INTERAÇÕES EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO ENTRE A UFSM E O SANTA MARIA TECNOPARQUE MARCELO TREVISAN Universidade Federal de Santa Maria [email protected] PEDRO HENRIQUE WINTER Universidade Federal de Santa Maria [email protected] INTERAÇÕES EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO ENTRE A UFSM E O SANTA MARIA TECNOPARQUE RESUMO O estudo aborda o processo de interação entre universidade, empresas e governo quanto à pesquisa e desenvolvimento (P&D), bem como a importância dessa cooperação para a geração de novos produtos, serviços e métodos de produção. O artigo foi delineado objetivando identificar possíveis interações em P&D entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Santa Maria Tecnoparque (SM Tecnoparque), com ênfase na área socioambiental. Para tal, foram analisados os projetos de pesquisa desenvolvidos pela UFSM nos últimos cinco anos, tendo-se em vista sua relação com as áreas de atuação do SM Tecnoparque. Após a consulta aos projetos, foram selecionados os que tinham maior potencial de interação com as empresas associadas ao referido parque tecnológico, enfatizando-se aqueles com enfoque socioambiental. Ao final, 83 projetos de pesquisa foram elencados, dos quais 20 possuem potencial na área socioambiental. Os projetos foram apresentados à Gestão Executiva do SM Tecnoparque com o intuito de aprimorar a seleção prévia e para identificar aqueles com potencialidades imediatas de interação com os empreendimentos vinculados ao parque tecnológico. Dessa forma, almeja-se a intensificação de parcerias entre as empresas associadas ao SM Tecnoparque e os pesquisadores da UFSM. Palavras-chaves: Santa Maria Tecnoparque, UFSM, Pesquisa e Desenvolvimento, Hélice Tríplice, Inovação Sustentável. RESEARCH AND DEEVELOPMENT INTEREATIONS BETWEEN UFSM AND THE SANTA MARIA TECNOPARQUE ABSTRACT The study approaches the interaction process between university, enterprises and the government on research and development (R&D), and this cooperation’s importance to new products’ creation, services and production methods. The article was made aiming the identification of possible interactions in R&D between the Federal University of Santa Maria (UFSM) and the Santa Maria Tecnoparque (SM Tecnoparque), emphasizing the socioenvironmental area. So, the research projects developed by UFSM in the last five years were analyzed, considering their relation with the operation area of SM Tecnoparque. After consulting the research projects, the ones with more interaction potential with the enterprises related to this technological park were selected, emphasizing those with socio-environmental focus. In the end, 83 research projects were listed and 20 of them have potential in the socioenvironmental area. The projects were presented to the executive management of SM Tecnoparque with the intention to improve the previous selective process and to identify those with immediate potential of interaction with the enterprises related to the technological park. Therefore, is craved the intensification of partnerships between the business associated to the SM Tecnoparque and the UFSM researchers. Keywords: Santa Maria Tecnoparque, UFSM, Research and Development, Triple Helix, Sustainable Innovation. 1 INTRODUÇÃO Percebe-se que resultados satisfatórios diante das imposições de um desenvolvimento sustentável abrangem investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em produtos ecoinovadores e alterações nas práticas de negócios (LOMBARDI e LAYBOURN, 2012). Tais investimentos e modificações são frutos de um processo de aprendizagem recíproca e visão sistêmica compartilhada sobre como os interesses e as dificuldades devem ser abordados a partir de uma ampla análise das variáveis culturais, sociais, econômicas e políticas, inseridas nas dimensões locais e regionais (BOONS e SPEKKINK, 2012; LOMBARDI e LAYBOURN, 2012; CHERTOW e EHRENFELD, 2012). O desafio que se impõe não é o de estabelecer uma separação ou substituições em áreas de conhecimento. Antes, trata-se de aprofundar, ampliar e integrar as análises em uma concepção sistêmica e transdisciplinar orientada para a sustentabilidade. Em outras palavras, o desenvolvimento sustentável não é uma mera questão técnica, pois a inovação tecnológica não modifica as leis biológicas e físicas. A inclusão das Ciências Sociais é essencial na busca de configurações nas quais o governo, as universidades, o setor privado e as comunidades envolvidas compartilhem responsabilidades e benefícios. Por isso, deve-se alterar a posição ocupada pelas abordagens sociais no contexto da relação universidade-empresa: de uma função instrumental, encarregada apenas de informar como implantá-la, para o seu papel de transformar a sociedade (VERMEULEN, 2006). Diante do exposto, o presente artigo possui como objetivo geral identificar possíveis interações em pesquisa e desenvolvimento entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o Santa Maria Tecnoparque (SM Tecnoparque). Em termos de objetivos específicos busca-se: (i) levantar junto à Diretoria do Santa Maria Tecnoparque as áreas de atuação tecnológica das empresas associadas; (ii) identificar os projetos de pesquisa da UFSM que possam ter vinculação com as atividades desenvolvidas pelo Santa Maria Tecnoparque; (iii) identificar potenciais interações na área socioambiental. A presente pesquisa justifica-se à medida que ainda existe um significativo distanciamento entre a tradicional fonte do conhecimento, que é a universidade, e a fonte do desenvolvimento de produtos e serviços, que é a empresa. As vantagens dessa cooperação intercorrem em ambos os lados, tanto no da universidade, quanto no da empresa. De tal forma que possa contribuir com a universidade, além de em outras áreas, na captação de recursos para a produção de pesquisas, e com a empresa a conseguir atingir o almejado desenvolvimento tecnológico com investimentos mais baratos e maior eficiência. Dessa forma, este estudo está estruturado em quatro partes, além desta breve introdução. A primeira aborda a interação Universidade-Empresa e a sua desenvoltura e evolução ao longo da história, constatando-se a sua importância e destacando as suas principais características, bem como, apresenta de forma sumária a Universidade Federal de Santa Maria e o Santa Maria Tecnoparque; a segunda parte expõe o método utilizado, enquanto na terceira seção são apresentados os resultados; e, por vez, a quarta parte evidencia as considerações finais desta investigação. 1 INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA O desenvolvimento tecnológico é fundamental para o crescimento econômico de qualquer país, e uma das maneiras mais eficazes de modernização tanto do setor produtivo privado, quanto das estatais é por meio do processo de interação entre empresas e universidades para a geração de pesquisas e inovações (MORAES e STAL, 1994). As atividades de pesquisa começaram a ser alvo das universidades a partir do começo do século XX, tendo início na Alemanha e se intensificando nos Estados Unidos pouco tempo depois. No Brasil, o governo começou a se interessar pelo desenvolvimento interno de inovação tecnológica em conjunto com as universidades locais a partir da década de 1950 2 (VOGT e CIACCO, 1995) com o surgimento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), em 1951, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq), também em 1951 e, posteriormente, dentre outros, da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), em 1967 (GONÇALO e ZANLUCHI, 2011). Mesmo depois do governo brasileiro ter tomado algumas iniciativas em apoio ao desenvolvimento de ciência e tecnologia (C&T) no país, as empresas privadas foram deixadas em um segundo plano nesse processo. Até a década de 1970, a política de C&T nacional focou na interação das universidades com as empresas estatais como a Eletrobrás e a Petrobrás. Tratando de forma secundária a inovação no setor produtivo e priorizando a pesquisa básica (MORAES e STAL, 1994). Então, a partir da década de 1980, houve uma maior participação das empresas do país na criação de pesquisas (SBRAGIA e KRUGLIANSKAS, 1995). As instituições econômicas compreenderam a necessidade da realização de pesquisas que pudessem atender à demanda cada vez mais rápida por inovação tecnológica. Com isso, aos poucos, as empresas iniciaram a aproximação dos laboratórios universitários. O investimento em pesquisa e desenvolvimento passou a ser visto como algo primordial para as organizações. Em 1994, por exemplo, a Monsanto já destinava 3% do seu orçamento total para pesquisas em colaboração com universidades, e essa parceria gerou 15% das descobertas da empresa no ano (MORAES e STAL, 1994). A interação entre universidades e empresas é um dos principais meios de modernização dos parques industriais, principalmente em países subdesenvolvidos, nos quais a globalização econômica e o aumento da concorrência fornecem às indústrias três opções: comprar tecnologia estrangeira; desenvolver capacidade de P&D doméstica, ou estabelecer parcerias com universidades (BONACCORSI e PICCALUGA, 1994; STAL, 1999; SCHREINER, 2014). O baixo nível de interação entre universidades e empresas, tem sido apontado como um dos principais fatores para o ínfimo índice de inovações geradas no Brasil (SILVEIRA, 2005). Um considerável empecilho para essa cooperação é a divergência de interesses e metodologias entre as instituições de ensino e as organizações empresariais. Entretanto, vários outros fatores geram atrito de interesses entre as universidades e as empresas. Tais como o foco da pesquisa, visto que a ênfase das empresas é na resolução de problemas internos, já na universidade o interesse é em questões que possam solucionar os problemas do maior número possível de instituições. Como afirmam Moraes e Stal (1994, p. 3): a universidade tem como foco primordial o investimento na geração de conhecimentos, justificando a tecnologia como necessária ao desenvolvimento da sociedade em geral; já a empresa focaliza sua atenção na geração de lucros, sem o que ela não sobrevive e não realiza sua função social de criar empregos e atender às carências da sociedade. Gradualmente, o relacionamento entre essas instituições está mudando, pois se observa maior convergência entre seus objetivos. Pode-se associar essa mudança ao modelo Hélice Tríplice, o qual defende a interação entre governo, universidade e indústria para o aperfeiçoamento do sistema econômico. Conforme Etzkovitz (2001), criador do termo, somente através da interação desses três atores é possível criar um sistema de inovação que seja sustentável e duradouro. O modelo da Hélice Tríplice propõe uma relação dinâmica entre o Estado, a ciência realizada na universidade e a tecnologia desenvolvida na empresa (NOVELI e SEGATTO, 2012). Pode-se ter uma melhor compreensão da relação entre esses setores, Governo (G), Universidade (U) e Empresa (E), por meio da Figura 1. 3 Figura 1 - Modelos estadista, laissez-faire e hélice tripla (tríplice) Fonte: Adaptado de Etzkowitz (2003, p. 302). As interações entre esses três setores podem ser observadas na medida em que tem havido a tendência da participação das universidades na sociedade (NOVELI e SEGATTO, 2012), assumindo diversas formas. Entre elas destaca-se neste estudo a formação de polos industriais e de parques tecnológicos, com a participação de empresas que atuam em setores dinâmicos e de laboratórios de pesquisas, que também foram incentivados em vários países, em especial Inglaterra e Estados Unidos (PROCHNIK, 1988). As vantagens dessa cooperação intercorrem em todos os três lados dessa tríplice. Para a universidade a interação é benéfica pelo fato de que assim pode direcionar melhor as suas atividades de pesquisa (MORAES e STAL, 1994) para, com isso, serem mais produtivas para a indústria, além de com a cooperação, tem condições de captar mais recursos financeiros e dar oportunidade para seus acadêmicos terem maior contato com indústrias e verem de ângulos distintos o que devem esperar de seus futuros locais de trabalho. Para a empresa, as vantagens vão desde o acesso aos laboratórios e bibliotecas da universidade, à redução de custos com pesquisas e desenvolvimento tecnológico. Perpassando pelo acesso a talentos e ao conhecimento, tendo em visto que a empresa costuma não dispor em seu quadro de todo os dados de que necessita, sobretudo de modo eventual (SEGATTO, 1996). Outra vantagem emitente para a empresa é o fato de o pesquisador universitário estar menos aprisionado às soluções convencionais e com isso poder chegar a inovações que representem diferenças ponderáveis na competividade, visto que o universitário é menos influenciado pelas diretrizes e costumes da empresa (GONÇALO e ZANLUCHI, 2011). Além disso, a empresa pode conhecer estudantes e fazer uma seleção aprimorada de seus futuros colaboradores (SEGATTO e MENDES, 2006). Outros benefícios ainda podem vir posteriormente, como incentivos fiscais oriundos do Estado e acesso a demais recursos públicos. Em relação ao governo, o qual deve ser o interlocutor entre as empresas e universidades, os benefícios são principalmente de ordem social e econômica, pois com essa interação, o país tende a ter um desenvolvimento econômico maior e melhorias propiciadas pelos produtos e serviços desenvolvidos ou aperfeiçoados no processo de cooperação. Essa relação entre a universidade e a empresa, com a participação do Estado, tende a ser uma das soluções para os problemas que o sistema econômico moderno vem sofrendo. Os resultados dessa cooperação já estão sendo colhidos, à medida que, no Brasil, cada vez mais, se veem parques tecnológicos, incubadoras científicas, núcleos de inovação, dentre outros locais sendo criados para aperfeiçoar os resultados da economia nacional e de pesquisa e desenvolvimento obtidos no país (LAHORGUE, 2004). 4 Nesse sentido, a seguir são apresentados a Universidade Federal de Santa Maria e o Santa Maria Tecnoparque, sendo que este último foi constituído com a participação do governo municipal. 1.1 A Universidade Federal de Santa Maria e o Santa Maria Tecnoparque A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi fundada no ano de 1960 e caracteriza-se pelo pioneirismo na interiorização da formação de nível superior no Brasil, pois, até então, apenas existiam universidades nas capitais dos estados. Atualmente, tem cerca de 24.000 estudantes em Santa Maria (a UFSM possui unidades acadêmicas em outras cidades do RS) e mantém aproximadamente 130 cursos de graduação (presenciais e à distância) e 109 de pós-graduação. Sua missão é a de construir e difundir conhecimento, e está comprometida com a formação de pessoas capazes de inovar e de contribuir para o desenvolvimento da sociedade, de modo sustentável (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 2011). Em 1999, criou a Incubadora Tecnológica de Santa Maria (ITSM), e algumas empresas graduadas da ITSM são associadas contribuintes do parque tecnológico aqui em evidência. Possui representantes que ocupam cargos de membros do Conselho Fiscal e da Diretoria do Santa Maria Tecnoparque. Convém destacar que, assim como a Prefeitura Municipal de Santa Maria, mediante recursos federais, contribuiu com parte dos investimentos necessários para a construção do prédio do parque tecnológico em estudo. A origem da Associação Parque Tecnológico de Santa Maria (Santa Maria Tecnoparque ou SM Tecnoparque) está vinculada à criação, em 2005, do Comitê de Empreendedorismo e Inovação de Santa Maria. A missão deste Comitê é a de promover o desenvolvimento sustentável da região, fortalecendo a cultura empreendedora e a inovação, aproveitando as potencialidades existentes e criando novas oportunidades de empreendimentos. Para tanto, em sua composição, estão órgãos públicos, entidades empresariais, instituições de ensino superior e organizações que representam a sociedade (BLOG DO EMPREENDEDORISMO DE SANTA MARIA, 2013). Dessa forma, o SM Tecnoparque foi fundado em 31 de outubro de 2008 como uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos e com personalidade jurídica própria. Conforme o artigo 54 do seu Estatuto Social, o Santa Maria Tecnoparque é politicamente neutro, sendo expressamente vedado seu apoio ou oposição a qualquer partido político ou a qualquer candidato a cargo eletivo (SANTA MARIA TECNOPARQUE, 2012). Entre outros objetivos, o SM Tecnoparque pretende contribuir para o desenvolvimento econômico e social de Santa Maria e região; colaborar para a redução das desigualdades; promover a articulação e a integração entre as esferas governamentais, entidades empresariais, empresas e instituições de ensino, pesquisa e extensão. Visa ainda fomentar atividades de criação, pré-incubação e incubação de projetos de empreendimentos; proporcionar um ambiente apropriado para a transferência de tecnologia ao setor produtivo; atrair empresas para o SM Tecnoparque e capacitar técnica e gerencialmente os empreendedores (SANTA MARIA TECNOPARQUE, 2012). Predominantemente, as áreas de atuação do SM Tecnoparque e de suas empresas associadas são as seguintes: a) Ecologia e Biodiversidade: respeito ao ecossistema existente, protegendo o meio ambiente e as formas de vida, e preservando-os para as gerações presente e futuras; b) Educação: em prol do pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a melhor qualificação para o trabalho; c) Cultura: o desenvolvimento das formas de expressão, dos modos de criar, fazer e viver, das criações científicas, artísticas e tecnológicas, do esporte, do turismo, da preservação e valorização do patrimônio cultural; 5 d) Ensino, Capacitação e Aperfeiçoamento: para o desenvolvimento comunitário e socioeconômico, bem como a qualidade, produtividade e a melhor qualificação para o trabalho; e) Pesquisa Científica e Tecnológica: em prol do bem público e do progresso das ciências, aplicando-as na solução de problemas comunitários e no desenvolvimento do setor produtivo; f) Desenvolvimento institucional: visa a dignidade da vida, os valores sociais, o respeito às instituições democráticas e à livre iniciativa, a redução das desigualdades sociais e regionais, a prevalência dos direitos humanos, a informação e a conscientização social como itens estratégicos para o desenvolvimento harmônico e sustentado, o apoio à consolidação dos blocos econômicos e de integração regional e a cooperação ampla e sem fronteiras para o progresso (SANTA MARIA TECNOPARQUE, 2012). Por meio da verificação dos seus objetivos e áreas prioritárias de atuação, percebe-se que o SM Tecnoparque manifesta visível preocupação não só com as questões econômicas, mas também com as sociais e ambientais. Na Figura 02, é possível visualizar os cinco níveis da estrutura organizacional do Santa Maria Tecnoparque. A Assembleia Geral (Figura 02) é o órgão máximo de deliberação da entidade, sendo composta pelo Conselho de Administração, pelo Conselho Fiscal, pela Diretoria e por todos os associados quites com suas obrigações sociais. Esta Assembleia deve reunir-se, ordinariamente, no mínimo, uma vez por ano. Dentre as suas atribuições, constam as de eleger e de destituir, quando couber, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. O Conselho de Administração, composto por onze pessoas, é o órgão colegiado superior e, entre outras competências, deve designar os membros da Diretoria, bem como definir as políticas, diretrizes, estratégias e planos da Associação para a consecução dos seus objetivos. Por sua vez, entre outras atribuições, ao Conselho Fiscal cabe examinar os registros de escrituração do SM Tecnoparque e é constituído por três integrantes. Figura 02 - Organograma do SM Tecnoparque Fonte: Zampieri (2013). 6 A Diretoria é o órgão executivo e administrativo da Associação, e é composta por cinco cargos: a) Diretor Presidente: representa o SM Tecnoparque e fixa as normas de administração; b) Diretor Empresarial: incentiva a eficiência produtiva e a competitividade dos empreendimentos associados; c) Diretor Acadêmico: articula a integração entre as esferas governamentais, entidades empresariais, empresas e instituições de ensino, pesquisa e extensão; d) Diretor Administrativo e Financeiro: trata das questões administrativas e contábeis; e) Diretor de Gestão Ambiental: promove a e zela pela sustentabilidade ambiental da Associação e das empresas associadas (ASSOCIAÇÃO SANTA MARIA TECNOPARQUE, 2008). Finalmente, à Equipe Executiva (únicos cargos na estrutura organizacional do SM Tecnoparque que o seu Estatuto Social permite que sejam remunerados) compete executar e implementar ações em conformidade com as orientações recebidas da Diretoria; realizar a comunicação institucional da Associação com os seus associados, com os meios de comunicação e com a sociedade; e ainda desempenhar as funções administrativas e financeiras na coordenação do SM Tecnoparque (ASSOCIAÇÃO SANTA MARIA TECNOPARQUE, 2008). 2 MÉTODO O atendimento aos objetivos deste trabalho foi buscado a partir dos seguintes procedimentos metodológicos: realização de reuniões do grupo de estudo para levantar dados e definir as etapas a serem seguidas; obtenção dos projetos de pesquisas em andamento ou desenvolvidos pela UFSM nos últimos cinco anos. Tais dados foram obtidos junto à Pró-Reitoria de Planejamento e ao Centro de Processamento de Dados da instituição de ensino superior em estudo; realização de entrevistas com roteiros semiestruturados com o Gestor Executivo do Santa Maria Tecnoparque e com o Diretor Substituto do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (NIT) da UFSM; utilização, como fonte de coleta de dados, de legislações pertinentes ao tema, tais como: Lei do Funcionalismo Público (Nº 12.863/2013), Lei de Inovação Tecnológica (Nº 10.973/2004), Resoluções Internas da UFSM (Nº 23, 24 e 25, de 2012); análise conjunta dos dados obtidos pela diversas fontes de coleta das informações. Destaca-se que a presente investigação foi desenvolvida entre os meses de agosto de 2013 e julho de 2014. 3 RESULTADOS Constatou-se que as áreas de atuação tecnológica das empresas associadas ao SM Tecnoparque são: (i) economia criativa, (ii) metal mecânico, (iii) tecnologia da informação (TI), (iv) defesa e (v) agrotecnologia. A partir desta informação, procurou-se identificar vinculações entre as cinco áreas de atuação do referido parque tecnológico com os projetos de pesquisas desenvolvidos no interior da UFSM nos últimos cinco anos. Assim, foram analisados 5.655 projetos, dentre os quais, selecionou-se 83 estudos avaliados com potencialidades em termos de interação com as empresas do SM Tecnoparque. Conforme se evidencia no Quadro 1, a maior parte dos projetos pertencem ao Centro de Tecnologia (CT) com 54 trabalhos, destacando-se aqueles relacionados às áreas 7 denominadas por metal mecânico e por TI. A seguir, identificou-se 11 estudos vinculados ao Centro de Ciências Rurais (CCR), na área de agrotecnologia. Outros 10 projetos estão ligados ao Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM), com ênfase na área de TI. Relacionados ao Centro de Ciências Sociais e Humanas (CCSH) encontrou-se 7 estudos referentes à área de economia criativa e, por fim, identificou-se 1 projeto pertencente ao Centro de Artes e Letras (CAL). SUBUNIDADES DA UFSM ÁREAS DE ATUAÇÃO DO SM TECNOPARQUE TOTAL Economia Criativa Metal Mecânico TI Defesa Agrotecnologia CT 06 24 14 05 05 54 CCR — — — — 11 11 CTISM 01 — 07 01 01 10 CCSH 07 — — — — 07 CAL — — 01 — — 01 TOTAL 14 24 22 06 17 83 Quadro 1 - Possíveis interações entre as áreas de atuação do SM Tecnoparque e a UFSM Fonte: elaborado pelos autores. Com o intuito de expor uma amostra dos projetos citados no Quadro 1, no Quadro 2 são apresentados os objetivos dos estudos desenvolvidos na UFSM com potencialidades de interação com as empresas do SM Tecnoparque considerando as suas cinco áreas de atuação. ÁREAS DO SM TECNOPARQUE ECONOMIA CRIATIVA METAL MECÂNICO OBJETIVO DO PROJETO Buscar a transposição de escala de laboratório para a escala industrial de um produto farmacêutico de base nanotecnológica já desenvolvido por um grupo de pesquisa da farmácia da UFSM. Para tanto, será elaborado um estudo de viabilidade técnico e econômica para implantação de uma empresa que irá fabricar esse produto no Polo Tecnológico de Santa Maria - RS. Identificar as variáveis necessárias para o desenvolvimento econômico de uma região a partir de empresas de base tecnológica, tendo em vista o crescente número de startups nos últimos anos. Identificar o conhecimento produzido no contexto da pesquisa na Universidade e assim contribuir com a sua transferência para a sociedade. Analisar o desenvolvimento sustentável e a teoria institucional sob a ótica dos atores de um parque tecnológico. Desenvolver uma metodologia de soldagem de aços inoxidáveis duplex, procurando melhorar as propriedades microestruturais principalmente com relação a resistência a corrosão, sem o emprego de material de adição. Desenvolver os estágios de funcionamento para um magnetômetro de fluxo saturado utilizando eletrônica digital através de dispositivos lógicos programáveis. Implementar uma rede de sensores e atuadores sem fio, porém diferentemente de padrões comumente utilizados, como ZigBee, ela é voltada para apresentar um baixo consumo de energia. Desenvolver o projeto, manufatura e testes de um carro dotado de rodas e de uma ferramenta de corte de chapas metálicas. Fornecer controladores robustos por meio de desigualdades matriciais lineares (LMIs) que assegurem rastreamento de referências sinusoidais para 8 corrente de saída de inversores em sistemas de energia renováveis conectados à rede. Desenvolver um Conversor/Inversor de Alto Ganho com aplicação para Sistemas Móveis Autônomos, como ambulâncias e ônibus. Desenvolvimento de um carregador de baterias de alto desempenho para sistemas fotovoltaicos. Desenvolver um simulador de combate entre diversos jogadores por rede para uso em jogos de computador. Desenvolvimento de técnicas para a geração de caminhos em cenários 3D. Desenvolvimento de algoritmos para geração procedural mundos virtuais, incluindo oceanos, vegetação, praias, rios e estradas. Implementação do portfólio para o desenvolvimento de software, relaciona a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) como âncora na criação de novos conhecimentos e estabelece a interação da academia com as empresas. Implementar um sistema de tradução binária dinâmico em hardware, que realiza a conversão de instruções x86 (CISC) para o conjunto de instruções MIPS (RISC) de forma transparente ao usuário. Definição de uma arquitetura computacional de sistemas pervasivos para tratamento médico homecare, voltada para dispositivos móveis. TI O projeto de pesquisa propõe a melhora de um robô, focando-se na ampliação das capacidades sensoriais do robô mediante a aquisição de sensores de visão, câmera/3D e de ultrassom que seriam colocados sobre uma estrutura mecânica que teria que ser projetada e posteriormente montada e integrada ao robô quadrupede. Estudar e compreender o funcionamento de processamento de imagens e estereoscopia, assim como sistemas embarcados compostos por câmeras e controle. Desenvolver a construção de protótipo um robô, através da construção e implementação de projetos eletrônicos e mecânicos na área da robótica, objetivando a participação do Colégio Técnico Industrial de Santa MariaUFSM em eventos e campeonatos ligados à área da robótica. Construção de serviço para provisão de informações sobre transporte público através de uma interface gráfica. Exploração das atividades na área aeroespacial referentes ao desenvolvimento de pequenos satélites, voltado especificamente para uma determinada classe de picosatélites (até 10Kg), os CubeSats, com a busca de conceitos, suas aplicações e benefícios a sociedade. Criação de um jogo 3D baseado em um simulador de tiro que utilize dispositivos de captura de movimento de baixo custo utilizados em videogames, além de avaliar o desempenho e movimentação do usuário. DEFESA Colaborar na diminuição da dependência externa para a obtenção de componentes eletrônicos com qualificação espacial para utilização por satélites desenvolvidos pelo país. Conceber, projetar, construir e fazer voar uma aeronave não tripulada em escala, rádio controlada que atenda ao regulamento da competição. Aplicação das ferramentas de CAD/CAE/CAM/CNC no projeto e desenvolvimento de uma aeronave não tripulada para a competição na SAE Brasil Aerodesign. Estabelecer critérios a Gestão Inovadora a partir de um produto de base Nanotecnológica como forma de estímulo ao empreendedorismo, tomando como modelo o setor industrial farmacêutico. Estudo da rastreabilidade bovina através de um modelo integrado de decisão. AGROTECNOLOGIA Insumos agrícolas para melhoria das propriedades do solo e da produção vegetal. Projeto de um veículo autopropelido para aplicação de inseticida no combate ao mosquito. Quadro 2 – Projetos desenvolvidos na UFSM com potencialidades de interação com as empresas do SM Tecnoparque Fonte: elaborado pelos autores. 9 Do total de 83 estudos avaliados com potencialidades de interação com as empresas do SM Tecnoparque, identificou-se 19 projetos relacionados ao contexto socioambiental. No Quadro 3 são apresentados esses trabalhos por área de atuação (conforme classificação do parque tecnológico) e respectivo objetivo do projeto. ÁREAS DO SM TECNOPARQUE ECONOMIA CRIATIVA METAL MECÂNICO TI DEFESA AGROTECNOLOGIA OBJETIVO DO PROJETO Apresentar uma proposta de um Modelo de Sistema Regional de Empreendedorismo e Inovação (MSREI). Analisar as relações entre as práticas e elementos de sustentabilidade e a gestão de portfólios de projetos de inovação. Analisar, de forma comparada, como a ADESM, o CONDESUS e a SCNR promovem a articulação dos atores locais/regionais (econômicos, sociais e políticos) em uma estrutura de governança em prol do desenvolvimento local e regional sustentável. Desenvolver uma lama refratária para recobrimento de modelos de poliestireno expandido para uso em fundição de peças de alumínio. Construir um modelo matemático para simuladores eletrônicos de painéis solares fotovoltaicos, trabalhando juntamente com outros grupos de pesquisa, com o Centro de Estudos em Energia e Meio Ambiente (CEEMA) da UFSM. Visa o projeto e a construção de uma central fotovoltaica de 10 kW conectada à rede local com condicionamento geotérmico e concentradores solares com refletores planos aplicados a painéis fotovoltaicos. Analisar a viabilidade de um sistema de cogeração no qual a recarga de baterias de um carro elétrico é aliada ao aproveitamento do calor desperdiçado pelo motogerador para o aquecimento de água residencial. Visa o estudo de técnicas de redução de consumo de energia e redução de área em Tags RFID utilizando a tecnologia de 180nm. Consiste no estudo e implementação de reatores eletrônicos com correção de fator de potência, alimentação universal e reconhecimento de lâmpadas fluorescentes através do reator eletrônico que será desenvolvido. Estudar as propriedades do pó de pedra, proveniente do processo de britagem da rocha, para utilização como agregado miúdo em substituição à areia natural. Desenvolvimento de modelos de simulação computacional, os quais objetivam a geração de informações que permitam aos gestores da área de resíduos sólidos urbanos (RSU) avaliarem e analisarem cenários acerca da geração e destinação final dos RSU. Não foram encontrados projetos referentes a esta área de atuação. Determinar a viabilidade econômica do tratamento de dejetos suínos, através da obtenção dos créditos de carbono e/ou da produção de energia elétrica, auxiliado pelas previsões via modelos Box e Jenkins do volume de biogás produzido diariamente por suínos em granjas de Toledo - PR. Criar e testar um filtro de fluxo descendente, objetivando a eliminação total ou parcial do enxofre gerado no laboratório de processos da Engenharia Química na UFSM. Preparação de carvão ativado sob a técnica de pirólise, utilizando primeiramente como material de partida "farelo de porongo (cuia) lixado", coletado em uma fábrica de cuias no bairro Camobi em Santa Maria. Criar ambientes de aprendizagem objetivando qualificar pessoas, para desenvolver um ciclo sustentável de produção, envolvendo produção orgânica de plantas, tratamentos de resíduos sólidos orgânicos, geração de energia elétrica e utilização de água das chuvas. Avaliar a atividade do estanato de zinco na degradação de compostos orgânicos sob irradiação solar. Estudar e analisar os remanescentes de florestas naturais do Rio Grande do 10 Sul, de maneira a garantir a sua conservação e uso racional e, em paralelo, estudar os plantios comerciais visando atender às demandas da sociedade sob a ótica do desenvolvimento sustentável aplicado à silvicultura e ao manejo e tecnologia dos produtos e subprodutos da atividade florestal. Realizar um estudo da realidade da conservação das Áreas de Preservação Permanente (APP's) de propriedades rurais. Realizar um inventário para a produção do biodiesel no Sul do Brasil, considerando aspectos energéticos e ambientais de sua utilização. Quadro 3 - Projetos desenvolvidos na UFSM com potencialidades de interação com as empresas do SM Tecnoparque com enfoque socioambiental Fonte: elaborado pelos autores. É conveniente destacar que os 83 projetos selecionados foram submetidos à apreciação da Gerência Executiva do Santa Maria Tecnoparque. Diante do exposto, o presente estudo permitiu apontar possíveis interações em pesquisa e desenvolvimento entre os projetos desenvolvidos pela UFSM e os empreendimentos empresariais associados ao SM Tecnoparque, além de destacar aquelas investigações com vinculação à temática socioambiental. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com esta pesquisa constatou-se a possibilidade de ampliação das interfaces em termos de pesquisa e desenvolvimento entre a Universidade Federal de Santa Maria e o Santa Maria Tecnoparque. Dessa forma, há potencial para que sejam ampliados os benefícios que o modelo Hélice Tríplice prevê para as três esferas envolvidas. Entretanto, como qualquer outro estudo, esta pesquisa possui limitações, dentre as quais se destaca a possibilidade de erros na identificação daqueles projetos que possuem ou não potencial de interação com as áreas de atuação do parque tecnológico em evidência. Trata-se de um estudo inicial e que terá continuidade. Nesse sentido, pretende-se aprofundar a investigação estabelecendo-se contato com o pesquisador responsável por cada projeto, mapeando seu interesse em termos de estabelecer uma parceria com as empresas associadas ao Santa Maria Tecnoparque. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO SANTA MARIA TECNOPARQUE. Estatuto Social. 2008. BLOG DO EMPREENDEDORISMO DE SANTA MARIA. Comitê de Empreendedorismo e Inovação de Santa Maria. Sobre o comitê. Santa Maria, 2013. Disponível em: <http://comitedeempreendedorismo.com.br/about/>. Acesso em: 01 set. 2013. BONACCORSI, A.; PICCALUGA, A. A theoretical framework for the evaluation of university-industry relationships. 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Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio recebido. 12