PROVA PARA AVALIAÇÃO DE CAPACIDADE PARA FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS
MAIORES DE 23 ANOS
2014/2015
Escola Superior de Educação e Comunicação
Licenciaturas em Educação Social e em Educação Básica
Componente Específica de História de Portugal
Parte 1.
Leia atentamente o documento 1 e responda:
1.1.
Identifique os princípios do liberalismo presentes na súplica transcrita no
documento 1.
1.2.
Que factores explicam a produção em Portugal da referida súplica nos
termos em que é redigida?
Parte 2.
Considerando os dados do quadro 1 relativos à indústria algodoeira em
Portugal, em 1881:
2.1. Avalie o desenvolvimento da indústria algodoeira nomeadamente
referindo os seguintes aspectos:
a) Distribuição espacial dos tipos de unidades de produção: fábricas,
oficinas e indústria ao domicílio;
b) Número de operários por ramo industrial;
c) Valor da produção por ramo industrial;
Parte 3.
Considerando os dados registados na cronologia 1, responda:
3.1. Explique os motivos que levaram o governo português a decidir pela
participação na I Guerra Mundial;
3.2. Descreva as consequências internas da participação de Portugal na I Guerra
Mundial.
Parte 4.
Leia atentamente o documento 2 e responda:
4. 1. Analise a posição adoptada por Salazar face à nova ordem internacional do pósII Guerra Mundial.
Parte 5.
Observe a imagem 1 e responda à questão:
5.1. Relacione o conteúdo da 1ª página do jornal República de 25.04.1975, 3ª edição,
reproduzida na imagem 1, com o contexto a que o mesmo se reporta.
Documento 1 – Súplica de Constituição da Junta dos Três Estados dirigida a Napoleão
Bonaparte, 1808.
Quadro 1- Indústria algodoeira em Portugal, 1881
Miriam Halpern Pereira (2000) Diversidade e Crescimento Industrial, História de
Portugal. José Tengarrinha (org.) Bauru EDUSC/S. Paulo UNESP, p. 234.
Cronologia 1 – Portugal, 1917: principais acontecimentos.
2 de
Fev.
Contingentes de tropas portuguesas (Corpo Expedicionário Português)
começam a chegar a França, para participarem na guerra das trincheiras e
nas frentes de batalha contra os alemães.
26 de
Fev.
Diminuição da iluminação pública de Lisboa, para poupar energia.
5 de
Mar.
Morte de Manuel Arriaga, primeiro presidente da República Portuguesa.
6 de
Abr.
Os Estados Unidos da América declaram a guerra à Alemanha.
7 de
Abr.
Assaltos a vendedores de pão e hortaliças, no Porto.
Criação da sopa dos pobres em Lisboa.
25 de
Abr.
14º Governo (25 Abr. 1917 a 8 Dez. 1917) - Chefiado por Afonso Costa.
Formado devido à dissolução do governo da União Sagrada, provocada pela
saída dos evolucionistas.
19 a 21
de Mai.
Revolução da Batata: assaltos a mercearias e armazéns em Lisboa e no Porto
devido à falta de alimentos, provocada pelo racionamento. O governo manda
reprimir severamente todos os tumultos e declara o estado de sítio em Lisboa
e concelhos limítrofes.
1 de
Jul.
Congresso do Partido Democrático reelege Afonso Costa.
7 de
Jul.
Greve da Construção Civil. Prisão de vários grevistas e confrontos entre
tropas e operários provocam várias mortes.
13 de
Jul.
Assaltos a mercearias e tumultos no distrito de Beja. Confrontos com a GNR
provocam vários feridos e a morte de duas mulheres.
Sett.
Greve dos telégrafos.
10 de
Set.
Censura aos filmes que apresentem cenas da guerra.
11 de
Out.
O presidente da República, Bernardino Machado, e o presidente do
Ministério, Afonso Costa, visitam as tropas portuguesas na frente de batalha.
Condecoram vários militares.
20 de
Out.
Fundação do Partido Centrista Republicano, chefiado por Egas Moniz.
10 de
Nov.
Repetem-se os assaltos a várias padarias em Lisboa.
Sidónio Pais chefia uma revolução, com o apoio do Partido Unionista.
5 de
Dez.
O presidente do conselho de ministros, Afonso Costa, é preso, o Congresso
(Parlamento) é dissolvido e o Presidente da República, Bernardino Machado
é destituído.
Publicação do único número da revista Portugal Futurista, dirigida por
Almada Negreiros.
11 de
Dez.
15º Governo (11 Dez.1917 a 14 Dez 1918) - Chefiado por Sidónio Pais
Documento 2 – Discurso de António de Oliveira Salazar na Assembleia Nacional a 25
de Julho de 1949
«Os acordos entre a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo, com seus desenvolvimentos
económicos futuros, não podiam ser considerados senão como princípio de
organização a Ocidente; e o mais vasto agrupamento daqueles com a França e a GrãBretanha, para constituírem a União Ocidental, mesmo que fosse possível conciliar o
grupo escandinavo e obter o apoio da Itália, era manifestamente insuficiente e
desprovido de meios de acção para os fins em vista.
A iniciativa dos Estados Unidos e do Canadá ao promoverem o Pacto do Atlântico
Norte veio dar o apoio de força indispensável a uma tal ou qual eficiência da defesa da
Europa, ao mesmo tempo que se procurou reanimar a respectiva economia com os
auxílios directos dos capitais e da técnica americana. Fazem-no os Estados Unidos por
compreensível sentimento de solidariedade humana; fazem-no em virtude das
responsabilidades na direcção política do Mundo que a grandeza do seu esforço de
guerra lhes granjeou e a alteração do valor relativo das grandes potências
inegavelmente lhes impôs; fazem-no ainda por bem conduzido cálculo dos seus
interesses materiais e morais. Subvertida a Europa e com esta a África, enfrentada e
delimitada a América nos dois oceanos pela potência russa e seus aliados, a América
veria uma nova concepção monroísta aplicada de fora para dentro, e, na melhor
hipótese, teria de aceitar viver, sem influência ou projecção exterior, no seu próprio
continente. O Mundo afigurar-se-lhe-ia por demais reduzido e, no seu conceito, o
homem dolorosamente amputado em atributos indispensáveis à beleza e dignidade da
vida».
A. O. Salazar, Discursos e Notas Políticas (1943-1950), Coimbra Editora, Vol. IV.
Imagem 1- 1ª página do jornal República, 3ª edição, 25.04.1974
Cotações
Parte 1 - 4 valores; Parte 2 - 4 valores; Parte 3 - 4 valores; Parte 4 - 4 valores; Parte 5 - 4
valores; Total – 20 valores
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