PERSPECTIVAS PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA Jefferson David dos Santos1, José Tatiano da Silva1, Noel Félix Melo1, José Ayron Lira dos Anjos1 1 Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste, Núcleo de Formação Docente [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] RESUMO: Propor atividades dinamizadas consociadas com os conteúdos da química no processo de ensino apredizagem efetiva a aprendizagem significativa dos alunos, visto que poucos alunos veem sentido nas aulas de química ou na química enquanto ciência. Tendo observado o pouco imteresse dos estudantes na apreensão dos conhecimentos de química e a noção equivocada de que aprender química é o mesmo que reproduzir informações desconectadas de um contexto de uso e de que não exige compreensão elaboramos uma maneira de tornar às aulas de química mais atraente. Para isso utilizamos um mix de recursos didáticos para superar diferentes obstáculos a aprendizagem diagnósticados. A ação foi promovida a partir da realização de atividades como aulas expositivas, experimentos, questionários semiestruturados, reprodução de vídeos e aplicação de softwares educativos. No decorrer de nossas atividades evidenciamos uma participação e interesse dos alunos nas atividades propostas, onde os alunos tomando sempre uma postura questionadora e motivada. Os resultados relatados no presente trabalho apontam que ações em uma pespectiva de pedagogia de aprendizagem ativa atreladas à metodologias diversificadas produzem bons resultados quanto a uma maior participaçãoe desenvolvimento dos alunos, produzindo efeitos positivos no aspecto motivacional, na postura investigativa do aluno e na mobilização e articulação do conhecimento que o aluno apreendeu nas aulas. Podemos inferir ainda que os alunos associaram os conceitos e relacionaram esses com questões ligadas ao dia a dia. Palavras-chave: Ensino-aprendizagem, Recursos didáticos, Perspectivas pedagógicas 1. INTRODUÇÃO A literatura tem revelado que o processo de mudança de paradigma, visando romper gradativamente com o modelo da racionalidade técnica do ensino, implica em ações que o minem por dentro. Isso significa catalisar mudanças no processo de atuação docente, mesmo dentro de um contexto marcado pelos ditames daquela racionalidade. Sem enfrentar a necessidade de melhorar a formação e a atuação docente em química, seja ela inicial ou continuada, dificilmente conseguiremos contribuições para o ensino de química, de fato, concretizadas e produzidas na maioria das salas de aula de química de nossas escolas (Schnetzler, 2002). De fato, é percebido que apesar da disciplina de química possuir um conteúdo abrangente e que se encontra extremamente presente em nosso cotidiano, a química abordada no ensino médio é vista diversas vezes como um assunto que não desperta o interesse dos estudantes. Com efeito, pode-se atribuir a esse descontentamento pelos discentes a diversos fatores, dentre os quais, o fato de grande parte das escolas públicas e/ou privadas não possuírem, ou não utilizarem laboratórios, nos quais deveriam ser realizadas as aulas experimentais, não explorarem as bibliotecas, e/ou não fazerem uso de recursos multimídia, jogos e métodos interativos de aprendizagem. Os recursos supracitados, dentre outros, podem ser considerados de fundamental importância para realizar a integração dos discentes com os fenômenos descritos em sala de aula (Correl & Schwaze, 1974). Além disso, é importante evidenciar a importância de se aliar a prática à teoria, o fato de se conhecer e entender a aplicação das teorias pode ajudar em muito o aprendizado dos discentes, envolvendo-os com os processos estudados. Sendo assim, este relato de experiência tem como objetivo apontar como o uso de perspectivas pedagógicas inovadoras para o ensino de química, as quais se fundamentam no benefício ao processo de aprendizagem gerado pela multiplicidade de recursos didáticos aplicados tais como: experimentos, jogos, vídeos, etc. cada qual aplicado para um determinado fim e motivado pela intencionalidade de propiciar a superação de um obstáculo a aprendizagem específico. As intervenção faz uso ainda de problemas atrelados a situações do dia-a-dia a partir dos quais os conteúdos de química são mobilizados e articulados, mostrando aos alunos que a química pode explicar e solucionar problemas do cotidiano, e assim, despertar nos discente o interesse em aprender essa ciência e desenvolver o pensamento crítico e analítico que possibilita o pensar cientificamente. 2. METODOLOGIA Este trabalho consiste no relato e análise de experiências desenvolvidas no PIBID e que utilizaram um mix de instrumentos didáticos para abordar um problema do cotidiano dos alunos. Analisaremos duas experiências, suas contribuições e principais resultados obtidos, no que tange a aprendizagem de conceitos químicos, bem como suas implicações na visão dos alunos sobre a importância e a funcionalidade de se estudar essa ciência. As experiências são descritas a seguir: EXPERIÊNCIA 1 - Essa solução conduz ou não conduz: Atividade realizada em turmas do 1º ano de Ensino Médio para abordar as soluções eletrolíticas e conceitos relacionados. A atividade foi elaborada a partir de reportagens veiculadas na mídia, as quais abordaram os perigos decorrentes da propagação de correntes elétricas oriundas das descargas elétricas de raios que caíram em áreas úmidas, tais como praia e lagoas. Nesta atividade foram utilizados os seguintes instrumento didático: aula expositiva, experimentos, vídeos, simulações computacionais e situação problema. EXPERIÊNCIA 2 - Formando gás carbônico: Realizamos juntos aos alunos do 1º ano do Ensino Médio em dois momentos distintos a abordagem dos conceitos de matéria, substâncias simples, compostas e reações químicas. No primeiro momento, apresentamos a proposta aos alunos, aplicamos um questionário prévio denominado de pré-teste e em seguida uma aula expositiva abordando os conceitos. No segundo momento executamos dois experimentos simples, onde o primeiro consistia em encher uma bexiga, utilizando para isso garrafa pet, vinagre e bicarbonato de sódio. O segundo experimento consistia na formação de espuma utilizando detergente, água e bicarbonato de sódio, reproduzimos também um vídeo mostrando as reações envolvidas no crescimento da massa do bolo e do pão, da utilização do bicarbonato como agente de limpeza caseira. Ao término dessa atividade aplicamos um questionário idêntico ao aplicado inicialmente, denominado de pós-teste, afim de mensurar a mobilização dos conhecimentos, termos e aplicação do método científico pelos alunos. 3. RESULTADOS E DISCUSSÂO 3.1. EXPERIÊNCIA 1 - Essa solução conduz ou não conduz: Em um primeiro momento foi ministrada uma aula expositiva e dialogada, articulada no eixo teoria-prática através de apresentação em slide e realização de exercício de fixação, abordando: Conceito de corrente elétrica; condução elétrica; soluções eletrolíticas e não eletrolíticas; dissociação de compostos iônicos e moleculares; representação da dissociação iônica; Movimentação de carga no processo de óxido-redução. Na análise das respostas optamos por utilizar a análise quantitativa, uma vez que o formato das atividades desta intervenção foge ao cotidiano escolar destes alunos, podendo uma análise qualitativa neste momento, apresentar resultados que não representam aprendizagem dos alunos. A tabela 1 apresenta os percentuais em acerto em cada uma das questões. Tabela 1: Análise do exercício. Questão Conceito(s) abordado(s) Natureza % de acerto 1 Dissociação iônica e molecular Múltipla escolha 84,62 2 Neutralidade do soluto x partículas carregadas em solução e Nox Discursiva 68,89 3 Propriedades físicas dos eletrólitos Discursiva 57,50 4 Dissociação iônica e condução de corrente elétrica Discursiva 80,43 5 Soluções eletrolíticas e não eletrolíticas Múltipla escolha 89,36 A análise da tabela 1 nos permite concluir que houve compreensão do assunto e que os alunos conseguiram aplicar de modo satisfatório o que aprenderam durante a exposição teórica. Todavia, vale salientar que alguns alunos apresentaram dificuldade em transpor o que aprenderam para o papel e que os percentuais apresentados acima são referentes apenas as questões respondidas. No segundo momento foi realizada uma prática experimental com material do cotidiano, abordando os conceitos trabalhados na aula anterior, para isso, os alunos foram divididos em grupos de 4-5 alunos. Após a experimentação os alunos elaboraram um relatório e as observações durante o experimento foram discutidas, sempre relacionando e recapitulado os conceitos abordados durante as aulas teóricas, em seguida foi utilizado um software para ilustração do que havia ocorrido na prática a nível atômico-molecular. A análise dos relatórios, diferentemente da análise dos exercícios, levou em consideração aspectos tanto quantitativos como qualitativos, uma vez que um relatório de experimento consiste em um relato detalhado que apresente com clareza e exatidão os resultados obtidos, bem como a maneira como o experimento foi realizado. Os resultados são apresentados na tabela 2. Tabela 2: Nível de elaboração e adequação por objetivos específicos contemplados. Níveis de elaboração e adequação por objetivos específicos em cada grupo Objetivos específicos 1- Identificar a natureza do soluto como iônica ou molecular. 2- Identificar soluções iônicas 3- Relacionar o acendimento do led a condução de corrente elétrica pela solução, em decorrência da presença de íons na solução. 4- Concluir que soluções formadas por compostos iônicos diferentes conduzem correte elétrica em níveis diferentes. 5- Concluir que soluções formadas pelos mesmos compostos iônicos podem conduzir correte elétrica em níveis diferentes dependendo da concentração da mesma. 6- Concluir que a intensidade da luz, no circuito do experimento, depende da concentração e da identidade dos íons presentes na solução. % de contemplação dos objetivos específicos por grupo % de elaboração e adequação por objetivos específicos em cada grupo Legenda: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 1 1 2 1 1 2 1 1 2 1 1 2 2 1 1 2 1 1 2 -- -- -- 1 1 -- 1 1 -- 1 1 1 1 2 2 1 2 1 1 1 -- 2 2 1 2 1 2 1 -- 1 -- 1 1 1 2 1 2 1 -- 1 50 83,33 83,33 100 100 83,33 100 100 50 100 33,33 40 83,33 50 50 27,78 61,11 33,33 33,33 44,44 1 - Nível 1 (mencionar) 2 - Nível 2 (mencionar e explicar) 3 - Nível 3 (mencionar, explicar e questionar) Ao observar a tabela 2, notamos que o objetivo 3 apresentou a menor contemplação em entre todos os objetivos específicos inerentes a atividade experimental desenvolvida. Em contraposição com os demais objetivos específicos, sua contemplação não é atingida apenas pela experiência visual e por comparação entre resultados, mas sim por uma construção mental interpretativa de todo o processo de dissolução iônica e molecular, de condução iônica, de atração e repulsão entre os íons presentes na solução e os polos das pilhas utilizadas no experimento, e de construção de um circuito e circulação de corrente no mesmo. Atividade com objetivos tais como esse, raramente são propostas nas escolas brasileiras, portanto é natural que apresentem dificuldades em atividades com níveis de complexidade elevados e que necessitem de estratégias diferenciadas para sua resolução. Este pode ser um dos possíveis motivos do baixo rendimento neste objetivo específico. De modo geral podemos dizer quantitativamente que os alunos foram sucedidos no segundo momento desta intervenção didática, sendo que oito dos dez grupos participantes do experimento atingiram mais de 80% de contemplação dos objetivos específicos. No que diz respeito à análise qualitativa, observamos que apenas o grupo 7 atingiu mais 50% da pontuação possível quanto aos níveis de elaboração e adequação dos objetivos específicos contemplados. Esta constatação reafirma a hipótese levanta sobre o baixo rendimento na análise quantitativa do objetivo 3. A habilidade de construção de modelos para explicação de fenômenos e de sua confrontação com modelos já validados pela ciência é uma habilidade de alto nível de desenvolvimento cognitivo e de competências adquiridas a logo prazo. Uma única atividade, mesmo que planejada para favorecer o desenvolvimento cognitivo e a adição de tais habilidades não é capaz (de uma única vez) de efetivamente promovê-lo. Assim como no relatório, na discussão dos resultados observamos que os alunos não apresentaram explicações com clareza. Utilizou-se os softwares simuladores Sugar and Salt Solutions e Semiconductors, ambos desenvolvidos pelo Grupo Physics Education Technology (Phet), da Universidade do Colorado (EUA), distribuído gratuitamente, através do link http://phet.colorado.edu/, para explicar todos os processos de dissolução e condução de corrente elétrica, envolvidos no experimento, de uma forma visual no que se refere aos aspectos microscópicos. Em um terceiro momento, foi proposta aos alunos que respondessem a uma situação problema elabora a partir de reportagens veiculadas na mídia, na qual noticiam a morte de um casal, na praia de Bertioga no interior paulista, em decorrência da descarga elétrica recebida de um raio que caio no mar próximo à eles, em quanto caminhavam na areia da praia durante uma tempestade. A situação problema envolveu quatro questões, e o percentual de acerto e o nível de elaboração e adequação aos objetivos específicos em cada questão são apresentados na tabela 3. Tabela 3: Percentual de adequação a cada uma das respostas a situação problema. Situações problemas 1- Sabendo que o raio caiu no mar (próximo ao casal), por que a descarga elétrica do raio atingiu o casal enquanto eles caminhavam na areia da praia a beira? 2- Supondo que o casal estivesse no mar, a intensidade da descarga elétrica do raio que atingiu o casal seria a mesma? 3- Sabendo que o raio caiu no mar (próximo ao casal), se o casal estivesse calçado adequadamente com botas de borracha enquanto caminhavam na praia, eles teriam morrido? 4- É importante não estarmos molhados e usarmos causados de borracha ao utilizarmos equipamentos que funciona a energia? Legenda: % de acerto Nível de elaboração e adequação aos objetivos específicos atingido 90,91 2 87,88 2 90,91 2 96,97 2 1 - Nível 1 (mencionar) 2 - Nível 2 (mencionar e explicar) 3 - Nível 3 (mencionar, explicar e questionar) Ao analisar a tabela 3, podemos perceber que mais de 87% dos alunos acertaram todas as questões da situação problema e que houve uma evolução quanto nível de elaboração e adequação aos objetivos específicos atingido, passando de 1, na maioria dos objetivos específicos no relatório, para 2 em todos os objetivos específicos da situação problema. A partir dos resultados apresentados, concluímos que o terceiro momento da intervenção didática ampliou e consolidou os conhecimentos construídos nas etapas anteriores e que a utilização do software ajudou a ampliar a compreensão sobre soluções eletrolíticas e dos conceitos relacionados. 3.2. EXPERIÊNCIA 2 - Formando gás carbônico: O tabela abaixo é referente ao questionário aplicado aos alunos antes e depois das atividades (pré-teste e pós-teste). Tabela 4: Questionário aplicado aos alunos . Questão 1 Quais são as fórmulas dos constituintes químicos do vinagre e do bicarbonato de sódio? Questão 2 O que é produzido quando misturamos o vinagre com o bicarbonato de sódio? Questão 3 O que faz e o que é provocado no enchimento do balão e na produção espumas durante o experimento? Questão 4 Qual a equação química da reação do ácido acético contido no vinagre com o bicarbonato de sódio? A priori as respostas dadas pelos alunos no pré-teste evidenciam que os conceitos prévios dos alunos ainda eram pouco elaborados (senso comum) carecendo assim da apropriação de novos elementos conceituaisque deverá ser relacionado aos subnsuçores já presentes na estrutura mental dos alunos dando origem a um terceiro conhecimento em um processo dinâmico como relata Moreira (1999). Os resultados dados no pós-teste após as atividades como aulas expositivas, propostas de experimentos, reprodução de vídeos mostraram-se que de fato a informação pré-existente se relacionaram com as novas informações unindo os dois conhecimentos formando o terceiro conhecimento como define Ausubel et al. (1980), Moreira (1999), pois as respostas dadas no pós-teste e as indagações feitas pelos alunos em sala de aula eram satisfatórias. Dessa forma, podemos relatar que houve uma assimilação do conhecimento. Os percentuais de acertos dados no pré-teste e a posteriori no pós-teste estão descritos Gráfico 1. Gráfico 1: Questionários com os acertos do pré-teste e pós-teste. Podemos evidenciar que os avanços das respostas dos alunos se devem ao auxílio de forma dinamizada de se trabalhar os conteúdos da química nesse trabalho. A todo momento os alunos foram participativos executando as atividades, indagando a cerca dos conteúdos, fenômenos e procedimentos, além de algumas indagações como “professor esse gás que se desprende na reação é o mesmo que faz a massa do bolo e do pão crescer?”, “a espuma formada e a mesma daquela quando utilizamos o bicarbonato de sódio com detergente para tirar manchas de roupas?”, “podemos utilizar o bicarbonato com vinagre para limpeza caseira?”. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS É decorrente que na literatura vários trabalhos têm apresentado a ineficiência de estratégias didáticas e utilização de recursos isolados na consolidação de aprendizagem de maneira mais significativa e integrada. Neste sentido, a partir dos resultados das atividades apresentadas acima, entre outras, podemos inferir que a utilização de uma mixagem de modelos pedagógicos pode conduzir a uma otimização da processo de ensino-aprendizagem, no sentido de tornar os conhecimentos construídos mais significativos e funcionais. Acreditamos que a realização de atividades centradas no aluno, estratégias de trabalho prático, o desenvolvimento de cenários autenticos de aprendizagem e a implatação de meios tecnologicos tais como os softwares de simulação (Mintzes & Wandersee, 1998), são meios necessários para envolver os alunos na construção de conhencimentos e de facilitar a compreenção conceitual em diferentes níveis representacionais (macroscópico, microscópico e simbólico). Entretanto, concordamos com Gabel (1980) ao afirmar que não existe um modelo de ensino eficaz, que conduza ao entendimento conceitual de maneira pronta e acabada. Neste sentido inferimos como pespectiva para o ensino da química (e de outras ciências), aulas dotadas de metodologias diferenciadas e que utilizem uma diversidade de recursos didáticos, e que sejam organizadas a partir de situações reais que possibilitem aos alunos desenvolver, discultir e mobilizar conhencimentos para solucionar do dia a dia. 5. AGRADECIMENTOS: PIBID/UFPE/CAPES. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUSUBEL, D. P. et al. Psicologia Educacional. Rio Janeiro: Interamericana, 1980. 625p. CORREL, W & SCHWAZE, H. (1974). Distúrbios da Aprendizagem. São Paulo: Edusp. MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Unb, 1999. 129p. SCHNETZLER, R. P. A pesquisa em ensino de química no brasil: Conquistas e perspectivas. Quim. Nova, Vol. 25, Supl. 1, 14-24, 2002. MINTZES, J.J.; WANDERSEE, J.H. 1998, Reform and Innovation in Science Teaching: A Human Constructivist View . In J.J. Mintzes, J.H. Wandersee & J.D. Novak, J.D,. (eds). Teaching Science Understanding: A Human Constructivist View. San Diego: Academic Press, 1998, pp. 29-92. GABEL, D. L.; SHERWOOD, R.D. Effect of using analogies on chemistry achievement according to Piagetian level. Science Education, n. 64, p. 709-716, 1980.