FACEBOOK : https://www.facebook.com/sindprevssindserv.federais NOTÍCIAS EM DESTAQUE 8 DE JANEIRO „Antes que o galo cante, você me trairá três vezes‟ Nem bem tomou posse, Dilma Rousseff já traiu por três vezes suas promessas de campanha: nomeou um ministro da Fazenda que pensa e vai agir como pensa e agiria o indicado por Aécio Neves; a vaca nem tossiu e ela já cortou direitos trabalhistas; e, agora, seu ministro da Educação vem a público contestar o slogan anunciado, pois, com os preços do petróleo rebaixados, nem o pré-sal será suficiente para melhorar a educação no país. Enquanto S. Exa. descansa na base de Aratu, na Bahia, nós, brasileiros, aguardamos o ano começar. Porque o ano civil já começou, mas o político-administrativo, só mesmo depois da posse dos parlamentares e da escolha dos respectivos presidentes das duas Casas congressuais. Com exceção de pobres assessores que, em escala, vão preencher o vazio de presenças matando moscas em suas mesas, pelo menos no Senado Federal. Provavelmente, também na Câmara dos Deputados… E assim ―la nave va‖. O calor, acima de qualquer expectativa, parece comprovar que a Terra marcha celeremente para um aquecimento à la James Lovelock. Esse biofísico anunciou há dias que, do jeito que a coisa anda no planeta que habitamos, poucos lugares vão continuar a existir, ou seja, o que chamamos de Escandinávia. Já estou pensando em me mudar para lá. Meu problema, porém, é que, segundo o cientista, lá vai virar outro Rio de Janeiro. Ou seja, calor como ninguém merece… Mas tenho de me esforçar para que este começo de 2015 me pareça um tempo melhor que o ano que passou. As sombrias perspectivas na economia, na mobilidade urbana, na saúde e na educação, quem sabe, serão minimizadas pelo esforço conjunto entre novos governantes estaduais e o governo federal. O que me deixa muito preocupada é a composição do novo Congresso, com 28 partidos com representação na Câmara dos Deputados: como sonhar que haverá qualquer tipo de consenso para realizar uma reforma política, ou coisa que o valha? Uma coisa é uma ―ampla base aliada‖; outra, bem diferente, é conseguir que essa base atue em uníssono no que quer que seja. Até mesmo para aprovar o que Dilma anunciou: uma reforma na Constituição para tornar a questão da segurança pública de competência distribuída entre União, Estados e municípios, como deveria ter sido feito na Constituição de 1988. As primeiras providências impopulares só serão examinadas pelos congressistas a partir de fevereiro. É que, com as alterações constitucionais feitas em 2002, o prazo para apreciação de medidas provisórias não corre durante o recesso parlamentar, embora já tenham elas força de lei desde a edição. A justificativa, na época, era a de que seria desnecessário convocar o Congresso, sob a desculpa de poupar gastos com o pagamento extraordinário aos parlamentares. Quando então as MPs criam despesas, a coisa ainda é pior. Quando os congressistas voltam a se reunir, as despesas já foram realizadas e não há mais nada que se possa fazer…E assim caminham as coisas durante as férias de verão no Brasil. Sabiam? (SANDRA STARLING – O TEMPO) Crise interna e mundial 1. O ano termina sob o espectro de perspectivas preocupantes no âmbito nacional e no do poder mundial. 2. Isso recomenda que os povos assumam atitude engajada e participativa, livre das falsas lideranças que iludem tanta gente, e, assim, se libertem de um sistema que os despoja e aliena. 3. No País persiste o assédio para que se desnacionalizem as poucas grandes empresas públicas e privadas sob controle nacional que ainda lhe restam. 4. Historicamente, os agentes das campanhas nesse sentido valeram-se sempre, como ocorre atualmente, da retórica moralista para atingir seu real objetivo. 5. Vivemos sob um sistema político em que os aspirantes aos cargos eletivos dependem de exposição na TV – um espaço fechado aos não comprometidos com os reais donos e beneficiários desse sistema. Dependem também de dinheiro grosso para as campanhas eleitorais, num país em que a economia é concentradíssima e desnacionalizada. 6. Nessas condições, ainda que o Executivo estivesse nas mãos de titular solidamente apoiado pela maioria da sociedade, ele não teria como colocar os interesses dela acima dos grupos que concentram o poder real. 7. Estes elegem a grande maioria do Congresso e, sustentando-se na grande mídia, exercem ascendência ideológica sobre o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia, os quadros técnicos e administrativos da Fazenda, Banco Central etc. 8. Além disso, a autonomia dada pela Constituição a esses órgãos e a instituição das agências independentes permitem ações e iniciativas descoordenadas, em que preferências pessoais substituem políticas coerentes orientadas pelo interesse público. 9. Ademais, cargos na Administração, nas agências do Estado e nas grandes empresas e bancos estatais são usados pelos chefes do Executivo, inclusive os do PT - pois lhes falta maioria no Congresso, onde prevalece o toma-lá-dá-cá - como moeda de barganha com partidos políticos, em nome da ―governabilidade‖. 10. Isso não significa que a corrupção tenha aumentado em relação a Collor e FHC, mais claramente engajados com a oligarquia financeira mundial - e cujas eleições foram por ela patrocinadas. 11. Os casos de corrupção nos entes públicos e nas estatais servem como instrumentos de chantagem operados por revistas de opinião - tradicionalmente amparadas por serviços secretos estrangeiros – e como munição para alvejar as estatais e fazer que a União as entregue a troco de nada. 12. De qualquer forma, os petistas no Executivo são, de há muito, acuados para cederem mais espaço aos quadros da confiança da oligarquia, e, quanto mais fazem concessões, mais ficam vulneráveis, e mais são alvo de ataques desestabilizadores. 13. Desde antes da eleição presidencial, o epicentro da crise tem sido os escândalos nas encomendas da Petrobrás, com ou sem licitações. 14. A presidente ficou na defensiva, pois a Administração não se antecipou nas investigações à Polícia Federal e ao Ministério Público. Enfraqueceu-se, assim, em face das pressões que têm por obter mais concessões em favor das grandes transnacionais do petróleo: mais leilões e abertura ao óleo do pré-sal, mais ampla e favorecida que a que já lhes tem sido proporcionada pela ANP. 15. No mesmo impulso de tornar a Petrobrás um botim da onda privatizante, as transnacionais aproveitam para colocar em cheque as empreiteiras, conglomerados de capital nacional, atuantes em numerosas indústrias e serviços tecnológicos. 15-A. Seja sob o atual governo, manipulado para ceder mais, seja sob políticos mais intimamente vinculados ao império angloamericano, como os do PSDB, trama-se a culminação do processo de desnacionalização da economia e de destruição completa da soberania nacional. 16. Na economia, a desnacionalização e demais defeitos estruturais geraram mais uma crise, tendo mesmo com baixo crescimento do PIB - o déficit de transações correntes com o exterior aumentado em mais de 12% em 2014, após crescer de US$ 28,2 bilhões em 2008 para U$ 81 bilhões em 2013. 17. Enquanto a sociedade não forma um movimento para construir modelo econômico e social viável, é importante entender que só isso a poderá salvar. Golpe parlamentar, judicial, ou do tipo que for, para trocar de presidente e de partido no governo, apenas agravaria a situação. 18. O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy - não nestes termos - declarou-se favorável a medidas macroeconômicas ao gosto do ―mercado financeiro‖, i.e., dos grandes bancos mundiais e locais. É, pois, desse modo que a presidente espera enfrentar mais uma crise recorrente causada pelas estruturas políticas e econômicas do modelo dependente. 19. Essas estruturas são: a primarização e perda de qualidade relativa do que sobrou da indústria; a concentração; a desnacionalização da economia. Elas implicam que o Brasil está mal posicionado diante das dificuldades, sem falar no desastre estrutural derivado, que é a dívida pública. 20. Essa já cresceu demais, devido aos juros compostos a taxas absurdas, e crescerá mais, mesmo com a volta do superávit primário para pagar juros, uma vez que os feiticeiros incumbidos de sanar a crise não pretendem baixar as taxas. Muito pelo contrário... 21. Completando o conjunto de fatores - incuráveis sem mudança de sistema político e econômico - estão aí as infra-estruturas deterioradas, desde há decênios, como as da energia e dos transportes. 22. Vejamos algumas das ideias de Levy externadas em entrevista ao ―Valor‖, na qual defendeu o consenso dos banqueiros e economistas ―liberais‖, em versão moderada, i.e., sem o radicalismo das propostas dos candidatos que se opuseram à presidente. 23. Levy não tem como escapar às contradições e aos impasses a que conduzem seus planos. Ele pretende, por exemplo, aumentar a abertura no comércio exterior. 24. No quadro de retração econômica em quase todo o Mundo, não é provável obter concessões significativas em troca de maior abertura do Brasil às importações. Ademais, o objetivo de conter a inflação dos preços importando mais bens e serviços, sem conseguir exportar mais, implica fazer crescer o crítico déficit nas transações correntes. 25. Levy fala também de corrigir preços relativos. Mas o que quer dizer com isso? Se os subsídios que deseja suprimir são os do crédito dos bancos públicos, as empresas mais prejudicadas serão as de capital nacional, já que as transnacionais dispõem de crédito baratíssimo no exterior. 26. Certamente, Levy não visa cortar os privilégios fiscais do sistema financeiro, nem os dos carteis industriais transnacionais, como as montadoras, nem intervir em seus mercados através do fomento a concorrentes independentes. E, sem isso, os preços relativos que mais se precisa corrigir não serão alterados. 27. Ou o preço que, na visão dos macroeconomistas oficiais, estaria precisando ser reduzido seriam os salários? 28. O futuro comandante da economia propugna, em especial, por acabar com a dualidade das taxas de juros, aproximando as taxas dos bancos públicos e as dos bancos privados. 29. O liberalismo é, sobre tudo, um rótulo, pois os concentradores usam a palavra mágica ―mercado‖ como álibi para ocultar a identidade de quem exatamente manipula o mercado. 30. Então os que se filiam aos interesses dos carteis, proclamam que não cabe ao governo intervir no mercado, que deve ser competitivo, i.e., governado pela concorrência, embora ele o faça para elevar, por exemplo, as taxas de juros. 31. Não se informa que os preços nos mercados cartelizados não são dirigidos pela concorrência, mas, sim, pelo consenso dos concentradores. Os bancos são favorecidos pela Constituição, cujo artigo 164 veda ao Banco Central financiar o Tesouro, e este é proibido de emitir moeda. Além disso, só um número limitado de bancos é autorizado a comprar e vender títulos do Tesouro. 32. Está claro, portanto, que a equalização das taxas recomendada por Levy só pode ser feita determinando aos bancos públicos elevar suas taxas. 33. Passando ao contexto mundial, no império angloamericano, satélites europeus e outros, têm prevalecido a degeneração estrutural: financeirização e retração da economia real. 34. O centro do poder mundial fez meia pausa na escalada de intervenções armadas, planejadas desde 2001, visando, pelo menos, até ao Irã, depois de ter arrasado, entre outros, Líbia e Iraque, e se ter apossado de suas imensas reservas de petróleo e de seu ouro. 35. Isso decorreu de ter sido a ocupação da Síria contida pela Rússia, que se tornou o alvo primordial da agressão econômica e do cerco militar imperiais, intensificado com o golpe de Estado na Ucrânia e a ocupação do governo desta por prepostos dos EUA. 36. China, principalmente, e Índia são as maiores exceções ao panorama de retração econômica, no momento em que a Rússia busca sobreviver à pressão imperial intensificando suas relações com seus parceiros asiáticos. 37. Há que seguir de perto a evolução do jogo de poder mundial, cujo equilíbrio constitui condição fundamental, embora não suficiente, para que o Brasil construa estruturas essenciais a seu progresso. (ADRIANO BENAYON, doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento). Servidores se articulam por reajustes Se o setor privado já dá sinais de desgosto com o novo governo Dilma, as entidades sindicais de servidores federais também se articulam para enfrentar a contenção de gastos propostos pelo ministro Levy. A troca de Gilberto Carvalho por Miguel Rosseto deve ser muito pior para o funcionalismo. Rosseto jamais escondeu que não têm muita simpatia por servidores, aos quais os adjetiva pejorativamente pelos percalços que já enfrentou nos movimentos populares. A Coordenação dos Federais prepara assembleia nacional para 31 de janeiro e 1 de fevereiro, aonde pretende discutir as estratégias de luta para negociações com o governo quem de antemão, alega a crise econômica grave como entrave à concessão de benefícios. Rosseto já disse que os servidores terão reajuste de 5% neste mês de janeiro e que eventuais negociações deverão ser efetivadas apenas no segundo semestre. O Andes, Fasubra, Sindjus e SindReceita não escondem a insatisfação com a atual política salarial do governo e acusam a Condsef de ser conivente com a omissão do governo por ser comandada pela CUT, braço sindical atrelado e dependente das verbas do governo federal. Segundo os federais, poderão ocorrer greves durante este ano se não houver atendimento às reivindicações dos servidores. O Andes realizará congresso nacional de 23 a 28 de fevereiro e vai debater as estratégias de luta para este ano.(INFO DF) Segundo governo Dilma pode enfrentar mais resistência dos sindicatos Para o professor Francisco Carlos Teixeira,‗o mar não está tranquilo e há nuvens pesadas‘ RIO - Greves e demissões no setor automobilístico, no berço do PT, vão enfraquecer o governo dos trabalhadores. Num momento em que todos os discursos vindos de Brasília vão na direção de cortar benefícios para o setor, a presidente Dilma Rousseff pode enfrentar resistência maior do movimento sindical, diante do acordo quebrado de manutenção de empregos em troca de isenções fiscais, afirma a cientista política Sonia Fleury, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV): — O governo Dilma é de uma coalizão bastante ampla. Não é um governo petista puro. No primeiro ministério do Lula, havia uma predominância de sindicalistas. Os governos foram se afastando da identificação com o movimento sindical, embora tivessem o apoio. Para o professor de História Contemporânea da UFRJ Francisco Carlos Teixeira, essa crise atinge as bases do partido, o que pode intensificar a oposição dentro do próprio PT, inclusive por causa da política econômica de austeridade adotada. — A coalizão é mais instável, e Dilma não tem o carisma de Lula, que falava com as partes e tinha sucesso em contornar as crises políticas. Reação de movimentos sociais e sindicatos é quase inevitável. O professor de Ciência Política da UFF Eurico Figueiredo também tem essa percepção. Para ele, uma das armas do governo é o fato de os principais líderes sindicais, de certo modo, ainda estarem em contato com o governo. — A base do PT é o sindicalismo, ela tem enraizamento orgânico com a sociedade. Mas, com o agravamento da crise, as próprias lideranças são obrigadas a ceder às bases e podem radicalizar. Figueiredo cita os movimentos sindicais organizados e as manifestações espontâneas que tomaram as ruas em junho do ano retrasado. — O mar não está tranquilo e há sinais de nuvens pesadas. Para Sonia Fleury, se os sindicalistas tiveram a ilusão de que poderiam influenciar as decisões dentro do governo, descobriram agora, com as demissões no setor automobilístico, que não. — O que conta é a influência na sociedade. Mostra que governo é governo, sindicato é sindicato. Há possibilidade de diálogo, mas cada um no seu quadrado. Eles voltam ao papel de defesa dos trabalhadores. A política de benefícios não funcionou. Aprendemos todos. Uma política que não melhorou o desempenho da indústria, que não investiu em inovação e se acomodou. E sobrou para o mais fraco: o trabalhador que vai perder o emprego. (AGÊNCIA O GLOBO) Pastoral: Dilma foi quem mais apoiou agronegócio e menos assentou famílias Comissão Pastoral da Terra divulga balanço da Reforma Agrária 2014 e análise sobre o primeiro mandato da petista. Número de assentamentos é “obsceno”, reclama a entidade Comissão Pastoral da Terra "Extermínio": quilombolas maranhenses e demais comunidades tradicionais foram esquecidas por Dilma, diz pastoral A Comissão Pastoral da Terra (CPT) publicou nesta quarta-feira (7) um balanço relacionando os primeiros anos de mandato da presidenta Dilma Rousseff à situação da reforma agrária no Brasil. Segundo o estudo (confira a íntegra aqui), divulgado pela secretaria nacional da comissão, a petista ―foi a presidenta que menos desapropriou terras e assentou famílias para a reforma agrária; menos demarcou os territórios indígenas, quilombolas e de diversas populações tradicionais; menos criou reservas extrativistas‖. ―Em contrapartida‖, continua o balanço, sob responsabilidade da seccional Regional Nordeste II da CPT, ―foi a [presidente] que mais apoiou o agronegócio e os grandes empreendimentos capitalistas‖. ―Ao que parece, os sinais do tempo indicam que a mudança não vem do Planalto, vem das planícies‖, registra a comissão, em referência à sede da Presidência da República. ―A presidenta será lembrada também por ser a que menos criou áreas protegidas na história do Brasil. Foram criadas, no final de 2014, apenas nove unidades de conservação.‖ Com proximidade histórica em relação ao PT e a trabalhadores rurais, a CPT lembra que, à época da posse de Dilma em 2011, aventou-se a ―esperança‖ de que a reforma agrária e as demarcações de terra de comunidades tradicionais ―voltariam para a pauta do governo federal‖. Tal compromisso, registra a comissão, foi assumido pela gestão Dilma, mas não só teria sido descumprido como ―acentuou o processo posto em marcha pelo presidente Lula‖. ―A política econômica da nova presidenta seguiu investindo forte, e quase exclusivamente, no agronegócio, nas mineradoras, em grandes projetos de desenvolvimento e de expansão do capital. Do outro lado, milhares de camponeses, populações tradicionais e a mãe Terra, com uma incansável resistência, continuaram denunciando as contradições e a inviabilidade do modelo de desenvolvimento que os esmagava‖, diz o texto introdutório sobre o balanço. Contestação O elenco de críticas da CPT à gestão Dilma vai desde a concentração de terras entre produtores rurais, passando pelo uso de transgênicos, até a violência no campo e ocorrências de trabalho escravo. O estudo contesta números oficiais de assentamentos: segundo institutos governamentais, foram assentadas 103.746 mil famílias entre 2011 e 2014. Informação passível de ressalva, reclama a CPT: desse total, 73% se referem a ―famílias ligadas a processos anteriores ao mandato da presidenta Dilma‖. ―Se levarmos em consideração as ações originárias em seu próprio governo, esse número cai para 28.313 mil famílias. Para piorar ainda mais o quadro, todas essas famílias não estão ligadas necessariamente a criação de novos assentamentos, mas também a casos de regularização junto ao Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]. Como apontam os dados, 43,1% da área total obtida nesses quatro anos referem-se a reconhecimentos de áreas antigas, já ocupadas por essas famílias, em vários estados do país‖, contesta o balanço, afirmando ainda que Dilma assentou ―apenas 6.289 mil famílias‖ no último ano de seu primeiro mandato – número ―obsceno‖, diz a CPT. Cálculos preliminares da CPT, compilados por meio de sua campanha ―De olho aberto para não virar escravo‖, revelaram que 1.550 pessoas foram ―libertadas de condição análoga à de escravo‖ em 2014. O valor é quase a metade da média dos quatro anos anteriores, quando 2.632 trabalhadores foram ficaram livres daquela condição, anualmente. Poder fundiário A comissão diz que o poder privado, por meio de latifundiários, grandes empresas, mineradoras e hidrelétricas, entre outros agentes, foram os principais responsáveis por conflitos agrários. Segundo dados próprios, a CPT diz que houve aumento de áreas deflagradas e de violência contra trabalhadores rurais e pequenos proprietários: exatamente como foi registrado em 2013, o ano passado teve 34 assassinatos no campo. ―Financiado intensamente por recursos públicos, o agronegócio se consolidou como o modelo para a agricultura, enquanto a Reforma Agrária e a agricultura camponesa deixaram de ser estratégicas para o projeto de sociedade defendido pelo PT no exercício do poder central‖, diz outro ponto do texto. (FÁBIO GÓIS – CONGRESSO EM FOCO) Começo difícil - Em uma semana do 2.º mandato, ministros já dão dor de cabeça a Dilma Puxão de orelha presidencial e brigas entre ocupantes da Esplanada a respeito de políticas públicas marcam o início da nova gestão O segundo mandato da presidente Dilma Rousseff herdou de 2014 nuvens negras sobre o Palácio do Planalto: rebelião da base aliada no Congresso, denúncias de corrupção na Petrobras, economia patinando. E o cenário político, que já era difícil, se tornou mais problemático nos primeiros dias do ano. Nem bem assumiram, os ministros recém-nomeados começaram a dar dor de cabeça a Dilma. Com apenas um dia no cargo, por exemplo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, levou uma bronca da presidente e foi obrigado a corrigir a informação de que o governo iria propor uma nova regra de reajuste do salário mínimo. Divergências também marcaram as posses dos ministros Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário, e Kátia Abreu, da Agricultura, que defenderam publicamente posições conflitantes sobre a questão agrária. Também houve divergências entre outros ministros. Na Esplanada O suplente de deputado federal Reinhold Stephanes (PSD-PR) conhece como poucos o dia a dia da Esplanada. Em Brasília, o parlamentar integrou o 1.º escalão de quatro governos diferentes. Foi presidente do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) durante a gestão de Ernesto Geisel (1974-1979); ministro do Trabalho e Previdência de Fernando Collor (1992); da Previdência e Assistência Social de FHC (1995-1998); e da Agricultura de Lula (2007-2010). Para ele, a receita é simples: divergências entre as pastas devem ser resolvidas internamente. ―Você tem que falar o mínimo possível, cuidar sempre com os discursos. É preciso entender que você é ministro de Estado e, até certo ponto, está acima do governo. Por isso, tem de se comportar como tal – o que não quer dizer que você vai deixar de defender suas ideias.‖ Ele cita como exemplo justamente as pastas da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, que costumam ter visões distintas sobre os assuntos afins. ―Se um não tiver compreensão do outro, vai haver choque. Mas há questões básicas − como terras indígenas, quilombolas, meio ambiente − que a Presidência deve indicar o caminho a seguir‖, afirma. Segundo Stephanes, o Palácio precisa se antecipar e indicar o limite até onde cada ministro pode atuar nos casos limítrofes. O parlamentar conta uma situação vivida no 2.º governo Lula em torno dos transgênicos, em que os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente se posicionavam contra a liberação dos produtos. ―Ironicamente, foi a Dilma, então na Casa Civil, que chamou todos os atores envolvidos e disse que esse assunto estava decidido. E nunca mais houve discussão.‖ O porém no atual governo, analisa Stephanes, é que Dilma é mais uma ―gerentona‖, que não tem a mesma habilidade de negociação de Lula. ―O entendimento entre os ministérios depende da capacidade do governante maior de chamar todos e mostrar qual linha técnica deve ser seguida.‖ A partir de agora, briga será por cargos no segundo escalão Além dos problemas na atuação dos ministros, a presidente Dilma Rousseff tem de conviver com a histórica briga por espaço no governo federal. Depois de sofrer para acomodar parte dos aliados nos 39 ministérios, agora a petista se vê pressionada pelos cargos do segundo escalão. O deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB-PR) argumenta que a disputa por cargos não é novidade no mundo político. O problema, na visão dele, está no fato de o governo federal aceitar as indicações partidárias de quadros sem qualificação, sobretudo quando não tem tanto respaldo popular. ―Posso contar nos dedos quem, dos 39 ministros atuais, são efetivamente bons, com capacidade gerencial. O mesmo vai ocorrer nos escalões inferiores‖, lamenta Stephanes. ―O correto seria pedir aos partidos a indicação de quadros competentes, para que a própria presidente escolhesse, e não esse loteamento em que a legenda já indica o nome do ministro‖, diz o paranaense. Assessor da vice-presidência da República no mandato anterior, o paranaense Rodrigo Rocha Loures (PMDB) classifica como natural a briga por postos no governo e atribui a isso os ―ruídos‖ que ocorrem logo após as nomeações dos ministros. ―Isso [as divergências] é típico de todo processo seletivo. Muitos gostariam de ser ministros, mas só há como nomear uma pessoa por pasta‖, afirma. ―É quase que um ritual os que entram serem questionados e os que não entram ficarem na posição de criticar.‖ Atritos na Esplanada - Veja os ―pepinos‖ que os novos ministros criaram para a presidente Dilma Rousseff já nos primeiros dias de gestão: Desentendimento público Na segunda-feira, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que não existem mais latifúndios no Brasil. No dia seguinte, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário, defendeu a reforma agrária e disse que é preciso ―derrubar a cerca dos latifúndios‖. ―Pito‖ da presidente Com apenas um dia no cargo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, levou uma bronca da presidente Dilma Rousseff e, por ordem da petista, divulgou nota desmentido o que havia dito na véspera, de que o governo iria propor uma nova regra para o reajuste do salário mínimo. Imposto polêmico O ministro da Saúde, Arthur Chioro, defendeu a discussão sobre a criação de uma contribuição para financiar o setor, que perdeu recursos em 2008 com o fim da CPMF. Já Armando Monteiro, titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, afirmou que a volta da CPMF seria um ―grande retrocesso‖. Fogo amigo Depois de perder quatro ministérios do primeiro para o segundo mandato de Dilma Rousseff, incluindo pastas importantes como Fazenda e Educação, a cúpula do PT cobra da presidente maior espaço na montagem do segundo escalão. Os petistas focam nos principais cargos nos estados em empresas estatais. Já o PMDB e o PTB, insatisfeitos com o espaço que receberam na Esplanada, ameaçam se declarar independentes no Congresso. Rejeitada pelo partido Com o objetivo de demonstrar insatisfação com o espaço recebido na composição ministerial, a cúpula do PMDB não compareceu à posse da ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Em resposta, ela fez uma faxina em cargos até então ocupados por apadrinhados do partido. (EUCLIDES LUCAS GARCIA - GAZETA DO POVO) Petrobras: o carnaval começou bem antes É bom que fique claro que a esculhambação que vem carcomendo a Petrobras não começou no governo da Presidente Dilma Rousseff. Muitos anos antes, a rapinagem já começara a correr solta. Lula tratava a empresa como se fosse propriedade sua e de seu partido, mandando seus paus-mandados, lá instalados, a colocar dinheiro pesado em projetos estapafúrdios, completamente fora das normais legais e éticas que devem reger a ação do Estado e seu relacionamento com o setor privado. Em 2008, por exemplo, o Presidente mandou dar um milhão de reais a cada uma das doze escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro. Quem autorizou o pagamento foi Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, o mesmo que está ajudando a justiça a desvendar o emaranhado de trapaças e falcatruas arquitetado pelos prepostos do PT. As informações desses desmandos iniciais foram feitas pelo ex-gerente de Comunicação da empresa, Geovane de Morais, e reveladas como exclusividade pelo jornal Valor Econômico. Sem planos ou projetos, Lula simplesmente mandou que a Petrobras se virasse para ajudar as escolas de samba, um mês antes do início das festividades de Momo. A área técnica da empresa manifestou-se contrariamente, alegando não haver justificativa para o despropositado presente aos carnavalescos, nem o tempo necessário para se fazer as licitações conforme determina a lei. Mas o todo poderoso presidente mandou dizer que se danassem os escrúpulos. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República mandou a empresa se virar, porque o presidente ―quer porque quer‖. Aparentemente, pressão específica partira do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Como fazer patrocínio de carnaval não seria possível, a Comunicação da Petrobras distribuiu a grana como destinada à promoção do patrimônio imaterial do Brasil. O valor total do patrocínio, como registrado, passou muito dos 12 milhões distribuídos aos sambistas, uma vez que a empresa ainda teve de contratar a peso de ouro camarotes para as autoridades federais se esbaldarem. O dispêndio adicional foi de 4,7 milhões de reais. E esse despautério representou apenas a ponta do iceberg. O ex-gerente de Comunicação da Petrobrás confessou que outros 58 milhões de reais foram pagos por serviços não prestados, e isso só na sua área. 44 milhões de reais são referentes a duplicadas e outros recibos que a comissão investigadora não consegue seque identificar o nome dos beneficiários. Lula diz que isso não é com ele, mas com a Petrobras. Mas todos sabem como a coisa funciona no Brasil. O Presidente manda, os ministros mandam, e os funcionários menos graduados têm de fazer na marra, muitas vezes sendo responsabilizados pelos desmandos pelo TCU. (DIÁRIO DO PODER) Nomeados chefes de gabinete de ministros da Fazenda e Previdência Social Miriam Mara Miranda será chefe de gabinete do Ministério da Fazenda e Lindolfo Neto de Oliveira Sales da Previdência Social A Casa Civil da Presidência nomeou Miriam Mara Miranda para exercer o cargo de chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). Miriam vem dos quadros da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg). A edição de hoje do DOU também traz a nomeação do ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Lindolfo Neto de Oliveira Sales para exercer o cargo de chefe de gabinete do ministro da Previdência Social, Carlos Gabas. (AGÊNCIA ESTADO) Governadora de Roraima emprega 19 familiares em secretarias Escolha, segundo o governo, „seguiu critérios de confiança‟ A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), nomeou um total de 19 parentes — entre eles filhas, irmãos e sobrinhos — para ocupar cargos nas secretarias estaduais. Juntos, eles receberão salários que somam cerca de R$ 398 mil. A informação foi divulgada nessa terça-feira (6) no Diário Oficial da Assembleia e não agradou nem o vice-governador, Paulo César Quartiero (DEM), nem o Ministério Público estadual, que vai analisar o caso. Por meio de nota, a assessoria do governo destacou que o subsídio dos secretários estaduais e secretários adjuntos foi concedido através de decreto legislativo promulgado pela Mesa Diretora da Assembleia no dia 28 de dezembro, ainda na gestão do ex-governador Chico Rodrigues (PSB). ―Informamos ainda que a escolha do primeiro escalão seguiu critérios de confiança, capacidade técnica e disposição para reconstruir Roraima. Todos os atos de nomeação seguiram critérios de legalidade‖, pontuou o gabinete. De acordo com as nomeações publicadas no Diário Oficial de Roraima, as irmãs Emília Santos e Danielle Araújo, filhas de Suely Campos, deverão receber juntas R$ 46 mil por mês para chefiar a Secretaria Estadual de Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e a Casa Civil, respectivamente. O governo de Roraima também vai desembolsar R$ 39 mil para pagar os salários dos tios delas: Selma Mulinari, titular da Secretaria Estadual de Educação (Seed), e João Paulo de Souza e Silva, adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Os dois são irmãos de Suely. Cinco sobrinhos de Neudo Campos, ex-governador e marido da governadora, também ganharam cargos no primeiro escalão. São eles: Júlia Vieira Campos, que assumiu a reitoria da Universidade Virtual de Roraima, e Anderson Campos, adjunto da Secretaria de Infraestrutura (Seinf). Kalil, Paulo e Frederico Linhares, titular e adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), e secretário de estado da Gestão Estratégica e Administração, respectivamente, também foram nomeados no último dia 2. Eles terão juntos remuneração de quase R$ 100 mil. Concunhados também A renda da família do titular da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Josué dos Santos Filho, sogro de Emília Santos, filha da governadora, também é alta. Ele e sua mulher, que é a secretária adjunta da Educação Graciela Ziebert, o filho, ouvidor geral do estado Hugo Leonardo Santos, e a nora, controladora geral Isabela Dias, vão faturar R$ 90 mil por mês. A lista de nomeados por Suely também inclui parentes mais distantes. O adjunto da Secretaria Estadual de Cultura (Secult) é concunhado do marido de Daniele Araújo, filha da governadora, e o presidente do Instituto de Terras de Roraima (Iteraima), Francisco Santiago, marido de uma prima de Suely. Eles, assim como o primo de Suely, Hipérion de Oliveira, titular da Agricultura, Weberson Reis Pessoa da Agência de Fomento de Roraima (Aferr) e o presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RR), Juscelino Kubischeck receberão, cada um, R$ 23 mil por mês. (AGÊNCIA O GLOBO) Terrorismo em Paris - Três irmãos, sendo dois franceses, são suspeitos do massacre Os três suspeitos têm 18, 24 e 32 anos e dois nasceram na França Os terroristas covardes usaram máscaras, mas já foram identificados São três homens, irmãos de 18, 32 e 34 anos, sendo os mais velhos de nacionalidade francesa, os suspeitos pelo massacre terrorista ocorrido nesta quarta-feira (7) em Paris, quando invadiram a redação da revista satírica Charlie Hebdo e fuzilaram doze pessoas. Os acusados nasceram no 10 distrito de Paris e chamam-se Saïd e Chérif K. A nacionalidade do mais novo, Hamyd M., não é conhecida. Eles foram localizados pela polícia mas, ao contrário do que chegou a ser avançado pelo jornal Libération, ainda não terão sido detidos. A edição online do jornal Metro, que adianta a identificação dos suspeitos, acrescenta que o mais novo estudava França, numa faculdade de Charleville-Mézieres, em Reims. Já Chérif K. é conhecido das autoridades: ele foi julgado em 2005 por fazer parte de uma rede de recrutamento de jihadistas. Segundo o Metro, entre 2003 e 2005 ele incentivou uma dezena de jovens a ir combater para o Iraque. Julgado, Chérif K. foi condenado a três anos de prisão, com 18 meses de pena suspensa. (INFO DF) Proposta que ressuscita a CPMF é considerada “retrocesso” e recebe críticas da oposição (ABr) Parafuso solto – Em menos de uma semana o novo governo de Dilma Vana Rousseff, a reeleita, já mostrou todas as suas garras. De ingerência no papel dos estados na segurança pública à censura da imprensa, do açoite ao direito de propriedade à recriação da malfadada CPMF, tudo foi exibido nesses parcos dias que rasgam o ano de 2015. Ministro da Saúde, Arthur Chioro, que assumiu o cargo em 2014 ao substituir o ―companheiro‖ Alexandre Padilha, defendeu em entrevista ao jornal ―O Estado de S. Paulo‖ o retorno da CPMF como forma de financiar a saúde pública do País. A ideia de trazer de volta o ―imposto do cheque‖ há muito frequenta os bastidores do PT, que não conseguiu, até então, colocar em marcha o plano impopular. As declarações de Chioro foram suficientes para incendiar os partidos de oposição, que horas depois da publicação da entrevista acionaram a catapulta de críticas. Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) classificou como ―retrocesso‖ a proposta de recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que já financiou a saúde pública, mas que foi extinta em 2008. ―O descontrole do governo com as contas públicas é que provoca uma situação como essa, de ministro defender a rediscussão de um novo imposto para bancar a saúde pública no país. Neste momento em que a equipe econômica acena com um duro ajuste fiscal e o governo promete cortes no orçamento, a recriação da CPMF é um completo retrocesso‖, afirmou Bueno. Na opinião do parlamentar, a proposta onerará ainda mais a sociedade e a atividade produtiva, afetada duramente após quatro anos de baixo crescimento econômico. ―Nada justifica um novo imposto porque a carga tributária já está no limite do insuportável. Isso só pode ser consequência da ressaca eleitoral do governo que pelo visto não passou‖, ironizou. O líder do PPS cobra melhor gestão dos recursos da saúde por parte do governo federal para melhorar o atendimento à população. ―Os recursos estão aí, o que falta é gestão, capacidade e zelo na aplicação do dinheiro público na saúde‖, disse. Para quem não se recorda, a cobrança da CPMF caiu no vácuo de um projeto de lei que teve como relatora a senadora Kátia Abreu (TO), que à época engrossava as fileiras do Democratas, mas que hoje joga no time da presidente Dilma Rousseff e comanda o Ministério da Agricultura. Não por acaso, como na política inexistem coincidências e muito menos explicações convincentes, a presidente da República será madrinha de casamento da ministra da Agricultura, que trocará alianças em 1º de fevereiro. (UCHO.INFO) Record aplica golpe na TV Globo e ocupa Ministério do Esporte Ao saber que o Palácio do Planalto pretendia reanalisar a indicação do deputado pastor George Hilton para o Ministério do Esporte, o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, soltou os cachorros em cima da Dilma. Disse, entre outras coisas, que ela não se atrevesse a fazer tal coisa porque corria o risco dele levar seus 21 deputados para a oposição. Pereira não quer ser contrariado com o provável recuo da presidente com quem ele despachou para garantir o ministério para seu partido. Como se sabe, Hilton é um velho conhecido da Polícia Federal. Foi detido em 2005 no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com 600 mil reais, acomodados em onze caixas. Além disso, responde a processo de execução fiscal na Justiça Federal. O repúdio ao novo ministro surge de todo lugar. A ONG Atletas do Brasil, que reúne 61 desportistas e medalhistas olímpicos, reagiu à indicação que chamou de ―vergonha‖ para o esporte brasileiro. A advertência de Marcos Pereira fez tremer os alicerces do Planalto agora sob a batuta de Aloizio Mercadante que tem como meta limpar do mapa os ex-auxiliares de Lula que ainda permaneciam como olheiros lá dentro. O partido do Pereira, que reúne os pastores da Igreja Universal, descobriu o filé mignon do governo: o esporte. É o PRB que vai administrar os Jogos Olímpicos em 2016. Por isso, ao saber que a nomeação do seu pupilo corria o risco de não se concretizar, Pereira ameaçou desestabilizar o governo juntando-se à oposição. Dilma, que acaba de escolher o ministério mais desqualificado da história do país, calou-se. Não deu sequer um pio para não contrariar o aliado. O PRB não tem nada de bobo. O partido, que tem entre seus integrantes o ex-ministro da Pesca, Marcelo Crivela, senador e pastor da Igreja Universal, sabe da importância do Ministério do Esporte nos Jogos Olímpicos. Sabe também que a TV Record do Bispo Edir Macedo pretende fazer um ataque frontal à TV Globo, a emissora que detém a maior fatia dos direitos de transmissão de esporte no Brasil, um negócio bilionário, ocupando os espaços na área esportiva. Para quem não se lembra, os últimos Jogos Olímpicos de Inverno e Verão foram transmitidos pela Record com exclusividade. A estratégia, portanto, da tevê do bispo está dando certo. O PRB, além do ministério, começa 2015 ocupando mais quatro secretarias de Esporte no Brasil. Em São Paulo indicou o vereador Jean Madeira; em Minas Gerais, o deputado estadual Carlos Henrique; no Ceará, o deputado estadual David Durand; e no Distrito Federal, Leila Barros, a medalhista olímpica de vôlei. É claro que a TV Globo está observando as artimanhas do bispo Macedo. E mais cedo ou mais tarde vai cobrar caro do governo esse privilégio da Universal de ocupar a área do esporte sem nenhum critério de qualidade dos indicados, como é o caso do deputado George que entra no ministério como Marcelo Crivela na Pesca: sem conhecer patavinas do assunto. Pois é, assim a Dilma está cavando a própria sepultura. Despreparada para administrar o país, ela simplesmente não sabe o que ocorre a sua volta. Sem interlocutor confiável para discutir os problemas do país, a presidente ignora seus assessores e faz vista grossa para o que ocorre nos bastidores da política. O caso do Ministério do Esporte não é apenas uma mudança de titular, mas a manipulação de um orçamento de R$ 1,3 bilhão para os Jogos Olímpicos, de um total de R$ 2,5 bilhões disponíveis para o esporte. Além disso, põe a TV Record no centro de um dos eventos mais importantes do mundo. Como o PT é um partido vingativo, há quem afirme que a Dilma está dando o troco na organização dos Marinho. A presidente teria armado pra cima da TV Globo insatisfeita com o comportamento da emissora durante a campanha que não lhe deu colher de chá nas entrevistas ao vivo nos telejornais a ponto dela ter cancelado um desses encontros no Jornal da Globo. (JORGE OLIVEIRA – DIÁRIO DO PODER) Com o menor saldo em três anos, poupança exibe o estrago feito pelo PT na economia Casa do terror – Mais uma prova do monstruoso equívoco em que se transformou a política econômica do primeiro desgoverno da petista Dilma Vana Rousseff. De acordo com o Banco Central, a caderneta de poupança registrou, em 2014, a menor diferença, em três anos, entre depósitos e saques em três anos. Os dados foram divulgados pelo BC nesta quarta-feira (7). No ano passado, a captação líquida da poupança foi de R$ 24 bilhões, queda de 66,2% em relação ao saldo registrado em 2013, quando alcançou R$ 71 bilhões. O montante de 2014 só foi superior aos R$ 14,2 bilhões registrados em 2011. O saldo da poupança em 2014 é fruto de depósitos de R$ 1,64 trilhão e saques de R$ 1,616 trilhão. No ano, o rendimento da poupança foi de 7,08%. Em dezembro passado, a captação líquida da poupança foi de R$ 5,43 bilhões, valor 51,5% inferior ao do mesmo mês de 2013, quando foi registrado R$ 11,2 bilhões. Contudo, em relação a novembro, houve aumento de 114,2%. O fraco desempenho da poupança em 2014 é resultado da alta da inflação, que derrete o salário do trabalhador e impede que o cidadão faça suas economias. Outro fator que contribui para o péssimo resultado do mais popular investimento é que para driblar a crise econômica cresceu a transferência de recursos da poupança para outros produtos financeiros com rendimento superior ao da caderneta. O derradeiro ingrediente dessa receita indigesta é que o brasileiro ganha mal e foi instado a cair de cabeça no universo do consumismo, apenas porque Lula, o alarife, precisava posar de herói diante da crise internacional que chacoalhou diversas economias ao redor do planeta. A estratégia míope do governo do PT foi adotada pela presidente Dilma Rousseff, que continuou apostando no consumo interno como antídoto contra a crise. Sem ter como honrar os compromissos financeiros assumidos na esteira dos insanos pedidos do Palácio do Planalto, a saída foi sacar o dinheiro da poupança e pagar os financiamentos em atraso. O cenário da poupança não deve melhorar neste ano, pois a economia brasileira está à beira do precipício. Fora isso, como já mencionado, a inflação continua resistente e em trajetória de alta e a renda real (acima da inflação) das famílias deve seguir a trilha do descenso. Em outras palavras, não haverá dinheiro para destinar à caderneta de poupança. (UCHO.INFO) Dilma Rousseff poderá indicar dois ministros para o STF em 2015 A presidenta Dilma Rousseff poderá indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) até o final deste ano. A indicação mais esperada é para a vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, cuja substituição é aguardada pela Corte há seis meses. O quórum completo, com 11 ministros em exercício, poderá evitar empates e interrupções nos julgamentos de temas complexos, mas Dilma não tem prazo para definir os nomes. Além da vaga deixada por Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, completará 70 anos em novembro e será aposentado compulsoriamente. Fellipe Sampaio/STF Após as duas indicações, dos 11 integrantes da Corte, nove terão sido nomeados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma. Na atual composição do Supremo, os ministros Ricardo Lewandowski, atual presidente, Cármen Lúcia e Dias Toffoli foram indicados por Lula. Luiz Fux, Rosa Weber, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, pela presidenta. Gilmar Mendes chegou ao tribunal por nomeação do ex-presidente Fernando Henrique Cardozo e Marco Aurélio foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Collor. Celso de Mello foi nomeado para o Supremo em agosto de 1989 pelo então presidente da República José Sarney. Mello é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). O ministro é oriundo do Ministério Público de São Paulo, onde exerceu o cargo de promotor de Justiça por 20 anos. Ministro mais antigo em atividade no STF, ele é reconhecido por garantir direitos fundamentais e defender a liberdade de imprensa. Após a indicação pela Presidência da República, os ministros precisam passar por sabatina na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado pelo plenário da Casa. Em seguida, os novos integrantes podem ser empossados pelo Supremo. (AGÊNCIA BRASIL) Quando empatia rima com liderança Benefícios da atitude firme e ao mesmo tempo tempo delicada foram comprovados por cientistas que usaram técnica apelidada de ―meditação de bondade amorosa‖; voluntários repetiram em silêncio desejos de saúde e felicidade para si mesmos e para os outros Muitas vezes, quando as pessoas pensam na aparência física de homens e mulheres bondosos, preocupados com o bem-estar alheio, raramente os imaginam com uma postura firme, num papel de liderança. Em geral, tendem a atribuir a eles expressão corporal tímida, retraída. Mesmo em experimentos científicos em que os participantes são convidados a imaginar a si mesmo mais generosos e empáticos, psicólogos perceberam que os voluntários costumam ―se encolher‖ fisicamente – na maioria das vezes sem sequer se dar conta dessa atitude. Essa constatação revela uma crença equivocada – afinal ser bom não é ser bobo. O que algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram é que assertividade, liderança e autoridade podem combinar muito bem com empatia e a generosidade. E o melhor: essas qualidades podem ser reforçadas. Num estudo coordenado pela a psicóloga Dana Carney, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Berkeley, voluntários foram ensinados a apresentar atitude firme e ao mesmo tempo delicada, por meio de uma prática chamada pelos pesquisadores de ―meditação de bondade amorosa‖. Nesse tipo de prática, as pessoas repetem em silêncio desejos de saúde e felicidade para si mesmas e para os outros – e, nesse processo, cultivam sentimentos de empatia. Em outro experimento realizado por cientistas da Universidade de Wisconsin, em Madison, foram escaneados cérebros de meditadores experientes e novatos que se concentravam nesses conteúdos positivos. Ao ouvirem sons de alguém em perigo nos alto-falantes durante a prática de bondade amorosa, todos apresentaram atividade aumentada na ínsula, área do cérebro envolvida no autoconhecimento e na experiência emocional. Os praticantes experientes apresentaram reações mais fortes aos sons, sugerindo que a compaixão e a empatia podem ser aprendidas. Na Universidade Stanford, outro grupo de psicólogos descobriu que pessoas que praticavam a meditação com o intuito de ampliar a capacidade de amor e tolerância relataram se sentir socialmente conectadas a estranhos vistos em fotos e emocionalmente próximos a eles – esse sentimento, entretanto, requer algum tempo de dedicação e empenho para que possamos nos familiarizar com ele. De certa forma, os benefícios de adotar uma atitude não apenas superficialmente gentil, mas de fato empática, depende de como se entende sucesso. Se ser bem-sucedido é desenvolver recursos que o levarão a ter felicidade a longo prazo, mais saúde física e mental, relacionamentos sólidos e prazer no cotidiano, as pessoas boas levam vantagem. É importante lembrar, porém, que líderes justos e compassivos podem ser de grande benefício ao grupo, por isso vale a pena prestar especial atenção à postura. (BLOG PENSAR PSI – AE)