UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DCET COLEGIADO DO CURSO DE MATEMÁTICA - CCM Ilhéus-BA, 27 de julho de 2003. Relatório do Minicurso Estatística no Ensino Fundamental apresentado à Prof. ª Eurivalda R. dos S. Santana. da disciplina Prática de Ensino I por Marcos Eduardo e Ana Paula. 3 Sumário Agradecimentos...................................................................................................... 05 Mensagem ............................................................................................................... 06 Apresentação .......................................................................................................... 07 Introdução ............................................................................................................... 08 Princípios Metodológicos ...................................................................................... 09 Desenvolvimento .................................................................................................... 10 Período de Planejamento e execução (fotos)....................................................... 12 Anexo I (Projeto) ..................................................................................................... 22 Anexo II ................................................................................................................... 33 Apostila................................................................................................................ 33 Transparências.................................................................................................... 39 Questionário ........................................................................................................ 41 Tabulação de Dados ........................................................................................... 42 Tabelas................................................................................................................ 44 Anexo III .................................................................................................................. 46 Folder .................................................................................................................. 46 Crachás ............................................................................................................... 48 Certificados ......................................................................................................... 49 Listas de Freqüência ........................................................................................... 52 Avaliação............................................................................................................. 57 Resultados da Avaliação (gráficos) ...................................................................... 59 Conclusão ............................................................................................................... 64 Referências Bibliográficas..................................................................................... 65 4 Agradecimentos Em primeiro lugar a Deus que nos deu forças para vencer todas as dificuldades e chegarmos ao final com sucesso. E aos nossos familiares e professores que direta e indiretamente contribuíram para o nosso êxito. 5 Mensagem Que eu não perca Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que as rosas não falam; Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo, que o futuro que nos espera não é assim tão alegre; Que eu não perca a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida é em muitos momentos dolorosa; Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas; Que eu não perca a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda; Que eu não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia; Que eu não perca a vontade de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim; Que eu não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo escurecerão meus olhos; Que eu não perca a garra, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos; Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas; Que eu não perca o sentimento de justiça, mesmo sabendo que o prejudicado posso ser eu; Que eu não perca o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos; Que eu não perca a beleza e a alegria de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma; Que eu não perca o amor por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia; Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado; Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo sabendo que o mundo é pequeno; E acima de tudo... Que eu jamais esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois... A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR! Francisco Cândido Xavier 6 “A vida é como um tapete. A cor e o tecido já vêm prontos; mas é VOCÊ quem vai tece-lo.”“. Apresentação O objetivo maior deste relatório é dividir os resultados alcançados com o Minicurso “Estatística no Ensino Fundamental”, supervisionado e coordenado pela professora Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana, ministrado por Ana Paula Rebouças Jovita e Marcos Eduardo Oliveira Ferreira, destinado aos alunos da 8ª série, do turno vespertino do Colégio CISO em Itabuna – Bahia. Este relatório contém registros das aulas, das atividades realizadas, fotocópias dos certificados emitidos pelo Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas, vistoriados e assinados pelo Diretor Geral do DCET e pela professora coordenadora da disciplina, expondo o conteúdo aplicado durante o período, com fichas de avaliação e fotografias. São mencionados também o planejamento, controle de freqüência, preparativos e todos os fatos ocorridos. O resultado obtido desta avaliação está disponível através de gráficos. Como todas as informações necessárias para o entendimento da elaboração deste relatório e da conclusão e aplicabilidade do Minicurso em referências de bibliografia. 7 “Os que passam em nossas vidas não vão sós. Deixam um pouco de si e levam um pouco de nós.”“. Introdução Quando atuamos de forma direta ou indireta na educação de discentes, ao chegarmos nas etapas finais do curso de Licenciatura inicialmente nos perguntamos, para que mesmo serve essa disciplina “Prática de Ensino?”. Aos poucos vamos cedendo aos encantos e a importância da mesma para a nossa vida profissional e até mesmo porque não dizer pessoal, pois através desta disciplina mudamos e acrescentamos diversas formas de crescimento ao nosso pensamento. Cada vez mais se nota a necessidade de uma maior preparação didático-pedagógica principalmente para que nós estejamos aptos a trabalhar como facilitadores da educação no mercado que nos espera. No nosso curso isso só é possível através da “Prática de Ensino”. A Matemática ao longo dos anos vem sendo vista com um esteriótipo muitas vezes obscuro e negativo, e HOJE já entendemos que ela está presente na VIDA das pessoas e assim deve ser vista, analisada e sentida, pois além de se tornar mais prática, será realizada com muito mais prazer. A finalização do Minicurso Estatística no Ensino Fundamental foi festejada com os alunos, estagiários e a professora coordenadora Eurivalda onde podemos somar todos os resultados alcançados. É importante salientar que a MATEMÁTICA faz parte da vida de todos, nos impulsiona a ver a diversidade das situações. Não é algo enfadonho, estático, sem cor, sem vida. A Matemática pode ser definida como a citação de Hans Aebli quando fala sobre ensino. “O ensino não forma o amor nem tampouco o ódio. Por isso ele não é a essência da educação. A essência de educação é o amor”. E nós acreditamos nisto! Ana Paula e Marcos Eduardo 8 Princípios Metodológicos A Matemática hoje começa a inserir-se cada vez mais na vida das pessoas com dinamismo e versatilidade, encantando aos que tem a oportunidade de trazer para a sua vida os conceitos oferecidos por ela, assim, ao invés de o aluno simplesmente ser reprodutor de idéias pré-concebidas, pode tornar-se agente produtor de novas formas de criação do pensamento. Assim, devemos proporcionar a Matemática para todos, ela não deveria mais ser privilégio de poucos e sim de “todos”. A construção da linguagem matemática deve ser construída gradativamente pelo professor e pelos alunos, para que todos possam falar numa mesma linguagem de comunicação. O educador não deve meramente transmitir conteúdos para o aluno, deve estar revestido de fatores importantes neste processo educacional como a relação entre ambos, metodologia, avaliação, e principalmente voltado para afetividade, pois como diz Renam “O homem cria a beleza de tudo que ama e a virtude de tudo em que acredita”. 9 Desenvolvimento 08.07.2003 O primeiro dia foi dotado de ansiedade, pois já havíamos preparado todo o material para a noite anterior, porém a coordenação do Colégio não havia confirmado com os alunos o horário que iramos iniciar. Dentre outras expectativas, recebemos os alunos distribuindo o crachá, a pasta com folhas para anotações e lápis com borracha. Após a nossa apresentação e a dos alunos, realizamos uma dinâmica, onde os alunos precisavam desenrolar um chocolate que estava colado nas costas do colega sem utilizar as mãos. Uns com mais facilidade que os outros, todos concluíram a atividade observando que existem alguns momentos que precisamos utilizar outros meios para conseguir ultrapassar os obstáculos. Em seguida houve um breve relato do que seria o Minicurso Estatística no Ensino Fundamental e expor o nosso objetivo que era despertar o interesse da Estatística no cotidiano. Houve um intervalo. Dando prosseguimento, através de transparência foi contada a história da Estatística, mostrando a presença da mesma em várias situações do cotidiano. Encerrando o primeiro dia, nós distribuímos um questionário onde os alunos responderam algumas perguntas e opinaram sobre assuntos da realidade. 09.07.2003 Iniciamos com mais tranqüilidade e muita disposição a distribuição dos crachás, desejando um bom encontro. Para nossa surpresa, o minicurso encerrou no dia anterior com 31 pessoas e no 2º dia apareceram 44 pessoas participando ativamente de todas as propostas apresentadas. No segundo momento, fizemos uma exposição oral com auxílio de cartazes sobre as fases do método estatístico. Houve um intervalo. Em seguida, solicitamos que formassem grupos para realização da tabulação dos dados do questionário do dia anterior. Finalizamos pedindo aos alunos para que observassem os dados que tabularam. 10.07.2003 Como nos dias anteriores iniciamos distribuindo os crachás. Dando prosseguimento, apresentamos os tipos de tabelas nos cartazes e fizemos a exposição oral do conteúdo. Recebemos a visita da professora coordenadora Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana da disciplina Prática de Ensino I. 10 Em seguida, os alunos voltaram a se reunir em grupo para confeccionar tabelas dos dados tabulados anteriormente. Houve um intervalo. Prosseguiu com exposição oral e escrita revisando regra de três, para fazer a transformação dos dados em porcentagem. Os alunos transformaram os dados das tabelas em percentuais. Solicitamos para que os alunos trouxessem tabelas ou gráficos retirados de revistas ou jornais para realizar uma tarefa no dia seguinte. Quem fizesse a pesquisa iria participar de um sorteio. Finalizamos com a professora Eurivalda com uma avaliação dos alunos para com os estagiários. 11.07.2003 Distribuímos os crachás e passamos a lista de presença. Em seguida, fizemos a exposição oral com apoio da apostila confeccionada pelos estagiários que está no Anexo II, sobre os tipos de gráficos. Os alunos se reuniram novamente em grupo para confeccionar os cartazes, com as tabelas e gráficos solicitados no dia anteriores, de forma dinâmica e descontraídas. Seguindo o trabalho, os alunos fizeram uma exposição sobre os tipos de tabelas e gráficos. Houve um intervalo. Dando prosseguimento, os grupos escolheram os tipos de gráficos que iriam construir de acordo com as tabelas feitas. Finalizamos com o sorteio de duas caixas de chocolate motivando ainda mais a turma. 14.07.2003 Iniciamos distribuindo os crachás e passando a lista de presença. Prosseguimos reunindo novamente os alunos em grupos para confeccionar os gráficos. Terminando de construir os gráficos, os alunos fizeram uma exposição oral sobre o material que confeccionaram. Houve um intervalo. O momento seguinte foi muito marcante, pois dividimos as nossas emoções que durante esses poucos dias de convivência, brotaram tanta afetividade, comunhão e partilha. Finalizamos felizes com a entrega dos certificados e com a certeza do dever cumprido encerramos esta etapa de trabalho. 11 Período de planejamento e execução Iniciamos o semestre com a professora coordenadora da disciplina Prática de Ensino I, Jurema Lindote Botelho que nos fez refletir sobre assuntos essenciais como planejamento, avaliação e os PCN's no currículo da Matemática, onde confirmamos a importância da Estatística no Ensino Fundamental e que fundamentou a nossa pesquisa para projetar o nosso Minicurso. O nosso projeto foi coordenado pela professora Eurivalda Ribeiro dos Santos Santana que assumiu a disciplina mediante o afastamento por licença maternidade da professora anterior. Fomos contemplados e agraciados em obter auxílio da professora Irene Garzolla que nos abriu os braços com idéias e sugestões. Executamos o projeto no período de 08 a 14 de julho de 2003. Prosseguimos preparando o material da apresentação do Seminário que aconteceu no dia 17 de julho e estamos concluindo com o registro de todas as atividades realizadas neste período que serão eternizadas em nossos corações. Com alegria e o sabor do dever cumprido com responsabilidade e competência acreditamos como D. S. Lemoine que “o mais belo momento da vida, o mais rico, o mais carregado de futuro: é o minuto presente”. 12 “A equipe” 13 “A teoria” 14 “A supervisão” “O lanche” 15 “O interesse” “Início da aplicação” 16 “O auxílio” 17 “O trabalho” “O resultado” 18 “O trabalho e o resultado” 19 “A avaliação” “A satisfação” 20 “Novos laços” 21 Anexo I Projeto Universidade Estadual de Santa Cruz Projeto de Prática de Ensino sob forma de Mini curso No Ensino Fundamental em Matemática Ilhéus – Bahia Junho – 2003 22 Identificação Autores: Ana Paula Rebouças Jovita Marcos Eduardo Oliveira Ferreira Local: Itabuna – Bahia Período: 20 horas Horário: 18:00 às 22:00 h Público alvo: Alunos cursando a 8ª série do Colégio CISO Turno: Noturno 23 Resumo Este projeto consiste no embasamento teórico, a ser posteriormente desenvolvido durante o Mini curso dos alunos Ana Paula Rebouças Jovita e Marcos Eduardo Oliveira Ferreira do curso de Licenciatura em Matemática, juntamente com alunos da 8ª série do Ensino Fundamental do Colégio CISO, demonstrando como a Estatística está presente em nosso cotidiano, sua história, as fases do método estatístico, apresentações de tabelas, o uso da transformação dos dados coletados em percentuais, apresentação dos métodos estatísticos e confecção dos gráficos. 24 Introdução e revisão de literatura A Estatística surgiu desde que as sociedades primitivas organizaram-se, pois sentiram necessidade de tomar decisões que exigiam o conhecimento numérico dos recursos disponíveis e técnicas estatísticas. As primeiras estatísticas foram realizadas para os governantes das grandes civilizações antigas tomarem conhecimento dos bens que o Estado possuía e como estavam distribuídos pela população. A utilização da Estatística é cada vez mais acentuada em qualquer atividade profissional da vida moderna. Nos seus mais diversificados ramos de atuação, as pessoas estão freqüentemente expostas, utilizando-a com maior ou menor intensidade. Isto se deve às múltiplas aplicações que o método estatístico proporciona àqueles que dele necessita. A estatística tem basicamente duas finalidades: descrever os fenômenos e suas características e fazer predições sobre as ocorrências futuras de certo fenômeno em condição semelhante àquelas em que ele ocorreu no passado. Atualmente, o público leigo (leitor de jornal e revistas) posiciona-se em dois extremos divergentes e igualmente errôneos quanto à validade das conclusões estatísticas: ou crê em sua infabilidade ou afirma que elas nada provam. Os que assim pensam ignoram os objetivos, o campo e o rigor do método estatístico ignoram a Estatística, quer teórica quer prática, ou a conhecem muito superficialmente. Para Milton Rodrigues, “método estatístico é o método que, baseado nos cálculos das probabilidades e auxiliado por técnicas especiais de mensuração e numeração, tem por objeto a caracterização dos fenômenos de massa”. Segundo Toranzos, no século XVI, em Londres, Graunt, pequeno mascate, utilizando dados demográficos, colhidos nas paróquias de Londres, realizou estudos pelos quais chegou a inferir relações e leis demográficas, realmente válidas. Ronald Fisher (1890 – 1962) acreditou que “a Estatística é o ramo da Matemática Aplicada dedicado a análise de dados de observação”. Esse mecanismo de análise refere-se a um processo de generalização, a partir de resultados individuais. 25 Percebemos, portanto, que hoje seu campo de aplicação alargou-se e deu ênfase aos trabalhos dos temas transversais (Saúde, Meio Ambiente, Sexualidade), pois os alunos principalmente do 4º ciclo já possuem domínio de sua realidade e das informações que os cercam. Objetivos Baseados nos Parâmetros Curriculares Nacionais temos como objetivo trabalhar a Estatística com a finalidade de que o estudante construa procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações, e que seja capaz de descrever e interpretar sua realidade, usando conhecimentos matemáticos. Com esses objetivos, pretendemos aplicar conteúdos, destacando-se a leitura e interpretação contidas em imagens; a coleta e organização de dados; a interpretação de listas, elaboração de tabelas simples e gráficos para comunicar as informações contidas em textos jornalísticos, científicos ou outros. Os Parâmetros indicam que a coleta, a organização e descrição de dados são procedimentos utilizados com muita freqüência na resolução de problemas e estimulam as crianças a fazer perguntas, estabelecer relações, construir justificativas e desenvolver o espírito de investigação. 26 Justificativa Neste projeto o ensino da Estatística acena para a necessidade do indivíduo compreender as informações veiculadas, tomar decisões e fazer previsões que influenciem sua vida pessoa e social. Identificando a necessidade de calcular medidas estatísticas, sem preocupar-se em enfatizar que o mais importante é saber o que cada medida significa e não simplesmente efetuar seus cálculos. Assim a finalidade para a realização do projeto é favorecer ao educando a construção dos procedimentos para coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações, e que seja capaz de descrever e dar significado, a sua realidade, usando conhecimentos matemáticos. 27 Metodologia A metodologia desenvolvida será interativa, favorecendo ao alunado a oportunidade de vivenciar na prática os conteúdos expostos em aulas expositivas ministradas pelos professores. A partir da construção dos gráficos e tabelas, utilizando-se também das pesquisas de opinião como instrumento pedagógico, os grupos serão levados a decidirem a forma de finalização para apresentação do projeto. A avaliação do projeto será feita pelos alunos, que descreverão os conhecimentos alcançados durante o período trabalhado. 28 Resultados esperados Os resultados esperados são, na verdade, que todos “professores e alunos” aprendam a aprender, construindo a aprendizagem de forma significativa, através dos conteúdos abordados. Que este projeto seja efetuado na prática, favorecendo a vida das pessoas envolvidas a análise crítica de tudo que foi visto por nós, percebendo as divergências de concepções entre os dados estatísticos entre a proposta nacional e a realidade que nos circunda, levando-os a adquirir conceitos claros a respeito dos temas. 29 Recursos 1 – Recursos Humanos: Estagiários Alunos Professora Eurivalda 2 – Recursos Materiais: Giz Quadro giz Cartolinas variadas Hidrocor Lápis de cor Giz de cera Pastas L Papel ofício E. V. A. (emborrachado). Tesoura Cola Revistas Jornais Isopor Transparência Retroprojetor Máquina fotográfica Filmes 30 Crachás Madeira Referências Bibliográficas 1. MILONE, Giuseppe e ANGELINI, Flávio. Estatística Geral Editora Atlas, 1993. 2. CUNHA, S. Ezequiel. Estatística descritiva na psicologia e na educação Editora dele mesmo 3. CRESPO Antonio Arnot. Estatística Fácil Editora Saraiva 4. Revista Nova Escola Nº 159 Editora Abril 5. DOWNING, Douglas e CLARK, Jeffrey. Estatística Aplicada Editora Saraiva 6. TRIOLA, Mario. Introdução à Estatística Livros técnicos e científicos Editora 7. www.estatística pr.hpg.ig.com.br/historia.htm 31 Cronograma de atividades 07.07.2003 Prévia dos temas que serão abordados História da Estatística Pesquisa em grupo (Questionário) 08.07.2003 Exposição sobre as fases do método estatístico Trabalho em grupo (Montagem de tabela) Exposição dos grupos 09.07.2003 Exposição sobre as apresentações de tabelas Transformações de dados em percentuais 10.07.2003 Explanação dos tipos de gráficos estatísticos Aplicação dos métodos estatísticos 11.11.2003 Confecção dos gráficos Avaliação dos alunos 32 Anexo II Apostila Minicurso Estatística no Ensino Fundamental Ministrantes: Marcos Eduardo e Ana Paula Apostila 1. Panorama Histórico O termo estatística foi empregado, de início, para designar o conjunto de dados referentes a assuntos de interesse do estado, geralmente com finalidade de controle fiscal ou de segurança nacional. A teoria estatística permite que sejam tomadas decisões com base em informações geralmente limitadas e incompletas sobre os mais variados fenômenos que ocorrem no mundo. 2. Método Estatístico Diante da impossibilidade de manter as causas constantes (nas ciências sociais), admite todas essas causas presentes variando-as, registrando essas variações e procurando determinar, no resultado final, que influências cabem a cada uma delas. Ex: Quais as causas que definem o preço de uma mercadoria quando a sua oferta diminui? Seria impossível, no momento da pesquisa, manter constantes a uniformidade dos salários, o gosto dos consumidores, nível geral de preços de outros produtos, etc. 3. Introdução à Estatística Conceito Ciência que dispõe de processos apropriados para recolher, organizar, classificar, apresentar e interpretar conjuntos de dados. 4. Objeto da Estatística A estatística fornece-nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são muitas vezes incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo, não realçando, no entanto, aspectos importantes. É objetivo da Estatística extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão das situações que representam. 5. Fases do Método Estatístico ¾ Definição do problema: Saber exatamente aquilo que se pretende pesquisar é o mesmo que definir corretamente o problema. ¾ Planejamento: Como levantar informações ? Que dados deverão ser obtidos? Qual levantamento a ser utilizado? Por amostragem? E o cronograma de atividades? Os custos envolvidos? Etc. ¾ Coleta de dados: Fase operacional. É o registro sistemático de dados, com um objetivo determinado. Dados primários: quando são publicados pela própria pessoa ou organização que os haja recolhido. Ex: tabelas do censo demográfico do IBGE. Dados secundários: quando são publicados por outra organização. Ex: quando determinado jornal publica estatístico referente ao censo demográfico extraído do IBGE. Obs: É mais seguro trabalhar com fontes primárias. O uso da fonte secundária traz o grande risco de erros de transcrição. 33 Coleta Direta: quando é obtida diretamente da fonte. Ex: Empresa que realiza uma pesquisa para saber a preferência dos consumidores pela sua marca. A coleta direta pode ser: contínua (registros de nascimento, óbitos, casamentos, etc.), periódica (recenseamento demográfico, censo industrial) e ocasional (registro de casos de dengue). Coleta Indireta: É feita por deduções a partir dos elementos conseguidos pela coleta direta, por analogia, por avaliação, indícios ou proporcionalização. ¾ Apuração dos dados: Resumo dos dados através de sua contagem e agrupamento. É a condensação e tabulação de dados. ¾ Apresentação dos dados: Há duas formas de apresentação, que não se excluem mutuamente. A apresentação tabular, ou seja, é uma apresentação numérica dos dados em linhas e colunas distribuídas de modo ordenado, segundo regras práticas fixadas pelo Conselho Nacional de Estatística. A apresentação gráfica dos dados numéricos constitui uma apresentação geométrica permitindo uma visão rápida e clara do fenômeno. ¾ Análise e interpretação dos resultados: A última fase do trabalho estatístico é a mais importante e delicada. Está ligada essencialmente ao cálculo de medidas e coeficientes, cuja finalidade principal é descrever o fenômeno (estatística descritiva). Na estatística indutiva a interpretação dos dados se fundamenta na teoria da probabilidade. 6. Variáveis A variável é um conjunto de dados e podemos classificar os dados amostrais, em dois tipos fundamentais: variável qualitativa e variável quantitativa. 6.1- Variável qualitativa Representam a informação que identifica alguma qualidade, categoria ou característica, não susceptível de medida, mas de classificação, assumindo várias modalidades. Exemplo: O estado civil de um indivíduo é uma variável qualitativa, assumindo as categorias: Solteiro, casado, viúvo e divorciado. 6.2- Variável quantitativa Representam a informação resultante de características susceptíveis de serem medidas, apresentandose com diferentes intensidades, que podem ser de natureza discreta (descontínua) - dados discretos, ou contínua - dados contínuos. Exemplo: Consideremos uma amostra constituída pelo nº de irmãos de 10 alunos de uma determinada turma: 3, 4, 1, 1, 3, 1, 0, 2, 1, 2 Estes dados são de natureza discreta. Se para os mesmos alunos considerarmos as alturas (cm): 153, 157, 161, 160, 158, 155, 162, 156, 152, 159 Obteremos dados do tipo contínuo. 7. População e Amostra 7.1-População Definição: Coleção de unidades individuais, que podem ser pessoas ou resultados experimentais, com uma ou mais características comuns, que se pretendem estudar. Exemplo: Conjunto das temperaturas (em graus), num determinado dia às 9h, em todas as cidades da Europa: 12, oito, 15, quatro, 10, 11, 13, 12,... , 14, 12, 10, 11. 34 7.2-Amostra Definição: Conjunto de dados ou observações, recolhidos a partir de um subconjunto da população, que se estuda com o objetivo de tirar conclusões para a população de onde foi recolhida. Exemplo: 8. Estatística Descritiva e Estatística Indutiva De acordo com o que dissemos anteriormente, numa análise estatística distinguem-se essencialmente duas fases: Uma primeira fase em que se procura descrever e estudar a amostra: Estatística Descritiva E uma segunda fase em que se procura tirar conclusões para a população: Estatística Indutiva Será que é necessário o conceito de Probabilidade para se poder fazer Estatística? Precisamos aqui da noção de Probabilidade, para medir o grau de incerteza que existe, quando tiramos uma conclusão para a população, a partir da observação da amostra. Exemplo: Tendo-se concluído, que de uma amostra constituída por 1000 eleitores, 63.5% desses eleitores pensavam votar no atual Presidente da Câmara, pode-se mostrar que, com uma confiança de 95%, a percentagem de eleitores da População de onde foi recolhida a amostra se situa no intervalo [60.5%, 66.5%]. 9. Campos de Aplicação "Os campos de aplicação da Estatística são muitos e os mais variados”. Medicina: Pretende-se estudar o efeito de um novo medicamento para curar determinada doença. É selecionado um grupo de 20 doentes, administrando-se o novo medicamento a 10 desses doentes escolhidos ao acaso e o medicamento habitual aos restantes. 35 População: conjunto de todos os doentes com a doença que o medicamento a estudar pretende tratar. Amostra: conjunto dos 20 doentes selecionados Problema: pretende-se, a partir dos resultados obtidos, realizar um "teste de hipóteses" para tomar uma decisão sobre qual dos medicamentos é melhor. 10.Tabelas É um quadro que resume um conjunto de dados dispostos segundo linhas e colunas de maneira sistemática. Ex.: Classes Solteiro Casado Viúvo Divorciado Total Freq. Abs. 78 50 5 17 150 Freq. rel. 0.52 0.33 0.03 0.12 1.00 . 11. Séries estatísticas É qualquer tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da espécie. a) Séries temporais, históricas, cronológicas: Identifica-se pelo caráter variável do fator cronológico. O local e a espécie (fenômeno) são elementos fixos. Ex.: ABC VEÍCULOS LTDA. Vendas no 1º bimestre de 1996 PERÍODO UNIDADES VENDIDAS * JAN/96 20 FEV/96 10 TOTAL 30 * Em mil unidades . b) Séries geográficas, espaciais, territoriais: Apresenta como elemento variável o fator geográfico. A época e o fato (espécie) são elementos fixos. Ex.: ABC VEÍCULOS LTDA. Vendas no 1º bimestre de 1996 FILIAIS UNIDADES VENDIDAS * São Paulo 13 Rio de Janeiro 17 TOTAL 30 * Em mil unidades c) Séries Específicas: O caráter variável é apenas o fato ou espécie. ABC VEÍCULOS LTDA. Ex.: Vendas no 1º bimestre de 1996 36 MARCA UNIDADES VENDIDAS * FIAT 18 GM 12 TOTAL 30 * Em mil unidades 12. Gráficos estatísticos São representações visuais dos dados estatísticos que devem corresponder, mas nunca substituir as tabelas estatísticas. 12.1. Diagramas: São gráficos geométricos dispostos em duas dimensões. São os mais usados na representação de séries estatísticas. Eles podem ser : 12.1.1. Gráficos em barras horizontais. 12.1.2. Gráficos em barras verticais (colunas). 12.1.3. Gráficos em barras compostas. 12.1.5. Gráficos em linhas ou lineares. 12.1.4. Gráficos em colunas superpostas. 12.1.6. Gráficos em setores. . 12.2. Pictogramas São construídos a partir de figuras representativas da intensidade do fenômeno. Este tipo de gráfico tem a vantagem de despertar a atenção do público leigo, pois sua forma é atraente e sugestiva. Os símbolos devem ser auto-explicativos. A desvantagem dos pictogramas é que apenas mostram uma visão geral do fenômeno, e não de detalhes minuciosos. 37 Ex.: 38 Transparências 39 40