CURSO ON-LINE – PROFESSOR: GUSTAVO ABREU
Meus caros concursandos,
Após um período de férias inesperadas (mas muito bem-vindas!) volto a
ativar esta coluna, que trará novidades a vocês, que tanto se dedicam
a essa recompensadora batalha rumo ao cargo público.
Para iniciar os trabalhos, trago um tema sempre cobrado pelos alunos:
as tão famosas dicas e orientações de estudo ou, mais objetivamente,
as "manhas? aprendidas por aqueles que já percorreram esse caminho
difícil por vocês escolhido.
Tentando fugir das orientações mais comuns e bastante difundidas entre
os profissionais da área, compilei algumas dicas adquiridas ao longo
de minha experiência de concurseiro e professor. Vamos a elas:
1) Delimite (de verdade) o foco de seu estudo
-----------------------------------------------Parece uma dica óbvia, mas muitos não percebem o quanto a discrepância
ou heterogeneidade entre os concursos prestados acabam prejudicando as
chances de aprovação.
Escolher o foco de estudo, vocês bem sabem, não é tarefa fácil.
Trata-se de um processo complexo, que envolve conciliar gostos e
habilidades pessoais, necessidade de reconhecimento social e uma boa
remuneração.
Ao optar por um ou mais editais, você está não apenas decidindo uma
profissão ou grupo delas em que se predispõe a atuar, como também
definindo o contexto no qual passará de 6 a 8 horas diariamente, e
para o qual dedicará grande parte de seus esforços diários. Um dos
importantes segredos do bom candidato é saber selecionar os concursos
nos quais vale ou não a pena investir.
Nesse sentido, convém optar por um grupo de certames que tenham uma
base constitutiva comum, ou seja, que compartilhem um certo número de
matérias similares de modo que, ao transitar de um concurso para o
próximo, você não precise recomeçar o seu estudo do zero, abraçando
matérias totalmente novas ou diferentes.
Uma boa opção é agrupar os editais de uma maneira ou de outra
relacionados ou similares. Ex: concursos fiscais ou de auditoria
(Analista da Receita Federal, Téc. Fed. de Controle Externo do TCU,
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Auditor Fed. de Controle Externo do TCU, Auditor Fiscal da Receita
Federal, Auditor Fiscal do Trabalho, etc.); concursos
jurídico-administrativos (Técnico Judiciário, Analista Judiciário,
Oficial de Justiça, Escrevente Judiciário, etc.); Concursos Policiais
e correlatos (Agente de Polícia Federal, Civil, Rodoviária Federal,
Penitenciário, etc.).
É claro que sempre haverá uma matéria específica que você irá estudar
pela primeira vez, afinal, todos os órgãos da administração possuem
seus regulamento internos e devidas especificidades. O interessante é
conseguir reduzir essa margem de variação ao mínimo necessário e,
dessa maneira, otimizar seu estudo.
2) Entenda o seu perfil de aprendizado
---------------------------------------Essa é uma característica importante e muitas vezes negligenciada,
tanto pelos alunos como pelos orientadores.
Diferentes pessoas possuem ? E isso já é bem documentado - diferentes
perfis de aprendizado. Alguns tendem a armazenar as informações mais
eficazmente, ou com maior facilidade, através de estímulos visuais
(aulas expositivas, gráficos e diagramas, etc), enquanto outros retém
a informação mais facilmente através da leitura, escrita ou mesmo por
meio de estímulos auditivos.
Na preparação para os concursos é recomendado observar, desde cedo,
qual o método que melhor favorece o seu rendimento e priorizá-lo sem
medo. De nada adiantará somente assistir as aulas expositivas com
aquele professor incrível se, na prática, o seu rendimento é muito
maior através da leitura dos livros e códigos.
Não se trata aqui de negligenciar as diferentes práticas? A
diversidade de métodos também predispõe à consolidação da memória mas sim de priorizar aqueles que se mostram mais eficazes para você.
Acredite: ao trabalhar a seu favor, o resultado tenderá a aparecer mais rápido!
3) Aprenda a gostar (?!) do que você estuda
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Pode não parecer, mas a relação estabelecida com o objeto de estudo é
outro elemento que pode verdadeiramente facilitar ou dificultar o
sucesso de sua empreitada.
É sabido que, em todo concurso, encontramos disciplinas de toda a
sorte: desde aquelas mais simples, de pouca complexidade e mais ou
menos mesmo agradáveis (por que não?), até aquelas essencialmente
incômodas, as quais não gostamos nem possuímos qualquer afinidade.
O problema é que a aversão, no âmbito do concurso, se faz totalmente
contra-producente, uma vez que enfrentar ou não uma dada matéria não é
questão de opção. Queiramos ou não, cada uma delas fará parte da prova
e, como tal, necessitará atenção e aprendizado.
Considero que um dos caminhos para se aprender uma disciplina em
relação a qual temos dificuldade, consiste em estabelecer uma relação
concreta com ela. Como? Buscando compreender o que ela significa em
relação ao mundo ao seu redor: suas correlações, implicações,
consequências, enfim, tudo aquilo que tem a ver com o contexto no qual
você está inserido.
Lembre-se que nenhuma disciplina é cobrada na prova "por acaso". Há
sempre (ou, sejamos justos, quase sempre) motivo real para a comissão
organizadora fazer constar cada um dos tópicos no edital. Compreender
a relação desse campo de estudo com a vida cotidiana, bem como sua
ligação com a prática profissional que pretende exercer pode
representar, portanto, mais um importante ponto a favor de seu preparo
e motivação.
4) Estude através de provas anteriores
--------------------------------------A realização de provas anteriores confere ao candidato uma vantagem
bastante útil: conhecer o perfil da banca organizadora que fará a sua
prova.
Estudar uma organizadora permite ao aluno saber de antemão como ela?
Pensa? Ou seja, qual orientação doutrinária costuma adotar em seus
entendimentos, que espécie de questionamentos costuma realizar durante
os testes e quais tópicos costumam ser mais ou menos explorados.
Algumas delas, como a FCC e a ESAF, chegam inclusive (e com relativa
freqüência) a repetir integralmente questões de provas anteriores em
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novos certames. A incidência de perguntas antigas costuma variar,
podendo em alguns casos alcançar a incrível margem de 60% do conteúdo
de uma dada disciplina.
Portanto, fique de olho! Adequar seu estudo ao estilo da organizadora
é uma boa estratégia para aumentar a eficácia do seu preparo e
garantir uma vantagem a mais em relação aos seus concorrentes!
5) Não se assuste com o número de candidatos por vaga
---------------------------------------------------------É verdade que relação entre candidatos e vagas é uma das variáveis que
irá, em parte, determinar a dificuldade apresentada por um certame
público, mas ela não precisa ? E digo mais, não deve - ser
objetivamente considerada para o preparo de um candidato.
Em primeiro lugar, é preciso levar em conta que, em geral, apenas uma
minoria dos participantes (algo em torno de 5%, nunca mais do que
isso) possui o preparo adequado para efetivamente concorrer a uma
vaga. Isso, por si só, já elimina grande parte do "medo? trazido por
esse incômodo índice.
Em segundo lugar, acredito que o preparo, por ser um processo de
natureza individual, deva ser preponderantemente autocentrado, ou
seja, baseado em metas individuais de médio e longo prazo e na
evolução constante de seu próprio desempenho.
É claro que a competitividade trazida pela sala lotada de um cursinho
é uma experiência sadia que pode? e deve! - ser aproveitada. O que
quero destacar é que, justamente por ter cada um tem ritmo único e
diferenciado de aprendizado, bem como diferentes níveis de atenção
concentrada e disponibilidade de tempo para estudo, a comparação de
desempenhos entre candidatos nem sempre trará dados reais a
aproveitáveis ao seu sucesso.
Nesse sentido, vale considerar que seu principal parâmetro e
referência é você mesmo - por mais clichê que isso possa soar. Sendo o
concurso público um preparo de médio ou longo prazo, o essencial é que
você, aluno, consiga, respeitando seu ritmo, alcançar uma evolução
consistente e gradual, concurso a concurso. Dessa forma, e uma vez que
você não desista no caminho, a aprovação chegará como consequência
lógica do aperfeiçoamento e esforço constantes.
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Portanto, nada de medo! Os concorrentes podem ser assustadoramente
numerosos, mas eles só representarão efetivamente um problema se você
não fizer a sua parte. Simples assim!
É isso ai moçada! Espero que essas pequenas manhas ajudem!
A vocês que ficam, um grande abraço,
e muitos (e bons) estudos!!
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