ESCOLA SECUNDÁRIA
COM 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO
D E M AT I A S A I R E S
Partilhar saberes, formar cidadãos.
PROJETO EDUCATIVO DE ESCOLA
TRIÉNIO 2011-2014
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
“As escolas são estabelecimentos aos quais está confiada uma missão de serviço
público, que consiste em dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e
conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades,
integrar-se activamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica,
social e cultural do país.” DL 75/2008 – ME – 22/04/2008
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
ÍNDICE
Nota preambular ……………………………………………………………………………4
1. Apresentação do documento ………………………...……………………………..…....4
2. Quem somos …………..………………………...……………………………………….7
2.1. Um pouco da história ………………….……………………………………………7
2.2. O contexto geográfico e social ……….…………………………………………….7
2.3. Oferta formativa/ serviços especializados/parcerias ………………………………..8
2.4. Critérios gerais estabelecidos para a organização curricular da escola ……...……10
2.4.1. Critérios estabelecidos para a constituição das turmas ……………………10
2.4.2. Critérios estabelecidos para a elaboração dos horários ………………...…..10
3. Como nos vemos: fragilidades e pontos fortes………………………………………….12
3.1. Fragilidades .………………………………………………………………………13
3.1.1. Domínio do ensino aprendizagem …………………………………………13
3.1.2. Domínio da cidadania e da relação com a comunidade ……………………14
3.1.3. Domínio da organização curricular e da gestão pedagógica ………………14
3.1.4. Domínio da cultura de autoavaliação ………………………………………14
3. 2. Pontos fortes ………………………...………………………...………………….15
3.2.1. Domínio do ensino-aprendizagem …………………………………….……15
3.2.2. Domínio da cidadania e da relação com a comunidade ………….…………16
3.2.3. Domínio da organização curricular e da gestão pedagógica…………..……16
3.2.4. Domínio da cultura de autoavaliação …………………………………...….16
4. O que pretendemos ………………………………..……………………………………17
4.1. A missão ……………………………………………..……………………………17
4.2. Os princípios orientadores ………….……………….…………………………….17
4.3. As áreas de intervenção …………...………………………………………………18
4.4. As metas ……………………………………………………....……………….….21
5. Avaliação do projeto……………………………………………………..……………..22
Bibliografia…………………………………………………………………….…………..23
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Nota preambular
Um projeto para quê?
Para reformar a lógica do pensamento e a ação.
O conceito de projeto deriva do latim projectu (lançar para a frente). A sua raiz
latina sugere a ideia de movimento, processo, espacialidade, temporalidade e direção. O
projeto funciona como janela e horizonte de possibilidades que nos relança, no presente,
para um quadro futuro de conquistas, consequentemente, a sua conceção reclama dos
atores a gestão da liberdade (face às opções realizadas) e da responsabilidade (o assumir
dos resultados decorrentes das escolhas efetuadas). Desta forma, o projeto educativo
integra uma visão e missão estratégicas de escola, alicerçadas numa lógica reformadora e
construtivista, retro e prospetiva, face ao modo como pensamos e agimos no coletivo.
1. Apresentação do documento
O atual projeto educativo de escola (PEE) foi concebido com base em quatro
documentos de referência: projeto de intervenção da diretora, relatórios produzidos pela
comissão de avaliação interna, relatório da Inspeção Geral de Educação (IGE), elaborado
no âmbito da avaliação externa e o anterior Projeto Educativo (PEE). Em relação a este
último documento, considerámos que se lhe deveria dar continuidade, no pressuposto de
que a visão de escola e as políticas educativas que se definem para este novo ciclo devem
alicerçar-se naturalmente no passado. Acresce ainda registar o contributo prestado por
todos os departamentos curriculares mediante a análise e apresentação de propostas à
equipa de coordenação dos trabalhos.
A análise cruzada dos diferentes documentos possibilitou a identificação
concertada, discutida e refletida de campos de intervenção prioritários, o delinear de
objetivos gerais e a definição das estratégias a implementar ao longo o período de vigência
do PEE em articulação com o Projeto Curricular de Escola (PCE) e o Plano Anual de
Atividades (PAA).
Histórica e culturalmente, não podemos dissociar a conceção do PEE da autonomia
decretada nos finais da década de oitenta pelo decreto-lei 43/89, consubstanciada nas
dimensões política, económica e social que aportaram às escolas a possibilidade de
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
reescrita do seu mapa de ação pedagógica e curricular. O que o decreto instituiu foi a
possibilidade de dotar as escolas de um projeto educativo singular e específico, o qual
deve traduzir a capacidade real, não ficcionada, que cada organização e os respetivos
atores possuem de territorializar as margens de autonomia inscritas no decreto objetivandoas num conjunto de oportunidades. Estas devem conduzir-nos a potenciar recursos,
estabelecer parcerias e encetar novas formas de contratualizar objetivos, dentro e fora
dos nossos muros, bem como a monitorizar resultados, numa preocupação crescente de
reflexão sobre nós e de produção de autoconhecimento organizacional (cultura de
autoavaliação), sem o qual não pode haver melhoria de resultados.
Elaborar um projeto educativo implica a capacidade de assumirmos, no coletivo,
uma visão estratégica para a escola ancorada numa missão que tem como princípio
fundante e fundamental a preparação dos jovens para o exercício da cidadania,
dotando-os dos necessários saberes e competências para um bom desempenho profissional
ou uma correta opção em termos de formação superior. Deste modo, o PEE surge-nos
como um documento onde se devem encontrar definidas:
“ (…) as grandes metas, os objectivos, as prioridades de desenvolvimento, as linhas
de actuação e a optimização dos recursos, deverá constituir um ponto de referência
para as restantes tarefas de planificação escolar, em ordem à coerência, integração,
globalização e unidade da acção educativa” Costa (2003:56)
Todo o trabalho desenvolvido na escola tem um ponto de convergência – o aluno
(matriz antropológica). Sabemos que a escola existe porque há alunos que a procuram e
profissionais que com eles desenvolvem um trabalho meritório. Atualmente, não é fácil dar
resposta à heterogeneidade de solicitações decorrentes da população que nos procura. No
entanto, é a certeza da necessidade de ajudar todos a construir os seus sonhos, que nos
orienta no nosso trabalho numa ordem prospetiva que não descura o passado e o presente.
Para que tal aconteça, é necessário que toda a comunidade escolar e educativa se envolva
e se reveja no projeto que é de todos e almeje um quadro de mudança estratégica,
ancorada na ação colegial com forte impacto na recuperação de uma nova legitimidade
para a escola pública. É ainda fundamental a participação na definição de uma política
educativa local, assente na perspetiva global da ação educativa, no compromisso, na
responsabilização, na racionalização e gestão dos recursos, bem como na mobilização de
esforços - passarmos do eu ao nós.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
O dilema afigura-se-nos pertinente mas de difícil resolução, daí a necessidade de
convocarmos todas as partes e de interpelarmos a organização no seu todo, não esquecendo
que a autonomia não se conquista por decreto, mas por projeto; não é um fim, mas um
meio, um campo de oportunidades, que deve ser gerado para que possamos ver acontecer a
mudança necessária:
“Como encarar a escola enquanto unidade de intervenção, se não acreditarmos que
é a cultura profissional que ela acolhe que medeia todos os esforços de acção e de
inovação que se possam fazer e que viabiliza ou compromete qualquer iniciativa de
transformação do seu modo dominante de funcionamento?
Como conceber uma escola autónoma e dotada de um projecto educativo original,
sem ter em conta a existência de uma cultura profissional singular que lhe confere
uma identidade própria e dá um sentido único à sua orientação dinâmica para o
futuro?” Lima (2002:71)
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
2. Quem somos
2.1. Um pouco da história
A Escola Secundária de Matias Aires (ESMA) – mais recentemente designada
Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico de Matias Aires – foi oficialmente
criada pela portaria nº 136/88, de 29 de fevereiro, com a designação de Escola Secundária
de Mira Sintra.
No local designado por Casal da Charneca, a construção deste estabelecimento de
ensino teve início a 29 de maio de 1988, o que viria a inviabilizar o seu pleno
funcionamento previsto para setembro seguinte.
Assim, a escola funcionou inicialmente no ano letivo de 1988-1989, com um total
de 960 alunos matriculados, recorrendo a instalações sediadas na Escola Primária da
Quinta Nova do Tojal e tendo, na fase de lançamento desse ano escolar, funcionado na
Escola Preparatória de Mira Sintra.
Durante o ano de 1989 decorreu a construção de quatro pavilhões e da portaria.
Posteriormente, iniciou-se o arranjo dos espaços exteriores e o restauro da casa saloia do
século XVIII, ex libris da Escola. Os restantes pavilhões e a cantina foram concluídos em
1991 e, mais tarde, foram criados os campos de voleibol de praia, inovadores na época.
Na sequência da proposta apresentada à Secretaria de Estado dos Ensinos Básico e
Secundário, esta instituição passou a designar-se por Escola Secundária de Matias Aires,
em maio de 1993, tendo como patrono um eminente vulto da cultura local e nacional.
Em abril de 2002, foi iniciada a construção do pavilhão desportivo, que viria a ser
inaugurado no dia 22 de maio do ano seguinte e que recebeu a designação de Pavilhão
Desportivo José Amores, em homenagem ao falecido presidente do conselho executivo.
Este equipamento representa uma importante mais-valia da escola, funcionando como um
elo fundamental de ligação à comunidade envolvente.
2.2. O contexto geográfico e social
A ESMA localiza-se na freguesia de Agualva, na fronteira de duas das quatro
freguesias da cidade de Agualva-Cacém (Agualva e Mira Sintra), sendo os seus alunos
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
maioritariamente originários destas duas freguesias. Agualva-Cacém é uma cidade
densamente povoada, ponto de confluência e de residência de população oriunda de outras
partes do país e do mundo, sobretudo
da Comunidade de Países de Língua Oficial
Portuguesa (CPLP). Como em qualquer outra cidade suburbana, uma parte significativa da
população desloca-se diariamente para trabalhar noutros locais da área metropolitana de
Lisboa. De acordo com a avaliação feita pelas juntas de freguesia de Agualva e Mira
Sintra, tem-se assistido, nos últimos tempos, ao agravamento das carências sócioeconómicas das famílias em situação de risco e ao crescimento exponencial de novas
situações de carência aguda. É de realçar que, no ano letivo de 2010/2011, dos 1063 alunos
da escola, 53,8% foram beneficiários da ASE (359 do escalão A e 213 do escalão B).
Esta é uma escola com alunos oriundos de vários países, situação que a torna um
espaço multicultural, multiétnico e matricialmente projetado para a inclusão. A diversidade
que a caracteriza, nomeadamente em termos de contextos familiares, níveis de
expectativas, domínio do Português e percursos escolares, justificam igualmente a
multiplicidade de problemas que tem que enfrentar, entre os quais se destacam a falta de
assiduidade e a indisciplina, principalmente no ensino básico.
2.3. Oferta formativa/ serviços especializados/ parcerias
De modo a responder à diversidade de características e necessidades de todos os
alunos, procurando igualmente ultrapassar o desinteresse e desmotivação que caracteriza
grande parte da sua população escolar, a escola tem atribuído grande importância à
diversificação da sua oferta formativa. Neste contexto, é possível encontrar na ESMA
turmas do Ensino Básico regular, Cursos de Educação e Formação, Percursos Alternativos
e turmas de Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), tipos 1 e 2.
A oferta curricular disponibilizada pela ESMA no âmbito do Ensino Secundário
integra Cursos Científico-humanísticos (oferta vocacionada para o prosseguimento de
estudos de nível superior), Curso Tecnológico de Desporto e Cursos Profissionais,
direcionados para a integração na vida ativa.
Em termos de serviços especializados, a escola dispõe do Serviço de Psicologia e
Orientação (SPO) e de um professor de ensino especial, os quais, entre outras funções,
disponibilizam apoio aos alunos com maiores dificuldades, incluindo os com necessidades
educativas especiais.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Ao nível do apoio aos alunos, é importante referir a existência de um conjunto
alargado de estratégias que procuram responder à grande diversidade de situações em que
se detetam dificuldades. Ao nível do contexto da sala de aula, o corpo docente procura
introduzir, de forma progressiva e estruturada, formas de diferenciação nos seus processos
de trabalho. Considera-se de crucial importância ter presente que o processo de ensinoaprendizagem se deve organizar a partir das caraterísticas de cada grupo de alunos e de
cada contexto, visando promover a evolução no âmbito de uma sala de aula heterogénea.
Os professores ensinam de maneiras diferentes, os alunos aprendem de forma diferente.
Por essa razão, a escola procura desenvolver modelos de gestão curricular que envolvam os
alunos, ajustando o nível de apoio adequado, a complexidade das tarefas e os ritmos de
aprendizagem às suas competências e perfis. Esta tarefa exige, cada vez mais, um trabalho
cooperativo entre os docentes.
No que diz respeito ao contexto exterior à sala de aula, considera-se importante a
existência de estruturas de apoio ao trabalho do professor e sobretudo de suporte ao
trabalho dos alunos, especialmente para aqueles cujo desempenho em sala de aula não é
suficiente para colmatar as suas dificuldades.
Ao nível do relacionamento com a comunidade local, a ESMA considera o
estabelecimento de protocolos e parcerias, não só como uma marca da sua própria
identidade, bem como uma prática indispensável à qualidade da prestação do serviço
público de educação. Assim, continuará a incrementar a sua participação em projetos de
intervenção local, regional e, até, internacional, individualmente ou em parceria com outras
instituições públicas ou privadas – Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, Instituições
Particulares de Solidariedade Social, Centros de Educação e Formação, Centros de Saúde,
Escolas, Associações Empresariais e todas as outras estruturas e agentes locais que possam
contribuir para uma maior eficácia do processo de ensino-aprendizagem e integração da
escola na comunidade.
Igual importância assumem os protocolos celebrados com variadas empresas,
instituições, forças de segurança, bombeiros voluntários e outros organismos. Desta
colaboração, para além dos estágios, formação em contexto de trabalho e participação em
júris de provas de aptidão profissional, resultam experiências e mais-valias indispensáveis
ao processo educativo, através da sua intervenção em variados projetos e atividades da
escola.
No âmbito do relacionamento da escola com a comunidade envolvente, o
reconhecimento da importância das parcerias conduz à necessidade de constituição de uma
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
estrutura, um conselho de parceiros, com caráter consultivo e da qual participarão
entidades individuais e representantes de diversas forças sociais e empresariais, numa
maior perspectiva de abertura da escola a agentes externos, com experiências profissionais,
opiniões e sensibilidades diversas. Pretende-se que aqueles que se disponibilizarem a esta
modalidade de colaboração, entre outras atribuições que se venham a revelar adequadas,
emitam pareceres acerca das dinâmicas organizacionais da escola e das opções em termos
de oferta educativa e que nos coloquem novos desafios em termos de atividades e projetos
de interesse local e educativo em que possamos participar.
2.4. Critérios gerais estabelecidos para a organização curricular da escola
2.4.1. Critérios estabelecidos para a constituição das turmas
Para além do estabelecido na legislação em vigor, a escola considera como
relevantes os seguintes critérios:
• Manutenção da constituição da turma do ano anterior;
• Distribuição equilibrada de alunos repetentes;
• Distribuição homogénea de idades e paridade de género;
• Distribuição dos alunos com português língua não materna de forma a melhor
rentabilizar os recursos humanos e pedagógicos.
Constituem situações de exceção à aplicação dos critérios anteriores:
• as devidamente justificadas pelos Conselhos de Turma;
• as assinaladas pelo Conselho Pedagógico ou pela Direção;
• as de força maior justificadas pelos encarregados de educação.
2.4.2. Critérios estabelecidos para a elaboração dos horários
Para além do estabelecido na legislação em vigor, a escola considera como
relevantes os seguintes critérios para a elaboração dos horários dos alunos:
• Distribuir equilibradamente as disciplinas pelos dias da semana;
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
• Evitar a sobrecarga de disciplinas teóricas num dia;
• Evitar amplitudes elevadas de horário;
• No ensino secundário, nos cursos científico-humanísticos, no ano terminal de cada
disciplina com exame nacional, incluir um ou dois segmentos de reforço de preparação
para exame.
No que diz respeito aos horários dos professores, foram estabelecidos os seguintes
critérios:
• Atribuir um segmento da componente não letiva de estabelecimento aos representantes
de grupo até nove elementos e dois segmentos aos restantes;
• Garantir, sempre que possível, professores para o cumprimento do horário dos alunos
no caso de ausência não prevista de algum docente;
• Garantir, sempre que possível, um grupo de professores para assegurar o funcionamento
de tutorias e outros apoios considerados necessários;
• No ensino secundário, nos cursos científico-humanísticos, contemplar os horários dos
docentes que lecionam disciplinas com exame nacional, no ano terminal, com um ou
dois segmentos de reforço de preparação para exame, da componente não letiva; estes
segmentos devem agrupar alunos de turmas diferentes, desde que o número máximo de
alunos o permita;
• Disponibilizar, no horário de todos os docentes, um período do dia para a realização de
reuniões, se possível à quarta-feira, a partir das quinze horas;
• Disponibilizar outros tempos comuns nos horários para o desenvolvimento de reuniões
específicas relativas a cargos ou turmas atribuídos aos professores;
• Assegurar, prioritariamente, o funcionamento do Gabinete Para o Sucesso (GPS) em
todos os tempos do horário escolar.
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3. Como nos vemos: fragilidades e pontos fortes
A conceção de um projeto consubstancia as ideologias decorrentes do agir
quotidiano/vivido, isto é, das representações e crenças que justificam e legitimam as ações
e as decisões dos atores, em função de referenciais ou princípios estabelecidos
democraticamente. Para que o projeto possa emergir, é fundamental que ele espelhe o
contexto onde se pretende aplicar. Uma visão periférica e desfocada da realidade empírica
poderá comprometer toda a esfera do projeto, lançando-o para um horizonte não do projeto
que podemos ter, mas do projeto que gostaríamos de ter (ficcionado e utópico). Nesta
medida, saber gerar conhecimento informado acerca de nós é crucial para o traçar de um
projeto educativo, condição indispensável para poder interagir com a comunidade à nossa
volta. Definimo-nos, por isso, com algumas características que sentimos que nos dão
identidade, nos tornam diferentes e complementares, peças de um conjunto mais alargado,
ao nível da comunidade, da cidade e do país onde nos inscrevemos.
O atual diagnóstico da situação teve em linha de conta os seguintes documentos: o
relatório da Comissão de Avaliação Interna (CAI); o relatório da Inspeção Geral da
Educação (IGE), elaborado no âmbito da avaliação externa; os dados estatísticos relativos
à avaliação interna dos alunos ao longo do último biénio 2009/10 e 2010/11; o documento
elaborado pelos departamentos curriculares e analisado pelo conselho pedagógico e as
recomendações do conselho geral para a elaboração do projecto educativo.
Os resultados disponíveis permitem-nos identificar fragilidades e potencialidades,
que foram organizadas em quatro domínios, atendendo à sua natureza diagnóstica e
prognóstica:
• Domínio do ensino aprendizagem;
• Domínio da cidadania e relação com a comunidade;
• Domínio da organização curricular e da gestão pedagógica;
• Domínio da cultura de auto-avaliação.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
3.1. Fragilidades
3.1.1. Domínio do ensino aprendizagem
• Insucesso escolar e uma taxa reduzida e pouco satisfatória ao nível da qualidade do
sucesso educativo;
• Fraco domínio de competências relativas à oralidade, escrita, análise e interpretação de
enunciados e pouca autonomia no que se refere ao exercício e desenvolvimento do
raciocínio lógico e matemático (trabalho no campo das hipóteses, das deduções e das
inferências lógicas), aspetos que conduzem a dinâmicas de aprendizagem insuficientes;
• Oscilação dos resultados académicos nos ensinos básico e secundário, não obstante a
implementação e diversificação de estratégias de melhoria;
• Discrepância entre os resultados alcançados internamente pelos alunos ao longo do
período de frequência e os resultados dos exames nacionais;
• Dificuldades na articulação vertical entre o terceiro ciclo do ensino básico e o ensino
secundário;
• Existência de turmas mais numerosas do que seria desejável para o desenvolvimento de
práticas pedagógicas de qualidade;
• Escassa disponibilidade de oferta de modalidades de apoio, as quais não respondem
eficazmente à diversidade das dificuldades apresentadas pelos nossos alunos;
• Baixas expetativas dos alunos face à conclusão e ao prosseguimento dos seus estudos;
• Práticas de articulação vertical e horizontal pouco sistemáticas por parte dos
departamentos curriculares, com prejuízo do desenvolvimento da sequencialidade das
aprendizagens;
• Insuficiente avaliação global e sistematizada dos apoios implementados aos alunos,
impedindo o conhecimento da sua eficácia e a eventual reorientação das medidas
adotadas, bem como uma gestão eficiente dos recursos;
• Impacto reduzido do plano de ocupação plena dos tempos escolares dos alunos no seu
processo de aprendizagem.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
3.1.2. Domínio da cidadania e da relação com a comunidade
• Fraca interiorização de regras e de princípios que propiciem um saber-estar, o que
conduz a situações de exclusão e de retenção;
• Comportamentos desviantes praticados dentro e fora das salas de aula;
• Elevado absentismo e abandono escolares;
• Insuficiente participação dos encarregados de educação na vida escolar dos seus
educandos;
• Fraca adesão dos encarregados de educação às atividades da escola abertas à
comunidade;
• Insuficiente articulação e cooperação entre os diferentes estabelecimentos de ensino a
nível local;
• Aumento de comportamentos de indisciplina e agravamento da perceção de insegurança
na escola.
3.1.3. Domínio da organização curricular e da gestão pedagógica
• Insuficiente gestão articulada do currículo e promoção de formas de trabalho
cooperativo nos departamentos curriculares;
• Insuficiente trabalho colaborativo nos conselhos de turma, o que não favorece a adoção
de procedimentos convergentes na definição de regras fundamentais ao nível do saberestar;
• Insuficiente interação entre as estruturas educativas da escola.
3.1.4. Domínio da cultura de autoavaliação
• Escassa divulgação e monitorização dos documentos estruturantes da ação pedagógica e
do planeamento curricular (PEE e PCE);
• Fraca uniformização e ajustamento dos instrumentos de diagnóstico aplicados aos
diferentes setores, o que dificulta uma análise rigorosa das situações, sinalização de
dificuldades e estabelecimento de prioridades no que se refere aos modos de
intervenção;
• Fraca cultura de autoavaliação (processo pouco estruturado e sistematizado);
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
• Défice de reflexão e discussão por parte das estruturas e órgãos de administração e
gestão sobre o conteúdo dos relatórios de avaliação, não se verificando tomadas de
decisão sobre alterações a introduzir nas estratégias e nos processos (medidas de
melhoria a aplicar);
• Processo de autoavaliação pouco sistematizado, com falha na articulação entre as
estruturas, o que não potencia a identificação dos seus pontos fortes e fracos e o
desenvolvimento de planos consistentes de melhoria;
• Falta de sistemas integrados de informação que permitam monitorizar os vários setores
da organização da escola para permitir, em tempo útil e oportuno, as informações
necessárias a tomadas de decisão eficazes e eficientes.
3.2. Pontos fortes
3.2.1. Domínio do ensino - aprendizagem
• Corpo docente relativamente estável e qualificado científica e pedagogicamente;
• Biblioteca escolar como estrutura implementadora e dinamizadora de atividades
específicas e transversais;
• Diversificação da oferta formativa (Cursos de Educação e Formação, Percursos
Curriculares Alternativos para o 3.º ciclo do ensino básico; Curso Tecnológico de
Desporto, Cursos Profissionais, Programa Integrado de Educação e Formação), com
vista à criação de novas oportunidades de qualificação dos alunos para o mercado de
trabalho;
• Envolvimento e determinação por parte dos agentes educativos na melhoria dos
resultados escolares dos discentes;
• Valorização do mérito dos resultados escolares alcançados pelos alunos;
• Crescente utilização das novas tecnologias da informação e comunicação nos processos
de ensino e aprendizagem;
• Valorização da dimensão social da educação e boa integração sócioescolar na procura
de condições que permitam que todos os alunos usufruam de idênticas oportunidades de
sucesso;
• Boa relação pedagógica.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
3.2.2. Domínio da cidadania e da relação com a comunidade
• Mobilização de esforços por parte dos diretores de turma e professores em geral no
envolvimento dos alunos no seu processo de aprendizagem;
• Valências do serviço de psicologia e orientação da escola, nomeadamente ao nível do
acompanhamento psicológico dos alunos e da orientação vocacional;
• Desenvolvimento de atividades na área da educação ambiental;
• Disponibilidade por parte da escola em envolver-se em projetos da comunidade;
• Existência de espaços privilegiados para a prática desportiva, cuja dinamização
promove o envolvimento da comunidade local;
• Promoção de atividades no âmbito do programa de educação para a saúde e
sexualidade;
• Existência de parcerias em diversos domínios.
3.2.3. Domínio da organização curricular e da gestão pedagógica
• Crescente recurso às novas tecnologias da informação e comunicação na melhoria da
dinâmica organizacional da escola;
• Diferentes modalidades de organização e gestão curricular, mediante as caraterísticas da
oferta formativa.
3.2.4. Domínio da cultura de autoavaliação
• Realização e divulgação dos relatórios da comissão de avaliação interna nas diferentes
estruturas;
• Implementação de formas de monitorização mais alargadas e sistematizadas ao nível da
direção de turma.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
4. O que pretendemos
A escola que queremos tem de ser, também, pensada em função dos nossos olhares
sobre o contexto envolvente. É fundamental pensar o ensino e a formação de nível básico e
secundário tendo em conta as transformações ocorridas no contexto que nos rodeia. Se
ignorarmos as dinâmicas de mudança científica e socioeconómica a não linearidade e
imprevisibilidade que as caracterizam, estaremos a construir realidades desajustadas e
descontextualizadas.
4.1. A missão
Pretendemos uma escola inclusiva, que invista, de modo eficaz, no sucesso dos seus
alunos e de todos os profissionais que nela trabalham; que permita que todos possam
atingir o máximo das suas potencialidades; que privilegie não só a transmissão de
conhecimentos e o desenvolvimento de competências, seu principal objetivo, mas que
proporcione o desenvolvimento do espírito crítico e a assunção do dever de cidadania.
4.2. Os princípios orientadores
Este plano de intervenção tem por base os seguintes princípios orientadores:
• Aprendizagem e construção e saberes, que se traduz num processo pessoal de posse e
constituição ativa e significativa do conhecimento, capaz de gerar pensamentos e ideias
com vista à resolução de problemas globais numa sociedade em constante mudança.
• Identidade e sentido de pertença a uma comunidade educativa, capaz de agir para
formar e transformar as suas práticas num processo de interação, cooperação e
corresponsabilização progressiva, com vista a melhorar a qualidade do processo
educativo.
• Cidadania pró-ativa, que remete para a necessidade de respeito pela diversidade e pela
diferença, aspeto fundamental para que exista um debate esclarecido que vincula e
compromete todos os elementos a um projeto comum, onde cada pessoa tem uma voz
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
ativa, onde a diferença é entendida não como algo que divide, mas que positivamente
une na pluralidade de sentidos e na diversidade de perspetivas;
• Prioridade dos afetos na educação, na medida em que o ato de educar pressupõe a
capacidade de entrega, de compromisso e de esforço de todas as partes que nele
interagem num espaço de compreensão e de respeito mútuo que exige e reclama
cumplicidade e proximidade;
• Inclusão, já que a escola deve organizar-se e planear situações que permitam responder
à diversidade de características e necessidades de todos os alunos, no quadro de uma
política orientada para o sucesso educativo e para a igualdade de oportunidades.
4.3. As áreas de intervenção
“O projecto educativo deve ser uma resposta aos problemas da comunidade
escolar, deve ser uma acção não alienada, deve ser uma acção que se interroga a si
mesma que tem consciência dos seus sucessos e insucessos, uma acção
investigativa”. Alves (1993:64)
Tendo por base o diagnóstico feito, para cada um dos domínios foi definido um
objetivo geral, bem como algumas estratégias a desenvolver:
Domínio
Objetivo geral
A – Ensino e aprendizagem
1 – Incentivar o sucesso escolar
B – Cidadania e relação com a comunidade
2 – Promover o desenvolvimento saudável e a cidadania
pró-ativa
C – Organização curricular e gestão pedagógica
3 – Otimizar a articulação entre as estruturas
D – Cultura de autoavaliação
4 – Consolidar uma cultura de autorregulação
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Objetivo Geral
Estratégias de Ação
Instrumentos de avaliação
• Promoção de atividades de articulação
curricular da Biblioteca Escolar (BE) com as
diferentes áreas de ensino e aprendizagem;
• Promoção da leitura e das diferentes literacias
• Sensibilização dos alunos para a utilização da
sala de estudo, enquanto espaço de trabalho;
• Reforço da atribuição de tutorias como
modalidade de apoio;
• Utilização da plataforma moodle
generalidade da população escolar;
Relatório da autoavaliação da
BE
Relatório trimestral do projeto
“AGIR”
pela
• Incentivo à melhoria dos resultados educativos
através da manutenção de quadros de valor e de
excelência;
Relatório produzido com base
nos resultados da avaliação final
do ano letivo.
• Implementação de uma maior dinâmica na
organização de projetos conjuntos pelos
conselhos de turma;
1 – Incentivar o sucesso
escolar
• Construção participada e contextualizada dos
planos de turma, com base nos dados de
avaliação de diagnóstico e nos dados de
caraterização socioeconómica, operacionalizando
a interdisciplinaridade e transversalidade do
currículo;
• Implementação de práticas de articulação
curricular pelos grupos e departamentos
curriculares, com vista ao desenvolvimento da
interdisciplinaridade e transversalidade do
currículo;
• Incentivo à participação e responsabilização
dos alunos no seu processo de aprendizagem e
valorização da autoavaliação;
• Reforço da prática da avaliação diagnóstica e
formativa para a melhoria das aprendizagens;
Relatórios de representantes de
grupo e coordenadores de
departamento
Documentos de autoavaliação e
de avaliação diagnóstica
• Diversificação dos instrumentos e estratégias
de ensino e de avaliação;
• Promoção da diferenciação pedagógica e da
flexibilização curricular para alunos com
dificuldades de aprendizagem e necessidades
educativas especiais; (criação de instrumentos de
diagnóstico que permitam o encaminhamento
rápido e eficaz de alunos com problemas
específicos)
• Criação de mecanismos de integração e apoio
para alunos oriundos de outros países
Relatório final de avaliação dos
PEI e dos CEI
Relatório de coordenação de
PLNM
19
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Objetivo Geral
Estratégias de Ação
Instrumentos de avaliação
• Divulgação eficaz do regulamento interno;
Relatório CAI
• Elaboração de um plano preventivo da
indisciplina;
• Uniformização dos códigos de conduta ao nível
dos conselhos de turma;
• Afixação de regras de funcionamento em todos
os espaços escolares;
Relatório CAI
• Realização de assembleias de turma de forma a
envolver os alunos na resolução dos problemas;
• Implementação de assembleias regulares de
delegados e subdelegados com o apoio da
direção;
• Realização de encontros periódicos de partilha
com as famílias;
• Promoção de trocas de experiências e de
formação entre a comunidade educativa;
• Organização de eventos culturais e recreativos
em parceria com outras instituições da
comunidade;
2
–
Promover
o
desenvolvimento
saudável e a cidadania
próativa
• Incentivo e reforço do apoio à realização de
projetos direcionados para o desenvolvimento de
uma cidadania ativa, nomeadamente no plano
social, ambiental e de educação para estilos de
vida saudáveis;
Relatórios das atividades de
enriquecimento curricular
• Promoção do envolvimento e responsabilização
dos alunos na realização de projetos próprios;
• Desenvolvimento de atividades que promovam
a formação cívica;
• Definição de compromissos educativos entre
aluno, professor, encarregado de educação e
diretor de turma, por forma a adequar
comportamentos e atitudes para um bom
ambiente de ensino e aprendizagem;
• Resolução dos problemas de segurança em
tempo
útil,
com
o
envolvimento
e
responsabilização de todos os intervenientes
educativos;
• Divulgação
promovidas;
das
atividades
e
Contratos
diversificados
pedagógicos
Relatório
do
Emergência
Plano
de
iniciativas
• Fomento de uma participação efetiva dos pais e
encarregados de educação na vida da escola;
Relatório CAI
• Dinamização de atividades que promovam, na
comunidade escolar, a aceitação, a integração e a
valorização da diferença;
• Implementação
de
projetos
para
o
desenvolvimento de competências no âmbito das
relações interpessoais.
20
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Objetivo Geral
Estratégias de Ação
• Reforço de estratégias colaborativas entre
professores ao nível da planificação, produção de
materiais pedagógicos, definição e aplicação de
critérios de avaliação, elaboração
de
instrumentos de avaliação, entre outros,
transformando as reuniões em momentos
privilegiados de trabalho cooperativo;
3
–
Otimizar
articulação entre
estruturas
a
as
• Utilização de relatórios de avaliação
uniformizados e em conformidade com os
objetivos e metas do projeto educativo, como
instrumentos de reflexão para os vários agentes
educativos, de forma a permitir a tomada de
decisões fundamentadas;
Estratégias de Ação
• Elaboração de relatórios de avaliação de
atividades realizadas e de relatórios anuais por
parte dos responsáveis pelas diversas estruturas e
órgãos;
4 – Consolidar uma
cultura
de
autorregulação interna
Relatórios de representantes de
grupo e de coordenadores de
departamento
• Promoção de uma reflexão sistemática das
práticas desenvolvidas;
• Reflexão sistemática e atempada sobre aos
resultados escolares dos alunos, no sentido de
permitir alterar procedimentos e encontrar
respostas adequadas
Objetivo Geral
Instrumentos de avaliação
• Aplicação de sistemas de monitorização de
forma progressiva às diversas áreas de
intervenção da ação educativa;
Documentos
de
análise
estatística
dos
resultados
escolares
Instrumentos de avaliação
Relatórios de avaliação do PAA
e relatórios de avaliação das
diferentes estruturas
Relatório da CAI
• Melhoria em aspetos processuais tais como a
uniformização de instrumentos, sistematização
de registos, centralização e acesso à informação;
• Reorientação da ação após análise e reflexão de
resultados obtidos, redefinindo estratégias e
atividades, nos casos de insucesso.
4.4. As metas
A escola, após reflexão em sede de grupos de recrutamento, departamentos
curriculares e conselho pedagógico, estabeleceu um conjunto de metas que se propõe
alcançar no âmbito do programa educação 2015. Em virtude da importância de que as
mesmas se revestem no traçar de um caminho e no delinear dos processos com vista à
consecução e desenvolvimento do projeto educativo, foram definidas as seguintes:
Melhorar os resultados escolares nos exames nacionais de Língua Portuguesa
(9ºano) e Português (12ºano) em 1,5% até 2014 (0,5% ao ano);
21
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Melhorar os resultados escolares nos exames nacionais de Matemática (9ºano) e
Matemática A (12ºano) em 0,3% até 2014 (0,1% ao ano);
Diminuir a taxa de repetência nos ensinos básico e secundário em 1,5% até 2014
(0,5% ao ano);
Diminuir a taxa de desistência dos alunos aos 14, 15 e 16 anos em 0,6% até 2014
(0,2% ao ano).
22
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
5. Avaliação do Projeto
Considera-se fundamental promover uma cultura de autoavaliação do projeto.
Neste contexto propõe-se a criação de uma equipa de acompanhamento e avaliação do
projeto educativo de escola, constituída por elementos de conselho pedagógico e outros
que este órgão indique.
A avaliação do projeto educativo incidirá sobre o nível de concretização dos objetivos
definidos para as metas elencadas para os domínios estratégicos de intervenção.Com este
propósito deverá ser construído um referencial de avaliação ao nível da execução no final
de cada ano letivo pela equipa atrás referida
A equipa responsável pela avaliação do PEE solicita e analisa informações provenientes da
direção da escola, dos departamentos e serviços, das associações de pais e de estudantes,
de modo a produzir recomendações e chamadas de atenção, que serão utilizadas como base
para os planos de melhoria.
A monitorização do projeto é realizada ao longo do seu período de vigência e é feita no
final de cada ano letivo através da elaboração de relatórios de todas as estruturas
pedagógicas: departamentos, coordenação dos diretores de turma, coordenação de projetos
e coordenação das Novas Oportunidades. O projeto poderá ser também monitorizado por
informações provenientes de grupos específicos da comunidade educativa, como por
exemplo, pais e encarregados de educação, alunos, professores e pessoal não docente,
conforme planificação da equipa de avaliação.
Esta equipa realizará, no final de cada ano letivo, uma avaliação dos critérios previamente
estabelecidos. Para o efeito procederá à recolha de informação através de instrumentos
diversos (questionários, entrevistas, fichas de registo, observação direta) e utilizará os
relatórios dos diferentes órgãos de gestão intermédia.
Os resultados destas avaliações, após a análise partilhada no Conselho Pedagógico,
constarão no relatório a apresentar ao Conselho Geral.
O relatório final da implementação do Projeto Educativo, da responsabilidade da Direção
da Escola, integra os estudos realizados e a análise dos constrangimentos e oportunidades
de desenvolvimento verificadas ao longo do período de vigência do projeto.
23
Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
O acompanhamento e avaliação final da execução do projeto educativo são da competência
do Conselho Geral onde toda a comunidade educativa se encontra representada.
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Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Matias Aires
Bibliografia
Alves, J. M. (1993). Organização, Gestão e Projecto Educativo das Escolas. Porto:
Edições ASA.
Costa, J. A. (2003). O projecto educativo da escola e as políticas educativas locais
discursos e práticas. 2ª Edição. Aveiro: Universidade de Aveiro.
Lima, L. C. (2002). As Culturas colaborativas nas escolas. Estruturas, processos e
conteúdos. Porto: Porto Editora.
Referências Legislativas
Decreto-lei 43/89 - aprova o regime jurídico da autonomia das escolas.
Decreto-lei 75 de 2008 de 22 de abril - aprova o regime de autonomia, administração e
gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário.
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PROJETO EDUCATIVO DE ESCOLA