COMENTÁRIOS E RESPOSTAS À PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO CONCURSO PARA O
CARGO DE ENFERMEIRO – PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE – RS – CERTAME
REALIZADO NO DIA 08 DE FEVEREIRO DE 2015 – BANCA DA PRÓPRIA PMPA
Questão 01 – Interpretação de Texto
Errada a assertiva I, porque, no trecho “Meus irmãos eram grandes demais para
ficarem fascinados com aquilo” (l. 06), fica claro que apenas a autora compartilhava do
sentimento de magia ao ver o pai alcançar objetos a uma altura elevada, como trocar
lâmpadas queimadas.
Nos trechos compreendidos entre as linhas 09 a 13 e 14 a 18, estão presentes os
elementos que sustentam que ler histórias infantis foi uma das formas encontradas pela
autora para a resolução de problemas comuns na infância. Correta a assertiva II.
No trecho compreendido entre as linhas 47 a 49, observa-se que a autora afirma que
Papai Noel um dia sairá de cena e não fará mais parte do arsenal fantasioso das crianças. Isso
evidencia que está errada a assertiva III.
RESPOSTA: B.
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Questão 02 – Concordância Verbal
No trecho “... havia o porão e o sótão” (l. 01), o verbo “haver”, na forma destacada,
está empregado como impessoal, razão por que se encontra no singular. Sua substituição por
“existir” resultará na forma “existiam”, pois este verbo é pessoal, tendo como sujeito
composto “porão e sótão”. Correta a assertiva I.
No segmento “... havia uma estante estreita...” (l. 03), a substituição de “uma estante
estreita” por “prateleiras” não alteraria a flexão do verbo “haver”, porque está empregado
como impessoal. A alteração ficaria “... havia prateleiras...”. Errada, portanto, a assertiva II.
A substituição do tempo verbal de “haver” no segmento “Havia uma pequena
coleção...” pelo presente resultaria na forma “Há uma pequena coleção...”. Correta a assertiva
III.
RESPOSTA: D.
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Questão 03 – Identificação de Orações
As formas verbais (1)“sonhava”, (2)“insistia em plantar”, (3)“tentava imaginar”,
(4)“estaria ... amaldiçoada”, (5)“deveria... me aproximar” e (6)“estivesse usando” revelam a
presença de 6 (seis) orações no período.
RESPOSTA: E.
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Questão 04 – Funções do QUÊ
No segmento presente na opção “a” “era mais inalcançável do que de fato deveria ser”
(l. 04), a palavra “que” é parte integrante de conjunção subordinativa comparativa (“mais ... do
que”).
Na alternativa “b”, o “que”, destacado no segmento “era uma aventura que só meu
pai empreendia” (l. 05), funciona como pronome relativo, retomando o substantivo
“aventura”.
Quanto ao segmento presente na opção “c”, “mas sei que, graças a eles, travei meu
encontro com histórias clássicas do universo infantil” (l. 11-12), a palavra destacada exerce
função de conjunção subordinativa integrante, sendo complemento do verbo “saber”, na
forma “sei”.
Quanto à opção “d”, no trecho “sem necessariamente que um adulto viesse tentar me
explicar o inexplicável” (l. 23), a palavra destacada funciona como conjunção subordinativa
modal, associada à palavra “sem” (=“sem ... que”).
Na alternativa “e”, no segmento “... tanto e de tal forma que nunca questionei o
porquê” (l. 34-35), a palavra destacada é parte integrante da conjunção subordinativa
adverbial consecutiva “tanto ... tal ... que”.
RESPOSTA: B.
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Questão 05 – Conjunções
A conjunção “mas” (l. 31) é coordenativa adversativa, indicando ideia de adversidade,
sendo sinônima de “porém”, “contudo”, “todavia”, “no entanto”, “entretanto” e “não
obstante”. Sua substituição por “porém”, no trecho “Tentei ficar acordada mas, com medo de
flagrar Papai Noel na sala, eu dormia” (l. 30-31) não exigirá qualquer alteração. Observe-se:
“Tentei ficar acordada porém, com medo de flagrar Papai Noel na sala, eu dormia”
RESPOSTA: C.
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Questão 06 – Semântica
No segmento “Era plausível que Papai Noel utilizasse o vão entre o forro e o telhado
para fazer sua entrada sorrateira e deixar...” (l. 25-26), a palavra destacada pode ser
substituída, sem alteração do sentido original da mensagem, por “aceitável”, “admissível”,
“razoável” ou “tolerável”. Não pode ser, porém, substituída por “irrisória”, porque tal palavra
significa “desprezível”, ou “ridículo”, “cômico”.
RESPOSTA: C.
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Questão 07 – Pronomes
O pronome “o”, no segmento “As últimas prateleiras daquela estante não me
interessavam porque tudo o que eu queria e podia ler estava bem pertinho do assoalho...” (l.
06-08), funciona como demonstrativo (=aquilo) e tem como referente o pronome indefinido
“tudo”. Certa a afirmação I.
No trecho “Histórias de faz de conta, meus brinquedos e Papai Noel foram meu portais
mágicos. Com eles, eu me transportava para uma dimensão onde...” (l. 21-22), o pronome
“eles” retoma “portais”, que, por sua vez, se refere a “Histórias de faz de conta, meus
brinquedos e Papai Noel”. Errada a afirmativa II.
Na linha 31, no segmento “... com medo de flagrar Papai Noel na sala, eu dormia. Eu o
admirava e respeitava...”, o pronome “o” retoma “Papai Noel”. Correta a assertiva III.
RESPOSTA: D.
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Questão 08 – Acentuação Gráfica e Classes Gramaticais
O substantivo “Histórias” (l. 11) sem acento resultará na forma verbal “Historias” (eu
historio, tu historias...), portanto mudaria a classe gramatical.
A palavra “Máquina” (l. 17) é substantivo; sem acento, ficará “maquina”, do verbo
“maquinar”: eu maquino, tu maquinas, ele(a) maquina... . Portanto mudaria a classe
gramatical.
A forma verbal “É” (l. 19) sem acento assume a forma “E”, que é conjunção
coordenativa aditiva, portanto alteraria a classe gramatical.
A flexão verbal “Têm” (l. 40) está acentuada por ter como referente o sujeito
“interesses”, no plural; se perder o acento, manter-se-á como verbo: “Tem”, forma conjugada
na terceira pessoa do singular. Preserva-se, portanto, a classe gramatical.
A preposição “Até” (l. 42) é acentuada por se tratar de palavra oxítona terminada em
“e” com mais de uma sílaba. A supressão do acento gráfico gerará a forma verbal “Ate”, do
verbo “atar” (que eu ate, que tu ates...). Portanto haverá alteração de classe gramatical.
RESPOSTA: D.
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Questão 09 – Grafia dos “Porquês”
No segmento “nunca questionei o porquê de meus pais também não me
presentearem com o bom velhinho” (l. 34-35), a forma destacada é grafada numa só palavra e
com acento porque equivale a “motivo”, estando, inclusive, substantivada pela presença do
artigo “o”. Nas frases a seguir, são as seguintes as grafias:
a) Não sei o porquê de tal decisão. Situação idêntica à do enunciado.
b) Por que vens tão devagar? Empregado em pergunta direta deve ser separado e sem
acento gráfico.
c) Fico porque quero. Trata-se de explicação, devendo ser escrita junto e sem acento
gráfico.
d) Não vais por quê? No final de frase, registra-se separado e com acento gráfico.
e) Por que choras? Empregado em pergunta direta deve ser separado e sem acento
gráfico.
RESPOSTA: A.
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Questão 10 – Pontuação
No segmento “... empreendia sob atenção total da plateia curiosa: eu” (l. 05-06), o
emprego dos dois pontos se deve a uma explicação, ou aposto, não citação. Errada a assertiva
I.
No trecho “... mas sei que, graças a eles, travei meu encontro...” (l. 11), o segmento
destacado está entre vírgulas por estar deslocado, podendo-se substituir as vírgulas por
travessões: “... mas sei que – graças a eles – travei meu encontro...”. Correta a assertiva II.
Quanto ao trecho “Histórias de faz de conta, meus brinquedos e Papai Noel...” (l. 21), a
vírgula separa elementos de igual função sintática (núcleos do sujeito), não orações. Errada a
assertiva III.
RESPOSTA: B.
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