Aula Demonstrativa
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................... 1
2. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO. ...................................... 2
3. TIPOLOGIA TEXTUAL ............................................................................. 3
4. DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL ............................... 6
5. ORTOGRAFIA OFICIAL ......................................................................... 10
6. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ..................................................... 23
7. LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIO .............................................. 32
Concurso: Ministério do Trabalho e Emprego
Cargo: Agente Administrativo
Matéria: Língua Portuguesa
Professor: Alexandre Soares
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º
9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências.
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Curso de Língua Portuguesa com Teorias e Exercícios
Professor: Alexandre Soares
Aula Demonstrativa
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, Pessoal!
Começaremos de fato a nossa aula 1. Essa aula será distribuída com essa
sequência: teoria, lista de questões comentadas versando sobre diversos assuntos
e logo após a mesma lista de questões sem comentários.
Separei algumas informações importante sobre seu concurso, veja:
CARGO 2: AGENTE ADMINISTRATIVO
REQUISITO: certificado, devidamente registrado, de conclusão de curso de ensino
médio (antigo segundo grau), expedido por instituição de ensino reconhecida pelo
MEC.
REMUNERAÇÃO: R$ 2.573,22.
JORNADA DE TRABALHO: 40 horas semanais.
Lembre-se: as inscrições começam dia 15. Fique atento!
Confira nossa programação de aulas:
AULA
1
DATA
20/12/2013
2
10/01/2014
3
25/01/2014
4
10/02/2014
5
25/02/2014
6
05/03/2014
Assunto
Exercícios comentados
Compreensão e interpretação de textos de gêneros
variados. Ortografia oficial. Domínio dos mecanismos de
coesão textual.
Emprego dos sinais de pontuação. Domínio da estrutura
morfossintática do período.
Emprego do sinal indicativo de crase. Regência nominal e
verbal.
Concordância nominal e verbal. Reorganização da estrutura
de orações e de períodos do texto
Redação de Correspondências Oficiais (Manual de Redação
da Presidência da República). Aspectos gerais da redação
oficial. Finalidade dos expedientes oficiais. Adequação da
linguagem ao tipo de documento. Adequação do formato do
texto ao gênero.
Vamos lá!
Boa aula! Bons estudos!
Prof. Alexandre Soares
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2. Compreensão e interpretação de texto.
Muita gente comenta que a interpretação de texto é um tipo muito subjetivo de
questão, uma vez que pode haver vários tipos de interpretações, porém não é bem
assim. Lembrando que todo o professor que propõe qualquer questão de concurso
tem que provar que o julgamento feito por ele, sendo correto ou incorreto, é a
única resposta possível.
Com isso as bancas cobram tudo documentado: índice de dificuldade, tempo
aproximado de resolução, prováveis recursos e fundamentos. Logo, interpretar não
é coisa subjetiva, como muitos tem dito por aí. Entender o texto tem a sua lógica,
seu princípio norteador, por isso vamos trabalhar nessa aula os fundamentos.
Não podemos resolver questões de interpretação de texto somente no achismo.
Temos que provar que o julgamento da questão está correto, com fundamento no
texto.
Dentro do texto a informação implícita e explícita. É mais fácil o aluno encontrar as
informações explícitas e é isso que as bancas cobram na maioria das vezes. Toda a
informação implícita do texto é carregada de vestígio.
Os vestígios podem ser uma palavra irônica, as características do ambiente e
personagem, a época em que o texto foi escrito ou a que o texto se refere, o
vocabulário do autor, o rodapé do texto, as figuras de linguagem, o uso da primeira
ou terceira pessoa do plural, etc. Tudo isso pode indicar a intenção do autor ao
escrever o texto, daí se tira o vestígio que nos leva à boa interpretação. Quando se
interpreta um texto para realizar um concurso, temos na realidade, duas
interpretações a serem feitas. A primeira é a interpretação do texto em si, entender
as expressões do texto ali alocadas, tirar conclusões, compreender as entrelinhas, o
contexto; a outra é a compreensão do pedido da questão. Muitas das vezes até
compreendemos o pedido do texto, porém não entendemos o pedido da questão.
Dessa forma, devemos comparar dois textos: o propriamente dito e o enunciado da
questão. Por conseguinte, devemos confrontá-los e julgar se possui ideias
semelhantes ou não. ISSO É INTERPRETAÇÃO. Em um texto podemos encontrar os
dados explícitos, ou seja, aquilo que o pedido da questão informou é encontrado
literalmente no texto.
O CESPE costuma colocar questões com estas características:
Questão típica do CESPE UNB . ―Infere-se do texto‖. O que significa isso? A banca
está perguntando para o candidato o que ele conclui sobre o texto, o que
ele deduz sobre o texto. Esse tipo de questão aconselho ao candidato que ele
volte ao texto. Vamos ao texto então!
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Questão típica do CESPE UNB. É certo que a banca coloque uma questão pedindo
que o candidato ―depreenda do texto uma afirmação dada por ela‖. O que seria
―depreende-se do texto‖? O CESPE está perguntando o que o candidato
entende sobre o texto, o que ele compreende do texto, o que ele deduz
sobre o texto, qual é a conclusão que ele chegou do texto...
Quando o CESPE disser ―sem prejuízo para a correção gramatical, para a coesão
textual‖ a banca quer dizer que está conforme as regras da gramática.
A coesão gramatical: é obtida a partir do emprego de artigos, pronomes, adjetivos,
advérbios, conjunções e numerais.
Quando o CESPE disser ―sem prejuízo para coerência textual‖ a banca quer dizer
que a significação do texto, a construção do texto enquanto edifício semântico não
estará sendo prejudicado. A ideia que é apresentada é mantida durante todo o
texto.
3. TIPOLOGIA TEXTUAL
Tipologia textual designa uma espécie de sequência teoricamente definida pela
natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos
verbais, relações lógicas). Diferentemente do que aprendemos na escola, vamos
dividir os textos em cinco tipos: descrição, narração, exposição, argumentação e
injunção. Para efeito de prova, usaremos as terminologias: texto expositivo e texto
argumentativo (ou dissertação expositiva e dissertação argumentativa).

Texto Descritivo
É o tipo de redação na qual se apontam as características que compõem um
determinado objeto, pessoa, animal, ambiente ou paisagem. Apresenta elementos
que, quando juntos, produzem em imagem.
Exemplo: sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. a pele morena refletia o sol
dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua
alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma
fisionomia calma, que mais parecia uma pintura.
Desperte para as características desse tipo de texto:


Predomínio de adjetivos.
Descrição objetiva (expressionista): limita-se aos aspectos reais e visíveis: não
há opinião do autor sobre o tema.
 Descrição subjetiva (impressionista): o autor emite sua opinião sobre o assunto.
 Descrição física: limita-se à descrição dos traços extremos e visíveis, tais como
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altura, cor da pele, tipo de nariz e cabelo, etc.
 Descrição psicológica: está relacionada a aspectos do comportamento da pessoa
descrita: se é carinhosa, agressiva, calma, comunicativa, egoísta e generosa.
 Não há uma sucessão de acontecimentos ou fatos, mas sim a apresentação
pura e simples do estado a ser descrito em um determinado momento.
Aqui, a matéria é o objeto.

Texto Narrativo
É a modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorrem em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Exemplo: Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam
pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram
abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o
que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto,
somente um bêbedo que tentava encontrar, com dificuldade, o cominho de sua
casa.
Note as características do tipo narrativo:


O fato narrado pode ser real ou fictício.
A descrição pode inserir-se na narração, dada a importância de se
caracterizarem os personagens envolvidos na trama e o cenário em que ela se
desenvolve.
 Narração em 1ª pessoa: ocorre quando o fato é contado por alguém que se
envolve nos acontecimentos (uso dos pronomes nós, eu).
 Narração em 3ª pessoa: o narrador conta a ação do ponto de vista de quem vê
o fato acontecer na sua frente (narrado onisciente); ele não participa da ação (uso
dos pronomes ele (a), eles (as)).
 Narração objetiva: o narrado apenas relata os fatos, sem se deixar envolver
emocionalmente com o que está noticiado. É de cunho impessoal e direto.
 Narração subjetiva: levam-se em conta as emoções, os sentimentos envolvidos
na história. São ressaltados os efeitos psicológicos que os acontecimentos
desencadeiam nos personagens.
 A progressão temporal (exposição, complicação, clímax e desfecho) é essencial
para o desenvolvimento da trama.
 O tempo predominante é o passado, cronológico (um minuto, uma hora, uma
sema, um ano, etc.) ou psicológico (vivido por de flashback, é a memória do
narrador).

Texto Argumentativo
É o tipo de composição na qual expomos ideias seguidas da apresentação de
argumentos que as comprovem. Tem por objetivo a defesa de um ponto de vista,
por meio da persuasão.
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Exemplo: tem havido muitos debates sobre as eficiências do sistema educacional
brasileiro. Argumenta-se que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a
capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a
realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos
problemas socioeconômicos e que despertasse no aluno a curiosidade científica
seria por demais desejáveis.

Texto Expositivo Ou Informativo
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se
faz a defesa de uma ideia. Encontrado em livros didáticos e paradidáticos (material
complementar de ensino), enciclopédias, jornais e revistas.
Exemplo: A história do celular é recente, mas remonta ao passando-se às telas de
cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca Hedwing Kiesler (mais conhecida
pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico
Sansão e Dalila(1949).
Hedy Tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com
um austríaco nazista fabricante de armas. O que sobrou de uma relação
desgastante foi o interesse pela tecnologia. Já nos Estados Unidos, durante a
Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da marinha
haviam sido interceptados por inimigos. ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia:
um sistema no qual duas pessoa podiam se comunicar mudando o canal, para que
a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteadas em 1940.
Repare agora que, diferentemente da intenção do autor do texto acima, este aqui
não tem a presunção de convencer ninguém a respeito de algo. Limita-se apenas a
transmitir ao leitor uma informação sobre o surgimento do aparelho celular, de
forma imparcial e objetiva.

Texto Injuntivo (Instrucional)
Indica como realizar uma ação, aconselha. É também utilizado para predizer
acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem adjetiva e simples. Há
predomínio da função conativa ou apelativa(o emissor procura influenciar o
comportamento do receptor, como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso
de tu, você ou nome da pessoa, além dos vocativos e imperativos; usadas nos
discursos, sermões propagandas que se dirigem diretamente ao consumidorinstruções de uso de um aparelho; leis; regulamentos; receitas de comida; guias;
regras de trânsito).
Exemplos:



‖Coloque a tampa e a seguir pressione.‖ (verbo no imperativo)
―Coloca-se a tampa e a seguir pressiona-se.‖ (verbo no presente do
indicativo)
―Colocar a tampa e a seguir pressionar‖. (verbo no infinitivo).
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4. DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL
Conectivo
Conectivos ou elementos de coesão são todas as palavras ou expressões que
servem para estabelecer elos, para criar relações entre segmentos do discurso, tais
como: então, portanto, já que, com efeito, porque, ora, mas, assim, daí, aí, dessa
forma, isto é, embora e tantas outras. Veja o exemplo:
Israel possui um solo árido e pouco apropriado à agricultura, porém chega a
exportar certos produtos agrícolas.
No caso, faz sentido o uso do porém, já que entre os dois segmentos ligados existe
uma contradição. Será descabido permutar o porém pelo porque, que serve para
indicar causa.
Relação dos principais elementos de coesão:
1) assim, desse modo: têm um valor exemplificativo e complementar. A
sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou
ilustrar o que se disse antes.
O governador resolveu não comprometer-se com nenhuma das facções em disputa
pela liderança do partido. Assim, ele ficará À vontade para negociar com qualquer
uma venha a vencer.
2) e: anuncia desenvolvimento de discurso e não a repetição do que foi dito antes:
indica uma progressão que adiciona , acrescenta, algum dado novo. Se não
acrescentar nada, constitui pura repetição e deve ser evitado. Ao dizer:
Tudo permanecerá imóvel e fica sem se alterar.
3) ainda: serve, entre outras coisa, para introduzir mais um argumento a favor de
determinada conclusão, ou para incluir um elemento a mais dentro de um conjunto
qualquer.
O nível de nível dos brasileiros é baixo porque os salários são pequenos. Convém
lembrar ainda que os serviços públicos são extremamente deficientes.
4) aliás, além do mais, além de tudo, além disso:introduzem um argumento
decisivo, apresentado como acréscimo, como se fosse desnecessário, justamente
para dar o golpe final no argumento contrário.
Os salários estão cada vez mais baixos porque o processo inflacionário diminui
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consideravelmente seu poder de compra. Além de tudo são considerados como
renda e taxados com impostos.
5) isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras: introduzem esclarecimentos,
retificações ou desenvolvimento do que foi dito anteriormente.
Muitos jornais, fazem alarde de sua neutralidade em relação aos fatos, isto é, de
seu não comprometimento com nenhuma das forças em ação no interior da
sociedade.
6) mas, porém e outros conectivos adversativos: marcam oposição entre dois
enunciados ou dois segmentos do texto. Não se podem ligar, com esses relatores,
segmentos que não se opõe. Às vezes, a oposição se faz entre significados
implícitos no texto.
Choveu na semana passada, mas não o suficiente para se começar o plantio.
7) embora, ainda que, mesmo que:são relatores que estabelecem ao mesmo
tempo uma relação se contradição e de concessão. |Servem para admitir um dado
contrário para depois negar seu valor de argumento.
Trata-se de um expediente de argumentação muito vigoroso: sem negar as
possíveis objeções, afirma-se um ponto de vista contrário. Observe o exemplo:
Ainda que a ciência e a técnica tenham presenteado o homem com abrigos
confortáveis, pés velozes como o raio, olhos de longo alcance e asas para voar,
nãoi resolvera, os problema das injustiças.
Como se nota, mesmo concedendo ou admitindo as grandes vantagens da técnica e
da ciência, afirma-se uma desvantagem maior.
O uso do embora e conectivos do mesmo sentido pressupõe uma relação de
contradição, que, se não houve, deixa o enunciado descabido. Exemplo:
Embora o Brasil possua um solo fértil e imensas áreas de terras plantáveis, vamos
resolver o problema da fome.
8) Certos elementos de coesão servem para estabelecer graduação entre os
componentes de uma certa escala. Alguns, como mesmo, até, até mesmo,
situam alguma coisa no topo da escala: outros , como ao menos, pelo menos, no
mínimo,situam- na no plano mais baixo.
O homem é ambicioso. Quer ser dono de bens materiais, da ciência, do próprio
semelhante, até mesmo do futuro e da morte.
Ou
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É preciso garantir ao homem seu bem-estar: o lazer, a cultura, a liberdade, ou no
mínimo, a moradia, o alimento e a saúde.
Às vezes o conectivo tem seu uso inadequado de forma proposital, que revela um
preconceito ou uma ironia. Márcio Amato, ex-presidente da Fiesp, referiu-se à ex Ministra Dorothea Wernech desta forma.
Ela é mulher, mas é capaz.

Coesão E Coerência Textual
Primeiramente, é importante diferenciar os dois conceitos. A coesão refere-se aos
vínculos estabelecidos entre as partes de um enunciado ou de uma sequência
maior. A noção de coerência, embora muito ligada à de coesão, diz respeito mais
ao processo de compreensão e de interpretabilidade de um texto. Você pode ser
valer do quadro abaixo para melhor entender esses conceitos:
Coesão-articulação entre palavras e enunciados do texto.
Elementos coesivos: advérbios, conjunções, preposições, pronomes, etc..
Relação sintática
COERÊNCIA-MANUTENÇÃO DA SEQUÊNCIA LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO


Não deve haver contradições e mudanças bruscas no rumo do pensamento
Relação semântica
Observe o exemplo abaixo:
Comprei três laranjas e coloquei-as no freezer, pois tencionava fazer bem uma
salada de frutas bem geladinha com elas; mas, como fui à rua e me demorei muito,
não pude aproveitá-las na salada porque ficaram todas congeladas.
Nesse pequeno texto, há vários elementos que estabelecem ligação entre as partes
dele, além do jogo verbal e da sequência de ações; enfim, são elementos
reconhecíveis e que formam os elos entre os termos.
Na próxima passagem, no entanto, há uma carência de elementos sintáticos de
ligação entre os períodos que compõem o texto.
Olhar fito no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum de vida humana. Tentativa
recordar alguma coisa. Nada como você pode perceber, o que permite dar um
sentido ao texto é a possibilidade de se estabelecer uma relação semântica
(sentido)ou pragmática (internacional) entre os elementos da sequência. Assim
sendo, é possível admitir que a coerência é mais relevante do que a coesão para a
construção de um texto, embora os dois fatores sejam características importantes
de todo bom texto.
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Processo De Coesão Textual
Existem determinados vocábulos na língua que não devem ser interpretados
semanticamente por seu próprio sentido, mas sim em função da referência que
estabelecem com outros itens. Um item referencial tomado isoladamente é vazio e
significa apenas: procure a informação em outro lugar.
Observem o exemplo seguinte:
João é o maior empresário daqui. No Distrito Federal, não há outro que o
supere.
Repare que ―João‖ é retomado no segundo período pelo pronome ―o‖ ―o‖, enquanto
o advérbio ―aqui‖, no primeiro período, antecipa a circunstância de lugar indicada
por ―Distrito Federal‖. No caso da retomada, temos uma anáfora. No caso de
sucessão, uma catáfora.
Observe-se na coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de
conectivos. A escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do
sentido do texto.

Reescritura do Texto
Esclareço que toda vez que uma obra faz alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Isso se concretiza de várias formas. Aqui, abordarei aquela que costuma aparecer
em prova e que pode ser cobrada no concurso que você fará, só que com outra
roupagem: a paráfrase. Também farei distinção entre ela e a paródia (uma forma
de intertextualidade). Inicialmente, exemplificarei cada uma dessas manifestações.
Depois, comentarei as características que as distinguem.
Na paráfrase, as palavras são mudadas, porém a ideia do texto original é
confirmada pelo novo texto; a lesão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou
alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que foi dito. E não
apenas com outras palavras, mas também com outra estruturação sintática.
Normalmente, as bancas indagam se nesse processo, a coesão (correção
gramática) e a coerência (significado original do texto) foram mantidas. É muito
importante que esses dois aspectos sejam respeitados na hora de parafrasear o
texto original.
Colocarei abaixo as conjunções que caem mais em concurso público.
CLASSIFICAÇÃO SENTIDO
PRINCIPAIS CONJUÇÕES
ADITIVAS
ADIÇÃO, SOMA
E, NEM, MAS TAMBÉM
ADVERSATIVAS
OPOSIÇÃO,
CONTRASTE
MAS,
PORÉM,
ENTRETANTO
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CONTUDO,
TODAVIA,
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ALTERNATIVAS
A ALTERNÂNCIA, OU, OU... OU, ORA... ORA, JÁ...JÁ, QUER
EXCLUSÃO
CONCLUSIVA
CONCLUSÃO,
EXPLICAÇÃO
QUER LOGO, POIS (POSPOSTO AO VERBO),
PORTANTO
EXPLICATIVA
JUSTIFICATIVA
POIS (ANTEPOSTO AO VERBO), PORQUE, QUE
CLASSIFICAÇÃO
SENTIDO
PRINCIPAIS CONUNÇÕES
INTEGRANTES
SEM VALOR SEMÂNTICO
ESPECÍFICO, APENAS
LIGAM ORAÇÕES
QUE, SE
CAUSAIS
CAUSA, MOTIVO
PORQUE, COMO, JÁ QUE, VISTO
QUE
CONDICIONAIS
CONDIÇÃO
SE, CASO, DESDE QUE, CONTANTO
QUE
CONSECUTIVAS
CONSEQUÊNCIA
QUE (PRECEDIDO DE TÃO, TAL,
TANTO), DE MODO QUE
COMPARATIVA
COMPARAÇÃO
COMO, QUE (PRECEDIDO DE MAIS
OU MENOS), ASSIM COMO
CONFORMATIVA
CONFORMIDADE
COMO, CONFORME, SEGUNDO
CONCESSIVA
CONCESSÃO
EMBORA, SE BEM QUE, MESMO
QUE, AINDA QUE
TEMPORAL
TEMPO
QUANDO, ASSIM QUE, ANTES QUE,
DEPOIS QUE
PROPORCIONAL
PROPORÇÃO
À MEDIDA QUE, Á PROPORÇÃO QUE
FINAL
FINALIDADE
PARA QUE, A FIM DE QUE, QUE
5. ORTOGRAFIA OFICIAL
A academia Brasileira de Letras(ABL) é quem dita as normas para a correta escrita
das palavras no Brasil.A instituição mantém registrada a forma oficial de escrever
as palavras em seu vocabulário ortográfico.Apesar da vigência do novo Acordo
Ortográfico,as regras antigas e aulas conviverão até 31 de dezembro de
2015.Lembrando que no último concurso o edital aceitou tanto a antiga ortografia
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como a nova ortografia na redação.Contudo,acredito eu que o próximo edital
repetirá o que foi dito no edital anterior.É bem verdade que é humanamente
impossível saber a grafia de todas as palavras da nossa Língua.No entanto,a grafia
de certas palavras podemos sistematizar,em decorrência,por exemplo,da sua
origem,do seu radical por exemplo.Esse processo é muito útil no momento em que
o candidato for resolver uma questão de concurso.Senso assim,a prática da leitura
de livros,jornais,revistas e dicionários constantemente deverá ser adicionada a
explicação em toda a aula.Por hora,comecemos pelo emprego de algumas letras.
Usa-se,normalmente,a letra X:
-Depois de ditongo:ameixa,frouxo,peixe.
-Depois da sílaba EN enxame,enxergar,exceto encharcar.
-Depois da sílaba ME quando fechada:mexa(verbo),mecha(substantivo)
Usa-se,normalmente,a letra G:
-Nos sufixos AGEM,IGEM e UGEM:viagem(substantivo)
Vertigem (substantivo),ferrugem,pajem,lajem.
-Nos
sufixos
AGIO,EGIO,IGIO,OGIO
colégio,pretígio,relógio,refúgio.
-Nas
palavras
derivadas
daquelas
radical:margem,margear,homenagem,monge.
e
que
UGIO:pedágio,
possuem
G
no
Usa-se,normalmente,a letra J:
-Nas palavras de origem indígena,africana e árabe:pajé,jibóia,jirau,jiló.
-Nas flexões dos verbos que possuem J no radical:viajar(verbo) e bocejar.
-Nas palavras derivadas daquelas que possuem J no radical:gorja,gorjeta e
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lisonjeada
-Nas palavras de origem latina:jeito,hoje,majestade,injetar e ultraje.
Usa-se,normalmente,a letra Ç:
-Nas palavras derivadas daquelas que possuem T no radical: exceto-exceção,setorseção,cantar-canção.
-Nas
palavras
de
origem
africana:miçanga,paçoca,muriçoca,mulçumano,açougue.
indígena,árabe
e
-Nos sufixos AÇU e AÇO:babaçu,Paraguaçu e Nova Iguaçu.
-Depois de ditongo:compleição,feição e beiço.
Usa-se, normalmente, a letra S:
-Nos
substantivos
que
designam
origem,título
feminino:chinês,japonês,baronesa,duquesa e sacerdotisa.
honofórico
e
-Nos sufixos ASE,ESSE,ISI e OSE:fase,ascese e eletrólise.
-Nos sufixos OSO e OSA:formoso,formosa e gostoso.
-Nas palavras derivadas daquelas que possuem D,RT ou RG no seu radical:iludirilusão,defender-defesa e divertir-diversão.
-No prefixo TRANS: transatlântico e trasladas(ou derivado de transladar).
-Nas formas verbais derivadas dos verbos querer e pôr:quis,quisera,pusera e
compusera.
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Usa-se, normalmente SS:
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-Nas
palavras
derivadas
daquelas
que
possuem
as
expressões
CED,GRES,PRIM,MIT,MET
e
CUT
no
radical:suceder-sucessão,regredirregressão,comprimir-compressão.
-Prefixo terminado em vogal mais palavra começada por S:pré mais sentir é igual a
presentir(repare que o ―s‖ foi duplicado).
Usa-se, normalmente, a letra Z:
-Nas terminações EZ e EZA,formando substantivos abstratos derivado
adjetivos:insensato-ensensatez,nu-nudez,claro-clareza e belo-beleza.
de
-Nas terminações IZAR:sintonia-sintonizar,real-realizar e visual-visualizar.
-Como consoante de ligação:pé mais udo é igual a pezudo,guri mais ada é igual a
gurizada.
Usa-se,normalmente,a letra H:
-Nas pás palavras ligadas por hífen em que o segundo elemento começa com
H:anti-higiênico,pré-histórico e super-homem.
-Na palavra Bahia as palavras derivadas não possuem H:baiano.
Verbos terminados em EAR e IAR
-São irregulares os verbos terminados em EAR,eles recebem a letra I nas formas
rizotônicas(eu,tu,ele,eles-a sílaba tônica integra o radical),passear-passeio,passeias
e passeia.
-São regulares os verbos terminados
premiam.Mediar,Ansiar,Remediar,Incendiar
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e
IAR:premiar-premio,premia e
Odiar(MARIO).Aparecer
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terminarem em IAR,são
são irregulares e recebem a letra E nas formas
rizotônicas(eu,tu,ele,ele):odeio,odeias,odeia,odiamos,odiais, odiam.
Atenção:As letras K,W e Y
voltaram ao alfabeto,segundo o novo acordo
ortográfico.Na prática,nada muda na grafia das palavras,pois a reintrodução das
letras K,W e Y em nosso alfabeto não aumenta seu uso.Essas três letrinhas
continuam sendo usadas em nomes próprios oriundos de língua estrangeiras,como
exemplos abaixo:Taylor,Wilson e Kardec.Também continuam sendo usadas nas
palavras
derivas
de
nomespróprios
estrangeiros.Veja
alguns
exemplos:Kantismo,kardecismo e Kuwaitiano.As letras K,W e Y também são usadas
em
SIGLAS,SÍMBOLOS
E
PALAVRAS
INTERNACIONALMENTE
ADOTADAS
como:Kw(quilowatt) e K(Potássio).
MAL x MAU
1.Ela se houve mal na prova.(advérbio de modo,contrário de bem,refere-se a um
verbo)
2.Mal
entrou,os
portões
foram
fechados.(conjunção
adverbial,equivale-se a quando,indicada a circunstância de tempo)
subordinativa
3.Apesar do mau tempo,foi à praia.(adjetivo,refere-se a um substantivo,contrário
de bom)
POR QUE x POR QUÊ
1º.Por que você não veio?(preposição+pronome interrogativa,usado no início da
oração,equivale-se ―por qual motivo‖,o ―que‖ é átono)
2.Quero saber por que você não veio.(a única diferença é que a frase interrogativa
é indireta)
3.Quero saber por que você não veio.(a única diferença é que a frase interrogativa
é indireta)
4.Você não veio por que?(agora a expressão aparece no final da frase,e o ―que‖ é
tônico).
5.Quero saber o motivo por que você não veio.(preposição+pronome relativo,usado
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no início da oração,equivale-se a pelo qual).
PORQUE x PORQUÊ
1.Não vim porque estava cansado.(conjunção subordinativa adverbial,indica
circunstância de causa.
2.Fique quieto porque você está incomodando.(conjunção coordenativa explicativa)
3.Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é substantivo,
equivale-se a motivo, razão, causa)
Atenção! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), usea
expressão separada.
SENÃO x SE NÃO
1.Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica
alternância de ideias que se excluem mutuamente)
2. Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,
porém,)
3.Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é
substantivo)
4.Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (―Se‖ = conjunção
subordinativa adverbial condicional; ―não‖ = advérbio de negação)
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ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas quando
introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.
AFIM x A FIM DE
1.Temos idéias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em
número para com ele concordar)
2.Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,
denota finalidade, objetivo, intenção)
DEMAIS x DE MAIS
1.Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo, equivalese a
muito, bastante, demasiadamente, em excesso)
2.Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantiva equivale-se
a outros, vem precedido de artigo)
3.Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)
ONDE x DONDE x AONDE
1.Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição em, na
língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em + onde)
2.Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão sua
regência, a preposição de, caso do verbo ―vem‖: ―Donde‖ = de +onde)
3.Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também por
causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal ―vai‖: ―Aonde‖ = a +
onde).
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MAS x MAIS
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1.Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa adversativa,
conecta orações que guardam entre si ideias opostas).
2.Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade, refere-se a
adjetivo, outro advérbio ou verbo)
3. Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a substantivo).
ACERDA DE X A CERCA DE x HÁ CERCA DE
1.Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – ―dos‖ = de + os –,
equivale-se a sobre).
2.Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.(refere-se a
acontecimento passado).
3.Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento futuro).
Macete:
A cerca de ou cerca de significam ―aproximadamente‖ ,―mais ou menos‖.
Acerca de é sinônimo de ―a respeito de‖
Há cerca de significa tempo decorrido,significando ―faz aproximadamente‖.
HÁ x A
1.Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado).
2. Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro).
DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE
1.O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.(indica
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posição contrária, colisão, confronto)A proposta da diretoria foi de encontro aos
anseios dos funcionários.
2.O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição
favorável,concordância).
À TOA
Atenção:o novo Acordo retirou o hífen, a diferença se dará pelo contexto.
1.Ele era uma pessoa à toa. (locução adjetiva invariável; refere-se a um
substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante).
2.Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem rumo
certo, a esmo, sem fazer nada).
DIA A DIA
Atenção:o novo Acordo aboliu o hífen, a diferença se dará pelo contexto.
1.O dia a dia do operário brasileiro é desgastante. (substantivo, precedido
por artigo, equivale-se a cotidiano)
2.Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de tempo,
equivale-se a diariamente).
TAMPOUCO x TÃO POUCO
1.Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.(advérbio de
negação, equivale-se a também não).
2.Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de intensidade;
pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo).
3. Estudamos tão pouco.(tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro
advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo).
A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram
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introduzidas
mudanças:
pelo
novo
Acordo
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Ortográfico.
Quero
enfatizar
as
seguintes
1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel,proto-história,
sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com
que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial,
agroindustrial,
anteontem,
antiaéreo,
antieducativo,autoaprendizagem,autoescola,autoestrada,autoinstrução,coautor,coe
dição,extraescolar,infraestrutura,plurianual,
semiaberto,
semianalfabeto,semiesférico, semiopaco.
3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundoelemento
começar pela mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,superracista,super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo
elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez,
hiperativo,
interescolar,
interestadual,
interestelar,interestudantil,
superamigo,
superaquecimento,
supereconômico,superexigente,superinteressante,superotimismo.
EMPREGO DO HÍFEN NA COMPOSIÇÃO
A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar ohífen APENAS SE
OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o composto)
PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra composta
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adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes:
Abaixo assinado x abaixo-assinado
Mesa redonda x mesa-redonda
testa de ferro x testa-de-ferro
Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual.
Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de um texto ou
reivindicação.
Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo.
Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS ELEMENTOS
FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra
composta formada adquira um significado completamente novo.
Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um
texto ou reivindicação assinada por várias
pessoas.
Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado
assunto.
Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo Ortográfico.
1.Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO(de, da, do
etc.), o primeiro termo é um substantivo, adjetivo, numeral ou verbo.
abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris,beija-flor,
decreto-lei, joão-ninguém, médico-cirurgião, mesaredonda,tenente-coronel, tioavô, zé-povinho, afro-brasileiro,azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas,
guarda-noturno,má-fé,
mato-grossense,
norte-americano,
sempreviva,sobrinhaneta,sócio-econômico,
sul-africano,
verbo-nominal,
primeiroministro,segundo-sargento, segunda-feira, conta-gotas, guardachuva,vagalume, porta-aviões, porta-retrato, porta-moedas etc.
As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso,sino e outros
adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outrosadjetivos pátrios, serão
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grafadas com hífen:
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afro-americano, luso-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático,
euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc.
Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se refere à
Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central da África,
enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana.
Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de ligação entre as
palavras também serão grafados com hífen:
cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas.
O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de compostosformados de
palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses compostos se acomodam
na primeira regra e, por isso, são hifenizados:
blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico, xiquexique,zás-trás,
zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque.
Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém,recém, bem e sem:
além-mar, aquém-mar, recém-casado, recém-eleito, recém nascido,bemaventurado, bem-estar, bem-humorado, bem-criado,bem-dizer, bem-mandado,
bem-nascido, bem-vestido, bem-vindo,bem-visto, sem-número, sem-vergonha,
sem-terra.
Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra, sem uso do hífen:
benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.
2. Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer dos casos
abaixo:
– iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará;
– iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro, Quebra-Costas, QuebraDentes;
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– ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Trásos-Montes.
Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen:América do Sul, Belo
Horizonte, Cabo Verde etc.
Exceção: Guiné-Bissau
Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao local de nascimento,
quando derivados de nomes compostos, serão hifenizados:
belo-horizontino (Belo Horizonte)
cabo-verdiano (Cabo Verde)
americano-do-sul (América do Sul)
mato-grossense (Mato Grosso)
mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul)
juiz-forano (Juiz de Fora)
cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul)
3. O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies botânicas e
zoológicas:
Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, coco-da-baía, couveflor,dente-deleão,erva-doce,fava-de-santo-inácio,feijão-verde,joão-de-barro,
lesma-deconchinha, vassoura-de-bruxa etc.
Atenção! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será usado.
não-me-toques (espécie de planta)
Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras)
O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam para formar
encadeamentos vocabulares.
A ponte Rio-Niterói;
o trecho Paraná-Goiás;
a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;
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o acordo Brasil-Inglaterra;
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a liga Itália-França-Alemanha.
6. LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS
TEXTO
Embora as conquistas obtidas a partir da Revolução Francesa tenham possibilitado
a consolidação da concepção de cidadania, elas não foram suficientes para que essa
condição se verificasse na prática. A mera declaração formal das liberdades nos
documentos e nas legislações esboroava diante da inexorável exclusão econômica
da maioria da população. Em vista disso, já no século XIX, buscaram-se os direitos
sociais com ações estatais que compensassem tais desigualdades, municiando os
desvalidos com direitos implantados e construídos de forma coletiva em prol da
saúde, da educação, da moradia, do trabalho, do lazer e da cultura para todos. No
entanto, foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a afirmação da
cidadania se completou, haja vista que só então se percebeu a necessidade de se
valorizar a vontade da maioria, respeitando-se, sobretudo, as minorias, em suas
necessidades e peculiaridades. Em outras palavras, verificou-se claramente que a
maioria pode ser opressiva, a ponto de conduzir legitimamente ao poder o nazismo
ou o fascismo. Para que fatos como esse não se repetissem, fez-se premente a
criação de salvaguardas em prol de todas as minorias, uma vez que a soma destas
empresta legitimidade e autenticidade à vontade da maioria. Eis aí o fundamento
primeiro das políticas em favor de quaisquer minorias. No que toca às pessoas com
deficiência, é possível afirmar que o viés assistencialista e caridosamente
excludente que orientava as ações governamentais tem sido substituído por
programas de efetiva inclusão, que visam formar cidadãos sujeitos do próprio
destino, e não mais meros beneficiários de políticas de assistência social. O direito
de ir e vir, de trabalhar e de estudar é a mola mestra da inclusão de qualquer
cidadão e, para que se concretize em face das pessoas com deficiência, há que se
exigir do Estado a construção de uma sociedade livre, justa e solidária (como prevê
o artigo 3.º 34 da Constituição Federal), por meio da implementação de políticas
públicas compensatórias e eficazes. A obrigação, porém, não se esgota nas ações
estatais. Todos nós somos igualmente responsáveis pela efetiva compensação de
que se cuida. As empresas, por sua vez, devem primar pelo respeito ao princípio
constitucional do valor social do trabalho e da livre iniciativa, para que se
implementem a cidadania plena e a dignidade do trabalhador com ou sem
deficiência (previstas nos artigos 1.º e 170 da 43 Constituição Federal). Nesse
diapasão, a contratação de pessoas com deficiência deve ser vista como qualquer
outra. Desses trabalhadores, espera-se profissionalismo, dedicação, assiduidade,
enfim, atributos ínsitos a qualquer empregado. Não se quer assistencialismo, e sim
oportunidades. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do
Trabalho. A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
2.ª ed., Brasília, 2007. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> (com adaptações).
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Quero chamar a atenção de vocês já neste momento. Percebam que mais uma vez
a CESPE retirou um artigo da internet. Perceberam?É uma característica da banca
em suas provas de língua portuguesa. Sugiro que façam uma leitura dinâmica de
todo o texto primeiramente e, logo após, partam para resolver as questões. Se
necessário for, voltem ao texto. Lembre-se de que muitas questões você
conseguirá resolver sem precisar voltar ao texto. Com isso, você ganhará tempo
em outras matérias. Continuemos.
Cada um dos itens abaixo apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto
— indicado entre aspas —, que deve ser julgada certa se estiver gramaticalmente
correta e mantiver o sentido original do texto, ou errada, em caso contrário.
QUESTÃO 01 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) Infere-se da
leitura do texto que a contratação de pessoas com deficiência por empresas
privadas vai de encontro ao princípio constitucional do valor social do trabalho e da
livre iniciativa.
GABARITO ERRADO
Mais uma vez o CESPE coloca em sua prova a expressão ―Infere-se do texto‖. O
que significa isso? A banca está perguntando para o candidato o que ele
conclui sobre o texto, o que ele deduz sobre o texto. Esse tipo de questão
aconselho ao candidato que ele volte ao texto. Vamos ao texto então! Percebam
que após uma leitura dinâmica do texto fica clara a ideia de que a contratação de
pessoas com deficiência por empresas privadas VAI AO ENCONTRO DO princípio
constitucional do valor do trabalho e da livre iniciativa. Nesta alternativa o
candidato deverá saber a diferença entre ―ao encontro de‖ e ―de encontro a‖.
Vejamos:
Ao encontro de – favorável, na direção de ou em favor de
De encontro a – significa contra, no sentido contrário, em contradição
QUESTÃO 02 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) Depreendese do texto que a necessidade de busca de direitos sociais que compensassem as
desigualdades econômicas foi a razão maior da Segunda Guerra Mundial.
GABARITO ERRADO
Questão típica do CESPE UNB. É certo que a banca coloque uma questão pedindo
que o candidato ―depreenda do texto uma afirmação dada por ela‖. O que seria
―depreende-se do texto‖? O CESPE está perguntando o que o candidato entende
sobre o texto, o que ele compreende do texto, o que ele deduz sobre o texto, qual
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é a conclusão que ele chegou do texto...
Vamos por parte. Sugiro que o candidato busque no texto o que a banca está
afirmando. Vamos ao texto! Após fazer uma leitura com calma do texto, percebam
que em nenhum momento o texto informou que a Segunda Guerra Mundial tivesse
como razão nem tão pouco como razão maior a necessidade de busca de
direitos sociais que compensassem as desigualdades econômicas. Sugiro que se o
candidato estiver com dúvida em marcar a questão não marque, visto que se errar
a questão anulará outra que ele marcou certa. Ora, se você demorou cinco minutos
para fazer uma questão e ainda está com dúvida em marcar é sinal que você não
está confiante, então: NÃO MARQUE. Nesse momento da prova a probabilidade de
você errar é enorme uma vez que você já ficou um tempo razoável somente em
uma questão e ainda não se decidiu. Quando você realmente sabe fazer a questão,
de imediato você já estará com a resposta na ponta da língua. Se você demorou de
três a cinco minutos e ainda está em cima do muro NÃO MARQUE. Outro ponto
importantíssimo na prova do CESPE é que a quantidade de questões CERTAS é
quase a mesma de questões ERRADAS, ou seja, se a prova vier com vinte questões
de português, NORMALMENTE dez serão CERTAS e dez serão ERRADAS. Sugiro que
você na hora da prova tenha calma e assim que terminar de fazer a prova de língua
portuguesa conte quantas questões você marcou certo e errado. Esse equilíbrio
ocorre com todas as disciplinas. Qualquer dúvida verifique os gabaritos das últimas
provas do CESPE e faça as contas. No final concluirá que NORMALMENTE 50% das
questões são certas e 50% são erradas. Lógico que temos uma variação para
ambos os lados. Se estiver um desequilíbrio gritante na disciplina de português,
quando sobrar um tempo na prova, volte para a disciplina de português para fazer
um pente fino porque a probabilidade de você está equivocado é enorme. Outro
ponto é que se o CESPE colocar em sua prova vinte questões de língua português
NORMALMENTE oito questões são de INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS, oito questões
versam sobre GRAMÁTICA e quatro versam sobre REDAÇÃO OFICIAL. Lembrando
que para saber interpretar texto tem que saber gramática e vise- versa. Uma coisa
está vinculada a outra. O candidato que for fazer uma prova do CESPE que
contenha a disciplina de língua portuguesa (todas as provas do CESPE terão essa
disciplina) e no edital contenha a matéria redação oficial faça um dia antes da
prova um pequeno resumo para ler antes de entrar no local de prova sobre
COMUNICAÇÕES OFICIAIS: ofício, aviso, memorando, exposição de motivos e
mensagem. Segue abaixo um pequeno resumo que irá ajudar você na prova.
TEXTO
Existe no mercado uma tendência de crescimento da taxa de atividade feminina e
de melhoria para as mulheres na disputa por postos de trabalho. De fato, desde
meados dos anos oitenta do século XX, a taxa anual de emprego das mulheres
mostra-se mais elevada que a masculina, o que representa um forte aumento de
pessoas do sexo feminino entre a população ocupada. Muitas razões podem
explicar esse comportamento mais favorável às mulheres do que aos homens, no
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que se refere à expansão do nível de ocupação. Uma delas decorre da amplitude do
processo de reestruturação produtiva iniciada na década de noventa do século
passado, que afeta principalmente o emprego industrial, cuja redução massiva tem
rebatimentos negativos e incide mais sobre os homens do que sobre as mulheres,
pouco representadas no setor. Outro fator que estimula a inserção produtiva das
mulheres diz respeito à expansão da economia de serviços. Entretanto, há de se
considerar que esse fenômeno pouco tem alterado a predominância de um ou outro
sexo em determinados setores, dado o perfil da segregação ocupacional de gênero:
as mulheres permanecem majoritárias ― representam mais de 70% do total ― nas
atividades de saúde e de ensino, na administração pública e nos serviços pessoais.
O terceiro fator que favorece o aumento do emprego feminino nos anos recentes é
a maior flexibilização do mercado de trabalho, juntamente com a ―precarização‖
das relações de trabalho, dada a falta de regulamentação de certas garantias de
trabalho e de seguridade social, as formas de contrato sem carteira assinada, a
diminuição dos níveis salariais, o aumento das formas de trabalho em domicílio e
por conta própria e o aumento da informalidade, de forma geral. Esse enfoque
explica o aumento maior de oportunidades de emprego para as mulheres, em
razão, sobretudo, das características da atual divisão do trabalho por sexo: o
emprego em atividades de tempo parcial atrairia prioritariamente as mulheres, pois
permitiria compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado; como mão de
obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que atenderia mais
imediatamente à demanda dos setores público e privado, até porque, em face do
aumento do desemprego, seriam provavelmente as primeiras a serem dispensadas.
Em outras palavras, existe uma oposição entre elevação da taxa de emprego
feminina ― ou ―feminização‖ do emprego ― e a ―precarização‖ das relações de
trabalho, e isso explica vantagens comparativas da mão de obra feminina sobre a
masculina. Tânia M. Fontenele-Mourão. Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e
persistência.
Brasil: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2006.
Internet: <www.dominiopubl ico. gov.br> (com
adaptações).
QUESTÃO 03 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) A substituição
do trecho ―o que atenderia‖ (R.38-39) por que atendem manteria a correção
gramatical e a coerência do texto.
GABARITO ERRADO
Questão típica do CESPE. Com certeza absoluta esse tipo de questão será abordada
em sua prova. Sugiro que primeiramente você sublime as expressões ―correção
gramatical‖ e ― coerência do texto‖. O que seria manter a ―correção gramatical‖ e a
―coerência do texto‖? A parti de agora você nunca mais irá errar questão que
envolva esse assunto. Vamos por parte!
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Coerência textual- é a relação lógica entre as ideias, visto que estas devem se
complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. Texto
coerente é aquele que podemos estabelecer sentido. Logo, quando o CESPE falar:
mantendo a coerência textual a banca quer dizer para você que não irá mudar o
sentido, ou seja, o sentido será o mesmo.
Correção gramatical- consiste no respeito às normas e princípios do idioma e às
regras gramaticais e ortográficas. Logo, quando o CESPE diz: mantendo a correção
gramatical a banca quer dizer para você que não poderá ter erro de gramática.
Erro de gramática- erro de grafia, erro de impropriedade vocabular, erro de
acentuação gráfica, erro no emprego da crase, erro de emprego dos pronomes,
erro de emprego de verbos, erro de morfologia em substantivos e adjetivos, erro
de regência verbal, erro de concordância verbal e nominal e erro de colocação
pronominal.
Agora você está apto a resolver questões dessa natureza. Vamos ao texto para
separarmos a parte que envolve o assunto.
―Esse enfoque explica o aumento maior de oportunidades de emprego para as
mulheres, em razão, sobretudo, das características da atual divisão do trabalho por
sexo: o emprego em atividades de tempo parcial atrairia prioritariamente as
mulheres, pois permitiria compatibilizar trabalho doméstico e trabalho remunerado;
como mão de obra secundária, as mulheres aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda dos setores público e privado, até
porque, em face do aumento do desemprego, seriam provavelmente as primeiras a
serem dispensadas.‖
Percebam que o segmento ―o que atenderia‖ retorna o conjunto das informações
anteriores introduzida pelos dois - pontos. Caso o segmento ―o que atenderia‖ fosse
substituído por ―que atendem‖ a correção gramatical seria mantida, porém a
coerência da mensagem não, porque passaria a retornar apenas ―trabalhos
inferiores‖ e não o conjunto das ideias anteriores.
Considerando as orientações constantes do Manual de Redação da Presidência da
República, julgue os itens subsequentes.
QUESTÃO 04 (CESPE- AFT- AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO- 2013) O ofício
segue o mesmo padrão do aviso quanto ao formato, sendo que se diferencia
quanto à finalidade por tratar também de assuntos oficiais com particulares.
GABARITO CERTO
De acordo com a explicação acima você pode resolver essa alternativa. O padrão de
formato do aviso e do ofício é igual, no entanto eles diferenciam-se na finalidade.
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QUESTÃO 05 (CESPE/CMB-ES/2011) Os itens a seguir apresentam fragmentos
adaptados de textos diversos.Julgue-os no que se refere à correção gramatical e
ortográfica.
Caraguatatuba passará a exigir ficha criminal de quem quizer ocupar algum imóvel
na cidade na temporada.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Nos verbos pôr e querer emprega-se "s", nunca o "z".
QUESTÃO 06 (CESPE/MPU/2010) Julgue o texto a seguir quanto á correção
gramatical e ortográfica.
Visto apenas pelo ângulo econômico, o problema da exploração da mão de obra
infantil, é ao mesmo tempo reflexo e impecílio para o desenvolvimento. Quando
crianças e adolescente deixam de estudar para entrar precocemente no mercado de
trabalho, trocam um futuro mais promissor pelo ganho imediato.
( ) CERTO
( ) ERRADO
1) Erro ortográfico em “impecílio”. A correta escrita deve ser empecilho;
2) Vírgula depois de infantil (separação do sujeito e do verbo);
3) A expressão “ao mesmo tempo” deve estar entre vírgulas;
QUESTÃO 07 (CESPE/PREVIC/2011) O trecho ― Mas os dados escondem um retrato
brasileiro que pede atenção: os homens continuam vivendo menos do que as
mulheres. ― pode ser reescrito, mantendo-se a correção gramatical e o sentido
original do texto, da seguinte forma:
Os dados porém, mascaram uma fasceta do país que devemos prestarmos atenção:
as mulheres tem apresentado mais longevidade que os homens.
( ) CERTO
( ) ERRADO
“Os dados, porém, mascaram uma faceta do país a que devemos prestar atenção: as
mulheres têm apresentado mais longevidade que os homens”
QUESTÃO 08 (CESPE/MPU/2010) Julgue o texto a seguir quanto à correção
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gramatical e ortográfica.
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A legislação brasileira proíbe que menores de catorze anos trabalhem, mas,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE). Havia, em
2008, um total de 993 mil crianças entre cinco e treze anos nessa situação. Em
uma faixa etária mais ampla, até dezessete anos, quando se espera que os jovens
ainda estejam estudando, foram contabilizados, ao todo, 4,5 milhões de crianças e
adolescente no exercício de algum tipo de trabalho.
( ) CERTO
( ) ERRADO
GABARITO CERTO
Possíveis dúvidas:
faixa => emprega-se x após ditongo.
contabilizar <= contábil: com z, pois primitiva não tem s.
catorze ou quatorze, ambas estão corretas.
QUESTÃO 09 (CESPE/STM/2011) Julgue o texto a seguir quanto à correção
gramatical e ortográfica.
Como explicar segundo as ideias do tempo, o fato de não graçarem aqui antes da
conquista, várias enfermidades já notórias ao europeu?
( ) CERTO
( ) ERRADO
GABARITO ERRADO
1. O adjunto adverbial “segundo as ideias do tempo” deve ficar isolado por vírgulas, ou sem
nenhuma vírgula (no trecho foi registrada apenas uma);
2. Não há vírgula entre “conquista” e “várias”, pois não se separa o verbo (“grassarem”) de seu
sujeito (“várias enfermidades já notórias ao europeu”).
3. Há erro de grafia na forma verbal “graçarem”, que deve ser grafada com”ss”: “grassarem”,
que significa multiplicarem-se por reprodução, espalharem.
A
frase
corrigida
ficará
com
a
seguinte
redação:
“Como explicar, segundo as ideias do tempo, o fato de não grassarem aqui antes da conquista
várias enfermidades já notórias ao europeu?”
QUESTÃO 10 (CESPE/CBM-DF/2011) A palavra ―catorze‖ poderia ser corretamente
grafada da seguinte forma: quatorze.
( ) CERTO
( ) ERRADO
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GABARITO CERTO
Ambas as formas estão oficializadas, embora "catorze" seja preferível e corrente. Quatorze é
uma variante e mais utilizada no Brasil.
QUESTÃO 11 (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA/2004) O nome da usina que produz
eletricidade a parti da força da água exemplifica um caso em que a língua
portuguesa admite como corretas duas grafias: hidrelétrica e hidroelétrica.
( ) CERTO
( ) ERRADO
GABARITO CERTO
As duas formas estão corretas, sendo hidrelétrica a forma mais usual.
QUESTÃO 12 (CESPE/BANCO DA AMAZÔNIA/2012) O crescimento de pouco mais
de 16% no crédito para 2012, projetado pela Federação Brasileira de Bancos
(FENABRAN), é um percentual ―substancial e significativo‖.
Mantêm-se a correção gramatical do texto e suas informações originais ao se
substituir o termo ―percentual‖ por percentil.
( ) CERTO
( ) ERRADO
GABARITO ERRADO
Se é fácil mudar percentagem para porcentagem, o mesmo já não ocorre com percentual e
porcentual ou percentual e percentil, este último termo consagrado em estatística. No primeiro
caso, não existe a variante porcentual No segundo caso, percentil difere de percentual e não
podem ser aplicadas com o mesmo significado. Exemplo: o 50º percentil dos dados de uma
pesquisa equivale ao valor mediano, enquanto 50% dos dados equivale à metade dos dados.
QUESTÃO 13 (CESPE/ TRE-RJ/2012) Julgue se os trechos abaixo, adaptados de O
Globo de 17/7/2012, estão corretos e adequados à língua escrita formal.
Esclarecemos, ainda, que a situação levou o presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do Rio de Janeiro ( TER/RJ) a constituir um grupo especial com a
Secretaria de Segurança, Polícia Federal, o Comando Militar do Leste e a Polícia
Rodoviária Federal, para atuar na campanha deste ano. Neste contexto, de invasão
do mundo político pelo crime organizado, a Lei da Ficha Limpa ganha ainda maior
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relevância.
( ) CERTO
(
) ERRADA
GABARITO CORRETA
QUESTÃO 14 ( CESPE/SERPRO/2008) ―Na esteira do mundo pela palavra, vemos
imergir uma tecnologia de linguagem cujo o espaço de apreensão de sentido não é
apenas composto por palavras, mas, junco com elas, encontramos sons, gráficos e
diagramas, todos lançados sobre uma mesma superfície perceptual,amalgamados
uns com os outros , formando u todo significativo e de onde sentidos são
complexamente disponibilizados aos navegantes do oceano digital.‖
Preservam-se a correção gramatical do texto e as relações semânticas entre as
expressões ―sentido‖ (L.3) e ―superfície perceptual‖ (L.5), ao se retirar a preposição
do termo ―de onde‖ (L.7)
GABARITO CERTO
As relações semânticas são preservadas, pois com ou sem a preposição a idéia é a
mesma.
Com relação a gramática, a preposição não é obrigatória, pois "de onde" não é
objeto indireto, mas complemento verbal (adjunto adverbial de lugar).
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7. LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIO
TEXTO
Embora as conquistas obtidas a partir da
Revolução Francesa tenham possibilitado a
consolidação da concepção de cidadania,
elas não foram suficientes para que essa
condição se verificasse na prática. A mera
declaração formal das liberdades nos
documentos e nas legislações esboroava
diante da inexorável exclusão econômica da
maioria da população. Em vista disso, já no
século XIX, buscaram-se os direitos sociais
com ações estatais que compensassem tais
desigualdades, municiando os desvalidos
com direitos implantados e construídos de
forma coletiva em prol da saúde, da
educação, da moradia, do trabalho, do lazer
e da cultura para todos. No entanto, foi
somente depois da Segunda Guerra Mundial
que a afirmação da cidadania se completou,
haja vista que só então se percebeu a
necessidade de se valorizar a vontade da
maioria, respeitando-se, sobretudo, as
minorias,
em
suas
necessidades
e
peculiaridades.
Em
outras
palavras,
verificou-se claramente que a maioria pode
ser opressiva, a ponto de conduzir
legitimamente ao poder o nazismo ou o
fascismo. Para que fatos como esse não se
repetissem, fez-se premente a criação de
salvaguardas em prol de todas as minorias,
uma vez que a soma destas empresta
legitimidade e autenticidade à vontade da
maioria. Eis aí o fundamento primeiro das
políticas em favor de quaisquer minorias.
No que toca às pessoas com deficiência, é
possível afirmar que o viés assistencialista
e caridosamente excludente que orientava
as
ações
governamentais
tem
sido
substituído por programas de efetiva
inclusão, que visam formar cidadãos
sujeitos do próprio destino, e não mais
meros
beneficiários
de
políticas
de
assistência social. O direito de ir e vir, de
trabalhar e de estudar é a mola mestra da
inclusão de qualquer cidadão e, para que se
concretize em face das pessoas com
deficiência, há que se exigir do Estado a
construção de uma sociedade livre, justa e
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solidária (como prevê o artigo 3.º 34 da
Constituição
Federal),
por
meio
da
implementação
de
políticas
públicas
compensatórias e eficazes. A obrigação,
porém, não se esgota nas ações estatais.
Todos nós somos igualmente responsáveis
pela efetiva compensação de que se cuida.
As empresas, por sua vez, devem primar
pelo respeito ao princípio constitucional do
valor social do trabalho e da livre iniciativa,
para que se implementem a cidadania
plena e a dignidade do trabalhador com ou
sem deficiência (previstas nos artigos 1.º e
170 da 43 Constituição Federal). Nesse
diapasão, a contratação de pessoas com
deficiência deve ser vista como qualquer
outra. Desses trabalhadores, espera-se
profissionalismo, dedicação, assiduidade,
enfim,
atributos
ínsitos
a
qualquer
empregado. Não se quer assistencialismo, e
sim oportunidades. Brasil. Ministério do
Trabalho
e
Emprego.
Secretaria
de
Inspeção do Trabalho. A inclusão de
pessoas com deficiência no mercado de
trabalho.
2.ª ed., Brasília, 2007. Internet:
<www.dominiopublico.gov.br> (com
adaptações).
Quero chamar a atenção de vocês já neste
momento. Percebam que mais uma vez a
CESPE retirou um artigo da internet.
Perceberam?É uma característica da banca
em suas provas de língua portuguesa.
Sugiro que façam uma leitura dinâmica de
todo o texto primeiramente e, logo após,
partam para resolver as questões. Se
necessário for, voltem ao texto. Lembre-se
de que muitas questões você conseguirá
resolver sem precisar voltar ao texto. Com
isso, você ganhará tempo em outras
matérias. Continuemos.
Cada um dos itens abaixo apresenta uma
proposta de reescrita de trecho do texto —
indicado entre aspas —, que deve ser
julgada certa se estiver gramaticalmente
correta e mantiver o sentido original do
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texto, ou errada, em caso contrário.
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QUESTÃO 01 (CESPE- AFT- AUDITORFISCAL DO TRABALHO- 2013) Infere-se da
leitura do texto que a contratação de
pessoas com deficiência por empresas
privadas vai de encontro ao princípio
constitucional do valor social do trabalho e
da livre iniciativa.
QUESTÃO 02 (CESPE- AFT- AUDITORFISCAL DO TRABALHO- 2013) Depreendese do texto que a necessidade de busca de
direitos sociais que compensassem as
desigualdades econômicas foi a razão maior
da Segunda Guerra Mundial.
TEXTO
Existe no mercado uma tendência de
crescimento da taxa de atividade feminina
e de melhoria para as mulheres na disputa
por postos de trabalho. De fato, desde
meados dos anos oitenta do século XX, a
taxa anual de emprego das mulheres
mostra-se mais elevada que a masculina, o
que representa um forte aumento de
pessoas do sexo feminino entre a
população ocupada. Muitas razões podem
explicar
esse
comportamento
mais
favorável às mulheres do que aos homens,
no que se refere à expansão do nível de
ocupação. Uma delas decorre da amplitude
do processo de reestruturação produtiva
iniciada na década de noventa do século
passado, que afeta principalmente o
emprego industrial, cuja redução massiva
tem rebatimentos negativos e incide mais
sobre os homens do que sobre as
mulheres, pouco representadas no setor.
Outro fator que estimula a inserção
produtiva das mulheres diz respeito à
expansão da economia de serviços.
Entretanto, há de se considerar que esse
fenômeno
pouco
tem
alterado
a
predominância de um ou outro sexo em
determinados setores, dado o perfil da
segregação ocupacional de gênero: as
Prof. Alexandre Soares
mulheres permanecem majoritárias ―
representam mais de 70% do total ― nas
atividades de saúde e de ensino, na
administração pública e nos serviços
pessoais. O terceiro fator que favorece o
aumento do emprego feminino nos anos
recentes é a maior flexibilização do
mercado de trabalho, juntamente com a
―precarização‖ das relações de trabalho,
dada a falta de regulamentação de certas
garantias de trabalho e de seguridade
social, as formas de contrato sem carteira
assinada, a diminuição dos níveis salariais,
o aumento das formas de trabalho em
domicílio e por conta própria e o aumento
da informalidade, de forma geral. Esse
enfoque explica o aumento maior de
oportunidades
de
emprego
para
as
mulheres, em razão, sobretudo, das
características da atual divisão do trabalho
por sexo: o emprego em atividades de
tempo parcial atrairia prioritariamente as
mulheres, pois permitiria compatibilizar
trabalho doméstico e trabalho remunerado;
como mão de obra secundária, as mulheres
aceitariam salários inferiores, o que
atenderia mais imediatamente à demanda
dos setores público e privado, até porque,
em face do aumento do desemprego,
seriam provavelmente as primeiras a serem
dispensadas. Em outras palavras, existe
uma oposição entre elevação da taxa de
emprego feminina ― ou ―feminização‖ do
emprego ― e a ―precarização‖ das relações
de trabalho, e isso explica vantagens
comparativas da mão de obra feminina
sobre a masculina. Tânia M. FonteneleMourão. Mulheres no topo de carreira:
flexibilidade e persistência.
Brasil: Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres, 2006.
Internet:
<www.dominiopubl ico. gov.br> (com
adaptações).
QUESTÃO 03 (CESPE- AFT- AUDITORFISCAL DO TRABALHO- 2013) A
substituição do trecho ―o que atenderia‖
(R.38-39) por que atendem manteria a
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correção gramatical e a coerência do texto.
QUESTÃO 04 (CESPE- AFT- AUDITORFISCAL DO TRABALHO- 2013) O ofício
segue o mesmo padrão do aviso quanto ao
formato, sendo que se diferencia quanto à
finalidade por tratar também de assuntos
oficiais com particulares.
QUESTÃO 05 (CESPE/CMB-ES/2011) Os
itens a seguir apresentam fragmentos
adaptados de textos diversos.Julgue-os no
que se refere à correção gramatical e
ortográfica.
Caraguatatuba passará a exigir ficha
criminal de quem quizer ocupar algum
imóvel na cidade na temporada.
QUESTÃO 06 (CESPE/MPU/2010) Julgue o
texto a seguir quanto á correção gramatical
e ortográfica.
Visto apenas pelo ângulo econômico, o
problema da exploração da mão de obra
infantil, é ao mesmo tempo reflexo e
impecílio para o desenvolvimento. Quando
crianças e adolescente deixam de estudar
para entrar precocemente no mercado de
trabalho, trocam um futuro mais promissor
pelo ganho imediato.
QUESTÃO 07 (CESPE/PREVIC/2011) O
trecho ― Mas os dados escondem um retrato
brasileiro que pede atenção: os homens
continuam vivendo menos do que as
mulheres. ― pode ser reescrito, mantendose a correção gramatical e o sentido
original do texto, da seguinte forma:
Os dados porém, mascaram uma fasceta do
país que devemos prestarmos atenção: as
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mulheres
tem
apresentado
longevidade que os homens.
mais
QUESTÃO 08 (CESPE/MPU/2010) Julgue o
texto a seguir quanto à correção gramatical
e ortográfica.
A legislação brasileira proíbe que menores
de catorze anos trabalhem, mas, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística ( IBGE). Havia, em 2008, um
total de 993 mil crianças entre cinco e treze
anos nessa situação. Em uma faixa etária
mais ampla, até dezessete anos, quando se
espera que os jovens ainda estejam
estudando, foram contabilizados, ao todo,
4,5 milhões de crianças e adolescente no
exercício de algum tipo de trabalho.
QUESTÃO 09 (CESPE/STM/2011) Julgue o
texto a seguir quanto à correção gramatical
e ortográfica.
Como explicar segundo as ideias do tempo,
o fato de não graçarem aqui antes da
conquista, várias enfermidades já notórias
ao europeu?
QUESTÃO 10 (CESPE/CBM-DF/2011) A
palavra ―catorze‖ poderia ser corretamente
grafada da seguinte forma: quatorze.
QUESTÃO
11
(CESPE/BANCO
DA
AMAZÔNIA/2004) O nome da usina que
produz eletricidade a parti da força da água
exemplifica um caso em que a língua
portuguesa admite como corretas duas
grafias: hidrelétrica e hidroelétrica.
QUESTÃO
12
(CESPE/BANCO
DA
AMAZÔNIA/2012) O crescimento de pouco
mais de 16% no crédito para 2012,
projetado pela Federação Brasileira de
Bancos (FENABRAN), é um percentual
―substancial e significativo‖.
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Mantêm-se a correção gramatical do texto
e suas informações originais ao se
substituir
o
termo
―percentual‖
por
percentil.
QUESTÃO 13 (CESPE/ TRE-RJ/2012) Julgue
se os trechos abaixo, adaptados de O Globo
de 17/7/2012, estão corretos e adequados
à língua escrita formal.
Esclarecemos, ainda, que a situação levou o
presidente do Tribunal Regional Eleitoral do
Rio de Janeiro ( TER/RJ) a constituir um
grupo especial com a Secretaria de
Segurança, Polícia Federal, o Comando
Militar do Leste e a Polícia Rodoviária
Federal, para atuar na campanha deste
ano. Neste contexto, de invasão do mundo
político pelo crime organizado, a Lei da
Ficha Limpa ganha ainda maior relevância.
QUESTÃO 14 ( CESPE/SERPRO/2008) ―Na
esteira do mundo pela palavra, vemos
imergir uma tecnologia de linguagem cujo o
espaço de apreensão de sentido não é
apenas composto por palavras, mas, junco
com elas, encontramos sons, gráficos e
diagramas, todos lançados sobre
uma
mesma superfície perceptual,amalgamados
uns com os outros , formando u todo
significativo e de onde sentidos são
complexamente
disponibilizados
aos
navegantes do oceano digital.‖
Preservam-se a correção gramatical do
texto e as relações semânticas entre as
expressões ―sentido‖ (L.3) e ―superfície
perceptual‖ (L.5), ao se retirar a preposição
do termo ―de onde‖ (L.7).
GABARITO DAS QUESTÕES
1-E
2-E
3-E
4-C
5-E
6-E
7-E
8-C
9-E
10-C
11-C
12-E
13-C
14-C
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caros alunos! Espero que tenham gostado da nossa aula 1 e que, juntos possamos
terminar essa jornada! Será dessa maneira que conduziremos as nossas aulas, muita
teoria, muitos esquemas e várias questões. Traremos questões semente do CESPE,
pois esse é o seu foco! Nesta aula foram 15. Veja que serão quase todas as assertivas
comentadas uma a uma! Isso faz muita diferença no sei aprendizado. Manteremos
essa média de questões por aula! No final do curso serão mais de 150!
Então é isso! Obrigado e até a próxima aula!
Alexandre Soares
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