56º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1º Congresso Latino-Americano Americano de Cerâmica IX Brazilian Symposium on Glass and Related Materials EFEITO DA TEMPERATURA DE SINTERIZAÇÃO NA RESISTÊNCIA AO DESGASTE DE CERÂMICAS Daniel Golle¹, Sérgio G. Echeverrigaray¹, Jadna Catafesta, Catafesta Janete E. Zorzi, Robinson Carlos Dudley Cruz¹ [email protected], [email protected] ¹INSTITUTO DE MATERIAIS CERÂMICOS, UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, 95765-000, 95765 BOM PRINCÍPIO - RS, BRASIL Introdução e objetivo A utilização de materiais cerâmicos na elaboração de produtos que exigem melhor desempenho termo-mecânico vem crescendo rapidamente. A caracterização de matérias primas alternativas torna-se imperativo. Este trabalho visa testar e analisar o método de desgaste por micro abrasão superficial de matérias fundentes do Rio Grande do Sul. Metodologia Embutimento em resina Cristal Polimento com pastas diamantadas Microscopia óptica (Eq. 1) Onde L é a distância percorrida pela esfera sobre a amostra, FN é a força normal sobre a esfera, b é o diâmetro da cratera formada e R o diâmetro da esfera. Procedimento Experimental Secagem 24 h As crateras resultantes na superfície das amostras foram analisadas por microscopia óptica (MO). O diâmetro da cratera combinado com as variáveis do ensaio são empregados para calcular o coeficiente de desgaste do material, K (Eq. 1). Tempo de polimento 90 min Granulometria 1 – 30 µm Resultados e discussão A Fig. 4 obtida por MO, apresenta as crateras de desgaste superficial da amostra A, sinterizada a 1150°C / 30 min, nos tempos: (A) 200, (B) 300, (C) 400, (D) 500, (E) 600, (F) 700 e (G) 800 s. Análise Microestrutural A B C Calotest Ensaio de desgaste Microscopia óptica Dimensionamento de crateras Tempos dos ensaios 200 – 800 s D E F G Fig.1 - Amostra sinterizada a 900 ⁰C com altura (h = 5 mm) e diâmetro (Ø = 16 mm). Fig.4 - Crateras realizadas com o ensaio de micro abrasão. Os testes de desgaste foram realizados no Calotest (Fig. 2), com rotação de 200rpm, diâmetro da esfera de 25,4 mm, largura do chanfro no eixo de 8 mm e como abrasivo utilizou-se uma solução de diamante com tamanho de partícula entre 0 – 0,2 µm. A fig. 3 representa o princípio do método de micro abrasão utilizada no Calotest. Fig.5 - Volume de material removido em função da distância percorrida pela esfera sobre a amostra sinterizada a 1150 °C (K= 0,0891.(10-12 m²/N)). Tabela 1 – Resultados de desgaste nas temperaturas de 1100, 1150 e 1200 ⁰C. Temperatura Sinterização 1100 °C 1150 °C 1200 °C Coeficiente de Desgaste (10-12 m2.N-1) 0,0432 0,0891 0,0934 Fig.2 - Equipamento Calotest para teste de desgaste em materiais. Considerações finais Fig.3 - Princípio de funcionamento do ensaio de micro abrasão. Os resultados mostram que o método de micro abrasão é adequado para avaliar o desgaste superficial de materiais fundentes sinterizados. Até o momento verificou-se que amostras A sinterizadas em temperaturas onde predominam fases vítreas (1200°C) possuem um desgaste acentuado comparando com amostras sinterizadas a 1100°C onde fases vítreas são minoritárias. Testes com outros materiais submetidos a tratamentos térmicos serão analisados, discutidos e publicados em trabalhos futuros. Agradecimentos