Modelo de um Sistema Bacharelado em Sistemas de Informação (1a fase - 4 créditos) Parte 5 de 8 Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC Março de 2002 Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 1 Referências • Todo o material deste tópico se baseia em duas referências – http://www.psychstat.smsu.edu/introboo k/sbk04m.htm – http://facstaff.uww.edu/eamond/216/N otes/Models/Models.htm Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 2 Modelos • Em geral, mundo visto via modelos • Método científico e modelos de mundo – Cria – Verifica – Modifica • Mesmo nas coisas banais – Trabalha-se com modelos Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 3 Modelos • Método científico – Simplifica/explica complexidade do mundo • Cientistas usam esses modelos para – Prever eventos/sistemas – Controlar eventos/sistemas • Mesmo não cientistas o fazem – Administradores, médicos, jogadores, ... Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 4 Modelo: definição • Uma representação da estrutura essencial de algum objeto ou evento no mundo real • Tal representação pode ser – Física – Simbólica Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 5 Modelo Físico • Representação física reduzida – Aeromodelo – Maquetes • Serve para estudar propriedades – Relações entre componentes – Dimensões relativas – etc. Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 6 Modelo Simbólico • Representação abstrata – Equações matemáticas – Programa de computador – Mapa conceitual • Serve para estudar propriedades via – Simulação – Emulação, etc. Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 7 Características de Modelos • Necessariamente incompletos – Não inclui todos os aspectos do mundo – Apenas estruturas essenciais do mundo • Para estudar-se relações entre objetos e/ou eventos do mundo – Visam extrair suposições para explicar fenômenos Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 8 Características de Modelos • Pode ser manipulado com facilidade – – – – Muda-se o modelo e vê-se o resultado Simples, resultado pode ser catastrófico Mudar simbólico mais fácil que físico Simular multidões (Modelo de formigas) • Simbólico – Simular vôos (Tunel Aerodinâmico) • Físico Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 9 Linguagens de Modelos • Modelo físico – Mais usado por arquitetos e engenheiros • Modelo simbólico – Mais usado por cientistas • Linguagens naturais e formais – Conjunto de símbolos – Conjunto de regras para os símbolos Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 10 Linguagens de Modelos • Conjunto de símbolos – Vocabulário • Lingua portuguesa – Símbolos formam palavras (dicionário) • Linguagem algébrica – Símbolos formam números, operadores, variáveis: 23, -45, m, >, =, +, ... Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 11 Linguagens de Modelos • Consiste de strings de símbolos • Nem todo string possível é válido – Em português (çapo, por exemplo) – Em álgebra (2 +/ 4) • Há regra para isso: Léxica • Outra regra: Sintaxe – Sou português eu; 2 + / 4 5 Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 12 Linguagens de Modelos • Português: Linguagem natural • Álgebra: Linguagem formal • Ambas permitem mudanças em sentença, sem alterar significado • Em português – Eu comi o bolo – O bolo foi comido por mim Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 13 Linguagens de Modelos • Em álgebra – 2a + ab – 2 (a + b) • Isso se chama transformação • Em álgebra a transformação permite provar que uma sentença é igual a outra (teorema) Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 14 Linguagens de Modelos • Para a construção de modelos – Deve-se usar uma linguagem formal • Exemplo – – – – UML DFD Diagrama de Estado etc. Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 15 Construção de Modelos • Método científico – Construção e verificação de modelos • Após problema formulado, 4 etapas – – – – Simplificação/idealização Representação/mensuração Manipulação/transformação Verificação Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 16 Simplicação/Idealização • Um modelo contém estruturas essenciais do objeto/evento • Esse primeiro estágio identifica – Aspectos relevantes do objeto/evento – Considerando uma primeira aproximação – Tendo em mente sempre a simplificação Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 17 Representação/medida • Símbolos são usados para representar – Objetos, eventos e relações • Exemplo: Lei de OHM (V=R I) – V: tensão elétrica, diferença de potencial, (V, volts) – R: resistência elétrica, (W, ohms) – I: corrente elétrica, (A, ampères) – Símbolos (V, W, A) representam medidas Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 18 Manipulação/Transformação • Sentenças sofrem transformações • Esse procedimento permite – – – – Derivar novas interpretações Derivar novos insights para o modelo Retirar conclusões Básico para aperfeiçoar modelo Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 19 Verificação • Implicações derivadas dos estágios prévios são confrontadas através de – Observações do mundo real – Experimentos no mundo real • Esse processo prossegue até que o modelo seja depurado • Exemplo da Lei de OHM Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 20 Construção de Modelos Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 21 Construção de Modelos • Uma ilustração Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 22 Exercícios em classe • Pense em um fenômeno, objeto ou evento físico real • Construa um modelo: 4 estágios – – – – Simplificação/Idealização Representação/Medida Manipulação/Transformação Verificação Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 23 Movimento em queda livre • Suponha que você solte um objeto de uma certa altura e observe os dados – – – – 1 s depois, cai 5 m 2 s depois, cai 20 m 4 s depois, cai 80 m 8 s depois, cai 320 m • Pergunta: pode-se extrair um modelo? • Dobra o tempo, quadruplica a altura Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 24 Queda livre: modelo • Note que a relação obedece certa regra – 5/1=5; 20/2=10; 80/4=20; 320/8=40 • Se chamarmos altura de y e o tempo t – Representar y = 5 t, so serve ao 10 – Depois de ralar, chega-se a y = 5 t2 Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 25 Queda livre: modelo • Sabemos, hoje, que depende da aceleração da gravidade • O fator 5 vale para a superfície da terra: diferente em outros planetas – O correto é y = ½ g t2 – Como g @ 10 m/s2, o modelo está razoável – Ou, seja y = 5 t2 Prof. João Bosco da Mota Alves INE/CTC/UFSC - Teoria Geral de Sistemas 26