Exmo. Senhor Mário, Vereador da Câmara Municipal do Peso da Régua; Exma. Senhora Elisa Babo, Presidente do Conselho de Administração da Fundação do Museu do Douro; Exmo. Senhor Artur Cascarejo, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro; Senhoras e Senhores convidados, Há precisamente um ano atrás tiveram início as comemorações dos 10 anos sobre a classificação do Alto Douro Vinhateiro pela UNESCO. Hoje, estamos aqui para assinalar a conclusão deste ano comemorativo mas, sobretudo, para marcar o início de uma nova década. Uma década que trará ao Alto Douro Vinhateiro novas exigências e desafios. O legado do selo “Património Mundial” representa bem mais do que o reconhecimento da beleza e autenticidade deste território. Representa um compromisso. Representa dedicação. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e a Estrutura de Missão do Douro, em parceria com os vários agentes que constroem este Douro, assumem veemente esse compromisso e essa dedicação. Porque é nosso dever, mas mais: porque a classificação enquanto Património Mundial não se auto-perpetua. É necessário comprovar que o mérito persiste, que a riqueza patrimonial reconhecida pela UNESCO se mantém e que progride de acordo com o seu contexto, sem nunca colocar em causa a integridade deste nosso capital. Muito tem sido feito pela preservação do património nos últimos anos e isso reflete-se na realidade duriense. Mas sabemos também que há margem para tornar o Douro um território ainda mais rico e em maior consonância com o desenvolvimento socioeconómico pretendido. Esse esforço é visível nos investimentos que se têm realizado, nomeadamente ao abrigo do “ON.2 – O Novo Norte”. O Programa Operacional Regional tem aprovados projetos de investimento público que representam perto de 300 milhões de Euros. Mas o impacto destes investimentos não se fica por aqui. Do lado das empresas, é notório o interesse em afirmar o Douro. Só no âmbito do ON.2, nos últimos seis anos, encontram-se aprovados mais de 100 projetos para um investimento próximo dos 60 milhões de Euros. A inovação produtiva e o empreendedorismo são alguns dos domínios mais marcantes no investimento privado na região. Linhas orientadoras que atestam a aposta num tecido económico mais inovador, qualificado e distintivo. E o turismo, como não poderia deixar de ser, é um dos setores com mais forte presença nestes apoios comunitários. Metade dos investimentos empresariais aprovados no ON.2 dizem respeito a este setor, que tão notoriamente (e bem!) tem tirado partido do reconhecimento internacional atribuído ao Alto Douro Vinhateiro. Estes investimentos e tantos outros que têm tido lugar neste território são fruto de uma cooperação que tem vindo a ser trabalhada, de parte a parte, entre os vários intervenientes. Nem sempre a conciliação de vontades e interesses é simples, mas certamente que todos reconhecerão que o esforço no estabelecimento de consensos é essencial para a preservação deste património. É, por isso, determinante para o Alto Douro Vinhateiro assegurar a existência, em permanência, de uma estrutura de coordenação capaz de unir as diferentes vozes e nelas encontrar o apoio para o estabelecimento de uma estratégia comum de preservação e valorização. É nesse sentido que a CCDR-N e a Estrutura de Missão do Douro continuarão empenhadas em assegurar todas as condições necessárias para a prossecução da nobre missão que é zelar pelo património mundial. Muito obrigado!