Ano II No 43 10/06/2008 Financiários entregam reivindicações à Fenacrefi Leia mais na pág. 02 SERRA, LULA E CONTRAF-CUT EM CONLUIO Nossa Caixa não pode ser entregue ao BB sem que funcionários sejam ouvidos Povo paulista também precisa ser consultado: o que está em jogo é o fim do último banco estatal do Estado de São Paulo Ao que tudo indica, se uma resistência ampla e vigorosa não for organizada, a Nossa Caixa será mesmo engolida pelo Banco do Brasil sem maiores dificuldades. Os cutistas da Contraf e do Sindicato dos Bancários de São Paulo já abandonaram o barco, dando o fato como consumado. Reúnem-se com diretores das duas instituições apenas para garantir os direitos dos trabalhadores. Nada de errado com essa exigência, mas os pelegos estão se esquecendo que o debate sobre a venda da Nossa Caixa passa antes pela importância de se manter no Estado de São Paulo um banco de fomento. O governador José Serra disse que, com parte do dinheiro do negócio, pretende criar uma agência com o mesmo propósito. Então, por que vender o último banco público paulista? A Nossa Caixa é viável. Basta ver que seu lucro no primeiro trimestre foi de R$ 114,9 milhões, 31% maior que no mesmo período do ano passado. Ela deve cumprir seu papel social e proporcionar crédito barato para a construção de escolas, de redes de esgoto e de tudo o mais que beneficie o povo do Estado. Para isso, é necessário exigir que Serra devolva os R$ 2 bilhões sacados indevidamente para comprar as contas dos servidores públicos e, assim, fortaleça a Nossa Caixa para que ela realmente possa cumprir com sua função de agente do desenvolvimento de São Paulo. Atropelo Na sexta-feira, a Folha de S.Paulo informou que os funcionários da Nossa Caixa e muitos outros do Banco do Brasil receberam comunicado conjunto dos dois presidentes. Eles afirmaram que “es- tudos preliminares” constataram “grande complementaridade” entre os dois bancos e que o negócio vai preservar os direitos de todos. No sábado, a imprensa também noticiou que a incorporação deve ser concluída em 180 dias. Ou seja, apesar de serem bancos públicos, o negócio está sendo fechado sem que a população seja consultada. Temos de deixar claro que esse patrimônio pertence ao povo, e não ao PSDB ou ao PT. Mobilização O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região é contra a realização do negócio. Defendemos uma campanha para exigir de Serra a convocação de plebiscito para conhecer a opinião do povo paulista. Paralelamente, está sendo organizado um encontro nacional, com data marcada para 12 de julho, onde o assunto será discutido. As entidades de representação dos trabalhadores devem participar para organizar o processo de resistência, mobilizando os trabalhadores contra mais esse golpe que o PSDB, em conluio com o PT, está tramando contra os trabalhadores e o povo. Todos sabem que, em qualquer processo de fusão, incorporação ou privatização, sempre os primeiros prejudicados são os trabalhadores e, conseqüentemente, a população em geral, que nunca é consultada. Em breve, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região convocará todos os funcionários da Nossa Caixa para a realização de uma plenária em que discutiremos juntos os caminhos e as propostas para encaminharmos ao encontro nacional. Sindicato assina novo acordo da CCP com o BB Funcionários do Banco do Brasil precisam ter atenção redobrada durante a CCP, já que novo modelo foi elaborado pelo banco em conluio com a governista Contraf-CUT Respeitando a decisão da assembléia dos funcionários do Banco do Brasil, do dia 23 de abril, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, representado pelos diretores Walter Tavares Jr. e Pedro Valesi, assinou no dia 5 de junho, em São Paulo, a renovação do acordo da CCP (Comissão de Conciliação Prévia) com o Banco do Brasil (BB). O novo acordo valerá por dois anos. Mais uma vez, Bauru provou sua independência e não precisou recorrer a nenhuma central governista para a renovação. A CCP é um mecanismo que possibilita um acordo anteriormente com o banco ao invés do bancário ir direto à Justiça. Ou seja, através da CCP, o funcionário acaba ficando com migalhas para diminuir o número de ações judiciais contra o BB, recordista em passivo trabalhista. A intenção da direção petista do banco é dar mais um passo para a privatização em fatias do Banco do Brasil. O acordo anterior da CCP fo i suspenso a pedido do banco sob a alegação de que precisava de tempo para repensar os cálculos. Como a decisão veio unilateralmente, tudo leva a crer que este novo acordo, feito em conluio com os governistas da Contraf-CUT – que adoram proteger o governo Lula – virá com novas armadilhas para o funcionalismo. As primeiras tentativas de acordo desse novo modelo ocorrerá na quinta-feira. Atenção redobrada, bancários! Walter Tavares, do Sindicato de Bauru, durante assinatura do acordo com o BB para renovação da CCP NA TRINCHEIRA 2 MAPA DO PELEGUISMO ELEIÇÕES SINDICAIS Censo pelego é ignorado pelos bancários Assembléia aprova apoio à Chapa 2 - Conlutas - nas eleições do Seeb de São Paulo Desesperadas, Contraf-CUT e Febraban prorrogaram prazo do Mapa da Diversidade, mas muitos bancários entenderam que pesquisa era mais um golpe sujo contra a categoria Não adiantou! O Mapa da Diversidade, aquela pesquisa organizada pelos pelegos da Fetec, Contraf-CUT junto com a Febraban, que era para ter terminado em 23 de maio, teve o prazo prorrogado para 6 de junho, e mesmo assim não atingiu seu objetivo: mapear 100% os bancários para depois melhor atacá-los. Muitos bancos, como é o caso da Caixa Federal, no desespero, enviou e-mails aos empregados "suplicando" para que todos participassem da pesquisa, "visando atingirmos percentual de participação condizente com o cen- so". Além do documento exercer uma escancarada pressão, demonstrou que pelo menos na CEF, muitos bancários deram as costas para esta imbecilidade inventada pelos pelegos da Contraf-CUT em conluio com os banqueiros para atacar os trabalhadores. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região, que orientou o boicote à esta aberração, parabeniza os bancários que não participaram desta farsa, um verdadeiro conchavo entre os banqueiros, que financiam o PT, e os cutistas da Contraf/Fetec. FINANCIÁRIOS EM CAMPANHA Financiários entregam reivindicações à Fenacrefi Nesta terça, dia 10, está sendo entregue à Fenacrefi (entidade patronal) a pauta de reivindicações dos financiários. Entre as reivindicações estão reajuste salarial de 10,11%, representando a reposição da inflação mais um aumento real. A data-base dos financiários é no dia 1º de junho. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região acompanhará o andamento das negociações e informará os trabalhadores de sua base. Também pede atenção a todos para as atividades da Campanha Salarial que serão desenvolvidas e para a convocação das assembléias. As financeiras cresceram muito no último período com a entrada dos grandes bancos no setor. Bradesco (Finasa), Real-ABN (Aymoré Financiamentos), Itaú ( Ta i í ) , H S B C ( L o s a n g o ) , U n i b a n c o (Fininvest) e Santander possuem financeiras. Junto com a BV Financeira, do banco Votorantim, essas empresas detêm cerca de 85% do mercado. Comos esses grandes bancos já garantiram lucros absurdos nos primeiros três meses de 2008, as financeiras consequentemente vão seguir a tendência de garantia de lucro. Assim, os financiários, se lutarem pra valer, podem conseguir um reajuste decente e melhor condições de trabalho. Lute conosco! Sindicalize-se! 14 3222-7270 No dia 5/6, os bancários bauruenses aprovaram por unaniminadade apoio político e financeiro (custeio de dois panfletos) por parte do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região à Chapa 2, Oposição Bancária/Conlutas, que concorrerá às eleições do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Osasco, que ocorre entre os dias 16 e 19/6. Esse é o maior sindicato de bancários de toda a América Latina e vem sendo usado pela CUT e pelo PT como ferramenta para defender o governo Lula e seus amigos banqueiros e para ferir os bancários, suas lutas e seus direitos históricos. Todas as entidades sindicais mais combativas já manifestaram apoio à chapa de oposição nas eleições entre bancários da Capital. Chega de CUT, PT e t r a i ç ã o ! S e e b - B a u r u e R e g i ã o, Conlutas e bancários de oposição unidos até a vitória! GREVE VITORIOSA Justiça concede salário maior e plano de saúde aos Agentes de Combate a Endemias Semana passada, os Agentes de Combate a Endemias conquistaram uma importante vitória na Justiça. No dia 2, o juiz Júlio César Marin do Carmo, da 1ª Vara do Trabalho de Bauru, emitiu sentença determinando que a prefeitura pague a eles o piso salarial dos demais servidores – R$ 465,85 – e um adicional por insalu- bridade de 20%. Além disso, também lhes foi concedido direito ao plano de saúde. A decisão responde à ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho, que teve o Sindicato dos Servidores como parte, em decorrência do movimento grevista iniciado em 1º de abril, que durou 42 dias. A greve dos agentes, que respeitou o limite legal de manter 30% do pessoal em serviço, teve apoio do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região. Felizmente, o Poder Judiciário considerou válidas as exigências desses trabalhadores. 3 NA TRINCHEIRA JURÍDICO COMBATIVO E ATUANTE SINDICATO TRANSPARENTE Jurídico prepara ações coletivas para empregados da CEF Dinheiro do imposto sindical ainda não foi liberado Objetivos são acabar com faixas salariais para os gerentes e reconhecer o CTVA como parte do salário para cálculo da aposentadoria O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região vai ajuizar duas ações coletivas que interessam aos funcionários da CEF. Uma delas exige critérios mais transparentes para definir os salários dos cargos de gerência. A outra pede que o Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA) seja reconhecido como parte integrante do salário para fins de aposentadoria. Discriminação Ocorre na Caixa Econômica Federal uma verdadeira discriminação entre as unidades. Basta observar a existência de remuneração diferenciada para um mesmo cargo. Embora tenham – em tese – as mesmas atribuições, gerentes de setores e localidades distintos não recebem salários iguais. Quem julga qual a área mais importante? Os critérios que definem os salários dos gerentes são completamente subjetivos. É preciso acabar com as faixas salariais para esses cargos. Complemento O CTVA não passa de um artifício inventado pela Caixa para pagar aposentadorias menores aos que têm função de confiança. A manobra se dá da seguinte forma: a CEF reconhece o complemento salarial quando recolhe o FGTS e quando faz os cálculos do 13º e das férias, mas não o reconhece para calcular o valor da aposentadoria. Esse complemento, embora classificado como “temporário”, não tem esse caráter. Há casos de trabalhadores recebendo o CTVA há dez anos, ou seja, desde que ele foi instituído. Só na hora de se aposentar é que o termo “temporário” é lembrado pelo banco. É urgente que o valor do CTVA seja incorporado ao salário para uma aposentadoria mais digna. Plantão Quem tiver interesse em se juntar a essa luta justa deve comparecer ao Sindicato. O plantão do Departamento Jurídico é de segunda a quinta-feira das 8 às 12 horas e, às sextas, das 15 às 18 horas. do compulsoriamente pela União. Diferentemente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região-CUT, que só devolve o dinheiro aos seus associados, o Sindicato dos Bancários de Bauru e RegiãoConlutas irá devolvê-lo a todos, ou seja, respeitará a vontade dos que ainda não são filiados à entidade. Portanto, bancários, fiquem tranqüilos. Ao contrário do sindicato pelego de São Paulo e região, não estipularemos um prazo apertado para que o reembolso seja solicitado. Ele será feito da maneira mais rápida e cômoda possível, bastando entrar em contato com a secretaria para receber informações sobre como proceder. CAMPANHA SALARIAL DE LUTA Encontro dos Bancários de Oposição definirá pauta de reivindicações e organizará a luta Ativistas do MNOB/Conlutas e bancários de base reúnem-se nesse sábado, em São Paulo, para elaborar uma pauta justa e preparar uma campanha de verdade. Chega de Contraf-CUT! Bancário recebe do Itaú R$ 20 mil por horas extras não pagas O Itaú teve de pagar R$ 19,8 mil a um ex-funcionário que, diariamente, trabalhava mais tempo que o estipulado em contrato (seis horas). É mais uma vitória de um trabalhador que, lamentavelmente, teve de recorrer à Justiça para fazer valer o seu direito de receber pagamento pelas horas extras – direito esse que, no Brasil, a maior parte das empresas insiste em negligenciar. O bancário foi contratado pelo Bank Boston em 14 de abril de 2005. Dias depois, já no início de maio, a instituição foi vendida ao Itaú. O banco brasileiro, no entanto, só passou a administrá-lo em maio do ano passado. Até então, apesar Já se passaram dois meses desde que o imposto sindical foi descontado da folha de pagamento de todos os trabalhadores brasileiros. Apesar do longo tempo decorrido, o governo federal ainda não liberou o dinheiro que corresponde ao Sindicato dos Bancários de Bauru e Região. Tão logo o tenha em sua conta, a entidade dará início à devolução. Os sindicatos ficam com 60% do dinheiro tomado do trabalhador. Os outros 40% ficam em poder das federações (15%), confederações (5%), centrais sindicais (10%) e do governo federal (10%). Então, para que fique claro, os bancários da base regional de Bauru terão direito a reaver somente 60% do que lhe foi subtraí- de trabalhar uma média de oito horas e meia por dia – descontando-se o tempo do almoço – o funcionário nunca havia recebido pelas horas extras. Sob o controle do Itaú, ele continuou trabalhando oito horas e meia por dia, com a diferença de que começou a receber pelas horas extras além da oitava. Passaram-se seis meses e, em outubro de 2007, o bancário foi dispensado. Infelizmente. O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região está pronto para receber os trabalhadores que, como esse, tiveram ou estão tendo seus direitos desprezados. Bancários de oposição do país inteiro têm encontro marcado nesse fim de semana, dia 14, na sede da Conlutas, em São Paulo. A reunião ampliada servirá para ajustar os últimos detalhes para a construção de mais uma campanha salarial de luta, em oposição ao entreguismo governista da Contraf-CUT, que, por sua vez já se articula para boicotar as pretensões e direitos da categoria bancária. Os bancários de luta deverão preparar, como historicamente tem acontecido, uma pauta de reivindicações séria, justa e comprometida com os direitos e interesses da categoria bancária, vítima preferencial das artimanhas cutistas. As discussões da Oposição Bancária/Conlutas, que, desde já, reafirma sua convocação aos sindicatos da Intersindical para a luta em 2008, girará sempre em torno do fim da péssima estratégia de mesa única de negocia- ções, da imediata reposição das gigantescas perdas salariais dos bancários, do combate às demissões, as terceirizações e ao assédio moral, e da necessidade inafastável de isonomia para os empregados do BB e da CEF, carentes de negociações específicas sérias e urgentes. Além disso, os bancários de oposição farão prevalecer as demais bandeiras históricas de luta dos trabalhadores, todas traídas pelo movimento sindical majoritário, ligado à CUT, ao PT e ao governo Lula, velho capacho dos banqueiros. Mais uma vez, como sempre, o Sindicato dos Bancários de Bauru e Região/Conlutas marcará presença ao evento, levando suas idéias e seus ideais de luta para apreciação de todos os trabalhadores. Chega de mesa única, Contraf-CUT e derrota! Todos à luta, até a vitória! 2008 tem que ser diferente! NA TRINCHEIRA 4 ATÉ QUANDO VAI MENTIR, LULA? Eleição na Apeoesp Nota 10 para a aguerrida militância da Chapa 2 - “Oposição Unificada na Luta”, aliança Conlutas/ Intersindical, que merece nossos parabéns pelo excelente resultado obtido na eleição da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), maior entidade sindical da América Latina. Na última quinta-feira, dia 5, os professores de luta da Chapa 2 impuseram uma significativa derrota aos pelegos cutistas da Chapa 1, que, mesmo com todo o aparato governista, tiveram de assistir uma ampla vitória da oposição Conlutas/Intersindical na capital e na Grande São Paulo. Na capital, o resultado ficou em 55,54% contra 35,39%; na Grande São Paulo, foi 49,92% a 33,95%. Vitória dos trabalhadores de luta! Saudações à Oposição Unificada da Apeoesp! Militante demitido! Nota zero para o governo Lula e à direção dos Correios que, covardemente, demitiram no dia 02/06, Fernando Proni, delegado sindical eleito, ex-cipeiro, uma das lideranças das últimas greves, membro da Oposição da Conlutas e também candidato na última eleição dos Correios de São Paulo. Essa demissão é mais um ataque brutal ao movimento sindical lutador e à livre organização dos trabalhadores dos Correios. Após as greves de 2007 e 2008, o governo Lula e a direção dos Correios demonstraram que não respeitam o direito de greve dos trabalhadores, passaram a impor metas absurdas e redução do quadro funcional. Para isso, usaram a truculência e aplicaram uma política de perseguição aos trabalhadores da empresa, demitindo vários lutadores e lideranças da categoria. Essa postura faz parte da política de privatização da ECT colocada pelo governo e pela direção dos Correios que não admitem contestações. O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região repudia mais este golpe do governinho Lula contra A livre organização sindical, solidariza-se com os lutadores dos Correios e exige a imediata reintegração de Fernando Proni. Inflação desmascara crise no governo Lula Capacho de banqueiros, de grandes empresários e do FMI, governo Lula vai economizando às custas da volta da inflação e de salários de fome dos trabalhadores No dia 28 de maio, ao divulgar que, no primeiro quadrimestre deste ano, houve superávit nominal (economia de recursos) de R$ 6,9 bilhões maior que o necessário para pagar os juros da dívida pública e que a inflação estava controlada, Guido Mantega, ministro da Economia, mentiu em grande estilo. O fim da inflação, um dos fatores políticos de maior impotância para o Plano Real, está de volta desde 2007, quando o feijão aumentou 123%. Os preços de produtos essenciais estão subindo paulatinamente: só em maio, o arroz teve uma alta de 11,9%. Só neste ano, o leite já subiu 13,4% e o pão francês 8,8% em abril. São pequenos reajustes, mas visíveis e bastante sentidos nos bolsos dos assalariados. No dia 5 de junho, pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) voltou a desmentir Mantega e o governo Lula: apontou aumentos na cesta básica, maiores que 20% nos últimos 12 meses, em todas as capitais brasileiras. Os maiores foram no Recife (26,5%), Fortaleza (24,2%) e Natal (21,8%). Também sofreram reajustes nos últimos meses, os produtos industriais (0,94%) em março e 1,77% em abril. Quem ganha, quem perde Segundo o IGP-DI, a inflação de maio ficou em 1,88% – a mais alta desde 2003. Com a volta da inflação quem ganha são os grandes empresários, que reajustam seus preços para garantir seus lucros; os banqueiros, que já foram agraciados, também no dia 5, pelo Banco Central com um aumento da taxa Selic em 12,25% ao ano e o FMI que recebe em dia, do governo capacho de Lula, o pagamento da dívida externa. Quem perde são os trabalhadores. Nos últimos 12 meses, por exemplo, o salário mínimo subiu 9,21% e nenhuma categoria conquistou um reajuste maior que o aumento da cesta básica. Além do arrocho, são esmagados pela cobrança de inúmeros impostos, pelo desemprego, corte de gastos na educação... Tudo isso para pagar a dívida e dar garantias aos banqueiros diante da crise que se aproxima. Organizar Para enfrentar a volta da inflação e o corte nos salários será preciso muita luta. Em vários pontos do país, muitas categorias já começaram a se mobilizar com greves, como os operários da construção civil de Fortaleza (dirigidos pela Conlutas) e os trabalhadores dos transportes públi- cos. Os bancários também já começam se organizar. Um plano de lutas contra a política econômica de Lula deverá ser traçado no próximo Congresso Nacional da Conlutas, em julho. Delegados da base do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região estarão presentes. Juntamente com as demais categorias em luta, construirão um programa para exigir reajuste salarial e que o governo Lula rebaixe e congele os preços dos alimentos. Também pedirão um reajuste salarial automático de acordo com o reajuste dos preços. É hora de preparar a luta! QUE VEXAME! Apcef-SP defende “contraproposta” fajuta de PCS e distribui fitinhas para os bancários da CEF Depois de defender descaradamente a adesão ao novo plano de benefícios da Funcef, apoiar pautas rebaixadas da ContrafCUT, boicotar campanhas salarias e ajudar a enterrar as greves dos trabalhadores, eis que a Apcef-SP, como já era de se esperar, tem a cara-de-pau de alardear uma “pseudoluta” pela grotesca farsa da “contraproposta” de PCS, enviando, pelo malote, milhares de ridículas fitinhas vermelhas para os bancários usarem em seus locais de trabalho. Tenha dó! Isso é luta? E luta pra quê? Todo mundo já sacou a farsa da “contraproposta” de PCS, defendida pelos governistas da comissão de enrolação permanente, Contraf-CUT e Apcef-SP, que, na verdade, não passa de Na Trincheira uma mera “proposta”, isso sim, construída pela direção da CEF e apresentada pelos pelegos cutistas, que, agora, tentam empurrá-la goela abaixo como sendo reivindicação dos trabalhadores. Ora, mais respeito à inteligência dos bancários! Contraproposta de verdade tem que ser discutida e construída pelos próprios trabalhadores, em assembléias de base. Sem atravessadores! O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região e a Oposição/Conlutas exigem reposição das gigantescas perdas salariais, que vão além de 100%, isonomia de verdade, piso e teto do Dieese (desde 1.918 até 4.850 reais), no máximo 30 níveis, além de vários outros pontos que a pelegada cutista prefere ignorar. Chega dessa farsa de negociação pelega e contraproposta fajuta! Trabalhadores têm que participar das discussões! Sempre que a CEF e Contraf-CUT se reúnem é contra os bancários, fazendo conchavos sujos e preparando, em seus velhos conluios governistas, armadilhas perigosas para os trabalhadores da CEF. Olho vivo, bancários! Quem quer lutar de verdade não distribui fitinhas e não defende a proposta do patrão. Quem quer lutar de verdade bota a cara na rua e enfrenta a direção da CEF e o governinho do PT. Luta é mobilização! E mobilização de verdade é greve! Chega de enrolação! Jornal do Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região. Jornalista Responsável: Isabel Carvalho (MTB 22.188). Redação: Isabel Carvalho e Diego Teixeira (MTB 41.429). Periodicidade: Semanal. Sede: R. Marcondes Salgado, 4-44, Centro - CEP 17.010-040 - Bauru/SP. Fone: (14) 3222-7270. Fax: (14) 3222-7853. Subsede Santa Cruz do Rio Pardo: R. Marechal Bittencourt, 414; Ed. San Rafael, Sala 103. Fone: (14) 3372-5600. E-mail: [email protected]