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ESTER
Lição 72
1. Objetivos:
∗ Ensinar que Deus teve um plano especial para Éster, para salvar o seu povo.
∗ Ensinar que Deus tem um plano para cada um de nós também.
2. Lição Bíblica: Ester 1 a 9 (Base bíblica para a história e leitura bíblica para o
professor)
Versículo para decorar:
Éster 7.3 “Então respondeu a rainha Éster, e disse: se perante ti,
ó rei, achei favor, e se bem parece ao rei, dê-se-me por minha
petição a minha vida, pólo meu desejo o meu povo”.
3. Período de Adoração:
1) Cânticos: 1.
2.
3.
4.
5.
6.
2) Oração
4. Atividades:
1) Pode-se usar o flanelógrafo para contar a história
2) Memorizar o versículo
3) Jogo com perguntas
4) Atividades das páginas 15.
Ponto de contato:
Você às vezes pensa em como vai ser ao crescer? Você fica pensando em por
que certas coisas acontecem ou se Deus tem um plano para você? Deus ama cada um
de nós. Ele cuida de nós e tem um plano especial para cada indivíduo. Nós devemos
estar contentes sabendo que embora não saibamos o que Deus quer para nossas vidas,
Ele tem um plano para nós.
Uma vez, Deus teve um grande plano para uma moça israelita. Ele preparou-a
por muitos anos para este propósito.
História Bíblica:
O rei Assuero estivera reinando sobre o grande reino da Pérsia por exatamente
três anos e estava ansiosos para exibir a sua riqueza, o seu poder e a beleza do seu
palácio. Por isso ofereceu um grande banquete, convidou os príncipes e nobres que,
juntamente com ele, governavam a Pérsia. Este banquete durou 180 dias. O rei
Assuero não era um rei sábio. Buscava a sua própria glória. Nisso, no seu orgulho,
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estava sua falta de sabedoria, não acham? Ele não conhecia Aquele que é muito
maior do que qualquer rei ou presidente: Deus, o Criador de todas as coisas.
Depois, por sete dias o rei deu uma festa para todo o povo da cidade de Susã.
Mas Vasti, a rainha, não foi vista. E as outras mulheres também não. A rainha estava
dando uma festa para as mulheres, em outra parte do palácio. Era um costume
daquele tempo.
O povo viu, durante a festa, toda a riqueza e poder do rei. Agora, o rei quis
exibir mais um pouquinho. Ordenou a sete servos seus que fossem buscar a rainha
Vasti, com a coroa real, e a trouxessem à sua festa. Vasti significa mulher bela e ela
era realmente uma mulher muito linda. O rei queria que seus amigos vissem a sua
bela esposa.
Todos devem ter ficado ansiosos à espera da entrada da rainha.
Mas, logo depois, os servos voltaram sem a rainha. Vasti estava se recusando a
vir! O que iria fazer o rei? Todos tinham de obedecer ao rei.
A Bíblia não diz porque Vasti não veio. Mas Vasti escolheu desobedecer.
O rei Assuero ficou furioso. A Bíblia diz:
− O rei muito se enfureceu, e se inflamou de ira.
Foi o fim da festa. Os convidados devem ter voltado para suas casas calados e
envergonhados. Mas, mesmo estando muito zangado, o rei não iria tomar nenhuma
atitude antes de consultar os seus sábios.
− De acordo com a lei, o que devemos fazer com a rainha, por sua
desobediência? – ele perguntou, aborrecido.
− A rainha Vasti não somente ofendeu ao rei – disse um dos sábios – mas
também a todos os príncipes e a todo o povo do seu reino.
Eles pensavam que, agora, todas as mulheres ao ouvirem falar da desobediência
de Vasti, iriam desobedecer a seus maridos. Se a rainha podia desobedecer ao
marido, elas também poderiam!
Vocês alguma vez, não desobedeceram só porque outra pessoa o fez? Será que
algum amiguinho de vocês não desobedeceu ou não fez alguma coisa má porque viu
você fazendo o mesmo?
Como seria maravilhoso se nós vivêssemos de um modo que nossos amigos
sentissem vontade de também serem obedientes. Mas, não o podemos fazer sozinhos.
Deus disse:
− Não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Romanos 3.12b).
Só conseguiremos ser obedientes se deixarmos que o Senhor reine em nossos
corações.
Os sábios aconselharam um castigo estranho. Vasti tinha que deixar de ser
rainha! Nunca mais poderia entrar na presença do rei. Assim ia ser escrito nas leis
da Pérsia. Estas leis não podiam ser mudadas. Tinha de haver uma outra rainha.
− Quando todos ouvirem este decreto – disseram os sábios – todas as esposas
honrarão os seus maridos, tanto os importantes e ricos como os humildes.
Cavaleiros foram enviados a todas as partes do reino com a notícia.
Não sabemos mais nada sobre Vasti.
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Depois de algum tempo o rei se acalmou. Lembrou-se se Vasti. Talvez se
arrependesse de ter ficado tão zangado com ela. Seus servos decidiram que já era
tempo de começarem a procurar uma nova tainha. Estudaram um plano.
− Vamos trazer ao palácio todas as moças bonitas de todo o reino.
Deixaremos que o rei escolha aquela que mais lhe agradar. Essa será rainha
no lugar de Vasti.
O plano agradou ao rei. Enviou oficiais a todo o reino à procura de moças
bonitas. As moças foram levadas a uma casa especial, onde foram bem tratadas pelos
servos do rei.
Entre todas aquelas moças havia uma que era diferente. Era muito linda. Mas,
além disso, era também bondosa e educada. Logo se tornou a predileta de toda a
gente.
O servo do rei deu-lhe o melhor lugar na casa das mulheres e sete criadas para
servi-la. Sabem quem era esta moça? Era Ester!
Uma a uma as moças foram levadas a presença do rei. Tinham o direito de
tomar para si tudo aquilo que desejassem entre as coisas que elas julgassem capazes
de torna-las mais atraentes. São capazes de imagina-las escolhendo aquelas lindas
roupas e jóias? Gastavam muito tempo se pintando e arrumando o cabelo. Até
parece um concurso de beleza, não acham?
Todos os dias, Mordecai, o primo de Ester, passava pelo portão da casa das
mulheres para saber como ia a sua prima, pois ele criara a Hadassa, que é Ester filha
de seu tio, a qual não tinha pai nem mãe. Ester desde criança morava com Mordecai.
Ela não podia sair para vê-lo, nem ele podia entrar para vê-la. Era uma das leis
da corte.
Tenho certeza que Mordecai conhecia alguns dos criados que trabalhavam
nesta casa e podia obter deles as informações que quisesse. Mas havia uma coisa que
preocupava Mordecai. Ele e Ester tinham um segredo. Não se atrevia a perguntar se
aquele segredo já fora descoberto, pois, se assim o fizesse, ele mesmo o estaria
revelando.
Mordecai pedira a Ester que não contasse a ninguém que ela era judia. Ela lhe
obedeceu, como sempre o fizera. Ainda que não entendesse porque, ela sabia que,
tendo Mordecai lhe ordenado assim, o segredo devia ser importante.
Mas se alguém no palácio a reconhecer, o segredo onde ficará? Veremos o
que aconteceu.
Levou tempo para as moças se aprontarem para ir a presença do rei. Mas
finalmente, chegou a vez de Ester. Foi o servo que orientou Ester sobre o que ela
deveria vestir. Ela era mesmo muito linda, mas grande parte da sua beleza era reflexo
de seu bondoso coração. Se tivesse usado muitas jóias, pinturas exageradas e roupas
extravagantes, teria prejudicado a sua beleza. Novamente ela foi obediente à
orientação até de um servo.
Ela foi à presença do rei, vestida com toda a simplicidade. E o rei Assuero, rei
do maior de todos os reinos do mundo daquele tempo, escolheu Ester! Colocou a
coroa real sobre a sua cabeça e fê-la rainha. E assim Ester, uma órfã judia, se tornou
rainha do maior reino daquele tempo.
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É possível que Mordecai soubesse de muitas coisas ali no portão do rei. E, um
dia, descobriu um coisa muito má. Dois dos porteiros do rei estavam tramando
contra o rei. Não sei o que o rei Assuero tinha feito, mas eles estavam muito
zangados. É claro que um rei capaz de perder a calma a ponto de fazer bobagens
devia ter muitos inimigos. E, se os próprios guardas se levantassem contra ele, em
que perigo estaria!
Mordecai sabia que tinha que fazer alguma coisa para impedir a conspiração.
Rapidamente mandou um recado a Ester e ela levou a notícia ao rei. Ela não se
esqueceu de mencionar o nome de Mordecai. Foi feita uma cuidadosa investigação e
foram achados os culpados. Os dois foram enforcados.
Depois tudo foi cuidadosamente registrado no livro do rei. O nome de
Mordecai também foi registrado. O rei não percebeu o nome de Mordecai, pois não
lhe deu nenhuma recompensa, como os reis costumavam fazer com aqueles que lhes
prestam algum favor especial.
Passado algum tempo, o rei Assuero decidiu promover um dos seus homens. O
nome desse homem era Hamã. Era um dos príncipes que governavam no grande
reino da Pérsia. Assuero o tornou o mais importante de todos os príncipes do reino.
Depois, o rei ordenou que todos os seus servos se inclinassem e se prostrassem diante
de Hamã!
Quando Hamã passava, todo orgulhosos, pelo portão do palácio, todos os
servos do rei se prostravam na terra. Como Hamã deve ter gostado de ver todos se
prostrando diante dele. Mas havia um que não se prostrava diante de Hamã. São
capazes de adivinhar quem era? Isso mesmo. Mordecai.
Quando viram que ele não se prostrava diante de Hamã, os outros servos
perguntaram a Mordecai:
− Por que você desobedeceu ao decreto do rei?
Dia após dia, eles insistiam com Mordecai para se prostrar diante de Hamã.
Mas ele se recusava e os outros servos ficaram curiosos para saber a razão por que ele
não se ajoelhava, até que Mordecai lhes contou que era judeu.
Como continuasse se recusando a se prostrar diante de Hamã, os demais servos
foram denunciá-lo. Não teria sido melhor ter-se inclinado apenas um pouquinho, em
vez de enfrentar a ira do perverso Hamã e do rei?
Não, Mordecai não podia adorar Hamã. Hamã era apenas um homem. E a
palavra de Deus diz:
− Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos
criou (Salmo 95.6).
Todos devem ter esperado ansiosamente para ver o que Hamã ia fazer. Iria
jogar Mordecai na cadeia? Iria mandar mata-lo? Mas do coração de Hamã saiu um
plano muito pior (Vocês sabem, que é do coração que sai toda a maldade). Ficou tão
zangado que achou pouco castigar um só homem. Resolveu matar todos os judeus.
Hamã correu a falar com todos os seus conselheiros. A Bíblia diz que o
primeiro mês lançaram sortes para descobrir o dia melhor. Não sabemos o que eles
usavam para “tirar a sorte”. Talvez pedacinhos de papel. Mas, desse modo tão tolo,
decidiram o dia para executar o perverso plano, que seria o décimo terceiro dia do
décimo segundo mês, onze meses mais tarde.
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Hamã foi falar com o rei sobre o seu plano perverso.
− Ó rei Assuero, por todo o nosso reino está espalhado um povo cujas leis são
diferentes de todas as outras nações. Essa gente não obedece às leis do rei.
É claro que Sua Majestade não deveria deixa-los viver. Eles não fazem o
bem. Agora, pois, se Vossa Majestade quiser, façamos um decreto para
destruí-los e eu lhe pagarei dez mil talentos de prata.
Nós esperaríamos que o rei dissesse algo assim:
− Sente-se, Hamã. Vamos conversar. Quem é essa gente e de onde vem?
Quantos são? Que coisas más os andam fazendo e por que precisam
morrer?
Mas o rei não fez perguntas. Somente tirou o seu anel e o deu a Hamã. Era um
anel muito especial, era um anel usado pelos reis. Querem saber porque era tão
especial? O rei assinava o seu nome com esse anel. Para fazê-lo, um servo pingava
um pouco de cera sobre a carta. Depois, o rei colocava o seu anel na cera. Logo que
a cera endureceria, o rei retirava o anel e o seu nome, ou selo, lá ficava. Era coisa
parecida com um carimbo. Tudo o que o rei assinava tornava-se uma lei. E, agora, o
perverso Hamã estava usando esse anel e tinha a autoridade para assinara o que
quisesse.
O rei disse a Hamã:
− O povo é seu; faça o que quiser. O dinheiro também é seu.
Como Hamã deve ter ficado entusiasmado. Os odiados judeus seriam dele.
Mordecai deixaria de permanecer no portão do rei. Hamã sentiu-se feliz. Mas
ninguém é verdadeiramente feliz quando luta contra Deus.
Os secretários do rei foram chamados. Sob as ordens de Hamã foi escrita uma
lei e selada com o anel do rei que se achava em poder de Hamã. A lei dizia que no
décimo terceiro dia do décimo segundo me, todos os judeus de toda a Pérsia seriam
mortos, inclusive os velhos, as mulheres e as crianças.
Hamã e o rei não pensaram no que estavam fazendo. Eles não sabiam que a
rainha Ester era um desses tão odiados judeus. Não sabiam, também, que os judeus
eram o povo escolhido de Deus e que através dele Deus iria mandar o Salvador.
Novamente, cavalheiros foram enviados a todo o reino. Desta vez não foi para
uma coisa tão agradável como a de escolher uma rainha entre as mais belas jovens da
terra. Desta vez levavam uma terrível mensagem, uma mensagem de morte!
Ordenou-se aos cavaleiros que se apressassem. Levariam muitos dias para
chegar a certos lugares, pois o reino se estendia da Índia à Etiópia. Era o maiôs de
todos os reinos da terra. Os persas tinham também, os melhores meios de enviar
notícias.
A terrível mensagem bem depressa se espalhou por Susã, a capital do reino.
Todo o mundo se entristeceu e se preocupou com coisa tão horrível. Como você se
sentiria se recebesse uma mensagem que, num certo dia, você e sua família teriam de
morrer?
E, depois que essa notícia terrível foi espalhada, o que Hamã e o rei fizeram?
Assentaram-se para beber e se divertir.
Quando Mordecai ouviu falar do perverso plano de Hamã, rasgou suas roupas e
cobriu-se de saco e cinzas. Nos tempos bíblicos, as pessoas faziam assim para
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mostrar sua grande tristeza. Mordecai chorou, em voz alta enquanto atravessava a
cidade. Sua tristeza era imensa. Todo o seu povo iria morrer. Ester, a linda rainha,
também teria de morrer, pois o decreto dizia todos os judeus.
Parece que Mordecai estava em sérios apuros, não é mesmo? Parece que teria
sido melhor se Mordecai tivesse se prostrado diante de Hamã. Mas, não. Pois Deus
disse:
− Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos
criou.
A rainha Ester ainda não sabia de nada. Mas, algumas de sua criadas
trouxeram-lhe a estranha notícia.
− Rainha Ester, aconteceu algo aos judeus, pois eles estão muito perturbados.
Estão amedrontados, também. Estão vestidos de pano de sacos e assentados
em cinzas. E Mordecai está em pé na rua do lado de fora do portão do
palácio, todo vestido de pano de saco.
As criadas de Ester deviam ter se admirado ao ver a rainha tão nervosa com a
notícia. Ela, também, ficou triste e amedrontada. Ester sabia que algo terrível devia
ter acontecido para que Mordecai e o povo estivessem agindo assim.
− O que será? – ela ficou imaginando – Será que alguém morreu? Preciso
descobrir já.
Como ele quis poder sair correndo a rua para falar com Mordecai. Mas é claro
que as leis persas não lhe permitiam faze-lo. Mordecai, não podia ir ter com Ester e
falar-lhe.
Ester quis fazer algo para ajudar a Mordecai. Ela queria que ele soubesse que o
fato dele estar triste, fazia-a triste também. Lembrem-se de que ela foi uma órfãzinha
criada na casa de Mordecai. Agora, ela era a rainha do maior reino do mundo
daquele tempo. Entretanto, queria ajudar ao seu velho primo. Ela nos faz pensar em
Deus que nos ama e que quer nos ajudar e nos fazer felizes!
Rapidamente, Ester arranjou boas roupas e mandou-as por um servo a
Mordecai.
− Diga-lhe que as vista – ela disse – e que tire a roupa de saco.
O servo correu ao portão, mas não encontrou Mordecai no seu lugar
costumeiro. Vestido como estava de pano de saco não podia servir ao rei junto ao
portão. Havia uma lei que proibia que pessoas vestidas de pano de saco entrassem
pelo portão do rei. E quando o servo o achou e tentou entregar as roupas a Mordecai,
este não as aceitou. O servo, então, voltou para a rainha Ester.
− Oh, por que você trouxe as roupas de volta? – Ester perguntou.
− Mordecai não as aceitou. Ele vai continuar usando aquele pano de saco
velho – respondeu o servo.
− Preciso descobrir porque Mordecai está tão triste – disse a rainha
preocupada – Disseram-me que ele está usando pano de saco. Vai
perguntar-lhe o que aconteceu e, depois, vem me contar o mais depressa
possível!
Hatá e os outros do palácio sabiam que Mordecai era um amigo especial da
rainha. Mas ninguém sabia que eles eram primos e que Ester que judia.
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− Mordecai – disse Hatá, quase sem fôlego por causa da pressa – a rainha quer
saber qual é o problema e porque você está vestido assim.
Será que Mordecai sorriu? Sabem de uma coisa? Mordecai tinha um plano!
Ele não ia desistir só porque as coisas pareciam ir de mal a pior. Ele tinha jejuado a
estava vestido de pano de saco. Estava arrependido dos seus pecados e entristecido
pelos pecados do seu povo. Tinha grande tristeza.
Talvez, enquanto Mordecai estava esperando ali no meio da rua, estivesse
falando a Deus. Como era bom saber que Deus ouvia. Podia Lhe pedir ajuda e
esperar a ajuda dEle. Talvez ele se lembrasse das promessas que Deus tinha feito,
tais como a que se encontra no Salmo 50.15:
− Invoca-me no dia da angustia e eu te livrarei, e tu me glorificarás.
E, nesse caso, ao falar com Hatá, devia ter sentido que Deus já estava
respondendo as suas orações.
− Hatá, você deve contar tudo a rainha – respondeu Mordecai – Eu me recusei
a adorar e me prostrar diante de Hamã. Ele se zangou e ordenou que todos
os judeus fossem mortos. Hamã prometeu ao rei dez mil talentos de prata
em troca das vidas dos judeus. Tome! Leve isto à rainha Ester.
E Mordecai deu ao servo uma cópia da ordem de Hamã.
− Hatá, você deve dizer a rainha Ester que vá ao rei e lhe rogue pelo nosso
povo. Você deve faze-la entender que isto é muito importante!
Hatá voltou correndo ao palácio, onde a rainha Ester o esperava ansiosa.
− Rainha Ester – começou ele a falar apressadamente – são terríveis as
notícias para Mordecai e os judeus! Eles vão morrer no décimo terceiro dia
de ... veja, leia isto. Mordecai mandou-lhe.
Hatá deve ter ficado surpreso ao ver como Ester ficou triste. Por que se
preocupava tanto com Mordecai e os judeus?
− Oh, não! – exclamou a rainha assustada – Hatá, volte já e diga a Mordecai
que não se esqueça da lei dos persas. Todos os servos do palácio e todo o
povo do reino sabem que ninguém, homem ou mulher, pode entrar nos
aposentos do rei sem ser chamado. Eu serei morta! Só vive a pessoa para a
qual o rei estender o seu cetro de ouro.
Um cetro é uma espécie de bastão ou bengala do rei. Mostra que ele tem poder
para reinar e mandar.
− Essa é a lei – disse Ester – Hatá, diga-o a Mordecai. Eu não tenho sido
convidada pelo rei há trinta dias.
Ester pensava que Mordecai entenderia e certamente não iria lhe pedir que
fizesse coisa tão perigosa. Hatá voltou a falar a Mordecai
− A rainha Ester diz que seria muito perigoso ir falar ao rei. Há uma lei e o
cetro de ouro. O que aconteceria se ele não estendesse para ela? Ela teria
de morrer. E, Mordecai, a rainha quer que você saiba que ela não tem sido
chamada pelo rei há trinta dias. Ela não tem visto o rei. É claro que ela não
se atreveria a se aproximar dos seus aposentos.
Mordecai já sabia do perigo, mas ele sabia que milhares de judeus estavam
enfrentando um perigo ainda maior.
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− Hatá – ele disse com firmeza – você tem de levar uma mensagem a Ester É
o seguinte: “Ester, não pense que sendo rainha e vivendo no palácio, você
escapará quando todos os judeus forem mortos. Os judeus serão libertados
de outra maneira, mas você e a casa de seu pai serão destruídos” – por isso,
Mordecai continuou falando – “Ester, você morrerá juntamente com o nosso
povo. Quem sabe se você se tornou rainha e vive no palácio justamente para
ser usada na salvação do nosso povo num momento destes?
Hatá, voltando ao palácio, contou tudo a Ester. Ela ouviu em silêncio, mas
como o seu coração deve ter palpitado! Assim como o coração de vocês bate quando
estão com medo. Hatá esperou em silêncio enquanto Ester decidia o que iria fazer.
− Será que Mordecai quer mesmo que eu faça uma coisa tão perigosa? – ela
pensava – Aqui no palácio estou segura. Mas Mordecai diz que não; e ele
também está em grande perigo. E todo o nosso povo!
Talvez Ester se lembrasse da promessa de Deus:
− Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
De qualquer maneira, Ester preferiu obedecer. E mandou a Mordecai uma
mensagem maravilhosa:
− Vá, reúna todos os judeus de Susã e jejuem por mim. Não comam, nem
bebam durante três dias, dia e noite. Eu e minha servas também jejuaremos.
Depois irei falar com o rei, mesmo sendo contra lei. E se tenho de morrer,
morrerei.
Mal Hatá terminou de transmitir a mensagem de Ester, Mordecai desceu
correndo a rua em sua feia roupagem de pano de saco. Devia estar todo sorridente e
com o coração cheio de felicidade, quando começou a transmitir as boas novas ao sei
povo.
− Temos de jejuar por três dias e três noites em favor da nossa rainha. Depois
ela irá falar com o rei, rogando-lhe que poupe nossas vidas – ele sabia que
os judeus o fariam, pois estavam em grande perigo.
Ester não podia sair do palácio para jejuar e orar com os demais, por isso reuniu
todas as suas criadas. Depois dos três dias e três noites de jejum, chegara o momento
de Ester ir falar com o rei Assuero, rogando-lhe que salvasse a vida do seu povo.
Imagino que os príncipes e os servos devem ter ficado assombrados vendo que
a rainha ia a direção aos aposentos do rei:
− É a rainha Ester? – cochichavam uns para os outros – É ela mesmo! Mas o
que será que ela vai fazer? Ela deve saber o perigo que corre. Tenho a
certeza de que o rei não mandou chamá-la. O que será que vai acontecer?
Todos olhavam para Ester, quando ela estava se aproximando do lugar de onde
seria avistada pelo rei. Será que o rei ia estender o seu cetro de ouro, ou será que ela
iria morrer como se fosse um inimigo?
De repente, o rei avistou a rainha, que estava em pé no meio da corte, toda
vestida de roupas reais. Esperançosamente ela aguardava. Não podia mais voltar
atrás. A mão do rei se mexeu, levantou o cetro e estendeu-o para ela! O rei se
alegrava em vê-la! Ester se aproximou e tocou na ponta do cetro.
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− O que você deseja, rainha Ester? – perguntou o rei – Eu lhe darei qualquer
coisa. Até mesmo se você pedir a metade do meu reino eu lhe darei.
− Se Vossa Majestade assim o desejar – disse Ester – eu gostaria de oferecer
um banquete para o rei e Hamã.
Um banquete?! Será que era isso que Ester queria? O rei devia ter ficado
muito surpreso, pois Ester tinha arriscado a sua vida, vindo até ali, apenas para
convida-lo para um banquete. Mas, imediatamente, o rei disse a um servo:
− Diga a Hamã que se apresse a fazer o que Ester pediu.
E, assim, o rei e Hamã foram ao banquete que Ester lhes preparara.
− Que príncipe felizardo eu sou – pensou Hamã, cheio de vaidade, enquanto
se assentava na sala do banquete.
O rei devia ter percebido que a rainha Ester estava preocupada com alguma
coisa.
− Isto não é tudo o que ela está querendo – devia ter pensado – Pois ela
arriscou a vida para vir falar comigo, e ela não o faria por um banquete
qualquer.
− Rainha Ester – disse ele finalmente – o que você realmente quer? Peça
qualquer coisa, até mesmo metade do meu reino e eu lhe darei.
− Se Vossa Majestade assim quiser – ela disse – eu gostaria de lhe oferecer
mais um banquete amanhã. E, então, direi o que quero.
O rei dever ter ficado perturbado, pensando qual seria o problema de sua
rainha, mas teria que esperar até o dia seguinte para saber.
Hamã atravessava os corredores do palácio. Deixou o banquete da rainha mais
orgulhoso e mais cheio de si do que antes. Mal aquentava até chegar em casa para
contar a sua esposa e a seus amigos sobre a honra que tivera. Avistou, então, a
Mordecai no portão do palácio e toda a felicidade que sentia se escoou do seu
coração.
− Será que esse maldito judeu não se prostra mesmo diante de mim, Hamã, o
grande príncipe? Será que ele não entendeu que eu posso arrancar a minha
espada e mata-lo agora mesmo? Mas não, vou deixa-lo morrer juntamente
com os demais judeus. Posso esperar.
E com um olhar de ódio para Mordecai, ele se foi.
Ao chegar em casa, Hamã mandou chamar Zeres, sua esposa e seus amigos.
Por alguns momentos esqueceu-se de Mordecai, para se vangloriar de todas as suas
grandes riquezas. Falou de seus muitos filhos, lembrou-se das honras que o rei lhe
tinha concedido, fazendo-o maior dentro os príncipes. Mas Hamã deixou o melhor
para o fim:
− Além de tudo isso, hoje, a rainha Ester convidou a mim somente para,
juntamente com o rei, comparecer ao banquete que ela nos preparou. E
amanhã, estou convidado para um novo banquete da rainha.
Por um momento, ele se deliciou com a supressa da família. Então, de repente,
falou zangado:
− Mas nada disse me faz feliz, enquanto eu vir Mordecai, o judeu, diante do
portão do rei.
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Zeres, a esposa de Hamã, era tão má quanto seu marido, pois ela o aconselhou a
fazer uma coisa terrível.
− Faça uma forca de 25 metros de altura e peça, amanhã, permissão ao rei para
enforcar a Mordecai nela. Depois, vá feliz ao banquete do rei e Ada rainha.
Todos os amigos de Hamã concordaram com aquilo.
A noite lhe pareceu tão longa que o rei, finalmente, pediu a um dos seus servos
que lhe trouxe seus livros de registros. Tudo o que o rei fazia era escrito naqueles
livros e eram uma espécie de história. O rei pediu ao servo que lhe lesse. O servo do
rei começou a ler e, dali a pouco, chegou ao ponto onde se falava de Mordecai. Era
sobre o caso daqueles dois homens que estavam planejando matar o rei e que
Mordecai denunciara. Os dois homens tinha sido enforcados.
− Diga-me – exclamou o rei – que recompensa se deu a Mordecai?
− Nada foi feito por ele – respondeu o servo.
Como, nada? Aquilo não podia acontecer numa corte persa. Era uma vergonha
para o rei. Ele costumava dar recompensa em dinheiro, jóias, terras, sempre quando
alguém lhe prestava um favor e especialmente se lhe salvava a vida.
O rei decidiu que precisava fazer alguma coisa por Mordecai imediatamente,
pois já tinha se passado cinco anos desde que Mordecai lhe prestara aquele favor.
Não que Mordecai tivesse se queixado. Ele tinha voltado humildemente ao seu lugar
junto ao portão, servindo ao rei tão fielmente como sempre o fizera. Justamente
naquele momento o rei ouviu passos.
− Quem está ai? – ele perguntou.
− É Hamã – respondeu o servo.
Hamã tinha chegado cedo, antes mesmo que o rei estivesse pronto para deixar o
seu quarto.
− Chamem a Hamã – disse o rei.
Estava precisando de Hamã para ajuda-lo no seu plano.
− Hamã – disse o rei – o que se deveria fazer a um homem a quem o rei quer
honrar, ou recompensar?
− Ah – pensou Hamã, todo orgulhoso – quem neste reino desejaria o rei
honrar mais do que a mim? – pensou ele – Agora receberia ainda maiores
honras e poderia se vangloriar ainda mais diante de sua família amigos
naquela noite.
Hamã esqueceu-se de Mordecai e da forca. Pensou apenas em si mesmo. E
disse:
− Manda vestir o homem que o rei quer honrar (recompensar) com vestes
reais, põe-lhe na cabeça uma coroa e dá-lhe o cavalo real a montar. E que
estas coisas lhe sejam entregues pelo mais nobre príncipes do rei. Que este
o vista e o conduza pelas ruas da cidade.
Talvez Hamã tivesse parado um pouquinho para se imaginar usando as roupas e
a coroa do rei, cavalgando o mais lindo cavalo do reino. Ele queria ter a certeza de
que todos o veriam, por isso acrescentou:
− E esse príncipe deverá gritar: “Assim se faz ao homem a quem o rei deseja
honrar!”
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− Depressa, Hamã – disse o rei – tome as roupas, a coroas e o cavalo e faça
todas essas coisas a Mordecai, o judeu, que está no portão real.
Mordecai! O rei tinha dito Mordecai! Hamã não podia acreditar! Devia ter
empalidecido. Teria de fazer tudo isso a Mordecai, seu inimigo? Sim. Sabia que
teria de fazer, pois a palavra do rei era lei. E ele teria de obedecer.
Hamã vestiu Mordecai com as vestes reais e colocou-lhe na cabeça a coroa do
rei. Segurou o cavalo real, enquanto Mordecai subia nele. Depois, conduziu-o pelas
ruas da cidade. Hamã tinha que ir gritando: “Assim se faz ao homem a quem o rei
deseja honrar. Assim se faz ao homem a que o rei deseja honrar!”
Depois desta cavalgada estranha, Mordecai retornou humildemente ao seu lugar
junto ao portão real para continuar no seu trabalho diário.
Hamã abaixou a cabeça envergonhado e correu para casa. Já não havia nada do
que se vangloriar. Tristemente contou a Zeres e aos seus amigos o que lhe tenha
acontecido. Zeres e seus sábios conselheiros nada tinham a lhe dizer que o
confortasse. Que palavras horríveis lhe disseram:
− Se Mordecai é judeu, você não terá nenhum poder contra ele. Em vez disso,
quando você encontra-lo, será derrotado.
Logo que Hamã chegou ao palácio, foi com o rei ao banquete de Ester. Que
festa estranha foi aquela. O rei Assuero se sentia feliz e desejoso de dar a Ester
metade do seu reino, se ela assim o desejasse. Hamã, o príncipe, antes tão popular,
estava muito, muito infeliz. A rainha Ester estava ansiosa, pensando sobre Mordecai
e o seu povo, os judeus, e imaginando se teria de morrer com eles no décimo terceiro
dia do décimo segundo mês. Neste banquete ela teria de falar ao rei sobre esse
assunto. Ela prometera.
O rei falou:
− O que é que tu desejas, rainha Este? O que me pedes? Ser-te-á dado
mesmo que seja metade do meu reino.
O rei aguardava a resposta de Ester. Iria ela pedir jóias, dinheiro, terras ou
grandes honras? As pessoas costumavam pedir tais coisas.
O coração de Ester devia ester batendo muito forte, mas ela sabia que tinha
chegado a hora de falar:
− Se achar favor diante de ti, ó rei, e se tu assim o quiseres, poupa a minha
vida e a vida de meu povo.
O quê!? A vida da rainha está em perigo? Como seria isto possível? O rei mal
podia acreditar no que estava ouvindo! Lembrem-se de que o rei Assuero não sabia
que Hamã queria destruir os judeus. E, é claro, não sabia também que a rainha Ester
era judia. Não sabia que os judeus eram o povo escolhido de Deus.
Ester continuou:
− Fomos vendidos, eu e o meu povo, para sermos destruídos, mortos, varridos.
Se tivéssemos sido vendidos como escravos, eu ficaria quieta.
− Quem é essa pessoa e onde está esse alguém que se atreveu a pensar numa
coisas dessas? – exclamou o rei.
Corajosamente, Ester apontou para Hamã;
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− Este perverso Hamã é o nosso inimigo que deseja que eu e meu povo
sejamos destruídos.
O rei ficou tão zangado com Hamã que se levantou da mesa do banquete eu
correu ao jardim do palácio. Hamã, porém, ficou para rogar a Ester que poupasse a
sua vida. Enquanto lhe rogava, caiu aos seus pés sobre o divã da rainha. Sabia que
de nada adiantaria agora falar com o rei enfurecido. Dele jamais obteria favores.
Justamente nessa hora, o rei voltou à sala do banquete e viu Hamã com a rainha.
Gritou irado com Hamã. Imediatamente os servos do rei cobriram o rosto
daquele sujeito perverso. Era um sinal de que Hamã estava condenado a morte. Um
dos servos do rei sabia da forca que estava armada perto da casa de Hamã.
Rapidamente ele falou:
− Perto da casa de Hamã há um forca de 25 metros de altura que Hamã
mandou construiu para enforcar a Mordecai, esse Mordecai que uma vez
salvou a vida do rei.
− Enforquem-no naquela forca – gritou o rei muito zangado.
E os fortes servos do rei não perderam tempo em obedecer à sua ordem.
Mas todo o povo de Ester, os judeus, ainda estava em perigo! A ordem para
destruí-los fora enviado a todas as partes do reino. Além disso, muitos persas
estavam ansiosos para matarem os judeus. Com a morte deles, poderiam tomar-lhes
as casas, terras e dinheiro.
Por isso, mais uma vez Ester foi falar ao rei. E Mordecai foi com ela. Ela se
lançou aos pés do rei e com lágrimas rogou que fizesse alguma coisa a respeito
daquela perversa ordem de Hamã. A lei não podia ser mudada. O rei estendeu o seu
cetro em direção a Ester. Ester se levantou, ficou em pé diante do rei e disse:
− Se for verdade do rei e lhe parecer bom e se o rei se agradar de mim,
proclame uma nova lei que possa derrotar a ordem do perverso Hamã.
Como suportaria ver o meu povo destruído?
Ester amava a Deus, e amava a seu povo também. Estivera pronta a arriscar a
sua vida pelos seus irmãos. Ester ficou quieta perante o rei, orando no seu coração.
Então o rei falou a Ester e a Mordecai, o judeu:
− Escrevei o que quiseres a favor dos judeus e selai-o com o anel do rei, pois
aquilo que for assim selado não poderá ser mudado.
Como Ester e Mordecai devem ter se alegrado! Mordecai tinha um plano para
salvar a vida dos judeus. Imediatamente mandou vir os secretários do rei (os homens
que escrevem as cartas do rei).
Mordecai deu-lhes uma nova ordem para copiar, dizendo-lhes que tirassem
muitas e muitas cópias, para serem enviados a muitas cidades e vilas. Cada pessoa
teria de ler aquela ordem em sua própria língua. Mais uma vez, os cavalheiros do rei
montaram nos seus cavalos, mulas e camelos.
Ester contou ao rei Assuero que Mordecai era seu primo mais velho. Por isso é
que Mordecai estava no palácio com Ester. Ela contou também que fora criada por
Mordecai, por que sua mãe e seu pai tinham morridos. O rei ficou sabendo que ela
era judia, mas ele não se importou com isso.
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No dia em que Hamã foi enforcado, o rei deu a Ester todas as propriedades de
Hamã. Isto é, sua casa, terras, servos – tudo. E Ester colocou Mordecai como
mordomo da casa de Hamã.
O rei também se agradou de Mordecai, pois ouvira boas coisas a respeito dele.
Tirou o seu anel especial, aquele que fora usado por Hamã, e o deu a Mordecai. Ë
por isso que Mordecai estava no palácio, pronto para ajudar o povo judeu. Na sua
cabeça tinha uma grande coroa de ouro e estava todo vestido de azul e branco, com
um manto de fino linho e púrpura – as vestes reais do palácio.
Como os judeus da cidade de Susã se regozijaram quando avistaram a
Mordecai! Foram os primeiros a ouvir as boas novas mandadas por Ester e
Mordecai. Nelas o rei permitia aos judeus de cada cidade que se reunissem e
lutassem para defender a sua vida. Já não precisavam mais temer o décimo tercei5ro
dia do décimo segundo Mês. Deus estava com eles. Ele respondera suas orações.
“Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grande e ocultas que não sabes”.
Finalmente, chegou o dia que os judeus tanto temeram, mas agora não tinham
mais medo. Creram que Deus tinha ouvido suas orações. Mesmo assim, estavam
cuidadosamente preparados para o dia. Sabiam que tinham inimigos. Sabiam eu
alguns dentre os persas estavam ansiosos pelo dinheiro e propriedade deles.
Os judeus se reuniram para lutarem com espadas, mas planejaram que não
lutariam a não ser que fosse necessário faze-lo em defesa de suas vidas.
Mas “ninguém podia resistir-lhes”, porque o terror que inspiravam caiu sobre
todos. Mordecai se tornara tão poderoso no palácio que todos o temiam. E, sabem de
uma coisa? Em toda a parte os oficiais do rei ficaram com tanto medo dos judeus que
começaram a ajuda-los.
Naquele dia, 75 mil persas tentaram matar os judeus, Mas eles mesmos
perderam sua vidas. Os judeus não tomaram as propriedades dos persas, mesmo
tendo o rei dito que podiam faze-lo. Só queriam proteger suas vidas e as vidas de
suas famílias. Se não tivessem lutado, teriam morrido, pais, mães e crianças. Mas,
quando chegou o fim daquele dia, não faltava num um judeu. Imaginem só – nem
um!
No dia seguinte, descansaram e festejaram. Por todo o reino, nas vilas e
cidades, foi um dia de alegria, festa e comunhão. Em Susã, os judeus descansaram e
festejaram, também por mais um dia. E a grandeza de Mordecai se tornou conhecida
por todo o reino. O rei o colocou logo abaixo dele em importância e poder.
A rainha Ester e Mordecai anotaram todas essa coisas. E escreveram cartas a
todos os judeus do reino, dizendo-lhes que, todos os anos, deveriam festejar o décimo
quarto e o décimo quinto dias do décimo segundo mês.
Lição prática:
O famoso imperador brasileiro, D. Pedro II, em sua infância era pequeno e
fraco. Por isso, alguns dos outros meninos achavam que ele não prestava para nada.
Mas este, inteligente e aplicado, desenvolveu seu corpo, sua mente e seu espírito.
Quando se tornou imperador, ele já havia chegado a quase dois metros de altura e
tinha um corpo muito resistente. Além do mais, transformou=se em um dos mais
respeitados líderes de todas as nações latino americanas. Reinou durante quarenta
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anos, sempre procurando ser honesto, sábio e digno nas suas decisões. Podemos
imaginar a vergonha daqueles que tinham rido dele durante sua juventude, pois eles
lhes provou o contrário.
Mas o mais importante é que ele não quis vingar-se de seus antagonistas. Neste
sentido, D. Pedro II agiu conforme o exemplo demonstrado por Ester, uma pessoa
insignificante virada grande porque Deus teve um plano especial para sua vida.
Perguntas:
1. Quem era rei da Pérsia?
2. Por que o rei queria a rainha, Vasti, vir para seu banquete.
3. O que aconteceu à rainha quando recusou aparecer?
4. Quem foi escolhida para ser rainha?
5. Com quem Ester morava?
6. O que Mordecai ouviu no portão do palácio?
7. Quem avisou o rei?
8. Quem recusou ajoelhar-se diante de Hamã?
9. Em vingança, o que Hamã planejou fazer?
10.O que Mordecai fez quando ouviu que os judeus iam ser assassinados?
11.O que Mordecai queria que Ester fizesse?
12.O que Ester pediu o povo fazer?
13.O que Ester pediu o rei fazer?
14.O que os amigos de Hamã queriam que Hamã fizesse?
15.Quem o rei queria honrar? Porque?
16.O que Ester pediu no banquete?
17.O que o rei mandou fazer com Hamã?
18.Por que o decreto para matar os judeus não podem ser revogado?
19.O que o novo decreto disse?
20.O que Ester e Mordecai mandaram os judeus fazerem?
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ATIVIDADES
1. Escolhe as palavras certas para preencher os espaços no
seguinte parágrafo.
Por causa de decreto de Hamã, todos os ________________ iam
morrer. A ________________ , Ester, podia ser a única pessoa
capaz de salva-los. Era necessário para o rei estender o ________
de ouro. _____________ foi ao _____________ e convidou o rei
e Hamã para um ___________________ . Hamã preparou uma
____________ para acabar com _______________ .
Banquete
Ester forca
judeus
rainha Mordecai palácio cetro
2. Ligue as frases no lado esquerdo com as palavras no lado
direito.
O rei Assuero deu isso a Mordecai
Decreto novo
Mordecai mandou isto para todas as regiões do reino
Celebrar
O novo decreto deixou os judeus fazer isso
Espadas
Os judeus lutaram com
Anel com o selo real
Mordecai e Ester mandaram os judeus fazer isto
todo ano
Defender-se
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72 AT Ester (Arquivo)