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Opinião
O Estado do Maranhão - São Luís, 10 de maio de 2011 - terça-feira
OESTADOMaranhão
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“O Maranhão é uma saudade que dói
e não passa. Não o esqueço um só dia,
um só instante. É amor demais.
Maranhão, minha terra, minha paixão.”
DIRETOR COMERCIAL: GUSTAVO ASSUMPÇÃO
José Sarney
FUNDADORES: JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI
PRESIDENTE: TERESA SARNEY
Editorial
Problemas a serem atacados
S
os as chamados “condução”. São serviços quase 60% da sinalização das 10 maioque mostram claramente a fraqueza e a res e mais importantes avenidas de São
incapacidade do poder público munici- Luís estão desativados. São semáforos
pal de assegurar um padrão de qualida- danificados e inoperantes e faixas de pede no transporte de massa convencional. destres apagadas, sinais destruídos e um
batalhão de agentes
Eles não apenas
que pouco faz para,
contaminam a cidapelo menos, minide com a ilegalida- São Luís tem uma frota
mizar os problemas
de, como também razoável de ônibus que
mais comuns. A Preinduzem o cidadão fazem o transporte
feitura já reconhea conviver com o alconvencional, mas está
ceu o cenário de crito risco.
O segundo pon- infestada dos chamados se, mas nada fez de
concreto até agora
to é a normalização “serviços alternativos”
para modificar esse
do trânsito de São
panorama.
Luís. Inúmeras reNada mais deprimente hoje em São
portagens feitas por O Estado documentaram as condições lastimáveis em que Luís do que a situação das feiras e merse encontram a sinalização e o controle cados públicos. Quem entra na feira do
do trânsito da cidade. Há pouco mais de João Paulo não acredita que esteja nuuma semana, este jornal publicou que ma das maiores feiras da maior e mais
e realmente pretende demonstrar que está interessado no bemestar de São Luís, o prefeito João
Castelo precisa urgentemente abandonar alguns projetos de grande porte e
se voltar para as coisas mais simples do
cotidiano. Ele eliminará uma série de
fontes geradoras de insatisfação com
medidas que podem desagradar a alguns, mas que certamente satisfará a
muitos.
O primeiro é regularizar o serviço de
transporte coletivo. Isso porque, por mais
que o discurso oficial tente convencer a
população de que tudo vai bem nesse
campo, o dia-a-dia mostra exatamente o
contrário. São Luís tem uma frota razoável de ônibus que fazem o transporte coletivo convencional, mas está infestada
dos chamados “serviços alternativos” de
transporte, como as vans, os mototáxis e
Cabral
Sobe - Desce
Meu inesquecível
grupo escolar
Gisele Bündchen é a
modelo mais bem paga
do mundo, segundo a
lista da revista "Forbes".
No último ano a top
ganhou US$ 45 milhões,
US$ 20 milhões a mais
que no último ano. Um
dos motivos para o
aumento da renda foi o
real em relação ao dólar.
JOSÉ RIBAMAR PIRES FERRO
O humorista Rafinha
Bastos, do programa
"CQC", da Rede
Bandeirantes, causou
polêmica no Twitter
após fazer uma piada de
mau gosto sobre o Dia
das Mães. "Ae órfãos!
Dia triste hoje, hein?",
escreveu Bastos no
microblog.
Um dia 1963
como hoje Mediador
10 de maio
O papa João XXIII se torna o
primeiro papa a recebeu um
prêmio de paz - o Balzan, depois
de sua corajosa atuação durante a
crise dos mísseis em Cuba,
envolvendo a Rússia e os Estados
Unidos em outubro de 1962.
1994
Presidente
Nelson Mandela é o primeiro
negro a assumir a presidência
da África Sul. Ele era passifista
e fazia campanhas por uma
sociedade democrática mais
livre e multirracial. Em 1993
recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
1933
Livros
Tropas nazistas e seus
simpatizantes se reúnem na
praça central de Berlim e
queimam livros de Marx, Freud,
Bertolt Brecht, Einstein e outros
autores condenados pelo regime
nazista como “anti-alemães”.
Vítimas da guerra
SEBASTIÃO JORGE
O cenário da guerra civil na Líbia que conta com ajuda das forças aliadas autorizada pela ONU e executada pela OTAN deixa um rastro de terror que se expande. Participam os Estados Unidos, França, Itália
e Inglaterra ao lado dos rebeldes para conter a fúria
de Kadafi. Acompanhamos as cenas pela mídia. É
chocante pelo grau de violência, em particular, contra crianças e velhos. A Síria mostra as garras e segue
o mesmo caminho. Ditadura é isso.
O quadro nos tira a paz interior e o sono da noite.
São cenas reais transmitidas virtualmente. Temos a
sensação de estarmos entre os insurgentes ou no
meio do povo. A brutalidade toca no mais insensível
dos homens. Pobres crianças... Ainda não despertaram para o mundo e se despedem da vida nos braços da morte.
Pobres idosos... Sem condições físicas de acompanharem os mais novos são presas fáceis para as
balas e torpedos disparados, numa sequência que
amedronta quem olha a tela de uma TV. Ambas as
faixas etárias são as que mais sofrem. Pior quando os
parentes morrem e os sobreviventes não sabem o
destino a tomar.
Alvo dos ataques aéreos do confronto beligeran-
te as vítimas tombam. Carregadas pelos pais, parentes e solidários são levadas para o hospital. A assistência é duvidosa pelo número de feridos e a falta de
material e médicos. Quando não é possível atendêlas só resta uma alternativa: esperarem a morte. Recebem o consolo da família e presentes que entram
em desespero.
Levadas à sepultura o momento é dramático. São
cobertas por um lençol e sepultadas numa cova rasa. É uma cena comovente.
Participantes ou não do movimento, o povo, de
um modo geral, é agredido sem piedade. Pior. Não
dispõe de força para evitar os ataques. È difícil protegê-lo. Os civis são alvos fáceis, logo, impiedosamente massacrados.
A Líbia se acha infestada de grupos de mercenários. Ganham dinheiro do governo para matar. Foram eles que começaram a matança por ordem do
tirano, o ditador Muamar Kadafi, com cara semelhante a um camelo do deserto e que, há 42 anos no
poder, só perde para Fidel Castro. Ambos dirigem
seus países com mão de ferro. Kadafi é responsável
por atos terroristas, a exemplo do finado Bin Laden,
que chocaram o mundo. A fera selvagem precisa de
uma jaula.
Há muita miséria na Líbia. O futuro é incerto. Fatores associados às privações diárias tornam a vida
um inferno. O povo clama por justiça. Khadafi está
importante cidade do Maranhão. Qualquer tentativa de classificar o que se vê
ali provavelmente será incompleta, dada as inacreditáveis condições de degradação do espaço urbano ali exemplificadas. Outras podem ser citadas, mas a feira do João Paulo é a referência para se ter
uma idéia do que existe em São Luís nesse particular. Uma ação para resgatar o
mínimo de urbanidade às feiras de São
Luís já será o máximo.
Os exemplos citados aqui são poucos, porque além deles São Luís está
mergulhada em problemas, que vão da
crise na saúde, a buracaria que causa
problemas do tráfego, da educação que
tem se revelado incapaz de suprir inteiramente as necessidade da cidade
que hoje tem 1 milhão de habitantes e
que no próximo ano comemorará seu
400º aniversário.
rico. Há os que tentam sair e não conseguem. Centenas de brasileiros foram retirados à tempo. Trouxeram gravados na memória quadros chocantes dos
tiroteios. E se lá ficassem não tinham para onde correr. Os prédios ou casas sem distinção de classe social ou religiosa desabam como tsumani japonês.
Os mísseis não escolhem o alvo. Quem não escapar
morrerá.
As dificuldades se agravam à medida que o povo
líbio perde a infra-estrutura, ou seja, água, energia,
petróleo, comunicação, pontes, estradas e escassez
de abastecimento nos mercados. Tudo destruído. Só
não conseguem acabar com a comunicação via-internet.
Choca olharmos que a guerra não se dá em campo aberto, longe dos centros residenciais. Realiza-se
contra as grandes cidades, as quais tiveram o azar em
ser governada por um tiranete perverso e sanguinário e que ficou bilionário à custa do sacrifício da sua
gente. As forças aliadas têm que dar um basta nessa
barbárie. O mundo precisa de paz.
Poupemos a vida dos inocentes. De guerra em guerra vai-se longe. No Iraque e Afeganistão morrem centenas de pessoas. Numa guerra não há vencedor. Todos perdem principalmente, os civis, incluindo-se em
maior número, crianças, velhos e inocentes.
Jornalista
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“Eu a vejo todo dia / quando o sol mal principia
/ a cidade a iluminar / eu venho da boemia / ela vai,
quanta ironia! / para a escola trabalhar.” (Da música Professora, de Benedito Lacerda e Jorge Faraj).
Tinha o nome de João Lisboa, numa justa homenagem ao extraordinário jornalista e escritor
nascido no povoado Pirapemas, na época, distrito
de Coroatá. Era um prédio modesto, porém
aconchegante, e ficava localizado no centro urbano
da cidade, onde hoje existe a Praça José Sarney. Sua
frente era voltada para a estação ferroviária, onde
havia um busto do interventor Paulo Ramos. Dispunha de seis salas de aula, interligadas por corredores. No centro, existia um pátio com o piso de cimento, que servia para a garotada jogar futebol no
horário de recreio. As graciosas meninas brincavam
de roda nos corredores.
Naquela época, dirigia o colégio a rigorosa e competente professora Perozé Ana dos Santos. Eu tive
quatro mestras que foram Aldeíde Lamar - de tradicional família coroataense - a distinta e muito querida Helena Costa Miranda - esposa do conceituado
médico Hamilton Raposo de Miranda - Francelina
Cardoso - esposa do senhor Henrique Cardoso - cujos filhos são meus amigos até hoje - e Dulce Almeida - esposa do farmacêutico Mario Almeida. Muitos
alunos que frequentaram aquelas salas de aula alcançaram plenos sucessos em suas atividades
profissionais, destacando-se o escritor, teatrólogo
e folclorista Américo Azevedo Neto - os advogados
Antonia Cardoso e Juarez Santos Silva - as administradoras Marilene Oliveira Serra e Marildes Oliveira
Serra, ambas também professoras - as contabilistas Dilma Cardoso, Concita Lemos Santana, Maria
Lemos e Dulcinéia Serra Cruz, também professora
e que chegou a ocupar o cargo de diretora do mesmo colégio - os agrônomos Estévão Almeida e Avelino Oliveira Serra - os engenheiros Waldemar Ferro,
Arnaldo Oliveira Serra e Luis Oliveira Serra - os economistas Josimar Bezerra e este modesto articulista
- o geógrafo Henrique Cardoso - o historiador e escritor Wilson Ferro - o matemático Mário Ferro - os
médicos Artur Almeida, Iran Jansen Silva, Ana Elisa
Almeida, Humberto de Oliveira Serra e Raimunda
Lemos Santana - as professoras Concita Fonseca e
Onezinda Serra Maia.
Lembro-me com saudades, além dos já citados,
também dos meus colegas de aula e de outras turmas como João Maia, Maria Marta Maia, Lourença
Campos, Zequinha Campos, Ribamar Campos,
Terezinha Lemos Santana, Ferdinand Ferreira, Zé
Amorim, Nenê Amorim, Modestina Cardoso, João
Bento Cardoso, José Ribamar Saraiva - também escritor, José Raimundo Jansen, Murilo Jansen,
Raimundo Jansen Pereira, José Raimundo Trovão,
Socorro Jansen Pereira, Amâncio Lemos, Nazaré
Pereira, Lino Pereira, Mírtes Pereira, Raimunda Brito,
José Alberto Lamar, a inesquecível Dorlene Cardoso,
Antônio Carlos Brito, Osvaldo Bezerra, José Mangueira Lopes, Juvenal Santos Silva, Urubatan Santos Silva, Paraguassu Santos Silva, as simpáticas e
bonitas filhas do senhor Miguel Amaral - Marlene
Amaral Trovão, Marilene Amaral Soares, Marli Amaral Rolim e Mairylane Amaral Vidal - Maria Dulce
Oliveira Serra, Antônio Oliveira Serra, Carlos Oliveira
Serra e José Oliveira Serra. Desejo homenagear a todos os contemporâneos citados que fizeram parte
de uma fase muito bela da minha vida no meu
inesquecível Grupo Escolar João Lisboa.
Oficial reformado do Exército e economista
E-mail: [email protected]
Erramos
Por uma falha na edição o texto “Sete anos sem Virgínia Rayol”, assinado por José Rachid Maluf Filho, e publicado na página 4 da edição de domingo, saiu com
uma assinatura de outro autor (Desembargador e
membro da Academia Maranhense de Letras).
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