
Mostra
mostrarão
mostrarse
Mostras
mostrou
mudar
mudos
muy
mũy
muita
Muitas
multiplicado
murchem
murmurar
muro
Muros
MUSA
Musas
Musico
mutas
N
nacar
Nacestes
nado
namora
namorada
Nasça
nascer
Nascer
nasceu
nascido
Nascimento
Natal
naturaes
navegação
navio
nẽ
nega
negada
negarlhe
negra
Negro
negros
Negros
nellas
nelle
nelles
nenhum
Nenhum
nenhũns
nessa
nesse
neve
Ninfa
Ninguem
nobres
nojo
norte
nòs
nossa
Nosso
Nota
notoria
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Nova
nove
novos
ns
num
numeroso
Nunes
nuvẽns
obedece
obedeceis
obedecer
obedeço
obediencia
obediente
obrando
obrar
obras
Obras
obriga
obrigação
obrigas
Occidente
ocio
ocupâra
odio
offenda
offereças
offerece
offrece
offrecera
offreceu
oito
oje
olha
Olha
olhado
Olhais
olhe
Olimpo
ondas
oportuna
oposto
ordem
ordena
ordenas
ordinarias
orelha
Oriente
Ouça
ouças
Ouço
ousadia
Outra
ouvia
ouvidas
ouvido
ouvis
Ouzado
ovelhas
P
paciencia
padeça
padecella
padecello
padeci
padecidos
padeço
padrinhos
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paga
pagar
Pagaste
paguelho
pay
Paiva
Palatino
Palestra
palestras
palha
Palinuro
Palladioens
Pallida
par
pâr
paralello
pâre
Pâre
pareça
parece
Parece
pareceis
parecer
parecida
paredes
Paredes
Parente
parentesco
pares
Parmeno
Parte
partes
partese
parti
partia
partir
Parto
partome
passados
passage
passageiro
passando
passarei
passarinhos
passaros
passas
passatempo
Passeai
passos
passou
pastas
pastor
Pastor
patarata
patrocinio
Paulo
Pavão
pé
peccado
peço
pedaços
pede
Pede
pedes
pedia
pedindolhe
pedio
pedir
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pedirme
pêdra
Pedra
Pedras
Pedro
pegar
pego
Pegû
peitos
Peixe
pejo
pela
Pelas
peleja
pelejo
Pelo
pelos
penar
penas
Pende
penedo
penhores
Pensamentos
peores
pequena
per
perda
perdão
perdendo
perderdes
perderme
perdese
Perdese
perdi
perdição
perdidas
perdoo
peregrina
perfeição
Perfeição
perfeições
perfeito
perfeitos
pergunta
perguntandoselhe
perguntar
pergunto
perigas
perigou
Perseguida
perseguilla
persigo
pertença
perturbado
Perús
petição
Petronio
pezada
pezado
pezame
Phalaris
pia
piadade
piadoso
picar
Piloto
Pinho
pinta
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238
Pintada
Pintando
Piramide
pizada
pizei
pizou
Planetas
plumas
poço
poder
poderà
poem
Poem
Poema
Poesia
poesque
Poëta
Poetico
Poetiza
Pomo
pontas
Porco
porem
Porém
Porfia
porfido
porta
Porta
portas
pos
Possa
possais
possivel
possuida
postra
Postrese
potente
potro
Poucos
poupe
Povo
povoado
praya
prazer
prazeres
preciosas
pregão
Prelada
premiado
premios
prendeyos
Prepâra
presagio
presâgo
presteza
presume
pretendas
pretenderdes
pretendes
preto
prevenido
prevenidos
preza
prezada
Prezandose
prezára
Prezese
prezo
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prezos
Principe
principio
Procura
prodiga
prodigamente
prodigo
Proemial
proezas
profano
profanos
profissão
profunda
promessa
prometem
Prometes
propia
propicios
propria
propriamente
propuz
proscrito
provárão
providencia
provido
prudencia
publicação
pucha
pude
pudéra
Pudeste
Pulga
Pulpito
puluis
Pureza
puzestes
qu'
quadro
qualquer
Quanta
quantò
Quantos
Quarenta
QUARTA
quartetos
quasi
quedas
Quedas
Queixa
queixe
queixes
queixo
queixume
queixumes
quereis
querella
querem
querer
querida
queridas
quero
Quia
quiçâ
quinta
quisto
quizer
quizera
quizerão
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quizerdes
racional
Rafael
rayo
Rayo
raios
rãns
Raqueis
rara
raras
rastro
ratinho
rato
ratos
razo
razoens
razões
realça
recado
receo
reconhece
Reduzir
referidos
regada
regras
Reiis
Reino
reja
Relação
Religiosas
Religioso
remata
remediallo
remedio
Remendarme
remendo
remirme
remonta
renaça
renacendo
Rendase
rende
rendei
render
rendeste
renova
Reo
Repartes
repartîs
repetido
repetidos
repetindolhe
repouzarão
Repouzo
reprezenta
reprova
reprovo
republica
requebrada
resguardo
resigno
resista
resistes
resisto
resolutas
Resolutas
resoluto
resplandores
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responda
responde
respondeis
Resucita
Resulta
Retrato
revella
reverencia
reverente
revolveis
Riamos
riase
ribeira
rico
riguroso
RIMAS
Rio
rios
riqueza
riquissimo
rir
rodeo
roga
rogada
Roixinol
Roma
Romance
Romano
rompa
Rompi
rosas
Rosas
roto
roubada
roubar
roubàrão
roubarãome
roubou
Roubou
rua
ruda
rudes
rumos
Sabe
saberão
sabias
sabio
Sabio
sacrificando
sacrificio
Sago
sahio
saya
Saibao
saindo
salgado
salvo
santa
São
sarais
satirico
satisfaça
satisfação
saudade
saúdade
Saudades
saude
Scevola
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seca
Seca
secreta
secreto
seculos
Sede
Sedebat
Seguio
seguyos
segunda
Segunda
Sei
Seja
sejão
semblante
sembrante
Seneca
senhoria
Señor
sentido
sentidos
Sentir
sepultados
Sepultemse
Sepultura
Ser
será
Serafim
Sereas
serei
Serei
sereis
Serenissimos
Sereno
serpe
serra
servi
servindo
servir
servirà
Sete
severa
severo
sezuda
sezudo
sic
Sichem
sido
Sidónia
siga
sigas
sigo
silencio
sim
Simbolo
sinaes
sinal
sinalarte
sincero
singular
singulares
sirva
sirvão
so
Sò
sobe
sobeja
sobejou
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soberano
soberanos
sobes
sobrinha
socegada
Socorrey
socorrerme
socorro
socorros
soe
Soes
Sofra
soldado
solidão
Soltame
soltasse
solto
Soltos
soma
somar
sombras
sombrio
Sonetos
sonho
sonora
sonorosos
sopro
sor
Sorte
Sortes
sòs
sospeito
suave
suaves
subidos
subio
subirão
sucedia
sucesso
sucessora
sufragio
sufridas
sugeitas
super
suspensão
suspenso
suspiros
sustenta
sustentadas
susto
suxa
tacitas
Taes
Talamo
Tantas
Tantos
tardado
tardados
Tardastes
tardo
tardou
tẽ
teatro
teem
tema
temais
Teme
Temei
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244
temeo
temerarios
temião
temo
tempestade
Tendes
tenhais
tenhão
Tenhoa
tens
Ter
terà
teràs
tercetos
Terdes
termina
termo
terras
tesouro
testa
Teu
tezouro
Thomaz
tî
tia
Tiberio
Tifis
Timante
timido
tinha
tira
tirania
tiranias
tirar
tirarmas
Tirou
tive
tivera
tiveste
to
tocava
Tocha
Toga
tomado
tomai
Tomando
tomar
tomarlhe
tomo
Tomo
topando
tormenta
tornado
Tornão
tornarei
tornas
Torne
tornem
Torno
tornou
torpe
torpeza
Torre
toucado
trabalho
traçandome
traçastes
tragedia
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tragedias
tragicos
Tragoume
tramoyas
tras
tratos
trazer
Triunfado
triunfador
Triunfando
triunfo
trocàra
Trocarme
trocaste
troco
Trocouse
Troyas
trouxe
trova
Trova
trovas
Tuba
TUBA
Tullio
Tumulo
ufana
um
unida
unidas
unir
Urbanidade
usurpàra
usurparlhe
vãa
Vades
Vai
Vaite
Val
valem
valente
valerme
valho
Vamos
vãos
varanda
varão
Varia
varias
variedade
vario
Varre
Vàs
vassallajem
vazo
Vè
vedado
vede
Veyo
Vejo
velha
velhice
Velhice
velho
velhos
vellos
Vem
vença
Vença
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Vence
vencedor
vencedora
vencimento
vendido
Vendovos
venera
Venera
venerando
Venha
Venhão
ventagem
Vento
Ventura
venturosa
venturoso
Verão
veràs
Verdade
verdadeira
verdades
verde
Verde
vergonhosa
verme
vermos
verse
verso
Versos
ves
vés
veste
vestida
vestio
vestuario
Vi
VI
via
viagem
viajem
vião
vibre
viçosa
victima
Vidas
vidro
vieres
vigor
VII
VIII
vinda
Vinda
vinga
vingadores
vingo
vira
viràs
virdes
virtude
virtudes
vîs
Visse
vistas
viste
vistes
vistos
Vite
vitorias
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(1)
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(1)
(1)
247
Vitruvio
vivais
Vivão
vivas
Vivei
viveis
viveste
Vivia
vivirà
vivirão
Vivirás
vivos
vo
voar
voàr
voaste
Voiture
volta
Voltouse
voo
voos
vós
Vosso
Votando
votar
voto
votos
vozes
vulgares
X
XC
XCI
XCII
XCIII
XCIV
XCIX
XCV
XCVI
XCVII
XCVIII
XI
XII
XIII
XIV
XIX
XL
XLI
XLII
XLIII
XLIV
XLIX
XLV
XLVI
XLVII
XLVIII
XV
XVI
XVII
XVIII
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXIX
XXV
XXVI
XXVII
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
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(1)
(1)
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(1)
(1)
(1)
248
XXVIII
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXIX
XXXV
XXXVI
XXXVII
XXXVIII
Zafir
Zafiro
zelo
Zombar
zombaria
zombas
zunir
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
(1)
249
CONCORDÂNCIAS
DOS SONETOS DE D. FRANCISCO MANUEL DE MELO INCLUÍDOS NAS MUSAS PORTUGUESAS
SLA99
SLA93
SMO16
SSA68
SSA92
SFA88
SLI90
SAM6
SAM47
SAM31
SMO50
SFA88
SMO69
SLA56
SFE78
SFE30
SMO19
SMO15
SAM7
SAM96
SSA65
SHE79
SAM7
SMO69
SAM98
SAM45
SFE25
SMO69
SAM71
SMO3
SLA28
SMO73
SFE78
SAM27
SLA18
SFE34
SMO32
SFE70
SAM91
SMO73
SMO16
SLA94
SSA92
SSA86
SLA94
SFE25
SMO67
SFE70
SMO49
SFE75
SAM47
SMO69
SMO82
SAM41
SMO11
SMO32
SAM7
SHE100
SAM20
SLA36
SMO3
SAM43
SLA24
SAM48
SHE54
SAM27
Entrambos vivirão, eternamente. Pos o Primeiro,
ty mesmo hoje se offrece. [SLA93] Celebrando
da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque padeça
O desvião do porto verdadeiro: Qual como fostes
que tiveste por engaste O peito, porque o peito
todo o Santo dia. E pois que tem tal mão para
de Fili agora, Que em quantos triunfos, pode darte
ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem
sucessora. Jà quando• esta manham bordava
Fermosa Lici, em vão pretende o Fado; Porque
Nota (pois te ameaça hũ a igual sorte) Donde pâra
tal mão para a Armonia (Que he parte, que anda co
Emperador, de Reo injusto: E a Claudio entronizado
Não canto não; humilde rogo ao vento, Torne
(Arredo và de nòs o sestro agouro) Remendarme
Que vos ande a zunir, como bezouro, E que andeis
que estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com
Moral. Mas adonde irei eu, que este não seja, Se
SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà, cesse
Do barbaro boçal Indio inorante Por quem,
d' esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido
a teu alto coração responde. Postrese Roma
Quanto nella se encobre, entende della. Pode do Sol
vario Altivo Emperador, de Reo injusto: E
o Norte Ou pretende co' a força do aço forte Medir
menos, porque Amor não quer que veja. Pois inda
para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada
espere; ou bem jà como Augusto: Hum de proscrito
despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia faz
lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do que
Te vejo confiado, astuto, e forte, Parece certo que
esta voz desacredita. Diz me o pò que sou pò? e
lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não boto
quizera Antes ser despedido, que enganado. Torno
quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser
festejar d' outra maneira. / [SFE34] Resposta
quem vai com sigo. / [SMO32] Desde a prizão
Dando os parabẽns do nascimento de hũ a Filha
medonhamente repetido. Sereno Pescador, que
me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos que
Ir a justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e
rompa, e que entrar possa; Porque de tal maneira
Mereçate poes tanta affeição pia: Que offereças
Fonte dos montes De Deus nasce, porque o homẽ
maneira a Deus he dada, Que quanto mais depressa
de graças, e• benções aos pares, Disso, graças
que os Brutos fazem aos Homẽns em obedecer
eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje
Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco
Me deixão sò nesta varanda muda: Quando
agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa
que não chegue? se se aguarda, Ou se compra co
pello fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e
nunca, em quem não caiba O queixume da dor, que
Vendovos tão sezudo, e tão pezado. Dous
tem de vos tão apartado•, Ah senhor Dom Antonio,
a hũ a desconhecida. SONETO VII. Amoroso. Pâre
/ [SHE100] Por Asunto Academico se offreceu
em mi segundo; Que nem porque lhe destes vida
quem cuydàra, Sem que gastasse em vão toda
colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem em vão,
SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que deixando
sou mais vosso, e mais antigo, Por erro me deixou
atreve, quando a vos se atreve, Dos grandes, hoje,
dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè,
sempre hum estado. Jà propuz de passar o mundo
a acção mais excelente Que foi do Tempo a os seculos notoria
a Acção da propria Religiosa. SONETO XCIII. Laudatorio
a afronta, e a desventura? A quem me hei de queixar, se o
a ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante, Do
a Amor rendeste, Livro de Deus, que em Deus tanto
a Armonia (Que he parte, que anda co a brandura apensa) Me
a Arte. [SAM91] Metafora Alegorica. SONETO XCI. Amoroso
a Aurora Graça sempre pedio? E os brancos dentes, Por quem
a Aurora, Triste sombra o roubou, da agoa, e verdura
a auzencia reparte o seu cuidado Pelo valor do proprio
a belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum amante da
a brandura apensa) Me defenda tambem, de tanta offensa, Que
a breve custo Do Tempo, que lhe foy duro adversario. Hora
a buscar de mi, quanto deixára. Algũ ns (não como vos
a cabeça outra porfia. Mas se Apollo inda he aquelle moço
a callar, como cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà hora
a causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os
a causa deste ser, levo comigo? E se eu proprio me perco, e
a cautella, Se em socorro da Fê, foi fabricada; Porque da
a cazo, foi do mar levada. Sois na fortuna: mas
a cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre intenta? Como se
a Cesar reverente, Por ir, ver, e vencer na antiguidade A
a claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada; Mas
a Claudio entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe foy
a condição da branda cera. Que faz? Que intenta o riguroso
a confusão não se remata Em vos, e em mi; mas cuido que ella
a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova, Que
a Consul, e outro a justo Monarca, tendo o Povo por contrario
a conta o pensamento; Porem quando lha ajusta o sentimento
a contenda. Porem que desvario ha de ser este? Que desvario
a contraria sorte Entre a vontade, e o braço, determinas
a crer me incita Que he vento, quanto neste pò se encerra
a Cristo. Porem crede, que quando vos resisto, Que me chove
a cuidar despoes que inda apartado Quem me assegura a mi, de
a d' alforria. Serà de marear à fantazia, Que sem rumos
a D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe
a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava na Corte. SONETO
a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo
a Daliana Adora; vendo ja que se estremece A firma penha
a desterra Hum sono, que esta voz desacredita. Diz me o pò
a desventura? A quem me hei de queixar, se o ceo procura
a Deus he dada, Que quanto mais depressa a Deus se entrega
a Deus o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo hoje se
a Deus renaça. Fonte de graças, que com graça eterna
a Deus se entrega, Mais propriamente Deus a farà vossa
a Deus, sois vos bem rica. Mel, e assucar? são cousas da
a Deus. SONETO LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor, que âs
a dez mezes. [SAM71] Relação de hũ a viajem. SONETO LXXI
a dita, Eu me vingo, em saber, que deixo o engano. /
a Domingos, que dormindo estuda, Por hum nome, que errou
a donzella flor, d' estar segura. Em doce sono o Lavrador
a dor, com que atormenta. O que bem disse contra seus
a dor fica. O não façais tão falso apartamento; Esperay, que
a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora
a dous, tres a tres, e quatro a quatro, Entrão de flamas
a dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar na Corte: Câ vos
a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi
a El Rey Nosso Señor o patrocinio da Academia dos Generosos
a ella, He razão que mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte
a eloquencia, Reduzir ao imperio da prudencia O mando, que a
a emenda lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do que a
a Empirea altura A graça, dece a honrar a natureza; Como
a enfermidade; Salvo se conheceo (e com verdade) Que era
a Enveja presumida•; Se com mais de vitoria por ferida Sabe
a Enveja: Tanto vivais, que me possais ver livre, [SAM55]
a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude
250
SLA12
SHE54
SMO10
SSA63
SLA97
SFA87
SMO59
SMO19
SAM41
SMO61
SAM8
SHE100
SHE38
SLA94
SLA74
SFA53
SAM98
SMO50
SMO61
SMO16
SAM45
SAM45
SLI29
SAM98
SLA36
SAM4
SLA95
SHE54
SFA51
SAM47
SMO89
SSA68
SFE80
SMO83
SFE13
SAM14
SAM17
SAM8
SLA94
SLA93
SAM48
SMO32
SFA87
SFA88
SMO5
SAM43
SFE13
SFU37
SAM7
SFE25
SMO82
SFA87
SFE40
SLA56
SLA77
SLA72
SLA28
SAM14
SMO57
SFU21
SMO16
SMO69
SLA95
SFA53
SSA86
SLI90
SAM6
SAM58
SSA92
SSA63
SLA94
SFE75
SAM7
SLA99
SLI62
SAM55
SLA94
o Barbaro, igualmente Venera a Tuba, que temeo
Senhor, sede o que for; e sede tanto, Quanta
os alcanceis, vos rogo, Não que façais me tornem
Portuguez, crendo Romano. Vença logo das gentes
Edificio imortal, onde venera Quantos prazeres
essa aura, essa doçura Effeito he, que pertença
que sei? que vou buscando? Conto, lugar, ou tempo,
Idolo nenhum gozâra antigo? Mas como respondeis
XLI. Amoroso. Quem lhe ouvir murmurar tanto
o monte, arde o Ceo, cae da altura O firme freixo:
por morte peregrina; Nem pelo que he castigo,
Alumnos os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje
como às rudes. Passeai poes o Mundo sobre
a Deus se entrega, Mais propriamente Deus
Nunca jà mais, se a vista não me engana, Ou se
dito? Direi sò que as afagues, e que as sigas; Que
XCVIII. Amoroso. Que faz Licis? Que faz? Que faz
que não cabe em fantazia, Fermosura mayor, que
A graça, e a ventura Pallida foge. O sangue,
e me emmudeça A vista do tormento, e do tirano. E
vendovos querida? Pois qual sois, se a real, ou se
sei certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que
Horido o bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar
Procura de cegarme todo o Norte Ou pretende co'
Reduzir ao imperio da prudencia O mando, que
vence humilde Fado: este, ou aquelle; O deixai que
cuydados De Portugal o Reino se lamenta; Quando
a Terra por berço, o Ceo por manto, E por ama,
Val pouco; mas o celebre ouro fino Nem reconhece
da agoa, e verdura. Repouza essa ribeira entre
pès aquella fonte. Tão soberbo despoes levanta
Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador de Tobias
he tambem, de que eu tambem manquejo, Se o que
aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva
pois eu não posso. Mas não mande acordar tão cedo
nas glorias se exercita. Hora vença, e de mi riase
o aclame dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ
Quer que nas quedas, voos, e contendas Compres
Que o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co
tão subidos Não sabe a terra o fim, se não
por industria nunca ouvida, Da fermosura
com tudo viveis vida cansada, Que faz que do viver
colheu cheiro, e frescura; Poes se he do campo
Familiar. Façame hoje mercê vo senhoria, Se
E para me perder de muitos modos, Finje que
que deixando a Empirea altura A graça, dece
sem elle, podes ser famoso. [SFE13] Respondendo
se exercita por costume. [SFU37] Em pezame
mil idades differentes? [SAM7] Conhecendose
tão devagar convalecendo. [SFE25] De consoada
todos de volta à sepultura, Sede fieis na morte
corrão para o Mar da graça. [SFA87] Respondendo
do arrependimento? / [SFE40] Responde
por matalla, a melhor seta? / [SLA56] Resposta
tão bellas repetidas ? [SLA77] Em resposta
bem nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta
de todo vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio
era eu assàz por mi somente, Sem ter por enemigo
cedo deste Mundo os vîs enganos, Que antes que
Para que deixas cà, se suas forão, A Verdade,
escura, Que em dano meu, e afronta da porfia, Ir
como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro
Serà, poesque com alta providencia Hoje fazeis
espero que seja aos tempos, onde Venha o Mundo
A hum quadro, que continha os Esposos divinos com
louvor da branca Aurora; Canta, que viràs mais
partia Ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei
coração o modo, e parte, Ambos provárão mudos
que illustraste, Aguia, que ao immenso sol,
Que de Maria, e Deus em igualdade Defende
ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais
Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove;
Em vão logo serà, se pretenderdes Dissimular
foi do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo
o servir, da alta consorte, Já não pode negarlhe
serve matar hũa vil ave, E perder, por matalla,
Eternamente vas sacrificando. / [SLA94] Em
a espada. Nunca fora a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà
a esperança foy, he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes
a esperança, Mas que se quer, me deixem o escarmento
a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe
a Esperança espera Deste sagrado Talamo ditoso. Levanta
a esse elemento? Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das
a esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por mais firmeza
a esta pergunta, Que ou para disculpar o meu peccado, Ou para
a este Rio, Cintia, se for estrancho, ou passageiro, Crerà que
a estrella mais segura Varre o chão, com desprezo antes
a fama entendas: Salvo se o gram poder, que te destina
a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga
a Fama, E desde vos, rendei terras, e mares, Sem provar
a farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente livro das
a fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi
a fê que mais de hum par, por mais que digas, Vè, quando
a Fera? Entretense, traçandome outra morte? Prepâra para
a fermosura: Cova profunda, triste, horrenda, escura
a fermosura, Tudo vai pela terra derramado. Perdese o
a fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes de modo o
a fingida, Não sei certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que
a fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis por copia
a fonte, e que de frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca a
a força do aço forte Medir a condição da branda cera. Que faz
a fortuna lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina sempre clara
a fortuna me atropelle, Que tão grandes vitorias não são
a Fortuna cegamente intenta Mentirlhe glorias, e usurparlhe
a Fortuna vencedora. A paz vos adormente; o sono leve
a fragua, em que se mete. Vos direis que isto he Fado, ou que
a frescura; Dorme o prado; e das arvores agora Nem da que
a fronte, Como Pavão, do bosque, donde estava, Envejoso de
a Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino. Este madeiro, que
a• Galanta quer, quer o Galante. Aposto que em Coimbra
a gente ao povoado? Todos vão sòs; só este vai trilhado; Mas
a gente Com carapuças de cilicio preto. Torre velha. Segunda
a gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por contrario
a gente, Não que me desprezais, como mofino, Mas que me
a gloria, a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve, mas
a gloria em tudo parecida, Donde não falta o bem, por ser
a gloria: Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis, das
a gloria, sempre unida Aos centros da ventura, que não teve
a gosto vede, Pobre de quem, vivendo em demazia, D' essas
a graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no movimento? Tal
a grandeza aos pequenos se dispensa, De lhe dizer ao Autor
a honra he certa no perigo. Pois se nunca pretende o que he
a honrar a natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza
a hũ soneto de D. Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII
a hũa D. da morte de hũ a sua Filha morta pouco depois de
a hũa desconhecida. SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà
a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de
a hũa ventura, De quem fostes na vida sustentadas. Bem
a hum amigo Poëta. SONETO LXXXVII. Familiar. Quando pellas
a hum amigo, que mandava perguntar a vida, que fazia em sua
a hum Amigo Poeta, que louvava seus versos. SONETO LVI
a hum Elogio metrico do Poeta Manuel Thomaz. SONETO
a hum Elogio Poetico elegante, composto por hum Religioso de
a hum Livro de destreza das Armas, composto pello General
a hum venturoso, Que a meu pezar, nas glorias se exercita
a idade te soltasse os anos, Jà no sagrado monte a vida viste
a Justiça, e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça, enveja de
a justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e a desventura
a justo Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe a
a lastima oportuna: Por que sendo na perda acreditada, Visse
a lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando para nascer o
a letra: Sedebat sic super fontem. • SONETO LXXXVI. Sacro
a levantarte, Comedindo o rigor de Fili agora, Que em quantos
a limpa testa, a quem a Aurora Graça sempre pedio? E os
a louvarte Ao entender, se passou d' ambos a vida. Mas que
a luz bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste, Mundo das
a luz, consagrase à verdade, Triunfando Portuguez, crendo
a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais subida
a luz, e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda muda
a luz, que a sombra cerca, Sendo os raios jà vistos, e
a mais illustre historia Que ao mundo fez Calliope prezente
a mão devida. Ay do que espera, quanto mais servindo: Para
a melhor seta? / [SLA56] Resposta a hum Amigo Poeta, que
a mesma acção as Religiosas do convento. SONETO XCIV
251
SAM14
SAM27
SFE34
SMO67
SAM46
SMO15
SAM9
SMO50
SMO81
SFU37
SLA28
SLI62
SLA12
SFE78
SFA88
SMO81
SSA86
SMO81
SAM43
SLI29
SAM47
SFA87
SMO32
SAM6
SHE100
SMO83
SFE70
SAM8
SHE100
SAM7
SLA99
SFE39
SAM17
SFE75
SLA95
SMO3
SAM2
SHE100
SLA36
SLA12
SAM8
SSA65
SHE79
SMO32
SSA92
SLI62
SFU21
SLA99
SPR1
SMO11
SAM60
SMO69
SAM6
SAM96
SAM41
SAM31
SMO15
SMO82
SAM46
SLA36
SFE78
SHE54
SAM45
SAM41
SAM20
SFE25
SSA86
SAM31
SSA86
SFE78
SHE54
SMO59
SFE25
SFU21
SAM55
SFU21
SMO5
Sem ter por enemigo a hum venturoso, Que
despoes que inda apartado Quem me assegura
jà tanto, como• aqui. Vos pedirme licenças? vos
me mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e
em vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se
podeis mudar: mas isto como? Como? fazendo que
mandeis que viva auzente, E me aconselhe là co
maravilhas differentes Pode fazer unir? salvo se
da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia
cortada, Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que
de ti creo que es de sorte, Que não por destra
mais servindo: Para hum tão triste fim, tão leda
o que não rendéra o rayo ardente, Bem o rendéra
fico que elle chante na enxovia O Romance, o Poeta,
Ouça os corvos, tambem cos passarinhos: Que
mocidade os moços confiando, Ignorantes da Morte,
para o mundo tão bastante, Que toda a sede eterna,
Morte andar folgando Por hum campo de vivos, que
deixando a Empirea altura A graça, dece a honrar
O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura;
SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e
Quando pellas florestas passa o vento, Que
sò são as guardas, do meu norte. Todo o tempo
Por premio de o esperar, veja algum dia Soltos
dos mestres, mestra. Cera e Marmore offerece
principio hà que lhe dura Do erro este costume,
Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana, Dizeilhe
O vento te• levou, caes do vento, Vento foste
astro. As materias deixai, tomai o exemplo Sendo
della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns
Primeiro, a acção mais excelente Que foi do Tempo
Não nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça
Mandandolhe que pâre, e me não siga. Eu, que
Vedes? não faltarà pois quem ma estime: Que
da Patria reprezenta, Com que por vossa Pena
em vão, a emenda lhe prometo? Mais dano trouxe
cobre A pobre humilde Musa, que procura Sempre
dos Generosos: denotado em a Tocha sobre
Quando hum dourado seculo presume: Poes vè que
governo Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás
nas quedas, voos, e contendas Compres a gloria,
Como se antes ouzada, hoje avarenta Se mostra
e louva por credito da insigne Vitoria d' Elvas,
sem vos, quem vai com sigo. / [SMO32] Desde
/ [SSA92] Votando ao sublime Evangelista S. João
Das fermosas Raqueis vendo os enganos, Sem
deixas cà, se suas forão, A Verdade, a Justiça, e
Quantas Iras lhe deu, para tirarmas. [SLA99] Em
E se exemplo não fui, seja contagio, Que perca,
e tão pezado. Dous a dous, tres a tres, e quatro
dâs barato O resplandor da gloria tão fingida: Olha
companheiro. [SMO69] Escuzase da esperança,
ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei a limpa testa,
cujo valor não conhecido Foy, do vil lapidario,
me callarei, como se saiba Que quem lhe tira a voz,
Amor, que a tem multiplicado, Quando somar
me hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu
Nacestes: consumime pello fruto; Foy flor: se
temais abrazarvos dos ardores De seus olhos; que
? Tu só; cuja doutrina sempre clara, Eximindo
crede, que quando vos resisto, Que me chove
A desgraça (se em vos força he que vibre) Leite
e viva, vendovos querida? Pois qual sois, se
tira a voz, a quem se queixa, De novo se lhe obriga
Firmamento Bella pode viver, e estar segura. Que
tomar; mas he fechada, E inda o he mais para mi
afirme, ou se levante, Possa temer o excesso, ou
Conta he esta, que nunca o pensamento, Com
Para vos, para o mundo tão bastante, Que toda
Que me chove a razão; porque Sonetos Feitos
estrella tenhais, bem como agora Com vosco nasce
de nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota,
hei, se quer, Prima, esta trova, Que o mesmo vem
General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de vencer
não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere mais
postra seu contrario armado: Rendase hoje
que eu elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes
a meu pezar, nas glorias se exercita. Hora vença, e de mi
a mi, de que o estivera? Se para sempre amar, sempre he
a mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè? A mi, que mais
a mi não conhecera. Com razão logo por favor vos peço, Que
a my foy fero. Não temais abrazarvos dos ardores De seus
a minha alma saya De mi, senhora, e dentro de vos viva. /
a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do mal, o que se não
a Morte ? A Morte foi em sem razões mais rara. Tu, que
a Morte andar folgando Por hum campo de vivos, que a não
a Morte contra humanos atrevida, Contra o divino nunca foy
a Morte, mas por Morte Mais certos golpes tem, que taes
a Morte, Para hum tão largo amor, tão curta a vida
a Musa levantada. Em quanto viva o circular governo Nas
a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito da
a Musica a sy mesma se defende; E o pranto he sò, quem hà
a não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella a
a não termina. Bebei, que he tão potente, he tão benina, Que o
a não vião. Os velhos, sem saber o que fazião, A cada passo
a natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce a
a neve he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao claro estio
a noite escura He do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta
a nos chega fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa aura
a nos vem, sò o da morte Foge daquelles, de quem he chamado
a o brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde o sol
a o eterno templo De hum magnanimo Afonso, que se aclama
a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he de
a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos
a o subir, vento es caído. Justiça foi do Fado obedecido Teu
a os contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos propicios, Copia
a os olhos ser negada; Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois
a os seculos notoria Pos o Segundo a mais illustre historia Que
a ouzadia, do arrependimento? / [SFE40] Responde a hum
a padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco faço em
a palha para o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da
a Patria aumenta Meritos nas desgraças sepultados. Tal
a paz, do que a contenda. Porem que desvario ha de ser este
a paz, nunca o premio da ignorancia. E se rica algum tempo
a Pedra, que tem por sua Empreza. SONETO C. Heroico
a perfeição de tal estado, Se antes, por maravilha sucedia
a pezar do oposto inferno. Porem Tu com excesso mais
a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve, mas custosa
a planta, que por longo prazo O bravo Mar pizou, qual campo
a presteza, com que foy alcançada. SONETO LXXIX. Heroico
a prizão a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava na Corte
a profissão de certa Religiosa, que se celebrou em seu dia
a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão
a Prudencia? / [SLI22] Desgraça, enveja de tudo. SONETO
a publicação do famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira de
a quantos vem, por onde venho. Tambem nas mãos resigno da
a quatro, Entrão de flamas tacitas ardendo Astutos
a que grande preço a tem subida A voz de meu custoso
a que o induzem os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral
a quem a Aurora Graça sempre pedio? E os brancos dentes
a quem foi dado; Diâmante que quando mais guardado D' entre
a quem se queixa, De novo se lhe obriga a remediallo. /
a quer, vai muito atento. Riamonos da auzencia, se hà
a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo
a quiz colher, foge e a dor fica. O não façais tão falso
a rayos de tal sorte, Nunca as humildes lagrimas tem medos
a razão da contingencia, Do que antes era caso, fez ciencia
a razão; porque Sonetos Feitos a semelhantes Giovenetos, Me
a Razão vos dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè
a real, ou se a fingida, Não sei certo dos dous, qual mais o
a remediallo. / [SHE42] Ao escarmento de Troya. SONETO
a Rosa viva là, de Rosa estrella, Milagre foy de vosso ser
a rua nova. Poes se ha de ser de nada a consoada
a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna De Bellem
a saber provar, houve encerrado: E o mesmo Amor, que a tem
a sede eterna, a não termina. Bebei, que he tão potente, he
a semelhantes Giovenetos, Me teem feito bem mal, e bem mal
a ser da noite espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por
a ser medida Co largo Mar de tua Graça immensa? /
a ser, que não ser nada. / [SLI26] Vinda dezejada. SONETO
a ser vencido Hum Capitão da Morte, hoje soldado
a seta, onde he secreta. Ah senhora, que o dito he pouco
a seu braço, que he forçado, Pois nunca d' outro braço foi
a seu mandar, em que escolhera, Contra as quaes sò por elle
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SLA18
os corvos, tambem cos passarinhos: Que a Musica
se veja em vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso
logo serà, se pretenderdes Dissimular a luz, que
Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois mais que
do Ceo, vossa belleza Nasce a vencer da terra
me dar mayor desgraça, Sei que me hà de trazer
o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me chega
como vôs, e mais estreitas, Os Muros erão, donde
deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita
e fermosura. Em fim não passarei, temendo
pizou, qual campo razo, Em virtude do braço, que
por honrar teu santo dia, A feminil piadade aspira
muito temendo. Porem como sarais com vosco
provar, houve encerrado: E o mesmo Amor, que
da gloria tão fingida: Olha a que grande preço
Porque de pensamentos tão subidos Não sabe
Ingenhos, por quem oje a Fama avoga, Em quantò
Com vosco nasce a ser da noite espanto. Tende
de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute
e leste, Porque de Marte o coração celeste Sempre
fortuna, de que esperes Que encaminhe teu passo
ti todo o meu bem me he jà vedado, Qual se fosse
Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe
em dano meu, e afronta da porfia, Ir a justificar
como eu, vossa ventura; Que eu tambem, quando
da Academia dos Generosos: denotado em
porque lhe destes vida a ella, He razão que mateis
temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella
dura: Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que
vos deve. Negros soes, não soes grandes; e o que
Là traçastes de modo o vosso engano, Que
nossa Palestra Onde o Sago se veste, e se arma
primeiro os conheço, que imagino. Dexa• poes, se
tão sezudo, e tão pezado. Dous a dous, tres
Que parece que o Barbaro, igualmente Venera
mais, vem duvidando. Poes que conta farei, se
Eillo que chora em vão seu desvario, De longe
da manhãa mais cedo abria, Mas em chegando
Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce
e amavel Urania me acredita. [SMO67] Considera
o coronel dourado Pende, e desmente. A graça, e
mas se o dais adivinhado, Escutayme hora à orelha,
Dizme outro vento que esse pò vil erra; Qual destes
e que de frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca
Que he da velhice? que he da mocidade? Tragoume
mudos a louvarte Ao entender, se passou d' ambos
Auzencia o Inverno, e o Verão desvio. Não cabe
de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a luz, e
Responde a hum amigo, que mandava perguntar
Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda
leda a Morte, Para hum tão largo amor, tão curta
Tenho eu mais que acusar, por mais firmeza, Toda
a idade te soltasse os anos, Jà no sagrado monte
louco? T. Vaite para cega. Vedes, como se vão
tomarlhe alento, e cores? Mas saiba quem por ti
se a vista não me engana, Ou se a fê mais que
Minha senhora Dona Mariana? Nunca jà mais, se
Venera a Tuba, que temeo a espada. Nunca fora
e da May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos
Menos me admirarà ver em vós vida, Que ver que
se sois ingrata, sendo ingrata, Como conhecereis
sabeis de mi, mais, do que eu mesmo, Ensinaime
Contra as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda
mais altamente; Poes se là vence o braço, câ
e forte, Parece certo que a contraria sorte Entre
do que me mandais, tanto me esqueço, Como so
Quando em vossos louvores ocupâra, Sabio Dalizo,
disfarçado, Digno vos julgarà de reverencia, E
ventura, que não teve. Que mal se atreve, quando
Coutinho. SONETO XVIII•. Laudatorio. Senhor,
se querem, contra mi atrevidas, Porem não contra
Poem em obrar ingrato, e resoluto, Obras, que
O proprio tempo vencedor vos chama Rendido
Atê nas proprias queixas meu destino Quer, que
Mas conhecendo jà, quam pouco dura, Appella
aos pês, rende Elementos, Quando elle o poem,
que perdido ando vivendo; Mais me cativa, quanto
a sy mesma se defende; E o pranto he sò, quem hà mister
a sy: se a my foy fero. Não temais abrazarvos dos ardores
a sombra cerca, Sendo os raios jà vistos, e adorados. Vos
a sombra esconde, o ardor revella. Em vão logo serà, se
a sombra escura: Rompe o Anjo, cuberto de luz pura, O
a sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia de hum
a sorte dura A querer que alivie o meu cuidado Por exemplos
a sorte dura Roubou, para vos dar, minha alegria. Hora
a sorte, Então por se escuzar do mal futuro, Da tua paciencia
a sorte? Tambem, tanto temor he desconcerto; A quem
a sustenta? Então lhe obedeceis os pensamentos, Porque se
a tanto, Que com victima nova o altar florece; Mereçate poes
a tantos, Força he que, para dàr tanta saude, Vades tão
a tem multiplicado, Quando somar a quer, vai muito atento
a tem subida A voz de meu custoso desbarato. Os anos, os
a terra o fim, se não a gloria: Nasce do Amor, renova da
a Terra enxuga, e o Mar afoga, Prezandose de ser dos
a Terra por berço, o Ceo por manto, E por ama, a Fortuna
a Terra, teu progresso amando, Poucos anos, mas todos
a teu alto coração responde. Postrese Roma a Cesar
a teu dezejo; Vàs, e tornas, e iràs, como vieres; Ditoso tu
a teu mal, meu bem, agouro! Porque com tanta serpe em
a Tiberio com progresso vario Altivo Emperador, de Reo
a tirania, Porque padeça a afronta, e a desventura? A quem
a tive, nunca o cria. [SFA53] A João Nunes da Cunha
a Tocha sobre a Pedra, que tem por sua Empreza. SONETO C
a todo o mundo. [SFU21] A morte de hum General. SONETO
a todos co dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e os
a todos desobrigue, e me emmudeça A vista do tormento, e do
a todos He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr nas
a todos o meu mal, bem lhes pareça. [SAM17] Porfia
a Toga; Com suas firme, e ardente insignias, roga A vossa
a tragedia solicita Algũa sem razão, que no meu dano O mesmo
a tres, e quatro a quatro, Entrão de flamas tacitas ardendo
a Tuba, que temeo a espada. Nunca fora a vitoria duvidada
a Urbanidade Contar, e se contar, quantas doutrinas Repartes
a vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar, nem em
a vellos, se partia Ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei
a vencer da terra a sombra escura: Rompe o Anjo, cuberto
a ventagem, que os Brutos fazem aos Homẽns em obedecer a
a ventura Pallida foge. O sangue, a fermosura, Tudo vai pela
a ver se o digo. [SMO81] Apologo da Morte. SONETO LXXXI
a verdade solicita? Poes se mente este pô, que foi do Mundo
a verdura; a neve he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao
a vida inteira o Mar profundo! Hora quem diz sou pô, fallou
a vida. Mas que pudéra a voz, quando advertida, E ouzado o
a vida nunca, em quem não caiba O queixume da dor, que a dor
a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais subida Entre•
a vida, que fazia em sua prizão. SONETO XL. Festivo
a vida Se conte por delito, e por offensa. Mas que fora de nos
a vida. [SSA63] Segundo as leis do certamen da Conceição
a vida, sem mais como, nem quando. Se cuidando, Senhor
a vida viste. Tem te, não deças, que em te estár consiste O
a Vida, e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de
a vir louvada, Que os teus ouvidas* são os* que são flores
a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi rosa Das que
a vista não me engana, Ou se a fê mais que a vista
a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà, foras prezente; Poes
a Vitoria: E por honra dos dous, dos dous alcança, Pello que
a viva, me responda hũa hora. Porem se sois ingrata, sendo
a viva, ou copia? Eu menos, porque Amor não quer que veja
a viver com minha sorte, Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida
a voar do arduo ao impossivel: E para me perder de muitos
a vontade. / [SFE80] A hũa enferma, que perguntandoselhe
a vontade, e o braço, determinas. Espada, e pena, poes que
a vos, e a mi não conhecera. Com razão logo por favor vos
a vos, Musa, instrumento, Então vos digo eu, que cada
a vos, odio, por homem de conciencia, Vendovos tão sezudo, e
a vos se atreve, Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se
a vossa carta he jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo
a vossa fermosura. Se vos desta vingança estais segura
a vossas leys são tão contrarias: Ou me esquece, quem soes
a vossas obras singulares, Que inculca às gentes sabias, como
a vosso desprezo obediente, Quando delle me queixe, o aclame
a vosso grão merecimento, Crendo que em vos, como no
a vossos pês rendido. / [SAM66] Tradução do estimado
a vou mais lendo: Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de
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eu me callarei, como se saiba Que quem lhe tira
mi, porque me emenda Com colera, e sem zelo,
SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora:
se passou d' ambos a vida. Mas que pudéra
matallo tambem: isto algum Mouro? Que vos ande
vida, contra quem com torpe estudo Em perseguilla
e ardente insignias, roga A vossa planta, como
de saudade, Hà, despoes que parti essa Cidade, Se
vez, por falso pensamento Mostra os socorros, e
breve apartamento Bem conheço, por mais que
Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de marear
Pello que ao Filho crê, alta firmeza; Pello que
hũa mesma gloria Que emprestandose entrambos
não foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme hora
batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que
vos conheço (Contra o que dizem: Nem de barro
mão, Esperanças malogradas, Vamos todos de volta
Morte, advertidas por hum corpo bellissimo, junto
/ [SFE30] Em estillo da praça, dando os parabẽns
em vão seu desvario, De longe a vè, chegar dezeja
vendovos hum delles: Que elles vem publicando paz
mais de mi, Idolo ingrato? Soltame, e tornarei
e Deus em igualdade Defende a luz, consagrase
feiticeira inda sois bruxa. Daime por vida vossa
vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo
o não estar• à vossa vista He sempre estar,
mais que à dor resista, Que sempre o não estar•
affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo:
e triunfo triste. A cobiça pizada; e escarnecida
Leite a Razão vos dê: e o choro breve A Piedade.
que a não vião. Os velhos, sem saber o que fazião,
de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores.
os desenganos Dão pezada vitoria, e triunfo triste.
perdendo. He tudo; mas he mais, segundo entendo,
o sono leve Repouzo seja sò: e o sonho seja
gloria•. Tu, que trocaste as honras da memoria
reverente, Por ir, ver, e vencer na antiguidade
co Ceo se hão de haver vossos ciumes. / [SHE38]
generoso Imortal sempre, nas memorias ande
ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo dia,
que a Daliana Adora; vendo ja que se estremece
E o manto azul vestio, da branca Aurora.
ser vingado Ver quam mal da mudança se assegura
esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte,
venho. Tambem nas mãos resigno da esperança
Hoje emfim, que deixando a Empirea altura
docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente.
o tormento Trocarme Amor? em honra o vituperio;
Poes se là vence o braço, câ a vontade. / [SFE80]
quem diz sou pô, fallou verdade. /
[SLA74]
Donde pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51]
Com idade de prata, e pena d' ouro! [SFE78]
Fazer como tambem, te o Ceo gozasse. / [SSA86]
consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90]
dor, como ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia
VIII. Amoroso. Como voaste, ou cego, ou atrevido
eu tambem, quando a tive, nunca o cria. [SFA53]
com perdão da gente honrada. / [SAM76]
Troyas. Quem enganas, ò Mundo, em teu teatro?
vos a mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè?
corte, e cidade. Se foi da dor, que fora do perigo?
de guadameci Tenho figura, nem para de pé.
ella, He razão que mateis a todo o mundo. [SFU21]
Pello que à May defende, eterna gloria. / [SFU64]
differentes Pode fazer unir? salvo se a Morte ?
que não tem cura. Menos fora sentido o golpe duro,
eu cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento,
com verdade, O mesmo que hũa intrepida peleja,
o Ceo por manto, E por ama, a Fortuna vencedora.
alegria. Hora acabai de crer que estais sugeitas
que vibre) Leite a Razão vos dê: e o choro breve
enganos; Dalhe licença, murchem se ja as flores;
ouvidos. Não de flores, de lastimas se cobre
Tal, se passando vai por teus primores
quanto o Amor me hà dado, Me queres tu roubar?
creces Que os dobrados affectos, que mereces,
dono foi perdido. Zafiro singular, que foi vendido
a voz, a quem se queixa, De novo se lhe obriga a remediallo. /
a voz agreste, A quem em vão, a emenda lhe prometo? Mais
a voz detida Seguio do coração o modo, e parte, Ambos
a voz, quando advertida, E ouzado o coração, de louvor darte
a zunir, como bezouro, E que andeis a callar, como cartuxa
á sorte não dispensa; E obrigação tambem, em conhecendo
á vossa destra. Para Alumnos os inclitos adestra Ingenhos
à auzencia faz a conta o pensamento; Porem quando lha ajusta
à batalha incita: Mas se della me valho em meu tormento
à dor resista, Que sempre o não estar• à vossa vista He
à fantazia, Que sem rumos tambem, se vai perdendo. He tudo
à May defende, eterna gloria. / [SFU64] A morte do Senhor
à memoria, Entrambos vivirão, eternamente. Pos o Primeiro
à orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo da Morte
à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor, e
à porta) Aposto que inda soes, como ereis d' antes. [SFE75]
à sepultura, Sede fieis na morte a hũa ventura, De quem
à sepultura. SONETO L. Moral. Armas do Amor, Planetas da
à sobrinha de hũa Prelada, da eleição da Tia. SONETO XXX
à terra, Não lho consente o Mar, nem em pedaços. /
à Terra: E vos, não sei porque, com vir entre elles, Vindes
à triste vida: Porque d' esta cadea nunca erguida Não cuides
à verdade, Triunfando Portuguez, crendo Romano. Vença logo
à vida suxa; Mas matallo tambem: isto algum Mouro? Que vos
à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida, Por ser là mais
à vista do tormento. Qual serà pois o louco pensamento Que
à vossa vista He sempre estar, à vista do tormento. Qual
A Agua te não gozou. O quem fizera Que de te haver gozado
A ambição; cada qual de longe brada, Por ver, se de ty pode
A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto vivais, que me possais ver
A cada passo nella hião topando. Na mocidade os moços
A cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro
A cobiça pizada; e escarnecida A ambição; cada qual de longe
A da examinação da Poesia. Ouço Platão, em termos
A desgraça (se em vos força he que vibre) Leite a Razão vos
A dezejos mais nobres, mais cumpridos, Porque de
A dura força da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta
A El Rey N. S. pello sucesso arriscado de sua viagem maritima
A fama, dos que tanto celebraste, Por mais que o tempo
A feminil piadade aspira a tanto, Que com victima nova o altar
A firma penha, donde o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa
A flor, que no botão com medo mora, Rompe gentil, saindo
A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me
A fraude he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi
A gloria, que por tragicos escritos Resulta de evitar d' Amor
A graça, dece a honrar a natureza; Como tambem do Ceo
A graça, e a ventura Pallida foge. O sangue, a fermosura
A guerra em paz; que em tanto Amor se mete Hũa vez
A hũa enferma, que perguntandoselhe por seu mal, respondeu
A hũa senhora, que estando de mũy bom parecer, contrahio o
A hum amante da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo
A hum amigo, que o convidava lhe acabasse certo soneto
A hum quadro, que continha os Esposos divinos com a letra
A hum Roixinol. SONETO XC. Lirico. Brando filho do Zefiro
A humana voz, vestida em fera dura: Fostes cubrir de hũa
A impossivel tão grande, ò pensamento? O vento te• levou
A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum livro de versos
A Lucinda, que chorava. SONETO LXXVI. Amoroso
A mi não pelo menos, que estou vendo Dentro do vestuario
A mi, que mais forçado que em galê, D' aquella, que não passa
A mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por erro me deixou
A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova cortez no mundo
A morte de hum General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de
A morte do Senhor Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre
A Morte foi em sem razões mais rara. Tu, que vives
A não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere mais a seta
A noite estava para estar sezuda; Que desta negra gente, em
A outra cientifica derrama: Ambas chaves serão da
A paz vos adormente; o sono leve Repouzo seja sò: e o sonho
A perderdes, como eu, vossa ventura; Que eu tambem, quando
A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto vivais, que me
A planta seca estâ, mortas as cores: De que serve encantar
A pobre humilde Musa, que procura Sempre a paz, nunca o
A pobre Musa minha desornada, Que merece em tomarlhe
A prata, o ouro, As perolas, o nacar, o tesouro, Com que
A quaes subirão mais, vem duvidando. Poes que conta farei
A quem, em ferro o tem mal engastado; Aver que por se
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SLA95
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SLI26
me emenda Com colera, e sem zelo, a voz agreste,
tirania, Porque padeça a afronta, e a desventura?
a sorte? Tambem, tanto temor he desconcerto;
envejada Da cobiça, e ambição; poes he sò vida,
o prado. Ay de mi, que me chega a sorte dura
maltratada Foge da sem razão, e em vos espera
esprito, Tu que queres de mi, que assi me obrigas?
desenganos, Vindes hoje de novo apercebidos;
peço, Que, poes• Homem tal sou, me façais Fera,
da ignorancia. E se rica algum tempo, agora pobre
tens roubada, Para que deixas cà, se suas forão,
XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e deste rio
não são caras! Gloria vos pode ser ir defendendo
tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho
T. O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he ar? T.
LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que da Morte,
satisfaça, Tomo quem dos perigos não tem medo.
meu dano, Que a todos desobrigue, e me emmudeça
Poes se quizeste Primeiro batalhar, como nos deste
marchetado; E para ser maior, seja cuidado
a Toga; Com suas firme, e ardente insignias, roga
tão fingida: Olha a que grande preço a tem subida
dia, por dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que
Quem poderà com vosco, sor Catuxa, Cuma tia
sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta, que he fruto
o tocava O brando vento, apenas o deixava De
vento em guerra: Quedas• vio ser, o que esperava
as humildes lagrimas tem medos. Se emfim vos
Se jà piadoso a sy: se a my foy fero. Não temais
donde o sol fermoso As portas da manhãa mais cedo
Filha vos conheci; e jà vi rosa Das que se preza
Esta, para cerrar bocas da enveja; Aquella, para
confiadamente, Esposa dina Dina desta agua candida
nunca erguida Não cuides que tão cedo me desato.
dura Roubou, para vos dar, minha alegria. Hora
Sem que o valor do mais constante brio Escape d'
Poeta Francés. SONETO LXVI. Amoroso. Força he
o pranto. Sempre, ò Troya, es felice; poes
ouro! [SFE78] A hum amigo, que o convidava lhe
escritos Resulta de evitar d' Amor os danos.
A morte de hum General. SONETO XXI. Funebre.
se offreceu a El Rey Nosso Señor o patrocinio da
do templo es temerosa. [SAM43] Por Assunto
e Ulisses Castro? / [SHE100] Por Asunto
falla, he Tullio? ou he Timante Este, que pinta? e
pode hum seculo de pranto, Hũa sò hora de armonia
vas sacrificando. / [SLA94] Em a mesma
vivirão, eternamente. Pos o Primeiro, a
aumenta Meritos nas desgraças sepultados. Tal,
ty mesmo hoje se offrece. [SLA93] Celebrando a
Musa, instrumento, Então vos digo eu, que cada
guardais de mi, se eu nelles ardo? Não guardais,
cuberto de luz pura, O Serafim vestido, em flama
tem mal engastado; Aver que por se haver em vão
cortezes, que em vos sò Trova cortez no mundo se
em conhecendo, Que se no vosso Amor, não
Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio
de todo o incendio tardo. Que industria contra o Ceo
o eterno templo De hum magnanimo Afonso, que se
desprezo obediente, Quando delle me queixe, o
de cegarme todo o Norte Ou pretende co' a força do
que vê nos outros. SONETO LXI. Moral. Onde me
Que em vendo essa belleza soberana, Do prado se
Mais vos pedir, mandeis que viva auzente, E me
Gozoute o Ar, teu nome publicando Em
paguelho Deus, pois eu não posso. Mas não mande
Avòs, sempre famosos, Os feitos competindo, e
mais o entendimento, Bella, e amavel Urania me
fazeis a lastima oportuna: Por que sendo na perda
ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu mais que
como á vossa destra. Para Alumnos os inclitos
eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas se o dais
da sorte avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de
agora, Fallai; sereis por copia conhecida, Menos me
que vàs vivendo, ou vàs cantando. Quando te vejo,
Quem pode melhorar o mundo junto? Mas eu
A quem em vão, a emenda lhe prometo? Mais dano trouxe a
A quem me hei de queixar, se o ceo procura Que soe minha dor
A quem passar avante, assi lhe importe. Que farei logo
A quem tirar não pode, o Mundo nada. / [SAM58] Amante
A querer que alivie o meu cuidado Por exemplos de alhea
A razão, que dos outros desespera; Foge em fim para vos
A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que louvor te hà de dar
A troco de vos ver tão prevenidos, Douvos por bem tardados
A TUBA DE CALLIOPE. QUARTA MUSA DO MELLODINO
A ver se, assi melhor, vos obedeço. / [SSA68] Ao Archanjo
A verdade sô quer para doçura, O desengano sò para elegancia
A Verdade, a Justiça, e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça
A verdura regada, ser enveja Da que mais verde entre
A vida, contra quem com torpe estudo Em perseguilla á sorte
A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo quem dos perigos
A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu es
A vida te cortou o braço duro: Delle perigas, della estâs
A vinda temo mais, do que o caminho, Porque para me dar
A vista do tormento, e do tirano. E a fim de que ninguem se
A Vitoria, sem vermos, como, ou donde? O Misterio, que em
A vontade do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo, ou de
A vossa planta, como á vossa destra. Para Alumnos os
A voz de meu custoso desbarato. Os anos, os suspiros, as
abaixo Amor profano Era la como o alto Amor de cima? Não
Abbadeça, como hum ouro. Arredo và de nos o sestro agouro
abençoado. Ninguem mais fez num ano de cazado: (Sois home
abraçar pelos pès aquella fonte. Tão soberbo despoes levanta
abraços. Eillo que chora em vão seu desvario, De longe a vè
abrazarem seus amores, Morrei, filhos, co pay, da mesma
abrazarvos dos ardores De seus olhos; que a rayos de tal
abria, Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego, ou
Abril, Mayo se ufana, Que em vendo essa belleza soberana, Do
abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de muitos
abundante, Para vos, para o mundo tão bastante, Que toda a
Acaba poes de crer, não dâs barato O resplandor da gloria tão
acabai de crer que estais sugeitas A perderdes, como eu
acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e
acabar no amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ auzencia
acabas Com tão altos penhores de famosa, Que mais segura
acabasse certo soneto satirico. SONETO LXXVIII. Festivo
Acabe nesta sorte, esta vingança; Sepultemse comigo meus
Acabou de vencer a ser vencido Hum Capitão da Morte, hoje
Academia dos Generosos: denotado em a Tocha sobre a Pedra
academico se mandou celebrar o Nascimento de hũa Dama
Academico se offreceu a El Rey Nosso Señor o patrocinio da
acaso se comparte, He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte
acave. E poes que da republica sonora Entre as aves
acção as Religiosas do convento. SONETO XCIV. Laudatorio
acção mais excelente Que foi do Tempo a os seculos notoria
acção para sempre celebrada Serà, poesque com alta
Acção da propria Religiosa. SONETO XCIII. Laudatorio. Salve
accento O Mundo engrandecera, e eu prezára. Mas que
acendeis mais meus ardores. Crecem prezos os rayos
acesa; E entre tantos sinaes de tal grandeza Tambem vem por
achado Em pastas de carvão, foi convertido Perola sem igual
acharà, Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos
acho escudo, Não me fica no mundo outra defensa. [SMO5]
Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de Amor, que
achou resguardo, Que os estragos despoes não fez, mayores
aclama Arbitro do feliz, e infeliz astro. As materias deixai
aclame dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não que
aço forte Medir a condição da branda cera. Que faz? Que
acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae da
acolhia vergonhosa. Conhecivos Esposa em igual preço
aconselhe là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do
acordados ecos sonorosos, Onde aos termos do mundo
acordar tão cedo a gente Com carapuças de cilicio preto
acrecentando. Gozoute o Ar, teu nome publicando Em
acredita. [SMO67] Considera a ventagem, que os Brutos
acreditada, Visse o Mundo que fora esta excellencia Ou
acusar, por mais firmeza, Toda a vida, sem mais como, nem
adestra Ingenhos, por quem oje a Fama avoga, Em quantò a
adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se o digo
admirado Os louvores confunde em alegria, Quando hum
admirarà ver em vós vida, Que ver que a viva, me responda
admirome, mas quando Te escuto, em tanto aplauso e fama
adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori apareceo, que mais
255
SMO15
SLI22
SMO50
SAM91
SAM7
SAM58
SHE54
SMO69
SMO81
SAM58
SMO50
SMO57
SFA53
SLA77
SSA92
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SHE100
SHE100
SMO84
SMO16
SMO16
SAM47
SMO44
SHE54
SAM45
SAM47
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SAM2
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SFE40
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SMO3
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SFU85
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SSA92
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SAM55
SAM41
SAM41
SLI29
SLI62
SAM8
SAM76
SMO35
SAM33
SAM71
SAM71
SLA99
SHE100
SLA12
SSA63
SMO10
SHE79
SAM71
SMO10
SAM76
SAM48
SMO10
SAM71
hum he Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas
tu, que ves, o que eu não vejo, Ditoso tu, que vàs,
Armas do Amor, Planetas da Ventura, Olhos,
repetido. Sereno Pescador, que a Daliana
que a sombra cerca, Sendo os raios jà vistos, e
Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto he mais
manto, E por ama, a Fortuna vencedora. A paz vos
a breve custo Do Tempo, que lhe foy duro
comigo cegos, Que esperais que com vosco ande
d' ambos a vida. Mas que pudéra a voz, quando
deixo o engano. / [SMO50] Fermosura, e Morte,
SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty, Fabio, que
direi eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò que as
em tanto aplauso e fama creces Que os dobrados
victima nova o altar florece; Mereçate poes tanta
termos do mundo duvidosos, Estendendose foy, e
eleva, o fragil faz constante; Sem que, porque se
a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o Mar
offerece a o eterno templo De hum magnanimo
o nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy, que
mais fazer, ò sorte escura, Que em dano meu, e
da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque padeça a
bordava a Aurora, Triste sombra o roubou, da
hoje te fias. Lesbina, olha esses marmores
de hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem como
qual mais o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo
entre a frescura; Dorme o prado; e das arvores
se com lagrimas convinha Sentir somente o mal, e
o premio da ignorancia. E se rica algum tempo,
viràs mais a levantarte, Comedindo o rigor de Fili
da Cunha. SONETO LXX. Festivo. Compadre,
XXVI. Lirico. Bramava o Mar; e estâ contente
fostes, con rayos semelhantes E atè sogra, que
vejo, Salvo aquella de ser linda, que espante.
venturosa, Se antes nem de ti mesma te fiavas,
de tal estado, Se antes, por maravilha sucedia,
He na cadeira Escoto? ou he na santa Escritura
Pulga, que por picar, faz matadura, Cão sò para
me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem,
remendo quiz hum dia (Arredo và de nòs o sestro
como hum ouro. Arredo và de nos o sestro
ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse, foyse
porque me emenda Com colera, e sem zelo, a voz
Bebei confiadamente, Esposa dina Dina desta
Quando vejo, Senhor, que âs alimarias Da Terra, da
SONETO XCI. Amoroso. Batia em hum penedo da
Que de te haver gozado não se honrasse. Mas poes
Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A
vir, mil annos, Que importa que não chegue? se se
arrastando crueis cadeas, Não guardo ovelhas, mas
Ouzado Pescador, qu' he da tormenta Nas mansas
tẽ ns nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja
Sacro. Salve, ò sol dos amantes, que illustraste,
XXXII. Moral. Aqui me tem de vos tão apartado•,
e grave, Pois fere mais a seta, onde he secreta.
Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay de mi!
o primeiro Maltratado das mãos do ardente Estio.
assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado.
alta consorte, Já não pode negarlhe a mão devida.
seguro temor tẽns conseguido. Dece embora de tî.
constantes, derramadas, Cometas são no Ceo.
T. Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns dado T.
tardou em vir, como rogada Da viva saúdade, que
sentimento, Não soma menos, que hũa eternidade.
faz a conta o pensamento; Porem quando lha
que preciosas Pedras são, mais que porfido e
Simbolo da Flama, Sendo aos propicios, Copia do
de Meneses. SONETO XII. Laudatorio. Malaca, de
tempos a Vitoria: E por honra dos dous, dos dous
porque logo Teme que foje, quem procura,
da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com que foy
custa asperezas, Que custaria hum bem nunca
tiranos Casos d' Amor roubarãome os sentidos: Se
não merece Amor, correspondente, Quem merece
realça, e faz modellos Sem pâr nas maravilhas, que
pezo o temor, o gosto he vento. E para quando os
vi, padeci: ô triste estado! Se hum bem, que se
adonde irei eu, que este não seja, Se a causa deste ser, levo
adonde queres. [SAM23] Despedida. SONETO XXIII. Amoroso
adonde sempre era alto dia, Perfeição, que não cabe em
Adora; vendo ja que se estremece A firma penha, donde o
adorados. Vos, senhora, fareis, quanto quizerdes; Porem eu
adoralla, que contallla; Quanto he mais padecello, que dizello
adormente; o sono leve Repouzo seja sò: e o sonho seja A
adversario. Hora, que tarda para vir, mil annos, Que importa
advertida? /
[SMO82] Conta com as perdidas esperanças
advertida, E ouzado o coração, de louvor darte; Que não
advertidas por hum corpo bellissimo, junto à sepultura
advertiste Tão cedo deste Mundo os vîs enganos, Que antes
afagues, e que as sigas; Que a fê que mais de hum par, por
affectos, que mereces, A quaes subirão mais, vem duvidando
affeição pia: Que offereças a Deus o voto santo, Que ao senhor
affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te
afirme, ou se levante, Possa temer o excesso, ou a ruina. Do
afoga, Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera e
Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e infeliz astro. As
afortunado? Por ti todo o meu bem me he jà vedado, Qual se
afronta da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque padeça a
afronta, e a desventura? A quem me hei de queixar, se o ceo
agoa, e verdura. Repouza essa ribeira entre a frescura
agora, Cinzas jâ são, as que colunas erão. Ora sente, se quer
agora Com vosco nasce a ser da noite espanto. Tende a Terra
agora, Fallai; sereis por copia conhecida, Menos me admirarà
agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor
agora o canto He digno de outra gloria verdadeira; Não
agora pobre A verdade sô quer para doçura, O desengano sò
agora, Que em quantos triunfos, pode darte a Arte. [SAM91]
agora sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta, que he fruto
agora: Trocouse o vento em aura socegada. Despiose o Ceo da
agora vos conheço (Contra o que dizem: Nem de barro à porta
Agora manquejardes de inconstante (Apalpando do pejo, e do
Agora nem do templo es temerosa. [SAM43] Por Assunto
Agora se exercita por costume. [SFU37] Em pezame a hũa D
Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta
agourar, rato, que fura, Candea, nem cos dedos atiçada
agouro! Porque com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo não
agouro) Remendarme a cabeça outra porfia. Mas se Apollo
agouro, Se sobre feiticeira inda sois bruxa. Daime por vida
agradecida, Por ser là mais que cà inda esperada. Allì vive
agreste, A quem em vão, a emenda lhe prometo? Mais dano
agua candida abundante, Para vos, para o mundo tão bastante
agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o
agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar com
Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo, He força que te goze: O
Agua te não gozou. O quem fizera Que de te haver gozado não
aguarda, Ou se compra co a dor, com que atormenta. O que
aguardo danos, Das fermosas Raqueis vendo os enganos, Sem
aguas d' esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido a
agudo, ou grave: Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave
Aguia, que ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo do Mundo
Ah senhor Dom Antonio, a dura sorte. Soes mancebo, folgais
Ah senhora, que o dito he pouco escuro: De que serve matar
ay de mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro
Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo
Ay de mi, que me chega a sorte dura A querer que alivie o
Ay do que espera, quanto mais servindo: Para hum tão triste
Ay não pretendas Alto nome por morte peregrina; Nem pelo
Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são de vos choradas
Ay, Vida, como passas? V. Perseguida. T. De quem? V. De ti
ainda• dura. Hora bem pode vir, e estar segura, Que hà de ser
Ajuntailhe os perigos, e incertezas, Do fraudulento hospicio
ajusta o sentimento, Não soma menos, que hũa eternidade
alabastro. Mas qual será o epitafio argumentoso Que declare
Alabastro. /
Albuquerque conquistada Tão culto escreves, cantas tão
alcança, Pello que ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à May
alcança, Poes he pezo o temor, o gosto he vento. E para
alcançada. SONETO LXXIX. Heroico. Qual quizeste primeiro
alcançado? / [SLA72] Em resposta a hum Elogio Poetico
alcançallos quereis, bem que são idos, Buscayos pelo rastro
alcançar prodigamente Derramadas, constantes, resolutas
alcançastes. Emfim milagres soes por tantos modos, Que por
alcanceis, vos rogo, Não que façais me tornem a esperança
alcançou, custa asperezas, Que custaria hum bem nunca
256
SMO50
SAM91
SLI22
SAM66
SLI26
SFE70
SAM52
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SAM33
SFE80
SFE80
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SFE80
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SAM52
SLI22
SAM33
SMO15
SMO15
SLI90
SFE30
SLI62
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SHE79
SSA92
SLA97
SPR1
SMO69
SFE39
SFE80
SHE79
SMO50
SHE38
SMO67
SAM8
SAM58
SMO89
SAM8
SLA93
SLA93
SMO19
SHE42
SAM43
SMO61
SHE100
SFE13
SFE34
SMO32
SFE70
SMO3
Cova profunda, triste, horrenda, escura, Funesta
triunfos, pode darte a Arte. [SAM91] Metafora
Sem licença do mal, assi dezia: Corre
quem vou perderme, Meu martirio• engrandeço; e
o prazer antes difunto, O tempo moço estâ,
nascido? Aposto que vos traz Dona Joana Hum
donde a sorte dura Roubou, para vos dar, minha
que ordenas, de admirado Os louvores confunde em
tem muito d' essoutro, que as impede.
[SAM33]
que estava aleijada. SONETO LXXX. Festivo. Vos
por seu mal, respondeu que estava
foi de Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto
LXXX. Festivo. Vos aleijada? De hoje per diante
algum letrado Disse que foi de Deus alto castigo,
seja eu, se o não dezejo: Mas eu em vos nenhũa
sobes, seja agudo, ou grave: Levanta,• esforça,
Musa minha desornada, Que merece em tomarlhe
a esse elemento? Apenas pos o Ar hum leve
he Apollo? ou já he Marte, Se emprende ? ou
quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser a d'
e por offensa. Mas que fora de nos, se esta, se
vos faça, ordena. Não sabeis qual! Pois he que se
[SAM6] Saudades. SONETO VI. Amoroso. Serei eu
que imagino. Dexa• poes, se a tragedia solicita
ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se
Amor laços fazia, Por premio de o esperar, veja
quer, quer o Galante. Aposto que em Coimbra
vida vossa à vida suxa; Mas matallo tambem: isto
Levanta poes, o Templo milagroso, Porque se
a paz, nunca o premio da ignorancia. E se rica
ao vento, Torne a buscar de mi, quanto deixára.
A querer que alivie o meu cuidado Por exemplos de
Sidónia altas colunas lhe offrecera E Bragança
SONETO LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor, que âs
Ay de mi, que me chega a sorte dura A querer que
Por ser là mais que cà inda esperada. Allì vive,
que em galê, D' aquella, que não passa desde
agradecida, Por ser là mais que cà inda esperada.
Por isso eu disse jà que o desengano Era hũa
os resplandores D' aquelle proprio Sol, que eu n'
que o coração cubria, Fallava o gesto quanto n'
verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza da
mudar: mas isto como? Como? fazendo que a minha
que em mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha
leis de doce canto, Tão grande imperio tẽ ns nas
que he gracinha o ser ingrata, E credes que o
Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir, da
dos dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê,
e arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa
acção para sempre celebrada Serà, poesque com
ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer mais
piadade aspira a tanto, Que com victima nova o
Porque se algum rigor temer pudera Sidónia
que do naufragio tenho. Jà nem da perdição do
contrario. Que olhe a Tiberio com progresso vario
cuydaveis que abaixo Amor profano Era la como o
que em Coimbra algum letrado Disse que foi de Deus
Porque de Marte o coração celeste Sempre a teu
Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre era
Cesar he, digno de Augusto; Porque hum peito real,
Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o
o escarmento: Que em fim se não lograste hum
gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o
SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo no
conseguido. Dece embora de tî. Ay não pretendas
que deixaste escurecidos, Os brazões altos, e
Dos Avòs, que deixaste escurecidos, Os brazões
Oraculo aos enganos, Com que Amor vive nos mas
Sempre, ò Troya, es felice; poes acabas Com tão
Amoroso. Hoje emfim, que deixando a Empirea
Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae da
roga A vossa planta, como á vossa destra. Para
[SFE13] Respondendo a hũ soneto de D. Antonio
d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio
com sigo. / [SMO32] Desde a prizão a D. Antonio
parabẽns do nascimento de hũa Filha a D. Antonio
para ser maior, seja cuidado A vontade do prodigo
alcoba, de morada fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo
Alegorica. SONETO XCI. Amoroso. Batia em hum penedo da
alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna, de
alegre em verme Morro sem maldizer taes tiranias. Razão tal
alegre o pranto. Quem pode melhorar o mundo junto? Mas eu
alegre recado, que em secreto Dom Lourenço lhe deu là muitas
alegria. Hora acabai de crer que estais sugeitas A perderdes
alegria, Quando hum dourado seculo presume: Poes vè que a
Alegria Custosa. SONETO XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella
aleijada? De hoje per diante Aleijado seja eu, se o não dezejo
aleijada. SONETO LXXX. Festivo. Vos aleijada? De hoje per
aleijado Com tudo eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas
Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu em vos nenhũa
Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com tudo eu creo (cà para
alejão vejo, Salvo aquella de ser linda, que espante. Agora
alenta, ò feliz ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que o
alento, e cores? Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que os
alento, Que das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se he
Alexandre, se reparte? Ou Scevola constante, se he constante
alforria. Serà de marear à fantazia, Que sem rumos tambem
algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida Co largo Mar de
algũa hora Mais vos pedir, mandeis que viva auzente, E me
algũa hora tão ditoso, Que os cabellos, que Amor laços fazia
Algũa sem razão, que no meu dano O mesmo se não logra, que
algum dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das
algum dia Soltos a o brando vento boliçoso? Verei os olhos
algum letrado Disse que foi de Deus alto castigo, Aleijarvos
algum Mouro? Que vos ande a zunir, como bezouro, E que
algum rigor temer pudera Sidónia altas colunas lhe offrecera
algum tempo, agora pobre A verdade sô quer para doçura, O
Algũns (não como vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou me
alhea desventura! / [SFE30] Em estillo da praça, dando os
àlicerce generoso Imortal sempre, nas memorias ande A
alimarias Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não
alivie o meu cuidado Por exemplos de alhea desventura! /
alli estâ; jà dos melhores Espritos requebrada; e ardendo em
alli, Jà nem para homem de guadameci Tenho figura, nem
Allì vive, alli estâ; jà dos melhores Espritos requebrada; e
alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos
alma guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo? Não
alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o callava: Mas
alma minha, Mas que de costumada sempre ao pranto, Não
alma saya De mi, senhora, e dentro de vos viva. / [SMO16]
Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto como
almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave
alrotar que he cortezia ? Porem não me direis, minha
alta consorte, Já não pode negarlhe a mão devida. Ay do que
alta firmeza; Pello que à May defende, eterna gloria. /
alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o alto
alta providencia Hoje fazeis a lastima oportuna: Por que
altamente; Poes se là vence o braço, câ a vontade. /
altar florece; Mereçate poes tanta affeição pia: Que
altas colunas lhe offrecera E Bragança àlicerce generoso
altivo empenho, Poes o fim não fugî, tema o presagio: E se
Altivo Emperador, de Reo injusto: E a Claudio entronizado a
alto Amor de cima? Não! que posto que Amor cada hum se
alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com tudo eu
alto coração responde. Postrese Roma a Cesar reverente
alto dia, Perfeição, que não cabe em fantazia, Fermosura
alto, e robusto Pede esfera maior, que hum emisferio. Porém
alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias; E logo
alto intento, Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece embora
alto modello: Mas quando eu bem fizesse em declaralla
alto monte, Verde, e robusto; apenas o tocava O brando vento
Alto nome por morte peregrina; Nem pelo que he castigo, a
altos apellidos Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa gloria•
altos, e altos apellidos Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa
altos peitos? Porque, senhor, tanta belleza junta, Tanta
altos penhores de famosa, Que mais segura estàs, que antes
altura A graça, dece a honrar a natureza; Como tambem do
altura O firme freixo: a estrella mais segura Varre o chão
Alumnos os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a Fama
Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem digo eu
Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe escreveo outro
Alvarez da Cunha, que estava na Corte. SONETO XXXII. Moral
Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo. Compadre, agora
alvedrio. Não nos sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai
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SAM91
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SAM46
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SLI26
Tende a Terra por berço, o Ceo por manto, E por
das chamas, em que estàs ardendo, Do Amado, o
Fenis, das chamas, em que estàs ardendo, Do
e tudo outro promete: Temei embora humano, e
LXXXV. Funebre. Gozoute a Terra, teu progresso
pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum
A quem tirar não pode, o Mundo nada. / [SAM58]
em seu dia. SONETO XCII. Sacro. Salve, ò sol dos
seja este Soneto. / [SAM4] Amor escudo de
seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os
assegura a mi, de que o estivera? Se para sempre
E emprenhandome mais o entendimento, Bella, e
mais segura estàs, que antes estavas: Porque em
hũa intrepida peleja, A outra cientifica derrama:
e triunfo triste. A cobiça pizada; e escarnecida A
Vida tẽns, e teràs, sempre envejada Da cobiça, e
quem hà mister padrinhos. [SMO89] Metafora da
mudos a louvarte Ao entender, se passou d'
O desvião do porto verdadeiro: Qual como fostes a
Venhão muitas; que mil serão sufridas. Vivei por
a voz detida Seguio do coração o modo, e parte,
que vives triunfante sobre as gentes, Nota (pois te
ereis d' antes. [SFE75] Varia idea estando na
pâre, e me não siga. Eu, que a padeço, quando mais
que assi me obrigas? A ti, que tẽns as Musas por
Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais
para o Mar da graça. [SFA87] Respondendo a hum
do arrependimento? / [SFE40] Responde a hum
idade de prata, e pena d' ouro! [SFE78] A hum
XXIV. Laudatorio. Enfermastes, senhor, sois tal
[SLA24] Na dilatada convalecencia de hum Ministro
A hum amante da variedade. SONETO LI. Familiar.
a melhor seta? / [SLA56] Resposta a hum
vos leva, que vos traz da praça: Sem Amor, sem
promete? [SFU85] Ao naufragio, e morte de hum
sois tal amigo, Que com vosco enfermou toda
SONETO LXVI. Amoroso. Força he acabar no
Mar de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada
ocio? que he da idade? Que he do vigor constante, e
triste fim, tão leda a Morte, Para hum tão largo
merecida de hũa fé tão pura, E de hum tão limpo
la como o alto Amor de cima? Não! que posto que
celestes, que inda enxutas Ver não merece
Espritos requebrada; e ardendo em lumes De hum
que abaixo Amor profano Era la como o alto
à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do
toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris, do
Em gloria prometeu, todo o tormento Trocarme
este? Que desvario? seja este Soneto. / [SAM4]
não hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do
Serei eu algũa hora tão ditoso, Que os cabellos, que
Se com mais de vitoria por ferida Sabe
SONETO LXXXIV. Moral. Porque, fortuna, quanto o
obrigação tambem, em conhecendo, Que se no vosso
conhecereis a viva, ou copia? Eu menos, porque
dentro de vos viva. / [SMO16] Nova invenção de
que por tragicos escritos Resulta de evitar d'
E poes morreis honrados, morrei ledos. [SAM47]
junto à sepultura. SONETO L. Moral. Armas do
dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que abaixo
Com a saber provar, houve encerrado: E o mesmo
frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de
Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois diz o
que tiveste por engaste O peito, porque o peito a
Não sabe a terra o fim, se não a gloria: Nasce do
Tardastes; e entre tanto estes tiranos Casos d'
honra o vituperio; A guerra em paz; que em tanto
mete Hũa vez prometeu, mentiome cento. Que pode
Que mais vos leva, que vos traz da praça: Sem
humildes de Flerida diante, Nuncios sempre fieis, d'
dais vista, Que monta o cabedal do sofrimento.
diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao
Não destes por Oraculo aos enganos, Com que
destes queixumes Ver, que se vos roubàrão os
tem medos. Se emfim vos abrazarem seus
pellas dores; Quanto forão melhor, que para
saindo confiada. Filomena com queixas namorada
ama, a Fortuna vencedora. A paz vos adormente; o sono leve
amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não
Amado, o amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo
amay divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas bem vistas
amando, Poucos anos, mas todos gloriosos; Dos illustres Avòs
amante da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo, muitas
Amante suspenso diante de Filis. SONETO LVIII. Amoroso
amantes, que illustraste, Aguia, que ao immenso sol, a luz
Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora: se não levo às
amar, não foram feitos, Senhor, aquelles olhos soberanos
amar, sempre he hũa era, Para sempre temer, sempre hum
amavel Urania me acredita. [SMO67] Considera a ventagem
ambas fortunas venturosa, Se antes nem de ti mesma te
Ambas chaves serão da Eternidade, Esta, para cerrar bocas
ambição; cada qual de longe brada, Por ver, se de ty pode ser
ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode, o Mundo
Ambição. SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo no
ambos a vida. Mas que pudéra a voz, quando advertida, E
ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho
ambos vos: porque as feridas Nunca podem matar, que não
Ambos provárão mudos a louvarte Ao entender, se passou d'
ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a belleza, e no que pâra
America, e perturbado no estudo por bayles de Barbaros
amiga, Assaz de pouco faço em padecella. Atê nas proprias
amigas, Que louvor te hà de dar meu fraco grito? Que direi eu
amigo? Fuy deixado em mi mesmo por castigo: Triste serei
amigo Poëta. SONETO LXXXVII. Familiar. Quando pellas
amigo, que mandava perguntar a vida, que fazia em sua
amigo, que o convidava lhe acabasse certo soneto satirico
amigo, Que com vosco enfermou toda amizade. Que cuidais
amigo. SONETO XXIV. Laudatorio. Enfermastes, senhor, sois
Amigo, muitas dores não são dores, Muitas queixas serão; e
Amigo Poeta, que louvava seus versos. SONETO LVI
Amigo, sem Parente; Quem mais se doe de vos, diz
Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute a Terra, teu
amizade. Que cuidais? perigou corte, e cidade. Se foi da dor
amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ auzencia saberão valerme
amor he seu escarmento. SONETO LX. Amoroso. Que queres
amor jocundo? Que he da velhice? que he da mocidade
amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo as leis do
amor, tão esperada. Ella tardou em vir, como rogada Da
Amor cada hum se estima, O divino he divino, o humano
Amor, correspondente, Quem merece alcançar prodigamente
Amor, cujas linguas são louvores. Seja satisfação destes
Amor de cima? Não! que posto que Amor cada hum se estima
Amor, e da porfia. / [SSA92] Votando ao sublime
Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano, outra
Amor? em honra o vituperio; A guerra em paz; que em tanto
Amor escudo de Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora
Amor humano. SONETO LXXXIV. Moral. Porque, fortuna
Amor laços fazia, Por premio de o esperar, veja algum dia
Amor lhas granhais*: tantas vos deve. Negros soes, não
Amor me hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As
Amor, não acho escudo, Não me fica no mundo outra defensa
Amor não quer que veja. Pois inda a confusão não se remata
Amor, novo tormento. SONETO XVI. Moral. Pudeste mais
Amor os danos. Acabe nesta sorte, esta vingança
Amor peor estado. SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he
Amor, Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre era alto dia
Amor profano Era la como o alto Amor de cima? Não! que
Amor, que a tem multiplicado, Quando somar a quer, vai
Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão
Amor: Que para obedecido, Mais he, que quando aos pês
Amor rendeste, Livro de Deus, que em Deus tanto aprendeste
Amor, renova da esperança, Fenis, das chamas, em que estàs
Amor roubarãome os sentidos: Se alcançallos quereis, bem
Amor se mete Hũa vez prometeu, mentiome cento. Que pode
Amor, se no seu proprio Imperio Nada pode cumprir, do que
Amor, sem Amigo, sem Parente; Quem mais se doe de vos
Amor sincero. E se como comigo, foi severo, Com vosco o
Amor tanto nas penas se melhora, Despois que nellas novos
Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor, e da porfia. /
Amor vive nos mas altos peitos? Porque, senhor, tanta
amores, Là co Ceo se hão de haver vossos ciumes. /
amores, Morrei, filhos, co pay, da mesma morte; E poes
amores, Taes desenganos, para desenganos? Diràs: que por
Amores canta jà, queixas não chora. Aplauso se tornou, o
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que as das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego
/ [SAM14] Queixa, e Enveja. SONETO XIV.
Arte. [SAM91] Metafora Alegorica. SONETO XCI.
[SAM71] Relação de hũa viajem. SONETO LXXI.
[SAM8] Pensamentos temerarios. SONETO VIII.
[SAM31] Arismetica da auzencia. SONETO XXXI.
[SAM46] Tradução do Giostiniano. SONETO XLVI.
[SAM33] Alegria Custosa. SONETO XXXIII.
[SAM76] A Lucinda, que chorava. SONETO LXXVI.
[SAM20] Cloris com rosa no toucado. SONETO XX.
Monsieur de Voiture Poeta Francés. SONETO LXVI.
cruel, que nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII.
ledos. [SAM47] Amor peor estado. SONETO XLVII.
os dias? [SAM45] De hum Retrato. SONETO XLV.
hũns olhos negros, e pequenos. SONETO XLVIII.
Conhecendose a hũa desconhecida. SONETO VII.
silencio de hũas bem vistas paredes. SONETO LII.
queres. [SAM23] Despedida. SONETO XXIII.
/ [SAM2] Versos pregão das dores. SONETO II.
pareça. [SAM17] Porfia infelice. SONETO XVII.
[SAM27] Medo, e obediencia. SONETO XXVII.
Contra hũa soberana ingratidão. SONETO XCVIII.
Cada amor he seu escarmento. SONETO LX.
de tão pouco hum triste se contenta. SONETO XLI.
o infelice cazamento de hũa Dama. SONETO XCVI.
Auzencia breve, mas custosa. SONETO IX•.
/ [SAM4] Amor escudo de Amantes. SONETO IV.
ter paz comigo? / [SAM6] Saudades. SONETO VI.
Amante suspenso diante de Filis. SONETO LVIII.
hũa senhora contra seu merecimento. SONETO LV.
Nem que saiba remirme em taes porfias.
que tem tal mão para a Armonia (Que he parte, que
Contra as quaes sò por elle en vão pelejo.
e respondeu: Tal vay de guerra; Se vos todos
SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a Morte
Antonio, a dura sorte. Soes mancebo, folgais de
Mas matallo tambem: isto algum Mouro? Que vos
àlicerce generoso Imortal sempre, nas memorias
andais comigo cegos, Que esperais que com vosco
Mouro? Que vos ande a zunir, como bezouro, E que
tudo he torpeza. Donde vou? donde venho? donde
a vossa carta he jà de guia Para mi, que perdido
/
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de Paiva de
Nasce a vencer da terra a sombra escura: Rompe o
nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra hum
em calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro!
foy duro adversario. Hora, que tarda para vir, mil
as cores: De que serve encantar no vidro, os
vejo, essas areas, Rompi, pizei, beijei hoje hà sete
tão prevenidos, Douvos por bem tardados tantos
que he fruto abençoado. Ninguem mais fez num
vîs enganos, Que antes que a idade te soltasse os
Gozoute a Terra, teu progresso amando, Poucos
a tem subida A voz de meu custoso desbarato. Os
voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil
puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà de mil
Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro
Sois na fortuna: mas dessemelhante. No valor; se
emprego amoroso de hũa Senhora desenganada
se tornou, o que era espanto, Resucita o prazer
clara, Eximindo a razão da contingencia, Do que
penhores de famosa, Que mais segura estàs, que
estavas: Porque em ambas fortunas venturosa, Se
a estrella mais segura Varre o chão, com desprezo
que nelle entreis, o Mestre intenta? Como se
presume: Poes vè que a perfeição de tal estado, Se
Tão cedo deste Mundo os vîs enganos, Que
[SMO10] Quando se vè do mal, o que se não via d'
barro à porta) Aposto que inda soes, como ereis d'
um morgado. Huy? donde vistes vos ser o Sol nado,
Quanto he mais padecello, que dizello? [SMO59]
injusto, Qual destes triunfos não fez caro o susto,
esta vingança; Sepultemse comigo meus delitos,
que o espera; Tantas, e muitas mais, delle quizera
SONETO XCIII. Laudatorio. Salve, ò tu, que de tanta
dous, nesta querella O mais culpado, foy contenda
tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra
amoroso de hũa Senhora desenganada antes de tempo.•
Amoroso. Aquella Fè de tantos maltratada Foge da sem razão
Amoroso. Batia em hum penedo da agua erguido Lá na serra
Amoroso. Cem dias de continua tempestade, Dez mil horas de
Amoroso. Como voaste, ou cego, ou atrevido A impossivel
Amoroso. Deminuir da fê tão nobre intento, Fermosa Lici, em
Amoroso. Doces versos, por quem o auxilio espero, Mais que
Amoroso. Emfim que aquella hora he jà chegada, Que atê nos
Amoroso. Esperdicemse as perolas, que hà mutas, Lucinda
Amoroso. Essa, ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa
Amoroso. Força he acabar no amor d' Urania os dias; Tempo
Amoroso. Hoje emfim, que deixando a Empirea altura A graça
Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura He do dia
Amoroso. Não sò duvido eu; duvidais, Flora, Pintada, e viva
Amoroso. Olhos, vos soes, quem nessa esfera breve
Amoroso. Pâre a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro
Amoroso. Paredes: vos guardais os resplandores D' aquelle
Amoroso. Parto, partome enfim, Senhora minha, O Fado o
Amoroso. Poes são tantos os males padecidos Da Fortuna, e
Amoroso. Qual, senhora, he dos dous, nesta querella O mais
Amoroso. Quantas vezes conheço o meu cuydado, E contemplo
Amoroso. Que faz Licis? Que faz? Que faz a Fera
Amoroso. Que queres mais de mi, Idolo ingrato? Soltame, e
Amoroso. Quem lhe ouvir murmurar tanto a este Rio, Cintia
Amoroso. Rubi, cujo valor não conhecido Foy, do vil
Amoroso. Senhora, neste breve apartamento Bem conheço
Amoroso. Senhora: se não levo às vossas aras Hum
Amoroso. Serei eu algũa hora tão ditoso, Que os cabellos, que
Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do
Amoroso. Vossa desgraça, e minha desventura, Eillas
Ancias hà muito que conheço impias; Mas vendo as graças
anda co a brandura apensa) Me defenda tambem, de tanta
Anda a voar do arduo ao impossivel: E para me perder de
andais comigo cegos, Que esperais que com vosco ande
andar folgando Por hum campo de vivos, que a não vião. Os
andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò
ande a zunir, como bezouro, E que andeis a callar, como
ande A fama, dos que tanto celebraste, Por mais que o tempo
ande advertida? /
[SMO82] Conta com as perdidas
andeis a callar, como cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà
ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro
ando vivendo; Mais me cativa, quanto a vou mais lendo: Não
Andrade, Autor do Livro, que se intitula Casamento perfeito
Anjo, cuberto de luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa
anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano Era la como o
Anno esteril de Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno
annos, Que importa que não chegue? se se aguarda, Ou se
annos? Se lhe resistes, dâs mais força aos danos
annos: Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre os Fados nas
annos. Tardastes; e entre tanto estes tiranos Casos d' Amor
ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e Marido
anos, Jà no sagrado monte a vida viste. Tem te, não deças
anos, mas todos gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre
anos, os suspiros, as verdades, Tudo là te entreguei; fiel
anos que a desterra Hum sono, que esta voz desacredita. Diz
anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra
ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por delito, e por
ante vos não valem nada Zafir, Perola, Aver, Rubi, Diamante
antes de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso eu
antes difunto, O tempo moço estâ, alegre o pranto. Quem pode
antes era caso, fez ciencia, Documento geral, da sorte avara
antes estavas: Porque em ambas fortunas venturosa, Se
antes nem de ti mesma te fiavas, Agora nem do templo es
antes olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e
antes ouzada, hoje avarenta Se mostra a planta, que por longo
antes, por maravilha sucedia, Agora se exercita por costume
antes que a idade te soltasse os anos, Jà no sagrado monte a
antes. SONETO X. Moral. Se como haveis tardado
antes. [SFE75] Varia idea estando na America, e perturbado
Antes da bella Aurora haver nascido? Aposto que vos traz
Antes de confissão. SONETO LIX. Moral. Eu que faço? que sei
Antes de visto seu feliz misterio? O proprio tempo vencedor
Antes que sirvão para desenganos. / [SAM2] Versos pregão
Antes ser despedido, que enganado. Torno a cuidar despoes
antiga historia Dos Avòs, que deixaste escurecidos, Os
antiga: Vos, que tanto me dais, que della diga? Eu, que não
antigo? Mas como respondeis a esta pergunta, Que ou para
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SFA51
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SFA88
SFE13
SSA65
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SFU85
SAM48
SFE80
SLI26
SMO32
SAM27
SAM9
SAM31
SMO82
fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e mais
Roma a Cesar reverente, Por ir, ver, e vencer na
Aqui me tem de vos tão apartado•, Ah senhor Dom
famoso. [SFE13] Respondendo a hũ soneto de D.
festejar d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a D.
vai com sigo. / [SMO32] Desde a prizão a D.
Dando os parabẽns do nascimento de hũa Filha a D.
das Excellencias de Portugal, escrito pello Doutor
bem digo eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom
as rosas dos çapatos Não teve Portugal, tal Dom
soneto. SONETO XXXIV. Festivo. Meu Senhor Dom
diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e
Mas eu que digo? solto o tão sublime Discurso
se he do campo a graça, e fermosura Que devemos
a grandeza aos pequenos se dispensa, De lhe dizer
esfera maior, que hum emisferio. Porém sò, se
menos, que estas cartas. [SMO19] Escusase
Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe
desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro;
Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que
A dura força da contraria gente: Lisboa mais
a neve he sò sobeja, O triste inverno, assombra
propriamente Deus a farà vossa. [SLA95] Elogio
E por honra dos dous, dos dous alcança, Pello que
Esta do Mundo maravilha, em tanto Que firme
ò sol dos amantes, que illustraste, Aguia, que
que gastasse em vão toda a eloquencia, Reduzir
sò por elle en vão pelejo. Anda a voar do arduo
nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento,
melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho,
Que não terà melhor, nem melhor tinha. Ao ceo,
o Pastor, o Aventureiro Logrão da paz, que falta
notoria Pos o Segundo a mais illustre historia Que
sei porque, com vir entre elles, Vindes para fazer
assombro foy, termo do encanto, Tanto d' enveja
elle Hum impossivel tal, que o vencer delle De novo
caminhos! Por ventura Qual• destes leva a gente
da alma minha, Mas que de costumada sempre
pia: Que offereças a Deus o voto santo, Que
zombas do Amor, e da porfia. / [SSA92] Votando
terà melhor, nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar,
outra escarmento Humilde vassallajem paga
seu sentimento? Não canto não; humilde rogo
que hum emisferio. Porém sò, se ao castigo,
A ver se, assi melhor, vos obedeço. / [SSA68]
parte, Que não terà melhor, nem melhor tinha.
meus versos, o vento, o vento nada. / [SFA88]
/ [SLA18] Em resposta de hũa carta em verso.
o modo, e parte, Ambos provárão mudos a louvarte
De novo se lhe obriga a remediallo. / [SHE42]
Nada pode cumprir, do que promete? [SFU85]
provar forças mais que as das virtudes. [SFE39]
Dentro do vestuario estas tramoyas. / [SLA12]
como se vão a Vida, e Tempo? /
[SLA36]
Temei embora humano, e amay divino. / [SAM52]
para os ratos, Mas para as proprias rãns do charco
vidro, os annos? Se lhe resistes, dâs mais força
tão longe de profanos, Não destes por Oraculo
que em Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus,
Considera a ventagem, que os Brutos fazem
he de penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem
muto, Hum modo he de penar irresoluto Sem gloria
não façais esgares? Porque de graças, e• benções
Façame hoje mercê vo senhoria, Se a grandeza
Estâ vossa mercê muito contente De me render
o Amor: Que para obedecido, Mais he, que quando
Sendo a os contrarios, Simbolo da Flama, Sendo
onde elles repouzarão, Banho espero que seja
publicando Em acordados ecos sonorosos, Onde
nunca ouvida, Da fermosura a gloria, sempre unida
que espante. Agora manquejardes de inconstante (
Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori
SONETO XXXII. Moral. Aqui me tem de vos tão
que enganado. Torno a cuidar despoes que inda
SONETO IX•. Amoroso. Senhora, neste breve
reparte o seu cuidado Pelo valor do proprio
colher, foge e a dor fica. O não façais tão falso
antigo, Por erro me deixou a enfermidade; Salvo se conheceo
antiguidade A dura força da contraria gente: Lisboa mais ao
Antonio, a dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar na
Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem
Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe escreveo
Antonio Alvarez da Cunha, que estava na Corte. SONETO
Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo. Compadre
Antonio de Sousa de Macedo. SONETO XCV. Laudatorio
Antonio, em vossos tratos; E não sois sò Demonio para os
Antonio. Estâ vossa mercê muito contente De me render aos
Antonio, muy bom he Zombar, mas não jà tanto, como• aqui
ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor, e da porfia. /
ao ar; e vou pegar da pena, Para escrever tão simples
ao Ar, no movimento? Tal, se passando vai por teus
ao Autor desta defensa, Que nos defenda todo o Santo dia. E
ao castigo, ao vituperio Olhais do mar cruel, do vento injusto
ao Ceo com a causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes
ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida
ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que entrar
ao Ceo o Pulpito remonta? Nenhum he? Pois quem he, que
ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer mais altamente
ao claro estio. Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal
ao Excellente livro das Excellencias de Portugal, escrito pello
ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à May defende, eterna
ao Firmamento competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta
ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo do Mundo, em que
ao imperio da prudencia O mando, que a fortuna lhe usurpàra
ao impossivel: E para me perder de muitos modos, Finje que a
ao lenho, ao linho A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo
ao linho A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo quem dos
ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei, que os
ao meu cuidado: Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. /
ao mundo fez Calliope prezente. Livro não, màs Piramide
ao Mundo guerra. / [SMO44] Velhice presumida. SONETO
ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia
ao Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence de gloria
ao povoado? Todos vão sòs; só este vai trilhado; Mas se, por
ao pranto, Não sabe festejar d' outra maneira. / [SFE34]
ao senhor por ty mesmo hoje se offrece. [SLA93]
ao sublime Evangelista S. João a profissão de certa Religiosa
ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei, que os
ao vento, Sem lhe escapar por flor da fermosura. Mas
ao vento, Torne a buscar de mi, quanto deixára. Algũns (não
ao vituperio Olhais do mar cruel, do vento injusto, Qual
Ao Archanjo são Rafael, pedindolhe dirija sua molesta
Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei
Ao Conde Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro da
Ao Embaixador• Francisco de Sousa Coutinho. SONETO
Ao entender, se passou d' ambos a vida. Mas que pudéra a
Ao escarmento de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta do
Ao naufragio, e morte de hum Amigo. SONETO LXXXV
Ao novo emprego amoroso de hũa Senhora desenganada antes
Ao Poema de Malaca conquistada de Francisco de Sà de
Ao sabio varão Diogo de Paiva de Andrade, Autor do Livro
Ao silencio de hũas bem vistas paredes. SONETO LII
Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d'
aos danos, Medindote• os estragos, pellas dores; Quanto
aos enganos, Com que Amor vive nos mas altos peitos
aos homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo dia, A
aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO LXVII. Moral
aos matadores. Escolhei dos perigos os melhores (Se podeis
aos mortos, nem aos matadores. Escolhei dos perigos os
aos pares, Disso, graças a Deus, sois vos bem rica. Mel, e
aos pequenos se dispensa, De lhe dizer ao Autor desta defensa
aos pès do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois eu não posso
aos pês, rende Elementos, Quando elle o poem, a vossos pês
aos propicios, Copia do Alabastro. /
aos tempos, onde Venha o Mundo a lavarse da ignorancia. /
aos termos do mundo duvidosos, Estendendose foy, e
Aos centros da ventura, que não teve. Que mal se atreve
Apalpando do pejo, e do despejo) Mal he tambem, de que eu
apareceo, que mais pergunto? [SAM27] Medo, e obediencia
apartado•, Ah senhor Dom Antonio, a dura sorte. Soes
apartado Quem me assegura a mi, de que o estivera? Se para
apartamento Bem conheço, por mais que à dor resista, Que
apartamento. Conta he esta, que nunca o pensamento, Com a
apartamento; Esperay, que não pode durar muto Vida tão
260
SAM71
SLA93
SMO89
SMO89
SFA87
SFA88
SMO10
SMO11
SLA77
SLI26
SAM46
SFA53
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SMO81
SFE80
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SFE70
SAM20
SSA92
SFE80
SMO89
SAM33
SAM23
SFE34
SAM14
SFU37
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SAM58
SMO83
SMO89
SFE78
SAM4
SAM52
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SAM23
SMO49
SAM43
SMO19
SAM76
SMO83
SFE34
SMO32
SFE75
SMO35
SFU85
SFA87
SFA87
SMO67
SFU85
SAM4
SHE100
SSA68
SMO61
SMO61
SMO11
SLA93
SFU37
SAM76
SLA12
SAM41
SHE100
SMO49
SAM52
SAM7
SAM52
SAM46
SMO5
SLI62
SAM91
SMO32
SLA99
SAM31
SHE100
SFU21
SAM98
SLA28
dias de continua tempestade, Dez mil horas de duro
que deixaste escurecidos, Os brazões altos, e altos
Verde, e robusto; apenas o tocava O brando vento,
aquelle Freixo no alto monte, Verde, e robusto;
doçura Effeito he, que pertença a esse elemento?
a Armonia (Que he parte, que anda co a brandura
haveis tardado, desenganos, Vindes hoje de novo
revolveis; e eis tudo errado. Quem vos vir,
vejo, admirome, mas quando Te escuto, em tanto
namorada Amores canta jà, queixas não chora.
versos, por quem o auxilio espero, Mais que d'
por mais que digas, Vè, quando escreves, outro
agouro) Remendarme a cabeça outra porfia. Mas se
He Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza, he
hora à orelha, a ver se o digo. [SMO81]
Se o que a• Galanta quer, quer o Galante.
(Contra o que dizem: Nem de barro à porta)
o Sol nado, Antes da bella Aurora haver nascido?
fermosura. Mas conhecendo jà, quam pouco dura,
a Amor rendeste, Livro de Deus, que em Deus tanto
dezejo: Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo
vento, apenas o deixava De abraçar pelos pès
Custosa. SONETO XXXIII. Amoroso. Emfim que
partese, e caminha por tal arte, Que câ vos deixa
mercè? A mi, que mais forçado que em galê, D'
Queixa, e Enveja. SONETO XIV. Amoroso.
depois de bautizada. SONETO XXXVII. Funebre. D'
da Eternidade, Esta, para cerrar bocas da enveja;
darte; Que não fizesse com mais culto, e arte
lhe dura Do erro este costume, a o mundo dado; Ser
da Ambição. SONETO LXXXIX. Moral. Vivia
a cabeça outra porfia. Mas se Apollo inda he
sempre avaras, Quem vence humilde Fado: este, ou
Paredes: vos guardais os resplandores D'
engrandecera, e eu prezára. Mas que merece
Mas quem cuidareis vos, que he, o que parte! Parte
me arruino. Nem me fez do que sou perder o tino
sinal tal fermosura. Fermoso esprito pareceis d'
Poes se para os amar, não foram feitos, Senhor,
Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas D'
Mundo incerto. SONETO LXXXIII. Moral. Eis
muy bom he Zombar, mas não jà tanto, como•
que estava na Corte. SONETO XXXII. Moral.
Mas eu que digo? solto o tão sublime Discurso ao
V. De ti? T. O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he
se honrasse. Mas poes Agua tambem, qual Terra,
he, que pertença a esse elemento? Apenas pos o
he do campo a graça, e fermosura Que devemos ao
Senhor, que âs alimarias Da Terra, da agua, do
Os feitos competindo, e acrecentando. Gozoute o
IV. Amoroso. Senhora: se não levo às vossas
templo De hum magnanimo Afonso, que se aclama
ver se, assi melhor, vos obedeço. / [SSA68] Ao
Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte,
LXI. Moral. Onde me acolherei? Tudo he tomado!
a tres, e quatro a quatro, Entrão de flamas tacitas
da esperança, Fenis, das chamas, em que estàs
alli estâ; jà dos melhores Espritos requebrada; e
e no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego
Sà, foras prezente; Poes o que não rendéra o rayo
foy sem duvida, o primeiro Maltratado das mãos do
se veste, e se arma a Toga; Com suas firme, e
de ditoso: Tem me os enganos jà tão
alma guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles
olhos duvidada, Pois mais que a sombra esconde, o
eu nelles ardo? Não guardais, acendeis mais meus
a sy: se a my foy fero. Não temais abrazarvos dos
as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda a voar do
SONETO LXII. Lirico. Esses Mares, que vejo, essas
repetindolhe o bramido Na branca praya, humida,
mancebo, folgais de andar na Corte: Câ vos tenho
que porfido e alabastro. Mas qual será o epitafio
Cos parabẽns da Madre vossa Tia [SAM31]
nossa Palestra Onde o Sago se veste, e se
no combatido Castello; postra seu contrario
tragedias repetidas Entende, que enobrece as duras
/ [SLA28] Elogio a hum Livro de destreza das
apartamento, Quarenta mil instantes de tormento, E hum
apellidos Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa gloria•. Tu
apenas o deixava De abraçar pelos pès aquella fonte. Tão
apenas o tocava O brando vento, apenas o deixava De abraçar
Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das flores colheu cheiro
apensa) Me defenda tambem, de tanta offensa, Que he muita jà
apercebidos; A troco de vos ver tão prevenidos, Douvos por
Apetite disfarçado, Digno vos julgarà de reverencia, E a vos
aplauso e fama creces Que os dobrados affectos, que mereces
Aplauso se tornou, o que era espanto, Resucita o prazer antes
Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes de Flerida diante
Apollo escrito. Là te mando os teus versos, que mandarão
Apollo inda he aquelle moço louro, Eu fico que elle chante na
Apollo? ou já he Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se
Apologo da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a
Aposto que em Coimbra algum letrado Disse que foi de Deus
Aposto que inda soes, como ereis d' antes. [SFE75] Varia
Aposto que vos traz Dona Joana Hum alegre recado, que em
Appella a vosso grão merecimento, Crendo que em vos, como
aprendeste, Que o que era Deus, aos homẽns ensinaste. Poes
aquella de ser linda, que espante. Agora manquejardes de
aquella fonte. Tão soberbo despoes levanta a fronte, Como
aquella hora he jà chegada, Que atê nos passos tras preço, e
aquella illustre parte, Que não terà melhor, nem melhor tinha
aquella, que não passa desde alli, Jà nem para homem de
Aquella Fè de tantos maltratada Foge da sem razão, e em vos
Aquella flor, que tanto em flor cortada, Chorais; ò não
Aquella, para abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o
Aquella suspensão tão comedida ? D' essa alta gloria, que
aquelle caminho mais errado O que he de mais passage, e
aquelle Freixo no alto monte, Verde, e robusto; apenas o
aquelle moço louro, Eu fico que elle chante na enxovia O
aquelle; O deixai que a fortuna me atropelle, Que tão grandes
aquelle proprio Sol, que eu n' alma guardo: Poes que guardais
aquelle, que declara Por magoas naturaes seu sentimento
aquelle, que sò partir convinha. He verdade que parte, e que
Aquelle assombramento de ditoso: Tem me os enganos jà tão
aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra; Mas
aquelles olhos soberanos, Porque por tantos modos mais que
aquelles, por quem são de vos choradas! Mas choradas de vòs
aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva a gente ao
aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi? Huy senhor! isso quer
Aqui me tem de vos tão apartado•, Ah senhor Dom Antonio, a
ar; e vou pegar da pena, Para escrever tão simples catorzada
ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem
Ar, Fogo, He força que te goze: O quem pudera Fazer como
Ar hum leve alento, Que das flores colheu cheiro, e frescura
Ar, no movimento? Tal, se passando vai por teus primores A
Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto
Ar, teu nome publicando Em acordados ecos sonorosos, Onde
aras Hum sacrificio igual; levo por elle Hum impossivel tal
Arbitro do feliz, e infeliz astro. As materias deixai, tomai o
Archanjo são Rafael, pedindolhe dirija sua molesta navegação
arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella mais
Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a
ardendo Astutos Palladioens em simples Troyas. Quem
ardendo, Do Amado, o amado exemplo, hoje imitando
ardendo em lumes De hum Amor, cujas linguas são louvores
ardente, As deposita o sol, em conchas brutas. Mas lagrimas
ardente, Bem o rendéra a Musa levantada. Em quanto viva o
ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio
ardente insignias, roga A vossa planta, como á vossa destra
ardiloso, Que primeiro os conheço, que imagino. Dexa• poes
ardo? Não guardais, acendeis mais meus ardores. Crecem
ardor revella. Em vão logo serà, se pretenderdes Dissimular
ardores. Crecem prezos os rayos vingadores, Certo effeito
ardores De seus olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as
arduo ao impossivel: E para me perder de muitos modos
areas, Rompi, pizei, beijei hoje hà sete annos: Sete servi
arenosa Hum eco, que na penha cavernosa Durou
arguîdo, e desculpado. Deixai sò para mi, pena e cuydado
argumentoso Que declare as emprezas gloriosas, Do Ithaco
Arismetica da auzencia. SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da
arma a Toga; Com suas firme, e ardente insignias, roga A
armado: Rendase hoje a seu braço, que he forçado, Pois
armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera
Armas, composto pello General Diogo Gomes de Figueiredo
261
SMO50
SLI90
SFA88
SAM91
SFU21
SLI62
SFE30
SFE78
SFE39
SFE39
SHE38
SMO49
SAM58
SLA56
SAM23
SLA72
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SMO67
SAM47
SFA51
SFA53
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SMO44
SHE38
SFA88
SAM98
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SFA88
SLA18
SAM71
SMO5
SAM4
SAM55
SMO44
SFU21
SMO50
SLA18
SAM66
SFU64
SMO32
SLA93
SAM46
SAM60
SMO32
SHE42
SFA51
SSA63
SFE70
SAM96
SAM48
SAM76
SFA53
SMO73
SMO82
SAM6
SAM76
SSA68
SFE13
SMO5
SMO44
SLA94
SFE13
SFA53
SAM60
SAM2
SMO44
SHE38
SHE38
SAM4
SMO67
SAM71
SAM48
SAM76
SMO44
SHE100
bellissimo, junto à sepultura. SONETO L. Moral.
que não pode hum seculo de pranto, Hũa sò hora de
todo o Santo dia. E pois que tem tal mão para a
Batia em hum penedo da agua erguido Lá na serra da
foy, que triunfador tem sido. No constante
os Fados nas vozes das Sereas. Tantos hà, que
sor Catuxa, Cuma tia Abbadeça, como hum ouro.
mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum dia (
prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se o
que me espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia, do
ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S. pello sucesso
por enganoso: Saibao, quem folga, e vè que me
de louvor darte; Que não fizesse com mais culto, e
me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d'
e que caminha, Mas partese, e caminha por tal
se comparte, He Vitruvio? ou Platão, lendo sua
de Fili agora, Que em quantos triunfos, pode darte a
que lhes puzestes ordinarias; E logo vejo, quantas
ribeira entre a frescura; Dorme o prado; e das
entre as lagrimas, que escuto; Pois desta casta de
Que direi eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò que
Homero escuto, em versos inauditos; Chore Grecia,
acave. E poes que da republica sonora Entre
o Poëma Epitalamico, dito, Templo da Memoria, em
se ja as flores; A planta seca estâ, mortas
terras, e mares, Sem provar forças mais que
Não gaste seu valor, por vãos caminhos; Jà que
fulminar tragedias repetidas Entende, que enobrece
Mas qual será o epitafio argumentoso Que declare
por vãos caminhos; Jà que as defensas lè, jà que
em versos inauditos; Chore Grecia, as Athenas, e
hospicio, jà chegado; As carrancas despoes, e
me fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra
tal, que o vencer delle De novo ao Mundo sei, que
mil serão sufridas. Vivei por ambos vos: porque
os teus enganos; Dalhe licença, murchem se ja
Morte ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto
razões mais rara. Tu, que vives triunfante sobre
e as Espartas Vivão vossos escritos sobre
Ancias hà muito que conheço impias; Mas vendo
assi na morte, assi na vida Pagaste como culpas
sò para mi, pena e cuydado, Que essas sò são
injuria, ou qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste
De seus olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca
O não te queixes! Fiquem te embora os gostos, e
tendes, não tem nada, E tem muito d' essoutro, que
De lastima lhe dà: e se algum dia Das envejas
Escolhei dos perigos os melhores (Se podeis) entre
largo amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo
a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar
dado; Diâmante que quando mais guardado D' entre
por ser mais fermosos; dos mais bellos As cores, e
vòs, que mais queridas As vidas podem ser ? que
queres de mi, que assi me obrigas? A ti, que tẽns
que todos monta. [SMO73] Em dia de Cinza, sobre
vosco ande advertida? /
[SMO82] Conta com
pedio? E os brancos dentes, Por quem trocàra
chorava. SONETO LXXVI. Amoroso. Esperdicemse
que do porto, dino: Socorrey, e guiay, entre
E não sois sò Demonio para os ratos, Mas para
Sortes a seu mandar, em que escolhera, Contra
olha esses marmores agora, Cinzas jâ são,
vas sacrificando. / [SLA94] Em a mesma acção
qualquer d' essoutros mentecatos) Que das plumas
não tenhão dito? Direi sò que as afagues, e que
de meu custoso desbarato. Os anos, os suspiros,
tantos os males padecidos Da Fortuna, e do tempo
temer o Mundo hũa hora As leis, que teus desdẽns
Rendido a vossas obras singulares, Que inculca
singulares, Que inculca às gentes sabias, como
SONETO IV. Amoroso. Senhora: se não levo
SONETO LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor, que
e incertezas, Do fraudulento hospicio, jà chegado;
modos, Que por ser mais fermosos; dos mais bellos
e no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente,
Diràs: que por temer o Mundo hũa hora
que se aclama Arbitro do feliz, e infeliz astro.
Armas do Amor, Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre
armonia acave. E poes que da republica sonora Entre as aves
Armonia (Que he parte, que anda co a brandura apensa) Me
Arrabida viçosa Irado o mar com força temerosa, Do fero
arraial, no combatido Castello; postra seu contrario armado
arrastando crueis cadeas, Não guardo ovelhas, mas aguardo
Arredo và de nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira inda
Arredo và de nòs o sestro agouro) Remendarme a cabeça
arrependimento da ouzadia Não nasceo, que me espanto que em
arrependimento? / [SFE40] Responde a hum amigo, que
arriscado de sua viagem maritima. SONETO XXXVIII. Heroico
arruino. Nem me fez do que sou perder o tino Aquelle
arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa alta gloria
arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o
arte, Que câ vos deixa aquella illustre parte, Que não terà
arte? Se escreve, he Palatino, ou he Morante? He Diafanto
Arte. [SAM91] Metafora Alegorica. SONETO XCI. Amoroso
artes varias O Homem racional, provido, e astuto, Poem em
arvores agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a
arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A
as afagues, e que as sigas; Que a fê que mais de hum par, por
as Athenas, e as Espartas Vivão vossos escritos sobre as
as aves pretendes sinalarte No Musico louvor da branca
as Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal. SONETO XCVII
as cores: De que serve encantar no vidro, os annos? Se lhe
as das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego amoroso de hũa
as defensas lè, jà que as entende. Ouça os corvos, tambem
as duras armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo
as emprezas gloriosas, Do Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? /
as entende. Ouça os corvos, tambem cos passarinhos: Que a
as Espartas Vivão vossos escritos sobre as gentes; Que em
as estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se hum
as fadigas do dezejo. SONETO V. Moral. E quem me
as farà raras. Com mãos vence de gloria sempre avaras
as feridas Nunca podem matar, que não tem cura. Menos fora
as flores; A planta seca estâ, mortas as cores: De que serve
as gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia
as gentes, Nota (pois te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a
as gentes; Que em fim, quem conhecer vossos escritos, Não
as graças, por quem vou perderme, Meu martirio•
as grandezas, Que por premios os Ceos quizerão darte. O
as guardas, do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da
as honras da memoria A dezejos mais nobres, mais cumpridos
as humildes lagrimas tem medos. Se emfim vos abrazarem
as idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que este
as impede.
[SAM33] Alegria Custosa. SONETO XXXIII
as lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas o pranto. Sempre
as lagrimas, que escuto; Pois desta casta de arvores de fruto
as leis do certamen da Conceição. Celebrado em Lisboa, e
as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de hũa
as mãos de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que foi
as medidas, desprezastes. [SMO49] Escarmento prevenido
as mortes dadas Por lagrimas tão bellas repetidas
as Musas por amigas, Que louvor te hà de dar meu fraco grito
as palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà
as perdidas esperanças. SONETO LXXXII. Moral. Tende mão
as perolas, que chora? Mas que espero de ver dias contentes
as perolas, que hà mutas, Lucinda, no Occidente, e no Oriente
as porfias Dos erros, e das sombras, que ignorante O desvião
as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em
as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda a voar do arduo ao
as que colunas erão. Ora sente, se quer, qual pêdra os dias
as Religiosas do convento. SONETO XCIV. Laudatorio. Salve
as rosas dos çapatos Não teve Portugal, tal Dom Antonio
as sigas; Que a fê que mais de hum par, por mais que digas
as verdades, Tudo là te entreguei; fiel, cego, e mudo: Outra
ás gentes dados; Não me estranhe ninguem, que meus cuidados
às gentes derão, Com razão de ti mesma, hoje te fias
às gentes sabias, como às rudes. Passeai poes o Mundo sobre
às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a Fama, E desde vos
às vossas aras Hum sacrificio igual; levo por elle Hum
âs alimarias Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto
As carrancas despoes, e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci
As cores, e as medidas, desprezastes. [SMO49] Escarmento
As deposita o sol, em conchas brutas. Mas lagrimas celestes
As leis, que teus desdẽns às gentes derão, Com razão de ti
As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a os contrarios
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SMO84
SAM6
SAM76
SFE75
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SFU64
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SAM46
SAM71
SFU21
SAM31
SAM66
SAM31
SAM31
SAM9
SAM41
SAM9
SMO83
me hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro,
boliçoso? Verei os olhos, donde o sol fermoso
choradas! Mas choradas de vòs, que mais queridas
faltarà pois quem ma estime: Que a palha para o
ô triste estado! Se hum bem, que se alcançou, custa
hoje por honrar teu santo dia, A feminil piadade
o valor do mais constante brio Escape d' acabar, do
que fosse de vos tão desprezada. Mofino era eu
me não siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga,
V. Es velho astuto. T. Erro sem dano meu? V.
Torno a cuidar despoes que inda apartado Quem me
de ser vingado Ver quam mal da mudança se
só este vai trilhado; Mas se, por ser trilhado, me
tempo esquecimentos mande. Poes para ti tal nome
se conheceo (e com verdade) Que era peor, haverse
do mal, que o atormentava, Sem licença do mal,
temor he desconcerto; A quem passar avante,
em sangue, e esprito, Tu que queres de mi, que
com elle hoje fizera, Que me não vira em quanto
poes• Homem tal sou, me façais Fera, A ver se,
seu muro, Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado
tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi na morte,
partome enfim, Senhora minha, O Fado o quis
a verdura; a neve he sò sobeja, O triste inverno,
Nem me fez do que sou perder o tino Aquelle
competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta do
Disso, graças a Deus, sois vos bem rica. Mel, e
Agora nem do templo es temerosa. [SAM43] Por
Candea, nem cos dedos atiçada: Grilhão, que vos
Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e infeliz
quando nas palestras peregrinas Te vejo confiado,
quantas artes varias O Homem racional, provido, e
he meu fruto. T. Es molher descuidada? V. Es velho
e quatro a quatro, Entrão de flamas tacitas ardendo
Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? / [SHE100] Por
importa, Se May fostes, con rayos semelhantes E
Emfim que aquella hora he jà chegada, Que
cortez no mundo se acharà, Correndo de Cascaes
esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto essa voz,
mais amiga, Assaz de pouco faço em padecella.
a tem multiplicado, Quando somar a quer, vai muito
escuto, em versos inauditos; Chore Grecia, as
agourar, rato, que fura, Candea, nem cos dedos
se se aguarda, Ou se compra co a dor, com que
muito, ella o callava: Mas vencido do mal, que o
que não teve. Que mal se atreve, quando a vos se
Aos centros da ventura, que não teve. Que mal se
choreis mortal ferida; Que a Morte contra humanos
quizerão darte. O Morte contra os bõns sempre
jà irmãns e unidas. Sejão, se querem, contra mi
SONETO VIII. Amoroso. Como voaste, ou cego, ou
Fado: este, ou aquelle; O deixai que a fortuna me
qual subio Mario Dizes que espere; ou bem jà como
por novo Imperio, Digno de Cesar he, digno de
reprezenta, Com que por vossa Pena a Patria
chega fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa
o Mar; e estâ contente agora: Trocouse o vento em
carregada, E o manto azul vestio, da branca
pretendes sinalarte No Musico louvor da branca
ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem a
donde vistes vos ser o Sol nado, Antes da bella
sucessora. Jà quando• esta manham bordava a
Irado o mar com força temerosa, Do fero sopro do
grandeza aos pequenos se dispensa, De lhe dizer ao
Ao sabio varão Diogo de Paiva de Andrade,
para nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e o
SONETO XLVI. Amoroso. Doces versos, por quem o
saudade, Hà, despoes que parti essa Cidade, Se à
as gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e
Fermosa Lici, em vão pretende o Fado; Porque a
he acabar no amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ
somar a quer, vai muito atento. Riamonos da
da Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica da
Compres a gloria, a pezo da ruina. [SAM9]
Anno esteril de Amor, que passa inteiro,
que se algũa hora Mais vos pedir, mandeis que viva
tanto temor he desconcerto; A quem passar
As perolas, o nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy, que
As portas da manhãa mais cedo abria, Mas em chegando a
As vidas podem ser ? que as mortes dadas Por lagrimas tão
asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da gente honrada. /
asperezas, Que custaria hum bem nunca alcançado? /
aspira a tanto, Que com victima nova o altar florece
assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda
assàz por mi somente, Sem ter por enemigo a hum venturoso
Assaz de pouco faço em padecella. Atê nas proprias queixas
Assàz tẽns dado T. Ay, Vida, como passas? V. Perseguida. T
assegura a mi, de que o estivera? Se para sempre amar
assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi
assegura? Não: que desdo principio hà que lhe dura Do erro
asseguraste Que eterno vivirà teu nome grande Tanta vez
assi comigo. Hora os que forão votos, sejão cantos, Que eu
assi dezia: Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives
assi lhe importe. Que farei logo incerto em mundo incerto
assi me obrigas? A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que
assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle
assi melhor, vos obedeço. / [SSA68] Ao Archanjo são
assi na morte, assi na vida Pagaste como culpas as grandezas
assi na vida Pagaste como culpas as grandezas, Que por
assi, que nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que he, o que
assombra ao claro estio. Hora se servirà de ser vingado Ver
assombramento de ditoso: Tem me os enganos jà tão ardiloso
assombro foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao Mundo
assucar? são cousas da botica. Coscorões? são peores que
Assunto academico se mandou celebrar o Nascimento de hũa
assusta eternamente Negro boçal, e mais boçal ratinho, Que
astro. As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a os
astuto, e forte, Parece certo que a contraria sorte Entre a
astuto, Poem em obrar ingrato, e resoluto, Obras, que a
astuto. T. Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida
Astutos Palladioens em simples Troyas. Quem enganas, ò
Asunto Academico se offreceu a El Rey Nosso Señor o
atè sogra, que agora vos conheço (Contra o que dizem: Nem de
atê nos passos tras preço, e ventura, Tão merecida de hũa fé
atê Pegû. Tende dos vossos consoantes dò: E quando d' essa
atê que possa tanto, Que o que não pode hum seculo de pranto
Atê nas proprias queixas meu destino Quer, que a vosso
atento. Riamonos da auzencia, se hà lembrança; Se hà
Athenas, e as Espartas Vivão vossos escritos sobre as
atiçada: Grilhão, que vos assusta eternamente Negro boçal
atormenta. O que bem disse contra seus enganos Seneca
atormentava, Sem licença do mal, assi dezia: Corre alegre
atreve, Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se com
atreve, quando a vos se atreve, Dos grandes, hoje, a Enveja
atrevida, Contra o divino nunca foy ouzada. Essa flor, esta
atrevida! Mas que muito, se vives das proezas, Que morras
atrevidas, Porem não contra a vossa fermosura. Se vos
atrevido A impossivel tão grande, ò pensamento? O vento te•
atropelle, Que tão grandes vitorias não são caras! Gloria vos
Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a justo Monarca
Augusto; Porque hum peito real, alto, e robusto Pede esfera
aumenta Meritos nas desgraças sepultados. Tal, acção para
aura, essa doçura Effeito he, que pertença a esse elemento
aura socegada. Despiose o Ceo da sombra carregada, E o
Aurora. A flor, que no botão com medo mora, Rompe gentil
Aurora; Canta, que viràs mais a levantarte, Comedindo o
Aurora Graça sempre pedio? E os brancos dentes, Por quem
Aurora haver nascido? Aposto que vos traz Dona Joana Hum
Aurora, Triste sombra o roubou, da agoa, e verdura. Repouza
Austro embravecido. Responde repetindolhe o bramido Na
Autor desta defensa, Que nos defenda todo o Santo dia. E pois
Autor do Livro, que se intitula Casamento perfeito. SONETO
Autor prezo. SONETO LIV. Heroico. Não sei, se soes Senhor
auxilio espero, Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide
auzencia faz a conta o pensamento; Porem quando lha ajusta o
auzencia: Mas pois tão nobre vida tens roubada, Para que
auzencia reparte o seu cuidado Pelo valor do proprio
auzencia saberão valerme: Nada vejo, que possa socorrerme
auzencia, se hà lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo: E
auzencia. SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da fê tão nobre
Auzencia breve, mas custosa. SONETO IX•. Amoroso
Auzencia o Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca
auzente, E me aconselhe là co a minha pena. / [SMO10]
avante, assi lhe importe. Que farei logo incerto em mundo
263
SLA36
SAM4
SSA65
SFA53
SAM55
SFE75
SLI90
SMO67
SHE38
SAM47
SAM96
SAM96
SLI90
SFA88
SMO35
SHE100
SLA93
SFU85
SLI26
SFA51
SFE75
SMO49
SFA53
SAM60
SAM96
SLA12
SFE75
SLA74
SSA86
SAM6
SAM47
SAM66
SHE79
SMO57
SHE79
SAM91
SAM91
SFU37
SSA86
SSA86
SSA92
SFE70
SLI62
SFE70
SAM7
SAM66
SAM20
SAM76
SSA86
SAM58
SMO50
SMO19
SAM43
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SHE54
SMO50
SSA68
SAM48
SMO84
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SMO82
SFE13
SMO69
SAM58
SMO69
SMO16
SFE78
SFE78
SMO84
SAM71
SAM33
SFU21
SLA94
SMO5
SAM43
SMO10
SAM71
era caso, fez ciencia, Documento geral, da sorte
as farà raras. Com mãos vence de gloria sempre
o Mestre intenta? Como se antes ouzada, hoje
os teus versos, que mandarão Callar os meus. Que
o dito he pouco escuro: De que serve matar hũa vil
pois quem ma estime: Que a palha para o asno,
ou grave: Levanta,• esforça, alenta, ò feliz
que âs alimarias Da Terra, da agua, do Ar, Peixe,
maritima. SONETO XXXVIII. Heroico. Senhor:
das ondas, descuidado. O Principe, o Pastor, o
foi vendido A quem, em ferro o tem mal engastado;
No valor; se ante vos não valem nada Zafir, Perola,
acave. E poes que da republica sonora Entre as
Que he muita jà, se vai de zombaria. Se os
V. Jà te escuto. T. Prometes de me crer? V. Falla
os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a Fama
Salve, ò tu, que de tanta antiga historia Dos
Poucos anos, mas todos gloriosos; Dos illustres
Despiose o Ceo da sombra carregada, E o manto
dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que do
estando na America, e perturbado no estudo por
XLIX. Moral. Como me eu vi voàr com desatino Da
e de elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão,
tão cedo me desato. Acaba poes de crer, não dâs
convertido Perola sem igual, pouco estimada Do
escreves, cantas tão valente, Que parece que o
na America, e perturbado no estudo por bayles de
que agora vos conheço (Contra o que dizem: Nem de
candida abundante, Para vos, para o mundo tão
contentes, Se para se pagar de gosto hũa hora, Não
Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura He do dia,
vez, por falso pensamento Mostra os socorros, e à
Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste Primeiro
O vencimento dos mayores danos: Vence, sem
Heroico. Qual quizeste primeiro, ô illustre Conde?
ja que se estremece A firma penha, donde o Mar
Metafora Alegorica. SONETO XCI. Amoroso.
D. da morte de hũa sua Filha morta pouco depois de
sic super fontem. • SONETO LXXXVI. Sacro.
bastante, Que toda a sede eterna, a não termina.
que illustraste, Aguia, que ao immenso sol, a luz
a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir
Esses Mares, que vejo, essas areas, Rompi, pizei,
Huy? donde vistes vos ser o Sol nado, Antes da
se encobre, entende della. Pode do Sol a claridade
me evita: E emprenhandome mais o entendimento,
Crendo que em vos, como no Firmamento
podem ser ? que as mortes dadas Por lagrimas tão
ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna De
quando eu bem fizesse em declaralla, Dissera tua
Nota (pois te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a
vive nos mas altos peitos? Porque, senhor, tanta
a honrar a natureza; Como tambem do Ceo, vossa
se preza Abril, Mayo se ufana, Que em vendo essa
Leite a Razão vos dê: e o choro breve A Piedade. A
Fermosura, e Morte, advertidas por hum corpo
Celestial, Norte divino Primeiro Tifis, Palinuro
modos, Que por ser mais fermosos; dos mais
bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu
crecerdes de hora em hora. Tanta estrella tenhais,
eu que estaveis vòs guardadas Em my, para outro
Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora
Ou se compra co a dor, com que atormenta. O que
Melhor declarei mudo o alto modello: Mas quando eu
subir, qual subio Mario Dizes que espere; ou
de modo o vosso engano, Que a todos o meu mal,
Feitos a semelhantes Giovenetos, Me teem feito
semelhantes Giovenetos, Me teem feito bem mal, e
mais rico fuy, que afortunado? Por ti todo o meu
que se alcançou, custa asperezas, Que custaria hum
rogada Da viva saúdade, que ainda• dura. Hora
nunca d' outro braço foi rendido. Rendido estâ;
co a gloria em tudo parecida, Donde não falta o
E quem me compusera do dezejo, Que grande
Fermoso esprito pareceis d' aquelles Nuncios do
roubarãome os sentidos: Se alcançallos quereis,
Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se hum
avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado Os louvores
avaras, Quem vence humilde Fado: este, ou aquelle; O deixai
avarenta Se mostra a planta, que por longo prazo O bravo
avaro intento esconde Tal fonte de doçura, e de elegancia
ave, E perder, por matalla, a melhor seta? / [SLA56]
ave hè de pena, Fallando com perdão da gente honrada. /
ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que o que não pode
Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys
Aventurar por novo Imperio, Digno de Cesar he, digno de
Aventureiro Logrão da paz, que falta ao meu cuidado: Tal
Aver que por se haver em vão achado Em pastas de carvão
Aver, Rubi, Diamante. [SLA97] Celebra o Poëma
aves pretendes sinalarte No Musico louvor da branca Aurora
avexados defender pretende, Não gaste seu valor, por vãos
avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T. Essa é
avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga, Prezandose
Avòs, que deixaste escurecidos, Os brazões altos, e altos
Avòs, sempre famosos, Os feitos competindo, e acrecentando
azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão com medo
bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro fino Nem
bayles de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove
baixa sorte, para o estado honroso, Logo o voo julguei por
Banho espero que seja aos tempos, onde Venha o Mundo a
barato O resplandor da gloria tão fingida: Olha a que grande
barbaro boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi do mar
Barbaro, igualmente Venera a Tuba, que temeo a espada
Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove; a luz, e o
barro à porta) Aposto que inda soes, como ereis d' antes
bastante, Que toda a sede eterna, a não termina. Bebei, que
bastão mil idades differentes? [SAM7] Conhecendose a hũa
bastarda sucessora. Jà quando• esta manham bordava a
batalha incita: Mas se della me valho em meu tormento
batalhar, como nos deste A Vitoria, sem vermos, como, ou
batalhar; que os desenganos Dão pezada vitoria, e triunfo
Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste Primeiro batalhar
batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao
Batia em hum penedo da agua erguido Lá na serra da Arrabida
bautizada. SONETO XXXVII. Funebre. D' Aquella flor, que
Bebei confiadamente, Esposa dina Dina desta agua candida
Bebei, que he tão potente, he tão benina, Que o humilde eleva
bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste, Mundo das
beijar as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de
beijei hoje hà sete annos: Sete servi, sete perdi, tiranos
bella Aurora haver nascido? Aposto que vos traz Dona Joana
bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada; Mas nunca ser dos
Bella, e amavel Urania me acredita. [SMO67] Considera a
Bella pode viver, e estar segura. Que a Rosa viva là, de Rosa
bellas repetidas ? [SLA77] Em resposta a hum Elogio
Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus nasce, porque o
belleza, e meu desvello; Quanto he mais adoralla, que contallla
belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum amante da variedade
belleza junta, Tanta graça; e tal ser lhe foi detado*, Qual
belleza Nasce a vencer da terra a sombra escura: Rompe o
belleza soberana, Do prado se acolhia vergonhosa. Conhecivos
Belleza vos dè, a Enveja: Tanto vivais, que me possais ver
bellissimo, junto à sepultura. SONETO L. Moral. Armas do
bello, Guiador de Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho; do
bellos As cores, e as medidas, desprezastes. [SMO49]
bem, agouro! Porque com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo
bem como agora Com vosco nasce a ser da noite espanto
bem de larga dura; Mas jà sey, contra si que mal procura
bem digo eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom Antonio, em
bem disse contra seus enganos Seneca, quando diz: Que o bem
bem fizesse em declaralla, Dissera tua belleza, e meu
bem jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a
bem lhes pareça. [SAM17] Porfia infelice. SONETO XVII
bem mal, e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum
bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum dia (Arredo
bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem
bem nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta a hum Elogio
bem pode vir, e estar segura, Que hà de ser possuida, e
bem podes, Morte ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto as
bem, por ser gozado. Desta flor, desta Estrella, celebrada
bem, que grande paz me dera? Ou (por força) com elle hoje
bem, que o Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos
bem que são idos, Buscayos pelo rastro dos meus danos. O
bem, que se alcançou, custa asperezas, Que custaria hum bem
264
SMO69
SFE25
SFE40
SMO10
SAM52
SAM9
SMO82
SLA12
SFE25
SSA86
SHE54
SFE30
SAM14
SAM14
SFE40
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SFE40
SLA28
SLA28
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SAM6
SMO59
SFE34
SMO3
SLA74
SFU64
SAM47
SMO89
SLI29
SLI29
SLI26
SFE25
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SFU64
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SAM98
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SMO81
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SAM91
SAM6
SAM98
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SAM6
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SSA65
SLA93
SHE54
SAM9
SMO69
SAM48
SAM9
SSA65
SMO61
SSA86
SAM76
SMO67
SMO67
SFE30
SMO10
SMO59
SLA56
SMO83
SFE70
SHE100
SFU37
SFE80
contra seus enganos Seneca, quando diz: Que o
benções aos pares, Disso, graças a Deus, sois vos
mais que inferno escura, Fresta pequena, grade
A troco de vos ver tão prevenidos, Douvos por
e amay divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas
IX•. Amoroso. Senhora, neste breve apartamento
hũa ventura, De quem fostes na vida sustentadas.
prezente; Poes o que não rendéra o rayo ardente,
Prima, não façais esgares? Porque de graças, e•
a não termina. Bebei, que he tão potente, he tão
nasce a ser da noite espanto. Tende a Terra por
isto algum Mouro? Que vos ande a zunir, como
em fim para vos, desesperada. Pobre da Fè tão
Pobre da Fè tão boa, e tão prezada Por
Grilhão, que vos assusta eternamente Negro
Perola sem igual, pouco estimada Do barbaro
que vos assusta eternamente Negro boçal, e mais
chaves serão da Eternidade, Esta, para cerrar
para cerrar bocas da enveja; Aquella, para abrir
Epitalamico, dito, Templo da Memoria, em as
o esperar, veja algum dia Soltos a o brando vento
vou? donde venho? donde ando? Tudo he culpa, ò
XXXIV. Festivo. Meu Senhor Dom Antonio, muy
O desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho de
/
[SLA74] A hũa senhora, que estando de mũy
premios os Ceos quizerão darte. O Morte contra os
dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta manham
soberbo despoes levanta a fronte, Como Pavão, do
quam mal da mudança se assegura A fonte, o rio, o
Da que mais verde entre esmeraldas seja; Horido o
azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no
sois vos bem rica. Mel, e assucar? são cousas da
lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não
ver, e vencer mais altamente; Poes se là vence o
certo que a contraria sorte Entre a vontade, e o
merito primeiro, que da Morte, A vida te cortou o
a seu braço, que he forçado, Pois nunca d' outro
O bravo Mar pizou, qual campo razo, Em virtude do
postra seu contrario armado: Rendase hoje a seu
outra morte? Prepâra para darme, hum novo corte
do manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos
pizada; e escarnecida A ambição; cada qual de longe
e errou. Eu vendo seus empregos Tão sem ordem,
temer pudera Sidónia altas colunas lhe offrecera E
/ [SLI26] Vinda dezejada. SONETO XXVI. Lirico.
do Austro embravecido. Responde repetindolhe o
Ceo da sombra carregada, E o manto azul vestio, da
as aves pretendes sinalarte No Musico louvor da
embravecido. Responde repetindolhe o bramido Na
testa, a quem a Aurora Graça sempre pedio? E os
co' a força do aço forte Medir a condição da
no alto monte, Verde, e robusto; apenas o tocava O
Por premio de o esperar, veja algum dia Soltos a o
/
[SLI90] A hum Roixinol. SONETO XC. Lirico.
mão para a Armonia (Que he parte, que anda co a
Se mostra a planta, que por longo prazo O
historia Dos Avòs, que deixaste escurecidos, Os
força he que vibre) Leite a Razão vos dê: e o choro
custosa. SONETO IX•. Amoroso. Senhora, neste
de Reo injusto: E a Claudio entronizado a
Amoroso. Olhos, vos soes, quem nessa esfera
a gloria, a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia
qu' he da tormenta Nas mansas aguas d' esse
o fermoso, Sem que o valor do mais constante
renaça. Fonte de graças, que com graça eterna
ou pego ardente, As deposita o sol, em conchas
âs alimarias Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave,
acredita. [SMO67] Considera a ventagem, que os
nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira inda sois
sentidos: Se alcançallos quereis, bem que são idos,
SONETO LIX. Moral. Eu que faço? que sei? que vou
Não canto não; humilde rogo ao vento, Torne a
importe. Que farei logo incerto em mundo incerto?
que estas como corrido, De não nos virdes logo
sobre a Pedra, que tem por sua Empreza. SONETO
mostrarse, foyse agradecida, Por ser là mais que
por ter tanto aleijado Com tudo eu creo (
bem, que tarda, Mais lastîma, que o mal, que se exprimenta
bem rica. Mel, e assucar? são cousas da botica. Coscorões
bem segura, Porta sò para entrar, logo fechada; Cama, que
bem tardados tantos annos. Tardastes; e entre tanto estes
bem vistas paredes. SONETO LII. Amoroso. Paredes: vos
Bem conheço, por mais que à dor resista, Que sempre o não
Bem cuydei eu que estaveis vòs guardadas Em my, para outro
Bem o rendéra a Musa levantada. Em quanto viva o circular
benções aos pares, Disso, graças a Deus, sois vos bem rica
benina, Que o humilde eleva, o fragil faz constante; Sem que
berço, o Ceo por manto, E por ama, a Fortuna vencedora. A
bezouro, E que andeis a callar, como cartuxa. Ha de pucha que
boa, e tão prezada Por boa, là nos dias de outra era: Mas
boa, là nos dias de outra era: Mas quem foi, quem vos disse
boçal, e mais boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos traz
boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi do mar levada
boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos traz da praça
bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas da Fama. [SLI29]
bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de muitos
Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal. SONETO XCVII
boliçoso? Verei os olhos, donde o sol fermoso As portas da
bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a
bom he Zombar, mas não jà tanto, como• aqui. Vos pedirme
bom humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos mais hum
bom parecer, contrahio o parentesco de sogra. SONETO
bõns sempre atrevida! Mas que muito, se vives das proezas
bordava a Aurora, Triste sombra o roubou, da agoa, e
bosque, donde estava, Envejoso de ver que o mar cortava
bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me chega a sorte dura
bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de frio
botão com medo mora, Rompe gentil, saindo confiada
botica. Coscorões? são peores que folares, Perús? não, que
boto a Cristo. Porem crede, que quando vos resisto, Que me
braço, câ a vontade. / [SFE80] A hũa enferma, que
braço, determinas. Espada, e pena, poes que com verdade, O
braço duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle o
braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte ouzada
braço, que a sustenta? Então lhe obedeceis os pensamentos
braço, que he forçado, Pois nunca d' outro braço foi rendido
Braço mais crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo da
braços o esperava, Jaz hum pastor, que no semblante dava
brada, Por ver, se de ty pode ser ouvida. Vida tẽns, e teràs
bradei: Tem te, homicida. Voltouse, e respondeu: Tal vay de
Bragança àlicerce generoso Imortal sempre, nas memorias
Bramava o Mar; e estâ contente agora: Trocouse o vento em
bramido Na branca praya, humida, arenosa Hum eco, que na
branca Aurora. A flor, que no botão com medo mora, Rompe
branca Aurora; Canta, que viràs mais a levantarte
branca praya, humida, arenosa Hum eco, que na penha
brancos dentes, Por quem trocàra as perolas, que chora
branda cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado, Que em
brando vento, apenas o deixava De abraçar pelos pès aquella
brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde o sol fermoso
Brando filho do Zefiro suave, Que com suaves leis de doce
brandura apensa) Me defenda tambem, de tanta offensa, Que
bravo Mar pizou, qual campo razo, Em virtude do braço, que a
brazões altos, e altos apellidos Desprezas, qual injuria, ou
breve A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto vivais
breve apartamento Bem conheço, por mais que à dor resista
breve custo Do Tempo, que lhe foy duro adversario. Hora
breve Guardastes, por industria nunca ouvida, Da fermosura a
breve, mas custosa. SONETO IX•. Amoroso. Senhora, neste
breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido a cazo) Quando
brio Escape d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco
Brotarà cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão para o
brutas. Mas lagrimas celestes, que inda enxutas Ver não
Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys, que
Brutos fazem aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO LXVII
bruxa. Daime por vida vossa à vida suxa; Mas matallo
Buscayos pelo rastro dos meus danos. O seguyos, prendeyos
buscando? Conto, lugar, ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu
buscar de mi, quanto deixára. Algũns (não como vos
Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà
c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser o Sol nado, Antes
C. Heroico. Monarca Portuguez, nossa Palestra Onde o Sago
cà inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos melhores
cà para comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado
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SLA18
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SLA36
consoantes dò: E quando d' essa quinta mandeis
pois tão nobre vida tens roubada, Para que deixas
SONETO LXX. Festivo. Compadre, agora sim:
e vencer mais altamente; Poes se là vence o braço,
caminha, Mas partese, e caminha por tal arte, Que
sorte. Soes mancebo, folgais de andar na Corte:
inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão desvio. Não
adonde sempre era alto dia, Perfeição, que não
(Arredo và de nòs o sestro agouro) Remendarme a
mais ganho na gloria, que dais vista, Que monta o
Amoroso. Serei eu algũa hora tão ditoso, Que os
a vos, Musa, instrumento, Então vos digo eu, que
o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor
a não vião. Os velhos, sem saber o que fazião, A
triste. A cobiça pizada; e escarnecida A ambição;
Co largo Mar de tua Graça immensa? / [SAM60]
Ter por contrario, quem não teve dita. [SMO15]
Soltame, e tornarei à triste vida: Porque d' esta
das Sereas. Tantos hà, que arrastando crueis
Ou Scevola constante, se he constante? He na
Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo,
tão grande, ò pensamento? O vento te• levou,
Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem não
caes do vento, Vento foste a o subir, vento es
Que vos ande a zunir, como bezouro, E que andeis a
Là te mando os teus versos, que mandarão
Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu me
n' alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o
o Segundo a mais illustre historia Que ao mundo fez
A TUBA DE
mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em
bem segura, Porta sò para entrar, logo fechada;
o vento, o vento nada. / [SFA88] Ao Conde
sò partir convinha. He verdade que parte, e que
verdade que parte, e que caminha, Mas partese, e
Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà,
Do erro este costume, a o mundo dado; Ser aquelle
não tem medo. A vinda temo mais, do que o
defender pretende, Não gaste seu valor, por vãos
incerto. SONETO LXXXIII. Moral. Eis aqui mil
das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se he do
Vi eu hum dia a Morte andar folgando Por hum
que por longo prazo O bravo Mar pizou, qual
faz matadura, Cão sò para agourar, rato, que fura,
Bebei confiadamente, Esposa dina Dina desta agua
riqueza, tendes galhardia; E com tudo viveis vida
flor, d' estar segura. Em doce sono o Lavrador
procura, Quem credito vos der, por ser fundadas.
confiada. Filomena com queixas namorada Amores
sinalarte No Musico louvor da branca Aurora;
ja vos forão referidos Em differente estillo então
credito floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs
Hora os que forão votos, sejão cantos, Que eu
isso eu disse jà que o desengano Era hũa alma de
de Albuquerque conquistada Tão culto escreves,
lagrimas convinha Sentir somente o mal, e agora o
o engenho posto? Não certo nos primores, com que
declara Por magoas naturaes seu sentimento? Não
filho do Zefiro suave, Que com suaves leis de doce
assi comigo. Hora os que forão votos, sejão
destroncada, Pulga, que por picar, faz matadura,
SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de
essoutros mentecatos) Que das plumas as rosas dos
XXI. Funebre. Acabou de vencer a ser vencido Hum
doçura, O desengano sò para elegancia. [SMO3]
Mas não mande acordar tão cedo a gente Com
me atropelle, Que tão grandes vitorias não são
os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral. Dos
do vento injusto, Qual destes triunfos não fez
incertezas, Do fraudulento hospicio, jà chegado; As
vento em aura socegada. Despiose o Ceo da sombra
por delinquente. / [SLA18] Em resposta de hũa
SONETO XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa
escritos, Não pode esperar menos, que estas
a zunir, como bezouro, E que andeis a callar, como
que por se haver em vão achado Em pastas de
Paiva de Andrade, Autor do Livro, que se intitula
cà, Para que serve hum elle, hum vos, hum tu ? [SMO35]
cà, se suas forão, A Verdade, a Justiça, e a Prudencia? /
cà tenho ouvido, Terdes fruta, que he fruto abençoado
câ a vontade. / [SFE80] A hũa enferma, que
câ vos deixa aquella illustre parte, Que não terà melhor, nem
Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò para mi, pena e
cabe a vida nunca, em quem não caiba O queixume da dor, que
cabe em fantazia, Fermosura mayor, que a fermosura: Cova
cabeça outra porfia. Mas se Apollo inda he aquelle moço louro
cabedal do sofrimento. Amor tanto nas penas se melhora
cabellos, que Amor laços fazia, Por premio de o esperar, veja
cada accento O Mundo engrandecera, e eu prezára. Mas que
cada hum se estima, O divino he divino, o humano humano
cada passo nella hião topando. Na mocidade os moços
cada qual de longe brada, Por ver, se de ty pode ser ouvida
Cada amor he seu escarmento. SONETO LX. Amoroso. Que
Cada hum he Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas
cadea nunca erguida Não cuides que tão cedo me desato
cadeas, Não guardo ovelhas, mas aguardo danos, Das
cadeira Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho? ou he
cae da altura O firme freixo: a estrella mais segura Varre o
caes do vento, Vento foste a o subir, vento es caído. Justiça
caiba O queixume da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa
caído. Justiça foi do Fado obedecido Teu dano; porem
callar, como cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se
Callar os meus. Que avaro intento esconde Tal fonte de
callarei, como se saiba Que quem lhe tira a voz, a quem se
callava: Mas vencido do mal, que o atormentava, Sem licença
Calliope prezente. Livro não, màs Piramide famoso He o que
CALLIOPE. QUARTA MUSA DO MELLODINO. RIMAS
calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de
Cama, que he potro, meza destroncada, Pulga, que por picar
Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro da defensa da
caminha, Mas partese, e caminha por tal arte, Que câ vos
caminha por tal arte, Que câ vos deixa aquella illustre parte
caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do Amor humano
caminho mais errado O que he de mais passage, e fermosura
caminho, Porque para me dar mayor desgraça, Sei que me hà
caminhos; Jà que as defensas lè, jà que as entende. Ouça os
caminhos! Por ventura Qual• destes leva a gente ao povoado
campo a graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no
campo de vivos, que a não vião. Os velhos, sem saber o que
campo razo, Em virtude do braço, que a sustenta? Então lhe
Candea, nem cos dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta
candida abundante, Para vos, para o mundo tão bastante, Que
cansada, Que faz que do viver a gosto vede, Pobre de quem
cansado Do trabalho• se esquece; o Marinheiro Jáz, sem
Canseime pello vosso nascimento; Nacestes: consumime pello
canta jà, queixas não chora. Aplauso se tornou, o que era
Canta, que viràs mais a levantarte, Comedindo o rigor de Fili
cantados, Tornão segunda vez hoje chorados, Por ver, se são
cantando. Quando te vejo, admirome, mas quando Te escuto
cantarei; o que votar não pude, Do muito, que chorei, muito
cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos lastima
cantas tão valente, Que parece que o Barbaro, igualmente
canto He digno de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que
canto, Mas nas muitas razoens com que me queixo. [SMO57]
canto não; humilde rogo ao vento, Torne a buscar de mi
canto, Tão grande imperio tẽ ns nas almas, quanto Deces, ou
cantos, Que eu cantarei; o que votar não pude, Do muito, que
Cão sò para agourar, rato, que fura, Candea, nem cos dedos
Caparica, De que vos, Prima, não façais esgares? Porque de
çapatos Não teve Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa
Capitão da Morte, hoje soldado. Conheceuse, entregouse
Capricho de bom humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos
carapuças de cilicio preto. Torre velha. Segunda feira. Vosso
caras! Gloria vos pode ser ir defendendo A vida, contra quem
Carceres subir, qual subio Mario Dizes que espere; ou bem jà
caro o susto, Antes de visto seu feliz misterio? O proprio
carrancas despoes, e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô
carregada, E o manto azul vestio, da branca Aurora. A flor
carta em verso. Ao Embaixador• Francisco de Sousa
carta he jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais
cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com a causa de seu delirio
cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais que
carvão, foi convertido Perola sem igual, pouco estimada Do
Casamento perfeito. SONETO XXXVI. Laudatorio: Clarissimo
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SAM43
SAM98
SLA72
sò Trova cortez no mundo se acharà, Correndo de
Eximindo a razão da contingencia, Do que antes era
annos. Tardastes; e entre tanto estes tiranos
podeis) entre as lagrimas, que escuto; Pois desta
tem sido. No constante arraial, no combatido
Não que me desprezais, como mofino, Mas que me
Alto nome por morte peregrina; Nem pelo que he
Coimbra algum letrado Disse que foi de Deus alto
esfera maior, que hum emisferio. Porém sò, se ao
disculpar o meu peccado, Ou para eternizar o meu
firmeza, riamos do receo: E pois hà fè, riamos do
fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo por
as emprezas gloriosas, Do Ithaco Pereira, e Ulisses
do famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira de
Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano? O
guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me
seu dano ensaya, Esta dor, que minha Alma em mi,
ar; e vou pegar da pena, Para escrever tão simples
XXX. Festivo. Quem poderà com vosco, sor
que estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com a
Moral. Mas adonde irei eu, que este não seja, Se a
SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà, cesse a
praya, humida, arenosa Hum eco, que na penha
que me possais ver livre, [SAM55] Havendose
he fruto abençoado. Ninguem mais fez num ano de
desta fortuna. / [SAM96] Lamentando o infelice
que fazia em sua prizão. SONETO XL. Festivo.
Do barbaro boçal Indio inorante Por quem, a
da ouzadia Não nasceo, que me espanto que em tal
esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido a
pois eu não posso. Mas não mande acordar tão
donde o sol fermoso As portas da manhãa mais
Fonte de graças, que com graça eterna Brotarà
Moral. Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão
d' esta cadea nunca erguida Não cuides que tão
mayor desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte,
Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite para
De Portugal o Reino se lamenta; Quando a Fortuna
Que faz o Rayo da mortal esfera Procura de
suspiros, as verdades, Tudo là te entreguei; fiel,
SONETO VIII. Amoroso. Como voaste, ou
cedo abria, Mas em chegando a vellos, se partia Ou
Ignorantes da Morte, a não temião. Todos
Tal vay de guerra; Se vos todos andais comigo
Zafir, Perola, Aver, Rubi, Diamante. [SLA97]
o bem, por ser gozado. Desta flor, desta Estrella,
nas desgraças sepultados. Tal, acção para sempre
[SSA63] Segundo as leis do certamen da Conceição.
ao senhor por ty mesmo hoje se offrece. [SLA93]
[SAM43] Por Assunto academico se mandou
sempre, nas memorias ande A fama, dos que tanto
A cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas o
S. João a profissão de certa Religiosa, que se
descifraste, e leste, Porque de Marte o coração
deposita o sol, em conchas brutas. Mas lagrimas
E se como comigo, foi severo, Com vosco o for, o
molesta navegação. SONETO LXVIII. Sacro. Piloto
Relação de hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso.
estuda, Por hum nome, que errou, lhe chamo eu
tanto Amor se mete Hũa vez prometeu, mentiome
ouvida, Da fermosura a gloria, sempre unida Aos
parte, Que não terà melhor, nem melhor tinha. Ao
e a desventura? A quem me hei de queixar, se o
de todo o incendio tardo. Que industria contra o
constantes, derramadas, Cometas são no
acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte, arde o
menos, que estas cartas. [SMO19] Escusase ao
Trocouse o vento em aura socegada. Despiose o
subida Entre• vos tem, seu resplandor guardado.
Ceo de humanas estrellas illustrado, Que o
Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao
Pois quem he, que gloria tanta Pode juntar em si do
te goze: O quem pudera Fazer como tambem, te o
desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao
esprito pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o
armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o
Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao
Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos consoantes dò: E quando
caso, fez ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje o
Casos d' Amor roubarãome os sentidos: Se alcançallos quereis
casta de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão
Castello; postra seu contrario armado: Rendase hoje a seu
castigais por delinquente. / [SLA18] Em resposta de hũa
castigo, a fama entendas: Salvo se o gram poder, que te
castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com tudo eu creo
castigo, ao vituperio Olhais do mar cruel, do vento injusto
castigo? / [SAM20] Cloris com rosa no toucado. SONETO
castigo. Riamonos do Fado, e da mudança; Riamos do desvio
castigo: Triste serei, em quanto em mi, me veja. Esta
Castro? / [SHE100] Por Asunto Academico se offreceu a El
Castro. SONETO XCIX. Laudatorio. Repouza nesse Tumulo
Catholico Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e Deus em
cativa, quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser a d'
cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto como? Como? fazendo
catorzada? Vedes? não faltarà pois quem ma estime: Que a
Catuxa, Cuma tia Abbadeça, como hum ouro. Arredo và de nos
causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os
causa deste ser, levo comigo? E se eu proprio me perco, e me
cautella, Se em socorro da Fê, foi fabricada; Porque da
cavernosa Durou medonhamente repetido. Sereno Pescador
cazado por vingança hũa senhora contra seu merecimento
cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e Marido. Mas
cazamento de hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo
Cazinha desprezivel mal forrada, Furna là dentro mais que
cazo, foi do mar levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante
cazo Nasça a ouzadia, do arrependimento? / [SFE40]
cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre intenta? Como se
cedo a gente Com carapuças de cilicio preto. Torre velha
cedo abria, Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego, ou
cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão para o Mar da
cedo deste Mundo os vîs enganos, Que antes que a idade te
cedo me desato. Acaba poes de crer, não dâs barato O
cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia de hum Ministro
cega. Vedes, como se vão a Vida, e Tempo? /
cegamente intenta Mentirlhe glorias, e usurparlhe estados
cegarme todo o Norte Ou pretende co' a força do aço forte
cego, e mudo: Outra vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem
cego, ou atrevido A impossivel tão grande, ò pensamento? O
cego, ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem
cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella a todos co dedo, os vay
cegos, Que esperais que com vosco ande advertida? /
Celebra o Poëma Epitalamico, dito, Templo da Memoria, em
celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que
celebrada Serà, poesque com alta providencia Hoje fazeis a
Celebrado em Lisboa, e premiado em primeiro lugar. SONETO
Celebrando a Acção da propria Religiosa. SONETO XCIII
celebrar o Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia
celebraste, Por mais que o tempo esquecimentos mande. Poes
celebre ouro fino Nem reconhece a fragua, em que se mete
celebrou em seu dia. SONETO XCII. Sacro. Salve, ò sol dos
celeste Sempre a teu alto coração responde. Postrese Roma a
celestes, que inda enxutas Ver não merece Amor
celestial sembrante; Dirlhe heis se veja em vôs, verse hà
Celestial, Norte divino Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador
Cem dias de continua tempestade, Dez mil horas de duro
cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento, A noite
cento. Que pode Amor, se no seu proprio Imperio Nada pode
centros da ventura, que não teve. Que mal se atreve, quando
ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei
ceo procura Que soe minha dor, como ousadia? Qual o cruento
Ceo achou resguardo, Que os estragos despoes não fez
Ceo. Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são de vos
Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella mais segura
Ceo com a causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se
Ceo da sombra carregada, E o manto azul vestio, da branca
Ceo de humanas estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e para
Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co a gloria em tudo
Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida
Ceo, e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos monta
Ceo gozasse. / [SSA86] A hum quadro, que continha os
Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que entrar possa
Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos hum delles
Ceo me dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu, para
Ceo o Pulpito remonta? Nenhum he? Pois quem he, que gloria
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SHE54
SFE78
SLA24
SAM71
SLA36
SLA28
SFE13
SFE39
a ser da noite espanto. Tende a Terra por berço, o
Ver, que se vos roubàrão os amores, Là co
graça, dece a honrar a natureza; Como tambem do
farei logo incerto em mundo incerto? Buscar nos
como culpas as grandezas, Que por premios os
Descreve hum novo Imperio soberano? O Catholico
em primeiro lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que
de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A
co' a força do aço forte Medir a condição da branda
afoga, Prezandose de ser dos mestres, mestra.
se pretenderdes Dissimular a luz, que a sombra
fes seu muro, Da tua fortaleza fes seu forte.
constante brio Escape d' acabar, do assalto, ou
os vay contando. Então quiz disparar? e os olhos
XCIV. Laudatorio. Salve, ò Jardim de Rosas tão
Ambas chaves serão da Eternidade, Esta, para
no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude he
me perder de muitos modos, Finje que a honra he
ao sublime Evangelista S. João a profissão de
tão curta a vida. [SSA63] Segundo as leis do
por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por ley de
Pois qual sois, se a real, ou se a fingida, Não sei
o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà, caminho
deixo. Sabeis hora, onde estâ o engenho posto? Não
Te vejo confiado, astuto, e forte, Parece
A hum amigo, que o convidava lhe acabasse
ardores. Crecem prezos os rayos vingadores,
Que não por destra a Morte, mas por Morte Mais
A dura força da contraria gente: Lisboa mais ao
Senhor: Aventurar por novo Imperio, Digno de
a teu alto coração responde. Postrese Roma a
SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà,
o Tempo. SONETO XXXV. Moral. Vida Quem
seu feliz misterio? O proprio tempo vencedor vos
nos vem, sò o da morte Foge daquelles, de quem he
para vos, poes com furtado Consular nome vos
O mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe
Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis, das
que dormindo estuda, Por hum nome, que errou, lhe
Apollo inda he aquelle moço louro, Eu fico que elle
O firme freixo: a estrella mais segura Varre o
para os ratos, Mas para as proprias rãns do
peleja, A outra cientifica derrama: Ambas
Chegarte hum pouco, em quanto as gentes chorão,
o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me
celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà
Quando pellas florestas passa o vento, Que a nos
XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella hora he jà
perigos, e incertezas, Do fraudulento hospicio, jà
As portas da manhãa mais cedo abria, Mas em
Eillo que chora em vão seu desvario, De longe a vè,
rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte ouzada,
que tarda para vir, mil annos, Que importa que não
chegado; As carrancas despoes, e as estranhezas.
flor, desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo
pos o Ar hum leve alento, Que das flores colheu
queixas namorada Amores canta jà, queixas não
vio ser, o que esperava abraços. Eillo que
brancos dentes, Por quem trocàra as perolas, que
D' aquelles, por quem são de vos choradas! Mas
Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são de vos
estillo então cantados, Tornão segunda vez hoje
D' Aquella flor, que tanto em flor cortada,
ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto as gentes
seja; Horido o bosque, o prado vi sombrio. Vejo
da gente honrada. / [SAM76] A Lucinda, que
eloquentes, Homero escuto, em versos inauditos;
eu cantarei; o que votar não pude, Do muito, que
flor, que tanto em flor cortada, Chorais; ò não
vos força he que vibre) Leite a Razão vos dê: e o
Porem crede, que quando vos resisto, Que me
toda amizade. Que cuidais? perigou corte, e
de milhões de saudade, Hà, despoes que parti essa
a razão da contingencia, Do que antes era caso, fez
O mesmo que hũa intrepida peleja, A outra
mande acordar tão cedo a gente Com carapuças de
abaixo Amor profano Era la como o alto Amor de
Ceo por manto, E por ama, a Fortuna vencedora. A paz vos
Ceo se hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S
Ceo, vossa belleza Nasce a vencer da terra a sombra escura
Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà, caminho
Ceos quizerão darte. O Morte contra os bõns sempre atrevida
Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e Deus em igualdade
Ceptro justo hè este, mais que humano, Eixo quasi, da
cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro
cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado, Que em fulminar
Cera e Marmore offerece a o eterno templo De hum
cerca, Sendo os raios jà vistos, e adorados. Vos, senhora
Cercado assi na morte, assi na vida Pagaste como culpas as
cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda despoes de
cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos Tão sem
cerrado, Que do dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz
cerrar bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas da Fama
certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que
certa no perigo. Pois se nunca pretende o que he possivel
certa Religiosa, que se celebrou em seu dia. SONETO XCII
certamen da Conceição. Celebrado em Lisboa, e premiado em
certamen, hũns olhos negros, e pequenos. SONETO XLVIII
certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que a fingida sois
certo. / [SMO84] Fraqueza do Amor humano. SONETO
certo nos primores, com que canto, Mas nas muitas razoens
certo que a contraria sorte Entre a vontade, e o braço
certo soneto satirico. SONETO LXXVIII. Festivo. Meu Senhor
Certo effeito de todo o incendio tardo. Que industria contra o
certos golpes tem, que taes doutrinas. E quando nas palestras
Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer mais altamente
Cesar he, digno de Augusto; Porque hum peito real, alto, e
Cesar reverente, Por ir, ver, e vencer na antiguidade A dura
cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi fabricada; Porque
chama dentro em mi? Tempo O Tempo ouzado. V. Entraste sem
chama Rendido a vossas obras singulares, Que inculca às
chamado. Tendes riqueza, tendes galhardia; E com tudo
chamais Prudencia; Se fazendo co Mundo conferencia
chamarei Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco a
chamas, em que estàs ardendo, Do Amado, o amado exemplo
chamo eu cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento, A
chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro
chão, com desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o coronel
charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em
chaves serão da Eternidade, Esta, para cerrar bocas da
Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão
chega a sorte dura A querer que alivie o meu cuidado Por
chega, Deixai que os lazos rompa, e que entrar possa; Porque
chega fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa aura
chegada, Que atê nos passos tras preço, e ventura, Tão
chegado; As carrancas despoes, e as estranhezas. Cheguei
chegando a vellos, se partia Ou cego, ou lisonjeiro, ou
chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar, nem em
Chegarte hum pouco, em quanto as gentes chorão, Cheas d'
chegue? se se aguarda, Ou se compra co a dor, com que
Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se hum bem, que se
cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que
cheiro, e frescura; Poes se he do campo a graça, e fermosura
chora. Aplauso se tornou, o que era espanto, Resucita o
chora em vão seu desvario, De longe a vè, chegar dezeja à
chora? Mas que espero de ver dias contentes, Se para se
choradas de vòs, que mais queridas As vidas podem ser ? que
choradas! Mas choradas de vòs, que mais queridas As vidas
chorados, Por ver, se são de vos melhor ouvidos. Não de
Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a Morte contra
chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois
chorar a fonte, e que de frio O rio pâra, o prado se despeja
chorava. SONETO LXXVI. Amoroso. Esperdicemse as perolas
Chore Grecia, as Athenas, e as Espartas Vivão vossos
chorei, muito temendo. Porem como sarais com vosco a
choreis mortal ferida; Que a Morte contra humanos atrevida
choro breve A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto
chove a razão; porque Sonetos Feitos a semelhantes
cidade. Se foi da dor, que fora do perigo? A mi, que sou mais
Cidade, Se à auzencia faz a conta o pensamento; Porem quando
ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje o Mundo, que
cientifica derrama: Ambas chaves serão da Eternidade, Esta
cilicio preto. Torre velha. Segunda feira. Vosso. / [SAM14]
cima? Não! que posto que Amor cada hum se estima, O divino
268
SSA86
SAM41
SMO73
SMO44
SLA12
SLA77
SSA86
SFU37
SLA94
SLA36
SAM7
SLA36
SLI29
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SLI26
SAM20
SAM20
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SMO59
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SAM31
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SMO84
SLA95
SMO5
SAM4
SMO32
SLA28
SLA24
SSA92
SAM43
SLA24
SMO81
de graças, que com graça eterna Brotarà cedo
Quem lhe ouvir murmurar tanto a este Rio,
Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em dia de
hoje te fias. Lesbina, olha esses marmores agora,
Bem o rendéra a Musa levantada. Em quanto viva o
SONETO LXXVII. Laudatorio. O duas vezes
o excesso, ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da
os amores, Là co Ceo se hão de haver vossos
dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz, mais
lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina sempre
nella se encobre, entende della. Pode do Sol a
Casamento perfeito. SONETO XXXVI. Laudatorio:
a neve he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao
vario Altivo Emperador, de Reo injusto: E a
junto? Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se
Ou para eternizar o meu castigo? / [SAM20]
rosa no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô
tal mão para a Armonia (Que he parte, que anda
que não chegue? se se aguarda, Ou se compra
Que o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria
pedir, mandeis que viva auzente, E me aconselhe là
queixumes Ver, que se vos roubàrão os amores, Là
Todos cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella a todos
defronte. Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou
Consular nome vos chamais Prudencia; Se fazendo
emfim vos abrazarem seus amores, Morrei, filhos,
sahio da terra, e foi navio, Lutou co Mar, lutou
Procura de cegarme todo o Norte Ou pretende
esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida
ouvida. Vida tẽns, e teràs, sempre envejada Da
desenganos Dão pezada vitoria, e triunfo triste. A
vos melhor ouvidos. Não de flores, de lastimas se
a• Galanta quer, quer o Galante. Aposto que em
o rio. Se eu erro para mi, porque me emenda Com
consumime pello fruto; Foy flor: se a quiz
Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das flores
olha esses marmores agora, Cinzas jâ são, as que
Porque se algum rigor temer pudera Sidónia altas
que estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo
A hum quadro, que continha os Esposos divinos
Tal, acção para sempre celebrada Serà, poesque
com vosco ande advertida? /
[SMO82] Conta
a esperança foy, he o gosto, e quanto Crecerão
temor. SONETO XLIX. Moral. Como me eu vi voàr
firme freixo: a estrella mais segura Varre o chão,
bem, que grande paz me dera? Ou (por força)
Vivirás a pezar do oposto inferno. Porem Tu
erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar
SONETO XI. Moral. Dez figas para vos, poes
o homẽ a Deus renaça. Fonte de graças, que
Que hà de ser possuida, e dezejada. Senhora, se
ouzado o coração, de louvor darte; Que não fizesse
Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se
azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão
de mi, mais, do que eu mesmo, Ensinaime a viver
Que a palha para o asno, ave hè de pena, Fallando
humano, Eixo quasi, da immensa eternidade? Que
tendo o Povo por contrario. Que olhe a Tiberio
não chegue? se se aguarda, Ou se compra co a dor,
estâ o engenho posto? Não certo nos primores,
por credito da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza,
primores, com que canto, Mas nas muitas razoens
mora, Rompe gentil, saindo confiada. Filomena
para eternizar o meu castigo? / [SAM20] Cloris
desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem vos, quem vai
XC. Lirico. Brando filho do Zefiro suave, Que
Qual se fosse a teu mal, meu bem, agouro! Porque
glorias, e usurparlhe estados: Vossa Pena
o que he possivel, Como posso esperar ter paz
vos pode ser ir defendendo A vida, contra quem
he chamado. Tendes riqueza, tendes galhardia; E
e o braço, determinas. Espada, e pena, poes que
me deixou a enfermidade; Salvo se conheceo (e
teu santo dia, A feminil piadade aspira a tanto, Que
vem publicando paz à Terra: E vos, não sei porque,
que chorei, muito temendo. Porem como sarais
Se vos todos andais comigo cegos, Que esperais que
cinco• eternas fontes, Que rios corrão para o Mar da graça
Cintia, se for estrancho, ou passageiro, Crerà que foy sem
Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII
Cinzas jâ são, as que colunas erão. Ora sente, se quer, qual
circular governo Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a
Cisne venerando Dos olhos, dos ouvidos, que enriqueces! Não•
cisterna De Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus nasce
ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S. pello sucesso arriscado de
clara, e mais subida Entre• vos tem, seu resplandor guardado
clara, Eximindo a razão da contingencia, Do que antes era
claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada; Mas
Clarissimo Diogo, quem cuydàra, Sem que gastasse em vão
claro estio. Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal da
Claudio entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe foy duro
Clori apareceo, que mais pergunto? [SAM27] Medo, e
Cloris com rosa no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô
Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano, outra
co a brandura apensa) Me defenda tambem, de tanta offensa
co a dor, com que atormenta. O que bem disse contra seus
co a gloria em tudo parecida, Donde não falta o bem, por ser
co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do mal, o que se
co Ceo se hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey
co dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e os olhos
co Mar, lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser, o que
co Mundo conferencia, Discursais, revolveis; e eis tudo
co pay, da mesma morte; E poes morreis honrados, morrei
co vento em guerra: Quedas• vio ser, o que esperava abraços
co' a força do aço forte Medir a condição da branda cera. Que
Co largo Mar de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor
cobiça, e ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode, o
cobiça pizada; e escarnecida A ambição; cada qual de longe
cobre A pobre humilde Musa, que procura Sempre a paz
Coimbra algum letrado Disse que foi de Deus alto castigo
colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem em vão, a emenda
colher, foge e a dor fica. O não façais tão falso apartamento
colheu cheiro, e frescura; Poes se he do campo a graça, e
colunas erão. Ora sente, se quer, qual pêdra os dias
colunas lhe offrecera E Bragança àlicerce generoso Imortal
com a causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para
com a letra: Sedebat sic super fontem. • SONETO LXXXVI
com alta providencia Hoje fazeis a lastima oportuna: Por que
com as perdidas esperanças. SONETO LXXXII. Moral. Tende
com crecerdes de hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem
com desatino Da baixa sorte, para o estado honroso, Logo o
com desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado
com elle hoje fizera, Que me não vira em quanto assi me vejo
com excesso mais glorioso, Que elle sem ti, não pode ser
com força temerosa, Do fero sopro do Austro embravecido
com furtado Consular nome vos chamais Prudencia; Se
com graça eterna Brotarà cedo cinco• eternas fontes, Que
com lagrimas convinha Sentir somente o mal, e agora o canto
com mais culto, e arte Aquella suspensão tão comedida ? D'
com mais de vitoria por ferida Sabe Amor lhas granhais*
com medo mora, Rompe gentil, saindo confiada. Filomena com
com minha sorte, Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida. /
com perdão da gente honrada. / [SAM76] A Lucinda, que
com pontas na Fè, e na Piedade, Descreve hum novo Imperio
com progresso vario Altivo Emperador, de Reo injusto: E a
com que atormenta. O que bem disse contra seus enganos
com que canto, Mas nas muitas razoens com que me queixo
com que foy alcançada. SONETO LXXIX. Heroico. Qual
com que me queixo. [SMO57] Tomando o habito de Frade hum
com queixas namorada Amores canta jà, queixas não chora
com rosa no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris
com sigo. / [SMO32] Desde a prizão a D. Antonio Alvarez da
com suaves leis de doce canto, Tão grande imperio tẽ ns nas
com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo não foi de
com termos levantados Excellencias da Patria reprezenta
com todos, Quando não posso, nem ter paz comigo? /
com torpe estudo Em perseguilla á sorte não dispensa; E
com tudo viveis vida cansada, Que faz que do viver a gosto
com verdade, O mesmo que hũa intrepida peleja, A outra
com verdade) Que era peor, haverse assi comigo. Hora os que
com victima nova o altar florece; Mereçate poes tanta
com vir entre elles, Vindes para fazer ao Mundo guerra. /
com vosco a tantos, Força he que, para dàr tanta saude
com vosco ande advertida? /
[SMO82] Conta com as
269
SLA24
SFE30
SAM31
SFE13
SMO3
SLA77
SAM4
SMO19
SMO84
SLA95
SMO44
SMO67
SHE100
SHE42
SFE80
SHE54
SAM46
SFU21
SMO11
SAM58
SLI90
SAM9
SAM76
SMO81
SMO15
SAM46
SLA24
SPR1
SFE80
SMO5
SHE100
SHE54
SFE34
SHE38
SMO69
SFE30
SFE30
SAM46
SMO15
SFE70
SFU64
SLA74
SAM52
SSA68
SMO10
SFE30
SAM17
SMO59
SAM20
SHE79
SFE39
SHE79
SMO16
SMO35
SMO19
SAM33
SLA24
SAM41
SMO5
SMO35
SFU85
SMO3
SLI22
SLA56
SAM52
SAM45
SMO15
SMO49
SMO89
SMO5
SSA65
SMO67
SAM43
SAM8
SMO16
SFE70
SSA68
Enfermastes, senhor, sois tal amigo, Que
eleição da Tia. SONETO XXX. Festivo. Quem poderà
Conta he esta, que nunca o pensamento,
não posso. Mas não mande acordar tão cedo a gente
o rio. Se eu erro para mi, porque me emenda
fama faze idade, Que vivas nas idades peregrinas!
delle De novo ao Mundo sei, que as farà raras.
de profanos, Não destes por Oraculo aos enganos,
A prata, o ouro, As perolas, o nacar, o tesouro,
levantados Excellencias da Patria reprezenta,
hora As leis, que teus desdẽns às gentes derão,
me esqueço, Como so a vos, e a mi não conhecera.
Palestra Onde o Sago se veste, e se arma a Toga;
o pranto. Sempre, ò Troya, es felice; poes acabas
alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado
em hora. Tanta estrella tenhais, bem como agora
d' Amor sincero. E se como comigo, foi severo,
que triunfador tem sido. No constante arraial, no
me deixem o escarmento. [SMO11] Mundo he
com mais culto, e arte Aquella suspensão tão
Aurora; Canta, que viràs mais a levantarte,
Qual serà pois o louco pensamento Que deixe tal
resolutas? Resolutas, constantes, derramadas,
respondeu: Tal vay de guerra; Se vos todos andais
eu, que este não seja, Se a causa deste ser, levo
Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se como
(e com verdade) Que era peor, haverse assi
Acabe nesta sorte, esta vingança; Sepultemse
por ter tanto aleijado Com tudo eu creo (cà para
ter paz com todos, Quando não posso, nem ter paz
firme, e ardente insignias, roga A vossa planta,
de hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem
Antonio, muy bom he Zombar, mas não jà tanto,
obras singulares, Que inculca às gentes sabias,
subir, qual subio Mario Dizes que espere; ou bem jà
tambem: isto algum Mouro? Que vos ande a zunir,
ande a zunir, como bezouro, E que andeis a callar,
Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se
em mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto
fim de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas
forte. Cercado assi na morte, assi na vida Pagaste
dizem: Nem de barro à porta) Aposto que inda soes,
acabai de crer que estais sugeitas A perderdes,
que ignorante O desvião do porto verdadeiro: Qual
o que se não via d' antes. SONETO X. Moral. Se
poderà com vosco, sor Catuxa, Cuma tia Abbadeça,
queixar, cuidarâ a gente, Não que me desprezais,
acusar, por mais firmeza, Toda a vida, sem mais
a vosso grão merecimento, Crendo que em vos,
ou vencer? Poes se quizeste Primeiro batalhar,
Vos cuydaveis que abaixo Amor profano Era la
batalhar, como nos deste A Vitoria, sem vermos,
hei de queixar, se o ceo procura Que soe minha dor,
sem dano meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida,
detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo? Mas
tão limpo amor, tão esperada. Ella tardou em vir,
pude, Do muito, que chorei, muito temendo. Porem
queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu me callarei,
eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle o reprova;
V. Vai para louco? T. Vaite para cega. Vedes,
Fogo, He força que te goze: O quem pudera Fazer
alvedrio. Não nos sirva de medo, ou de desvio Ver,
teu passo a teu dezejo; Vàs, e tornas, e iràs,
Torne a buscar de mi, quanto deixára. Algũns (não
os estragos despoes não fez, mayores ? De pedras
hũa hora. Porem se sois ingrata, sendo ingrata,
mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto como?
prevenido no temor. SONETO XLIX. Moral.
fonte. Tão soberbo despoes levanta a fronte,
perigo. Pois se nunca pretende o que he possivel,
cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre intenta?
era; Poes do que me mandais, tanto me esqueço,
Empirea altura A graça, dece a honrar a natureza;
Pensamentos temerarios. SONETO VIII. Amoroso.
do tormento, e do tirano. E a fim de que ninguem se
Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo.
mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e doce
com vosco enfermou toda amizade. Que cuidais? perigou corte
com vosco, sor Catuxa, Cuma tia Abbadeça, como hum ouro
Com a saber provar, houve encerrado: E o mesmo Amor, que
Com carapuças de cilicio preto. Torre velha. Segunda feira
Com colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem em vão, a
Com idade de prata, e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo
Com mãos vence de gloria sempre avaras, Quem vence
Com que Amor vive nos mas altos peitos? Porque, senhor
Com que mais rico fuy, que afortunado? Por ti todo o meu
Com que por vossa Pena a Patria aumenta Meritos nas
Com razão de ti mesma, hoje te fias. Lesbina, olha esses
Com razão logo por favor vos peço, Que, poes• Homem tal
Com suas firme, e ardente insignias, roga A vossa planta
Com tão altos penhores de famosa, Que mais segura estàs
Com tudo eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas se o dais
Com vosco nasce a ser da noite espanto. Tende a Terra por
Com vosco o for, o celestial sembrante; Dirlhe heis se veja
combatido Castello; postra seu contrario armado: Rendase
Comedia. SONETO XI. Moral. Dez figas para vos, poes com
comedida ? D' essa alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor
Comedindo o rigor de Fili agora, Que em quantos triunfos
comercio, e tal conquista? Se hà mais ganho na gloria, que
Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são
comigo cegos, Que esperais que com vosco ande advertida? /
comigo? E se eu proprio me perco, e me persigo, Quem serà
comigo, foi severo, Com vosco o for, o celestial sembrante
comigo. Hora os que forão votos, sejão cantos, Que eu
comigo meus delitos, Antes que sirvão para desenganos. /
comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme
comigo? / [SAM6] Saudades. SONETO VI. Amoroso. Serei
como á vossa destra. Para Alumnos os inclitos adestra
como agora Com vosco nasce a ser da noite espanto. Tende a
como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi? Huy senhor
como às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a Fama, E desde
como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a justo
como bezouro, E que andeis a callar, como cartuxa. Ha de
como cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais
como comigo, foi severo, Com vosco o for, o celestial
como? Como? fazendo que a minha alma saya De mi, senhora
como corrido, De não nos virdes logo c' um morgado. Huy
como culpas as grandezas, Que por premios os Ceos quizerão
como ereis d' antes. [SFE75] Varia idea estando na America
como eu, vossa ventura; Que eu tambem, quando a tive, nunca
como fostes a ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e medico
como haveis tardado, desenganos, Vindes hoje de novo
como hum ouro. Arredo và de nos o sestro agouro, Se sobre
como mofino, Mas que me castigais por delinquente. /
como, nem quando. Se cuidando, Senhor, fallando, obrando
como no Firmamento Bella pode viver, e estar segura. Que a
como nos deste A Vitoria, sem vermos, como, ou donde? O
como o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor cada hum
como, ou donde? O Misterio, que em duvidas esconde Marte
como ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia A humana voz
como passas? V. Perseguida. T. De quem? V. De ti? T. O
como respondeis a esta pergunta, Que ou para disculpar o meu
como rogada Da viva saúdade, que ainda• dura. Hora bem
como sarais com vosco a tantos, Força he que, para dàr tanta
como se saiba Que quem lhe tira a voz, a quem se queixa, De
como se tivera Sortes a seu mandar, em que escolhera
como se vão a Vida, e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio
como tambem, te o Ceo gozasse. / [SSA86] A hum quadro
como vai o Mundo concertado; Porque nem porque o Mar
como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo, Ditoso tu
como vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou me ler: eu sò
como vôs, e mais estreitas, Os Muros erão, donde a sorte
Como conhecereis a viva, ou copia? Eu menos, porque Amor
Como? fazendo que a minha alma saya De mi, senhora, e
Como me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para o
Como Pavão, do bosque, donde estava, Envejoso de ver que o
Como posso esperar ter paz com todos, Quando não posso
Como se antes ouzada, hoje avarenta Se mostra a planta, que
Como so a vos, e a mi não conhecera. Com razão logo por
Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce a vencer da terra a
Como voaste, ou cego, ou atrevido A impossivel tão grande, ò
compadeça, Là traçastes de modo o vosso engano, Que a todos
Compadre, agora sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta, que he
companheiro. [SMO69] Escuzase da esperança, a que o
270
SMO50
SLA72
SHE42
SFU85
SLA28
SLA72
SMO69
SAM8
SMO5
SFA53
SLA74
SSA63
SMO19
SMO3
SAM76
SMO11
SHE79
SFA88
SAM98
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SLI26
SSA86
SLA28
SMO81
SMO61
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SAM45
SMO50
SAM20
SAM4
SAM7
SLA24
SLA18
SMO67
SAM45
SFU21
SLA74
SAM45
SAM27
SAM96
SLA74
SLA74
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SAM27
SAM9
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SAM9
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SLA12
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SAM8
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SFE25
SFE34
SLI62
SFU21
SMO61
SMO73
SLA72
SLA72
SSA86
SAM76
SAM76
SMO69
SMO11
SMO82
SLA77
SAM71
SMO82
SAM31
Funesta alcoba, de morada fria, Confuza solidão, sò
Tullio? ou he Timante Este, que pinta? e acaso se
maravilha, em tanto Que firme ao Firmamento
Dos illustres Avòs, sempre famosos, Os feitos
Elogio a hum Livro de destreza das Armas,
Em resposta a hum Elogio Poetico elegante,
Que importa que não chegue? se se aguarda, Ou se
te destina, Quer que nas quedas, voos, e contendas
as fadigas do dezejo. SONETO V. Moral. E quem me
mandandolhe hum livro de versos, que lhe havia
das flores: mas que importa, Se May fostes,
a vida. [SSA63] Segundo as leis do certamen da
tão perfeitos; Se taes palavras, e se taes
sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai o Mundo
frio golfo, ou pego ardente, As deposita o sol, em
julgarà de reverencia, E a vos, odio, por homem de
LXXIX. Heroico. Qual quizeste primeiro, ô illustre
versos, o vento, o vento nada. / [SFA88] Ao
Norte Ou pretende co' a força do aço forte Medir a
T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T. Essa é
nome vos chamais Prudencia; Se fazendo co Mundo
que no botão com medo mora, Rompe gentil, saindo
sic super fontem. • SONETO LXXXVI. Sacro. Bebei
E quando nas palestras peregrinas Te vejo
passo nella hião topando. Na mocidade os moços
ferido, e temeroso, Se inda despoes de tantos me
he mais padecello, que dizello? [SMO59] Antes de
o Mundo, que ordenas, de admirado Os louvores
Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra; Mas
menos, porque Amor não quer que veja. Pois inda a
horrenda, escura, Funesta alcoba, de morada fria,
Sem lhe escapar por flor da fermosura. Mas
á sorte não dispensa; E obrigação tambem, em
hora, Não bastão mil idades differentes? [SAM7]
antigo, Por erro me deixou a enfermidade; Salvo se
vossos escritos sobre as gentes; Que em fim, quem
tanto me esqueço, Como so a vos, e a mi não
hora. Porem se sois ingrata, sendo ingrata, Como
a ser vencido Hum Capitão da Morte, hoje soldado.
Ou se a fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos
fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis por copia
Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa, e nunca
SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor não
belleza soberana, Do prado se acolhia vergonhosa.
con rayos semelhantes E atè sogra, que agora vos
remirme em taes porfias. Ancias hà muito que
SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes
Amoroso. Senhora, neste breve apartamento Bem
Tem me os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os
o louco pensamento Que deixe tal comercio, e tal
estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema de Malaca
SONETO XII. Laudatorio. Malaca, de Albuquerque
Que de Maria, e Deus em igualdade Defende a luz,
lograste hum alto intento, Hum seguro temor tẽns
De longe a vè, chegar dezeja à terra, Não lho
Bella, e amavel Urania me acredita. [SMO67]
O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79]
a vida viste. Tem te, não deças, que em te estár
Vades tão devagar convalecendo. [SFE25] De
para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a
Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos
fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir, da alta
Triunfado foy, que triunfador tem sido. No
perdese o fermoso, Sem que o valor do mais
que he do ocio? que he da idade? Que he do vigor
se reparte? Ou Scevola constante, se he
emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou Scevola
he tão benina, Que o humilde eleva, o fragil faz
Derramadas, constantes, resolutas? Resolutas,
Quem merece alcançar prodigamente Derramadas,
ou bem jà como Augusto: Hum de proscrito a
XI. Moral. Dez figas para vos, poes com furtado
Canseime pello vosso nascimento; Nacestes:
A quaes subirão mais, vem duvidando. Poes que
despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia faz a
que com vosco ande advertida? /
[SMO82]
o seu cuidado Pelo valor do proprio apartamento.
companhia, Cujo nome melhor he Sepultura: Quem tantas
comparte, He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte? Se
competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta do assombro
competindo, e acrecentando. Gozoute o Ar, teu nome
composto pello General Diogo Gomes de Figueiredo. SONETO
composto por hum Religioso de grandes partes. SONETO LXXII
compra co a dor, com que atormenta. O que bem disse contra
Compres a gloria, a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve
compusera do dezejo, Que grande bem, que grande paz me
comunicado. SONETO LIII. Familiar. Velho mancebo, illustre
con rayos semelhantes E atè sogra, que agora vos conheço
Conceição. Celebrado em Lisboa, e premiado em primeiro
conceitos, Tão divinas; tão longe de profanos, Não destes por
concertado; Porque nem porque o Mar sempre he salgado
conchas brutas. Mas lagrimas celestes, que inda enxutas Ver
conciencia, Vendovos tão sezudo, e tão pezado. Dous a dous
Conde? Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste Primeiro
Conde Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro da
condição da branda cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado
condição minha? V. Esse he meu fruto. T. Es molher
conferencia, Discursais, revolveis; e eis tudo errado. Quem
confiada. Filomena com queixas namorada Amores canta jà
confiadamente, Esposa dina Dina desta agua candida abundante
confiado, astuto, e forte, Parece certo que a contraria sorte
confiando, Ignorantes da Morte, a não temião. Todos cegos
confio, De quem me hey de queixar, quando me perco? /
confissão. SONETO LIX. Moral. Eu que faço? que sei? que vou
confunde em alegria, Quando hum dourado seculo presume
confundome, vendovos hum delles: Que elles vem publicando
confusão não se remata Em vos, e em mi; mas cuido que ella
Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome melhor he
conhecendo jà, quam pouco dura, Appella a vosso grão
conhecendo, Que se no vosso Amor, não acho escudo, Não me
Conhecendose a hũa desconhecida. SONETO VII. Amoroso
conheceo (e com verdade) Que era peor, haverse assi comigo
conhecer vossos escritos, Não pode esperar menos, que estas
conhecera. Com razão logo por favor vos peço, Que, poes•
conhecereis a viva, ou copia? Eu menos, porque Amor não
Conheceuse, entregouse: mais honrado Triunfado foy, que
conheci; e jà vi rosa Das que se preza Abril, Mayo se ufana
conhecida, Menos me admirarà ver em vós vida, Que ver que
conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu mesmo
conhecido Foy, do vil lapidario, a quem foi dado; Diâmante que
Conhecivos Esposa em igual preço Envejada das flores: mas
conheço (Contra o que dizem: Nem de barro à porta) Aposto
conheço impias; Mas vendo as graças, por quem vou perderme
conheço o meu cuydado, E contemplo na duvida, que o espera
conheço, por mais que à dor resista, Que sempre o não
conheço, que imagino. Dexa• poes, se a tragedia solicita
conquista? Se hà mais ganho na gloria, que dais vista, Que
conquistada de Francisco de Sà de Meneses. SONETO XII
conquistada Tão culto escreves, cantas tão valente, Que
consagrase à verdade, Triunfando Portuguez, crendo Romano
conseguido. Dece embora de tî. Ay não pretendas Alto nome
consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A hum
Considera a ventagem, que os Brutos fazem aos Homẽns em
Considera, e louva por credito da insigne Vitoria d' Elvas, a
consiste O vencimento dos mayores danos: Vence, sem
consoada a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de
consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova, Que o
consoantes dò: E quando d' essa quinta mandeis cà, Para que
consorte, Já não pode negarlhe a mão devida. Ay do que
constante arraial, no combatido Castello; postra seu
constante brio Escape d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu
constante, e amor jocundo? Que he da velhice? que he da
constante? He na cadeira Escoto? ou he na santa Escritura
constante, se he constante? He na cadeira Escoto? ou he na
constante; Sem que, porque se afirme, ou se levante, Possa
constantes, derramadas, Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas
constantes, resolutas? Resolutas, constantes, derramadas
Consul, e outro a justo Monarca, tendo o Povo por contrario
Consular nome vos chamais Prudencia; Se fazendo co Mundo
consumime pello fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor
conta farei, se a Urbanidade Contar, e se contar, quantas
conta o pensamento; Porem quando lha ajusta o sentimento
Conta com as perdidas esperanças. SONETO LXXXII. Moral
Conta he esta, que nunca o pensamento, Com a saber provar
271
SPR1
SAM58
SMO81
SLA77
SLA77
SMO59
SAM27
SAM17
SMO3
SAM8
SAM41
SLI26
SFE13
SAM6
SLA36
SSA86
SAM71
SMO59
SAM55
SFU37
SAM55
SAM52
SFU64
SAM4
SAM55
SMO69
SMO82
SMO5
SMO5
SAM98
SFU37
SLA74
SLA74
SHE79
SLA28
SMO67
SFU21
SMO69
SAM14
SHE100
SLA24
SLA24
SLA94
SAM96
SLA94
SFE78
SAM23
SAM33
SAM45
SAM45
SHE100
SHE79
SLI22
SAM58
SAM58
SHE79
SMO44
SAM48
SFA87
SMO61
SMO50
SSA86
SLI22
SFE34
SAM76
SLI22
SFE70
SSA68
SFU37
SMO89
SAM98
SLA24
SFU64
SMO32
SMO32
SFE34
SFE34
fugî, tema o presagio: E se exemplo não fui, seja
e meu desvello; Quanto he mais adoralla, que
se lhe desvião, Ella a todos co dedo, os vay
Poes que conta farei, se a Urbanidade Contar, e se
duvidando. Poes que conta farei, se a Urbanidade
e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se
Amoroso. Quantas vezes conheço o meu cuydado, E
he dos dous, nesta querella O mais culpado, foy
lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do que a
poder, que te destina, Quer que nas quedas, voos, e
me faça. [SAM41] Que de tão pouco hum triste se
SONETO XXVI. Lirico. Bramava o Mar; e estâ
Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa mercê muito
as perolas, que chora? Mas que espero de ver dias
cuja doutrina sempre clara, Eximindo a razão da
te o Ceo gozasse. / [SSA86] A hum quadro, que
hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso. Cem dias de
Moral. Eu que faço? que sei? que vou buscando?
Sejão, se querem, contra mi atrevidas, Porem não
Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a Morte
senhora, jà irmãns e unidas. Sejão, se querem,
Certo effeito de todo o incendio tardo. Que industria
Que por premios os Ceos quizerão darte. O Morte
caras! Gloria vos pode ser ir defendendo A vida,
Havendose cazado por vingança hũa senhora
co a dor, com que atormenta. O que bem disse
Em my, para outro bem de larga dura; Mas jà sey,
Não me fica no mundo outra defensa. [SMO5]
se tivera Sortes a seu mandar, em que escolhera,
vez, quanto nome eternizaste. /
[SAM98]
ferida; Que a Morte contra humanos atrevida,
semelhantes E atè sogra, que agora vos conheço (
A hũa senhora, que estando de mũy bom parecer,
ir, ver, e vencer na antiguidade A dura força da
vejo confiado, astuto, e forte, Parece certo que a
e resoluto, Obras, que a vossas leys são tão
arraial, no combatido Castello; postra seu
Consul, e outro a justo Monarca, tendo o Povo por
a gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por
As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a os
hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada
he que, para dàr tanta saude, Vades tão devagar
/ [SLA94] Em a mesma acção as Religiosas do
se haver em vão achado Em pastas de carvão, foi
estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si
e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o
que he, o que parte! Parte aquelle, que sò partir
possuida, e dezejada. Senhora, se com lagrimas
que a fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis por
sendo ingrata, Como conhecereis a viva, ou
contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos propicios,
iracundo, descifraste, e leste, Porque de Marte o
que no semblante dava Mostras da dor, que o
Mas que pudéra a voz, quando advertida, E ouzado o
Vite, Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do
de Marte o coração celeste Sempre a teu alto
se ja as flores; A planta seca estâ, mortas as
Que por ser mais fermosos; dos mais bellos As
desornada, Que merece em tomarlhe alento, e
com desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o
[SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas por hum
Brotarà cedo cinco• eternas fontes, Que rios
o atormentava, Sem licença do mal, assi dezia:
que em vos sò Trova cortez no mundo se acharà,
celestes, que inda enxutas Ver não merece Amor,
SONETO XXII. Lirico Junto do manso Tejo, que
prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas como
do Minino. Este madeiro, que sem luz, sem tino,
XXXVII. Funebre. D' Aquella flor, que tanto em flor
bosque, donde estava, Envejoso de ver que o mar
outra morte? Prepâra para darme, hum novo
vosco enfermou toda amizade. Que cuidais? perigou
estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu ella o
a dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar na
a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava na
de pé. A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova
Tenho figura, nem para de pé. A mi trovas
contagio, Que perca, a quantos vem, por onde venho. Tambem
contallla; Quanto he mais padecello, que dizello? [SMO59]
contando. Então quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou, e
contar, quantas doutrinas Repartes de hum riquissimo tezouro
Contar, e se contar, quantas doutrinas Repartes de hum
conte por delito, e por offensa. Mas que fora de nos, se esta
contemplo na duvida, que o espera; Tantas, e muitas mais
contenda antiga: Vos, que tanto me dais, que della diga? Eu
contenda. Porem que desvario ha de ser este? Que desvario
contendas Compres a gloria, a pezo da ruina. [SAM9]
contenta. SONETO XLI. Amoroso. Quem lhe ouvir murmurar
contente agora: Trocouse o vento em aura socegada. Despiose
contente De me render aos pès do seu soneto? Hora paguelho
contentes, Se para se pagar de gosto hũa hora, Não bastão mil
contingencia, Do que antes era caso, fez ciencia, Documento
continha os Esposos divinos com a letra: Sedebat sic super
continua tempestade, Dez mil horas de duro apartamento
Conto, lugar, ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu mais que
contra a vossa fermosura. Se vos desta vingança estais
contra humanos atrevida, Contra o divino nunca foy ouzada
contra mi atrevidas, Porem não contra a vossa fermosura
contra o Ceo achou resguardo, Que os estragos despoes não
contra os bõns sempre atrevida! Mas que muito, se vives das
contra quem com torpe estudo Em perseguilla á sorte não
contra seu merecimento. SONETO LV. Amoroso. Vossa
contra seus enganos Seneca, quando diz: Que o bem, que tarda
contra si que mal procura, Quem credito vos der, por ser
Contra as fadigas do dezejo. SONETO V. Moral. E quem me
Contra as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda a voar do
Contra hũa soberana ingratidão. SONETO XCVIII. Amoroso
Contra o divino nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo
Contra o que dizem: Nem de barro à porta) Aposto que inda
contrahio o parentesco de sogra. SONETO LXXIV. Laudatorio
contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por ir
contraria sorte Entre a vontade, e o braço, determinas
contrarias: Ou me esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes
contrario armado: Rendase hoje a seu braço, que he forçado
contrario. Que olhe a Tiberio com progresso vario Altivo
contrario, quem não teve dita. [SMO15] Cada hum he Fado
contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos propicios, Copia do
convalecencia de hum Ministro amigo. SONETO XXIV
convalecendo. [SFE25] De consoada a hũa F. P. SONETO
convento. SONETO XCIV. Laudatorio. Salve, ò Jardim de
convertido Perola sem igual, pouco estimada Do barbaro
convida; Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde não falta o
convidava lhe acabasse certo soneto satirico. SONETO
convinha. He verdade que parte, e que caminha, Mas partese
convinha Sentir somente o mal, e agora o canto He digno de
copia conhecida, Menos me admirarà ver em vós vida, Que
copia? Eu menos, porque Amor não quer que veja. Pois inda a
Copia do Alabastro. /
coração celeste Sempre a teu alto coração responde
coração cubria, Fallava o gesto quanto n' alma havia, Que
coração, de louvor darte; Que não fizesse com mais culto, e
coração o modo, e parte, Ambos provárão mudos a louvarte
coração responde. Postrese Roma a Cesar reverente, Por ir
cores: De que serve encantar no vidro, os annos? Se lhe
cores, e as medidas, desprezastes. [SMO49] Escarmento
cores? Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que os teus
coronel dourado Pende, e desmente. A graça, e a ventura
corpo bellissimo, junto à sepultura. SONETO L. Moral
corrão para o Mar da graça. [SFA87] Respondendo a hum
Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna
Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos consoantes
correspondente, Quem merece alcançar prodigamente
corria Para o Mar, que nos braços o esperava, Jaz hum
corrido, De não nos virdes logo c' um morgado. Huy? donde
Corta do mundo tanto paralello, Que presâgo se mostra em seu
cortada, Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a Morte
cortava Hum Pinho, que nasceu delle defronte. Hora sahio da
corte Braço mais crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo
corte, e cidade. Se foi da dor, que fora do perigo? A mi, que
corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte, Então por se
Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò para mi
Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui me tem de vos tão
cortez no mundo se acharà, Correndo de Cascaes atê Pegû
cortezes, que em vos sò Trova cortez no mundo se acharà
272
SFE30
SFU64
SFA88
SFE40
SFA88
SFE30
SFE25
SAM33
SMO83
SLA36
SFE25
SFE40
SLA18
SFE39
SFE25
SMO50
SSA63
SAM52
SHE54
SHE54
SLA77
SFE78
SFE30
SHE79
SLA77
SMO82
SSA63
SAM20
SFE80
SLA28
SAM7
SMO73
SAM60
SAM52
SMO35
SAM41
SAM52
SFE78
SAM98
SLI62
SHE38
SAM43
SMO16
SAM43
SLI22
SMO16
SMO3
SAM31
SLI29
SAM47
SAM27
SMO32
SAM7
SAM2
SLA95
SLA24
SFE30
SMO59
SAM27
SAM17
SLA36
SAM23
SFE39
SMO82
SAM33
SAM60
SAM45
SFE13
SLA36
SHE42
SLA94
SFU37
SLA94
SAM96
SMO50
SMO59
SAM48
o ser ingrata, E credes que o alrotar que he
Do merito primeiro, que da Morte, A vida te
Jà que as defensas lè, jà que as entende. Ouça os
Cão sò para agourar, rato, que fura, Candea, nem
lè, jà que as entende. Ouça os corvos, tambem
senhora, Que tem que ver toda esta patarata
bem rica. Mel, e assucar? são cousas da botica.
cuydeis que he fraqueza da alma minha, Mas que de
que desdo principio hà que lhe dura Do erro este
por maravilha sucedia, Agora se exercita por
a Deus, sois vos bem rica. Mel, e assucar? são
sem Parente; Quem mais se doe de vos, diz:
em verso. Ao Embaixador• Francisco de Sousa
vê que lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda das
o dizer nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta
em fantazia, Fermosura mayor, que a fermosura:
honra dos dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho
ardo? Não guardais, acendeis mais meus ardores.
tanto, Quanta a esperança foy, he o gosto, e quanto
a esperança foy, he o gosto, e quanto Crecerão com
mas quando Te escuto, em tanto aplauso e fama
Isso não farei eu, não boto a Cristo. Porem
mà hora! Se cuidais que he gracinha o ser ingrata, E
a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por
ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em mais
dura; Mas jà sey, contra si que mal procura, Quem
a luz, consagrase à verdade, Triunfando Portuguez,
pouco dura, Appella a vosso grão merecimento,
Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com tudo eu
estas regras de destreza ensinas, Parmeno, de ti
senhora, fareis, quanto quizerdes; Porem eu quero
esta voz desacredita. Diz me o pò que sou pò? e a
Não cuides que tão cedo me desato. Acaba poes de
para vos dar, minha alegria. Hora acabai de
Que me ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de me
este Rio, Cintia, se for estrancho, ou passageiro,
ventura; Que eu tambem, quando a tive, nunca o
faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não boto a
Prepâra para darme, hum novo corte Braço mais
nas vozes das Sereas. Tantos hà, que arrastando
Porém sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais do mar
se mandou celebrar o Nascimento de hũa Dama,
procura Que soe minha dor, como ousadia? Qual o
a vencer da terra a sombra escura: Rompe o Anjo,
no semblante dava Mostras da dor, que o coração
ouvia A humana voz, vestida em fera dura: Fostes
desconcertos marchetado; E para ser maior, seja
pretende o Fado; Porque a auzencia reparte o seu
me chega a sorte dura A querer que alivie o meu
o Aventureiro Logrão da paz, que falta ao meu
XXVII. Amoroso. Quantas vezes conheço o meu
arguîdo, e desculpado. Deixai sò para mi, pena e
mas que me perca, Estoutra informação dos meus
gentes dados; Não me estranhe ninguem, que meus
XCV. Laudatorio. Quando envolto nos miseros
amigo, Que com vosco enfermou toda amizade. Que
cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se
Toda a vida, sem mais como, nem quando. Se
Antes ser despedido, que enganado. Torno a
me queixe, o aclame dino. Poes deixaime queixar,
XXXVI. Laudatorio: Clarissimo Diogo, quem
O Fado o quis assi, que nos reparte; Mas quem
Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno. Vos
ventura, De quem fostes na vida sustentadas. Bem
o canto He digno de outra gloria verdadeira; Não
triste vida: Porque d' esta cadea nunca erguida Não
a confusão não se remata Em vos, e em mi; mas
para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî jà; e
O mando, que a fortuna lhe usurpàra ? Tu só;
em tanto Que firme ao Firmamento competia,
ser gozado. Desta flor, desta Estrella, celebrada,
requebrada; e ardendo em lumes De hum Amor,
Desta flor, desta Estrella, celebrada, Cuja luz,
de hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi,
de morada fria, Confuza solidão, sò companhia,
Donde vou? donde venho? donde ando? Tudo he
Negros soes, não soes grandes; e o que a todos He
cortezia ? Porem não me direis, minha senhora, Que tem que
cortou o braço duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque
corvos, tambem cos passarinhos: Que a Musica a sy mesma
cos dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta eternamente
cos passarinhos: Que a Musica a sy mesma se defende; E o
Cos parabẽns da Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica da
Coscorões? são peores que folares, Perús? não, que são
costumada sempre ao pranto, Não sabe festejar d' outra
costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado O
costume. [SFU37] Em pezame a hũa D. da morte de hũa sua
cousas da botica. Coscorões? são peores que folares, Perús
Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol me faça. [SAM41] Que
Coutinho. SONETO XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa
couzas o Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia Não
cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he mais
Cova profunda, triste, horrenda, escura, Funesta alcoba, de
crê, alta firmeza; Pello que à May defende, eterna gloria. /
Crecem prezos os rayos vingadores, Certo effeito de todo o
Crecerão com crecerdes de hora em hora. Tanta estrella
crecerdes de hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem como
creces Que os dobrados affectos, que mereces, A quaes
crede, que quando vos resisto, Que me chove a razão; porque
credes que o alrotar que he cortezia ? Porem não me direis
credito da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com que foy
credito floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs cantando
credito vos der, por ser fundadas. Canseime pello vosso
crendo Romano. Vença logo das gentes a esperança, Poes do
Crendo que em vos, como no Firmamento Bella pode viver, e
creo (cà para comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado
creo que es de sorte, Que não por destra a Morte, mas por
crer, mas que me perca, Estoutra informação dos meus
crer me incita Que he vento, quanto neste pò se encerra
crer, não dâs barato O resplandor da gloria tão fingida: Olha a
crer que estais sugeitas A perderdes, como eu, vossa ventura
crer? V. Falla avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu vas
Crerà que foy sem duvida, o primeiro Maltratado das mãos do
cria. [SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum
Cristo. Porem crede, que quando vos resisto, Que me chove a
crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo da mortal esfera
crueis cadeas, Não guardo ovelhas, mas aguardo danos, Das
cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos não fez caro o
cruel, que nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso
cruento Phalaris ouvia A humana voz, vestida em fera dura
cuberto de luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa; E
cubria, Fallava o gesto quanto n' alma havia, Que quiçâ por
cubrir de hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue, e me
cuidado A vontade do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo
cuidado Pelo valor do proprio apartamento. Conta he esta
cuidado Por exemplos de alhea desventura! / [SFE30] Em
cuidado: Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. / [SAM48]
cuydado, E contemplo na duvida, que o espera; Tantas, e
cuydado, Que essas sò são as guardas, do meu norte. Todo o
cuidados. / [SAM8] Pensamentos temerarios. SONETO VIII
cuidados Sejão por tantos modos repetidos. Estes, que ja vos
cuydados De Portugal o Reino se lamenta; Quando a Fortuna
cuidais? perigou corte, e cidade. Se foi da dor, que fora do
cuidais que he gracinha o ser ingrata, E credes que o alrotar
cuidando, Senhor, fallando, obrando, Te offenda minha ingrata
cuidar despoes que inda apartado Quem me assegura a mi, de
cuidarâ a gente, Não que me desprezais, como mofino, Mas
cuydàra, Sem que gastasse em vão toda a eloquencia, Reduzir
cuidareis vos, que he, o que parte! Parte aquelle, que sò
cuydaveis que abaixo Amor profano Era la como o alto Amor
cuydei eu que estaveis vòs guardadas Em my, para outro bem
cuydeis que he fraqueza da alma minha, Mas que de costumada
cuides que tão cedo me desato. Acaba poes de crer, não dâs
cuido que ella propia Ou não sabe, ou não quer saber, qual
cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
cuja doutrina sempre clara, Eximindo a razão da contingencia
Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta do assombro foy, termo
Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos
cujas linguas são louvores. Seja satisfação destes queixumes
cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que
cujo valor não conhecido Foy, do vil lapidario, a quem foi dado
Cujo nome melhor he Sepultura: Quem tantas maravilhas
culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos
culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr nas maravilhas
273
SAM17
SFU64
SAM58
SLA12
SFE30
SLA93
SMO84
SFA53
SFE34
SMO32
SFE70
SFE13
SAM55
SFE39
SLI62
SAM71
SAM71
SMO69
SAM9
SAM33
SAM60
SMO61
SLA18
SAM58
SPR1
SMO10
SAM46
SMO10
SLA74
SAM46
SAM43
SLA56
SHE79
SSA65
SHE42
SFU21
SFE34
SSA65
SAM46
SMO32
SFE13
SAM60
SAM47
SLA77
SMO61
SAM33
SFU21
SAM66
SFE13
SFE34
SMO32
SFE70
SFU37
SFU64
SFE34
SFU37
SAM52
SAM76
SAM96
SAM58
SMO32
SHE100
SAM47
SMO67
SAM91
SAM33
SLI62
SMO61
SMO89
SAM91
SAM31
SAM31
SFE70
SFE25
SLI26
SLI90
SAM98
Qual, senhora, he dos dous, nesta querella O mais
Cercado assi na morte, assi na vida Pagaste como
coração, de louvor darte; Que não fizesse com mais
Malaca, de Albuquerque conquistada Tão
Festivo. Quem poderà com vosco, sor Catuxa,
as honras da memoria A dezejos mais nobres, mais
pode Amor, se no seu proprio Imperio Nada pode
a tive, nunca o cria. [SFA53] A João Nunes da
/ [SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez da
[SMO32] Desde a prizão a D. Antonio Alvarez da
do nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez da
Respondendo a hũ soneto de D. Antonio Alvares da
porque as feridas Nunca podem matar, que não tem
desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima?
tão leda a Morte, Para hum tão largo amor, tão
ô triste estado! Se hum bem, que se alcançou,
Se hum bem, que se alcançou, custa asperezas, Que
de Reo injusto: E a Claudio entronizado a breve
a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve, mas
d' essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria
Olha a que grande preço a tem subida A voz de meu
Sem que o valor do mais constante brio Escape
quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser a
provárão mudos a louvarte Ao entender, se passou
gloria, que por tragicos escritos Resulta de evitar
Tardastes; e entre tanto estes tiranos Casos
humildes de Flerida diante, Nuncios sempre fieis,
/ [SMO10] Quando se vè do mal, o que se não via
de barro à porta) Aposto que inda soes, como ereis
Doces versos, por quem o auxilio espero, Mais que
por sinal tal fermosura. Fermoso esprito pareceis
me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta
Considera, e louva por credito da insigne Vitoria
mansas aguas d' esse breve vazo? Duvidais vos
Meta do assombro foy, termo do encanto, Tanto
hum pouco, em quanto as gentes chorão, Cheas
Pegû. Tende dos vossos consoantes dò: E quando
Pescador, qu' he da tormenta Nas mansas aguas
por quem o auxilio espero, Mais que d' Apollo,
essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem muito
Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer
ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida: Porque
da que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor,
nas idades peregrinas! Com idade de prata, e pena
Varre o chão, com desprezo antes olhado! O docel
de costumada sempre ao pranto, Não sabe festejar
hoje a seu braço, que he forçado, Pois nunca
LXVI. Amoroso. Força he acabar no amor
ser famoso. [SFE13] Respondendo a hũ soneto de
festejar d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a
quem vai com sigo. / [SMO32] Desde a prizão a
Dando os parabẽns do nascimento de hũa Filha a
exercita por costume. [SFU37] Em pezame a hũa
gloria. / [SFU64] A morte do Senhor Infante
vossa mercè? A mi, que mais forçado que em galê,
depois de bautizada. SONETO XXXVII. Funebre.
Amoroso. Paredes: vos guardais os resplandores
derramadas, Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas
quem foi dado; Diâmante que quando mais guardado
culto, e arte Aquella suspensão tão comedida ?
gosto vede, Pobre de quem, vivendo em demazia,
se offreceu a El Rey Nosso Señor o patrocinio
bordava a Aurora, Triste sombra o roubou,
Quando vejo, Senhor, que âs alimarias Da Terra,
SONETO XCI. Amoroso. Batia em hum penedo
gloria verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza
Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir,
Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae
sò, quem hà mister padrinhos. [SMO89] Metafora
Batia em hum penedo da agua erguido Lá na serra
Quando somar a quer, vai muito atento. Riamonos
da Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica
Huy? donde vistes vos ser o Sol nado, Antes
sois vos bem rica. Mel, e assucar? são cousas
o Ceo da sombra carregada, E o manto azul vestio,
Entre as aves pretendes sinalarte No Musico louvor
pretende co' a força do aço forte Medir a condição
culpado, foy contenda antiga: Vos, que tanto me dais, que
culpas as grandezas, Que por premios os Ceos quizerão darte
culto, e arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa alta
culto escreves, cantas tão valente, Que parece que o Barbaro
Cuma tia Abbadeça, como hum ouro. Arredo và de nos o
cumpridos, Porque de pensamentos tão subidos Não sabe a
cumprir, do que promete? [SFU85] Ao naufragio, e morte de
Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que lhe havia
Cunha pelo estillo em que lhe escreveo outro soneto. SONETO
Cunha, que estava na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui me
Cunha. SONETO LXX. Festivo. Compadre, agora sim: cà tenho
Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem digo eu, que sois
cura. Menos fora sentido o golpe duro, A não ser para vos tão
Cura por fora, e dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar
curta a vida. [SSA63] Segundo as leis do certamen da
custa asperezas, Que custaria hum bem nunca alcançado? /
custaria hum bem nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta
custo Do Tempo, que lhe foy duro adversario. Hora, que
custosa. SONETO IX•. Amoroso. Senhora, neste breve
Custosa. SONETO XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella hora he
custoso desbarato. Os anos, os suspiros, as verdades, Tudo
d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e
d' alforria. Serà de marear à fantazia, Que sem rumos
d' ambos a vida. Mas que pudéra a voz, quando advertida, E
d' Amor os danos. Acabe nesta sorte, esta vingança
d' Amor roubarãome os sentidos: Se alcançallos quereis, bem
d' Amor sincero. E se como comigo, foi severo, Com vosco o
d' antes. SONETO X. Moral. Se como haveis tardado
d' antes. [SFE75] Varia idea estando na America, e
d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes de Flerida diante
d' aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra; Mas
d' arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o
d' Elvas, a presteza, com que foy alcançada. SONETO LXXIX
d' entrar (timido a cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre
d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se
d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão nobre vida
d' essa quinta mandeis cà, Para que serve hum elle, hum vos
d' esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido a cazo
d' esse Deus infante; Ide humildes de Flerida diante, Nuncios
d' essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria Custosa
d' essoutros mentecatos) Que das plumas as rosas dos çapatos
d' esta cadea nunca erguida Não cuides que tão cedo me desato
d' estar segura. Em doce sono o Lavrador cansado Do
d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o convidava lhe acabasse
d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente. A graça, e a
d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez da
d' outro braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte
d' Urania os dias; Tempo, nẽ auzencia saberão valerme: Nada
D. Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora
D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe escreveo
D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava na Corte. SONETO
D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo
D. da morte de hũa sua Filha morta pouco depois de bautizada
D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que
D' aquella, que não passa desde alli, Jà nem para homem de
D' Aquella flor, que tanto em flor cortada, Chorais; ò não
D' aquelle proprio Sol, que eu n' alma guardo: Poes que
D' aquelles, por quem são de vos choradas! Mas choradas de
D' entre as mãos de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que
D' essa alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o
D' essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem muito d'
da Academia dos Generosos: denotado em a Tocha sobre a
da agoa, e verdura. Repouza essa ribeira entre a frescura
da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o
da agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar
da alma minha, Mas que de costumada sempre ao pranto, Não
da alta consorte, Já não pode negarlhe a mão devida. Ay do
da altura O firme freixo: a estrella mais segura Varre o chão
da Ambição. SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo no
da Arrabida viçosa Irado o mar com força temerosa, Do fero
da auzencia, se hà lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo
da auzencia. SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da fê tão
da bella Aurora haver nascido? Aposto que vos traz Dona
da botica. Coscorões? são peores que folares, Perús? não
da branca Aurora. A flor, que no botão com medo mora
da branca Aurora; Canta, que viràs mais a levantarte
da branda cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado, Que em
274
SSA86
SSA63
SLA36
SHE79
SFA53
SFE34
SMO32
SFE70
SFE13
SFA88
SAM41
SLA24
SLI22
SFE30
SLA28
SMO69
SPR1
SLA93
SLA28
SLA18
SLA77
SLA28
SAM31
SAM14
SAM7
SAM20
SHE100
SFE75
SPR1
SAM60
SSA86
SAM66
SMO73
SAM2
SFA53
SSA63
SHE79
SFE30
SSA63
SAM6
SLA93
SLA97
SAM7
SAM46
SFE75
SMO73
SAM98
SFU37
SMO32
SMO81
SFU64
SFU21
SMO81
SAM31
SLI29
SFA88
SHE54
SFE39
SLA95
SAM47
SFE75
SPR1
SLA18
SMO16
SAM91
SFE30
SFE40
SLA93
SLA36
SAM47
SLI90
SAM8
SAM14
SLI26
SLA36
SAM43
SMO89
o excesso, ou a ruina. Do poço de Sichem, nem
a vida. [SSA63] Segundo as leis do certamen
só; cuja doutrina sempre clara, Eximindo a razão
Por ir, ver, e vencer na antiguidade A dura força
a tive, nunca o cria. [SFA53] A João Nunes
maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez
/ [SMO32] Desde a prizão a D. Antonio Alvarez
do nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez
Respondendo a hũ soneto de D. Antonio Alvares
Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro
cabe a vida nunca, em quem não caiba O queixume
Que cuidais? perigou corte, e cidade. Se foi
Jaz hum pastor, que no semblante dava Mostras
dando os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada,
serão da Eternidade, Esta, para cerrar bocas
Filho guia, e doce companheiro. [SMO69] Escuzase
vem, por onde venho. Tambem nas mãos resigno
o fim, se não a gloria: Nasce do Amor, renova
A outra cientifica derrama: Ambas chaves serão
He tudo; mas he mais, segundo entendo, A
Repartes de hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e
cerrar bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas
da auzencia. SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir
Foge em fim para vos, desesperada. Pobre
Pâre a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro
paga ao vento, Sem lhe escapar por flor
tomai o exemplo Sendo a os contrarios, Simbolo
para o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão
DO MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase
Acaba poes de crer, não dâs barato O resplandor
cinco• eternas fontes, Que rios corrão para o Mar
Mas se della me valho em meu tormento; Despoes
do Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que he
Musa, que procura Sempre a paz, nunca o premio
seja aos tempos, onde Venha o Mundo a lavarse
Ceptro justo hè este, mais que humano, Eixo quasi,
o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito
Que tem que ver toda esta patarata Cos parabẽns
Vença logo das gentes a esperança, Poes do Filho, e
Verei os olhos, donde o sol fermoso As portas
ou qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste as honras
[SLA97] Celebra o Poëma Epitalamico, dito, Templo
Se em socorro da Fê, foi fabricada; Porque
abrazarem seus amores, Morrei, filhos, co pay,
hum nome, que errou, lhe chamo eu cento. Mortos
e amor jocundo? Que he da velhice? que he
mais crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo
por costume. [SFU37] Em pezame a hũa D.
do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o
Na mocidade os moços confiando, Ignorantes
SONETO LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que
Acabou de vencer a ser vencido Hum Capitão
hora à orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo
pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado, e
Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal
mayor, havendo lhe tornado o livro da defensa
tenhais, bem como agora Com vosco nasce a ser
das couzas o Elemento. Poes se o arrependimento
Vossa Pena com termos levantados Excellencias
O Principe, o Pastor, o Aventureiro Logrão
solto o tão sublime Discurso ao ar; e vou pegar
o mesmo horror, que do naufragio tenho. Jà nem
mas he mais, segundo entendo, A da examinação
fazer, ò sorte escura, Que em dano meu, e afronta
e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor, e
de alhea desventura! / [SFE30] Em estillo
boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos traz
hoje se offrece. [SLA93] Celebrando a Acção
em vão toda a eloquencia, Reduzir ao imperio
frescura; Dorme o prado; e das arvores agora Nem
pranto, Hũa sò hora de armonia acave. E poes que
quedas, voos, e contendas Compres a gloria, a pezo
Amoroso. Aquella Fè de tantos maltratada Foge
Trocouse o vento em aura socegada. Despiose o Ceo
que antes era caso, fez ciencia, Documento geral,
Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce a vencer
Hum Pinho, que nasceu delle defronte. Hora sahio
da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus
da Conceição. Celebrado em Lisboa, e premiado em primeiro
da contingencia, Do que antes era caso, fez ciencia
da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por ir
da Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que lhe havia
da Cunha pelo estillo em que lhe escreveo outro soneto
da Cunha, que estava na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui
da Cunha. SONETO LXX. Festivo. Compadre, agora sim: cà
da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem digo eu, que sois
da defensa da Musica moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar
da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais
da dor, que fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e mais
da dor, que o coração cubria, Fallava o gesto quanto n' alma
da eleição da Tia. SONETO XXX. Festivo. Quem poderà com
da enveja; Aquella, para abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste
da esperança, a que o induzem os passados exemplos. SONETO
da esperança A gloria, que por tragicos escritos Resulta de
da esperança, Fenis, das chamas, em que estàs ardendo, Do
da Eternidade, Esta, para cerrar bocas da enveja; Aquella
da examinação da Poesia. Ouço Platão, em termos eloquentes
da fama faze idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com
da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de muitos. SONETO
da fê tão nobre intento, Fermosa Lici, em vão pretende o Fado
da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là nos dias de outra era
da Fê, foi fabricada; Porque da mesma duvida informada
da fermosura. Mas conhecendo jà, quam pouco dura, Appella
da Flama, Sendo aos propicios, Copia do Alabastro. /
da gente honrada. / [SAM76] A Lucinda, que chorava
da gloria do Escarmento. SONETO I. Proemial. Prezese
da gloria tão fingida: Olha a que grande preço a tem subida A
da graça. [SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta. SONETO
da grave pena se me evita: E emprenhandome mais o
da idade? Que he do vigor constante, e amor jocundo? Que he
da ignorancia. E se rica algum tempo, agora pobre A verdade
da ignorancia. / [SHE54] Estando para nascer o Senhor
da immensa eternidade? Que com pontas na Fè, e na Piedade
da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com que foy alcançada
da Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica da auzencia
da May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E
da manhãa mais cedo abria, Mas em chegando a vellos, se
da memoria A dezejos mais nobres, mais cumpridos, Porque
da Memoria, em as Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal
da mesma duvida informada, Quanto nella se encobre, entende
da mesma morte; E poes morreis honrados, morrei ledos
da mesma morte o dia, e vento, A noite estava para estar
da mocidade? Tragoume a vida inteira o Mar profundo! Hora
da mortal esfera Procura de cegarme todo o Norte Ou
da morte de hũa sua Filha morta pouco depois de bautizada
da morte Foge daquelles, de quem he chamado. Tendes
da Morte, a não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião
da Morte, A vida te cortou o braço duro: Delle perigas, della
da Morte, hoje soldado. Conheceuse, entregouse: mais
da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a Morte
da mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem
da mudança se assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio, o
da Musica moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar. Façame hoje
da noite espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por manto, E
da ouzadia Não nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça
da Patria reprezenta, Com que por vossa Pena a Patria
da paz, que falta ao meu cuidado: Tal guerra lhe fazeis, por
da pena, Para escrever tão simples catorzada? Vedes? não
da perdição do altivo empenho, Poes o fim não fugî, tema o
da Poesia. Ouço Platão, em termos eloquentes, Homero
da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e
da porfia. / [SSA92] Votando ao sublime Evangelista S. João
da praça, dando os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da
da praça: Sem Amor, sem Amigo, sem Parente; Quem mais
da propria Religiosa. SONETO XCIII. Laudatorio. Salve, ò tu
da prudencia O mando, que a fortuna lhe usurpàra ? Tu só
da que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor, d' estar
da republica sonora Entre as aves pretendes sinalarte No
da ruina. [SAM9] Auzencia breve, mas custosa. SONETO IX•
da sem razão, e em vos espera A razão, que dos outros
da sombra carregada, E o manto azul vestio, da branca
da sorte avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado Os
da terra a sombra escura: Rompe o Anjo, cuberto de luz pura
da terra, e foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento em guerra
275
SMO73
SFE30
SSA65
SFA51
SMO73
SAM48
SAM20
SMO50
SMO35
SHE42
SFA51
SFA51
SMO49
SMO57
SAM48
SAM2
SLI29
SMO67
SFU64
SFU64
SAM33
SFE39
SLA94
SFE75
SAM76
SAM96
SMO84
SMO83
SMO35
SAM2
SFE30
SFE80
SAM17
SAM9
SMO44
SAM91
SLA56
SAM43
SAM96
SFE30
SFE70
SLA72
SMO15
SMO16
SMO35
SMO49
SAM8
SMO16
SMO3
SPR1
SLI62
SMO44
SMO10
SMO57
SFA51
SMO57
SMO32
SFE39
SAM23
SFA53
SAM52
SLA24
SAM98
SLI90
SFU64
SAM58
SLA28
SAM47
SLA93
SFE39
SAM2
SFU64
SLA95
SFA87
SLA74
SSA63
SHE42
de mil anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò
os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da eleição
SONETO LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu' he
a belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum amante
Que he do vigor constante, e amor jocundo? Que he
Da fermosura a gloria, sempre unida Aos centros
SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris, do Amor, e
SONETO L. Moral. Armas do Amor, Planetas
hum elle, hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo
d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe
escuto; Pois desta casta de arvores de fruto, Hũa
que isto he Fado, ou que he destino, Que hum não
XLIX. Moral. Como me eu vi voàr com desatino
ser ouvida. Vida tẽns, e teràs, sempre envejada
breve Guardastes, por industria nunca ouvida,
II. Amoroso. Poes são tantos os males padecidos
fonte; e deste rio A verdura regada, ser enveja
Moral. Quando vejo, Senhor, que âs alimarias
do mal futuro, Da tua paciencia fes seu muro,
a sorte, Então por se escuzar do mal futuro,
tão esperada. Ella tardou em vir, como rogada
ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos lastima;
que entrar possa; Porque de tal maneira a Deus he
bayles de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São
mais queridas As vidas podem ser ? que as mortes
não conhecido Foy, do vil lapidario, a quem foi
Moral. Porque, fortuna, quanto o Amor me hà
hà que lhe dura Do erro este costume, a o mundo
velho astuto. T. Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns
males padecidos Da Fortuna, e do tempo ás gentes
sestro agouro, Se sobre feiticeira inda sois bruxa.
tudo eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas se o
culpado, foy contenda antiga: Vos, que tanto me
e tal conquista? Se hà mais ganho na gloria, que
Moral. Gastas em vão, Lesbina, os teus enganos;
medonhamente repetido. Sereno Pescador, que a
Quando em vossos louvores ocupâra, Sabio
academico se mandou celebrar o Nascimento de hũa
[SAM96] Lamentando o infelice cazamento de hũa
alhea desventura! / [SFE30] Em estillo da praça,
lastîma, que o mal, que se exprimenta. / [SFE70]
Pode juntar em si do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey
mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu
Pudeste mais fazer, ò sorte escura, Que em
molher descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro sem
se a tragedia solicita Algũa sem razão, que no meu
vento es caído. Justiça foi do Fado obedecido Teu
em fera dura: Fostes cubrir de hũa razão meu
A quem em vão, a emenda lhe prometo? Mais
por tragicos escritos Resulta de evitar d' Amor os
crueis cadeas, Não guardo ovelhas, mas aguardo
os annos? Se lhe resistes, dâs mais força aos
bem que são idos, Buscayos pelo rastro dos meus
em te estár consiste O vencimento dos mayores
de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò
danos: Vence, sem batalhar; que os desenganos
norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da morte Foge
por fora, e dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por
vinda temo mais, do que o caminho, Porque para me
que tẽns as Musas por amigas, Que louvor te hà de
Muros erão, donde a sorte dura Roubou, para vos
sarais com vosco a tantos, Força he que, para
Entretense, traçandome outra morte? Prepâra para
o rigor de Fili agora, Que em quantos triunfos, pode
as grandezas, Que por premios os Ceos quizerão
quando advertida, E ouzado o coração, de louvor
e Vida. / [SLA28] Elogio a hum Livro de destreza
essa ribeira entre a frescura; Dorme o prado; e
Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis,
vê que lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda
sirvão para desenganos. / [SAM2] Versos pregão
Mas que muito, se vives das proezas, Que morras
a farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente livro
elemento? Apenas pos o Ar hum leve alento, Que
Conhecivos Esposa em igual preço Envejada
Triunfando Portuguez, crendo Romano. Vença logo
dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede
da terra. Melhor• hà de mil anos que a desterra Hum sono
da Tia. SONETO XXX. Festivo. Quem poderà com vosco, sor
da tormenta Nas mansas aguas d' esse breve vazo? Duvidais
da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo, muitas dores não
da velhice? que he da mocidade? Tragoume a vida inteira o
da ventura, que não teve. Que mal se atreve, quando a vos
da ventura; Que hũa hora foi engano, outra escarmento
da Ventura, Olhos, adonde sempre era alto dia, Perfeição, que
da vida, e o Tempo. SONETO XXXV. Moral. Vida Quem chama
dà: e se algum dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede
dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se
dà nada, e tudo outro promete: Temei embora humano, e amay
Da baixa sorte, para o estado honroso, Logo o voo julguei por
Da cobiça, e ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode
Da fermosura a gloria, sempre unida Aos centros da ventura
Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não me estranhe
Da que mais verde entre esmeraldas seja; Horido o bosque, o
Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece
Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi na morte, assi na
Da tua paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza fes seu forte
Da viva saúdade, que ainda• dura. Hora bem pode vir, e estar
Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que
dada, Que quanto mais depressa a Deus se entrega, Mais
dadas nove; a luz, e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda
dadas Por lagrimas tão bellas repetidas ? [SLA77] Em
dado; Diâmante que quando mais guardado D' entre as mãos de
dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas, o
dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he de mais
dado T. Ay, Vida, como passas? V. Perseguida. T. De quem? V
dados; Não me estranhe ninguem, que meus cuidados Sejão por
Daime por vida vossa à vida suxa; Mas matallo tambem: isto
dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se o digo
dais, que della diga? Eu, que não posso ja, se não dizella? Vos
dais vista, Que monta o cabedal do sofrimento. Amor tanto
Dalhe licença, murchem se ja as flores; A planta seca estâ
Daliana Adora; vendo ja que se estremece A firma penha
Dalizo, a vos, Musa, instrumento, Então vos digo eu, que cada
Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII
Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor não
dando os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da eleição da Tia
Dando os parabẽns do nascimento de hũa Filha a D. Antonio
Daniel, que todos monta. [SMO73] Em dia de Cinza, sobre as
dano ensaya, Esta dor, que minha Alma em mi, cativa, Vos sò
dano meu, e afronta da porfia, Ir a justificar a tirania
dano meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida, como passas? V
dano O mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe
dano; porem deveslhe o escarmento: Que em fim se não
dano, Que a todos desobrigue, e me emmudeça A vista do
dano trouxe a paz, do que a contenda. Porem que desvario ha
danos. Acabe nesta sorte, esta vingança; Sepultemse comigo
danos, Das fermosas Raqueis vendo os enganos, Sem a
danos, Medindote• os estragos, pellas dores; Quanto forão
danos. O seguyos, prendeyos; porque logo Teme que foje
danos: Vence, sem batalhar; que os desenganos Dão pezada
dão flores. A cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas o
Dão pezada vitoria, e triunfo triste. A cobiça pizada; e
daquelles, de quem he chamado. Tendes riqueza, tendes
dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano
dar mayor desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte, cedo. /
dar meu fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão dito
dar, minha alegria. Hora acabai de crer que estais sugeitas A
dàr tanta saude, Vades tão devagar convalecendo. [SFE25]
darme, hum novo corte Braço mais crú? Espada mais severa
darte a Arte. [SAM91] Metafora Alegorica. SONETO XCI
darte. O Morte contra os bõns sempre atrevida! Mas que
darte; Que não fizesse com mais culto, e arte Aquella
das Armas, composto pello General Diogo Gomes de Figueiredo
das arvores agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a
das chamas, em que estàs ardendo, Do Amado, o amado
das couzas o Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia
das dores. SONETO II. Amoroso. Poes são tantos os males
das envejas, ò Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi lauas
das Excellencias de Portugal, escrito pello Doutor Antonio de
das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se he do campo a
das flores: mas que importa, Se May fostes, con rayos
das gentes a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza
das lastimas o pranto. Sempre, ò Troya, es felice; poes
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SFA51
SAM4
SAM6
Raqueis vendo os enganos, Sem a promessa ouvir,
Crerà que foy sem duvida, o primeiro Maltratado
se esquece; o Marinheiro Jáz, sem temor
bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste, Mundo
(Ou em qualquer d' essoutros mentecatos) Que
os bõns sempre atrevida! Mas que muito, se vives
sete perdi, tiranos Sempre os Fados nas vozes
Socorrey, e guiay, entre as porfias Dos erros, e
terras, e mares, Sem provar forças mais que as
que tão cedo me desato. Acaba poes de crer, não
encantar no vidro, os annos? Se lhe resistes,
lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia
cadeas, Não guardo ovelhas, mas aguardo danos,
Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto
a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi rosa
o esperava, Jaz hum pastor, que no semblante
geral, da sorte avara. Hoje o Mundo, que ordenas,
Sà de Meneses. SONETO XII. Laudatorio. Malaca,
A querer que alivie o meu cuidado Por exemplos
seja este Soneto. / [SAM4] Amor escudo
e dentro de vos viva. / [SMO16] Nova invenção
em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril
Dom Antonio, a dura sorte. Soes mancebo, folgais
/
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de Paiva
o que não pode hum seculo de pranto, Hũa sò hora
entre as lagrimas, que escuto; Pois desta casta
por novo Imperio, Digno de Cesar he, digno
na America, e perturbado no estudo por bayles
que agora vos conheço (Contra o que dizem: Nem
D. da morte de hũa sua Filha morta pouco depois
O desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho
Por isso eu disse jà que o desengano Era hũa alma
P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar
Aver que por se haver em vão achado Em pastas
vos sò Trova cortez no mundo se acharà, Correndo
do famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira
que he fruto abençoado. Ninguem mais fez num ano
severa? Que faz o Rayo da mortal esfera Procura
Votando ao sublime Evangelista S. João a profissão
por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por ley
Senhor: Aventurar por novo Imperio, Digno
não mande acordar tão cedo a gente Com carapuças
que abaixo Amor profano Era la como o alto Amor
sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em dia
julgarà de reverencia, E a vos, odio, por homem
he mais padecello, que dizello? [SMO59] Antes
de hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso. Cem dias
cuydeis que he fraqueza da alma minha, Mas que
Não cuides que tão cedo me desato. Acaba poes
Roubou, para vos dar, minha alegria. Hora acabai
ser famoso. [SFE13] Respondendo a hũ soneto
ti, que tẽns as Musas por amigas, Que louvor te hà
III. Moral. Musa, façamos mais hum desvario Todo
Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a hum Livro
SONETO XXVIII. Laudatorio. Quando estas regras
do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo, ou
Aposto que em Coimbra algum letrado Disse que foi
O peito, porque o peito a Amor rendeste, Livro
do que sou perder o tino Aquelle assombramento
Brando filho do Zefiro suave, Que com suaves leis
os meus. Que avaro intento esconde Tal fonte
Cem dias de continua tempestade, Dez mil horas
Que avaro intento esconde Tal fonte de doçura, e
A gloria, que por tragicos escritos Resulta
es felice; poes acabas Com tão altos penhores
das Armas, composto pello General Diogo Gomes
que viràs mais a levantarte, Comedindo o rigor
o Mundo nada. / [SAM58] Amante suspenso diante
Dous a dous, tres a tres, e quatro a quatro, Entrão
que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes
Por ver, se são de vos melhor ouvidos. Não
com que me queixo. [SMO57] Tomando o habito
/ [SLA12] Ao Poema de Malaca conquistada
o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que
lagrimas, que escuto; Pois desta casta de arvores
ao Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence
que espero de ver dias contentes, Se para se pagar
das Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o
das mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma
das ondas, descuidado. O Principe, o Pastor, o Aventureiro
das perfeições, que em ty guardaste; Perola, que tiveste por
das plumas as rosas dos çapatos Não teve Portugal, tal Dom
das proezas, Que morras das envejas, ò Duarte? [SSA65]
das Sereas. Tantos hà, que arrastando crueis cadeas, Não
das sombras, que ignorante O desvião do porto verdadeiro
das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego amoroso de hũa
dâs barato O resplandor da gloria tão fingida: Olha a que
dâs mais força aos danos, Medindote• os estragos, pellas
Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas o
Das fermosas Raqueis vendo os enganos, Sem a promessa
Das Leys, que lhes puzestes ordinarias; E logo vejo, quantas
Das que se preza Abril, Mayo se ufana, Que em vendo essa
dava Mostras da dor, que o coração cubria, Fallava o gesto
de admirado Os louvores confunde em alegria, Quando hum
de Albuquerque conquistada Tão culto escreves, cantas tão
de alhea desventura! / [SFE30] Em estillo da praça, dando
de Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora: se não levo às
de Amor, novo tormento. SONETO XVI. Moral. Pudeste mais
de Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão
de andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai
de Andrade, Autor do Livro, que se intitula Casamento
de armonia acave. E poes que da republica sonora Entre as
de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A
de Augusto; Porque hum peito real, alto, e robusto Pede
de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove; a luz, e
de barro à porta) Aposto que inda soes, como ereis d' antes
de bautizada. SONETO XXXVII. Funebre. D' Aquella flor, que
de bom humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos mais hum
de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos lastima
de Caparica, De que vos, Prima, não façais esgares? Porque
de carvão, foi convertido Perola sem igual, pouco estimada
de Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos consoantes dò: E
de Castro. SONETO XCIX. Laudatorio. Repouza nesse Tumulo
de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e Marido. Mas
de cegarme todo o Norte Ou pretende co' a força do aço forte
de certa Religiosa, que se celebrou em seu dia. SONETO XCII
de certamen, hũns olhos negros, e pequenos. SONETO XLVIII
de Cesar he, digno de Augusto; Porque hum peito real, alto, e
de cilicio preto. Torre velha. Segunda feira. Vosso. /
de cima? Não! que posto que Amor cada hum se estima, O
de Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII
de conciencia, Vendovos tão sezudo, e tão pezado. Dous a
de confissão. SONETO LIX. Moral. Eu que faço? que sei? que
de continua tempestade, Dez mil horas de duro apartamento
de costumada sempre ao pranto, Não sabe festejar d' outra
de crer, não dâs barato O resplandor da gloria tão fingida
de crer que estais sugeitas A perderdes, como eu, vossa
de D. Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora
de dar meu fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão
de desconcertos marchetado; E para ser maior, seja cuidado
de destreza das Armas, composto pello General Diogo Gomes
de destreza ensinas, Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que
de desvio Ver, como vai o Mundo concertado; Porque nem
de Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com
de Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus
de ditoso: Tem me os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os
de doce canto, Tão grande imperio tẽ ns nas almas, quanto
de doçura, e de elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão
de duro apartamento, Quarenta mil instantes de tormento, E
de elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão, Banho
de evitar d' Amor os danos. Acabe nesta sorte, esta vingança
de famosa, Que mais segura estàs, que antes estavas: Porque
de Figueiredo. SONETO XXVIII. Laudatorio. Quando estas
de Fili agora, Que em quantos triunfos, pode darte a Arte
de Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz
de flamas tacitas ardendo Astutos Palladioens em simples
de Flerida diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se
de flores, de lastimas se cobre A pobre humilde Musa, que
de Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de
de Francisco de Sà de Meneses. SONETO XII. Laudatorio
de frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a
de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que
de gloria sempre avaras, Quem vence humilde Fado: este, ou
de gosto hũa hora, Não bastão mil idades differentes
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SAM14
SAM33
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SFE34
De que vos, Prima, não façais esgares? Porque
Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte
Poetico elegante, composto por hum Religioso
que não passa desde alli, Jà nem para homem
Tem te, homicida. Voltouse, e respondeu: Tal vay
XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa carta he jà
que se vos roubàrão os amores, Là co Ceo se hão
com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo não foi
Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos,
foy, he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes
por delinquente. / [SLA18] Em resposta
academico se mandou celebrar o Nascimento
/ [SAM96] Lamentando o infelice cazamento
atê nos passos tras preço, e ventura, Tão merecida
/ [SFE70] Dando os parabẽns do nascimento
Em estillo da praça, dando os parabẽns à sobrinha
humana voz, vestida em fera dura: Fostes cubrir
das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego amoroso
costume. [SFU37] Em pezame a hũa D. da morte
as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação
humano, e amay divino. / [SAM52] Ao silencio
do que promete? [SFU85] Ao naufragio, e morte
que mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte
sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia
sò que as afagues, e que as sigas; Que a fê que mais
Contar, e se contar, quantas doutrinas Repartes
e ventura, Tão merecida de hũa fé tão pura, E
Entre• vos tem, seu resplandor guardado. Ceo
de ser linda, que espante. Agora manquejardes
que estaveis vòs guardadas Em my, para outro bem
ver, se são de vos melhor ouvidos. Não de flores,
Livro não, màs Piramide famoso He o que vés
cobiça pizada; e escarnecida A ambição; cada qual
a voz, quando advertida, E ouzado o coração,
da terra a sombra escura: Rompe o Anjo, cuberto
de Portugal, escrito pello Doutor Antonio de Sousa
dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he
vestuario estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema
a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei
lendo: Não tem geito de ser a d' alforria. Serà
soberano? O Catholico Ceptro he Lusitano, Que
Marte iracundo, descifraste, e leste, Porque
T. Que me ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes
A vontade do prodigo alvedrio. Não nos sirva
Poema de Malaca conquistada de Francisco de Sà
fingida: Olha a que grande preço a tem subida A voz
primeiro Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay
SONETO LX. Amoroso. Que queres mais
he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis
canto não; humilde rogo ao vento, Torne a buscar
illustre em sangue, e esprito, Tu que queres
das mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay
A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay
meu pezar, nas glorias se exercita. Hora vença, e
Sol, que eu n' alma guardo: Poes que guardais
Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà
Quia puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà
Quarenta mil instantes de tormento, E hum milhão
E a fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes
rendido. / [SAM66] Tradução do estimado Soneto
profunda, triste, horrenda, escura, Funesta alcoba,
verdade. /
[SLA74] A hũa senhora, que estando
a voar do arduo ao impossivel: E para me perder
bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal
o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser
Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia
Cuma tia Abbadeça, como hum ouro. Arredo và
Se conte por delito, e por offensa. Mas que fora
Por outro tal remendo quiz hum dia (Arredo và
Se como haveis tardado, desenganos, Vindes hoje
Perús? não, que são passaros vulgares. Porco? sò
Que os cabellos, que Amor laços fazia, Por premio
da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là nos dias
Sentir somente o mal, e agora o canto He digno
e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão Diogo
sempre temer, sempre hum estado. Jà propuz
para homem de guadameci Tenho figura, nem para
de graças, e• benções aos pares, Disso, graças a Deus, sois
de graças, que com graça eterna Brotarà cedo cinco• eternas
de grandes partes. SONETO LXXII. Laudatorio. Este, que falla
de guadameci Tenho figura, nem para de pé. A mi trovas
de guerra; Se vos todos andais comigo cegos, Que esperais
de guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me cativa
de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S. pello
de Hesperides guardado. Em gloria prometeu, todo o tormento
de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem
de hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem como agora Com
de hũa carta em verso. Ao Embaixador• Francisco de Sousa
de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal. SONETO
de hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor não
de hũa fé tão pura, E de hum tão limpo amor, tão esperada
de hũa Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX
de hũa Prelada, da eleição da Tia. SONETO XXX. Festivo
de hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue, e me
de hũa Senhora desenganada antes de tempo.• SONETO
de hũa sua Filha morta pouco depois de bautizada. SONETO
de hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso. Cem dias de continua
de hũas bem vistas paredes. SONETO LII. Amoroso. Paredes
de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute a Terra
de hum General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de vencer a
de hum Ministro amigo. SONETO XXIV. Laudatorio
de hum par, por mais que digas, Vè, quando escreves, outro
de hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e da fama faze idade
de hum tão limpo amor, tão esperada. Ella tardou em vir
de humanas estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si
de inconstante (Apalpando do pejo, e do despejo) Mal he
de larga dura; Mas jà sey, contra si que mal procura, Quem
de lastimas se cobre A pobre humilde Musa, que procura
de letras, que preciosas Pedras são, mais que porfido e
de longe brada, Por ver, se de ty pode ser ouvida. Vida tẽns
de louvor darte; Que não fizesse com mais culto, e arte
de luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa; E entre
de Macedo. SONETO XCV. Laudatorio. Quando envolto nos
de mais passage, e fermosura. Em fim não passarei, temendo
de Malaca conquistada de Francisco de Sà de Meneses
de mandar de Caparica, De que vos, Prima, não façais esgares
de marear à fantazia, Que sem rumos tambem, se vai
de Maria, e Deus em igualdade Defende a luz, consagrase à
de Marte o coração celeste Sempre a teu alto coração
de me crer? V. Falla avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu
de medo, ou de desvio Ver, como vai o Mundo concertado
de Meneses. SONETO XII. Laudatorio. Malaca, de
de meu custoso desbarato. Os anos, os suspiros, as verdades
de mi! ay de mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo
de mi, Idolo ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida
de mi, mais, do que eu mesmo, Ensinaime a viver com minha
de mi, quanto deixára. Algũns (não como vos) mostrarão
de mi, que assi me obrigas? A ti, que tẽns as Musas por
de mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro
de mi, que me chega a sorte dura A querer que alivie o meu
de mi riase a gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por
de mi, se eu nelles ardo? Não guardais, acendeis mais meus
de mil anos que a desterra Hum sono, que esta voz
de mil anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra
de milhões de saudade, Hà, despoes que parti essa Cidade, Se
de modo o vosso engano, Que a todos o meu mal, bem lhes
de Monsieur de Voiture Poeta Francés. SONETO LXVI
de morada fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome
de mũy bom parecer, contrahio o parentesco de sogra
de muitos modos, Finje que a honra he certa no perigo. Pois
de muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e deste
de nada a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima, esta
de Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que deixando
de nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira inda sois bruxa
de nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida
de nòs o sestro agouro) Remendarme a cabeça outra porfia
de novo apercebidos; A troco de vos ver tão prevenidos
de o dizer nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo
de o esperar, veja algum dia Soltos a o brando vento boliçoso
de outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem era, Por
de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza da
de Paiva de Andrade, Autor do Livro, que se intitula
de passar o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto
de pé. A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova cortez no
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SHE42
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SFU21
SAM6
SMO89
em tanto Que firme ao Firmamento competia, Cuja
quem ma estime: Que a palha para o asno, ave hè
queixas serão; e quando muto, Hum modo he
A dezejos mais nobres, mais cumpridos, Porque
[SLA95] Elogio ao Excellente livro das Excellencias
da Memoria, em as Bodas dos Serenissimos Reiis
siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga, Assaz
atê que possa tanto, Que o que não pode hum seculo
idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com idade
e se taes conceitos, Tão divinas; tão longe
mais fez num ano de cazado: (Sois home em fim
Dizes que espere; ou bem jà como Augusto: Hum
bezouro, E que andeis a callar, como cartuxa. Ha
e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna,
(Apalpando do pejo, e do despejo) Mal he tambem,
A vista do tormento, e do tirano. E a fim
despoes que inda apartado Quem me assegura a mi,
que me poupe, ou que me reja? Porque me hei
inda despoes de tantos me confio, De quem me hey
padeça a afronta, e a desventura? A quem me hei
dias de outra era: Mas quem foi, quem vos disse,
o tempo a nos vem, sò o da morte Foge daquelles,
cansada, Que faz que do viver a gosto vede, Pobre
a Tiberio com progresso vario Altivo Emperador,
vos vir, Apetite disfarçado, Digno vos julgarà
pode viver, e estar segura. Que a Rosa viva là,
SONETO XCIV. Laudatorio. Salve, ò Jardim
Ao Poema de Malaca conquistada de Francisco
mil instantes de tormento, E hum milhão de milhões
me cativa, quanto a vou mais lendo: Não tem geito
E inda o he mais para mi a rua nova. Poes se ha
quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga, Prezandose
porque o Mar sempre he salgado, Deixa sempre
a paz, do que a contenda. Porem que desvario ha
SONETO LXXIV. Laudatorio. Quando deixareis vos
Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella
dura. Hora bem pode vir, e estar segura, Que hà
inverno, assombra ao claro estio. Hora se servirà
cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com a causa
que quando mais guardado D' entre as mãos
quem quizer, do roto lenho Para eterna menção
quem não teve dita. [SMO15] Cada hum he Fado
que fica, que mo deixes•. [SMO61] Desenganase
Possa temer o excesso, ou a ruina. Do poço
de mũy bom parecer, contrahio o parentesco
de destreza ensinas, Parmeno, de ti creo que es
de hũa carta em verso. Ao Embaixador• Francisco
de Portugal, escrito pello Doutor Antonio
/ [SHE38] A El Rey N. S. pello sucesso arriscado
dourado seculo presume: Poes vè que a perfeição
vestido, em flama acesa; E entre tantos sinaes
que os lazos rompa, e que entrar possa; Porque
abrazarvos dos ardores De seus olhos; que a rayos
SONETO XCIII. Laudatorio. Salve, ò tu, que
anda co a brandura apensa) Me defenda tambem,
e Enveja. SONETO XIV. Amoroso. Aquella Fè
Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda despoes
Tal vida levo, Santo prol me faça. [SAM41] Que
jogo: A Agua te não gozou. O quem fizera Que
amoroso de hũa Senhora desenganada antes
Quando estas regras de destreza ensinas, Parmeno,
leis, que teus desdẽns às gentes derão, Com razão
em ambas fortunas venturosa, Se antes nem
Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece embora
hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso
A ambição; cada qual de longe brada, Por ver, se
Norte divino Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador
Crecem prezos os rayos vingadores, Certo effeito
mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte, Fareis
horas de duro apartamento, Quarenta mil instantes
Porque para me dar mayor desgraça, Sei que me hà
lhe obriga a remediallo. / [SHE42] Ao escarmento
Fora mais que hũa gota, a ser medida Co largo Mar
e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça, enveja
de hum General. SONETO XXI. Funebre. Acabou
trocàra as perolas, que chora? Mas que espero
Como Pavão, do bosque, donde estava, Envejoso
de pedras prodiga ouzadia Meta do assombro foy, termo do
de pena, Fallando com perdão da gente honrada. / [SAM76]
de penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem aos
de pensamentos tão subidos Não sabe a terra o fim, se não a
de Portugal, escrito pello Doutor Antonio de Sousa de Macedo
de Portugal. SONETO XCVII. Laudatorio. Dedalo que fabricas
de pouco faço em padecella. Atê nas proprias queixas meu
de pranto, Hũa sò hora de armonia acave. E poes que da
de prata, e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o
de profanos, Não destes por Oraculo aos enganos, Com que
de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas como corrido
de proscrito a Consul, e outro a justo Monarca, tendo o Povo
de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais que he gracinha o
de que esperes Que encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs, e
de que eu tambem manquejo, Se o que a• Galanta quer, quer o
de que ninguem se compadeça, Là traçastes de modo o vosso
de que o estivera? Se para sempre amar, sempre he hũa era
de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou
de queixar, quando me perco? / [SLI62] Memorias, e
de queixar, se o ceo procura Que soe minha dor, como ousadia
de quem era, Por que fosse de vos tão desprezada. Mofino
de quem he chamado. Tendes riqueza, tendes galhardia; E
de quem, vivendo em demazia, D' essas ditas, que tendes, não
de Reo injusto: E a Claudio entronizado a breve custo Do
de reverencia, E a vos, odio, por homem de conciencia
de Rosa estrella, Milagre foy de vosso ser profundo; Ella se
de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a luz, e a vida
de Sà de Meneses. SONETO XII. Laudatorio. Malaca, de
de saudade, Hà, despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia
de ser a d' alforria. Serà de marear à fantazia, Que sem
de ser de nada a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima
de ser dos mestres, mestra. Cera e Marmore offerece a o
de ser ensoço o rio. Se eu erro para mi, porque me emenda
de ser este? Que desvario? seja este Soneto. / [SAM4]
de ser fermosa, Minha senhora Dona Mariana? Nunca jà mais
de ser linda, que espante. Agora manquejardes de inconstante
de ser possuida, e dezejada. Senhora, se com lagrimas
de ser vingado Ver quam mal da mudança se assegura A fonte
de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os amar
de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que foi vendido A
de seu naufragio; Eu viva errado sò, sem mais sufragio, Que
de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu, que
de si, pello que vê nos outros. SONETO LXI. Moral. Onde me
de Sichem, nem da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos
de sogra. SONETO LXXIV. Laudatorio. Quando deixareis vos
de sorte, Que não por destra a Morte, mas por Morte Mais
de Sousa Coutinho. SONETO XVIII•. Laudatorio. Senhor, a
de Sousa de Macedo. SONETO XCV. Laudatorio. Quando
de sua viagem maritima. SONETO XXXVIII. Heroico. Senhor
de tal estado, Se antes, por maravilha sucedia, Agora se
de tal grandeza Tambem vem por sinal tal fermosura
de tal maneira a Deus he dada, Que quanto mais depressa a
de tal sorte, Nunca as humildes lagrimas tem medos. Se
de tanta antiga historia Dos Avòs, que deixaste escurecidos
de tanta offensa, Que he muita jà, se vai de zombaria. Se os
de tantos maltratada Foge da sem razão, e em vos espera A
de tantos me confio, De quem me hey de queixar, quando me
de tão pouco hum triste se contenta. SONETO XLI. Amoroso
de te haver gozado não se honrasse. Mas poes Agua tambem
de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso eu disse jà
de ti creo que es de sorte, Que não por destra a Morte, mas
de ti mesma, hoje te fias. Lesbina, olha esses marmores
de ti mesma te fiavas, Agora nem do templo es temerosa
de tî. Ay não pretendas Alto nome por morte peregrina; Nem
de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo deste Mundo os vîs
de ty pode ser ouvida. Vida tẽns, e teràs, sempre envejada
de Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino. Este
de todo o incendio tardo. Que industria contra o Ceo achou
de todo vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a hum Livro
de tormento, E hum milhão de milhões de saudade, Hà
de trazer a sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia
de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta do Mundo maravilha
de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor he seu
de tudo. SONETO XXII. Lirico Junto do manso Tejo, que
de vencer a ser vencido Hum Capitão da Morte, hoje soldado
de ver dias contentes, Se para se pagar de gosto hũa hora
de ver que o mar cortava Hum Pinho, que nasceu delle
279
SFA53
SHE38
SAM48
SMO81
SAM66
SMO82
SAM76
SFE40
SAM2
SMO32
SAM14
SMO10
SMO15
SAM76
SAM20
SFA88
SHE54
SHE54
SMO89
SSA86
SFE25
SSA86
SSA65
SFE80
SFU37
SHE100
SAM45
SHE42
SFA88
SFE70
SMO89
SLA56
SFE13
SMO15
SFE70
SAM4
SAM41
SAM52
SLA95
SMO44
SAM55
SFE25
SMO82
SMO61
SMO35
SAM46
SMO35
SPR1
SMO57
SAM43
SAM8
SFU37
SLI90
SLA56
SAM58
SLA99
SAM58
SLA97
SMO81
SFE40
SFA88
SFA88
SFA88
SSA63
SSA63
SAM4
SFA88
SAM4
SFA88
SFA88
SFA88
SMO89
SAM23
SAM41
SAM47
SMO3
SMO15
A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum livro
Qual destes triunfos não fez caro o susto, Antes
grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se com mais
eu hum dia a Morte andar folgando Por hum campo
[SAM66] Tradução do estimado Soneto de Monsieur
Tende mão, Esperanças malogradas, Vamos todos
no Ceo. Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são
Amor, sem Amigo, sem Parente; Quem mais se doe
Tornão segunda vez hoje chorados, Por ver, se são
na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui me tem
foi, quem vos disse, de quem era, Por que fosse
Vindes hoje de novo apercebidos; A troco
que a minha alma saya De mi, senhora, e dentro
por quem são de vos choradas! Mas choradas
Que a Rosa viva là, de Rosa estrella, Milagre foy
tambem, de tanta offensa, Que he muita jà, se vai
vos dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza vos
(se em vos força he que vibre) Leite a Razão vos
apenas o tocava O brando vento, apenas o deixava
ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna
Vades tão devagar convalecendo. [SFE25]
da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos montes
Porque se mostrou Deus: e hoje vestido
aleijada. SONETO LXXX. Festivo. Vos aleijada?
melhores Espritos requebrada; e ardendo em lumes
Cera e Marmore offerece a o eterno templo
Ora sente, se quer, qual pêdra os dias? [SAM45]
Tanto d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto
senhoria, Se a grandeza aos pequenos se dispensa,
mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo
abraços. Eillo que chora em vão seu desvario,
deixára. Algũns (não como vos) mostrarão gosto
tal Dom Antonio. Estâ vossa mercê muito contente
isto como? Como? fazendo que a minha alma saya
e Marido. Mas sospeito que estas como corrido,
levo por elle Hum impossivel tal, que o vencer delle
se saiba Que quem lhe tira a voz, a quem se queixa,
Que os estragos despoes não fez, mayores ?
Laudatorio. Quando envolto nos miseros cuydados
ja as flores; A planta seca estâ, mortas as cores:
secreta. Ah senhora, que o dito he pouco escuro:
XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de Caparica,
à sepultura, Sede fieis na morte a hũa ventura,
e temeroso, Se inda despoes de tantos me confio,
dado T. Ay, Vida, como passas? V. Perseguida. T.
a my foy fero. Não temais abrazarvos dos ardores
Vida, como passas? V. Perseguida. T. De quem? V.
A TUBA
Jà no sagrado monte a vida viste. Tem te, não
emfim, que deixando a Empirea altura A graça,
alto intento, Hum seguro temor tẽns conseguido.
esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo, donde
canto, Tão grande imperio tẽ ns nas almas, quanto
e eu prezára. Mas que merece aquelle, que
mudo o alto modello: Mas quando eu bem fizesse em
Mas qual será o epitafio argumentoso Que
? D' essa alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor
Reiis de Portugal. SONETO XCVII. Laudatorio.
cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella a todos co
sò para agourar, rato, que fura, Candea, nem cos
(Que he parte, que anda co a brandura apensa) Me
De lhe dizer ao Autor desta defensa, Que nos
cos passarinhos: Que a Musica a sy mesma se
que ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à May
he Lusitano, Que de Maria, e Deus em igualdade
vitorias não são caras! Gloria vos pode ser ir
he muita jà, se vai de zombaria. Se os avexados
não acho escudo, Não me fica no mundo outra
Camareiro mayor, havendo lhe tornado o livro da
pequenos se dispensa, De lhe dizer ao Autor desta
Não gaste seu valor, por vãos caminhos; Jà que as
ver que o mar cortava Hum Pinho, que nasceu delle
Mas partese, e caminha por tal arte, Que câ vos
em quem não caiba O queixume da dor, que a dor lhe
arvores agora Nem da que mais o Zefiro namora,
Porque nem porque o Mar sempre he salgado,
Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy
de versos, que lhe havia comunicado. SONETO LIII. Familiar
de visto seu feliz misterio? O proprio tempo vencedor vos
de vitoria por ferida Sabe Amor lhas granhais*: tantas vos
de vivos, que a não vião. Os velhos, sem saber o que fazião, A
de Voiture Poeta Francés. SONETO LXVI. Amoroso. Força he
de volta à sepultura, Sede fieis na morte a hũa ventura, De
de vos choradas! Mas choradas de vòs, que mais queridas As
de vos, diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol me faça
de vos melhor ouvidos. Não de flores, de lastimas se cobre A
de vos tão apartado•, Ah senhor Dom Antonio, a dura sorte
de vos tão desprezada. Mofino era eu assàz por mi somente
de vos ver tão prevenidos, Douvos por bem tardados tantos
de vos viva. / [SMO16] Nova invenção de Amor, novo
de vòs, que mais queridas As vidas podem ser ? que as
de vosso ser profundo; Ella se logra delle, e elle della. Fazei
de zombaria. Se os avexados defender pretende, Não gaste
dè, a Enveja: Tanto vivais, que me possais ver livre
dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja
De abraçar pelos pès aquella fonte. Tão soberbo despoes
De Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus nasce, porque o
De consoada a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de
De Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte de
De Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois diz o Amor
De hoje per diante Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu
De hum Amor, cujas linguas são louvores. Seja satisfação
De hum magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e
De hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso. Não sò duvido eu
De lastima lhe dà: e se algum dia Das envejas as lagrimas
De lhe dizer ao Autor desta defensa, Que nos defenda todo o
De lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71]
De longe a vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar
De me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e
De me render aos pès do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois
De mi, senhora, e dentro de vos viva. / [SMO16] Nova
De não nos virdes logo c' um morgado. Huy? donde vistes vos
De novo ao Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence de
De novo se lhe obriga a remediallo. / [SHE42] Ao
De pedras como vôs, e mais estreitas, Os Muros erão, donde
De Portugal o Reino se lamenta; Quando a Fortuna cegamente
De que serve encantar no vidro, os annos? Se lhe resistes
De que serve matar hũa vil ave, E perder, por matalla, a
De que vos, Prima, não façais esgares? Porque de graças, e•
De quem fostes na vida sustentadas. Bem cuydei eu que
De quem me hey de queixar, quando me perco? / [SLI62]
De quem? V. De ti? T. O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he
De seus olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as humildes
De ti? T. O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida
DE CALLIOPE. QUARTA MUSA DO MELLODINO. RIMAS
deças, que em te estár consiste O vencimento dos mayores
dece a honrar a natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza
Dece embora de tî. Ay não pretendas Alto nome por morte
deceo à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida, Por ser là
Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave: Levanta,• esforça
declara Por magoas naturaes seu sentimento? Não canto não
declaralla, Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto he
declare as emprezas gloriosas, Do Ithaco Pereira, e Ulisses
declarei mudo o alto modello: Mas quando eu bem fizesse em
Dedalo que fabricas numeroso Edificio imortal, onde venera
dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e os olhos cerra
dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta eternamente Negro
defenda tambem, de tanta offensa, Que he muita jà, se vai de
defenda todo o Santo dia. E pois que tem tal mão para a
defende; E o pranto he sò, quem hà mister padrinhos
defende, eterna gloria. / [SFU64] A morte do Senhor Infante
Defende a luz, consagrase à verdade, Triunfando Portuguez
defendendo A vida, contra quem com torpe estudo Em
defender pretende, Não gaste seu valor, por vãos caminhos
defensa. [SMO5] Contra as fadigas do dezejo. SONETO V
defensa da Musica moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar
defensa, Que nos defenda todo o Santo dia. E pois que tem tal
defensas lè, jà que as entende. Ouça os corvos, tambem cos
defronte. Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou co Mar
deixa aquella illustre parte, Que não terà melhor, nem melhor
deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu me
Deixa a donzella flor, d' estar segura. Em doce sono o
Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se eu erro para mi, porque
deixado em mi mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em
280
SAM4
SHE100
SLA94
SMO32
SAM17
SAM43
SFE75
SLA56
SFE25
SLA74
SFU21
SLA93
SMO89
SAM9
SMO10
SAM60
SMO49
SLA56
SAM60
SLA24
SAM17
SMO19
SMO59
SPR1
SAM17
SFU64
SAM20
SAM66
SAM7
SAM4
SMO89
SAM20
SAM17
SAM27
SFU64
SAM43
SMO32
SAM31
SFE13
SFE13
SHE100
SAM6
SMO15
SMO35
SFE40
SFE39
SMO11
SFU37
SAM76
SLA94
SMO82
SMO5
SAM98
SMO44
SLA28
SAM76
SAM76
SMO61
SFA51
SMO73
SMO49
SAM60
SAM60
SHE79
SMO83
SMO3
SAM7
SSA63
SMO59
SMO35
SAM47
SLA95
SMO32
SFE34
SHE38
SMO32
SMO44
Quem vence humilde Fado: este, ou aquelle; O
Arbitro do feliz, e infeliz astro. As materias
celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega,
na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado.
Quando delle me queixe, o aclame dino. Poes
Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que
Festivo. São dadas nove; a luz, e o sofrimento Me
rogo ao vento, Torne a buscar de mi, quanto
nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo
de sogra. SONETO LXXIV. Laudatorio. Quando
Mas pois tão nobre vida tens roubada, Para que
ò tu, que de tanta antiga historia Dos Avòs, que
robusto; apenas o tocava O brando vento, apenas o
tormento. Qual serà pois o louco pensamento Que
me tornem a esperança, Mas que se quer, me
te deixo tudo, Que este pouco, que fica, que mo
ver, que perco a dita, Eu me vingo, em saber, que
sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por dizer
os gostos, e as idades; Mas he razão, que poes te
mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por erro me
desprezais, como mofino, Mas que me castigais por
[SMO19] Escusase ao Ceo com a causa de seu
ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por
sorte, esta vingança; Sepultemse comigo meus
foy contenda antiga: Vos, que tanto me dais, que
A vida te cortou o braço duro: Delle perigas,
de vosso ser profundo; Ella se logra delle, e elle
Mostra os socorros, e à batalha incita: Mas se
duvida informada, Quanto nella se encobre, entende
levo por elle Hum impossivel tal, que o vencer
de ver que o mar cortava Hum Pinho, que nasceu
Milagre foy de vosso ser profundo; Ella se logra
Quer, que a vosso desprezo obediente, Quando
na duvida, que o espera; Tantas, e muitas mais,
que da Morte, A vida te cortou o braço duro:
Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos hum
viver a gosto vede, Pobre de quem, vivendo em
Arismetica da auzencia. SONETO XXXI. Amoroso.
SONETO XIII. Festivo. Hora bem digo eu, que sois
Dom Antonio, em vossos tratos; E não sois sò
Señor o patrocinio da Academia dos Generosos:
a quem a Aurora Graça sempre pedio? E os brancos
fazendo que a minha alma saya De mi, senhora, e
SONETO XXXV. Moral. Vida Quem chama
Cazinha desprezivel mal forrada, Furna là
alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e
teu teatro? A mi não pelo menos, que estou vendo
a hũa D. da morte de hũa sua Filha morta pouco
Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente, As
de tal maneira a Deus he dada, Que quanto mais
sey, contra si que mal procura, Quem credito vos
do dezejo, Que grande bem, que grande paz me
Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me
hũa hora As leis, que teus desdẽns às gentes
mesmo que hũa intrepida peleja, A outra cientifica
constantes, resolutas? Resolutas, constantes,
Quem merece alcançar prodigamente
foge. O sangue, a fermosura, Tudo vai pela terra
e muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se
de mil anos que a desterra Hum sono, que esta voz
SONETO XLIX. Moral. Como me eu vi voàr com
cadea nunca erguida Não cuides que tão cedo me
grande preço a tem subida A voz de meu custoso
Misterio, que em duvidas esconde Marte iracundo,
temendo a sorte? Tambem, tanto temor he
Moral. Musa, façamos mais hum desvario Todo de
idades differentes? [SAM7] Conhecendose a hũa
eternidade? Que com pontas na Fè, e na Piedade,
ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa
minha? V. Esse he meu fruto. T. Es molher
esquece; o Marinheiro Jáz, sem temor das ondas,
Visse o Mundo que fora esta excellencia Ou
folgais de andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e
mais forçado que em galê, D' aquella, que não passa
às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a Fama, E
vai sem vos, quem vai com sigo. / [SMO32]
que por temer o Mundo hũa hora As leis, que teus
deixai que a fortuna me atropelle, Que tão grandes vitorias
deixai, tomai o exemplo Sendo a os contrarios, Simbolo da
Deixai que os lazos rompa, e que entrar possa; Porque de tal
Deixai sò para mi, pena e cuydado, Que essas sò são as
deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não que me desprezais
deixando a Empirea altura A graça, dece a honrar a natureza
deixão sò nesta varanda muda: Quando a Domingos, que
deixára. Algũns (não como vos) mostrarão gosto De me
deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he mais para mi a
deixareis vos de ser fermosa, Minha senhora Dona Mariana
deixas cà, se suas forão, A Verdade, a Justiça, e a Prudencia
deixaste escurecidos, Os brazões altos, e altos apellidos
deixava De abraçar pelos pès aquella fonte. Tão soberbo
deixe tal comercio, e tal conquista? Se hà mais ganho na
deixem o escarmento. [SMO11] Mundo he Comedia. SONETO
deixes•. [SMO61] Desenganase de si, pello que vê nos
deixo o engano. / [SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas
deixo. Sabeis hora, onde estâ o engenho posto? Não certo nos
deixo tudo, Que este pouco, que fica, que mo deixes•
deixou a enfermidade; Salvo se conheceo (e com verdade) Que
delinquente. / [SLA18] Em resposta de hũa carta em verso
delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os amar, não foram
delito, e por offensa. Mas que fora de nos, se esta, se algũa
delitos, Antes que sirvão para desenganos. / [SAM2]
della diga? Eu, que não posso ja, se não dizella? Vos, que ma
della estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu ella o corte
della. Fazei outro milagre em mi segundo; Que nem porque lhe
della me valho em meu tormento; Despoes da grave pena se
della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos
delle De novo ao Mundo sei, que as farà raras. Com mãos
delle defronte. Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou co Mar
delle, e elle della. Fazei outro milagre em mi segundo; Que
delle me queixe, o aclame dino. Poes deixaime queixar
delle quizera Antes ser despedido, que enganado. Torno a
Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu
delles: Que elles vem publicando paz à Terra: E vos, não sei
demazia, D' essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem
Deminuir da fê tão nobre intento, Fermosa Lici, em vão
Demonio, Meu senhor Dom Antonio, em vossos tratos; E não
Demonio para os ratos, Mas para as proprias rãns do charco
denotado em a Tocha sobre a Pedra, que tem por sua Empreza
dentes, Por quem trocàra as perolas, que chora? Mas que
dentro de vos viva. / [SMO16] Nova invenção de Amor
dentro em mi? Tempo O Tempo ouzado. V. Entraste sem
dentro mais que inferno escura, Fresta pequena, grade bem
dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno
Dentro do vestuario estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema
depois de bautizada. SONETO XXXVII. Funebre. D' Aquella
deposita o sol, em conchas brutas. Mas lagrimas celestes
depressa a Deus se entrega, Mais propriamente Deus a farà
der, por ser fundadas. Canseime pello vosso nascimento
dera? Ou (por força) com elle hoje fizera, Que me não vira em
dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu, para tirarmas
derão, Com razão de ti mesma, hoje te fias. Lesbina, olha
derrama: Ambas chaves serão da Eternidade, Esta, para
derramadas, Cometas são no Ceo. Ay pellas vidas D' aquelles
Derramadas, constantes, resolutas? Resolutas, constantes
derramado. Perdese o grande, perdese o fermoso, Sem que o
derrete, Val pouco; mas o celebre ouro fino Nem reconhece a
desacredita. Diz me o pò que sou pò? e a crer me incita Que
desatino Da baixa sorte, para o estado honroso, Logo o voo
desato. Acaba poes de crer, não dâs barato O resplandor da
desbarato. Os anos, os suspiros, as verdades, Tudo là te
descifraste, e leste, Porque de Marte o coração celeste
desconcerto; A quem passar avante, assi lhe importe. Que
desconcertos marchetado; E para ser maior, seja cuidado A
desconhecida. SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà, cesse
Descreve hum novo Imperio soberano? O Catholico Ceptro he
Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por delito, e
descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro sem dano meu? V
descuidado. O Principe, o Pastor, o Aventureiro Logrão da
desculpa, ou razão desta fortuna. / [SAM96] Lamentando o
desculpado. Deixai sò para mi, pena e cuydado, Que essas sò
desde alli, Jà nem para homem de guadameci Tenho figura
desde vos, rendei terras, e mares, Sem provar forças mais
Desde a prizão a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava na
desdẽns às gentes derão, Com razão de ti mesma, hoje te fias
281
SMO83
SAM43
SFE39
SMO61
SFE39
SAM2
SMO57
SMO44
SMO44
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SAM27
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SAM55
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SAM20
SAM8
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SAM17
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SHE100
SLA28
SLA28
SFE40
SMO89
SMO3
SMO3
Mas se, por ser trilhado, me assegura? Não: que
pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà
[SFE39] Ao novo emprego amoroso de hũa Senhora
este pouco, que fica, que mo deixes•. [SMO61]
XXXIX•. Festivo. Por isso eu disse jà que o
agora pobre A verdade sô quer para doçura, O
dos mayores danos: Vence, sem batalhar; que os
melhor, que para amores, Taes desenganos, para
dores; Quanto forão melhor, que para amores, Taes
comigo meus delitos, Antes que sirvão para
antes. SONETO X. Moral. Se como haveis tardado,
razão, e em vos espera A razão, que dos outros
que dos outros desespera; Foge em fim para vos,
seu merecimento. SONETO LV. Amoroso. Vossa
o sono leve Repouzo seja sò: e o sonho seja A
mais, do que o caminho, Porque para me dar mayor
A Verdade, a Justiça, e a Prudencia? / [SLI22]
que por vossa Pena a Patria aumenta Meritos nas
penha, donde o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa
olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e
Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que a todos
vai por teus primores A pobre Musa minha
vejo, Ditoso tu, que vàs, adonde queres. [SAM23]
Tantas, e muitas mais, delle quizera Antes ser
chorar a fonte, e que de frio O rio pâra, o prado se
de inconstante (Apalpando do pejo, e do
agora: Trocouse o vento em aura socegada.
cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda
Do fraudulento hospicio, jà chegado; As carrancas
De abraçar pelos pès aquella fonte. Tão soberbo
contra o Ceo achou resguardo, Que os estragos
Antes ser despedido, que enganado. Torno a cuidar
tormento, E hum milhão de milhões de saudade, Hà,
incita: Mas se della me valho em meu tormento;
do sofrimento. Amor tanto nas penas se melhora,
vos disse, de quem era, Por que fosse de vos tão
deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não que me
escurecidos, Os brazões altos, e altos apellidos
fermosos; dos mais bellos As cores, e as medidas,
fazia em sua prizão. SONETO XL. Festivo. Cazinha
freixo: a estrella mais segura Varre o chão, com
proprias queixas meu destino Quer, que a vosso
a cazo, foi do mar levada. Sois na fortuna: mas
Sacro. Bebei confiadamente, Esposa dina Dina
(Se podeis) entre as lagrimas, que escuto; Pois
sò de o dizer nojo me fica. Mandaravos o sol, se
aos pequenos se dispensa, De lhe dizer ao Autor
Donde não falta o bem, por ser gozado. Desta flor,
que fora esta excellencia Ou desculpa, ou razão
força da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar
dia, e vento, A noite estava para estar sezuda; Que
Porem não contra a vossa fermosura. Se vos
parecida, Donde não falta o bem, por ser gozado.
Poes se quizeste Primeiro batalhar, como nos
Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo
SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e
Mas adonde irei eu, que este não seja, Se a causa
onde venera Quantos prazeres a Esperança espera
diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos que a
Dizme outro vento que esse pò vil erra; Qual
Senhor Dom João, jà tenho visto Os oito versos
Moral. Eis aqui mil caminhos! Por ventura Qual•
conceitos, Tão divinas; tão longe de profanos, Não
Amor, cujas linguas são louvores. Seja satisfação
Olhais do mar cruel, do vento injusto, Qual
outro milagre em mi segundo; Que nem porque lhe
a fama entendas: Salvo se o gram poder, que te
que se mete. Vos direis que isto he Fado, ou que he
faço em padecella. Atê nas proprias queixas meu
Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que não por
insignias, roga A vossa planta, como á vossa
Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a hum Livro de
XXVIII. Laudatorio. Quando estas regras de
entrar, logo fechada; Cama, que he potro, meza
que esperava abraços. Eillo que chora em vão seu
dano trouxe a paz, do que a contenda. Porem que
contenda. Porem que desvario ha de ser este? Que
desdo principio hà que lhe dura Do erro este costume, a o
desencerra; Mas confundome, vendovos hum delles: Que elles
desenganada antes de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo
Desenganase de si, pello que vê nos outros. SONETO LXI
desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por
desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho de bom humor
desenganos Dão pezada vitoria, e triunfo triste. A cobiça
desenganos? Diràs: que por temer o Mundo hũa hora As leis
desenganos, para desenganos? Diràs: que por temer o Mundo
desenganos. / [SAM2] Versos pregão das dores. SONETO II
desenganos, Vindes hoje de novo apercebidos; A troco de vos
desespera; Foge em fim para vos, desesperada. Pobre da Fè
desesperada. Pobre da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là
desgraça, e minha desventura, Eillas, senhora, jà irmãns e
desgraça (se em vos força he que vibre) Leite a Razão vos dê
desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24]
Desgraça, enveja de tudo. SONETO XXII. Lirico Junto do
desgraças sepultados. Tal, acção para sempre celebrada Serà
deshumana, Que à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu sò
desmente. A graça, e a ventura Pallida foge. O sangue, a
desobrigue, e me emmudeça A vista do tormento, e do tirano
desornada, Que merece em tomarlhe alento, e cores? Mas
Despedida. SONETO XXIII. Amoroso. Parto, partome enfim
despedido, que enganado. Torno a cuidar despoes que inda
despeja: Seca a verdura; a neve he sò sobeja, O triste
despejo) Mal he tambem, de que eu tambem manquejo, Se o
Despiose o Ceo da sombra carregada, E o manto azul vestio
despoes de tantos me confio, De quem me hey de queixar
despoes, e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô triste
despoes levanta a fronte, Como Pavão, do bosque, donde
despoes não fez, mayores ? De pedras como vôs, e mais
despoes que inda apartado Quem me assegura a mi, de que o
despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia faz a conta o
Despoes da grave pena se me evita: E emprenhandome mais o
Despois que nellas novos ganhos sente, Que hũa sô petição
desprezada. Mofino era eu assàz por mi somente, Sem ter
desprezais, como mofino, Mas que me castigais por
Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa gloria•. Tu, que
desprezastes. [SMO49] Escarmento prevenido no temor
desprezivel mal forrada, Furna là dentro mais que inferno
desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado
desprezo obediente, Quando delle me queixe, o aclame dino
dessemelhante. No valor; se ante vos não valem nada Zafir
desta agua candida abundante, Para vos, para o mundo tão
desta casta de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò
desta cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he
desta defensa, Que nos defenda todo o Santo dia. E pois que
desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà
desta fortuna. / [SAM96] Lamentando o infelice cazamento
desta idade, Por ir, ver, e vencer mais altamente; Poes se là
desta negra gente, em festa ruda Endoudece o lascivo
desta vingança estais segura, Venhão muitas; que mil serão
Desta flor, desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro
deste A Vitoria, sem vermos, como, ou donde? O Misterio
deste Mundo os vîs enganos, Que antes que a idade te soltasse
deste rio A verdura regada, ser enveja Da que mais verde
deste ser, levo comigo? E se eu proprio me perco, e me
Deste sagrado Talamo ditoso. Levanta poes, o Templo
desterra Hum sono, que esta voz desacredita. Diz me o pò que
destes a verdade solicita? Poes se mente este pô, que foi do
destes dous quartetos; Mas mandardes, lhes faça eu os
destes leva a gente ao povoado? Todos vão sòs; só este vai
destes por Oraculo aos enganos, Com que Amor vive nos mas
destes queixumes Ver, que se vos roubàrão os amores, Là co
destes triunfos não fez caro o susto, Antes de visto seu feliz
destes vida a ella, He razão que mateis a todo o mundo
destina, Quer que nas quedas, voos, e contendas Compres a
destino, Que hum não dà nada, e tudo outro promete: Temei
destino Quer, que a vosso desprezo obediente, Quando delle
destra a Morte, mas por Morte Mais certos golpes tem, que
destra. Para Alumnos os inclitos adestra Ingenhos, por quem
destreza das Armas, composto pello General Diogo Gomes de
destreza ensinas, Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que
destroncada, Pulga, que por picar, faz matadura, Cão sò para
desvario, De longe a vè, chegar dezeja à terra, Não lho
desvario ha de ser este? Que desvario? seja este Soneto. /
desvario? seja este Soneto. / [SAM4] Amor escudo de
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SAM96
SFE80
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SAM46
SONETO III. Moral. Musa, façamos mais hum
tanto paralello, Que presâgo se mostra em seu
fizesse em declaralla, Dissera tua belleza, e meu
a justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e a
SONETO LV. Amoroso. Vossa desgraça, e minha
que alivie o meu cuidado Por exemplos de alhea
porfias Dos erros, e das sombras, que ignorante O
Morte, a não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe
Riamonos do Fado, e da mudança; Riamos do
que passa inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão
do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo, ou de
tanta belleza junta, Tanta graça; e tal ser lhe foi
ja, se não dizella? Vos, que ma repartîs, podeis
que a contraria sorte Entre a vontade, e o braço,
LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz
perigas, della estâs seguro, Porque elle o ferro
della estâs seguro, Porque elle o ferro deu,
alegre recado, que em secreto Dom Lourenço lhe
o Ceo me dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe
termo do encanto, Tanto d' enveja ao Mundo lhe
depressa a Deus se entrega, Mais propriamente
que em Coimbra algum letrado Disse que foi de
Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que o que era
lhe obedeceis os pensamentos, Porque se mostrou
O Catholico Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e
e que entrar possa; Porque de tal maneira a
quem o auxilio espero, Mais que d' Apollo, d' esse
donde venho? donde ando? Tudo he culpa, ò bom
da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos montes De
Mereçate poes tanta affeição pia: Que offereças a
De me render aos pès do seu soneto? Hora paguelho
O peito, porque o peito a Amor rendeste, Livro de
Fonte dos montes De Deus nasce, porque o homẽ a
a Deus he dada, Que quanto mais depressa a
de graças, e• benções aos pares, Disso, graças a
que os Brutos fazem aos Homẽns em obedecer a
o peito a Amor rendeste, Livro de Deus, que em
Força he que, para dàr tanta saude, Vades tão
por ferida Sabe Amor lhas granhais*: tantas vos
Poes se he do campo a graça, e fermosura Que
Justiça foi do Fado obedecido Teu dano; porem
da alta consorte, Já não pode negarlhe a mão
ardiloso, Que primeiro os conheço, que imagino.
eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje a
[SMO11] Mundo he Comedia. SONETO XI. Moral.
LXXI. Amoroso. Cem dias de continua tempestade,
chora em vão seu desvario, De longe a vè, chegar
Ceo de humanas estrellas illustrado, Que o Ceo
pode vir, e estar segura, Que hà de ser possuida, e
vem a ser, que não ser nada. / [SLI26] Vinda
De hoje per diante Aleijado seja eu, se o não
SONETO V. Moral. E quem me compusera do
outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas do
de que esperes Que encaminhe teu passo a teu
gloria•. Tu, que trocaste as honras da memoria A
mal, que o atormentava, Sem licença do mal, assi
da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum
homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo
e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum
Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura He do
lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum
sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em
o Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo em
lhe chamo eu cento. Mortos da mesma morte o
Autor desta defensa, Que nos defenda todo o Santo
Salve, ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que do
Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre era alto
Cura por fora, e dentro nos lastima; Dà paz hum
laços fazia, Por premio de o esperar, veja algum
de certa Religiosa, que se celebrou em seu
arte? Se escreve, he Palatino, ou he Morante? He
que serve hum elle, hum vos, hum tu ? [SMO35]
ante vos não valem nada Zafir, Perola, Aver, Rubi,
conhecido Foy, do vil lapidario, a quem foi dado;
SONETO LXXX. Festivo. Vos aleijada? De hoje per
pode, o Mundo nada. / [SAM58] Amante suspenso
d' esse Deus infante; Ide humildes de Flerida
desvario Todo de desconcertos marchetado; E para ser maior
desvello Mais do naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e
desvello; Quanto he mais adoralla, que contallla; Quanto he
desventura? A quem me hei de queixar, se o ceo procura Que
desventura, Eillas, senhora, jà irmãns e unidas. Sejão, se
desventura! / [SFE30] Em estillo da praça, dando os
desvião do porto verdadeiro: Qual como fostes a ambos os
desvião, Ella a todos co dedo, os vay contando. Então quiz
desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem vos, quem vai com sigo
desvio. Não cabe a vida nunca, em quem não caiba O queixume
desvio Ver, como vai o Mundo concertado; Porque nem porque
detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo? Mas como
detella; Mandandolhe que pâre, e me não siga. Eu, que a padeço
determinas. Espada, e pena, poes que com verdade, O mesmo
detida Seguio do coração o modo, e parte, Ambos provárão
deu, deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte
deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte
deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana
deu, para tirarmas. [SLA99] Em a publicação do famoso
deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia Das envejas as
Deus a farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente livro das
Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com
Deus, aos homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo
Deus: e hoje vestido De Escravo, duvidais seus mandamentos
Deus em igualdade Defende a luz, consagrase à verdade
Deus he dada, Que quanto mais depressa a Deus se entrega
Deus infante; Ide humildes de Flerida diante, Nuncios sempre
Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida
Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte de graças
Deus o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo hoje se
Deus, pois eu não posso. Mas não mande acordar tão cedo a
Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus, aos
Deus renaça. Fonte de graças, que com graça eterna Brotarà
Deus se entrega, Mais propriamente Deus a farà vossa
Deus, sois vos bem rica. Mel, e assucar? são cousas da
Deus. SONETO LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor, que âs
Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus, aos homẽns
devagar convalecendo. [SFE25] De consoada a hũa F. P
deve. Negros soes, não soes grandes; e o que a todos He culpa
devemos ao Ar, no movimento? Tal, se passando vai por teus
deveslhe o escarmento: Que em fim se não lograste hum alto
devida. Ay do que espera, quanto mais servindo: Para hum
Dexa• poes, se a tragedia solicita Algũa sem razão, que no
dez mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem. SONETO LXXI
Dez figas para vos, poes com furtado Consular nome vos
Dez mil horas de duro apartamento, Quarenta mil instantes de
dezeja à terra, Não lho consente o Mar, nem em pedaços. /
dezeja, e para si convida; Gloria co a gloria em tudo parecida
dezejada. Senhora, se com lagrimas convinha Sentir somente
dezejada. SONETO XXVI. Lirico. Bramava o Mar; e estâ
dezejo: Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de
dezejo, Que grande bem, que grande paz me dera? Ou (por
dezejo. SONETO V. Moral. E quem me compusera do dezejo
dezejo; Vàs, e tornas, e iràs, como vieres; Ditoso tu, que
dezejos mais nobres, mais cumpridos, Porque de pensamentos
dezia: Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem
dia a Morte andar folgando Por hum campo de vivos, que a não
dia, A feminil piadade aspira a tanto, Que com victima nova o
dia (Arredo và de nòs o sestro agouro) Remendarme a cabeça
dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta manham bordava a
dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas o
dia de Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO
dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que
dia, e vento, A noite estava para estar sezuda; Que desta
dia. E pois que tem tal mão para a Armonia (Que he parte, que
dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara, e
dia, Perfeição, que não cabe em fantazia, Fermosura mayor
dia, por dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que abaixo
dia Soltos a o brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde o
dia. SONETO XCII. Sacro. Salve, ò sol dos amantes, que
Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou já
Dialogo da vida, e o Tempo. SONETO XXXV. Moral. Vida Quem
Diamante. [SLA97] Celebra o Poëma Epitalamico, dito
Diâmante que quando mais guardado D' entre as mãos de seu
diante Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu em vos
diante de Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora
diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se como
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as perolas, que chora? Mas que espero de ver
de hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso. Cem
Pobre da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là nos
que colunas erão. Ora sente, se quer, qual pêdra os
Amoroso. Força he acabar no amor d' Urania os
repetidos. Estes, que ja vos forão referidos Em
se pagar de gosto hũa hora, Não bastão mil idades
melhor he Sepultura: Quem tantas maravilhas
tornou, o que era espanto, Resucita o prazer antes
contenda antiga: Vos, que tanto me dais, que della
sigas; Que a fê que mais de hum par, por mais que
Aventurar por novo Imperio, Digno de Cesar he,
convinha Sentir somente o mal, e agora o canto He
Heroico. Senhor: Aventurar por novo Imperio,
eis tudo errado. Quem vos vir, Apetite disfarçado,
adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se o
Sabio Dalizo, a vos, Musa, instrumento, Então vos
da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem
ruda Endoudece o lascivo movimento. Mas eu que
que me hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24] Na
LXXXVI. Sacro. Bebei confiadamente, Esposa
LXXXVI. Sacro. Bebei confiadamente, Esposa dina
obediente, Quando delle me queixe, o aclame
em seu desvello Mais do naufragio, que do porto,
a Vida, e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão
de destreza das Armas, composto pello General
perfeito. SONETO XXXVI. Laudatorio: Clarissimo
para amores, Taes desenganos, para desenganos?
Que louvor te hà de dar meu fraco grito? Que
grito? Que direi eu, que ellas não tenhão dito?
que o alrotar que he cortezia ? Porem não me
fino Nem reconhece a fragua, em que se mete. Vos
/ [SSA68] Ao Archanjo são Rafael, pedindolhe
severo, Com vosco o for, o celestial sembrante;
Mas como respondeis a esta pergunta, Que ou para
Prudencia; Se fazendo co Mundo conferencia,
movimento. Mas eu que digo? solto o tão sublime
e eis tudo errado. Quem vos vir, Apetite
Ella a todos co dedo, os vay contando. Então quiz
mercê vo senhoria, Se a grandeza aos pequenos se
quem com torpe estudo Em perseguilla á sorte não
se compra co a dor, com que atormenta. O que bem
là nos dias de outra era: Mas quem foi, quem vos
de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso eu
o Galante. Aposto que em Coimbra algum letrado
modello: Mas quando eu bem fizesse em declaralla,
o ardor revella. Em vão logo serà, se pretenderdes
Porque de graças, e• benções aos pares,
para ditoso Ter por contrario, quem não teve
Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco a
Pobre de quem, vivendo em demazia, D' essas
meu fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão
mais a seta, onde he secreta. Ah senhora, que o
Diamante. [SLA97] Celebra o Poëma Epitalamico,
prazeres a Esperança espera Deste sagrado Talamo
SONETO VI. Amoroso. Serei eu algũa hora tão
do que sou perder o tino Aquelle assombramento de
e de mi riase a gente; Jà que lhe sobejou para
de Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral.
como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo,
a teu dezejo; Vàs, e tornas, e iràs, como vieres;
que enobrece as duras armas? Ora eu fora
Se taes palavras, e se taes conceitos, Tão
tudo outro promete: Temei embora humano, e amay
Não! que posto que Amor cada hum se estima, O
Que a Morte contra humanos atrevida, Contra o
posto que Amor cada hum se estima, O divino he
SONETO LXVIII. Sacro. Piloto Celestial, Norte
/ [SSA86] A hum quadro, que continha os Esposos
Amigo, sem Parente; Quem mais se doe de vos,
Melhor hà de mil anos que me grita Hũa voz, que me
De Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois
que bem disse contra seus enganos Seneca, quando
Tragoume a vida inteira o Mar profundo! Hora quem
A firma penha, donde o Mar batia; Vem,
a desterra Hum sono, que esta voz desacredita.
vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana,
dias contentes, Se para se pagar de gosto hũa hora, Não
dias de continua tempestade, Dez mil horas de duro
dias de outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem era
dias? [SAM45] De hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso
dias; Tempo, nẽ auzencia saberão valerme: Nada vejo, que
differente estillo então cantados, Tornão segunda vez hoje
differentes? [SAM7] Conhecendose a hũa desconhecida
differentes Pode fazer unir? salvo se a Morte ? A Morte foi
difunto, O tempo moço estâ, alegre o pranto. Quem pode
diga? Eu, que não posso ja, se não dizella? Vos, que ma
digas, Vè, quando escreves, outro Apollo escrito. Là te
digno de Augusto; Porque hum peito real, alto, e robusto Pede
digno de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que he
Digno de Cesar he, digno de Augusto; Porque hum peito real
Digno vos julgarà de reverencia, E a vos, odio, por homem de
digo. [SMO81] Apologo da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi
digo eu, que cada accento O Mundo engrandecera, e eu prezára
digo eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom Antonio, em
digo? solto o tão sublime Discurso ao ar; e vou pegar da pena
dilatada convalecencia de hum Ministro amigo. SONETO XXIV
dina Dina desta agua candida abundante, Para vos, para o
Dina desta agua candida abundante, Para vos, para o mundo
dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não que me
dino: Socorrey, e guiay, entre as porfias Dos erros, e das
Diogo de Paiva de Andrade, Autor do Livro, que se intitula
Diogo Gomes de Figueiredo. SONETO XXVIII. Laudatorio
Diogo, quem cuydàra, Sem que gastasse em vão toda a
Diràs: que por temer o Mundo hũa hora As leis, que teus
direi eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò que as afagues, e
Direi sò que as afagues, e que as sigas; Que a fê que mais de
direis, minha senhora, Que tem que ver toda esta patarata
direis que isto he Fado, ou que he destino, Que hum não dà
dirija sua molesta navegação. SONETO LXVIII. Sacro. Piloto
Dirlhe heis se veja em vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso
disculpar o meu peccado, Ou para eternizar o meu castigo? /
Discursais, revolveis; e eis tudo errado. Quem vos vir
Discurso ao ar; e vou pegar da pena, Para escrever tão
disfarçado, Digno vos julgarà de reverencia, E a vos, odio
disparar? e os olhos cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus
dispensa, De lhe dizer ao Autor desta defensa, Que nos
dispensa; E obrigação tambem, em conhecendo, Que se no
disse contra seus enganos Seneca, quando diz: Que o bem, que
disse, de quem era, Por que fosse de vos tão desprezada
disse jà que o desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis
Disse que foi de Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto
Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto he mais adoralla
Dissimular a luz, que a sombra cerca, Sendo os raios jà
Disso, graças a Deus, sois vos bem rica. Mel, e assucar? são
dita. [SMO15] Cada hum he Fado de si mesmo. SONETO XV
dita, Eu me vingo, em saber, que deixo o engano. / [SMO50]
ditas, que tendes, não tem nada, E tem muito d' essoutro, que
dito? Direi sò que as afagues, e que as sigas; Que a fê que
dito he pouco escuro: De que serve matar hũa vil ave, E
dito, Templo da Memoria, em as Bodas dos Serenissimos
ditoso. Levanta poes, o Templo milagroso, Porque se algum
ditoso, Que os cabellos, que Amor laços fazia, Por premio de
ditoso: Tem me os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os
ditoso Ter por contrario, quem não teve dita. [SMO15] Cada
Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo deste Mundo os
Ditoso tu, que vàs, adonde queres. [SAM23] Despedida
Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo, Ditoso tu, que vàs
ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera para perder Vidas
divinas; tão longe de profanos, Não destes por Oraculo aos
divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas bem vistas paredes
divino he divino, o humano humano. Porem nesta mortal
divino nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo em nada
divino, o humano humano. Porem nesta mortal Filosofia
divino Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador de Tobias a
divinos com a letra: Sedebat sic super fontem. • SONETO
diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol me faça. [SAM41]
diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos que a desterra
diz o Amor: Que para obedecido, Mais he, que quando aos pês
diz: Que o bem, que tarda, Mais lastîma, que o mal, que se
diz sou pô, fallou verdade. /
[SLA74] A hũa senhora, que
diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao Amor tudo
Diz me o pò que sou pò? e a crer me incita Que he vento
Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as
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SAM45
SAM17
SAM58
SLA74
SFA88
SLA56
SFE25
SMO69
SMO73
SAM98
SHE100
SPR1
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SAM20
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SMO61
SHE42
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SAM43
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SAM31
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SAM43
SSA63
SFE13
SLA94
SAM58
SFE80
SAM31
SMO5
SMO5
SAM47
SLA94
SLA99
SHE42
SPR1
SAM66
SAM31
SAM8
SLA99
SHE100
SSA63
SAM46
SMO73
SLA36
SMO61
SLI22
SFU64
SMO10
SLI22
SLI22
SHE38
SAM96
SMO32
SSA68
SFU85
SSA68
SSA92
SHE42
SMO73
SFE70
SSA68
SPR1
SMO73
SLA12
SLA12
SFE80
SLA24
dous, qual mais o ignora. Vos, que a fingida sois,
dais, que della diga? Eu, que não posso ja, se não
que contallla; Quanto he mais padecello, que
E atè sogra, que agora vos conheço (Contra o que
Se a grandeza aos pequenos se dispensa, De lhe
ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por
não, que são passaros vulgares. Porco? sò de o
LXIX. Moral. Dos Carceres subir, qual subio Mario
me incita Que he vento, quanto neste pò se encerra:
de cegarme todo o Norte Ou pretende co' a força
Simbolo da Flama, Sendo aos propicios, Copia
horror, que do naufragio tenho. Jà nem da perdição
à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas
no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris,
terra não hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza
junto à sepultura. SONETO L. Moral. Armas
Não sabe a terra o fim, se não a gloria: Nasce
vejo, Senhor, que âs alimarias Da Terra, da agua,
foy sem duvida, o primeiro Maltratado das mãos
as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda a voar
que me espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia,
o valor do mais constante brio Escape d' acabar,
competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta
Irado o mar com força temerosa, Do fero sopro
Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que
Fermoso esprito pareceis d' aquelles Nuncios
Tão soberbo despoes levanta a fronte, Como Pavão,
O bravo Mar pizou, qual campo razo, Em virtude
das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se he
hà firmeza, riamos do receo: E pois hà fè, riamos
Pois quem he, que gloria tanta Pode juntar em si
A graça, dece a honrar a natureza; Como tambem
amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo as leis
Demonio para os ratos, Mas para as proprias rãns
/ [SLA94] Em a mesma acção as Religiosas
Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz detida Seguio
manquejardes de inconstante (Apalpando do pejo, e
castigo. Riamonos do Fado, e da mudança; Riamos
dezejo. SONETO V. Moral. E quem me compusera
mundo outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas
Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura He
Salve, ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que
[SLA99] Em a publicação do famoso Poëma
prodiga ouzadia Meta do assombro foy, termo
MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase da gloria
poem, a vossos pês rendido. / [SAM66] Tradução
receo: E pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos
Vento foste a o subir, vento es caído. Justiça foi
lhe deu, para tirarmas. [SLA99] Em a publicação
De hum magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro
Romano. Vença logo das gentes a esperança, Poes
ou não quer saber, qual seja. / [SAM46] Tradução
Poes se mente este pô, que foi do Mundo? Que he
Ao sabio varão Diogo de Paiva de Andrade, Autor
o grande, perdese o fermoso, Sem que o valor
vencido do mal, que o atormentava, Sem licença
se vio, estreita a sorte, Então por se escuzar
là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè
quiçâ por ser muito, ella o callava: Mas vencido
enveja de tudo. SONETO XXII. Lirico Junto
Porém sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais
barbaro boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi
mi, pena e cuydado, Que essas sò são as guardas,
Guiador de Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho;
Em acordados ecos sonorosos, Onde aos termos
Minino. Este madeiro, que sem luz, sem tino, Corta
Aguia, que ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo
escarmento de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta
a verdade solicita? Poes se mente este pô, que foi
que se exprimenta. / [SFE70] Dando os parabẽns
Que presâgo se mostra em seu desvello Mais
sò, sem mais sufragio, Que o mesmo horror, que
este pô, que foi do Mundo? Que he do gosto? que he
Em quanto viva o circular governo Nas esferas
Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a pezar
Agora manquejardes de inconstante (Apalpando
perigou corte, e cidade. Se foi da dor, que fora
dizeimo agora, Fallai; sereis por copia conhecida, Menos me
dizella? Vos, que ma repartîs, podeis detella; Mandandolhe
dizello? [SMO59] Antes de confissão. SONETO LIX. Moral
dizem: Nem de barro à porta) Aposto que inda soes, como
dizer ao Autor desta defensa, Que nos defenda todo o Santo
dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o engenho posto? Não
dizer nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo
Dizes que espere; ou bem jà como Augusto: Hum de proscrito
Dizme outro vento que esse pò vil erra; Qual destes a verdade
do aço forte Medir a condição da branda cera. Que faz? Que
do Alabastro. /
do altivo empenho, Poes o fim não fugî, tema o presagio: E se
do Amor, e da porfia. / [SSA92] Votando ao sublime
do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano, outra
do Amor humano. SONETO LXXXIV. Moral. Porque, fortuna
do Amor, Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre era alto
do Amor, renova da esperança, Fenis, das chamas, em que
do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto
do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio
do arduo ao impossivel: E para me perder de muitos modos
do arrependimento? / [SFE40] Responde a hum amigo, que
do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se
do assombro foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao
do Austro embravecido. Responde repetindolhe o bramido Na
do bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro fino Nem
do bem, que o Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos
do bosque, donde estava, Envejoso de ver que o mar cortava
do braço, que a sustenta? Então lhe obedeceis os pensamentos
do campo a graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no
do castigo. Riamonos do Fado, e da mudança; Riamos do
do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos monta
do Ceo, vossa belleza Nasce a vencer da terra a sombra
do certamen da Conceição. Celebrado em Lisboa, e premiado
do charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em
do convento. SONETO XCIV. Laudatorio. Salve, ò Jardim de
do coração o modo, e parte, Ambos provárão mudos a
do despejo) Mal he tambem, de que eu tambem manquejo, Se o
do desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem vos, quem vai com
do dezejo, Que grande bem, que grande paz me dera? Ou (por
do dezejo. SONETO V. Moral. E quem me compusera do dezejo
do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta manham bordava
do dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara
do Doutor Gabriel Pereira de Castro. SONETO XCIX
do encanto, Tanto d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De
do Escarmento. SONETO I. Proemial. Prezese, quem quizer
do estimado Soneto de Monsieur de Voiture Poeta Francés
do Fado, e da mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se
do Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe o escarmento
do famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira de Castro
do feliz, e infeliz astro. As materias deixai, tomai o exemplo
do Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a
do Giostiniano. SONETO XLVI. Amoroso. Doces versos, por
do gosto? que he do ocio? que he da idade? Que he do vigor
do Livro, que se intitula Casamento perfeito. SONETO XXXVI
do mais constante brio Escape d' acabar, do assalto, ou cerco
do mal, assi dezia: Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo
do mal futuro, Da tua paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza
do mal, o que se não via d' antes. SONETO X. Moral. Se como
do mal, que o atormentava, Sem licença do mal, assi dezia
do manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos braços o
do mar cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos não fez
do mar levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante. No valor
do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da morte Foge
do Minino. Este madeiro, que sem luz, sem tino, Corta do
do mundo duvidosos, Estendendose foy, e affeiçoando
do mundo tanto paralello, Que presâgo se mostra em seu
do Mundo, em que viveste, Mundo das perfeições, que em ty
do Mundo maravilha, em tanto Que firme ao Firmamento
do Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que he da idade
do nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha
do naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e guiay, entre as
do naufragio tenho. Jà nem da perdição do altivo empenho
do ocio? que he da idade? Que he do vigor constante, e amor
do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do oposto inferno. Porem
do oposto inferno. Porem Tu com excesso mais glorioso, Que
do pejo, e do despejo) Mal he tambem, de que eu tambem
do perigo? A mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por erro
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SLA77
SSA68
SSA68
SMO3
SAM31
SMO3
SLI62
SAM27
SMO67
SAM23
SMO84
SMO49
SAM31
SAM31
SPR1
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SAM2
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SMO15
SMO16
SMO16
SAM9
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SAM96
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SLI90
SFE34
SLA93
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SMO83
SAM91
SSA68
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SLA99
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SSA68
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SLA74
SLA36
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SAM47
SPR1
SLI62
SLA77
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SSA68
SAM47
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SMO61
SAM46
SLA36
SFA53
SFA87
SAM2
SFE40
SMO32
SFE13
SFE13
SFE34
SFE78
SFE70
SHE54
SSA65
SFE75
SFE70
SLA74
SAM52
SMO59
? [SLA77] Em resposta a hum Elogio metrico
se mostra em seu desvello Mais do naufragio, que
Dos erros, e das sombras, que ignorante O desvião
E para ser maior, seja cuidado A vontade
Porque a auzencia reparte o seu cuidado Pelo valor
a emenda lhe prometo? Mais dano trouxe a paz,
consorte, Já não pode negarlhe a mão devida. Ay
e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais,
Ou me esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes
dos perigos não tem medo. A vinda temo mais,
se no seu proprio Imperio Nada pode cumprir,
quem folga, e vè que me arruino. Nem me fez
auzencia, se hà lembrança; Se hà firmeza, riamos
do Fado, e da mudança; Riamos do desvio, e
SONETO I. Proemial. Prezese, quem quizer,
à May defende, eterna gloria. / [SFU64] A morte
vossa mercê muito contente De me render aos pès
na gloria, que dais vista, Que monta o cabedal
Quanto nella se encobre, entende della. Pode
Se antes nem de ti mesma te fiavas, Agora nem
Poes são tantos os males padecidos Da Fortuna, e
Pos o Primeiro, a acção mais excelente Que foi
poupe, ou que me reja? Porque me hei de queixar
desobrigue, e me emmudeça A vista do tormento, e
Que a todos desobrigue, e me emmudeça A vista
não estar• à vossa vista He sempre estar, à vista
bello, Guiador de Tobias a Gabello, Igual luz que
sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais do mar cruel,
tão grande, ò pensamento? O vento te• levou, caes
A mi não pelo menos, que estou vendo Dentro
do gosto? que he do ocio? que he da idade? Que he
Amoroso. Rubi, cujo valor não conhecido Foy,
E com tudo viveis vida cansada, Que faz que
A hum Roixinol. SONETO XC. Lirico. Brando filho
de Cascaes atê Pegû. Tende dos vossos consoantes
Fenis, das chamas, em que estàs ardendo,
foi convertido Perola sem igual, pouco estimada
assegura? Não: que desdo principio hà que lhe dura
Arrabida viçosa Irado o mar com força temerosa,
os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante,
eternidade. Ajuntailhe os perigos, e incertezas,
argumentoso Que declare as emprezas gloriosas,
Senhor Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre.
cantos, Que eu cantarei; o que votar não pude,
verdadeiro: Qual como fostes a ambos os Tobias,
ou se levante, Possa temer o excesso, ou a ruina.
se ufana, Que em vendo essa belleza soberana,
sempre clara, Eximindo a razão da contingencia,
Reo injusto: E a Claudio entronizado a breve custo
d' estar segura. Em doce sono o Lavrador cansado
A TUBA DE CALLIOPE. QUARTA MUSA
Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se
Te escuto, em tanto aplauso e fama creces Que os
filho do Zefiro suave, Que com suaves leis de
Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e
namora, Deixa a donzella flor, d' estar segura. Em
do mal, assi dezia: Corre alegre, e soberbo, ô
Varre o chão, com desprezo antes olhado! O
Tradução do Giostiniano. SONETO XLVI. Amoroso.
da contingencia, Do que antes era caso, fez ciencia,
os meus. Que avaro intento esconde Tal fonte de
por ventura Essa fragrancia, essa aura, essa
algum tempo, agora pobre A verdade sô quer para
Amor, sem Amigo, sem Parente; Quem mais se
Aqui me tem de vos tão apartado•, Ah senhor
Hora bem digo eu, que sois Demonio, Meu senhor
plumas as rosas dos çapatos Não teve Portugal, tal
soneto. SONETO XXXIV. Festivo. Meu Senhor
satirico. SONETO LXXVIII. Festivo. Meu Senhor
Dona Joana Hum alegre recado, que em secreto
/ [SHE54] Estando para nascer o Senhor Infante
Que morras das envejas, ò Duarte? [SSA65]
Me deixão sò nesta varanda muda: Quando a
bella Aurora haver nascido? Aposto que vos traz
deixareis vos de ser fermosa, Minha senhora
pedras como vôs, e mais estreitas, Os Muros erão,
morrer, tudo he torpeza. Donde vou? donde venho?
do Poeta Manuel Thomaz. SONETO LXXVII. Laudatorio. O duas
do porto, dino: Socorrey, e guiay, entre as porfias Dos erros
do porto verdadeiro: Qual como fostes a ambos os Tobias, Do
do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo, ou de desvio Ver
do proprio apartamento. Conta he esta, que nunca o
do que a contenda. Porem que desvario ha de ser este? Que
do que espera, quanto mais servindo: Para hum tão triste fim
do que eu mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte, Fareis
do que me mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e a mi
do que o caminho, Porque para me dar mayor desgraça, Sei
do que promete? [SFU85] Ao naufragio, e morte de hum
do que sou perder o tino Aquelle assombramento de ditoso
do receo: E pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado
do rodeo, Se nunca vai sem vos, quem vai com sigo. /
do roto lenho Para eterna menção de seu naufragio; Eu viva
do Senhor Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre. Do
do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois eu não posso. Mas
do sofrimento. Amor tanto nas penas se melhora, Despois
do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada
do templo es temerosa. [SAM43] Por Assunto academico se
do tempo ás gentes dados; Não me estranhe ninguem, que
do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo a mais illustre
do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo
do tirano. E a fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes
do tormento, e do tirano. E a fim de que ninguem se
do tormento. Qual serà pois o louco pensamento Que deixe tal
do Velho; do Minino. Este madeiro, que sem luz, sem tino
do vento injusto, Qual destes triunfos não fez caro o susto
do vento, Vento foste a o subir, vento es caído. Justiça foi do
do vestuario estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema de
do vigor constante, e amor jocundo? Que he da velhice? que
do vil lapidario, a quem foi dado; Diâmante que quando mais
do viver a gosto vede, Pobre de quem, vivendo em demazia
do Zefiro suave, Que com suaves leis de doce canto, Tão
dò: E quando d' essa quinta mandeis cà, Para que serve hum
Do Amado, o amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja o
Do barbaro boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi do mar
Do erro este costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho
Do fero sopro do Austro embravecido. Responde repetindolhe
Do Filho guia, e doce companheiro. [SMO69] Escuzase da
Do fraudulento hospicio, jà chegado; As carrancas despoes, e
Do Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? / [SHE100] Por Asunto
Do merito primeiro, que da Morte, A vida te cortou o braço
Do muito, que chorei, muito temendo. Porem como sarais com
Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e doce
Do poço de Sichem, nem da cisterna De Bellem emanou. Fonte
Do prado se acolhia vergonhosa. Conhecivos Esposa em igual
Do que antes era caso, fez ciencia, Documento geral, da sorte
Do Tempo, que lhe foy duro adversario. Hora, que tarda para
Do trabalho• se esquece; o Marinheiro Jáz, sem temor das
DO MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase da gloria do
dobra o servir, da alta consorte, Já não pode negarlhe a mão
dobrados affectos, que mereces, A quaes subirão mais, vem
doce canto, Tão grande imperio tẽ ns nas almas, quanto Deces
doce companheiro. [SMO69] Escuzase da esperança, a que o
doce sono o Lavrador cansado Do trabalho• se esquece; o
doce Tejo, Poes vives sem fortuna, de que esperes Que
docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente. A graça
Doces versos, por quem o auxilio espero, Mais que d' Apollo
Documento geral, da sorte avara. Hoje o Mundo, que ordenas
doçura, e de elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão
doçura Effeito he, que pertença a esse elemento? Apenas pos
doçura, O desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho de
doe de vos, diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol me faça
Dom Antonio, a dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar na
Dom Antonio, em vossos tratos; E não sois sò Demonio para
Dom Antonio. Estâ vossa mercê muito contente De me render
Dom Antonio, muy bom he Zombar, mas não jà tanto, como•
Dom João, jà tenho visto Os oito versos destes dous
Dom Lourenço lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He
Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO LIV. Heroico. Não sei
Domine, tu mihi lauas pedes? SONETO LXV. Sacro. Ouzado
Domingos, que dormindo estuda, Por hum nome, que errou, lhe
Dona Joana Hum alegre recado, que em secreto Dom Lourenço
Dona Mariana? Nunca jà mais, se a vista não me engana, Ou
donde a sorte dura Roubou, para vos dar, minha alegria
donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa
286
SFU37
SMO89
SAM91
SAM6
SHE79
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SLA28
SLA77
SMO10
Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo,
despoes levanta a fronte, Como Pavão, do bosque,
Adora; vendo ja que se estremece A firma penha,
Soltos a o brando vento boliçoso? Verei os olhos,
como nos deste A Vitoria, sem vermos, como, ou
viver, morrer, tudo he torpeza. Donde vou?
De não nos virdes logo c' um morgado. Huy?
si convida; Gloria co a gloria em tudo parecida,
que hà mutas, Lucinda, no Occidente, e no Oriente;
as gentes, Nota (pois te ameaça hũa igual sorte)
natureza, Nascer, viver, morrer, tudo he torpeza.
que quando mais guardado D' entre as mãos de seu
agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a
que não chegue? se se aguarda, Ou se compra co a
me hei de queixar, se o ceo procura Que soe minha
pello fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e a
da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e
nunca, em quem não caiba O queixume da dor, que a
a vida nunca, em quem não caiba O queixume da
Que cuidais? perigou corte, e cidade. Se foi da
tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano ensaya, Esta
Jaz hum pastor, que no semblante dava Mostras da
breve apartamento Bem conheço, por mais que à
em quanto as gentes chorão, Cheas d' enveja, e
SONETO LI. Familiar. Amigo, muitas dores não são
da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo, muitas
força aos danos, Medindote• os estragos, pellas
para desenganos. / [SAM2] Versos pregão das
e verdura. Repouza essa ribeira entre a frescura;
sò nesta varanda muda: Quando a Domingos, que
em seu dia. SONETO XCII. Sacro. Salve, ò sol
a sy: se a my foy fero. Não temais abrazarvos
d' essoutros mentecatos) Que das plumas as rosas
dos tempos a Vitoria: E por honra dos dous,
Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por honra
SONETO XVII. Amoroso. Qual, senhora, he
qual sois, se a real, ou se a fingida, Não sei certo
a El Rey Nosso Señor o patrocinio da Academia
não deças, que em te estár consiste O vencimento
soes por tantos modos, Que por ser mais fermosos;
mais que cà inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà
a Terra enxuga, e o Mar afoga, Prezandose de ser
crer, mas que me perca, Estoutra informação
quereis, bem que são idos, Buscayos pelo rastro
Sichem, nem da cisterna De Bellem emanou. Fonte
Pelas nuvẽns a os olhos ser negada; Mas nunca ser
Foge da sem razão, e em vos espera A razão, que
O duas vezes Cisne venerando Dos olhos,
A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo quem
gloria aos mortos, nem aos matadores. Escolhei
Imortal sempre, nas memorias ande A fama,
dito, Templo da Memoria, em as Bodas
do Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe prometem
se acharà, Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende
Salve, ò tu, que de tanta antiga historia
os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral.
XCIX. Laudatorio. Repouza nesse Tumulo eminente
do porto, dino: Socorrey, e guiay, entre as porfias
teve. Que mal se atreve, quando a vos se atreve,
amando, Poucos anos, mas todos gloriosos;
LXXVII. Laudatorio. O duas vezes Cisne venerando
desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o coronel
Os louvores confunde em alegria, Quando hum
dos tempos a Vitoria: E por honra dos dous, dos
prometem dos tempos a Vitoria: E por honra dos
SONETO XVII. Amoroso. Qual, senhora, he dos
sois, se a real, ou se a fingida, Não sei certo dos
Dom João, jà tenho visto Os oito versos destes
Vendovos tão sezudo, e tão pezado. Dous a
Laudatorio. Repouza nesse Tumulo eminente Dos
de conciencia, Vendovos tão sezudo, e tão pezado.
livro das Excellencias de Portugal, escrito pello
[SLA99] Em a publicação do famoso Poëma do
O mando, que a fortuna lhe usurpàra ? Tu só; cuja
mas por Morte Mais certos golpes tem, que taes
farei, se a Urbanidade Contar, e se contar, quantas
apercebidos; A troco de vos ver tão prevenidos,
donde deceo à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida, Por
donde estava, Envejoso de ver que o mar cortava Hum Pinho
donde o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que
donde o sol fermoso As portas da manhãa mais cedo abria
donde? O Misterio, que em duvidas esconde Marte iracundo
donde venho? donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa
donde vistes vos ser o Sol nado, Antes da bella Aurora haver
Donde não falta o bem, por ser gozado. Desta flor, desta
Donde no frio golfo, ou pego ardente, As deposita o sol, em
Donde pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum amante
Donde vou? donde venho? donde ando? Tudo he culpa, ò bom
dono foi perdido. Zafiro singular, que foi vendido A quem, em
donzella flor, d' estar segura. Em doce sono o Lavrador
dor, com que atormenta. O que bem disse contra seus enganos
dor, como ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia A humana
dor fica. O não façais tão falso apartamento; Esperay, que
dor jà mais iguallo. Hora eu me callarei, como se saiba Que
dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu
dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais
dor, que fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e mais
dor, que minha Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar
dor, que o coração cubria, Fallava o gesto quanto n' alma
dor resista, Que sempre o não estar• à vossa vista He
dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão nobre vida tens
dores, Muitas queixas serão; e quando muto, Hum modo he de
dores não são dores, Muitas queixas serão; e quando muto
dores; Quanto forão melhor, que para amores, Taes
dores. SONETO II. Amoroso. Poes são tantos os males
Dorme o prado; e das arvores agora Nem da que mais o Zefiro
dormindo estuda, Por hum nome, que errou, lhe chamo eu
dos amantes, que illustraste, Aguia, que ao immenso sol, a luz
dos ardores De seus olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as
dos çapatos Não teve Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa
dos dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta firmeza; Pello
dos dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta
dos dous, nesta querella O mais culpado, foy contenda antiga
dos dous, qual mais o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo
dos Generosos: denotado em a Tocha sobre a Pedra, que tem
dos mayores danos: Vence, sem batalhar; que os desenganos
dos mais bellos As cores, e as medidas, desprezastes
dos melhores Espritos requebrada; e ardendo em lumes De
dos mestres, mestra. Cera e Marmore offerece a o eterno
dos meus cuidados. / [SAM8] Pensamentos temerarios
dos meus danos. O seguyos, prendeyos; porque logo Teme que
dos montes De Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça
dos olhos duvidada, Pois mais que a sombra esconde, o ardor
dos outros desespera; Foge em fim para vos, desesperada
dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em mais credito
dos perigos não tem medo. A vinda temo mais, do que o
dos perigos os melhores (Se podeis) entre as lagrimas, que
dos que tanto celebraste, Por mais que o tempo esquecimentos
dos Serenissimos Reiis de Portugal. SONETO XCVII
dos tempos a Vitoria: E por honra dos dous, dos dous alcança
dos vossos consoantes dò: E quando d' essa quinta mandeis cà
Dos Avòs, que deixaste escurecidos, Os brazões altos, e altos
Dos Carceres subir, qual subio Mario Dizes que espere; ou
Dos dous Ulisses, hũa mesma gloria Que emprestandose
Dos erros, e das sombras, que ignorante O desvião do porto
Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se com mais de
Dos illustres Avòs, sempre famosos, Os feitos competindo, e
Dos olhos, dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em
dourado Pende, e desmente. A graça, e a ventura Pallida foge
dourado seculo presume: Poes vè que a perfeição de tal
dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à
dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta firmeza
dous, nesta querella O mais culpado, foy contenda antiga: Vos
dous, qual mais o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo
dous quartetos; Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos
dous, tres a tres, e quatro a quatro, Entrão de flamas tacitas
dous Ulisses, hũa mesma gloria Que emprestandose entrambos
Dous a dous, tres a tres, e quatro a quatro, Entrão de flamas
Doutor Antonio de Sousa de Macedo. SONETO XCV. Laudatorio
Doutor Gabriel Pereira de Castro. SONETO XCIX. Laudatorio
doutrina sempre clara, Eximindo a razão da contingencia, Do
doutrinas. E quando nas palestras peregrinas Te vejo confiado
doutrinas Repartes de hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e
Douvos por bem tardados tantos annos. Tardastes; e entre
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SFU64
SFU64
SLA77
SLI29
SAM20
SMO83
SHE79
SMO16
SAM33
SMO82
SAM52
SMO32
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SAM98
SAM55
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SAM27
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SAM45
SSA65
SSA65
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SMO73
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SAM47
SFU21
SMO61
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SAM66
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SAM7
SFU85
SMO16
SAM33
SLA99
SAM66
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SFA51
SAM66
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SMO73
SAM91
SFU37
SHE100
SAM58
SLA18
SAM71
SAM60
SAM48
SFE25
SMO67
SFU21
SFE78
SFE25
SAM23
SLA24
SLA24
SAM8
SFA87
SMO32
SFE13
SLA77
SSA63
se vives das proezas, Que morras das envejas, ò
gloria. / [SFU64] A morte do Senhor Infante D.
Manuel Thomaz. SONETO LXXVII. Laudatorio. O
o estio, o prado. Ay de mi, que me chega a sorte
flor da fermosura. Mas conhecendo jà, quam pouco
me assegura? Não: que desdo principio hà que lhe
reverente, Por ir, ver, e vencer na antiguidade A
Phalaris ouvia A humana voz, vestida em fera
em vir, como rogada Da viva saúdade, que ainda•
vòs guardadas Em my, para outro bem de larga
e mais estreitas, Os Muros erão, donde a sorte
de vos tão apartado•, Ah senhor Dom Antonio, a
tão falso apartamento; Esperay, que não pode
tragedias repetidas Entende, que enobrece as
que não tem cura. Menos fora sentido o golpe
entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe foy
Cem dias de continua tempestade, Dez mil horas de
primeiro, que da Morte, A vida te cortou o braço
fora sentido o golpe duro, A não ser para vos tão
humida, arenosa Hum eco, que na penha cavernosa
em socorro da Fê, foi fabricada; Porque da mesma
a hũa desconhecida. SONETO VII. Amoroso. Pâre a
se for estrancho, ou passageiro, Crerà que foy sem
vezes conheço o meu cuydado, E contemplo na
a os olhos ser negada; Mas nunca ser dos olhos
a Tuba, que temeo a espada. Nunca fora a vitoria
Retrato. SONETO XLV. Amoroso. Não sò duvido eu;
se mostrou Deus: e hoje vestido De Escravo,
da tormenta Nas mansas aguas d' esse breve vazo?
affectos, que mereces, A quaes subirão mais, vem
sem vermos, como, ou donde? O Misterio, que em
De hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso. Não sò
ecos sonorosos, Onde aos termos do mundo
que esta voz desacredita. Diz me o pò que sou pò?
Ir a justificar a tirania, Porque padeça a afronta,
pello fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge
que me mandais, tanto me esqueço, Como so a vos,
SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol;
que deixas cà, se suas forão, A Verdade, a Justiça,
o coronel dourado Pende, e desmente. A graça,
de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a luz,
tal vez, por falso pensamento Mostra os socorros,
que falla, he Tullio? ou he Timante Este, que pinta?
Avòs, sempre famosos, Os feitos competindo,
luz, que a sombra cerca, Sendo os raios jà vistos,
aos termos do mundo duvidosos, Estendendose foy,
mais fazer, ò sorte escura, Que em dano meu,
se com lagrimas convinha Sentir somente o mal,
letras, que preciosas Pedras são, mais que porfido
quem vou perderme, Meu martirio• engrandeço;
Avòs, que deixaste escurecidos, Os brazões altos,
nada, e tudo outro promete: Temei embora humano,
E emprenhandome mais o entendimento, Bella,
Vida tẽns, e teràs, sempre envejada Da cobiça,
ocio? que he da idade? Que he do vigor constante,
Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia,
alli estâ; jà dos melhores Espritos requebrada;
Sago se veste, e se arma a Toga; Com suas firme,
de louvor darte; Que não fizesse com mais culto,
em versos inauditos; Chore Grecia, as Athenas,
hospicio, jà chegado; As carrancas despoes,
O não te queixes! Fiquem te embora os gostos,
por ser mais fermosos; dos mais bellos As cores,
Disso, graças a Deus, sois vos bem rica. Mel,
quantas artes varias O Homem racional, provido,
as gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim,
a semelhantes Giovenetos, Me teem feito bem mal,
Prima, não façais esgares? Porque de graças,
He verdade que parte, e que caminha, Mas partese,
enfermou toda amizade. Que cuidais? perigou corte,
erro me deixou a enfermidade; Salvo se conheceo (
poder, que te destina, Quer que nas quedas, voos,
minha desornada, Que merece em tomarlhe alento,
arguîdo, e desculpado. Deixai sò para mi, pena
para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî jà;
Repartes de hum riquissimo tezouro ? Hora vive,
Vença logo das gentes a esperança, Poes do Filho,
Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi lauas pedes? SONETO
Duarte. SONETO LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que da
duas vezes Cisne venerando Dos olhos, dos ouvidos, que
dura A querer que alivie o meu cuidado Por exemplos de alhea
dura, Appella a vosso grão merecimento, Crendo que em vos
dura Do erro este costume, a o mundo dado; Ser aquelle
dura força da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta
dura: Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que a todos
dura. Hora bem pode vir, e estar segura, Que hà de ser
dura; Mas jà sey, contra si que mal procura, Quem credito
dura Roubou, para vos dar, minha alegria. Hora acabai de
dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar na Corte: Câ vos
durar muto Vida tão pobre, que se vio tão rica. [SMO83]
duras armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me
duro, A não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere mais a
duro adversario. Hora, que tarda para vir, mil annos, Que
duro apartamento, Quarenta mil instantes de tormento, E hum
duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle o ferro
duro, e grave, Pois fere mais a seta, onde he secreta. Ah
Durou medonhamente repetido. Sereno Pescador, que a
duvida informada, Quanto nella se encobre, entende della
duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi
duvida, o primeiro Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay
duvida, que o espera; Tantas, e muitas mais, delle quizera
duvidada, Pois mais que a sombra esconde, o ardor revella
duvidada, Se nella, illustre Sà, foras prezente; Poes o que não
duvidais, Flora, Pintada, e viva, vendovos querida? Pois qual
duvidais seus mandamentos? Pois diz o Amor: Que para
Duvidais vos d' entrar (timido a cazo) Quando que nelle
duvidando. Poes que conta farei, se a Urbanidade Contar, e se
duvidas esconde Marte iracundo, descifraste, e leste, Porque
duvido eu; duvidais, Flora, Pintada, e viva, vendovos querida
duvidosos, Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute o Fogo
e a crer me incita Que he vento, quanto neste pò se encerra
e a desventura? A quem me hei de queixar, se o ceo procura
e a dor fica. O não façais tão falso apartamento; Esperay, que
e a mi não conhecera. Com razão logo por favor vos peço
e a noite escura He do dia, bastarda sucessora. Jà quando•
e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça, enveja de tudo
e a ventura Pallida foge. O sangue, a fermosura, Tudo vai pela
e a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais subida Entre•
e à batalha incita: Mas se della me valho em meu tormento
e acaso se comparte, He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte
e acrecentando. Gozoute o Ar, teu nome publicando Em
e adorados. Vos, senhora, fareis, quanto quizerdes; Porem
e affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua
e afronta da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque padeça a
e agora o canto He digno de outra gloria verdadeira; Não
e alabastro. Mas qual será o epitafio argumentoso Que
e alegre em verme Morro sem maldizer taes tiranias. Razão
e altos apellidos Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa gloria•
e amay divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas bem vistas
e amavel Urania me acredita. [SMO67] Considera a
e ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode, o Mundo
e amor jocundo? Que he da velhice? que he da mocidade
e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor, e da porfia
e ardendo em lumes De hum Amor, cujas linguas são louvores
e ardente insignias, roga A vossa planta, como á vossa destra
e arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa alta gloria
e as Espartas Vivão vossos escritos sobre as gentes; Que em
e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se hum
e as idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que este
e as medidas, desprezastes. [SMO49] Escarmento prevenido
e assucar? são cousas da botica. Coscorões? são peores que
e astuto, Poem em obrar ingrato, e resoluto, Obras, que a
e auzencia: Mas pois tão nobre vida tens roubada, Para que
e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum dia (Arredo
e• benções aos pares, Disso, graças a Deus, sois vos bem
e caminha por tal arte, Que câ vos deixa aquella illustre parte
e cidade. Se foi da dor, que fora do perigo? A mi, que sou
e com verdade) Que era peor, haverse assi comigo. Hora os
e contendas Compres a gloria, a pezo da ruina. [SAM9]
e cores? Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que os teus
e cuydado, Que essas sò são as guardas, do meu norte. Todo o
e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
e da fama faze idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com
e da May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E
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SAM31
SAM91
SAM20
SAM47
SSA68
SFA53
SAM14
SMO15
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SMO59
SAM71
SHE100
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SHE79
SHE79
SLA24
SFE40
SAM52
SLA94
SHE38
SFE70
SHE100
SMO16
SAM17
SMO15
SSA68
SAM58
SAM55
SFU85
SAM27
SMO50
SAM60
SAM27
SFA51
SLA72
SSA63
SLA93
SAM76
SMO50
SAM27
E pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado,
e ao Amor tudo obedece: Tu sò zombas do Amor,
SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris, do Amor,
essa ribeira entre a frescura; Dorme o prado;
Socorrey, e guiay, entre as porfias Dos erros,
Que avaro intento esconde Tal fonte de doçura,
a meu pezar, nas glorias se exercita. Hora vença,
fazendo que a minha alma saya De mi, senhora,
hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora,
folgais de andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo,
olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado Pende,
muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte;
O Catholico Ceptro he Lusitano, Que de Maria,
pode vir, e estar segura, Que hà de ser possuida,
manquejardes de inconstante (Apalpando do pejo,
Riamonos do Fado, e da mudança; Riamos do desvio,
Poes são tantos os males padecidos Da Fortuna,
desobrigue, e me emmudeça A vista do tormento,
Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho guia,
da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa,
em quanto as gentes chorão, Cheas d' enveja,
co Mundo conferencia, Discursais, revolveis;
foy de vosso ser profundo; Ella se logra delle,
veja. Pois inda a confusão não se remata Em vos,
Aquella Fè de tantos maltratada Foge da sem razão,
por bem tardados tantos annos. Tardastes;
que me reja? Porque me hei de queixar do Tempo,
velha. Segunda feira. Vosso. / [SAM14] Queixa,
Então quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou,
pezada vitoria, e triunfo triste. A cobiça pizada;
LIII. Familiar. Velho mancebo, illustre em sangue,
dezejada. SONETO XXVI. Lirico. Bramava o Mar;
que em vos, como no Firmamento Bella pode viver,
viva saúdade, que ainda• dura. Hora bem pode vir,
digo eu, que cada accento O Mundo engrandecera,
admirome, mas quando Te escuto, em tanto aplauso
soes grandes; e o que a todos He culpa, vos realça,
caminho mais errado O que he de mais passage,
cheiro, e frescura; Poes se he do campo a graça,
que nasceu delle defronte. Hora sahio da terra,
nas palestras peregrinas Te vejo confiado, astuto,
o Ar hum leve alento, Que das flores colheu cheiro,
sentido o golpe duro, A não ser para vos tão duro,
Mais do naufragio, que do porto, dino: Socorrey,
os pensamentos, Porque se mostrou Deus:
donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa
menos, que hũa eternidade. Ajuntailhe os perigos,
magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro do feliz,
encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs, e tornas,
fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci;
em duvidas esconde Marte iracundo, descifraste,
o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera,
que fora do perigo? A mi, que sou mais vosso,
Grilhão, que vos assusta eternamente Negro boçal,
despoes não fez, mayores ? De pedras como vôs,
a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara,
o Mundo sobre a Fama, E desde vos, rendei terras,
ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay,
Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera
de hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue,
ma repartîs, podeis detella; Mandandolhe que pâre,
deste ser, levo comigo? E se eu proprio me perco,
como fostes a ambos os Tobias, Do Pay mezinha,
eu bem fizesse em declaralla, Dissera tua belleza,
SONETO LV. Amoroso. Vossa desgraça,
cumprir, do que promete? [SFU85] Ao naufragio,
o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto,
saber, que deixo o engano. / [SMO50] Fermosura,
as verdades, Tudo là te entreguei; fiel, cego,
E contemplo na duvida, que o espera; Tantas,
Pois desta casta de arvores de fruto, Hũa dà fruto,
quem he, que gloria tanta Pode juntar em si do Ceo,
da immensa eternidade? Que com pontas na Fè,
exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo,
as perolas, que hà mutas, Lucinda, no Occidente,
te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a belleza,
Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa,
e da mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem
e da porfia. / [SSA92] Votando ao sublime Evangelista S
e da ventura; Que hũa hora foi engano, outra escarmento
e das arvores agora Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa
e das sombras, que ignorante O desvião do porto verdadeiro
e de elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão, Banho
e de mi riase a gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por
e dentro de vos viva. / [SMO16] Nova invenção de Amor
e dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra hum
e desculpado. Deixai sò para mi, pena e cuydado, Que essas
e desmente. A graça, e a ventura Pallida foge. O sangue, a
e deste rio A verdura regada, ser enveja Da que mais verde
e Deus em igualdade Defende a luz, consagrase à verdade
e dezejada. Senhora, se com lagrimas convinha Sentir
e do despejo) Mal he tambem, de que eu tambem manquejo, Se
e do rodeo, Se nunca vai sem vos, quem vai com sigo. /
e do tempo ás gentes dados; Não me estranhe ninguem, que
e do tirano. E a fim de que ninguem se compadeça, Là
e doce companheiro. [SMO69] Escuzase da esperança, a que
e dor jà mais iguallo. Hora eu me callarei, como se saiba Que
e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão nobre vida tens
e eis tudo errado. Quem vos vir, Apetite disfarçado, Digno
e elle della. Fazei outro milagre em mi segundo; Que nem
e em mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou não quer
e em vos espera A razão, que dos outros desespera; Foge em
e entre tanto estes tiranos Casos d' Amor roubarãome os
e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado
e Enveja. SONETO XIV. Amoroso. Aquella Fè de tantos
e errou. Eu vendo seus empregos Tão sem ordem, bradei: Tem
e escarnecida A ambição; cada qual de longe brada, Por ver
e esprito, Tu que queres de mi, que assi me obrigas? A ti, que
e estâ contente agora: Trocouse o vento em aura socegada
e estar segura. Que a Rosa viva là, de Rosa estrella, Milagre
e estar segura, Que hà de ser possuida, e dezejada. Senhora
e eu prezára. Mas que merece aquelle, que declara Por
e fama creces Que os dobrados affectos, que mereces, A
e faz modellos Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes
e fermosura. Em fim não passarei, temendo a sorte? Tambem
e fermosura Que devemos ao Ar, no movimento? Tal, se
e foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento em guerra: Quedas•
e forte, Parece certo que a contraria sorte Entre a vontade
e frescura; Poes se he do campo a graça, e fermosura Que
e grave, Pois fere mais a seta, onde he secreta. Ah senhora
e guiay, entre as porfias Dos erros, e das sombras, que
e hoje vestido De Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois
e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por
e incertezas, Do fraudulento hospicio, jà chegado; As
e infeliz astro. As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a
e iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo
e jà vi rosa Das que se preza Abril, Mayo se ufana, Que em
e leste, Porque de Marte o coração celeste Sempre a teu alto
e louva por credito da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza
e mais antigo, Por erro me deixou a enfermidade; Salvo se
e mais boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos traz da
e mais estreitas, Os Muros erão, donde a sorte dura Roubou
e mais subida Entre• vos tem, seu resplandor guardado. Ceo
e mares, Sem provar forças mais que as das virtudes
e Marido. Mas sospeito que estas como corrido, De não nos
e Marmore offerece a o eterno templo De hum magnanimo
e me emmudeça A vista do tormento, e do tirano. E a fim de
e me não siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga, Assaz de
e me persigo, Quem serà, que me poupe, ou que me reja
e medico elegante, Do Filho guia, e doce companheiro
e meu desvello; Quanto he mais adoralla, que contallla; Quanto
e minha desventura, Eillas, senhora, jà irmãns e unidas. Sejão
e morte de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute a
e Morte, A fraude he certa, e nunca conhecida. Vos, que
e Morte, advertidas por hum corpo bellissimo, junto à
e mudo: Outra vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem te
e muitas mais, delle quizera Antes ser despedido, que
e muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se derrete, Val
e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em
e na Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano? O
e não mudança, Para que eternamente renacendo, Eternamente
e no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente, As
e no que pâra. [SFA51] A hum amante da variedade. SONETO
e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu
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SHE54
SLA28
SHE54
SHE100
SFE39
SAM48
SMO5
SFE75
SHE54
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SAM41
SAM27
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SMO69
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SLA28
SAM48
SFE75
SMO59
SSA63
SSA63
SFA51
SHE54
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SFA53
SAM23
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SHE100
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SMO19
SHE54
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SAM9
SMO19
SMO11
SAM14
SMO61
SMO35
SMO57
SAM60
SLI22
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SAM55
SLA95
SMO49
SHE79
SHE79
SFE75
SAM33
SAM47
SAM27
SAM45
SFE75
SLA56
SMO35
SMO69
SMO16
SMO11
SLA74
SLA97
SMO32
SAM27
SFE30
SAM33
SHE38
Estando para nascer o Senhor Infante Dom Pedro,
certo que a contraria sorte Entre a vontade,
em vos força he que vibre) Leite a Razão vos dê:
quem oje a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga,
mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto,
tantas vos deve. Negros soes, não soes grandes;
em quanto assi me vejo? O que eu reprovo, eleje;
SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove; a luz,
A paz vos adormente; o sono leve Repouzo seja sò:
elle, hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida,
de Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno,
apareceo, que mais pergunto? [SAM27] Medo,
co dedo, os vay contando. Então quiz disparar?
bem jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul,
de humanas estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja,
hũa hora: a voz detida Seguio do coração o modo,
vivas nas idades peregrinas! Com idade de prata,
Entre a vontade, e o braço, determinas. Espada,
Louvando por ley de certamen, hũns olhos negros,
d' antes. [SFE75] Varia idea estando na America,
ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por delito,
do certamen da Conceição. Celebrado em Lisboa,
gentes a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê,
muitas dores não são dores, Muitas queixas serão;
e sede tanto, Quanta a esperança foy, he o gosto,
tão sezudo, e tão pezado. Dous a dous, tres a tres,
que ellas não tenhão dito? Direi sò que as afagues,
que sò partir convinha. He verdade que parte,
o bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte,
cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa,
queixar, quando me perco? / [SLI62] Memorias,
provido, e astuto, Poem em obrar ingrato,
sem ordem, bradei: Tem te, homicida. Voltouse,
Moral. Vivia aquelle Freixo no alto monte, Verde,
he, digno de Augusto; Porque hum peito real, alto,
ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà:
Portuguez, nossa Palestra Onde o Sago se veste,
Poes que conta farei, se a Urbanidade Contar,
os estivestes tão perfeitos; Se taes palavras,
Senhor, se soes Senhora, Senhor, sede o que for;
Se eu erro para mi, porque me emenda Com colera,
Sem licença do mal, assi dezia: Corre alegre,
pois o louco pensamento Que deixe tal comercio,
Porque, senhor, tanta belleza junta, Tanta graça;
por homem de conciencia, Vendovos tão sezudo,
fim para vos, desesperada. Pobre da Fè tão boa,
do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido,
T. Vaite para cega. Vedes, como se vão a Vida,
Por ver, se de ty pode ser ouvida. Vida tẽns,
Que queres mais de mi, Idolo ingrato? Soltame,
Que encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs,
batalhar; que os desenganos Dão pezada vitoria,
he Fado, ou que he destino, Que hum não dà nada,
declare as emprezas gloriosas, Do Ithaco Pereira,
e minha desventura, Eillas, senhora, jà irmãns
a Fortuna cegamente intenta Mentirlhe glorias,
o voo julguei por enganoso: Saibao, quem folga,
Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por ir, ver,
Postrese Roma a Cesar reverente, Por ir, ver,
chamo eu cento. Mortos da mesma morte o dia,
hora he jà chegada, Que atê nos passos tras preço,
a Aurora, Triste sombra o roubou, da agoa,
com minha sorte, Fareis de todo vossas, Sorte,
Não sò duvido eu; duvidais, Flora, Pintada,
eu que digo? solto o tão sublime Discurso ao ar;
ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte,
T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T. Essa
progresso vario Altivo Emperador, de Reo injusto:
e me emmudeça A vista do tormento, e do tirano.
disfarçado, Digno vos julgarà de reverencia,
importa, Se May fostes, con rayos semelhantes
temer pudera Sidónia altas colunas lhe offrecera
he chamado. Tendes riqueza, tendes galhardia;
Amoroso. Quantas vezes conheço o meu cuydado,
mà hora! Se cuidais que he gracinha o ser ingrata,
preço, e ventura, Tão merecida de hũa fé tão pura,
às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a Fama,
e o Autor prezo. SONETO LIV. Heroico. Não sei, se soes
e o braço, determinas. Espada, e pena, poes que com verdade
e o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto
e o Mar afoga, Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera
e o prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se o
e o que a todos He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr
e o que eu elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu
e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda muda: Quando a
e o sonho seja A desgraça (se em vos força he que vibre
e o Tempo. SONETO XXXV. Moral. Vida Quem chama dentro
e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem não caiba O
e obediencia. SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes
e os olhos cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos Tão
e outro a justo Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe
e para si convida; Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde
e parte, Ambos provárão mudos a louvarte Ao entender, se
e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o convidava lhe
e pena, poes que com verdade, O mesmo que hũa intrepida
e pequenos. SONETO XLVIII. Amoroso. Olhos, vos soes, quem
e perturbado no estudo por bayles de Barbaros. SONETO
e por offensa. Mas que fora de nos, se esta, se algũa Fora
e premiado em primeiro lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que
e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por honra dos
e quando muto, Hum modo he de penar irresoluto Sem gloria
e quanto Crecerão com crecerdes de hora em hora. Tanta
e quatro a quatro, Entrão de flamas tacitas ardendo Astutos
e que as sigas; Que a fê que mais de hum par, por mais que
e que caminha, Mas partese, e caminha por tal arte, Que câ
e que de frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura
e que entrar possa; Porque de tal maneira a Deus he dada
e queixas. SONETO LXII. Lirico. Esses Mares, que vejo, essas
e resoluto, Obras, que a vossas leys são tão contrarias: Ou
e respondeu: Tal vay de guerra; Se vos todos andais comigo
e robusto; apenas o tocava O brando vento, apenas o deixava
e robusto Pede esfera maior, que hum emisferio. Porém sò
e se algum dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das
e se arma a Toga; Com suas firme, e ardente insignias, roga
e se contar, quantas doutrinas Repartes de hum riquissimo
e se taes conceitos, Tão divinas; tão longe de profanos, Não
e sede tanto, Quanta a esperança foy, he o gosto, e quanto
e sem zelo, a voz agreste, A quem em vão, a emenda lhe
e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna, de que
e tal conquista? Se hà mais ganho na gloria, que dais vista
e tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo
e tão pezado. Dous a dous, tres a tres, e quatro a quatro
e tão prezada Por boa, là nos dias de outra era: Mas quem foi
e temeroso, Se inda despoes de tantos me confio, De quem me
e Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de Paiva de
e teràs, sempre envejada Da cobiça, e ambição; poes he sò
e tornarei à triste vida: Porque d' esta cadea nunca erguida
e tornas, e iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu
e triunfo triste. A cobiça pizada; e escarnecida A ambição
e tudo outro promete: Temei embora humano, e amay divino
e Ulisses Castro? / [SHE100] Por Asunto Academico se
e unidas. Sejão, se querem, contra mi atrevidas, Porem não
e usurparlhe estados: Vossa Pena com termos levantados
e vè que me arruino. Nem me fez do que sou perder o tino
e vencer mais altamente; Poes se là vence o braço, câ a
e vencer na antiguidade A dura força da contraria gente
e vento, A noite estava para estar sezuda; Que desta negra
e ventura, Tão merecida de hũa fé tão pura, E de hum tão
e verdura. Repouza essa ribeira entre a frescura; Dorme o
e Vida. / [SLA28] Elogio a hum Livro de destreza das Armas
e viva, vendovos querida? Pois qual sois, se a real, ou se a
e vou pegar da pena, Para escrever tão simples catorzada
e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o engenho
é condição minha? V. Esse he meu fruto. T. Es molher
E a Claudio entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe foy
E a fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes de modo o
E a vos, odio, por homem de conciencia, Vendovos tão sezudo
E atè sogra, que agora vos conheço (Contra o que dizem: Nem
E Bragança àlicerce generoso Imortal sempre, nas memorias
E com tudo viveis vida cansada, Que faz que do viver a gosto
E contemplo na duvida, que o espera; Tantas, e muitas mais
E credes que o alrotar que he cortezia ? Porem não me direis
E de hum tão limpo amor, tão esperada. Ella tardou em vir
E desde vos, rendei terras, e mares, Sem provar forças mais
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SAM66
SAM43
SAM71
SFE25
SMO67
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SFE13
SLI26
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SAM4
SAM6
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SPR1
SAM2
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SFE78
SAM20
SMO5
SMO5
SFE34
SAM4
SFU64
SSA65
SLA12
SLA12
SMO5
SFA53
meu tormento; Despoes da grave pena se me evita:
de luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa;
apartamento, Quarenta mil instantes de tormento,
se desta cova Mo deixárão tomar; mas he fechada,
estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias;
hora Mais vos pedir, mandeis que viva auzente,
Meu senhor Dom Antonio, em vossos tratos;
socegada. Despiose o Ceo da sombra carregada,
Com a saber provar, houve encerrado:
passarinhos: Que a Musica a sy mesma se defende;
torpe estudo Em perseguilla á sorte não dispensa;
limpa testa, a quem a Aurora Graça sempre pedio?
a vida. Mas que pudéra a voz, quando advertida,
en vão pelejo. Anda a voar do arduo ao impossivel:
alcança, Poes he pezo o temor, o gosto he vento.
hum desvario Todo de desconcertos marchetado;
he pouco escuro: De que serve matar hũa vil ave,
amores, Morrei, filhos, co pay, da mesma morte;
seculo de pranto, Hũa sò hora de armonia acave.
se hà lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo:
desta defensa, Que nos defenda todo o Santo dia.
espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por manto,
Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria:
atê Pegû. Tende dos vossos consoantes dò:
Morte Mais certos golpes tem, que taes doutrinas.
algum Mouro? Que vos ande a zunir, como bezouro,
Contra as fadigas do dezejo. SONETO V. Moral.
diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero.
este não seja, Se a causa deste ser, levo comigo?
empenho, Poes o fim não fugî, tema o presagio:
Sempre a paz, nunca o premio da ignorancia.
demazia, D' essas ditas, que tendes, não tem nada,
hum delles: Que elles vem publicando paz à Terra:
o bramido Na branca praya, humida, arenosa Hum
Gozoute o Ar, teu nome publicando Em acordados
XCVII. Laudatorio. Dedalo que fabricas numeroso
Crecem prezos os rayos vingadores, Certo
ventura Essa fragrancia, essa aura, essa doçura
Amoroso. Vossa desgraça, e minha desventura,
guerra: Quedas• vio ser, o que esperava abraços.
co Mundo conferencia, Discursais, revolveis; e
[Mundo incerto. SONETO LXXXIII. Moral.
Sacro. Que Ceptro justo hè este, mais que humano,
Ceo se hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A
/ [SHE100] Por Asunto Academico se offreceu a
verdade sô quer para doçura, O desengano sò para
avaro intento esconde Tal fonte de doçura, e de
/ [SLA72] Em resposta a hum Elogio Poetico
a ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e medico
ou he Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se
dando os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da
vira em quanto assi me vejo? O que eu reprovo,
assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que eu
aura, essa doçura Effeito he, que pertença a esse
lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda das couzas o
para obedecido, Mais he, que quando aos pês, rende
que he tão potente, he tão benina, Que o humilde
em mi segundo; Que nem porque lhe destes vida a
quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser muito,
della estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu
não se remata Em vos, e em mi; mas cuido que
a não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião,
Rosa estrella, Milagre foy de vosso ser profundo;
tão pura, E de hum tão limpo amor, tão esperada.
te hà de dar meu fraco grito? Que direi eu, que
se Apollo inda he aquelle moço louro, Eu fico que
foy de vosso ser profundo; Ella se logra delle, e
mandar, em que escolhera, Contra as quaes sò por
bem, que grande paz me dera? Ou (por força) com
d' essa quinta mandeis cà, Para que serve hum
levo às vossas aras Hum sacrificio igual; levo por
duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque
he, que quando aos pês, rende Elementos, Quando
Que elle sem ti, não pode ser eterno; Mas tu sem
inferno. Porem Tu com excesso mais glorioso, Que
vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo,
fonte de doçura, e de elegancia? Este lugar, onde
E emprenhandome mais o entendimento, Bella, e amavel
E entre tantos sinaes de tal grandeza Tambem vem por sinal
E hum milhão de milhões de saudade, Hà, despoes que parti
E inda o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de
E logo vejo, quantas artes varias O Homem racional, provido
E me aconselhe là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè
E não sois sò Demonio para os ratos, Mas para as proprias
E o manto azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão
E o mesmo Amor, que a tem multiplicado, Quando somar a
E o pranto he sò, quem hà mister padrinhos. [SMO89]
E obrigação tambem, em conhecendo, Que se no vosso Amor
E os brancos dentes, Por quem trocàra as perolas, que chora
E ouzado o coração, de louvor darte; Que não fizesse com
E para me perder de muitos modos, Finje que a honra he certa
E para quando os alcanceis, vos rogo, Não que façais me
E para ser maior, seja cuidado A vontade do prodigo alvedrio
E perder, por matalla, a melhor seta? / [SLA56] Resposta a
E poes morreis honrados, morrei ledos. [SAM47] Amor peor
E poes que da republica sonora Entre as aves pretendes
E pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado, e da
E pois que tem tal mão para a Armonia (Que he parte, que anda
E por ama, a Fortuna vencedora. A paz vos adormente; o sono
E por honra dos dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê
E quando d' essa quinta mandeis cà, Para que serve hum elle
E quando nas palestras peregrinas Te vejo confiado, astuto, e
E que andeis a callar, como cartuxa. Ha de pucha que joya
E quem me compusera do dezejo, Que grande bem, que grande
E se como comigo, foi severo, Com vosco o for, o celestial
E se eu proprio me perco, e me persigo, Quem serà, que me
E se exemplo não fui, seja contagio, Que perca, a quantos vem
E se rica algum tempo, agora pobre A verdade sô quer para
E tem muito d' essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria
E vos, não sei porque, com vir entre elles, Vindes para fazer
eco, que na penha cavernosa Durou medonhamente repetido
ecos sonorosos, Onde aos termos do mundo duvidosos
Edificio imortal, onde venera Quantos prazeres a Esperança
effeito de todo o incendio tardo. Que industria contra o Ceo
Effeito he, que pertença a esse elemento? Apenas pos o Ar
Eillas, senhora, jà irmãns e unidas. Sejão, se querem, contra
Eillo que chora em vão seu desvario, De longe a vè, chegar
eis tudo errado. Quem vos vir, Apetite disfarçado, Digno vos
Eis aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva a gente
Eixo quasi, da immensa eternidade? Que com pontas na Fè, e
El Rey N. S. pello sucesso arriscado de sua viagem maritima
El Rey Nosso Señor o patrocinio da Academia dos Generosos
elegancia. [SMO3] Capricho de bom humor. SONETO III. Moral
elegancia? Este lugar, onde elles repouzarão, Banho espero
elegante, composto por hum Religioso de grandes partes
elegante, Do Filho guia, e doce companheiro. [SMO69]
elegante Poetiza, he Apollo? ou já he Marte, Se emprende
eleição da Tia. SONETO XXX. Festivo. Quem poderà com
eleje; e o que eu elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes
elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu mandar
elemento? Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das flores
Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia Não nasceo
Elementos, Quando elle o poem, a vossos pês rendido. /
eleva, o fragil faz constante; Sem que, porque se afirme, ou
ella, He razão que mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte
ella o callava: Mas vencido do mal, que o atormentava, Sem
ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte, Então
ella propia Ou não sabe, ou não quer saber, qual seja. /
Ella a todos co dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e
Ella se logra delle, e elle della. Fazei outro milagre em mi
Ella tardou em vir, como rogada Da viva saúdade, que ainda•
ellas não tenhão dito? Direi sò que as afagues, e que as sigas
elle chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro
elle della. Fazei outro milagre em mi segundo; Que nem
elle en vão pelejo. Anda a voar do arduo ao impossivel: E
elle hoje fizera, Que me não vira em quanto assi me vejo? O
elle, hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida, e o Tempo
elle Hum impossivel tal, que o vencer delle De novo ao Mundo
elle o ferro deu, deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio
elle o poem, a vossos pês rendido. / [SAM66] Tradução do
elle, podes ser famoso. [SFE13] Respondendo a hũ soneto de
elle sem ti, não pode ser eterno; Mas tu sem elle, podes ser
Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu mandar, em que
elles repouzarão, Banho espero que seja aos tempos, onde
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SAM43
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SFU21
SMO5
SMO15
SLI90
SMO5
SLA93
SFE34
SFA51
SSA92
SAM41
Mas confundome, vendovos hum delles: Que
paz à Terra: E vos, não sei porque, com vir entre
Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28]
Mais propriamente Deus a farà vossa. [SLA95]
tão bellas repetidas ? [SLA77] Em resposta a hum
nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta a hum
quem cuydàra, Sem que gastasse em vão toda a
da examinação da Poesia. Ouço Platão, em termos
Considera, e louva por credito da insigne Vitoria d'
o patrocinio da Academia dos Generosos: denotado
que ordenas, de admirado Os louvores confunde
Que mais segura estàs, que antes estavas: Porque
o Poëma Epitalamico, dito, Templo da Memoria,
o Mar; e estâ contente agora: Trocouse o vento
das mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que
As portas da manhãa mais cedo abria, Mas
o que a• Galanta quer, quer o Galante. Aposto que
no frio golfo, ou pego ardente, As deposita o sol,
á sorte não dispensa; E obrigação tambem,
Moral. Pudeste mais fazer, ò sorte escura, Que
mudo o alto modello: Mas quando eu bem fizesse
do viver a gosto vede, Pobre de quem, vivendo
porque o peito a Amor rendeste, Livro de Deus, que
o Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo
sem vermos, como, ou donde? O Misterio, que
sempre era alto dia, Perfeição, que não cabe
o cruento Phalaris ouvia A humana voz, vestida
perdido. Zafiro singular, que foi vendido A quem,
estava para estar sezuda; Que desta negra gente,
Ninguem mais fez num ano de cazado: (Sois home
espera A razão, que dos outros desespera; Foge
Vivão vossos escritos sobre as gentes; Que
Teu dano; porem deveslhe o escarmento: Que
o Anjo, cuberto de luz pura, O Serafim vestido,
XXXVII. Funebre. D' Aquella flor, que tanto
ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma,
cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado, Que
quer vossa mercè? A mi, que mais forçado que
da terra, e foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento
gloria prometeu, todo o tormento Trocarme Amor?
o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de hora
Metafora Alegorica. SONETO XCI. Amoroso. Batia
Do prado se acolhia vergonhosa. Conhecivos Esposa
Catholico Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e Deus
teu mal, meu bem, agouro! Porque com tanta serpe
as leis do certamen da Conceição. Celebrado
jà dos melhores Espritos requebrada; e ardendo
olhos, dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde
socorros, e à batalha incita: Mas se della me valho
em mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha Alma
veja. Pois inda a confusão não se remata Em vos, e
em mi mesmo por castigo: Triste serei, em quanto
Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado
Ella se logra delle, e elle della. Fazei outro milagre
que em mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que
em quanto em mi, me veja. Esta empreza, que
SONETO XXXV. Moral. Vida Quem chama dentro
avante, assi lhe importe. Que farei logo incerto
divino nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo
a ventagem, que os Brutos fazem aos Homẽns
varias O Homem racional, provido, e astuto, Poem
a padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco faço
Trocarme Amor? em honra o vituperio; A guerra
chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar, nem
rãns do charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que
da Conceição. Celebrado em Lisboa, e premiado
Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou
bem podes, Morte ouzada, Chegarte hum pouco,
(por força) com elle hoje fizera, Que me não vira
deixado em mi mesmo por castigo: Triste serei,
a levantarte, Comedindo o rigor de Fili agora, Que
o reprova; como se tivera Sortes a seu mandar,
do Amor, renova da esperança, Fenis, das chamas,
Resposta a D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo
mas o celebre ouro fino Nem reconhece a fragua,
ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo do Mundo,
Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca,
elles vem publicando paz à Terra: E vos, não sei porque, com
elles, Vindes para fazer ao Mundo guerra. / [SMO44]
Elogio a hum Livro de destreza das Armas, composto pello
Elogio ao Excellente livro das Excellencias de Portugal
Elogio metrico do Poeta Manuel Thomaz. SONETO LXXVII
Elogio Poetico elegante, composto por hum Religioso de
eloquencia, Reduzir ao imperio da prudencia O mando, que a
eloquentes, Homero escuto, em versos inauditos; Chore
Elvas, a presteza, com que foy alcançada. SONETO LXXIX
em a Tocha sobre a Pedra, que tem por sua Empreza. SONETO
em alegria, Quando hum dourado seculo presume: Poes vè que
em ambas fortunas venturosa, Se antes nem de ti mesma te
em as Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal. SONETO
em aura socegada. Despiose o Ceo da sombra carregada, E o
em calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril
em chegando a vellos, se partia Ou cego, ou lisonjeiro, ou
em Coimbra algum letrado Disse que foi de Deus alto castigo
em conchas brutas. Mas lagrimas celestes, que inda enxutas
em conhecendo, Que se no vosso Amor, não acho escudo, Não
em dano meu, e afronta da porfia, Ir a justificar a tirania
em declaralla, Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto he
em demazia, D' essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem
em Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus, aos homẽns
em dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que
em duvidas esconde Marte iracundo, descifraste, e leste
em fantazia, Fermosura mayor, que a fermosura: Cova
em fera dura: Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que a
em ferro o tem mal engastado; Aver que por se haver em vão
em festa ruda Endoudece o lascivo movimento. Mas eu que
em fim de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas como
em fim para vos, desesperada. Pobre da Fè tão boa, e tão
em fim, quem conhecer vossos escritos, Não pode esperar
em fim se não lograste hum alto intento, Hum seguro temor
em flama acesa; E entre tantos sinaes de tal grandeza
em flor cortada, Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a
em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de Amor
em fulminar tragedias repetidas Entende, que enobrece as
em galê, D' aquella, que não passa desde alli, Jà nem para
em guerra: Quedas• vio ser, o que esperava abraços. Eillo
em honra o vituperio; A guerra em paz; que em tanto Amor se
em hora. Tanta estrella tenhais, bem como agora Com vosco
em hum penedo da agua erguido Lá na serra da Arrabida
em igual preço Envejada das flores: mas que importa, Se May
em igualdade Defende a luz, consagrase à verdade, Triunfando
em jardim Mouro, Pomo não foi de Hesperides guardado. Em
em Lisboa, e premiado em primeiro lugar. SONETO LXIII
em lumes De hum Amor, cujas linguas são louvores. Seja
em mais credito floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs
em meu tormento; Despoes da grave pena se me evita: E
em mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto como? Como
em mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou não quer
em mi, me veja. Esta empreza, que em mi, tanto em vão
em mi mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em mi, me
em mi segundo; Que nem porque lhe destes vida a ella, He
em mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha Alma em mi
em mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano
em mi? Tempo O Tempo ouzado. V. Entraste sem licença? T
em mundo incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte
em nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse
em obedecer a Deus. SONETO LXVII. Moral. Quando vejo
em obrar ingrato, e resoluto, Obras, que a vossas leys são
em padecella. Atê nas proprias queixas meu destino Quer
em paz; que em tanto Amor se mete Hũa vez prometeu
em pedaços. /
[SLI90] A hum Roixinol. SONETO XC
em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros mentecatos) Que
em primeiro lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè
em qualquer d' essoutros mentecatos) Que das plumas as
em quanto as gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e
em quanto assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que eu
em quanto em mi, me veja. Esta empreza, que em mi, tanto
em quantos triunfos, pode darte a Arte. [SAM91] Metafora
em que escolhera, Contra as quaes sò por elle en vão pelejo
em que estàs ardendo, Do Amado, o amado exemplo, hoje
em que lhe escreveo outro soneto. SONETO XXXIV. Festivo
em que se mete. Vos direis que isto he Fado, ou que he destino
em que viveste, Mundo das perfeições, que em ty guardaste
em quem não caiba O queixume da dor, que a dor lhe deixa: Sò
292
SMO49
SFA53
SFE70
SMO50
SSA68
SSA92
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SAM2
SAM47
SFE30
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SAM4
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SLA77
SLA72
SLA18
SAM7
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SAM45
SSA86
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SAM8
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SAM60
SAM91
SMO3
SMO3
SAM43
SAM46
SAM48
SAM33
se se vinga, em ver, que perco a dita, Eu me vingo,
SONETO LIII. Familiar. Velho mancebo, illustre
que vos traz Dona Joana Hum alegre recado, que
Pode fazer unir? salvo se a Morte ? A Morte foi
do mundo tanto paralello, Que presâgo se mostra
a profissão de certa Religiosa, que se celebrou
he? Pois quem he, que gloria tanta Pode juntar
de flamas tacitas ardendo Astutos Palladioens
Amoroso. Pâre a duvida jà, cesse a cautella, Se
amigo, que mandava perguntar a vida, que fazia
que possa socorrerme, Nem que saiba remirme
da ouzadia Não nasceo, que me espanto que
Amor? em honra o vituperio; A guerra em paz; que
Quando te vejo, admirome, mas quando Te escuto,
Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute o Fogo
SONETO XLII. Heroico. Esta do Mundo maravilha,
monte a vida viste. Tem te, não deças, que
entendo, A da examinação da Poesia. Ouço Platão,
em simples Troyas. Quem enganas, ò Mundo,
Mundo, em que viveste, Mundo das perfeições, que
A pobre Musa minha desornada, Que merece
o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co a gloria
Com colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem
ferro o tem mal engastado; Aver que por se haver
Velhice presumida. SONETO XLIV. Moral. Gastas
Deminuir da fê tão nobre intento, Fermosa Lici,
vio ser, o que esperava abraços. Eillo que chora
Clarissimo Diogo, quem cuydàra, Sem que gastasse
em mi, me veja. Esta empreza, que em mi, tanto
vi rosa Das que se preza Abril, Mayo se ufana, Que
Jà não lhe chamarei Fado tirano; Poes se se vinga,
vou perderme, Meu martirio• engrandeço; e alegre
delinquente. / [SLA18] Em resposta de hũa carta
Platão, em termos eloquentes, Homero escuto,
de hum tão limpo amor, tão esperada. Ella tardou
Appella a vosso grão merecimento, Crendo que
Fè de tantos maltratada Foge da sem razão, e
Repouzo seja sò: e o sonho seja A desgraça (se
diante Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu
figura, nem para de pé. A mi trovas cortezes, que
sereis por copia conhecida, Menos me admirarà ver
o for, o celestial sembrante; Dirlhe heis se veja
seus versos. SONETO LVI. Laudatorio. Quando
eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom Antonio,
Eternamente vas sacrificando. / [SLA94]
Quantas Iras lhe deu, para tirarmas. [SLA99]
acrecentando. Gozoute o Ar, teu nome publicando
Hum sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73]
modos repetidos. Estes, que ja vos forão referidos
namora, Deixa a donzella flor, d' estar segura.
Por exemplos de alhea desventura! / [SFE30]
errado O que he de mais passage, e fermosura.
Mouro, Pomo não foi de Hesperides guardado.
Bem cuydei eu que estaveis vòs guardadas
engastado; Aver que por se haver em vão achado
defendendo A vida, contra quem com torpe estudo
sucedia, Agora se exercita por costume. [SFU37]
o rayo ardente, Bem o rendéra a Musa levantada.
adestra Ingenhos, por quem oje a Fama avoga,
Por lagrimas tão bellas repetidas ? [SLA77]
custaria hum bem nunca alcançado? / [SLA72]
Mas que me castigais por delinquente. / [SLA18]
Pois mais que a sombra esconde, o ardor revella.
longo prazo O bravo Mar pizou, qual campo razo,
quer que veja. Pois inda a confusão não se remata
Do poço de Sichem, nem da cisterna De Bellem
[SLA18] Em resposta de hũa carta em verso. Ao
intento, Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece
Que hum não dà nada, e tudo outro promete: Temei
Outra vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem te
mar com força temerosa, Do fero sopro do Austro
de ser ensoço o rio. Se eu erro para mi, porque me
e sem zelo, a voz agreste, A quem em vão, a
em dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje
sorte, Nunca as humildes lagrimas tem medos. Se
Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes.
Alegria Custosa. SONETO XXXIII. Amoroso.
em saber, que deixo o engano. / [SMO50] Fermosura, e
em sangue, e esprito, Tu que queres de mi, que assi me
em secreto Dom Lourenço lhe deu là muitas vezes. Sabeis
em sem razões mais rara. Tu, que vives triunfante sobre as
em seu desvello Mais do naufragio, que do porto, dino
em seu dia. SONETO XCII. Sacro. Salve, ò sol dos amantes
em si do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos monta
em simples Troyas. Quem enganas, ò Mundo, em teu teatro
em socorro da Fê, foi fabricada; Porque da mesma duvida
em sua prizão. SONETO XL. Festivo. Cazinha desprezivel mal
em taes porfias. Ancias hà muito que conheço impias; Mas
em tal cazo Nasça a ouzadia, do arrependimento? / [SFE40]
em tanto Amor se mete Hũa vez prometeu, mentiome cento
em tanto aplauso e fama creces Que os dobrados affectos, que
em tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou. O quem fizera
em tanto Que firme ao Firmamento competia, Cuja de pedras
em te estár consiste O vencimento dos mayores danos: Vence
em termos eloquentes, Homero escuto, em versos inauditos
em teu teatro? A mi não pelo menos, que estou vendo Dentro
em ty guardaste; Perola, que tiveste por engaste O peito
em tomarlhe alento, e cores? Mas saiba quem por ti a vir
em tudo parecida, Donde não falta o bem, por ser gozado
em vão, a emenda lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do
em vão achado Em pastas de carvão, foi convertido Perola
em vão, Lesbina, os teus enganos; Dalhe licença, murchem se
em vão pretende o Fado; Porque a auzencia reparte o seu
em vão seu desvario, De longe a vè, chegar dezeja à terra
em vão toda a eloquencia, Reduzir ao imperio da prudencia O
em vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano ensaya, Esta
em vendo essa belleza soberana, Do prado se acolhia
em ver, que perco a dita, Eu me vingo, em saber, que deixo o
em verme Morro sem maldizer taes tiranias. Razão tal vez
em verso. Ao Embaixador• Francisco de Sousa Coutinho
em versos inauditos; Chore Grecia, as Athenas, e as Espartas
em vir, como rogada Da viva saúdade, que ainda• dura. Hora
em vos, como no Firmamento Bella pode viver, e estar segura
em vos espera A razão, que dos outros desespera; Foge em
em vos força he que vibre) Leite a Razão vos dê: e o choro
em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser linda, que
em vos sò Trova cortez no mundo se acharà, Correndo de
em vós vida, Que ver que a viva, me responda hũa hora
em vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se a my foy
em vossos louvores ocupâra, Sabio Dalizo, a vos, Musa
em vossos tratos; E não sois sò Demonio para os ratos, Mas
Em a mesma acção as Religiosas do convento. SONETO XCIV
Em a publicação do famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira
Em acordados ecos sonorosos, Onde aos termos do mundo
Em dia de Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO
Em differente estillo então cantados, Tornão segunda vez hoje
Em doce sono o Lavrador cansado Do trabalho• se esquece; o
Em estillo da praça, dando os parabẽns à sobrinha de hũa
Em fim não passarei, temendo a sorte? Tambem, tanto temor
Em gloria prometeu, todo o tormento Trocarme Amor? em
Em my, para outro bem de larga dura; Mas jà sey, contra si
Em pastas de carvão, foi convertido Perola sem igual, pouco
Em perseguilla á sorte não dispensa; E obrigação tambem, em
Em pezame a hũa D. da morte de hũa sua Filha morta pouco
Em quanto viva o circular governo Nas esferas do Olimpo
Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga, Prezandose de ser
Em resposta a hum Elogio metrico do Poeta Manuel Thomaz
Em resposta a hum Elogio Poetico elegante, composto por hum
Em resposta de hũa carta em verso. Ao Embaixador•
Em vão logo serà, se pretenderdes Dissimular a luz, que a
Em virtude do braço, que a sustenta? Então lhe obedeceis os
Em vos, e em mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou
emanou. Fonte dos montes De Deus nasce, porque o homẽ a
Embaixador• Francisco de Sousa Coutinho. SONETO XVIII•
embora de tî. Ay não pretendas Alto nome por morte
embora humano, e amay divino. / [SAM52] Ao silencio de
embora os gostos, e as idades; Mas he razão, que poes te
embravecido. Responde repetindolhe o bramido Na branca
emenda Com colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem em
emenda lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do que a
emfim, que deixando a Empirea altura A graça, dece a honrar
emfim vos abrazarem seus amores, Morrei, filhos, co pay, da
Emfim milagres soes por tantos modos, Que por ser mais
Emfim que aquella hora he jà chegada, Que atê nos passos tras
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SMO16
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SLA24
SLA24
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SSA92
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SAM7
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SAM98
SAM58
SAM66
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SLA99
SMO11
SFE40
SLA94
SSA65
SMO35
SAM47
SFA51
SAM96
SONETO XCIX. Laudatorio. Repouza nesse Tumulo
real, alto, e robusto Pede esfera maior, que hum
hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue, e me
do naufragio tenho. Jà nem da perdição do altivo
Que olhe a Tiberio com progresso vario Altivo
XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que deixando a
forças mais que as das virtudes. [SFE39] Ao novo
e os olhos cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus
se elegante Poetiza, he Apollo? ou já he Marte, Se
tormento; Despoes da grave pena se me evita: E
eminente Dos dous Ulisses, hũa mesma gloria Que
Triste serei, em quanto em mi, me veja. Esta
em a Tocha sobre a Pedra, que tem por sua
qual será o epitafio argumentoso Que declare as
em que escolhera, Contra as quaes sò por elle
Tejo, Poes vives sem fortuna, de que esperes Que
A planta seca estâ, mortas as cores: De que serve
prodiga ouzadia Meta do assombro foy, termo do
e a crer me incita Que he vento, quanto neste pò se
nunca o pensamento, Com a saber provar, houve
Porque da mesma duvida informada, Quanto nella se
estar sezuda; Que desta negra gente, em festa ruda
Mofino era eu assàz por mi somente, Sem ter por
là vence o braço, câ a vontade. / [SFE80] A hũa
hum Ministro amigo. SONETO XXIV. Laudatorio.
mais vosso, e mais antigo, Por erro me deixou a
senhor, sois tal amigo, Que com vosco
SONETO XXIII. Amoroso. Parto, partome
Dona Mariana? Nunca jà mais, se a vista não me
mais, delle quizera Antes ser despedido, que
Astutos Palladioens em simples Troyas. Quem
perco a dita, Eu me vingo, em saber, que deixo o
ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi
se compadeça, Là traçastes de modo o vosso
tão longe de profanos, Não destes por Oraculo aos
XLIV. Moral. Gastas em vão, Lesbina, os teus
o tino Aquelle assombramento de ditoso: Tem me os
Fabio, que advertiste Tão cedo deste Mundo os vîs
mas aguardo danos, Das fermosas Raqueis vendo os
com que atormenta. O que bem disse contra seus
para o estado honroso, Logo o voo julguei por
que foi vendido A quem, em ferro o tem mal
que em ty guardaste; Perola, que tiveste por
Salve, ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia
e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o
Então vos digo eu, que cada accento O Mundo
as graças, por quem vou perderme, Meu martirio•
Que em fulminar tragedias repetidas Entende, que
vezes Cisne venerando Dos olhos, dos ouvidos, que
em vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano
Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu mesmo,
Laudatorio. Quando estas regras de destreza
tanto aprendeste, Que o que era Deus, aos homẽns
o Mar sempre he salgado, Deixa sempre de ser
que ja vos forão referidos Em differente estillo
campo razo, Em virtude do braço, que a sustenta?
o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte,
lhe desvião, Ella a todos co dedo, os vay contando.
ocupâra, Sabio Dalizo, a vos, Musa, instrumento,
morte peregrina; Nem pelo que he castigo, a fama
mesma duvida informada, Quanto nella se encobre,
por vãos caminhos; Jà que as defensas lè, jà que as
riguroso Fado, Que em fulminar tragedias repetidas
e parte, Ambos provárão mudos a louvarte Ao
grave pena se me evita: E emprenhandome mais o
se vai perdendo. He tudo; mas he mais, segundo
he Palatino, ou he Morante? He Diafanto, se
dous Ulisses, hũa mesma gloria Que emprestandose
gloria Que emprestandose entrambos à memoria,
Dous a dous, tres a tres, e quatro a quatro,
Fresta pequena, grade bem segura, Porta sò para
ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que
mansas aguas d' esse breve vazo? Duvidais vos d'
chama dentro em mi? Tempo O Tempo ouzado. V.
o roubou, da agoa, e verdura. Repouza essa ribeira
Escolhei dos perigos os melhores (Se podeis)
foi dado; Diâmante que quando mais guardado D'
eminente Dos dous Ulisses, hũa mesma gloria Que
emisferio. Porém sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais do
emmudeça A vista do tormento, e do tirano. E a fim de que
empenho, Poes o fim não fugî, tema o presagio: E se exemplo
Emperador, de Reo injusto: E a Claudio entronizado a breve
Empirea altura A graça, dece a honrar a natureza; Como
emprego amoroso de hũa Senhora desenganada antes de tempo
empregos Tão sem ordem, bradei: Tem te, homicida. Voltouse
emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou Scevola constante
emprenhandome mais o entendimento, Bella, e amavel Urania
emprestandose entrambos à memoria, Entrambos vivirão
empreza, que em mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que em
Empreza. SONETO C. Heroico. Monarca Portuguez, nossa
emprezas gloriosas, Do Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? /
en vão pelejo. Anda a voar do arduo ao impossivel: E para me
encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs, e tornas, e iràs
encantar no vidro, os annos? Se lhe resistes, dâs mais força
encanto, Tanto d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De
encerra: Dizme outro vento que esse pò vil erra; Qual destes
encerrado: E o mesmo Amor, que a tem multiplicado, Quando
encobre, entende della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas
Endoudece o lascivo movimento. Mas eu que digo? solto o tão
enemigo a hum venturoso, Que a meu pezar, nas glorias se
enferma, que perguntandoselhe por seu mal, respondeu que
Enfermastes, senhor, sois tal amigo, Que com vosco enfermou
enfermidade; Salvo se conheceo (e com verdade) Que era peor
enfermou toda amizade. Que cuidais? perigou corte, e cidade
enfim, Senhora minha, O Fado o quis assi, que nos reparte
engana, Ou se a fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos
enganado. Torno a cuidar despoes que inda apartado Quem me
enganas, ò Mundo, em teu teatro? A mi não pelo menos, que
engano. / [SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas por hum
engano, outra escarmento Humilde vassallajem paga ao vento
engano, Que a todos o meu mal, bem lhes pareça. [SAM17]
enganos, Com que Amor vive nos mas altos peitos? Porque
enganos; Dalhe licença, murchem se ja as flores; A planta
enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os conheço, que imagino
enganos, Que antes que a idade te soltasse os anos, Jà no
enganos, Sem a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô
enganos Seneca, quando diz: Que o bem, que tarda, Mais
enganoso: Saibao, quem folga, e vè que me arruino. Nem me
engastado; Aver que por se haver em vão achado Em pastas
engaste O peito, porque o peito a Amor rendeste, Livro de
engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais
engenho posto? Não certo nos primores, com que canto, Mas
engrandecera, e eu prezára. Mas que merece aquelle, que
engrandeço; e alegre em verme Morro sem maldizer taes
enobrece as duras armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado
enriqueces! Não• sei onde em mais credito floreces, Se no que
ensaya, Esta dor, que minha Alma em mi, cativa, Vos sò
Ensinaime a viver com minha sorte, Fareis de todo vossas
ensinas, Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que não por
ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo dia, A feminil
ensoço o rio. Se eu erro para mi, porque me emenda Com
então cantados, Tornão segunda vez hoje chorados, Por ver
Então lhe obedeceis os pensamentos, Porque se mostrou Deus
Então por se escuzar do mal futuro, Da tua paciencia fes seu
Então quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou, e errou. Eu
Então vos digo eu, que cada accento O Mundo engrandecera, e
entendas: Salvo se o gram poder, que te destina, Quer que
entende della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a os
entende. Ouça os corvos, tambem cos passarinhos: Que a
Entende, que enobrece as duras armas? Ora eu fora ditozo
entender, se passou d' ambos a vida. Mas que pudéra a voz
entendimento, Bella, e amavel Urania me acredita. [SMO67]
entendo, A da examinação da Poesia. Ouço Platão, em termos
entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou já he Marte, Se
entrambos à memoria, Entrambos vivirão, eternamente. Pos
Entrambos vivirão, eternamente. Pos o Primeiro, a acção
Entrão de flamas tacitas ardendo Astutos Palladioens em
entrar, logo fechada; Cama, que he potro, meza destroncada
entrar possa; Porque de tal maneira a Deus he dada, Que
entrar (timido a cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre
Entraste sem licença? T. Tenhoa hà muito. V. Que me queres
entre a frescura; Dorme o prado; e das arvores agora Nem da
entre as lagrimas, que escuto; Pois desta casta de arvores de
entre as mãos de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que foi
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SHE42
SMO35
SMO73
SMO35
SAM20
SMO61
naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e guiay,
paz à Terra: E vos, não sei porque, com vir
A verdura regada, ser enveja Da que mais verde
por bem tardados tantos annos. Tardastes; e
de luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa; E
astuto, e forte, Parece certo que a contraria sorte
de armonia acave. E poes que da republica sonora
a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais subida
a Deus he dada, Que quanto mais depressa a Deus se
Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho A vida
Hum Capitão da Morte, hoje soldado. Conheceuse,
Os anos, os suspiros, as verdades, Tudo là te
vos d' entrar (timido a cazo) Quando que nelle
Amoroso. Que faz Licis? Que faz? Que faz a Fera?
vario Altivo Emperador, de Reo injusto: E a Claudio
Meta do assombro foy, termo do encanto, Tanto d'
serão da Eternidade, Esta, para cerrar bocas da
vi rir esta fonte; e deste rio A verdura regada, ser
a Justiça, e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça,
hum pouco, em quanto as gentes chorão, Cheas d'
quando a vos se atreve, Dos grandes, hoje, a
me reja? Porque me hei de queixar do Tempo, e
Segunda feira. Vosso. / [SAM14] Queixa, e
dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè, a
de ty pode ser ouvida. Vida tẽns, e teràs, sempre
vergonhosa. Conhecivos Esposa em igual preço
deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia Das
que muito, se vives das proezas, Que morras das
a fronte, Como Pavão, do bosque, donde estava,
de Macedo. SONETO XCV. Laudatorio. Quando
he aquelle moço louro, Eu fico que elle chante na
por quem oje a Fama avoga, Em quantò a Terra
conchas brutas. Mas lagrimas celestes, que inda
são, mais que porfido e alabastro. Mas qual será o
Aver, Rubi, Diamante. [SLA97] Celebra o Poëma
Amor, Planetas da Ventura, Olhos, adonde sempre
Eximindo a razão da contingencia, Do que antes
de Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que o que
jà, queixas não chora. Aplauso se tornou, o que
era, Por que fosse de vos tão desprezada. Mofino
boa, e tão prezada Por boa, là nos dias de outra
o estivera? Se para sempre amar, sempre he hũa
Salvo se conheceo (e com verdade) Que
contrarias: Ou me esquece, quem soes, ou quem eu
outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem
Festivo. Por isso eu disse jà que o desengano
hum anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano
? De pedras como vôs, e mais estreitas, Os Muros
marmores agora, Cinzas jâ são, as que colunas
Nem de barro à porta) Aposto que inda soes, como
e tornarei à triste vida: Porque d' esta cadea nunca
XCI. Amoroso. Batia em hum penedo da agua
pò se encerra: Dizme outro vento que esse pò vil
T. Prometes de me crer? V. Falla avizado. T.
costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais
conferencia, Discursais, revolveis; e eis tudo
lenho Para eterna menção de seu naufragio; Eu viva
V. Falla avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu vas
Não: que desdo principio hà que lhe dura Do
A mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por
salgado, Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se eu
T. Es molher descuidada? V. Es velho astuto. T.
dino: Socorrey, e guiay, entre as porfias Dos
Então quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou, e
Domingos, que dormindo estuda, Por hum nome, que
levou, caes do vento, Vento foste a o subir, vento
de destreza ensinas, Parmeno, de ti creo que
Hoje pede das lastimas o pranto. Sempre, ò Troya,
he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu
Em dia de Cinza, sobre as palavras: Quia puluis
ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo
nem de ti mesma te fiavas, Agora nem do templo
T. Essa é condição minha? V. Esse he meu fruto. T.
hà de mil anos que me grita Hũa voz, que me diz:
V. Esse he meu fruto. T. Es molher descuidada? V.
Humilde vassallajem paga ao vento, Sem lhe
o fermoso, Sem que o valor do mais constante brio
entre as porfias Dos erros, e das sombras, que ignorante O
entre elles, Vindes para fazer ao Mundo guerra. / [SMO44]
entre esmeraldas seja; Horido o bosque, o prado vi sombrio
entre tanto estes tiranos Casos d' Amor roubarãome os
entre tantos sinaes de tal grandeza Tambem vem por sinal tal
Entre a vontade, e o braço, determinas. Espada, e pena, poes
Entre as aves pretendes sinalarte No Musico louvor da branca
Entre• vos tem, seu resplandor guardado. Ceo de humanas
entrega, Mais propriamente Deus a farà vossa. [SLA95]
entregarei, que os satisfaça, Tomo quem dos perigos não tem
entregouse: mais honrado Triunfado foy, que triunfador tem
entreguei; fiel, cego, e mudo: Outra vez to perdoo. O não te
entreis, o Mestre intenta? Como se antes ouzada, hoje
Entretense, traçandome outra morte? Prepâra para darme
entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe foy duro
enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se
enveja; Aquella, para abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste
enveja Da que mais verde entre esmeraldas seja; Horido o
enveja de tudo. SONETO XXII. Lirico Junto do manso Tejo
enveja, e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão nobre vida
Enveja presumida•; Se com mais de vitoria por ferida Sabe
Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado
Enveja. SONETO XIV. Amoroso. Aquella Fè de tantos
Enveja: Tanto vivais, que me possais ver livre, [SAM55]
envejada Da cobiça, e ambição; poes he sò vida, A quem tirar
Envejada das flores: mas que importa, Se May fostes, con
envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas o pranto
envejas, ò Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi lauas pedes
Envejoso de ver que o mar cortava Hum Pinho, que nasceu
envolto nos miseros cuydados De Portugal o Reino se lamenta
enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79]
enxuga, e o Mar afoga, Prezandose de ser dos mestres
enxutas Ver não merece Amor, correspondente, Quem merece
epitafio argumentoso Que declare as emprezas gloriosas, Do
Epitalamico, dito, Templo da Memoria, em as Bodas dos
era alto dia, Perfeição, que não cabe em fantazia, Fermosura
era caso, fez ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje
era Deus, aos homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar teu
era espanto, Resucita o prazer antes difunto, O tempo moço
era eu assàz por mi somente, Sem ter por enemigo a hum
era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem era, Por que
era, Para sempre temer, sempre hum estado. Jà propuz de
era peor, haverse assi comigo. Hora os que forão votos
era; Poes do que me mandais, tanto me esqueço, Como so a
era, Por que fosse de vos tão desprezada. Mofino era eu
Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e
Era la como o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor
erão, donde a sorte dura Roubou, para vos dar, minha alegria
erão. Ora sente, se quer, qual pêdra os dias? [SAM45] De
ereis d' antes. [SFE75] Varia idea estando na America, e
erguida Não cuides que tão cedo me desato. Acaba poes de
erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar com força
erra; Qual destes a verdade solicita? Poes se mente este pô
Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T. Essa é condição
errado O que he de mais passage, e fermosura. Em fim não
errado. Quem vos vir, Apetite disfarçado, Digno vos julgarà
errado sò, sem mais sufragio, Que o mesmo horror, que do
errado. T. Essa é condição minha? V. Esse he meu fruto. T. Es
erro este costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais
erro me deixou a enfermidade; Salvo se conheceo (e com
erro para mi, porque me emenda Com colera, e sem zelo, a
Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida, como
erros, e das sombras, que ignorante O desvião do porto
errou. Eu vendo seus empregos Tão sem ordem, bradei: Tem
errou, lhe chamo eu cento. Mortos da mesma morte o dia, e
es caído. Justiça foi do Fado obedecido Teu dano; porem
es de sorte, Que não por destra a Morte, mas por Morte Mais
es felice; poes acabas Com tão altos penhores de famosa, Que
es jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite para cega. Vedes
es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà de mil anos que me grita
es? T. Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite para
es temerosa. [SAM43] Por Assunto academico se mandou
Es molher descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro sem dano
Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos que a desterra Hum
Es velho astuto. T. Erro sem dano meu? V. Assàz tẽns dado T
escapar por flor da fermosura. Mas conhecendo jà, quam
Escape d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco, ferido
295
SHE42
SAM20
SMO10
SAM8
SAM60
SMO49
SPR1
SMO57
SFA51
SMO5
SHE79
SAM7
SFA53
SLA72
SSA65
SLA72
SFE34
SFE75
SLA12
SFA53
SFA53
SLA95
SLA18
SPR1
SLA18
SLA72
SLA74
SAM4
SAM4
SFE40
SMO50
SAM47
SMO16
SAM43
SLA93
SAM55
SMO19
SFE80
SLA77
SLA18
SFA51
SMO35
SFU64
SMO69
SPR1
SAM48
SHE38
SAM98
SLA12
SLI90
SFE25
SLI29
SAM27
SLA12
SLA28
SAM98
SFE80
SFE39
SLI26
SHE54
SLA18
SAM14
SLA97
SLI62
SAM27
SFU37
SAM33
SMO82
SMO81
SMO69
SPR1
SLA93
SHE54
SMO10
SSA63
SLA97
SMO82
De novo se lhe obriga a remediallo. / [SHE42] Ao
Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano, outra
a esperança, Mas que se quer, me deixem o
foi do Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe o
tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor he seu
As cores, e as medidas, desprezastes. [SMO49]
RIMAS [SPR1] Escuzase da gloria do
pezada vitoria, e triunfo triste. A cobiça pizada; e
Sem gloria aos mortos, nem aos matadores.
como se tivera Sortes a seu mandar, em que
como, ou donde? O Misterio, que em duvidas
ser dos olhos duvidada, Pois mais que a sombra
que mandarão Callar os meus. Que avaro intento
Scevola constante, se he constante? He na cadeira
Porque se mostrou Deus: e hoje vestido De
He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte? Se
D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe
sublime Discurso ao ar; e vou pegar da pena, Para
Malaca, de Albuquerque conquistada Tão culto
mais de hum par, por mais que digas, Vè, quando
mais que digas, Vè, quando escreves, outro Apollo
ao Excellente livro das Excellencias de Portugal,
as gentes; Que em fim, quem conhecer vossos
resigno da esperança A gloria, que por tragicos
Grecia, as Athenas, e as Espartas Vivão vossos
constante? He na cadeira Escoto? ou he na santa
a vista não me engana, Ou se a fê mais que a vista
Que desvario? seja este Soneto. / [SAM4] Amor
em conhecendo, Que se no vosso Amor, não acho
mal forrada, Furna là dentro mais que inferno
que a fermosura: Cova profunda, triste, horrenda,
XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite
SONETO XVI. Moral. Pudeste mais fazer, ò sorte
vossa belleza Nasce a vencer da terra a sombra
que de tanta antiga historia Dos Avòs, que deixaste
onde he secreta. Ah senhora, que o dito he pouco
pode esperar menos, que estas cartas. [SMO19]
para comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado,
Quando te vejo, admirome, mas quando Te
Ouço Platão, em termos eloquentes, Homero
os melhores (Se podeis) entre as lagrimas, que
muito. V. Que me queres? T. Que me ouças. V. Jà te
o Mundo se vio, estreita a sorte, Então por se
Do Filho guia, e doce companheiro. [SMO69]
MUSA DO MELLODINO. RIMAS [SPR1]
XLVIII. Amoroso. Olhos, vos soes, quem nessa
Porque hum peito real, alto, e robusto Pede
Espada mais severa? Que faz o Rayo da mortal
levantada. Em quanto viva o circular governo Nas
Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave: Levanta,•
mandar de Caparica, De que vos, Prima, não façais
regada, ser enveja Da que mais verde entre
sempre hum estado. Jà propuz de passar o mundo a
o Barbaro, igualmente Venera a Tuba, que temeo a
sorte Entre a vontade, e o braço, determinas.
para darme, hum novo corte Braço mais crú?
nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser linda, que
se o arrependimento da ouzadia Não nasceo, que me
queixas não chora. Aplauso se tornou, o que era
bem como agora Com vosco nasce a ser da noite
versos inauditos; Chore Grecia, as Athenas, e as
de tantos maltratada Foge da sem razão, e em vos
imortal, onde venera Quantos prazeres a Esperança
Já não pode negarlhe a mão devida. Ay do que
o meu cuydado, E contemplo na duvida, que o
foyse agradecida, Por ser là mais que cà inda
de hũa fé tão pura, E de hum tão limpo amor, tão
e a dor fica. O não façais tão falso apartamento;
de guerra; Se vos todos andais comigo cegos, Que
guia, e doce companheiro. [SMO69] Escuzase da
vem, por onde venho. Tambem nas mãos resigno da
o fim, se não a gloria: Nasce do Amor, renova da
Senhor, sede o que for; e sede tanto, Quanta a
os alcanceis, vos rogo, Não que façais me tornem a
crendo Romano. Vença logo das gentes a
Edificio imortal, onde venera Quantos prazeres a
advertida? /
[SMO82] Conta com as perdidas
escarmento de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta do Mundo
escarmento Humilde vassallajem paga ao vento, Sem lhe
escarmento. [SMO11] Mundo he Comedia. SONETO XI. Moral
escarmento: Que em fim se não lograste hum alto intento
escarmento. SONETO LX. Amoroso. Que queres mais de mi
Escarmento prevenido no temor. SONETO XLIX. Moral. Como
Escarmento. SONETO I. Proemial. Prezese, quem quizer, do
escarnecida A ambição; cada qual de longe brada, Por ver, se
Escolhei dos perigos os melhores (Se podeis) entre as
escolhera, Contra as quaes sò por elle en vão pelejo. Anda a
esconde Marte iracundo, descifraste, e leste, Porque de
esconde, o ardor revella. Em vão logo serà, se pretenderdes
esconde Tal fonte de doçura, e de elegancia? Este lugar, onde
Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho? ou he segundo
Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois diz o Amor: Que
escreve, he Palatino, ou he Morante? He Diafanto, se entoa
escreveo outro soneto. SONETO XXXIV. Festivo. Meu Senhor
escrever tão simples catorzada? Vedes? não faltarà pois
escreves, cantas tão valente, Que parece que o Barbaro
escreves, outro Apollo escrito. Là te mando os teus versos
escrito. Là te mando os teus versos, que mandarão Callar os
escrito pello Doutor Antonio de Sousa de Macedo. SONETO
escritos, Não pode esperar menos, que estas cartas
escritos Resulta de evitar d' Amor os danos. Acabe nesta
escritos sobre as gentes; Que em fim, quem conhecer vossos
Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao Ceo o
escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi rosa Das que se preza
escudo de Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora: se não
escudo, Não me fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra
escura, Fresta pequena, grade bem segura, Porta sò para
escura, Funesta alcoba, de morada fria, Confuza solidão, sò
escura He do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta
escura, Que em dano meu, e afronta da porfia, Ir a justificar
escura: Rompe o Anjo, cuberto de luz pura, O Serafim
escurecidos, Os brazões altos, e altos apellidos Desprezas
escuro: De que serve matar hũa vil ave, E perder, por matalla
Escusase ao Ceo com a causa de seu delirio. SONETO XIX
Escutayme hora à orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo
escuto, em tanto aplauso e fama creces Que os dobrados
escuto, em versos inauditos; Chore Grecia, as Athenas, e as
escuto; Pois desta casta de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e
escuto. T. Prometes de me crer? V. Falla avizado. T. Errada
escuzar do mal futuro, Da tua paciencia fes seu muro, Da tua
Escuzase da esperança, a que o induzem os passados exemplos
Escuzase da gloria do Escarmento. SONETO I. Proemial
esfera breve Guardastes, por industria nunca ouvida, Da
esfera maior, que hum emisferio. Porém sò, se ao castigo, ao
esfera Procura de cegarme todo o Norte Ou pretende co' a
esferas do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do oposto inferno
esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto essa voz, atê que possa
esgares? Porque de graças, e• benções aos pares, Disso
esmeraldas seja; Horido o bosque, o prado vi sombrio. Vejo
esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude
espada. Nunca fora a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà
Espada, e pena, poes que com verdade, O mesmo que hũa
Espada mais severa? Que faz o Rayo da mortal esfera
espante. Agora manquejardes de inconstante (Apalpando do
espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia, do arrependimento
espanto, Resucita o prazer antes difunto, O tempo moço estâ
espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por manto, E por ama
Espartas Vivão vossos escritos sobre as gentes; Que em fim
espera A razão, que dos outros desespera; Foge em fim para
espera Deste sagrado Talamo ditoso. Levanta poes, o Templo
espera, quanto mais servindo: Para hum tão triste fim, tão
espera; Tantas, e muitas mais, delle quizera Antes ser
esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos melhores Espritos
esperada. Ella tardou em vir, como rogada Da viva saúdade
Esperay, que não pode durar muto Vida tão pobre, que se vio
esperais que com vosco ande advertida? /
[SMO82] Conta
esperança, a que o induzem os passados exemplos. SONETO
esperança A gloria, que por tragicos escritos Resulta de
esperança, Fenis, das chamas, em que estàs ardendo, Do
esperança foy, he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes
esperança, Mas que se quer, me deixem o escarmento
esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe
Esperança espera Deste sagrado Talamo ditoso. Levanta poes
esperanças. SONETO LXXXII. Moral. Tende mão, Esperanças
296
SMO82
SLA18
SMO5
SAM6
SMO89
SLI22
SAM76
SMO69
SLI22
SAM6
SAM46
SFA53
SSA86
SLA74
SSA86
SAM43
SFA53
SFU37
SMO67
SAM47
SMO67
SLA97
SMO67
SAM58
SFA87
SLA74
SAM71
SFA87
SFE34
SAM47
SLI90
SMO35
SFU37
SFA87
SAM20
SLI62
SMO32
SMO32
SSA65
SAM46
SFA87
SMO73
SAM98
SMO35
SMO44
SLI62
SMO32
SFE13
SAM60
SLA95
SLI29
SMO59
SAM47
SFE30
SMO19
SAM31
SMO59
SFE25
SFU37
SPR1
SMO73
SLI26
SFU21
SLI26
SFU37
SMO44
SLA56
SHE42
SMO15
SMO15
SLA28
SMO15
SFE13
SMO49
SAM27
SLA36
SAM71
esperanças. SONETO LXXXII. Moral. Tende mão,
em fim, quem conhecer vossos escritos, Não pode
se nunca pretende o que he possivel, Como posso
os cabellos, que Amor laços fazia, Por premio de o
lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser, o que
Tejo, que corria Para o Mar, que nos braços o
Lucinda, que chorava. SONETO LXXVI. Amoroso.
Dos Carceres subir, qual subio Mario Dizes que
ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna, de que
Por quem trocàra as perolas, que chora? Mas que
XLVI. Amoroso. Doces versos, por quem o auxilio
Este lugar, onde elles repouzarão, Banho
• SONETO LXXXVI. Sacro. Bebei confiadamente,
Do prado se acolhia vergonhosa. Conhecivos
/ [SSA86] A hum quadro, que continha os
Tambem vem por sinal tal fermosura. Fermoso
Familiar. Velho mancebo, illustre em sangue, e
esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos melhores
Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe
Em doce sono o Lavrador cansado Do trabalho• se
que a vossas leys são tão contrarias: Ou me
dos que tanto celebraste, Por mais que o tempo
ou quem eu era; Poes do que me mandais, tanto me
culto, e arte Aquella suspensão tão comedida ? D'
nos chega fragrante; por ventura Essa fragrancia,
que se preza Abril, Mayo se ufana, Que em vendo
de milhões de saudade, Hà, despoes que parti
fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa aura,
Pegû. Tende dos vossos consoantes dò: E quando d'
sombra o roubou, da agoa, e verdura. Repouza
Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto
T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T.
atrevida, Contra o divino nunca foy ouzada.
o vento, Que a nos chega fragrante; por ventura
com rosa no toucado. SONETO XX. Amoroso.
SONETO LXII. Lirico. Esses Mares, que vejo,
vede, Pobre de quem, vivendo em demazia, D'
desculpado. Deixai sò para mi, pena e cuydado, Que
Pescador, qu' he da tormenta Nas mansas aguas d'
por quem o auxilio espero, Mais que d' Apollo, d'
essa aura, essa doçura Effeito he, que pertença a
quanto neste pò se encerra: Dizme outro vento que
que enobrece as duras armas? Ora eu fora ditozo,
tu vas errado. T. Essa é condição minha? V.
Com razão de ti mesma, hoje te fias. Lesbina, olha
[SLI62] Memorias, e queixas. SONETO LXII. Lirico.
ditas, que tendes, não tem nada, E tem muito d'
o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d'
Soltame, e tornarei à triste vida: Porque d'
sendo na perda acreditada, Visse o Mundo que fora
o mal de muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir
sei? que vou buscando? Conto, lugar, ou tempo, a
escura He do dia, bastarda sucessora. Jà quando•
me direis, minha senhora, Que tem que ver toda
nenhum gozâra antigo? Mas como respondeis a
Pelo valor do proprio apartamento. Conta he
por delito, e por offensa. Mas que fora de nos, se
nada a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima,
Contra o divino nunca foy ouzada. Essa flor,
de evitar d' Amor os danos. Acabe nesta sorte,
hà de mil anos que a desterra Hum sono, que
Resucita o prazer antes difunto, O tempo moço
Pois nunca d' outro braço foi rendido. Rendido
. SONETO XXVI. Lirico. Bramava o Mar; e
ser là mais que cà inda esperada. Allì vive, alli
licença, murchem se ja as flores; A planta seca
d' arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde
Ao escarmento de Troya. SONETO XLII. Heroico.
vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano ensaya,
castigo: Triste serei, em quanto em mi, me veja.
derrama: Ambas chaves serão da Eternidade,
Esta empreza, que em mi, tanto em vão tomo,
dos çapatos Não teve Portugal, tal Dom Antonio.
me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para o
he hũa era, Para sempre temer, sempre hum
seculo presume: Poes vè que a perfeição de tal
e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô triste
Esperanças malogradas, Vamos todos de volta à sepultura
esperar menos, que estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo
esperar ter paz com todos, Quando não posso, nem ter paz
esperar, veja algum dia Soltos a o brando vento boliçoso
esperava abraços. Eillo que chora em vão seu desvario, De
esperava, Jaz hum pastor, que no semblante dava Mostras da
Esperdicemse as perolas, que hà mutas, Lucinda, no Occidente
espere; ou bem jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul
esperes Que encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs, e tornas
espero de ver dias contentes, Se para se pagar de gosto hũa
espero, Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes
espero que seja aos tempos, onde Venha o Mundo a lavarse da
Esposa dina Dina desta agua candida abundante, Para vos, para
Esposa em igual preço Envejada das flores: mas que importa
Esposos divinos com a letra: Sedebat sic super fontem. •
esprito pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà
esprito, Tu que queres de mi, que assi me obrigas? A ti, que
Espritos requebrada; e ardendo em lumes De hum Amor, cujas
esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes
esquece; o Marinheiro Jáz, sem temor das ondas, descuidado
esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes do que me mandais
esquecimentos mande. Poes para ti tal nome asseguraste Que
esqueço, Como so a vos, e a mi não conhecera. Com razão
essa alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o
essa aura, essa doçura Effeito he, que pertença a esse
essa belleza soberana, Do prado se acolhia vergonhosa
essa Cidade, Se à auzencia faz a conta o pensamento; Porem
essa doçura Effeito he, que pertença a esse elemento
essa quinta mandeis cà, Para que serve hum elle, hum vos
essa ribeira entre a frescura; Dorme o prado; e das arvores
essa voz, atê que possa tanto, Que o que não pode hum seculo
Essa é condição minha? V. Esse he meu fruto. T. Es molher
Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo, donde
Essa fragrancia, essa aura, essa doçura Effeito he, que
Essa, ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi
essas areas, Rompi, pizei, beijei hoje hà sete annos: Sete
essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem muito d'
essas sò são as guardas, do meu norte. Todo o tempo a nos
esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar (timido a cazo
esse Deus infante; Ide humildes de Flerida diante, Nuncios
esse elemento? Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das
esse pò vil erra; Qual destes a verdade solicita? Poes se
esse vingado Se o Ceo me dera para perder Vidas, Quantas
Esse he meu fruto. T. Es molher descuidada? V. Es velho
esses marmores agora, Cinzas jâ são, as que colunas erão
Esses Mares, que vejo, essas areas, Rompi, pizei, beijei hoje
essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria Custosa
essoutros mentecatos) Que das plumas as rosas dos çapatos
esta cadea nunca erguida Não cuides que tão cedo me desato
esta excellencia Ou desculpa, ou razão desta fortuna. /
esta fonte; e deste rio A verdura regada, ser enveja Da que
esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por mais firmeza
esta manham bordava a Aurora, Triste sombra o roubou, da
esta patarata Cos parabẽns da Madre vossa Tia [SAM31]
esta pergunta, Que ou para disculpar o meu peccado, Ou para
esta, que nunca o pensamento, Com a saber provar, houve
esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida Co largo
esta trova, Que o mesmo vem a ser, que não ser nada. /
esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo à vida
esta vingança; Sepultemse comigo meus delitos, Antes que
esta voz desacredita. Diz me o pò que sou pò? e a crer me
estâ, alegre o pranto. Quem pode melhorar o mundo junto
estâ; bem podes, Morte ouzada, Chegarte hum pouco, em
estâ contente agora: Trocouse o vento em aura socegada
estâ; jà dos melhores Espritos requebrada; e ardendo em
estâ, mortas as cores: De que serve encantar no vidro, os
estâ o engenho posto? Não certo nos primores, com que canto
Esta do Mundo maravilha, em tanto Que firme ao Firmamento
Esta dor, que minha Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar
Esta empreza, que em mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que
Esta, para cerrar bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas
Esta sorte, que em mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha
Estâ vossa mercê muito contente De me render aos pès do seu
estado honroso, Logo o voo julguei por enganoso: Saibao
estado. Jà propuz de passar o mundo a esmo, Poes no Tempo
estado, Se antes, por maravilha sucedia, Agora se exercita
estado! Se hum bem, que se alcançou, custa asperezas, Que
297
SAM47
SLA95
SAM55
SAM52
SLA74
SFE75
SHE54
SAM9
SAM9
SAM47
SAM20
SAM33
SFE75
SMO57
SLA18
SFE70
SLA28
SMO11
SLA93
SHE42
SFU64
SMO67
SFE80
SMO89
SMO32
SFE75
SHE42
SMO82
SMO83
SFE70
SSA63
SMO15
SAM4
SMO73
SAM60
SMO3
SAM41
SMO3
SMO83
SFA53
SSA68
SLA72
SLA72
SFU85
SAM41
SMO10
SAM2
SFE30
SFE34
SAM2
SFE39
SAM96
SAM66
SFE75
SLI29
SLI29
SAM41
SAM27
SMO19
SLI26
SMO11
SAM7
SAM52
SMO44
SAM41
SAM2
SAM71
SFU64
SAM52
SMO61
SAM20
SHE54
SLA94
SLA94
SAM91
SFE75
SAM4
honrados, morrei ledos. [SAM47] Amor peor
cegamente intenta Mentirlhe glorias, e usurparlhe
contra a vossa fermosura. Se vos desta vingança
vos dar, minha alegria. Hora acabai de crer que
fallou verdade. /
[SLA74] A hũa senhora, que
inda soes, como ereis d' antes. [SFE75] Varia idea
Venha o Mundo a lavarse da ignorancia. / [SHE54]
Que sempre o não estar• à vossa vista He sempre
por mais que à dor resista, Que sempre o não
que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor, d'
em vos, como no Firmamento Bella pode viver, e
saúdade, que ainda• dura. Hora bem pode vir, e
mesma morte o dia, e vento, A noite estava para
monte a vida viste. Tem te, não deças, que em te
vossos escritos, Não pode esperar menos, que
em fim de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que
Figueiredo. SONETO XXVIII. Laudatorio. Quando
pelo menos, que estou vendo Dentro do vestuario
renova da esperança, Fenis, das chamas, em que
Com tão altos penhores de famosa, Que mais segura
A vida te cortou o braço duro: Delle perigas, della
Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto
que perguntandoselhe por seu mal, respondeu que
levanta a fronte, Como Pavão, do bosque, donde
Desde a prizão a D. Antonio Alvarez da Cunha, que
Mortos da mesma morte o dia, e vento, A noite
de famosa, Que mais segura estàs, que antes
fostes na vida sustentadas. Bem cuydei eu que
Não: que desdo principio hà que lhe dura Do erro
lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He
lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè
SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu, que
gloria sempre avaras, Quem vence humilde Fado:
Qual destes a verdade solicita? Poes se mente
idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que
do que a contenda. Porem que desvario ha de ser
XLI. Amoroso. Quem lhe ouvir murmurar tanto a
que desvario ha de ser este? Que desvario? seja
destes leva a gente ao povoado? Todos vão sòs; só
esconde Tal fonte de doçura, e de elegancia?
Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino.
de grandes partes. SONETO LXXII. Laudatorio.
Este, que falla, he Tullio? ou he Timante
sonorosos, Onde aos termos do mundo duvidosos,
calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno
tardados tantos annos. Tardastes; e entre tanto
meus cuidados Sejão por tantos modos repetidos.
Por exemplos de alhea desventura! / [SFE30] Em
Resposta a D. Antonio Alvarez da Cunha pelo
Estes, que ja vos forão referidos Em differente
de cima? Não! que posto que Amor cada hum se
de carvão, foi convertido Perola sem igual, pouco
a vossos pês rendido. / [SAM66] Tradução do
catorzada? Vedes? não faltarà pois quem ma
he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao claro
da mudança se assegura A fonte, o rio, o bosque, o
duvida, o primeiro Maltratado das mãos do ardente
que inda apartado Quem me assegura a mi, de que o
por tantos modos mais que humanos, Pintando os
Quem pode melhorar o mundo junto? Mas eu adonde
ò Mundo, em teu teatro? A mi não pelo menos, que
Porem eu quero crer, mas que me perca,
Que industria contra o Ceo achou resguardo, Que os
resistes, dâs mais força aos danos, Medindote• os
lhe ouvir murmurar tanto a este Rio, Cintia, se for
Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não me
hospicio, jà chegado; As carrancas despoes, e as
ferro deu, deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio,
não fez, mayores ? De pedras como vôs, e mais
monte, arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a
viver, e estar segura. Que a Rosa viva là, de Rosa
Crecerão com crecerdes de hora em hora. Tanta
não falta o bem, por ser gozado. Desta flor, desta
vos tem, seu resplandor guardado. Ceo de humanas
Pescador, que a Daliana Adora; vendo ja que se
varanda muda: Quando a Domingos, que dormindo
ser ir defendendo A vida, contra quem com torpe
estado. SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e a
estados: Vossa Pena com termos levantados Excellencias da
estais segura, Venhão muitas; que mil serão sufridas. Vivei
estais sugeitas A perderdes, como eu, vossa ventura; Que eu
estando de mũy bom parecer, contrahio o parentesco de
estando na America, e perturbado no estudo por bayles de
Estando para nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e o Autor
estar, à vista do tormento. Qual serà pois o louco pensamento
estar• à vossa vista He sempre estar, à vista do tormento
estar segura. Em doce sono o Lavrador cansado Do trabalho•
estar segura. Que a Rosa viva là, de Rosa estrella, Milagre
estar segura, Que hà de ser possuida, e dezejada. Senhora
estar sezuda; Que desta negra gente, em festa ruda Endoudece
estár consiste O vencimento dos mayores danos: Vence, sem
estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com a causa de seu
estas como corrido, De não nos virdes logo c' um morgado
estas regras de destreza ensinas, Parmeno, de ti creo que es
estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema de Malaca conquistada
estàs ardendo, Do Amado, o amado exemplo, hoje imitando
estàs, que antes estavas: Porque em ambas fortunas
estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu ella o corte, Pobre
estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias; E logo vejo
estava aleijada. SONETO LXXX. Festivo. Vos aleijada? De
estava, Envejoso de ver que o mar cortava Hum Pinho, que
estava na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui me tem de vos
estava para estar sezuda; Que desta negra gente, em festa
estavas: Porque em ambas fortunas venturosa, Se antes nem
estaveis vòs guardadas Em my, para outro bem de larga dura
este costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais
este: Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe
este, mais que humano, Eixo quasi, da immensa eternidade
este não seja, Se a causa deste ser, levo comigo? E se eu
este, ou aquelle; O deixai que a fortuna me atropelle, Que tão
este pô, que foi do Mundo? Que he do gosto? que he do ocio
este pouco, que fica, que mo deixes•. [SMO61] Desenganase
este? Que desvario? seja este Soneto. / [SAM4] Amor
este Rio, Cintia, se for estrancho, ou passageiro, Crerà que
este Soneto. / [SAM4] Amor escudo de Amantes. SONETO
este vai trilhado; Mas se, por ser trilhado, me assegura
Este lugar, onde elles repouzarão, Banho espero que seja aos
Este madeiro, que sem luz, sem tino, Corta do mundo tanto
Este, que falla, he Tullio? ou he Timante Este, que pinta? e
Este, que pinta? e acaso se comparte, He Vitruvio? ou Platão
Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto
esteril de Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno, e o
estes tiranos Casos d' Amor roubarãome os sentidos: Se
Estes, que ja vos forão referidos Em differente estillo então
estillo da praça, dando os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada
estillo em que lhe escreveo outro soneto. SONETO XXXIV
estillo então cantados, Tornão segunda vez hoje chorados, Por
estima, O divino he divino, o humano humano. Porem nesta
estimada Do barbaro boçal Indio inorante Por quem, a cazo
estimado Soneto de Monsieur de Voiture Poeta Francés
estime: Que a palha para o asno, ave hè de pena, Fallando com
estio. Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal da
estio, o prado. Ay de mi, que me chega a sorte dura A querer
Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em frio Acho tanto
estivera? Se para sempre amar, sempre he hũa era, Para
estivestes tão perfeitos; Se taes palavras, e se taes
estou, que ignoro tanto? Se Clori apareceo, que mais pergunto
estou vendo Dentro do vestuario estas tramoyas. / [SLA12]
Estoutra informação dos meus cuidados. / [SAM8]
estragos despoes não fez, mayores ? De pedras como vôs, e
estragos, pellas dores; Quanto forão melhor, que para amores
estrancho, ou passageiro, Crerà que foy sem duvida, o
estranhe ninguem, que meus cuidados Sejão por tantos modos
estranhezas. Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se hum bem
estreita a sorte, Então por se escuzar do mal futuro, Da tua
estreitas, Os Muros erão, donde a sorte dura Roubou, para
estrella mais segura Varre o chão, com desprezo antes
estrella, Milagre foy de vosso ser profundo; Ella se logra
estrella tenhais, bem como agora Com vosco nasce a ser da
Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega
estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si convida
estremece A firma penha, donde o Mar batia; Vem, diz
estuda, Por hum nome, que errou, lhe chamo eu cento
estudo Em perseguilla á sorte não dispensa; E obrigação
298
SFE75
SSA86
SSA86
SSA63
SPR1
SFE40
SLA99
SLA93
SLA93
SSA86
SAM71
SSA63
SLA28
SMO19
SLA97
SLA12
SHE100
SLA97
SMO15
SLI26
SAM6
SAM14
SAM58
SLA24
SFE75
SFE80
SFE39
SAM45
SMO5
SFE80
SMO67
SMO3
SAM98
SMO61
SMO81
SFE70
SMO59
SAM41
SAM27
SAM52
SFE78
SFE13
SLI22
SAM52
SFE78
SLA56
SMO15
SLA56
SFE75
SFA53
SMO82
SMO15
SFE13
SAM7
SMO5
SFE80
SLA56
SFE80
SAM52
SMO49
SAM52
SFE78
SMO49
SAM45
SFE13
SAM17
SMO59
SAM17
SMO81
SLI29
SPR1
SSA92
SAM66
SPR1
SLA18
SLA99
SLA95
Varia idea estando na America, e perturbado no
vos, para o mundo tão bastante, Que toda a sede
a Deus renaça. Fonte de graças, que com graça
ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à May defende,
Prezese, quem quizer, do roto lenho Para
nem cos dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta
entrambos à memoria, Entrambos vivirão,
Melhora seja o fogo, e não mudança, Para que
e não mudança, Para que eternamente renacendo,
graças, que com graça eterna Brotarà cedo cinco•
lha ajusta o sentimento, Não soma menos, que hũa
hè este, mais que humano, Eixo quasi, da immensa
outra cientifica derrama: Ambas chaves serão da
Que ou para disculpar o meu peccado, Ou para
vivirà teu nome grande Tanta vez, quanto nome
mais glorioso, Que elle sem ti, não pode ser
mestres, mestra. Cera e Marmore offerece a o
mande. Poes para ti tal nome asseguraste Que
Porque me hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se
o pranto. Quem pode melhorar o mundo junto? Mas
/ [SAM6] Saudades. SONETO VI. Amoroso. Serei
Por que fosse de vos tão desprezada. Mofino era
Melhor declarei mudo o alto modello: Mas quando
Hora os que forão votos, sejão cantos, Que
estuda, Por hum nome, que errou, lhe chamo
Aleijarvos, por ter tanto aleijado Com tudo
de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso
Retrato. SONETO XLV. Amoroso. Não sò duvido
assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que
per diante Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas
contrarias: Ou me esquece, quem soes, ou quem
he salgado, Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se
Entende, que enobrece as duras armas? Ora
brio Escape d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois
Apologo da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi
este: Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que
Conto, lugar, ou tempo, a esta fraqueza? Tenho
deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora
conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que
os resplandores D' aquelle proprio Sol, que
mandardes, lhes faça eu os tercetos, Isso não farei
aos pès do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois
e iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves, o que
que eu n' alma guardo: Poes que guardais de mi, se
destes dous quartetos; Mas mandardes, lhes faça
digo eu, que cada accento O Mundo engrandecera, e
não seja, Se a causa deste ser, levo comigo? E se
Dalizo, a vos, Musa, instrumento, Então vos digo
em festa ruda Endoudece o lascivo movimento. Mas
Que louvor te hà de dar meu fraco grito? Que direi
De quem fostes na vida sustentadas. Bem cuydei
de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde irei
da Cunha. SONETO XIII. Festivo. Hora bem digo
Vos, senhora, fareis, quanto quizerdes; Porem
Que me não vira em quanto assi me vejo? O que
Vos aleijada? De hoje per diante Aleijado seja
vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou me ler:
do pejo, e do despejo) Mal he tambem, de que
sugeitas A perderdes, como eu, vossa ventura; Que
no temor. SONETO XLIX. Moral. Como me
de crer que estais sugeitas A perderdes, como
porfia. Mas se Apollo inda he aquelle moço louro,
tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco a dita,
sendo ingrata, Como conhecereis a viva, ou copia?
ratos, Mas para as proprias rãns do charco Aonio.
detella; Mandandolhe que pâre, e me não siga.
[SMO59] Antes de confissão. SONETO LIX. Moral.
antiga: Vos, que tanto me dais, que della diga?
quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou, e errou.
remedio o mal de muitos. SONETO XXIX. Lirico.
do roto lenho Para eterna menção de seu naufragio;
Amor, e da porfia. / [SSA92] Votando ao sublime
em meu tormento; Despoes da grave pena se me
A gloria, que por tragicos escritos Resulta de
He tudo; mas he mais, segundo entendo, A da
eternamente. Pos o Primeiro, a acção mais
na perda acreditada, Visse o Mundo que fora esta
estudo por bayles de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São
eterna, a não termina. Bebei, que he tão potente, he tão
eterna Brotarà cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão
eterna gloria. / [SFU64] A morte do Senhor Infante D
eterna menção de seu naufragio; Eu viva errado sò, sem mais
eternamente Negro boçal, e mais boçal ratinho, Que mais vos
eternamente. Pos o Primeiro, a acção mais excelente Que foi
eternamente renacendo, Eternamente vas sacrificando. /
Eternamente vas sacrificando. / [SLA94] Em a mesma acção
eternas fontes, Que rios corrão para o Mar da graça
eternidade. Ajuntailhe os perigos, e incertezas, Do
eternidade? Que com pontas na Fè, e na Piedade, Descreve
Eternidade, Esta, para cerrar bocas da enveja; Aquella, para
eternizar o meu castigo? / [SAM20] Cloris com rosa no
eternizaste. /
[SAM98] Contra hũa soberana ingratidão
eterno; Mas tu sem elle, podes ser famoso. [SFE13]
eterno templo De hum magnanimo Afonso, que se aclama
eterno vivirà teu nome grande Tanta vez, quanto nome
eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo
eu adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori apareceo, que
eu algũa hora tão ditoso, Que os cabellos, que Amor laços
eu assàz por mi somente, Sem ter por enemigo a hum
eu bem fizesse em declaralla, Dissera tua belleza, e meu
eu cantarei; o que votar não pude, Do muito, que chorei, muito
eu cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento, A noite
eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado
eu disse jà que o desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis
eu; duvidais, Flora, Pintada, e viva, vendovos querida? Pois
eu elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu mandar
eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser linda, que
eu era; Poes do que me mandais, tanto me esqueço, Como so
eu erro para mi, porque me emenda Com colera, e sem zelo, a
eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera para perder
eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda despoes de tantos me
eu hum dia a Morte andar folgando Por hum campo de vivos
eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes
eu mais que acusar, por mais firmeza, Toda a vida, sem mais
eu me callarei, como se saiba Que quem lhe tira a voz, a quem
eu mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte, Fareis de todo
eu n' alma guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo
eu, não boto a Cristo. Porem crede, que quando vos resisto
eu não posso. Mas não mande acordar tão cedo a gente Com
eu não vejo, Ditoso tu, que vàs, adonde queres. [SAM23]
eu nelles ardo? Não guardais, acendeis mais meus ardores
eu os tercetos, Isso não farei eu, não boto a Cristo. Porem
eu prezára. Mas que merece aquelle, que declara Por magoas
eu proprio me perco, e me persigo, Quem serà, que me poupe
eu, que cada accento O Mundo engrandecera, e eu prezára
eu que digo? solto o tão sublime Discurso ao ar; e vou pegar
eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò que as afagues, e que
eu que estaveis vòs guardadas Em my, para outro bem de
eu, que este não seja, Se a causa deste ser, levo comigo? E se
eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom Antonio, em vossos
eu quero crer, mas que me perca, Estoutra informação dos
eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle o reprova; como se
eu, se o não dezejo: Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo
eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por dizer deixo
eu tambem manquejo, Se o que a• Galanta quer, quer o
eu tambem, quando a tive, nunca o cria. [SFA53] A João
eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para o estado honroso
eu, vossa ventura; Que eu tambem, quando a tive, nunca o
Eu fico que elle chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa
Eu me vingo, em saber, que deixo o engano. / [SMO50]
Eu menos, porque Amor não quer que veja. Pois inda a
Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d'
Eu, que a padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco faço em
Eu que faço? que sei? que vou buscando? Conto, lugar, ou
Eu, que não posso ja, se não dizella? Vos, que ma repartîs
Eu vendo seus empregos Tão sem ordem, bradei: Tem te
Eu vi rir esta fonte; e deste rio A verdura regada, ser enveja
Eu viva errado sò, sem mais sufragio, Que o mesmo horror
Evangelista S. João a profissão de certa Religiosa, que se
evita: E emprenhandome mais o entendimento, Bella, e amavel
evitar d' Amor os danos. Acabe nesta sorte, esta vingança
examinação da Poesia. Ouço Platão, em termos eloquentes
excelente Que foi do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo
excellencia Ou desculpa, ou razão desta fortuna. / [SAM96]
299
SLA95
SLA95
SLA95
SLA12
SSA86
SLA93
SPR1
SHE100
SLI29
SMO69
SAM14
SMO49
SLA36
SLA36
SMO69
SFE25
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SAM7
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SMO35
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SAM47
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SLA97
SAM8
SLA77
SHE100
SHE38
SLA28
SFA51
SFA88
SFA87
SFA53
SHE42
SLA99
SLA99
SLA12
SFU85
SMO50
SLA18
SAM4
SLA94
SFE78
SMO83
estados: Vossa Pena com termos levantados
farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente livro das
Deus a farà vossa. [SLA95] Elogio ao
Vivirás a pezar do oposto inferno. Porem Tu com
porque se afirme, ou se levante, Possa temer o
chamas, em que estàs ardendo, Do Amado, o amado
Poes o fim não fugî, tema o presagio: E se
feliz, e infeliz astro. As materias deixai, tomai o
a sorte dura A querer que alivie o meu cuidado Por
da esperança, a que o induzem os passados
a hum venturoso, Que a meu pezar, nas glorias se
razão, que no meu dano O mesmo se não logra, que
estado, Se antes, por maravilha sucedia, Agora se
lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina sempre clara,
o bem, que tarda, Mais lastîma, que o mal, que se
convalecendo. [SFE25] De consoada a hũa
nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty,
jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi
Portugal. SONETO XCVII. Laudatorio. Dedalo que
destes dous quartetos; Mas mandardes, lhes
nellas novos ganhos sente, Que hũa sô petição vos
vos, diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol me
hei de mandar de Caparica, De que vos, Prima, não
por favor vos peço, Que, poes• Homem tal sou, me
E para quando os alcanceis, vos rogo, Não que
Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica. O não
da Musica moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar.
de bom humor. SONETO III. Moral. Musa,
que a padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco
Antes de confissão. SONETO LIX. Moral. Eu que
fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra as
quem não teve dita. [SMO15] Cada hum he
E pois hà fè, riamos do castigo. Riamonos do
de gloria sempre avaras, Quem vence humilde
Amoroso. Parto, partome enfim, Senhora minha, O
foste a o subir, vento es caído. Justiça foi do
a fragua, em que se mete. Vos direis que isto he
tão nobre intento, Fermosa Lici, em vão pretende o
da branda cera. Que faz? Que intenta o riguroso
se não logra, que exercita. Jà não lhe chamarei
annos: Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre os
partes. SONETO LXXII. Laudatorio. Este, que
ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de me crer? V.
o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo agora,
sem mais como, nem quando. Se cuidando, Senhor,
estime: Que a palha para o asno, ave hè de pena,
dava Mostras da dor, que o coração cubria,
vida inteira o Mar profundo! Hora quem diz sou pô,
se a quiz colher, foge e a dor fica. O não façais tão
sem maldizer taes tiranias. Razão tal vez, por
o Pastor, o Aventureiro Logrão da paz, que
De me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por
Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde não
Porem nesta mortal Filosofia, Quando vê que lhe
Para escrever tão simples catorzada? Vedes? não
mas quando Te escuto, em tanto aplauso e
generoso Imortal sempre, nas memorias ande A
por morte peregrina; Nem pelo que he castigo, a
de hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e da
os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a
como às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a
bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas da
[SFA51] A hum amante da variedade. SONETO LI.
da Musica moderna. SONETO LXXXVIII.
a hum amigo Poëta. SONETO LXXXVII.
versos, que lhe havia comunicado. SONETO LIII.
es felice; poes acabas Com tão altos penhores de
fez Calliope prezente. Livro não, màs Piramide
deu, para tirarmas. [SLA99] Em a publicação do
ti, não pode ser eterno; Mas tu sem elle, podes ser
mas todos gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre
sempre era alto dia, Perfeição, que não cabe em
tem geito de ser a d' alforria. Serà de marear à
que o vencer delle De novo ao Mundo sei, que as
a Deus se entrega, Mais propriamente Deus a
Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos, Isso não
A quem passar avante, assi lhe importe. Que
Excellencias da Patria reprezenta, Com que por vossa Pena a
Excellencias de Portugal, escrito pello Doutor Antonio de
Excellente livro das Excellencias de Portugal, escrito pello
excesso mais glorioso, Que elle sem ti, não pode ser eterno
excesso, ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna De
exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não mudança
exemplo não fui, seja contagio, Que perca, a quantos vem, por
exemplo Sendo a os contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos
exemplos de alhea desventura! / [SFE30] Em estillo da
exemplos. SONETO LXIX. Moral. Dos Carceres subir, qual
exercita. Hora vença, e de mi riase a gente; Jà que lhe
exercita. Jà não lhe chamarei Fado tirano; Poes se se vinga
exercita por costume. [SFU37] Em pezame a hũa D. da morte
Eximindo a razão da contingencia, Do que antes era caso, fez
exprimenta. / [SFE70] Dando os parabẽns do nascimento de
F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de
Fabio, que advertiste Tão cedo deste Mundo os vîs enganos
fabricada; Porque da mesma duvida informada, Quanto nella
fabricas numeroso Edificio imortal, onde venera Quantos
faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não boto a Cristo
faça, ordena. Não sabeis qual! Pois he que se algũa hora Mais
faça. [SAM41] Que de tão pouco hum triste se contenta
façais esgares? Porque de graças, e• benções aos pares
façais Fera, A ver se, assi melhor, vos obedeço. / [SSA68]
façais me tornem a esperança, Mas que se quer, me deixem o
façais tão falso apartamento; Esperay, que não pode durar
Façame hoje mercê vo senhoria, Se a grandeza aos pequenos
façamos mais hum desvario Todo de desconcertos marchetado
faço em padecella. Atê nas proprias queixas meu destino
faço? que sei? que vou buscando? Conto, lugar, ou tempo, a
fadigas do dezejo. SONETO V. Moral. E quem me compusera
Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu
Fado, e da mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se nunca
Fado: este, ou aquelle; O deixai que a fortuna me atropelle
Fado o quis assi, que nos reparte; Mas quem cuidareis vos
Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe o escarmento: Que
Fado, ou que he destino, Que hum não dà nada, e tudo outro
Fado; Porque a auzencia reparte o seu cuidado Pelo valor do
Fado, Que em fulminar tragedias repetidas Entende, que
Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco a dita, Eu
Fados nas vozes das Sereas. Tantos hà, que arrastando
falla, he Tullio? ou he Timante Este, que pinta? e acaso se
Falla avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu vas errado. T
Fallai; sereis por copia conhecida, Menos me admirarà ver em
fallando, obrando, Te offenda minha ingrata natureza, Nascer
Fallando com perdão da gente honrada. / [SAM76] A
Fallava o gesto quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser muito
fallou verdade. /
[SLA74] A hũa senhora, que estando de
falso apartamento; Esperay, que não pode durar muto Vida
falso pensamento Mostra os socorros, e à batalha incita: Mas
falta ao meu cuidado: Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. /
falta d' arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ o
falta o bem, por ser gozado. Desta flor, desta Estrella
falta o gosto, e o prazo Logo muda das couzas o Elemento
faltarà pois quem ma estime: Que a palha para o asno, ave hè
fama creces Que os dobrados affectos, que mereces, A quaes
fama, dos que tanto celebraste, Por mais que o tempo
fama entendas: Salvo se o gram poder, que te destina, Quer
fama faze idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com idade
Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga
Fama, E desde vos, rendei terras, e mares, Sem provar
Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de muitos. SONETO XXIX
Familiar. Amigo, muitas dores não são dores, Muitas queixas
Familiar. Façame hoje mercê vo senhoria, Se a grandeza aos
Familiar. Quando pellas florestas passa o vento, Que a nos
Familiar. Velho mancebo, illustre em sangue, e esprito, Tu
famosa, Que mais segura estàs, que antes estavas: Porque
famoso He o que vés de letras, que preciosas Pedras são
famoso Poëma do Doutor Gabriel Pereira de Castro. SONETO
famoso. [SFE13] Respondendo a hũ soneto de D. Antonio
famosos, Os feitos competindo, e acrecentando. Gozoute o Ar
fantazia, Fermosura mayor, que a fermosura: Cova profunda
fantazia, Que sem rumos tambem, se vai perdendo. He tudo
farà raras. Com mãos vence de gloria sempre avaras, Quem
farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente livro das
farei eu, não boto a Cristo. Porem crede, que quando vos
farei logo incerto em mundo incerto? Buscar nos Ceos o
300
SLA77
SAM7
SAM27
SMO67
SAM71
SAM98
SSA86
SAM98
SFE40
SAM48
SAM98
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SAM98
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SAM55
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SAM6
SMO61
SAM43
SAM48
SAM48
SMO50
SMO83
SAM43
SAM20
SFA87
SAM55
SMO61
subirão mais, vem duvidando. Poes que conta
os raios jà vistos, e adorados. Vos, senhora,
que eu mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte,
so a vos, e a mi não conhecera. Com razão logo por
Hà, despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia
XCVIII. Amoroso. Que faz Licis? Que faz? Que
he tão benina, Que o humilde eleva, o fragil
ingratidão. SONETO XCVIII. Amoroso. Que
he potro, meza destroncada, Pulga, que por picar,
grandes; e o que a todos He culpa, vos realça, e
corte Braço mais crú? Espada mais severa? Que
galhardia; E com tudo viveis vida cansada, Que
SONETO XCVIII. Amoroso. Que faz Licis? Que
do aço forte Medir a condição da branda cera. Que
de hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e da fama
ser profundo; Ella se logra delle, e elle della.
celebrada Serà, poesque com alta providencia Hoje
da paz, que falta ao meu cuidado: Tal guerra lhe
[SMO67] Considera a ventagem, que os Brutos
furtado Consular nome vos chamais Prudencia; Se
Vos sò podeis mudar: mas isto como? Como?
não sei porque, com vir entre elles, Vindes para
novo tormento. SONETO XVI. Moral. Pudeste mais
Quem tantas maravilhas differentes Pode
Ar, Fogo, He força que te goze: O quem pudera
a hum amigo, que mandava perguntar a vida, que
hora tão ditoso, Que os cabellos, que Amor laços
vivos, que a não vião. Os velhos, sem saber o que
passos tras preço, e ventura, Tão merecida de hũa
Se hà firmeza, riamos do receo: E pois hà
Nunca jà mais, se a vista não me engana, Ou se a
dito? Direi sò que as afagues, e que as sigas; Que a
auzencia. SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da
,e Enveja. SONETO XIV. Amoroso. Aquella
quasi, da immensa eternidade? Que com pontas na
Foge em fim para vos, desesperada. Pobre da
das gentes a esperança, Poes do Filho, e da May,
a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro da
de passar o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar,
vendo os enganos, Sem a promessa ouvir, das Lias
grade bem segura, Porta sò para entrar, logo
o sol, se desta cova Mo deixárão tomar; mas he
carapuças de cilicio preto. Torre velha. Segunda
ouro. Arredo và de nos o sestro agouro, Se sobre
Sonetos Feitos a semelhantes Giovenetos, Me teem
gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre famosos, Os
XIX. Moral. Poes se para os amar, não foram
vos resisto, Que me chove a razão; porque Sonetos
pede das lastimas o pranto. Sempre, ò Troya, es
seja agudo, ou grave: Levanta,• esforça, alenta, ò
hum magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro do
triunfos não fez caro o susto, Antes de visto seu
ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo dia, A
não a gloria: Nasce do Amor, renova da esperança,
o cruento Phalaris ouvia A humana voz, vestida em
vos peço, Que, poes• Homem tal sou, me façais
Amoroso. Que faz Licis? Que faz? Que faz a
duro, A não ser para vos tão duro, e grave, Pois
em flor cortada, Chorais; ò não choreis mortal
a Enveja presumida•; Se com mais de vitoria por
mil serão sufridas. Vivei por ambos vos: porque as
d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu, fraco,
LXXIV. Laudatorio. Quando deixareis vos de ser
XXXI. Amoroso. Deminuir da fê tão nobre intento,
Não guardo ovelhas, mas aguardo danos, Das
brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde o sol
pela terra derramado. Perdese o grande, perdese o
grandeza Tambem vem por sinal tal fermosura.
milagres soes por tantos modos, Que por ser mais
breve Guardastes, por industria nunca ouvida, Da
que não cabe em fantazia, Fermosura mayor, que a
caminho mais errado O que he de mais passage, e
sinaes de tal grandeza Tambem vem por sinal tal
paga ao vento, Sem lhe escapar por flor da
cheiro, e frescura; Poes se he do campo a graça, e
contra mi atrevidas, Porem não contra a vossa
A graça, e a ventura Pallida foge. O sangue, a
farei, se a Urbanidade Contar, e se contar, quantas doutrinas
fareis, quanto quizerdes; Porem eu quero crer, mas que me
Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a
favor vos peço, Que, poes• Homem tal sou, me façais Fera
faz a conta o pensamento; Porem quando lha ajusta o
faz a Fera? Entretense, traçandome outra morte? Prepâra
faz constante; Sem que, porque se afirme, ou se levante
faz Licis? Que faz? Que faz a Fera? Entretense, traçandome
faz matadura, Cão sò para agourar, rato, que fura, Candea
faz modellos Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes
faz o Rayo da mortal esfera Procura de cegarme todo o Norte
faz que do viver a gosto vede, Pobre de quem, vivendo em
faz? Que faz a Fera? Entretense, traçandome outra morte
faz? Que intenta o riguroso Fado, Que em fulminar tragedias
faze idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com idade de
Fazei outro milagre em mi segundo; Que nem porque lhe destes
fazeis a lastima oportuna: Por que sendo na perda acreditada
fazeis, por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por ley de
fazem aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO LXVII. Moral
fazendo co Mundo conferencia, Discursais, revolveis; e eis
fazendo que a minha alma saya De mi, senhora, e dentro de
fazer ao Mundo guerra. / [SMO44] Velhice presumida
fazer, ò sorte escura, Que em dano meu, e afronta da porfia
fazer unir? salvo se a Morte ? A Morte foi em sem razões
Fazer como tambem, te o Ceo gozasse. / [SSA86] A hum
fazia em sua prizão. SONETO XL. Festivo. Cazinha
fazia, Por premio de o esperar, veja algum dia Soltos a o
fazião, A cada passo nella hião topando. Na mocidade os
fé tão pura, E de hum tão limpo amor, tão esperada. Ella
fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado, e da mudança
fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi
fê que mais de hum par, por mais que digas, Vè, quando
fê tão nobre intento, Fermosa Lici, em vão pretende o Fado
Fè de tantos maltratada Foge da sem razão, e em vos espera
Fè, e na Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano? O
Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là nos dias de outra era
Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por honra
Fê, foi fabricada; Porque da mesma duvida informada, Quanto
Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa, e nunca conhecida
feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir
fechada; Cama, que he potro, meza destroncada, Pulga, que
fechada, E inda o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de
feira. Vosso. / [SAM14] Queixa, e Enveja. SONETO XIV
feiticeira inda sois bruxa. Daime por vida vossa à vida suxa
feito bem mal, e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz
feitos competindo, e acrecentando. Gozoute o Ar, teu nome
feitos, Senhor, aquelles olhos soberanos, Porque por tantos
Feitos a semelhantes Giovenetos, Me teem feito bem mal, e
felice; poes acabas Com tão altos penhores de famosa, Que
feliz ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que o que não
feliz, e infeliz astro. As materias deixai, tomai o exemplo
feliz misterio? O proprio tempo vencedor vos chama Rendido
feminil piadade aspira a tanto, Que com victima nova o altar
Fenis, das chamas, em que estàs ardendo, Do Amado, o amado
fera dura: Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que a todos
Fera, A ver se, assi melhor, vos obedeço. / [SSA68] Ao
Fera? Entretense, traçandome outra morte? Prepâra para
fere mais a seta, onde he secreta. Ah senhora, que o dito he
ferida; Que a Morte contra humanos atrevida, Contra o divino
ferida Sabe Amor lhas granhais*: tantas vos deve. Negros
feridas Nunca podem matar, que não tem cura. Menos fora
ferido, e temeroso, Se inda despoes de tantos me confio, De
fermosa, Minha senhora Dona Mariana? Nunca jà mais, se a
Fermosa Lici, em vão pretende o Fado; Porque a auzencia
fermosas Raqueis vendo os enganos, Sem a promessa ouvir
fermoso As portas da manhãa mais cedo abria, Mas em
fermoso, Sem que o valor do mais constante brio Escape d'
Fermoso esprito pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o
fermosos; dos mais bellos As cores, e as medidas
fermosura a gloria, sempre unida Aos centros da ventura, que
fermosura: Cova profunda, triste, horrenda, escura, Funesta
fermosura. Em fim não passarei, temendo a sorte? Tambem
fermosura. Fermoso esprito pareceis d' aquelles Nuncios do
fermosura. Mas conhecendo jà, quam pouco dura, Appella a
fermosura Que devemos ao Ar, no movimento? Tal, se
fermosura. Se vos desta vingança estais segura, Venhão
fermosura, Tudo vai pela terra derramado. Perdese o grande
301
SMO50
SMO50
SAM46
SAM91
SFU64
SAM96
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SFU64
SFE75
SAM33
SFE40
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SSA63
SSA68
SAM46
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SAM58
SAM58
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SFE70
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SPR1
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SLA18
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SAM8
SLI62
SAM45
SAM60
SAM45
SMO5
SFA51
SAM60
SAM91
SAM20
SHE42
SHE42
SHE100
SMO61
vingo, em saber, que deixo o engano. / [SMO50]
era alto dia, Perfeição, que não cabe em fantazia,
hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se a my foy
viçosa Irado o mar com força temerosa, Do
Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle o
Zafiro singular, que foi vendido A quem, em
Da tua paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza
por se escuzar do mal futuro, Da tua paciencia
para estar sezuda; Que desta negra gente, em
Mas que de costumada sempre ao pranto, Não sabe
a vida, que fazia em sua prizão. SONETO XL.
a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX.
de D. Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII.
em que lhe escreveo outro soneto. SONETO XXXIV.
acabasse certo soneto satirico. SONETO LXXVIII.
desenganada antes de tempo.• SONETO XXXIX•.
[SFE25] De consoada a hũa F. P. SONETO XXV.
de hũa Prelada, da eleição da Tia. SONETO XXX.
no estudo por bayles de Barbaros. SONETO LXXV.
mal, respondeu que estava aleijada. SONETO LXXX.
Pos o Segundo a mais illustre historia Que ao mundo
cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos não
a razão da contingencia, Do que antes era caso,
Saibao, quem folga, e vè que me arruino. Nem me
Ceo achou resguardo, Que os estragos despoes não
fruta, que he fruto abençoado. Ninguem mais
às gentes derão, Com razão de ti mesma, hoje te
fortunas venturosa, Se antes nem de ti mesma te
passaros vulgares. Porco? sò de o dizer nojo me
Que se no vosso Amor, não acho escudo, Não me
pello fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor
razão, que poes te deixo tudo, Que este pouco, que
Mas se Apollo inda he aquelle moço louro, Eu
Ide humildes de Flerida diante, Nuncios sempre
Vamos todos de volta à sepultura, Sede
os suspiros, as verdades, Tudo là te entreguei;
Sem a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô
de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais
Mundo he Comedia. SONETO XI. Moral. Dez
das Armas, composto pello General Diogo Gomes de
desde alli, Jà nem para homem de guadameci Tenho
[SFE70] Dando os parabẽns do nascimento de hũa
[SFU37] Em pezame a hũa D. da morte de hũa sua
engana, Ou se a fê mais que a vista escrupulosa.
A hum Roixinol. SONETO XC. Lirico. Brando
por honra dos dous, dos dous alcança, Pello que ao
Vença logo das gentes a esperança, Poes do
os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante, Do
Se emfim vos abrazarem seus amores, Morrei,
que viràs mais a levantarte, Comedindo o rigor de
Amor peor estado. SONETO XLVII. Amoroso. Jà,
diante de Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite,
nada. / [SAM58] Amante suspenso diante de
com medo mora, Rompe gentil, saindo confiada.
he divino, o humano humano. Porem nesta mortal
mais fez num ano de cazado: (Sois home em
me emmudeça A vista do tormento, e do tirano. E a
as gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal
Jà nem da perdição do altivo empenho, Poes o
errado O que he de mais passage, e fermosura. Em
espera A razão, que dos outros desespera; Foge em
Vivão vossos escritos sobre as gentes; Que em
de pensamentos tão subidos Não sabe a terra o
Teu dano; porem deveslhe o escarmento: Que em
espera, quanto mais servindo: Para hum tão triste
vendovos querida? Pois qual sois, se a real, ou se a
de crer, não dâs barato O resplandor da gloria tão
sei certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que a
ao impossivel: E para me perder de muitos modos,
do bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro
e mudo: Outra vez to perdoo. O não te queixes!
que a Daliana Adora; vendo ja que se estremece A
grão merecimento, Crendo que em vos, como no
Esta do Mundo maravilha, em tanto Que firme ao
Heroico. Esta do Mundo maravilha, em tanto Que
Onde o Sago se veste, e se arma a Toga; Com suas
tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura O
Fermosura, e Morte, advertidas por hum corpo bellissimo
Fermosura mayor, que a fermosura: Cova profunda, triste
fero. Não temais abrazarvos dos ardores De seus olhos; que a
fero sopro do Austro embravecido. Responde repetindolhe o
ferro deu, deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a
ferro o tem mal engastado; Aver que por se haver em vão
fes seu forte. Cercado assi na morte, assi na vida Pagaste
fes seu muro, Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi na
festa ruda Endoudece o lascivo movimento. Mas eu que digo
festejar d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio
Festivo. Cazinha desprezivel mal forrada, Furna là dentro
Festivo. Compadre, agora sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta
Festivo. Hora bem digo eu, que sois Demonio, Meu senhor
Festivo. Meu Senhor Dom Antonio, muy bom he Zombar, mas
Festivo. Meu Senhor Dom João, jà tenho visto Os oito versos
Festivo. Por isso eu disse jà que o desengano Era hũa alma de
Festivo. Que vos hei de mandar de Caparica, De que vos
Festivo. Quem poderà com vosco, sor Catuxa, Cuma tia
Festivo. São dadas nove; a luz, e o sofrimento Me deixão sò
Festivo. Vos aleijada? De hoje per diante Aleijado seja eu
fez Calliope prezente. Livro não, màs Piramide famoso He o
fez caro o susto, Antes de visto seu feliz misterio? O proprio
fez ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje o Mundo
fez do que sou perder o tino Aquelle assombramento de ditoso
fez, mayores ? De pedras como vôs, e mais estreitas, Os
fez num ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e
fias. Lesbina, olha esses marmores agora, Cinzas jâ são, as
fiavas, Agora nem do templo es temerosa. [SAM43] Por
fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo deixárão tomar
fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas do
fica. O não façais tão falso apartamento; Esperay, que não
fica, que mo deixes•. [SMO61] Desenganase de si, pello que
fico que elle chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o
fieis, d' Amor sincero. E se como comigo, foi severo, Com
fieis na morte a hũa ventura, De quem fostes na vida
fiel, cego, e mudo: Outra vez to perdoo. O não te queixes
fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir, da alta consorte
fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo por castigo
figas para vos, poes com furtado Consular nome vos chamais
Figueiredo. SONETO XXVIII. Laudatorio. Quando estas regras
figura, nem para de pé. A mi trovas cortezes, que em vos sò
Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX. Festivo
Filha morta pouco depois de bautizada. SONETO XXXVII
Filha vos conheci; e jà vi rosa Das que se preza Abril, Mayo
filho do Zefiro suave, Que com suaves leis de doce canto, Tão
Filho crê, alta firmeza; Pello que à May defende, eterna gloria
Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a
Filho guia, e doce companheiro. [SMO69] Escuzase da
filhos, co pay, da mesma morte; E poes morreis honrados
Fili agora, Que em quantos triunfos, pode darte a Arte
Fili, he posto o Sol; e a noite escura He do dia, bastarda
Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do coração o modo, e
Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz
Filomena com queixas namorada Amores canta jà, queixas não
Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda
fim de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas como
fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes de modo o
fim, e auzencia: Mas pois tão nobre vida tens roubada, Para
fim não fugî, tema o presagio: E se exemplo não fui, seja
fim não passarei, temendo a sorte? Tambem, tanto temor he
fim para vos, desesperada. Pobre da Fè tão boa, e tão
fim, quem conhecer vossos escritos, Não pode esperar menos
fim, se não a gloria: Nasce do Amor, renova da esperança
fim se não lograste hum alto intento, Hum seguro temor tẽns
fim, tão leda a Morte, Para hum tão largo amor, tão curta a
fingida, Não sei certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que a
fingida: Olha a que grande preço a tem subida A voz de meu
fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis por copia conhecida
Finje que a honra he certa no perigo. Pois se nunca pretende o
fino Nem reconhece a fragua, em que se mete. Vos direis que
Fiquem te embora os gostos, e as idades; Mas he razão, que
firma penha, donde o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa
Firmamento Bella pode viver, e estar segura. Que a Rosa
Firmamento competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta do
firme ao Firmamento competia, Cuja de pedras prodiga
firme, e ardente insignias, roga A vossa planta, como á vossa
firme freixo: a estrella mais segura Varre o chão, com
302
SSA63
SAM31
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SFU85
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SFU37
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SFE25
SMO49
SMO32
SMO81
SFA53
dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta
Riamonos da auzencia, se hà lembrança; Se hà
esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por mais
tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou. O quem
grande paz me dera? Ou (por força) com elle hoje
E ouzado o coração, de louvor darte; Que não
declarei mudo o alto modello: Mas quando eu bem
o Anjo, cuberto de luz pura, O Serafim vestido, em
tomai o exemplo Sendo a os contrarios, Simbolo da
a dous, tres a tres, e quatro a quatro, Entrão de
que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes de
XXXVII. Funebre. D' Aquella flor, que tanto em
Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella
vassallajem paga ao vento, Sem lhe escapar por
Donde não falta o bem, por ser gozado. Desta
atrevida, Contra o divino nunca foy ouzada. Essa
E o manto azul vestio, da branca Aurora. A
bautizada. SONETO XXXVII. Funebre. D' Aquella
nascimento; Nacestes: consumime pello fruto; Foy
XLV. Amoroso. Não sò duvido eu; duvidais,
aspira a tanto, Que com victima nova o altar
que enriqueces! Não• sei onde em mais credito
de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão
os teus enganos; Dalhe licença, murchem se ja as
Apenas pos o Ar hum leve alento, Que das
Por ver, se são de vos melhor ouvidos. Não de
Conhecivos Esposa em igual preço Envejada das
louvada, Que os teus ouvidas* são os* que são
Poëta. SONETO LXXXVII. Familiar. Quando pellas
consumime pello fruto; Foy flor: se a quiz colher,
Pende, e desmente. A graça, e a ventura Pallida
XIV. Amoroso. Aquella Fè de tantos maltratada
meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da morte
em vos espera A razão, que dos outros desespera;
o amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja o
Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute o
honrasse. Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar,
por se haver em vão achado Em pastas de carvão,
amizade. Que cuidais? perigou corte, e cidade. Se
valor não conhecido Foy, do vil lapidario, a quem
Aposto que em Coimbra algum letrado Disse que
com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo não
tanta belleza junta, Tanta graça; e tal ser lhe
Vento foste a o subir, vento es caído. Justiça
Do barbaro boçal Indio inorante Por quem, a cazo,
a verdade solicita? Poes se mente este pô, que
Pos o Primeiro, a acção mais excelente Que
Pode fazer unir? salvo se a Morte ? A Morte
ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa hora
a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê,
Com tudo eu creo (cà para comigo) Que não
que nasceu delle defronte. Hora sahio da terra, e
quando mais guardado D' entre as mãos de seu dono
Por boa, là nos dias de outra era: Mas quem
braço, que he forçado, Pois nunca d' outro braço
sempre fieis, d' Amor sincero. E se como comigo,
mãos de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que
da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com que
he dos dous, nesta querella O mais culpado,
Que a Rosa viva là, de Rosa estrella, Milagre
entronizado a breve custo Do Tempo, que lhe
Onde aos termos do mundo duvidosos, Estendendose
verse hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se a my
sede o que for; e sede tanto, Quanta a esperança
contra humanos atrevida, Contra o divino nunca
Conheceuse, entregouse: mais honrado Triunfado
Cintia, se for estrancho, ou passageiro, Crerà que
Cuja de pedras prodiga ouzadia Meta do assombro
XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor não conhecido
nascimento; Nacestes: consumime pello fruto;
sobe ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse,
O seguyos, prendeyos; porque logo Teme que
são cousas da botica. Coscorões? são peores que
Logo o voo julguei por enganoso: Saibao, quem
senhor Dom Antonio, a dura sorte. Soes mancebo,
LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a Morte andar
Callar os meus. Que avaro intento esconde Tal
firmeza; Pello que à May defende, eterna gloria. / [SFU64]
firmeza, riamos do receo: E pois hà fè, riamos do castigo
firmeza, Toda a vida, sem mais como, nem quando. Se
fizera Que de te haver gozado não se honrasse. Mas poes
fizera, Que me não vira em quanto assi me vejo? O que eu
fizesse com mais culto, e arte Aquella suspensão tão
fizesse em declaralla, Dissera tua belleza, e meu desvello
flama acesa; E entre tantos sinaes de tal grandeza Tambem
Flama, Sendo aos propicios, Copia do Alabastro. /
flamas tacitas ardendo Astutos Palladioens em simples
Flerida diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se
flor cortada, Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a
flor, d' estar segura. Em doce sono o Lavrador cansado Do
flor da fermosura. Mas conhecendo jà, quam pouco dura
flor, desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo
flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo à
flor, que no botão com medo mora, Rompe gentil, saindo
flor, que tanto em flor cortada, Chorais; ò não choreis mortal
flor: se a quiz colher, foge e a dor fica. O não façais tão falso
Flora, Pintada, e viva, vendovos querida? Pois qual sois, se a
florece; Mereçate poes tanta affeição pia: Que offereças a
floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs cantando. Quando te
flores. A cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas o
flores; A planta seca estâ, mortas as cores: De que serve
flores colheu cheiro, e frescura; Poes se he do campo a graça
flores, de lastimas se cobre A pobre humilde Musa, que
flores: mas que importa, Se May fostes, con rayos
flores; Os meus versos, o vento, o vento nada. / [SFA88]
florestas passa o vento, Que a nos chega fragrante; por
foge e a dor fica. O não façais tão falso apartamento; Esperay
foge. O sangue, a fermosura, Tudo vai pela terra derramado
Foge da sem razão, e em vos espera A razão, que dos outros
Foge daquelles, de quem he chamado. Tendes riqueza, tendes
Foge em fim para vos, desesperada. Pobre da Fè tão boa, e
fogo, e não mudança, Para que eternamente renacendo
Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou. O quem
Fogo, He força que te goze: O quem pudera Fazer como
foi convertido Perola sem igual, pouco estimada Do barbaro
foi da dor, que fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e
foi dado; Diâmante que quando mais guardado D' entre as mãos
foi de Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter tanto aleijado
foi de Hesperides guardado. Em gloria prometeu, todo o
foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo? Mas como
foi do Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe o escarmento
foi do mar levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante. No
foi do Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que he da
foi do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo a mais
foi em sem razões mais rara. Tu, que vives triunfante sobre
foi engano, outra escarmento Humilde vassallajem paga ao
foi fabricada; Porque da mesma duvida informada, Quanto
foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver
foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento em guerra: Quedas•
foi perdido. Zafiro singular, que foi vendido A quem, em ferro
foi, quem vos disse, de quem era, Por que fosse de vos tão
foi rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte ouzada, Chegarte
foi severo, Com vosco o for, o celestial sembrante; Dirlhe
foi vendido A quem, em ferro o tem mal engastado; Aver que
foy alcançada. SONETO LXXIX. Heroico. Qual quizeste
foy contenda antiga: Vos, que tanto me dais, que della diga
foy de vosso ser profundo; Ella se logra delle, e elle della
foy duro adversario. Hora, que tarda para vir, mil annos
foy, e affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A
foy fero. Não temais abrazarvos dos ardores De seus olhos
foy, he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de hora em
foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao
foy, que triunfador tem sido. No constante arraial, no
foy sem duvida, o primeiro Maltratado das mãos do ardente
foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao Mundo lhe deu•
Foy, do vil lapidario, a quem foi dado; Diâmante que quando
Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica. O não façais tão
foyse agradecida, Por ser là mais que cà inda esperada. Allì
foje, quem procura, alcança, Poes he pezo o temor, o gosto he
folares, Perús? não, que são passaros vulgares. Porco? sò
folga, e vè que me arruino. Nem me fez do que sou perder o
folgais de andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado
folgando Por hum campo de vivos, que a não vião. Os velhos
fonte de doçura, e de elegancia? Este lugar, onde elles
303
SLI29
SLI29
SLI29
SMO89
SSA86
SSA86
SSA86
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SAM46
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SMO82
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SAM66
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SLA18
SAM33
SMO59
SMO84
SAM27
SAM71
SLA72
SMO61
SMO89
mal de muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta
Horido o bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar a
vingado Ver quam mal da mudança se assegura A
apenas o deixava De abraçar pelos pès aquella
De Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça.
poço de Sichem, nem da cisterna De Bellem emanou.
os Esposos divinos com a letra: Sedebat sic super
que com graça eterna Brotarà cedo cinco• eternas
soes Senhor, se soes Senhora, Senhor, sede o que
lhe ouvir murmurar tanto a este Rio, Cintia, se
E se como comigo, foi severo, Com vosco o
Venera a Tuba, que temeo a espada. Nunca
a vida Se conte por delito, e por offensa. Mas que
Entende, que enobrece as duras armas? Ora eu
cuidais? perigou corte, e cidade. Se foi da dor, que
Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por
que sendo na perda acreditada, Visse o Mundo que
Nunca podem matar, que não tem cura. Menos
por offensa. Mas que fora de nos, se esta, se algũa
SONETO XIX. Moral. Poes se para os amar, não
vida tens roubada, Para que deixas cà, se suas
Medindote• os estragos, pellas dores; Quanto
por tantos modos repetidos. Estes, que ja vos
Que era peor, haverse assi comigo. Hora os que
Nunca fora a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà,
no vidro, os annos? Se lhe resistes, dâs mais
Que grande bem, que grande paz me dera? Ou (por
Por ir, ver, e vencer na antiguidade A dura
Procura de cegarme todo o Norte Ou pretende co' a
seja sò: e o sonho seja A desgraça (se em vos
Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo, He
Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar com
Voiture Poeta Francés. SONETO LXVI. Amoroso.
temendo. Porem como sarais com vosco a tantos,
contrario armado: Rendase hoje a seu braço, que he
senhor! isso quer vossa mercè? A mi, que mais
E desde vos, rendei terras, e mares, Sem provar
SONETO XL. Festivo. Cazinha desprezivel mal
mal futuro, Da tua paciencia fes seu muro, Da tua
paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza fes seu
todo o Norte Ou pretende co' a força do aço
palestras peregrinas Te vejo confiado, astuto, e
alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes vives sem
fora esta excellencia Ou desculpa, ou razão desta
Reduzir ao imperio da prudencia O mando, que a
Por quem, a cazo, foi do mar levada. Sois na
vence humilde Fado: este, ou aquelle; O deixai que a
Amor humano. SONETO LXXXIV. Moral. Porque,
cuydados De Portugal o Reino se lamenta; Quando a
Amoroso. Poes são tantos os males padecidos Da
a Terra por berço, o Ceo por manto, E por ama, a
segura estàs, que antes estavas: Porque em ambas
Por ti todo o meu bem me he jà vedado, Qual se
quem foi, quem vos disse, de quem era, Por que
O vento te• levou, caes do vento, Vento
O desvião do porto verdadeiro: Qual como
Envejada das flores: mas que importa, Se May
Sede fieis na morte a hũa ventura, De quem
ouvia A humana voz, vestida em fera dura:
Escape d' acabar, do assalto, ou cerco. Pois eu,
as Musas por amigas, Que louvor te hà de dar meu
com que me queixo. [SMO57] Tomando o habito de
tão potente, he tão benina, Que o humilde eleva, o
vento, Que a nos chega fragrante; por ventura Essa
pellas florestas passa o vento, Que a nos chega
Val pouco; mas o celebre ouro fino Nem reconhece a
do estimado Soneto de Monsieur de Voiture Poeta
/ [SLA12] Ao Poema de Malaca conquistada de
resposta de hũa carta em verso. Ao Embaixador•
de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que he
que vou buscando? Conto, lugar, ou tempo, a esta
Poes na terra não hà, caminho certo. / [SMO84]
Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A
eternidade. Ajuntailhe os perigos, e incertezas, Do
tanta Pode juntar em si do Ceo, e Mundo? Hum sô
Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura O firme
Ambição. SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle
fonte; e deste rio A verdura regada, ser enveja Da que mais
fonte, e que de frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca a
fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me
fonte. Tão soberbo despoes levanta a fronte, Como Pavão, do
Fonte de graças, que com graça eterna Brotarà cedo cinco•
Fonte dos montes De Deus nasce, porque o homẽ a Deus
fontem. • SONETO LXXXVI. Sacro. Bebei confiadamente
fontes, Que rios corrão para o Mar da graça. [SFA87]
for; e sede tanto, Quanta a esperança foy, he o gosto, e
for estrancho, ou passageiro, Crerà que foy sem duvida, o
for, o celestial sembrante; Dirlhe heis se veja em vôs, verse
fora a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà, foras prezente
fora de nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser
fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera para perder Vidas
fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por
fora, e dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra
fora esta excellencia Ou desculpa, ou razão desta fortuna. /
fora sentido o golpe duro, A não ser para vos tão duro, e
Fora mais que hũa gota, a ser medida Co largo Mar de tua
foram feitos, Senhor, aquelles olhos soberanos, Porque por
forão, A Verdade, a Justiça, e a Prudencia? / [SLI22]
forão melhor, que para amores, Taes desenganos, para
forão referidos Em differente estillo então cantados, Tornão
forão votos, sejão cantos, Que eu cantarei; o que votar não
foras prezente; Poes o que não rendéra o rayo ardente, Bem o
força aos danos, Medindote• os estragos, pellas dores
força) com elle hoje fizera, Que me não vira em quanto assi
força da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta idade
força do aço forte Medir a condição da branda cera. Que faz
força he que vibre) Leite a Razão vos dê: e o choro breve A
força que te goze: O quem pudera Fazer como tambem, te o
força temerosa, Do fero sopro do Austro embravecido
Força he acabar no amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ
Força he que, para dàr tanta saude, Vades tão devagar
forçado, Pois nunca d' outro braço foi rendido. Rendido estâ
forçado que em galê, D' aquella, que não passa desde alli, Jà
forças mais que as das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego
forrada, Furna là dentro mais que inferno escura, Fresta
fortaleza fes seu forte. Cercado assi na morte, assi na vida
forte. Cercado assi na morte, assi na vida Pagaste como
forte Medir a condição da branda cera. Que faz? Que intenta o
forte, Parece certo que a contraria sorte Entre a vontade, e
fortuna, de que esperes Que encaminhe teu passo a teu dezejo
fortuna. / [SAM96] Lamentando o infelice cazamento de hũa
fortuna lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina sempre clara
fortuna: mas dessemelhante. No valor; se ante vos não valem
fortuna me atropelle, Que tão grandes vitorias não são caras
fortuna, quanto o Amor me hà dado, Me queres tu roubar? A
Fortuna cegamente intenta Mentirlhe glorias, e usurparlhe
Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não me estranhe
Fortuna vencedora. A paz vos adormente; o sono leve
fortunas venturosa, Se antes nem de ti mesma te fiavas
fosse a teu mal, meu bem, agouro! Porque com tanta serpe em
fosse de vos tão desprezada. Mofino era eu assàz por mi
foste a o subir, vento es caído. Justiça foi do Fado obedecido
fostes a ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante
fostes, con rayos semelhantes E atè sogra, que agora vos
fostes na vida sustentadas. Bem cuydei eu que estaveis vòs
Fostes cubrir de hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue
fraco, ferido, e temeroso, Se inda despoes de tantos me
fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò
Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty
fragil faz constante; Sem que, porque se afirme, ou se
fragrancia, essa aura, essa doçura Effeito he, que pertença a
fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa aura, essa
fragua, em que se mete. Vos direis que isto he Fado, ou que
Francés. SONETO LXVI. Amoroso. Força he acabar no amor
Francisco de Sà de Meneses. SONETO XII. Laudatorio
Francisco de Sousa Coutinho. SONETO XVIII•. Laudatorio
fraqueza da alma minha, Mas que de costumada sempre ao
fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por mais firmeza, Toda
Fraqueza do Amor humano. SONETO LXXXIV. Moral. Porque
fraude he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi
fraudulento hospicio, jà chegado; As carrancas despoes, e as
Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em dia de Cinza
freixo: a estrella mais segura Varre o chão, com desprezo
Freixo no alto monte, Verde, e robusto; apenas o tocava O
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SHE100
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SSA63
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SMO50
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SHE38
SLI26
SLA36
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SSA63
SFA51
SPR1
SLA94
SLA93
SMO84
SAM9
SAM58
SPR1
SLA99
SAM4
SAM48
da agoa, e verdura. Repouza essa ribeira entre a
Ar hum leve alento, Que das flores colheu cheiro, e
forrada, Furna là dentro mais que inferno escura,
horrenda, escura, Funesta alcoba, de morada
Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em
Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde no
o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de
pès aquella fonte. Tão soberbo despoes levanta a
Compadre, agora sim: cà tenho ouvido, Terdes
agora sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta, que he
Pois desta casta de arvores de fruto, Hũa dà
pello vosso nascimento; Nacestes: consumime pello
que escuto; Pois desta casta de arvores de
errado. T. Essa é condição minha? V. Esse he meu
nem da perdição do altivo empenho, Poes o fim não
o fim não fugî, tema o presagio: E se exemplo não
As perolas, o nacar, o tesouro, Com que mais rico
e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou mais amigo?
cera. Que faz? Que intenta o riguroso Fado, Que em
si que mal procura, Quem credito vos der, por ser
[SFU21] A morte de hum General. SONETO XXI.
pouco depois de bautizada. SONETO XXXVII.
morte do Senhor Infante D. Duarte. SONETO LXIV.
,e morte de hum Amigo. SONETO LXXXV.
Cova profunda, triste, horrenda, escura,
faz matadura, Cão sò para agourar, rato, que
XL. Festivo. Cazinha desprezivel mal forrada,
SONETO XI. Moral. Dez figas para vos, poes com
vio, estreita a sorte, Então por se escuzar do mal
Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador de Tobias a
Em a publicação do famoso Poëma do Doutor
tambem, de que eu tambem manquejo, Se o que a•
manquejo, Se o que a• Galanta quer, quer o
quer vossa mercè? A mi, que mais forçado que em
de quem he chamado. Tendes riqueza, tendes
Que deixe tal comercio, e tal conquista? Se hà mais
nas penas se melhora, Despois que nellas novos
Velhice presumida. SONETO XLIV. Moral.
Clarissimo Diogo, quem cuydàra, Sem que
zombaria. Se os avexados defender pretende, Não
Mais me cativa, quanto a vou mais lendo: Não tem
a hum Livro de destreza das Armas, composto pello
mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte de hum
altas colunas lhe offrecera E Bragança àlicerce
a El Rey Nosso Señor o patrocinio da Academia dos
aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva a
eu não posso. Mas não mande acordar tão cedo a
A noite estava para estar sezuda; Que desta negra
o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da
glorias se exercita. Hora vença, e de mi riase a
e vencer na antiguidade A dura força da contraria
o aclame dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a
Portuguez, crendo Romano. Vença logo das
Morte ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto as
os males padecidos Da Fortuna, e do tempo ás
o Mundo hũa hora As leis, que teus desdẽns às
mais rara. Tu, que vives triunfante sobre as
e as Espartas Vivão vossos escritos sobre as
Rendido a vossas obras singulares, Que inculca às
A flor, que no botão com medo mora, Rompe
Do que antes era caso, fez ciencia, Documento
Mostras da dor, que o coração cubria, Fallava o
não quer saber, qual seja. / [SAM46] Tradução do
a razão; porque Sonetos Feitos a semelhantes
Quer que nas quedas, voos, e contendas Compres a
crê, alta firmeza; Pello que à May defende, eterna
muto, Hum modo he de penar irresoluto Sem
DO MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase da
Que o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co a
tão subidos Não sabe a terra o fim, se não a
Mouro, Pomo não foi de Hesperides guardado. Em
tal comercio, e tal conquista? Se hà mais ganho na
arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa alta
venho. Tambem nas mãos resigno da esperança A
Tumulo eminente Dos dous Ulisses, hũa mesma
Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence de
por industria nunca ouvida, Da fermosura a
frescura; Dorme o prado; e das arvores agora Nem da que
frescura; Poes se he do campo a graça, e fermosura Que
Fresta pequena, grade bem segura, Porta sò para entrar, logo
fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome melhor he
frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de Amor, que
frio golfo, ou pego ardente, As deposita o sol, em conchas
frio O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a neve
fronte, Como Pavão, do bosque, donde estava, Envejoso de
fruta, que he fruto abençoado. Ninguem mais fez num ano de
fruto abençoado. Ninguem mais fez num ano de cazado: (Sois
fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se derrete
fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica. O não
fruto, Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que do
fruto. T. Es molher descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro
fugî, tema o presagio: E se exemplo não fui, seja contagio
fui, seja contagio, Que perca, a quantos vem, por onde venho
fuy, que afortunado? Por ti todo o meu bem me he jà vedado
Fuy deixado em mi mesmo por castigo: Triste serei, em
fulminar tragedias repetidas Entende, que enobrece as duras
fundadas. Canseime pello vosso nascimento; Nacestes
Funebre. Acabou de vencer a ser vencido Hum Capitão da
Funebre. D' Aquella flor, que tanto em flor cortada, Chorais
Funebre. Do merito primeiro, que da Morte, A vida te cortou
Funebre. Gozoute a Terra, teu progresso amando, Poucos
Funesta alcoba, de morada fria, Confuza solidão, sò companhia
fura, Candea, nem cos dedos atiçada: Grilhão, que vos
Furna là dentro mais que inferno escura, Fresta pequena
furtado Consular nome vos chamais Prudencia; Se fazendo co
futuro, Da tua paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza fes
Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino. Este madeiro, que
Gabriel Pereira de Castro. SONETO XCIX. Laudatorio
Galanta quer, quer o Galante. Aposto que em Coimbra algum
Galante. Aposto que em Coimbra algum letrado Disse que foi
galê, D' aquella, que não passa desde alli, Jà nem para homem
galhardia; E com tudo viveis vida cansada, Que faz que do
ganho na gloria, que dais vista, Que monta o cabedal do
ganhos sente, Que hũa sô petição vos faça, ordena. Não
Gastas em vão, Lesbina, os teus enganos; Dalhe licença
gastasse em vão toda a eloquencia, Reduzir ao imperio da
gaste seu valor, por vãos caminhos; Jà que as defensas lè, jà
geito de ser a d' alforria. Serà de marear à fantazia, Que sem
General Diogo Gomes de Figueiredo. SONETO XXVIII
General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de vencer a ser
generoso Imortal sempre, nas memorias ande A fama, dos
Generosos: denotado em a Tocha sobre a Pedra, que tem por
gente ao povoado? Todos vão sòs; só este vai trilhado; Mas
gente Com carapuças de cilicio preto. Torre velha. Segunda
gente, em festa ruda Endoudece o lascivo movimento. Mas eu
gente honrada. / [SAM76] A Lucinda, que chorava
gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por contrario, quem
gente: Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e
gente, Não que me desprezais, como mofino, Mas que me
gentes a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza Lhe
gentes chorão, Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia
gentes dados; Não me estranhe ninguem, que meus cuidados
gentes derão, Com razão de ti mesma, hoje te fias. Lesbina
gentes, Nota (pois te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a
gentes; Que em fim, quem conhecer vossos escritos, Não pode
gentes sabias, como às rudes. Passeai poes o Mundo sobre a
gentil, saindo confiada. Filomena com queixas namorada
geral, da sorte avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de
gesto quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o
Giostiniano. SONETO XLVI. Amoroso. Doces versos, por
Giovenetos, Me teem feito bem mal, e bem mal quisto. Por
gloria, a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve, mas
gloria. / [SFU64] A morte do Senhor Infante D. Duarte
gloria aos mortos, nem aos matadores. Escolhei dos perigos
gloria do Escarmento. SONETO I. Proemial. Prezese, quem
gloria em tudo parecida, Donde não falta o bem, por ser
gloria: Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis, das
gloria prometeu, todo o tormento Trocarme Amor? em honra
gloria, que dais vista, Que monta o cabedal do sofrimento
gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o alto modello
gloria, que por tragicos escritos Resulta de evitar d' Amor os
gloria Que emprestandose entrambos à memoria, Entrambos
gloria sempre avaras, Quem vence humilde Fado: este, ou
gloria, sempre unida Aos centros da ventura, que não teve
305
SLA72
SAM60
SLA93
SAM33
SLA94
SAM4
SLA95
SAM14
SLA99
SLA12
SFU85
SAM76
SAM55
SLA28
SLA28
SLA56
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SHE54
SMO10
SAM6
SMO35
SMO73
SMO32
SAM27
SAM60
SMO59
SLA12
SLA94
SFU85
SMO19
SFU85
SFU85
SFU85
SFU85
SFU85
SFU85
SAM43
SMO61
SFA87
SMO19
SSA86
SSA86
SMO59
SAM6
SFE25
SFE25
SAM66
SSA86
SFE30
SFE40
SAM8
SMO5
SLI90
SAM8
SMO5
SMO61
SAM60
SLA97
SAM48
SAM48
SLA72
SAM4
SFA88
SAM43
SFU64
SAM48
SAM20
SLI90
SAM66
SAM55
SLA18
SFE40
SMO73
SFA53
SFE34
SMO82
SLA94
o Pulpito remonta? Nenhum he? Pois quem he, que
Acaba poes de crer, não dâs barato O resplandor da
apellidos Desprezas, qual injuria, ou qual• vãa
somente o mal, e agora o canto He digno de outra
illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si convida;
atropelle, Que tão grandes vitorias não são caras!
Quando a Fortuna cegamente intenta Mentirlhe
enemigo a hum venturoso, Que a meu pezar, nas
o epitafio argumentoso Que declare as emprezas
do oposto inferno. Porem Tu com excesso mais
teu progresso amando, Poucos anos, mas todos
Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde no frio
matar, que não tem cura. Menos fora sentido o
por destra a Morte, mas por Morte Mais certos
destreza das Armas, composto pello General Diogo
quanto deixára. Algũns (não como vos) mostrarão
nesta mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta o
que for; e sede tanto, Quanta a esperança foy, he o
quem procura, alcança, Poes he pezo o temor, o
espero de ver dias contentes, Se para se pagar de
V. Perseguida. T. De quem? V. De ti? T. O Tempo o
Poes se mente este pô, que foi do Mundo? Que he do
tudo viveis vida cansada, Que faz que do viver a
passar o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê,
to perdoo. O não te queixes! Fiquem te embora os
fora de nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa
a Musa levantada. Em quanto viva o circular
em tudo parecida, Donde não falta o bem, por ser
A Agua te não gozou. O quem fizera Que de te haver
e tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo nenhum
goze: O quem pudera Fazer como tambem, te o Ceo
tambem, qual Terra, Ar, Fogo, He força que te
o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te não
e morte de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre.
famosos, Os feitos competindo, e acrecentando.
mundo duvidosos, Estendendose foy, e affeiçoando.
Hoje emfim, que deixando a Empirea altura A
d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente. A
colheu cheiro, e frescura; Poes se he do campo a
peitos? Porque, senhor, tanta belleza junta, Tanta
o homẽ a Deus renaça. Fonte de graças, que com
eternas fontes, Que rios corrão para o Mar da
que hũa gota, a ser medida Co largo Mar de tua
temeroso? Verei a limpa testa, a quem a Aurora
Porque de graças, e• benções aos pares, Disso,
De que vos, Prima, não façais esgares? Porque de
Ancias hà muito que conheço impias; Mas vendo as
nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte de
de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais que he
là dentro mais que inferno escura, Fresta pequena,
pelo que he castigo, a fama entendas: Salvo se o
V. Moral. E quem me compusera do dezejo, Que
suave, Que com suaves leis de doce canto, Tão
voaste, ou cego, ou atrevido A impossivel tão
me compusera do dezejo, Que grande bem, que
Tudo vai pela terra derramado. Perdese o
O resplandor da gloria tão fingida: Olha a que
ti tal nome asseguraste Que eterno vivirà teu nome
tantas vos deve. Negros soes, não soes
Que mal se atreve, quando a vos se atreve, Dos
Poetico elegante, composto por hum Religioso de
O deixai que a fortuna me atropelle, Que tão
Familiar. Façame hoje mercê vo senhoria, Se a
em flama acesa; E entre tantos sinaes de tal
assi na morte, assi na vida Pagaste como culpas as
Se com mais de vitoria por ferida Sabe Amor lhas
conhecendo jà, quam pouco dura, Appella a vosso
nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo, ou
se della me valho em meu tormento; Despoes da
o golpe duro, A não ser para vos tão duro, e
Homero escuto, em versos inauditos; Chore
rato, que fura, Candea, nem cos dedos atiçada:
LXXIII. Moral. Melhor hà de mil anos que me
por amigas, Que louvor te hà de dar meu fraco
que não passa desde alli, Jà nem para homem de
vida sustentadas. Bem cuydei eu que estaveis vòs
e mais subida Entre• vos tem, seu resplandor
gloria tanta Pode juntar em si do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey
gloria tão fingida: Olha a que grande preço a tem subida A voz
gloria•. Tu, que trocaste as honras da memoria A dezejos
gloria verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza da alma
Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde não falta o bem
Gloria vos pode ser ir defendendo A vida, contra quem com
glorias, e usurparlhe estados: Vossa Pena com termos
glorias se exercita. Hora vença, e de mi riase a gente; Jà que
gloriosas, Do Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? / [SHE100]
glorioso, Que elle sem ti, não pode ser eterno; Mas tu sem
gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre famosos, Os feitos
golfo, ou pego ardente, As deposita o sol, em conchas brutas
golpe duro, A não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere
golpes tem, que taes doutrinas. E quando nas palestras
Gomes de Figueiredo. SONETO XXVIII. Laudatorio. Quando
gosto De me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d'
gosto, e o prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se o
gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de hora em hora
gosto he vento. E para quando os alcanceis, vos rogo, Não
gosto hũa hora, Não bastão mil idades differentes? [SAM7]
gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu
gosto? que he do ocio? que he da idade? Que he do vigor
gosto vede, Pobre de quem, vivendo em demazia, D' essas
Gosto, e Morte, A fraude he certa, e nunca conhecida. Vos
gostos, e as idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que
gota, a ser medida Co largo Mar de tua Graça immensa? /
governo Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do
gozado. Desta flor, desta Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo
gozado não se honrasse. Mas poes Agua tambem, qual Terra
gozâra antigo? Mas como respondeis a esta pergunta, Que ou
gozasse. / [SSA86] A hum quadro, que continha os Esposos
goze: O quem pudera Fazer como tambem, te o Ceo gozasse. /
gozou. O quem fizera Que de te haver gozado não se honrasse
Gozoute a Terra, teu progresso amando, Poucos anos, mas
Gozoute o Ar, teu nome publicando Em acordados ecos
Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou. O
graça, dece a honrar a natureza; Como tambem do Ceo, vossa
graça, e a ventura Pallida foge. O sangue, a fermosura, Tudo
graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no movimento? Tal
graça; e tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra
graça eterna Brotarà cedo cinco• eternas fontes, Que rios
graça. [SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta. SONETO
Graça immensa? / [SAM60] Cada amor he seu escarmento
Graça sempre pedio? E os brancos dentes, Por quem trocàra
graças a Deus, sois vos bem rica. Mel, e assucar? são cousas
graças, e• benções aos pares, Disso, graças a Deus, sois vos
graças, por quem vou perderme, Meu martirio• engrandeço
graças, que com graça eterna Brotarà cedo cinco• eternas
gracinha o ser ingrata, E credes que o alrotar que he cortezia
grade bem segura, Porta sò para entrar, logo fechada; Cama
gram poder, que te destina, Quer que nas quedas, voos, e
grande bem, que grande paz me dera? Ou (por força) com elle
grande imperio tẽ ns nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja
grande, ò pensamento? O vento te• levou, caes do vento
grande paz me dera? Ou (por força) com elle hoje fizera, Que
grande, perdese o fermoso, Sem que o valor do mais
grande preço a tem subida A voz de meu custoso desbarato
grande Tanta vez, quanto nome eternizaste. /
[SAM98]
grandes; e o que a todos He culpa, vos realça, e faz modellos
grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se com mais de vitoria
grandes partes. SONETO LXXII. Laudatorio. Este, que falla, he
grandes vitorias não são caras! Gloria vos pode ser ir
grandeza aos pequenos se dispensa, De lhe dizer ao Autor
grandeza Tambem vem por sinal tal fermosura. Fermoso
grandezas, Que por premios os Ceos quizerão darte. O Morte
granhais*: tantas vos deve. Negros soes, não soes grandes
grão merecimento, Crendo que em vos, como no Firmamento
grave: Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto essa
grave pena se me evita: E emprenhandome mais o
grave, Pois fere mais a seta, onde he secreta. Ah senhora
Grecia, as Athenas, e as Espartas Vivão vossos escritos
Grilhão, que vos assusta eternamente Negro boçal, e mais
grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil
grito? Que direi eu, que ellas não tenhão dito? Direi sò que as
guadameci Tenho figura, nem para de pé. A mi trovas
guardadas Em my, para outro bem de larga dura; Mas jà sey
guardado. Ceo de humanas estrellas illustrado, Que o Ceo
306
SAM96
SMO84
SAM52
SAM52
SAM52
SMO32
SSA92
SAM48
SLI62
SAM52
SMO84
SFE39
SAM47
SMO89
SMO81
SAM43
SSA68
SLA18
SSA68
SSA68
SFE25
SMO3
SMO83
SMO84
SFA53
SMO73
SMO73
SAM33
SAM23
SAM31
SAM31
SAM31
SAM9
SFA88
SAM66
SMO35
SAM76
SLI62
SMO83
SLI62
SAM46
SFE30
SAM71
SMO57
SFU37
SMO10
SFA88
SAM55
SAM96
SFU85
SFE70
SFU37
SLA24
SFA53
SLI22
SAM66
SLA72
SFE78
SMO35
SAM8
SAM27
SMO5
SMO32
SMO11
SLA72
SFE30
SMO59
SMO73
SMO73
SSA65
SMO73
SLA94
SMO83
SFA51
SMO83
SFA51
SHE38
a quem foi dado; Diâmante que quando mais
em jardim Mouro, Pomo não foi de Hesperides
Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo? Não
proprio Sol, que eu n' alma guardo: Poes que
paredes. SONETO LII. Amoroso. Paredes: vos
sò para mi, pena e cuydado, Que essas sò são as
em que viveste, Mundo das perfeições, que em ty
Olhos, vos soes, quem nessa esfera breve
Tantos hà, que arrastando crueis cadeas, Não
resplandores D' aquelle proprio Sol, que eu n' alma
tormento Trocarme Amor? em honra o vituperio; A
fora, e dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar
Logrão da paz, que falta ao meu cuidado: Tal
terra, e foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento em
te, homicida. Voltouse, e respondeu: Tal vay de
com vir entre elles, Vindes para fazer ao Mundo
Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho
XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa carta he jà de
Norte divino Primeiro Tifis, Palinuro bello,
Mais do naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e
E inda o he mais para mi a rua nova. Poes se
a paz, do que a contenda. Porem que desvario
nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra não
Moral. Porque, fortuna, quanto o Amor me
A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que louvor te
grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor•
Quia puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor
dura. Hora bem pode vir, e estar segura, Que
Porque para me dar mayor desgraça, Sei que me
lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo: E pois
Riamonos da auzencia, se hà lembrança; Se
quer, vai muito atento. Riamonos da auzencia, se
Que deixe tal comercio, e tal conquista? Se
a sy mesma se defende; E o pranto he sò, quem
Nem que saiba remirme em taes porfias. Ancias
Tempo ouzado. V. Entraste sem licença? T. Tenhoa
LXXVI. Amoroso. Esperdicemse as perolas, que
Sempre os Fados nas vozes das Sereas. Tantos
trilhado, me assegura? Não: que desdo principio
que vejo, essas areas, Rompi, pizei, beijei hoje
sembrante; Dirlhe heis se veja em vôs, verse
bezouro, E que andeis a callar, como cartuxa.
de tormento, E hum milhão de milhões de saudade,
razoens com que me queixo. [SMO57] Tomando o
Ver, que se vos roubàrão os amores, Là co Ceo se
se não via d' antes. SONETO X. Moral. Se como
nada. / [SFA88] Ao Conde Camareiro mayor,
Tanto vivais, que me possais ver livre, [SAM55]
em ferro o tem mal engastado; Aver que por se
jogo: A Agua te não gozou. O quem fizera Que de te
vistes vos ser o Sol nado, Antes da bella Aurora
que se vos roubàrão os amores, Là co Ceo se hão de
Salvo se conheceo (e com verdade) Que era peor,
Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que lhe
o coração cubria, Fallava o gesto quanto n' alma
Poeta Francés. SONETO LXVI. Amoroso. Força
He Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza,
a cabeça outra porfia. Mas se Apollo inda
V. De ti? T. O Tempo o gosto nega. V. O Tempo
Alto nome por morte peregrina; Nem pelo que
no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude
para me perder de muitos modos, Finje que a honra
a nos vem, sò o da morte Foge daquelles, de quem
quer, me deixem o escarmento. [SMO11] Mundo
Alexandre, se reparte? Ou Scevola constante, se
gracinha o ser ingrata, E credes que o alrotar que
Donde vou? donde venho? donde ando? Tudo
foi do Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que
constante, e amor jocundo? Que he da velhice? que
pedes? SONETO LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu'
Que he do vigor constante, e amor jocundo? Que
e que entrar possa; Porque de tal maneira a Deus
mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado O que
Muitas queixas serão; e quando muto, Hum modo
passarei, temendo a sorte? Tambem, tanto temor
em que se mete. Vos direis que isto he Fado, ou que
Aventurar por novo Imperio, Digno de Cesar
guardado D' entre as mãos de seu dono foi perdido. Zafiro
guardado. Em gloria prometeu, todo o tormento Trocarme
guardais, acendeis mais meus ardores. Crecem prezos os
guardais de mi, se eu nelles ardo? Não guardais, acendeis
guardais os resplandores D' aquelle proprio Sol, que eu n'
guardas, do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da
guardaste; Perola, que tiveste por engaste O peito, porque o
Guardastes, por industria nunca ouvida, Da fermosura a gloria
guardo ovelhas, mas aguardo danos, Das fermosas Raqueis
guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo? Não
guerra em paz; que em tanto Amor se mete Hũa vez prometeu
guerra hum anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano
guerra lhe fazeis, por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por
guerra: Quedas• vio ser, o que esperava abraços. Eillo que
guerra; Se vos todos andais comigo cegos, Que esperais que
guerra. / [SMO44] Velhice presumida. SONETO XLIV. Moral
guia, e doce companheiro. [SMO69] Escuzase da esperança, a
guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me cativa
Guiador de Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino
guiay, entre as porfias Dos erros, e das sombras, que
ha de ser de nada a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima
ha de ser este? Que desvario? seja este Soneto. / [SAM4]
hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do Amor humano
hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas, o
hà de dar meu fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão
hà de mil anos que a desterra Hum sono, que esta voz
hà de mil anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da
hà de ser possuida, e dezejada. Senhora, se com lagrimas
hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada
hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado, e da mudança
hà firmeza, riamos do receo: E pois hà fè, riamos do castigo
hà lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo: E pois hà fè
hà mais ganho na gloria, que dais vista, Que monta o cabedal
hà mister padrinhos. [SMO89] Metafora da Ambição
hà muito que conheço impias; Mas vendo as graças, por quem
hà muito. V. Que me queres? T. Que me ouças. V. Jà te escuto
hà mutas, Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde no frio
hà, que arrastando crueis cadeas, Não guardo ovelhas, mas
hà que lhe dura Do erro este costume, a o mundo dado; Ser
hà sete annos: Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre os
hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se a my foy fero. Não
Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais que he
Hà, despoes que parti essa Cidade, Se à auzencia faz a conta o
habito de Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral
hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S. pello
haveis tardado, desenganos, Vindes hoje de novo apercebidos
havendo lhe tornado o livro da defensa da Musica moderna
Havendose cazado por vingança hũa senhora contra seu
haver em vão achado Em pastas de carvão, foi convertido
haver gozado não se honrasse. Mas poes Agua tambem, qual
haver nascido? Aposto que vos traz Dona Joana Hum alegre
haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey N. S. pello
haverse assi comigo. Hora os que forão votos, sejão cantos
havia comunicado. SONETO LIII. Familiar. Velho mancebo
havia, Que quiçâ por ser muito, ella o callava: Mas vencido do
he acabar no amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ auzencia
he Apollo? ou já he Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se
he aquelle moço louro, Eu fico que elle chante na enxovia O
he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T
he castigo, a fama entendas: Salvo se o gram poder, que te
he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do
he certa no perigo. Pois se nunca pretende o que he possivel
he chamado. Tendes riqueza, tendes galhardia; E com tudo
he Comedia. SONETO XI. Moral. Dez figas para vos, poes
he constante? He na cadeira Escoto? ou he na santa Escritura
he cortezia ? Porem não me direis, minha senhora, Que tem
he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus
he da idade? Que he do vigor constante, e amor jocundo? Que
he da mocidade? Tragoume a vida inteira o Mar profundo
he da tormenta Nas mansas aguas d' esse breve vazo
he da velhice? que he da mocidade? Tragoume a vida inteira o
he dada, Que quanto mais depressa a Deus se entrega, Mais
he de mais passage, e fermosura. Em fim não passarei
he de penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem aos
he desconcerto; A quem passar avante, assi lhe importe. Que
he destino, Que hum não dà nada, e tudo outro promete: Temei
he, digno de Augusto; Porque hum peito real, alto, e robusto
307
SFE39
SFA87
SMO73
SMO73
SMO73
SAM17
SAM31
SMO15
SFA51
SFE25
SFU21
SAM33
SFE70
SFE30
SFE70
SAM27
SAM33
SLA18
SMO84
SSA63
SAM58
SAM58
SFE25
SLA18
SLA72
SMO35
SLA72
SFA88
SLA72
SHE54
SAM23
SLA72
SFA88
SMO35
SMO10
SLA72
SMO5
SAM47
SFE40
SAM55
SLA72
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SFA87
SSA65
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SHE54
SAM60
SMO3
SAM55
SLA72
SMO50
SAM60
SFA88
SLI29
SMO57
SFE80
SSA86
SSA86
SLA72
SMO61
SMO59
SLA72
SMO10
SMO73
SFE34
SFE75
SSA63
SAM48
SLA72
SAM33
SAM47
SFE70
SFU85
SLA72
SLA99
SAM20
SAM9
que posto que Amor cada hum se estima, O divino
Que das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se
Poes se mente este pô, que foi do Mundo? Que
este pô, que foi do Mundo? Que he do gosto? que
he do gosto? que he do ocio? que he da idade? Que
infelice. SONETO XVII. Amoroso. Qual, senhora,
cuidado Pelo valor do proprio apartamento. Conta
quem não teve dita. [SMO15] Cada hum
a fragua, em que se mete. Vos direis que isto
o sol, se desta cova Mo deixárão tomar; mas
contrario armado: Rendase hoje a seu braço, que
digno de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que
agora sim: cà tenho ouvido, Terdes fruta, que
Ha de pucha que joya soes, mà hora! Se cuidais que
Dom Lourenço lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual
de que o estivera? Se para sempre amar, sempre
SONETO XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella hora
SONETO XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa carta
fuy, que afortunado? Por ti todo o meu bem me
hum novo Imperio soberano? O Catholico Ceptro
Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto
Quanto he mais adoralla, que contallla; Quanto
cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda o
sem rumos tambem, se vai perdendo. He tudo; mas
se entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou já
tu vas errado. T. Essa é condição minha? V. Esse
Platão, lendo sua arte? Se escreve, he Palatino, ou
apensa) Me defenda tambem, de tanta offensa, Que
se he constante? He na cadeira Escoto? ou
o que for; e sede tanto, Quanta a esperança foy,
assi, que nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que
Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte? Se escreve,
dia. E pois que tem tal mão para a Armonia (Que
O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida
logo Teme que foje, quem procura, alcança, Poes
Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta? Nenhum
he certa no perigo. Pois se nunca pretende o que
peor estado. SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili,
Porta sò para entrar, logo fechada; Cama, que
a seta, onde he secreta. Ah senhora, que o dito
ao Ceo o Pulpito remonta? Nenhum he? Pois quem
Porem como sarais com vosco a tantos, Força
Essa fragrancia, essa aura, essa doçura Effeito
Pois diz o Amor: Que para obedecido, Mais
sô petição vos faça, ordena. Não sabeis qual! Pois
sò: e o sonho seja A desgraça (se em vos força
Fiquem te embora os gostos, e as idades; Mas
concertado; Porque nem porque o Mar sempre
vos tão duro, e grave, Pois fere mais a seta, onde
Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho? ou
Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome melhor
de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor
Que a Musica a sy mesma se defende; E o pranto
pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a neve
teràs, sempre envejada Da cobiça, e ambição; poes
inconstante (Apalpando do pejo, e do despejo) Mal
eterna, a não termina. Bebei, que he tão potente,
Que toda a sede eterna, a não termina. Bebei, que
LXXII. Laudatorio. Este, que falla, he Tullio? ou
SONETO LXI. Moral. Onde me acolherei? Tudo
ingrata natureza, Nascer, viver, morrer, tudo
partes. SONETO LXXII. Laudatorio. Este, que falla,
procura, alcança, Poes he pezo o temor, o gosto
Diz me o pò que sou pò? e a crer me incita Que
Festivo. Meu Senhor Dom Antonio, muy bom
pois quem ma estime: Que a palha para o asno, ave
lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro justo
Negros soes, não soes grandes; e o que a todos
sua arte? Se escreve, he Palatino, ou he Morante?
convinha Sentir somente o mal, e agora o canto
Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura
Lourenço lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he?
Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo,
reparte? Ou Scevola constante, se he constante?
Calliope prezente. Livro não, màs Piramide famoso
mi segundo; Que nem porque lhe destes vida a ella,
resista, Que sempre o não estar• à vossa vista
he divino, o humano humano. Porem nesta mortal Filosofia
he do campo a graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no
he do gosto? que he do ocio? que he da idade? Que he do vigor
he do ocio? que he da idade? Que he do vigor constante, e
he do vigor constante, e amor jocundo? Que he da velhice
he dos dous, nesta querella O mais culpado, foy contenda
he esta, que nunca o pensamento, Com a saber provar, houve
he Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu
he Fado, ou que he destino, Que hum não dà nada, e tudo outro
he fechada, E inda o he mais para mi a rua nova. Poes se ha
he forçado, Pois nunca d' outro braço foi rendido. Rendido
he fraqueza da alma minha, Mas que de costumada sempre ao
he fruto abençoado. Ninguem mais fez num ano de cazado
he gracinha o ser ingrata, E credes que o alrotar que he
he? He este: Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu
he hũa era, Para sempre temer, sempre hum estado. Jà
he jà chegada, Que atê nos passos tras preço, e ventura, Tão
he jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me
he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem, agouro
he Lusitano, Que de Maria, e Deus em igualdade Defende a luz
he mais adoralla, que contallla; Quanto he mais padecello, que
he mais padecello, que dizello? [SMO59] Antes de confissão
he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a
he mais, segundo entendo, A da examinação da Poesia. Ouço
he Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou
he meu fruto. T. Es molher descuidada? V. Es velho astuto. T
he Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza
he muita jà, se vai de zombaria. Se os avexados defender
he na santa Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao
he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de hora em hora
he, o que parte! Parte aquelle, que sò partir convinha. He
he Palatino, ou he Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se
he parte, que anda co a brandura apensa) Me defenda tambem
he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida
he pezo o temor, o gosto he vento. E para quando os
he? Pois quem he, que gloria tanta Pode juntar em si do Ceo, e
he possivel, Como posso esperar ter paz com todos, Quando
he posto o Sol; e a noite escura He do dia, bastarda sucessora
he potro, meza destroncada, Pulga, que por picar, faz
he pouco escuro: De que serve matar hũa vil ave, E perder
he, que gloria tanta Pode juntar em si do Ceo, e Mundo? Hum
he que, para dàr tanta saude, Vades tão devagar convalecendo
he, que pertença a esse elemento? Apenas pos o Ar hum leve
he, que quando aos pês, rende Elementos, Quando elle o poem
he que se algũa hora Mais vos pedir, mandeis que viva auzente
he que vibre) Leite a Razão vos dê: e o choro breve A Piedade
he razão, que poes te deixo tudo, Que este pouco, que fica
he salgado, Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se eu erro
he secreta. Ah senhora, que o dito he pouco escuro: De que
he segundo Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta? Nenhum he
he Sepultura: Quem tantas maravilhas differentes Pode fazer
he seu escarmento. SONETO LX. Amoroso. Que queres mais
he sò, quem hà mister padrinhos. [SMO89] Metafora da
he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao claro estio. Hora
he sò vida, A quem tirar não pode, o Mundo nada. / [SAM58]
he tambem, de que eu tambem manquejo, Se o que a• Galanta
he tão benina, Que o humilde eleva, o fragil faz constante
he tão potente, he tão benina, Que o humilde eleva, o fragil faz
he Timante Este, que pinta? e acaso se comparte, He
he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura O firme
he torpeza. Donde vou? donde venho? donde ando? Tudo he
he Tullio? ou he Timante Este, que pinta? e acaso se
he vento. E para quando os alcanceis, vos rogo, Não que
he vento, quanto neste pò se encerra: Dizme outro vento que
he Zombar, mas não jà tanto, como• aqui. Vos pedirme
hè de pena, Fallando com perdão da gente honrada. /
hè este, mais que humano, Eixo quasi, da immensa eternidade
He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr nas maravilhas
He Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou
He digno de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que he
He do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta manham
He este: Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe
He força que te goze: O quem pudera Fazer como tambem, te o
He na cadeira Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho? ou
He o que vés de letras, que preciosas Pedras são, mais que
He razão que mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte de
He sempre estar, à vista do tormento. Qual serà pois o louco
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fantazia, Que sem rumos tambem, se vai perdendo.
o que parte! Parte aquelle, que sò partir convinha.
he Timante Este, que pinta? e acaso se comparte,
a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos
serà, que me poupe, ou que me reja? Porque me
padeça a afronta, e a desventura? A quem me
Poes se ha de ser de nada a consoada, Mandarvos
Se inda despoes de tantos me confio, De quem me
Com vosco o for, o celestial sembrante; Dirlhe
/ [SHE42] Ao escarmento de Troya. SONETO XLII.
a Pedra, que tem por sua Empreza. SONETO C.
Infante Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO LIV.
presteza, com que foy alcançada. SONETO LXXIX.
de sua viagem maritima. SONETO XXXVIII.
com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo não foi de
velhos, sem saber o que fazião, A cada passo nella
XCIII. Laudatorio. Salve, ò tu, que de tanta antiga
a os seculos notoria Pos o Segundo a mais illustre
que eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de
se atreve, quando a vos se atreve, Dos grandes,
Castello; postra seu contrario armado: Rendase
entreis, o Mestre intenta? Como se antes ouzada,
estillo então cantados, Tornão segunda vez
Se como haveis tardado, desenganos, Vindes
que grande paz me dera? Ou (por força) com elle
Mares, que vejo, essas areas, Rompi, pizei, beijei
que estàs ardendo, Do Amado, o amado exemplo,
moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar. Façame
aleijada. SONETO LXXX. Festivo. Vos aleijada? De
Que o que era Deus, aos homẽns ensinaste. Poes
a Deus o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo
de vencer a ser vencido Hum Capitão da Morte,
desdẽns às gentes derão, Com razão de ti mesma,
os pensamentos, Porque se mostrou Deus: e
nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso.
celebrada Serà, poesque com alta providencia
fez ciencia, Documento geral, da sorte avara.
dà: e se algum dia Das envejas as lagrimas pedia,
Ninguem mais fez num ano de cazado: (Sois
emanou. Fonte dos montes De Deus nasce, porque o
Digno vos julgarà de reverencia, E a vos, odio, por
D' aquella, que não passa desde alli, Jà nem para
ordinarias; E logo vejo, quantas artes varias O
Com razão logo por favor vos peço, Que, poes•
em Deus tanto aprendeste, Que o que era Deus, aos
Considera a ventagem, que os Brutos fazem aos
da Poesia. Ouço Platão, em termos eloquentes,
seus empregos Tão sem ordem, bradei: Tem te,
Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por
E para me perder de muitos modos, Finje que a
prometeu, todo o tormento Trocarme Amor? em
asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da gente
hoje soldado. Conheceuse, entregouse: mais
filhos, co pay, da mesma morte; E poes morreis
que deixando a Empirea altura A graça, dece a
que era Deus, aos homẽns ensinaste. Poes hoje por
injuria, ou qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste as
gozou. O quem fizera Que de te haver gozado não se
vi voàr com desatino Da baixa sorte, para o estado
de Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa
Que não foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme
desenganos? Diràs: que por temer o Mundo hũa
Que o que não pode hum seculo de pranto, Hũa sò
he o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de
Essa, ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa
SONETO XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella
faça, ordena. Não sabeis qual! Pois he que se algũa
ver dias contentes, Se para se pagar de gosto hũa
Por falta d' arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis
em vós vida, Que ver que a viva, me responda hũa
como cartuxa. Ha de pucha que joya soes, mà
e quanto Crecerão com crecerdes de hora em
Saudades. SONETO VI. Amoroso. Serei eu algũa
a sorte dura Roubou, para vos dar, minha alegria.
Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII. Festivo.
como rogada Da viva saúdade, que ainda• dura.
lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo.
He tudo; mas he mais, segundo entendo, A da examinação da
He verdade que parte, e que caminha, Mas partese, e caminha
He Vitruvio? ou Platão, lendo sua arte? Se escreve, he
hei de mandar de Caparica, De que vos, Prima, não façais
hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou
hei de queixar, se o ceo procura Que soe minha dor, como
hei, se quer, Prima, esta trova, Que o mesmo vem a ser, que
hey de queixar, quando me perco? / [SLI62] Memorias, e
heis se veja em vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso a sy
Heroico. Esta do Mundo maravilha, em tanto Que firme ao
Heroico. Monarca Portuguez, nossa Palestra Onde o Sago se
Heroico. Não sei, se soes Senhor, se soes Senhora, Senhor
Heroico. Qual quizeste primeiro, ô illustre Conde? Batalhar
Heroico. Senhor: Aventurar por novo Imperio, Digno de
Hesperides guardado. Em gloria prometeu, todo o tormento
hião topando. Na mocidade os moços confiando, Ignorantes da
historia Dos Avòs, que deixaste escurecidos, Os brazões altos
historia Que ao mundo fez Calliope prezente. Livro não, màs
hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem. SONETO
hoje, a Enveja presumida•; Se com mais de vitoria por ferida
hoje a seu braço, que he forçado, Pois nunca d' outro braço
hoje avarenta Se mostra a planta, que por longo prazo O
hoje chorados, Por ver, se são de vos melhor ouvidos. Não de
hoje de novo apercebidos; A troco de vos ver tão prevenidos
hoje fizera, Que me não vira em quanto assi me vejo? O que
hoje hà sete annos: Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre os
hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não mudança, Para que
hoje mercê vo senhoria, Se a grandeza aos pequenos se
hoje per diante Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu em
hoje por honrar teu santo dia, A feminil piadade aspira a tanto
hoje se offrece. [SLA93] Celebrando a Acção da propria
hoje soldado. Conheceuse, entregouse: mais honrado
hoje te fias. Lesbina, olha esses marmores agora, Cinzas jâ
hoje vestido De Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois
Hoje emfim, que deixando a Empirea altura A graça, dece a
Hoje fazeis a lastima oportuna: Por que sendo na perda
Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado Os louvores confunde
Hoje pede das lastimas o pranto. Sempre, ò Troya, es felice
home em fim de prol) Pay, e Marido. Mas sospeito que estas
homẽ a Deus renaça. Fonte de graças, que com graça eterna
homem de conciencia, Vendovos tão sezudo, e tão pezado
homem de guadameci Tenho figura, nem para de pé. A mi
Homem racional, provido, e astuto, Poem em obrar ingrato, e
Homem tal sou, me façais Fera, A ver se, assi melhor, vos
homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar teu santo dia, A
Homẽns em obedecer a Deus. SONETO LXVII. Moral. Quando
Homero escuto, em versos inauditos; Chore Grecia, as
homicida. Voltouse, e respondeu: Tal vay de guerra; Se vos
honra dos dous, dos dous alcança, Pello que ao Filho crê, alta
honra he certa no perigo. Pois se nunca pretende o que he
honra o vituperio; A guerra em paz; que em tanto Amor se
honrada. / [SAM76] A Lucinda, que chorava. SONETO
honrado Triunfado foy, que triunfador tem sido. No constante
honrados, morrei ledos. [SAM47] Amor peor estado
honrar a natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce
honrar teu santo dia, A feminil piadade aspira a tanto, Que
honras da memoria A dezejos mais nobres, mais cumpridos
honrasse. Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo, He
honroso, Logo o voo julguei por enganoso: Saibao, quem folga
hora: a voz detida Seguio do coração o modo, e parte, Ambos
hora à orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo da Morte
hora As leis, que teus desdẽns às gentes derão, Com razão de
hora de armonia acave. E poes que da republica sonora Entre
hora em hora. Tanta estrella tenhais, bem como agora Com
hora foi engano, outra escarmento Humilde vassallajem paga
hora he jà chegada, Que atê nos passos tras preço, e ventura
hora Mais vos pedir, mandeis que viva auzente, E me
hora, Não bastão mil idades differentes? [SAM7]
hora, onde estâ o engenho posto? Não certo nos primores
hora. Porem se sois ingrata, sendo ingrata, Como
hora! Se cuidais que he gracinha o ser ingrata, E credes que o
hora. Tanta estrella tenhais, bem como agora Com vosco
hora tão ditoso, Que os cabellos, que Amor laços fazia, Por
Hora acabai de crer que estais sugeitas A perderdes, como eu
Hora bem digo eu, que sois Demonio, Meu senhor Dom Antonio
Hora bem pode vir, e estar segura, Que hà de ser possuida, e
Hora eu me callarei, como se saiba Que quem lhe tira a voz, a
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SAM71
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SMO50
SAM43
SMO3
SMO81
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SFE39
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SFE34
lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este:
com verdade) Que era peor, haverse assi comigo.
contente De me render aos pès do seu soneto?
custo Do Tempo, que lhe foy duro adversario.
mocidade? Tragoume a vida inteira o Mar profundo!
cortava Hum Pinho, que nasceu delle defronte.
sobeja, O triste inverno, assombra ao claro estio.
Que a meu pezar, nas glorias se exercita.
doutrinas Repartes de hum riquissimo tezouro ?
Cem dias de continua tempestade, Dez mil
enveja Da que mais verde entre esmeraldas seja;
mayor, que a fermosura: Cova profunda, triste,
viva errado sò, sem mais sufragio, Que o mesmo
Ajuntailhe os perigos, e incertezas, Do fraudulento
esta, que nunca o pensamento, Com a saber provar,
elle, podes ser famoso. [SFE13] Respondendo a
Festivo. Por isso eu disse jà que o desengano Era
por delinquente. / [SLA18] Em resposta de
se exercita por costume. [SFU37] Em pezame a
academico se mandou celebrar o Nascimento de
/ [SAM96] Lamentando o infelice cazamento de
mil idades differentes? [SAM7] Conhecendose a
donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não hũa e
donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus! Não
se là vence o braço, câ a vontade. / [SFE80] A
que o estivera? Se para sempre amar, sempre he
lha ajusta o sentimento, Não soma menos, que
devagar convalecendo.
[SFE25] De consoada a
nos passos tras preço, e ventura, Tão merecida de
/ [SFE70] Dando os parabẽns do nascimento de
que fora de nos, se esta, se algũa Fora mais que
de Filis. SONETO LVIII. Amoroso. Vite, Filis,
para desenganos? Diràs: que por temer o Mundo
Essa, ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que
de ver dias contentes, Se para se pagar de gosto
ver em vós vida, Que ver que a viva, me responda
triunfante sobre as gentes, Nota (pois te ameaça
e pena, poes que com verdade, O mesmo que
Repouza nesse Tumulo eminente Dos dous Ulisses,
estillo da praça, dando os parabẽns à sobrinha de
voz, vestida em fera dura: Fostes cubrir de
livre, [SAM55] Havendose cazado por vingança
quem diz sou pô, fallou verdade. /
[SLA74] A
virtudes. [SFE39] Ao novo emprego amoroso de
Despois que nellas novos ganhos sente, Que
quanto nome eternizaste. /
[SAM98] Contra
costume. [SFU37] Em pezame a hũa D. da morte de
todos de volta à sepultura, Sede fieis na morte a
mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de
que o dito he pouco escuro: De que serve matar
que escuto; Pois desta casta de arvores de fruto,
tanto, Que o que não pode hum seculo de pranto,
A guerra em paz; que em tanto Amor se mete
LXXIII. Moral. Melhor hà de mil anos que me grita
humano, e amay divino. / [SAM52] Ao silencio de
corrido, De não nos virdes logo c' um morgado.
como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi?
deveslhe o escarmento: Que em fim se não lograste
Donde pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51] A
para o Mar da graça. [SFA87] Respondendo a
do arrependimento? / [SFE40] Responde a
Com idade de prata, e pena d' ouro! [SFE78] A
por matalla, a melhor seta? / [SLA56] Resposta a
que promete? [SFU85] Ao naufragio, e morte de
Espritos requebrada; e ardendo em lumes De
dentro nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra
que se alcançou, custa asperezas, Que custaria
Cheguei, vi, padeci: ô triste estado! Se
Moral. Vi eu hum dia a Morte andar folgando Por
/ [SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas por
o Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos
humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos mais
Apologo da Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu
mal, e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz
Prima? Cura por fora, e dentro nos lastima; Dà paz
admirado Os louvores confunde em alegria, Quando
E quando d' essa quinta mandeis cà, Para que serve
Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo
Hora os que forão votos, sejão cantos, Que eu cantarei; o que
Hora paguelho Deus, pois eu não posso. Mas não mande
Hora, que tarda para vir, mil annos, Que importa que não
Hora quem diz sou pô, fallou verdade. /
[SLA74] A hũa
Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou co Mar, lutou co vento
Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal da mudança se
Hora vença, e de mi riase a gente; Jà que lhe sobejou para
Hora vive, e da fama faze idade, Que vivas nas idades
horas de duro apartamento, Quarenta mil instantes de
Horido o bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e
horrenda, escura, Funesta alcoba, de morada fria, Confuza
horror, que do naufragio tenho. Jà nem da perdição do altivo
hospicio, jà chegado; As carrancas despoes, e as estranhezas
houve encerrado: E o mesmo Amor, que a tem multiplicado
hũ soneto de D. Antonio Alvares da Cunha. SONETO XIII
hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro
hũa carta em verso. Ao Embaixador• Francisco de Sousa
hũa D. da morte de hũa sua Filha morta pouco depois de
hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII
hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor não
hũa desconhecida. SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida jà
hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se conte por
hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se conte
hũa enferma, que perguntandoselhe por seu mal, respondeu
hũa era, Para sempre temer, sempre hum estado. Jà propuz
hũa eternidade. Ajuntailhe os perigos, e incertezas, Do
hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de
hũa fé tão pura, E de hum tão limpo amor, tão esperada. Ella
hũa Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO LXX
hũa gota, a ser medida Co largo Mar de tua Graça immensa? /
hũa hora: a voz detida Seguio do coração o modo, e parte
hũa hora As leis, que teus desdẽns às gentes derão, Com
hũa hora foi engano, outra escarmento Humilde vassallajem
hũa hora, Não bastão mil idades differentes? [SAM7]
hũa hora. Porem se sois ingrata, sendo ingrata, Como
hũa igual sorte) Donde pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51]
hũa intrepida peleja, A outra cientifica derrama: Ambas
hũa mesma gloria Que emprestandose entrambos à memoria
hũa Prelada, da eleição da Tia. SONETO XXX. Festivo. Quem
hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue, e me emmudeça
hũa senhora contra seu merecimento. SONETO LV. Amoroso
hũa senhora, que estando de mũy bom parecer, contrahio o
hũa Senhora desenganada antes de tempo.• SONETO XXXIX•
hũa sô petição vos faça, ordena. Não sabeis qual! Pois he que
hũa soberana ingratidão. SONETO XCVIII. Amoroso. Que faz
hũa sua Filha morta pouco depois de bautizada. SONETO
hũa ventura, De quem fostes na vida sustentadas. Bem cuydei
hũa viajem. SONETO LXXI. Amoroso. Cem dias de continua
hũa vil ave, E perder, por matalla, a melhor seta? /
Hũa dà fruto, e muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se
Hũa sò hora de armonia acave. E poes que da republica sonora
Hũa vez prometeu, mentiome cento. Que pode Amor, se no seu
Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos
hũas bem vistas paredes. SONETO LII. Amoroso. Paredes
Huy? donde vistes vos ser o Sol nado, Antes da bella Aurora
Huy senhor! isso quer vossa mercè? A mi, que mais forçado
hum alto intento, Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece
hum amante da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo
hum amigo Poëta. SONETO LXXXVII. Familiar. Quando pellas
hum amigo, que mandava perguntar a vida, que fazia em sua
hum amigo, que o convidava lhe acabasse certo soneto
hum Amigo Poeta, que louvava seus versos. SONETO LVI
hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute a Terra, teu
hum Amor, cujas linguas são louvores. Seja satisfação
hum anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano Era la
hum bem nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta a hum
hum bem, que se alcançou, custa asperezas, Que custaria hum
hum campo de vivos, que a não vião. Os velhos, sem saber o
hum corpo bellissimo, junto à sepultura. SONETO L. Moral
hum delles: Que elles vem publicando paz à Terra: E vos, não
hum desvario Todo de desconcertos marchetado; E para ser
hum dia a Morte andar folgando Por hum campo de vivos, que
hum dia (Arredo và de nòs o sestro agouro) Remendarme a
hum dia, por dar guerra hum anno. Vos cuydaveis que abaixo
hum dourado seculo presume: Poes vè que a perfeição de tal
hum elle, hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida, e o
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SLA77
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SAM6
SAM60
SLA77
SFE70
tão bellas repetidas ? [SLA77] Em resposta a
bem nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta a
peito real, alto, e robusto Pede esfera maior, que
sempre he hũa era, Para sempre temer, sempre
que mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte de
por contrario, quem não teve dita. [SMO15] Cada
que pertença a esse elemento? Apenas pos o Ar
[SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe
de todo vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a
Cera e Marmore offerece a o eterno templo De
me queixo. [SMO57] Tomando o habito de Frade
Quarenta mil instantes de tormento, E
cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia de
Vos direis que isto he Fado, ou que he destino, Que
Quando a Domingos, que dormindo estuda, Por
traçandome outra morte? Prepâra para darme,
Que com pontas na Fè, e na Piedade, Descreve
com vosco, sor Catuxa, Cuma tia Abbadeça, como
que as afagues, e que as sigas; Que a fê que mais de
corria Para o Mar, que nos braços o esperava, Jaz
Digno de Cesar he, digno de Augusto; Porque
Alegorica. SONETO XCI. Amoroso. Batia em
Rendido estâ; bem podes, Morte ouzada, Chegarte
como tambem, te o Ceo gozasse. / [SSA86] A
a hum Elogio Poetico elegante, composto por
sente, se quer, qual pêdra os dias? [SAM45] De
Contar, e se contar, quantas doutrinas Repartes de
consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A
o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor cada
essa voz, atê que possa tanto, Que o que não pode
Para hum tão triste fim, tão leda a Morte, Para
e ventura, Tão merecida de hũa fé tão pura, E de
Ay do que espera, quanto mais servindo: Para
Santo prol me faça. [SAM41] Que de tão pouco
mandeis cà, Para que serve hum elle, hum vos,
eu assàz por mi somente, Sem ter por enemigo a
d' essa quinta mandeis cà, Para que serve hum elle,
haver nascido? Aposto que vos traz Dona Joana
XXI. Funebre. Acabou de vencer a ser vencido
Mario Dizes que espere; ou bem jà como Augusto:
o bramido Na branca praya, humida, arenosa
às vossas aras Hum sacrificio igual; levo por elle
são dores, Muitas queixas serão; e quando muto,
donde estava, Envejoso de ver que o mar cortava
Amoroso. Senhora: se não levo às vossas aras
Que em fim se não lograste hum alto intento,
gloria tanta Pode juntar em si do Ceo, e Mundo?
pò da terra. Melhor• hà de mil anos que a desterra
dor, como ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia A
Entre• vos tem, seu resplandor guardado. Ceo de
não dà nada, e tudo outro promete: Temei embora
LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè este, mais que
que Amor cada hum se estima, O divino he divino, o
cada hum se estima, O divino he divino, o humano
hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do Amor
ò não choreis mortal ferida; Que a Morte contra
olhos soberanos, Porque por tantos modos mais que
Responde repetindolhe o bramido Na branca praya,
Bebei, que he tão potente, he tão benina, Que o
mãos vence de gloria sempre avaras, Quem vence
Não de flores, de lastimas se cobre A pobre
magoas naturaes seu sentimento? Não canto não;
Que hũa hora foi engano, outra escarmento
Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide
De seus olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as
sò para elegancia. [SMO3] Capricho de bom
/ [SAM48] Louvando por ley de certamen,
[SPR1] Escuzase da gloria do Escarmento. SONETO
faze idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com
da contraria gente: Lisboa mais ao Cesar desta
Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que he da
riquissimo tezouro ? Hora vive, e da fama faze
cedo deste Mundo os vîs enganos, Que antes que a
Se para se pagar de gosto hũa hora, Não bastão mil
O não te queixes! Fiquem te embora os gostos, e as
? Hora vive, e da fama faze idade, Que vivas nas
là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora
hum Elogio metrico do Poeta Manuel Thomaz. SONETO LXXVII
hum Elogio Poetico elegante, composto por hum Religioso de
hum emisferio. Porém sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais
hum estado. Jà propuz de passar o mundo a esmo, Poes no
hum General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de vencer a ser
hum he Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde
hum leve alento, Que das flores colheu cheiro, e frescura
hum livro de versos, que lhe havia comunicado. SONETO LIII
hum Livro de destreza das Armas, composto pello General
hum magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e
hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty, Fabio
hum milhão de milhões de saudade, Hà, despoes que parti essa
hum Ministro amigo. SONETO XXIV. Laudatorio. Enfermastes
hum não dà nada, e tudo outro promete: Temei embora humano
hum nome, que errou, lhe chamo eu cento. Mortos da mesma
hum novo corte Braço mais crú? Espada mais severa? Que
hum novo Imperio soberano? O Catholico Ceptro he Lusitano
hum ouro. Arredo và de nos o sestro agouro, Se sobre
hum par, por mais que digas, Vè, quando escreves, outro
hum pastor, que no semblante dava Mostras da dor, que o
hum peito real, alto, e robusto Pede esfera maior, que hum
hum penedo da agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa
hum pouco, em quanto as gentes chorão, Cheas d' enveja, e
hum quadro, que continha os Esposos divinos com a letra
hum Religioso de grandes partes. SONETO LXXII. Laudatorio
hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso. Não sò duvido eu
hum riquissimo tezouro ? Hora vive, e da fama faze idade
hum Roixinol. SONETO XC. Lirico. Brando filho do Zefiro
hum se estima, O divino he divino, o humano humano. Porem
hum seculo de pranto, Hũa sò hora de armonia acave. E poes
hum tão largo amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo as
hum tão limpo amor, tão esperada. Ella tardou em vir, como
hum tão triste fim, tão leda a Morte, Para hum tão largo amor
hum triste se contenta. SONETO XLI. Amoroso. Quem lhe
hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida, e o Tempo. SONETO
hum venturoso, Que a meu pezar, nas glorias se exercita
hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida, e o Tempo
Hum alegre recado, que em secreto Dom Lourenço lhe deu là
Hum Capitão da Morte, hoje soldado. Conheceuse, entregouse
Hum de proscrito a Consul, e outro a justo Monarca, tendo o
Hum eco, que na penha cavernosa Durou medonhamente
Hum impossivel tal, que o vencer delle De novo ao Mundo sei
Hum modo he de penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem
Hum Pinho, que nasceu delle defronte. Hora sahio da terra, e
Hum sacrificio igual; levo por elle Hum impossivel tal, que o
Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece embora de tî. Ay
Hum sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em dia de
Hum sono, que esta voz desacredita. Diz me o pò que sou pò
humana voz, vestida em fera dura: Fostes cubrir de hũa
humanas estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si
humano, e amay divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas bem
humano, Eixo quasi, da immensa eternidade? Que com pontas
humano humano. Porem nesta mortal Filosofia, Quando vê que
humano. Porem nesta mortal Filosofia, Quando vê que lhe
humano. SONETO LXXXIV. Moral. Porque, fortuna, quanto o
humanos atrevida, Contra o divino nunca foy ouzada. Essa
humanos, Pintando os estivestes tão perfeitos; Se taes
humida, arenosa Hum eco, que na penha cavernosa Durou
humilde eleva, o fragil faz constante; Sem que, porque se
humilde Fado: este, ou aquelle; O deixai que a fortuna me
humilde Musa, que procura Sempre a paz, nunca o premio da
humilde rogo ao vento, Torne a buscar de mi, quanto deixára
Humilde vassallajem paga ao vento, Sem lhe escapar por flor
humildes de Flerida diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor
humildes lagrimas tem medos. Se emfim vos abrazarem seus
humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos mais hum
hũns olhos negros, e pequenos. SONETO XLVIII. Amoroso
I. Proemial. Prezese, quem quizer, do roto lenho Para eterna
idade de prata, e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o
idade, Por ir, ver, e vencer mais altamente; Poes se là vence
idade? Que he do vigor constante, e amor jocundo? Que he da
idade, Que vivas nas idades peregrinas! Com idade de prata, e
idade te soltasse os anos, Jà no sagrado monte a vida viste
idades differentes? [SAM7] Conhecendose a hũa
idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que este pouco
idades peregrinas! Com idade de prata, e pena d' ouro
ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe
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SAM46
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SAM52
SAM48
SMO69
SAM46
SFU64
SHE54
espero, Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante;
que inda soes, como ereis d' antes. [SFE75] Varia
SONETO LX. Amoroso. Que queres mais de mi,
Tanta graça; e tal ser lhe foi detado*, Qual
os sentidos: Se alcançallos quereis, bem que são
ou se a fingida, Não sei certo dos dous, qual mais o
que procura Sempre a paz, nunca o premio da
seja aos tempos, onde Venha o Mundo a lavarse da
entre as porfias Dos erros, e das sombras, que
hião topando. Na mocidade os moços confiando,
melhorar o mundo junto? Mas eu adonde estou, que
Senhora: se não levo às vossas aras Hum sacrificio
Em pastas de carvão, foi convertido Perola sem
se acolhia vergonhosa. Conhecivos Esposa em
sobre as gentes, Nota (pois te ameaça hũa
Tifis, Palinuro bello, Guiador de Tobias a Gabello,
tão comedida ? D' essa alta gloria, que nenhũa
Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e Deus em
que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais
cantas tão valente, Que parece que o Barbaro,
/ [SAM2] Versos pregão das dores. SONETO
[SMO3] Capricho de bom humor. SONETO
seu resplandor guardado. Ceo de humanas estrellas
XCII. Sacro. Salve, ò sol dos amantes, que
SONETO LXXIX. Heroico. Qual quizeste primeiro, ô
SONETO LIII. Familiar. Velho mancebo,
do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo a mais
e caminha por tal arte, Que câ vos deixa aquella
a espada. Nunca fora a vitoria duvidada, Se nella,
amando, Poucos anos, mas todos gloriosos; Dos
jà tão ardiloso, Que primeiro os conheço, que
estàs ardendo, Do Amado, o amado exemplo, hoje
hũa gota, a ser medida Co largo Mar de tua Graça
justo hè este, mais que humano, Eixo quasi, da
ò sol dos amantes, que illustraste, Aguia, que ao
Laudatorio. Dedalo que fabricas numeroso Edificio
colunas lhe offrecera E Bragança àlicerce generoso
não tem nada, E tem muito d' essoutro, que as
que gastasse em vão toda a eloquencia, Reduzir ao
Que com suaves leis de doce canto, Tão grande
XXXVIII. Heroico. Senhor: Aventurar por novo
mentiome cento. Que pode Amor, se no seu proprio
com pontas na Fè, e na Piedade, Descreve hum novo
em taes porfias. Ancias hà muito que conheço
Hora, que tarda para vir, mil annos, Que
Esposa em igual preço Envejada das flores: mas que
he desconcerto; A quem passar avante, assi lhe
sò por elle en vão pelejo. Anda a voar do arduo ao
vossas aras Hum sacrificio igual; levo por elle Hum
Amoroso. Como voaste, ou cego, ou atrevido A
em termos eloquentes, Homero escuto, em versos
os rayos vingadores, Certo effeito de todo o
que hũa eternidade. Ajuntailhe os perigos, e
assi lhe importe. Que farei logo incerto em mundo
passar avante, assi lhe importe. Que farei logo
tão pobre, que se vio tão rica. [SMO83] Mundo
falso pensamento Mostra os socorros, e à batalha
desacredita. Diz me o pò que sou pò? e a crer me
planta, como á vossa destra. Para Alumnos os
de ser linda, que espante. Agora manquejardes de
vos chama Rendido a vossas obras singulares, Que
Eu menos, porque Amor não quer que veja. Pois
que enganado. Torno a cuidar despoes que
ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se
em conchas brutas. Mas lagrimas celestes, que
foyse agradecida, Por ser là mais que cà
Remendarme a cabeça outra porfia. Mas se Apollo
desta cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E
o que dizem: Nem de barro à porta) Aposto que
và de nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira
Perola sem igual, pouco estimada Do barbaro boçal
Certo effeito de todo o incendio tardo. Que
soes, quem nessa esfera breve Guardastes, por
[SMO69] Escuzase da esperança, a que o
o auxilio espero, Mais que d' Apollo, d' esse Deus
eterna gloria. / [SFU64] A morte do Senhor
/ [SHE54] Estando para nascer o Senhor
Ide humildes de Flerida diante, Nuncios sempre fieis, d' Amor
idea estando na America, e perturbado no estudo por bayles
Idolo ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida: Porque d'
Idolo nenhum gozâra antigo? Mas como respondeis a esta
idos, Buscayos pelo rastro dos meus danos. O seguyos
ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis
ignorancia. E se rica algum tempo, agora pobre A verdade sô
ignorancia. / [SHE54] Estando para nascer o Senhor Infante
ignorante O desvião do porto verdadeiro: Qual como fostes a
Ignorantes da Morte, a não temião. Todos cegos, nenhũns se
ignoro tanto? Se Clori apareceo, que mais pergunto
igual; levo por elle Hum impossivel tal, que o vencer delle De
igual, pouco estimada Do barbaro boçal Indio inorante Por
igual preço Envejada das flores: mas que importa, Se May
igual sorte) Donde pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51] A
Igual luz que do Velho; do Minino. Este madeiro, que sem luz
iguala, Melhor declarei mudo o alto modello: Mas quando eu
igualdade Defende a luz, consagrase à verdade, Triunfando
iguallo. Hora eu me callarei, como se saiba Que quem lhe tira
igualmente Venera a Tuba, que temeo a espada. Nunca fora a
II. Amoroso. Poes são tantos os males padecidos Da Fortuna
III. Moral. Musa, façamos mais hum desvario Todo de
illustrado, Que o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co a
illustraste, Aguia, que ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo
illustre Conde? Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste
illustre em sangue, e esprito, Tu que queres de mi, que assi
illustre historia Que ao mundo fez Calliope prezente. Livro
illustre parte, Que não terà melhor, nem melhor tinha. Ao ceo
illustre Sà, foras prezente; Poes o que não rendéra o rayo
illustres Avòs, sempre famosos, Os feitos competindo, e
imagino. Dexa• poes, se a tragedia solicita Algũa sem razão
imitando. Melhora seja o fogo, e não mudança, Para que
immensa? / [SAM60] Cada amor he seu escarmento
immensa eternidade? Que com pontas na Fè, e na Piedade
immenso sol, a luz bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste
imortal, onde venera Quantos prazeres a Esperança espera
Imortal sempre, nas memorias ande A fama, dos que tanto
impede.
[SAM33] Alegria Custosa. SONETO XXXIII
imperio da prudencia O mando, que a fortuna lhe usurpàra
imperio tẽ ns nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo
Imperio, Digno de Cesar he, digno de Augusto; Porque hum
Imperio Nada pode cumprir, do que promete? [SFU85] Ao
Imperio soberano? O Catholico Ceptro he Lusitano, Que de
impias; Mas vendo as graças, por quem vou perderme, Meu
importa que não chegue? se se aguarda, Ou se compra co a dor
importa, Se May fostes, con rayos semelhantes E atè sogra
importe. Que farei logo incerto em mundo incerto? Buscar
impossivel: E para me perder de muitos modos, Finje que a
impossivel tal, que o vencer delle De novo ao Mundo sei, que
impossivel tão grande, ò pensamento? O vento te• levou
inauditos; Chore Grecia, as Athenas, e as Espartas Vivão
incendio tardo. Que industria contra o Ceo achou resguardo
incertezas, Do fraudulento hospicio, jà chegado; As carrancas
incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra
incerto em mundo incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro
incerto. SONETO LXXXIII. Moral. Eis aqui mil caminhos! Por
incita: Mas se della me valho em meu tormento; Despoes da
incita Que he vento, quanto neste pò se encerra: Dizme outro
inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a Fama avoga, Em
inconstante (Apalpando do pejo, e do despejo) Mal he tambem
inculca às gentes sabias, como às rudes. Passeai poes o
inda a confusão não se remata Em vos, e em mi; mas cuido que
inda apartado Quem me assegura a mi, de que o estivera? Se
inda despoes de tantos me confio, De quem me hey de queixar
inda enxutas Ver não merece Amor, correspondente, Quem
inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos melhores Espritos
inda he aquelle moço louro, Eu fico que elle chante na enxovia
inda o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada
inda soes, como ereis d' antes. [SFE75] Varia idea estando
inda sois bruxa. Daime por vida vossa à vida suxa; Mas
Indio inorante Por quem, a cazo, foi do mar levada. Sois na
industria contra o Ceo achou resguardo, Que os estragos
industria nunca ouvida, Da fermosura a gloria, sempre unida
induzem os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral. Dos
infante; Ide humildes de Flerida diante, Nuncios sempre fieis
Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre. Do merito
Infante Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO LIV. Heroico
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SAM55
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SLA74
SMO35
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SAM20
ou razão desta fortuna. / [SAM96] Lamentando o
o meu mal, bem lhes pareça. [SAM17] Porfia
Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e
desprezivel mal forrada, Furna là dentro mais que
do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do oposto
Porem eu quero crer, mas que me perca, Estoutra
da Fê, foi fabricada; Porque da mesma duvida
á vossa destra. Para Alumnos os inclitos adestra
responda hũa hora. Porem se sois ingrata, sendo
soes, mà hora! Se cuidais que he gracinha o ser
Senhor, fallando, obrando, Te offenda minha
que a viva, me responda hũa hora. Porem se sois
eternizaste. /
[SAM98] Contra hũa soberana
Homem racional, provido, e astuto, Poem em obrar
LX. Amoroso. Que queres mais de mi, Idolo
Os brazões altos, e altos apellidos Desprezas, qual
com progresso vario Altivo Emperador, de Reo
castigo, ao vituperio Olhais do mar cruel, do vento
sem igual, pouco estimada Do barbaro boçal Indio
Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito da
e se arma a Toga; Com suas firme, e ardente
Dez mil horas de duro apartamento, Quarenta mil
louvores ocupâra, Sabio Dalizo, a vos, Musa,
da velhice? que he da mocidade? Tragoume a vida
perigo verdadeiro! Anno esteril de Amor, que passa
(timido a cazo) Quando que nelle entreis, o Mestre
o Reino se lamenta; Quando a Fortuna cegamente
Medir a condição da branda cera. Que faz? Que
versos, que mandarão Callar os meus. Que avaro
SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da fê tão nobre
o escarmento: Que em fim se não lograste hum alto
Diogo de Paiva de Andrade, Autor do Livro, que se
e pena, poes que com verdade, O mesmo que hũa
senhora, e dentro de vos viva. / [SMO16] Nova
Seca a verdura; a neve he sò sobeja, O triste
esteril de Amor, que passa inteiro, Auzencia o
Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe
vitorias não são caras! Gloria vos pode ser
gente: Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por
responde. Postrese Roma a Cesar reverente, Por
escura, Que em dano meu, e afronta da porfia,
donde? O Misterio, que em duvidas esconde Marte
da agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa
encaminhe teu passo a teu dezejo; Vàs, e tornas, e
Se o Ceo me dera para perder Vidas, Quantas
de si mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde
desgraça, e minha desventura, Eillas, senhora, jà
serão; e quando muto, Hum modo he de penar
antes de tempo.• SONETO XXXIX•. Festivo. Por
aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi? Huy senhor!
Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos,
por vida vossa à vida suxa; Mas matallo tambem:
Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas
a fragua, em que se mete. Vos direis que
Que declare as emprezas gloriosas, Do
/ [SAM4] Amor escudo de Amantes. SONETO
[SAM9] Auzencia breve, mas custosa. SONETO
os teus enganos; Dalhe licença, murchem se
Sereno Pescador, que a Daliana Adora; vendo
que tanto me dais, que della diga? Eu, que não posso
Sejão por tantos modos repetidos. Estes, que
se entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou
SONETO VII. Amoroso. Pâre a duvida
Estrella, celebrada, Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo
XXXIII. Amoroso. Emfim que aquella hora he
os perigos, e incertezas, Do fraudulento hospicio,
subir, qual subio Mario Dizes que espere; ou bem
XVIII•. Laudatorio. Senhor, a vossa carta he
pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o Ceo
là mais que cà inda esperada. Allì vive, alli estâ;
Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî
desgraça, e minha desventura, Eillas, senhora,
da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor
ser fermosa, Minha senhora Dona Mariana? Nunca
V. O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu
Dirlhe heis se veja em vôs, verse hà triunfante, Se
lhe escapar por flor da fermosura. Mas conhecendo
infelice cazamento de hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso
infelice. SONETO XVII. Amoroso. Qual, senhora, he dos dous
infeliz astro. As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a os
inferno escura, Fresta pequena, grade bem segura, Porta sò
inferno. Porem Tu com excesso mais glorioso, Que elle sem ti
informação dos meus cuidados. /
[SAM8] Pensamentos
informada, Quanto nella se encobre, entende della. Pode do
Ingenhos, por quem oje a Fama avoga, Em quantò a Terra
ingrata, Como conhecereis a viva, ou copia? Eu menos
ingrata, E credes que o alrotar que he cortezia ? Porem não
ingrata natureza, Nascer, viver, morrer, tudo he torpeza
ingrata, sendo ingrata, Como conhecereis a viva, ou copia
ingratidão. SONETO XCVIII. Amoroso. Que faz Licis? Que faz
ingrato, e resoluto, Obras, que a vossas leys são tão
ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida: Porque d' esta
injuria, ou qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste as honras da
injusto: E a Claudio entronizado a breve custo Do Tempo, que
injusto, Qual destes triunfos não fez caro o susto, Antes de
inorante Por quem, a cazo, foi do mar levada. Sois na
insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com que foy alcançada
insignias, roga A vossa planta, como á vossa destra. Para
instantes de tormento, E hum milhão de milhões de saudade
instrumento, Então vos digo eu, que cada accento O Mundo
inteira o Mar profundo! Hora quem diz sou pô, fallou verdade
inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a
intenta? Como se antes ouzada, hoje avarenta Se mostra a
intenta Mentirlhe glorias, e usurparlhe estados: Vossa Pena
intenta o riguroso Fado, Que em fulminar tragedias repetidas
intento esconde Tal fonte de doçura, e de elegancia? Este
intento, Fermosa Lici, em vão pretende o Fado; Porque a
intento, Hum seguro temor tẽns conseguido. Dece embora de
intitula Casamento perfeito. SONETO XXXVI. Laudatorio
intrepida peleja, A outra cientifica derrama: Ambas chaves
invenção de Amor, novo tormento. SONETO XVI. Moral
inverno, assombra ao claro estio. Hora se servirà de ser
Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem
ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de
ir defendendo A vida, contra quem com torpe estudo Em
ir, ver, e vencer mais altamente; Poes se là vence o braço
ir, ver, e vencer na antiguidade A dura força da contraria
Ir a justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e a
iracundo, descifraste, e leste, Porque de Marte o coração
Irado o mar com força temerosa, Do fero sopro do Austro
iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu não vejo
Iras lhe deu, para tirarmas. [SLA99] Em a publicação do
irei eu, que este não seja, Se a causa deste ser, levo comigo
irmãns e unidas. Sejão, se querem, contra mi atrevidas
irresoluto Sem gloria aos mortos, nem aos matadores
isso eu disse jà que o desengano Era hũa alma de cantaro
isso quer vossa mercè? A mi, que mais forçado que em galê
Isso não farei eu, não boto a Cristo. Porem crede, que quando
isto algum Mouro? Que vos ande a zunir, como bezouro, E que
isto como? Como? fazendo que a minha alma saya De mi
isto he Fado, ou que he destino, Que hum não dà nada, e tudo
Ithaco Pereira, e Ulisses Castro? / [SHE100] Por Asunto
IV. Amoroso. Senhora: se não levo às vossas aras Hum
IX•. Amoroso. Senhora, neste breve apartamento Bem
ja as flores; A planta seca estâ, mortas as cores: De que
ja que se estremece A firma penha, donde o Mar batia; Vem
ja, se não dizella? Vos, que ma repartîs, podeis detella
ja vos forão referidos Em differente estillo então cantados
já he Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou
jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi fabricada
jà chega, Deixai que os lazos rompa, e que entrar possa
jà chegada, Que atê nos passos tras preço, e ventura, Tão
jà chegado; As carrancas despoes, e as estranhezas. Cheguei
jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a justo
jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me cativa
jà desencerra; Mas confundome, vendovos hum delles: Que
jà dos melhores Espritos requebrada; e ardendo em lumes De
jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
jà irmãns e unidas. Sejão, se querem, contra mi atrevidas
jà mais iguallo. Hora eu me callarei, como se saiba Que quem
jà mais, se a vista não me engana, Ou se a fê mais que a
jà nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T
jà piadoso a sy: se a my foy fero. Não temais abrazarvos dos
jà, quam pouco dura, Appella a vosso grão merecimento
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SAM96
SAM96
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SLI62
SMO59
valor, por vãos caminhos; Jà que as defensas lè,
SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso eu disse
Filomena com queixas namorada Amores canta
Me defenda tambem, de tanta offensa, Que he muita
Em my, para outro bem de larga dura; Mas
Senhor Dom Antonio, muy bom he Zombar, mas não
assombramento de ditoso: Tem me os enganos
SONETO LXXVIII. Festivo. Meu Senhor Dom João,
fuy, que afortunado? Por ti todo o meu bem me he
mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e
passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu es
a luz, que a sombra cerca, Sendo os raios
da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece
fias. Lesbina, olha esses marmores agora, Cinzas
mentindo; Que se dobra o servir, da alta consorte,
Amor peor estado. SONETO XLVII. Amoroso.
no meu dano O mesmo se não logra, que exercita.
Que o mesmo horror, que do naufragio tenho.
que em galê, D' aquella, que não passa desde alli,
enganos, Que antes que a idade te soltasse os anos,
hũa era, Para sempre temer, sempre hum estado.
Sol; e a noite escura He do dia, bastarda sucessora.
pretende, Não gaste seu valor, por vãos caminhos;
se exercita. Hora vença, e de mi riase a gente;
hà muito. V. Que me queres? T. Que me ouças. V.
Sem a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra
mal, meu bem, agouro! Porque com tanta serpe em
do convento. SONETO XCIV. Laudatorio. Salve, ò
que corria Para o Mar, que nos braços o esperava,
cansado Do trabalho• se esquece; o Marinheiro
Aurora haver nascido? Aposto que vos traz Dona
/ [SSA92] Votando ao sublime Evangelista S.
SONETO LXXVIII. Festivo. Meu Senhor Dom
tambem, quando a tive, nunca o cria. [SFA53] A
que he da idade? Que he do vigor constante, e amor
e affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto Marcial
que andeis a callar, como cartuxa. Ha de pucha que
Quem vos vir, Apetite disfarçado, Digno vos
Da baixa sorte, para o estado honroso, Logo o voo
mas altos peitos? Porque, senhor, tanta belleza
Nenhum he? Pois quem he, que gloria tanta Pode
e Morte, advertidas por hum corpo bellissimo,
alegre o pranto. Quem pode melhorar o mundo
Desgraça, enveja de tudo. SONETO XXII. Lirico
Para que deixas cà, se suas forão, A Verdade, a
do vento, Vento foste a o subir, vento es caído.
Que em dano meu, e afronta da porfia, Ir a
primeiro lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro
Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a
hum corpo bellissimo, junto à sepultura. SONETO
anno. Vos cuydaveis que abaixo Amor profano Era
pedir, mandeis que viva auzente, E me aconselhe
Bella pode viver, e estar segura. Que a Rosa viva
Festivo. Cazinha desprezivel mal forrada, Furna
à vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida, Por ser
recado, que em secreto Dom Lourenço lhe deu
Pobre da Fè tão boa, e tão prezada Por boa,
Os anos, os suspiros, as verdades, Tudo
Por ir, ver, e vencer mais altamente; Poes se
Amoroso. Batia em hum penedo da agua erguido
queixumes Ver, que se vos roubàrão os amores,
digas, Vè, quando escreves, outro Apollo escrito.
e do tirano. E a fim de que ninguem se compadeça,
a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô fiel
eu algũa hora tão ditoso, Que os cabellos, que Amor
As deposita o sol, em conchas brutas. Mas
hà de ser possuida, e dezejada. Senhora, se com
De lastima lhe dà: e se algum dia Das envejas as
dos perigos os melhores (Se podeis) entre as
As vidas podem ser ? que as mortes dadas Por
olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as humildes
nos miseros cuydados De Portugal o Reino se
Ou desculpa, ou razão desta fortuna. / [SAM96]
Rubi, cujo valor não conhecido Foy, do vil
estaveis vòs guardadas Em my, para outro bem de
hum tão triste fim, tão leda a Morte, Para hum tão
se algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida Co
jà que as entende. Ouça os corvos, tambem cos passarinhos
jà que o desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima
jà, queixas não chora. Aplauso se tornou, o que era espanto
jà, se vai de zombaria. Se os avexados defender pretende
jà sey, contra si que mal procura, Quem credito vos der, por
jà tanto, como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi? Huy
jà tão ardiloso, Que primeiro os conheço, que imagino. Dexa•
jà tenho visto Os oito versos destes dous quartetos; Mas
jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem, agouro! Porque
jà vi rosa Das que se preza Abril, Mayo se ufana, Que em
jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite para cega. Vedes, como
jà vistos, e adorados. Vos, senhora, fareis, quanto quizerdes
jâ mais o alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias
jâ são, as que colunas erão. Ora sente, se quer, qual pêdra os
Já não pode negarlhe a mão devida. Ay do que espera, quanto
Jà, Fili, he posto o Sol; e a noite escura He do dia, bastarda
Jà não lhe chamarei Fado tirano; Poes se se vinga, em ver
Jà nem da perdição do altivo empenho, Poes o fim não fugî
Jà nem para homem de guadameci Tenho figura, nem para de
Jà no sagrado monte a vida viste. Tem te, não deças, que em
Jà propuz de passar o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar
Jà quando• esta manham bordava a Aurora, Triste sombra o
Jà que as defensas lè, jà que as entende. Ouça os corvos
Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por contrario, quem não
Jà te escuto. T. Prometes de me crer? V. Falla avizado. T
Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o servir, da alta
jardim Mouro, Pomo não foi de Hesperides guardado. Em
Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a luz, e a
Jaz hum pastor, que no semblante dava Mostras da dor, que o
Jáz, sem temor das ondas, descuidado. O Principe, o Pastor
Joana Hum alegre recado, que em secreto Dom Lourenço lhe
João a profissão de certa Religiosa, que se celebrou em seu
João, jà tenho visto Os oito versos destes dous quartetos
João Nunes da Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que
jocundo? Que he da velhice? que he da mocidade? Tragoume a
jogo: A Agua te não gozou. O quem fizera Que de te haver
joya soes, mà hora! Se cuidais que he gracinha o ser ingrata
julgarà de reverencia, E a vos, odio, por homem de conciencia
julguei por enganoso: Saibao, quem folga, e vè que me arruino
junta, Tanta graça; e tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo
juntar em si do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos
junto à sepultura. SONETO L. Moral. Armas do Amor
junto? Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori
Junto do manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos braços o
Justiça, e a Prudencia? / [SLI22] Desgraça, enveja de tudo
Justiça foi do Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe o
justificar a tirania, Porque padeça a afronta, e a desventura
justo hè este, mais que humano, Eixo quasi, da immensa
justo Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe a Tiberio
L. Moral. Armas do Amor, Planetas da Ventura, Olhos
la como o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor cada
là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do mal, o que
là, de Rosa estrella, Milagre foy de vosso ser profundo; Ella
là dentro mais que inferno escura, Fresta pequena, grade bem
là mais que cà inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos
là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana
là nos dias de outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de
là te entreguei; fiel, cego, e mudo: Outra vez to perdoo. O não
là vence o braço, câ a vontade. / [SFE80] A hũa enferma
Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o mar com força
Là co Ceo se hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El
Là te mando os teus versos, que mandarão Callar os meus
Là traçastes de modo o vosso engano, Que a todos o meu mal
Labão mentindo; Que se dobra o servir, da alta consorte, Já
laços fazia, Por premio de o esperar, veja algum dia Soltos a
lagrimas celestes, que inda enxutas Ver não merece Amor
lagrimas convinha Sentir somente o mal, e agora o canto He
lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas o pranto. Sempre, ò
lagrimas, que escuto; Pois desta casta de arvores de fruto
lagrimas tão bellas repetidas ? [SLA77] Em resposta a hum
lagrimas tem medos. Se emfim vos abrazarem seus amores
lamenta; Quando a Fortuna cegamente intenta Mentirlhe
Lamentando o infelice cazamento de hũa Dama. SONETO XCVI
lapidario, a quem foi dado; Diâmante que quando mais
larga dura; Mas jà sey, contra si que mal procura, Quem
largo amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo as leis do
largo Mar de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor he
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SAM20
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SFE70
SAM98
SHE42
SFA88
Que desta negra gente, em festa ruda Endoudece o
cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos
Tanto d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De
Serà, poesque com alta providencia Hoje fazeis a
Seneca, quando diz: Que o bem, que tarda, Mais
dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das
se são de vos melhor ouvidos. Não de flores, de
das envejas, ò Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi
que se intitula Casamento perfeito. SONETO XXXVI.
dos Serenissimos Reiis de Portugal. SONETO XCVII.
de hum Ministro amigo. SONETO XXIV.
hum Religioso de grandes partes. SONETO LXXII.
de Francisco de Sà de Meneses. SONETO XII.
o do Poeta Manuel Thomaz. SONETO LXXVII.
contrahio o parentesco de sogra. SONETO LXXIV.
Poeta, que louvava seus versos. SONETO LVI.
Doutor Antonio de Sousa de Macedo. SONETO XCV.
Diogo Gomes de Figueiredo. SONETO XXVIII.
Doutor Gabriel Pereira de Castro. SONETO XCIX.
acção as Religiosas do convento. SONETO XCIV.
a Acção da propria Religiosa. SONETO XCIII.
Francisco de Sousa Coutinho. SONETO XVIII•.
espero que seja aos tempos, onde Venha o Mundo a
a donzella flor, d' estar segura. Em doce sono o
luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os
seu valor, por vãos caminhos; Jà que as defensas
quanto mais servindo: Para hum tão triste fim, tão
da mesma morte; E poes morreis honrados, morrei
fazeis, por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por
Brando filho do Zefiro suave, Que com suaves
largo amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo as
Diràs: que por temer o Mundo hũa hora As
em obrar ingrato, e resoluto, Obras, que a vossas
Bruto, Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das
seja A desgraça (se em vos força he que vibre)
vai muito atento. Riamonos da auzencia, se hà
ando vivendo; Mais me cativa, quanto a vou mais
e acaso se comparte, He Vitruvio? ou Platão,
nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao
I. Proemial. Prezese, quem quizer, do roto
como vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou me
gentes derão, Com razão de ti mesma, hoje te fias.
presumida. SONETO XLIV. Moral. Gastas em vão,
em duvidas esconde Marte iracundo, descifraste, e
hum quadro, que continha os Esposos divinos com a
quer o Galante. Aposto que em Coimbra algum
Livro não, màs Piramide famoso He o que vés de
Eis aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes
Negro boçal, e mais boçal ratinho, Que mais vos
boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi do mar
pelos pès aquella fonte. Tão soberbo despoes
quanto Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave:
a Esperança espera Deste sagrado Talamo ditoso.
não rendéra o rayo ardente, Bem o rendéra a Musa
e usurparlhe estados: Vossa Pena com termos
louvor da branca Aurora; Canta, que viràs mais a
faz constante; Sem que, porque se afirme, ou se
pertença a esse elemento? Apenas pos o Ar hum
a Fortuna vencedora. A paz vos adormente; o sono
Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora: se não
irei eu, que este não seja, Se a causa deste ser,
se não levo às vossas aras Hum sacrificio igual;
Quem mais se doe de vos, diz: Coutadinho. Tal vida
impossivel tão grande, ò pensamento? O vento te•
à auzencia faz a conta o pensamento; Porem quando
Se com mais de vitoria por ferida Sabe Amor
d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que o convidava
dano O mesmo se não logra, que exercita. Jà não
que dormindo estuda, Por hum nome, que errou,
d' enveja ao Mundo lhe deu•, quanto De lastima
em quem não caiba O queixume da dor, que a dor
Fazei outro milagre em mi segundo; Que nem porque
da Morte, a não temião. Todos cegos, nenhũns se
Hum alegre recado, que em secreto Dom Lourenço
Se o Ceo me dera para perder Vidas, Quantas Iras
foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao Mundo
Se a grandeza aos pequenos se dispensa, De
lascivo movimento. Mas eu que digo? solto o tão sublime
lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno. Vos
lastima lhe dà: e se algum dia Das envejas as lagrimas pedia
lastima oportuna: Por que sendo na perda acreditada, Visse o
lastîma, que o mal, que se exprimenta. / [SFE70] Dando os
lastimas o pranto. Sempre, ò Troya, es felice; poes acabas
lastimas se cobre A pobre humilde Musa, que procura Sempre
lauas pedes? SONETO LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu' he da
Laudatorio: Clarissimo Diogo, quem cuydàra, Sem que
Laudatorio. Dedalo que fabricas numeroso Edificio imortal
Laudatorio. Enfermastes, senhor, sois tal amigo, Que com
Laudatorio. Este, que falla, he Tullio? ou he Timante Este
Laudatorio. Malaca, de Albuquerque conquistada Tão culto
Laudatorio. O duas vezes Cisne venerando Dos olhos, dos
Laudatorio. Quando deixareis vos de ser fermosa, Minha
Laudatorio. Quando em vossos louvores ocupâra, Sabio Dalizo
Laudatorio. Quando envolto nos miseros cuydados De Portugal
Laudatorio. Quando estas regras de destreza ensinas
Laudatorio. Repouza nesse Tumulo eminente Dos dous Ulisses
Laudatorio. Salve, ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia
Laudatorio. Salve, ò tu, que de tanta antiga historia Dos Avòs
Laudatorio. Senhor, a vossa carta he jà de guia Para mi, que
lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando para nascer o
Lavrador cansado Do trabalho• se esquece; o Marinheiro Jáz
lazos rompa, e que entrar possa; Porque de tal maneira a
lè, jà que as entende. Ouça os corvos, tambem cos
leda a Morte, Para hum tão largo amor, tão curta a vida
ledos. [SAM47] Amor peor estado. SONETO XLVII. Amoroso
ley de certamen, hũns olhos negros, e pequenos. SONETO
leis de doce canto, Tão grande imperio tẽ ns nas almas
leis do certamen da Conceição. Celebrado em Lisboa, e
leis, que teus desdẽns às gentes derão, Com razão de ti
leys são tão contrarias: Ou me esquece, quem soes, ou quem
Leys, que lhes puzestes ordinarias; E logo vejo, quantas
Leite a Razão vos dê: e o choro breve A Piedade. A Belleza
lembrança; Se hà firmeza, riamos do receo: E pois hà fè
lendo: Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de marear à
lendo sua arte? Se escreve, he Palatino, ou he Morante? He
lenho, ao linho A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo
lenho Para eterna menção de seu naufragio; Eu viva errado sò
ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por dizer
Lesbina, olha esses marmores agora, Cinzas jâ são, as que
Lesbina, os teus enganos; Dalhe licença, murchem se ja as
leste, Porque de Marte o coração celeste Sempre a teu alto
letra: Sedebat sic super fontem. • SONETO LXXXVI. Sacro
letrado Disse que foi de Deus alto castigo, Aleijarvos, por ter
letras, que preciosas Pedras são, mais que porfido e
leva a gente ao povoado? Todos vão sòs; só este vai trilhado
leva, que vos traz da praça: Sem Amor, sem Amigo, sem
levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante. No valor; se
levanta a fronte, Como Pavão, do bosque, donde estava
Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto essa voz, atê
Levanta poes, o Templo milagroso, Porque se algum rigor
levantada. Em quanto viva o circular governo Nas esferas do
levantados Excellencias da Patria reprezenta, Com que por
levantarte, Comedindo o rigor de Fili agora, Que em quantos
levante, Possa temer o excesso, ou a ruina. Do poço de
leve alento, Que das flores colheu cheiro, e frescura; Poes se
leve Repouzo seja sò: e o sonho seja A desgraça (se em vos
levo às vossas aras Hum sacrificio igual; levo por elle Hum
levo comigo? E se eu proprio me perco, e me persigo, Quem
levo por elle Hum impossivel tal, que o vencer delle De novo
levo, Santo prol me faça. [SAM41] Que de tão pouco hum
levou, caes do vento, Vento foste a o subir, vento es caído
lha ajusta o sentimento, Não soma menos, que hũa eternidade
lhas granhais*: tantas vos deve. Negros soes, não soes
lhe acabasse certo soneto satirico. SONETO LXXVIII. Festivo
lhe chamarei Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que perco
lhe chamo eu cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento
lhe dà: e se algum dia Das envejas as lagrimas pedia, Hoje
lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu me
lhe destes vida a ella, He razão que mateis a todo o mundo
lhe desvião, Ella a todos co dedo, os vay contando. Então quiz
lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide
lhe deu, para tirarmas. [SLA99] Em a publicação do famoso
lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia Das
lhe dizer ao Autor desta defensa, Que nos defenda todo o
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SMO67
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SAM20
SMO49
SAM47
SAM8
SMO89
SMO57
me assegura? Não: que desdo principio hà que
Humilde vassallajem paga ao vento, Sem
a D. Antonio Alvarez da Cunha pelo estillo em que
Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não
Porem nesta mortal Filosofia, Quando vê que
da paz, que falta ao meu cuidado: Tal guerra
senhor, tanta belleza junta, Tanta graça; e tal ser
a Claudio entronizado a breve custo Do Tempo, que
da Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que
temor he desconcerto; A quem passar avante, assi
Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De
razo, Em virtude do braço, que a sustenta? Então
quem lhe tira a voz, a quem se queixa, De novo se
se algum rigor temer pudera Sidónia altas colunas
triste se contenta. SONETO XLI. Amoroso. Quem
Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu
sem zelo, a voz agreste, A quem em vão, a emenda
De que serve encantar no vidro, os annos? Se
Hora vença, e de mi riase a gente; Jà que
Hora eu me callarei, como se saiba Que quem
/ [SFA88] Ao Conde Camareiro mayor, havendo
ao imperio da prudencia O mando, que a fortuna
a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e Pureza
oito versos destes dous quartetos; Mas mandardes,
modo o vosso engano, Que a todos o meu mal, bem
lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys, que
desvario, De longe a vè, chegar dezeja à terra, Não
Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o
[SFA51] A hum amante da variedade. SONETO
vendo os enganos, Sem a promessa ouvir, das
Mas vencido do mal, que o atormentava, Sem
Gastas em vão, Lesbina, os teus enganos; Dalhe
em mi? Tempo O Tempo ouzado. V. Entraste sem
mas não jà tanto, como• aqui. Vos pedirme
Deminuir da fê tão nobre intento, Fermosa
ingratidão. SONETO XCVIII. Amoroso. Que faz
Ao silencio de hũas bem vistas paredes. SONETO
de versos, que lhe havia comunicado. SONETO
Ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei a
Tão merecida de hũa fé tão pura, E de hum tão
eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser
e ardendo em lumes De hum Amor, cujas
tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao
nada. / [SLI26] Vinda dezejada. SONETO XXVI.
/
[SLI90] A hum Roixinol. SONETO XC.
/ [SLI62] Memorias, e queixas. SONETO LXII.
Triste remedio o mal de muitos. SONETO XXIX.
[SLI22] Desgraça, enveja de tudo. SONETO XXII.
as leis do certamen da Conceição. Celebrado em
na antiguidade A dura força da contraria gente:
Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego, ou
Infante Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO
vos dè, a Enveja: Tanto vivais, que me possais ver
Ao Conde Camareiro mayor, havendo lhe tornado o
Deus a farà vossa. [SLA95] Elogio ao Excellente
[SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum
vossas, Sorte, e Vida. / [SLA28] Elogio a hum
engaste O peito, porque o peito a Amor rendeste,
historia Que ao mundo fez Calliope prezente.
sabio varão Diogo de Paiva de Andrade, Autor do
dizello? [SMO59] Antes de confissão. SONETO
sospeito que estas como corrido, De não nos virdes
Triunfando Portuguez, crendo Romano. Vença
pequena, grade bem segura, Porta sò para entrar,
A quem passar avante, assi lhe importe. Que farei
Como so a vos, e a mi não conhecera. Com razão
que a sombra esconde, o ardor revella. Em vão
dos meus danos. O seguyos, prendeyos; porque
estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias; E
Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto, e o prazo
desatino Da baixa sorte, para o estado honroso,
estrella, Milagre foy de vosso ser profundo; Ella se
Algũa sem razão, que no meu dano O mesmo se não
descuidado. O Principe, o Pastor, o Aventureiro
porem deveslhe o escarmento: Que em fim se não
abraços. Eillo que chora em vão seu desvario, De
pizada; e escarnecida A ambição; cada qual de
lhe dura Do erro este costume, a o mundo dado; Ser aquelle
lhe escapar por flor da fermosura. Mas conhecendo jà, quam
lhe escreveo outro soneto. SONETO XXXIV. Festivo. Meu
lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys, que lhes
lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda das couzas o Elemento
lhe fazeis, por verdadeiro. / [SAM48] Louvando por ley de
lhe foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo? Mas
lhe foy duro adversario. Hora, que tarda para vir, mil annos
lhe havia comunicado. SONETO LIII. Familiar. Velho mancebo
lhe importe. Que farei logo incerto em mundo incerto
lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação
lhe obedeceis os pensamentos, Porque se mostrou Deus: e
lhe obriga a remediallo. / [SHE42] Ao escarmento de Troya
lhe offrecera E Bragança àlicerce generoso Imortal sempre
lhe ouvir murmurar tanto a este Rio, Cintia, se for estrancho
lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez mezes
lhe prometo? Mais dano trouxe a paz, do que a contenda
lhe resistes, dâs mais força aos danos, Medindote• os
lhe sobejou para ditoso Ter por contrario, quem não teve dita
lhe tira a voz, a quem se queixa, De novo se lhe obriga a
lhe tornado o livro da defensa da Musica moderna. SONETO
lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina sempre clara, Eximindo a
Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por honra dos dous
lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não boto a Cristo
lhes pareça. [SAM17] Porfia infelice. SONETO XVII
lhes puzestes ordinarias; E logo vejo, quantas artes varias O
lho consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A hum
lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
LI. Familiar. Amigo, muitas dores não são dores, Muitas
Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra o
licença do mal, assi dezia: Corre alegre, e soberbo, ô doce
licença, murchem se ja as flores; A planta seca estâ, mortas
licença? T. Tenhoa hà muito. V. Que me queres? T. Que me
licenças? vos a mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè? A
Lici, em vão pretende o Fado; Porque a auzencia reparte o seu
Licis? Que faz? Que faz a Fera? Entretense, traçandome outra
LII. Amoroso. Paredes: vos guardais os resplandores D'
LIII. Familiar. Velho mancebo, illustre em sangue, e esprito
limpa testa, a quem a Aurora Graça sempre pedio? E os
limpo amor, tão esperada. Ella tardou em vir, como rogada
linda, que espante. Agora manquejardes de inconstante
linguas são louvores. Seja satisfação destes queixumes Ver
linho A vida entregarei, que os satisfaça, Tomo quem dos
Lirico. Bramava o Mar; e estâ contente agora: Trocouse o
Lirico. Brando filho do Zefiro suave, Que com suaves leis de
Lirico. Esses Mares, que vejo, essas areas, Rompi, pizei
Lirico. Eu vi rir esta fonte; e deste rio A verdura regada, ser
Lirico Junto do manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos
Lisboa, e premiado em primeiro lugar. SONETO LXIII. Sacro
Lisboa mais ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer mais
lisonjeiro, ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem a
LIV. Heroico. Não sei, se soes Senhor, se soes Senhora
livre, [SAM55] Havendose cazado por vingança hũa senhora
livro da defensa da Musica moderna. SONETO LXXXVIII
livro das Excellencias de Portugal, escrito pello Doutor
livro de versos, que lhe havia comunicado. SONETO LIII
Livro de destreza das Armas, composto pello General Diogo
Livro de Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que o que era
Livro não, màs Piramide famoso He o que vés de letras, que
Livro, que se intitula Casamento perfeito. SONETO XXXVI
LIX. Moral. Eu que faço? que sei? que vou buscando? Conto
logo c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser o Sol nado
logo das gentes a esperança, Poes do Filho, e da May, Fê, e
logo fechada; Cama, que he potro, meza destroncada, Pulga
logo incerto em mundo incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro
logo por favor vos peço, Que, poes• Homem tal sou, me
logo serà, se pretenderdes Dissimular a luz, que a sombra
logo Teme que foje, quem procura, alcança, Poes he pezo o
logo vejo, quantas artes varias O Homem racional, provido, e
Logo muda das couzas o Elemento. Poes se o arrependimento
Logo o voo julguei por enganoso: Saibao, quem folga, e vè que
logra delle, e elle della. Fazei outro milagre em mi segundo
logra, que exercita. Jà não lhe chamarei Fado tirano; Poes se
Logrão da paz, que falta ao meu cuidado: Tal guerra lhe fazeis
lograste hum alto intento, Hum seguro temor tẽns conseguido
longe a vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar
longe brada, Por ver, se de ty pode ser ouvida. Vida tẽns, e
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SMO19
SSA65
SAM9
SMO35
SFE70
SFE78
SHE79
SFA87
SAM48
SAM58
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SFE30
SLA95
SSA68
taes palavras, e se taes conceitos, Tão divinas; tão
ouzada, hoje avarenta Se mostra a planta, que por
estar, à vista do tormento. Qual serà pois o
jà nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida. V. Vai para
Joana Hum alegre recado, que em secreto Dom
outra porfia. Mas se Apollo inda he aquelle moço
o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e
alento, e cores? Mas saiba quem por ti a vir
Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. / [SAM48]
coração o modo, e parte, Ambos provárão mudos a
/ [SLA56] Resposta a hum Amigo Poeta, que
sonora Entre as aves pretendes sinalarte No Musico
a voz, quando advertida, E ouzado o coração, de
obrigas? A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que
avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado Os
SONETO LVI. Laudatorio. Quando em vossos
ardendo em lumes De hum Amor, cujas linguas são
Amoroso. Esperdicemse as perolas, que hà mutas,
com perdão da gente honrada. / [SAM76] A
esconde Tal fonte de doçura, e de elegancia? Este
Eu que faço? que sei? que vou buscando? Conto,
Celebrado em Lisboa, e premiado em primeiro
propuz de passar o mundo a esmo, Poes no Tempo,
dos melhores Espritos requebrada; e ardendo em
viva o circular governo Nas esferas do Olimpo
hum novo Imperio soberano? O Catholico Ceptro he
Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou co Mar,
delle defronte. Hora sahio da terra, e foi navio,
que illustraste, Aguia, que ao immenso sol, a
Que de Maria, e Deus em igualdade Defende a
gozado. Desta flor, desta Estrella, celebrada, Cuja
Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a
SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove; a
Que do dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra
terra a sombra escura: Rompe o Anjo, cuberto de
Em vão logo serà, se pretenderdes Dissimular a
Palinuro bello, Guiador de Tobias a Gabello, Igual
luz que do Velho; do Minino. Este madeiro, que sem
hũa senhora contra seu merecimento. SONETO
Amigo Poeta, que louvava seus versos. SONETO
o habito de Frade hum mancebo nobre. SONETO
[SAM58] Amante suspenso diante de Filis. SONETO
[SAM60] Cada amor he seu escarmento. SONETO
de si, pello que vê nos outros. SONETO
perco? / [SLI62] Memorias, e queixas. SONETO
em Lisboa, e premiado em primeiro lugar. SONETO
A morte do Senhor Infante D. Duarte. SONETO
a que o induzem os passados exemplos. SONETO
[SSA65] Domine, tu mihi lauas pedes? SONETO
de Monsieur de Voiture Poeta Francés. SONETO
fazem aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO
pedindolhe dirija sua molesta navegação. SONETO
hũa Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha. SONETO
mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem. SONETO
por hum Religioso de grandes partes. SONETO
Cinza, sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO
contrahio o parentesco de sogra. SONETO
Elvas, a presteza, com que foy alcançada. SONETO
no estudo por bayles de Barbaros. SONETO
/ [SAM76] A Lucinda, que chorava. SONETO
Elogio metrico do Poeta Manuel Thomaz. SONETO
lhe acabasse certo soneto satirico. SONETO
seu mal, respondeu que estava aleijada. SONETO
se o digo. [SMO81] Apologo da Morte. SONETO
Conta com as perdidas esperanças. SONETO
se vio tão rica. [SMO83] Mundo incerto. SONETO
/ [SMO84] Fraqueza do Amor humano. SONETO
[SMO89] Metafora da Ambição. SONETO
Ao naufragio, e morte de hum Amigo. SONETO
com a letra: Sedebat sic super fontem. • SONETO
[SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta. SONETO
o livro da defensa da Musica moderna. SONETO
simples catorzada? Vedes? não faltarà pois quem
Eu, que não posso ja, se não dizella? Vos, que
a callar, como cartuxa. Ha de pucha que joya soes,
Portugal, escrito pello Doutor Antonio de Sousa de
a Gabello, Igual luz que do Velho; do Minino. Este
longe de profanos, Não destes por Oraculo aos enganos, Com
longo prazo O bravo Mar pizou, qual campo razo, Em virtude
louco pensamento Que deixe tal comercio, e tal conquista? Se
louco? T. Vaite para cega. Vedes, como se vão a Vida, e
Lourenço lhe deu là muitas vezes. Sabeis, qual he? He este
louro, Eu fico que elle chante na enxovia O Romance, o Poeta
louva por credito da insigne Vitoria d' Elvas, a presteza, com
louvada, Que os teus ouvidas* são os* que são flores; Os
Louvando por ley de certamen, hũns olhos negros, e pequenos
louvarte Ao entender, se passou d' ambos a vida. Mas que
louvava seus versos. SONETO LVI. Laudatorio. Quando em
louvor da branca Aurora; Canta, que viràs mais a levantarte
louvor darte; Que não fizesse com mais culto, e arte Aquella
louvor te hà de dar meu fraco grito? Que direi eu, que ellas
louvores confunde em alegria, Quando hum dourado seculo
louvores ocupâra, Sabio Dalizo, a vos, Musa, instrumento
louvores. Seja satisfação destes queixumes Ver, que se vos
Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde no frio golfo, ou
Lucinda, que chorava. SONETO LXXVI. Amoroso
lugar, onde elles repouzarão, Banho espero que seja aos
lugar, ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar
lugar. SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè este, mais
Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa, e nunca
lumes De hum Amor, cujas linguas são louvores. Seja
luminoso Vivirás a pezar do oposto inferno. Porem Tu com
Lusitano, Que de Maria, e Deus em igualdade Defende a luz
lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser, o que esperava
Lutou co Mar, lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser, o
luz bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste, Mundo das
luz, consagrase à verdade, Triunfando Portuguez, crendo
luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que os lazos rompa
luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara, e mais subida
luz, e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda muda: Quando
luz, mais clara, e mais subida Entre• vos tem, seu resplandor
luz pura, O Serafim vestido, em flama acesa; E entre tantos
luz, que a sombra cerca, Sendo os raios jà vistos, e adorados
luz que do Velho; do Minino. Este madeiro, que sem luz, sem
luz, sem tino, Corta do mundo tanto paralello, Que presâgo se
LV. Amoroso. Vossa desgraça, e minha desventura, Eillas
LVI. Laudatorio. Quando em vossos louvores ocupâra, Sabio
LVII. Moral. Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo
LVIII. Amoroso. Vite, Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do
LX. Amoroso. Que queres mais de mi, Idolo ingrato? Soltame
LXI. Moral. Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte
LXII. Lirico. Esses Mares, que vejo, essas areas, Rompi
LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè este, mais que humano, Eixo
LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que da Morte, A vida te
LXIX. Moral. Dos Carceres subir, qual subio Mario Dizes que
LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu' he da tormenta Nas mansas
LXVI. Amoroso. Força he acabar no amor d' Urania os dias
LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor, que âs alimarias Da Terra
LXVIII. Sacro. Piloto Celestial, Norte divino Primeiro Tifis
LXX. Festivo. Compadre, agora sim: cà tenho ouvido, Terdes
LXXI. Amoroso. Cem dias de continua tempestade, Dez mil
LXXII. Laudatorio. Este, que falla, he Tullio? ou he Timante
LXXIII. Moral. Melhor hà de mil anos que me grita Hũa voz
LXXIV. Laudatorio. Quando deixareis vos de ser fermosa
LXXIX. Heroico. Qual quizeste primeiro, ô illustre Conde
LXXV. Festivo. São dadas nove; a luz, e o sofrimento Me
LXXVI. Amoroso. Esperdicemse as perolas, que hà mutas
LXXVII. Laudatorio. O duas vezes Cisne venerando Dos olhos
LXXVIII. Festivo. Meu Senhor Dom João, jà tenho visto Os
LXXX. Festivo. Vos aleijada? De hoje per diante Aleijado seja
LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a Morte andar folgando Por hum
LXXXII. Moral. Tende mão, Esperanças malogradas, Vamos
LXXXIII. Moral. Eis aqui mil caminhos! Por ventura Qual•
LXXXIV. Moral. Porque, fortuna, quanto o Amor me hà dado
LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo no alto monte, Verde, e
LXXXV. Funebre. Gozoute a Terra, teu progresso amando
LXXXVI. Sacro. Bebei confiadamente, Esposa dina Dina desta
LXXXVII. Familiar. Quando pellas florestas passa o vento, Que
LXXXVIII. Familiar. Façame hoje mercê vo senhoria, Se a
ma estime: Que a palha para o asno, ave hè de pena, Fallando
ma repartîs, podeis detella; Mandandolhe que pâre, e me não
mà hora! Se cuidais que he gracinha o ser ingrata, E credes
Macedo. SONETO XCV. Laudatorio. Quando envolto nos
madeiro, que sem luz, sem tino, Corta do mundo tanto
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SHE100
SLA56
SSA63
SSA63
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SLA74
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SMO50
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SAM27
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SAM27
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SAM52
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SMO59
SMO44
SFE34
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SLA12
SAM96
SFU21
SMO3
SAM41
SLA99
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SAM52
SLA93
SMO67
SAM66
SAM45
SAM47
SAM58
SFE25
SMO83
SLI26
SAM7
SLA74
SAM9
SMO59
SHE38
SFU37
SFA53
SMO59
SSA63
tem que ver toda esta patarata Cos parabẽns da
Cera e Marmore offerece a o eterno templo De hum
prezára. Mas que merece aquelle, que declara Por
Pello que ao Filho crê, alta firmeza; Pello que à
logo das gentes a esperança, Poes do Filho, e da
preço Envejada das flores: mas que importa, Se
vos conheci; e jà vi rosa Das que se preza Abril,
Porque hum peito real, alto, e robusto Pede esfera
Todo de desconcertos marchetado; E para ser
temo mais, do que o caminho, Porque para me dar
o vento nada. / [SFA88] Ao Conde Camareiro
Perfeição, que não cabe em fantazia, Fermosura
deças, que em te estár consiste O vencimento dos
achou resguardo, Que os estragos despoes não fez,
Musico louvor da branca Aurora; Canta, que viràs
A não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere
Dissera tua belleza, e meu desvello; Quanto he
mais ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer
que pâre, e me não siga. Eu, que a padeço, quando
do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel, ou
que fora do perigo? A mi, que sou mais vosso, e
A dura força da contraria gente: Lisboa
por tantos modos, Que por ser mais fermosos; dos
que vos assusta eternamente Negro boçal, e
os olhos, donde o sol fermoso As portas da manhãa
do dia engeitais a luz, e a vida, Porque outra luz,
que acusar, por mais firmeza, Toda a vida, sem
o grande, perdese o fermoso, Sem que o valor do
dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em
morte? Prepâra para darme, hum novo corte Braço
Qual, senhora, he dos dous, nesta querella O
o coração, de louvor darte; Que não fizesse com
as honras da memoria A dezejos mais nobres,
sò que as afagues, e que as sigas; Que a fê que
escarmento. SONETO LX. Amoroso. Que queres
Dos grandes, hoje, a Enveja presumida•; Se com
na duvida, que o espera; Tantas, e muitas
Porque de tal maneira a Deus he dada, Que quanto
he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi,
quem dos perigos não tem medo. A vinda temo
este costume, a o mundo dado; Ser aquelle caminho
despoes não fez, mayores ? De pedras como vôs, e
vivirão, eternamente. Pos o Primeiro, a acção
novo tormento. SONETO XVI. Moral. Pudeste
Emfim milagres soes por tantos modos, Que por ser
Terdes fruta, que he fruto abençoado. Ninguem
hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu a quis
a esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por
encantar no vidro, os annos? Se lhe resistes, dâs
mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè? A mi, que
Que deixe tal comercio, e tal conquista? Se hà
a pezar do oposto inferno. Porem Tu com excesso
vil lapidario, a quem foi dado; Diâmante que quando
da Morte, hoje soldado. Conheceuse, entregouse:
de bom humor. SONETO III. Moral. Musa, façamos
dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e dor jà
foi do Tempo a os seculos notoria Pos o Segundo a
perdido ando vivendo; Mais me cativa, quanto a vou
de mi, se eu nelles ardo? Não guardais, acendeis
Tu, que trocaste as honras da memoria A dezejos
agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ
da grave pena se me evita: E emprenhandome
a real, ou se a fingida, Não sei certo dos dous, qual
Dorme o prado; e das arvores agora Nem da que
Quanto he mais adoralla, que contallla; Quanto he
Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he
dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he de
estou, que ignoro tanto? Se Clori apareceo, que
ser negada; Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois
jà mais, se a vista não me engana, Ou se a fê
neste breve apartamento Bem conheço, por
Conto, lugar, ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu
vos, rendei terras, e mares, Sem provar forças
vida. Veyo mostrarse, foyse agradecida, Por ser là
e que as sigas; Que a fê que mais de hum par, por
Mas que fora de nos, se esta, se algũa Fora
SONETO LXIII. Sacro. Que Ceptro justo hè este,
Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica da auzencia
magnanimo Afonso, que se aclama Arbitro do feliz, e infeliz
magoas naturaes seu sentimento? Não canto não; humilde rogo
May defende, eterna gloria. / [SFU64] A morte do Senhor
May, Fê, e Pureza Lhe prometem dos tempos a Vitoria: E por
May fostes, con rayos semelhantes E atè sogra, que agora
Mayo se ufana, Que em vendo essa belleza soberana, Do prado
maior, que hum emisferio. Porém sò, se ao castigo, ao
maior, seja cuidado A vontade do prodigo alvedrio. Não nos
mayor desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte, cedo. /
mayor, havendo lhe tornado o livro da defensa da Musica
mayor, que a fermosura: Cova profunda, triste, horrenda
mayores danos: Vence, sem batalhar; que os desenganos Dão
mayores ? De pedras como vôs, e mais estreitas, Os Muros
mais a levantarte, Comedindo o rigor de Fili agora, Que em
mais a seta, onde he secreta. Ah senhora, que o dito he pouco
mais adoralla, que contallla; Quanto he mais padecello, que
mais altamente; Poes se là vence o braço, câ a vontade. /
mais amiga, Assaz de pouco faço em padecella. Atê nas
mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo por castigo: Triste
mais antigo, Por erro me deixou a enfermidade; Salvo se
mais ao Cesar desta idade, Por ir, ver, e vencer mais
mais bellos As cores, e as medidas, desprezastes. [SMO49]
mais boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos traz da praça
mais cedo abria, Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego
mais clara, e mais subida Entre• vos tem, seu resplandor
mais como, nem quando. Se cuidando, Senhor, fallando
mais constante brio Escape d' acabar, do assalto, ou cerco
mais credito floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs cantando
mais crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo da mortal
mais culpado, foy contenda antiga: Vos, que tanto me dais
mais culto, e arte Aquella suspensão tão comedida ? D' essa
mais cumpridos, Porque de pensamentos tão subidos Não sabe
mais de hum par, por mais que digas, Vè, quando escreves
mais de mi, Idolo ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida
mais de vitoria por ferida Sabe Amor lhas granhais*: tantas
mais, delle quizera Antes ser despedido, que enganado
mais depressa a Deus se entrega, Mais propriamente Deus a
mais, do que eu mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte
mais, do que o caminho, Porque para me dar mayor desgraça
mais errado O que he de mais passage, e fermosura. Em fim
mais estreitas, Os Muros erão, donde a sorte dura Roubou
mais excelente Que foi do Tempo a os seculos notoria Pos o
mais fazer, ò sorte escura, Que em dano meu, e afronta da
mais fermosos; dos mais bellos As cores, e as medidas
mais fez num ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay
mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo por
mais firmeza, Toda a vida, sem mais como, nem quando. Se
mais força aos danos, Medindote• os estragos, pellas dores
mais forçado que em galê, D' aquella, que não passa desde alli
mais ganho na gloria, que dais vista, Que monta o cabedal do
mais glorioso, Que elle sem ti, não pode ser eterno; Mas tu
mais guardado D' entre as mãos de seu dono foi perdido
mais honrado Triunfado foy, que triunfador tem sido. No
mais hum desvario Todo de desconcertos marchetado; E para
mais iguallo. Hora eu me callarei, como se saiba Que quem lhe
mais illustre historia Que ao mundo fez Calliope prezente
mais lendo: Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de
mais meus ardores. Crecem prezos os rayos vingadores
mais nobres, mais cumpridos, Porque de pensamentos tão
mais o alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias
mais o entendimento, Bella, e amavel Urania me acredita
mais o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo agora, Fallai
mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor, d' estar segura
mais padecello, que dizello? [SMO59] Antes de confissão
mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a
mais passage, e fermosura. Em fim não passarei, temendo a
mais pergunto? [SAM27] Medo, e obediencia. SONETO XXVII
mais que a sombra esconde, o ardor revella. Em vão logo
mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e jà vi rosa
mais que à dor resista, Que sempre o não estar• à vossa
mais que acusar, por mais firmeza, Toda a vida, sem mais
mais que as das virtudes. [SFE39] Ao novo emprego amoroso
mais que cà inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos
mais que digas, Vè, quando escreves, outro Apollo escrito. Là
mais que hũa gota, a ser medida Co largo Mar de tua Graça
mais que humano, Eixo quasi, da immensa eternidade? Que
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SLA97
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SAM43
SLA94
aquelles olhos soberanos, Porque por tantos modos
Cazinha desprezivel mal forrada, Furna là dentro
ande A fama, dos que tanto celebraste, Por
He o que vés de letras, que preciosas Pedras são,
são de vos choradas! Mas choradas de vòs, que
salvo se a Morte ? A Morte foi em sem razões
o ouro, As perolas, o nacar, o tesouro, Com que
fermosa, Minha senhora Dona Mariana? Nunca jà
Sem Amor, sem Amigo, sem Parente; Quem
rumos tambem, se vai perdendo. He tudo; mas he
poes acabas Com tão altos penhores de famosa, Que
arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella
negarlhe a mão devida. Ay do que espera, quanto
darme, hum novo corte Braço mais crú? Espada
a luz, e a vida, Porque outra luz, mais clara, e
menção de seu naufragio; Eu viva errado sò, sem
dobrados affectos, que mereces, A quaes subirão
e deste rio A verdura regada, ser enveja Da que
eternamente Negro boçal, e mais boçal ratinho, Que
Se foi da dor, que fora do perigo? A mi, que sou
sorte, Que não por destra a Morte, mas por Morte
agreste, A quem em vão, a emenda lhe prometo?
paralello, Que presâgo se mostra em seu desvello
Pois diz o Amor: Que para obedecido,
enganos Seneca, quando diz: Que o bem, que tarda,
he jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo;
dada, Que quanto mais depressa a Deus se entrega,
Doces versos, por quem o auxilio espero,
ordena. Não sabeis qual! Pois he que se algũa hora
vencido do mal, que o atormentava, Sem licença do
de modo o vosso engano, Que a todos o meu
estio. Hora se servirà de ser vingado Ver quam
abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o
se com lagrimas convinha Sentir somente o
a semelhantes Giovenetos, Me teem feito bem
singular, que foi vendido A quem, em ferro o tem
prizão. SONETO XL. Festivo. Cazinha desprezivel
se vio, estreita a sorte, Então por se escuzar do
o meu bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu
là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do
outro bem de larga dura; Mas jà sey, contra si que
quiçâ por ser muito, ella o callava: Mas vencido do
diz: Que o bem, que tarda, Mais lastîma, que o
Giovenetos, Me teem feito bem mal, e bem
A hũa enferma, que perguntandoselhe por seu
unida Aos centros da ventura, que não teve. Que
de inconstante (Apalpando do pejo, e do despejo)
estas tramoyas. / [SLA12] Ao Poema de
de Sà de Meneses. SONETO XII. Laudatorio.
engrandeço; e alegre em verme Morro sem
dores. SONETO II. Amoroso. Poes são tantos os
SONETO LXXXII. Moral. Tende mão, Esperanças
SONETO XIV. Amoroso. Aquella Fè de tantos
passageiro, Crerà que foy sem duvida, o primeiro
muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide,
Ah senhor Dom Antonio, a dura sorte. Soes
havia comunicado. SONETO LIII. Familiar. Velho
queixo. [SMO57] Tomando o habito de Frade hum
quem soes, ou quem eu era; Poes do que me
Deus: e hoje vestido De Escravo, duvidais seus
nunca o cria. [SFA53] A João Nunes da Cunha,
não dizella? Vos, que ma repartîs, podeis detella;
a hũa F. P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de
elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu
Apollo escrito. Là te mando os teus versos, que
vulgares. Porco? sò de o dizer nojo me fica.
visto Os oito versos destes dous quartetos; Mas
a rua nova. Poes se ha de ser de nada a consoada,
/ [SFE40] Responde a hum amigo, que
Hora paguelho Deus, pois eu não posso. Mas não
celebraste, Por mais que o tempo esquecimentos
dos vossos consoantes dò: E quando d' essa quinta
qual! Pois he que se algũa hora Mais vos pedir,
Vè, quando escreves, outro Apollo escrito. Là te
a eloquencia, Reduzir ao imperio da prudencia O
es temerosa. [SAM43] Por Assunto academico se
os lazos rompa, e que entrar possa; Porque de tal
mais que humanos, Pintando os estivestes tão perfeitos; Se
mais que inferno escura, Fresta pequena, grade bem segura
mais que o tempo esquecimentos mande. Poes para ti tal nome
mais que porfido e alabastro. Mas qual será o epitafio
mais queridas As vidas podem ser ? que as mortes dadas Por
mais rara. Tu, que vives triunfante sobre as gentes, Nota
mais rico fuy, que afortunado? Por ti todo o meu bem me he
mais, se a vista não me engana, Ou se a fê mais que a vista
mais se doe de vos, diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol
mais, segundo entendo, A da examinação da Poesia. Ouço
mais segura estàs, que antes estavas: Porque em ambas
mais segura Varre o chão, com desprezo antes olhado! O
mais servindo: Para hum tão triste fim, tão leda a Morte
mais severa? Que faz o Rayo da mortal esfera Procura de
mais subida Entre• vos tem, seu resplandor guardado. Ceo de
mais sufragio, Que o mesmo horror, que do naufragio tenho
mais, vem duvidando. Poes que conta farei, se a Urbanidade
mais verde entre esmeraldas seja; Horido o bosque, o prado
mais vos leva, que vos traz da praça: Sem Amor, sem
mais vosso, e mais antigo, Por erro me deixou a enfermidade
Mais certos golpes tem, que taes doutrinas. E quando nas
Mais dano trouxe a paz, do que a contenda. Porem que
Mais do naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e guiay
Mais he, que quando aos pês, rende Elementos, Quando elle o
Mais lastîma, que o mal, que se exprimenta. / [SFE70]
Mais me cativa, quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser
Mais propriamente Deus a farà vossa. [SLA95] Elogio ao
Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide humildes de
Mais vos pedir, mandeis que viva auzente, E me aconselhe là
mal, assi dezia: Corre alegre, e soberbo, ô doce Tejo, Poes
mal, bem lhes pareça. [SAM17] Porfia infelice. SONETO
mal da mudança se assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio
mal de muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e
mal, e agora o canto He digno de outra gloria verdadeira
mal, e bem mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum dia
mal engastado; Aver que por se haver em vão achado Em
mal forrada, Furna là dentro mais que inferno escura, Fresta
mal futuro, Da tua paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza
mal, meu bem, agouro! Porque com tanta serpe em jardim
mal, o que se não via d' antes. SONETO X. Moral. Se como
mal procura, Quem credito vos der, por ser fundadas
mal, que o atormentava, Sem licença do mal, assi dezia
mal, que se exprimenta. / [SFE70] Dando os parabẽns do
mal quisto. Por outro tal remendo quiz hum dia (Arredo và de
mal, respondeu que estava aleijada. SONETO LXXX. Festivo
mal se atreve, quando a vos se atreve, Dos grandes, hoje, a
Mal he tambem, de que eu tambem manquejo, Se o que a•
Malaca conquistada de Francisco de Sà de Meneses. SONETO
Malaca, de Albuquerque conquistada Tão culto escreves
maldizer taes tiranias. Razão tal vez, por falso pensamento
males padecidos Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não
malogradas, Vamos todos de volta à sepultura, Sede fieis na
maltratada Foge da sem razão, e em vos espera A razão, que
Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi
mana, Dizeilhe a o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir
mancebo, folgais de andar na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e
mancebo, illustre em sangue, e esprito, Tu que queres de mi
mancebo nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty, Fabio, que
mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e a mi não
mandamentos? Pois diz o Amor: Que para obedecido, Mais he
mandandolhe hum livro de versos, que lhe havia comunicado
Mandandolhe que pâre, e me não siga. Eu, que a padeço, quando
mandar de Caparica, De que vos, Prima, não façais esgares
mandar, em que escolhera, Contra as quaes sò por elle en vão
mandarão Callar os meus. Que avaro intento esconde Tal
Mandaravos o sol, se desta cova Mo deixárão tomar; mas he
mandardes, lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu, não
Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova, Que o mesmo vem
mandava perguntar a vida, que fazia em sua prizão. SONETO
mande acordar tão cedo a gente Com carapuças de cilicio
mande. Poes para ti tal nome asseguraste Que eterno vivirà
mandeis cà, Para que serve hum elle, hum vos, hum tu
mandeis que viva auzente, E me aconselhe là co a minha pena
mando os teus versos, que mandarão Callar os meus. Que
mando, que a fortuna lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina
mandou celebrar o Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo
maneira a Deus he dada, Que quanto mais depressa a Deus se
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SAM33
SAM6
SAM47
SFE80
SFE80
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SLI22
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SFU85
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SAM76
SMO19
SAM43
SAM20
sempre ao pranto, Não sabe festejar d' outra
Verei os olhos, donde o sol fermoso As portas da
He do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta
Salvo aquella de ser linda, que espante. Agora
e do despejo) Mal he tambem, de que eu tambem
Sacro. Ouzado Pescador, qu' he da tormenta Nas
enveja de tudo. SONETO XXII. Lirico Junto do
socegada. Despiose o Ceo da sombra carregada, E o
noite espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por
Em resposta a hum Elogio metrico do Poeta
o servir, da alta consorte, Já não pode negarlhe a
esperanças. SONETO LXXXII. Moral. Tende
nos defenda todo o Santo dia. E pois que tem tal
Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as
Diâmante que quando mais guardado D' entre as
que foy sem duvida, o primeiro Maltratado das
a quantos vem, por onde venho. Tambem nas
delle De novo ao Mundo sei, que as farà raras. Com
Que não terà melhor, nem melhor tinha. Ao ceo, ao
agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado o
do bosque, donde estava, Envejoso de ver que o
Porém sò, se ao castigo, ao vituperio Olhais do
boçal Indio inorante Por quem, a cazo, foi do
oje a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o
vendo ja que se estremece A firma penha, donde o
cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão para o
algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida Co largo
Vinda dezejada. SONETO XXVI. Lirico. Bramava o
Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou co
a vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente o
Se mostra a planta, que por longo prazo O bravo
que he da mocidade? Tragoume a vida inteira o
Lirico Junto do manso Tejo, que corria Para o
como vai o Mundo concertado; Porque nem porque o
de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta do Mundo
vè que a perfeição de tal estado, Se antes, por
Cujo nome melhor he Sepultura: Quem tantas
He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr nas
façamos mais hum desvario Todo de desconcertos
foy, e affeiçoando. Gozoute o Fogo em tanto
lendo: Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de
Mundo sobre a Fama, E desde vos, rendei terras, e
Memorias, e queixas. SONETO LXII. Lirico. Esses
soberano? O Catholico Ceptro he Lusitano, Que de
deixareis vos de ser fermosa, Minha senhora Dona
ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e
o Lavrador cansado Do trabalho• se esquece; o
LXIX. Moral. Dos Carceres subir, qual subio
El Rey N. S. pello sucesso arriscado de sua viagem
Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera e
de ti mesma, hoje te fias. Lesbina, olha esses
ou donde? O Misterio, que em duvidas esconde
Marte iracundo, descifraste, e leste, Porque de
entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou já he
Mas vendo as graças, por quem vou perderme, Meu
que arrastando crueis cadeas, Não guardo ovelhas,
por Oraculo aos enganos, Com que Amor vive nos
inda a confusão não se remata Em vos, e em mi;
a gloria, a pezo da ruina. [SAM9] Auzencia breve,
quem, a cazo, foi do mar levada. Sois na fortuna:
o sol, se desta cova Mo deixárão tomar;
Que sem rumos tambem, se vai perdendo. He tudo;
minha Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar:
Meu Senhor Dom Antonio, muy bom he Zombar,
flores. A cera, que do bafo se derrete, Val pouco;
creo que es de sorte, Que não por destra a Morte,
ou vàs cantando. Quando te vejo, admirome,
Esposa em igual preço Envejada das flores:
fareis, quanto quizerdes; Porem eu quero crer,
Com tudo eu creo (cà para comigo) Que não foi;
a Terra, teu progresso amando, Poucos anos,
Que ao mundo fez Calliope prezente. Livro não,
hum he Fado de si mesmo. SONETO XV. Moral.
vidas D' aquelles, por quem são de vos choradas!
foi detado*, Qual Idolo nenhum gozâra antigo?
aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra;
ao vento, Sem lhe escapar por flor da fermosura.
maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez da Cunha
manhãa mais cedo abria, Mas em chegando a vellos, se partia
manham bordava a Aurora, Triste sombra o roubou, da agoa
manquejardes de inconstante (Apalpando do pejo, e do despejo
manquejo, Se o que a• Galanta quer, quer o Galante. Aposto
mansas aguas d' esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar
manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos braços o
manto azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão
manto, E por ama, a Fortuna vencedora. A paz vos adormente
Manuel Thomaz. SONETO LXXVII. Laudatorio. O duas vezes
mão devida. Ay do que espera, quanto mais servindo: Para
mão, Esperanças malogradas, Vamos todos de volta à
mão para a Armonia (Que he parte, que anda co a brandura
mãos, de hoje a dez mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem
mãos de seu dono foi perdido. Zafiro singular, que foi vendido
mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de mi! que em calma, em
mãos resigno da esperança A gloria, que por tragicos escritos
mãos vence de gloria sempre avaras, Quem vence humilde
mar, ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei, que os
mar com força temerosa, Do fero sopro do Austro
mar cortava Hum Pinho, que nasceu delle defronte. Hora
mar cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos não fez caro
mar levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante. No valor
Mar afoga, Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera e
Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à porfia
Mar da graça. [SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta
Mar de tua Graça immensa? / [SAM60] Cada amor he seu
Mar; e estâ contente agora: Trocouse o vento em aura
Mar, lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser, o que
Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A hum Roixinol
Mar pizou, qual campo razo, Em virtude do braço, que a
Mar profundo! Hora quem diz sou pô, fallou verdade. /
Mar, que nos braços o esperava, Jaz hum pastor, que no
Mar sempre he salgado, Deixa sempre de ser ensoço o rio
maravilha, em tanto Que firme ao Firmamento competia, Cuja
maravilha sucedia, Agora se exercita por costume. [SFU37]
maravilhas differentes Pode fazer unir? salvo se a Morte ? A
maravilhas, que alcançastes. Emfim milagres soes por tantos
marchetado; E para ser maior, seja cuidado A vontade do
Marcial jogo: A Agua te não gozou. O quem fizera Que de te
marear à fantazia, Que sem rumos tambem, se vai perdendo
mares, Sem provar forças mais que as das virtudes
Mares, que vejo, essas areas, Rompi, pizei, beijei hoje hà
Maria, e Deus em igualdade Defende a luz, consagrase à
Mariana? Nunca jà mais, se a vista não me engana, Ou se a fê
Marido. Mas sospeito que estas como corrido, De não nos
Marinheiro Jáz, sem temor das ondas, descuidado. O Principe
Mario Dizes que espere; ou bem jà como Augusto: Hum de
maritima. SONETO XXXVIII. Heroico. Senhor: Aventurar por
Marmore offerece a o eterno templo De hum magnanimo
marmores agora, Cinzas jâ são, as que colunas erão. Ora
Marte iracundo, descifraste, e leste, Porque de Marte o
Marte o coração celeste Sempre a teu alto coração responde
Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou Scevola
martirio• engrandeço; e alegre em verme Morro sem
mas aguardo danos, Das fermosas Raqueis vendo os enganos
mas altos peitos? Porque, senhor, tanta belleza junta, Tanta
mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou não quer saber
mas custosa. SONETO IX•. Amoroso. Senhora, neste breve
mas dessemelhante. No valor; se ante vos não valem nada
mas he fechada, E inda o he mais para mi a rua nova. Poes
mas he mais, segundo entendo, A da examinação da Poesia
mas isto como? Como? fazendo que a minha alma saya De mi
mas não jà tanto, como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi
mas o celebre ouro fino Nem reconhece a fragua, em que se
mas por Morte Mais certos golpes tem, que taes doutrinas. E
mas quando Te escuto, em tanto aplauso e fama creces Que os
mas que importa, Se May fostes, con rayos semelhantes E
mas que me perca, Estoutra informação dos meus cuidados. /
mas se o dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se o
mas todos gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre famosos, Os
màs Piramide famoso He o que vés de letras, que preciosas
Mas adonde irei eu, que este não seja, Se a causa deste ser
Mas choradas de vòs, que mais queridas As vidas podem ser
Mas como respondeis a esta pergunta, Que ou para disculpar o
Mas confundome, vendovos hum delles: Que elles vem
Mas conhecendo jà, quam pouco dura, Appella a vosso grão
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SAM17
SFE30
SMO73
SMO3
SMO16
SLA74
SFE39
SMO67
SMO67
SAM2
sol fermoso As portas da manhãa mais cedo abria,
o pranto. Quem pode melhorar o mundo junto?
hoje per diante Aleijado seja eu, se o não dezejo:
em festa ruda Endoudece o lascivo movimento.
queixes! Fiquem te embora os gostos, e as idades;
guardadas Em my, para outro bem de larga dura;
ardente, As deposita o sol, em conchas brutas.
tenho visto Os oito versos destes dous quartetos;
inda sois bruxa. Daime por vida vossa à vida suxa;
seu soneto? Hora paguelho Deus, pois eu não posso.
posto? Não certo nos primores, com que canto,
claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada;
tratos; E não sois sò Demonio para os ratos,
convinha. He verdade que parte, e que caminha,
fizera Que de te haver gozado não se honrasse.
Cheas d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia:
Pedras são, mais que porfido e alabastro.
nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o alto modello:
Não cuydeis que he fraqueza da alma minha,
dentes, Por quem trocàra as perolas, que chora?
Toda a vida Se conte por delito, e por offensa.
a gente, Não que me desprezais, como mofino,
cada accento O Mundo engrandecera, e eu prezára.
darte. O Morte contra os bõns sempre atrevida!
a louvarte Ao entender, se passou d' ambos a vida.
vos rogo, Não que façais me tornem a esperança,
Senhora minha, O Fado o quis assi, que nos reparte;
e tão prezada Por boa, là nos dias de outra era:
Que merece em tomarlhe alento, e cores?
sestro agouro) Remendarme a cabeça outra porfia.
pensamento Mostra os socorros, e à batalha incita:
ao povoado? Todos vão sòs; só este vai trilhado;
cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e Marido.
mais glorioso, Que elle sem ti, não pode ser eterno;
alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o callava:
taes porfias. Ancias hà muito que conheço impias;
penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem aos
potro, meza destroncada, Pulga, que por picar, faz
De que serve matar hũa vil ave, E perder, por
sois bruxa. Daime por vida vossa à vida suxa; Mas
senhora, que o dito he pouco escuro: De que serve
por ambos vos: porque as feridas Nunca podem
Que nem porque lhe destes vida a ella, He razão que
que se aclama Arbitro do feliz, e infeliz astro. As
pello que vê nos outros. SONETO LXI. Moral. Onde
hora Mais vos pedir, mandeis que viva auzente, E
mais o entendimento, Bella, e amavel Urania
agora, Fallai; sereis por copia conhecida, Menos
julguei por enganoso: Saibao, quem folga, e vè que
Torno a cuidar despoes que inda apartado Quem
sòs; só este vai trilhado; Mas se, por ser trilhado,
Fado: este, ou aquelle; O deixai que a fortuna
Sò minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu
Não que me desprezais, como mofino, Mas que
jà de guia Para mi, que perdido ando vivendo; Mais
o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que
Cristo. Porem crede, que quando vos resisto, Que
as fadigas do dezejo. SONETO V. Moral. E quem
ferido, e temeroso, Se inda despoes de tantos
T. Que me ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de
O mais culpado, foy contenda antiga: Vos, que tanto
A vinda temo mais, do que o caminho, Porque para
façais me tornem a esperança, Mas que se quer,
A mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por erro
do dezejo, Que grande bem, que grande paz
armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo
d' esta cadea nunca erguida Não cuides que tão cedo
Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não que
E credes que o alrotar que he cortezia ? Porem não
Melhor hà de mil anos que me grita Hũa voz, que
de ser ensoço o rio. Se eu erro para mi, porque
de hũa razão meu dano, Que a todos desobrigue, e
Dona Mariana? Nunca jà mais, se a vista não
se o arrependimento da ouzadia Não nasceo, que
Obras, que a vossas leys são tão contrarias: Ou
ou quem eu era; Poes do que me mandais, tanto
Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não
Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego, ou lisonjeiro, ou
Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori apareceo, que
Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser linda
Mas eu que digo? solto o tão sublime Discurso ao ar; e vou
Mas he razão, que poes te deixo tudo, Que este pouco, que fica
Mas jà sey, contra si que mal procura, Quem credito vos der
Mas lagrimas celestes, que inda enxutas Ver não merece
Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu
Mas matallo tambem: isto algum Mouro? Que vos ande a zunir
Mas não mande acordar tão cedo a gente Com carapuças de
Mas nas muitas razoens com que me queixo. [SMO57]
Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois mais que a sombra
Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido
Mas partese, e caminha por tal arte, Que câ vos deixa aquella
Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar, Fogo, He força que te
Mas pois tão nobre vida tens roubada, Para que deixas cà, se
Mas qual será o epitafio argumentoso Que declare as
Mas quando eu bem fizesse em declaralla, Dissera tua belleza
Mas que de costumada sempre ao pranto, Não sabe festejar d'
Mas que espero de ver dias contentes, Se para se pagar de
Mas que fora de nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota
Mas que me castigais por delinquente. / [SLA18] Em
Mas que merece aquelle, que declara Por magoas naturaes seu
Mas que muito, se vives das proezas, Que morras das envejas
Mas que pudéra a voz, quando advertida, E ouzado o coração
Mas que se quer, me deixem o escarmento. [SMO11] Mundo
Mas quem cuidareis vos, que he, o que parte! Parte aquelle
Mas quem foi, quem vos disse, de quem era, Por que fosse de
Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que os teus ouvidas*
Mas se Apollo inda he aquelle moço louro, Eu fico que elle
Mas se della me valho em meu tormento; Despoes da grave
Mas se, por ser trilhado, me assegura? Não: que desdo
Mas sospeito que estas como corrido, De não nos virdes logo
Mas tu sem elle, podes ser famoso. [SFE13] Respondendo a
Mas vencido do mal, que o atormentava, Sem licença do mal
Mas vendo as graças, por quem vou perderme, Meu martirio•
matadores. Escolhei dos perigos os melhores (Se podeis
matadura, Cão sò para agourar, rato, que fura, Candea, nem
matalla, a melhor seta? / [SLA56] Resposta a hum Amigo
matallo tambem: isto algum Mouro? Que vos ande a zunir
matar hũa vil ave, E perder, por matalla, a melhor seta? /
matar, que não tem cura. Menos fora sentido o golpe duro, A
mateis a todo o mundo. [SFU21] A morte de hum General
materias deixai, tomai o exemplo Sendo a os contrarios
me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae
me aconselhe là co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè
me acredita. [SMO67] Considera a ventagem, que os Brutos
me admirarà ver em vós vida, Que ver que a viva, me
me arruino. Nem me fez do que sou perder o tino Aquelle
me assegura a mi, de que o estivera? Se para sempre amar
me assegura? Não: que desdo principio hà que lhe dura Do
me atropelle, Que tão grandes vitorias não são caras! Gloria
me callarei, como se saiba Que quem lhe tira a voz, a quem se
me castigais por delinquente. / [SLA18] Em resposta de
me cativa, quanto a vou mais lendo: Não tem geito de ser a d'
me chega a sorte dura A querer que alivie o meu cuidado Por
me chove a razão; porque Sonetos Feitos a semelhantes
me compusera do dezejo, Que grande bem, que grande paz me
me confio, De quem me hey de queixar, quando me perco? /
me crer? V. Falla avizado. T. Errada vas? V. Tambem tu vas
me dais, que della diga? Eu, que não posso ja, se não dizella
me dar mayor desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte
me deixem o escarmento. [SMO11] Mundo he Comedia
me deixou a enfermidade; Salvo se conheceo (e com verdade
me dera? Ou (por força) com elle hoje fizera, Que me não vira
me dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu, para
me desato. Acaba poes de crer, não dâs barato O resplandor
me desprezais, como mofino, Mas que me castigais por
me direis, minha senhora, Que tem que ver toda esta
me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de mil anos que a desterra
me emenda Com colera, e sem zelo, a voz agreste, A quem em
me emmudeça A vista do tormento, e do tirano. E a fim de
me engana, Ou se a fê mais que a vista escrupulosa. Filha
me espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia, do
me esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes do que me
me esqueço, Como so a vos, e a mi não conhecera. Com
me estranhe ninguem, que meus cuidados Sejão por tantos
321
SMO49
SAM66
SFE40
SMO67
SMO49
SFE25
SAM4
SMO73
SMO84
SAM23
SMO84
SMO15
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SMO61
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SMO5
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SMO5
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SAM45
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SAM66
SMO15
SMO5
SMO49
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SMO84
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SSA68
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SAM98
SAM23
SLI26
SMO3
SAM27
SAM91
SAM46
SFE25
SMO50
SAM23
SAM2
SMO44
SAM55
SAM23
SMO67
SAM58
SMO73
SMO73
SAM9
SLA93
SLI26
SFU37
SFA51
SPR1
SLA93
SLA99
prevenido no temor. SONETO XLIX. Moral. Como
valho em meu tormento; Despoes da grave pena se
de vos, diz: Coutadinho. Tal vida levo, Santo prol
por favor vos peço, Que, poes• Homem tal sou,
Saibao, quem folga, e vè que me arruino. Nem
são passaros vulgares. Porco? sò de o dizer nojo
Que se no vosso Amor, não acho escudo, Não
SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà de mil anos que
LXXXIV. Moral. Porque, fortuna, quanto o Amor
Porque para me dar mayor desgraça, Sei que
rico fuy, que afortunado? Por ti todo o meu bem
Quem serà, que me poupe, ou que me reja? Porque
Porque padeça a afronta, e a desventura? A quem
Se inda despoes de tantos me confio, De quem
voz desacredita. Diz me o pò que sou pò? e a crer
(não como vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou
esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes do que
repartîs, podeis detella; Mandandolhe que pâre, e
me dera? Ou (por força) com elle hoje fizera, Que
desterra Hum sono, que esta voz desacredita. Diz
em sangue, e esprito, Tu que queres de mi, que assi
o tino Aquelle assombramento de ditoso: Tem
T. Tenhoa hà muito. V. Que me queres? T. Que
Algũns (não como vos) mostrarão gosto De
quanto quizerdes; Porem eu quero crer, mas que
Se a causa deste ser, levo comigo? E se eu proprio
me confio, De quem me hey de queixar, quando
pelejo. Anda a voar do arduo ao impossivel: E para
ser, levo comigo? E se eu proprio me perco, e
A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto vivais, que
eu proprio me perco, e me persigo, Quem serà, que
Quer, que a vosso desprezo obediente, Quando delle
com que canto, Mas nas muitas razoens com que
V. Entraste sem licença? T. Tenhoa hà muito. V. Que
e me persigo, Quem serà, que me poupe, ou que
Dom Antonio. Estâ vossa mercê muito contente De
me admirarà ver em vós vida, Que ver que a viva,
que estava na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui
para quando os alcanceis, vos rogo, Não que façais
os socorros, e à batalha incita: Mas se della
mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em mi,
elle hoje fizera, Que me não vira em quanto assi
Poes se se vinga, em ver, que perco a dita, Eu
(Que he parte, que anda co a brandura apensa)
Festivo. São dadas nove; a luz, e o sofrimento
Porque, fortuna, quanto o Amor me hà dado,
porque Sonetos Feitos a semelhantes Giovenetos,
como fostes a ambos os Tobias, Do Pay mezinha, e
nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser
ser mais fermosos; dos mais bellos As cores, e as
annos? Se lhe resistes, dâs mais força aos danos,
todo o Norte Ou pretende co' a força do aço forte
que os satisfaça, Tomo quem dos perigos não tem
vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão com
A vontade do prodigo alvedrio. Não nos sirva de
Se Clori apareceo, que mais pergunto? [SAM27]
arenosa Hum eco, que na penha cavernosa Durou
rayos de tal sorte, Nunca as humildes lagrimas tem
pares, Disso, graças a Deus, sois vos bem rica.
fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome
câ vos deixa aquella illustre parte, Que não terà
segunda vez hoje chorados, Por ver, se são de vos
Medindote• os estragos, pellas dores; Quanto forão
serve matar hũa vil ave, E perder, por matalla, a
aquella illustre parte, Que não terà melhor, nem
Homem tal sou, me façais Fera, A ver se, assi
comedida ? D' essa alta gloria, que nenhũa iguala,
que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra.
as palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII. Moral.
o cabedal do sofrimento. Amor tanto nas penas se
Do Amado, o amado exemplo, hoje imitando.
O tempo moço estâ, alegre o pranto. Quem pode
que cà inda esperada. Allì vive, alli estâ; jà dos
nem aos matadores. Escolhei dos perigos os
A TUBA DE CALLIOPE. QUARTA MUSA DO
qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste as honras da
hũa mesma gloria Que emprestandose entrambos à
me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para o estado
me evita: E emprenhandome mais o entendimento, Bella, e
me faça. [SAM41] Que de tão pouco hum triste se contenta
me façais Fera, A ver se, assi melhor, vos obedeço. /
me fez do que sou perder o tino Aquelle assombramento de
me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo deixárão tomar
me fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas
me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de
me hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas
me hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24] Na dilatada
me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem, agouro
me hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel
me hei de queixar, se o ceo procura Que soe minha dor, como
me hey de queixar, quando me perco? / [SLI62] Memorias, e
me incita Que he vento, quanto neste pò se encerra: Dizme
me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por dizer
me mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e a mi não
me não siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga, Assaz de
me não vira em quanto assi me vejo? O que eu reprovo, eleje
me o pò que sou pò? e a crer me incita Que he vento, quanto
me obrigas? A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que louvor
me os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os conheço, que
me ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de me crer? V. Falla
me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e
me perca, Estoutra informação dos meus cuidados. /
me perco, e me persigo, Quem serà, que me poupe, ou que me
me perco? / [SLI62] Memorias, e queixas. SONETO LXII
me perder de muitos modos, Finje que a honra he certa no
me persigo, Quem serà, que me poupe, ou que me reja
me possais ver livre, [SAM55] Havendose cazado por
me poupe, ou que me reja? Porque me hei de queixar do
me queixe, o aclame dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a
me queixo. [SMO57] Tomando o habito de Frade hum mancebo
me queres? T. Que me ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de
me reja? Porque me hei de queixar do Tempo, e Enveja? Se
me render aos pès do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois eu
me responda hũa hora. Porem se sois ingrata, sendo ingrata
me tem de vos tão apartado•, Ah senhor Dom Antonio, a dura
me tornem a esperança, Mas que se quer, me deixem o
me valho em meu tormento; Despoes da grave pena se me
me veja. Esta empreza, que em mi, tanto em vão tomo, Esta
me vejo? O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle o
me vingo, em saber, que deixo o engano. / [SMO50]
Me defenda tambem, de tanta offensa, Que he muita jà, se vai
Me deixão sò nesta varanda muda: Quando a Domingos, que
Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas, o nacar, o
Me teem feito bem mal, e bem mal quisto. Por outro tal
medico elegante, Do Filho guia, e doce companheiro. [SMO69]
medida Co largo Mar de tua Graça immensa? / [SAM60]
medidas, desprezastes. [SMO49] Escarmento prevenido no
Medindote• os estragos, pellas dores; Quanto forão melhor
Medir a condição da branda cera. Que faz? Que intenta o
medo. A vinda temo mais, do que o caminho, Porque para me
medo mora, Rompe gentil, saindo confiada. Filomena com
medo, ou de desvio Ver, como vai o Mundo concertado; Porque
Medo, e obediencia. SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes
medonhamente repetido. Sereno Pescador, que a Daliana
medos. Se emfim vos abrazarem seus amores, Morrei, filhos
Mel, e assucar? são cousas da botica. Coscorões? são peores
melhor he Sepultura: Quem tantas maravilhas differentes
melhor, nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho
melhor ouvidos. Não de flores, de lastimas se cobre A pobre
melhor, que para amores, Taes desenganos, para desenganos
melhor seta? / [SLA56] Resposta a hum Amigo Poeta, que
melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao linho A
melhor, vos obedeço. / [SSA68] Ao Archanjo são Rafael
Melhor declarei mudo o alto modello: Mas quando eu bem
Melhor• hà de mil anos que a desterra Hum sono, que esta voz
Melhor hà de mil anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò
melhora, Despois que nellas novos ganhos sente, Que hũa sô
Melhora seja o fogo, e não mudança, Para que eternamente
melhorar o mundo junto? Mas eu adonde estou, que ignoro
melhores Espritos requebrada; e ardendo em lumes De hum
melhores (Se podeis) entre as lagrimas, que escuto; Pois
MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase da gloria do
memoria A dezejos mais nobres, mais cumpridos, Porque de
memoria, Entrambos vivirão, eternamente. Pos o Primeiro, a
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SLA97
SLA97
SLI62
SPR1
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SAM45
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SAM7
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SMO44
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SMO49
SMO16
SAM17
SAM58
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SFA53
SMO35
SMO16
SMO32
SMO19
SAM14
SAM66
SMO35
SAM66
Celebra o Poëma Epitalamico, dito, Templo da
E Bragança àlicerce generoso Imortal sempre, nas
me hey de queixar, quando me perco? / [SLI62]
Prezese, quem quizer, do roto lenho Para eterna
de Malaca conquistada de Francisco de Sà de
ingrata, Como conhecereis a viva, ou copia? Eu
quem conhecer vossos escritos, Não pode esperar
enganas, ò Mundo, em teu teatro? A mi não pelo
Porem quando lha ajusta o sentimento, Não soma
as feridas Nunca podem matar, que não tem cura.
dizeimo agora, Fallai; sereis por copia conhecida,
vil erra; Qual destes a verdade solicita? Poes se
cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão
que em tanto Amor se mete Hũa vez prometeu,
se lamenta; Quando a Fortuna cegamente intenta
licenças? vos a mi? Huy senhor! isso quer vossa
Não teve Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa
SONETO LXXXVIII. Familiar. Façame hoje
a tanto, Que com victima nova o altar florece;
Ver não merece Amor, correspondente, Quem
Mas lagrimas celestes, que inda enxutas Ver não
O Mundo engrandecera, e eu prezára. Mas que
teus primores A pobre Musa minha desornada, Que
e fama creces Que os dobrados affectos, que
Que atê nos passos tras preço, e ventura, Tão
jà, quam pouco dura, Appella a vosso grão
cazado por vingança hũa senhora contra seu
Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre. Do
Com que por vossa Pena a Patria aumenta
Eternamente vas sacrificando. / [SLA94] Em a
Se em socorro da Fê, foi fabricada; Porque da
nesse Tumulo eminente Dos dous Ulisses, hũa
que teus desdẽns às gentes derão, Com razão de ti
abrazarem seus amores, Morrei, filhos, co pay, da
nome, que errou, lhe chamo eu cento. Mortos da
tambem cos passarinhos: Que a Musica a sy
em ambas fortunas venturosa, Se antes nem de ti
Com a saber provar, houve encerrado: E o
conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu
a Deus o voto santo, Que ao senhor por ty
Eu viva errado sò, sem mais sufragio, Que o
a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em mi
Espada, e pena, poes que com verdade, O
solicita Algũa sem razão, que no meu dano O
não teve dita. [SMO15] Cada hum he Fado de si
Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova, Que o
e o Mar afoga, Prezandose de ser dos mestres,
entrar (timido a cazo) Quando que nelle entreis, o
enxuga, e o Mar afoga, Prezandose de ser dos
competia, Cuja de pedras prodiga ouzadia
em quantos triunfos, pode darte a Arte. [SAM91]
pranto he sò, quem hà mister padrinhos. [SMO89]
vituperio; A guerra em paz; que em tanto Amor se
ouro fino Nem reconhece a fragua, em que se
repetidas ? [SLA77] Em resposta a hum Elogio
meu bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal,
que mais rico fuy, que afortunado? Por ti todo o
para disculpar o meu peccado, Ou para eternizar o
mi, que me chega a sorte dura A querer que alivie o
o Pastor, o Aventureiro Logrão da paz, que falta ao
SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes conheço o
Olha a que grande preço a tem subida A voz de
se a tragedia solicita Algũa sem razão, que no
vestida em fera dura: Fostes cubrir de hũa razão
pouco faço em padecella. Atê nas proprias queixas
bem fizesse em declaralla, Dissera tua belleza, e
Pudeste mais fazer, ò sorte escura, Que em dano
tẽns as Musas por amigas, Que louvor te hà de dar
vas errado. T. Essa é condição minha? V. Esse he
Là traçastes de modo o vosso engano, Que a todos o
pena e cuydado, Que essas sò são as guardas, do
respondeis a esta pergunta, Que ou para disculpar o
Sem ter por enemigo a hum venturoso, Que a
e à batalha incita: Mas se della me valho em
descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro sem dano
Mas vendo as graças, por quem vou perderme,
Memoria, em as Bodas dos Serenissimos Reiis de Portugal
memorias ande A fama, dos que tanto celebraste, Por mais
Memorias, e queixas. SONETO LXII. Lirico. Esses Mares, que
menção de seu naufragio; Eu viva errado sò, sem mais
Meneses. SONETO XII. Laudatorio. Malaca, de Albuquerque
menos, porque Amor não quer que veja. Pois inda a confusão
menos, que estas cartas. [SMO19] Escusase ao Ceo com a
menos, que estou vendo Dentro do vestuario estas tramoyas
menos, que hũa eternidade. Ajuntailhe os perigos, e
Menos fora sentido o golpe duro, A não ser para vos tão duro
Menos me admirarà ver em vós vida, Que ver que a viva, me
mente este pô, que foi do Mundo? Que he do gosto? que he do
mentecatos) Que das plumas as rosas dos çapatos Não teve
mentindo; Que se dobra o servir, da alta consorte, Já não
mentiome cento. Que pode Amor, se no seu proprio Imperio
Mentirlhe glorias, e usurparlhe estados: Vossa Pena com
mercè? A mi, que mais forçado que em galê, D' aquella, que
mercê muito contente De me render aos pès do seu soneto
mercê vo senhoria, Se a grandeza aos pequenos se dispensa
Mereçate poes tanta affeição pia: Que offereças a Deus o voto
merece alcançar prodigamente Derramadas, constantes
merece Amor, correspondente, Quem merece alcançar
merece aquelle, que declara Por magoas naturaes seu
merece em tomarlhe alento, e cores? Mas saiba quem por ti a
mereces, A quaes subirão mais, vem duvidando. Poes que
merecida de hũa fé tão pura, E de hum tão limpo amor, tão
merecimento, Crendo que em vos, como no Firmamento Bella
merecimento. SONETO LV. Amoroso. Vossa desgraça, e
merito primeiro, que da Morte, A vida te cortou o braço duro
Meritos nas desgraças sepultados. Tal, acção para sempre
mesma acção as Religiosas do convento. SONETO XCIV
mesma duvida informada, Quanto nella se encobre, entende
mesma gloria Que emprestandose entrambos à memoria
mesma, hoje te fias. Lesbina, olha esses marmores agora
mesma morte; E poes morreis honrados, morrei ledos
mesma morte o dia, e vento, A noite estava para estar sezuda
mesma se defende; E o pranto he sò, quem hà mister
mesma te fiavas, Agora nem do templo es temerosa
mesmo Amor, que a tem multiplicado, Quando somar a quer
mesmo, Ensinaime a viver com minha sorte, Fareis de todo
mesmo hoje se offrece. [SLA93] Celebrando a Acção da
mesmo horror, que do naufragio tenho. Jà nem da perdição do
mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em mi, me veja
mesmo que hũa intrepida peleja, A outra cientifica derrama
mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe chamarei Fado
mesmo. SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu, que este não
mesmo vem a ser, que não ser nada. / [SLI26] Vinda
mestra. Cera e Marmore offerece a o eterno templo De hum
Mestre intenta? Como se antes ouzada, hoje avarenta Se
mestres, mestra. Cera e Marmore offerece a o eterno templo
Meta do assombro foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao
Metafora Alegorica. SONETO XCI. Amoroso. Batia em hum
Metafora da Ambição. SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle
mete Hũa vez prometeu, mentiome cento. Que pode Amor, se
mete. Vos direis que isto he Fado, ou que he destino, Que hum
metrico do Poeta Manuel Thomaz. SONETO LXXVII
meu bem, agouro! Porque com tanta serpe em jardim Mouro
meu bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem
meu castigo? / [SAM20] Cloris com rosa no toucado
meu cuidado Por exemplos de alhea desventura! / [SFE30]
meu cuidado: Tal guerra lhe fazeis, por verdadeiro. /
meu cuydado, E contemplo na duvida, que o espera; Tantas, e
meu custoso desbarato. Os anos, os suspiros, as verdades
meu dano O mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe
meu dano, Que a todos desobrigue, e me emmudeça A vista do
meu destino Quer, que a vosso desprezo obediente, Quando
meu desvello; Quanto he mais adoralla, que contallla; Quanto
meu, e afronta da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque
meu fraco grito? Que direi eu, que ellas não tenhão dito
meu fruto. T. Es molher descuidada? V. Es velho astuto. T
meu mal, bem lhes pareça. [SAM17] Porfia infelice
meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da morte Foge
meu peccado, Ou para eternizar o meu castigo? / [SAM20]
meu pezar, nas glorias se exercita. Hora vença, e de mi riase
meu tormento; Despoes da grave pena se me evita: E
meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida, como passas? V
Meu martirio• engrandeço; e alegre em verme Morro sem
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SFE13
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SMO15
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SAM20
SAM48
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SAM71
SAM52
SMO15
SMO15
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SAM55
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SMO59
SAM33
SAM23
SAM9
SAM41
SFE30
SAM27
SMO35
SLA74
SSA68
XIII. Festivo. Hora bem digo eu, que sois Demonio,
escreveo outro soneto. SONETO XXXIV. Festivo.
certo soneto satirico. SONETO LXXVIII. Festivo.
mi, se eu nelles ardo? Não guardais, acendeis mais
crer, mas que me perca, Estoutra informação dos
ás gentes dados; Não me estranhe ninguem, que
bem que são idos, Buscayos pelo rastro dos
nesta sorte, esta vingança; Sepultemse comigo
te mando os teus versos, que mandarão Callar os
Que os teus ouvidas* são os* que são flores; Os
sò para entrar, logo fechada; Cama, que he potro,
lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje a dez
Qual como fostes a ambos os Tobias, Do Pay
tomar; mas he fechada, E inda o he mais para
Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay de
jà irmãns e unidas. Sejão, se querem, contra
mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha Alma em
despoes que inda apartado Quem me assegura a
jà tanto, como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a
SONETO LX. Amoroso. Que queres mais de
he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis de
Pois inda a confusão não se remata Em vos, e em
mi mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em
eu a quis mais fiel, ou mais amigo? Fuy deixado em
me mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e a
Quem enganas, ò Mundo, em teu teatro? A
Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò para
Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se eu erro para
não; humilde rogo ao vento, Torne a buscar de
illustre em sangue, e esprito, Tu que queres de
das mãos do ardente Estio. Ay de mi! ay de
vos a mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè? A
A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de
Senhor, a vossa carta he jà de guia Para
e cidade. Se foi da dor, que fora do perigo? A
pezar, nas glorias se exercita. Hora vença, e de
Sol, que eu n' alma guardo: Poes que guardais de
se logra delle, e elle della. Fazei outro milagre em
como? Como? fazendo que a minha alma saya De
que em mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que em
de vos tão desprezada. Mofino era eu assàz por
em quanto em mi, me veja. Esta empreza, que em
XXXV. Moral. Vida Quem chama dentro em
de guadameci Tenho figura, nem para de pé. A
vôs, verse hà triunfante, Se jà piadoso a sy: se a
Bem cuydei eu que estaveis vòs guardadas Em
das envejas, ò Duarte? [SSA65] Domine, tu
lhe foy duro adversario. Hora, que tarda para vir,
Hũa voz, que me diz: Es pò da terra. Melhor• hà de
puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà de
incerto. SONETO LXXXIII. Moral. Eis aqui
Amoroso. Cem dias de continua tempestade, Dez
Se para se pagar de gosto hũa hora, Não bastão
Dez mil horas de duro apartamento, Quarenta
desta vingança estais segura, Venhão muitas; que
Ella se logra delle, e elle della. Fazei outro
estar segura. Que a Rosa viva là, de Rosa estrella,
Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes. Emfim
sagrado Talamo ditoso. Levanta poes, o Templo
Quarenta mil instantes de tormento, E hum
mil instantes de tormento, E hum milhão de
erão, donde a sorte dura Roubou, para vos dar,
podeis mudar: mas isto como? Como? fazendo que a
sorte, que em mi, seu dano ensaya, Esta dor, que
se passando vai por teus primores A pobre Musa
SONETO LV. Amoroso. Vossa desgraça, e
quem me hei de queixar, se o ceo procura Que soe
Se cuidando, Senhor, fallando, obrando, Te offenda
verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza da alma
XXIII. Amoroso. Parto, partome enfim, Senhora
mandeis que viva auzente, E me aconselhe là co a
caiba O queixume da dor, que a dor lhe deixa: Sò
o alrotar que he cortezia ? Porem não me direis,
mi, mais, do que eu mesmo, Ensinaime a viver com
vas? V. Tambem tu vas errado. T. Essa é condição
Quando deixareis vos de ser fermosa,
de Tobias a Gabello, Igual luz que do Velho; do
Meu senhor Dom Antonio, em vossos tratos; E não sois sò
Meu Senhor Dom Antonio, muy bom he Zombar, mas não jà
Meu Senhor Dom João, jà tenho visto Os oito versos destes
meus ardores. Crecem prezos os rayos vingadores, Certo
meus cuidados. / [SAM8] Pensamentos temerarios
meus cuidados Sejão por tantos modos repetidos. Estes, que
meus danos. O seguyos, prendeyos; porque logo Teme que
meus delitos, Antes que sirvão para desenganos. / [SAM2]
meus. Que avaro intento esconde Tal fonte de doçura, e de
meus versos, o vento, o vento nada. / [SFA88] Ao Conde
meza destroncada, Pulga, que por picar, faz matadura, Cão sò
mezes. [SAM71] Relação de hũa viajem. SONETO LXXI
mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e doce companheiro
mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a consoada
mi! ay de mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo
mi atrevidas, Porem não contra a vossa fermosura. Se vos
mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto como? Como
mi, de que o estivera? Se para sempre amar, sempre he hũa
mi? Huy senhor! isso quer vossa mercè? A mi, que mais
mi, Idolo ingrato? Soltame, e tornarei à triste vida: Porque d'
mi, mais, do que eu mesmo, Ensinaime a viver com minha
mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou não quer saber
mi, me veja. Esta empreza, que em mi, tanto em vão tomo
mi mesmo por castigo: Triste serei, em quanto em mi, me
mi não conhecera. Com razão logo por favor vos peço, Que
mi não pelo menos, que estou vendo Dentro do vestuario estas
mi, pena e cuydado, Que essas sò são as guardas, do meu
mi, porque me emenda Com colera, e sem zelo, a voz agreste
mi, quanto deixára. Algũns (não como vos) mostrarão gosto
mi, que assi me obrigas? A ti, que tẽns as Musas por amigas
mi! que em calma, em frio Acho tanto perigo verdadeiro! Anno
mi, que mais forçado que em galê, D' aquella, que não passa
mi, que me chega a sorte dura A querer que alivie o meu
mi, que perdido ando vivendo; Mais me cativa, quanto a vou
mi, que sou mais vosso, e mais antigo, Por erro me deixou a
mi riase a gente; Jà que lhe sobejou para ditoso Ter por
mi, se eu nelles ardo? Não guardais, acendeis mais meus
mi segundo; Que nem porque lhe destes vida a ella, He razão
mi, senhora, e dentro de vos viva. / [SMO16] Nova invenção
mi, seu dano ensaya, Esta dor, que minha Alma em mi, cativa
mi somente, Sem ter por enemigo a hum venturoso, Que a meu
mi, tanto em vão tomo, Esta sorte, que em mi, seu dano
mi? Tempo O Tempo ouzado. V. Entraste sem licença? T
mi trovas cortezes, que em vos sò Trova cortez no mundo se
my foy fero. Não temais abrazarvos dos ardores De seus
my, para outro bem de larga dura; Mas jà sey, contra si que
mihi lauas pedes? SONETO LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu'
mil annos, Que importa que não chegue? se se aguarda, Ou se
mil anos que a desterra Hum sono, que esta voz desacredita
mil anos que me grita Hũa voz, que me diz: Es pò da terra
mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva a gente ao
mil horas de duro apartamento, Quarenta mil instantes de
mil idades differentes? [SAM7] Conhecendose a hũa
mil instantes de tormento, E hum milhão de milhões de
mil serão sufridas. Vivei por ambos vos: porque as feridas
milagre em mi segundo; Que nem porque lhe destes vida a ella
Milagre foy de vosso ser profundo; Ella se logra delle, e elle
milagres soes por tantos modos, Que por ser mais fermosos
milagroso, Porque se algum rigor temer pudera Sidónia altas
milhão de milhões de saudade, Hà, despoes que parti essa
milhões de saudade, Hà, despoes que parti essa Cidade, Se à
minha alegria. Hora acabai de crer que estais sugeitas A
minha alma saya De mi, senhora, e dentro de vos viva. /
minha Alma em mi, cativa, Vos sò podeis mudar: mas isto
minha desornada, Que merece em tomarlhe alento, e cores
minha desventura, Eillas, senhora, jà irmãns e unidas. Sejão
minha dor, como ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia A
minha ingrata natureza, Nascer, viver, morrer, tudo he
minha, Mas que de costumada sempre ao pranto, Não sabe
minha, O Fado o quis assi, que nos reparte; Mas quem
minha pena. / [SMO10] Quando se vè do mal, o que se não
minha queixa, e dor jà mais iguallo. Hora eu me callarei
minha senhora, Que tem que ver toda esta patarata Cos
minha sorte, Fareis de todo vossas, Sorte, e Vida. /
minha? V. Esse he meu fruto. T. Es molher descuidada? V. Es
Minha senhora Dona Mariana? Nunca jà mais, se a vista não
Minino. Este madeiro, que sem luz, sem tino, Corta do mundo
324
SLA24
SLA95
SFA88
SHE38
SHE79
SAM60
SFE25
SMO81
SMO73
SLI26
SFE78
SMO81
SAM58
SAM48
SFA88
SAM58
SFA51
SMO16
SMO5
SMO19
SAM48
SAM2
SAM17
SAM14
SSA68
SMO35
SHE100
SMO69
SAM66
SLA72
SAM9
SMO57
SMO61
SMO89
SSA86
SLI26
SMO50
SMO32
SMO50
SMO49
SMO11
SMO57
SMO69
SMO5
SMO83
SMO59
SMO44
SMO15
SMO73
SMO3
SMO61
SMO19
SMO84
SMO16
SMO67
SMO10
SMO82
SMO81
SMO35
SMO89
SLA72
SFE70
SFU64
SAM46
SAM46
SAM46
SMO59
SAM66
SFU37
SAM98
SFU37
SFE39
SMO44
SMO82
SFU64
SFU37
SFU85
cedo. / [SLA24] Na dilatada convalecencia de hum
SONETO XCV. Laudatorio. Quando envolto nos
a sy mesma se defende; E o pranto he sò, quem hà
não fez caro o susto, Antes de visto seu feliz
deste A Vitoria, sem vermos, como, ou donde? O
poes te deixo tudo, Que este pouco, que fica, que
nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova
o que fazião, A cada passo nella hião topando. Na
e amor jocundo? Que he da velhice? que he da
espanto, Resucita o prazer antes difunto, O tempo
cabeça outra porfia. Mas se Apollo inda he aquelle
A cada passo nella hião topando. Na mocidade os
que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o alto
grandes; e o que a todos He culpa, vos realça, e faz
havendo lhe tornado o livro da defensa da Musica
Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do coração o
dores, Muitas queixas serão; e quando muto, Hum
fim de que ninguem se compadeça, Là traçastes de
do arduo ao impossivel: E para me perder de muitos
aquelles olhos soberanos, Porque por tantos
que alcançastes. Emfim milagres soes por tantos
ninguem, que meus cuidados Sejão por tantos
cuidarâ a gente, Não que me desprezais, como
de quem era, Por que fosse de vos tão desprezada.
Ao Archanjo são Rafael, pedindolhe dirija sua
Essa é condição minha? V. Esse he meu fruto. T. Es
que tem por sua Empreza. SONETO C. Heroico.
Hum de proscrito a Consul, e outro a justo
/ [SAM66] Tradução do estimado Soneto de
si do Ceo, e Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos
Se hà mais ganho na gloria, que dais vista, Que
que a idade te soltasse os anos, Jà no sagrado
Moral. Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde o
LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo no alto
nem da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos
da branca Aurora. A flor, que no botão com medo
triste, horrenda, escura, Funesta alcoba, de
da Cunha, que estava na Corte. SONETO XXXII.
corpo bellissimo, junto à sepultura. SONETO L.
Escarmento prevenido no temor. SONETO XLIX.
[SMO11] Mundo he Comedia. SONETO XI.
habito de Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII.
o induzem os passados exemplos. SONETO LXIX.
[SMO5] Contra as fadigas do dezejo. SONETO V.
rica. [SMO83] Mundo incerto. SONETO LXXXIII.
[SMO59] Antes de confissão. SONETO LIX.
/ [SMO44] Velhice presumida. SONETO XLIV.
Cada hum he Fado de si mesmo. SONETO XV.
sobre as palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII.
[SMO3] Capricho de bom humor. SONETO III.
de si, pello que vê nos outros. SONETO LXI.
ao Ceo com a causa de seu delirio. SONETO XIX.
Fraqueza do Amor humano. SONETO LXXXIV.
invenção de Amor, novo tormento. SONETO XVI.
aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO LXVII.
se vè do mal, o que se não via d' antes. SONETO X.
com as perdidas esperanças. SONETO LXXXII.
[SMO81] Apologo da Morte. SONETO LXXXI.
Dialogo da vida, e o Tempo. SONETO XXXV.
[SMO89] Metafora da Ambição. SONETO LXXXIX.
lendo sua arte? Se escreve, he Palatino, ou he
estas como corrido, De não nos virdes logo c' um
atrevida! Mas que muito, se vives das proezas, Que
co pay, da mesma morte; E poes morreis honrados,
tem medos. Se emfim vos abrazarem seus amores,
Morrei, filhos, co pay, da mesma morte; E poes
Te offenda minha ingrata natureza, Nascer, viver,
Meu martirio• engrandeço; e alegre em verme
Em pezame a hũa D. da morte de hũa sua Filha
mais crú? Espada mais severa? Que faz o Rayo da
que tanto em flor cortada, Chorais; ò não choreis
O divino he divino, o humano humano. Porem nesta
murchem se ja as flores; A planta seca estâ,
Vamos todos de volta à sepultura, Sede fieis na
Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi na
por costume. [SFU37] Em pezame a hũa D. da
do que promete? [SFU85] Ao naufragio, e
Ministro amigo. SONETO XXIV. Laudatorio. Enfermastes
miseros cuydados De Portugal o Reino se lamenta; Quando a
mister padrinhos. [SMO89] Metafora da Ambição. SONETO
misterio? O proprio tempo vencedor vos chama Rendido a
Misterio, que em duvidas esconde Marte iracundo
mo deixes•. [SMO61] Desenganase de si, pello que vê nos
Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he mais para mi
mocidade os moços confiando, Ignorantes da Morte, a não
mocidade? Tragoume a vida inteira o Mar profundo! Hora
moço estâ, alegre o pranto. Quem pode melhorar o mundo
moço louro, Eu fico que elle chante na enxovia O Romance, o
moços confiando, Ignorantes da Morte, a não temião. Todos
modello: Mas quando eu bem fizesse em declaralla, Dissera
modellos Sem pâr nas maravilhas, que alcançastes. Emfim
moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar. Façame hoje mercê vo
modo, e parte, Ambos provárão mudos a louvarte Ao entender
modo he de penar irresoluto Sem gloria aos mortos, nem aos
modo o vosso engano, Que a todos o meu mal, bem lhes pareça
modos, Finje que a honra he certa no perigo. Pois se nunca
modos mais que humanos, Pintando os estivestes tão perfeitos
modos, Que por ser mais fermosos; dos mais bellos As cores
modos repetidos. Estes, que ja vos forão referidos Em
mofino, Mas que me castigais por delinquente. / [SLA18]
Mofino era eu assàz por mi somente, Sem ter por enemigo a
molesta navegação. SONETO LXVIII. Sacro. Piloto Celestial
molher descuidada? V. Es velho astuto. T. Erro sem dano meu
Monarca Portuguez, nossa Palestra Onde o Sago se veste, e
Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe a Tiberio com
Monsieur de Voiture Poeta Francés. SONETO LXVI. Amoroso
monta. [SMO73] Em dia de Cinza, sobre as palavras: Quia
monta o cabedal do sofrimento. Amor tanto nas penas se
monte a vida viste. Tem te, não deças, que em te estár
monte, arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella
monte, Verde, e robusto; apenas o tocava O brando vento
montes De Deus nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte
mora, Rompe gentil, saindo confiada. Filomena com queixas
morada fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo nome
Moral. Aqui me tem de vos tão apartado•, Ah senhor Dom
Moral. Armas do Amor, Planetas da Ventura, Olhos, adonde
Moral. Como me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para
Moral. Dez figas para vos, poes com furtado Consular nome
Moral. Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo deste
Moral. Dos Carceres subir, qual subio Mario Dizes que espere
Moral. E quem me compusera do dezejo, Que grande bem, que
Moral. Eis aqui mil caminhos! Por ventura Qual• destes leva
Moral. Eu que faço? que sei? que vou buscando? Conto, lugar
Moral. Gastas em vão, Lesbina, os teus enganos; Dalhe
Moral. Mas adonde irei eu, que este não seja, Se a causa
Moral. Melhor hà de mil anos que me grita Hũa voz, que me
Moral. Musa, façamos mais hum desvario Todo de
Moral. Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte
Moral. Poes se para os amar, não foram feitos, Senhor
Moral. Porque, fortuna, quanto o Amor me hà dado, Me
Moral. Pudeste mais fazer, ò sorte escura, Que em dano
Moral. Quando vejo, Senhor, que âs alimarias Da Terra, da
Moral. Se como haveis tardado, desenganos, Vindes hoje de
Moral. Tende mão, Esperanças malogradas, Vamos todos de
Moral. Vi eu hum dia a Morte andar folgando Por hum campo
Moral. Vida Quem chama dentro em mi? Tempo O Tempo
Moral. Vivia aquelle Freixo no alto monte, Verde, e robusto
Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se elegante Poetiza, he
morgado. Huy? donde vistes vos ser o Sol nado, Antes da
morras das envejas, ò Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi
morrei ledos. [SAM47] Amor peor estado. SONETO XLVII
Morrei, filhos, co pay, da mesma morte; E poes morreis
morreis honrados, morrei ledos. [SAM47] Amor peor estado
morrer, tudo he torpeza. Donde vou? donde venho? donde ando
Morro sem maldizer taes tiranias. Razão tal vez, por falso
morta pouco depois de bautizada. SONETO XXXVII. Funebre
mortal esfera Procura de cegarme todo o Norte Ou pretende
mortal ferida; Que a Morte contra humanos atrevida, Contra o
mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto, e o prazo
mortas as cores: De que serve encantar no vidro, os annos
morte a hũa ventura, De quem fostes na vida sustentadas
morte, assi na vida Pagaste como culpas as grandezas, Que
morte de hũa sua Filha morta pouco depois de bautizada
morte de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre. Gozoute a
325
SFU21
SFU64
SAM46
SMO32
SFE75
SAM8
SAM98
SMO81
SAM27
SMO50
SFU64
SMO50
SMO81
SFU37
SFU64
SMO50
SFU21
SLA28
SLA28
SFU21
SLI62
SMO81
SAM76
SFA51
SFE75
SSA65
SSA68
SAM66
SLA56
SFU37
SLI22
SSA65
SFE78
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SFE30
SFE75
SFA87
SFE39
SFE75
SLA93
SAM31
SLI29
SMO15
SAM58
SAM60
SAM58
SFE34
SLA74
SFA88
SFA51
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SAM55
SLA56
SFA51
SFE70
SFA51
SAM31
SFE13
SMO32
SLI22
SLA24
SAM66
SFU64
SLA24
SMO35
SMO5
SLI29
SAM31
SAM27
SAM20
SMO83
SFU85
SLA99
SMO83
SLI26
SAM4
SFE34
He razão que mateis a todo o mundo. [SFU21] A
que à May defende, eterna gloria. / [SFU64] A
seus amores, Morrei, filhos, co pay, da mesma
do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da
que errou, lhe chamo eu cento. Mortos da mesma
Dece embora de tî. Ay não pretendas Alto nome por
faz? Que faz a Fera? Entretense, traçandome outra
Na mocidade os moços confiando, Ignorantes da
mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e
maravilhas differentes Pode fazer unir? salvo se a
LXIV. Funebre. Do merito primeiro, que da
que deixo o engano. / [SMO50] Fermosura, e
Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a
Chorais; ò não choreis mortal ferida; Que a
Que por premios os Ceos quizerão darte. O
differentes Pode fazer unir? salvo se a Morte ? A
Acabou de vencer a ser vencido Hum Capitão da
es de sorte, Que não por destra a Morte, mas por
de ti creo que es de sorte, Que não por destra a
outro braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes,
mais servindo: Para hum tão triste fim, tão leda a
à orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo da
que mais queridas As vidas podem ser ? que as
Hum modo he de penar irresoluto Sem gloria aos
Por hum nome, que errou, lhe chamo eu cento.
intenta? Como se antes ouzada, hoje avarenta Se
Corta do mundo tanto paralello, Que presâgo se
taes tiranias. Razão tal vez, por falso pensamento
de mi, quanto deixára. Algũns (não como vos)
em nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo
o esperava, Jaz hum pastor, que no semblante dava
Então lhe obedeceis os pensamentos, Porque se
chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o
bem, agouro! Porque com tanta serpe em jardim
vossa à vida suxa; Mas matallo tambem: isto algum
negra gente, em festa ruda Endoudece o lascivo
campo a graça, e fermosura Que devemos ao Ar, no
Quando vê que lhe falta o gosto, e o prazo Logo
a luz, e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda
exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não
hà fè, riamos do castigo. Riamonos do Fado, e da
Hora se servirà de ser vingado Ver quam mal da
dor, que minha Alma em mi, cativa, Vos sò podeis
essa alta gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei
as verdades, Tudo là te entreguei; fiel, cego, e
do coração o modo, e parte, Ambos provárão
XXXIV. Festivo. Meu Senhor Dom Antonio,
/
[SLA74] A hũa senhora, que estando de
Me defenda tambem, de tanta offensa, Que he
amante da variedade. SONETO LI. Familiar. Amigo,
E contemplo na duvida, que o espera; Tantas, e
Se vos desta vingança estais segura, Venhão
Não certo nos primores, com que canto, Mas nas
desta casta de arvores de fruto, Hũa dà fruto, e
recado, que em secreto Dom Lourenço lhe deu là
LI. Familiar. Amigo, muitas dores não são dores,
que a tem multiplicado, Quando somar a quer, vai
teve Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa mercê
D' essas ditas, que tendes, não tem nada, E tem
o gesto quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser
cantos, Que eu cantarei; o que votar não pude, Do
Nem que saiba remirme em taes porfias. Ancias hà
O Morte contra os bõns sempre atrevida! Mas que
o que votar não pude, Do muito, que chorei,
ouzado. V. Entraste sem licença? T. Tenhoa hà
a voar do arduo ao impossivel: E para me perder de
bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de
houve encerrado: E o mesmo Amor, que a tem
temer, sempre hum estado. Jà propuz de passar o
lhe destes vida a ella, He razão que mateis a todo o
principio hà que lhe dura Do erro este costume, a o
Em acordados ecos sonorosos, Onde aos termos do
Pos o Segundo a mais illustre historia Que ao
avante, assi lhe importe. Que farei logo incerto em
moço estâ, alegre o pranto. Quem pode melhorar o
se no vosso Amor, não acho escudo, Não me fica no
mi trovas cortezes, que em vos sò Trova cortez no
morte de hum General. SONETO XXI. Funebre. Acabou de
morte do Senhor Infante D. Duarte. SONETO LXIV. Funebre
morte; E poes morreis honrados, morrei ledos. [SAM47]
morte Foge daquelles, de quem he chamado. Tendes riqueza
morte o dia, e vento, A noite estava para estar sezuda; Que
morte peregrina; Nem pelo que he castigo, a fama entendas
morte? Prepâra para darme, hum novo corte Braço mais crú
Morte, a não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião
Morte, A fraude he certa, e nunca conhecida. Vos, que sabeis
Morte ? A Morte foi em sem razões mais rara. Tu, que vives
Morte, A vida te cortou o braço duro: Delle perigas, della
Morte, advertidas por hum corpo bellissimo, junto à sepultura
Morte andar folgando Por hum campo de vivos, que a não vião
Morte contra humanos atrevida, Contra o divino nunca foy
Morte contra os bõns sempre atrevida! Mas que muito, se
Morte foi em sem razões mais rara. Tu, que vives triunfante
Morte, hoje soldado. Conheceuse, entregouse: mais honrado
Morte Mais certos golpes tem, que taes doutrinas. E quando
Morte, mas por Morte Mais certos golpes tem, que taes
Morte ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto as gentes
Morte, Para hum tão largo amor, tão curta a vida. [SSA63]
Morte. SONETO LXXXI. Moral. Vi eu hum dia a Morte andar
mortes dadas Por lagrimas tão bellas repetidas ? [SLA77]
mortos, nem aos matadores. Escolhei dos perigos os
Mortos da mesma morte o dia, e vento, A noite estava para
mostra a planta, que por longo prazo O bravo Mar pizou, qual
mostra em seu desvello Mais do naufragio, que do porto, dino
Mostra os socorros, e à batalha incita: Mas se della me valho
mostrarão gosto De me ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto
mostrarse, foyse agradecida, Por ser là mais que cà inda
Mostras da dor, que o coração cubria, Fallava o gesto quanto
mostrou Deus: e hoje vestido De Escravo, duvidais seus
Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito da insigne
Mouro, Pomo não foi de Hesperides guardado. Em gloria
Mouro? Que vos ande a zunir, como bezouro, E que andeis a
movimento. Mas eu que digo? solto o tão sublime Discurso ao
movimento? Tal, se passando vai por teus primores A pobre
muda das couzas o Elemento. Poes se o arrependimento da
muda: Quando a Domingos, que dormindo estuda, Por hum
mudança, Para que eternamente renacendo, Eternamente vas
mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se nunca vai sem vos
mudança se assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio, o prado
mudar: mas isto como? Como? fazendo que a minha alma saya
mudo o alto modello: Mas quando eu bem fizesse em declaralla
mudo: Outra vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem te
mudos a louvarte Ao entender, se passou d' ambos a vida
muy bom he Zombar, mas não jà tanto, como• aqui. Vos
mũy bom parecer, contrahio o parentesco de sogra. SONETO
muita jà, se vai de zombaria. Se os avexados defender
muitas dores não são dores, Muitas queixas serão; e quando
muitas mais, delle quizera Antes ser despedido, que enganado
muitas; que mil serão sufridas. Vivei por ambos vos: porque
muitas razoens com que me queixo. [SMO57] Tomando o
muitas, sò dão flores. A cera, que do bafo se derrete, Val
muitas vezes. Sabeis, qual he? He este: Hora ide, mana
Muitas queixas serão; e quando muto, Hum modo he de penar
muito atento. Riamonos da auzencia, se hà lembrança; Se hà
muito contente De me render aos pès do seu soneto? Hora
muito d' essoutro, que as impede.
[SAM33] Alegria
muito, ella o callava: Mas vencido do mal, que o atormentava
muito, que chorei, muito temendo. Porem como sarais com
muito que conheço impias; Mas vendo as graças, por quem vou
muito, se vives das proezas, Que morras das envejas, ò
muito temendo. Porem como sarais com vosco a tantos
muito. V. Que me queres? T. Que me ouças. V. Jà te escuto. T
muitos modos, Finje que a honra he certa no perigo. Pois se
muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e deste rio
multiplicado, Quando somar a quer, vai muito atento
mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A
mundo. [SFU21] A morte de hum General. SONETO XXI
mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he de
mundo duvidosos, Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute o
mundo fez Calliope prezente. Livro não, màs Piramide famoso
mundo incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na
mundo junto? Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se Clori
mundo outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas do dezejo
mundo se acharà, Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende dos
326
SSA68
SSA86
SFA53
SMO3
SMO11
SSA92
SSA92
SMO11
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SMO32
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SMO81
SMO84
SMO82
SFE25
SMO57
SFA87
SFA51
SMO32
SFU37
SFE25
Este madeiro, que sem luz, sem tino, Corta do
desta agua candida abundante, Para vos, para o
Banho espero que seja aos tempos, onde Venha o
nos sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai o
nome vos chamais Prudencia; Se fazendo co
a luz bebeste, Oraculo do Mundo, em que viveste,
que ao immenso sol, a luz bebeste, Oraculo do
Palladioens em simples Troyas. Quem enganas, ò
instrumento, Então vos digo eu, que cada accento O
porque, com vir entre elles, Vindes para fazer ao
que se quer, me deixem o escarmento. [SMO11]
para desenganos? Diràs: que por temer o
he, que gloria tanta Pode juntar em si do Ceo, e
Vida tão pobre, que se vio tão rica. [SMO83]
foy, termo do encanto, Tanto d' enveja ao
de Troya. SONETO XLII. Heroico. Esta do
ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode, o
Ditoso de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo deste
Por que sendo na perda acreditada, Visse o
ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje o
solicita? Poes se mente este pô, que foi do
Porque elle o ferro deu, deu ella o corte, Pobre o
Hum impossivel tal, que o vencer delle De novo ao
às gentes sabias, como às rudes. Passeai poes o
em vão, Lesbina, os teus enganos; Dalhe licença,
contenta. SONETO XLI. Amoroso. Quem lhe ouvir
se escuzar do mal futuro, Da tua paciencia fes seu
? De pedras como vôs, e mais estreitas, Os
Capricho de bom humor. SONETO III. Moral.
em vossos louvores ocupâra, Sabio Dalizo, a vos,
o que não rendéra o rayo ardente, Bem o rendéra a
Tal, se passando vai por teus primores A pobre
que elle chante na enxovia O Romance, o Poeta, a
de flores, de lastimas se cobre A pobre humilde
A TUBA DE CALLIOPE. QUARTA
de mi, que assi me obrigas? A ti, que tẽns as
Ouça os corvos, tambem cos passarinhos: Que a
mayor, havendo lhe tornado o livro da defensa da
sonora Entre as aves pretendes sinalarte No
LXXVI. Amoroso. Esperdicemse as perolas, que hà
não são dores, Muitas queixas serão; e quando
tão falso apartamento; Esperay, que não pode durar
os resplandores D' aquelle proprio Sol, que eu
dor, que o coração cubria, Fallava o gesto quanto
hão de haver vossos ciumes. / [SHE38] A El Rey
como ereis d' antes. [SFE75] Varia idea estando
Roma a Cesar reverente, Por ir, ver, e vencer
Ou Scevola constante, se he constante? He
a dura sorte. Soes mancebo, folgais de andar
a prizão a D. Antonio Alvarez da Cunha, que estava
Quantas vezes conheço o meu cuydado, E contemplo
inda he aquelle moço louro, Eu fico que elle chante
Eixo quasi, da immensa eternidade? Que com pontas
Por quem, a cazo, foi do mar levada. Sois
tal comercio, e tal conquista? Se hà mais ganho
Vamos todos de volta à sepultura, Sede fieis
muro, Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi
Na branca praya, humida, arenosa Hum eco, que
Hoje fazeis a lastima oportuna: Por que sendo
da immensa eternidade? Que com pontas na Fè, e
se he constante? He na cadeira Escoto? ou he
Amoroso. Batia em hum penedo da agua erguido Lá
Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes
fes seu forte. Cercado assi na morte, assi
Sede fieis na morte a hũa ventura, De quem fostes
embravecido. Responde repetindolhe o bramido
Sei que me hà de trazer a sorte, cedo. / [SLA24]
o que fazião, A cada passo nella hião topando.
queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas, o
ser fundadas. Canseime pello vosso nascimento;
o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de
poes he sò vida, A quem tirar não pode, o Mundo
que são flores; Os meus versos, o vento, o vento
que isto he Fado, ou que he destino, Que hum não dà
em demazia, D' essas ditas, que tendes, não tem
nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo em
esta trova, Que o mesmo vem a ser, que não ser
mundo tanto paralello, Que presâgo se mostra em seu desvello
mundo tão bastante, Que toda a sede eterna, a não termina
Mundo a lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando para
Mundo concertado; Porque nem porque o Mar sempre he
Mundo conferencia, Discursais, revolveis; e eis tudo errado
Mundo das perfeições, que em ty guardaste; Perola, que
Mundo, em que viveste, Mundo das perfeições, que em ty
Mundo, em teu teatro? A mi não pelo menos, que estou vendo
Mundo engrandecera, e eu prezára. Mas que merece aquelle
Mundo guerra. / [SMO44] Velhice presumida. SONETO XLIV
Mundo he Comedia. SONETO XI. Moral. Dez figas para vos
Mundo hũa hora As leis, que teus desdẽns às gentes derão
Mundo? Hum sô Frey Daniel, que todos monta. [SMO73] Em
Mundo incerto. SONETO LXXXIII. Moral. Eis aqui mil
Mundo lhe deu•, quanto De lastima lhe dà: e se algum dia Das
Mundo maravilha, em tanto Que firme ao Firmamento
Mundo nada. / [SAM58] Amante suspenso diante de Filis
Mundo os vîs enganos, Que antes que a idade te soltasse os
Mundo que fora esta excellencia Ou desculpa, ou razão desta
Mundo, que ordenas, de admirado Os louvores confunde em
Mundo? Que he do gosto? que he do ocio? que he da idade? Que
Mundo se vio, estreita a sorte, Então por se escuzar do mal
Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence de gloria
Mundo sobre a Fama, E desde vos, rendei terras, e mares
murchem se ja as flores; A planta seca estâ, mortas as cores
murmurar tanto a este Rio, Cintia, se for estrancho, ou
muro, Da tua fortaleza fes seu forte. Cercado assi na morte
Muros erão, donde a sorte dura Roubou, para vos dar, minha
Musa, façamos mais hum desvario Todo de desconcertos
Musa, instrumento, Então vos digo eu, que cada accento O
Musa levantada. Em quanto viva o circular governo Nas
Musa minha desornada, Que merece em tomarlhe alento, e
Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito da
Musa, que procura Sempre a paz, nunca o premio da
MUSA DO MELLODINO. RIMAS [SPR1] Escuzase da gloria
Musas por amigas, Que louvor te hà de dar meu fraco grito
Musica a sy mesma se defende; E o pranto he sò, quem hà
Musica moderna. SONETO LXXXVIII. Familiar. Façame hoje
Musico louvor da branca Aurora; Canta, que viràs mais a
mutas, Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde no frio
muto, Hum modo he de penar irresoluto Sem gloria aos
muto Vida tão pobre, que se vio tão rica. [SMO83] Mundo
n' alma guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo
n' alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o callava: Mas
N. S. pello sucesso arriscado de sua viagem maritima
na America, e perturbado no estudo por bayles de Barbaros
na antiguidade A dura força da contraria gente: Lisboa mais
na cadeira Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho? ou he
na Corte: Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò para
na Corte. SONETO XXXII. Moral. Aqui me tem de vos tão
na duvida, que o espera; Tantas, e muitas mais, delle quizera
na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79]
na Fè, e na Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano? O
na fortuna: mas dessemelhante. No valor; se ante vos não
na gloria, que dais vista, Que monta o cabedal do sofrimento
na morte a hũa ventura, De quem fostes na vida sustentadas
na morte, assi na vida Pagaste como culpas as grandezas, Que
na penha cavernosa Durou medonhamente repetido. Sereno
na perda acreditada, Visse o Mundo que fora esta excellencia
na Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano? O
na santa Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao
na serra da Arrabida viçosa Irado o mar com força temerosa
na terra não hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do
na vida Pagaste como culpas as grandezas, Que por premios
na vida sustentadas. Bem cuydei eu que estaveis vòs
Na branca praya, humida, arenosa Hum eco, que na penha
Na dilatada convalecencia de hum Ministro amigo. SONETO
Na mocidade os moços confiando, Ignorantes da Morte, a não
nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy, que afortunado
Nacestes: consumime pello fruto; Foy flor: se a quiz colher
nada a consoada, Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova
nada. / [SAM58] Amante suspenso diante de Filis. SONETO
nada. / [SFA88] Ao Conde Camareiro mayor, havendo lhe
nada, e tudo outro promete: Temei embora humano, e amay
nada, E tem muito d' essoutro, que as impede.
[SAM33]
nada, Se sobe ao Ceo, donde deceo à vida. Veyo mostrarse
nada. / [SLI26] Vinda dezejada. SONETO XXVI. Lirico
327
SAM96
SMO84
SAM66
SFE70
SAM47
SLI26
SLA93
SAM4
SFE78
SMO50
SAM41
SMO69
SLI26
SFU37
SLA56
SMO67
SAM96
SAM55
SFA51
SAM60
SMO57
SFE80
SAM4
SAM17
SAM9
SFE25
SMO82
SLA94
SFE75
SFE78
SHE38
SAM52
SAM58
SMO84
SFE80
SMO19
SPR1
SPR1
SFU85
SMO83
SLA56
SFE34
SAM4
SMO49
SMO49
SAM8
SFE13
SLA99
SFE30
SLA74
SAM76
SLA93
SFE70
SFE34
SMO83
SMO11
SMO82
SLI90
SLI62
SMO57
SLA12
SLA28
SAM17
SFE13
SMO5
SAM8
SLA24
SFE25
SAM45
SAM45
SLA12
SAM45
SAM4
SFA51
SFU85
SAM45
SAM43
dessemelhante. No valor; se ante vos não valem
cento. Que pode Amor, se no seu proprio Imperio
os dias; Tempo, nẽ auzencia saberão valerme:
c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser o Sol
e das arvores agora Nem da que mais o Zefiro
gentil, saindo confiada. Filomena com queixas
pensamentos tão subidos Não sabe a terra o fim, se
tambem, em conhecendo, Que se no vosso Amor,
lhes faça eu os tercetos, Isso não farei eu,
Olhos, adonde sempre era alto dia, Perfeição, que
e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem
que tarda para vir, mil annos, Que importa que
com queixas namorada Amores canta jà, queixas
Aquella flor, que tanto em flor cortada, Chorais; ò
Torne a buscar de mi, quanto deixára. Algũns (
mandais, tanto me esqueço, Como so a vos, e a mi
Dama. SONETO XCVI. Amoroso. Rubi, cujo valor
Sejão, se querem, contra mi atrevidas, Porem
direis que isto he Fado, ou que he destino, Que hum
que tão cedo me desato. Acaba poes de crer,
os anos, Jà no sagrado monte a vida viste. Tem te,
aleijada? De hoje per diante Aleijado seja eu, se o
quem com torpe estudo Em perseguilla á sorte
me dais, que della diga? Eu, que não posso ja, se
conheço, por mais que à dor resista, Que sempre o
vos hei de mandar de Caparica, De que vos, Prima,
Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica. O
convida; Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde
Para escrever tão simples catorzada? Vedes?
Mas mandardes, lhes faça eu os tercetos, Isso
mar cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos
o Ceo achou resguardo, Que os estragos despoes
E ouzado o coração, de louvor darte; Que
Porque com tanta serpe em jardim Mouro, Pomo
aleijado Com tudo eu creo (cà para comigo) Que
delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para os amar,
Jà nem da perdição do altivo empenho, Poes o fim
Poes o fim não fugî, tema o presagio: E se exemplo
Gozoute o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te
Buscar nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra
Por magoas naturaes seu sentimento? Não canto
Meu Senhor Dom Antonio, muy bom he Zombar, mas
de Amantes. SONETO IV. Amoroso. Senhora: se
meu dano O mesmo se não logra, que exercita. Jà
Algũa sem razão, que no meu dano O mesmo se
dano; porem deveslhe o escarmento: Que em fim se
Hora paguelho Deus, pois eu não posso. Mas
historia Que ao mundo fez Calliope prezente. Livro
E credes que o alrotar que he cortezia ? Porem
senhora Dona Mariana? Nunca jà mais, se a vista
Mas lagrimas celestes, que inda enxutas Ver
exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo, e
e Marido. Mas sospeito que estas como corrido, De
A mi, que mais forçado que em galê, D' aquella, que
O que he de mais passage, e fermosura. Em fim
Quem enganas, ò Mundo, em teu teatro? A mi
O não façais tão falso apartamento; Esperay, que
ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que o que
Que se dobra o servir, da alta consorte, Já
cobiça, e ambição; poes he sò vida, A quem tirar
Tu com excesso mais glorioso, Que elle sem ti,
ensinas, Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que
Vos, que tanto me dais, que della diga? Eu, que
aos pès do seu soneto? Hora paguelho Deus, pois eu
Como posso esperar ter paz com todos, Quando
temor tẽns conseguido. Dece embora de tî. Ay
votos, sejão cantos, Que eu cantarei; o que votar
Coscorões? são peores que folares, Perús?
a viva, ou copia? Eu menos, porque Amor
e em mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe, ou
Se nella, illustre Sà, foras prezente; Poes o que
Em vos, e em mi; mas cuido que ella propia Ou
a fortuna me atropelle, Que tão grandes vitorias
SONETO LI. Familiar. Amigo, muitas dores
te não gozou. O quem fizera Que de te haver gozado
Amor não quer que veja. Pois inda a confusão
Que elles vem publicando paz à Terra: E vos,
nada Zafir, Perola, Aver, Rubi, Diamante. [SLA97] Celebra
Nada pode cumprir, do que promete? [SFU85] Ao naufragio
Nada vejo, que possa socorrerme, Nem que saiba remirme em
nado, Antes da bella Aurora haver nascido? Aposto que vos
namora, Deixa a donzella flor, d' estar segura. Em doce sono
namorada Amores canta jà, queixas não chora. Aplauso se
não a gloria: Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis, das
não acho escudo, Não me fica no mundo outra defensa
não boto a Cristo. Porem crede, que quando vos resisto, Que
não cabe em fantazia, Fermosura mayor, que a fermosura
não caiba O queixume da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha
não chegue? se se aguarda, Ou se compra co a dor, com que
não chora. Aplauso se tornou, o que era espanto, Resucita o
não choreis mortal ferida; Que a Morte contra humanos
não como vos) mostrarão gosto De me ouvir, ou me ler: eu sò
não conhecera. Com razão logo por favor vos peço, Que
não conhecido Foy, do vil lapidario, a quem foi dado; Diâmante
não contra a vossa fermosura. Se vos desta vingança estais
não dà nada, e tudo outro promete: Temei embora humano, e
não dâs barato O resplandor da gloria tão fingida: Olha a que
não deças, que em te estár consiste O vencimento dos
não dezejo: Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella
não dispensa; E obrigação tambem, em conhecendo, Que se no
não dizella? Vos, que ma repartîs, podeis detella
não estar• à vossa vista He sempre estar, à vista do
não façais esgares? Porque de graças, e• benções aos pares
não façais tão falso apartamento; Esperay, que não pode durar
não falta o bem, por ser gozado. Desta flor, desta Estrella
não faltarà pois quem ma estime: Que a palha para o asno
não farei eu, não boto a Cristo. Porem crede, que quando vos
não fez caro o susto, Antes de visto seu feliz misterio? O
não fez, mayores ? De pedras como vôs, e mais estreitas, Os
não fizesse com mais culto, e arte Aquella suspensão tão
não foi de Hesperides guardado. Em gloria prometeu, todo o
não foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a
não foram feitos, Senhor, aquelles olhos soberanos, Porque
não fugî, tema o presagio: E se exemplo não fui, seja contagio
não fui, seja contagio, Que perca, a quantos vem, por onde
não gozou. O quem fizera Que de te haver gozado não se
não hà, caminho certo. / [SMO84] Fraqueza do Amor humano
não; humilde rogo ao vento, Torne a buscar de mi, quanto
não jà tanto, como• aqui. Vos pedirme licenças? vos a mi
não levo às vossas aras Hum sacrificio igual; levo por elle
não lhe chamarei Fado tirano; Poes se se vinga, em ver, que
não logra, que exercita. Jà não lhe chamarei Fado tirano
não lograste hum alto intento, Hum seguro temor tẽns
não mande acordar tão cedo a gente Com carapuças de cilicio
não, màs Piramide famoso He o que vés de letras, que
não me direis, minha senhora, Que tem que ver toda esta
não me engana, Ou se a fê mais que a vista escrupulosa. Filha
não merece Amor, correspondente, Quem merece alcançar
não mudança, Para que eternamente renacendo, Eternamente
não nos virdes logo c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser
não passa desde alli, Jà nem para homem de guadameci Tenho
não passarei, temendo a sorte? Tambem, tanto temor he
não pelo menos, que estou vendo Dentro do vestuario estas
não pode durar muto Vida tão pobre, que se vio tão rica
não pode hum seculo de pranto, Hũa sò hora de armonia acave
não pode negarlhe a mão devida. Ay do que espera, quanto
não pode, o Mundo nada. / [SAM58] Amante suspenso diante
não pode ser eterno; Mas tu sem elle, podes ser famoso
não por destra a Morte, mas por Morte Mais certos golpes
não posso ja, se não dizella? Vos, que ma repartîs, podeis
não posso. Mas não mande acordar tão cedo a gente Com
não posso, nem ter paz comigo? / [SAM6] Saudades
não pretendas Alto nome por morte peregrina; Nem pelo que
não pude, Do muito, que chorei, muito temendo. Porem como
não, que são passaros vulgares. Porco? sò de o dizer nojo me
não quer que veja. Pois inda a confusão não se remata Em vos
não quer saber, qual seja. / [SAM46] Tradução do
não rendéra o rayo ardente, Bem o rendéra a Musa levantada
não sabe, ou não quer saber, qual seja. / [SAM46] Tradução
não são caras! Gloria vos pode ser ir defendendo A vida
não são dores, Muitas queixas serão; e quando muto, Hum
não se honrasse. Mas poes Agua tambem, qual Terra, Ar
não se remata Em vos, e em mi; mas cuido que ella propia Ou
não sei porque, com vir entre elles, Vindes para fazer ao
328
SMO15
SFE25
SAM55
SAM17
SAM48
SFE13
SAM60
SAM55
SAM23
SMO32
SMO81
SFA53
SAM23
SSA86
SAM14
SAM48
SAM96
SLI22
SMO10
SMO81
SMO5
SAM6
SAM41
SLA56
SLA56
SAM33
SAM60
SAM2
SMO19
SFA88
SAM52
SLI62
SMO59
SMO67
SMO89
SAM2
SAM4
SFE39
SMO3
SLA18
SMO83
SMO10
SAM17
SFE39
SLA93
SAM33
SAM9
SAM45
SLA77
SHE54
SAM45
SAM71
SLA18
SAM46
SFE13
SLI90
SLA95
SAM14
SLA77
SPR1
SAM48
SLA97
SLA56
SLA28
SAM9
SAM17
SAM8
SLI62
SLA12
SSA65
SFE39
SHE54
SSA86
SAM43
SLA93
SAM43
SFE39
SONETO XV. Moral. Mas adonde irei eu, que este
Prima, esta trova, Que o mesmo vem a ser, que
não tem cura. Menos fora sentido o golpe duro, A
podeis detella; Mandandolhe que pâre, e me
lhas granhais*: tantas vos deve. Negros soes,
Meu senhor Dom Antonio, em vossos tratos; E
fiel, cego, e mudo: Outra vez to perdoo. O
vos: porque as feridas Nunca podem matar, que
que os satisfaça, Tomo quem dos perigos
vivendo em demazia, D' essas ditas, que tendes,
os moços confiando, Ignorantes da Morte, a
hà de dar meu fraco grito? Que direi eu, que ellas
arte, Que câ vos deixa aquella illustre parte, Que
o mundo tão bastante, Que toda a sede eterna, a
lhe sobejou para ditoso Ter por contrario, quem
a gloria, sempre unida Aos centros da ventura, que
fortuna: mas dessemelhante. No valor; se ante vos
e iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves, o que eu
pena. / [SMO10] Quando se vè do mal, o que se
andar folgando Por hum campo de vivos, que a
dera? Ou (por força) com elle hoje fizera, Que me
dias contentes, Se para se pagar de gosto hũa hora,
inteiro, Auzencia o Inverno, e o Verão desvio.
que declara Por magoas naturaes seu sentimento?
deixo. Sabeis hora, onde estâ o engenho posto?
o canto He digno de outra gloria verdadeira;
à triste vida: Porque d' esta cadea nunca erguida
chorados, Por ver, se são de vos melhor ouvidos.
taes conceitos, Tão divinas; tão longe de profanos,
de zombaria. Se os avexados defender pretende,
guardo: Poes que guardais de mi, se eu nelles ardo?
Sereas. Tantos hà, que arrastando crueis cadeas,
venho? donde ando? Tudo he culpa, ò bom Deus!
Da Terra, da agua, do Ar, Peixe, Ave, Bruto,
seu desvario, De longe a vè, chegar dezeja à terra,
padecidos Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados;
Que se no vosso Amor, não acho escudo,
o Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia
maior, seja cuidado A vontade do prodigo alvedrio.
Que em fim, quem conhecer vossos escritos,
trilhado; Mas se, por ser trilhado, me assegura?
he vento. E para quando os alcanceis, vos rogo,
dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente,
Amor profano Era la como o alto Amor de cima?
cumpridos, Porque de pensamentos tão subidos
minha, Mas que de costumada sempre ao pranto,
sente, Que hũa sô petição vos faça, ordena.
querida? Pois qual sois, se a real, ou se a fingida,
venerando Dos olhos, dos ouvidos, que enriqueces!
Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO LIV. Heroico.
[SAM45] De hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso.
pensamento; Porem quando lha ajusta o sentimento,
vivendo; Mais me cativa, quanto a vou mais lendo:
triunfante, Se jà piadoso a sy: se a my foy fero.
mentecatos) Que das plumas as rosas dos çapatos
leis de doce canto, Tão grande imperio tẽ ns
Com que por vossa Pena a Patria aumenta Meritos
ter por enemigo a hum venturoso, Que a meu pezar,
? Hora vive, e da fama faze idade, Que vivas
perca, a quantos vem, por onde venho. Tambem
todos He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr
E Bragança àlicerce generoso Imortal sempre,
Não certo nos primores, com que canto, Mas
certos golpes tem, que taes doutrinas. E quando
Que monta o cabedal do sofrimento. Amor tanto
mais amiga, Assaz de pouco faço em padecella. Atê
Salvo se o gram poder, que te destina, Quer que
Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre os Fados
Musa levantada. Em quanto viva o circular governo
LXV. Sacro. Ouzado Pescador, qu' he da tormenta
ouzadia Não nasceo, que me espanto que em tal cazo
Tanta estrella tenhais, bem como agora Com vosco
De Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus
a natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza
tão subidos Não sabe a terra o fim, se não a gloria:
celebrar o Nascimento de hũa Dama, cruel, que
Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia Não
não seja, Se a causa deste ser, levo comigo? E se eu proprio
não ser nada. / [SLI26] Vinda dezejada. SONETO XXVI. Lirico
não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere mais a seta
não siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco
não soes grandes; e o que a todos He culpa, vos realça, e faz
não sois sò Demonio para os ratos, Mas para as proprias rãns
não te queixes! Fiquem te embora os gostos, e as idades; Mas
não tem cura. Menos fora sentido o golpe duro, A não ser
não tem medo. A vinda temo mais, do que o caminho, Porque
não tem nada, E tem muito d' essoutro, que as impede
não temião. Todos cegos, nenhũns se lhe desvião, Ella a todos
não tenhão dito? Direi sò que as afagues, e que as sigas; Que a
não terà melhor, nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento
não termina. Bebei, que he tão potente, he tão benina, Que o
não teve dita. [SMO15] Cada hum he Fado de si mesmo
não teve. Que mal se atreve, quando a vos se atreve, Dos
não valem nada Zafir, Perola, Aver, Rubi, Diamante
não vejo, Ditoso tu, que vàs, adonde queres. [SAM23]
não via d' antes. SONETO X. Moral. Se como haveis tardado
não vião. Os velhos, sem saber o que fazião, A cada passo
não vira em quanto assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e
Não bastão mil idades differentes? [SAM7] Conhecendose a
Não cabe a vida nunca, em quem não caiba O queixume da dor
Não canto não; humilde rogo ao vento, Torne a buscar de mi
Não certo nos primores, com que canto, Mas nas muitas
Não cuydeis que he fraqueza da alma minha, Mas que de
Não cuides que tão cedo me desato. Acaba poes de crer, não
Não de flores, de lastimas se cobre A pobre humilde Musa
Não destes por Oraculo aos enganos, Com que Amor vive nos
Não gaste seu valor, por vãos caminhos; Jà que as defensas lè
Não guardais, acendeis mais meus ardores. Crecem prezos os
Não guardo ovelhas, mas aguardo danos, Das fermosas
Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a vida Se
Não lhe esquece jâ mais o alto estatuto Das Leys, que lhes
Não lho consente o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A
Não me estranhe ninguem, que meus cuidados Sejão por tantos
Não me fica no mundo outra defensa. [SMO5] Contra as
Não nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia
Não nos sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai o Mundo
Não pode esperar menos, que estas cartas. [SMO19]
Não: que desdo principio hà que lhe dura Do erro este costume
Não que façais me tornem a esperança, Mas que se quer, me
Não que me desprezais, como mofino, Mas que me castigais
Não! que posto que Amor cada hum se estima, O divino he
Não sabe a terra o fim, se não a gloria: Nasce do Amor
Não sabe festejar d' outra maneira. / [SFE34] Resposta a D
Não sabeis qual! Pois he que se algũa hora Mais vos pedir
Não sei certo dos dous, qual mais o ignora. Vos, que a fingida
Não• sei onde em mais credito floreces, Se no que vàs
Não sei, se soes Senhor, se soes Senhora, Senhor, sede o que
Não sò duvido eu; duvidais, Flora, Pintada, e viva, vendovos
Não soma menos, que hũa eternidade. Ajuntailhe os perigos, e
Não tem geito de ser a d' alforria. Serà de marear à fantazia
Não temais abrazarvos dos ardores De seus olhos; que a
Não teve Portugal, tal Dom Antonio. Estâ vossa mercê muito
nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave
nas desgraças sepultados. Tal, acção para sempre celebrada
nas glorias se exercita. Hora vença, e de mi riase a gente; Jà
nas idades peregrinas! Com idade de prata, e pena d' ouro
nas mãos resigno da esperança A gloria, que por tragicos
nas maravilhas, que alcançastes. Emfim milagres soes por
nas memorias ande A fama, dos que tanto celebraste, Por
nas muitas razoens com que me queixo. [SMO57] Tomando o
nas palestras peregrinas Te vejo confiado, astuto, e forte
nas penas se melhora, Despois que nellas novos ganhos sente
nas proprias queixas meu destino Quer, que a vosso desprezo
nas quedas, voos, e contendas Compres a gloria, a pezo da
nas vozes das Sereas. Tantos hà, que arrastando crueis
Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do oposto
Nas mansas aguas d' esse breve vazo? Duvidais vos d' entrar
Nasça a ouzadia, do arrependimento? / [SFE40] Responde a
nasce a ser da noite espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo
nasce, porque o homẽ a Deus renaça. Fonte de graças, que
Nasce a vencer da terra a sombra escura: Rompe o Anjo
Nasce do Amor, renova da esperança, Fenis, das chamas, em
nasceo em dia de Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim
nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça a ouzadia, do
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SFE75
a lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando para
obrando, Te offenda minha ingrata natureza,
Envejoso de ver que o mar cortava Hum Pinho, que
vos ser o Sol nado, Antes da bella Aurora haver
se exprimenta. / [SFE70] Dando os parabẽns do
vos der, por ser fundadas. Canseime pello vosso
Por Assunto academico se mandou celebrar o
de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de
Mas que merece aquelle, que declara Por magoas
deixando a Empirea altura A graça, dece a honrar a
fallando, obrando, Te offenda minha ingrata
Nada pode cumprir, do que promete? [SFU85] Ao
quizer, do roto lenho Para eterna menção de seu
Que presâgo se mostra em seu desvello Mais do
sem mais sufragio, Que o mesmo horror, que do
Archanjo são Rafael, pedindolhe dirija sua molesta
nasceu delle defronte. Hora sahio da terra, e foi
Força he acabar no amor d' Urania os dias; Tempo,
T. De quem? V. De ti? T. O Tempo o gosto
Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser
se dobra o servir, da alta consorte, Já não pode
vento, A noite estava para estar sezuda; Que desta
atiçada: Grilhão, que vos assusta eternamente
Louvando por ley de certamen, hũns olhos
Sabe Amor lhas granhais*: tantas vos deve.
Os velhos, sem saber o que fazião, A cada passo
temeo a espada. Nunca fora a vitoria duvidada, Se
Porque da mesma duvida informada, Quanto
Amor tanto nas penas se melhora, Despois que
Duvidais vos d' entrar (timido a cazo) Quando que
eu n' alma guardo: Poes que guardais de mi, se eu
he de penar irresoluto Sem gloria aos mortos,
Cão sò para agourar, rato, que fura, Candea,
temer o excesso, ou a ruina. Do poço de Sichem,
Que o mesmo horror, que do naufragio tenho. Jà
Porque em ambas fortunas venturosa, Se antes
Se antes nem de ti mesma te fiavas, Agora
vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente o Mar,
deixa aquella illustre parte, Que não terà melhor,
Jà nem para homem de guadameci Tenho figura,
em galê, D' aquella, que não passa desde alli, Jà
elle della. Fazei outro milagre em mi segundo; Que
desvio Ver, como vai o Mundo concertado; Porque
por mais firmeza, Toda a vida, sem mais como,
O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà
esperar ter paz com todos, Quando não posso,
a frescura; Dorme o prado; e das arvores agora
sogra, que agora vos conheço (Contra o que dizem:
Saibao, quem folga, e vè que me arruino.
Ay não pretendas Alto nome por morte peregrina;
valerme: Nada vejo, que possa socorrerme,
bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre ouro fino
A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo es? T.
Aleijado seja eu, se o não dezejo: Mas eu em vos
suspensão tão comedida ? D' essa alta gloria, que
Tanta graça; e tal ser lhe foi detado*, Qual Idolo
he segundo Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta?
Ignorantes da Morte, a não temião. Todos cegos,
SONETO XLVIII. Amoroso. Olhos, vos soes, quem
de Castro. SONETO XCIX. Laudatorio. Repouza
O divino he divino, o humano humano. Porem
XVII. Amoroso. Qual, senhora, he dos dous,
Resulta de evitar d' Amor os danos. Acabe
São dadas nove; a luz, e o sofrimento Me deixão sò
mas custosa. SONETO IX•. Amoroso. Senhora,
que sou pò? e a crer me incita Que he vento, quanto
O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a
penha, donde o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô
e do tempo ás gentes dados; Não me estranhe
A vista do tormento, e do tirano. E a fim de que
tenho ouvido, Terdes fruta, que he fruto abençoado.
SONETO LXXXIX. Moral. Vivia aquelle Freixo
SONETO LXVI. Amoroso. Força he acabar
o manto azul vestio, da branca Aurora. A flor, que
Resolutas, constantes, derramadas, Cometas são
que triunfador tem sido. No constante arraial,
Varia idea estando na America, e perturbado
nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO
Nascer, viver, morrer, tudo he torpeza. Donde vou? donde
nasceu delle defronte. Hora sahio da terra, e foi navio, Lutou
nascido? Aposto que vos traz Dona Joana Hum alegre recado
nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez da Cunha
nascimento; Nacestes: consumime pello fruto; Foy flor: se a
Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal
Natal. SONETO XLIII. Amoroso. Hoje emfim, que deixando a
naturaes seu sentimento? Não canto não; humilde rogo ao
natureza; Como tambem do Ceo, vossa belleza Nasce a vencer
natureza, Nascer, viver, morrer, tudo he torpeza. Donde vou
naufragio, e morte de hum Amigo. SONETO LXXXV. Funebre
naufragio; Eu viva errado sò, sem mais sufragio, Que o
naufragio, que do porto, dino: Socorrey, e guiay, entre as
naufragio tenho. Jà nem da perdição do altivo empenho, Poes
navegação. SONETO LXVIII. Sacro. Piloto Celestial, Norte
navio, Lutou co Mar, lutou co vento em guerra: Quedas• vio
nẽ auzencia saberão valerme: Nada vejo, que possa
nega. V. O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà
negada; Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois mais que a
negarlhe a mão devida. Ay do que espera, quanto mais
negra gente, em festa ruda Endoudece o lascivo movimento
Negro boçal, e mais boçal ratinho, Que mais vos leva, que vos
negros, e pequenos. SONETO XLVIII. Amoroso. Olhos, vos
Negros soes, não soes grandes; e o que a todos He culpa, vos
nella hião topando. Na mocidade os moços confiando
nella, illustre Sà, foras prezente; Poes o que não rendéra o
nella se encobre, entende della. Pode do Sol a claridade bella
nellas novos ganhos sente, Que hũa sô petição vos faça
nelle entreis, o Mestre intenta? Como se antes ouzada, hoje
nelles ardo? Não guardais, acendeis mais meus ardores
nem aos matadores. Escolhei dos perigos os melhores (Se
nem cos dedos atiçada: Grilhão, que vos assusta
nem da cisterna De Bellem emanou. Fonte dos montes De Deus
nem da perdição do altivo empenho, Poes o fim não fugî, tema
nem de ti mesma te fiavas, Agora nem do templo es temerosa
nem do templo es temerosa. [SAM43] Por Assunto
nem em pedaços. /
[SLI90] A hum Roixinol. SONETO XC
nem melhor tinha. Ao ceo, ao mar, ao vento, ao lenho, ao
nem para de pé. A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova
nem para homem de guadameci Tenho figura, nem para de pé
nem porque lhe destes vida a ella, He razão que mateis a todo
nem porque o Mar sempre he salgado, Deixa sempre de ser
nem quando. Se cuidando, Senhor, fallando, obrando, Te
nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T
nem ter paz comigo? / [SAM6] Saudades. SONETO VI
Nem da que mais o Zefiro namora, Deixa a donzella flor, d'
Nem de barro à porta) Aposto que inda soes, como ereis d'
Nem me fez do que sou perder o tino Aquelle assombramento
Nem pelo que he castigo, a fama entendas: Salvo se o gram
Nem que saiba remirme em taes porfias. Ancias hà muito que
Nem reconhece a fragua, em que se mete. Vos direis que isto
Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite para cega
nenhũa alejão vejo, Salvo aquella de ser linda, que espante
nenhũa iguala, Melhor declarei mudo o alto modello: Mas
nenhum gozâra antigo? Mas como respondeis a esta pergunta
Nenhum he? Pois quem he, que gloria tanta Pode juntar em si
nenhũns se lhe desvião, Ella a todos co dedo, os vay contando
nessa esfera breve Guardastes, por industria nunca ouvida
nesse Tumulo eminente Dos dous Ulisses, hũa mesma gloria
nesta mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto, e o
nesta querella O mais culpado, foy contenda antiga: Vos, que
nesta sorte, esta vingança; Sepultemse comigo meus delitos
nesta varanda muda: Quando a Domingos, que dormindo estuda
neste breve apartamento Bem conheço, por mais que à dor
neste pò se encerra: Dizme outro vento que esse pò vil erra
neve he sò sobeja, O triste inverno, assombra ao claro estio
Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu sò
ninguem, que meus cuidados Sejão por tantos modos repetidos
ninguem se compadeça, Là traçastes de modo o vosso engano
Ninguem mais fez num ano de cazado: (Sois home em fim de
no alto monte, Verde, e robusto; apenas o tocava O brando
no amor d' Urania os dias; Tempo, nẽ auzencia saberão
no botão com medo mora, Rompe gentil, saindo confiada
no Ceo. Ay pellas vidas D' aquelles, por quem são de vos
no combatido Castello; postra seu contrario armado: Rendase
no estudo por bayles de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo
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SMO16
grão merecimento, Crendo que em vos, como
mutas, Lucinda, no Occidente, e no Oriente; Donde
poes, se a tragedia solicita Algũa sem razão, que
do campo a graça, e fermosura Que devemos ao Ar,
se no vosso Amor, não acho escudo, Não me fica
A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova cortez
Esperdicemse as perolas, que hà mutas, Lucinda,
as perolas, que hà mutas, Lucinda, no Occidente, e
de muitos modos, Finje que a honra he certa
te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a belleza, e
Não• sei onde em mais credito floreces, Se
Que antes que a idade te soltasse os anos, Jà
que nos braços o esperava, Jaz hum pastor, que
vez prometeu, mentiome cento. Que pode Amor, se
desprezastes. [SMO49] Escarmento prevenido
estado. Jà propuz de passar o mundo a esmo, Poes
o meu castigo? / [SAM20] Cloris com rosa
seca estâ, mortas as cores: De que serve encantar
E obrigação tambem, em conhecendo, Que se
honrado Triunfado foy, que triunfador tem sido.
republica sonora Entre as aves pretendes sinalarte
mar levada. Sois na fortuna: mas dessemelhante.
SONETO XXXI. Amoroso. Deminuir da fê tão
[SMO57] Tomando o habito de Frade hum mancebo
d' enveja, e dor, tal fim, e auzencia: Mas pois tão
que trocaste as honras da memoria A dezejos mais
XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto o Sol; e a
tenhais, bem como agora Com vosco nasce a ser da
cento. Mortos da mesma morte o dia, e vento, A
que são passaros vulgares. Porco? sò de o dizer
que o tempo esquecimentos mande. Poes para ti tal
eterno vivirà teu nome grande Tanta vez, quanto
para ti tal nome asseguraste Que eterno vivirà teu
morada fria, Confuza solidão, sò companhia, Cujo
Dece embora de tî. Ay não pretendas Alto
competindo, e acrecentando. Gozoute o Ar, teu
Quando a Domingos, que dormindo estuda, Por hum
Dez figas para vos, poes com furtado Consular
e cuydado, Que essas sò são as guardas, do meu
. SONETO LXVIII. Sacro. Piloto Celestial,
o Rayo da mortal esfera Procura de cegarme todo o
em mundo incerto? Buscar nos Ceos o verdadeiro
Junto do manso Tejo, que corria Para o Mar, que
Que farei logo incerto em mundo incerto? Buscar
Quando pellas florestas passa o vento, Que a
dispensa, De lhe dizer ao Autor desta defensa, Que
vencer? Poes se quizeste Primeiro batalhar, como
Pobre da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là
de cantaro; ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro
por Oraculo aos enganos, Com que Amor vive
SONETO XCV. Laudatorio. Quando envolto
Cuma tia Abbadeça, como hum ouro. Arredo và de
[SMO61] Desenganase de si, pello que vê
Emfim que aquella hora he jà chegada, Que atê
Sabeis hora, onde estâ o engenho posto? Não certo
enfim, Senhora minha, O Fado o quis assi, que
Se conte por delito, e por offensa. Mas que fora de
seja cuidado A vontade do prodigo alvedrio. Não
sò são as guardas, do meu norte. Todo o tempo a
Mas sospeito que estas como corrido, De não
Por outro tal remendo quiz hum dia (Arredo và de
SONETO C. Heroico. Monarca Portuguez,
Por Asunto Academico se offreceu a El Rey
rara. Tu, que vives triunfante sobre as gentes,
acção mais excelente Que foi do Tempo a os seculos
A feminil piadade aspira a tanto, Que com victima
mas he fechada, E inda o he mais para mi a rua
De mi, senhora, e dentro de vos viva. / [SMO16]
de Barbaros. SONETO LXXV. Festivo. São dadas
por elle Hum impossivel tal, que o vencer delle De
como haveis tardado, desenganos, Vindes hoje de
outra morte? Prepâra para darme, hum
forças mais que as das virtudes. [SFE39] Ao
XXXVIII. Heroico. Senhor: Aventurar por
Que com pontas na Fè, e na Piedade, Descreve hum
saiba Que quem lhe tira a voz, a quem se queixa, De
de vos viva. / [SMO16] Nova invenção de Amor,
no Firmamento Bella pode viver, e estar segura. Que a Rosa
no frio golfo, ou pego ardente, As deposita o sol, em conchas
no meu dano O mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe
no movimento? Tal, se passando vai por teus primores A
no mundo outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas do dezejo
no mundo se acharà, Correndo de Cascaes atê Pegû. Tende
no Occidente, e no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego
no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente, As deposita
no perigo. Pois se nunca pretende o que he possivel, Como
no que pâra. [SFA51] A hum amante da variedade. SONETO
no que vàs vivendo, ou vàs cantando. Quando te vejo
no sagrado monte a vida viste. Tem te, não deças, que em te
no semblante dava Mostras da dor, que o coração cubria
no seu proprio Imperio Nada pode cumprir, do que promete
no temor. SONETO XLIX. Moral. Como me eu vi voàr com
no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa, e
no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa, ô Cloris, do Amor
no vidro, os annos? Se lhe resistes, dâs mais força aos danos
no vosso Amor, não acho escudo, Não me fica no mundo outra
No constante arraial, no combatido Castello; postra seu
No Musico louvor da branca Aurora; Canta, que viràs mais a
No valor; se ante vos não valem nada Zafir, Perola, Aver
nobre intento, Fermosa Lici, em vão pretende o Fado; Porque
nobre. SONETO LVII. Moral. Ditoso de ty, Fabio, que
nobre vida tens roubada, Para que deixas cà, se suas forão, A
nobres, mais cumpridos, Porque de pensamentos tão subidos
noite escura He do dia, bastarda sucessora. Jà quando• esta
noite espanto. Tende a Terra por berço, o Ceo por manto, E
noite estava para estar sezuda; Que desta negra gente, em
nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo deixárão
nome asseguraste Que eterno vivirà teu nome grande Tanta
nome eternizaste. /
[SAM98] Contra hũa soberana
nome grande Tanta vez, quanto nome eternizaste. /
nome melhor he Sepultura: Quem tantas maravilhas
nome por morte peregrina; Nem pelo que he castigo, a fama
nome publicando Em acordados ecos sonorosos, Onde aos
nome, que errou, lhe chamo eu cento. Mortos da mesma
nome vos chamais Prudencia; Se fazendo co Mundo
norte. Todo o tempo a nos vem, sò o da morte Foge daquelles
Norte divino Primeiro Tifis, Palinuro bello, Guiador de Tobias
Norte Ou pretende co' a força do aço forte Medir a condição da
Norte, Poes na terra não hà, caminho certo. / [SMO84]
nos braços o esperava, Jaz hum pastor, que no semblante
nos Ceos o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà, caminho
nos chega fragrante; por ventura Essa fragrancia, essa aura
nos defenda todo o Santo dia. E pois que tem tal mão para a
nos deste A Vitoria, sem vermos, como, ou donde? O
nos dias de outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem
nos lastima; Dà paz hum dia, por dar guerra hum anno. Vos
nos mas altos peitos? Porque, senhor, tanta belleza junta
nos miseros cuydados De Portugal o Reino se lamenta; Quando
nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira inda sois bruxa
nos outros. SONETO LXI. Moral. Onde me acolherei? Tudo he
nos passos tras preço, e ventura, Tão merecida de hũa fé tão
nos primores, com que canto, Mas nas muitas razoens com
nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que he, o que parte
nos, se esta, se algũa Fora mais que hũa gota, a ser medida Co
nos sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai o Mundo
nos vem, sò o da morte Foge daquelles, de quem he chamado
nos virdes logo c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser o
nòs o sestro agouro) Remendarme a cabeça outra porfia. Mas
nossa Palestra Onde o Sago se veste, e se arma a Toga; Com
Nosso Señor o patrocinio da Academia dos Generosos
Nota (pois te ameaça hũa igual sorte) Donde pâra a belleza, e
notoria Pos o Segundo a mais illustre historia Que ao mundo
nova o altar florece; Mereçate poes tanta affeição pia: Que
nova. Poes se ha de ser de nada a consoada, Mandarvos hei
Nova invenção de Amor, novo tormento. SONETO XVI. Moral
nove; a luz, e o sofrimento Me deixão sò nesta varanda muda
novo ao Mundo sei, que as farà raras. Com mãos vence de
novo apercebidos; A troco de vos ver tão prevenidos, Douvos
novo corte Braço mais crú? Espada mais severa? Que faz o
novo emprego amoroso de hũa Senhora desenganada antes de
novo Imperio, Digno de Cesar he, digno de Augusto; Porque
novo Imperio soberano? O Catholico Ceptro he Lusitano, Que
novo se lhe obriga a remediallo. / [SHE42] Ao escarmento de
novo tormento. SONETO XVI. Moral. Pudeste mais fazer, ò
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tanto nas penas se melhora, Despois que nellas
suaves leis de doce canto, Tão grande imperio tẽ
fruta, que he fruto abençoado. Ninguem mais fez
SONETO XCVII. Laudatorio. Dedalo que fabricas
alcançou, custa asperezas, Que custaria hum bem
Lugar, Fê, Gosto, e Morte, A fraude he certa, e
Rendase hoje a seu braço, que he forçado, Pois
o Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a vida
e tornarei à triste vida: Porque d' esta cadea
a Morte contra humanos atrevida, Contra o divino
eu, vossa ventura; Que eu tambem, quando a tive,
valor do proprio apartamento. Conta he esta, que
A pobre humilde Musa, que procura Sempre a paz,
quem nessa esfera breve Guardastes, por industria
Finje que a honra he certa no perigo. Pois se
bella, Pelas nuvẽns a os olhos ser negada; Mas
e da mudança; Riamos do desvio, e do rodeo, Se
ardores De seus olhos; que a rayos de tal sorte,
igualmente Venera a Tuba, que temeo a espada.
vos de ser fermosa, Minha senhora Dona Mariana?
sufridas. Vivei por ambos vos: porque as feridas
fermosura. Fermoso esprito pareceis d' aquelles
d' esse Deus infante; Ide humildes de Flerida diante,
quando a tive, nunca o cria. [SFA53] A João
entende della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas
vosso desprezo obediente, Quando delle me queixe,
cuidais que he gracinha o ser ingrata, E credes que
piadade aspira a tanto, Que com victima nova
cuydaveis que abaixo Amor profano Era la como
do Ar, Peixe, Ave, Bruto, Não lhe esquece jâ mais
gloria, que nenhũa iguala, Melhor declarei mudo
das chamas, em que estàs ardendo, Do Amado,
SONETO LXXXIV. Moral. Porque, fortuna, quanto
De Escravo, duvidais seus mandamentos? Pois diz
Nasce a vencer da terra a sombra escura: Rompe
he, que pertença a esse elemento? Apenas pos
Os feitos competindo, e acrecentando. Gozoute
olhos duvidada, Pois mais que a sombra esconde,
o prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se
não faltarà pois quem ma estime: Que a palha para
ser muito, ella o callava: Mas vencido do mal, que
Estando para nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e
SONETO XLVI. Amoroso. Doces versos, por quem
temor das ondas, descuidado. O Principe, o Pastor,
culto escreves, cantas tão valente, Que parece que
Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde não falta
disse contra seus enganos Seneca, quando diz: Que
quam mal da mudança se assegura A fonte, o rio,
Da que mais verde entre esmeraldas seja; Horido
ir, ver, e vencer mais altamente; Poes se là vence
certo que a contraria sorte Entre a vontade, e
Do merito primeiro, que da Morte, A vida te cortou
do Austro embravecido. Responde repetindolhe
Por premio de o esperar, veja algum dia Soltos a
hà mais ganho na gloria, que dais vista, Que monta
quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella
perigos não tem medo. A vinda temo mais, do que
lagrimas convinha Sentir somente o mal, e agora
A cera, que do bafo se derrete, Val pouco; mas
E se como comigo, foi severo, Com vosco o for,
e a desventura? A quem me hei de queixar, se
de todo o incendio tardo. Que industria contra
me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte, arde
Trocouse o vento em aura socegada. Despiose
guardado. Ceo de humanas estrellas illustrado, Que
que te goze: O quem pudera Fazer como tambem, te
esprito pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que
duras armas? Ora eu fora ditozo, esse vingado Se
a ser da noite espanto. Tende a Terra por berço,
O firme freixo: a estrella mais segura Varre
em vos força he que vibre) Leite a Razão vos dê: e
Bem o rendéra a Musa levantada. Em quanto viva
prata, e pena d' ouro! [SFE78] A hum amigo, que
iracundo, descifraste, e leste, Porque de Marte
pastor, que no semblante dava Mostras da dor, que
Mas que pudéra a voz, quando advertida, E ouzado
chão, com desprezo antes olhado! O docel d' ouro,
novos ganhos sente, Que hũa sô petição vos faça, ordena
ns nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo, ou grave
num ano de cazado: (Sois home em fim de prol) Pay, e Marido
numeroso Edificio imortal, onde venera Quantos prazeres a
nunca alcançado? / [SLA72] Em resposta a hum Elogio
nunca conhecida. Vos, que sabeis de mi, mais, do que eu
nunca d' outro braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes
nunca, em quem não caiba O queixume da dor, que a dor lhe
nunca erguida Não cuides que tão cedo me desato. Acaba poes
nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe
nunca o cria. [SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe
nunca o pensamento, Com a saber provar, houve encerrado: E
nunca o premio da ignorancia. E se rica algum tempo, agora
nunca ouvida, Da fermosura a gloria, sempre unida Aos
nunca pretende o que he possivel, Como posso esperar ter paz
nunca ser dos olhos duvidada, Pois mais que a sombra esconde
nunca vai sem vos, quem vai com sigo. / [SMO32] Desde a
Nunca as humildes lagrimas tem medos. Se emfim vos
Nunca fora a vitoria duvidada, Se nella, illustre Sà, foras
Nunca jà mais, se a vista não me engana, Ou se a fê mais que
Nunca podem matar, que não tem cura. Menos fora sentido o
Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra; Mas confundome
Nuncios sempre fieis, d' Amor sincero. E se como comigo, foi
Nunes da Cunha, mandandolhe hum livro de versos, que lhe
nuvẽns a os olhos ser negada; Mas nunca ser dos olhos
o aclame dino. Poes deixaime queixar, cuidarâ a gente, Não
o alrotar que he cortezia ? Porem não me direis, minha
o altar florece; Mereçate poes tanta affeição pia: Que
o alto Amor de cima? Não! que posto que Amor cada hum se
o alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes ordinarias; E logo
o alto modello: Mas quando eu bem fizesse em declaralla
o amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não
o Amor me hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As
o Amor: Que para obedecido, Mais he, que quando aos pês
o Anjo, cuberto de luz pura, O Serafim vestido, em flama
o Ar hum leve alento, Que das flores colheu cheiro, e frescura
o Ar, teu nome publicando Em acordados ecos sonorosos
o ardor revella. Em vão logo serà, se pretenderdes
o arrependimento da ouzadia Não nasceo, que me espanto que
o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da gente honrada
o atormentava, Sem licença do mal, assi dezia: Corre alegre
o Autor prezo. SONETO LIV. Heroico. Não sei, se soes Senhor
o auxilio espero, Mais que d' Apollo, d' esse Deus infante; Ide
o Aventureiro Logrão da paz, que falta ao meu cuidado: Tal
o Barbaro, igualmente Venera a Tuba, que temeo a espada
o bem, por ser gozado. Desta flor, desta Estrella, celebrada
o bem, que tarda, Mais lastîma, que o mal, que se exprimenta
o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me chega a sorte
o bosque, o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de
o braço, câ a vontade. / [SFE80] A hũa enferma, que
o braço, determinas. Espada, e pena, poes que com verdade
o braço duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle o
o bramido Na branca praya, humida, arenosa Hum eco, que na
o brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde o sol fermoso
o cabedal do sofrimento. Amor tanto nas penas se melhora
o callava: Mas vencido do mal, que o atormentava, Sem
o caminho, Porque para me dar mayor desgraça, Sei que me
o canto He digno de outra gloria verdadeira; Não cuydeis que
o celebre ouro fino Nem reconhece a fragua, em que se mete
o celestial sembrante; Dirlhe heis se veja em vôs, verse hà
o ceo procura Que soe minha dor, como ousadia? Qual o
o Ceo achou resguardo, Que os estragos despoes não fez
o Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella mais segura
o Ceo da sombra carregada, E o manto azul vestio, da branca
o Ceo dezeja, e para si convida; Gloria co a gloria em tudo
o Ceo gozasse. / [SSA86] A hum quadro, que continha os
o Ceo jà desencerra; Mas confundome, vendovos hum delles
o Ceo me dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu, para
o Ceo por manto, E por ama, a Fortuna vencedora. A paz vos
o chão, com desprezo antes olhado! O docel d' ouro, o coronel
o choro breve A Piedade. A Belleza vos dè, a Enveja: Tanto
o circular governo Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a
o convidava lhe acabasse certo soneto satirico. SONETO
o coração celeste Sempre a teu alto coração responde
o coração cubria, Fallava o gesto quanto n' alma havia, Que
o coração, de louvor darte; Que não fizesse com mais culto, e
o coronel dourado Pende, e desmente. A graça, e a ventura
332
SFU64
SAM52
SMO16
SMO32
SFE80
SMO89
SFE39
SFE75
SFE80
SAM55
SFU37
SFE25
SFE39
SMO49
SLA56
SAM66
SLA99
SMO10
SAM8
SAM27
SAM6
SLI22
SMO49
SLI29
SAM27
SHE100
SSA86
SHE100
SAM31
SMO61
SFU64
SPR1
SLA93
SLA93
SFU85
SAM46
SSA86
SFE80
SLI22
SAM55
SFE39
SHE54
SMO10
SMO35
SAM8
SMO61
SMO57
SFE25
SSA86
SFE39
SSA86
SAM45
SAM52
SMO69
SAM96
SAM41
SFE75
SAM47
SFE13
SFA88
SAM9
SLI29
SAM33
SMO69
SLI26
SAM91
SMO89
SHE100
SAM91
SSA86
SLI26
SMO89
SMO73
SLI22
SMO3
SAM47
SAM31
della estâs seguro, Porque elle o ferro deu, deu ella
ventura; Que eu tambem, quando a tive, nunca
ceo procura Que soe minha dor, como ousadia? Qual
guardas, do meu norte. Todo o tempo a nos vem, sò
tudo eu creo (cà para comigo) Que não foi; mas se
e robusto; apenas o tocava O brando vento, apenas
SONETO XXXIX•. Festivo. Por isso eu disse jà que
lhe chamo eu cento. Mortos da mesma morte
dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se
fere mais a seta, onde he secreta. Ah senhora, que
Que a Morte contra humanos atrevida, Contra
não, que são passaros vulgares. Porco? sò de
lhe falta o gosto, e o prazo Logo muda das couzas
que perco a dita, Eu me vingo, em saber, que deixo
e voz, por dizer deixo. Sabeis hora, onde estâ
da grave pena se me evita: E emprenhandome mais
são, mais que porfido e alabastro. Mas qual será
tornem a esperança, Mas que se quer, me deixem
foi do Fado obedecido Teu dano; porem deveslhe
conheço o meu cuydado, E contemplo na duvida, que
os cabellos, que Amor laços fazia, Por premio de
manso Tejo, que corria Para o Mar, que nos braços
me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte, para
da mudança se assegura A fonte, o rio, o bosque,
que inda apartado Quem me assegura a mi, de que
dos mestres, mestra. Cera e Marmore offerece a
que, porque se afirme, ou se levante, Possa temer
do feliz, e infeliz astro. As materias deixai, tomai
tão nobre intento, Fermosa Lici, em vão pretende
pela terra derramado. Perdese o grande, perdese
duro: Delle perigas, della estâs seguro, Porque elle
tenho. Jà nem da perdição do altivo empenho, Poes
de pensamentos tão subidos Não sabe a terra
o amado exemplo, hoje imitando. Melhora seja
Estendendose foy, e affeiçoando. Gozoute
sincero. E se como comigo, foi severo, Com vosco
he tão potente, he tão benina, Que o humilde eleva,
tambem manquejo, Se o que a• Galanta quer, quer
Mostras da dor, que o coração cubria, Fallava
matar, que não tem cura. Menos fora sentido
nesta mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta
o que for; e sede tanto, Quanta a esperança foy, he
foje, quem procura, alcança, Poes he pezo o temor,
V. Perseguida. T. De quem? V. De ti? T. O Tempo
pelo que he castigo, a fama entendas: Salvo se
Tudo vai pela terra derramado. Perdese
razoens com que me queixo. [SMO57] Tomando
cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E inda
emanou. Fonte dos montes De Deus nasce, porque
que Amor cada hum se estima, O divino he divino,
Bebei, que he tão potente, he tão benina, Que
ou se a fingida, Não sei certo dos dous, qual mais
prezos os rayos vingadores, Certo effeito de todo
[SMO69] Escuzase da esperança, a que
ou razão desta fortuna. / [SAM96] Lamentando
Anno esteril de Amor, que passa inteiro, Auzencia
Que desta negra gente, em festa ruda Endoudece
a donzella flor, d' estar segura. Em doce sono
Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu
Ao Conde Camareiro mayor, havendo lhe tornado
sempre estar, à vista do tormento. Qual serà pois
para abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio
Senhora, se com lagrimas convinha Sentir somente
diz: Que o bem, que tarda, Mais lastîma, que
socegada. Despiose o Ceo da sombra carregada, E
agua erguido Lá na serra da Arrabida viçosa Irado
do bosque, donde estava, Envejoso de ver que
oje a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e
vendo ja que se estremece A firma penha, donde
cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão para
Vinda dezejada. SONETO XXVI. Lirico. Bramava
longe a vè, chegar dezeja à terra, Não lho consente
que he da mocidade? Tragoume a vida inteira
XXII. Lirico Junto do manso Tejo, que corria Para
como vai o Mundo concertado; Porque nem porque
sono o Lavrador cansado Do trabalho• se esquece;
Com a saber provar, houve encerrado: E
o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita a sorte, Então por se
o cria. [SFA53] A João Nunes da Cunha, mandandolhe hum
o cruento Phalaris ouvia A humana voz, vestida em fera dura
o da morte Foge daquelles, de quem he chamado. Tendes
o dais adivinhado, Escutayme hora à orelha, a ver se o digo
o deixava De abraçar pelos pès aquella fonte. Tão soberbo
o desengano Era hũa alma de cantaro; ouvis, Prima? Cura por
o dia, e vento, A noite estava para estar sezuda; Que desta
o digo. [SMO81] Apologo da Morte. SONETO LXXXI. Moral
o dito he pouco escuro: De que serve matar hũa vil ave, E
o divino nunca foy ouzada. Essa flor, esta vida tendo em nada
o dizer nojo me fica. Mandaravos o sol, se desta cova Mo
o Elemento. Poes se o arrependimento da ouzadia Não nasceo
o engano. / [SMO50] Fermosura, e Morte, advertidas por
o engenho posto? Não certo nos primores, com que canto, Mas
o entendimento, Bella, e amavel Urania me acredita
o epitafio argumentoso Que declare as emprezas gloriosas, Do
o escarmento. [SMO11] Mundo he Comedia. SONETO XI
o escarmento: Que em fim se não lograste hum alto intento
o espera; Tantas, e muitas mais, delle quizera Antes ser
o esperar, veja algum dia Soltos a o brando vento boliçoso
o esperava, Jaz hum pastor, que no semblante dava Mostras
o estado honroso, Logo o voo julguei por enganoso: Saibao
o estio, o prado. Ay de mi, que me chega a sorte dura A
o estivera? Se para sempre amar, sempre he hũa era, Para
o eterno templo De hum magnanimo Afonso, que se aclama
o excesso, ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna De
o exemplo Sendo a os contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos
o Fado; Porque a auzencia reparte o seu cuidado Pelo valor do
o fermoso, Sem que o valor do mais constante brio Escape d'
o ferro deu, deu ella o corte, Pobre o Mundo se vio, estreita
o fim não fugî, tema o presagio: E se exemplo não fui, seja
o fim, se não a gloria: Nasce do Amor, renova da esperança
o fogo, e não mudança, Para que eternamente renacendo
o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou. O quem
o for, o celestial sembrante; Dirlhe heis se veja em vôs
o fragil faz constante; Sem que, porque se afirme, ou se
o Galante. Aposto que em Coimbra algum letrado Disse que foi
o gesto quanto n' alma havia, Que quiçâ por ser muito, ella o
o golpe duro, A não ser para vos tão duro, e grave, Pois fere
o gosto, e o prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se
o gosto, e quanto Crecerão com crecerdes de hora em hora
o gosto he vento. E para quando os alcanceis, vos rogo, Não
o gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V
o gram poder, que te destina, Quer que nas quedas, voos, e
o grande, perdese o fermoso, Sem que o valor do mais
o habito de Frade hum mancebo nobre. SONETO LVII. Moral
o he mais para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a
o homẽ a Deus renaça. Fonte de graças, que com graça
o humano humano. Porem nesta mortal Filosofia, Quando vê
o humilde eleva, o fragil faz constante; Sem que, porque se
o ignora. Vos, que a fingida sois, dizeimo agora, Fallai; sereis
o incendio tardo. Que industria contra o Ceo achou resguardo
o induzem os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral. Dos
o infelice cazamento de hũa Dama. SONETO XCVI. Amoroso
o Inverno, e o Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem
o lascivo movimento. Mas eu que digo? solto o tão sublime
o Lavrador cansado Do trabalho• se esquece; o Marinheiro
o lî jà; e cuido que em Petronio (Ou em qualquer d' essoutros
o livro da defensa da Musica moderna. SONETO LXXXVIII
o louco pensamento Que deixe tal comercio, e tal conquista
o mal de muitos. SONETO XXIX. Lirico. Eu vi rir esta fonte; e
o mal, e agora o canto He digno de outra gloria verdadeira
o mal, que se exprimenta. / [SFE70] Dando os parabẽns do
o manto azul vestio, da branca Aurora. A flor, que no botão
o mar com força temerosa, Do fero sopro do Austro
o mar cortava Hum Pinho, que nasceu delle defronte. Hora
o Mar afoga, Prezandose de ser dos mestres, mestra. Cera e
o Mar batia; Vem, diz, veràs, ô Ninfa deshumana, Que à
o Mar da graça. [SFA87] Respondendo a hum amigo Poëta
o Mar; e estâ contente agora: Trocouse o vento em aura
o Mar, nem em pedaços. /
[SLI90] A hum Roixinol
o Mar profundo! Hora quem diz sou pô, fallou verdade. /
o Mar, que nos braços o esperava, Jaz hum pastor, que no
o Mar sempre he salgado, Deixa sempre de ser ensoço o rio
o Marinheiro Jáz, sem temor das ondas, descuidado. O
o mesmo Amor, que a tem multiplicado, Quando somar a quer
333
SPR1
SFE25
SSA65
SMO84
SMO19
SLI29
SAM27
SMO16
SMO19
SAM58
SMO61
SFE78
SAM27
SAM20
SMO83
SLI26
SSA86
SFA53
SMO3
SMO44
SMO57
SLA95
SLA36
SFU64
SHE38
SMO84
SFE80
SAM9
SAM43
SAM98
SMO84
SLA74
SAM47
SHE100
SSA92
SAM31
SAM71
SMO73
SSA65
SLA97
SFE78
SMO69
SLI29
SAM47
SLI29
SLI29
SFA88
SLI26
SHE42
SLI26
SFE39
SAM2
SPR1
SAM41
SLA99
SLA72
SFE80
SAM48
SLA74
SSA92
SLI26
SMO89
SMO5
SLI22
SMO81
SHE54
SMO5
SLI90
SLA12
SAM23
SMO10
SLA99
SLA24
SAM23
SLA12
SAM98
SLA95
Eu viva errado sò, sem mais sufragio, Que
Mandarvos hei, se quer, Prima, esta trova, Que
d' entrar (timido a cazo) Quando que nelle entreis,
que mais rico fuy, que afortunado? Por ti todo
ou para disculpar o meu peccado, Ou para eternizar
mi, que me chega a sorte dura A querer que alivie
SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes conheço
Là traçastes de modo o vosso engano, Que a todos
respondeis a esta pergunta, Que ou para disculpar
Filis, hũa hora: a voz detida Seguio do coração
Moral. Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde
elle chante na enxovia O Romance, o Poeta, a Musa,
temer, sempre hum estado. Jà propuz de passar
lhe destes vida a ella, He razão que mateis a todo
principio hà que lhe dura Do erro este costume, a
moço estâ, alegre o pranto. Quem pode melhorar
Dina desta agua candida abundante, Para vos, para
Banho espero que seja aos tempos, onde Venha
Não nos sirva de medo, ou de desvio Ver, como vai
para desenganos? Diràs: que por temer
e ambição; poes he sò vida, A quem tirar não pode,
Por que sendo na perda acreditada, Visse
fez ciencia, Documento geral, da sorte avara. Hoje
Porque elle o ferro deu, deu ella o corte, Pobre
às gentes sabias, como às rudes. Passeai poes
Me queres tu roubar? A prata, o ouro, As perolas,
aleijada? De hoje per diante Aleijado seja eu, se
conheço, por mais que à dor resista, Que sempre
Por Assunto academico se mandou celebrar
o Rayo da mortal esfera Procura de cegarme todo
o Amor me hà dado, Me queres tu roubar? A prata,
que estando de mũy bom parecer, contrahio
Jáz, sem temor das ondas, descuidado. O Principe,
Academico se offreceu a El Rey Nosso Señor
Perola, que tiveste por engaste O peito, porque
do proprio apartamento. Conta he esta, que nunca
que parti essa Cidade, Se à auzencia faz a conta
Hum sono, que esta voz desacredita. Diz me
que quando aos pês, rende Elementos, Quando elle
Perola, Aver, Rubi, Diamante. [SLA97] Celebra
Eu fico que elle chante na enxovia O Romance,
proscrito a Consul, e outro a justo Monarca, tendo
se assegura A fonte, o rio, o bosque, o estio,
Repouza essa ribeira entre a frescura; Dorme
Vejo chorar a fonte, e que de frio O rio pâra,
verde entre esmeraldas seja; Horido o bosque,
Que a Musica a sy mesma se defende; E
o prazer antes difunto, O tempo moço estâ, alegre
envejas as lagrimas pedia, Hoje pede das lastimas
Aplauso se tornou, o que era espanto, Resucita
mortal Filosofia, Quando vê que lhe falta o gosto, e
humilde Musa, que procura Sempre a paz, nunca
do altivo empenho, Poes o fim não fugî, tema
ou passageiro, Crerà que foy sem duvida,
à memoria, Entrambos vivirão, eternamente. Pos
Agostinho? ou he segundo Paulo, que ao Ceo
Mal he tambem, de que eu tambem manquejo, Se
tantas vos deve. Negros soes, não soes grandes; e
E atè sogra, que agora vos conheço (Contra
Livro de Deus, que em Deus tanto aprendeste, Que
canta jà, queixas não chora. Aplauso se tornou,
Mar, lutou co vento em guerra: Quedas• vio ser,
quanto assi me vejo? O que eu reprovo, eleje; e
e tornas, e iràs, como vieres; Ditoso tu, que ves,
de vivos, que a não vião. Os velhos, sem saber
sei, se soes Senhor, se soes Senhora, Senhor, sede
a honra he certa no perigo. Pois se nunca pretende
feliz ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que
Se nella, illustre Sà, foras prezente; Poes
que nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que he,
co a minha pena. / [SMO10] Quando se vè do mal,
prezente. Livro não, màs Piramide famoso He
os que forão votos, sejão cantos, Que eu cantarei;
Parto, partome enfim, Senhora minha, O Fado
illustre Sà, foras prezente; Poes o que não rendéra
Braço mais crú? Espada mais severa? Que faz
Quando envolto nos miseros cuydados De Portugal
o mesmo horror, que do naufragio tenho. Jà nem da perdição
o mesmo vem a ser, que não ser nada. / [SLI26] Vinda
o Mestre intenta? Como se antes ouzada, hoje avarenta Se
o meu bem me he jà vedado, Qual se fosse a teu mal, meu bem
o meu castigo? / [SAM20] Cloris com rosa no toucado
o meu cuidado Por exemplos de alhea desventura! / [SFE30]
o meu cuydado, E contemplo na duvida, que o espera; Tantas
o meu mal, bem lhes pareça. [SAM17] Porfia infelice
o meu peccado, Ou para eternizar o meu castigo? /
o modo, e parte, Ambos provárão mudos a louvarte Ao
o monte, arde o Ceo, cae da altura O firme freixo: a estrella
o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por credito da insigne
o mundo a esmo, Poes no Tempo, Lugar, Fê, Gosto, e Morte
o mundo. [SFU21] A morte de hum General. SONETO XXI
o mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado O que he de
o mundo junto? Mas eu adonde estou, que ignoro tanto? Se
o mundo tão bastante, Que toda a sede eterna, a não termina
o Mundo a lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando para
o Mundo concertado; Porque nem porque o Mar sempre he
o Mundo hũa hora As leis, que teus desdẽns às gentes derão
o Mundo nada. / [SAM58] Amante suspenso diante de Filis
o Mundo que fora esta excellencia Ou desculpa, ou razão
o Mundo, que ordenas, de admirado Os louvores confunde em
o Mundo se vio, estreita a sorte, Então por se escuzar do mal
o Mundo sobre a Fama, E desde vos, rendei terras, e mares
o nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy, que afortunado
o não dezejo: Mas eu em vos nenhũa alejão vejo, Salvo aquella
o não estar• à vossa vista He sempre estar, à vista do
o Nascimento de hũa Dama, cruel, que nasceo em dia de Natal
o Norte Ou pretende co' a força do aço forte Medir a condição
o ouro, As perolas, o nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy
o parentesco de sogra. SONETO LXXIV. Laudatorio. Quando
o Pastor, o Aventureiro Logrão da paz, que falta ao meu
o patrocinio da Academia dos Generosos: denotado em a Tocha
o peito a Amor rendeste, Livro de Deus, que em Deus tanto
o pensamento, Com a saber provar, houve encerrado: E o
o pensamento; Porem quando lha ajusta o sentimento, Não
o pò que sou pò? e a crer me incita Que he vento, quanto neste
o poem, a vossos pês rendido. / [SAM66] Tradução do
o Poëma Epitalamico, dito, Templo da Memoria, em as Bodas
o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e louva por
o Povo por contrario. Que olhe a Tiberio com progresso vario
o prado. Ay de mi, que me chega a sorte dura A querer que
o prado; e das arvores agora Nem da que mais o Zefiro
o prado se despeja: Seca a verdura; a neve he sò sobeja, O
o prado vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de frio O rio
o pranto he sò, quem hà mister padrinhos. [SMO89]
o pranto. Quem pode melhorar o mundo junto? Mas eu adonde
o pranto. Sempre, ò Troya, es felice; poes acabas Com tão
o prazer antes difunto, O tempo moço estâ, alegre o pranto
o prazo Logo muda das couzas o Elemento. Poes se o
o premio da ignorancia. E se rica algum tempo, agora pobre A
o presagio: E se exemplo não fui, seja contagio, Que perca, a
o primeiro Maltratado das mãos do ardente Estio. Ay de mi
o Primeiro, a acção mais excelente Que foi do Tempo a os
o Pulpito remonta? Nenhum he? Pois quem he, que gloria
o que a• Galanta quer, quer o Galante. Aposto que em
o que a todos He culpa, vos realça, e faz modellos Sem pâr
o que dizem: Nem de barro à porta) Aposto que inda soes
o que era Deus, aos homẽns ensinaste. Poes hoje por honrar
o que era espanto, Resucita o prazer antes difunto, O tempo
o que esperava abraços. Eillo que chora em vão seu desvario
o que eu elejo, Elle o reprova; como se tivera Sortes a seu
o que eu não vejo, Ditoso tu, que vàs, adonde queres
o que fazião, A cada passo nella hião topando. Na mocidade os
o que for; e sede tanto, Quanta a esperança foy, he o gosto, e
o que he possivel, Como posso esperar ter paz com todos
o que não pode hum seculo de pranto, Hũa sò hora de armonia
o que não rendéra o rayo ardente, Bem o rendéra a Musa
o que parte! Parte aquelle, que sò partir convinha. He
o que se não via d' antes. SONETO X. Moral. Se como haveis
o que vés de letras, que preciosas Pedras são, mais que
o que votar não pude, Do muito, que chorei, muito temendo
o quis assi, que nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que he
o rayo ardente, Bem o rendéra a Musa levantada. Em quanto
o Rayo da mortal esfera Procura de cegarme todo o Norte Ou
o Reino se lamenta; Quando a Fortuna cegamente intenta
334
SLA12
SMO5
SLI90
SAM98
SLI29
SMO3
SAM47
SHE100
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SFE70
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SAM71
SMO89
SSA65
SSA63
SAM4
SAM2
SSA68
SFE39
SMO61
SLA77
Poes o que não rendéra o rayo ardente, Bem
O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle
Canta, que viràs mais a levantarte, Comedindo
a condição da branda cera. Que faz? Que intenta
Ver quam mal da mudança se assegura A fonte,
sempre he salgado, Deixa sempre de ser ensoço
esta manham bordava a Aurora, Triste sombra
Heroico. Monarca Portuguez, nossa Palestra Onde
dizer ao Autor desta defensa, Que nos defenda todo
Que foi do Tempo a os seculos notoria Pos
da ignorancia. / [SHE54] Estando para nascer
qual he? He este: Hora ide, mana, Dizeilhe a
faz a conta o pensamento; Porem quando lha ajusta
que joya soes, mà hora! Se cuidais que he gracinha
feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se dobra
outro tal remendo quiz hum dia (Arredo và de nòs
tia Abbadeça, como hum ouro. Arredo và de nos
em vão pretende o Fado; Porque a auzencia reparte
SONETO LXXV. Festivo. São dadas nove; a luz, e
Donde no frio golfo, ou pego ardente, As deposita
a o brando vento boliçoso? Verei os olhos, donde
Porco? sò de o dizer nojo me fica. Mandaravos
estado. SONETO XLVII. Amoroso. Jà, Fili, he posto
logo c' um morgado. Huy? donde vistes vos ser
paz vos adormente; o sono leve Repouzo seja sò: e
ama, a Fortuna vencedora. A paz vos adormente;
O vento te• levou, caes do vento, Vento foste a
do vento injusto, Qual destes triunfos não fez caro
o lascivo movimento. Mas eu que digo? solto
Zafiro singular, que foi vendido A quem, em ferro
que foje, quem procura, alcança, Poes he pezo
espera Deste sagrado Talamo ditoso. Levanta poes,
Que essas sò são as guardas, do meu norte. Todo
A fama, dos que tanto celebraste, Por mais que
hum vos, hum tu ? [SMO35] Dialogo da vida, e
tu roubar? A prata, o ouro, As perolas, o nacar,
e vè que me arruino. Nem me fez do que sou perder
Freixo no alto monte, Verde, e robusto; apenas
de Hesperides guardado. Em gloria prometeu, todo
Perdese o grande, perdese o fermoso, Sem que
igual; levo por elle Hum impossivel tal, que
Bramava o Mar; e estâ contente agora: Trocouse
são os* que são flores; Os meus versos, o vento,
são os* que são flores; Os meus versos,
LXXXVII. Familiar. Quando pellas florestas passa
de Amor, que passa inteiro, Auzencia o Inverno, e
logo incerto em mundo incerto? Buscar nos Ceos
todo o tormento Trocarme Amor? em honra
Da baixa sorte, para o estado honroso, Logo
que ninguem se compadeça, Là traçastes de modo
poes tanta affeição pia: Que offereças a Deus
o prado; e das arvores agora Nem da que mais
vou? donde venho? donde ando? Tudo he culpa,
se vives das proezas, Que morras das envejas,
seja agudo, ou grave: Levanta,• esforça, alenta,
do convento. SONETO XCIV. Laudatorio. Salve,
Palladioens em simples Troyas. Quem enganas,
D' Aquella flor, que tanto em flor cortada, Chorais;
ou cego, ou atrevido A impossivel tão grande,
celebrou em seu dia. SONETO XCII. Sacro. Salve,
SONETO XVI. Moral. Pudeste mais fazer,
pedia, Hoje pede das lastimas o pranto. Sempre,
Religiosa. SONETO XCIII. Laudatorio. Salve,
com rosa no toucado. SONETO XX. Amoroso. Essa,
do mal, assi dezia: Corre alegre, e soberbo,
SONETO LXXIX. Heroico. Qual quizeste primeiro,
firma penha, donde o Mar batia; Vem, diz, veràs,
despoes, e as estranhezas. Cheguei, vi, padeci:
no alto monte, Verde, e robusto; apenas o tocava
avarenta Se mostra a planta, que por longo prazo
na Piedade, Descreve hum novo Imperio soberano?
avaras, Quem vence humilde Fado: este, ou aquelle;
tempo, agora pobre A verdade sô quer para doçura,
as porfias Dos erros, e das sombras, que ignorante
Não! que posto que Amor cada hum se estima,
segura Varre o chão, com desprezo antes olhado!
Manuel Thomaz. SONETO LXXVII. Laudatorio.
o rendéra a Musa levantada. Em quanto viva o circular
o reprova; como se tivera Sortes a seu mandar, em que
o rigor de Fili agora, Que em quantos triunfos, pode darte a
o riguroso Fado, Que em fulminar tragedias repetidas Entende
o rio, o bosque, o estio, o prado. Ay de mi, que me chega a
o rio. Se eu erro para mi, porque me emenda Com colera, e
o roubou, da agoa, e verdura. Repouza essa ribeira entre a
o Sago se veste, e se arma a Toga; Com suas firme, e ardente
o Santo dia. E pois que tem tal mão para a Armonia (Que he
o Segundo a mais illustre historia Que ao mundo fez Calliope
o Senhor Infante Dom Pedro, e o Autor prezo. SONETO LIV
o Senhor Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de
o sentimento, Não soma menos, que hũa eternidade
o ser ingrata, E credes que o alrotar que he cortezia ? Porem
o servir, da alta consorte, Já não pode negarlhe a mão devida
o sestro agouro) Remendarme a cabeça outra porfia. Mas se
o sestro agouro, Se sobre feiticeira inda sois bruxa. Daime
o seu cuidado Pelo valor do proprio apartamento. Conta he
o sofrimento Me deixão sò nesta varanda muda: Quando a
o sol, em conchas brutas. Mas lagrimas celestes, que inda
o sol fermoso As portas da manhãa mais cedo abria, Mas em
o sol, se desta cova Mo deixárão tomar; mas he fechada, E
o Sol; e a noite escura He do dia, bastarda sucessora. Jà
o Sol nado, Antes da bella Aurora haver nascido? Aposto que
o sonho seja A desgraça (se em vos força he que vibre) Leite
o sono leve Repouzo seja sò: e o sonho seja A desgraça (se
o subir, vento es caído. Justiça foi do Fado obedecido Teu
o susto, Antes de visto seu feliz misterio? O proprio tempo
o tão sublime Discurso ao ar; e vou pegar da pena, Para
o tem mal engastado; Aver que por se haver em vão achado
o temor, o gosto he vento. E para quando os alcanceis, vos
o Templo milagroso, Porque se algum rigor temer pudera
o tempo a nos vem, sò o da morte Foge daquelles, de quem he
o tempo esquecimentos mande. Poes para ti tal nome
o Tempo. SONETO XXXV. Moral. Vida Quem chama dentro em
o tesouro, Com que mais rico fuy, que afortunado? Por ti
o tino Aquelle assombramento de ditoso: Tem me os enganos
o tocava O brando vento, apenas o deixava De abraçar pelos
o tormento Trocarme Amor? em honra o vituperio; A guerra
o valor do mais constante brio Escape d' acabar, do assalto
o vencer delle De novo ao Mundo sei, que as farà raras. Com
o vento em aura socegada. Despiose o Ceo da sombra
o vento nada. / [SFA88] Ao Conde Camareiro mayor
o vento, o vento nada. / [SFA88] Ao Conde Camareiro
o vento, Que a nos chega fragrante; por ventura Essa
o Verão desvio. Não cabe a vida nunca, em quem não caiba O
o verdadeiro Norte, Poes na terra não hà, caminho certo. /
o vituperio; A guerra em paz; que em tanto Amor se mete
o voo julguei por enganoso: Saibao, quem folga, e vè que me
o vosso engano, Que a todos o meu mal, bem lhes pareça
o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo hoje se offrece
o Zefiro namora, Deixa a donzella flor, d' estar segura. Em
ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus olhos. Toda a
ò Duarte? [SSA65] Domine, tu mihi lauas pedes? SONETO
ò feliz ave, Tanto essa voz, atê que possa tanto, Que o que
ò Jardim de Rosas tão cerrado, Que do dia engeitais a luz, e a
ò Mundo, em teu teatro? A mi não pelo menos, que estou
ò não choreis mortal ferida; Que a Morte contra humanos
ò pensamento? O vento te• levou, caes do vento, Vento foste
ò sol dos amantes, que illustraste, Aguia, que ao immenso sol
ò sorte escura, Que em dano meu, e afronta da porfia, Ir a
ò Troya, es felice; poes acabas Com tão altos penhores de
ò tu, que de tanta antiga historia Dos Avòs, que deixaste
ô Cloris, do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano
ô doce Tejo, Poes vives sem fortuna, de que esperes Que
ô illustre Conde? Batalhar, ou vencer? Poes se quizeste
ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao Amor tudo obedece: Tu
ô triste estado! Se hum bem, que se alcançou, custa asperezas
O brando vento, apenas o deixava De abraçar pelos pès
O bravo Mar pizou, qual campo razo, Em virtude do braço, que
O Catholico Ceptro he Lusitano, Que de Maria, e Deus em
O deixai que a fortuna me atropelle, Que tão grandes vitorias
O desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho de bom
O desvião do porto verdadeiro: Qual como fostes a ambos os
O divino he divino, o humano humano. Porem nesta mortal
O docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente. A graça
O duas vezes Cisne venerando Dos olhos, dos ouvidos, que
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SAM7
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Amoroso. Parto, partome enfim, Senhora minha,
he tomado! Arde o monte, arde o Ceo, cae da altura
ordinarias; E logo vejo, quantas artes varias
Qual, senhora, he dos dous, nesta querella
toda a eloquencia, Reduzir ao imperio da prudencia
Espada, e pena, poes que com verdade,
tragedia solicita Algũa sem razão, que no meu dano
nos deste A Vitoria, sem vermos, como, ou donde?
Que por premios os Ceos quizerão darte.
instrumento, Então vos digo eu, que cada accento
fruto; Foy flor: se a quiz colher, foge e a dor fica.
entreguei; fiel, cego, e mudo: Outra vez to perdoo.
em ty guardaste; Perola, que tiveste por engaste
Marinheiro Jáz, sem temor das ondas, descuidado.
caro o susto, Antes de visto seu feliz misterio?
Ou se compra co a dor, com que atormenta.
fizera, Que me não vira em quanto assi me vejo?
a o mundo dado; Ser aquelle caminho mais errado
desvio. Não cabe a vida nunca, em quem não caiba
o Fogo em tanto Marcial jogo: A Agua te não gozou.
qual Terra, Ar, Fogo, He força que te goze:
me desato. Acaba poes de crer, não dâs barato
vi sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de frio
moço louro, Eu fico que elle chante na enxovia
e desmente. A graça, e a ventura Pallida foge.
são idos, Buscayos pelo rastro dos meus danos.
escura: Rompe o Anjo, cuberto de luz pura,
o que era espanto, Resucita o prazer antes difunto,
T. De quem? V. De ti? T. O Tempo o gosto nega. V.
passas? V. Perseguida. T. De quem? V. De ti? T.
Moral. Vida Quem chama dentro em mi? Tempo
se despeja: Seca a verdura; a neve he sò sobeja,
viste. Tem te, não deças, que em te estár consiste
atrevido A impossivel tão grande, ò pensamento?
ô Ninfa deshumana, Que à porfia, e ao Amor tudo
Em virtude do braço, que a sustenta? Então lhe
a ventagem, que os Brutos fazem aos Homẽns em
seus mandamentos? Pois diz o Amor: Que para
foste a o subir, vento es caído. Justiça foi do Fado
sou, me façais Fera, A ver se, assi melhor, vos
apareceo, que mais pergunto? [SAM27] Medo, e
queixas meu destino Quer, que a vosso desprezo
como, nem quando. Se cuidando, Senhor, fallando,
O Homem racional, provido, e astuto, Poem em
tempo vencedor vos chama Rendido a vossas
e astuto, Poem em obrar ingrato, e resoluto,
lhe tira a voz, a quem se queixa, De novo se lhe
estudo Em perseguilla á sorte não dispensa; E
sangue, e esprito, Tu que queres de mi, que assi me
Esperdicemse as perolas, que hà mutas, Lucinda, no
pô, que foi do Mundo? Que he do gosto? que he do
LVI. Laudatorio. Quando em vossos louvores
Digno vos julgarà de reverencia, E a vos,
quando. Se cuidando, Senhor, fallando, obrando, Te
os teus olhos. Toda a vida Se conte por delito, e por
co a brandura apensa) Me defenda tambem, de tanta
florece; Mereçate poes tanta affeição pia: Que
de ser dos mestres, mestra. Cera e Marmore
o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo hoje se
algum rigor temer pudera Sidónia altas colunas lhe
Castro? / [SHE100] Por Asunto Academico se
Festivo. Meu Senhor Dom João, jà tenho visto Os
Alumnos os inclitos adestra Ingenhos, por quem
Com razão de ti mesma, hoje te fias. Lesbina,
não dâs barato O resplandor da gloria tão fingida:
mais segura Varre o chão, com desprezo antes
emisferio. Porém sò, se ao castigo, ao vituperio
a justo Monarca, tendo o Povo por contrario. Que
dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e os
dia Soltos a o brando vento boliçoso? Verei os
Laudatorio. O duas vezes Cisne venerando Dos
nuvẽns a os olhos ser negada; Mas nunca ser dos
/ [SAM48] Louvando por ley de certamen, hũns
fero. Não temais abrazarvos dos ardores De seus
Pode do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a os
para os amar, não foram feitos, Senhor, aquelles
ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante os teus
O Fado o quis assi, que nos reparte; Mas quem cuidareis vos
O firme freixo: a estrella mais segura Varre o chão, com
O Homem racional, provido, e astuto, Poem em obrar ingrato
O mais culpado, foy contenda antiga: Vos, que tanto me dais
O mando, que a fortuna lhe usurpàra ? Tu só; cuja doutrina
O mesmo que hũa intrepida peleja, A outra cientifica derrama
O mesmo se não logra, que exercita. Jà não lhe chamarei
O Misterio, que em duvidas esconde Marte iracundo
O Morte contra os bõns sempre atrevida! Mas que muito, se
O Mundo engrandecera, e eu prezára. Mas que merece aquelle
O não façais tão falso apartamento; Esperay, que não pode
O não te queixes! Fiquem te embora os gostos, e as idades
O peito, porque o peito a Amor rendeste, Livro de Deus, que
O Principe, o Pastor, o Aventureiro Logrão da paz, que falta
O proprio tempo vencedor vos chama Rendido a vossas obras
O que bem disse contra seus enganos Seneca, quando diz: Que
O que eu reprovo, eleje; e o que eu elejo, Elle o reprova
O que he de mais passage, e fermosura. Em fim não passarei
O queixume da dor, que a dor lhe deixa: Sò minha queixa, e
O quem fizera Que de te haver gozado não se honrasse. Mas
O quem pudera Fazer como tambem, te o Ceo gozasse. /
O resplandor da gloria tão fingida: Olha a que grande preço a
O rio pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a neve he sò
O Romance, o Poeta, a Musa, o Mouro. [SHE79] Considera, e
O sangue, a fermosura, Tudo vai pela terra derramado
O seguyos, prendeyos; porque logo Teme que foje, quem
O Serafim vestido, em flama acesa; E entre tantos sinaes de
O tempo moço estâ, alegre o pranto. Quem pode melhorar o
O Tempo he ar? T. A vida he passatempo. V. Tu jà nem Tempo
O Tempo o gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida he
O Tempo ouzado. V. Entraste sem licença? T. Tenhoa hà muito
O triste inverno, assombra ao claro estio. Hora se servirà de
O vencimento dos mayores danos: Vence, sem batalhar; que
O vento te• levou, caes do vento, Vento foste a o subir, vento
obedece: Tu sò zombas do Amor, e da porfia. / [SSA92]
obedeceis os pensamentos, Porque se mostrou Deus: e hoje
obedecer a Deus. SONETO LXVII. Moral. Quando vejo, Senhor
obedecido, Mais he, que quando aos pês, rende Elementos
obedecido Teu dano; porem deveslhe o escarmento: Que em
obedeço. / [SSA68] Ao Archanjo são Rafael, pedindolhe
obediencia. SONETO XXVII. Amoroso. Quantas vezes conheço
obediente, Quando delle me queixe, o aclame dino. Poes
obrando, Te offenda minha ingrata natureza, Nascer, viver
obrar ingrato, e resoluto, Obras, que a vossas leys são tão
obras singulares, Que inculca às gentes sabias, como às rudes
Obras, que a vossas leys são tão contrarias: Ou me esquece
obriga a remediallo. / [SHE42] Ao escarmento de Troya
obrigação tambem, em conhecendo, Que se no vosso Amor
obrigas? A ti, que tẽns as Musas por amigas, Que louvor te hà
Occidente, e no Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente
ocio? que he da idade? Que he do vigor constante, e amor
ocupâra, Sabio Dalizo, a vos, Musa, instrumento, Então vos
odio, por homem de conciencia, Vendovos tão sezudo, e tão
offenda minha ingrata natureza, Nascer, viver, morrer, tudo
offensa. Mas que fora de nos, se esta, se algũa Fora mais que
offensa, Que he muita jà, se vai de zombaria. Se os avexados
offereças a Deus o voto santo, Que ao senhor por ty mesmo
offerece a o eterno templo De hum magnanimo Afonso, que se
offrece. [SLA93] Celebrando a Acção da propria Religiosa
offrecera E Bragança àlicerce generoso Imortal sempre, nas
offreceu a El Rey Nosso Señor o patrocinio da Academia dos
oito versos destes dous quartetos; Mas mandardes, lhes faça
oje a Fama avoga, Em quantò a Terra enxuga, e o Mar afoga
olha esses marmores agora, Cinzas jâ são, as que colunas
Olha a que grande preço a tem subida A voz de meu custoso
olhado! O docel d' ouro, o coronel dourado Pende, e desmente
Olhais do mar cruel, do vento injusto, Qual destes triunfos
olhe a Tiberio com progresso vario Altivo Emperador, de Reo
olhos cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos Tão sem
olhos, donde o sol fermoso As portas da manhãa mais cedo
olhos, dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em mais
olhos duvidada, Pois mais que a sombra esconde, o ardor
olhos negros, e pequenos. SONETO XLVIII. Amoroso. Olhos
olhos; que a rayos de tal sorte, Nunca as humildes lagrimas
olhos ser negada; Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois
olhos soberanos, Porque por tantos modos mais que humanos
olhos. Toda a vida Se conte por delito, e por offensa. Mas que
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SAM48
SLA12
SAM47
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SPR1
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SAM66
SLA77
SMO49
SLI62
SSA86
SMO19
SAM52
SMO44
SLI62
SAM60
SHE100
SLA94
SAM2
SFA51
SFA53
SMO81
SMO81
SAM6
SAM7
SFE30
SFE70
SMO69
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SAM71
SLA24
SFA87
SAM7
SAM52
SFE13
SAM52
SAM23
SLA99
SMO10
SAM66
L. Moral. Armas do Amor, Planetas da Ventura,
negros, e pequenos. SONETO XLVIII. Amoroso.
Em quanto viva o circular governo Nas esferas do
se esquece; o Marinheiro Jáz, sem temor das
Tal fonte de doçura, e de elegancia? Este lugar,
Dos olhos, dos ouvidos, que enriqueces! Não• sei
falta d' arte, e voz, por dizer deixo. Sabeis hora,
para vos tão duro, e grave, Pois fere mais a seta,
Dedalo que fabricas numeroso Edificio imortal,
repouzarão, Banho espero que seja aos tempos,
fui, seja contagio, Que perca, a quantos vem, por
teu nome publicando Em acordados ecos sonorosos,
de si, pello que vê nos outros. SONETO LXI. Moral.
C. Heroico. Monarca Portuguez, nossa Palestra
poesque com alta providencia Hoje fazeis a lastima
Nas esferas do Olimpo luminoso Vivirás a pezar do
repetidas Entende, que enobrece as duras armas?
agora, Cinzas jâ são, as que colunas erão.
Tão divinas; tão longe de profanos, Não destes por
Aguia, que ao immenso sol, a luz bebeste,
Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos Tão sem
novos ganhos sente, Que hũa sô petição vos faça,
geral, da sorte avara. Hoje o Mundo, que
jâ mais o alto estatuto Das Leys, que lhes puzestes
foi; mas se o dais adivinhado, Escutayme hora à
perolas, que hà mutas, Lucinda, no Occidente, e no
he pezo o temor, o gosto he vento. E para quando
de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se para
destes queixumes Ver, que se vos roubàrão
mortas as cores: De que serve encantar no vidro,
os vîs enganos, Que antes que a idade te soltasse
offensa, Que he muita jà, se vai de zombaria. Se
premios os Ceos quizerão darte. O Morte contra
testa, a quem a Aurora Graça sempre pedio? E
me acredita. [SMO67] Considera a ventagem, que
VI. Amoroso. Serei eu algũa hora tão ditoso, Que
como culpas as grandezas, Que por premios
Tem me os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro
As materias deixai, tomai o exemplo Sendo a
Jà que as defensas lè, jà que as entende. Ouça
que por tragicos escritos Resulta de evitar d' Amor
dos mayores danos: Vence, sem batalhar; que
as que colunas erão. Ora sente, se quer, qual pêdra
Amoroso. Força he acabar no amor d' Urania
Te escuto, em tanto aplauso e fama creces Que
o tino Aquelle assombramento de ditoso: Tem me
mas aguardo danos, Das fermosas Raqueis vendo
gozasse. / [SSA86] A hum quadro, que continha
por tantos modos mais que humanos, Pintando
Que industria contra o Ceo achou resguardo, Que
lhe resistes, dâs mais força aos danos, Medindote•
sete annos: Sete servi, sete perdi, tiranos Sempre
vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem te embora
vossa planta, como á vossa destra. Para Alumnos
Cuja luz, cujo cheiro; ao Ceo jà chega, Deixai que
das dores. SONETO II. Amoroso. Poes são tantos
mortos, nem aos matadores. Escolhei dos perigos
Là te mando os teus versos, que mandarão Callar
A cada passo nella hião topando. Na mocidade
co dedo, os vay contando. Então quiz disparar? e
algum dia Soltos a o brando vento boliçoso? Verei
della. Pode do Sol a claridade bella, Pelas nuvẽns a
desventura! / [SFE30] Em estillo da praça, dando
que o mal, que se exprimenta. / [SFE70] Dando
[SMO69] Escuzase da esperança, a que o induzem
do braço, que a sustenta? Então lhe obedeceis
Não soma menos, que hũa eternidade. Ajuntailhe
verdade) Que era peor, haverse assi comigo. Hora
por ti a vir louvada, Que os teus ouvidas* são
Dissimular a luz, que a sombra cerca, Sendo
acendeis mais meus ardores. Crecem prezos
em vossos tratos; E não sois sò Demonio para
SONETO LII. Amoroso. Paredes: vos guardais
ao vento, ao lenho, ao linho A vida entregarei, que
a acção mais excelente Que foi do Tempo a
tanto estes tiranos Casos d' Amor roubarãome
Razão tal vez, por falso pensamento Mostra
Olhos, adonde sempre era alto dia, Perfeição, que não cabe em
Olhos, vos soes, quem nessa esfera breve Guardastes, por
Olimpo luminoso Vivirás a pezar do oposto inferno. Porem Tu
ondas, descuidado. O Principe, o Pastor, o Aventureiro
onde elles repouzarão, Banho espero que seja aos tempos
onde em mais credito floreces, Se no que vàs vivendo, ou vàs
onde estâ o engenho posto? Não certo nos primores, com que
onde he secreta. Ah senhora, que o dito he pouco escuro: De
onde venera Quantos prazeres a Esperança espera Deste
onde Venha o Mundo a lavarse da ignorancia. / [SHE54]
onde venho. Tambem nas mãos resigno da esperança A gloria
Onde aos termos do mundo duvidosos, Estendendose foy, e
Onde me acolherei? Tudo he tomado! Arde o monte, arde o Ceo
Onde o Sago se veste, e se arma a Toga; Com suas firme, e
oportuna: Por que sendo na perda acreditada, Visse o Mundo
oposto inferno. Porem Tu com excesso mais glorioso, Que
Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera para
Ora sente, se quer, qual pêdra os dias? [SAM45] De hum
Oraculo aos enganos, Com que Amor vive nos mas altos peitos
Oraculo do Mundo, em que viveste, Mundo das perfeições, que
ordem, bradei: Tem te, homicida. Voltouse, e respondeu: Tal
ordena. Não sabeis qual! Pois he que se algũa hora Mais vos
ordenas, de admirado Os louvores confunde em alegria
ordinarias; E logo vejo, quantas artes varias O Homem
orelha, a ver se o digo. [SMO81] Apologo da Morte. SONETO
Oriente; Donde no frio golfo, ou pego ardente, As deposita o
os alcanceis, vos rogo, Não que façais me tornem a esperança
os amar, não foram feitos, Senhor, aquelles olhos soberanos
os amores, Là co Ceo se hão de haver vossos ciumes. /
os annos? Se lhe resistes, dâs mais força aos danos
os anos, Jà no sagrado monte a vida viste. Tem te, não deças
os avexados defender pretende, Não gaste seu valor, por vãos
os bõns sempre atrevida! Mas que muito, se vives das
os brancos dentes, Por quem trocàra as perolas, que chora
os Brutos fazem aos Homẽns em obedecer a Deus. SONETO
os cabellos, que Amor laços fazia, Por premio de o esperar
os Ceos quizerão darte. O Morte contra os bõns sempre
os conheço, que imagino. Dexa• poes, se a tragedia solicita
os contrarios, Simbolo da Flama, Sendo aos propicios, Copia
os corvos, tambem cos passarinhos: Que a Musica a sy
os danos. Acabe nesta sorte, esta vingança; Sepultemse
os desenganos Dão pezada vitoria, e triunfo triste. A cobiça
os dias? [SAM45] De hum Retrato. SONETO XLV. Amoroso
os dias; Tempo, nẽ auzencia saberão valerme: Nada vejo, que
os dobrados affectos, que mereces, A quaes subirão mais
os enganos jà tão ardiloso, Que primeiro os conheço, que
os enganos, Sem a promessa ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô
os Esposos divinos com a letra: Sedebat sic super fontem. •
os estivestes tão perfeitos; Se taes palavras, e se taes
os estragos despoes não fez, mayores ? De pedras como vôs
os estragos, pellas dores; Quanto forão melhor, que para
os Fados nas vozes das Sereas. Tantos hà, que arrastando
os gostos, e as idades; Mas he razão, que poes te deixo tudo
os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a Fama avoga, Em
os lazos rompa, e que entrar possa; Porque de tal maneira a
os males padecidos Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados
os melhores (Se podeis) entre as lagrimas, que escuto; Pois
os meus. Que avaro intento esconde Tal fonte de doçura, e de
os moços confiando, Ignorantes da Morte, a não temião. Todos
os olhos cerra: Tirou, e errou. Eu vendo seus empregos Tão
os olhos, donde o sol fermoso As portas da manhãa mais cedo
os olhos ser negada; Mas nunca ser dos olhos duvidada, Pois
os parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da eleição da Tia
os parabẽns do nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez
os passados exemplos. SONETO LXIX. Moral. Dos Carceres
os pensamentos, Porque se mostrou Deus: e hoje vestido De
os perigos, e incertezas, Do fraudulento hospicio, jà chegado
os que forão votos, sejão cantos, Que eu cantarei; o que votar
os* que são flores; Os meus versos, o vento, o vento nada
os raios jà vistos, e adorados. Vos, senhora, fareis, quanto
os rayos vingadores, Certo effeito de todo o incendio tardo
os ratos, Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî
os resplandores D' aquelle proprio Sol, que eu n' alma guardo
os satisfaça, Tomo quem dos perigos não tem medo. A vinda
os seculos notoria Pos o Segundo a mais illustre historia Que
os sentidos: Se alcançallos quereis, bem que são idos
os socorros, e à batalha incita: Mas se della me valho em meu
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SAM4
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subida A voz de meu custoso desbarato. Os anos,
dous quartetos; Mas mandardes, lhes faça eu
SONETO XLIV. Moral. Gastas em vão, Lesbina,
he culpa, ò bom Deus! Não hũa e hũa Descubro ante
e cores? Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que
escreves, outro Apollo escrito. Là te mando
do porto verdadeiro: Qual como fostes a ambos
nenhũns se lhe desvião, Ella a todos co dedo,
de ty, Fabio, que advertiste Tão cedo deste Mundo
a tem subida A voz de meu custoso desbarato.
historia Dos Avòs, que deixaste escurecidos,
gloriosos; Dos illustres Avòs, sempre famosos,
avara. Hoje o Mundo, que ordenas, de admirado
Que os teus ouvidas* são os* que são flores;
mayores ? De pedras como vôs, e mais estreitas,
Festivo. Meu Senhor Dom João, jà tenho visto
folgando Por hum campo de vivos, que a não vião.
se afirme, ou se levante, Possa temer o excesso,
Poetiza, he Apollo? ou já he Marte, Se emprende ?
sempre avaras, Quem vence humilde Fado: este,
SONETO VIII. Amoroso. Como voaste, ou cego,
Carceres subir, qual subio Mario Dizes que espere;
temerarios. SONETO VIII. Amoroso. Como voaste,
mais constante brio Escape d' acabar, do assalto,
ingrata, sendo ingrata, Como conhecereis a viva,
do prodigo alvedrio. Não nos sirva de medo,
como nos deste A Vitoria, sem vermos, como,
ns nas almas, quanto Deces, ou sobes, seja agudo,
ou Platão, lendo sua arte? Se escreve, he Palatino,
constante, se he constante? He na cadeira Escoto?
Escoto? ou he na santa Escritura Agostinho?
LXXII. Laudatorio. Este, que falla, he Tullio?
se entoa ? ou se elegante Poetiza, he Apollo?
Mas em chegando a vellos, se partia Ou cego,
do Tempo, e Enveja? Se eu a quis mais fiel,
(não como vos) mostrarão gosto De me ouvir,
e em mi; mas cuido que ella propia Ou não sabe,
antigo? Mas como respondeis a esta pergunta, Que
tanto a este Rio, Cintia, se for estrancho,
no Occidente, e no Oriente; Donde no frio golfo,
que pinta? e acaso se comparte, He Vitruvio?
altos, e altos apellidos Desprezas, qual injuria,
em que se mete. Vos direis que isto he Fado,
me perco, e me persigo, Quem serà, que me poupe,
são tão contrarias: Ou me esquece, quem soes,
o Mundo que fora esta excellencia Ou desculpa,
viva, vendovos querida? Pois qual sois, se a real,
Palatino, ou he Morante? He Diafanto, se entoa ?
o fragil faz constante; Sem que, porque se afirme,
Tão grande imperio tẽ ns nas almas, quanto Deces,
chegando a vellos, se partia Ou cego, ou lisonjeiro,
que faço? que sei? que vou buscando? Conto, lugar,
em mais credito floreces, Se no que vàs vivendo,
Qual quizeste primeiro, ô illustre Conde? Batalhar,
cedo abria, Mas em chegando a vellos, se partia
Visse o Mundo que fora esta excellencia
charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que em Petronio (
Obras, que a vossas leys são tão contrarias:
remata Em vos, e em mi; mas cuido que ella propia
pergunta, Que ou para disculpar o meu peccado,
dezejo, Que grande bem, que grande paz me dera?
da mortal esfera Procura de cegarme todo o Norte
Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se reparte?
Mariana? Nunca jà mais, se a vista não me engana,
annos, Que importa que não chegue? se se aguarda,
Jà que as defensas lè, jà que as entende.
T. Tenhoa hà muito. V. Que me queres? T. Que me
segundo entendo, A da examinação da Poesia.
idades peregrinas! Com idade de prata, e pena d'
vosco, sor Catuxa, Cuma tia Abbadeça, como hum
Amor me hà dado, Me queres tu roubar? A prata, o
que do bafo se derrete, Val pouco; mas o celebre
o chão, com desprezo antes olhado! O docel d'
queixar, se o ceo procura Que soe minha dor, como
com verdade, O mesmo que hũa intrepida peleja, A
Amor, não acho escudo, Não me fica no mundo
da Fè tão boa, e tão prezada Por boa, là nos dias de
os suspiros, as verdades, Tudo là te entreguei; fiel, cego, e
os tercetos, Isso não farei eu, não boto a Cristo. Porem
os teus enganos; Dalhe licença, murchem se ja as flores; A
os teus olhos. Toda a vida Se conte por delito, e por offensa
os teus ouvidas* são os* que são flores; Os meus versos
os teus versos, que mandarão Callar os meus. Que avaro
os Tobias, Do Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e
os vay contando. Então quiz disparar? e os olhos cerra: Tirou
os vîs enganos, Que antes que a idade te soltasse os anos, Jà
Os anos, os suspiros, as verdades, Tudo là te entreguei; fiel
Os brazões altos, e altos apellidos Desprezas, qual injuria, ou
Os feitos competindo, e acrecentando. Gozoute o Ar, teu
Os louvores confunde em alegria, Quando hum dourado seculo
Os meus versos, o vento, o vento nada. / [SFA88] Ao Conde
Os Muros erão, donde a sorte dura Roubou, para vos dar
Os oito versos destes dous quartetos; Mas mandardes, lhes
Os velhos, sem saber o que fazião, A cada passo nella hião
ou a ruina. Do poço de Sichem, nem da cisterna De Bellem
ou Alexandre, se reparte? Ou Scevola constante, se he
ou aquelle; O deixai que a fortuna me atropelle, Que tão
ou atrevido A impossivel tão grande, ò pensamento? O vento
ou bem jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e outro a
ou cego, ou atrevido A impossivel tão grande, ò pensamento
ou cerco. Pois eu, fraco, ferido, e temeroso, Se inda despoes
ou copia? Eu menos, porque Amor não quer que veja. Pois
ou de desvio Ver, como vai o Mundo concertado; Porque nem
ou donde? O Misterio, que em duvidas esconde Marte
ou grave: Levanta,• esforça, alenta, ò feliz ave, Tanto essa
ou he Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se elegante
ou he na santa Escritura Agostinho? ou he segundo Paulo, que
ou he segundo Paulo, que ao Ceo o Pulpito remonta? Nenhum
ou he Timante Este, que pinta? e acaso se comparte, He
ou já he Marte, Se emprende ? ou Alexandre, se reparte? Ou
ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem a
ou mais amigo? Fuy deixado em mi mesmo por castigo: Triste
ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz, por
ou não quer saber, qual seja. / [SAM46] Tradução do
ou para disculpar o meu peccado, Ou para eternizar o meu
ou passageiro, Crerà que foy sem duvida, o primeiro
ou pego ardente, As deposita o sol, em conchas brutas. Mas
ou Platão, lendo sua arte? Se escreve, he Palatino, ou he
ou qual• vãa gloria•. Tu, que trocaste as honras da memoria
ou que he destino, Que hum não dà nada, e tudo outro promete
ou que me reja? Porque me hei de queixar do Tempo, e
ou quem eu era; Poes do que me mandais, tanto me esqueço
ou razão desta fortuna. / [SAM96] Lamentando o infelice
ou se a fingida, Não sei certo dos dous, qual mais o ignora
ou se elegante Poetiza, he Apollo? ou já he Marte, Se
ou se levante, Possa temer o excesso, ou a ruina. Do poço de
ou sobes, seja agudo, ou grave: Levanta,• esforça, alenta, ò
ou temeroso? Verei a limpa testa, a quem a Aurora Graça
ou tempo, a esta fraqueza? Tenho eu mais que acusar, por
ou vàs cantando. Quando te vejo, admirome, mas quando Te
ou vencer? Poes se quizeste Primeiro batalhar, como nos
Ou cego, ou lisonjeiro, ou temeroso? Verei a limpa testa, a
Ou desculpa, ou razão desta fortuna. / [SAM96] Lamentando
Ou em qualquer d' essoutros mentecatos) Que das plumas as
Ou me esquece, quem soes, ou quem eu era; Poes do que me
Ou não sabe, ou não quer saber, qual seja. / [SAM46]
Ou para eternizar o meu castigo? / [SAM20] Cloris com
Ou (por força) com elle hoje fizera, Que me não vira em
Ou pretende co' a força do aço forte Medir a condição da
Ou Scevola constante, se he constante? He na cadeira Escoto
Ou se a fê mais que a vista escrupulosa. Filha vos conheci; e
Ou se compra co a dor, com que atormenta. O que bem disse
Ouça os corvos, tambem cos passarinhos: Que a Musica a sy
ouças. V. Jà te escuto. T. Prometes de me crer? V. Falla
Ouço Platão, em termos eloquentes, Homero escuto, em
ouro! [SFE78] A hum amigo, que o convidava lhe acabasse
ouro. Arredo và de nos o sestro agouro, Se sobre feiticeira
ouro, As perolas, o nacar, o tesouro, Com que mais rico fuy
ouro fino Nem reconhece a fragua, em que se mete. Vos direis
ouro, o coronel dourado Pende, e desmente. A graça, e a
ousadia? Qual o cruento Phalaris ouvia A humana voz, vestida
outra cientifica derrama: Ambas chaves serão da Eternidade
outra defensa. [SMO5] Contra as fadigas do dezejo. SONETO
outra era: Mas quem foi, quem vos disse, de quem era, Por
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SFE80
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do Amor, e da ventura; Que hũa hora foi engano,
Sentir somente o mal, e agora o canto He digno de
Que do dia engeitais a luz, e a vida, Porque
costumada sempre ao pranto, Não sabe festejar d'
Que faz? Que faz a Fera? Entretense, traçandome
và de nòs o sestro agouro) Remendarme a cabeça
verdades, Tudo là te entreguei; fiel, cego, e mudo:
bem jà como Augusto: Hum de proscrito a Consul, e
hum par, por mais que digas, Vè, quando escreves,
cuydei eu que estaveis vòs guardadas Em my, para
hoje a seu braço, que he forçado, Pois nunca d'
ser profundo; Ella se logra delle, e elle della. Fazei
ou que he destino, Que hum não dà nada, e tudo
Alvarez da Cunha pelo estillo em que lhe escreveo
Me teem feito bem mal, e bem mal quisto. Por
Que he vento, quanto neste pò se encerra: Dizme
da sem razão, e em vos espera A razão, que dos
[SMO61] Desenganase de si, pello que vê nos
minha dor, como ousadia? Qual o cruento Phalaris
nessa esfera breve Guardastes, por industria nunca
qual de longe brada, Por ver, se de ty pode ser
Mas saiba quem por ti a vir louvada, Que os teus
LXX. Festivo. Compadre, agora sim: cà tenho
vez hoje chorados, Por ver, se são de vos melhor
O duas vezes Cisne venerando Dos olhos, dos
Raqueis vendo os enganos, Sem a promessa
se contenta. SONETO XLI. Amoroso. Quem lhe
Algũns (não como vos) mostrarão gosto De me
disse jà que o desengano Era hũa alma de cantaro;
braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte
contra humanos atrevida, Contra o divino nunca foy
que nelle entreis, o Mestre intenta? Como se antes
nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça a
ao Firmamento competia, Cuja de pedras prodiga
couzas o Elemento. Poes se o arrependimento da
a vida. Mas que pudéra a voz, quando advertida, E
Vida Quem chama dentro em mi? Tempo O Tempo
Domine, tu mihi lauas pedes? SONETO LXV. Sacro.
hà, que arrastando crueis cadeas, Não guardo
convalecendo. [SFE25] De consoada a hũa F.
a sorte, Então por se escuzar do mal futuro, Da tua
afronta da porfia, Ir a justificar a tirania, Porque
quando mais amiga, Assaz de pouco faço em
he mais adoralla, que contallla; Quanto he mais
carrancas despoes, e as estranhezas. Cheguei, vi,
SONETO II. Amoroso. Poes são tantos os males
Mandandolhe que pâre, e me não siga. Eu, que a
se defende; E o pranto he sò, quem hà mister
foi engano, outra escarmento Humilde vassallajem
Mas que espero de ver dias contentes, Se para se
fes seu forte. Cercado assi na morte, assi na vida
contente De me render aos pès do seu soneto? Hora
vos abrazarem seus amores, Morrei, filhos, co
fez num ano de cazado: (Sois home em fim de prol)
Qual como fostes a ambos os Tobias, Do
he? He este: Hora ide, mana, Dizeilhe a o Senhor
Tempo? /
[SLA36] Ao sabio varão Diogo de
ou Platão, lendo sua arte? Se escreve, he
Pintando os estivestes tão perfeitos; Se taes
todos monta. [SMO73] Em dia de Cinza, sobre as
SONETO C. Heroico. Monarca Portuguez, nossa
golpes tem, que taes doutrinas. E quando nas
Vedes? não faltarà pois quem ma estime: Que a
Piloto Celestial, Norte divino Primeiro Tifis,
a quatro, Entrão de flamas tacitas ardendo Astutos
dourado Pende, e desmente. A graça, e a ventura
afagues, e que as sigas; Que a fê que mais de hum
a todos He culpa, vos realça, e faz modellos Sem
defenda todo o Santo dia. E pois que tem tal mão
Esta, para cerrar bocas da enveja; Aquella,
Pulga, que por picar, faz matadura, Cão sò
estragos, pellas dores; Quanto forão melhor, que
tratos; E não sois sò Demonio para os ratos, Mas
T. Nem tu es jà Vida. V. Vai para louco? T. Vaite
Ambas chaves serão da Eternidade, Esta,
por ter tanto aleijado Com tudo eu creo (cà
como sarais com vosco a tantos, Força he que,
outra escarmento Humilde vassallajem paga ao vento, Sem lhe
outra gloria verdadeira; Não cuydeis que he fraqueza da
outra luz, mais clara, e mais subida Entre• vos tem, seu
outra maneira. / [SFE34] Resposta a D. Antonio Alvarez da
outra morte? Prepâra para darme, hum novo corte Braço
outra porfia. Mas se Apollo inda he aquelle moço louro, Eu
Outra vez to perdoo. O não te queixes! Fiquem te embora os
outro a justo Monarca, tendo o Povo por contrario. Que olhe a
outro Apollo escrito. Là te mando os teus versos, que
outro bem de larga dura; Mas jà sey, contra si que mal
outro braço foi rendido. Rendido estâ; bem podes, Morte
outro milagre em mi segundo; Que nem porque lhe destes vida
outro promete: Temei embora humano, e amay divino. /
outro soneto. SONETO XXXIV. Festivo. Meu Senhor Dom
outro tal remendo quiz hum dia (Arredo và de nòs o sestro
outro vento que esse pò vil erra; Qual destes a verdade
outros desespera; Foge em fim para vos, desesperada. Pobre
outros. SONETO LXI. Moral. Onde me acolherei? Tudo he
ouvia A humana voz, vestida em fera dura: Fostes cubrir de
ouvida, Da fermosura a gloria, sempre unida Aos centros da
ouvida. Vida tẽns, e teràs, sempre envejada Da cobiça, e
ouvidas* são os* que são flores; Os meus versos, o vento
ouvido, Terdes fruta, que he fruto abençoado. Ninguem mais
ouvidos. Não de flores, de lastimas se cobre A pobre humilde
ouvidos, que enriqueces! Não• sei onde em mais credito
ouvir, das Lias feas. Sofra Jacô fiel Labão mentindo; Que se
ouvir murmurar tanto a este Rio, Cintia, se for estrancho, ou
ouvir, ou me ler: eu sò sey, quanto Por falta d' arte, e voz
ouvis, Prima? Cura por fora, e dentro nos lastima; Dà paz
ouzada, Chegarte hum pouco, em quanto as gentes chorão
ouzada. Essa flor, esta vida tendo em nada, Se sobe ao Ceo
ouzada, hoje avarenta Se mostra a planta, que por longo prazo
ouzadia, do arrependimento? / [SFE40] Responde a hum
ouzadia Meta do assombro foy, termo do encanto, Tanto d'
ouzadia Não nasceo, que me espanto que em tal cazo Nasça a
ouzado o coração, de louvor darte; Que não fizesse com mais
ouzado. V. Entraste sem licença? T. Tenhoa hà muito. V. Que
Ouzado Pescador, qu' he da tormenta Nas mansas aguas d'
ovelhas, mas aguardo danos, Das fermosas Raqueis vendo os
P. SONETO XXV. Festivo. Que vos hei de mandar de Caparica
paciencia fes seu muro, Da tua fortaleza fes seu forte
padeça a afronta, e a desventura? A quem me hei de queixar
padecella. Atê nas proprias queixas meu destino Quer, que a
padecello, que dizello? [SMO59] Antes de confissão
padeci: ô triste estado! Se hum bem, que se alcançou, custa
padecidos Da Fortuna, e do tempo ás gentes dados; Não me
padeço, quando mais amiga, Assaz de pouco faço em padecella
padrinhos. [SMO89] Metafora da Ambição. SONETO LXXXIX
paga ao vento, Sem lhe escapar por flor da fermosura. Mas
pagar de gosto hũa hora, Não bastão mil idades differentes
Pagaste como culpas as grandezas, Que por premios os Ceos
paguelho Deus, pois eu não posso. Mas não mande acordar tão
pay, da mesma morte; E poes morreis honrados, morrei ledos
Pay, e Marido. Mas sospeito que estas como corrido, De não
Pay mezinha, e medico elegante, Do Filho guia, e doce
Pay, que eu lhe prometo De lhe ir beijar as mãos, de hoje a
Paiva de Andrade, Autor do Livro, que se intitula Casamento
Palatino, ou he Morante? He Diafanto, se entoa ? ou se
palavras, e se taes conceitos, Tão divinas; tão longe de
palavras: Quia puluis es. SONETO LXXIII. Moral. Melhor hà de
Palestra Onde o Sago se veste, e se arma a Toga; Com suas
palestras peregrinas Te vejo confiado, astuto, e forte
palha para o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da
Palinuro bello, Guiador de Tobias a Gabello, Igual luz que do
Palladioens em simples Troyas. Quem enganas, ò Mundo, em
Pallida foge. O sangue, a fermosura, Tudo vai pela terra
par, por mais que digas, Vè, quando escreves, outro Apollo
pâr nas maravilhas, que alcançastes. Emfim milagres soes
para a Armonia (Que he parte, que anda co a brandura apensa
para abrir bocas da Fama. [SLI29] Triste remedio o mal de
para agourar, rato, que fura, Candea, nem cos dedos atiçada
para amores, Taes desenganos, para desenganos? Diràs: que
para as proprias rãns do charco Aonio. Eu o lî jà; e cuido que
para cega. Vedes, como se vão a Vida, e Tempo? /
para cerrar bocas da enveja; Aquella, para abrir bocas da
para comigo) Que não foi; mas se o dais adivinhado
para dàr tanta saude, Vades tão devagar convalecendo
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SAM52
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SLA74
SFE25
SLA28
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Entretense, traçandome outra morte? Prepâra
nem para homem de guadameci Tenho figura, nem
forão melhor, que para amores, Taes desenganos,
Sepultemse comigo meus delitos, Antes que sirvão
Mas como respondeis a esta pergunta, Que ou
vença, e de mi riase a gente; Jà que lhe sobejou
rica algum tempo, agora pobre A verdade sô quer
A verdade sô quer para doçura, O desengano sò
Fresta pequena, grade bem segura, Porta sò
da mesma morte o dia, e vento, A noite estava
pergunta, Que ou para disculpar o meu peccado, Ou
E vos, não sei porque, com vir entre elles, Vindes
galê, D' aquella, que não passa desde alli, Jà nem
V. Tu jà nem Tempo es? T. Nem tu es jà Vida. V. Vai
A vinda temo mais, do que o caminho, Porque
vão pelejo. Anda a voar do arduo ao impossivel: E
deixárão tomar; mas he fechada, E inda o he mais
Câ vos tenho arguîdo, e desculpado. Deixai sò
Deixa sempre de ser ensoço o rio. Se eu erro
Mundo a lavarse da ignorancia. / [SHE54] Estando
não faltarà pois quem ma estime: Que a palha
Como me eu vi voàr com desatino Da baixa sorte,
cedo cinco• eternas fontes, Que rios corrão
dina Dina desta agua candida abundante, Para vos,
duvidais seus mandamentos? Pois diz o Amor: Que
causa de seu delirio. SONETO XIX. Moral. Poes se
Antonio, em vossos tratos; E não sois sò Demonio
Bem cuydei eu que estaveis vòs guardadas Em my,
Ora eu fora ditozo, esse vingado Se o Ceo me dera
Poes he pezo o temor, o gosto he vento. E
chora? Mas que espero de ver dias contentes, Se
Quem me assegura a mi, de que o estivera? Se
Meritos nas desgraças sepultados. Tal, acção
hum desvario Todo de desconcertos marchetado; E
humanas estrellas illustrado, Que o Ceo dezeja, e
Por mais que o tempo esquecimentos mande. Poes
me dera para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu,
que lhe foy duro adversario. Hora, que tarda
Os Muros erão, donde a sorte dura Roubou,
A razão, que dos outros desespera; Foge em fim
Mundo he Comedia. SONETO XI. Moral. Dez figas
cura. Menos fora sentido o golpe duro, A não ser
gentes, Nota (pois te ameaça hũa igual sorte) Donde
hũa igual sorte) Donde pâra a belleza, e no que
sombrio. Vejo chorar a fonte, e que de frio O rio
roga A vossa planta, como á vossa destra.
o tão sublime Discurso ao ar; e vou pegar da pena,
I. Proemial. Prezese, quem quizer, do roto lenho
Para hum tão triste fim, tão leda a Morte,
devida. Ay do que espera, quanto mais servindo:
Laudatorio. Senhor, a vossa carta he jà de guia
XXII. Lirico Junto do manso Tejo, que corria
e auzencia: Mas pois tão nobre vida tens roubada,
hoje imitando. Melhora seja o fogo, e não mudança,
consoantes dò: E quando d' essa quinta mandeis cà,
Se para sempre amar, sempre he hũa era,
Esposa dina Dina desta agua candida abundante,
/ [SFE30] Em estillo da praça, dando os
senhora, Que tem que ver toda esta patarata Cos
que o mal, que se exprimenta. / [SFE70] Dando os
que sem luz, sem tino, Corta do mundo tanto
que ma repartîs, podeis detella; Mandandolhe que
a hũa desconhecida. SONETO VII. Amoroso.
o vosso engano, Que a todos o meu mal, bem lhes
Tão culto escreves, cantas tão valente, Que
peregrinas Te vejo confiado, astuto, e forte,
vem por sinal tal fermosura. Fermoso esprito
[SLA74] A hũa senhora, que estando de mũy bom
e para si convida; Gloria co a gloria em tudo
divino. / [SAM52] Ao silencio de hũas bem vistas
hũas bem vistas paredes. SONETO LII. Amoroso.
vos traz da praça: Sem Amor, sem Amigo, sem
que estando de mũy bom parecer, contrahio o
façais esgares? Porque de graças, e• benções aos
Quando estas regras de destreza ensinas,
hũa hora: a voz detida Seguio do coração o modo, e
aquelle, que sò partir convinha. He verdade que
para darme, hum novo corte Braço mais crú? Espada mais
para de pé. A mi trovas cortezes, que em vos sò Trova
para desenganos? Diràs: que por temer o Mundo hũa hora As
para desenganos. / [SAM2] Versos pregão das dores
para disculpar o meu peccado, Ou para eternizar o meu
para ditoso Ter por contrario, quem não teve dita. [SMO15]
para doçura, O desengano sò para elegancia. [SMO3] Capricho
para elegancia. [SMO3] Capricho de bom humor. SONETO III
para entrar, logo fechada; Cama, que he potro, meza
para estar sezuda; Que desta negra gente, em festa ruda
para eternizar o meu castigo? / [SAM20] Cloris com rosa
para fazer ao Mundo guerra. / [SMO44] Velhice presumida
para homem de guadameci Tenho figura, nem para de pé. A
para louco? T. Vaite para cega. Vedes, como se vão a Vida
para me dar mayor desgraça, Sei que me hà de trazer a sorte
para me perder de muitos modos, Finje que a honra he certa
para mi a rua nova. Poes se ha de ser de nada a consoada
para mi, pena e cuydado, Que essas sò são as guardas, do meu
para mi, porque me emenda Com colera, e sem zelo, a voz
para nascer o Senhor Infante Dom Pedro, e o Autor prezo
para o asno, ave hè de pena, Fallando com perdão da gente
para o estado honroso, Logo o voo julguei por enganoso
para o Mar da graça. [SFA87] Respondendo a hum amigo
para o mundo tão bastante, Que toda a sede eterna, a não
para obedecido, Mais he, que quando aos pês, rende Elementos
para os amar, não foram feitos, Senhor, aquelles olhos
para os ratos, Mas para as proprias rãns do charco Aonio. Eu
para outro bem de larga dura; Mas jà sey, contra si que mal
para perder Vidas, Quantas Iras lhe deu, para tirarmas
para quando os alcanceis, vos rogo, Não que façais me tornem
para se pagar de gosto hũa hora, Não bastão mil idades
para sempre amar, sempre he hũa era, Para sempre temer
para sempre celebrada Serà, poesque com alta providencia
para ser maior, seja cuidado A vontade do prodigo alvedrio
para si convida; Gloria co a gloria em tudo parecida, Donde
para ti tal nome asseguraste Que eterno vivirà teu nome
para tirarmas. [SLA99] Em a publicação do famoso Poëma do
para vir, mil annos, Que importa que não chegue? se se
para vos dar, minha alegria. Hora acabai de crer que estais
para vos, desesperada. Pobre da Fè tão boa, e tão prezada
para vos, poes com furtado Consular nome vos chamais
para vos tão duro, e grave, Pois fere mais a seta, onde he
pâra a belleza, e no que pâra. [SFA51] A hum amante da
pâra. [SFA51] A hum amante da variedade. SONETO LI
pâra, o prado se despeja: Seca a verdura; a neve he sò sobeja
Para Alumnos os inclitos adestra Ingenhos, por quem oje a
Para escrever tão simples catorzada? Vedes? não faltarà
Para eterna menção de seu naufragio; Eu viva errado sò, sem
Para hum tão largo amor, tão curta a vida. [SSA63] Segundo
Para hum tão triste fim, tão leda a Morte, Para hum tão largo
Para mi, que perdido ando vivendo; Mais me cativa, quanto a
Para o Mar, que nos braços o esperava, Jaz hum pastor, que
Para que deixas cà, se suas forão, A Verdade, a Justiça, e a
Para que eternamente renacendo, Eternamente vas
Para que serve hum elle, hum vos, hum tu ? [SMO35]
Para sempre temer, sempre hum estado. Jà propuz de passar
Para vos, para o mundo tão bastante, Que toda a sede eterna
parabẽns à sobrinha de hũa Prelada, da eleição da Tia
parabẽns da Madre vossa Tia [SAM31] Arismetica da
parabẽns do nascimento de hũa Filha a D. Antonio Alvarez da
paralello, Que presâgo se mostra em seu desvello Mais do
pâre, e me não siga. Eu, que a padeço, quando mais amiga
Pâre a duvida jà, cesse a cautella, Se em socorro da Fê, foi
pareça. [SAM17] Porfia infelice. SONETO XVII. Amoroso
parece que o Barbaro, igualmente Venera a Tuba, que temeo a
Parece certo que a contraria sorte Entre a vontade, e o braço
pareceis d' aquelles Nuncios do bem, que o Ceo jà desencerra
parecer, contrahio o parentesco de sogra. SONETO LXXIV
parecida, Donde não falta o bem, por ser gozado. Desta flor
paredes. SONETO LII. Amoroso. Paredes: vos guardais os
Paredes: vos guardais os resplandores D' aquelle proprio Sol
Parente; Quem mais se doe de vos, diz: Coutadinho. Tal vida
parentesco de sogra. SONETO LXXIV. Laudatorio. Quando
pares, Disso, graças a Deus, sois vos bem rica. Mel, e
Parmeno, de ti creo que es de sorte, Que não por destra a
parte, Ambos provárão mudos a louvarte Ao entender, se
parte, e que caminha, Mas partese, e caminha por tal arte
340
SAM23
SFA88
SAM23
SAM23
SLA72
SAM23
SAM71
SAM6
SAM23
SAM23
SAM23
SFE34
SAM41
SFA87
SMO69
SMO83
SAM41
SFA87
SMO83
SAM27
SMO83
SFA88
SFE25
SMO35
SMO35
SHE38
SLI22
SMO81
SAM33
SAM58
SAM96
SLI22
SAM47
SFE30
SLA95
SLA95
SHE100
SLA72
SMO89
SAM43
SMO5
SMO5
SMO3
SFE39
SMO5
SAM2
SMO84
SAM47
SHE54
SFE34
SMO19
SMO67
SMO89
SHE42
SHE38
SSA65
SHE42
SSA68
SAM6
SAM9
SFE34
SMO44
SHE100
SAM52
SHE42
SLA99
SHE54
SFE75
SAM76
SFE34
SSA92
SSA92
SHE38
SMO19
SMO67
SFE80
SMO61
nos reparte; Mas quem cuidareis vos, que he, o que
dia. E pois que tem tal mão para a Armonia (Que he
por tal arte, Que câ vos deixa aquella illustre
Mas quem cuidareis vos, que he, o que parte!
elegante, composto por hum Religioso de grandes
He verdade que parte, e que caminha, Mas
hum milhão de milhões de saudade, Hà, despoes que
mais cedo abria, Mas em chegando a vellos, se
vos, que he, o que parte! Parte aquelle, que sò
[SAM23] Despedida. SONETO XXIII. Amoroso.
Despedida. SONETO XXIII. Amoroso. Parto,
que mais forçado que em galê, D' aquella, que não
tanto perigo verdadeiro! Anno esteril de Amor, que
SONETO LXXXVII. Familiar. Quando pellas florestas
Escuzase da esperança, a que o induzem os
Ser aquelle caminho mais errado O que he de mais
tanto a este Rio, Cintia, se for estrancho, ou
Que devemos ao Ar, no movimento? Tal, se
Tambem, tanto temor he desconcerto; A quem
sempre temer, sempre hum estado. Jà propuz de
O que he de mais passage, e fermosura. Em fim não
lè, jà que as entende. Ouça os corvos, tambem cos
são peores que folares, Perús? não, que são
dano meu? V. Assàz tẽns dado T. Ay, Vida, como
o gosto nega. V. O Tempo he ar? T. A vida he
Que inculca às gentes sabias, como às rudes.
sem fortuna, de que esperes Que encaminhe teu
não vião. Os velhos, sem saber o que fazião, A cada
Emfim que aquella hora he jà chegada, Que atê nos
Ambos provárão m
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Sonetos das Musas portuguesas