15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano ESTUDO DO EFEITO DO TEOR DE TUNGSTÊNIO SOBRE A RESISTÊNCIA À CORROSÃO DE FILMES DE Ni-W-P OBTIDOS POR DEPOSIÇÃO QUÍMICA Bardia Ett (Electrocell Ind. Com. de Equipamentos Elétricos LTDA – Brasil)*, Gerhard Ett (Electrocell Ind. Com. de Equipamentos Elétricos LTDA – Brasil) Volkmar Ett (Electrocell Ind. Com. de Equipamentos Elétricos LTDA – Brasil) Renato Altobelli Antunes (Universidade Federal do ABC – Brasil) Resumo A adição de tungstênio a revestimentos convencionais de Ni-P obtidos por deposição química visa o aumento de sua resistência ao desgaste em uma variedade de ambientes industriais. O teor de tungstênio no revestimento também afeta a resistência à corrosão da superfície. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito do teor de tungstênio sobre a resistência à corrosão de filmes de Ni-W-P depositados sem corrente. Após deposição, as amostras foram recozidas a 400 ºC por 1 h. A morfologia dos revestimentos foi observada por microscopia eletrônica de varredura. O teor de tungstênio dos filmes foi determinado por meio de análise por espectroscopia de energia dispersiva de raios-X. O comportamento de corrosão foi avaliado por meio de curvas de polarização potenciodinâmica. Os resultados indicaram que a resistência à corrosão dos filmes aumentou com o teor de tungstênio, provavelmente devido ao efeito passivante deste elemento. Palavras-chave: Ni-W-P; deposição química; corrosão Abstract Tungsten addition to conventional Ni-P coatings produced by electroless deposition is undertaken to increase the wear resistance in a variety of industrial environments. The tungsten content in the film also affects its corrosion resistance. The aim of this work was to investigate the effect of tungsten content on the corrosion resistance of Ni-W-P coatings obtained by electroless deposition. After deposition, the samples were annealed at 400 ºC for 1 h. Film morphology was observed using scanning electron microscopy. The tungsten content was determined by energy dispersive X-ray spectroscopy (EDS). The corrosion behavior was evaluated using potentiodynamic polarization curves. The results 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano revealed that the corrosion resistance increased with the tungsten content which associated with the passivating effect of this element. Keywords: Ni-W-P; electroless deposition; corrosion 1. Introdução Revestimentos de Ni-P obtidos por deposição química formam filmes que seguem todos os contornos do substrato, constituindo-se em camadas homogêneas em superfícies de geometria complexa [1]. Além disso, sua presença afeta as propriedades da superfície, aumentando sua resistência ao desgaste e à corrosão [2]. Tais propriedades tornam os filmes de Ni-P amplamente empregados em uma variedade de setores industriais, tais como na área automobilística, têxtil, alimentícia, química e aeronáutica [3]. A codeposição de outro elemento metálico a filmes de Ni-P, produzindo revestimentos ternários, tem sido testada com o intuito de aumentar sua estabilidade térmica, resistência ao desgaste e à corrosão [4]. Nesse sentido, a codeposição de tungstênio em filmes binários de Ni-P obtidos por deposição autocatalítica vem sendo testada por diferentes autores a fim de modificar as propriedades mencionadas anteriormente [5-7]. A adição de tungstênio reduz o teor de fósforo no filme e altera sua estrutura cristalina [8]. Como consequência das alterações no teor de fósforo e na estrutura cristalina do filme, o comportamento de corrosão dos revestimentos Ni-W-P é dependente do teor de tungstênio incorporado à camada autocatalítica. Existem relatos de que um aumento do teor de tungstênio é benéfico para a capacidade de proteção anticorrosiva dos filmes ternários de Ni-W-P [9,10]. No entanto, resultados antagônicos podem ser encontrados, segundo os quais a influência da adição de tungstênio não tem efeito significativo sobre a resistência à corrosão de filmes de Ni-P [11]. É importante, assim, esclarecer as inconsistências encontradas na literatura com relação ao efeito da adição do tungstênio sobre a resistência à corrosão de filmes binários de Ni-P obtidos por deposição química. Assim, o objetivo do trabalho aqui apresentado foi investigar o efeito do teor de tungstênio sobre a resistência à corrosão de filmes ternários de Ni-W-P. Filmes binários de Ni-P foram também testados como comparação. Os filmes foram recozidos a 400ºC por 1 h. O comportamento de corrosão foi investigado por meio de curvas de polarização potenciodinâmica. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano 2. Metodologia 2.1 Processos de deposição química e tratamento térmico de recozimento O substrato empregado em todos os processos de deposição química foi o aço carbono SAE 1020 na forma de chapa com 1 mm de espessura. A chapa foi recebida com dimensões retangulares de 100 mm x 150 mm. As amostras foram cortadas em guilhotina hidráulica em dimensões de aproximadamente 3 cm x 2 cm. Antes da deposição, as amostras foram submetidas a processo de preparação superficial que consistiu de três etapas: inicialmente, desengraxe com álcool etílico absoluto. Depois, as amostras foram limpas em solução de NaOH 10%p a 50 ºC por 10 minutos. Em seguida, foram lavadas em água deionizada. Então, a superfície foi ativada em solução de ácido sulfúrico 50% vol. por 30 s. Em seguida, as amostras foram lavadas em água corrente e levadas ao banho de deposição. Três banhos distintos foram testados para a verificação do desempenho dos revestimentos de Ni-W-P. Essas composições foram definidas com base em informações da literatura e seus componentes básicos são apresentados na Tabela 1. Variou-se a concentração de Na2WO4.2H2O, obtendo-se quatro banhos distintos, os quais serão designados como banhos 2, 3 e 4, respectivamente contendo concentrações gradualmente maiores deste composto no banho. O banho 1 foi utilizado para deposição do filme binário de Ni-P utilizado para comparação dos resultados. Após deposição, as amostras foram submetidas a tratamento térmico de recozimento a 400ºC por 1 h em forno resistivo, tendo sido deixadas resfriar naturalmente dentro do forno. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Tabela 1. Componentes principais dos banhos preparados para a deposição química dos filmes de Ni-P e Ni-W-P. Componentes do banho NiSO4.6H2O Na2H2PO2.H2O Na3C6H5O7.2H2O (NH4)2SO4 Na2WO4.2H2O pH 9,0 Temperatura 88 ºC 2.2 Caracterização Após os tratamentos térmicos, as amostras foram submetidas a ensaios eletroquímicos para determinação de sua resistência à corrosão. Os ensaios foram realizados utilizando-se um potenciostato/galvanostato Ivium nStat. Utilizou-se uma configuração convencional com célula de três eletrodos, sendo um eletrodo de referência de Ag/AgCl, um fio de platina pura (diâmetro de 1 mm) como contraeletrodo e as amostras de aço carbono com revestimentos de Ni-P e Ni-W-P como eletrodos de trabalho. O eletrólito utilizado nos ensaios foi uma solução de NaCl 3,5%p a temperatura ambiente. Monitorou-se o potencial de circuito aberto por 1 h. Depois, foram obtidas curvas de polarização potenciodinâmica na faixa de potenciais de -300 mV em relação ao potencial de circuito aberto até 1,0 V com taxa de varredura de 1 mV.s-1. Todos os potenciais mencionados ao longo do texto são dados em relação ao eletrodo de Ag/AgCl. A morfologia dos diferentes revestimentos foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura (microscópio LEO 440i). A composição dos revestimentos foi determinada por espectroscopia de energia dispersiva de raios-X (EDS). 3. Resultados e Discussão Na Figura 1 são mostradas curvas de polarização potenciodinâmica de amostras revestidas nos banhos 1 a 4. A curva do substrato de aço carbono SAE 1020 sem revestimento (na condição sem recozimento) também é apresentada como referência. Na Tabela 2 são apresentados os parâmetros eletroquímicos 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano determinados a partir das curvas de polarização mostradas na Figura 1. São mostrados valores de densidade de corrente de corrosão (icorr), potencial de corrosão (Ecorr), densidade de corrente passiva (ipass) e potencial de quebra da passividade (Eb). 1.4 Banho 1 1 Banho 2 Banho 3 E (V) 0.6 Banho 4 Aço 1020 - sem recozimento 0.2 -0.2 -0.6 -1 -11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 Log i (A.cm-2) Figura 1. Curvas de polarização potenciodinâmica dos revestimentos de Ni-P (banho 1) e Ni-W-P (banhos 2 a 4) em solução de NaCl 3,5%p a temperatura ambiente. Condição de tratamento térmico: 400 ºC. Tabela 2. Parâmetros eletroquímicos determinados a partir das curvas de polarização mostradas na Figura 1. Ecorr (mV) icorr (A.cm-2) ipass (A.cm-2) Eb (mV) Aço 1020 -621 8,71 ---- ---- Banho 1 -540 4,17 ---- ---- Banho 2 -388 3,02 ---- ---- Banho 3 -328 1,93 9,12 511 Banho 4 -228 0,79 ---- ---- 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Houve uma tendência de aumento da resistência à corrosão dos filmes produzidos nos banhos 2 a 4 em relação ao filme binário convencional de Ni-P. Segundo a literatura [9], a incorporação de tungstênio a filmes autocatalíticos de Ni-P pode levar a um aumento da resistência à corrosão em temperaturas de recozimento a partir de 400 ºC. Esse efeito se manifestaria devido à difusão atômica facilitada do elemento passivante tungstênio, aumentando a capacidade protetora do filme devido à formação de uma camada estável e densa de óxido rica em tungstênio. Nesse sentido, o banho 4, cuja concentração de tungstênio é a mais alta entre as diferentes condições testadas, tem um comportamento destacado em relação aos demais. As morfologias dos diferentes revestimentos e sua composição química foram determinadas por microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de energia dispersiva de raios-X (EDS). Os revestimentos foram analisados na condição sem tratamento térmico (como depositados) a fim de verificar como as condições de cada banho influenciaram esses aspectos. Na Figura 2 é apresentada uma micrografia de MEV de revestimento de Ni-P obtido no banho 1. Observa-se que o revestimento apresenta uma morfologia predominantemente lisa, com algumas pequenas cavidades. Este tipo de aspecto superficial de filmes de Ni-P foi também observado por Balaraju et al. [12]. Figura 2. Micrografia de MEV de revestimento de Ni-P obtido no banho 1. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Na Figura 3 é apresentada uma micrografia de MEV de revestimento de Ni-W-P obtido no banho 2. Por toda a superfície foi observada a presença de nódulos, formados a partir da adição de tungstênio ao banho 2, elemento que não está presente no banho 1. Desse modo, a incorporação de tungstênio no filme de Ni-P alterou sua morfologia original (lisa), desencadeando a formação dos nódulos mostrados na Figura 3. Figura 3. Micrografia de MEV de revestimento de Ni-W-P obtido no banho 2. A morfologia de revestimento de Ni-W-P obtido no banho 3 é mostrada na Figura 4. A diferença deste banho em relação ao banho 2 é seu teor de tungstênio mais elevado. Observa-se que a morfologia é semelhante àquela observada para revestimentos obtidos no banho 2. Assim, aparentemente a adição de tungstênio favorece a formação de nódulos no revestimento, alterando seu aspecto em relação aos filmes de Ni-P obtidos no banho 1. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Figura 4. Micrografia de MEV de revestimento de Ni-W-P obtido no banho 3. Não houve alterações significativas de morfologia entre os filmes obtidos no banho 3 e no banho 4. A micrografia de MEV apresentada na Figura 5 mostra que o revestimento obtido no banho 4 também é caracterizado pela presença de nódulos no filme. Há, no entanto, um pequeno aumento do tamanho dos nódulos em relação aos revestimentos obtidos nos banhos 2 e 3, além de algumas regiões mais lisas, especialmente na região inferior da imagem do lado direito. A formação de estruturas nodulares em um revestimento obtido por deposição química depende da taxa de nucleação e crescimento do depósito. A taxa de nucleação depende da composição do banho, pH, temperatura e impurezas, enquanto o crescimento do depósito depende da concentração dos componentes no banho. A estrutura nodular é favorecida com uma taxa de nucleação mais elevada. A presença de nódulos finos em filmes de Ni-W-P com baixo teor de tungstênio foi relatada por Balaraju et al. [13]. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Figura 5. Micrografia de MEV de revestimento de Ni-W-P obtido no banho 4. A composição dos revestimentos obtidos em cada banho foi determinada por análise de EDS. O procedimento empregado consistiu na análise de uma área selecionada da superfície, tendo sido repetido três vezes em áreas diferentes da mesma superfície para cada revestimento. Os principais elementos detectados são apresentados na forma de tabela, expressando a média aritmética referente às três regiões analisadas. Na Figura 6 é mostrado o espectro de EDS da região analisada do revestimento de Ni-P obtido no banho 1. Observam-se picos referentes ao ferro (substrato), níquel e fósforo. Figura 6. Espectro de EDS do revestimento de Ni-P obtido no banho 1. 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano Na Figura 7 é mostrado o espectro de EDS do revestimento obtido no banho 2. Espectros dos revestimentos obtidos nos banhos 3 e 4 são muito semelhantes e, por isso, foram omitidos. Figura 7. Espectro de EDS do revestimento de Ni-W-P obtido no banho 2. A análise química por EDS dos revestimentos obtidos nos banhos 1 a 4 é apresentada na Tabela 3. Apenas são mostrados os teores de fósforo e tungstênio. Verifica-se que o teor de fósforo no filme convencional de Ni-P obtido no banho 1 é de 9,2 %p. Este teor de fósforo é considerado como médio para revestimentos de níquel químico, sendo típico de filmes com estrutura mista (nanocristalina e amorfa) [14]. Esta faixa se estende de 6 a 10 %p. Sendo assim, todos os filmes obtidos são de médio teor de fósforo Tabela 3. Análise química por EDS dos revestimentos obtidos nos banhos 1 a 4. Revestimento Elemento (%p) P W 1 9,20 0,05 ---- 2 8,87 0,07 2,09 0,09 3 6,71 0,16 2,75 0,28 4 6,16 0,13 3,15 0,15 Observa-se, então, uma redução do teor de fósforo com o aumento do teor de tungstênio. Isso era esperado em razão da concentração gradativamente mais alta 15º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície 4º INTERFINISH Latino Americano deste elemento nos banhos. A diminuição do teor de fósforo nos filmes com o aumento da concentração de tungstênio é relatada na literatura. Este efeito pode ser uma consequência de uma competição entre tungstênio e fósforo durante a reação entre ou pela formação de um complexo autocatalítico durante a deposição, inibindo a codeposição de fósforo na matriz da liga Ni-P [13]. 4. Conclusões Os resultados mostram que a codeposição de tungstênio foi bem sucedida, obtendo-se revestimentos ternários de Ni-W-P. O teor de fósforo e tungstênio nos filmes foi determinado por análise de EDS, tendo-se observado uma redução do teor de fósforo com o aumento da concentração de tungstênio. Os ensaios eletroquímicos mostraram que a incorporação de tungstênio no filme reduziu a densidade de corrente de corrosão, incrementando seu caráter protetivo. Este fato deve estar relacionado à presença de fases do tipo NixPy precipitadas durante os tratamentos de recozimento e também à difusão facilitada do tungstênio, agindo como elemento passivante na superfície do material. Agradecimentos Os autores agradecem à FINEP e CNPq pelo apoio financeiro e ao Dr. Isaac Jamil Sayeg do Departamento de Geociências da Universidade de São Paulo pelo apoio na obtenção das imagens de MEV e espectros de EDS. Referências [1] R.Taheri, I.N.A. Oguocha, S. Yannacopoulos. 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