62º Congresso Nacional de Botânica
Botânica e Desenvolvimento Sustentável
07 a 12 de Agosto de 2011
Frotaleza, Ceará, Brasil
EFEITO DAS LIMITAÇÕES ESTOMÁTICAS NAS TAXAS
FOTOSSINTÉTICAS DE COFFEA ARABICA L.
(RUBIACEAE) SOB DIFERENTES DISPONIBILIDADES DE
LUZ E DE ÁGUA
DANIELLE RODRIGUES DE AMORIM
Co-autores: DANIELLE RODRIGUES DE AMORIM , JOSIMAR VIEIRA DOS
REIS, PAULO CEZAR CAVATTE e FÁBIO MURILO DAMATTA
Tipo de Apresentação: Pôster
RESUMO
EFEITO DAS LIMITAÇÕES ESTOMÁTICAS NAS TAXAS FOTOSSINTÉTICAS
DE Coffea arabica L. (Rubiaceae) SOB DIFERENTES DISPONIBILIDADES DE
LUZ E DE ÁGUA(1)
Danielle Rodrigues AMORIM (2)
Josimar Vieira dos REIS (2)
Paulo Cezar CAVATTE (2)
Fábio Murilo DaMATTA(2)
As plantas perenes sempre-verdes são conhecidas por possuírem baixas taxas
fotossintéticas em relação às herbáceas e decíduas. Sem restrição lumínica, as
limitações à fotossíntese são de ordem bioquímica ou difusiva; a primeira
concerne à fixação cloroplastídica de CO2, e a segunda, às resistências
estomática e mesofílica que o CO2 encontra à sua difusão, desde a atmosfera até
os sítios de carboxilação nos cloroplastos. Apesar dessas limitações à
fotossíntese, elas garantem maior tolerância à seca e maior conservação de
nutrientes nas folhas, aspectos importantes para plantas perenes que,
normalmente, estão sujeitas a forte escassez de recursos abióticos durante o seu
ciclo de vida. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a
importância de alterações estomáticas (gs, condutância estomática; IE, índice
estomático; DE, densidade estomática) na taxa de fotossíntese líquida (A) em
folhas de Coffea arabica L. sob diferentes condições de irradiância e
disponibilidade hídrica. Para isso, as plantas foram cultivadas sob duas condições
de luminosidade (pleno sol; 90% de sombra) combinadas com dois níveis de
disponibilidade hídrica (100% de água disponível, CC; 30% de água disponível,
DH). As trocas gasosas foram medidas utilizando-se um analisador de gases a
infravermelho; IE e DE determinados pela técnica de impressão epidérmica.
Observou-se uma redução de aproximadamente 50% em gs nas plantas de
sombra em relação às de sol, tanto para CC quanto para DH, e uma redução de
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60% em gs sob DH em relação às plantas sob CC, independentemente da
disponibilidade de luz. O IE diferiu nas plantas ao sol e à sombra apenas sob CC
(redução de 28%). A DE reduziu-se em 30% apenas nas plantas sob DH,
comparando-se plantas à sombra e ao sol Essas variações foram seguidas de
redução de 70% em A nas plantas à sombra em relação àquelas ao sol, em
ambos os regimes hídricos; além disso, houve redução de 46% em A nas plantas
sob seca em relação aos indivíduos irrigados, independentemente do nível de
luz. Coletivamente, estes resultados indicam que as baixas taxas fotossintéticas
do cafeeiro podem ser explicadas principalmente pelas limitações estomáticas.
Palavras-chave: sombreamento, déficit hídrico, Coffea arabica
(1) Financiamento da EMBRAPA CAFÉ e FAPEMIG (2) Universidade Federal de Viçosa - UFV, laboratório de Metabolismo e Nutrição
de Plantas, Viçosa, MG. [email protected]
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Resumo de Trabalho - Sociedade Botânica do Brasil