UNIVERSIDADE DO ALGARVE – ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PROGRAMA DA DISCIPLINA DE TECNOLOGIA DO BETÃO
1 - DOCENTES:
Miguel José Santos Oliveira
Elson Silva Almeida
2 - TEMPOS: Teóricas/Práticas – 2,5h/semana
Práticas – 1,5h/semana
Orientação Tutorial – 1h/semana
TOTAL - 15 x 5 (75 horas)
3 - OBJECTIVOS GERAIS:
Familiarização com as características dos materiais que compõem um betão hidráulico; principais
propriedades, mecânicas, físicas e químicas.
Conhecimento das principais metodologias utilizadas na determinação das composições dos betões.
Fabrico e controlo de qualidade do betão hidráulico, principais propriedades.
Aspectos relacionados com o transporte, colocação, compactação e cura.
Betão armado. Cofragens e armaduras.
Betão pré-esforçado. Baínhas e armaduras: operações de tracção das armaduras e injecção das
baínhas.
4 - MATÉRIA
1. Caracterização dos componentes do Betão
1.1 Agregados (inertes)
- Amostragem
- Classificação dos inertes segundo as suas dimensões.
- Características físicas: forma das partículas, análise granulométrica; massas volúmicas
e baridades; porosidade e absorção de água; teor em água; resistência à desagregação.
- Características químicas; reactividade com os álcalis do cimento, impurezas orgânicas e
partículas finas; sulfatos, sulfuretos e cloretos.
- Características mecânicas: resistência à compressão; resistência ao esmagamento; resistência
ao desgaste.
1.2 Ligantes
- Tipos del igantes hidráulicos. Cadernos de Encargos para a sua Recepção.
Pag. 1/5
- Adição de aditivos ao cimento Portland Normal. Casos da Pozolana, cinzas volantes e escória de
alto forno.
1.3 Água
- Substâncias nocivas em solução.
1.4 Adjuvantes
- Tipos (plastificantes, introdutores de ar, aceleradores e retardadores de presa, expansivos e
hidrófugos)
- Influência nas propriedades do betão: trabalhabilidade, presa, endurecimento e capilaridade.
1.5 Argamassas Hidráulicas
2. Fabrico do betão hidráulico.
2.1 Determinação da composição do betão
- Fórmula fundamental da composição
- Água de molhagem do agregado
- Trabalhabilidade (Cone de Abrams e ensaio VB)
- Métodos para estudo da composição granulométrica:
a) Misturas experimentais (Fuller, Vallete)
b) Curvas de referência (Bolomey e Faury)
c) Misturas de granulometria descontínua
- Tipos de betão: betões leves e densos; betão ciclópico.
2.2 Armazenamento e medição dos componentes (agregados, cimento, aditivos e água).
2.3 Preparação de amassaduras
- Tipo de amassadura: manual e mecânica. Tempo de amassadura.
- Central distribuidora:
a) Amassadura na betoneira da central
b) Amassadura no camião-betoneira (transportador)
3. Transporte do betão
3.1 Camião betoneira, grua e balde.
3.2 Bomba
4. Colocação do betão
4.1 Efeito de parede
Pag. 2/5
4.2 Segregação
5. Compactação do betão
5.1 Tipo de vibradores
5.2 Frequência de vibração
6. Cura de betão
6.1Tipos de cura: água e membranas
6.2 Influência no comportamento do betão
7. Propriedades do betão hidráulico
7.1 Resistência à compressão e à flexão
- Influência dos componentes
- Influência da idade
- Influência das condições ambientais
- Relações entre as tensões de rotura (compressão, flexão, tracção pura e compressão diametral).
- Módulos de elasticidade
7.2 Capilaridade e permeabilidade
- Influência da razão A/C
- Influência da granulometria do agregado
- Influência da idade
- Influência das condições ambientais
7.3 Contracção. Tipos
7.4 Corrosão do betão
8. Betão armado. Fabrico e colocação de armaduras
8.1 Produção de armaduras. Transporte e colocação
8.2 Tipos de armaduras
8.3 Corrosão
9. Betão Pré-esforçado
9.1 Sistemas utilizados
9.2 Armaduras:
Pag. 3/5
- Armazenamento
- Colocação
- Corrosão
9.3 Injecção. Caldas de injecção
10. Controlo de Qualidade do betão colocado em Obra. Ensaios de Laboratório.
10.1 Controlo na central distribuidora
composição do betão.
(betoneira)
das
condições
definidas
no estudo da
a) Colheita de agregados
- características principais (granulometria, massas volúmicas, absorção da água, etc).
b) Colheita de água e ligantes
- amassaduras experimentais
- análises químicas e físicas
c) Colheita de betão fresco
- características principais do betão fresco (trabalhabilidade, massa volúmica, relação A/C, etc).
d) Colheita de betão endurecido
- características principais (resistência à compressão, massas volúmicas).
10.2 Controlo estatístico dos resultados obtidos
- Histogramas de frequência
- Variação das tensões de rotura com a idade
- Variação de trabalhabilidade com o tempo
- Média, amplitude de variação, desvio padrão e coeficiente de dispersão dos resultados
obtidos.
Lei de distribuição Normal (curva de Gauss, recta de Henry).
- Conceito de tensão de rotura característica. Classes de betão. Qualidade do betão.
11. Sistemas especiais de execução de betonagens.
Sistemas de cravação de peças em elementos de betão.
Demolição de estruturas de betão.
12- NP EN 206-1; Especificação LNEC E464; NP ENV 13670-1.
5 - BIBLIOGRAFIA
Pag. 4/5
1. SOUSA COUTINHO, A.; Fabrico e propriedades do betão; Lisboa, LNEC, 1974* .
2. NEVILLE, A.M.; (Propriedades do concreto, edição brasileira) Properties of concrete, London,
Pitman Publishing, 1981.
3. TROXELL, G.E.; DAVIS, H.E.; KELLY, J.M.; Composition and properties of concrete. New
York, Mc-Graw-Hill 1968.
4. FAURY; Le Betón. Paris, Dunod, 1958.
5. Materiais de Construção; Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto, A.E. FEUP *
6. SPIEGEL, Murry; Estatística. São Paulo, Mc Graw-Hill, 1976. *
7. NP EN 206-1; Especificação LNEC E464; NP ENV 13670-1.
6 - AVALIAÇÃO
A avaliação será feita por frequência ou por frequência e exame.
A avaliação por frequência incidirá sobre a realização de dois testes, um trabalho e ensaios
laboratoriais. A realização do trabalho e dos ensaios não dispensa da sua defesa em oral.
Serão dispensados da prova de exame os alunos que, quer nos testes quer na classificação dos
relatórios do trabalho e dos ensaios laboratoriais, tenham obtido a nota mínima de 9,5 valores, não
podendo qualquer teste ter classificação inferior a 8 valores.
Só poderão ser admitidos a exame os alunos que tenham obtido apreciação favorável sobre o trabalho
e os ensaios laboratoriais realizados.
A classificação do exame não poderá ser inferior a 9,5 valores.
A classificação final não poderá ser inferior a 10 valores e será determinada pela expressão seguinte:
C f = 0,75 C1 + 0,25 C 2
Cf - Classificação Final
C1 - Classificação do Exame ou média dos Testes
C2 - Classificação dos Relatórios do Trabalho e dos Ensaios Laboratóriais.
Pag. 5/5