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DIRECTORA: Sandra Ribeiro Gonçalves
Ano IX n.º 479 de 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Santos Oliveira
“liberta-se”
do PS
Contra
as “práticas”
da concelhia,
militante histórico
desfilia-se
do partido.
Pág. 3
Págs. 11, 12 e 13
Aniversário da Revolução:
discursos “ensombrados”
pela crise
Pág. 2
Idoso perde membro
em acidente
envolvendo autocarro
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
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De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Notícias de Famalicão
25 DE ABRIL
Costumo estar presente, desde o início, nas cerimónias oficiais do 25 de Abril de 1974 nos Paços do
Concelho. Não me preocupa o número de pessoas que
aparecem. Não costumam ser muitas, mas são as suficientes para encher o Salão Nobre e ainda transbordar
para fora dele.
Outras pessoas têm este mesmo hábito de respeitar
o 25 de Abril e entre elas permita-se-me que destaque o
Monsenhor Joaquim Fernandes. Nunca exerceu funções
políticas, sempre procurou bom entendimento com
todas as câmaras (sem deixar de fazer as críticas que entende dever fazer) e não falha no convite que recebe para
estar presente nas comemorações oficiais do 25 de
Abril.
Tenho muito pena, entretanto, que o nosso capitão
de Abril José Luís Bacelar Ferreira tenha deixado de ser
um convidado, com lugar especial, nestas cerimónias.
As razões que determinaram esse afastamento não honram nem o PSD que tomou essa iniciativa por meras
razões político-partidárias, nem o PS e demais partidos
que tal consentiram. Esta discriminação tem ainda mais
significado num ano que se homenagearam os presidentes da Câmara depois de 25 de Abril.
Uma palavra sempre para a Banda de Música que
oferece um dos momento mais bonitos das cerimónias.
Se tivesse poder para tal, fazia um contrato com as bandas de música do concelho para regularmente actuarem
e passearem pelas ruas da cidade para as pessoas
poderem ver “a banda passar” .
Caiu de autocarro em andamento
e perdeu membro inferior
Um homem com cerca de
80 anos perdeu o pé inferior
direito quando caiu de um autocarro em andamento.
O acidente ocorreu em
Riba de Ave, cerca das 15h
35 da passada sexta-feira.
Segundo testemunhas que
presenciaram a situação, o
idoso caiu do autocarro em
andamento, uma vez que a
porta estaria ainda aberta. O
Lusíada: palestra sobre
certificação
A Universidade Lusíada de Vila Nova de
Famalicão, realiza hoje (dia 28 de Abril,
quarta-feira), pelas 18h, a Palestra "Cer-tificação de Sistemas de Gestão Inte-grados,
Qualidade, Ambiente, segurança e Responsabilidade Social".
A palestra é proferida pelos oradores
Hermano Correia e Ricardo Teixeira da
APCER – Associação Portuguesa de Certificação. Esta palestra abordará um conjunto de temáticas relacionadas sobre os Sistemas Integrados de Gestão, o enquadramento das Normas ISO 9001, ISO 14001,
OHSAS 18001 e SA 8000, entre outras
questões.
corpo do homem de 80 anos
ficou perto da viatura pesada
o suficiente para que esta lhe
passasse com os rodados
traseiros por cima dos membros inferiores.
Segundo O Povo Famalicense conseguiu apurar a
pressão do peso do autocarro
sobre os membros inferiores
do idoso levou à perda imediata do pé direito e à fractura
do fémur. Apesar da violência
do acidente o homem de 80
a n o s e s ta r i a c o n s c i e n t e
quando chegaram os meios
de socorro ao local. Ao que apurámos não terá conseguido, contudo, explicar exactamente em que circunstâncias
ocorreu o acidente.
No socorro à vítima estiveram os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, com
dois homens e uma viatura, e
ainda a Viatura Médica de
Emergência de Guimarães. O
ferido grave foi transportado
ao Hospital de S. João, no
S.R.G.
Porto.
ANTÓNIO CÂNDIDO DE OLIVEIRA
www.euvieusei.blogspot.com
25 Abril 2009
Liberdade
Não nos podemos esquecer
da ditadura municipal.
As pessoas estão impedidas
de falar mal do senhor
presidente do concelho.
PUBLICADA POR FAMALICENSE 7 COMENTÁRIOS
ETIQUETAS: NÃO EXISTE DEMOCRACIA
NA CÂMARA DE FAMALICÃO
Com tanto caminho em terra que ainda se vê concelho fora,
é assim que se encontra um precioso monte de paralelo,
esquecido e abandonado (pelo menos assim indicia o ervado que já quase o
cobre!), algures por um espaço público da freguesia da Carreira...
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De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Contra as práticas da concelhia e não contra o partido
Santos Oliveira abandona o PS
Santos Oliveira deixou de
ser militante do Partido Socialista. O próprio confirmou a’ O
Povo Famalicense que procedeu ontem (segunda-feira)
à entrega do cartão à direcção nacional do partido,
com sede em Lisboa, no
Largo do Rato.
Numa carta dirigida a José
Sócrates, Secretário-Geral
do PS, Santos Oliveira entrega o cartão e expõe as razões
que o levam a abandonar o
partido no qual milita há anos.
O famalicense adiantou-nos
que dirigiu também por carta
ao presidente da Comissão
Política Concelhia, Fernando
Moniz, e ao presidente da
Federação Distrital de Braga,
Joaquim Barreto.
Santos Oliveira fundamenta a sua decisão em “práticas
dentro do partido” com as
quais não concorda, e assume que a “gota de água” foi
ter tido conhecimento, como
de resto demos conta na
edição da semana passada
deste semanário, de que
Duarte Santos, militante expulso do partido num período
interno conturbado juntamente com Fernando Salgado, pode estar à beira de refi-
liado. O famalicense frisa que
a sua discordância com este
processo nada tem a ver com
a pessoa de Duarte Santos,
pessoa que “estima e respeita”, mas com a prática que, tal
como outras a que diz que
vem assistindo, “não credibilizam os processos e o partido”. Santos Oliveira abre o
coração acerca desta questão para explicar por que não
compreende estes processos
que o partido assume para
posteriormente voltar atrás. É
que, sendo ele à data presidente da Comissão Administrativa que instruiu o processo
de expulsão daqueles dois
militantes, sente com este
recuo que “quem estava mal
era eu e não o partido”. E conclui a propósito: “se era eu
que estava mal então vou-me
embora…”.
Santos Oliveira diz ainda
que escreveu a carta ao
Secretário-Geral e restantes
dirigentes partidários especificamente no dia 25 de Abril,
dando com isso um sinal de
que “há pessoas que se libertam de diferentes formas”.
Esta é uma data que passa
então a significar o abandono
formal do seu partido de sem-
pre.
O famalicense sublinha
que continua a rever-se no
Partido Socialista e nos valores em que sustenta a sua
forma de actuação política,
mas que não se revê no modelo local de gestão do partido. São coisas que reiteradamente distingue para que
não fique implícito que este é
um virar de costas total ao PS.
Santos Oliveira salienta que
irá continuar a apoiar o partido a nível nacional, e que
também irá apoiar a candidatura de Reis Campos à
presidência da Câmara Muni-
cipal.
A sua decisão assume
assim contornos de protesto
contra a forma como o PS
famalicense vem sendo dirigido: “o facto é que, o que se
passa em Famalicão, não me
diz absolutamente nada em
termos de ética e de valores,
e nesta medida não podia
tomar outra posição que não
esta”. Termina dizendo que
não vale a pena tentarem,
que não voltará atrás com a
sua decisão.
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
500 figurantes e 50 mercadores numa organização que de ano para ano se agiganta
Feira Medieval e Quinhentista de volta à cidade
de 30 de Abril a 3 de Maio
A cidade de Vila Nova de
Famalicão volta a engalanarse, de 30 de Abril a 3 de Maio,
para mais uma edição da Feira Medieval Quinhentista,
uma inciativa que ano após
ano conquista mais interesse
pela difelidade com que retrata usos e costumes de uma
época longínqua.
O certame, organizado
pelo curso de Animação Sóciocultural da Escola Profissional Cior, e que conta com a
colaboração da Câmara
Municipal, foi ontem (segunda-feira, apresentado á comunicação social em conferência de imprensa.
A feira, que este ano conta
com mais um dia, irá ter ao
todo cerca de cinco centenas
de figurantes, numa organização que de ano para ano se
agiganta e que volta a tomar
conta da Praça D. Maria II.
Tem ainda 50 entidades participantes, e segundo o professor coordenador da iniciativa, Luís Bessa, tem tido
cada vez mais procura por
parte de mercadores, nomeadamente espanhóis.
A feira, que se inscreve no
século XIV, o período conturbado da reconquista aos
mouros, volta a ter iniciativas
de grande envergadura.
Todos os dias ocorrerá o chamado “Assalto ao Castelo”,
uma iniciativa vistosa que terá
lugar todos os dias às 21h30,
excepção feita ao último dia
de feira (domingo), em que o
“Assalto” terá lugar pelas
17h30. Destaque ainda para
o Cortejo, às 19h00 do primeiro dia de Feira. O espaço
de mercado de produtos tradicionais estará aberto todos os
dias entre as 09h00 e as
00h30, sendo que também no
Domingo abre uma hora mais
tarde para fechar às 22h00.
No restante a Feira Medieval
e Quinhentista continua a
contar com os habituais jogos
tradicionais da época, danças
títpicas, e outras abordagens
próprias da época.
A Feira Medieval foi considera pelo presidente da
Câmara Municipal, Armindo
Costa, como “um evento cultural de referência no Município” e uma “das melhores iniciativas de animação da
cidade”. Entende o edil que,
“para além do seu carácter
lúdico, educativo e turístico, a
Feira Medievel e Quinhentista
de Famalicão destaca-se pelo seu cariz histórico e cultural – revelando um esforço
notável no sentido de preservar a representação genuína
dos momentos históricos retratados”.
Para Armindo Costa são
iniciativas como esta que “fazem de Famalicão uma terra
das artes e da cultura, onde
todos participam com os seus
projectos e com as suas ideias”. Reconheceu que resulta
essencialmente “do esforço,
da criatividade e da dedicação daquela comunidade
educativa”, e entende que as
provas dadas permitem confiança em mais um sucesso da
edição deste ano: “penso que
estão criadas as condições
para um evento de grande
sucesso, com uma forte ade-
são popular, transformando a
Feira Medieval e Quinhentista
numa grande festa, onde a
História, a Cultura e a Educação andam de mãos dadas”.
Sublinhando a importância
que o evento assume para o
concelho, o edil famalicense
aproveitou pata agradecer à
Escola Profissional Cior pelo
“excelente trabalho desenvolvido na formação dos recursos humanos famalicenses”.
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
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De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
É O POVO A FALAR...
Um abraço contra a “raiva” e o “ódio”
que se instalaram no PS Famalicão
A manta de retalhos em que a secção de Famalicão do
Partido Socialista há uma dúzia de anos está transformada, por
acção directa e/ou complacência das suas principais figuras de
proa, já não estica mais. Confrontado com um ciclo eleitoral
particularmente exigente, o seu actual líder optou por cerzir os
trapos disponíveis, primeiro, para só depois acrescentar o pano
adequado ao tamanho exagerado de uma estrutura partidária
que nos últimos anos só organicamente tem crescido – e,
mesmo assim, unicamente para servir os desígnios circunstanciais deste ou daquele grupo ou para ajustar a cotação, na
bolsa de valores interna, de um ou outro dirigente apostado em
fazer carreira política.
Os resultados dessa estratégia arriscada estão à vista: alguns dos supostos esteios internos de Fernando Moniz abanaram com o negociado reingresso de Duarte Santos, um dos
promotores do arremedo de eleições para a comissão política
concelhia promovido na praça pública em 17 de Dezembro de
2005. António José dos Santos Oliveira, presidente da comissão de gestão do PS Famalicão à data do lamentável episódio
da “roulotte”, é, pelo que vai transpirando da sede concelhia
para o exterior, o rosto mais visível do desconforto gerado entre
os socialistas famalicenses por esta tentativa espúria de reabilitação partidária de um dos mais combativos adversários internos de Moniz, apesar de ter sido, transitoriamente, um dos
seus lugares-tenente nas autárquicas de 2001.
Ao apresentar a sua demissão do PS neste contexto de realinhamentos vários e unidade artificialmente forçada, Santos
Oliveira vem questionar o sentido, a oportunidade e o alcance
político da estratégia de reconquista do poder municipal em
que Moniz está empenhado. Mais: ao demarcar-se dessa estratégia escassos dias depois de O Povo Famalicense, em
primeira mão, ter noticiado as condições colocadas pelo militante expulso aos líderes concelhio e distrital dos socialistas
para voltar ao partido, Santos Oliveira vem evidenciar que no
PS continuam por sarar as feridas mais profundas abertas durante anos e anos de disputas fraticidas. De outra forma, como
entender que os mais ortodoxos seguidores do líder concelhio
tenham tido necessidade de impregnar o argumentário de
Moniz com termos como “raiva” e “ódio”?
No quadro em que esta rotura acontece, Santos Oliveira
presta ao PS Famalicão um último e relevante serviço, tanto ou
mais importante que a sobrevivência assegurada durante o
tempo de balcanização interna em que foi chamado a presidir,
em condições muito difíceis, a uma comissão de gestão que
teve de enfrentar o desafio das eleições autárquicas de 2005.
Estou a referir-me à credibilização política, porventura o aspecto mais descurado por Moniz desde que voltou a liderar o
PS Famalicão.
Na verdade, o PREC (processo de reabilitação em curso)
entre os socialistas da nossa terra parece não ter a credibilidade do PS nos seus objectivos cimeiros. Os valores, os princípios e a forma como terá de ser alcançada a pacificação interna parecem ter sido sacrificados a uma unidade que é vital aparentar numa conjuntura eleitoral decisiva para o futuro político de Fernando Moniz. Em consequência, sucedem-se os apelos (ocos na substância, tantas vezes) para que se olhe para a
frente e se passe uma esponja sobre o passado. E ao mínimo
sinal de crítica, levantam-se das suas sinecuras os senadores
e os guardiões do templo, de dedo em riste, acusando todos
quantos pensam de forma diferente de conluio com as forças
do mal, personificadas num Armindo Costa ferido de morte por
negócios e interesses mais ou menos inconfessáveis.
Infelizmente, quase 35 anos depois da abertura da sua
primeira sede, num espaço onde antes e depois do 25 de Abril
fervilharam muitos debates e ideias generosas, ali na Rua de
Alves Roçadas, o PS Famalicão dá mostras de continuar a ser
apenas uma máquina de poder alavancada por uma série de agentes políticos que, pelos vistos, já esqueceram a ética republicana, a declaração de princípios e os estatutos do partido.
Se o não ignorassem ostensivamente como ignoram, talvez evitassem os dislates e os excessos retóricos e uma estratégia
que, por não resultar de uma debate interno sério e alargado,
Lions Clube de Famalicão
comemorou
32.º aniversário
No passado dia 18 de
Abril, o Lions Clube de Vila
Nova de Famalicão comemorou mais uma ano de actividade, com a entrada de dois
jovens sócios, vê o seu quadro social aumentar com
perspectivas de sucesso.
O jantar comemorativo realizou-se num restaurante do
Louro, num ambiente de
amizade e companheirismo,
contando com a presença de
ilustres convidados, nomeadamente, o provedor da Santa Casa da Misericórdia e esposa, o vice-presidente da
Câmara, Leonel Rocha, e o
presidente do Rotary Club de
Vila Nova de Famalicão.
Importante foi também a representação de vários clubes
Lions, considera a estrutura
de Famalicão, que tornaram
este evento numa verdadeira
festa.
Como habitualmente realizamos durante o jantar uma
tômbola, cuja receita reverteu
a favor das vítimas do câncro
da mama, a conceder através
da “Associação do Voluntariado do hospital de São João
de Deus de Vila Nova de
Famalicão”.
O Lions Clube de Famalicão, que vem promovendo
diversas iniciativas de angariação de fundos para acusas
diversas, aproveita para agradecer a todas as empresas e estabelecimentos comerciais que com ele colaboraram, tornando possível a
realização desta tômbola.
Afinal, comenta o Lions, a receita reverte para uma “causa
nobre”.
tem a sua eficácia dependente de quem, sem méritos nem
créditos políticos suficientes, em 2005 se disponibilizou para
ser candidato do PS à presidência da Câmara da Trofa depois
de a comissão de gestão liderada por Santos Oliveira e a direcção distrital socialista - presidida pelo mesmo Joaquim
Barreto que agora aparece a patrocinar o seu reingresso! -,
terem optado por candidatar António Barbosa em Famalicão.
A História há-de contar muitas estórias sobre estes “anos da
brasa” para os socialistas da nossa terra. Ao PS Famalicão - a
começar pelo seu líder! –, é de se exigir congruência com os
princípios fundadores do PS e merecimento suficiente para os
seus actuais dirigentes se abrigarem debaixo da mesma bandeira que, ao longo dos últimos 36 anos, tem sido empunhada
por homens como o nosso conterrâneo Armando Bacelar,
Mário Soares, Salgado Zenha, Manuel Tito de Morais, Mário
Cal Brandão, António Macedo, Jorge Sampaio ou Ferro
Rodrigues.
É neste contexto que, gradualmente, tem emergido a figura
de José Carlos Reis Campos. Mobilizado por Moniz para a ingrata tarefa de tentar disputar a presidência da Câmara de
Famalicão com Armindo Costa, a este independente competirá
trilhar o caminho da credibilização de processos de actuação,
tanto na equipas como na formulação de propostas políticas.
Se o conseguir, ficará mais perto dos seus objectivos eleitorais
e iluminará o caminho que o PS Famalicão tem necessidade de
fazer até à sua completa regeneração. Terá ele condições para
lutar pela vitória em Outubro num quadro político-partidário
com este?
(No fundo, é esta a principal questão que aos socialistas de
Famalicão levanta o pedido de demissão de Santos Oliveira –
meu Amigo há mais de 40 anos, já agora, que nunca me coibi
de criticar sempre que entendi dever fazê-lo. Daqui, Tozé, o
meu abraço fraterno e cúmplice).
CARLOS DE SOUSA
"Noites de Insónia" esta 5.ª-Feira
em S. Miguel de Seide
Leitura e debate pela noite
dentro na Casa de Camilo
A Casa-Museu Camilo
Castelo Branco desafia os
leitores da obra camiliana a
participarem em “Noites de
Insónia”, uma iniciativa que
arranca na próxima quintafeira, dia 30 de Abril, pelas
21h30, na casa onde o escritor viveu, em S. Miguel de
Seide, Vila Nova de Famalicão. Num ambiente informal
e descontraído, a iniciativa
tem como finalidade explorar
de uma forma diferente,
menos erudita e menos académica, os textos do génio
de S. Miguel de Seide.
Tendo como mediador
Cândido Oliveira Martins,
professor da Universidade
Católica Portuguesa, a iniciativa irá decorrer mensal-mente ao longo de 2009. Na atmosfera mágica da Casa de
Camilo e com actividadessurpresa para cada sessão,
os participantes são incitados
a descobrir novas formas de
interpretar a obra camiliana,
unidos pelo gosto e curiosidade. Para cada encontro,
haverá a escolha prévia de
uma obra do escritor, donde
serão retirados breves excertos, seguidos da livre discussão em grupo.
Do desenvolvimento desta comunidade de leitores resultará assim o gosto pela
leitura e a conversa sobre o
que se lê; a troca de opiniões
e de pontos de vista; as associações de textos e as afinida-des electivas – gerandose certas cumplicidades e o
gosto por uma leitura mais
activa e partilhada.
Como objectivos, pretende-se que um pequeno e heterogéneo grupo de leitores
cruze ideias acerca dos livros
apresentados e possa expor
vários caminhos de fruição e
de interpretação. A participação é gratuita.
5
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Em causa a homenagem aos autarcas do pós-25 de Abril, que inclui o próprio
PS acusa Armindo Costa de ter
como objectivo único a sua autopromoção
"Como se não bastasse o
«mural da vergonha» nos
jardins dos Paços do Concelho, como se não bastassem
as placas de alumínio colocadas nalguns passeios da
Cidade, como se não bastasse a inscrição do nome nos
acrílicos do Salão Nobre da
Câmara Municipal, mesmo
antes da Câmara Municipal
ter realizado a sua primeira
reunião, em Janeiro de 2002,
Armindo Costa, numa atitude
e num gesto que envergonham os valores de Abril,
aproveitou a inauguração
daquilo a que impropriamente
chamou a “Galeria dos
Presidentes”, para incluir a
sua fotografia entre as dos
presidentes de câmara do
regime democrático".
É desta forma que o Partido Socialista Famalicense introduz um comunicado no
IV Fórum sobre
educação na 1.ª Infância
A Câmara Municipal de Famalicão e a Associação
Teatro Construção promove, no próximo dia 9 de Maio, o
IV Fórum Internacional dedicado à “Educação na I
Infância”. O evento, apresentado hoje à imprensa, conta
com a presença de diversos especialistas provenientes
de Espanha e Brasil. Tendo como objectivos divulgar conhecimentos e saberes avançados e inovadores relativos
à educação na primeira infância e ao mesmo tempo promover momentos de encontro e troca de conhecimentos,
a iniciativa destina-se a educadores de infância, educadores sociais, educólogos, psicólogos técnicos de
serviço social e dirifgentes de IPSS’S.
qual critica fortemente o edil
famalicense e o acusa de ter
apenas um objectivo ao nível
autárquico, o de se "autoinscrever e mostrar-se em todos
os lugares e por todas as formas que for possível", e apela
para que "haja vergonha e decência".
Os socialistas famalicenses acusam ainda Armindo
Costa de utilizar "o cargo para
que foi eleito para a sua promoção pessoal, para a projecção de uma vaidade incontida e para o exercício de um
narcisismo bacoco, próprio
de quem não é capaz de se
impor pela capacidade de
diálogo, pela tolerância e pelo
respeito que lhe deviam merecer todos os famalicenses".
O PS afirma que este comportamento "é inédito este
comportamento entre os Presidentes de Câmara eleitos
no regime democrático que o
25 de Abril de 1974 iniciou e
que permitiu que os famalicenses e os Portugueses começassem a construir, com
humildade, o seu futuro". Du-
ro nas palavras, o comunicado do principal partido da
oposição refere ainda que
"para Armindo Costa não há
limites no exercício do cargo
de Presidente da Câmara",
sendo que "a única coisa que
parece interessar-lhe é que o
seu nome apareça, mesmo
que seja para ser pisado no
granito da calçada ou para
que a sua fotografia possa ser
vista, sorridente, na entrada
da Câmara Municipal".
No entender dos socialistas "um Presidente de Câmara ciente da posição que
ocupa nunca se prestaria a
este papel", acrescentando
que nunca outros na mesma
posição "se prestaram a esta
promiscuidade". Para o PS
seria mais sensato que Armindo Costa esperasse, "fosse lá o tempo que fosse, para
que outro presidente o homenageasse, como ele agora fez
com os presidentes que o antecederam".
Lamentando que "este
comportamento não caiba
nos limites do seu "narcisis-
mo e da sua vaidade", o PS
entende mesmo que ao
aproveitar "a boleia da colocação de quatro retratos de
anteriores Presidentes da
Câmara no átrio do edifício da
Câmara Municipal" para colocar também "o seu retrato", o
presidente da Câmara contribui para se desacreditar a si
mesmo "como político e como
eleito".
O PS termina o comunicado dizendo que "para a história de Vila Nova de Famalicão
vão ficar estas tristes e insóli-
tas “mensagens” do Presidente da Câmara Armindo
Costa e da sua mulher que é
também peça importante
deste xadrez de vaidades". E
diz remata ainda: "Armindo
Costa escreve o seu próprio
nome e coloca a sua própria
fotografia em muros, placas e
acrílicos e concede à mulher
uma medalha de mérito municipal, ao mesmo tempo que
lhe “dá” o cargo de Reitora da
Universidade Sénior… Fica
tudo em família…".
S.R.G.
6
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Marcas que Abril não apagou
Foi na ditadura. Desterrada entre densas serranias.
No recôndito do monte mais
ermo. Só, lá bem por trás do
sol-posto, a professora primária cumpria a vocação. Respondia com espírito de missão. Como foco de luz que
guia a navegação, orientava
almas que iniciava para a
vida. Com abnegação faziaas despertar para o mundo e
para outros patamares da civilização. Na escola havia
movimento. Sentia-se pulsar
a vida. Faltava todo o resto. O
quadro preto, gasto pelo uso,
onde o giz já agarrava mal,
era material didáctico único. A
Caixa Métrica, com a fita
métrica, as medidas de ca-
pacidade em alumínio, o
nível, o fio-de-prumo para o
ensino da geometria e da aritmética, não estava lá. O
mapa de Portugal Continental
onde os alunos estudavam e
decoravam, acompanhando
com o indicador, os nomes
das serras, dos rios e dos
afluentes, das linhas do caminho-de-ferro e seus ramais
também não estava. Nem o
mapa de Portugal Insular e
Ultramarino onde os Açores,
a Madeira, Cabo Verde, S.
Tomé e Príncipe, Guiné, Angola e Moçambique – as Pérolas do Império -, Estado da
Índia, Macau e Timor eram
representados. Muito menos
o Planisfério.
Entre a ditadura e a democracia
sobrevivem os retratos.
Manifestação suprema do cunho
narcisista e do culto à personalidade.
Marcas que Abril afinal não apagou.
Por cá, pelo menos. E sobre retratos
por aqui nos ficamos.
Para maior vergonha, a
escola nem sequer tinha pendurados na parede os retratos
do senhor Presidente do Conselho e do Senhor Presidente
da República! A quem eram
devidos respeito e veneração.
Dedicada e perseverante,
a professora não desistia. E
do seu parco ordenado gastava dezenas e dezenas de es-
Exposição de Ryu Silva chega ao fim
Termina já no próximo sábado, dia 2 de Maio, a exposição
de Ryu Silva, que esteve patente no Foyer da Casa das
Artes.
A exposição, intitulada “20 anos de Carreira”, dá a conhecer o trabalho desenvolvido pelo autor, nascido em 1974
em Viseu, ao longo de duas décadas de exposições. Com
formação base em Educação Visual e Tecnológica com
Doutoramento em "Pintura - Ponto de Referência, Imagem Design" na Faculdade de Belas Artes da Universidade de
Salamanca. Ao desenvolvimento e pesquisa experimental
próprios associa formação profissional inter complementar
em Cursos de Fusing e em diversas áreas de especialidade:
pintura, cerâmica e azulejo, pintura com englobes, vidrados,
corda seca, raku. Exerce Docência no Ensino Secundário e
é Professor Formador em atelier próprio. Actualmente, possui uma galeria privada onde hospeda os seus trabalhos,
aberta aos Amigos/Clientes e Coleccionadores.
cudos em selos do correio.
Que colocava nos sobrescritos das cartas que enviava
para o Ministério da Educação. Sim, que os fax e os emails pertencem à vida moderna! A professora pedia respeitosamente. Com muita humildade insistia. Os meses
iam entretanto correndo. O
ano avançava. O Ministério
da Educação, sim, que não
havia a DREN, a DREC ou a
DREL, respondia com o silêncio.
O dia finalmente chegou.
Dois volumosos pacotes descarregados à porta da escola,
abriam novas esperanças à
professora.
PROFESSORA
EDNA CARDOSO
Era a hora por que esperava. Agora ia poder ser professora mesmo a sério!
O desapontamento transbordou na abertura da encomenda. Necessidades satisfeitas, a dos retratos do
Senhor Presidente do Conselho e do Senhor Presidente
da República! Esta era a
maior de todas as falhas, que
o sistema não podia permitir.
Tarde de mais! Abril explodiu. A ditadura caiu. Os retratos? Ah, os retratos!...
Encostados a um canto, ali
ficaram como múmias petrificadas. Indiferentes aos olhares. Esquecidos. Até que o
tempo deles se encarregou.
Ou alguém por ele.
Entre a ditadura e a democracia sobrevivem os retratos. Manifestação suprema
do cunho narcisista e do culto
à personalidade. Marcas que
Abril afinal não apagou. Por
cá, pelo menos. E sobre retratos por aqui nos ficamos.
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
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Dia a dia
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Por Mário C. Martins
Contra o pessimismo… Fazer!
O que é relevante salientar
é que num tempo de crise profunda
como o que vivemos no momento,
há meios e há vontade de gerar
novas oportunidades, de abrir
novas portas ao emprego
e de fortalecer a coesão social
com a adesão a programas
e medidas inovadoras.
1. No passado dia 24 de Abril, teve lugar, no auditório da
Associação Industrial do Minho, no Parque de Exposições, em
Braga, uma sessão de grande relevância e significado para
muitas autarquias e para muitas instituições privadas de solidariedade social.
Tratou-se, na essência, de assinar com o Ministério do
Trabalho e da Solidariedade Social um conjunto vasto de pro-
tocolos que têm como grande objectivo promover a entrada no
mundo do trabalho de algumas centenas de jovens e de fazer
com que entrem de novo no mercado de trabalho algumas centenas de desempregados.
As autarquias e as instituições privadas de solidariedade social comprometeram-se a contratualizar com os centros de emprego do Distrito de Braga estágios profissionais, “contratos
emprego-inserção” e “estágios qualificação-emprego” que vão
gerar a oportunidade de abertura de uma porta de esperança a
muitas pessoas, jovens licenciados e muitos desempregados
que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade, nos
tempos difíceis que o Mundo e Portugal vivem.
Do Município de Vila Nova de Famalicão participaram na
assinatura destes protocolos, entidades como a Câmara
Municipal, a Junta de Freguesia de Joane, o Centro Social
Paroquial de Joane, a Santa Casa da Misericórdia, a Escola
Profissional CIOR, o Centro Social Paroquial de Ribeirão, o
Centro Social de Bairro, o Centro Social de Riba d`Ave, a
Cooperativa “Mais Plural”, a Cooperativa “ACIP”, a Associação
Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, a “Engenho”
– Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este e a
Associação “Mundos de Vida”, de Lousado. Podiam ter sido
ainda muitas mais, não fossem as contingências de tempo,
com a consequente necessidade de fechar o programa.
O que é relevante salientar é que num tempo de crise profunda como o que vivemos no momento, há meios e há vontade de gerar novas oportunidades, de abrir novas portas ao
emprego e de fortalecer a coesão social com a adesão a programas e medidas inovadoras.
O Governador Civil de Braga, o Secretário de Estado do
Emprego e da Formação Profissional e o Ministro do Trabalho
e da Solidariedade Social vincaram isso mesmo Nas intervenções que fizeram, salientaram que, perante o momento
difícil que vivemos, há que encontrar respostas e há que encontrar alternativas. Não adianta “perorar” sistematicamente
com a crise e com as suas consequências, como se a crise
fosse um labirinto do qual é impossível sair. Têm todos é que
dar contributos para que o seu impacto seja o mais reduzido
possível e contrapor-lhe a esperança e o optimismo. Como diz
José Sócrates, «o pessimismo nunca criou nenhum posto de
trabalho».
Estas instituições de Vila Nova de Famalicão e muitas
dezenas de outras do Distrito de Braga continuam a mostrar
que isso é possível e que a crise não pode ser encarada como
uma fatalidade sem alternativa!
2. A Câmara Municipal foi a promotora, em cooperação com
as instituições de ensino e de formação de Vila Nova de
Famalicão, da “Mostra Pedagógica” que decorreu nos dias 23,
24 e 25 de Abril, num dos pavilhões do Lago Discount, em
Ribeirão.
Estiveram presentes os agrupamentos de escolas, instituições privadas de solidariedade social, instituições de Ensino
Superior, centros novas oportunidades, escolas profissionais e
outras entidades com ligações à formação profissional, num
conjunto diversificado do que de muito bom se faz nos estabelecimentos de ensino de Vila Nova de Famalicão.
A “Mostra Pedagógica” mostrou que as escolas estão vivas
e recomendam-se, que os professores, ao contrário do que alguns procuram fazer crer, são de uma dedicação extrema aos
seus alunos, como provou a sua presença na “Mostra”, no dia
25 de Abril (feriado) e que podemos estar tranquilos quanto às
possibilidades de construção de um novo País e de um novo
futuro.
Para todos, muitos parabéns!
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
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Dia a dia
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Por Mário C. Martins
Contra o pessimismo… Fazer!
O que é relevante salientar
é que num tempo de crise profunda
como o que vivemos no momento,
há meios e há vontade de gerar
novas oportunidades, de abrir
novas portas ao emprego
e de fortalecer a coesão social
com a adesão a programas
e medidas inovadoras.
1. No passado dia 24 de Abril, teve lugar, no auditório da
Associação Industrial do Minho, no Parque de Exposições, em
Braga, uma sessão de grande relevância e significado para
muitas autarquias e para muitas instituições privadas de solidariedade social.
Tratou-se, na essência, de assinar com o Ministério do
Trabalho e da Solidariedade Social um conjunto vasto de pro-
tocolos que têm como grande objectivo promover a entrada no
mundo do trabalho de algumas centenas de jovens e de fazer
com que entrem de novo no mercado de trabalho algumas centenas de desempregados.
As autarquias e as instituições privadas de solidariedade social comprometeram-se a contratualizar com os centros de emprego do Distrito de Braga estágios profissionais, “contratos
emprego-inserção” e “estágios qualificação-emprego” que vão
gerar a oportunidade de abertura de uma porta de esperança a
muitas pessoas, jovens licenciados e muitos desempregados
que, de outra forma, dificilmente teriam essa possibilidade, nos
tempos difíceis que o Mundo e Portugal vivem.
Do Município de Vila Nova de Famalicão participaram na
assinatura destes protocolos, entidades como a Câmara
Municipal, a Junta de Freguesia de Joane, o Centro Social
Paroquial de Joane, a Santa Casa da Misericórdia, a Escola
Profissional CIOR, o Centro Social Paroquial de Ribeirão, o
Centro Social de Bairro, o Centro Social de Riba d`Ave, a
Cooperativa “Mais Plural”, a Cooperativa “ACIP”, a Associação
Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, a “Engenho”
– Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este e a
Associação “Mundos de Vida”, de Lousado. Podiam ter sido
ainda muitas mais, não fossem as contingências de tempo,
com a consequente necessidade de fechar o programa.
O que é relevante salientar é que num tempo de crise profunda como o que vivemos no momento, há meios e há vontade de gerar novas oportunidades, de abrir novas portas ao
emprego e de fortalecer a coesão social com a adesão a programas e medidas inovadoras.
O Governador Civil de Braga, o Secretário de Estado do
Emprego e da Formação Profissional e o Ministro do Trabalho
e da Solidariedade Social vincaram isso mesmo Nas intervenções que fizeram, salientaram que, perante o momento
difícil que vivemos, há que encontrar respostas e há que encontrar alternativas. Não adianta “perorar” sistematicamente
com a crise e com as suas consequências, como se a crise
fosse um labirinto do qual é impossível sair. Têm todos é que
dar contributos para que o seu impacto seja o mais reduzido
possível e contrapor-lhe a esperança e o optimismo. Como diz
José Sócrates, «o pessimismo nunca criou nenhum posto de
trabalho».
Estas instituições de Vila Nova de Famalicão e muitas
dezenas de outras do Distrito de Braga continuam a mostrar
que isso é possível e que a crise não pode ser encarada como
uma fatalidade sem alternativa!
2. A Câmara Municipal foi a promotora, em cooperação com
as instituições de ensino e de formação de Vila Nova de
Famalicão, da “Mostra Pedagógica” que decorreu nos dias 23,
24 e 25 de Abril, num dos pavilhões do Lago Discount, em
Ribeirão.
Estiveram presentes os agrupamentos de escolas, instituições privadas de solidariedade social, instituições de Ensino
Superior, centros novas oportunidades, escolas profissionais e
outras entidades com ligações à formação profissional, num
conjunto diversificado do que de muito bom se faz nos estabelecimentos de ensino de Vila Nova de Famalicão.
A “Mostra Pedagógica” mostrou que as escolas estão vivas
e recomendam-se, que os professores, ao contrário do que alguns procuram fazer crer, são de uma dedicação extrema aos
seus alunos, como provou a sua presença na “Mostra”, no dia
25 de Abril (feriado) e que podemos estar tranquilos quanto às
possibilidades de construção de um novo País e de um novo
futuro.
Para todos, muitos parabéns!
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De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Galeria foi inaugurada antes da sessão solene da Assembleia Municipal
Homenagem aos autarcas famalicenses
sem Agostinho Fernandes
As comemorações do 35.º
aniversário da Revolução ficaram marcadas pela inauguração da galeria que homenageou os autarcas do concelho
desde 1974. Ausência notada
foi a de Agostinho Fernandes,
antecessor de Armindo Costa
que não esteve presente. À
sua falta, ou de alguém que o
representasse, a fotografia foi
descerrada pelo presidente
da Assembleia Municipal,
Nuno Melo.
O Povo Famalicense tentou obter do ex-edil Agostinho
Fernandes uma explicação
para a sua ausência, todavia
este esteve indisponível até
ao fecho da presente edição.
Apurámos, contudo, que o exautarca do concelho informou
a Câmara Municipal de que
não iria estar presentes.
Excepção feita para a fotografia de António Pinheiro
Braga, já falecido, cuja fotografia foi descerrada por familiares, todas as outras foram pelos próprios: José Carlos Marinho, Antero Martins e
Armindo Costa.
Galeria pode ser vista no átrio do edifício da Câmara Municipal
No entender do edil famalicense é “com toda a justiça”
que o município homenageou
o poder local democrático que
governa a autarquia famalicense desde 1974. A galeria
inaugura, disse, “representa a
nossa gratidão pelos serviços
que todos os autarcas prestaram ao município, em 35 anos
de democracia”. A mesma galeria, que irá acolher autarcas
vindouros, sustentou ainda
Armindo Costa, “ficará para
sempre como um reconhecimento histórico do município
de Famalicão a todos aqueles
que serviram a causa pública,
por escolha livre e democrática dos famalicenses”. O edil
disse mesmo não ter dúvidas
de que, até hoje, “todos aqueles que foram chamados a
servir o município deram o
melhor que podiam e o melhor que sabiam em favor de
Famalicão e dos famalicenses”.
No final da sessão solene
José Carlos Marinho confessou que foi com “muita alegria
e satisfação” que aceitou a
homenagem que lhe foi feita e
que o faz recordar os tempos
em que governou os destinos
do concelho. Reconhecendo
que, desde a Revolução
muitas coisas “evoluíram
para pior”, orgulha-se de ter
contribuído para o desenvolvimento do concelho e
para a aquisição de património diverso que considera ter
sido fundamental. Referiu-se,
nomeadamente, à aquisição
da Quinta de Sinçães, da
Devesa e do Louredo.
Também Antero Martins
confessou sentir-se agradado
face ao reconhecimento que
fica expresso com esta homenagem ao trabalho que os
vários autarcas fizeram. Instado acerca da marca que
considera ter deixado mais
vincada na sua governação,
Antero Martins salientou o
saneamento, infra-estrutura
sem a qual Famalicão não
podia ter passado à categoria
de cidade, e também as vias
de comunicação.
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
12
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Sessão evocativa do 35.º aniversário da Revolução dos Cravos
Mais do que um “símbolo”,
À passagem do 35.º aniversário da
Revolução de 25 de Abril, a Assembleia
Muni-cipal (AM) evocativa da data
ficou marcada por um apelo do presidente
Nuno Melo no sentido de renovar os ideais
que a motivaram, mas também de dar novo
alento ao modelo de comemoração da data.
Segundo o responsável autárquico
o “figurino muito tradicional” permite
“antecipar actos, protagonistas
e até adjectivos”.
Na convicção de que a evocação da Revolução dos Cravos
não deve cair na rotina, Nuno Melo aplaudiu a iniciativa de homenagem ao Poder Local, promovida pela Câmara, e que consistiu na inauguração de uma galeria onde constam as fotografias de todos os presidentes do Município de Vila Nova de
Famalicão desde a Revolução de Abril de 1974, da qual resultou a instauração de um regime democrático e a realização das
primeiras eleições livres em Portugal.
O presidente da AM entende que a homenagem ao poder
local cai bem em mais um aniversário da Revolução: “estamos
a falar de pessoas que optaram por dedicar parte das suas
vidas à causa pública e ao desenvolvimento do nosso concelho, com prejuízo das suas vidas pesso-ais. E é em vida que
estas homenagens devem ser fei-tas”.
Numa altura em que o país atravessa uma crise, que também é de valores e descrédito de muitas estruturas do Estado,
Nuno Melo frisou que é necessário interpretar “Abril não apenas como uma data, como um símbolo, mas sobretudo como
um resultado”. O responsável autárquico chamou à atenção
para o facto de haver toda uma geração que nasceu depois
data, e que a esses “não se pode pedir que vivam o espírito da
mesma forma”. E acrescentou: “para eles só faz sentido se sentirem na sua vida diária que valeu a pena, se conse-guirem encontrar mais do que dificuldades”. Para que isso seja possível,
referiu, é ne-cessário inverter um ciclo de descrédito generalizado, que vai das instituições do Estado aos políticos. Na actual conjuntura, que definiu como “a como a crise de todas as
autoridades”, Abril será para as gerações que não o viveram
um mero “momento de frustração”. Frustração “por terem herdado um país com mais desigualdades sociais do que na altura
existiam, uma taxa de desemprego que a mais alta dos últimos
30 anos, um país onde a emigração volta a ser a solução de recurso para muitos cidadãos, um país onde a corrupção grassa
e mina a produtividade do Estado”.
Nuno Melo fechou a sessão
Apesar do cenário negro que traçou, o famalicense Nuno
Melo confessou a expectativa de que para o ano seja outro o
espírito que anime a comemoração do 36.º aniversário da
Revolução, por isso será um sinal de que “estamos melhor”
“ALAVANCA” DO
DESENVOLVIMENTO”
Caracterizando o poder local como uma “alavanca decisiva
para a melhoria da qualidade de vida das populações”, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa,
reiterou que na vida autárquica “defendemos e concretizamos
esses valores sempre que tomamos uma decisão em favor do
bem comum, seja na Câmara Municipal, seja na Assembleia
Municipal ou em cada uma das 49 Assembleia e Juntas de
Freguesia.
O edil famalicense disse-se ainda orgulhoso de pertencer a
uma terra onde a democracia funciona, com os partidos a alternarem-se no poder ao longo de 35 anos de liberdade, e
frisou que para além de todas as conquistas que estiveram sub-
jacentes à Revolução de 1974 é necessário que haja consciência da responsabilidade que constitui para todos, “nomeadamente para os autarcas eleitos pelo povo, uma responsabilidade para os autarcas que estão no poder e uma responsabilidade para os autarcas que estão na oposição”. E em
matéria de responsabilidades, Armindo Costa enumerou aquelas que entende fiéis ao espírito de Abril: “em nome do 25 de
Abril temos a responsabilidade de falar sempre a verdade aos
famalicense, rejeitando a mentira e a demagogia; em nome do
“25 de Abril” temos a responsabilidade de gerir correctamente
os dinheiros públicos, rejeitando o desperdício e a falta de
critério; em nome do “25 de Abril” temos a responsabilidade de
desenvolver políticas concretas que proporcionem o bem-estar
e a qualidade de vida para que todos possam responder melhor à crise económica que atravessamos”.
Também o edil famalicense aludiu à conjuntura económica
difícil do país ara afirmar que “os famalicenses podem contar
com a determinação da Câmara Municipal e do seu presidente”
para enfrentar as dificuldades. Frisou que o município tem
seguido uma estratégia que “visa afirmar Famalicão como um
dos concelhos mais solidários, mais competitivos e mais atractivos do país”, e sublinhou que o objectivo essencial da actuação da Câmara é o de promover o desenvolvimento sustentável do concelho e a coesão social. Armindo Costa apelou, todavia, ao espírito de iniciativa de cada um dos famalicenses
para que dêem o seu contributo: “por mais que o município
possa e deva fazer, a capacidade de iniciativa e a determinação
dos famalicenses é fundamental para o nosso futuro colectivo.
Com confiança e muita determinação renovamos as metas de
sempre: fazer de Famalicão um concelho competitivo, desenvolvido, sustentável e solidário”.
Findo o discurso do presidente da Câmara Municipal, usaram da palavra vários representantes de todos os partidos
com assento na Assembleia Municipal.
“VALORES DE ABRIL NA GAVETA”
José Luís Araújo foi o primeiro interveniente da oposição, em representação do Bloco de Esquerda. Começou por
questionar a aplicação dos valores da Revolução afirmando
que precisam de ser renovados. Falou do descrédito generalizado das instituições, e numa análise do contexto concelhio disse mesmo que “os valores de Abril são muitas vezes
José Luís Araújo
(CONTINUA NA PÁG. 13)
13
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Abril deve ser um “resultado”
metidos na gaveta para favorecer os interesses de quem
governa”.
José Luís Araújo referiu que “a democracia dá trabalho, a
liberdade também dá trabalho, mas é preciso fazê-lo”. Numa
referência implícita ao mau trabalho que entende que têm feito
nesse campo os partidos que se têm alternado no poder,
deixou um alerta, em ano de eleições: “está na hora do povo
agir e não se deixar enganar”.
Na mesma linha também a deputada do BE, Rute Marcelino
salientou a convicção de que é necessário “refazer Abril”.
Parafraseando um Capitão de Abril, Salgueiro Maia, falou de
“Estado socialista, Estado capitalista e o estado a que isto
chegou”, frisando que é necessário uma vez mais colocar na
ordem do dia os ideais que animaram Abril e cumpri-los. No entender de Rute Marcelino “não há verdadeiramente liberdade
se não houver justiça social”, e a taxa elevada de desemprego
fez “regressar o medo”. Num contexto de extrema dificuldade
conclui a sua intervenção assumindo o apelo: “é preciso refazer Abril para mudar o “estado” a que isto chegou”.
“CULPADOS”
Daniel Sampaio e Sílvio
Sousa foram os intervenientes
em representação do PCP. O
primeiro orientou a sua intervenção para a precariedade do
emprego, e para as fortes desigualdades sociais instituídas
por políticas que, no seu entender, penalizam uma vez
mais aqueles que têm menoSílvio Sousa
res recursos. Neste plano criticou o novo Código de Trabalho, as novas taxas de justiça, e contrapôs com a falta de justiça
social manifesta nos mais recentes números conhecidos dos
15 maiores grupos económicos do país: “os lucros de cada um
deles dava para distribuir 500 euros por cada um dos dez milhões de portugueses”. E comentou, a propósito: “esta é uma
realidade chocante pela sua monstruosidade”. Também Daniel
Sampaio espera que “o povo saiba punir os responsáveis”,
para que “voltemos a ter uma sociedade mais justa e mais fraterna”.
Sílvio Sousa atacou fortemente PSD e PS, que com ou sem
CDS, se vêm alternando no poder. Disse que a actual conjuntura de crise, a “mais profunda crise do capitalismo”, resulta “do
ataque sistemático às políticas de Abril”. Encontrado que estão
os culpados da actual situação do país, para Sílvio Sousa importa agora “comemorar Abril e não branquear ou esquecer o
fascismo”.
“REPENSAR ÍMPETOS
MEGALÓMANOS”
Ricardo Mendes, vereador
do CDS-PP e líder da concelhia do partido, também trouxe
ao seu discurso a temática da
crise e do atraso estrutural de
Portugal para salientar que
várias mudanças se impõem.
O “popular” sugeriu que o
Governo de Sócrates represente as grandes obras, e que
Ricardo Mendes
se canalize atenções para problemas graves, como sejam a
elevada taxa de desemprego, que segundo Ricardo Mendes
em breve poderá chegar aos 11 por cento, ou os sucessivos
“escândalos financeiros que desacreditam a população e assustam os investidores”, ou mesmo a dívida pública, que disse
ultrapassar já cem por cento do Produto Interno Bruto. Reconhecendo as dificuldades, Ricardo Mendes frisou que é importante que reagir: “não nos resignemos. É preciso um amplo debate sem demagogias ou ímpetos partidários”.
Pela Juventude Popular falou Jorge Carvalho que, não
tendo vivido a Revolução, não revê no Portugal de hoje a
tradução dos ideais que instigaram a revolta dos capitães e da
população. Disse por isso que para ele Abril tem um “sabor agridoce”, uma vez que sendo expressão de liberdade, constata que “nunca como agora houve tantos ataques à liberdade”.
O jovem da JP não deixou de fazer alusão à promoção a
Coronel de Otelo Saraiva de Carvalho para considerar que é
ofensiva. No entender dos populares esta promoção não pode
ser aceitada quando a pessoa atentou contra a vida de várias
dezenas de pessoas. “A JP não se revê no uso deste poder discricionário”, conclui.
“HÁ MUITO PARA FAZER”
Pelo Partido Socialista a
único a intervir na sessão solene evocativa do aniversário
da Revolução foi Reis Campos, deputado na AM e candidato à presidência da Câmara.
Elogiou a homenagem aos
autarcas, e disse de resto que
o poder local é “a maior e mais
Reis Campos
promissora realização de Abril”.
Reis Campos reclamou ainda uma descentralização efectiva de competências e referiu que estando Famalicão entre os
15 maiores municípios portugueses é necessário que esta
“riqueza” não seja “alienada”. “Temos que procurar novas formas de apoio aos cidadãos”, disse.
Sublinhando que muito há ainda por fazer pelo desenvolvimento do concelho referiu que “nenhum poder municipal pode
deleitar-se e comprazer-se com obra supostamente feita”. No
entender do deputado e candidato do PS impõe-se “um novo e
mais atraente ‘Amor de Perdição’ pelo nosso futuro, pelo nosso
concelho, pela nossa terra”. Concluiu dizendo que “é este o trabalho que Abril esperará sempre de nós”.
feminina da sessão solene. Lurdes Fernandes falou das conquistas que as mulheres herdaram de Abril, mas lamentou que
ainda hoje, no sector político e da diplomacia, elas continuem
a ter papéis residuais. Apelou por isso à abolição do critério de
“conservadorismo político” para que a paridade, agora implícita em quotas que vão condicionar as listas eleitorais, se torne
efectivamente uma realidade.
A terminar usou da palavra, pelo PSD, o líder concelhio,
Paulo Cunha. “Hoje, mais do que analisar factos históricos, é
preciso fazer história”, referiu, sustentando que mais do que
nunca o país tem que rentabilizar recursos e lançar desígnios
que relancem o país no rumo do desenvolvimento. “Já não há
margem para o erro. Só nos são permitidas boas decisões. Não
podemos ser levianos nas escolhas de fazemos”, adiantou
num recado claro para o Governo socialista.
No entender de Paulo Cunha “a melhor forma de invocar
Abril é dar o nosso contributo para que se cumpra”. Confessou,
de resto, relativamente ao contributo da actual geração para a
preservação da memória de Abril, que receia “fazer parte de
uma geração deficitária”, porque conclui que “os nossos pais
fizeram bem mais do que estamos a fazer pelos nossos filhos”.
TRADIÇÃO CUMPRIDA
A sessão da Assembleia Municipal evocativa de mais um
aniversário do 25 de Abril começou pouco depois da hora marcada e do cumprimento de algumas honras que marcam a
tradição deste dia. Antes da entrada no Salão Nobre dos Paços
do Concelho as bandeiras de Portugal, do concelho e da União
Europeia foram hasteadas ao som do hino e de outros temas
interpretados pela Banda de Música de Famalicão (Grupo
Recreativo e Musical). Findo este acto solene os responsáveis
autárquicos presentes e outros dirigiram-se para o átrio da
sede do município para assistirem à inauguração da galeria
que honra o poder local com a afixação da fotografia de todos
os presidentes da Câmara de Famalicão desde 1974. À entrada foram distribuídos os habituais cravos vermelhos, que coloriram as lapelas e as preencheram as mãos daqueles que
encheram o Salão Nobre dos Paços do Concelho para assistirem á sessão solene.
“ABRIL CADA VEZ MAIS DISTANTE”
Pragmático, Hugo Mesquita, da Juventude Social-Democrata, referiu que nunca foi tão
necessário como hoje invocar
os ideais de Abril. Isto porque,
entende, a realidade do país os
coloca cada vez mais distantes. Falou do ciclo de instabilidade que atravessa o sector
da educação, falou da ineficáHuigo Mesquita
cia do sistema judicial para afirmar que nunca como hoje é
preciso que se repensem medidas. Apelou por isso para que os
políticos tenham uma participação de “rigor, seriedade e responsabilidade”. Numa alusão clara ao Governo socialista criticou: “chega de anúncios de políticas improváveis. Chega de
usar a liberdade para a conquista do poder pelo poder”.
Da mesma juventude partidária veio a única intervenção
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
14
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Partido Socialista tem que se dar ao respeito disse Reis Campos
Pedalar a bicicleta
rumo à presidência da Câmara
Reis Campos, candidato
do Partido Socialista à
presidência da Câmara
Municipal de Famalicão, num
discurso de circunstância
apelou à união dos militantes
do PS numa direcção concertada para a vitória das próximas eleições autárquicas.
Num jantar para comemorar os 35 anos da Revolução
dos Cravos e já depois de
uma Assembleia Geral de militantes do PS, muito agitada
e onde as vozes subiram de
tom, Reis Campos como candidato da união frisou que os
valores d PS têm que estar á
frente de todas as outras
questões, e, sem papas na
língua, sublinhou que o PS
“tem que se dar ao respeito”.
A construção de uma sociedade famalicense “mais
justa, mais desenvolvida,
mais próspera, mais igual e
mais solidária” é para Reis
Campos o seu propósito. Por
isso “é necessário ouvir opiniões, falar com os trabalhadores porque não vamos
mudar por qualquer motivo,
vamos mudar para voltar a
por Famalicão no mapa para
que cada famalicense tenha
orgulho de ser famalicense”.
Consciente de que ainda
só tem meio caminho percor-
rido para a vitória, o candidato, num discurso curto, mas
cheios de apelos, disse: “eu
sou apenas a face visível de
quem ganha porque se
perder perdemos todos, e por
isso cada um vai ter que pedalar para a vitória”.
Reis Campos está convicto que a pedalada o vai levar
à cadeira do poder, tanto que
deixou o aviso: “não nos estraguem a festa porque se eu
ganhar todos ganham, e
todos por igual terão um
amigo na Câmara de
Famalicão”.
FILOMENA LAMEGO
Reis Campos apelou á união
Jovem detido por roubo
com arma de fogo e sequestro
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga, identificou e deteve, na passada semana,
um jovem de 20 anos de idade, residente
em Vila Nova de Famalicão, "fortemente
indiciado pela prática dos crimes de
roubo com utilização de arma de fogo e
de sequestro".
Em comunicado enviado às redacções a PJ afirma que ss factos ocorreram no final do ano passado, durante a
noite, no concelho de Braga. Segundo a
PS o jovem detido terá entrado num estabelecimento comercial, "munido de
uma pistola de calibre 6.35 milímetros",
e "apontou a arma ao funcionário, sequestrou-o num compartimento contíguo e apropriou-se de umas centenas
de euros que se encontravam na máquina registadora".
A PJ afirma que jovem de 20 anos detido já tem antecedentes por "crimes de
idêntica natureza". Foi presente a tribunal para primeiro interrogatório judicial
na passada sexta-feira para aplicação de
medidas de coacção tidas por adequadas.
Rão Kyao recordou
música da Revolução
na Casa das Artes
Através do som das suas
flautas de bambu, Rão Kyao
brindou o público da Casa
das Artes de Vila Nova de
Famalicão, no passado sábado, dia 25, com um magnífico
concerto.
Na noite em que se celebravam os 35 anos do 25 de
Abril de 1974, o flautista recordou as músicas que fizeram a Revolução, com destaque para os temas de Zeca
Afonso. Imbuído pelo espírito
da liberdade, o flautista no
seu estilo simples e espontâneo cativou o público com
temas conhecidos de todos.
Jantar reuniu militantes e simpatizantes do PS comemorando Abril
ANTÓNIO FREITAS
Acompanhado de vários
instrumentistas, Rão Kyao
tocou temas da música tradicional, originais e incursões
ocasionais do folclore, para
além das composições de
Zeca Afonso, com a influência evidente da música Oriental.
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
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16
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Vale S. Cosme
Vizinho e Sociedade Columbófila
de costas voltadas
A construção de uma
sede, por parte da Sociedade
Columbófila de Vale S. Cosme, tem sido alvo de reclamações sucessivas por parte
do proprietário de uma habitação que com ela confronta.
Fernando Rodrigues cedo
contestou a construção, acabando por ser confrontado
com o facto de ter sido edificada sem qualquer licenciamento.
O processo arrasta-se
desde 2007, altura em que a
construção da nova sede
começou a ganhar forma. A
primeira entidade contactada
pelo reclamante foi a Câmara
Municipal onde foi na altura
confirmada a inexistência de
qualquer pedido de licenciamento para o efeito. O processo foi evoluindo ao longo
do tempo, passando por outras entidades, tais como a
Inspecção-Geral da Administração Local, e até o Ministério Público, onde a referida
Sociedade chegou a ser arguida num processo de execução para pagamento de
uma multa aplicada pela autarquia.
Pelo meio a Junta de Freguesia ainda foi instada a pronunciar-se sobre o assunto,
uma vez que é ela a propri-
etária formal do terreno onde
está instalada a sede da
Sociedade Columbófila, situada na Rua do Calvário, e
onde em tempos esteve instalado um pré-fabricado que
servia de pré-primária.
Já em 2008 houve uma
tentativa de licenciar o edifício, através de processo instruído pela Junta de Freguesia, todavia a informação técnica apontou diversos incumprimentos. Para além do
não afastamento de seis metros em relação ao eixo da via,
o edifício-sede também não
cumpria outras disposições,
nomeadamente em termos
de zonas de estacionamento.
Segundo Fernando Rodrigues, apesar do alegado incumprimento a sede continua
em funcionamento. Este proprietário, que não habita na
casa vizinha da nova construção, mas que tem lá um inquilino e um filho a residir,
alega que há barulho a horas
impróprias, e que o edifício
não cumpre também o distanciamento relativamente à sua
propriedade.
No sentido de fazer valer a
sua reclamação Fernando
Rodrigues afirma ter enviado
o processo para o Tribunal
Administrativo do Porto, es-
tando neste momento a aguardar diligências desta instância judicial.
SOCIEDADE
DESMENTE
ILEGALIDADE
E BARULHO
Contactado o presidente
da Sociedade Columbófila de
Vale S. Cosme, Vítor Lima
garante não ser verdade que
a sede da colectividade permaneça ilegal. Segundo este
responsável a situação foi
“completamente ultrapassada”, pelo que não entende a
persistência das queixas do
vizinho relativamente à Sociedade Columbófila. No seu
entender esta situação só se
explica por alguma “má vontade” que Fernando Rodrigues tenha contra a organização.
Vítor Lima sublinha ainda
não ser verdade que se faça
barulho na sede até altas
horas da noite. Alega, de resto, que nenhum outro vizinho
alguma vez fez chegar queixas devido a barulho que seja
produzido através da actividade da Sociedade, e frisa
mesmo que há por parte dos
seus associados o cuidado de
não incomodar.
Sede da Sociedade é o edifício novo à direita na fotografia
O presidente da direcção
não deixa de lamentar a
perseguição que considera
que o vizinho em causa tem
feito à colectividade. Explica
que o que a construção desta
permitiu foi a beneficiação de
um local que chegou a ser frequentado por toxicodependentes. Segundo Vítor Lima,
antes do espaço ser cedido
pela Junta à Sociedade, o ter-
reno estava repleto de silvas,
e era habitual que alguns toxicodependentes ali se escondessem para consumir.
“Aquilo metia nojo”, desabafa.
O mesmo responsável considera estranho que aquela
situação nunca tenha incomodado o vizinho, e que só
agora a construção da Sociedade seja alvo da sua crítica.
Vítor Lima lembra que a
Sociedade Columbófila tem
muitos associados, uma actividade regular, e presta um
serviço importante à freguesia, na medida em que permite a jovens e outros a ocupação dos seus tempos livres
com uma actividade salutar.
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
Ruas da cidade “invadidas” por jovens cristãos da Arquidiocese
O dia 26 de Abril, passado domingo, foi o dia escolhido
pelo departamento da pastoral juvenil da arquidiocese, para
celebrar o Dia Arquidiocesano da Juventude. Este dia decorreu na nossa cidade, Famalicão, e contou com cerca de um
milhar de jovens.
“Este foi um dia de convívio onde reinou a alegria e a boa
disposição”, afiança a arquidiocese. O programa contou com
eucaristia campal, pelas 10h15, no Parque de Sinçães, com
uma viagem “pelas sendas da Palavra através de S. Paulo” e
com um concerto do padre espanhol D. José, que animou e
muito o encerramento deste dia.
Para além dos diversos grupos juvenis da arquidiocese de
Vila Nova de Famalicão, este dia contou ainda com a presença do Bispo auxiliar D. António Couto que, após terem terminado as actividades previstas, dirigiu uma palavras à juventude pressente, desafiando-os a “arriscar e a dar passos
em frente”. Marcaram também presença Leonel Rocha em
representação da Câmara de Famalicão e o padre Mário
Martins, Arcipreste de Famalicão.
Com o terminar do dia e em clima jovem cristão, o balanço
do dia era bastante positivo, marcando assim o próximo encontro para o ano 2010, em Barcelos no II domingo da
Páscoa.
17
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Selecção Nacional Absoluta a estagiar 15 dias na ilha de Tenerife (Espanha)
Nadador famalicense integra lote
de seleccionáveis
O nadador do Grupo Desportivo de Natação de Famalicão (GDNF), Jorge Maia foi
convocado para integrar o estágio da selecção nacional
absoluta da Federação Portuguesa de Natação que decorre na ilha de Tenerife, em
Espanha, no Complexo Olímpico de Adeje, entre os dias
26 de Abril e 11 de Maio.
Trata-se de um estágio de
preparação específica da selecção nacional sénior, para o
exigente final de época desportiva que se avizinha, com
varias competições internacionais, designadamente as
competições preparatórias do
Maré Nostrum em Barcelona
(Espanha) e Maré Nostrum
em Cannet (França), e a competição principal da época, ou
seja, os Campeonatos do
Mundo de Piscina Longa, a
realizar no mês de Julho em
Roma.
Jorge Maia, já obteve os
mínimos de acesso aos Campeonatos do Mundo, pelo que
integrou automaticamente
este estágio destinado so-
nacional e principalmente a
incluir os trabalhos de preparação para os Mundiais Absolutos da equipa sénior nacional”, refere em comunicado enviado às redacções.
Para o seu treinador Pedro
Faia, “trata-se de um estágio
bastante selectivo, com o objectivo fundamental relacionado com a preparação dos
Mundiais, visto estarmos a
poucos meses da sua realiza-
ção e da estreia dos Jorge
Maia na mais importante
competição internacional a
nível mundial”. No entender
do técnico, “ter atletas a competir na mais importante competição mundial, juntamente
com os recordistas mundiais
é algo que nos motiva e nos
faz acreditar que com o empenho e a determinação destes excelentes nadadores tudo parece ser mais fácil”.
Esmeriz celebra
aniversário
do pároco
Jorge Maia assume-se como esperança nacional nas competições que se avizinham
mente aos 5 nadadores que já
têm mínimos para os mundiais.
O programa geral de estágio engloba um conjunto de
26 sessões de treino na água
e 11 sessões no ginásio. É a
fase terminal do ciclo de
preparação para os Campeonatos do Mundo, nos quais
Portugal irá tentar obter excelentes resultados e estabele-
cer alguns recordes nacionais
absolutos.
O Grupo Desportivo de
Natação está assim “uma vez
mais orgulhoso por ter mais
um atleta na elite da natação
É já esta quarta-feira, dia 29 de Abril, que a paróquia
de Esmeriz celebra pelas 19h30, na igreja paroquial local,
uma eucaristia de aniversário pelo pároco daquela comunidade, o padre Mário Martins.
Assim a paróquia convida toda a comunidade a estar
presente para que, “todos juntos agradeçam a Deus mais
um aniversário do seu pastor”, refere em nota de imprensa a estrutura da paróquia.
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De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Ruivães
III Nocturna BoTTa Fio Clube TT com 40 veículos
A III Nocturna do BoTTa
Fio Clube TT de Ruivães, teve
lugar no passado dia 25 de
Abril. Destinada a veículos
4x4 a iniciativa permitiu ao
participantes festejar de outr
a maneira o “Dia da Liberdade”. A concentração dos
quase 40 veículos todo-o-terreno iniciou-se pelas 18h00
no centro de Ruivães, chamando à atenção aos transeuntes pela quantidade e diversidade dos veículos presentes.
Pelas 20h00 os motores
fizeram-se ouvir e os participantes arrancaram para um
percurso de cerca de 17 km,
com orientação por roadbook, em direcção ao Monte
do Marinho e Santa Marta, em
Pousada de Saramagos. Aqui
algumas dificuldades esperavam os participantes mais
destemidos e com viaturas
melhor preparadas, além da
escuridão da noite que sempre cria alguns problemas de
orientação.
Nos pontos mais altos, os
participantes puderam desfrutar de uma vista soberba
sobre as localidades vizinhas, onde os inúmeros pon-
tos de luz marcavam a paisagem. Com maior ou menor
dificuldade as formações foram chegando ao local de
reagrupamento, localizado na
freguesia de Telhado.
Foi a partir daqui que se
deu início à segunda fase da
Nocturna. Por navegação à
vista os participantes tinham
de chegar a um local onde se
encontrava um “pirilampo”
que brilhava na noite no monte em Santa Marta. Mesmo a
pouco mais de um quilómetro
de distância em linha recta, a
tarefa de encontrar o ponto de
luz no menor tempo possível
revelava-se à partida difícil.
Mas não foi. O tempo de trinta minutos dados pela organização para a descoberta do
“pirilampo” foi mais do que suficiente para cerca de dez equipas chegassem ao local,
destacando a Auto Seide que
foi a primeira a chegar e levou
para casa o prémio (um conjunto de acessórios de guincho Champion).
Já passava da meia-noite
quando a caravana iniciou o
percurso em direcção ao restaurante para uma retempe-
radora refeição. Aqui as conversas giraram em torno da
noite passada fora de estrada.
A Nocturna terminou com
o agradecimento pela presença de tantos participantes e
com os parabéns ao BoTTa
Fio Clube TT de Ruivães que
comemorou neste mês o seu
primeiro aniversário.
A próxima actividade do
clube ruivanense é o II Passeio Turístico 4x4 a realizar
em Junho.
AMVE promove
I Volta ao Concelho
A Associação Moinho de Vermoim
(AMVE) apresentou em conferência de imprensa na passada terça-feira a I Volta ao
Concelho de Vila Nova Famalicão, agendada para o próximo sásbado, dia 2 de Maio.
No mesmo dia foi também apresentada
a secção de Cicloturismo/ Estrada/BTT da
AMVE. A conferência de imprensa foi realizada no Salão Paroquial de Vermoim e contou com a presença de Jorge Paulo Oliveira,
Vereador do Desporto da Câmara Municipal
de Famalicão, Artur Xavier, presidente da
Junta de Vermoim, Francisco Sá presidente
da Junta de Castelões, Arménio Macedo,
presidente da Junta do Louro, e o Secretário da Junta de Freguesia de Landim.
Foram apresentados os moldes da prova, bem como os apoios da mesma. A prova
terá uma vertente de Lazer (45 kms), seguida duma Prova em Linha com cerca de 20
kms, sendo que a anteceder a prova haverá
um espectáculo com Minis. As inscrições
serão gratuitas e podem ser feitas até ao dia
29 de Abril de 2009 através dos seguintes
números: 916 025 236, 964 898 015, 965
269 715, e para o e-mail, amvermoim@
gmail.com. Todos os participantes terão direito a lembranças e os vencedores terão
direito a prémios. Durante a prova em linha
haverão 3 metas volantes e um prémio de
montanha. A AMVE convida todos a participar neste enorme evento desportivo.
Ténis de Mesa
ADRO confirma asecensão
à 2.ª Divisão Nacional
A Associação Desportiva
Outeirense, de Pousada de
Saramagos, terminou o campeonato nacional com uma
vitória, na última jornada, ao
receber e vencer por 4-3 a
sua congenere GDB Misericórdia.
Este resultado nivelado
denota um desaceleramento
do campeonato que foi muito
disputado e equilibrado. A
ADRO só perdeu uma vez na
presente época no Campeonato Nacional da 3ª divisão
zona Norte, e não ficou muito
distanciada do 2º e 3º classificados, sendo portanto mais
uma vez de ressalvar o feito
conseguido: o da ascensão à
2ª Divisão Nacional.
A direcção da ADRO aproveita esta oportunidade para
agradecer à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, à Junta de Freguesia de
Pousada de Saramagos e a
todos os empresários que
apoiaram e continuam a apoiar a colectividade.
Já no final do mês de Maio
a ADRO vai deslocar-se a
Sintra para disputar com os
primeiros classificados das
outras Zonas (Centro Norte,
Centro Sul, Sul) o título de
campeão da 3ª Divisão
Nacional (Seniores Masculinos).
O escalão de cadetes
masculinos deslocou-se a
Alvito (Barcelos) e perdeu por
4-3 na terceira jornada do
campeonato distrital.
19
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Grande Prémio Amitorre
Rosa Oliveira vence
no escalão de veteranas
A Associação Moinho de
Vermoim (AMVE), participou
com a secção de Atletismo no
10º Grande Prémio de Atletismo da Amitorre, e venceu
com a atleta Rosa Oliveira no
Escalão de Veteranas Femininas.
A atleta da AMVE fez mais
uma excelente prova ficando
em 2º lugar na geral individual
Feminina. “Rosa Oliveira
continua a realizar excelentes provas conquistando vitórias atrás de vitórias”, refere a
direcção da AMVE em comunicado, num ciclo positivo
que naturalmente satisfaz e
orgulha, dirigentes e atletas.
Os organizadores da prova prestaram uma sentida
h o m e n a g e m à a t l e ta d a
AMVE, considerando-a um
símbolo do Desporto Nacional e famalicense.
No mesmo escalão a atleta Herminia Pereira ficou num
excelente 3º lugar. No escalão de Veteranos I Paulo Oli-
Atleta foi homenageada pela Amitorre
veira ficou num excelente 6º
lugar, Manuel Peixoto em 9º
lugar e Custódio Mota em 10º
lugar. Na prova participaram
mais dois atletas da AMVE,
Joaquim Dias e Agostinho
Azevedo. Na geral colectiva
em Veteranos I A AMVE ficou
num excelente 2º lugar.
No próximo fim-de-semana a Secção de Atletismo
vai participar em duas provas
(Grande Prémio de Atletismo
de Landim e Grande Prémio
de Atletismo Santander Totta
em Braga).
Casa do Povo de Lousado
Caminhada no dia
da Revolução de Abril
A Casa do Povo de Lousado integrou nos festejos do
35º aniversário do 25 de Abril,
o encerramento das diversas
actividades de lazer e convívio que tiveram o seu início
em Fevereiro deste ano.
Na manhã do dia 25, realizou-se a tradicional caminhada pela freguesia e na qual
participaram cerca de uma
centena de lousadenses.
Durante a tarde, realizaramse as finais dos torneios de
sueca, bilhar livre e snooker.
Os vencedores dos torneios
foram: na sueca, o par Avelino Correia e Isidro Guimarães; no bilhar livre, António
Silva repetiu a vitória con-
quistada no ano passado e no
snooker o Manuel Maia saiu
vitorioso.
Para esta grandiosa iniciativa, a Casa do Povo de Lousado teve a colaboração de
entidades oficiais como a Câmara Municipal de Famalicão, a Junta de Freguesia de
Lousado e o Inatel. A Carnes
Carneiro foi outro parceiro importante para o sucesso desta organização.
No final do dia, realizou-se
um jantar-convívio com a presença de todos os “atletas”
que participaram nas actividades e que teve a presença
do Presidente da Junta de
Lousado, Manuel Martins e
representação do INATEL e
que colaboraram na distribuição de prémios.
Entretanto a Casa do Povo continua com as suas iniciativas. A próxima é a 1ª
Exposição de Brinquedos da
Minha Geração, que tem a
cerimónia de abertura no
próximo Sábado dia 2 às 17
horas.
Nesta exposição estarão
incluídos trabalhos dos alunos da escola primária e jardim-de-infância com o tema:
“A minha escola”. O horário
de visita é de terça a sexta
das 21:00 às 23:00; Sábados
das 17:30 às 19:30 e Domingos das 10:00 às 12:00.
20
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Interacção com os livros “proveitosa” para a comunidade escolar
Didáxis de S. Cosme organizou “Semana da leitura”
Durante uma semana, de
20 a 24 de Abril, numa iniciativa dos Departamentos de
Ciências Sociais e Humanas
e de Língua Portuguesa e da
Biblioteca da Escola, a Escola
Didáxis de S. Cosme promoveu a Semana da Leitura,
um programa que contemplou sessões de leitura por
sessenta Encarregados de
Educação nas turmas dos
seus educandos (“Laços de
Leitura”), animadas tertúlias
com os diversos convidados
(Um Café e um Poema”) e um
fórum dedicado à poesia permitiu, a toda a comunidade
escolar, assimilar o significado das palavras.
Os convidados que passaram durante a semana,
entre as 9h30m e as 11h30h,
pelo Espaço Novas Oportunidades e as dez turmas participantes trocaram opiniões,
poemas, perguntas e respostas. No dia 20, segunda-feira,
o vereador da Cultura da Câ-
mara Municipal, Leonel Rocha, ofereceu à plateia, atenta, poemas variados e partilhou a sua experiência enquanto professor.
No dia seguinte, a direcção administrativa da Didáxis
(José Cerqueira, João Sampaio, Abel Magalhães, Francisco Assis e César Carvalho)
trouxe leituras, de poemas e
de vida, que deixou as turmas
participantes surpresas com
a variedade de experiências
que se pode recolher em duas
horas. Numa direcção diferente e igualmente atractiva,
no dia 22, José Ribeiro da
Costa, professor no Colégio
dos Cedros (V. N. de Gaia) e
autor de quatro obras destinadas aos jovens (Clube de
Jornalismo), contou como adquire a percepção de um
mun-do visto pelos olhos dos
jovens e como a transporta
para os seus livros. Os alunos
presentes nesta sessão sentiram-se agradavelmente parte
de um universo que reconheceram e espelharam-se na
Andreia ou no Rui, personagens das obras.
Já na quinta-feira, as sensações foram diferentes.
Agostinho Fernandes, professor e ex- autarca, e Jorge
Reis-Sá, editor das Edições
Quasi e escritor, proporcionaram uma visão do mundo da
leitura a várias vozes. Com
experiências de leitura diversas e partilhando da necessidade de se ler com qualidade,
ambos deram a ouvir poemas
e demonstraram a uma plateia particularmente interactiva como, independentemente
da profissão que se tem e das
vivências, os livros são a
companhia certa.
Nesse mesmo dia, no final
da tarde, o Fórum da Poesia
contou com a presença do
poeta portuense João Ricardo Lopes. Durante duas horas tudo o que pode acontecer num espectáculo de ho-
menagem ao livro aconteceu:
declamações de alunos e professores, debate, poemas
cantados (a diferentes ritmos), emoções expressas da
maneira espontânea que estas actividades permitem.
No último dia da Semana
da Leitura, 24 de Abril, a presença de Artur Lopes coincidiu com a celebração do 25
de Abril. O convidado, que se
tinha preparado para falar da
revolução e da importância de
autores como Manuel Alegre,
ficou visivelmente emocionado quando recebeu das mãos
dos alunos um cravo vermelho e as letras das canções “E
Depois do Adeus” e “Grândola Vila Morena”.
Os testemunhos deixados
pelos Encarregados de Educação espelham como os minutos passados no ambiente
de aprendizagem dos seus educandos podem ser enriquecedores ; os testemunhos dos
convidados demonstram como sem leitura não há conhecimento e sem conhecimento
não há progresso.
Iniciados do hóquei
FAC perde mas mantém o terceiro lugar
Na penúltima jornada do
campeonato nacional, os Iniciados do Famalicense Atlético Clube (FAC) foram ao
Porto discutir com o Académico a passagem à fase seguinte da competição. A tarefa era muito complicada uma
vez que ao FAC só a vitória interessava, uma vez que no
jogo da primeira volta terminou com um empate.
A equipa do Académico do
Porto mostrou muita quali-
dade. Não começou bem o
jogo para o FAC que sofreu
dois golos muito cedo.
A equipa do Académico
entrou muito forte e depois
soube gerir a vantagem apesar da reacção da equipa
famalicense, que ainda reduziu para 2-1. Os locais carregaram mais e fizeram o 4-1.
Antes do intervalo o FAC
ainda marcou o 4-2, resultado
com que se chegou ao intervalo.
Na segunda parte, o FAC
tudo tentou para inverter o
sentido do marcador mas não
o conseguiu e o resultado
final foi o que se registava ao
intervalo.
O FAC mantém o terceiro
lugar na entrada para a última
jornada, e os responsáveis da
secção já consideraram “fantástico” o facto de chegar a
esta altura da temporada e ter
a hipótese, como de confirmou, de conseguir o apuramento para a fase decisiva da
prova.
“Os atletas e especialmente e todos os que contribuíram para o sucesso deste
grupo estão de parabéns”,
conclui a nota da secção de
iniciados do hóquei do FAC.
Mulheres para o empreendedorismo
No próximo dia 29 de Abril,
o Centro de Emprego de Vila
Nova de Famalicão e a Agência de Desenvolvimento
Regional do Vale do Ave
(ADRAVE) levam a cabo, no
Centro de Emprego, uma
acção de sensibilização e de
motivação que visa a frequência do curso de empre-
endedorismo feminino que a
ADRAVE vai realizar.
Na sessão a realizar no
Centro de Emprego, vão participar vinte e quatro mulheres oriundas de todo o
concelho de Vila Nova de
Fama-licão que vão receber
informação pormenorizada e
da-dos objectivos sobre os
conteúdos e funcionamento
do curso e sobre possíveis
perspectivas que se abrem
na sua carreira profissional
como mulheres empreende-
doras.
Esta acção conjunta com a
ADRAVE vem na sequência
de muitas outras já realizadas, com objectivos idênticos, resultado da cooperação
estreita que tem existido
entre o Centro de Emprego
de Vila Nova de Famalicão e
os Centros Novas Oportunidades em funcionamento
no Município de Vila Nova de
Famalicão.
21
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Cerimónia está agendada para as 15h00 desta Quarta-Feira
Secretário de Estado do Ambiente inaugura
Centro de valorização de resíduos de Fradelos
A complexo da Valor-Rib Indústria de Resíduos, Lda.,
localizado na freguesia de
Fradelos, é inaugurado esta
quarta-feira, dia 29 de Abril,
numa cerimónia que será presidida pelo Secretário de Estado do Ambiente, Humberto
Rosa. A inauguração está agendada para as 15h00, estando ainda prevista a presença do presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa.
A empresa, que resulta de
um consórcio entre o grupo
Amândio de Carvalho e o
grupo CESPA, assume-se
como uma solução para o
tratamento, valorização e deposição dos resíduos que não
sejam perigosos para a saúde
ou para o meio ambiente, e
que resultem da actividade industrial.
Ao criar este equipamento,
destinado exclusivamente a
resíduos industriais banais, a
Valor-Rib visa oferecer às
empresas da região Norte do
país um local adequado de
tratamento, valorização e deposição dos seus resíduos
não perigosos, colmatando
assim uma carência que há
muito se fazia sentir na região.
A Valor-Rib afirma ter a
visão estratégica de se assumir como empresa líder de
mercado em soluções integradas de tratamento, va-
Famalicenses levaram sons
de Coimbra ao Canadá
Os famalicenses Nuno Carvalho e Ana
Sofia Fonseca, juntamente com David
Martins, estiveram presentes, nos passadops dias 25 e 26 de Abril em Montreal,
no Canadá, para participar numa Serenata
de Coimbra. O convite veio de um outro
famalicense, Carlos Oliveira, que actualmente assume funções de Cônsul Geral de
Portugal em Montreal, e que brevemente irá
assumir funções idênticas em Genebra.
A iniciativa estava integrada na inauguração do “Nairro Português” naquela
cidade, à qual se associaram diversas individualidades, entre as quais o Embaixador
de Portugal no Canadá. A Missa dos
Emigrantes Portugueses foi acompanhada
por música de Coimbra. A Serenata teve
lugar à noite.
lorização e deposição de resíduos industriais não perigosos na região norte.
O Centro Integrado de Valorização de Resíduos Industriais Não Perigosos é constituído de três infra-estruturas
fundamentais: um aterro para
resíduos não perigosos; um
centro de triagem de produtos
valorizáveis; e uma plataforma de tratamento de inertes
da construção e demolição.
Todas as infra-estruturas
juntas ocupam 22,6 hectares,
sendo que metade corresponde à área de aterro, projectada para um volume de
2.271.600 metros cúbicos de
resíduos, área que convertida
em toneladas corresponde a
um total de 2,131.700. Estima-se que a área a explorar
tenha uma vida útil estimada
de 17 anos.
O aterro para resíduos não
perigosos destina-se a ao de
origem industrial e às fracções de rejeitados no Centro
de Triagem de Produtos Valorizáveis e do Centro de Tratamento de Inertes da Constru-
ção e Demolição. A capacidade total do aterro é de
2.192.400 metros cúbicos.
Estima-se que a deposição
anual em aterro será de
104.500 toneladas. No âmbito dos inertes a Valor-Rib
estabelece uma capacidade
de 79.200 metros cúbicos.
O Centro de Triagem para
Resíduos Não perigosos,
outra das infra-estruturas do
complexo, é aquele onde é
feita a triagem das fracções
valorizáveis dos resíduos não
perigosos, tais como o vidro,
metais, plásticos, borrachas,
têxteis, papel/cartão, madeira, couro e resíduos industriais misturados. Posteriormente estes são encami-nhados para recicladores licenciados. Este centro de
triagem tem uma capacidade
instalada para triar 14 toneladas por hora.
O Centro de Valorização
de Resíduos Inertes da Construção e Demolição é onde é
feito o processamento dos
resíduos da construção e demolição não perigosos. Aqui
se separam os resíduos valorizáveis para posterior encaminhamento para operadores licenciados. Os resíduos não valorizáveis resultantes deste processo são utilizados como terras de
cobertura no aterro. A capacidade instalada aponta para
que sejam processadas 15
toneladas de resíduos por
hora.
Para além destas infra-estruturas o Centro dispõe ainda de uma plataforma de
descarga de inertes. Os resíduos de construção e demolição não perigosos a
tratar no Centro de Valorização de Resíduos Inertes da
Construção e Demolição são
aqui descarregados.
Há ainda lugar para infraestruturas de apoio a todas as
outras secções, tais como
portaria, área administrativa,
área social e apoio a funcionários, zona oficial, lava
rodas, báscula de passagem,
posto de transformação e parque de estacionamento.
O Povo Famalicense, 28 de Abril de 2009
S.R.G.
Esta quinta-feira na Casa das Artes
“Fome”, nas Noites
do Cineclube
“Fome”, de Steve McQueen é o filme em
exibição esta quinta-feira (dia 29 de Abril)
no Grande Auditório da Casa das Artes de
Famalicão, pelas 21h30, em mais uma
Noite do Cine-clube, promovida pelo
Cineclube de Joane.
O filme parte da prisão de Maze, Belfast,
Irlanda do Norte, 1981. Bobby Sands é um
activista do IRA que começa uma greve de
fome contra o tratamento que dão aos prisioneiros. Sands, que morreria pouco
tempo depois, vítima de ataque cardíaco,
tenta conseguir para os activistas do IRA o
estatuto de presos políticos e acaba por se
transformar num símbolo da luta armada do
grupo.
Steve McQueen recria a história, questionando as noções de mártir e herói.
"Fome" é o primeiro filme do artista plástico
britânico que ganhou o Turner em 1999 e
que conquistou em Cannes, onde o filme foi
apresentado na secção Un Certain Regard,
a Caméra d'Or, troféu que distingue a melhor primeira obra apresentada no festival.
Entretanto, o Cineclube de Joane já tem
ultimado o programa das Noites do
Cineclube para o mês de Maio. A 7 de Maio
abre a programação o filme “Aparelho
voador de baica altitude”, de Solveig
Nordlund (Programa BALLARD com a presença da realizadora e de Adolfo Luxúria
Canibal). A 14 e 15 de Maio estará em
Famalicão uma Exten-são do INDIE Lisboa
– Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa: Filmes Premiados +
Herói Indie
No dia 20 de Maio está em exibição “As
lágrimas amargas de Petra Von Kant”, de
Rainer Werner Fassbinder (Já Não Há
Cinéfilos). A fechar a programação de Maio
o Cineclube propõe “O casamento de
Rachel”, de Jonathan Demme.
22
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Tetraplégico famalicense
Da cadeira de rodas para o livro
Hélder Ferreira era um jovem empurrado para as artes. Um
dia começou a sentir a perda de faculdades físicas e foi atirado
para uma cama do Hospital São João de Deus, Vila Nova de
Famalicão, logo transferido para o Hospital de S. João (Porto)
onde lhe diagnosticaram estar tetraplégico, há seis anos, e
“com pouco tempo de vida”. “Já passaram anos e eu estou por
cá”, responde, teimando em querer continuar um percurso sem
vegetar dentro da sua imobilização, entre a cama e a cadeira
de rodas.
Embora resida com a esposa, Susana Santos, em Santa
Maria de Arnoso, considera-se mais ligado a Santiago da Cruz
onde tem muitos amigos. “A minha mulher é o meu grande
braço direito, é com o seu dinamismo que impulsiona o meu
dia-a-dia”. De facto, ele ouve tudo e apercebe-se da movida
das visitas e de familiares e Susana é quem traduz as suas frases quase infantilmente hesitantes que só ela descodifica.
Hélder é, entre tetraplégicos, um caso isolado porque, à paralisação dos seus membros, respondeu com o seu domínio
pela arte, criando um livro a que chamou “Escrevendo pensando (autobiografia)”, um retrato fidedigno do serviço de saúde no
país, evocando o contacto de técnicos e outros profissionais atentos hospitalares.
É difícil, um jovem tetraplégico recuperar os sentidos cognitivos a partir da arte. No seu passado, percorreu os melhores
colégios como a Didáxis, Vale S. Cosme, ou o colégio das
Caldinhas, mantendo o estudo de violino na Artave ao longo de
seis anos, desde 1997, ano em que colaborou na fundação do
grupo Os Eruditos que hoje se apresentam como Collegia
Ensemble e actuam em eventos.
Concretizou uma aspiração de sempre ao passar pela
Artave, em 1990, marcado por estudos com José Manuel David
e outros maestros como Ernestt Scala ou Emídio César, sendo
dirigido em orquestra por Leonardo Barros.
No mesmo ano de 1997, Hélder Ferreira matriculou-se na
Universidade de Nantes, França, para acabar o 12º ano. E
como músico, em 2002, interpretou “Com Tempo e Poesia”,
parte instrumental de um CD com Ivo Machado, Carlos
Carneiro e Rui Mesquita. Foi uma forte incursão pelas artes
porque também veio a dedicar-se à viola d´arco. Depois foi
carpinteiro. Tornou-se cozinheiro no exército, Vila Real e Porto,
em 2000. Três anos depois estava doente numa enfermidade
que o imobilizou.
Vítima de um AVC com “graves, múltiplas e irremediáveis
lesões” e tetraplégico. As palavras são suas e, em vez de vegetar, encontrou na escrita um sólido refúgio onde, por vezes,
esconde “a tristeza de estar assim”. Tem um pensamento
diário: “Um dia de cada vez”. Confia nas instituições umbilicais
a quem recorreu com dignidade e espera o lançamento da au-
tobiografia.
“Foi muito difícil aceitar que estava preso a uma cama e que
já não podia tocar e jogar à bola com os meus amigos. Ainda
mais difícil foi aceitar que não podia falar nem fazer nada sozinho. Até aparecer o computador para que eu pudesse viajar
e descobrir um mundo novo que é a escrita”. Susana traduz. E
ele retoma o raciocínio. Como autor único e original desconhece-se se, pelo mundo, há mais tetraplégicos autores.
Cremos que não. A sua autobiografia aguarda por ser editada. Para a edição foram contactadas as entidades que, de
forma mais directa, acompanham o seu novo estado de autor.
A Associação para Tetraplégicos, a Associação Portuguesa de
Paralisia Cerebral do Porto, Centro Hospitalar do Médio Ave,
Hospital de S. João, Dar as Mãos, Engenho, Junta de
Freguesia de Santiago da Cruz e Câmara Municipal de Vila
Nova de Famalicão, propostas a aguardar celeridade e resposta eficaz.
Quando ficou paralítico veio a descobrir que podia fazer um
esforço entre mãos para ligar-se a um computador através de
um auxiliar para o écran, o “switch”, um rato a permitir ter acesso ao programa “the grid”, onde escreve. Brotou em pouco
tempo a sua autobiografia. Esconde os originais mas já
começou um romance intitulado “Vidas cruzadas por laços familiares”. Não fala comummente mas é capaz de ouvir uma agulha a cair no chão.
COITADINHO
Para termos uma ideia da transformação a que foi sujeito,
Hélder Alexandre Reis Ferreira demora minutos para gravar
uma frase no computador mas escreve-a e tem ajuda familiar
para uma ida à fisioterapia ou à terapia da fala, seu encargo
com maior preocupação. Todos o tratam bem quando acede na
cadeira de rodas.
Seis anos após a sentença médica, ele teima em viver e escolheu uma forma peculiar para marcar a presença pela terra.
Gabriel Garcia Marquez diz que não escreve para publicar, escreve como autor. Hélder Ferreira opta por uma concepção
mais terrena, ao ter projectos para publicar e quer ver os seus
livros nos escaparates. Ao contrário do escritor columbiano, ele
quer ultrapassar o patamar da edição.
“Foi a maneira que eu encontrei de dizer a toda a gente o
que passa, uma pessoa como eu depende de toda a gente e
não gosto de ser um coitadinho”. Melindra-se com temas mais
banais e nunca esmoreceu o seu orgulho pessoal. E no meio
do discurso vai sempre um recado, assume-se irremediavelmente como deficiente e tenta dar o salto, agora, pela sua literatura. O primeiro livro é intimista, há poucas figuras de estilo e
encara a sua escrita como solução e um modo para preencher
o tempo, sempre a contar os minutos.
Susana Carvalho Santos é mulher para a frente, a reforma
do marido é escassa e trabalha para alargar o rendimento da
casa, tem um horário que lhe permite acompanhar Hélder depois do almoço. Ele está prestes a comemorar o aniversário,
nasceu a 1978-05-26 “a partir de Santiago da Cruz”, de onde
foi para o Hospital São João de Deus. Acredita na vontade das
instituições chamadas a intervir para o livro.
Susana também lhe trata das burocracias mas Hélder
Ferreira mantém-se como autor e não deixa alguém ler, consultar ou opinar sobre as suas páginas de escrita, agora concentradas num romance. O casal vive momentos de euforia
mediante a eventual publicação do primeiro livro. E nem
Susana consegue perscrutar umas palavras que sejam da
próxima obra, um dia ele poderá terminá-la e dá-la a conhecer.
ESCRITA
Hélder escreve. É um escritor bem intencionado, pronto. No
entanto, mantém-se vivo, em primeiro lugar. Resistir a cada dia
que passa, um atrás do outro, também o condiciona, os médicos enganaram-se nas previsões e em cada dia que acorda,
satisfaz a sua volúpia de viver e de ter condições para a escrita. “Estou cá”, desafia.
Ele sai-se com frases como esta: “Eu acho que descobri um
gosto enorme para escrever e como o computador é a minha
única liberdade, aproveito para correr pelos caminhos que a escrita me dá”. Não havendo dados sobre jovens tetraplégicos
atirados para o leito ou a cadeira de rodas, ele tem uma alternativa positiva para manter a chama a escrever.
O écran do computador dá-lhe essa resposta. Falta agora
saber até que ponto as instituições chamadas a intervir se interessam por um caso pessoal único no país e, quem sabe,
único em muitos pontos do mundo também. São circunstâncias
aleatórias e as próprias associações de tetraplégicos estão a
dar os primeiros passos no tratamento e acompanhamento de
casos especiais.
O jovem escritor Hélder Ferreira não pede muito ao dedicarse à sua literatura. Fez propostas concretas às instituições para
resolver a edição, em parceria. Mas é o primeiro a avisar que,
pelos seus planos, não podem passar ondas de solidariedade
nem movimentos de apoio de cariz popular ou intelectual .
FILIPE OLIVEIRA
Esta Sexta-Feira
Dádiva de Sangue em Gavião
A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de
Famalicão, vai promover esta sexta-feira (dia 1 de Maio, feriado) uma “dádiva de sangue” nas instalações da União
Desportiva Bairrense em Gavião, com o apoio desta instituição e aberta à população em geral.
A “colheita de sangue” será realizada entre as 09h00 e as
12h30, pelo Instituto Português do Sangue e Centro de
Histocompatibilidade do Norte, que fará recolha de amostras
e inscrições de potenciais dadores de “medula óssea”.
23
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Infantis “A” do F. C. de Famalicão
Vitória saborosa frente ao Brito
Os Infantis “A” do Futebol
Clube de Famalicão
(FCF)conseguiram mais uma
importante vitória (1-2) na
deslocação ao sempre dificil
ao terreno do Brito S.C.
Num jogo muito físico e de
fraco nivel técnico, fruto da
pequena dimensão do rectângulo de jogo, os jovens
Famalicenses cedo se adiantaram no marcador por
André Gomes numa jogada
bem delineada pelo lado esquerdo. O Brito não baixou os
braços e registaria a igualdade poucos minutos depois.
O jogo entraria então numa
fase menos bem jogada,
muita luta a meio campo e por
vezes algo quezilento, com a
complacência do do arbitro
da partida que deveria em alguns casos demonstrar alguma pedagogia, como seria
exigivel nestas idades.
A entrega ao jogo foi total
por parte das duas equipas. O
Famalicão viria a superiorizar-se no decurso do segundo tempo com o golo que
lhe daria a vitória, um autogolo de um defensor do Brito,
inevitável dado a proximi-
dade de vários jogadores do
Famalicão em posição de
concretizar.
Esta foi uma vitória pela
margem mínima, mas que os
técnicos do FCF entendem
justa, com a maioria dos jogadores do Famalicão em
bom plano, destacando-se o
guarda redes Miguel com algumas intervenções de bom
nivel. De registar a ausência
por lesão de Viana no meio
campo azul, a quem seria
dedicada pelos colegas de equipa mais uma importante
vitória.
Infantis “B”
Famalicenses perdem
com queixa da arbitragem
Os iniciados B do Futebol
Clube de Famalicão (FCF)
deslocaram-se ao terreno do
Vitoria Sproting Clube para
mais um jogo que já se esperava que fosse muito disputado. A formação sofreu
dois golos e não conseguiu
marcar.
A primeira metade o jogo
foi muito dividida, com as
duas formações a tentarem
impor o seu jogo, e seria
mesmo o Famalicão a ter
mais posse de bola, apesar
de o Vitória dispor de mais oportunidades de golo, sempre travadas por uma defesa
bastante concentrada e por
um guarda-redes (Ricardo)
bastante atento. Mas esta
primeira parte o jogo viria a
ficar manchado por um lance
que no entender dos famalicenses foi injusto para a equipa do FCF. “Ao ser marcado um livre favorável ao
Famalicão, um dos atletas do
Vitoria na barreira desvia a
bola com a mão já dentro da
sua área e mais uma vez fica
uma penalidade por assinalar
levando as duas formações
para intervalo com o resultado a zeros e os atletas do
Famalicão muito revoltados”,
descrevem os técnicos dos
iniciados B do FCF..
Para a segunda parte do
jogo os locais voltaram mais
f o c a d o s n o a ta q u e c o n seguindo mesmo encostar o
Famalicão no seu meio
campo, mas mais uma vez
estes souberam fechar a defesa e as vezes que a bola foi
à baliza deparou-se com o
guarda redes Ferreira ao
mais alto nível fazendo o publico crer que seria impossível
uma bola entrar na baliza
famalicense. Mas como diz o
ditado “no melhor pano caí a
nódoa” , e num lance de bola
parada aparentemente controlada pelo guardião este em
desequilíbrio acaba dentro da
baliza com a bola nas mãos
.A partir deste golo a formação famalicense desanimou e ficou algo desorientada em termos defensivos
fazendo com que na mar-
cação de um pontapé de
canto acaba-se por fazer um
auto golo que “atirou por terra
qualquer fé em virar o resultado”. Este até poderia de resto
ter sido aumentado, desta
vez com uma penalidade (inexistente) contra o Famalicão
no último minuto. A bola acabou, todavia, por sair pela
linha de fundo.
O Vitoria venceu assim
por 2-0, o mesmo resultado
com que foi derrotado por
esta equipa Famalicense na
primeira volta deste campeonato destrital. No entender
dos responsáveis do FCF
esta foi mais uma “arbitragem
polémica”, que entendem
que “tem sido uma constante
nos jogos também nas camadas de formação”. Os
órgãos directivos do FCF
lamentam o facto.
Atleta do NAJ vitorioso
Rui Teixeira do Núcleo de Atletismo de
Joane (NAJ), foi o grande vencedor da 7ª
corrida do 25 de Abril, realizada em
Gondomar, S. Cosme.
Com dúvida no vencedor até aos ultimos
metros da prova, Rui Teixeira foi mais forte
e bateu por apenas um segundo, Nuno
Costa do Maratona. Em 3º classificou-se
ainda Manuel Magalhães do NAJ. Colectivamente, o núcleo foi o grande vencedor.
24
Alfacoop debate
Necessidades
Educativas Especiais
O VI Fórum Necessidades Educativas Especiais que
teve lugar no passado dia 22 de Abril, no Externato
Infante D. Henrique, contou com a presença de investigadores do ensino superior público que reflectiram com
docentes dos vários ciclos do ensino e técnicos de várias
áreas de especialização a temática da sobredotação e
das Necessidades Educativas Especiais na matemática.
Nesta sexta edição organizada pelos serviços de Psicologia desta escola, estiveram presentes aproximadamente uma centena de pessoas que se manifestaram ávidas de conhecimento neste domínio e que manifestaram
o seu agrado pelas apresentações feitas.
O programa, cujo título apontava para os “Percursos
extremados de (in) sucesso na Matemática” desenvolveu-se em dois painéis. O primeiro painel contou com
a presença de Alberto Fernando Moreira da Rocha, psicólogo e coordenador do Programa de Enriquecimento
no Domínio das Aptidões, Interesses e da Socialização
(PEDAIS), da ANEIS Porto e do Projecto de Investigação
da Sobredotação e do Talento em Alunos do 1º Ciclo
(PISTA), no Agrupamento de Escolas de Miragaia do
Porto.
O segundo painel foi iniciado por João Arménio Lamego Lopes, Director dos Doutoramentos e Mestrados em
Psicologia da Universidade do Minho, investigador na
área dos problemas de comportamento, especificamente
na hiperactividade/problemas de comportamento e organização e gestão de sala de aula.
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Escola Bernardino Machado
Grupo de Natação : três medalhas
individuais e quatro colectivas
O Grupo de Desporto Escolar de Natação da Escola
Bernardino Machado participou no Encontro de Natação a nível CAE (Distrital).
Como tem sido habitual em
anos anteriores, os alunos
obtiveram este ano excelentes resultados, a nível individual e colectivo.
No evento, onde estiveram presentes 12 escolas do
CAE de Braga, destaque, a
nível individual, para o três
primeiros lugares obtidos nos
50 metros Livres Masculino
Infantil B, 50 metros Costas
Feminino Iniciado e 100 metros Livres Feminino Iniciado.
Por seu lado, a nível colectivo a equipa da Bernardino
Machado conquistou 4 primeiros lugares, designadamente nos 4X25 estilos Masculino Juvenil, 4X25 Livres
Feminino Infantil A, 4X25 Livres Masculino Infantil, 4X50
Livres Masculino Iniciado.
Os atletas apurados irão
participar no Encontro Regio-
nal dos dias 8 e 9 de Maio, a
realizar na cidade de Bragança.
CAMPEÃ DISTRITAL
DE FUTSAL
No passado dia 18, a equipa de Futsal Iniciados
Masculino de Desporto Escolar da escola de Joane, disputou e venceu a final da modalidade no pavilhão da Uni-
versidade do Minho, em Azurém, Guimarães.
Depois de no jogo da meia
final contra a EB 2,3 de S.
Torcato ter vencido por 7-6, a
equipa da Escola Bernardino
Machado encontrou-se na
final com o Colégio la Salle,
de Barcelos, vencendo então
o derradeiro jogo que apurava o vencedor do Centro da
Área Educativa de Braga.
Para chegar à fase regio-
nal, a Escola Bernardino Machado defrontou em duas
fases 6 equipas representantes dos diversos concelhos do Distrito de Braga,
preparando-se agora, após
esta vitória, para jogar a fase
regional com as equipas de
Futsal dos CAE da região
Norte.
O próximo jogo é já no dia
2 de Maio contra o CAE de
Viana do Castelo.
Alunos em visita à cidade de Roma
Dando continuidade à tradição da Escola Básica 2,3
Bernardino Machado, os alunos do 3º Ciclo que integraram o Quadro de Mérito, do
ano lectivo 2007 /2008, deslocaram-se mais uma vez ao
estrangeiro. Desta feita o
destino foi a monumental
cidade de Rómulo e Remo,
na cidade de Roma.
Entre os dias 6 e 10 de
Abril o grupo, composto por
doze alunos, acompanhados
por 3 pelas professoras, teve
a oportunidade de conhecer
in loco tudo aquilo que só con-
hecia pelos livros e “que não
tem nada a ver” – nas palavras dos próprios alunos.
Desde o Coliseu, o Fórum
Romano, o Palatino, a Via Sacra, passando pela Fontana
di Trevi, o Panteão, o Castelo
Sant’Angelo, a Praça de São
Pedro, a Basílica de São Pedro, até à Praça de Veneza, à
Praça de Espanha e mais
muito mais, “tudo foi vivido
com boa disposição e entusiasmo, culminando com o momento inesperado e intenso
de ver o Papa a dizer adeus
ao grupo, a escassos metros
de distância”, descreve a nota
de imprensa da escola.
Exposição de plantas
e ervas aromáticas na D. Sancho I
A Escola Secundária D.
Sancho I teve patente, entre
os dias 20 e 23 de Abril, uma
exposição de plantas e ervas
aromáticas levada a cabo
pelas turmas EFA-Básico1 e
EFA – Secundário 1 e 3, sob a
orientação do professor Artur
Passos.
No momento da abertura
da exposição, que ocorreu no
passado dia 20 com a presença do vice-presidente da
Câmara Municipal de Vila
Nova de Famalicão, Leonel
Rocha, foi servido chá de
vários aromas acompanhado
de bolinhos caseiros, o que
foi muito apreciado pelos participantes. Para além de plantas e ervas variadas foram
também expostos produtos
em que as aromáticas entram
na composição, desempenhando um importante papel
no campo da medicina e da
saúde pois, actualmente, o
seu uso estende-se desde a
área alimentar até à farmacêutica.
Esta actividade decorreu
no âmbito do projecto Grundtvig Creating Hope, Growing
Potential, cujo objectivo é o
desenvolvimento de capacidades, no sentido de pro-
mover a consciência ambiental através do trabalho com
plantas.
A importância das ervas
aromáticas na vida da Humanidade encontra-se bem
documentada, pois desde
tempos remotos que são
largamente utilizadas para
fins diversos. Durante a Idade
Média e na época dos Descobrimentos, o mundo do conhecimento ocidental alargou-se com a chegada ao
continente europeu de muitas
e variadas espécies trazidas,
sobretudo, das terras longínquas da América e da Ásia.
O cenário consistiu na apresentação de uma ambiência rústica tradicional portuguesa, recreando-se a fachada de uma casa, o seu
jardim de aromáticas, uma
fonte viva, cozinha, respectivos utensílios e diversos equipamentos de jardinagem.
A exposição foi visitada
por escolas básicas e secundárias do concelho e
obteve uma crítica muito positiva, não só pela quantidade
de plantas expostas (cerca de
50 espécies), mas também
pelo enquadramento.
25
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Evento decorreu até ao passado sábado em Ribeirão
Quase uma centena de instituições educativas
na II Mostra Pedagógica de Famalicão
Perto de uma centena de
instituições educativas oriundas de diversos pontos do
país participaram na II Mostra
Pedagógica do cocnelho de
Famalicão, que decorreu de
22 a 25 de Abril passados, no
Laqo Discount, em Ribeirão.
Na iniciativa promovida
pe-la Câmara Municipal, as
instituições nas quais se incluem universidades, politécnicos, IPSS’S e entidades públicas, como a GNR, o Exército Português, Força Aérea,
entre outras, apresentaram
as suas actividades e projectos, procurando cativar o
maior número de alunos a ingressar nos seus cursos.
Para o vice-presidente da
Câmara Municipal, Leonel
Rocha, que visitou o recinto
na passada quinta-feira, dia
em que a iniciativa abriu portas, “esta é uma iniciativa de
grande importância para toda
a comunidade educativa”. E
explicou: “por um lado é uma
excelente oportunidade para
as escolas mostrarem à sociedade as actividades e projectos que desenvolvem ao
longo do ano”, e por outro
lado “proporciona a todos os
alunos que estão em mudança de ciclo um leque diversificado de possibilidades,
facilitando a escolha em termos de percurso profissional”.
Quem também elogiou a
iniciativa foi o director do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), Mário
Martins, que é também vereador eleito pelo Partido Socialista na Câmara Municipal de
Famalicão. “Não posso deixar
de reconhecer o trabalho
meritório da Câmara Municipal ao avançar com um projecto destes, com resultados
visíveis para todos”, afirmou o
responsável. “Aqui os jovens
e crianças estão em contacto
com a oferta educativa existente, o que é um elemento selectivo importante em termos de formação escolar e
profissional”, acrescentou.
Ao todo, a mostra conta
com a presença de cerca de
dezena e meia de universidades e politécnicos dos ensinos privado e público de todo
o país, perto de duas dezenas
de escolas profissionais, escolas secundárias e agrupamentos de escolas do concelho, para além de instituições
de solidariedade social que
apresentam oferta formativa,
e das saídas profissionais para a Polícia Municipal, GNR,
Força Aérea, Exército Português. Através de panfletos
promocionais, pines, chapéus, mochilas, esferográficas, entre outros materiais, as
instituições procuraram chamar a atenção dos estudantes.
Entre os responsáveis
pelos vários stands, a expectativa era grande. “Esperamos uma receptividade bastante boa”, referiu a propósito
o Major Pereira Novo, Chefe
da Delegação Norte do
Centro de Recrutamento da
Força Aérea. Para este responsável, “a Força Aérea, na
sua vertente formativa e
profissional, constitui uma excelente opção para os jovens
que querem fazer carreira”,
garantiu, acrescentando que
“com a crise no mercado de
ANTÓNIO FREITAS
trabalho, este tipo de saídas
têm sido muito procuradas”.
Optimista estava também
a responsável pelo stand do
Instituto Piaget – Escola
Superior de Educação, Joana
Fernandes. “Esperamos divulgar o nosso instituto e os
diversos cursos, junto dos
jovens que estão agora a terminar o secundário”, referiu.
Famalicão com sete gabinetes
de inserção profissional
O Concelho de Vila Nova
de Famalicão foi contemplado com sete “Gabinetes de
Inserção Profissional”
(GIPS), no âmbito do concurso realizado pelo Instituto de
Emprego e Formação Profissional para a instalação destas estruturas.
A Associação Comercial e
Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF), a “Engenho”
– Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este,
a ACIP – Ave, Cooperativa de
Intervenção Psico-Social, de
Joane, a Casa do Povo de
Ribeirão, a LIPAC – Liga de
Profilaxia e Ajuda Comunitária, de Calendário, o Centro
Social Paroquial de Vale S.
Cosme e a Didáxis – Cooperativa de Ensino, de Riba
d`Ave, foram as entidades
contempladas, cada uma
com um Gabinete de Inserção Profissional, estruturas
de apoio ao emprego, com elevada flexibilidade e capacidade de actuação, próximas
dos territórios e das populações, em estreita articulação com o Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão.
Os Gabinetes de Inserção
Profissional vão desenvolver
um conjunto de actividades
que passam pela informação
profissional para jovens e adultos desempregados, pelo
acompanhamento personalizado dos desempregados em
fase de inserção ou reinserção profissional, encaminhamento para ofertas de
qualificação, divulgação de
programas comunitários que
promovam a mobilidade no
emprego e na formação no
espaço europeu, no apoio à
procura activa de emprego,
divulgação de ofertas de emprego e actividades de colocação e realização de sessões colectivas de esclarecimento.
Os Gabinetes de Inserção
Profissional vão iniciar a sua
actividade durante o mês de
Maio, devendo esta primeira
fase do seu funcionamento
ter a duração de dois anos.
Cada GIP terá ao seu serviço,
em horário completo, um animador que, em colaboração
com o Centro de Emprego,
desenvolverá as actividades
que lhe estão cometidas.
Em termos de distribuição
geográfica, houve a preocupação de preencher da forma
mais harmoniosa possível
todo o território concelhio, de
forma a facultar à população
um acesso fácil e rápido ao
GIP instalado na sua área de
residência.
O GIP da “Engenho” cobre
a parte norte do Município, o
da Didáxis a parte nascente,
o da Casa do Povo de Ribeirão toda a área industrial local, com a inclusão de Lousado e freguesias limítrofes, o
do Centro Social Paroquial de
Vale S. Cosme, todas as freguesias do vale do Rio Pelhe,
o da ACIP, a Vila de Joane e
freguesias vizinhas e os da
ACIF e da LIPAC, em Calendário, toda a área urbana da
cidade de Famalicão.
ASSOCIAÇÕES E
AUTARQUIAS ASSINAM PROTOCOLOS
A Câmara Municipal de
Vila Nova de Famalicão, a
Escola Profissional CIOR, a
ACIP, a LIPAC, o Centro Social Paroquial de Ribeirão, a
Cooperativa “Mais Plural”, a
associação “Mundos de Vida”, o Centro Social e Cultural
de S. Pedro de Bairro, a
“Engenho”, a Santa Casa das
Misericórdia de Vila Nova de
Famalicão, a Junta de Freguesia de Joane, a ACIF, o
Centro Social e Paroquial de
Joane e o Centro Social de
Riba d`Ave assinaram, no dia
24 de Abril, em Braga, protocolos de cooperação com o
Instituto de Emprego e Formação Profissional, no âmbito da “Iniciativa Emprego
2009”.
Na cerimónia que foi presidida pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social,
Vieira da Silva, todas estas
entidades manifestaram a intenção de, no decorrer do ano
de 2009, apresentarem candidaturas, no Centro de Emprego de Famalicão, a “contratos emprego-inserção”,
“contratos emprego inserção+”, “estágios profissionais” e “estágios qualificação
emprego”, dando assim a
muitos desempregados e a
muitos jovens a possibilidade
de ingressarem no mercado
de trabalho.
26
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Fundação Cupetino de Miranda
Riba de Ave
Ciclos Música
e Poesia
JSD aplaude espírito
da Semana da Juventude
A Fundação Cupertino de Miranda, apresenta no próximo dia 28 de Abril, pelas 21h30, de acesso livre e gratuito, o quarto de um conjunto de cinco Ciclos de Música
e Poesia.
Trata-se de um concerto para piano por Nelson
Coutinho que interpretarão obras de Chopin, Beethoven
e Liszt. Nelson Coutinho vai interpretar Beethoven
(Sonata op. 90 em Mi menor; Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck; Nicht zu geschwind
und sehr singbar vorgetragen); Chopin (Fantasia op. 49
em Fá menor; e Ballada nr. 4 op. 52 em Fá menor); e
ainda Liszt (Orage).
O Recital Poesia, sob a coordenação e leitura de
Isaque Ferreira e Daniel Maia-Pinto Rodrigues contará
com poemas de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Gomes
Leal, Alfredo Guisado e Fernando Pessoa.
O Núcleo da JSD de Riba
de Ave participou activamente na Semana da Juventude
da Vila de Riba de Ave.
Procurando "dar o exemplo e demonstrando a sua
concordância com a iniciativa
da Junta de Freguesia”, refere a “jota” em comunicado
de imprensa, os militante da
fizeram questão de participar
na Semana.
O núcleo da JSD, presidido por Rui Santos, considera
que esta iniciativa “é louvavel,
na medida em que estimula a
participação civica, o espirito
de grupo, o debate e o desenvolvimento pessoal dos
jovens, através das inumeras
actividades, que além de lúdicas e recreativas são também
educativas”.
As actividades desportivas e recreativas, entende o
mesmo responsável, propor-
Oficina
de Expressão
do Dia da Mãe
No âmbito das comemorações do Dia da Mãe, a
Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, organiza mais uma oficina de expressão plástica intitulada «Dia da Mãe com arte». A iniciativa tem lugar
no próximo dia 2 de Maio, entre as 14.30h e as 17.00h.
Através desta iniciativa – dirigida a crianças, do concelho de Vila Nova de Famalicão e arredores, com idades
compreendidas entre os 6 e os 12 anos – a Fundação
propõe a descoberta da técnica do guardanapo colado
sobre tela, tendo em vista um original presente para a
Mãe… Simultaneamente, os participantes irão visitar a
exposição temporária intitulada «João Rodrigues: obra
plástica», patente no Museu da Fundação Cupertino de
Miranda até ao próximo dia 8 de Maio.
As inscrições poderão ser efectuadas na Fundação,
mediante o pagamento de 4 euros, devendo indicar para
o efeito o nome da criança, a idade e o contacto (morada
e telefone).
cionaram aos jovens desta
vila “bons momentos de divertimento, alegria e companheirismo, mas por outro
lado, a organização da exposição "Cidadania e Politica", as palestras, debates e
workshops desenvolvidos durante este certame revelaram-se de grande perponderancia, uma vez que, le-
varam diferentes temas junto
dos jovens, estimulando a
sua reflexão e debate sobre
matérias como a Cidadania,
Ética, Ciência e outras, contribuindo para o desenvolvimento do seu espirito critico e
participação civica”.
Em plena concordância
com o espírito da iniciativa a
JSD felicita a Junta de Fre-
guesia de Riba De Ave pela
Semana da Juventude, apelando à sua “manutenção e
desenvolvimento, reconhecendo que se trata de uma
medida capaz de aproximar
os Jovens à sua terra, a temáticas de interesse colectivo e,
capaz de promover o desenvolvimento do espirito de participação e cidadania”.
Peregrinos da Lusíada em Fátima
Após nove dias de caminho, 20 peregrinos, da Associação de Acção Social da
Universidade Lusíada chegaram ao Santuário de Nossa
Senhora de Fátima no passado dia 18 de Abril cerca das
18h00. O último traçado do
extenso caminho foi percorrido por mais 30, que se juntaram três quilómetros antes
da chegada a Fátima.
À espera da comitiva famalicense, à qual se juntou
um grupo de peregrinos do
Espaço Ser do pólo da Lusíada do Porto, estava o Chanceler das Universidades
Lusíada, António Martins da
Cruz, o Reitor da Universidade Lusíada de Lisboa, Diamantino Durão, e a Reitora da
Universidade Lusíada de
Famalicão, Rosa Moreira.
Uma vez chegadoa a Fátima todos participarem na
Eucaristia das 18h30 na Basílica. A cerimónia em nome da
Lusíada foi presidida pelo
Capelão da Universidade
Lusíada de Lisboa, o padre.
Ismael Teixeira e concelebrada pelo Capelão do pólo da
Lusíada do Porto, o padre
Bernardo Rasquilha, e pelo
Capelão da Lusíada de
Famalicão, padre Victor Díaz.
Após a Eucaristia o grupo
reuniu na Casa Beato Nuno
para o jantar de confraternização. Aqui ouviram-se algumas palavras de Martins
da Cruz, que desejou regressar no próximo ano para receber de novo os peregrinos da
Lusíada em Fátima.
Gavião
Escuteiros ajudam instituição
que acolhe animais abandonados
O Agrupamento de Escuteiros de Gavião vai realizar
um dia de voluntariado numa
instituição que acolhe cães abandonados.
Na expectativa de ajudar a
organização a visitar, o núcleo vai promover uma campanha de angariação de produtos de que aquela necessita. O agrupamento lança
assim o apelo a todos quantos estejam sensíveis a esta
causa, para que colaborem
na entrega de materiais como
cartão, lonas, casotas, cestos, mantas, coleiras; comedouros, bebedouros, brinquedos; desinfectantes e detergentes sem amoníaco; lixívia;
equipamentos de limpeza
(baldes, vassouras, etc);
água oxigenada, betadine,
Biokil (desparasitante); ou
ração seca para cão e biscoitos.
Os produtos podem ser
deixados na sede dos escuteiros durante as horas das
reuniões ou na Junta de
Freguesia, de segunda a
sexta das 14h às 19h, até ao
dia 8 de Maio.
27
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
Freguesia de Mouquim
Arnaldo Fernandes abandona a Junta
ao cabo de 24 anos de governação
Arnaldo Fernandes vai abandonar a Junta
de Freguesia de Mouquim, ao fim de 27 anos
de exercício autárquico, 24 dos quais
como presidente. O conhecido autarca
do concelho diz que esta é uma decisão
definitiva, e que está de resto fechada a
equipa que vai suceder aquela que cessa
funções com a realização de novas eleições.
Quase no final do seu último mandato,
Arnaldo Fernandes faz um balanço
dos seus mais de 20 anos de governação.
Diz que a freguesia de Mouquim foi
penalizada no seu desenvolvimento pelo
facto de, durante anos, ser governada por
uma Junta de cor política diferente daquela
que tinha a Câmara. Contrapõe com os oito
anos de governação da coligação PSD/PP,
que ditaram a conclusão de obras
imprescindíveis, e que há muito vinham
sendo reclamadas. Refere-se de forma
particular ao alargamento do cemitério
e à nova escola pré-primária, obras que
de entre todas as outras se salientavam
como mais prementes. Ambas foram
concluídas no primeiro mandato
do executivo liderado por Armindo Costa.
O Povo Famalicense (PF) – O senhor Arnaldo Fernandes
há quantos anos está na Junta de Freguesia?
Arnaldo Fernandes (AF) – Estou na Junta vai para 24 anos
como presidente da Junta, mas três anos antes já fazia parte
da equipa como tesoureiro.
PF – Na altura o que é que o levou a assumir a liderança
da Junta, propondo-se a presidente?
AF – Desde fins de 1982 até 1985 fui tesoureiro da Junta,
como já disse. Na altura estava muito ligado à freguesia, estava ligado também ao futebol, e fui contacto no final desse ano,
por pessoas ligadas ao PSD aqui em Mouquim no sentido de
encabeçar a lista. No final de 1985 fui eleito como presidente,
ganhei as eleições, portanto, e desde essa data cá estou.
Aqui em Mouquim, desde as eleições livres que a Junta é
governada pelo PSD. O primeiro presidente da Junta foi o senhor Gomes Ferreira, de 1976/1978 ou 1979, e depois foi David
Gonçalves Ferreira, que fez dois mandatos.
PF – Quando tomou conta da Junta de Freguesia o que
estabeleceu como prioridades?
AF – A freguesia de Mouquim tinha os caminhos todos em
terra batida na altura, não tinha um espaço onde as pessoas se
pudessem divertir, por exemplo jogar futebol. Não tínhamos
nada. A primeira grande aposta foi, sem dúvida, a compra do
terreno onde foi construído o parque desportivo. Este é um equipamento que ainda se encontra em muito bom estado, e
temos uma equipa que está a jogar nos regionais, o que nos
orgulha. Foi isso que me deu força para me candidatar. Depois
é evidente a necessidade de melhorar os caminhos da freguesia.
Penso que se vê o trabalho que foi feito a esse nível. Desde
alargamentos, desde piso a abastecimento de água, que já
havia bastante mas se concluiu, tudo isso foi feito durante este
tempo em que estou na Junta.
(CONTINUA NA PÁG. 27)
28
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
PF – E em termos de saneamento, como está a freguesia?
AF – Em termos de saneamento ainda não temos nada.
Nada não é o termo mais correcto. Existe já uma conduta principal, que vem sobre o rio Pego. Esta conduta-mãe começou
no Louro, neste momento vai atravessar Mouquim e continua
até Santiago da Cruz, permitindo a partir daí que se faça a rede
de saneamento pelas freguesias.
Sei que em termos de saneamento a freguesia de Mouquim
vai ser uma das últimas a ter cobertura significativa, mas penso
que mesmo assim lá para 2011, fins de 2011 inícios de 2012, o
saneamento há-de estar concluído.
PF – Ou seja, a rede depende dessa conduta?
AF – Depende sim, mas essa é uma obra que está a andar.
Podemos até dizer que o saneamento já começou, porque
essa ligação é fundamental para que o resto seja possível, e a
seu tempo irão ser feitos os ramais que vão beneficiar directamente a população. Reconheço que esta obra é uma necessidade, mas estas coisas têm o seu tempo, e entendo que em
pouco tempo haverá condições para que o saneamento esteja
a funcionar.
PF – Reconhece a necessidade do saneamento. A
freguesia tem dificuldade em gerir a sua falta?
AF – O saneamento é uma infra-estrutura que de facto faz
muita falta, e em todo o lado. Não posso dizer que tenhamos
casos de alarmantes, de prejuízo do ambiente devido à falta do
saneamento, mas as pessoas muitas vezes remedeiam da forma que podem. Temos um sítio ou outro em que há pequenas
descargas pelas valetas, mas nós vamos actuando discretamente, sem estar aqui a acusar ninguém. Até porque muitas
vezes quem aponta o dedo acaba por fazer o mesmo. Estamos
num país democrático.
PF – Que investimento considera ter sido mais importante para a freguesia ao longo destes anos?
AF – A rede viária foi muito importante, mas entendo que o
Parque Desportivo foi igualmente importante. Era um equipamento que fazia muita falta e continua a ser fundamental para
a freguesia de Mouquim. Posso mesmo dizer que Mouquim
deve ser a única freguesia do concelho que tem um equipa-
mento deste tipo em que o terreno e tudo é da freguesia. Nós
sabemos que muitas das vezes os terrenos são da Câmara, depois cedidos em direito de superfície. Este é nosso, está escriturado no nome da freguesia. O Parque Desportivo é inteiramente nosso. Aqui há uns 10/15 anos fizemos um direito de superfície a favor da Associação Desportiva Juventude de
Mouquim, mas se essa associação vier a ter problemas no futuro que ponham em causa a sua continuidade, nomeadamente dívidas, o equipamento volta a reverter para a freguesia.
Está garantido que nunca sairá da posse desta freguesia.
PF – Que balanço faz destes mandatos em que está à
frente da Junta?
AF – Para falar dos anos todos em que estou na Junta,
desde 1986, tenho que falar dos anos pobres que passei. Eu
não pretendo com isto magoar ninguém, não queria que os
políticos que leiam isto amanhã fiquem sentidos, mas
as verdades têm que se dizer. Eu em 16 anos, isto é um
facto, posso dizer que fiz
quatro ou cinco protocolos.
Quatro ou cinco em 16 anos!
Não fiz mais! Agora, ultimamente desde que este executivo camarário tomou posse, fiz bastantes protocolos.
E posso justificar especificamente onde é que o dinheiro
foi gasto. Fizemos o alarga-
mento do cemitério, que era uma obra muito precisa mesmo.
Para que se perceba como era urgente, devo dizer que tive que
meter um cadáver no passeio, a dada altura. Durante anos andamos de volta dos proprietários do terreno, que não tinham
grande vontade de vender. Andamos também de volta da
Câmara, que à data também não fazia grande pressão, e a obra
foi sendo adiada, adiada… A ponto de não termos onde meter
as pessoas. Aliás o exemplo que dei mostra bem em que situação estava o cemitério.
Entretanto esta Câmara ouviu o meu apelo, meteu os pés
ao caminho e a obra fez-se. Está lá uma obra impecável.
Fizemos alargamento da área do cemitério, metemos electricidade, colocamos escoamento de águas pluviais, metemos piso
novo, em pedrinha, e pusemos aquilo como deve de ser. Esta
foi uma daquelas obras que fizemos via protocolo com a
Câmara, e na verdade o protocolo ainda nos permitiu fazer
mais obra do que aquela que estava prevista.
Mouquim foi a primeira freguesia do concelho que aproveitou este alargamento para fazer uma coluna de gavetões.
Temos 21 destes gavetões, e outros tantos ossários, que nos
permitem ter o problema do cemitério para mais de 50 anos.
Nós somos uma freguesia que ainda não temos dois mil habitantes, 70 por cento da população já tem o seu jazigo comprado, de forma que estes gavetões vão servir para pessoas que
eventualmente venham de fora e que não tenham espaço
adquirido. Ainda não metemos lá ninguém, apesar de já estar
feito há cerca de cinco anos. Agora é preciso também que as
pessoas percebam que os gavetões não são uma solução pior
do que aquela que tradicionalmente se usa.
PF – Durante a governação socialista depreende-se que a freguesia de
Mouquim foi negligenciada…
AR – É verdade. Só desde 2002 para cá temos feito
muita obra. Para além do
cemitério foi nestes últimos
anos que também se fez a
pré-primária. A pré-primária,
que na altura tinha já 25/27
crianças, funcionava aqui
neste edifício da Junta. Esteve aqui oito ou nove anos.
Não se justificava! Porque
os políticos têm que olhar
mais para as freguesias, e
deixar de lado a simpatia
política.
Eu sou forçado a falar
numa freguesia, e não vou
dizer qual é, que fez uma escola pré-primária e não tinha
crianças. A escola esteve
fechada. Mouquim, desde
1993/4 que pedia uma préprimária, porque víamos que
(CONTINUA NA PÁG. 29)
29
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
ela era precisa, e não havia, não se fazia. Pois a Junta conseguia naquela altura, como de resto conseguiu posteriormente, arranjar terreno, cedido gratuitamente, fazendo uma
permuta com um terreno da Câmara. Ou seja, a Junta conseguiu negociar com o proprietário de um terreno aqui junto à
escola, um outro que era da Câmara ali pegado a Gavião. Não
quero com isto dizer que foi a Junta que tratou do assunto. A
Junta conversou, mas quem tornou tudo isto possível foi o actual presidente da Câmara, o arquitecto Armindo Costa, que me
deu todo o seu apoio desde o início. Ele veio aqui ver em que
condições funcionava a escola pré-primária, ficou abismado e
disse logo que isto não podia continuar assim. Tanto reconheceu a necessidade de uma nova pré-primária que em dois
anos fez-se projecto, fez-se obra e mudaram-se para novas instalações as crianças. É por tudo isto que eu tenho muito a agradecer a esse homem, ao arquitecto Armindo Costa, porque
entendo que olha para as necessidades das freguesias com
olhos de ver.
PF – Em termos de parque escolar a freguesia encontrase então bem servida?
AF – Posso dizer que no que diz respeito ao parque escolar
estamos servidos de forma razoável. Temos ali a escola de
Pego n.º 1 que, dizem, talvez vá fechar por causa da construção do novo centro escolar no Louro.
PF – Mas a escola tem poucas crianças?
AF – Não, pelo contrário. Até tem demais. Acontece é que a
política agora é concentrar os recursos, e a escola pode vir a
fechar, sendo as crianças transferidas para essa nova escola.
O que ouço dá a entender que vá fechar, mas eu gostava que
isso não acontecesse.
Ainda no ano passado gastamos lá, seguramente, mais de
20 mil euros. Pusemos uma nova cobertura, nomeadamente, e
fizemos alguns arranjos. Para além disso fizemos um alargamento cá fora, onde investimos cerca de dez mil euros, verba
não incluída naqueles 20 mil de que falo.
PF – Portanto, se lhe perguntarem se é favorável a esse
encerramento dirá que não?
AF – Sou contra. Mas essa é uma questão que também ultrapassa muitas vezes as Juntas de Freguesia. Apesar de não
Para falar dos anos
todos em que estou na Junta,
desde 1986, tenho que falar
dos anos pobres que passei.
Eu não pretendo com isto
magoar ninguém, `
não queria que os políticos
que leiam isto amanhã
fiquem sentidos, mas as
verdades têm que se dizer.
Eu em 16 anos, isto é um facto,
posso dizer que fiz quatro
ou cinco protocolos.
Quatro ou cinco em 16 anos!
Não fiz mais! Agora, desde
que este executivo camarário
tomou posse, fiz bastantes.
ser muito do meu agrado também não me sinto à vontade para
insistir porque admito que as crianças terão melhores
condições nessa nova escola. Irão ter com certeza refeitório
condigno, se calhar o novo modelo de funcionamento até facilita a vida aos pais, mas tenho pena que as crianças saiam de
Mouquim para outra freguesia para irem à escola.
PF – Para além dessas obras de maior dimensão, outras
menores foram feitas na freguesia…
AF – Sim, sim. Fizemos por exemplo o polidesportivo que é
usado por toda a população da freguesia. Para além da
Associação Juventude de Mouquim temos outra colectividade
ligada ao futebol, a Associação Mouquim Unidos, e é certo que
temos ali jogos todos os domingos. Mesmo durante a semana
é natural termos ali 30/40 jovens a praticar desporto.
A freguesia de Mouquim era uma freguesia infelizmente
muito atacada pelo fenómeno da toxicodependência, porque
estamos aqui encostados à cidade de onde facilmente vinha o
apelo para esses maus vícios, e hoje em dia sinto-me
contente pelo facto das
colectividades terem criado
uma nova dinâmica, que
cativa a juventude para a
prática do desporto e a desvia dessas alternativas de
vida. Quer o Parque Desportivo, quer o polidesportivo
am-bos têm iluminação, que
a Junta suporta, e até durante a noite é normal haver
actividade.
PF – Com certeza há
obras para concluir ainda
até ao final do mandato.
Quais são?
AF – Podemos mesmo
co-meçar pela pavimentação
deste largo em frente à Junta. O recinto vai ser repavimentado porque o piso está
a ficar um bocadinho degrada-do. Vai ainda ser feito um
alargamento entre a igreja e
a escola, alargamento esse
com cerca de 70/80 metros
de comprimento. O senhor
presidente da Câmara prometeu-me para aqui (recinto
que confronta com a Junta)
20 mil euros, e para a outra
obra de alargamento fez mil
euros, e portanto como naquilo que me prometeu nunca me falou eu tenho-os como garantidos. Mas eu também não peço muito… Eu
não quero pedir aquilo que
eu sei de antemão que não é
possível darem-me. Eu tam-
bém sei fazer contas! Não sou contabilista, só tenho a quarta
classe, mas conheço o suficiente das obras para saber quanto
custam e se é razoável ou não pedi-las. Portanto, tudo o que
eu pedi à Câmara tive. Não sou pedinchão, porque também sei
que a Câmara tem 49 freguesias para apoiar, e tem que fazer
por todas. Aliás, acho que olhando para o Plano ou o Relatório
de Contas vê-se que todas as freguesias tiveram o seu protocolo. E anteriormente isso não acontecia. Antes eu passava
facilmente quatro anos sem ter um protocolo, sem ter uma
ajuda da Câmara.
PF – Fica subjacente que o desenvolvimento de
Mouquim foi prejudicado fruto da falta de apoio que teve
da Câmara…
AF –Mouquim foi uma freguesia muito prejudicada. E antes
deste executivo lá estar tínhamos metade das verbas livres
para investir. Desde 2002 este presidente duplicou a verbas
livres das freguesias, o que já é uma ajuda muito importante. A
verba de que dispúnhamos, de por exemplo 15 mil euros, passou para 30 mil. Já nos facilita muito a gestão de dinheiro para
obras. E acrescentar a esse ainda temos as verbas que vêm do
orçamento de Estado.
PF – Em termos populacionais como tem sido a
evolução destes últimos anos?
AF – A população tem aumentado, mas não muito. Temos
muitos terrenos, mas nuns nãos e pode construir e aqueles em
que se pode estão nas mãos de quem não quer vender. E quem
quer vender pede um preço absurdo. Não é qualquer pessoa
que pode comprar um terreno, com objectivo de construir, pagando cem euros o metro quadrado. A maioria das pessoas não
pode! Portanto temos pouco, e o pouco que há muito caro.
PF – Essa é uma questão que vai colocar nesta revisão
do Plano Director Municipal (PDM)?
AF – Se essa revisão for feita no meu tempo, porque o
mandato está a acabar e eu não me recandidato, tenciono
chamar a atenção disto e pedir para que terrenos no antigo
Lugar da Aldeia do Monte sejam rentabilizados para habitação
social. A minha ideia é que ali se construíssem algumas vivendas, a custos controlados, para que pudéssemos fixar mais
população na freguesia de Mouquim. Eu sei que a vida está difícil e essa seria uma medida muito importante.
PF – Disse ainda agora que nãos e vai recandidatar.
Essa é uma decisão definitiva?
AF – É uma decisão definitiva. Eu já dei o meu contributo à
freguesia durante muitos anos. É tempo de alguém me substituir. Já temos a equipa formada, e é uma boa equipa. Não há
qualquer problema de sucessão.
Tive muitas pessoas que tentaram que eu voltasse atrás
com esta minha decisão, e eu agradeço, porque entendo esse
apelo como um reconhecimento daquilo que fiz pela freguesia,
mas é tempo de sair. Ser presidente da Junta é complicado. Se
eu estiver em casa a almoçar, e me aparecer alguém por causa
dum papel, ou qualquer outra coisa, o garfo fica imediatamente
pousado no prato. Eu vou atender a pessoa, não a faço esperar. É a minha obrigação. Faço isto por gosto, como diz o povo
“quem corre opor gosto não cansa”, mas entendo que já são
anos suficientes e que está na hora de sair.
SANDRA RIBEIRO GONÇALVES
30
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
OPINIÃO
ABRIL, SCOLARI E S. NUNO
Hoje é Dia da Liberdade!
Já ouvi o Hino Nacional, tocado magistralmente pela Banda de Música nos Jardins da
Câmara, ouvi os discursos
sobre a crise e o apelo ao patriotismo dos nossos deputados, do nosso Primeiro e do
Presidente da República
e…vai um silêncio de feriado
na nossa Cidade…
Já que se faz silêncio, vou
falar de S. Nuno Álvares
Pereira, que não morava nas
Caldinhas, nem foi escuteiro,
nem sequer viveu em clausura. Agora, a História que se
ensina não fala das pessoas
nem de heróis. Fala da economia, das circunstâncias,
das condicionantes, das
Crises, das classes sociais
em conflito, da cultura do
tempo, mas não dos actores
em presença. Ou pelo menos, não da vida dos agentes
de mudança. Penso que nos
fazem falta essas biografias.
Perceber como é que outros
homens e mulheres, que no
fim são da mesma massa que
nós, conseguiram superar
essas circunstâncias do seu
tempo, conseguiram superarse a si próprios em serviço de
uns ideais que a nós nos
Cantinho
do
Emprego
Ainda no âmbito da iniciativa “Emprego 2009”, é importante salientar um conjunto de medidas disponíveis para
apoio à contratação de desempregados.
Estes apoios destinam-se a empresa que contratem
pessoas desempregadas há mais de nove meses e para
além de um apoio financeiro, contemplam também a
isenção de pagamentos à Segurança Social.
Assim, as empresas recebem 2 000 euros de apoio pela
contratação desses trabalhadores e por trabalhador,
acrescidos de dois anos de isenção de contribuições para a
Segurança Social ou, em alternativa, três anos completos
de isenção. Estes incentivos aplicam-se para novos contratos sem termo, a tempo completo ou a tempo parcial.
As empresas que se integrarem nestas medidas ficam
com a obrigatoriedade de manter os postos de trabalho
abrangidos por três anos, sendo o apoio também condicionado à manutenção do nível de emprego.
Em matéria de ofertas de emprego para esta semana, seleccionámos as seguintes:
Oferta nº 587624957 que recruta um empregado de balcão, com experiência no ramo da restauração.
Oferta nº 587624744 que deseja recrutar uma costureira,
para trabalho em série, para trabalhar com tecidos finos e
malhas.
Oferta nº 587624262 que procura um caixeiro, para o exercício de funções de atendimento e venda ao público.
A oferta nº 587624253 procura um director comercial,
com experiência mínima de seis anos em funções similares
(direcção comercial), com conhecimentos na área alimentar.
A oferta nº 587624250 selecciona um escriturário, com
experiência profissional em técnicas administrativas (facturação, guias, expediente de escritório, atendimento telefónico e notas de encomenda).
Oferta nº 587624059 selecciona um técnico de vendas,
com experiência comprovada na área comercial de produtos alimentares.
A oferta nº 587623152 procura um operador de
máquinas de moldar materiais plásticos, para trabalhar em
máquina de fazer sacos plásticos.
A oferta nº 587623693 procura um empregado de mesa,
para tarefas de cafetaria e restaurantes.
A oferta nº 587623618 selecciona um serralheiro de ferramentas, moldes, cunhos e cortantes para indústria de injecção de plástico, com conhecimentos de CNC.
A oferta nº 587623253 procura um técnico de climatização e refrigeração, com conhecimentos e experiência
profissional.
Como sempre, já sabe: para se candidatar a estas e outras ofertas, basta dirigir-se ao Centro de Emprego de Vila
Nova de Famalicão.
podem parecer estranhos.
Que heróis temos? Que
modelos pomos como referência? O futebol levanta, de
vez em quando, a nossa autoestima, mas foi preciso vir o
Scolari ensinar-nos cantar o
Hino e a pôr a Bandeira
Nacional nas janelas para
tirar a vergonha dos símbolos
da Pátria.
A minha professora primária, a D. Alexandrina, contava-nos as histórias dos heróis da nossa História (passe
o pleonasmo). Por exemplo:
de como o D. Nuno era Condestável de D. João I, o que
significa que era como que o
Comandante em Chefe das
Forças Armadas do Reino.
Pelos vistos era um bom
profissional do exército e um
bom estratega. A Crise de
1383-85 não foi nenhuma
“pêra-doce”: corríamos o
sério risco de estarmos hoje a
falar castelhano. Dizia a D.
Alexandrina que na Batalha
de Aljubarrota a proporção
era de 5 castelhanos a cavalo
contra 1 português a pé, mas
o D. Nuno Álvares Pereira
aplicou a Táctica do Quadrado que tinha aprendido
dos ingleses – o que significa
que estava actualizado na
sua profissão – e venceu essa
batalha e ainda a de
Trancoso, Atoleiros e Valverde.
As batalhas, agora, soamnos a jogos de computador e
Playstation. Só trememos
quando há um ataque da Al
Quaeda ou é preciso enviar
ACIF COM GABINETE DE INSERÇÃO
PROFISSIONAL
AACIF contará a partir do dia 04 de Maio com um
Gabinete de Inserção Profissional.
O GIP tem como objectivo apoiar jovens e adultos
desempregados na definição ou desenvolvimento do
seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de
trabalho, em estreita articulação com o Centro de
Emprego.
O GIP irá prestar informação profissional a jovens e
adultos desempregados, apoiar na procura de emprego, proceder ao seu acompanhamento personalizado, bem como captar ofertas de entidades empregadoras. O GIP funcionará na Rua Cupertino de Miranda, nº
39.
ACIF E CENTRO DE EMPREGO
ORGANIZAM SEMINÁRIO
“Novas medidas de apoio aos empresários e ao
Emprego”
Dia 12 de Maio
17:00 Horas – Fundação Cupertino Miranda
A ACIF e o Centro de Emprego de Vila Nova de
Famalicão irão organizar uma palestra sobre:” Novas
Medidas de Apoio ao Empresário e ao Emprego” no dia
12 de Maio pelas 17horas n Fundação Cupertino de
Miranda.
A entrada é livre e gratuita mas carece de confirmação para os seguintes contactos:
Telf: 252315409
Fax:252315478
e.mail: [email protected]
CENTRO DE FORMAÇÃO DA ACIF
PARTICIPOU NA II MOSTRA
PEDAGÓGICA
Foi com grande entusiasmo que os formandos dos
cursos EFA de: Manicura/Pedicura, Cabeleireiros e
Técnico de Qualidade e Controlo Alimentar e o Curso
CEF de Arte Floral, participaram na II Mostra
Pedagógica, com demonstrações ao vivo de serviços
técnicos. O stand da ACIF foi um dos mais visitados,
sendo um grande sucesso!
soldados para o Iraque. Tive
duas alunas que foram para a
tropa, mas a guerra é uma
ideia longínqua para o comum dos mortais – graças a
Deus – e a profissão militar
parece qualquer coisa de inútil. Como extravagante a ideia
de que um militar possa ser
santo. É por isso que D. Nuno
Álvares Pereira é um santo
pouco ortodoxo. Um homem
que trabalhou na guerra, que
matou gente, pode ser santo?
Pode. Nós é que fomos invadidos, ele estava a defender o
seu País, proibiu os saques e
chegou mesmo a auxiliar as
vítimas dos inimigos. E mais,
fez o seu trabalho com sentido profissional e com honra.
En-canta-me o pormenor da
cantarinha da capela de S.
Jorge que ele mandou lá pôr
para matar a sede aos transeuntes, recordado da que tinham passado naquele 14 de
Agosto de 1385. Coisas
grandes e coisas pequenas…
Ta m b é m g o s t o d a q u e l e
episódio de Valverde, em que
andavam à procura dele para
iniciar a batalha e o foram encontrar atrás de uma rocha a
rezar. Não se consegue trabalhar bem nem combater
sem a ajuda de Deus, mas
com Ele, até a espada trabalha melhor. Faz-nos falta este
santo guerreiro num país de
brandos costumes que
parece que tem medo de
ousar lutar.
E a parte em que D. Nuno
casou, teve três filhos, dos
quais dois morreram e uma
filha casou com D. Afonso,
filho bastardo de D. João I,
que viriam a dar origem à
Casa de Bragança? E o facto
de ser Conde de Barcelos,
Conde Ourém e de Arraiolos,
PRECISA-SE
VENDEDOR(A)
C O M I S S I O N I S TA
PA R A S TA N D
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COMISSÕES ALICIANTES
Enviar curriculo ao e-mail:
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MARIA AMÉLIA FREITAS
de ser dono de dois terços do
território português? Um homem viúvo, rico e de sucesso
pode ser santo? Parece que
sim. “Não se valeu dos títulos
de nobreza, prestígio e riqueza para viver num clima
de luxos e grandezas”. (cf.
Nota da Conferencia Episcopal)
Já viúvo, já depois da conquista de Ceuta em que também participou com 55 anos,
já depois da morte da filha, retirou-se para o Convento do
Carmo, como irmão donato
para ir atender os pobres
como porteiro. Diz-se que
teve aí origem a “sopa dos pobres”. Diz-se também que D.
Duarte, filho de D. João I, o
convenceu a que não andasse mendigar esmolas para o
convento como era seu desejo. Frei Nuno foi santo no convento? Também parece que
sim. O que é certo é que a sua
fama de santidade já era
enorme à sua morte (que se
deu a 1 de Abril de 1431, num
dia de Páscoa) e que o
próprio D. Duarte, que o conhecia desde Infante, pediu o
início e lutou pelo seu processo de canonização apresentando uma oração e um panegírico redigidos pelo Infante
D. Pedro e uma grande lista
de milagres atribuídos à sua
intercessão. No entanto, até o
milagre da canonização é
uma coisa pequena e normal:
curou um olho queimado com
óleo de fritar. Talvez porque
as lutas diárias com os tachos
e as frigideiras sejam as que
realmente importam à hora de
servir e amar, no concreto,
uma família que está à espera
do almoço.
31
De 28 de Abril a 4 de Maio de 2009
VENDE-SE
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TERRENO C/ 18.000 M2
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914 638 859 - 252 912 804
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DIVERSO EQUIPAMENTO
HOTELEIRO
USADO
TLM: 9 1 8 5 8 9 9 7 0
VENDO T3
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C/LUGAR DE GARAGEM
TEL:
919 808 874
ALUGA-SE
ALUGA-SE T1 E T2
MOBILADO CENTRO
DA CIDADE
TEL: 91 911 89 89
ALUGA-SE T2
AV .FRANÇA - 3 2 5 €
C/VAGA DE GARAQGEM
CONDOMINIO INCLUIDO
TEL:
914 904 464
ALUGA-SE T1
TODO MOBLILADO E
E Q U I PA D O . P R É D I O
RECENTE C/ OU S/
GARAGEM - 936 267 471
ALUGA-SE
T1,T2 E T3
CENTRO DA CIDADE
TEL: 91 911 89 89
ALUGA-SE T2 E T3
RIBA DE AVE
TEL: 91 911 89 89
ALUGA-SE T1
C/VAGA DE GARAGEM
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Santos Oliveira “liberta-se” do PS