RECURSOS NATURAIS: NOVAS ALTERNATIVAS PARA GERAR ENERGIA
Silvia Leonel Leite, Unisalesiano de Lins, e-mail; [email protected]
Tatiane de Carvalho Berti, Unisalesiano de Lins, e-mail: [email protected]
Máris de Cássia Ribeiro, Unisalesiano de Lins, e-mail: [email protected]
RESUMO
O mundo chegou ao ponto em que as mudanças climáticas estão interferindo no
desenvolvimento sócio
econômico mundial. Portanto houve a preocupação de
buscar novas fontes de energia, para que em um futuro próximo possa amenizar os
impactos ambientais, provocados pelos poluentes que são emitidos em conseqüência
dos grandes centros industrializados. Desta forma as organizações responsabilizam
se com o comprometimento de implantar ações de prevenção ao meio ambiente, para
um desenvolvimento sustentável. Este trabalho foi realizado com objetivo de identificar
novas alternativas de geração de energia limpa que pode ser gerada a partir de
recursos renováveis, contribuindo para o bem estar da humanidade.
Palavras-chave: energia. desenvolvimento. renovável. alternativas.
1. INTRODUÇÃO
Mundialmente, discutem-se as mudanças climáticas que vem ocorrendo
progressivamente no planeta, causando polêmica e temor no que diz respeito ao
aquecimento global, que se dá pela ação humana. Porém, segundo Marin (2007), o
mais importante não é discutir quem é o responsável pelas mudanças, e sim como
lidar com elas e remediá-las.
De acordo com Portugal (1992), os recursos naturais são matérias e energia que
a natureza coloca a disposição, para que transformando ou usando-as diretamente,
possa sobreviver e ter qualidade de vida.
Há duas classes de recursos naturais: os renováveis que a natureza repõe e os
não renováveis que são os que a natureza não repõe.
Conforme Portugal (1996), há recursos naturais renováveis que a natureza, às
vezes não repõe por meios que os tornam saturados através de atitudes de agentes
estranhos.
A tendência para a produção de energia através de fontes renováveis, surgiu da
preocupação de escassez dos recursos não renováveis futuramente, e
principalmente ao crescimento populacional, que ocasionou a necessidade de gerar
energias alternativas para combater os impactos ambientais, geradores pela
emissão de gases poluentes, causadores do efeito estufa e a destruição do
ecossistema.
O objetivo do artigo é identificar alternativas que contribuam de alguma forma
para amenizar os problemas causados pelos impactos ambientais.
O artigo foi elaborado através do método de revisão bibliográfica, onde foram
abordados os seguintes autores: PORTUGAL (1992 e 1996); VESENTINI (2002);
SILVA (2007); LOPES (2007); SALOMÃO (2007); TACHIZAWA (2005).
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2. SOCIEDADE FRENTE AO MEIO AMBIENTE
As fontes de energia são divididas em renováveis e não renováveis. Estão
relacionadas de acordo com o desenvolvimento econômico de cada país; quanto
mais industrializados, maior será o consumo de energia; por isso recursos não
renováveis estão em progressivo declínio, isto é, um dia esgotarão completamente.
Além do mais, é um aliado do aquecimento global, colaborando com a poluição e
destruição do meio ambiente.
Dessa forma, a iniciativa de recorrer às alternativas para substituir o petróleo,
carvão, energia nuclear, energia hidrelétrica, se faz necessária.
Com a energia limpa, aumentou a necessidade de investimentos, que nem sempre
as autoridades estão abertas para acatar as legislações referentes às implantações
dos recursos renováveis. Constata-se que os EUA e Japão não assinaram o Tratado
de Kyoto, que estabelecia a contribuição dos paises na preservação do meio
ambiente, pois não acreditavam em risco ambiental.
Diante disso, deve-se salientar a importância de preservar continuamente a
biodiversidade para que os recursos renováveis não se tornem escassos.
Conforme Portugal (1996), se um recurso natural for castigado por agentes
poluidores, é possível que não possa recuperar sua qualidade economicamente,
tornando-se um recurso não renovável.
Frente às dificuldades encontradas, foi criada a ISO 14000 para estabelecer
normas que cuidarão do meio ambiente, referente às emissões líquidas e gasosas
de toda espécie e procedência de combustíveis, e seus aspectos importantes ao
meio.
3. ENERGIAS RENOVÁVEIS
O interesse em cumprir a responsabilidade social, surgiu da possibilidade de
extrair energia de origem orgânica consideradas fontes de energia limpa, que não
produzem poluição e nem se esgotam, podendo contribuir para eliminar parte da
poluição, devido ao uso produtivo que fazem do lixo e outros detritos.
Uma ferramenta importante para produzir energia por recursos naturais, é a
biotecnologia, que transforma a matéria prima pronta para o consumo.
De acordo com Gabrielli, presidente da Petrobrás, até 2020, 25% dos
combustíveis que vão alimentar os carros, caminhões e aviões, será renovável.
Segundo Vesentine (2002), provavelmente, as principais fontes de energia do
século XXI serão de origem orgânica e, em 2015, 30% do total de energia
consumida pela humanidade será proveniente da biomassa.
Há outras fontes de energia que são nocivas ao meio ambiente, porém, não são
consideradas 100% renováveis; assim como a célula A combustível, onde seu
principal componente pode ser obtido a partir de diversas fontes renováveis e
também a partir de recursos não renováveis.
As novas alternativas para a geração de energia através de recursos naturais que
não são nocivas ao meio ambiente, destacam-se: o biogás, o etanol e o biodiesel.
3.1 Biogás
É o gás liberado a partir da decomposição feita por certas bactérias, de esterco,
palha, bagaço de vegetais e até mesmo o lixo; depois de uma separação de
elementos como vidro e plástico.
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Para a produção do gás, é necessário um equipamento que reaproveita os
resíduos, podendo ser utilizado como combustíveis para fogões, motores e turbinas
que produzem a eletricidade. Ao invés de poluição, ajudam a resolver o problema
ocasionado pela existência do lixo.
As usinas de biogás causam menor impacto ambiental, por não alterar
radicalmente o meio ambiente onde são construídas e, não oferecem grandes riscos
em casos de acidentes.
3.2 Etanol
É produzido a partir da cana de açúcar e pode ser usado em bebidas,
desinfetantes e também como fonte de energia, podendo ser empregado como
combustível em veículos automotores.
O etanol tem a vantagem de ser fonte de energia renovável e menos poluidora
que os derivados do petróleo, porém para extrair a cana de açúcar, muitos utilizam
as queima da palha dos canaviais para facilitar e baratear o corte manual, essa
queima libera gases nocivos ao meio ambiente e provocam perdas significativas de
nutrientes que estão presente no solo e a perda da proteção ao mesmo.
É necessário destacar a importância do tratamento dos efluentes gerados do
processo produtivo da cana de açúcar, pois se lançados aos rios, comprometem a
sobrevivência dos seres aquáticos e quando utilizados como fertilizantes,
contaminam lençóis freáticos e afeta os seres terrestres.
No Brasil, já existe plantações de cana de açúcar sem agrotóxicos e queimadas,
percebe se que este modelo de produção é capaz de produzir mais em relação
aos modelos da produção tradicional.
3.3 Biodiesel
A produção do biocombustível é feita através dos óleos vegetais que podem ser
extraídos da mamona, babaçu, dendê, soja, algodão, girassol, amendoim, gorduras
animais e em estudo, algas marinhas. Para conversão de óleos vegetais em
combustível ecologicamente correto se faz reagir triglicérides com álcool, etanol ou
metanol.
O biodiesel é um combustível alternativo ao diesel de petróleo, livre de enxofre
em sua composição, por ser originado de matéria prima de fontes renováveis e
possuir queima limpa, a combustão gera menos poluentes do que a combustão do
diesel de petróleo. Devido essa característica, ele se torna uma opção não agressiva
ao meio ambiente.
Segundo Silva (2007), o que faz o biodiesel um combustível renovável é que todo
CO2 emitido na queima do motor consegue ser capturado pelas plantas para seu
crescimento e existência.
O que o autor confirma, é que estas plantas mais tarde serão utilizadas como
fonte para produção de novos biocombustíveis, por este motivo, chamados de
energias renováveis.
Novo estudo está sendo realizado em busca de outras matérias
prima e
recursos naturais que promovem a produção do biodiesel, além das existentes.
Pode se relatar o caso das algas marinhas que chegam ser até cem vezes mais
produtivas que a soja. Conforme Lopes (2007), elas não precisam de terra, apenas
água, luz e gás carbônico, e uma área para reprodução relativamente pequena
comparada com área plantada da soja.
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Diante das declarações do autor o óleo das suas células é capaz de mover todo
tipo de veículo e ainda ser usado para aquecer casas, no entanto a sua reprodução é
rápida e com isso poderá interromper o processo de extrair o óleo das algas.
4. O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NA PRODUÇÃO DE ENERGIA RENOVÁVEL
Sabe se que a natureza é prejudicada de acordo com o crescimento econômico,
através dos avanços tecnológicos e o desenvolvimento do conhecimento humano,
onde o meio ambiente não é assunto apenas de grupos ambientais, mas também
despertou interesse das organizações, pois ao preocupar se com a preservação do
ecossistema, conseqüentemente poderá obter melhores retornos financeiros,
portanto, a proteção ambiental deve ser considerada como estratégia de
desenvolvimento sustentável para as organizações.
O mercado consumidor está cada vez mais exigente, e busca consumir produtos
que tenham valor agregado, assim como valorizam produtos e instituições
ecologicamente corretos. A necessidade de suprir os desejos dos clientes está
levando as empresas a investir mais em conservação da natureza, para sobreviver no
mercado acirrado pela concorrência.
Conforme Tachizawa (2005), os gastos com proteção ambiental, não deve ser
considerado como custo, mas como investimento e vantagem competitiva.
A gestão ambiental e a responsabilidade social são abordadas pelas organizações
em função da legislação e principalmente pela política social da empresa com a
finalidade de melhorar sua imagem perante a sociedade.
Segundo o mesmo autor, administradores, executivos e empresários introduziram
em suas empresas programas de reciclagem, medidas para poupar energia e outras
inovações tecnológicas, como objetivo estratégico para desenvolver sistemas de
cunho ecológico.
Verifica-se que o importante agora é a capacidade de fazer uso inteligente da
informação e criar idéias que acrescentam valor e aumentam a competitividade.
Desta forma, para as empresas reduzirem o consumo de combustíveis fósseis no
processo de produção de energia, é preciso e obrigatório procurar novas tecnologias
como captura de carbono, em busca de energias renováveis.
Diante disso, passa ser uma questão não somente de preservação, mas de
sobrevivência.
5. CONCLUSÃO
No contexto internacional, verifica-se a adoção de ações visando ampliar o
aproveitamento de energias renováveis, com uma progressiva redução no uso dos
combustíveis fósseis, reestruturando a produção, distribuição, o uso da energia
incorporando novas tecnologias.
É fundamental que haja integração e conscientização por parte das autoridades
para explorar mais os novos recursos naturais de fontes de energia renováveis.
As conseqüências provocadas pela emissão dos gases do efeito estufa e dos
desmatamentos, caso não seja reparado a tempo, acarretará na falta de matéria
prima, até mesmo as de fontes renováveis, e isto provocará a paralisação do
desenvolvimento econômico de qualquer país.
Faz-se necessário implantar um sistema de reeducação da nova geração,
abordando os problemas ambientais e suas conseqüências ao planeta.
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6. REFERÊNCIAS
LOPES, R. J. Alga ou gasolina, doutor. Super Interessante. São Paulo: Abril, ed. 243,
p. 42, set. 2007.
PORTUGAL, G. Recursos Naturais. Gpca Meio Ambiente. Volta Redonda, RJ, ago.
1992. Disponível em: <http://www.gpca.com.br/gil/art80.html.> Acesso em: 17
set.2007.
PORTUGAL, G. Desenvolvimento Sustentável. Gpca
Meio Ambiente. Volta
Redonda, RJ, jan. 1996. Disponível em: <http://www.gpca.com.br/gil/art48.html.>
Acesso em: 17 set.2007.
SALOMÃO, A. Do Petróleo ao Biocombustível. Época. Rio de Janeiro: Globo, n. 485,
p.54 55. set. 2007.
SILVA, W. M. O que é biodiesel. Pólo Nacional de Biocombustível ESALQ/USP.
Piracicaba, SP. Disponível em:<http://www.polobio.esalq.usp.br/biocombustiveis.html.
>Acesso em 17 set.2007
TACHIZAWA, T. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa:
estratégias de negócio focadas na realidade brasileira. São Paulo: Atlas, 2005.
7. IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES
- Silvia Leonel Leite, Unisalesiano de Lins, e-mail; [email protected], fone
(18) 9117-3278.
- Tatiane de Carvalho Berti, Unisalesiano de Lins, e-mail: [email protected], fone
(14) 9725-7505.
- Profª M. Sc. Máris de Cássia Ribeiro, Coordenadora dos Cursos de Administração
e Ciências Contábeis do Unisalesiano Lins, e-mail: [email protected], fone
(14) 3533-6204.
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