REUNIAO DE CASOS - 04 GABRIELA PARIZOTTO-Residente de RDI da DIGIMAX/HUST (1) VICENTE SPOSITO-Residente de Cirurgia HUST(1) CLAUDIO LUIZ L. DE SOUZA JR.-Residente de Cirurgia HUST(2) FELIPO WURZEL-Residente de Cirurgia HUST(1) GIORDANO B. TAGLIARI (Acadêmicode Medicina –HUST 2014/1) CASO 01 Identificação • • • • Paciente I.T; Sexo masculino; Idade: 10 anos; Natural e residente de Capinzal - SC Admissão • Paciente previamente internado para tratamento de anemia, com queixa de cólica intestinal associado a fezes endurecidas e de coloração escura. • Em Capinzal, recebeu transfusão com 2 bolsas de concentrado de hemácias. • Nega quadro de hematêmese ou hematoquezia. • Paciente não apresenta comorbidades; • Nega uso de medicamentos; • Nega alergia medicamentosa. • AF: Pais hígidos. Sem histórico de CA na família. Internação • • • • BEG, corado, hidratado, afebril, lúcido AR: Sem alterações. ACV: Sem alterações. Abdomen: Plano, flácido, RHA+, normopalpável. • Realizou endoscopia esofagogástrica (visualizou-se massa gástrica); • Ressonância magnética (massa gástrica), colonoscopia(processo inflamatório em íleo terminal ????); • Coleta de marcadores tumorais (alfa feto (-), CEA (-), beta hCG (-). • Biópsias colhidas da lesão não apresentavam material tumoral. Há uma segunda biópsia em andamento ainda sem resultado. • Interna no momento para tratamento cirúrgico tumoral Conduta • Solicitar reserva de sangue para a cirurgia (sangue O+ 10 ml por kg) • Jejum via oral a partir do dia seis de Maio as 00:00 horas • Cirurgia programada para o dia sete de MAio as 13:30 h. • Paciente estável, aguardando cirurgia. Descrição cirúrgica 1. 2. 3. 4. Paciente em DDH + Anestesia geral Assepsia + Antissepsia Incisão mediano supraumbilical Inventário da cavidade:Massa gástrica com fígado, intestino delgado e cólon sem evidência de lesões; 5. Realizado gastrectomia com margem de aprox. 2-3 com do tumor, que se encontra encapsulado; 6. Congelação constatando margens livres; 7. Anastomose realizada com grampeador linear cortante 80, utilizando duas cargas. 8. Colocado drenos de Penrose n2 nas paredes posteriores e anteriores, com exteriorização em hipocôndrio direito; 9. Sobressutura realizada com Vycril 3-0 10. Realizado apendicectomia profilática afim de se evitar intervenção cirúrgica futura por apendicite; 11. Fechamento por planos; 12. Curativo. 1º Pós-operatório • Paciente BEG , hidratado, eupneico. • AR: Sem alteraçoes. • Abdome: Flácido, com RHA +, apresentou um episodio de vômito . • SNG com pouco débito. • Dreno abdominal com pouco débito. • Diurese de 1500 ml em 12 horas. • Conduta: Retirar Sonda vesical Sentar e deambular Analgesia de horário 2º Pós-operatório • Paciente mantendo-se estável, sem queixas, sem alteração do exame físico. • Conduta: Prescrição mantida Retirada de SNG 3º Pós-operatório • Criança BEG sem queixas, já deambulou • Abdomen flácido , com RHA positivos. • Conduta: Analgesia se necessário, plasil de horário. Evoluo dieta ( água, chá e gelatina). Mantem dreno abdominal. 5º Pós-operatório • Criança BEG, no momento sem queixas, deambulando • Abdome flácido, depressível, RHA+, dreno abdominal sem débito. • Conduta: Analgesia se necessário Suspendo Plasil Medicações VO Dieta pastosa (batida no liquidificador) Mantém dreno, avaliar retirada 6º Pós-operatório • Paciente mantendo-se estável, sem queixas, com boa aceitação da dieta, exame físico sem alterações, boa evolução. • Conduta: Retirado drenos. Alta hospitalar com orientações. Diagnósticos diferenciais • Fazem parte do diagnóstico diferencial de tumores não epiteliais comumente localizados no estômago,lipoma, GIST, leiomiomas e tumores neurogênicos. • ANATOMOPATOLÓGICO GIST • Tumores mesenquimais mais comuns do Trato Gastrointestinal. • Podem ocorrer a partir do esôfago até o ânus, sendo o estômago a localização mais comum. • Geralmente mostram hipossinal em imagens ponderadas em T1. • Intensidade de sinal intermediária ou alta nas imagens ponderadas em T2, com destaque às áreas de necrose/liquefação nas lesões volumosas. A vascularização é variável, geralmente com realce precoce após a administração de gadolinio, pelo rico componente de irrigação arterial do tumor. LIPOMA GÁTRICO • Lipomas são tumores benignos constituídos por tecido adiposo maduro, geralmente circundado por cápsula fibrosa. • A etiologia deste tumor não é totalmente conhecida. LIPOMA GÁTRICO • Os tumores benignos do estômago representam apenas 5% de todas as neoplasias deste órgão, das quais 80% são pólipos e tumores intramurais de músculo liso. • Os tumores benignos gástricos são geralmente achados incidentais em exame endoscópico ou radiológico. • Os lipomas gástricos representam 3% de todos os tumores benignos do estômago LIPOMA GÁTRICO • Localização topográfica do tumor (antro e no corpo do estômago). • Apresentam predomínio em mulheres, com pico de incidência entre a 5ª e a 7ª décadas de vida • Assim como a maioria dos tumores benignos do estômago, os lipomas gástricos geralmente são assintomáticos, tendo apresentado aumento considerável da sua frequência de reconhecimento com a maior utilização da radiologia e da endoscopia digestiva alta (EDA) (3). O avanço dos métodos diagnósticos, como tomografia computadorizada (TC) e ultrassonografia (US) endoscópica, foi de grande valia para o diagnóstico dos tumores submucosos, entretanto, em determinadas situações, apenas o exame histopatológico detalhará a precisa natureza do tumor. • Quando apresentam sintomas: localização do tumor tamanho complicações como ulcerações centrais de sua mucosa. • Os sintomas principais: Epigastralgia Hematêmese Melena Anemia Distensão abdominal Náuseas, vômitos e queimação retroesternal. • A obstrução não é comum, mas pode ocorrer se o tumor estiver localizado perto da cárdia ou do piloro. LIPOMA GÁTRICO • Os exames complementares: Radiografia contrastada: Formação submucosa elevada lisa ou lesão ulcerada em olho de boi (indistinguível à superfície de um leiomiomas outros tumores mesenquimais). Quando de maior volume e com consistência macia característica, o diagnóstico correto pode ser sugerido pela mudança de tamanho e forma, de acordo com o peristaltismo ou a palpação manual durante a fluoroscopia. LIPOMA GÁTRICO • Os exames complementares: Endoscopia (sinal da tenda, sinal da almofada e mucosa amarelada). A biópsia não é diagnóstica em razão da natureza submucosa da lesão, não sendo, dessa forma, conclusiva no nosso caso, mesmo após realização de biópsia sobre biópsia. Ecoendoscopia (evidenciar o aspecto hiperecóico difuso na camada submucosa, com contornos regulares,característica dos lipomas. Localiza a lesão e define qual camada da parede gástrica está envolvida). Tomografia computadorizada (considerada o método mais confiável devido a capacidade de determinar a estrutura, densidade, extensão, forma e localização do tumor. Demonstra massas submucosas circunscritas, de densidade negativa). LIPOMA GÁTRICO • O tratamento: Controverso. Para pequenas lesões, menores que 3 cm, e assintomáticas, a ressecção por via endoscópica é o tratamento mais indicado. Para tumores maiores e/ou sintomáticos, o tratamento de escolha é a ressecção cirúrgica por laparotomia ou videolaparoscopia. CASO 02 CASO CLÍNICO • • • • NOME: A.S. IDADE: 29 ANOS BRANCO ENTRADA NA EMERGÊNCIA 20/05/2014 • Paciente com quadro de dor intensa, edema e hiperemia em região escrotal. Relata que o quadro iniciou há 3-4 dias quando começou a espremer um pelo encravado no local. Evoluiu com dor e aumento de volume escrotal a esquerda. CASO CLÍNICO • PA: 130x80mmHg • Tax: 36,8°C • Exame físico: escroto edemaciado e hiperemiado predominantemente a esquerda, com dor intensa a mobilização do mesmo e também dor intensa à palpação local. CASO CLÍNICO • 20/05/2014 – Laboratório • • • • • • • Hb:12,9 Ht: 38,9 Leucócitos: 16.200 Bastões: 3,0% Plaquetas: 196000 GJ: 249,3 Creatinina: 0,84 • • • • TAP: 16,9 RNI: 1,33 TTP: 23,7 Ac Anti-HIV 1-2: não reagente CASO CLÍNICO 21/05/2014 Prescrição: 1. NPO 2. Dipirona 2mL 3. Profenid 50mg 4. Plasil N/V 5. Ceftriaxona 1g (D1) 6. Clindamicina 600mg (D1) 7. Higiene perineal com água e sabão 3x dia • 29 anos • 1 dia IH por inflamação escrotal aguda (orquiepididimite? Torção testicular?) • S – Melhora da dor, porém ainda com desconforto local. • O – BEG, corado, orientado Abdome: plano, flácido, RHA+ Edema e hiperemia da região escrotal até base peniana. CD: desbridamento de tecido perineal e exposição do testículo esquerdo. CASO CLÍNICO 21/05/2014 Prescrição: 1. Dieta hiper hiper 2. Não mexer no curativo 3. Não abrir a fralda em momento algum 4. Dipirona 2mL 5. Tramadol 100mg INJ diluir e injetar lentamente 6. Profenid EV 7. Morfina 10mg/mL se dor muito forte até 4/4h 8. Plasil 9. Nausedron 10. Ceftriaxona 1g (D1) 11. Clindamicina 600 (D1) 12. Anotar debito da sonda vesical • 29 anos • Laboratório: TAP: 15,7s RNI: 1,24 TTP: 31,3s Cultura em geral: crescimento de muitas colônias de Staphylococcus coagulase negativa. Bacterioscopia: muitos cocos gram + e muitos polimorfonucleares. CASO CLÍNICO 24/05/2014 Prescrição: 1. Dieta hiper hiper 2. Não mexer no curativo 3. Não abrir a fralda em momento algum 4. Dipirona 2mL 5. Tramadol 100mg INJ diluir e injetar lentamente 6. Profenid EV 7. Morfina 10mg/mL se dor muito forte até 4/4h 8. Plasil 9. Nausedron 10. Ceftriaxona 1g (D4) 11. Clindamicina 600 (D4) 12. Anotar debito da sonda vesical 13. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 • 29 anos • 4 dia IH • 3 PO de desbridamento de tecido perineal • Realizado curativo no bloco cirúrgico com morfina 10mg subcutâneo; local exposto com tecido de granulação e sem sinais infecciosos de momento. Aparentemente com bom aspecto. Começar a programar a data para a rotação de retalho. CASO CLÍNICO 25/05/2014 Prescrição: 1. Dieta hiper hiper 2. Não mexer no curativo 3. Não abrir a fralda em momento algum 4. Dipirona 2mL 5. Profenid EV se dor forte 6. Plasil 7. Nausedron 8. Ceftriaxona 1g (D5) 9. Clindamicina 600 (D5) 10. Anotar debito da sonda vesical 11. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 12. HGT 6/6h 13. Insulina regular se HGT >200 conforme esquema 14. Glicose 10mL 50% 03 ampolasEV se HGT <70 • 29 anos • 5 dia IH • 4 PO de desbridamento de tecido perineal CASO CLÍNICO 29/05/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. Retirar sonda vesical 3. Banhos diários com água e sabão neutro 2x dia 4. Paracetamol 500mg se dor 5. Hidrocortisona 100mg agora 6. Alegra D 7. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 • 29 anos • 9 dia IH • 8 PO de desbridamento de tecido perineal • Paciente com eczema generalizado. • BEG, corado, hidratado, eupneico • Abdome normal CASO CLINICO 29/05/2014 CASO CLÍNICO 01/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. Banhos diários com água e sabão neutro 2x dia 3. Paracetamol 500mg se dor 4. Alegra D 5. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 6. Cetoconazol 30gr passar na região inguinal • 29 anos • 12 dia IH • 11 PO de desbridamento de tecido perineal • Ferida cirúrgica com granulação e sem sinais de infecção. Melhora do eczema cutâneo. • Ainda não foi realizada a rotação do retalho devido as lesões que o paciente apresenta no local onde seria rodado o retalho. CASO CLÍNICO 02/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. Banhos diários com água e sabão neutro 2x dia 3. Paracetamol 500mg se dor 4. Alegra D 5. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 6. Cetoconazol 30gr passar na região inguinal • 29 anos • 13 dia IH • 12 PO de desbridamento de tecido perineal • Ferida cirúrgica com granulação e sem sinais de infecção. Eczema quase em resolução. • Rotação de retalho a programar. CASO CLINICO 02/06/2014 CASO CLÍNICO 04/06/2014 Prescrição: 1. NPO a partir da meia noite 2. Banhos diários com água e sabão neutro 2x dia 3. Paracetamol 500mg se dor 4. Alegra D 5. Rivotril gts 07 gotas VO as 22:00 6. Cetoconazol 30gr passar na região inguinal • 29 anos • 15 dia IH • 14 PO de desbridamento de tecido perineal • Ferida cirúrgica com granulação e sem sinais de infecção. Eczema quase em resolução. • Rotação de retalho a programar. 04/06/2014 • 05/06/2014 CASO CLÍNICO 05/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre após bem acordado 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% 5. Eritromicina 500mg (D0) 6. Plasil diluído S/N 7. Manter sonda e anotar diurese • 29 anos • 16 dia IH • 1 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. CASO CLÍNICO 06/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% 5. Eritromicina 500mg (D1) 6. Plasil diluído S/N 7. Curativo 2x dia aos cuidados da equipe cirúrgica • • • 29 anos 17 dia IH 1 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. • S – Paciente com dor discreta a mobilização escrotal, em repouso. • O – BEG, lúcido, afebril, ativo, estável hemodinamicamente. Abdome: RHA+, plano, flácido, sem dor a palpação no momento Curativo com antissepsia e assepsia. Limpeza com clorexidina aquosa. Ferida cirúrgica sem sinais de infecção. Dreno inferior exteriorizado espontaneamente com drenagem serossanguinolenta discreta a ordenha e compressão. Dreno superior bem localizado com mínima drenagem serossanguinolenta. CASO CLÍNICO 11/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% se dor 5. Eritromicina 500mg (D6) 6. Plasil diluído S/N 7. Curativo 2x dia aos cuidados da equipe cirúrgica • • • 29 anos 22 dia IH 6 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. FO: encontra-se em bom estado, limpo, com moderada drenagem de conteúdo serossanguinolento. Houve deiscência de 02 pontos da sutura. Curativo com antissepsia e assepsia. Limpeza com clorexidina aquosa. Ferida cirúrgica sem sinais de infecção. CASO CLÍNICO 12/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% se dor 5. Eritromicina 500mg (D7) 6. Plasil diluído S/N 7. Curativo 2x dia aos cuidados da equipe cirúrgica • • • 29 anos 23 dia IH 7 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. FO: encontra-se em bom estado, limpo, com pouca drenagem de conteúdo serossanguinolento. Houve deiscência de mais pontos da sutura. Curativo com antissepsia e assepsia. Limpeza com clorexidina aquosa. Ferida cirúrgica sem sinais de infecção. CASO CLÍNICO 15/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% se dor 5. Plasil diluído S/N 6. Curativo 2x dia aos cuidados da equipe cirúrgica 7. Rivotril gts 05 gotas VO as 22:00h • • • 29 anos 26 dia IH 10 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. FO: encontra-se em bom estado, limpo, com discreta drenagem de conteúdo serossanguinolento. Presença de tecido de granulação. Curativo com antissepsia e assepsia. Limpeza com clorexidina aquosa. Ferida cirúrgica sem sinais de infecção. CASO CLÍNICO 17/06/2014 Prescrição: 1. Dieta livre 2. CSVR + CAB 30° 3. Acesso venoso salinizado 4. Tramadol 50mg INJ + 100mL de SF 0,9% se dor 5. Plasil diluído S/N 6. Curativo 2x dia aos cuidados da equipe cirúrgica 7. Rivotril gts 05 gotas VO as 22:00h • • • 29 anos 28 dia IH 12 PO de rotação de retalho devido desbridamento de tecido perineal, sem intercorrências. FO: encontra-se em bom estado, limpo, com discreta drenagem de conteúdo serosanguinolento. Presença de tecido de granulação. Curativo com antissepsia e assepsia. Limpeza com clorexidina aquosa. Ferida cirúrgica sem sinais de infecção. CD: ALTA HOSPITALAR RETORNO 23/06/14 CASO CLÍNICO 23/06/14 - retorno Síndrome de Fournier A síndrome de Fournier ou gangrena de Fournier é uma grave fasceíte necrotizante (infecção que causa morte e necrose de pele e camadas superficiais do tecido subcutâneo) da região genital e do períneo. Síndrome de Fournier • Jean Alfred Fournier foi o primeiro a descrever esta doença, em 1883, e caracterizava-a com origem idiopática e que acometia adultos jovens. • Hoje a doença é caracterizada por acometer tanto homens como mulheres, e também adultos jovens ou com idade avançada. Síndrome de Fournier • Fatores predisponentes: 1. DM (40-60%) 2. Alcoolismo crônico (25-50%) 3. Sexo masculino (10:1) 4. Imunossupressão 5. Terapia com corticosteróides 6. Insuficiência renal ou hepática 7. HAS 8. Obesidade Síndrome de Fournier • Etiologia: É considerada de origem polimicrobiana, podendo ser aeróbicos ou anaeróbicos. As bactérias mais comumente encontradas são E. coli, Pseudomonas, Staphylococcus, Streptococcus, Bacteroides, Proteus, Clostridium e Klebsiella. • Fator causal: Infecções anorretais, trauma local, extravasamento de urina, intervenção cirúrgica perineal ou perirretal, infecção genitourinária. Síndrome de Fournier • Manifestações clínicas: Os sinais e sintomas mais comuns são dor, hiperemia e/ou edema da região perineal; crepitação, drenagem de secreção serosa, febre, calafrios... É importante reconhecer a infecção nos estágios precoces, quando o paciente ainda apresenta manifestações cutâneas mínimas. Não é raro ocorrer a disseminação por todas as fáscias ou generalizada, o que pode evoluir para um quadro de choque. Síndrome de Fournier • DIAGNÓSTICO: Clínico. Laboratório: Os achados laboratoriais geralmente incluem anemia, leucocitose (exceto nos imunodeprimidos), trombocitopenia, hiperglicemia, hiponatremia, hipocalemia, azotemia e hipoalbuminemia Síndrome de Fournier • DIAGNÓSTICO: Radiológico: Exames de imagem contribuem para firmar diagnóstico, avaliar a extensão das lesões e acompanhar resposta. Presença de gás nas partes moles (RX, USG e TC), ausencia não exclui. Rx: enfisema subcutâneo, , espessamento e densificação das partes moles do escroto, USG: espessamento cutaneoescrotal, com ou sem enfisema e hidrocele reativa. TC: avalia melhor a extensão da necrose. Pode mostrar gás nos planos fasciais do perineo, escroto e retroperitoneo, densificação dos planos adiposos e espessamento fascial assimétrico, com ou sem coleção e abscessos. RM: hipersinal nas sequencias pesadas de T2 (baixa acurácia e onerosa). Síndrome de Fournier • Tratamento: O tratamento da doença consiste na retirada de tecidos desvitalizados, nos quais os antibióticos não penetram. A literatura demonstra a importância do debridamento, pois os pacientes não submetidos a esse procedimento têm mortalidade igual a 100%. Antibioticoterapia de amplo espectro deve ser iniciada o quanto antes, pois a infecção pode ser por gram + da pele, gram – do trato entérico e genitourinário, assim como anaeróbicos. Síndrome de Fournier Apesar de todos os avanços terapêuticos atuais, a síndrome de Fournier continua apresentando altos índices de mortalidade. O reconhecimento precoce da infecção associado a tratamento agressivo e invasivo são medidas essenciais para diminuir esses índices prognósticos. referências • CANDELÁRIA, Paulo de Azeredo Passos et al. Síndrome de Fournier: análise dos fatores de mortalidade. Rev bras de Coloproct, v. 29, n. 2, p. 197-202, 2009. • MEHL, Adriano Antonio et al. Manejo da gangrena de Fournier: experiência de um hospital universitário de Curitiba. Rev Col Bras Cir, v. 37, n. 6, p. 435-41, 2010. • HOFFMANN, Arthur Leopoldo et al. Síndrome de Fournier: Relato de Caso.Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 38, n. 1, p. 104-105, 2009. • GODOY, Caroline Bagaiolo; CASSITAS, Matheus Fernandes. A síndrome de Fournier. Revista do Médico Residente, v. 16, n. 1, 2014. • MAURO, Victor. Retalho fasciocutâneo de região interna de coxa para reconstrução escrotal na síndrome de Fournier; Fasciocutaneous flap of the inner thigh for scrotal reconstruction in Fournier syndrome. Rev. bras. cir. plást, v. 26, n. 4, p. 707-709, 2011. Referências • 1. Dongiu Kim D, An Tsai A, André Ricardo Oyamada Otani AR, Puglia CR, et al. Lipoma gástrico: relato de caso. Rev. Col. Bras. Cir. vol.38 no.3 Rio de Janeiro May/June 2011. • 2. Eumildo de Campos Júnior1; Aldenis Albaneze Borim1; Francisco Garcia Parra1; Gabriela Ricci Lima Luz2; Vinicius Silva Freire Alvarenga; a Pelichek Gonçalves Samantha Pelichek Gonçalves. Lipoma submucoso gástrico: Relato de um caso. Arq Ciênc Saúde 2013 jan-mar 20(1) 27-9. • 3.CBR Gastrintestinal • 4.Paola Lima Pasini Judice, Maria Olivia Jacques de Medeiros Christofoli, Paulo Cesar Rocha. Gangrena de Fournier: relato de três casos,achados tomográficos e revisão da Oliveira, et al. http://www.spr.org.br/files/public/magazine/public_223/21-23.pdf • 5. Alberti D, Grazioli L, Orizio P, Matricardi L, Dughi S, Gheza L, et al. Asymptomatic giant gastric lipoma: What to do ? Am J Gastroenterol 1999; 94(12):3634-7