Considerações Sobre a Implantação de Sistemas de Monitoramento de Águas Subterrâneas em Aterros de Resíduos Sólidos Urbanos: Um Estudo de Caso Giulliana Mondelli, Lázaro Valentim Zuquette Departamento de Geotecnia, Escola de Engenharia de São Carlos – USP, Brasil Heraldo Luiz Giacheti, Jorge Hamada Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia de Bauru – Unesp, Brasil Vagner Roberto Elis Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – USP, São Paulo, Brasil RESUMO: Este trabalho apresenta uma proposta para implantação de sistemas de monitoramento de águas subterrâneas, que abrange tanto a obtenção de informações topográficas, como também geológico-geotécnicas e hidrológicas. O caso do aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru é apresentado, a partir da interpretação de uma extensa campanha de ensaios já realizados no local. A análise conjunta de todos esses ensaios mostra que existem caminhos preferenciais de fluxo de água e contaminantes, que nem sempre obedecem à superfície potenciométrica, ou provêm do aterro. Além disso, observa-se que o fluxo de água e de contaminantes ocorre não somente pelo solo de alteração superficial, mas também através do embasamento rochoso permeável, classificado como arenito do Grupo Bauru. Os resultados obtidos demonstram a importância da combinação de diferentes técnicas de investigação na detecção da pluma de contaminação e suas possíveis causas, assim como na determinação e locação dos sistemas de monitoramento. PALAVRAS-CHAVE: Monitoramento, Aterro Sanitário, Contaminação, Bauru. 1 INTRODUÇÃO As normas brasileiras atualmente em vigor que tratam sobre a locação de sistemas de monitoramento do aquífero freático em locais de disposição de resíduos, exigem, basicamente, que sejam instalados poços de monitoramento à montante e à jusante da área potencialmente contaminada, com base na superfície potenciométrica. Desta forma, os poços de monitoramento que atingem a zona saturada satisfazem as condições legais, mas podem ser inconsistentes quanto à sua real função. Um estudo realizado no aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru-SP, com base nos resultados de ensaios geofísicos, sondagens de simples reconhecimento com medida de SPT, ensaios de piezocone de resistividade (RCPTU) e amostras de água e solo coletados nos poços de monitoramento e de amostradores directpush, mostra que, mais do que a superfície potenciométrica, os condicionantes hidrogeológicos da área são determinantes para uma locação mais adequada dos sistemas de monitoramento. Nos últimos anos, as técnicas geofísicas para investigação geoambiental têm mostrado grande potencial de aplicação no estudo preliminar de áreas potencialmente contaminadas, assim como daquelas destinadas à disposição de resíduos no Brasil. A metodologia de ensaios empregada no aterro de resíduos de Bauru forneceu uma grande quantidade de dados e informações que permitiram uma avaliação da área quanto às características do meio físico (nível d’água, espessura da cobertura inconsolidada, presença de fraturas) e quanto às relações entre os resíduos e o local de disposição dos mesmos. Permitiu ainda, a orientação dos ensaios intrusivos necessários para uma efetiva identificação dos contaminantes, assim como a locação dos poços de monitoramento. 2 ATERRO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE BAURU 2.1 Aspectos Gerais A cidade de Bauru possui cerca de 320 mil habitantes, que descartam cerca de 250 toneladas de lixo por dia. O aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru opera desde 1993 e localiza-se a cerca de 15 km do centro urbano, tendo como referência as coordenadas 22º15’S e 49º10’W. O aterro ocupa uma área de 268.985 m2, com cerca de 12 m de altura (3 camadas de 4 m cada), encontrando-se em sua terceira e última camada prevista no projeto original. A proteção da base do aterro foi feita com 4 camadas de 20 cm de solo compactado 3 vezes acima do teor de umidade ótimo, com rolo pé de carneiro. Sobre esta camada, foi executada uma imprimação betuminosa com asfalto diluído. Segundo o EIA-RIMA (FIPAI 1992), a base do aterro estaria situada a cerca de 5 m do topo da zona saturada. Como foram feitas escavações até o topo da camada do solo de alteração do arenito, acredita-se que o nível d’água, na época de implantação do aterro, variava entre 2 e 4 m da base do aterro, segundo os resultados das sondagens SPT realizadas na época. 2.2 os vales do Córrego Gabiroba e do Ribeirão da Água Parada. Aspectos Geológicos A cidade de Bauru está sobre uma área caracterizada geologicamente por rochas do Grupo Bauru (Formação Marília nas cotas mais elevadas e Formação Adamantina nas cotas mais baixas), de idade Mesozóica. Estudos realizados por Cavaguti (1981) mostram que o lençol d’água do Grupo Bauru é freático, tendendo a acompanhar o relevo, com níveis médios de 520 m e 538 m, quando em contato com as Formações Serra Geral e Botucatu/Pirambóia, respectivamente. Na região onde está localizado o aterro, os sedimentos do Grupo Bauru, assim como seu solo de alteração, residual, estão sobrepostos por camadas de aluvião e colúvio. A Figura 1 apresenta uma foto aérea tirada do local em 1996. Esta figura mostra que o aterro fica entre N o eg rr Có ba iro ab G ATERRO Penitenciá ária Penitenci o rã ei ib R da ua Ág da ra Pa Figura 1. Foto aérea do local de implantação do aterro de resíduos sólidos de Bauru. 2.3 Ensaios Realizados e Interpretação A Figura 2 apresenta a localização dos poços de monitoramento, assim como das sondagens SPT e dos ensaios de geofísica e de piezocone (CPTU e RCPTU) já realizados no aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru. Os resultados das sondagens SPT realizadas antes da implantação do aterro mostram que, à medida que se caminha para oeste do aterro, a camada de solo coluvionar dá espaço ao solo aluvionar (SPTs 1 e 2), como mosta o perfil da Figura 3. O colúvio cobria praticamente toda região onde se encontra o aterro e, os resultados das sondagens SPT indicam que o solo que ocorre na área tem as mesmas características do solo da região de Bauru, residual do Grupo Bauru, classificado como areia argilosa vermelha, laterítica. O solo da área do aterro possui textura de areia fina a média argilosa, com valores de permeabilidade variando entre 10-7 a 10-6 m/s e entre 10-8 e 10-9 m/s quando compactado. A Tabela 1 apresenta os índices físicos médios obtidos para o solo localizado no entorno do aterro. Na área onde estão dispostos os resíduos, as cotas em que aparece o solo de alteração de arenito variam entre 522 (SPT 4) e 543,4 m (SPT 16), enquanto o arenito ou o impenetrável das sondagens aparece entre as cotas 518,5 (SPTs 4 e 13, zona de vale) e 540,7 m (SPT16). A Figura 4a apresenta a superfície do terreno atual, seguida das camadas de solo de alteração de arenito e de topo do arenito, estimados com base na interpretação das sondagens SPT. Observa-se que tanto a camada de arenito como a camada de solo de alteração acompanham a topografia do terreno. A zona saturada, que aparece atravessando a camada de arenito na Figura 4a, foi estimada conforme os últimos níveis d’água medidos nos poços de monitoramento, o que permitiu estimar o fluxo subterrâneo preliminar da área (Fig. 4b). ESCALA (m) PP-13 0 50 100 200 150 SEV 2 LAGOAS DE CHORUME E2 PP-1 PT-3 SEV 3 RCPTU-15 E2 PT-2, CPTU-4 RCPTU-1, 2, 3, 9 PP-9 PP-8 PT-4 PP-7 RCPTU-10 PP-2 RCPTU-14 PT-5 SEV 9 RCPTU-7 PP-5 SEV 8 RCPTU-8 PT-1, CPTU-3 RCPTU-4, 5, 6, 11 FOSSA SÉPTICA SEV 7 SEV 5 PP-3B PP-3 SEV 6 LIMITE DO ATERRO SEV 4 SEV 1 CPTU-1 PP-4 LEGENDA: CPTU-2 PT-1 - Poços de Monit. Temporários PP-12 L2 PP-11 RCPTU-12 L1 PP-10 RCPTU-16 RCPTU-13 N1 PP-6 PP-1 - Poços de Monit. Permanentes CPTU-1 - Piezocone RCPTU-1- Piezocone de Resistividade - SPT (1992) SEV 1 - Sondagem Elétrica Vertical - Linha Geofísica L1 - Lago E1 - Erosão N1 - Nascente Figura 2. Localização de todos os ensaios realizados no aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru-SP. 540 535 530 525 520 515 (m) (m) (m) Figura 3. Perfil geológico representativo da região do aterro na direção norte-sul (FIPAI 1992). Tabela 1. Índices físicos médios obtidos para amostras de solo coletadas no entorno do aterro de resíduos sólidos urbano de Bauru (Mondelli 2004). w S n LL LP IP γn γs γd ρd max e wot (%) kv (m/s) (%) (kN/m3) (kN/m3) (kN/m3) (%) (%) (%) (%) (%) (g/cm3) 6 16 27 15 0.8 19 45 20 15 5 1,9 12 6x10-7 A análise conjunta de todas as campanhas de ensaios realizados no aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru, apresentados por Mondelli (2004), mostra que existe uma pluma de contaminação que já ultrapassa os limites do aterro para oeste-noroeste. Valores de resistividade aparente menores que 75 ohm.m obtidos pelos mapas de isorresistividade foram confirmados como zonas contaminadas por alguns poços de monitoramento (PP-1 e PT-3), através de campanhas de coleta de água anteriores. Deste modo, uma investigação mais detalhada e mais abrangente nesta área é recomendada, iniciando-se por novas e constantes campanhas de coleta de água dos poços de monitoramento permanentes, para que estes indícios de contaminação sejam confirmados e analisados minuciosamente, a fim de proteger a subsuperfície e também de dar suporte a futuras medidas de remediação. Figura 4. Modelo digital da superficie do terreno, assim como as principais camadas adjacentes a esta. Observa-se, na Figura 2, que grande quantidade dos ensaios intrusivos foram concentrados próximos à Linha Geofísica 4, pois foi nela que os ensaios elétricos (eletrorresistividade e polarização induzida) indicaram anomalias maiores, inclusive dentro da zona saturada e fora da área preenchida com resíduos (Elis et al. 2004). Os ensaios de piezocone realizados nestes pontos mostraram que esta região é composta por uma camada de areia siltosa vermelha até cerca de 3 a 4,5 m de profundidade, seguida de uma camada de comportamento argiloso, até cerca de 6 m, conforme a classificação de Robertson et al. (1986). A partir daí, existem camadas de areia siltosa e argila muito finas, intercaladas entre si, até aproximadamente 9,5 m, surgindo então uma camada de areia siltosa, residual de arenito até o impenetrável do cone. Estas intercalações foram mais freqüentes nos ensaios RCPTUs 7 e 10, que estão mais próximos às erosões, desaparecendo conforme se caminha em direção ao aterro (RCPTUs 8,14 e 15) (Mondelli 2004). 3 MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DE SUBSUPERFÍCIE A Tabela 2 apresenta os resultados obtidos da última campanha de coleta de água dos poços de monitoramento permanentes realizada no aterro, assim como das águas superficiais localizadas no entorno do mesmo. Foram construídos dois poços considerados inicialmente como de montante: PP-4, a nordeste e PP-6, ao sul do aterro. As análises químicas apresentadas na Tabela 2 mostram que, o poço PP-6, apesar de ter apresentando baixos valores de pH, condutividade, cloretos, entre outros parâmetros, apresentou quantidade de coliformes fecais e E. Coli consideráveis, o que acredita-se ser influência do manejo de gado que ocorre na área onde está localizado esse poço. Já o poço PP-4, também não tem apresentado as características esperadas para um poço de montante, uma vez que tem demonstrado valores elevados de condutividade, pH, DBO, DQO e metais, alguns menores apenas que os valores obtidos para o poço PP-5. Os valores elevados da maioria dos parâmetros para o poço PP-5 mostram que existe influência de outros fatores na água deste poço, e não só do aterro. Pelo fato de ser o poço mais próximo à fossa séptica existente no escritório presente no aterro (56 m à jusante desta, Fig. 1) e o mais longe do aterro a oeste, considera-se que este poço não pode ser empregado para qualquer avaliação da presença da pluma de contaminação provocada pelo aterro neste ponto. Tabela 2. Análise química das águas dos poços de monitoramento permanentes e das fontes. Poço/Local PP-1 PP-2 PP-3 PP-4 PP-5 PP-6 PP-7 PP-8 PP-9 Prof. N.A. (m) 9,3 8,2 10,8 33,9 7,1 3,6 8,2 7,7 7,5 Cota N.A. (m) 516,2 515,9 517,4 517,1 515,9 540,6 515,9 515,9 516,1 pH 5,45 5,56 6,27 6,43 6,59 5,39 6,20 6,45 6,28 Condutividade 127,0 276,0 255,0 513,0 676,0 32,8 524,0 231,0 149,3 (µS/cm) Cloretos(mg/L) 45,0 24,3 7,1 1,6 4,6 2,4 15,7 12,6 3,9 Sulfatos(mg/L) 3 3 <1 <1 52 1 <1 <1 <1 Sulfetos(mg/L) <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 Nitrogênio 0,15 0,21 0,09 0,20 0,60 0,26 0,55 0,07 0,08 amon. (mg/L) Nitrogênio 0,32 0,29 0,26 0,14 1,03 0,40 0,29 0,63 1,60 nitrato (mg/L) Nitrogênio 0,003 0,002 0,032 0,004 0,004 0,002 0,002 0,002 0,004 nitrito (mg/L) DQO (mg/L) 6 12 24 49 132 33 21 12 4 DBO (mg/L) <1 2 4 8 28 5 3 2 <1 Colif. Totais 250 600 8820 5630 600000 6000 420 4570 315 (UFC/100 mL) E. COLI 50 10 70 16 1000 4000 40 60 2 (UFC/100 mL) Zn (mg/L) 0,16 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 <0,002 Na (mg/L) 4,2 1,5 0,9 0,6 12,0 0,9 1,7 1,6 1,2 K (mg/L) 0,6 3,2 2,2 4,1 11,0 1,1 3,9 2,7 2,9 Ca (mg/L) 3,1 10,0 29,0 41,0 38,0 0,0 33,0 22,0 13,0 Fe (mg/L) 2,00 5,44 0,24 0,15 21,74 1,03 5,00 <0,005 <0,005 Cr (mg/L) <0,005 0,02 0,01 <0,005 0,17 0,03 <0,005 <0,005 <0,005 Mau Cheiro Observações Cheiro Raízes Mau cheiro, forte, Fosca sobre a amostra forte pretas cheiro escura cinza Com relação aos outros poços localizados a oeste do aterro, importância deve ser dada aos poços PP-1 e PP-7. O poço PP-1 apresentou elevados teores de Na, Fe e cloretos, apesar dos valores de condutividade estar reduzindo com o tempo. Já o poço PP-7, além de estar próximo do aterro e cortando a pluma de contaminação obtida pela geofísica, tem apresentado piora na qualidade da água, com elevados teores de nitrogênios, condutividade e pH. Atenção foi dada aos caminhos de fluxo preferenciais ocorrentes no aterro e no entorno dele, a fim de explicar a presença ou não de contaminantes nesses poços, além da origem desses contaminantes, levando em consideração os níveis estáticos obtidos a partir dessas campanhas. Pelo fato do poço PP-6 apresentar a maior cota para o nível freático (Tab. 2), e Nasc. Lago 1 Lago2 537,7 534,7 531,3 6,35 6,51 6,45 53,2 145,6 162,5 2,0 - 16,5 - 10,3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2,0 1,4 0,4 8,68 - 2,34 3,6 14,5 0,7 15,40 0,04 0,82 3,0 5,5 3,8 4,67 0,09 Fosca Marrom Marrom forte clara muito acima daquela obtida para o poço PP-4, instalado na cota mais alta, considera-se que existe uma recarga da nascente existente próxima a este poço e assim, uma recarga sobre a água subterrânea dos poços localizados a oeste do aterro. O mapa de fluxo subterrâneo apresentado na Figura 4b mostra que existe um forte fluxo no sentido sul-norte e outro no sentido sulsudoeste. A realização de novos ensaios ao norte da cava preenchida com resíduos poderia confirmar ou não essa tendência do fluxo subterrâneo, que se contrapõe ao sentido lesteoeste estimado pelos ensaios geofísicos. A Figura 5 apresenta a seção de eletrorresistividade interpretada para a Linha Geofísica 1. Entre as distâncias 60 e 80 m, destaca-se uma feição de menor resistividade que pode caracterizar um caminho preferencial de fluxo (Elis 2001). Deste modo, o poço PP-4 não pode ser considerado uma referência e sim um poço próximo a um caminho preferencial de fluxo, mesmo porque as lagoas de chorume estão localizadas próximas a ele. Uma vez que o poço PP-6 não está situado numa região com as NE Prof. teórica(m) 0 20 40 60 80 -10 -15 -20 -25 -30 Distância (m) 100 mesmas características geológicas do solo da base do aterro, além de ter apresentado contaminação por coliformes, a construção de novos poços de monitoramento está prevista. Os novos poços ajudarão a definir melhor o mapa do fluxo subterrâneo apresentado na Figura 4b, assim como um novo poço que possa ser utilizado como referência. PP-4 120 SW 140 160 180 200 Resistividade Aparente (ohm.m) 30 50 75 100 150 200 500 Figura 5. Seção de resistividade da Linha Geofísica 1 interpretada qualitativamente (Elis 2001). 4 CONCLUSÕES Uma análise conjunta dos dados obtidos até o momento mostra que o aterro de resíduos sólidos urbanos de Bauru está situado no meio de um vale, transversal ao córrego Gabiroba e ao Ribeirão da Água Parada. Isto indica que existe uma concentração maior de fluxo abaixo e no centro da cava preenchida com resíduos. Novos poços de monitoramento assim como novas campanhas de ensaios geofísicos deverão ser realizados na área, para que o fluxo subterrâneo seja melhor estimado e para que um novo poço de referência seja determinado. A utilização de diferentes técnicas de investigação foi fundamental para a avaliação da pluma de contaminação, mostrando a importância da hidrogeologia sobre os fatores topográficos e potenciométricos da área. Deste modo, a locação e a interpretação dos sistemas de monitoramento, que também podem sofrer influência de atividades externas à fonte de contaminação em questão, pode ser feita de maneira mais adequada. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à FAPESP e à Empresa de Desenvolvimento Urbano de Rural de Bauru (EMDURB). REFERÊNCIAS Cavaguti, N. (1981) Geologia, Estruturas e Características Hidrogeológicas Mesozóicas da Região de Bauru - Estado de São Paulo, Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração de Jesus, Bauru-SP, 169p. Elis, V.R. (2001) Resultados Preliminares dos Ensaios Geofísicos na Área de um Aterro Sanitário, Relatório de Pesquisa, 12p. Elis, V. R.; Mondelli, G.; Giacheti, H. L.; Peixoto, A. S. P. e Hamada, J. (2004) The Use of Electrical Resistivity for Detection of Leacheate Plumes in Waste Disposal Sites, 2nd International Conference on Geotechnical Site Characterization (ISC’2), PortoPortugal ,Vol. 1, p. 467-474. FIPAI (1992) Aterro Sanitário da Cidade de Bauru-SP, EIA-RIMA (Relatório de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto do Meio Ambiente, Vol. 1 ao 5. Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial, São Carlos-SP. Mondelli, G. (2004) Investigação Geoambiental em Áreas de Disposição de Resíduos Sólidos Urbanos Utilizando a Tecnologia do Piezocone, Dissertação Mestrado, Escola Politécnica, USP, São Paulo, 264p. Robertson, P. K., Campanella, R. G., Gillespie, D. J. e Grieg, J. (1986) Use of Piezometer Cone Data, Proceedings of In-Situ' 86, ASCE, Geotechnical Special Publication, No 6, p. 1263-1280.