ESTAMO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS, S,A Esclarecimento da Estamo O Jornal “Sol” publica na sua edição de sexta-feira, 28 de Outubro, uma notícia relativa à venda do antigo Hospital de Arroios – em 2004 -, pela Estamo, sob o título “Negócio do Estado sob suspeita”, relativamente aos quais se verificam omissões de informação, fornecida ao jornalista, que são suscetíveis de criar desinformação e de lesar o bom nome da empresa. Vem pois a Estamo esclarecer os seguintes pontos, de modo a que seja reposta a integral verdade dos factos: 1. Ao se apresentar a venda do Hospital de Arroios a duas empresas do grupo Fibeira e a posterior alienação, por estas, à Reyal Urbis como negócios efetuados no mesmo dia e no mesmo cartório, com um intervalo de minutos e por valores substancialmente diferentes (11 milhões e 21 milhões) e que permitiu assim a obtenção, pelas empresas do grupo Fibeira, de uma mais valia substancial e simultaneamente lançando a suspeita de existência de pagamento de luvas o jornal Sol sabe omite factos indispensáveis para a compreensão dos contornos deste negócio. 2. A Estamo deu ao jornal SOL acesso ao relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre a venda do Hospital de Arroios e foi explicado ao jornalista todo o contexto desta venda quer oralmente, em conversa com o Presidente da Estamo, como através de uma resposta escrita pelo administrador da empresa visado na notícia. 3. O Relatório da Inspeção Geral das Finanças – Análise dos Valores de Venda do HA, Proc. N.º 2009/92/B1/787 analisa em detalhe toda esta operação e conclui, Sede: Rua Laura Alves, n.º 4-9.º, 1050-138 Lisboa [email protected] Tel.: 21 780 20 90/ 21 791 52 56 Fax: 21 795 05 21 Contabilidade: 21 791 50 16 Pessoa Colectiva nº 503 152 544 Capital Social 5.129.575,00 Euros ESTAMO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS, S,A na sua página 1, que “importa destacar que a análise detalhada do processo de venda do prédio urbano denominado “Hospital de Arroios”, em Lisboa, pela ESTAMO, não revelou qualquer indício de ilegalidade” (sublinhado da Estamo). Já no que se refere à vertente fiscal deste negócio é o próprio relatório da Direção-Geral de Impostos que refere, também na sua página 1, que da análise que efetuaram “não resultam factos susceptíveis de reintegração fiscal.” Para um completo esclarecimento dos contornos desta transação consideramos que o “Anexo IX – Análise de valores de venda do HA”, do relatório da Inspeção-Geral das Finanças é suficientemente esclarecedor dos contornos deste negócio e que basta as conclusões deste anexo para se ficar elucidado sobre a realidade dos factos. Assim destaque-se o seu ponto “6. Apreciação crítica/conclusões”, que refere o seguinte: “Das análises urbanística e imobiliária efectuadas, pode-se retirar as seguintes ilações sobre os valores de venda do "Hospital de Arroios", que atingiram €10.750.000, em 21 Março de 2003, e €21.000,000, em 30 de Novembro de 2004: • À data do primeiro negócio (21 de Março de 2003) a potencialidade construtiva do imóvel era muito incerta, já que 40% da sua área era ocupada pelo convento setecentista de Arroios contemplado no IMP, cuja manutenção ou demolição dependia de um parecer relativamente subjetivo de uma estrutura consultiva da CML - o NEP; • Por isso, a potencialidade construtiva indicada informalmente pela CML à Estamo, em 11 de Dezembro de 2002, de cerca de 16.795 m2, era bastante otimista, na falta de qualquer projeto aprovado ou licença de construção emitida para o local; • Aliás, o receio da Estamo sobre a possível rejeição da CML de um projeto para o local, com mais de 16.000 m2 acima do solo, que pudesse dificultar qualquer transação com potenciais interessados, desvalorizando o imóvel, encontra-se traduzido no ofício da Parpública N.º 06161, de 10/Jan/2003 […]; Sede: Rua Laura Alves, n.º 4-9.º, 1050-138 Lisboa [email protected] Tel.: 21 780 20 90/ 21 791 52 56 Fax: 21 795 05 21 Contabilidade: 21 791 50 16 Pessoa Colectiva nº 503 152 544 Capital Social 5.129.575,00 Euros ESTAMO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS, S,A • Assim, uma vez que o valor de venda do imóvel conseguido pela ESTAMO em 21/Mar/2003 (€640 /m2), além de se enquadrar nos valores de mercado disponíveis para o local, foi realizado num contexto de grande incerteza relativamente à capacidade construtiva do imóvel, face as condicionantes do PDM, considera-se o mesmo aceitável e adequado, do ponto de vista do vendedor (sublinhado da Estamo); • À data do segundo negócio (30 do Novembro de 2004), a situação era totalmente distinta, uma vez que a potencialidade construtiva do imóvel era perfeitamente conhecida (17.468,97m2 de superfície de pavimento acima do solo a 16.014m2 abaixo do solo, que incluía um parque de estacionamento público em cave para cerca de 121 aparcamentos), fruto do deferimento pela vereadora competente da CML, em 26/Nov/2004, do projeto de arquitetura integrante do processo n.°989/EDJ/2004; • Importa no entanto salientar que o deferimento deste projeto suscita as maiores dúvidas por contemplar a demolição da quase totalidade de um edifício constante do IMP, na ausência do parecer favorável obrigatório do NEP. Por isso, os próprios serviços técnicos da CML, atualmente responsáveis pela apreciação e tramitação do processo, acabaram por propor, em 2/Out/2009, a declaração de nulidade do ato administrativo que aprovou o projeto de arquitetura em 26/Nov/2004; • Mesmo considerando o contexto de certeza e segurança em que este negocio foi efectuado, constata-se que o valor de transação (€1.116/m2) ultrapassou largamente, em cerca de 48%, o valor máximo de mercado disponível para a zona (€753/ m2) (sublinhado da Estamo); • De acordo com informações obtidas junto da compradora, este valor só foi atingido devido à situação particular em que a empresa se encontrava a data do negócio, caraterizada por uma grande liquidez e pela estratégia de expansão delineada para o concelho de Lisboa.” (Anexo IX – Análise de valores de venda do HA” do Relatório da Inspeção-Geral das Finanças – Análise dos Valores de Venda do HA, Proc. N.º 2009/92/B1/787 - em Lisboa, páginas 22 e 23). Sede: Rua Laura Alves, n.º 4-9.º, 1050-138 Lisboa [email protected] Tel.: 21 780 20 90/ 21 791 52 56 Fax: 21 795 05 21 Contabilidade: 21 791 50 16 Pessoa Colectiva nº 503 152 544 Capital Social 5.129.575,00 Euros ESTAMO PARTICIPAÇÕES IMOBILIÁRIAS, S,A Adicionalmente saliente-se que, já posteriormente à data da elaboração deste relatório da IGF, em 9 de Dezembro de 2009, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou a declaração de nulidade do projeto de arquitetura para o Hospital de Arroios (processo n.º 989/EDJ/2009), por conter duas violações ao PDM: “não tinha sido ouvida a estrutura consultiva” e o projeto “não respeitava a moda da cércea “tendo dois pisos a mais.” De tudo isto foi dado conhecimento ao jornalista do Sol que, mesmo assim, não quis concluir que o valor de venda da Estamo é “aceitável e adequado, do ponto de vista do vendedor” (Inspeção-Geral de Finanças) e que o valor subsequente de venda por valores muito acima do mercado e com um projeto aprovado nas vésperas da escritura, que se veio a revelar nulo por violação do PDM, entre empresas sócias entre si noutros negócios, é que devia causar estranheza. O Jornal Sol parece preferir o sensacionalismo à verdade. Por último refira-se que, passados quase sete anos da data da realização das escrituras, o imóvel se encontra na mesma situação em que a Estamo o vendeu, e que o seu presente valor é muito inferior ao recebido em 2004 pela Estamo. Estamo Sede: Rua Laura Alves, n.º 4-9.º, 1050-138 Lisboa [email protected] Tel.: 21 780 20 90/ 21 791 52 56 Fax: 21 795 05 21 Contabilidade: 21 791 50 16 Pessoa Colectiva nº 503 152 544 Capital Social 5.129.575,00 Euros