Trabalho Submetido para Avaliação - 25/05/2012 23:16:14 ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA SAÚDE COLETIVA PRISCILA REGINA SOARES MELLO ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS ORIENTADOR: KAREN MATTOS DE MELLO ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS BÁRBARA MALDONADO TOMAZETTI ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS RENATA MARTINS DE MARTINS ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS LUÍZE CARRERA MACEDO ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS CAMILA MAIJO REBELO ([email protected]) / Nutrição/UNIFRA, Santa Maria - RS Palavras-Chave: Promoção da saúde; Políticas; Atenção básica à saúde. O nutricionista é um profissional da saúde cuja formação está mais voltada para a atenção clínica do que para a saúde coletiva. O profissional deve estar capacitado a atuar visando à segurança alimentar e à atençãodietética, em todas as áreas em que a alimentação e a nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais (GEUS et al, 2011). Um importante passo para dar sustentação à atuação do nutricionista no campo da saúde coletiva foi dado pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), em 2005, através da Resolução Nº. 380, nessa resolução, o campo da saúde coletiva, como foi nomeado, compreende quatro subáreas de trabalho: políticas e programas institucionais, atenção básica em saúde, programa saúde da família e vigilância em saúde (BOOG ,2008). O objetivo geral do presente trabalho é realizar uma revisão bibliográfica referente à atuação do nutricionista na saúde coletiva, bem como verificar os Programas e Políticas nos quais o mesmo está inserido. O nutricionista pode atuar nas Secretarias da Saúde, Educação e Assistência Social, buscando sempre o desenvolvimento de ações articuladas entre os diferentes setores que compõe a Gestão Pública (REVISTA DO CRN2, 2009). O nutricionista é responsável por todas as ações da PNAN na Secretaria da Saúde, como atuação em grupos de Hiper Dia, de gestantes, terapêuticos, de redução de peso, entre outros; efetuação de atendimentos individuais para casos específicos; elaboração de campanhas educativas; efetuação do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), uma condicionalidade do Programa Bolsa Família; Participação no NASF (REVISTA DO CRN2, 2009). O SISVAN corresponde a um sistema de coleta, processamento e análise contínua dos dados de uma população, possibilitando diagnóstico atualizado da situação nutricional, suas tendências temporais. O PSF assume como foco, a reorganização da atenção básica, garantindo a oferta de serviços à população brasileira e também o fortalecimento dos princípios da universalidade, acessibilidade, integralidade e equidade do SUS (GEUS et al, 2011). Atualmente o PSF, tem sido denominado Estratégia de Saúde da Família (ESF), uma vez que não possui caráter programático, e sim características estratégicas de mudança do padrão de atenção à saúde da população (PÁDUA, BOOG, 2006). O nutricionista está plenamente capacitado para atuar na ESF, pois está apto a propor orientações dietéticas cabíveis e necessárias adequando-as aos hábitos da unidade familiar, à cultura, às condições fisiológicas dos grupos e à disponibilidade de alimentos (FERREIRA et al, 2007). Na Secretaria da Educação, o nutricionista é responsável pelo Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE) e na Assistência Social, as ações são voltadas à SegurançaAlimentar e Nutricional (SAN) como, Restaurante Popular; banco de alimentos; implementação, coordenação e/ou supervisão de cozinhas comunitárias; distribuição de alimentos para população em situação de emergência; ações de educação alimentar e nutricional; Programa de Aquisição de Alimentos. Um programa de segurança alimentar e nutricional não pode ter apenas como meta acabar com a fome, mas precisa garantir alimentos para todos, tornando seguro o alimento desde a produção até o consumo final (SANTOS, 2007). O nutricionista que atua em saúde pública deve estar sempre pronto a prestar informações ao público e deve conscientizar a sociedade e mobilizar o governo para a busca de soluções definitivas que amenizem a gravidade da questão alimentar (GOUVEIA, 1999), como a eliminação da fome, da má nutrição e dos agravos relacionados ao excesso de peso. Estes são considerados meta essencial para a melhoria da qualidade de vida das coletividades. As ações no setor de alimentação devem se estruturar no contexto da segurança alimentar e nutricional, para garantia do acesso universal a alimentação de qualidade em quantidade suficiente, com respeito aos aspectos sócio culturais das populações (FERREIRA et al, 2007). O presente trabalho consistiu em uma revisão bibliográfica, onde buscou-se informações sobre a atuação do nutricionista na saúde coletiva, verificando assim a inserção deste profissional na ESF, PNAN, Vigilância em Saúde e Atenção Básica. Este trabalho foi realizado no período de abril de 2012, como atividade da disciplina Nutrição em Saúde Coletiva II do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). É necessário que o nutricionista se aproprie do seu papel, fazendo as atribuições que são privativas de sua área. Também é importante salientar que os profissionais da área de saúde necessitam de melhor entendimento do papel do nutricionista, ampliando o seu conhecimento sobre as funções desta categoria. REFERÊNCIAS: BOOG, Maria Cristina Faber.; Atuação do nutricionista em saúde pública na promoçãoda alimentação saudável.; Revista Ciência & Saúde; 1; 33-42; 2008. GEUS, Laryssa Maria Mendes de et al.; A importância na inserção do nutricionista na Estratégia Saúde da Família.; Ciência & Saúde Coletiva; 16; 797-804; 2011. PÁDUA, Joyce; BOOG, Maria Cristina.; Avaliação da inserção do nutricionista na Rede Básica de Saúde dos municípios da Região Metropolitana de Campinas. ; Revista de Nutrição; 19; 413-424; 2006. FERREIRA, Vanessa; MAGALHÃES, Rosana.; Nutrição e promoção da saúde: perspectivas atuais.; Cad. Saúde Pública; 23; 1674-1681; 2007. MELLO, Karen Mattos de; O nutricionista na Gestão Pública: um profissional a serviço da qualidade de vida; http://www.crn2.org.br/images/revista/junho2009.pdf; abril-2012.