GREENBUILDING BRASIL
Construções sustentáveis ganham
espaço e são debatidas em evento
realizado na cidade de São Paulo.
JULHO’2014
CANALETAS E ACESSÓRIOS
Fabricantes apostam na flexibilidade e
facilidade de instalação dos produtos
para conquistar mercado.
ANO 10 – Nº 104 • POTÊNCIA
A N O 10
N º 104
E L É T R I CA , E L E T RÔ N I CA ,
I L U M I N AÇÃO E E N E R G I A
Energias
renováveis
CADERNO
ATMOSFERAS
EXPLOSIVAS
Graças às hidrelétricas, Brasil possui
uma das matrizes energéticas mais
limpas do mundo. E o País tem evoluído
ainda mais nessa área, principalmente
com os recentes investimentos em
energias alternativas, com destaque
para a eólica, fotovoltaica e biomassa.
NORMALIZAÇÃO Alinhado à IEC, Brasil conta com uma base normativa
moderna para atmosferas explosivas e trabalha forte para mantê-la atualizada.
Capa Potência Jul’14 (D).indd 1
8/19/14 7:18 PM
sumário
10
• Capa: Márcio Nami • Foto: Dreamstime
Outras seções
04 › Ponto de vista
06 › ao leitor
08 › Holofote
48 › espaço abreme
10 Matéria de Capa
Graças às hidrelétricas e aos recentes investimentos
em geração de energia através de fontes renováveis,
Brasil se mantém como um dos países com a matriz
energética mais limpa do mundo.
52 › Vitrine
56 › economia
58 › gtd
65 › link direto
28
66 › agenda
20Mercado
Fabricantes de canaletas e acessórios acreditam
que vantagens dos produtos, como flexibilidade e
facilidade de instalação, levarão setor a crescer nos
próximos anos.
28DEstaque
Greenbuilding Brasil, realizado em São Paulo no
mês de agosto, estimula os debates e coloca o
tema sustentabilidade no centro das atenções da
construção civil.
34
34Caderno Ex
40
Depois de desenvolver uma base normativa
consistente para atmosferas explosivas, Brasil
trabalha forte para manter normas atualizadas e
alinhadas com a IEC.
20
40Evento
Empresas de material elétrico aproveitam a
Construsul para apresentar novos produtos e
incrementar os negócios.
potência
3
E X P E D I E N T E
ponto de vista
Diretores:
Habib S. Bridi (in memorian)
Elisabeth Lopes Bridi
A hora do voto
As eleições presidenciais chegaram. Pegos de surpresa diante do trágico acidente
que vitimou o candidato Eduardo Campos,
os eleitores brasileiros estão diante de dois
cenários: um com a continuidade do governo atual e outro com a vitória da oposição,
independente do candidato.
Muito embora a situação econômica
seja o maior motivo de apreensão entre
os brasileiros, a piora dos indicadores não
vem se traduzindo em perda de votos na
candidata da situação. Já no comportamento do mercado, qualquer leve indício
de queda das intenções de voto nas pesquisas para Dilma Rousseff é festejado e
repercute positivamente na Bolsa de Valores e na cotação do real frente ao dólar. Fato inédito. A opinião do mercado é
tão contundente que irritou o Governo,
causando inclusive demissões dos economistas que avaliaram negativamente o
cenário econômico com a vitória petista.
Lamentável!
O que o mercado mais teme é o intervencionismo do Governo na economia.
Mas, por outro lado, a vitória da oposição
carregaria consigo um preço a ser pago
para que as reformas na política econômica pudessem ser postas em prática.
Seja qual for o vencedor da corrida eleitoral, o novo governo precisará entender
que mesmo a economia brasileira tendo
sido apontada como estrela entre os países emergentes, a realidade mudou e o
cenário atual carece de atenção.
Era de se esperar que o Governo atual se apoiasse na economia internacional
para justificar os erros e as responsabilidades pelo momento ruim. O crescimento despenca, devendo manter-se na média de 1,8% ao ano no governo Dilma;
a inflação ressurge, sempre raspando no
teto da meta que é 6,5%, mesmo com o
adiamento de medidas e reajustes que
com certeza implicariam na alta inflacionária; e o Governo pouco faz para mudar os rumos.
É verdade que o mundo deixou de trabalhar a nosso favor, mas este não seria
o único motivo para o baixo crescimento
econômico nacional. Há fatores domésticos e deixar de enxergá-los preocupa muito mais do que os custos a serem pagos
para arrumar a casa.
Mesmo que uma parte do eleitorado
não esteja considerando esses argumentos, sentirá as consequências de rumos
mal traçados. Seja da oposição ou da situação, quem assumir o Planalto pelos
próximos quatro anos terá que colocar
a casa em ordem, ou poderá ser tarde.
Cabe aos eleitores elencarem suas prioridades e desenharem o Brasil que querem
para o futuro próximo. Os empresários e
os trabalhadores brasileiros precisam que
o Brasil cresça e consiga manter estáveis
os indicadores capazes de dar segurança
a quem investe na produção.
potência
X
•
nº
104
•
julho
2014
Circula na Enie e Smart Grid 2014
Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comunicações Ltda, com circulação nacional, diri­gida a indústrias, compradores corporativos, distribuidores, varejistas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia
e insta­ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans­misso­ras e distribuidoras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme
- Associação Brasileira dos Re­vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.
Redação
[email protected]
Diretora de Redação: Beth Bridi
Editor: Marcos Orsolon
Repórter: Paulo Martins
Fotos: Ricardo Brito
Colaborou nesta edição: Simone de Oliveira
Jornalista Responsável: Beth Bridi (MTB nº 17.775)
Conselho Editorial
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Beth Bridi, Francisco Simon, José Luiz Pantaléo, Mauro
Delamano, Nellifer Obradovic, Paulo Roberto de Campos e
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Fechamento Editorial: 15/08/2014
Circulação: 25/08/2014
Beth Bridi
diretora de redação
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4
ano
Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e coFiliada ao
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oportunidade limpa
Foto:Dreamstime
ao leitor
O
Brasil é conhecido como um País de grandes contrastes. Seja na economia, na divisão de renda entre a população ou no âmbito tecnológico,
o fato é que somos um País com dificuldades históricas para atingir um patamar mais coeso de desenvolvimento, com distâncias menores entre o melhor
e o pior cenário.
No setor de energia a situação não é diferente. Se olharmos para as empresas distribuidoras de energia, por exemplo, veremos que há companhias sólidas
e bem estruturadas sob o ponto de vista técnico e financeiro, assim como concessionárias com sérias dificuldades prestando serviços de péssima qualidade.
Na parte de geração o fenômeno se repete. Por um lado, o País enfrenta
dificuldades para atender à crescente demanda por eletricidade, inclusive com
a sombra constante de eventuais apagões e racionamentos em períodos de
pouca chuva. Mas de outro, temos avançado de forma consistente na diver-
sificação da matriz energética, com destaque para o avanço da fonte eólica e
do despertar, mesmo que ainda lento, da fotovoltaica.
Em nossa matéria de capa, assinada por Paulo Martins, fica evidente a vocação brasileira para as chamadas energias limpas. E, o mais importante, há
sinais claros de que o País irá estimular o avanço dessas fontes.
Os próprios especialistas da área acreditam num futuro promissor para essas matrizes. Mas eles também alertam que o governo precisa tomar algumas
medidas para estimular não apenas a geração limpa, mas também a formação
de cadeias produtivas novas, que favorecem o desenvolvimento de tecnologia
de ponta no País e a criação de empregos.
Nesse caso, as eleições podem até ajudar. Entre a grande gama de candidatos, certamente há pessoas que carregam a bandeira da sustentabilidade. E
esta é uma causa que não envolve apenas a proteção de nossa fauna, flora e
de nossa água, que são necessidades mais evidentes. A busca por uma geração mais limpa também contribui para a saúde ambiental do País, conjugando
oportunidades de negócios com defesa do meio ambiente.
Boa leitura!
Marcos Orsolon, editor
Errata
Na edição 103 foi publicada na seção Vitrine uma nota referente à linha de reatores eletrônicos EZ-TRONIC, da Osram. Mas a foto inserida não correspondia ao texto. Esta é a foto correta:
6
potência
NOSSO
PORTFÓLIO
DE PRODUTOS
AUMENTOU
NOVOS PRODUTOS E
UMA NOVA MARCA.
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I N D Ú ST R I A
O F F S H O R E
Ó L E O ,
G ÁS
E
P E T R O L E O
C O N S T R U Ç ÃO
C O MUNI C AÇ ÃO
TR A NS MIS S ÃO
E NE RG I AS
D E
D E
C I V I L
D AD O S
E N E R G I A
R EN O V ÁV EI S
www.generalcablebrasil.com
A GE Transportation e os
negócios de Industrial
Solutions e Power Conversion
acabam de lançar, em parceria
com o Senai-MG, um programa
de capacitação em Aprendizagem
Industrial para jovens da região
metropolitana de Belo Horizonte.
Juntos, os parceiros irão formar
novos talentos para atuar nas plantas
industriais da GE em MG.
O programa surgiu para suprir
a carência de mão de obra
especializada em eletromecânica,
atualmente uma demanda difícil de
ser preenchida nas unidades fabris
da companhia. Com base em uma
antiga parceria com o Senai para a
formação de aprendizes, uma nova
grade curricular e um novo modelo de
seleção foram criados exclusivamente
para as turmas da GE.
“O modelo de seleção dos jovens
foi reestruturado a fim de atrair
estudantes altamente alinhados e
comprometidos com os valores da
companhia”, explica Armando Martins,
ERSÁ
A Instrutherm completou 30
anos de mercado no mês de
agosto e vislumbra uma série de
novidades para o mercado. Uma
delas é a ampliação do portfólio,
que atualmente dispõe de mais
de 500 itens. A estimativa de
expansão é de aproximadamente
10% entre 2014 e 2015, com
novos produtos tanto para o
setor de segurança do trabalho
quanto para eletroeletrônica,
mecânica e laboratório. Além do
aperfeiçoamento da tecnologia e
design de alguns equipamentos que
já são comercializados.
A “profissionalização no segmento
de segurança do trabalho” é outro
projeto da companhia, que está
investindo em treinamentos nas
empresas, que podem ser realizados
em todo o Brasil, através de
palestras, workshops e oficinas de
atividades in loco com profissionais
capacitados para apresentações e
debates.
Internamente, a Instrutherm
também passa por um processo
de reestruturação, a fim de melhor
atender o cliente. Ampliação de
departamentos e equipes, com
profissionais rigorosamente
selecionados são algumas
das melhorias que impactam
diretamente seu consumidor.
Selo Verde Ouro
A Cofibam recebeu a Certificação do Selo
Verde Ouro, reconhecida pela Ecolmeia, entidade
que promove a educação ambiental voltada
para o setor empresarial. O Selo Verde Ouro
é a nota máxima da categoria alcançada,
o que demonstra que a empresa está de
acordo com as normas e políticas públicas de
preservação do meio ambiente.
Com o reconhecimento da Ecolmeia, a Cofibam
continuará sua missão em buscar a excelência de
suas ações socioambientais, juntando-se a várias
outras empresas que hoje também são exemplos positivos na
formação de uma rede ambiental sustentável. O auditor
da Ecolmeia, Ivo Milani, explica que a certificação
preocupa-se em avaliar os aspectos
ambiental, social, econômico, cultural,
ético e tecnológico da empresa, o
que no caso da Cofibam encontramse todos no conceito acima da meta
desejada. “A empresa apresenta-se de maneira
organizada com preocupação na qualidade,
tecnologia e segurança do trabalhador”, declara Milani.
Ilustração: Dreamstime
8
potência
R
30 anos
de vida
V
I
Foto: Divulgação
AN
Programa de
capacitação
líder do projeto na GE. “Os jovens
foram indicados por colaboradores
que atuam em posições similares na
companhia. Todos foram submetidos a
uma prova de conhecimentos gerais e
os estudantes com o melhor nível de
aproveitamento foram selecionados
para a primeira turma”, complementa
Armando. Ao todo, foram contratados
27 jovens e as aulas teóricas estão
sendo ministradas desde o início de
julho. Além das disciplinas específicas
sobre mecânica e elétrica, os alunos
também contarão com aulas sobre
saúde, segurança e meio ambiente,
qualidade, processos e manufatura.
Essa formação permitirá que eles
desenvolvam as competências
necessárias para atuarem não somente
em sua área de interesse, mas em
qualquer divisão de negócio da GE.
A partir de setembro o curso incluirá
a parte prática das disciplinas nas
fábricas da GE durante a manhã, e
a tarde os alunos seguirão com as
aulas no Senai. O sistema se mantém
até o próximo ano, quando os jovens
passarão a atuar exclusivamente na
GE. A expectativa é que mais de 70%
dos alunos selecionados permaneçam
na empresa após o término do
período de capacitação.
“Chegamos a este modelo por concluir
que ele atende às necessidades
de mercado dos nossos alunos ao
mesmo tempo em que contempla
as necessidades específicas da GE”,
explica Waleska Torres, líder do projeto
de capacitação no Senai.
IO
notícias do setor
Foto: Dreamstime
holofote
A Corfio acaba de lançar
seu novo site (www.corfio.
com.br), que foi desenvolvido
para facilitar o acesso do
visitante. Com um layout
moderno e maior volume de
conteúdo técnico, o site também
será uma forma de comunicação
com a organização.
As principais informações
da empresa podem ser
acompanhadas através do site,
incluindo informações sobre
os produtos, dados técnicos,
acondicionamentos, utilizações
dos produtos, certificados,
homologações, agendas de
eventos e últimas notícias,
tabelas de dimensionamento,
representantes, download do
catálogo técnico e história da
empresa. A Schneider Electric treinou mais de 50 mil pessoas no mundo por meio de
seu programa de capacitação em eletricidade básica com foco em comunidades carentes, o
BipBop. O número excedeu a meta, que era de formar 40 mil pessoas até o fim deste ano. Das
pessoas formadas até o momento, o Brasil lidera o ranking entre todos os países, com 30% de
todos os capacitados, totalizando 15 mil pessoas em 120 escolas conveniadas, em mais de 100
municípios de 24 estados.
“Estamos muito satisfeitos com estes excelentes resultados na formação de pessoas na
base da pirâmide, e eles nos incentivam a intensificar os nossos esforços. Treinamento
é a chave para o sucesso de todas as ações que tomamos por meio do BipBop”, afirma
Gilles Vermot Desroches, vice-presidente Sênior de Sustentabilidade da Schneider Electric,
que completa: “Isso permite que as comunidades locais obtenham as competências de
longo prazo necessárias para manter e vender soluções de acesso de energia. Por meio da
difusão desse know-how, a iniciativa empresarial social lançada pela Schneider Electric
anos atrás está gerando frutos gradativamente”.
A iniciativa global, lançada em 2009, tem como missão ajudar a resolver a questão
do acesso à energia por meio da implementação de ações baseadas em três pilares:
investimentos sociais (negócios), criação de produtos específicos (inovação) e formação
(pessoas). No pilar ‘formação’, o BipBop busca apoiar e desenvolver programas de
treinamento em atividades ligadas à gestão de energia (eletricidade, manutenção industrial,
entre outros), visando qualificar pessoas que vivem em países de economia emergente, além
de melhorar as condições de vida da população de comunidades carentes.
Os projetos e ações liderados pelo BipBop são financiados pela Fundação Schneider Electric,
como parte de seu compromisso em apoiar a integração profissional da população carente.
Cada iniciativa é implementada em parceria com ONGs e autoridades locais.
Foto: Divulgação
Novo Site
Treinamento em
eletricidade
Certificação
A portaria do Inmetro que estabelece níveis mínimos de desempenho para lâmpadas LED deve ser publicada em breve
no Diário Oficial da União. O regulamento será compulsório e terá prazos diferenciados para adequação. Com a certificação e a consequente
inserção do selo nas embalagens, os consumidores terão como identificar que estão adquirindo produtos com um mínimo de qualidade.
Prédio automatizado
A Wago investiu 8 milhões de euros em um prédio de escritórios ultramoderno,
localizado em sua unidade de produção em Minden, na Alemanha. E, mais que
a obra em si, a empresa aproveitou a oportunidade para instalar parte de suas
próprias soluções em conexão automática e sistemas de automação no local.
O prédio oferece mais de 250 modernos e ergonômicos espaços de trabalho,
projetados para os departamentos de Desenvolvimento e Vendas de Automação.
Durante a elaboração do projeto, prioridades como conforto, otimização da
capacidade de comunicação e eficiência energética foram considerados.
Os escritórios são iluminados também por luz natural. Quando uma sala é
desocupada, a iluminação e a refrigeração são reduzidas. A automação predial
inteligente, do próprio portfólio da companhia, faz com que persianas sejam
acionadas para sombrear as salas durante períodos de luz solar intensa e,
simultaneamente, aumentar a iluminação do ambiente para compensar.
Se desejado, os funcionários podem intervir e regular manualmente o
sombreamento e a iluminação em seus espaços de trabalho.
Foto: Divulgação
potência
9
matéria de capa
Energia Renovável
Geração limpa e
diversificada
Com investimentos constantes na geração de
energia através de fontes renováveis, Brasil
se mantém como um dos países com a matriz
energética mais limpa do mundo.
Por Paulo martins
D
ono de privilegiados recursos naturais, o Brasil optou, há alguns
anos, pela utilização diversificada de fontes de geração para
compor sua matriz energética. A crise de suprimento, que de tempos em tempos ameaça
o desempenho da economia, comprova que
essa foi uma decisão acertada.
Claro que a maior parte da eletricidade
ainda vem das grandes usinas hidrelétricas,
mas, sem a produção obtida por meio das
pequenas centrais hidrelétricas, das usinas
de biomassa, dos parques eólicos e das plantas solares fotovoltaicas, o País estaria hoje
em dificuldades ainda maiores para atender
à demanda crescente de energia elétrica.
De acordo com o Balanço Energético
Nacional (BEN), publicado pela Empresa
de Pesquisa Energética (EPE), a participação
das fontes renováveis na matriz elétrica bra10
potência
sileira chegou a 79,3%, em 2013. Em 2011,
a média mundial nesse quesito conseguiu
alcançar apenas 20,3%. Apesar da expressiva participação das chamadas energias limpas na nossa matriz, esse índice já foi maior.
Em 2012, por exemplo, chegou a 84,5%. A
queda deveu-se ao menor volume de chuvas,
que comprometeu a oferta hídrica.
Mesmo com essa ligeira redução, a área
de renováveis mantém sua pujança. Tanto
que, pela primeira vez, o Brasil atingiu o top
10 do ‘Renewable Energy Country Attractiveness Index’, ranking internacional que analisa o mercado de fontes limpas de energia. O
País ocupa justamente o 10º lugar no índice
de atratividade de investimento em energia
renovável, elaborado pela empresa de consultoria EY (nova marca da Ernst & Young).
A lista é encabeçada pelos Estados Unidos,
seguidos por China, Alemanha e Japão.
Conforme analisa Mário Lima, diretor-executivo de consultoria em Sustentabilidade da EY, a inclusão do
Brasil entre os dez primeiros
do ranking deve-se em grande parte ao posicionamento do
País em relação ao desenvolvimento da
energia solar fotovoltaica e, em particular,
à maturidade da fonte eólica.
Tudo bem que o aproveitamento solar
ainda é incipiente, mas o contexto atual
favorece a maior inserção dessa fonte na
matriz elétrica. Sabe-se que esse não será
um processo fácil. Reconhecidamente o País
possui excelente nível de insolação e o custo
dos equipamentos vem caindo ao longo do
tempo, mas ainda será preciso estabelecer
uma base de conteúdo local para que a fonte tenha maior competitividade.
A energia eólica, por sua vez, já pos-
potência
11
Ilu
str
aç
ão
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rea
ms
tim
e
matéria de capa
Energia Renovável
Constituição da
matriz elétrica
brasileira
(2013)
Hidráulica
70,6%
Biomassa
7,6%
Eólica
1,1%
(inclui importação)
(inclui lenha, bagaço de
cana, lixívia e outras
recuperações)
Participação de
renováveis na
matriz elétrica
Brasil 2013
79,3%
Brasil 2012
84,5%
Mundo 2011
20,3%
A seguir, apresentamos uma situação
mais detalhada de três importantes fontes renováveis: eólica, solar fotovoltaica e
biomassa. Cada qual com suas características, problemas e potenciais, elas vivem
momentos distintos, sempre na expectativa de dias melhores.
Fotos: Dreamstime
Foto: Divulgação
de baixo impacto socioambiental durante a
instalação e operação.
Com base nesses fatos, o diretor da EY
acredita que o País tem tudo
para não só se manter entre
Estamos seguros de
os principais países do ranking
que o Brasil já ocupa
de investimentos em energia
uma das principais
renovável, mas para melhoposições em
rar sua posição. “Nós estamos
termos de energias
seguros de que o Brasil deve
renováveis no mundo.
Mário lima
ocupar uma das principais poEY
sições, em termos de energias
renováveis no mundo”, destaca. Quanto ao papel do governo, Lima
reconhece a importância da realização de
leilões de energia, mas observa que ainda
falta estabelecer maior coordenação com
outros agentes, como bancos de investimentos e agências de apoio à inovação,
para que o País conte com uma política
sui conteúdo local estabelecido, o que ajuestruturada voltada ao desenvolvimento
dou a reduzir significativamente os custos
das fontes renováveis. “Não pode haver
e torná-la competitiva até mesmo frente as
somente um ou outro agente puxando o
usinas hidrelétricas. Entre os profissionais
tema. É preciso olhar isso como um todo.
do setor, não há dúvida de que essa fonte
O setor de renováveis gera muito emprego,
irá se consolidar cada vez mais, até porque
tecnologia e inovação para o País, então,
o Brasil possui parques eólicos fantásticos
tem que ser tratado de forma mais estraque ainda estão sendo explorados apenas
tégica”, defende.
parcialmente.
Como se vê, as fontes alternativas poQuanto às hidrelétricas de grande porte,
dem se tornar a marca registrada do Brasil.
Lima acredita que esses projetos tendem a
Demanda por energia sempre haverá. O inteser cada vez mais vistos como inviáveis, dos
resse do consumidor consciente por melhopontos de vista sustentável e socioeconômires soluções também é crescente. Mas será
co. Assim, a tendência é que cresça a reprepreciso estabelecer as políticas corretas, e
sentatividade das renováveis na matriz bradeixar o mercado fazer sua parte.
sileira, pois tratam-se de empreendimentos
geração Graças
às hidrelétricas
Brasil possui uma
das matrizes
energéticas mais
limpas do mundo.
12
potência
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em uma única solução
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as informações para a economia de energia.
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matéria de capa
Energia Renovável
Foto: Dreamstime
Eólica vive grande fase e projeta
crescimento substancial
Capacidade
instalada de
energia eólica
(MW)
Junho 2014
Previsão 2023
3.428
22.439
Participação da
eólica entre as
fontes de geração
2012
1,5%
2016
7,3%
2022
9,5%
14
potência
Se a participação da energia eólica na
matriz elétrica ainda é discreta, o crescimento
dessa fonte impressiona - pelo menos nos últimos anos. Os primeiros registros de capacidade instalada de geração no Brasil datam de
1992 e são risíveis: 0,1MW. Em junho deste
ano, essa capacidade chegou a 3.428MW um aumento de 63,8%, na comparação com
o mesmo mês de 2013.
O Ministério de Minas e Energia trabalha
com a perspectiva de que a participação da
energia eólica na matriz brasileira continuará apresentando forte crescimento. O órgão
informa que já estão outorgados empreendimentos que até 2018 aumentarão a capacidade de geração em 10.000MW. Somente
em 2015, mais 5.645MW devem ser adicionados ao Sistema Nacional Integrado (SIN).
Com tudo isso, a capacidade instalada de
eólica no País deve alcançar 22.439MW em
2023, segundo o Plano Decenal de Expansão
de Energia - PDE 2022.
O percentual de participação da eólica
na geração, que em dezembro de 2012 foi
de 1,5%, deve subir para 7,3% em dezembro de 2016 e para 9,5% em dezembro de
2022, segundo projeção da EPE.
Em 2014, os investimentos na cadeia
produtiva de energia eólica devem chegar a
R$ 16,8 bilhões. Até 2018, a expectativa é de
que sejam aplicados no setor quase R$ 50
bilhões. Segundo a Associação Brasileira de
Energia Eólica (ABEEólica), há dez anos, o País
tinha apenas uma fábrica nesse segmento.
Hoje são dez unidades, que produzem equipamentos como aerogeradores, torres e pás.
De acordo com a presidente-executiva
da ABEEólica, Elbia Melo, os avanços alcançados por este setor devem-se a alguns fatores. Primeiramente, é preciso falar sobre a
excelente qualidade dos ventos brasileiros.
“Eles são unidirecionais e constantes, livres
de grandes rajadas, características que garantem uma eficiente geração, que se traduz
no elevado valor do Fator de Capacidade, em
média acima dos 40%”, explica a porta-voz.
É preciso destacar também o sistema brasileiro de leilões para a contratação de potência,
que é mundialmente reconhecido por sua eficiência, porque prioriza a concorrência entre
as empresas para o fornecimento de energia
a preços competitivos.
Mas existem alguns desafios que ainda
precisam ser superados, conforme explica Elbia. As novas regras do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) em vigor
desde janeiro de 2013 contemplam quatro
critérios a serem atendidos para ter a fabri-
Foto: Divulgação
SINDUSTRIAL
2design
Qualidade
dos ventos
brasileiros
colabora
para o
avanço da
geração
eólica no
País.
Foto: Dreamstime
Elbia melo
abeeólica
cação de equipamentos financiada por esse
meio. Esses critérios estão relacionados com
o aumento da produção de peças e componentes em território brasileiro, em unidades
fabris próprias. A medida visa a participação
brasileira nos processos e incentiva o aumento do conhecimento industrial do setor. No
entanto, pondera Elbia, como a maioria das
empresas atuantes no setor são estrangeiras,
elas precisam se adequar às referidas regras.
A dificuldade para escoar a produção de
aerogeradores eólicos e seus componentes
para os locais onde os parques são instalados também é citado pela executiva. “A malha rodoviária e marítima nacional não possui
o dimensionamento desejável para o setor”,
aponta. A associação diz que a melhoria na
eficiência dos transportes e a redução da carga tributária são fundamentais para a redução
do Custo Brasil para o setor eólico.
Outro grande problema é causado pelo
atraso na entrega das linhas que seriam responsáveis pela transmissão da energia eólica
produzida. De acordo com a ABEEólica, atualmente há 31 parques eólicos aptos a operar
que estão sem a devida conexão.
“O governo pode contribuir diretamente
para a manutenção deste cenário de virtuoso
crescimento do setor promovendo leilões para
que a fonte eólica participe e também atentando para as políticas fiscais e de financiamento, além das políticas de importação de
peças e componentes destinados ao setor”,
complementa Elbia.
potência
15
Confiança - uma palavra
que levamos a sério
Excelência na fabricação de painéis
elétricos, testados e certificados,
montagens industriais, eletrocentros
e serviços de automação industrial,
a Sindustrial, em parceria com os
principais fabricantes do mercado,
oferece soluções eficientes, produtos
de alta qualidade e projetos flexíveis
para empresas dos mais variados portes.
Seja qual for a necessidade, tem
sempre uma solução Sindustrial.
(14) 3366-5200 / 3366-5207
sindustrial.com.br
matéria de capa
Energia Renovável
Foto: Dreamstime
Solar aposta nos leilões para
formar cadeia produtiva
Segundo estimativas de 2012, a capacidade instalada de geração solar fotovoltaica
no Brasil gira entre 30 e 40MWp, sendo a
maior parte desse potencial de sistemas não
conectados à rede - os chamados sistemas
isolados. De qualquer forma, há quem aposte num crescimento dessa fonte semelhante
ao ocorrido com a eólica. De fato, os custos
dos equipamentos têm caído, trata-se de
uma indústria dinâmica e com grande geração de empregos de qualidade. Mas ainda
são muitas as pendências a serem resolvidas.
Para começo de conversa, convém fazermos uma reflexão sobre os efeitos da
Resolução Normativa nº 482 da Aneel, que
permite que o consumidor produza sua própria energia. A análise é de Roberto Barbieri,
assessor do Grupo Setorial de Sistemas Fotovoltaicos da Abinee (Associação Brasileira
da Indústria Elétrica e Eletrônica).
De acordo com ele, em 2013, primeiro
ano da vigência da resolução, não houve o
resultado esperado, tanto em relação à chamada geração distribuída quanto em relação
à perspectiva de usinas fotovoltaicas.
16
potência
“Na geração distribuída, com a redução das tarifas ocorrida em janeiro e com a
economia se desaquecendo, foram poucas
as instalações realizadas. E nas usinas, um
primeiro leilão da fonte fotovoltaica não
ocorreu, apesar desta fonte ter sido autorizada a participar dos leilões A-3 e A-5”,
explica o porta-voz.
E como está a competitividade dessa fonte, em termos de tarifas? De acordo
com Barbieri, a redução de água nos reservatórios das hidrelétricas devido à falta de
chuva e a necessidade de acionamento das
térmicas de reserva provocaram uma explosão no preço da energia de curto prazo. Esse
fenômeno tornou viável diversos projetos
de eficiência energética e também projetos
envolvendo fontes alternativas - em particular a fonte fotovoltaica, que é a que tem
o menor prazo de implantação.
Complementando, Barbieri diz que em
relação à tarifa cobrada do consumidor final
- seja ele residencial, comercial ou industrial
-, a competitividade ainda não melhorou
muito. Mas, em termos de custo de geração
de nova energia a curto prazo, a fotovoltaica já é competitiva, e no médio prazo, em
um ou dois anos, será muito mais competitiva também na tarifa final. “Basicamente,
na medida em que a tarifa final incorporar
os custos das térmicas de reserva”, finaliza
o assessor da Abinee.
Na opinião de Raphael Pintão, diretor da
Neosolar Energia, a tributação é um ponto
que merece atenção e ajustes para maior desenvolvimento do setor. Em 2013, a empresa
foi responsável pela primeira instalação de
energia solar fotovoltaica com compensação
de energia do Estado de São Paulo - uma
das primeiras do Brasil, aliás. O sistema fica
em Ribeirão Preto, tem capacidade de gerar em média mais de 3.000KW/h por mês
e abastece nove unidades consumidoras de
um mesmo proprietário. De acordo com a
Neosolar, a energia gerada é suficiente para
a demanda das unidades consumidoras e,
mesmo assim, há cobrança de ICMS sobre
toda a energia recebida, mesmo havendo a
compensação com a energia solar que foi
devolvida à rede. LINHA
CANALETAS
INDUSTRIAIS
RESISTÊNCIA
E DURABILIDADE
principais matérias-primas usadas pelo setor. “Como o Brasil precisará gerar cada vez
mais energia para suprir sua demanda interna crescente, e a fonte fotovoltaica tem um
enorme potencial, as perspectivas são positivas, se trilharmos um caminho baseado em
melhoria contínua da competitividade e de
desenvolvimento de produtos nacionais”.
Mário Lima, diretor da EY, destaca que
será preciso trabalhar muito para a formação de novas cadeias produtivas competitivas no Brasil. Algumas condições básicas
para isso existem, pelo menos na área fotovoltaica. Afinal, o País possui as maiores
reservas do mundo de quartzo, que é a matéria-prima para a produção do silício, que
por sua vez é utilizado na confecção de painéis solares. “Temos base para estabelecer
uma cadeia local, mas investir nesses atores é uma questão de política industrial. É
preciso dar perspectivas para o setor para
que ele possa se assegurar e investir”, comenta o especialista. Lima concorda que os
A capacidade instalada dos
sistemas fotovoltaicos no
Brasil gira entre
30 e 40MWp
leilões deverão servir como uma alavanca
inicial para a atividade, mas observa que a
fonte irá de fato ‘pegar’ quando conseguir
ir além desse vínculo. “A matriz solar vai se
propagar efetivamente quando acontecer a
expansão da microgeração”, conclui.
Foto: Dreamstime
Outro fato que deverá contribuir significativamente para o setor será o primeiro leilão federal específico para energia solar, marcado para outubro deste ano. Para Roberto
Barbieri, foi uma grande decisão dos planejadores do setor elétrico incorporar a fonte
fotovoltaica através dessa modalidade. “Os
leilões estimularão a compra de quantidades
significativas de equipamentos, o que viabilizará a instalação dos fabricantes dos diversos
componentes da cadeia fotovoltaica, gerando emprego, capacidade produtiva e redução
de custos. Isso inicia um ciclo virtuoso para a
fonte, tornando-a mais competitiva”, analisa.
A propósito, a Abinee informa que a cadeia produtiva de equipamentos voltados a
essa fonte está sendo iniciada. O País possui
um fabricante de módulos, e alguns fabricantes de inversores, cabos e estruturas, além de
empresas de engenharia habilitadas a fazer
projetos e instalações. Barbieri reforça que
os leilões deverão provocar o surgimento de
novos fornecedores de componentes e das
Energia Renovável
Foto: Dreamstime
Leilões ajudam
a impulsionar
o mercado de
fontes limpas
Crise no setor sucroenergético
ameaça a bioeletricidade
niente da cana, por exemplo, contribui com
forte geração de eletricidade entre abril e
outubro, meses em que chove menos, o que
compromete os volumes de água nas usinas
hidrelétricas. “É uma contribuição bastante
estratégica para a matriz elétrica do Brasil”,
sintetiza o executivo.
Mesmo com a grande produção de bioeletricidade no Brasil em 2013 - que superou
a geração de energia elétrica somada das
fontes carvão, nuclear e eólica -, a Unica
destaca que a expansão da biomassa ainda permanece sob um cenário de incerteza,
em virtude da dificuldade de negociação de
novos projetos nos leilões regulados promovidos pelo governo federal.
No momento, o setor sucroenergético
vive a maior crise de sua história.
Segundo a Unica, a perda de comA biomassa da
cana contribui
petitividade do etanol promoveu
com a geração
uma reversão no ciclo virtuoso de
de eletricidade
investimentos e crescimento desentre os meses
sa indústria. Desde 2009, 44 usiem que chove
nas fecharam as portas e pelo
menos.
zilmar de souza
menos outras dez podem encerÚnica
rar as atividades ainda neste ano,
por falta de condições financeiras.
De acordo com Souza, a falta de uma
política setorial clara, estruturante e capaz
de estimular o investimento tem comprometido o desempenho da biomassa nos
leilões regulados. “No último leilão A-3, realizado em 6 de junho, com o baixo preço
Foto: Divulgação/Niels Andreas
Em 2013, a fonte biomassa atingiu uma
produção de 39.679GWh de energia elétrica. Desse total, 17.174GWh foram injetados no Sistema Interligado Nacional (SIN).
O restante destinou-se ao autoconsumo das
unidades industriais produtoras.
Zilmar de Souza, gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), destaca a importância que
essa fonte tem para o País, não só pelo volume de energia que é exportado para a
rede, mas também pelo período crítico em
que essa injeção ocorre. A biomassa prove-
18
potência
Mário Lima, diretor-executivo da empresa de consultoria EY, afirma que a existência de normas para os leilões de energias renováveis é um ponto fundamental
para a atração de investimentos para o
País. “Investidores gostam de regras claras”, destaca. Esse tipo de modalidade
normalmente gera bastante expectativa
no mercado. Neste ano, em particular, os
agentes que atuam no setor de fontes
renováveis depositam grande confiança
nos dois certames marcados para os meses de setembro e outubro.
Para o Leilão A-5/2014, marcado
para 12 de setembro, a Empresa de Pesquisa Energética recebeu a inscrição de
mais de mil empreendimentos, totalizando 50.906MW. Ao todo são 1.041
projetos, que ainda deveriam passar
pelo processo de habilitação. O grande
destaque foram as usinas termelétricas
a gás natural e as usinas eólicas, correspondendo a mais de 70% da oferta de
energia elétrica para entrega em 2019.
Segundo a EPE, foram cadastrados 708
empreendimentos eólicos, totalizando
17.373MW, e 36 térmicas a gás natural,
com oferta de 20.057MW. Estão inscritas
ainda 6 hidrelétricas (oferta de 525MW),
23 Pequenas Centrais Hidrelétricas, 25
térmicas a biomassa (1.657MW) e 10
termelétricas a carvão (capacidade instalada de 4.490MW).
Já para o Leilão de Energia de Reserva 2014, previsto para 31 de outubro, a
EPE cadastrou 1.034 empreendimentos,
com uma oferta total de 26.297MW de
capacidade instalada. Predominam os
projetos de energia eólica, com 626 empreendimentos (oferta de 15.356MW).
Em seguida aparece a energia solar fotovoltaica, com 400 projetos (oferta de
10.790MW), e que pela primeira vez não
irá disputar o leilão com outras fontes.
Foto: Dreamstime
matéria de capa
Produção de
eletricidade por
biomassa
Foto: Dreamstime
teto e a concorrência direta com eólicas
em condições diferentes de competitividade, sem reconhecer os reais benefícios
de cada fonte, nenhum projeto de bioeletricidade foi vendido, mesma situação
ocorrida no leilão A-3 de 2013”, reclama.
Segundo o executivo, as chances de melhora para 2014 dependem do governo reconhecer um preço adequado para a biomassa no leilão A-5, que acontecerá em
setembro, já que a geração por meio do
bagaço está proibida de participar do leilão de reserva que ocorrerá em outubro.
Vale lembrar que no auge da expansão
do setor sucroenergético, em 2008, foram
vendidos 32 novos projetos de geração de
bioeletricidade. A crise internacional que estourou na sequência atingiu em cheio essa
área, que naquele momento estava alavancando investimentos. Resultado: em 2009,
apenas um projeto foi comercializado. “De
lá para cá a gente tem patinado, até chegar
ao fundo do poço em 2012, quando não saiu
nenhum projeto no ambiente regulado”, relata o especialista da Unica.
Souza reconhece que no ano passado
(GWh)
Brasil 2012
34.662
Brasil 2013
39.679
Aumento de
14,5%
houve um pequeno avanço nos leilões por
conta da criação de um produto chamado
térmico, colocando biomassa, gás e carvão
em separado da eólica. Isso possibilitou uma
melhora do preço e a venda de 11 projetos.
O gerente da Unica explica que esses 11
projetos envolvem aumento de moagem por
trás, ou seja, são iniciativas que carregam
um resquício da expansão dos canaviais
ocorrida há alguns anos. Isso significa que a
bioeletricidade ainda é dependente de uma
política concatenada com a expansão dos
A bioeletricidade ainda é dependente de uma política
concatenada com a expansão dos canaviais e a
retomada da competitividade do etanol.
canaviais e a retomada da competitividade
do etanol. “Se não tivermos uma política
clara de expansão para o etanol e para o
setor sucroenergético como um todo, ainda
teremos dificuldade de inserção no ambiente
regulado”, reafirma Souza.
Mas existe outra opção para o setor.
Como o momento é de parada na expansão da moagem nos canaviais, resta ainda
tentar fazer o retrofit das usinas existentes. Mesmo sem a expansão dos canavais,
existem por volta de 200 usinas que poderiam passar por reforma. Dessa forma,
com a mesma quantidade de biomassa, seria possível passar a exportar mais energia
para o sistema.
A ideia do retrofit, neste caso, é tornar
as usinas mais eficientes, trocando equipamentos como caldeira e turbogeradores.
“Normalmente as usinas mais antigas têm
caldeiras de baixa pressão, que podem ser
reformadas ou trocadas por outras de alta
pressão. Assim, com o mesmo bagaço, dá
para produzir energia para autoconsumo e
ainda exportar para a rede”, confirma Souza.
O lado complicado dessa história é que
o setor ainda assim precisaria de preços
mais remuneradores. “O preço do último
Leilão A-5 foi de R$ 144 por MW/h, o que
não viabiliza o processo de retrofit das usinas existentes. Em 2008 já chegamos a ter
algo superior a R$ 220, calculado em valores presentes”, compara Souza.
Foto: Dreamstime
mercado
20
potência
Canaletas e Acessórios
potência
21
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
mercado
Canaletas e Acessórios
instalador aspectos como praticidade, beleza,
segurança e eficiência”, comenta Ivan Lúcio
da Silva, chefe de Produto
Módena Claris Toc Tec ArO mercado de
bus da Schneider Electric.
canaletas e
O executivo estima
acessórios no Brasil
que
hoje, no Brasil, este
está em constante
crescimento devido
mercado movimente cerao aumento da
ca de R$ 400 milhões por
necessidade de
ano. E com tendência de
flexibilização das
mais crescimento. Quaninstalações elétricas.
to à concorrência, ela é
Ivan Lúcio da Silva
Schneider Electric
bastante acirrada, com a
presença de dezenas de
fabricantes e importadores que oferecem os
mais diversos tipos e modelos de canaletas.
No que tange à aplicação, as vendas de
canaletas têm sido puxadas pelos setores residencial e comercial, tanto em obras novas,
Desenvolvidas em materiais termoplásquanto nos chamados retrofits, ou reformas. E
ticos (como o PVC) ou metálicos (como o
isso graças às suas características e vantagens.
alumínio e chapas galvanizadas), as canaleEm escritórios, por exemplo, seu uso facilita e
tas têm como aplicações mais comuns a disdá agilidade a eventuais mudanças de layouts,
tribuição e organização de cabos elétricos,
sem a necessidade de quebrar paredes, sancas
de dados e de telefonia. E, nos últimos anos,
ou lajes. Ou seja, a solução ajusta-se à instaseu uso tem avançado de forma consistente.
lação sem a necessidade de grandes obras.
“O mercado de canaletas e acessórios no
Como destaca Antonio Cimadon, diretor
Brasil está em constante crescimento devido
da Parcus Design, cada vez mais é um grande
ao aumento da necessidade de flexibilização
gargalo na construção civil embutir os eledas instalações elétricas, e à rapidez com que
trodutos. E isso explica o uso das canaletas
as modificações nestas instalações têm que
tanto em obras novas, quanto nas reformas.
ser executadas. Com isto, os fabricantes in“Diria que a aplicação hoje é meio a
vestem cada vez mais no desenvolvimento de
meio. A canaleta participa dos dois mercados.
produtos, buscando levar ao consumidor e ao
Hoje, é quase inadmissível pegar um prédio
de escritórios, ou a instalação corporativa de
uma indústria, e o cliente embutir a fiação,
principalmente em função da parte de dados.
Isso porque, muitas vezes, você tem de passar
100 cabos de rede. Projetos com 100, 200
cabos é o nosso cotidiano. E como colocar
um eletroduto de 100mm em uma parede de
150mm? Há casos em que não dá, a parede
corre o risco de cair, pois não tem estrutura
para suportar”, explica Cimadon.
Obviamente, essa situação é mais comum em escritórios e ambientes comerciais.
“Na área residencial também há apelo para
uso das canaletas, mas nesse caso a aplicação cai mais para uma questão de reforma e
de não haver a necessidade de passar uma
grande quantidade de cabos”, pondera o
diretor da Parcus.
Cimadon também chama a atenção para
a questão cultural que envolve a utilização de
canaletas em ambientes residenciais. “O consumidor comum não faz uma casa e coloca
canaleta. É uma questão cultural. Então, é
preciso construir essa cultura. Talvez o fornecimento de canaletas para os prédios novos
comece a criar uma cultura para que, em 5 ou
10 anos, a pessoa já esteja habituada a ter
em sua casa este tipo de solução. E a partir do
momento em que ela perceber que qualquer
manutenção ou alteração de layout pode ser
resolvida com a canaleta, a situação tende
a melhorar nesse setor”, observa Cimadon.
Há espaço para mais crescimento
Muitos fabricantes entendem que a disseminação de informações sobre as vantagens que as canaletas podem oferecer tende
a abrir espaço para mais crescimento no setor.
“Ainda há pouco conhecimento das soluções possíveis que a instalação aparente
é capaz de proporcionar. E isso com eficiência, beleza e praticidade. Por isso esperamos
um crescimento constante deste mercado,
já que cada vez mais há a necessidade de
se flexibilizar as instalações elétricas. Devido às constantes mudanças no dia a dia
das pessoas e empresas, a instalação aparente tornou-se uma solução prática, rápida
e eficiente”, afirma Ivan Lúcio da Silva, da
Schneider Electric.
E Silva completa: “Cada vez que pessoas e empresas necessitam ampliar ou alterar suas instalações, este mercado é movimentado. E esta necessidade aumenta com o crescimento
Características
Praticidade
e facilidade
na instalação
estimulam o uso
das canaletas.
22
potência
e
tim
ms
rea
o: D
Fot
Canaletas e Acessórios
da economia e das atividades do comércio,
muito vinculado ao crescimento do País”.
Alexandre Freitas, gestor da Unidade de
Negócios Integradores do Grupo Legrand,
também chama a atenção para o potencial
do mercado de reformas em absorver canaletas e acessórios, especialmente de edifícios
comerciais. “Este setor (de canaletas) deve
se comportar de acordo com o mercado de
reformas de edifícios comerciais. Outra variável importante é a das novas instalações de
trabalho, que exigem, cada vez mais, rápidas
mudanças e adequações. Por isso, a perspectiva é de crescimento, pois o mercado da
construção civil cresceu bastante nos últimos
anos, muitos imóveis foram entregues e agora
começa a fase de modernização, instalação e
retrofit dos mais antigos”, comenta Freitas.
Antonio Cimadon destaca que o mercado ainda tem muito espaço para crescer,
e, no caso da Parcus, a estratégia de avanço
ta; em tomar a fatia de outros
concorrentes; e no próprio
crescimento da construção civil no Brasil”.
No caso de novas aplicações, o diretor observa que é
Alexandre Freitas
fundamental trabalhar na queGrupo LEgrand
bra de paradigmas, mostrando
que a troca de uma instalação embutida
para uma aparente pode trazer vantagens
relevantes.
O avanço de outras tecnologias no mercado, como a dos sistemas wireless, não chega a assustar, embora sejam observadas de
perto. “Quando entramos nesse mercado, há
12 anos, muita gente falava que o wireless
iria acabar com as canaletas. No entanto,
estamos lançando agora uma canaleta de
120x60mm para acomodar mais cabos, pois
ocorre em três frentes. “Nosso crescimento
a demanda por cabos é cada vez maior”,
está baseado no aumento do mercado no
comenta Cimadon.
sentido de ampliar a utilização da canaleMercado de
reformas tem
grande potencial
para absorver
canaletas e
acessórios.
Foto: Divulgação
mercado
Gama de soluções é variada
Assim como é grande o número de
fornecedores de canaletas e acessórios no
mercado nacional, também é bastante diversificado o portfólio de soluções
à disposição. Como destaca Ivan
Lúcio da Silva, existe uma grande
gama de produtos, fabricados com
tamanhos diferentes, diversos tipos
de acessórios e materiais plásticos
e metálicos.
“Além disso, algumas canaletas podem incluir fita dupla face
para fixação, retentor de cabos
Demanda
que auxiliam na
Prédios
fixação e pelícucomerciais
la protetora que
estão entre
auxilia na limpeos principais
consumidores
za e conservação
de canaletas.
durante a instalação”, comenta
o chefe de Produto da Schneider Electric,
acrescentando que a linha
Dexson foi um dos últimos
lançamentos da companhia nessa área, ofe24
potência
recendo um sistema completo de canalização
aparente e organização de cabos.
E a evolução não para nesse mercado.
ime
reamst
Foto: D
Canaletas e Acessórios
Alexandre Freitas, do Grupo Legrand, cita
que, entre as últimas novidades nessa área
estão os sistemas com acessórios de curvas
reguláveis, os sistemas de tampa flexível e
os acessórios para respeitar aspectos normativos para a distribuição de cabos de dados e telefonia.
Nesse mercado, Freitas destaca que a
Legrand oferece canaletas para instalações
aparentes em residências e pequenos escritórios, para instalações terciárias e distribuição de cabos elétricos de voz, dados
e imagem.
Quanto ao uso, Antonio Cimadon observa que a maioria das canaletas é desenvolvida para abrigar cabos de dados e de
energia na mesma peça, embora também
existam situações nas quais elas são utilizadas apenas para um tipo de condutor. No
entanto, geralmente a parte de dados é a
que ocupa mais espaço nas peças.
“Na parte de dados, se você tiver mil
computadores, serão mil cabos de rede”,
afirma o diretor da Parcus, que cita que este
é um mercado que, muitas vezes, também
Foto: Dreamstime
mercado
necessita de soluções customizadas. “Sempre que o cliente solicita, nós nos colocamos à disposição para fazer as adaptações.
Mas não pensando apenas naquele cliente
específico. Nós olhamos para aquela situação e analisamos se ela tende a se repetir
em outros clientes, se é uma tendência. Se
percebemos que é uma tendência, atendemos aquele cliente e passamos a oferecer a
solução para todo o mercado. Mas isso porque temos o design no DNA da empresa”,
destaca Cimadon.
É preciso ter cuidado com a qualidade dos produtos
mas. E o mais grave é o de fornecedores
que insistem em comercializar produtos de
qualidade duvidosa.
E isso não ocorre por falta de base
normativa. No Brasil existe a ABNT NBR
61084 - Sistemas de canaletas e condutos para instalação elétrica, que serve de
referência para o setor.
O problema, é que nem
todos seguem a norma,
Sinto que o
que não é compulsória.
mercado começa
a acordar
Segundo Alexandre
em relação à
Freitas, do Grupo Lequalidade dos
grand, a existência no
produtos e ao
mercado de produtos
design das peças.
Antonio Cimadon
que não respeitam os asParcus
pectos normativos, que
não apresentam evoluções tecnológicas e oferecem baixa qualidade e preços reduzidos prejudica o bom
andamento do setor, que poderia crescer
ainda mais.
Foto: Divulgação
Se o avanço dos negócios tem sido positivo para os fabricantes que atuam nesse
segmento, ele também traz alguns proble-
26
potência
Outro entrave apontado pelos players
desse mercado ainda é a falta de conhecimento por parte de usuários e profissionais,
a existência de produtos
que não respeitam os
aspectos normativos,
que não apresentam
evoluções tecnológicas
e oferecem baixa
qualidade e preços
reduzidos prejudica o
bom andamento do setor.
“Precisamos treinar e informar mais os
profissionais que trabalham com este tipo
de produto para que eles conheçam toda a
gama de soluções, aplicações e
facilidades que este tipo de instalação é capaz de proporcionar,
Potencial
Fabricantes
criando assim um maior interesse
projetam
por este tipo de produto”, afircrescimento do
ma Ivan Lúcio da Silva, da Schuso de canaletas
neider Electric.
em ambientes
Para Antonio Cimadon, da
residenciais.
Parcus, a situação começa a melhorar. “Sinto que o mercado começa a acordar em relação à qualidade dos
produtos e ao design das peças. Em tudo o
que fazemos na Parcus, pensamos no design.
E o nosso design é tratado como ciência, de
desenvolver o produto, a matéria-prima, o
processo de produção, a instalação, o uso
quanto às vantagens e características das
pelo cliente final, o transporte, a durabilidacanaletas. Nesse caso, não há outro camide e o descarte do material. Não basta ter
nho: é preciso levar informação a todos os
um produto bonito, ele tem de ter qualidade
elos da cadeia.
e funcionalidade”, sinaliza.
Crescimento depende
da retomada da construção civil
O mercado de canaletas e acessórios está diretamente relacionado ao
da construção civil. Por isso, apesar das
projeções otimistas dos fabricantes dessa linha de produtos, o bom andamento
do setor depende da retomada dos investimentos na área da construção, que
vive um momento de desaquecimento.
A expectativa dos players que atuam nesse segmento é que o mercado
da construção comece a reagir ainda
em 2014, apresentando um ritmo mais
consistente a partir de 2015. Se este fenômeno se confirmar, a tendência é que
as vendas de canaletas mantenham um
ritmo de crescimento na casa de dois
dígitos. De outro lado, espera-se que
o volume de lançamentos de produtos
acompanhe o incremento nos negócios.
Sustentabilidade é a principal matéria-prima de todas as linhas de
produtos Plastibras. Desde a captação das embalagens de defensivos
agrícolas, passando pela transformação em resina de PEAD e,
finalmente, com a produção de dutos e drenos corrugados, a
Plastibras trabalha de forma sustentável de ponta a ponta. Até a água
utilizada em todo o processo é tratada e reutilizada. Por isso, quem
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DESTAQUE
GREENBUILDING Brasil 2014
Evento realizado
em São Paulo
estimula debates
e coloca o tema
sustentabilidade no
centro das atenções
da construção civil.
Construção
sustentável
Reportagem: Paulo Martins
28
potência
U
m movimento inicialmente silencioso, e que agora ganha cada
vez mais destaque no mundo
todo, a construção sustentável
encontra no Brasil um ambiente perfeito
para se desenvolver. Afinal, o País é dono de
uma natureza privilegiada e, por vocação,
tem tudo para se tornar referência, no que
se refere à preservação e correta utilização
dos recursos naturais.
Uma prova de que esse é um movimento
que veio para ficar foi dada com a realização
da quinta edição do Greenbuilding Brasil Conferência Internacional e Expo, entre os
dias 5 e 7 de agosto, em São Paulo (SP). Na
ocasião, centenas de especialistas da indústria internacional da construção sustentável
fizeram da capital paulista um grande palco
de debates sobre o tema. Paralelamente ao
evento foi realizado o Congresso Mundial
do World Green Building Council.
De acordo com Felipe Faria, diretor-executivo do Green Building Council Brasil, uma
das formas de quantificar o crescimento da
construção sustentável passa pela análise da
curva de crescimento da certificação LEED,
que está presente em 150 países.
Ele se refere ao sistema internacional
de certificação e orientação ambiental
para edificações, com foco na sustentabilidade. Para obter a certificação LEED
o imóvel precisa cumprir uma série de
pré-requisitos e sugestões de práticas de
green building. O nível da certificação é
definido de acordo com a quantidade de
pontos adquiridos na avaliação, podendo
variar de 40 pontos (nível certificado) a
110 pontos (nível platina).
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
“Hoje o Brasil é o terceiro país com
maior número de projetos nessa ferramenta
internacional de certificação. São 870 projetos registrados e 176 certificados, com mais
de 24 milhões de metros quadrados regis-
trados investindo em eficiência energética,
uso racional de água, qualidade ambiental
interna, excelência em planejamento e materiais de baixo impacto ambiental”, revela Faria. Em 2014, o GBC está certificando
em média sete projetos por mês. No mundo,
dos 59.212 edifícios registrados, 21.500 já
receberam a certificação LEED.
O presidente do GBC, Manoel Gameiro,
destacou alguns dos resultados que podem
potência
29
GREENBUILDING Brasil 2014
ser obtidos com a otimização das instalações
prediais: “Com o desenvolvimento tecnológico atual, já temos condições de reduzir
mais de 50% do consumo de energia, 35%
das emissões de CO2, 45% do consumo de
água e 55% da geração de resíduos, nas novas edificações ou nas antigas que sofram
reforma ou upgrade”.
Segundo um estudo feito pela consultoria Ernst & Young (EY), em parceria com o
GBC Brasil, a participação das construções
verdes no PIB da construção no Brasil chega a 10%, com perspectivas de crescimento. “Com o aumento gradativo nos pedidos
de certificação que o País apresenta ano a
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
DESTAQUE
Sustentabilidade e modernidade
A abertura do Greenbuilding Brasil 2014 foi marcada pela
palestra do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que iniciou a apresentação dizendo que o Brasil tem uma
espécie de ‘fascinação’ pela modernidade e contemporaneidade.
E, segundo ele, não há nada mais contemporâneo que a preocupação com a sustentabilidade.
FHC relembrou os grandes fóruns de discussão ambiental
realizados nas décadas passadas e suas consequências. O histórico começa com o Clube de Roma, fundado em 1968, passando
pela Conferência de Estocolmo, em 1972, pela Rio 92, pelo Protocolo de Kyoto, em 1997, culminando com
a Rio+20, em 2010.
O ex-presidente lembrou de uma época
em que se pregava o crescimento a qualquer
custo, com a poluição das fábricas significando o progresso.
O grau de consciência das pessoas foi
aumentando pouco a pouco, assim como a
preocupação com os recursos naturais, em
especial as florestas. Surgiram novas legislações e hoje o passo que se dá nas cidades envolve a tentativa
de conciliar a necessidade de construir e as regras existentes.
FHC mencionou diretamente a questão da seca que atinge
São Paulo e cobrou melhor uso da água, inclusive fazendo a utilização de águas não usáveis. “Tem prédio em São Paulo fazendo
isso. Há mecanismos hoje para que essa água seja reinjetada no
lençol freático”, sugeriu.
Ele citou também suas impressões de Brasília, onde morou
enquanto senador e presidente. Ele apontou que no edifício do
30
potência
Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado, não dá para saber se o dia está ensolarado ou chuvoso, pois é tudo fechado, e
os serviços ficam no subsolo. “(O prédio) depende crucialmente
de energia elétrica, mas sem necessidade, pois é uma cidade que
tem sol abundante”, critica. O ex-presidente reconheceu que
não havia essa consciência quando a capital federal foi construída, mas não perdoa que o fato se repita hoje. “Agora não
dá para se fazer um prédio como se fez em Brasília”.
FHC falou também sobre energia. Reclamou que a matriz
energética brasileira está ficando cada vez mais suja.
Disse que a estabilidade do preço da gasolina prejudica o
etanol e que na prática o País decidiu “beneficiar o petróleo” e
menosprezar a biomassa. Mencionou também a falta de linhas
de transmissão para conduzir a energia produzida por diversos parques eólicos. Com isso, ele vê um “certo desequilíbrio”
na matriz energética nesse momento e lembrou que todo esse
quadro tem a ver com a qualidade de vida das pessoas.
FHC destacou que o modelo de crescimento mudou. O Brasil,
diz ele, passou de um País absolutamente descuidado com o meio
ambiente, décadas atrás, para uma nação que se preocupa com
essa questão. O ex-presidente lembra que houve maior distribuição de renda e crescimento econômico e aponta que o desafio
agora é descobrir como vamos passar da quantidade para a qualidade, seja no campo da saúde seja da educação ou outras áreas.
Para ele, é fundamental ter consciência, e não pensar apenas no lucro. “É possível construir bem, ganhar dinheiro e ao
mesmo tempo participar desse processo, que é passar da quantidade para a qualidade e oferecer melhores perspectivas de
vida”, finaliza.
Só quem está há mais de
40 anos no topo do mercado
sabe que o brasileiro exige
sempre o melhor. Por isso a
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em tecnologia de ponta,
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DESTAQUE
GREENBUILDING Brasil 2014
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
ano, a tendência é que num futuro breve
possamos equiparar-nos aos líderes desse
segmento em termos de participação”, comenta Felipe Faria.
Durante o Greenbuilding Brasil foram
apresentados diversos cases de
sucesso envolvendo a aplicação
Exemplos
dos conceitos que caracterizam
Evento traz
cases de
uma construção sustentável.
sucesso em
Um deles envolve o Edifício ECB
construção
Brasil (EcoCommercial Building),
sustentável.
construído pela Bayer junto à sua
sede, na zona sul de São Paulo.
Construída para ser usada como área
de convivência e espaço de lazer para os
funcionários, a edificação tem como uma
de suas principais características a busca
pela autossuficiência em energia. “Este será
o primeiro prédio do Brasil em que toda a
energia gerada é suficiente para o consumo
dele”, destaca o engenheiro da Bayer Fernando Resende, responsável pelo programa
EcoCommercial Building no País.
O edifício é o sexto do gênero que a
Bayer constrói no mundo. A ideia é experimentar esse tipo de conceito em um prédio
com utilização real, em diversos climas e
mostrar como os materiais e soluções utilizados se adaptam a cada uma das regiões.
Entre as soluções utilizadas no ECB destaca-se a automação. A medição em tempo
real é fundamental para monitorar o consumo dos equipamentos instalados no local.
Também é possível fazer o balanceamento
entre luz natural e artificial.
Para atuar diretamente na economia de
energia, foram escolhidos itens de iluminação eficientes, como lâmpadas T5 e LED. A
geração de energia também depende de uma
fonte limpa, a solar. Ao todo, 42 placas fotovoltaicas garantem o suprimento necessário.
De acordo com Resende, a eficiência
hoje gira em torno de 65%. Os 35% restantes são provenientes da rede. Entretanto,
o balanço anual é positivo. “Quando consideramos o balanço anual do prédio, de janeiro a janeiro, toda a energia solar que foi
gerada é maior que a energia que foi consumida”, garante.
32
potência
Controle de qualidade
sionamento é uma espécie de controle
de qualidade que inclui desde a revisão
de documentação e de projetos até vistorias in loco e a realização de eventuais
testes. Em um dos casos apresentados, o
problema a ser trabalhado envolvia a existência de falhas na iluminação de uma fábrica recém-construída. Após as devidas
vistorias, detectou-se que uma série de
imprevistos comprometeu o resultado da
iluminação, como a cor do piso utilizado
e o alinhamento do forro.
Para o engenheiro Marcos Antonio Pereira, diretor da Térmica Brasil, muitas vezes
o comissionamento é visto como um instrumento de testes e ensaios, mas na verdade
é uma ferramenta muito mais ampla, com o
poder de reduzir custos e aumentar a qualidade. Entretanto, o especialista
observa que esse trabalho deve
Eficiência
ser feito no ‘momento zero’, ou
energética
Redução do
seja, na fase de concepção do
consumo de
projeto como um todo. “Quanenergia foi tema
do se inicia o comissionamento
recorrente no
após a arquitetura, os sistemas
evento.
de ar-condicionado e de iluminação estarem definidos, você
perde de 15% a 20% de oportunidades que
teria se começasse o trabalho desde a concepção. No Brasil, normalmente se contrata
o comissionamento depois que a obra já está
em andamento. Assim, muitas daquelas possibilidades que teria de redução de custos e
de antecipação de problemas acabam sendo
limitadas”, justifica.
Fotos: Ricardo Brito/Grau 10
Outro assunto abordado durante algumas palestras deste ano foi o comissionamento de sistemas. Trata-se de um processo de qualidade orientado a alcançar,
verificar e documentar o desempenho das
instalações, sistemas e equipamentos de acordo com critérios
e objetivos definidos. Comis-
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf
normalização
Normas em
evolução
Brasil trabalha forte para manter normas
técnicas para atmosferas explosivas
atualizadas e alinhadas com a IEC.
caderno ex
C
ontar com uma base normativa
moderna e atualizada é essencial para o desenvolvimento e
evolução de qualquer segmento. E isso não ocorre por acaso. São as normas técnicas que ajudam o mercado a se
organizar em termos de referências mínimas
de qualidade e segurança, favorecendo uma
concorrência mais justa e equilibrada. Sem
contar, é claro, os benefícios que se estendem aos usuários.
No setor de áreas classificadas a situação não é diferente. Segmento conhecido pelos riscos que engloba, os ambientes
com atmosferas potencialmente explosivas
necessitam de cuidados especiais, o que inclui produtos adequados, bem especificados
no projeto e corretamente instalados. Daí a
grande importância das normas técnicas,
que balizam os trabalhos no setor e garantem segurança às pessoas e instalações. A
questão aqui é: como está a base normativa brasileira para o setor de áreas classificadas? Felizmente, a resposta é positiva.
34
potência
Há alguns anos o Brasil se alinhou à IEC
(International Electrotechnical Commission)
nesse segmento e, desde então, tem desenvolvido através da ABNT normas nacionais
com a mesma qualidade e abrangência das
encontradas internacionalmente. Fato que
tem colaborado de forma decisiva para a
evolução do mercado.
O avanço normativo nessa área não
para. Como cita Roberval Bulgarelli, consultor Técnico da Petrobras, a normalização
técnica brasileira publicada pela ABNT sobre
atmosferas explosivas tem apresentado uma
grande evolução nos últimos anos em termos
de atualização, harmonização, alinhamento
e equivalência com as respectivas normas
técnicas internacionais elaboradas pela IEC.
Tanto que, de 2005 a 2013 foram publicadas
(entre documentos novos e revisados) no País
60 normas técnicas ligadas à série NBR IEC
60079 – atmosferas explosivas.
Bulgarelli, que também é coordenador
do Subcomitê SC-31 do COBEI, explica que
este ritmo de evolução é possível devido aos
Reportagem: Marcos Orsolon
esforços realizados pelas Comissões de Estudos do Subcomitê SC-31, responsável pela
elaboração, revisão e atualização das normas
técnicas Ex para a ABNT, e que tem a missão
de participar do processo de elaboração, comentários, revisão, atualização e publicação
das novas edições das normas técnicas internacionais elaboradas pelo TC-31 da IEC.
Graças a essa participação, as mais de
quarenta partes das normas Ex da Série
60079 publicadas pela ABNT são normas
equivalentes do tipo NBR IEC, sendo idênticas em conteúdo, forma e apresentação,
sem desvios em relação à respectiva norma
internacional da IEC. Com isso, seguindo a
tendência normativa mundial dos países
membros da IEC, incluindo o Brasil, as normas que envolvem Certificação de Conformidade de equipamentos e instalações Ex
são equivalentes às da IEC.
Segundo o consultor da Petrobras, durante este processo as empresas, instituições e profissionais brasileiros têm a oportunidade de conhecer e se envolver com as
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Novas normas
Publicação de revisões e novas
normas técnicas Ex por parte da
ABNT nos últimos anos
Ano
Normas ‘Ex’ publicadas
200502
200608
200706
200808
200914
201003
201109
201204
201306
2014
06 (previsão)
Apoio Institucional:
Apoiador:
Construções, Consultoria
e Projetos de Engenharia
potência
35
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
normalização
te ramo de especialidade técnica industrial
Ex”, ressalta Bulgarelli, acrescentando que,
uma vez aprovadas no âmbito internacional
da IEC, as normas passam a ser aplicadas
por todos os países integrantes da entidade.
“Esta política de normalização da ABNT
e do COBEI de participação na elaboração de
normas da IEC e de publicação das respectivas normas equivalentes NBR IEC, utilizada
ao longo das últimas duas décadas, tem por
normas técnicas internacionais, bem como
de participar de sua evolução, contribuindo
com comentários e sugestões para o aprimoramento destas normas.
“Estes comentários são baseados nas
boas práticas, lições aprendidas, experiências
e no know-how das empresas, laboratórios
de ensaios, fabricantes, organismos de certificação de produtos e de pessoas e diversas
outras instituições brasileiras envolvidas nes-
objetivo harmonizar as normas nacionais
com a normalização internacional, de forma
a padronizar os requisitos e procedimentos
para classificação de áreas, fabricação, ensaios, marcação, certificação, projeto, seleção, montagem, inspeção e manutenção de
instalações Ex, reparos, revisão e recuperação
de equipamentos elétricos Ex, competências
pessoais Ex e equipamentos mecânicos (não
elétricos)”, comenta Bulgarelli.
Normas ajudam a organizar o mercado
série NBR IEC 60079. Isto faz com que todos
os processos de avaliação, ensaios e certificação de conformidade de serviços e equipamentos Ex utilizados no Brasil apliquem
o estado da arte em termos das tecnologias
e conceitos, os quais estão incorporados às
atuais edições das normas brasileiras.
De outro lado, a participação do Brasil
no processo de desenvolvimento e atualização das normas na IEC faz com que os profissionais brasileiros, as empresas e as instituições envolvidas com o assunto estejam
sempre atualizados em relação às novidades
A evolução normativa para áreas classificadas traz vantagens relevantes à sociedade brasileira, que passa a usufruir dos benefícios de todos os processos baseados em
normalização. Um exemplo dessa evolução
é o Requisito de Avaliação da Conformidade (RAC) para equipamentos elétricos para
atmosferas explosivas, nas condições de
gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis, publicado pelo Inmetro em 2010.
Este RAC é totalmente baseado e harmonizado, em termos de referências normativas,
com as atuais edições das normas técnicas da
da normalização técnica internacional Ex.
“Além disso, essa atuação faz com que
possam ser incluídas nas normas internacionais da série IEC 60079 e ISO/IEC 80079
(equipamentos mecânicos Ex) as boas práticas, lições aprendidas e know-how de empresas e instituições brasileiras envolvidas
neste ramo de especialidade técnica industrial”, comenta Roberval Bulgarelli.
Quanto à instalação de equipamentos
Ex, as normas da série NBR IEC 60079 são
fundamentais para a organização do mercado. Isso porque, entre outros aspectos,
Normas Técnicas equivalentes a NBR IEC 60079
publicadas recentemente pela ABNT
Classificação de áreas contendo gases inflamáveis e poeiras combustíveis
Proteção de equipamentos por segurança aumentada (Ex “e”)
Requisitos de projeto, montagem, inspeção e manutenção de instalações Ex
Proteção de equipamentos por segurança intrínseca (Ex “i”)
Requisitos de serviços de reparos de equipamentos Ex
Fieldbus Intrinsecamente seguro (FISCO)
Requisitos para sistemas intrinsecamente seguros
Proteção de equipamentos por encapsulamento em resina (Ex “m”)
Ambientes e edificações protegidas por pressurização
Proteção de equipamentos por temperatura de invólucro para poeiras
combustíveis (Ex “t”)
Ventilação artificial para proteção de casa de analisadores
Requisitos para traceamento elétrico resistivo Ex
Capacetes para luminárias para utilização em minas de carvão
Instalações elétricas em áreas classificadas de unidades marítimas
caderno ex
Proteção de equipamentos e sistemas que utilizam radiação óptica
Graus de proteção de invólucros de equipamentos elétricos
Graus de proteção de máquinas elétricas girantes
Invólucros pressurizados (Ex “p”)
Proteção de equipamentos por imersão em areia (Ex “q”)
Proteção de equipamentos por imersão em óleo (Ex “o”)
Equipamentos não centelhantes (Ex “n”)
Equipamentos com nível de proteção EPL “Ga”
Proteção de equipamentos por invólucros à prova de explosão (Ex “d”)
Unidades de Competências Pessoais para atmosferas explosivas
Requisitos e avaliação de sistema de gestão da qualidade para Oficinas de
Serviços envolvidas em reparo, revisão e modificação de equipamentos Ex
Apoio Institucional:
Apoiador:
Construções, Consultoria
e Projetos de Engenharia
36
potência
• caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosf
normalização
caderno ex
Foto: Ricardo Brito/Grau 10
elas apresentam os requisiAs normas da Série
tos para a execução das atiNBR IEC 60079
vidades de classificação de
estão em contínuo
processo de revisão
áreas; os critérios de seleção
e de atualização
de equipamentos Ex; projeto
pela ABNT.
das instalações Ex; requisitos
Roberval bulgarelli
petrobras
das atividades de inspeção e
manutenção de equipamentos e sistemas em atmosferas
explosivas; e os requisitos para os serviços
de reparo, revisão e recuperação de equipamentos certificados para instalação em
atmosferas explosivas de gases inflamáveis
e de poeiras combustíveis.
“Sob o ponto de vista de equipamentos
elétricos Ex, estas normas apresentam os reo ciclo de revisões e atualizações a que são
quisitos para o dimensionamento, fabricasujeitas as respectivas normas internacioção e ensaios dos diversos tipos de proteção
nais da IEC. Desta forma, a cada período
existentes, como segurança aumentada, seda ordem de cinco anos, as normas intergurança intrínseca, invólucros pressurizados,
nacionais da série IEC 60079 são revisainvólucros à prova de explosão, imersão em
das e atualizadas, em um processo que é
óleo, encapsulamento em resina, proteção de
acompanhado pelas seis Comissões de Esequipamentos óticos e proteção por tempetudo do Subcomitê SC-31 do Cobei”, coratura de invólucro contra ignição de poeiras
menta Bulgarelli.
combustíveis”, completa Bulgarelli.
Bulgarelli observa que cada parte da séEle explica ainda que estes tipos de
rie IEC 60079 possui o seu próprio ciclo de
proteção Ex são aplicáveis a diversos equimanutenção, denominado de Maintenance
pamentos elétricos, de instrumentação, auCycle pela IEC. Estes ciclos têm por objetivo
tomação e telecomunicações utilizados em
impedir que as normas permaneçam sem um
ambientes com atmosferas explosivas. Enprocesso de avaliação, revisão ou de atualizatre eles estão motores, luminárias, painéis
ção, a cada período de cerca de cinco anos.
de distribuição de força, painéis de controComo exemplo, ele cita a norma IEC
le, instrumentação em geral, transmissores,
60079-14, que trata dos requisitos de proanalisadores e equipamentos para intercojeto e montagem de instalações elétricas
municação industrial.
em atmosferas explosivas. “Foram publiO destaque é que o processo evolutivo
cadas pela IEC novas edições desta norma
não para. No momento, por exemplo, estão
nos anos de 2002, 2007 e 2013. No Brasil
em elaboração as normas sobre requisitos
foram publicadas pela ABNT as respectivas
de segurança para equipamentos mecânicos
normas NBR IEC 60079 nos anos de 2006
para instalação em atmosferas explosivas,
e 2009, seguindo o ciclo de atualização da
como os requisitos dos tipos de proteção a
IEC. No presente momento esta norma braserem aplicados em bombas, ventiladores,
sileira encontra-se em processo de revisão e
compressores, elevadores, esteiras rolantes
atualização, de forma a incorporar as moe caixas de engrenagens.
dificações que foram introduzidas na nova
“As normas da Série NBR IEC 60079
edição da respectiva norma internacional
estão em contínuo processo de revisão e
IEC 60079-14, publicada no final do ano
de atualização pela ABNT, acompanhando
passado”, completa.
38
potência
Participação
brasileira
na IEC
O Brasil é um membro participante do TC-31 da IEC, com direitos e deveres de analisar, comentar, votar e
aprovar os documentos relacionados
com a emissão de novas normas técnicas ou atualização das normas existentes da Série IEC 60079 – Explosive
Atmospheres.
As normas técnicas internacionais
sobre atmosferas explosivas, elaboradas pelo TC-31 da IEC, têm passado por
um processo dinâmico de atualizações
e revisões, decorrentes dos avanços da
tecnologia e dos maiores requisitos de
segurança nesta área industrial, onde é
elevado o risco de explosões, com resultados potencialmente catastróficos
e elevados riscos de grandes impactos
ao meio ambiente.
Este maior dinamismo nas atualizações das normas é fruto da participação de um número maior de países membros do TC-31, resultado da
globalização, com a apresentação de
sugestões de boas práticas e lições
aprendidas por parte de diversos países do mundo.
O Subcomitê SC-31 representa a
estrutura do Cobei responsável pela
análise e elaboração de comentários
sobre os projetos de normas elaborados pelo TC-31, bem como pela elaboração dos respectivos votos, em nome
do Brazil National Committee.
O Brasil, na condição de membro
do tipo “P” (Participating) no TC-31,
tem o direito de acompanhar o desenvolvimento de todos os trabalhos em
andamento, bem como o direito e o dever de emitir os seus comentários e posicionamentos, através de voto, sobre
os documentos emitidos pelo TC-31,
seja para as novas normas em fase de
elaboração, seja para as normas existentes, em fase de manutenção.
feras explosivas • caderno atmosferas explosivas • caderno atmosferas explosivas •
Agentes do mercado participam
da atualização das normas
Muitas empresas participam das reuniões das respectivas Comissões de Estudo do
SC-31 do Cobei e, portanto, conhecem, de
antemão, as modificações e novos requisitos
que foram introduzidos nas novas edições.
Isto se deve ao fato de que tais empresas e entidades, incluindo fabricantes de
equipamentos Ex, laboratórios de ensaios,
Organismos de Certificação de Produtos
(OCP) e de Pessoas participaram do processo de revisão e atualização das respectivas
normas internacionais da IEC, inclusive atuando na elaboração de comentários para a
melhoria das normas, com base em suas experiências, lições aprendidas e boas práticas.
Da mesma forma, as empresas usuárias
dos equipamentos e instalações em atmosferas explosivas acompanham o ciclo de revisão das normas internacionais e, portanto,
conhecem os novos requisitos incorporados
a elas. As empresas participam também dos
trabalhos e revisões das respectivas normas
brasileiras da série NBR IEC 60079, de forma a incorporar as atualizações introduzidas
nas normas internacionais.
O interesse dos agentes do setor de atmosferas explosivas na elaboração e atualização das normas técnicas não ocorre por
acaso. Mais que manter o Brasil alinhado
ao que há demais moderno no mundo em
termos normativos, as atualizações incorporadas às normas brasileiras promovem uma
série de contribuições nas áreas de segurança relacionadas com atmosferas explosivas.
Entre as várias contribuições, Bulgarelli
destaca a atualização dos requisitos de projeto, montagem, inspeção, manutenção e reparos de equipamentos Ex. “Tais requisitos
têm implicações diretas na conformidade e
na segurança das instalações, o que implica em maiores níveis de segurança também
para as pessoas”, ressalta Bulgarelli.
E ele completa: “As mudanças e atua-
lizações nas normas também introduziram
requisitos de qualificação, experiências práticas, treinamentos e reciclagem, de forma
que as pessoas responsáveis e os executantes das atividades de projeto, montagem,
inspeção, manutenção e reparos necessitam
evidenciar suas competências pessoais teóricas e práticas nos trabalhos Ex”.
As atualizações periódicas das normas
técnicas também contribuem para elevar o
nível de desenvolvimento dos fabricantes
nacionais de equipamentos, que precisam
ficar atentos aos novos requisitos introduzidos, para que seus produtos estejam sempre
atualizados em relação à legislação.
“Tal dinamismo faz com que seus produtos estejam em constante processo de atualização e melhoria, de forma a incorporarem
os atuais requisitos de fabricação, ensaios e
certificação”, completa Bulgarelli.
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potência
39
EVENTO
CONSTRUSUL 2014
Sucesso
indiscutível
Fabricantes de produtos elétricos aproveitam realização da Construsul para
incrementar negócios. Evento teve visitação de mais de 76 mil pessoas.
Reportagem: Simone de Oliveira e fotos: Ricardo Brito
A
cidade de Novo Hamburgo (RS)
sediou, entre os dias 06 e 09
de agosto, a 17ª edição da Feira Internacional da Construção
(Construsul) e a 9ª Feira de Máquinas e Equipamentos para Construção (Expomáquinas).
Tendo como sede os 30 mil m² dos Pavilhões
da Fenac, os números confirmam o evento
como o segundo maior da construção civil
do País e o maior da Região Sul.
Este ano - o segundo consecutivo em
que é realizada na cidade - a exposição
contou com a participação de 572 empresas e de um público total de 76.253 pessoas, entre representantes da indústria, do
varejo, compradores, construtores, lojistas,
engenheiros, arquitetos, entidades setoriais
e representantes de governo, que puderam
conhecer as novidades tecnológicas, ideias
criativas e sustentáveis apresentadas pelas
40
potência
indústrias. Os visitantes, de acordo com a diretoria da Sul Eventos, empresa organizadora da feira, são oriundos de todas as regiões
do País, com destaque para a presença maciça de visitantes da região Nordeste do Brasil.
Além deles, profissionais de Estados como
São Paulo, Goiás, Espírito Santo, Paraná e
Santa Catarina, além do Distrito Federal, e
visitantes estrangeiros prestigiaram a feira.
“O evento recebeu as maiores empresas
do segmento, mostrando além de sua credibilidade, o elevado grau de desenvolvimento
que atingiu”, ressalta Paulo Ritcher, diretor
da Sul Eventos.
Ritcher observa que, durante os quatro
dias, na contramão de notícias de retração e
pessimismo no mercado, o que se viu foram
corredores lotados e muita movimentação
de negócios. “Estamos muito satisfeitos”,
comemora o executivo.
Se para a organização a feira está
sendo considerada um sucesso, entre os
expositores o sentimento é o mesmo. Eles
exaltam a oportunidade proporcionada
pela Construsul em um momento em que
a economia estava precisando. “A feira
aconteceu em um excelente momento. No
varejo, sentimos um desaquecimento em
junho. Em julho tivemos uma retomada e,
agora, esperamos resultados ainda melhores”, explica Reynaldo Goto, diretor presidente da Iriel/Siemens.
Com o sucesso confirmado, a Construsul e a ExpoMáquinas já têm data marcada
para o ano que vem: serão realizadas entre
05 e 08 de agosto, nos Pavilhões da Fenac,
em Novo Hamburgo (RS).
Confira, a seguir, alguns dos lançamentos apresentados por empresas ligadas ao
setor elétrico durante a feira.
potência
41
EVENTO
CONSTRUSUL 2014
Empresa: Steck
Produto: Diamant Box VDI
Os quadros da linha possuem espaço interno para interligações e passagem de cabos. O
produto é indicado para aplicação em residências, edifícios comerciais e industriais para
dispositivos de voz (telefonia), dados (rede) e imagem (TV). A novidade é fabricada em
termoplástico autoextinguível a 650°C, possui um maior número de entradas para eletrodutos,
Empresa: Lorenzetti
Materiais Elétricos
Produto: Linha Zuli
base com pré-furos para parafusos autoatarrachantes e porta reversível com abertura a 180° e
possui grau de proteção IP40, proteção mecânica IK06.
Os módulos da coleção são comercializados
separados dos espelhos, o que permite
versatilidade na montagem dos interruptores
resistente ao calor, à umidade e ao impacto,
Empresa: Matsuyama
Produto: Cortadora de Piso
CPM 13
mantendo suas propriedades originais com o
Com profundidade de corte de até
passar do tempo.
15cm, a máquina possui uma guia
e das tomadas conforme a necessidade do
usuário. O material utilizado nas peças é
que visa garantir corte reto e preciso.
A novidade - quatro tempos gasolina
Empresa: G-Light
Produto: Lâmpada Par 20 SMD LED
- possui potência nominal de 13HP e
sistema de partida retrátil.
Indicada para uso residencial ou comercial,
a novidade, por possuir lente com vedação,
é recomendada para uso externo e pode ser
instalada em luminárias tipo espeto para
jardim. Está disponível em temperatura de cor
de 3.000 ou 6.000k, nas opções verde a azul,
com potências de 30 e 60W e sua vida útil é de
25 mil horas.
Empresa: DWT
Produto: Martelete Perfurador/
Rompedor MPD 810
Indicado para perfurar concreto e alvenaria, além
de romper pequenas áreas de concreto e alvenaria utilizando talhadeiras ou
ponteiros adequados, e com uso da haste adaptadora e mandril pode ser
utilizado para perfurar madeira, metal, plásticos, entre outros, o modelo MPD
810 conta com interruptor eletrônico com velocidade variável, que permite o
controle da rotação da máquina possibilitando iniciar um furo com uma rotação
baixa e aumentar, gradativamente, de acordo com a necessidade de perfuração
e resposta do material perfurado. Está disponível nas tensões 127 V~ e 220 V~.
42
potência
EVENTO
CONSTRUSUL 2014
Empresa: Steck
Produto: Fiteck Autofusão
Fita isolante produzida à base de borracha
Etileno-propileno (EPR) destina-se a
Empresa: FLC LED
Produto: Super LED Tubular T8
diversos usos, como isolamentos de fios e
Com bulbo leitoso e corpo branco, o modelo tem forte poder de iluminação e é indicado para
35kV, isolamento e proteção de condutores
substituir as lâmpadas T8 Fluorescentes. A novidade necessita de reator, podendo ser ligada
de telecomunicação contra intempéries,
diretamente à rede elétrica e está disponível nas tonalidades branca neutra e intensa e nas potências
vedações e manutenções em geral.
de 10, 18 e 22W. O modelo é recomendado para ambientes comerciais e tem temperatura de cor de
Resistente à ação de substâncias químicas,
4.000 e 6.400k.
como ácidos, álcalis ou solventes, assim
cabos elétricos até 69kV, de terminais até
como à abrasão, à corrosão e ao ozônio.
Além disso, é indicada para proteção
elétrica e mecânica em uso naval, pois é
resistente à água salgada.
Empresa: Z-Light
Produto: Luminária de Emergência Recarregável ZL-4100
Com bateria 3.7 lítio, a peça funciona com 30 LEDs de alto brilho e possui dois estágios de iluminação, o
que permite que a duração da bateria seja de 8h com autonomia mínima e 6h com autonomia máxima
de LED. Está disponível nas opções 110 ou 220V e seu tempo de recarga é de 10h.
Empresa: Siemens
Produto: Fita Isolante
Com a marca Iriel, a novidade é comercializada
em rolos de 20m, com espessura de 0,15mm
e foi desenvolvida para uma tensão de 750V e
temperatura de até 90ºC.
Empresa: Worker
Produto: Hidro Lavadora de Alta
Pressão
O modelo LW-1700 é indicado para uso
residencial ou semiprofissional e está disponível
nas versões 110 ou 220V. A peça possui sistema
stand by, que permite que ela seja desligada
quando o usuário tira a mão do gatilho, jato
d’água ajustável, rodas para transporte e está
disponível com carretel para enrolar a mangueira
e recipiente para detergente embutido.
44
potência
Empresa: G-Light
Produto: Luminária
Prismática
Produzidas com a cúpula
em policarbonato, soquete
em porcelana e com opções
de canopla simples ou com
gancho, as peças estão
disponíveis em quatro
tamanhos: 12”, 14”, 19” e
22”. Os modelos de 12” e 14”
utilizam lâmpadas eletrônicas
Empresa: Hydra
Produto: Aquecedor Multitemperatura Línea 4T
ou incandescentes de até
O produto é compacto, possui quatro opções de temperatura, detalhes cromados e duas saídas de
22” usam, além dessas duas
água (quente e fria) e é indicado para todos os tipos de torneiras de pias e lavatórios. Está disponível
opções, as lâmpadas de alta
nas opções 127 ou 220V e promete economia de energia de até 68%.
pressão de até 400W.
60W, enquanto os de 19” e
Empresa: Taschibra
Produto: Luminária TL Slim
Fabricada em alumínio nas cores branca, preta, vermelha e amarela, a novidade utiliza duas lâmpadas
LED de 13W e cada uma delas tem vida útil de cerca de 20 mil horas.
Empresa: DWT
Produto: Lixadeira Angular LAD 1407
A novidade é indicada para trabalhos de lixamento de superfícies metálicas, pode ser
utilizada em serralherias, metalúrgicas, indústrias metal mecânicas, entre muitas outras.
Com potência de 1.400W e rotação de 5.000 rpm, o modelo possui punho auxiliar
com três posições de fixação, que atua como apoio durante o manuseio da ferramenta,
adaptando-se em diferentes situações e locais de uso, muitas vezes de difícil acesso.
Conta, ainda, com botão de trava do eixo, interruptor com trava de segurança e motor
com dupla isolação, visando garantir maior segurança nas operações. Está disponível para
comercialização com tensões de 127V~ e 220V~.
EVENTO
CONSTRUSUL 2014
Empresa: Ilumi
Produto: Linha Sobrepor Branca
Composta por itens como interruptor+tomada, interruptor ou duas tomadas, a coleção é feita em PS
cristal e, por ser retangular, pode ser usada em canaletas.
Empresa: Vonder
Produto: Microrretífica MRV 115
Indicada para limpar, polir, lixar, cortar,
esculpir, esmerilhar, entre outras atividades,
é recomendada para trabalhos de precisão,
por isso é portátil e funcional, possui fácil
acesso para troca de escovas de carvão e
conta com velocidade variável, contribuindo
para um melhor acabamento. Está
disponível nas tensões 127 V~ e 220 V~.
Empresa: Daneva
Produto: Extensão Sort 2P e
2T+P (10A)
Disponível nas medidas 1,3, 3, 5 e 8m, a
peça pode ser comercializada na cor branca
(em blister) e em embalagem plástica, na
cor preta.
Empresa: Eletromar
Produto: Caixas Vision
para disjuntores padrão Nema e IEC. As peças
Empresa: Ilumi
Produto: Tomada USB Slim
da linha estão disponíveis na cor branca,
Dispositivo indicado para carregamento
podem ser fornecidas com ou sem barramento
de bateria de aparelhos compatíveis, como
de neutro e terra, possuem grau de proteção
celulares, smartphones, iPad, iPod, entre outros
IP30 e classe de isolamento II.
com corrente máxima de 0,5A.
Caixas de distribuição para embutir e sobrepor
46
potência
Patrocínio Master:
Apoio
Institucional:
Realização:
Informações: Tel: 71 3113-2481 | [email protected] | www.acomac-ba.com.br
espaço abreme
Editorial
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
Roberto Payaro
Diretor Colegiado Abreme - [email protected]
N
Balanço pós
Copa do Mundo
o início do ano, escrevi o editorial Abreme “Um ano difícil”, no qual expus minhas impressões de como seria 2014,
considerando principalmente o evento
da Copa do Mundo no Brasil. Infelizmente, acho
que com exceção do resultado do ganhador, a
bem organizada Alemanha, meus comentários
daquela época refletem hoje a difícil situação
em que nos encontramos.
De certa forma, o resultado da Copa ilustra
como são tratados os nossos problemas e desafios aqui no Brasil como, por exemplo, a falta de
organização e planejamento, com estádios ficando pronto na véspera e a preparação da nossa
seleção sempre de forma improvisada, é muito
parecido com a forma dos nossos governantes
fazerem a gestão do nosso país. Chega de ilusão,
enquanto os outros países vêm se preparando há
anos, nós achamos que com um jeitinho e um
pouco de sorte chegaremos lá.
Um dos pontos que abordei no início do ano,
foi sobre a difícil situação de controle da inflação
- mesmo com alguns preços controlados pelo governo, como o das tarifas de energia elétrica e o
preço dos combustíveis. Estávamos em um patamar próximo ao do teto da meta de 6,5%, pois
bem, acabamos de ultrapassar o teto para esse
ano, e o governo passou a considerar esse patamar como referência a ser atingida.
Desde a segunda metade do governo Lula, a
equipe econômica vem mudando drasticamente
a gestão das políticas públicas. Passaram a desafiar todas as conquistas do Plano Real até então
mantidas no primeiro mandato. Foi abandonado
o pilar ortodoxo, e renderam-se à maior intervenção do Estado na Economia que já tivemos nesse
país, uma economia pautada no assistencialismo
e ao estímulo excessivo ao consumo.
O resultado, falência das contas públicas e
impossibilidade das pessoas continuarem aumen-
tando o consumo. A sustentabilidade das contas
do Estado brasileiro está em risco, como fruto de
uma política deliberada de aumento dos gastos.
A confiança dos empresários no Brasil está
nos níveis mais baixos da história recente e, sem
confiança, eles não investem. A relação Investimento sobre PIB, que nunca foi uma maravilha,
vem caindo de maneira consistente, isto é, após
atingir o ápice de 19,5% no fim de 2010, recuou
para apenas 18,1%. A variação pode parecer pequena, mas impacta diretamente no crescimento
do PIB e cria um ambiente inflacionário, porque,
ao investir, as empresas aumentam sua capacidade produtiva à frente e podem responder por
aumentos da demanda oferecendo mais produtos, caso contrário, sem investimentos, só pode
responder com aumentos de preço.
O balanço pós Copa do Mundo que faço,
prevê um período ainda mais difícil pela frente, a
nossa situação interna - já bastante grave - tende a sofrer a influência negativa da retirada dos
estímulos financeiros pelos EUA. O FED já começou o enxugamento da liquidez dos mercados
retirando dólares que abasteceram a economia
mundial durante a crise de 2008, e está previsto
para o início de 2015 o aumento da taxa básica
de juros nos EUA, vai ficar muito difícil manter o
fluxo de dólares aplicados aqui por investidores
internacionais, e para isso o governo deverá aumentar ainda mais os juros básicos, do contrário
poderão faltar dólares e como consequência, uma
alta demasiada da moeda, desvalorizando o Real
e trazendo ainda mais inflação.
Mas, apesar de toda a situação difícil que
enfrentaremos nesses próximos meses, sou otimista quando vejo um mercado de 200 milhões
de consumidores que não pode ser desprezado.
O Brasil é e será sempre um país no radar
de empresas e investidores internacionais. O
que precisamos é que esse governo, se reeleito,
ou outro que venha a assumir, tenha claro que
essa política, unicamente baseada no consumo
interno não pode perdurar. Precisamos competir
em iguais condições com o exterior, e para isso
as mudanças devem contemplar a redução da
burocracia e uma melhor infraestrutura de apoio
as empresas.
Somos um povo que reage melhor, quando
as coisas vão mal, espero que essa reação seja o
retorno ao caminho certo.
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
FUNDADA EM 07/06/1988
Rua Oscar Bressane, 283 - Jd. da Saúde
04151-040 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5077-4140
Fax: (11) 5077-1817
e-mail: [email protected]
site: www.abreme.com.br
Membros do Colegiado
Francisco Simon
Portal Comercial Elétrica Ltda.
José Jorge Felismino Parente
Bertel Elétrica Comercial Ltda.
José Luiz Pantaleo
Everest Eletricidade Ltda.
Roberto Varoto
Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.
Paulo Roberto de Campos
Meta Materiais Elétricos Ltda.
Marcos Augusto de Angelieri Sutiro
Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do Colegiado
Nemias de Souza Nóia
Elétrica Itaipu Ltda.
Carlos Soares Peixinho
Ladder Automação Industria Ltda.
Daniel Tatini
Sonepar
Secretária Executiva
Nellifer Obradovic
48
potência
Prêmio
ABREME
FORNECEDORES
A tradicional premiação que mobiliza
os revendedores e distribuidores de
todo o País chega à sua décima edição.
A pesquisa que apontará os premiados
começou em 28 de julho, novamente conduzida pela NewSense,
e permanecerá em campo até o dia
19 de setembro.
Prezado Distribuidor/Revendedor,
ainda está em tempo! Quando receber o questionário da pesquisa via fax ou e-mail, responda-o.
Se receber o contato telefônico do pesquisador da NewSense, atenda-o.
Expresse sua opinião e nos ajude a reconhecer os seus melhores parceiros.
Sua opinião e participação são de fundamental importância para a justiça e o sucesso do
Prêmio Abreme Fornecedores! Realização
Pesquisa
Apoio de Divulgação
espaço abreme
perfil do associado
Kanaflex
Tecnologia, qualidade e
A Kanaflex iniciou suas atividades no Japão pós-guerra em 1952, produzindo tubos
rígidos de PVC. A carência de matéria-prima
da época norteou, desde o nascimento da
empresa, a busca por produtos diferenciados,
de vanguarda, que satisfizesse o binômio economia-tecnologia. O nome Kanaflex derivou
do nome do seu fundador, Shiro Kanao. Mais
tarde, já na década de 1980, com a utilização
da matéria-prima PEAD na fabricação de dutos e tubos para infraestrutura, vira referência
internacional nas linhas corrugadas.
Está presente no Brasil desde 1973, e
as unidades brasileiras estão localizadas nos
municípios de Embu e Itu, no Estado de São
Paulo. A sede administrativa está localizada
em Cotia (SP), e também conta com uma filial do escritório comercial no Rio de Janeiro.
50
potência
Política Corporativa
A missão da empresa consiste em:
Prover soluções ao mercado a partir
de produtos inovadores, fabricados dentro
de rígidos padrões de qualidade, viáveis e
que superem as expectativas dos clientes.
Garantir um ambiente de trabalho
focado na melhoria contínua e no desenvolvimento profissional dos colaboradores.
Estabelecer parcerias duradouras,
pautadas pela ética e afinidade de valores;
gerar retorno aos acionistas por meio do
crescimento sustentável.
A Kanaflex trabalha para ser continuamente reconhecida como empresa líder em
sistemas de transporte de fluidos e tubulações
para infraestrutura, contribuindo com o desenvolvimento sustentável, perpetuando-se
como uma empresa respeitada no Brasil e no
exterior e assegurando um crescimento muito
além do crescimento geral do país. Os valores
que a empresa vivencia no dia-a-dia refletem
a filosofia de trabalho e o posicionamento
frente ao mercado e à sociedade, demonstrando como se relaciona com os clientes,
parceiros e colaboradores. São eles o Respeito
pelas pessoas, Foco total no cliente, Integridade, Inovação e Aprimoramento, Humildade e Sustentabilidade. Comprometer-se com
o sucesso dos clientes, atuar de forma ética
e responsável, ensinar e aprender, promover
um ambiente seguro e saudável, reconhecer
as equipes, garantir a autonomia responsável, comunicar com transparência, e respeitar o meio ambiente são compromissos que
a Kanaflex assume ao adotar esta política.
Associação Brasileira dos Revendedores
e Distribuidores de Materiais Elétricos
inovação
Sustentabilidade
Sempre se preocupando em fornecer um
ambiente seguro e saudável para seus funcionários e com o desenvolvimento de produtos
não agressivos ao meio ambiente, suas operações não são poluentes e adota ações que
otimizam a utilização dos recursos naturais
fazendo o gerenciamento dos resíduos de forma adequada. São monitorados o consumo
de água e energia elétrica, e evidenciados na
política de participação dos lucros e resultados, com a finalidade dos colaboradores se
conscientizarem da importância do uso racional desses recursos importantes.
Forma de Comercialização
No departamento Comercial, a Kanaflex
possui divisões distintas com atuações dife-
renciadas, se adequando à necessidade do
cliente. A formação da divisão Mangueiras
Flexíveis (DMF) se confunde com a história
da chegada da empresa ao Brasil. Em 1973,
inaugura a sua primeira fábrica em território
nacional iniciando a produção de mangueiras flexíveis de PVC, KM e KP, que após anos
de crescimento e inserção de outras linhas,
consegue atender vários setores, dentre eles:
Industrial: mangueiras flexíveis perfeitas para escoamento, sucção, descarga,
jateamento etc.
Alimentício: mangueiras com laudo de atoxicidade. Garantia da ausência de
elementos contaminantes em virtude da
condução de produtos ingeríveis.
Agrícola: Mangueiras de pulverização, bombeamento e escoamento.
Construção Civil: condutos d’água
para drenagem de terrenos e mangotes para
bombeamento de concreto.
Petroquímico e Sucroalcooleiro: mangueiras para aplicação em conjuntos utilizados em plataformas e mangueiras para descarregamento de combustível.
A divisão de Infraestrutura fornece para
setores básicos como energia elétrica, telecomunicações, saneamento, drenagem, gás
combustível entre outros, disponibilizando
produtos diferenciados de alto desempenho.
Sua história está ligada ao desenvolvimento do duto Kanalex, que passou a ser
fabricado no Brasil em 1984 e rapidamente
conquistou as empresas de Energia Elétrica
pela sua praticidade na instalação e custo
competitivo. Em 2013 entra em atividade a
Unidade de Itu, produzindo tubos lisos e tubos corrugados de grande diâmetro de PEAD.
Com as máquinas mais modernas do mercado mundial para extrusão de tubos, prepara-se para um aumento expressivo de consumo,
duplicando sua capacidade de transformação.
Produtos comercializados
pela Divisão INFRA
Energia Elétrica e Telecomunicações: dutos para proteção de cabos subterrâneos. A eliminação da poluição visual e a
conseqüente melhoria da qualidade de vida
das pessoas é o melhor benefício desta linha
de produto. Pioneira nesta aplicação no Brasil, a Kanaflex é referência das Concessionárias de Energia Elétrica e Telecomunicações.
Drenagem Subterrânea: tubos
perfurados para captação e condução de
líquidos; linha de produto com grande longevidade, aplicada principalmente nas obras
de Engenharia, como estradas, aterros, barragens e aeroportos.
Drenagem Pluvial: tubos corrugados de grande diâmetro. Esta linha vem
de encontro às necessidades brasileiras de
melhoria na infraestrutura do país. Sua praticidade e segurança alavanca o cronograma das obras, assegurando sua conclusão
num tempo mais curto comparado a outras
tecnologias.
Água e Esgoto: tubos para sistemas
de água pressurizados que garantem a estanqueidade e redução de perda do sistema.
Além de diminuir sensivelmente número de
emendas na rede, evita a incrustação e reduz a manutenção nas linhas.
Gás Combustível: com o ganho
da segurança para ser aplicado dentro dos
grandes centros urbanos, o sistema de distribuição de gás com tubos flexíveis de polietileno proporcionou maior rapidez de
instalação evitando transtornos no trânsito,
atingindo grande ramificação e consequentemente mais clientes.
A equipe de Exportação (COMEX) da
empresa atua em toda a América Latina e
alguns países da África. Ela mantém distribuidores espalhados por toda América Latina fornecendo aos clientes os produtos DMF
e INFRA. As grandes construtoras brasileiras
que atuam no Continente Africano possibilitaram à Kanaflex a abertura de portas para o
fornecimento para os novos países clientes.
A Kanaflex reconhece a importância dos
clientes, colaboradores e fornecedores pela
contribuição pessoal e institucional nesse processo de crescimento constante, certa de que
a empresa continuará com a mesma qualidade reconhecida, levando inovação tecnológica, segurança, assistência técnica e parceria
a níveis cada vez mais elevados. A empresa
manterá sempre forte o compromisso de satisfação plena dos seus clientes.
potência
51
vitrine
produtos e soluções
Linha de
luminárias
A Lalux ingressa no mercado de luminárias com o lançamento da linha de Luminárias Tartarugas. São seis modelos, disponíveis nas cores
branca e preta, totalmente injetadas em policarbonato com
tratamento anti UV, parafusos
em aço inox e soquete E27 incorporado (também disponível
na versão em LED).
Lâmpada com
formato de
incandescente
As lâmpadas Ecológenas da Kian Iluminação
foram desenvolvidas para substituir as tradicionais lâmpadas incandescentes. Elas estão disponíveis nas potências 42, 70 e 100W, em 127 e 220V,
que equivalem às incandescentes convencionais
de 60, 100 e 150W, respectivamente. A tecnologia
empregada nas lâmpadas halógenas permite que
elas proporcionem a mesma qualidade de luz com
o mesmo design das incandescentes convencionais, consumindo 30% menos energia.
Relé de segurança
A Rockwell Automation apresenta ao mercado o relé de segurança Guardmaster 440CCR30,
que pode ser programado com o software gratuito Connected Components Workbench. O produto atende os requisitos PLe e SIL 3 de acordo com as normas EN ISO 13849-1 e IEC 62061, sendo
ideal para aplicações que requeiram de quatro a nove circuitos de segurança e controle para até
cinco zonas. A interface gráfica do usuário e os recursos de arrastar e soltar do software ajudam
a guiar usuários através de um processo simples para selecionar blocos de função de segurança
certificados para o relé. Uma vez programado, uma interface Modbus embarcada permite que o
relé de segurança comunique facilmente dados de diagnóstico para controladores Micro800, terminais gráficos PanelView ou controladores CompactLogix.
52
potência
Novos pendentes
A Avant apresenta os Pendentes Globo
Black e White. Fabricados em aço, com pintura com acabamento epóxi nas cores preta
ou branca, as peças valorizam os ambientes e funcionam como ponto focal, ou seja,
para marcar um ponto de luz no cômodo.
São três modelos: com uma, duas ou três
cúpulas. A luminária tem fio elétrico aparente com cobertura isolante cristal e funciona
nas tensões de 127 ou 220V, sendo que a
potência máxima da lâmpada deve ser de
60W, com base E27.
Segurança e praticidade
Minicanaleta
Articulada
A Dutoplast acaba de lançar a linha de
minicanaletas articuladas, com dimensões
de 9x4,5; 12,5x7 e 12,5x12,5mm. As peças
possibilitam um trabalho mais delicado e
imperceptível, abrindo apenas um lado da
tampa (a outra permanece fixa no corpo da
canaleta), e são fornecidas com fita dupla
face para a fixação.
A linha de Caixas de Luz da Fortlev são utilizadas para a fixação de dispositivos elétricos nos
pontos de energia, como interruptores e tomadas. As caixas são fabricadas em PVC antichama,
com abas e bordas reforçadas que evitam quebras e deformações. O material pode ser encontrado nos formatos retangular, quadrado e octogonal, além do prolongador para a caixa octogonal,
e permite a instalação em lajes de maior espessura. Os modelos foram desenvolvidos visando a
facilidade de instalação, com várias entradas, possibilitando o uso de qualquer diâmetro de eletroduto, além de abertura fácil das entradas para encaixe dos eletrodutos, sem deixar pontas.
Iluminação remota
A Racco Equipamentos apresenta o Kit Pelican 9435. Com aprovação EX ic II C T4 Gc e 1.500
lumens, o produto possibilita a iluminação em locais classificados, como Zona 2. Ele possui corpo
de polímero de Xenoy e resina de policarbonato
inquebrável, ABS resistente a impactos e corrosão,
lente de película especial que resiste a altas temperaturas, LED branco com 24 vezes mais intensidade
e suporte com giro de 180°. Com autonomia de 8
horas de uso contínuo (alta) e 15 horas (baixa), a
Pelican Racco 9435 tem eficiente penetração em
neblina e fumaça.
Multímetro Digital
O Multímetro Digital Foxlux foi desenvolvido com o que existe de mais moderno em tecnologia de semicondutores. Ele apresenta como características a alta confiabilidade, durabilidade e
simplicidade de operação, e mede tensão contínua e alternada, corrente contínua e resistência.
Modelo com testador de cabos: RJ-45, RJ-11 e RJ-12.
potência
53
vitrine
produtos e soluções
Fluorescentes
tubulares
A linha de lâmpadas fluorescentes tubulares da Osram apresenta uma novidade:
ganhou a cor 850, similar à luz natural do
dia (com temperatura de cor de 5.300K). Os
modelos, com índice de reprodução de cores
80, graças ao pó trifósforo LUMILUX®, são
apropriados para diversos ambientes, como
cozinhas, lavanderias e escritórios, e são ideais para proporcionar iluminação uniforme
e mais nítida em comparação com as tecnologias mais “quentes”.
Linha de nobreak
A NHS acaba de lançar o nobreak Compact Plus Rack 2U, que faz parte da Linha
Senoidal. Aparelho de alta frequência, o
Rack 2U pode ser ligado mesmo quando a
rede elétrica não estiver disponível, sendo
ideal para fontes com PFC (Power Factor
Corrector). Ele possui bivolt tanto na entrada (automático) como na saída (configurável), o que amplia a gama de equipamentos
que podem ser conectados. O Compact Plus
Rack 2U tem 1.000VA/600W de potência,
duas baterias 7Ah seladas – aumentando
a proteção contra curto-circuito -, e controle DSP (Processador Digital de Sinais), que
oferece alto desempenho e forma de onda
senoidal pura.
Solução sem fio
A Fluke Networks está lançando uma série
de recursos 802.11ac nas soluções AirMagnet
Survey PRO/Planner e AirMagnet WiFi Analyzer
PRO para auxiliar as organizações a otimizar a
migração ou coexistência para o novo padrão
de rede 802.11ac. Com novas aplicações de
modelagem, kits de ferramentas e capacidade única de captura e análise portátil 3x3 da
indústria, as empresas agora podem alavancar a primeira solução completa de lifecycle
sem fio da indústria, para projetar, implantar e fazer troubleshooting em redes padrão
802.11ac com precisão, rapidez e de maneira
mais econômica. Fixação de tomada
A Sob-Brasil apresenta ao mercado o PCE – Alojamento para fixação de tomada em
trilho DIN. A solução é ideal para montagens em painéis e/ou armários elétricos e conta
com estrutura protegida para impedir choque elétrico por contato acidental. O produto
tem altura de 47mm e é feito em polipropileno, com retardamento de chama, na cor cinza. Ele tem grau de Proteção IP20 e é compatível com tomadas de painel para 16 e 32A,
flange de fixação 75x75mm e fixação interior de 60x60mm.
54
potência
Luminária modular
A Lâmpadas Golden diversificou sua linha de luminárias para Iluminação Pública com o modelo Square Modular, da Linha Highway Lighting. Com design diferente e
IP66, ou seja, indicado para uso externo e podendo ficar exposto a intempéries, o produto é recomendado para avenidas, praças, pontes e viadutos, ruas e condomínios. Há
opções de 24 até 96 LEDs, com sete potências distintas (58, 86, 114, 140, 168, 196 e
224W ) e adaptáveis à demanda de consumo. Seu corpo em alumínio injetado possui
encaixe para fotocélula. A linha possui duas temperaturas de cor (5.000 e 4.000K) para
atender tanto a demanda por luz mais branca como mais amarelada. Sua eficiência luminosa varia de 85 a 96lm/W, o que garante um fluxo luminoso de elevada qualidade.
Produtos adaptados
A Tramontina Eletrik adaptou os conduletes múltiplos
de sua linha de produtos, de acordo com as novas características da norma NBR 14136. A empresa ampliou a altura
interna dos conduletes em 4mm, o que permite o melhor
acondicionamento das tomadas em seu interior. Paralelamente, foi modificado o projeto das tomadas que levam
a marca, tornando-as mais estreitas, o que proporcionou
um ganho de mais 7mm de espaço livre nos conduletes.
Porteiro eletrônico
A HDL apresenta ao mercado seu mais recente lançamento: o porteiro eletrônico F8-S. Trata-se
de uma solução compacta, leve e discreta de interfones para residências, condomínios e espaços
comerciais, que possui um novo sistema de instalação mais seguro, prático e rápido, sem a necessidade de abrir o painel externo para efetuar a instalação, contando também com fonte automática
bivolt (127/220 Vac – 50/60 Hz). O modelo tem painel externo fabricado em plástico ABS e acabamento frontal em alumínio escovado, permite instalação de até quatro pontos internos, sendo um
interfone que acompanha o kit, mais três interfones que podem ser adquiridos separadamente,
alarme antiviolação na unidade externa e ainda aciona qualquer fechadura da marca de 12 volts.
Soquete E27
Fixtil para
lâmpadas
A Fixtil incluiu em seu mix de produtos
do segmento de Elétrica a linha de soquetes para lâmpadas. Entre as opções, está o
modelo Soquete E27 com rabicho, acessório adequado para instalar lâmpadas incandescentes e eletrônicas de 110 e 220V. Ele é
fabricado em material plástico com contatos em latão, está disponível na cor preta e
é apropriado para instalações temporárias.
potência
55
economia
finanças e investimentos
Faturamento em queda
pamentos decorrentes dos investimentos
em geração e transmissão de energia. No
entanto, os investimentos em distribuição
estão parados.
Quanto aos Materiais Elétricos de Instalação, apesar de todos os incentivos para a
construção civil, não foram registrados reflexos nos negócios das pequenas construções e
reformas, principais mercados desse segmento.
O número de empregados no setor, no
final de junho, atingiu 178,6 mil trabalhadores, pouco acima do verificado no final do
ano passado. No entanto, nos últimos dois
meses houve diminuição de 1.500 trabalhadores ocupados, mais uma evidência do esfriamento dos negócios no segundo trimestre.
As exportações apresentaram retração
de 5% nos primeiros seis meses do ano em
relação a igual período do ano passado, atingindo US$ 3,2 bilhões.
Em relação ao destino das exportações,
observa-se queda para os países da ALADI,
principal mercado do setor, e crescimento
para todas as demais regiões.
As importações, por sua vez, caíram 1%
no primeiro semestre de 2014, o que também
reflete a retração do mercado interno de produtos eletroeletrônicos.
A principal origem das importações continua sendo a Ásia, que representa 66% do
total importado de produtos do setor.
Nova fábrica
A Anacom Eletrônica, distribuidora de produtos para desenvolvimento eletrônico, acaba
de fechar contrato de distribuição com a ABI
Electronics, empresa inglesa do segmento de
testes e diagnósticos de falhas em placas eletrônicas e que oferece um completo sistema
para este fim, o System 8 BoardMaster PLUS. Com o acordo, a Anacom passa a oferecer
soluções que cobrem todas as etapas do ciclo
de vida de um produto eletrônico, desde a sua
concepção até o diagnóstico e reparo de falhas
deste produto (projeto, prototipagem, manufatura, testes e reparo). “Com esta parceria, pretendemos contribuir de forma significativa com o mercado
eletroeletrônico e diversos outros setores que
utilizam o sistema, tornando esta atividade
acessível para a maioria das empresas, técnicos e engenheiros de manutenção e reparo”,
comenta Carlos Gonzalez, diretor de Unidade
de Negócios da Anacom.
Fotos: Dreamstime
Dados divulgados pela
Abinee em agosto apontam
que o faturamento da indústria elétrica e eletrônica
apresentou queda real de
4% no primeiro semestre
deste ano, em relação ao
mesmo período do ano passado. O crescimento nominal
(sem descontar a inflação do setor) foi de 3% na mesma comparação.
Para o ano, a Abinee reviu sua projeção
anterior (crescimento nominal de 8% e real
de 5%), prevendo que os percentuais deverão
ser os mesmos do primeiro semestre - queda
real de 4% e crescimento nominal de 3%.
Com exceção da área de Telecomunicações, o faturamento de todas as demais apresentaram crescimentos menores no segundo
trimestre do que no primeiro trimestre, fato
que reflete a queda dos negócios ao longo do
semestre. As áreas de Automação Industrial
e Equipamentos Industriais, dependentes de
investimentos produtivos, cresceram 11% no
primeiro semestre. O desempenho é justificado pelas encomendas de equipamentos ocorridas no final do ano passado, e que geraram
faturamento para este início de ano.
No caso da área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) estão sendo verificadas encomendas de equi-
Parceria
inédita
A Osram abriu oficialmente uma nova fábrica de LEDs na cidade chinesa de Wuxi. Com área de aproximadamente 100 mil m², o local foi projetado para abrigar cerca de 2,1 mil empregados até 2017. “Essa notícia
representa um grande aumento na nossa capacidade de produzir LEDs, tecnologia que mais se expandirá no
mercado global nos próximos anos”, declara Wolfgang Dehen, CEO da empresa.
A fábrica chinesa é a segunda unidade da Osram onde chips de LED serão transformados em fontes
de luz, prática já desenvolvida em Penang (Malásia). Além delas, em Regensburg (Alemanha), são produzidos chips semicondutores na tecnologia. “Wuxi será capaz de produzir bilhões de LEDs por ano. A Osram, cada vez mais, tem se esforçado para avançar nas descobertas e no aprimoramento tecnológico para
oferecer aos clientes de todo o mundo produtos cada vez mais vantajosos”, afirma Aldo Kamper, CEO do
departamento de Opto Semicondutores da empresa. Outro investimento importante da Osram foi a compra da italiana Clay Paky, especializada em iluminação para entretenimento. Sediada em Bérgamo, a Clay
Paky é fabricante de diversos produtos que utilizam dispositivos da Osram, como os da linha Sirius, refletores de alto desempenho para a iluminação de pubs, bares e casas noturnas. “Osram e Clay Paky sempre
se complementaram. Nessa nova etapa da sociedade esperamos oferecer ao mercado um leque ainda maior
de soluções para iluminação de entretenimento, com a união de dois respeitáveis portfólios e o domínio tecnológico de ambas”, comemora Ricardo Oliveira, gerente de Vendas do Canal Display Optic da Osram Brasil.
Foto: Divulgação
56
potência
Falhas no sistema de transmissão de energia e o aumento da tarifa elétrica têm movimentado as vendas no mercado de geradores.
E, graças a esse contexto, a Distribuidora Cummins Centro Oeste (DCCO), único distribuidor
dos grupos geradores da Cummins Power Generation em Goiás, Distrito Federal e Tocantins,
prevê crescimento de 30% nas vendas no segundo semestre deste ano.
De acordo com Carlos Person, gerente de
Vendas da DCCO, os segmentos de mercado
que apresentaram melhores resultados no ano,
até o momento, foram os de geração de energia
(36%) e de serviços (52%).
Foto: Divulgação
Negócios no
centro-oeste
Investimento
no futebol
A SIL, fabricante de fios e cabos elétricos,
volta a patrocinar a Série C do Campeonato
Brasileiro de Futebol – Brasileirão 2014, com
base na Lei de Incentivo ao Esporte. A participação da empresa se dará com a apresenta-
ção de placas estáticas nos estádios durante
os jogos. A iniciativa tem como meta aumentar a visibilidade da SIL em todo o território
nacional, tornando a marca cada vez mais
próxima do seu público consumidor.
O marketing esportivo tem sido uma importante ferramenta de divulgação da marca, com ações que privilegiam o rádio e a TV
por serem canais que atingem diretamente
os profissionais especificadores. Além do patrocínio à Série C do Brasileirão, a empresa
patrocina os segmentos de futebol das Rádios
Bandeirantes e Alpha, em São Paulo.
“O apoio ao futebol ao longo dos anos
deu visibilidade à SIL e vem fortalecendo a
relação da empresa com seus consumidores,
baseada em ética, qualidade e segurança”,
avalia Rodrigo Morelli, supervisor de Marketing da SIL.
Exportações em alta
Aquisição de
empresa
A ABB fechou acordo para a aquisição
da empresa Spirit IT, situada na cidade de
Eindhoven, Holanda. Com a compra, a ABB
irá adicionar uma nova linha de computadores de vazão de líquido de alto desempenho, soluções SCADA e de transporte de
transferência física, para sua unidade de
negócios de medição voltada à indústria
de petróleo e gás. A Spirit IT projeta e vende soluções de
medição de vazão de líquido e soluções de
supervisão para utilização em aplicações de
petróleo e gás. Seus computadores de vazão de líquidos e software oferecem maior
precisão e controle em aplicações para automação de plataformas de exploração, e
transporte de transferência física.
“A inclusão de produtos da Spirit IT ao
portfólio de produtos de medição da ABB
irá permitir que possamos oferecer uma solução de automação mais abrangente para
líquidos e gases”, ressalta Veli-Matti Reinikkala, responsável mundial da divisão de
Automação de Processos da ABB.
A filial brasileira da Schmersal, cuja fábrica está localizada na cidade de Boituva (SP),
aposta na exportação de produtos voltados à
segurança de máquinas e equipamentos para
incrementar seus negócios. Esse foco de atuação da companhia deve impulsionar o volume
de itens exportados em 50% em 2014, sobre
os 30% atingidos no ano passado. O mercado
externo representa 10% do faturamento anual da empresa.
O parque fabril nacional fornece produtos
para países da América Latina e também para
as filiais da Schmersal na Europa, Ásia e América do Norte. Do total exportado, 30% são
para a América Latina e 70% para as demais
regiões do mundo.
Atualmente, a unidade brasileira é considerada um centro de competência para diversas
soluções e produtos para elevadores e chaves
de emergência, que são os mais exportados.
Tanto que a empresa está investindo em estrutura própria de consultoria técnica e vendas em
países como o México,
Chile e Equador. Além
disso, também está
ampliando sua rede de
distribuidores.
Para Rogério
Baldauf, diretor-superintendente da
Schmersal, ape-
sar dos bons resultados, o cenário das exportações brasileiras é preocupante em função da
situação cambial vivida pelo País. “Havia uma
expectativa de maior desvalorização do real,
porém, nos últimos meses, se registrou uma
tendência contrária. Esta oscilação impede um
bom planejamento e está afetando todas as
empresas exportadoras. Questões logísticas e
burocráticas no Brasil são também um grande
obstáculo. Existem casos de embarques que
demoram até um mês para liberação na alfândega”, desabafa.
Ainda segundo o executivo, as exportações brasileiras dependem do cenário externo. “Em geral, a perspectiva é boa, visto que
grandes mercados como Europa e EUA se recuperam das respectivas crises. Temos como
exemplo países como Espanha e Itália, que
passaram por recessão recentemente e hoje
apresentam os maiores índices de crescimento de vendas da Schmersal no mundo”, finaliza Baldauf.
potência
57
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geração, transmissão e distribuição
Fotos: Dreamstime
gtd
Qualificação de educadores
Com o objetivo de
qualificar educadores e tornálos agentes multiplicadores
do conceito sobre o consumo
consciente e seguro da energia
elétrica, a EDP, empresa do
Grupo Energias de Portugal,
inicia um novo ciclo do projeto
“Boa Energia nas Escolas”
em sua área de concessão de
distribuição de energia elétrica
em São Paulo e no Espírito
Santo.
Balanço
do trimestre
A Companhia
Paranaense de Energia
(Copel) anunciou os
resultados do segundo
trimestre de 2014. O balanço
consolidado da empresa
apresenta os dados das
subsidiárias integrais, das
controladas, coligadas e
consórcios. No segundo
trimestre desse ano, a
empresa obteve lucro líquido
de R$ 248,3 milhões, valor
1,3% inferior ao registrado
no 2T13. A receita líquida
registrou crescimento de
48,4% e o custo com compra
de energia avançou 76,8%.
A nova etapa do projeto
terá duração de dois anos e
será desenvolvida em 600
escolas da rede estadual e
municipal de ensino. Serão
beneficiados 240 mil alunos
e capacitados três mil
educadores em instituições
localizadas nos municípios sob
concessão da EDP em ambos
os estados.
Na primeira fase
do “Boa
Energia nas
Escolas” foram
ministradas
palestras de
sensibilização com os
educadores e apresentados
os objetivos, as ações
educacionais e a metodologia
pedagógica utilizada no
projeto.
Já na segunda fase, a
EDP irá promover cursos
de capacitação, com a
finalidade de instrumentalizar
os educadores para o
desenvolvimento das
atividades em sala de aula,
e oferecer todo o material
didático e pedagógico.
Com a qualificação, os
educadores das unidades de
ensino contempladas estarão
aptos a levar conhecimento
aos alunos, de maneira
lúdica e divertida, sobre o
funcionamento dos processos
de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica,
bem como abordar temas a
respeito do uso racional da
eletricidade e ensinar dicas de
economia.
“Além de conscientizar
diretamente professores e
alunos, o projeto Boa Energia
nas Escolas busca envolver as
famílias e comunidades
do entorno de
forma indireta,
orientando para
a mudança de
hábitos e atitudes
quanto à redução
do desperdício
de energia e contribuindo
com a preservação do meio
ambiente”, destaca o vicepresidente da EDP Distribuição,
Miguel Amaro.
Após a capacitação dos
educadores, as instituições
receberão a Unidade Móvel de
Ensino desenvolvida pela EDP:
um caminhão de médio porte
customizado e equipado com
televisão, que exibirá vídeos
em 3D, e diversos experimentos
sobre energia elétrica, além
de jogos, gibis e uma maquete
que simula o consumo de uma
residência.
Bons resultados
Após aquisição do Grupo Rede, em 11 de abril, a Energisa
publica seu primeiro resultado consolidado. No segundo trimestre de
2014, a empresa obteve lucro líquido consolidado com crescimento
de 126%, somando R$ 60,8 milhões. No acumulado no semestre,
o lucro líquido atingiu R$ 136 milhões. Também houve incremento
de 67,9% na geração de caixa (EBITDA Ajustado), que totalizou
R$ 616,6 milhões no primeiro semestre de 2014. A energia total
comercializada no segundo trimestre aumentou 85,3%, para
10.575GWh. No semestre, a energia total comercializada foi de
7.494GWh, um crescimento de 161%.
58
potência
Consumo
de energia
No mês de junho, foi
registrado um consumo total
de 58.488MW médios de
energia elétrica nos ambientes
de contratação livre e no
mercado regulado, o que
representa alta de 0,27% em
relação ao mesmo período no
ano passado. Na comparação
com maio deste ano, houve
queda de 2,3%. Do montante
consumido no mês, 75%
foi absorvido pelo mercado
regulado e 25% pelo livre,
com valores de 43.615MW
médios e 14.873MW médios,
respectivamente. Os dados
constam do InfoMercado,
boletim publicado
mensalmente pela Câmara de
Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE) e que traz
os principais resultados das
operações contabilizadas
no setor elétrico. Segundo
o InfoMercado, o consumo
foi puxado pelo ramo de
metalurgia e produtos de
metal, com 2.896MW médios;
seguidos pelo setor químico
com 1.625MW médios; pelo
ramo de minerais metálicos e
não metálicos com 1.586MW
médios e pelo de bebidas
e alimentos com 914MW
médios.
geração, transmissão e distribuição
Ilustrração: Dreamstime
gtd
Lucro de R$ 15,3 milhões
As distribuidoras de energia elétrica Celpe
(Pernambuco), Coelba (Bahia) e Cosern (Rio Grande do
Norte), do Grupo Neoenergia, são as primeiras do País a oferecer
consultoria gratuita para órgãos públicos federais que necessitam
obter etiquetas de eficiência energética para suas instalações.
O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPOG) determinou
que prédios federais, novos ou recentemente reformados,
atestem que foram construídos ou reformados visando o máximo
de economia de energia possível. A medida tem como objetivo
combater o desperdício e incentivar o uso racional da energia no
setor público federal. As etiquetas de eficiência energética são
semelhantes às utilizadas nas lâmpadas e aparelhos eletrônicos.
No caso dos prédios públicos, a norma se aplica às edificações
novas com área acima de 500 metros quadrados e também a
prédios que passarem por reformas significativas.
O processo de etiquetagem das edificações públicas, assim
como ocorre nas edificações comerciais e de serviços, avalia os
sistemas de iluminação artificial, de condicionamento de ar e de
envoltória (fachadas e coberturas), de acordo com o clima local.
A etiqueta busca incentivar a elaboração de projetos
arquitetônicos que aproveitem ao máximo a iluminação e
ventilação natural, o que resulta em consumo menor de energia
elétrica. As etiquetas das construções são classificadas em níveis
que variam do A (mais eficiente) até o E (menos eficiente), de
acordo com o consumo de energia.
A etiqueta de cada edifício pode ser parcial ou geral. É
possível avaliar separadamente os sistemas de envoltória,
iluminação e condicionamento de ar. A etiqueta também pode ser
aplicada a um pavimento, conjuntos de salas ou ao prédio todo.
Para a obtenção da etiqueta, é necessário apresentar à
distribuidora o projeto arquitetônico (planta baixa, cortes,
fachadas e detalhes de esquadrias), projeto elétrico e
luminotécnico, projeto de condicionamento de ar, memorial
descritivo dos materiais a ser utilizados nas fachadas e
coberturas, para análise das propriedades térmicas, e fator solar
dos vidros. Após a consultoria gratuita realizada pelo setor de
Eficiência Energética da Neoenergia, o projeto é encaminhado
para os órgãos acreditados pelo Inmetro para a emissão da
etiqueta de eficiência energética.
60
potência
Complexo do Rio Madeira
A Hidrelétrica Santo
Antônio obteve no dia 7
de agosto a autorização da
Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) para colocar
em operação comercial sua
28ª turbina, sete unidades
geradores a mais que o previsto
no cronograma original. As
28 turbinas representam
uma potência instalada de
aproximadamente 2.000MW,
energia disponibilizada ao
Sistema Integrado Nacional
(SIN), que a distribui para
diversas regiões brasileiras.
Foto: Divulgação
Eficiência
energética
A Light S/A, holding que atua nos segmentos de distribuição,
geração e comercialização de energia elétrica, totalizou no
resultado do segundo trimestre de 2014 lucro líquido de R$ 15,3
milhões, uma redução de 73,8% em relação ao mesmo período
em 2013, em função do aumento dos custos não gerenciáveis de
compra de energia.
Considerando os ativos e passivos regulatórios (CVA), o
lucro líquido ajustado totalizou R$ 94,7 milhões. O lucro líquido
acumulado dos seis primeiros meses de 2014 é de R$ 196
milhões, resultado 43,1% maior do que o alcançado
nos seis meses iniciais de 2013. O
EBITDA (lucro antes de impostos,
depreciação e amortização) também
foi impactado pelo aumento dos
custos não gerenciáveis da compra
de energia, chegando a R$ 239,3
milhões, 13,9% abaixo do apurado
em 2013. Considerando o CVA, o
EBITDA chegou a R$ 359,7 milhões. A taxa
de arrecadação do trimestre chegou a 103,5% do faturamento,
0,7% abaixo do índice do mesmo período do ano passado.
O consumo total de energia na área de concessão da
Light foi destaque no resultado, crescendo 3% em relação ao
mesmo período de 2013 e chegando a 6.495GWh. Os fatores
que influenciaram o alcance deste valor foram, principalmente,
os aumentos dos consumos nos segmentos residencial (8%)
e comercial (2,8%). A receita líquida da Light consolidada no
segundo trimestre de 2014 totalizou R$ 1,6 bilhão, valor 1,4%
acima do mesmo período em 2013, com destaque para as
atividades de comercialização e distribuição, que apresentaram
aumento de 40,5% e 3,2%, respectivamente. No acumulado
do semestre, este valor chega a R$ 3,7 bilhões, um aumento de
11,2% ante os seis primeiros meses de 2013.
geração, transmissão e distribuição
O setor de energia no Brasil não apresenta um cenário
favorável, devido à escassez de chuvas. Para o segundo semestre
de 2014, de acordo com a comercializadora Trade Energy, o
mercado livre não tem expectativas de redução dos preços no
spot, já que o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) deverá
permanecer igual ou superior aos valores atualmente observados.
“Entretanto, o momento está sendo aproveitado para
importantes discussões regulatórias do segmento, como a
expansão para o mercado livre, os obstáculos à liberação
mais ampla deste ambiente, além da permissão das
distribuidoras para promoverem os próprios leilões de
compras, com objetivo de eliminar futuramente sua
exposição involuntária, entre outras questões”, afirma
Walfrido Avila, presidente da Trade Energy.
Outro aspecto avaliado pela companhia é a tendência da
elevação do PLD até, pelo menos, dezembro deste ano. “Para 2015 há uma
incógnita, mas os preços para contratos futuros, mais baixos que os atuais,
mostram que o mercado espera um período úmido, ao menos razoável”,
acrescenta o executivo. Com a finalidade de comprar energia com preços mais
competitivos, a Trade Energy orienta seus clientes na contratação de longo prazo.
“Devido às decisões erradas do governo em relação à política energética, deve
haver uma explosão tarifária nos próximos anos”, declara Avila.
Questões como a necessidade de expansão para atendimento ao mercado
livre e a destinação de cotas de energia das concessões de geração renovadas
para o ambiente de contratação livre também devem ser avaliadas. “O processo
de revisão de energia garantida nesse ano pode afetar a oferta total de garantia
física e, talvez, levar o governo a fazer leilões mais frequentes e com regras mais
elásticas e adaptadas à realidade”, enfatiza o presidente.
Programa de regularização
Capacidade instalada
Em junho de 2014, o conjunto de 1.125 usinas interligadas ao Sistema Nacional gerou 59.410MW médios,
volume 2,6% inferior ao computado em maio de 2014 e 0,3%
frente a junho do ano passado.
A capacidade instalada somou 127.294MW e registrou
aumento de 0,21% (268MW) nas unidades geradoras
com relação a maio de 2014 e de 2,7% (3.320MW) em
comparação a dezembro de 2013. Os dados constam da
última edição do Boletim de Operação das Usinas, divulgado
mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE).
Em junho, aponta o Boletim, também houve acréscimo
líquido de sete novas usinas ao SIN. O destaque foi a entrada
em operação de unidade geradora da usina de Jirau (75MW) e
usinas a biomassa (110MW). Considerando o primeiro semestre,
ainda acrescentam-se as eólicas e térmicas a gás.
O Informativo revela que, apesar do aumento de geração
das usinas a biomassa, caiu em 3,6% a produção das
termelétricas, entre maio e junho de 2014. Foi registrada uma
geração de 16.686MW médios. Na comparação com junho de
2013, contudo, verifica-se alta de 14,7%.
Com novos parques entrando em operação, a geração
eólica, com uma produção de 1.228MW médios, foi destaque
com aumento de 127,2% entre junho de 2014 e o mesmo
período de 2013. Também houve crescimento de 64, 4%,
entre maio a junho desse ano. A geração das hidrelétricas
apresentou redução de 3,7% em relação a maio de 2014 e de
6,3% em relação a junho de 2013.
Desde 2004, o programa Transformação Consumidores em Clientes da AES Eletropaulo já
regularizou a energia em mais de 620 mil residências, de 1,4 mil núcleos. Deste total, 120 mil
foram nas cidades do ABC, outras 100 mil na região Oeste e 400 mil na Capital de São Paulo. Até o
final de 2015, a AES Eletropaulo beneficiará, no total, mais de 2,5 milhões de pessoas. Com isso, a
concessionária estima atender todos os núcleos que estão prontos para a instalação de energia segura.
Para fomentar o programa dentro das comunidades, a AES Eletropaulo conta com a parceria da
liderança dos locais. Esses agentes trabalham no esclarecimento à população sobre os riscos das
ligações clandestinas, prevenção e conscientização para o uso adequado e seguro da energia, com
intuito de combater acidentes provocados pelas instalações irregulares.
Os benefícios do programa incluem ainda uma iluminação pública regularizada, evita curto-circuito
e, consequentemente, incêndios. “Segurança é prioridade deste programa. Durante todo o processo,
além da utilização de alta tecnologia, com cabeamento seguro e isolado, a companhia também realiza
orientações aos moradores porta a porta, sobre economia de energia”, afirma José Cavaretti, gerente
de Novos Mercados da AES Eletropaulo.
O projeto já se tornou benchmark no setor, devido a abrangência e preocupação sustentável com a
comunidade. De acordo com pesquisas realizadas pela própria companhia, aproximadamente 80% das
famílias que passam pelo programa afirmam que a distribuidora levou segurança às suas residências
e comunidades. “Levar essa experiência para outras empresas também é gratificante. E, ao final, quem
ganha é a população”, concluiu Cavaretti.
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potência
Foto: Dreamstime
Preço de energia
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(11) 3060-5000
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-
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(81) 3423-1300
www.ficons.com.br
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GENERAL CABLE
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(11) 3457-0300
www.generalcablebrasil.com
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HAENKE TUBOS
33
(11) 4094-1930
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IDEAL WORK ENGENHARIA 39
(11) 4619-1039
www.idealworkeng.com.br
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IFC - COBRECOM 67
(11) 4023-3163
www.cobrecom.com.br
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INTELLI
23
(16) 3820-1500
www.grupointelli.com.br
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KIAN BRASIL
68
(21) 2702-4575
www.kianbrasil.com.br
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NAMBEI FIOS E CABOS
31
(11) 5056-8900
www.nambei.com.br
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PLASTIBRAS
27
(65) 3667-6201
www.plastibras.ind.br
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PROJECT-EXPLO
25
(11) 5589-4332
www.project-explo.com.br
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SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL LTDA
13
0800-7289110
www.schneider-electric.com.br
[email protected]
SINDUSTRIAL 15
(14) 3366-5200
www.sindustrial.com.br
[email protected]
SMART GRID
43
(11) 3051-3159
www.smartgrid.com.br
[email protected]
agenda
Setembro/outubro 2014
eventos
7º Fórum Latino Americano de Smart Grid
Data/Local: 09 a 11/09 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3051-3159 / www.smartgrid.com.br
Elétrica Segura
Data/Local: 12/09 – Ceará – CE
Informações: (11) 4028-5451 / www.abracopel.org
Powergrid Brasil 2014
Data/Local: 16 a 19/09 – Joinville – SC
Informações: (47) 3451-3000 / www.powergrid.com.br
PV Power Brasil
Data/Local: 22 a 23/09 – São Paulo – SP
Informações: www.marketing.abce.org.br
Eletron – Feira Brasileira da Indústria Elétrica, Eletrônica e Automação Industrial
Data/Local: 24 a 27/09 – Curitiba – PR
Informações: (41) 3075-1100 / www.feiraeletron.com.br
TI Energia 2014 – Encontro de Tecnologia da Informação do Setor Elétrico
Data/Local: 29/09 a 01/10 – Florianópolis – SC
Informações: (48) 3034-5349 / www.tienergia.com.br
cursos
Subestações de Média e Alta Tensão
Data/Local: 01 a 03/09 – Uberlândia – MG
Informações: (34) 3218-6800 / www.conprove.com.br
Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
Data/Local: 08 a 10/09 – São Paulo – SP
Informações: (11) 5031-1326 / www.barreto.eng.br
Aterramento Elétrico
Data/Local: 15 a 17/09 – Uberlândia – MG
Informações: (34) 3210-9088 / www.tllv.com.br
Proteção para Geração Distribuída
Data/Local: 18/09 – Curitiba – PR
Informações: (41) 3361-6099 / www.sistemas.lactec.org.br
Veículos Elétricos e Híbridos
Data/Local: 26 e 27/09 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3287-2033 rm 115 / www.saebrasil.org.br
Comando de Motores Elétricos
Data/Local: 29/09 a 02/10 – Itajubá – MG
Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
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potência
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