CADERNO DE RESUMOS DO I SEMINÁRIO INTEGRADO DOS SUBPROJETOS DE LETRAS – PIBID/IFES ---------------------------------------------------------------------------------------- ORGANIZADORES André Effgen de Aguiar Carlos Eduardo Deoclécio Fernanda Borges Ferreira de Araújo Geraldo Majella de Souza Lauro Chagas e Sá --------------------------------------------------------------------- VITÓRIA Outubro / 2015 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS APRESENTAÇÃO Os Seminários Integrados por área são espaços de encontro entre os subprojetos que compõem o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) no Ifes. O I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes ocorre como um momento para compartilhamento de experiências desenvolvidas pelos bolsistas dos Subprojetos de Letras, das modalidades presencial e a distância, nas escolas parceiras que integram o programa. O evento acontece em 31/10, das 8h às 16h30min, no Campus Vitória, com o tema “Ensino de Língua e Literatura: diálogos e interfaces” e é restrito a alunos dos cursos de Letras do Ifes, do Mestrado Profissional em Letras (ProfLetras) e aos demais participantes do Pibid. 2 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS SUMÁRIO ATIVIDADE PÁG. 1. Programação Geral 04 2. Programação das Comunicações 05 3. Mesa-Redonda 11 4. Minicursos 14 5. Comunicações 20 3 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS PROGRAMAÇÃO GERAL HORÁRIO ATIVIDADE 8h Credenciamento 8h30 às 10h20 Mesa-Redonda: 10h30 às 12h30 Minicursos 12h30 às 13h30 Almoço 13h30 às 14h50 Sessão de Comunicações 1 15h às 16h30 Sessão de Comunicações 2 4 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES MINIAUDITÓRIO I SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 1 – 13h30 às 14h50 1.A E SEMINÁRIOS DE LEITURA: CONTRIBUINDO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES L Ana Cláudia GOULART Kátia da Cruz OLIVEIRA Sara Sobrinho BELO Valéria da Fonseca Ribeiro MARTINS 1.B P A LEITURA E A PRÁTICA DE ENSINO DE LITERATURA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES NO ENSINO MÉDIO Claudson MENDES Maria Aparecida DAMAZIO Shayanni Gaspar COELHO Alexsandra Lopes Novaes GODOY 1.C CONTANDO ESTÓRIAS E CONSTRUINDO HISTÓRIAS João Victor Correia MARQUES Henrique Oliveira SANTOS Patrícia Seibert LYRIO 1.D CRIANDO E APRENDENDO COM A LITERATURA CAPIXABA Jaqueline Cosme BORGES Ivanilde Santos PAGANINI Patrícia Seibert LYRIO 5 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MINIAUDITÓRIO II SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 2 – 13h30 às 14h50 2.A N TRABALHANDO A PRODUÇÃO DE TEXTO NO ENSINO MÉDIO: O GÊNERO NOTÍCIA EM DESTAQUE Paula Leal FERNANDES Daniele dos Santos LIBERATO Silaine Rosa SPAVIER Alexsandra Lopes Novaes GODOY 2.B C L I A LITERATURA DE CORDEL COMO FATOR DE CONSTRUÇÃO DE C O N H CONHECIMENTO E INTERAÇÃO COM A VARIEDADE PROSÓDICA E LITERÁRIA DO BRASIL Rodolpho Breciani ADAMI Moema de Souza BÁFICA André Felipe COUTINHO Thiane Couto SANTOS Alana Rubia Stein ROCHA 2.C O FOMENTO DA PRODUÇÃO ESCRITA NO ENSINO MÉDIO Jocimar Nazareno PIÃO João Vitor Santos SCHWAB Ellison Christian Freire RAFAEL 2.D LETRAMENTO: O USO DA ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL Débora Augusta de Andrade BRAGA Érika PETERLE Fernanda Oza Correa Moraes JANUÁRIO Alcelon da Silva AMARAL 6 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS SALA B3 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 3 – 13h30 às 14h50 3.A N NINGUÉM PRECISA VOLTAR SOZINHO: DIVERSIDADE SEXUAL E DE G Ê GÊNERO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Aline Suave NUNES Patrícia Seibert LYRIO 3.B N ESCOLA COLETIVA: A NECESSIDADE DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NO AMBIENTE ESCOLAR Jéssica Rubia STEIN Emanuely Carneiro ANTUNES 3.C N OS PRIMEIROS PASSOS PARA UMA PESQUISA CIENTÍFICA: COM H EC E CONHECENDO DO AS NORMAS DA ABNT Carla Maria Zizuiê NAKAYAMA Elaine Cristina Borges SOUZA Emanuely Carneiro ANTUNES 3.D ÁGUA: PORQUE TE QUERO BEM Andressa Rodrigues SILVA Ângela Maria ALVES Franciele do AMARAL Rosimere ZANIBONI Sueli Maria Braga Nunes NUNES Viviana Souza BULHÕES 7 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS SALA B3 SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 4 – 15h às 16h30 4.A M ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ATRAVÉS DO GÊNERO CORDEL: D I DIMINUINDO O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA ESCOLA Cleuzeni Felberg Betini TAQUINI Gelyélida Vanelyse Moreira CARVALHO Vanderléia de Lima AGUIAR Valéria da Fonseca Ribeiro MARTINS 4.B JOGANDO COM A LÍNGUA PORTUGUESA Karla Renata Assis de AQUINO Michelly Cristina Alves LOPES Andréa ROMAN Andréa Rocha OLIVEIRA 4.C G ENTRE O REAL E O FIGURADO: A PRESENÇA DAS FIGURAS DE LINGU A LINGUAGEM NOS TEXTOS QUE PERMEIAM O COTIDIANO Valdeir Pires da COSTA Emanuely Carneiro ANTUNES 4.D O ENSINO DA CLASSE DE PALAVRA NUMERAL A PARTIR DE JOGOS Laysimar dos Santos Rudio FREITAS Emanuelly Carneiro ANTUNES 8 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MINIAUDITÓRIO I SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 5 – 15h às 16h30 5.A A LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA PRODUZIDA NO ESPÍRITO S SANTO: UMA PROPOSTA PARA A SALA DE AULA Thaiza Cardoso CARLOS Márcia Correia da SILVA Ellison Christian Freire RAFAEL 5.B LIVRO NA MÃO: MUITAS HISTÓRIAS E DIVERSÃO Tatiana de Souza Vieira GHETLER Shirlei Ferreira França SANTIAGO Patrícia Ortolani Santana SANTANA Marilete Buss GARCIAS 5.C A POESIA DE PROTESTO EM ATIVIDADES DINÂMICAS NA SALA DE AULA Ana Maria dos PASSOS Marilete Buss GARCIAS 5.D IT NARRATIVAS A PARTIR DE LIVROS-IMAGENS: DA ESCRITA PARA A L E LEITURA Griza Rafaela ROSA Amanda Simões de SOUZA Andréa Rocha OLIVEIRA 5.E FANFIC EM SALA DE AULA Thays Sacramento dos SANTOS Andréa Rocha OLIVEIRA 9 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MINIAUDITÓRIO II SESSÃO DE COMUNICAÇÕES 6 – 15h às 16h30 6.A A NOVAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: AS CONTRIBUIÇÕES DA FE R R FERRAMENTA GOOGLE DOCS PARA AS AULAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO Eliziete Zuqui RIBEIRO Marcília Rolim Souza de PAULA Thayane kamila Liquer ALMEIDA Alcelon da Silva AMARAL 6.B O TEATRO DA CORRUPÇÃO Giulender Felipe da FONSECA Denilsa Aparecida LANA Karla Ivana MOREIRA 6.C CONSCIÊNCIA NEGRA: EDUCAÇÃO E RESPEITO NÃO TÊM COR Andressa Rodrigues SILVA Ângela Maria ALVES Franciele do AMARAL Rosimere ZANIBONI Sueli Maria Braga Nunes NUNES Viviane Bulhões de SOUZA 6.D ÁGUA É VIDA: PRESERVAÇÃO É TUDO Gessiléia Maria PEREIRA Juliana Fernandes de SIQUEIRA Rayana Karla Abreu RODRIGUES Valdirene Elias da Silva NUNES Karla Ivana MOREIRA 6.E A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA COMO RECURSO NAS AULAS DE LITERLITERATURA E PRODUÇÃO TEXTUAL FONSECA, Leidemacia Clementina de Souza LYRIO, Patrícia Seibert 10 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MESA-REDONDA 11 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MESA-REDONDA O TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA Leila Maria TESCH (Ufes) O presente trabalho tenciona apresentar os direcionamentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para o tratamento da variação linguística no ensino de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, mais especificamente, do 6º ao 9º ano. Nesses documentos oficiais, é perceptível o objetivo de se desenvolver a compreensão da variação linguística, valorizar as diferentes possibilidades de expressão linguística e, principalmente, evitar o preconceito linguístico. Para verificar se tais questões se fazem presentes nos livros didáticos de Língua Portuguesa, será feita a análise da coleção “Para Viver Juntos/Português”, apresentando, assim, um estudo descritivo/documental, com abordagem qualitativa. A coleção analisada demonstra não ignorar a variação linguística, porém não trata diretamente dos objetivos apontados acima. Isso indica que, apesar de ainda não se ter alcançado uma situação almejada de ensino de língua materna, percebe-se uma preocupação mínima dos autores em incorporar os estudos linguísticos à heterogeneidade e diversidade linguística, fundamentados pela Sociolinguística. 12 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS INTERDISCIPLINARIDADE EM MATERIAIS DIDÁTICOS DE EJA Maria Madalena Covre da SILVA (Ifes) As ciências e o ensino desde o século XIX têm tomado como pressuposto metodológico o recorte dos seus objetos e disciplinas ignorando suas relações de interdependência e subordinação aos contextos de onde foram tirados, como forma de simplificar o que é originalmente complexo. Na direção contrária, há um movimento crescente propondo que as diversas áreas do conhecimento interajam em favor de uma ciência e uma educação mais significativas e eficazes diante dos desafios cada vez maiores com que se defronta a sociedade. O devir dessa nova cultura, além de ser uma tarefa da própria ciência nos seus processos de pesquisa, é também da escola, que pode promover, já no ensino básico, experiências de integração do conhecimento. Auxiliares importantes do ensino nas escolas são os materiais didáticos, que, nesse sentido, também devem ter caráter interdisciplinar. O Guia dos Livros Didáticos do PNDL EJA 2014, por exemplo, expressa sua predileção por livros que apresentem “propostas de articulação entre as áreas de conhecimento” (p. 19). Diante da importância e da urgência de se intensificar a presença desse tema na pauta das instituições de ensino, nossa participação na mesa redonda proposta tem como objetivo discutir a articulação entre as disciplinas da área de Linguagem e Códigos e a de Ciências Humanas em materiais didáticos de EJA. 13 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MINICURSOS 14 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS MINICURSOS A ANÁLISE DO DISCURSO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Profª Fernanda Borges Ferreira de ARAÚJO A Análise do Discurso consiste em analisar a linguagem em ação, os efeitos produzidos por meio do seu uso e o sentido social construído. E esse sentido encontra-se sempre em aberto para a possibilidade de interpretação do seu receptor. Assim, como atrelar a Análise do Discurso ao ensino de Língua Portuguesa? E quais as estratégias a serem adotadas para um ensino eficiente e eficaz? Normalmente se diz que se ensina gramática para tornar os indivíduos capazes de falar e escrever bem. Porém, a forma como isso se dá é a grande questão, pois se privilegia a prescrição de normas que serão válidas em todos os contextos, não levando em conta a variação em qualquer dimensão. Desse modo, a prática da leitura e da escrita será fundamental para atingir os objetivos de um ensino de português mais eficaz. Daí entra a técnica da utilização da Análise do Discurso, pois, segundo Voese (2004, p. 155), ela propõe um “conjunto de justificativas (argumentos) para a descrição, a interpretação e a compreensão de um texto”. Os textos possuem intenções que vão além de simplesmente comunicar, eles podem querer convencer o interlocutor a adotar determinado ponto de vista, transmitir ideologias e crenças. De acordo com Brandão (2012), o discurso é o ponto de articulação dos fenômenos linguísticos e dos processos ideológicos. Assim, trabalhar a Análise do Discurso é perceber que a língua e a cultura estão intimamente ligadas e que os textos não são neutros. O objetivo de inserir a Análise do Discurso no contexto escolar parte do pressuposto de que o ensino de Língua Portuguesa consiste em desenvolver a competência de leitura e produção de textos. Para compreender melhor essa proposta, realizaremos uma dinâmica, utilizando o discurso como ponto de partida, a fim de tornar as aulas mais contextualizadas e interativas, incentivando, assim, a leitura, a escrita e a argumentação. Referências: BRANDÂO, Helena, H. Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2012. VOESE, Ingo. Análise do Discurso e o ensino de língua portuguesa. São Paulo: Cortez, 2004. 15 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS LEITURA DE LITERATURA E ENSINO Prof. Karina Bersan ROCHA Para o filósofo Antonio Candido, não há povo e não há homem que possa viver sem a Literatura, isto é, “sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação”. Partindo desse princípio, de que a literatura é uma manifestação universal de todos os homens em todos os tempos, perguntamos: “como vai o ensino de literatura na escola?” De maneira geral, ensinamos mais a história da literatura que a leitura do texto literário em si. Dessa forma, propomos a leitura crítica e ativa de trechos e textos de Manoel de Barros e de Guimarães Rosa como forma de ampliar os horizontes humanos, de “humanizar o homem” em sua essência. Referências: BARROS, Manoel de. Biblioteca Manoel de Barros (coleção). São Paulo: LeYa, 2013. CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. 4ª ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Duas Cidades/Ouro sobre Azul, 2004, p. 169 – 191. ROSA, Guimarães. Ficção Completa (em dois volumes). 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2009. 16 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS LEITURA E INTRODUÇÃO À TÉCNICA NARRATIVA DE MOACYR SCLIAR Prof. Geraldo Majella de SOUZA Partindo de textos do livro O imaginário cotidiano, de Moacyr Scliar, esta oficina, inicialmente, propõe um estudo crítico e temático sobre o gênero crônica. O segundo passo será extrair da técnica narrativa de Scliar uma didática para uma escrita melhor, clara e concisa. No livro citado, o autor, em todas as crônicas, parte sempre de uma epígrafe jornalística: São notícias sobre temas diversos extraídas de cadernos da Folha de São Paulo no período de 1996 a 2001. O curioso da técnica de Scliar é que ele não apenas atualiza o leitor sobre fatos relevantes, e curiosos, dessa época em que trabalhou na Folha, escrevendo na seção “Cotidiano”. Ele escreve, como um exímio cronista, textos curtos e completamente criativos. A cada leitura, como diante de um caleidoscópio, nós, leitores, descortinamos, com o cronista, as diversas facetas de um mundo que se fragmenta (e nos completa) com o imaginário de um grande autor que se propõe, como ele mesmo diz na “introdução” do livro, imitar a narrativa sucinta do grande contista curitibano Dalton Trevisan. Por isso que esta oficina convida cada aluno inscrito a “imitar” a Arte de Scliar (e de Dalton), pois, além de se manter informado e ambientado com a crítica, pode, principalmente, aprender com as melhores escolas da escrita concisa produzida na Literatura Brasileira Contemporânea. Referências: SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002. SQUARISI, Dad; SALVADOR, Arlete. Escrever melhor. São Paulo: Contexto, 2008. ______. A arte de escrever bem. São Paulo: Contexto, 2008. 17 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA PROPOSTA PARA AS AULAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO Prof. André Effgen de AGUIAR Um dos grandes desafios hoje para o professor de Língua Portuguesa é entender o que ensinar em suas aulas: Gramática? Leitura? Produção de Texto? Oralidade? Tudo isso junto? Um pouco de cada coisa? Como fazer? O que não fazer? Por qual caminho seguir? Essas são questões que ainda travam muitos professores, que, por inúmeros motivos, continuam baseando suas aulas em estudos de gramática com frases isoladas e leituras e interpretação de textos prontas no Livro Didático. Para o PCN de Língua Portuguesa, documento norteador para o ensino de Língua Portuguesa no Brasil, não é possível tomar como unidades básicas do processo de ensino as que decorrem de uma análise de estratos, a unidade básica do ensino só pode ser o texto. Os textos se organizam dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino (PCN’s, 1998, p.23). Pensamos ser essa a resposta para todas as questões elencadas acima, o Gênero textual como foco das aulas de Língua Portuguesa. Uma maneira eficaz para trabalhar o Gênero Textual em sala de aula é através do uso da SEQUÊNCIA DIDÁTICA. Segundo Schneuwly e Dolz (2004, p.18) a sequência didática pode ser definida como “um conjunto de atividades escolares organizadas sistematicamente em torno de um determinado gênero textual oral ou escrito”. O uso desse tipo de planejamento apoiaria o trabalho do professor nas aulas de língua portuguesa, ajudando-o a adequar-se às teorias mais modernas no que tange o ensino de língua materna. Propomos por meio desse minicurso, instrumentalizar o professor para trabalhar com o gênero textual em sala de aula, dando enfoque ao estudo da teoria do Gênero Textual, usando a Sequência Didática como ferramenta para o trabalho de produção de texto na sala de aula. Referências: BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Língua Portuguesa. Ensino Fundamental, 3º e 4º ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998. SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2004. 18 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ENSINO: PRONOMES PESSOAIS E COLOCAÇÃO PRONOMINAL NO PORTUGUÊS BRASILEIRO Prof. Carlos Eduardo DEOCLÉCIO Determinados aspectos da gramática de uma língua são tomados como unilaterais, discretos e padronizados. A respeito do ensino escolar do português brasileiro, a ampliação dessa visão se faz necessária, dada a variabilidade encontrada no sistema linguístico e as adequações naturais ou monitoradas que o falante costuma fazer nas diversas cenas comunicativas das quais participa. Nesse sentido, tendo em vista a descrição gramatical, propomos uma reflexão de alguns temas caros ao ensino normativo, tais como o subsistema dos pronomes pessoais e a colocação dos pronomes oblíquos átonos. De acordo com Lopes (2013), os manuais normativos não se referem – ou pouco o fazem – a formas pronominais inovadoras, como a gente, e não costumam problematizar a sua coocorrência com a canônica nós. Comportamento semelhante é visto na abordagem dada aos pronomes de segunda pessoa tu e você. Segundo Vieira (2002), o tratamento dado à colocação/posição dos clíticos pela tradição gramatical destoa, em muitos casos, do uso brasileiro, e a variedade europeia, diferente do que se estigmatiza, apresenta um importante quadro de variação acerca desse fenômeno fonomorfossintático. A proposta deste encontro é, portanto, a de apresentar um breve panorama acerca desses fenômenos variáveis, de forma a contribuir para o aperfeiçoamento da prática de ensino da língua portuguesa como língua materna. Referências: LOPES, Célia Regina. Pronomes pessoais. In: VIEIRA, Sílvia Rodrigues; BRANDÃO, Sílvia Figueiredo. Ensino de gramática: descrição e uso. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2013. VIEIRA, Sílvia Rodrigues. Colocação pronominal nas variedades europeia, brasileira e moçambicana: para a definição da natureza do clítico em português. Rio de Janeiro, 2002. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Faculdade de Letras, UFRJ. 19 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS COMUNICAÇÕES 20 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS COMUNICAÇÕES ÁGUA É VIDA: PRESERVAÇÃO É TUDO Gessiléia Maria PEREIRA Juliana Fernandes de SIQUEIRA Rayana Karla Abreu RODRIGUES Valdirene Elias da Silva NUNES Karla Ivana MOREIRA Este projeto objetivou a conscientização dos alunos de 6ª e 7ª séries, da EEEFM “Ecoporanga”, sobre a preservação da água. Para isso, propusemos um trabalho que partiu da leitura de notícias de jornal e a culminância foi produções de paródias. De acordo com a nossa proposta, elaboramos as seguintes ações desenvolvidas pelos discentes: Leitura orientada, interpretação e produção textual, a fim de que uma reflexão sobre a consciência ambiental fosse incorporada aos hábitos de cada aluno. Os passos seguintes foram: confecção de cartazes, folders; rodas de conversas e debates. A culminância aconteceu com produções e leituras de paródias musicais. Para conclusão deste projeto, foram necessárias seis aulas, de acordo com a seguinte sequência: Diagnóstico e explanação geral sobre o tema a ser tratado; apresentação do projeto aos alunos e divisão dos grupos de trabalho; realização das tarefas; pesquisas para a confecção do material a ser exposto; palestra com um representante da CESAN, sobre a situação hídrica atual; audição de música e exercícios de interpretação; criação de paródias; exposição do material produzido como resultado final. Por se tratar de um projeto para conscientização, objetivou-se que todos os alunos entenderiam sobre a gravidade do desperdício de água, na atual conjuntura. 21 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS ÁGUA: PORQUE TE QUERO BEM Andressa Rodrigues SILVA Ângela Maria ALVES Franciele do AMARAL Rosimere ZANIBONI Sueli Maria Braga NUNES Viviana Souza BULHÕES O objetivo deste projeto, aplicado aos alunos das 2ª e 3ª séries, noturno, na EEFM “Rubem Rangel”, entre março e julho de 2015, foi trabalhar a leitura, interpretação e escrita de forma tematizada. Partimos da observação e pesquisa com os alunos e com a professora regente. Em seguida, percebemos a falta de motivação dos alunos e muitas dificuldades para práticas textuais. O tema surgiu da crise hídrica que assola o país e, especialmente, Colatina, por ser um município quente. Inicialmente abordamos, de forma geral, sobre a importância da preservação dos recursos naturais; estimulamos, em seguida, a leitura crítica; depois, a pesquisa consciente do que se encontra nas mídias, dentre outras fontes. Algumas atividades estimularam a oralidade, a criatividade, a escrita objetiva e coerente, as habilidades individuais e a interação em grupo. Tudo partiu de uma pesquisa qualitativa com observação participativa, entrevista com a professora e alunos, revisão bibliográfica e a elaboração de uma sequência didática voltada para sanar as dificuldades e ter conscientização sobre o tema escolhido. Ao final da aplicação, verificou-se uma melhora no desempenho da produção textual dos alunos, maior interesse pela leitura, capacidade de interpretação e conscientização sobre a importância da “água” para a sobrevivência no planeta. 22 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS A LEITURA E A PRÁTICA DE ENSINO DE LITERATURA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES NO ENSINO MÉDIO Claudson MENDES Maria Aparecida DAMAZIO Shayanni Gaspar COELHO Alexsandra Lopes Novaes GODOY Neste artigo apresentamos resultados de uma pesquisa que buscou investigar as escolhas de leitura de jovens estudantes do Ensino Médio, na escola CEI Attila de Almeida Miranda, no município de Cachoeiro de Itapemirim/ES. O foco principal da pesquisa é contribuir com discussões acerca da formação de leitores na escola, nas práticas de ensino das aulas de literatura, particularmente a importância dos clássicos na formação do leitor. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino Médio mencionam que o professor precisa criar estratégias para o ensino de literatura. Teoricamente nos referenciamos em Geraldi (1998), Bakhtin (2002) e Kleiman (2007). Procuramos mostrar a importância de os alunos reconhecerem na literatura sua realidade. Na obra, “Como e porque ler os clássicos universais desde cedo” (2002), Ana Maria Machado ressalta a importância de se conhecer os clássicos ainda na infância. Partindo dessa perspectiva, aplicamos um questionário em sala de aula com o objetivo de saber qual o gosto ou hábito de leitura que tinham os alunos. Após os resultados, observamos que a maioria dos alunos conheciam e leram livros considerados clássicos, mesmo que, em certos momentos, foram obrigados por fazer parte da matriz curricular. Sabendo da grande dificuldade de convencimento para ler clássicos, procuramos de maneira dinâmica e divertida introduzir a leitura de forma que não causaria repulsa aos alunos. Com a orientação da professora, realizamos as atividades de leitura de clássicos através de saraus, cafés literários e declamação de poesias. Desta forma, procuramos tornar este tipo de leitura agradável com o objetivo de incentivar a escrita e a sociabilidade. A distância que separa o jovem da literatura deve ser diminuída com a ajuda do professor. 23 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS A LITERATURA DE CORDEL COMO FATOR DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO E INTERAÇÃO COM A VARIEDADE PROSÓDICA E LITERÁRIA DO BRASIL Rodolpho Breciani ADAMI Moema de Souza BAFICA André Felipe COUTINHO Thiane Couto SANTOS Alana Rubia Stein ROCHA Este trabalho foi realizado com as turmas do 1° ano do ensino médio da escola Fernando Duarte Rabelo, tendo como objetivo principal apresentar aos alunos a diversidade literária e prosódica existente na região do Nordeste inserida na Literatura de Cordel. Considerando-se que o nordeste brasileiro é a terceira maior região do Brasil e apresenta uma grande diversidade de costumes e culturas, há uma ampla variedade prosódica e linguística nos nove estados que constituem a região. Portanto, atendo-se a isso, o foco do trabalho foi atribuído à desmistificação do conceito unitário da língua, enfatizando a interdependência da pesquisa dos contextos sócio-históricos e artísticos e a criação e produção de textos. Para tanto, nos atentamos na busca da formação de leitores/escritores e a importância do Cordel como fator de (re)conhecimento da diversidade prosódica e literária do Brasil. A MÚSICA POPULAR BRASILEIRA COMO RECURSO NAS AULAS DE LITERATURA E PRODUÇÃO TEXTUAL Leidemacia Clementina de Souza FONSECA Patrícia Seibert LYRIO Este trabalho relata uma experiência vivenciada com a realização do Projeto “Misturando as Letras: Música Popular Brasileira, Literatura e Produção de Texto” desenvolvido na EMEF São Vicente de Paulo, no município de Vitória/ES, com uma turma de 7ª serie, tendo como objetivo principal despertar o interesse do aluno pela Música Popular Brasileira, melhorando, com isso, o aprendizado nas aulas de Língua Portuguesa (Literatura e Produção de texto), além de trabalhar em grupos, a fim de interagir para 24 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS atingir um objetivo comum, identificar a música como produto cultural e histórico, saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para construir conhecimento, bem como desenvolver o interesse pela pesquisa. A metodologia de trabalho envolveu o desenvolvimento de Sequências Didáticas que propiciaram o uso das novas tecnologias (dos laboratórios de informática e sala de cinema presentes na escola), com o intuito de oferecer aos alunos de Ensino Fundamental II a possibilidade de pesquisarem, nos meios de circulação virtuais, informações acerca da Música Popular Brasileira, seus cantores e compositores e de apresentarem suas pesquisas utilizando as tecnologias oferecidas pela escola. Os resultados obtidos com a realização do projeto foram bastante animadores e um estímulo para que o uso de recursos diversos nas aulas de Língua Portuguesa sejam uma constante. A POESIA DE PROTESTO EM ATIVIDADES DINÂMICAS NA SALA DE AULA Ana Maria dos PASSOS Marilete Buss GARCIAS O presente trabalho foi realizado nas turmas de primeiros anos, noturno, da EEEFM “José Pinto Coelho”, Santa Teresa, com o intuito de estudar as poesias de protesto feitas por autores importantes, de diversas épocas, com a intenção de refletir sobre momentos cruciais da história nacional. Com base nisso, objetivou-se envolver os alunos nos processos de ensino e aprendizagem da língua portuguesa, através de atividades dinâmicas em grupo. Esse tipo de prática pedagógica é um importante instrumento educacional, que pode ser realizada individualmente, em duplas ou em grupos. Dessa última forma, quando bem feita, possibilita aos alunos que trabalhem a interação, a cooperação, movimento e desafios. Além disso, o exercício foi motivador para a prática textual, enquanto proporcionou o divertimento, interesse e a descontração durante momentos tensos de estudo. O ensino e a aprendizagem, nesse caso, ficaram contemplados de uma forma que a teoria e a prática foram valorizadas, além de permitir aos alunos o entendimento sobre a importância da leitura, da escrita, da história e do estudo coletivo. 25 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS CONTANDO ESTÓRIAS E CONSTRUINDO HISTÓRIAS João Victor Correia MARQUES Henrique Oliveira SANTOS Patrícia Seibert LYRIO Neste trabalho, será explicitado o projeto desenvolvido na EMEF São Vicente de Paulo com uma turma de oitava série (nono ano). O projeto em questão – Era uma vez, contando e encantando – foi desenvolvido ao longo do ano de 2015 e teve como enfoque a contação de histórias, no sentido amplo da expressão. O objetivo principal era o exercício da oralidade, geralmente incipiente nessa fase do ensino. Para tanto, a proposta ocorreu em duas etapas. Num primeiro momento, os alunos escolheram um conto clássico – um conto de fadas – para contá-lo às crianças do abrigo Lar Batista Albertine Meador. Na segunda etapa, escreveram, baseando-se nos contos anteriormente escolhidos, suas próprias estórias, para contá-las, posteriormente, aos alunos do segundo e terceiro anos da São Vicente. Dessa forma, houve, secundariamente, o desenvolvimento da escrita, da criatividade e do caráter solidário dos alunos. CRIANDO E APRENDENDO COM A LITERATURA CAPIXABA Jaqueline Cosme BORGES Ivanilde Santos PAGANINI Patrícia Seibert LYRIO A proposta principal deste trabalho é o relato das diferentes experiências adquiridas por meio do projeto Criando e aprendendo com a Literatura Capixaba, realizado na Escola EMEF São Vicente de Paulo. O projeto proporciona aos participantes o acesso ao conhecimento de uma riqueza, talvez não muito conhecida e tão pouco comentada, mas certamente uma riqueza inspiradora e com um futuro promissor: a literatura capixaba. Aborda questões como o conhecimento, a prática da escrita, a vivência e a interação. Adotamos como forma de trabalho a audição de depoimentos de três escritores capixabas, uma visita à Academia Espírito-santense de Letras e produções literárias individuais. O objetivo específico é resgatar memórias, para valorizar cada indivíduo em sua formação e construção do lugar onde vive, mediante o contato com a Literatura Capixaba. 26 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS CONSCIÊNCIA NEGRA: EDUCAÇÃO E RESPEITO NÃO TÊM COR Andressa Rodrigues SILVA Ângela Maria ALVES Franciele do AMARAL Rosimere ZANIBONI Sueli Maria Braga Nunes NUNES Viviane Bulhões de SOUZA A população negra brasileira é representada por um número considerável no país, mas sabemos que esses cidadãos nem sempre sofreram discriminação. A Lei nº 10.639\2003 levou para as escolas reflexões e discussões importantes acerca do papel e da posição do negro na sociedade atual. Pensando em trabalhar a conscientização dos alunos dos 2º e 3º anos do ensino médio, na EEEFM “Rubens Rangel”, Colatina, disciplina de Língua Portuguesa, para atender suas carências linguísticas ligadas à leitura, interpretação e oralidade, que elaboramos este projeto de aprendizagem, aplicado no período de agosto a novembro de 2015. Foram abordados temas como os “diferentes tipos de preconceitos”, “a importância do negro no século XXI”, a “conscientização contra o racismo em situações vividas no dia a dia dos alunos”. Todas essas temáticas foram trabalhadas a partir de músicas, vídeos, paródias, textos de Machado de Assis, Gonçalves Dias e Castro Alves, debates e releituras, visando à contextualização temática. Percebemos, até o momento, que os alunos estão mais interessados, concentrados e interativos. Cada participante trouxe para a sala de aula suas experiências e expectativas. Assim, melhoram as produções textuais, o hábito e o gosto pela leitura, a interpretação de mundo e a capacidade de interação em grupo. 27 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS ENTRE O REAL E O FIGURADO: A PRESENÇA DAS FIGURAS DE LINGUAGEM NOS TEXTOS QUE PERMEIAM O COTIDIANO Valdeir Pires da COSTA Emanuely Carneiro ANTUNES O projeto Entre o real e o figurado: a presença das figuras de linguagem nos textos que permeiam o cotidiano foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, em Vitória – ES. Sua execução se deu a partir de aulas lecionadas nas turmas do 1° ano do Ensino Médio do período matutino, sob a forma de sequência didática, que tratou do sentido denotativo e conotativo das palavras, com o objetivo de, posteriormente, favorecer e facilitar o entendimento das figuras de linguagem. Para a apresentação e o desenvolvimento dos temas, foram utilizados recursos como o data show, aparelho de som, bem como o desenvolvimento de um jogo que consistia em estourar balões com exemplos de figuras de linguagem, de modo a estimular o aprendizado dos alunos, que, independentemente de acertar ou não, estariam construindo e consolidando seu conhecimento. Tal proposta teve como objetivo resgatar os conceitos referentes ao conteúdo estudado e reforçar os já existentes, possibilitando aos alunos perceberem como a conotação enriquece os textos e está presente nos mais diversos gêneros textuais, tais como em canções, poemas, textos publicitários, etc. ESCOLA COLETIVA: A NECESSIDADE DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA NO AMBIENTE ESCOLAR Jéssica Rubia STEIN Emanuely Carneiro ANTUNES O presente trabalho tem por objetivo a integração da sociedade civil organizada no ambiente escolar. A cidade de Vitória possui diversos equipamentos públicos e espaços abertos ao público voltado para as atividades recreativas e formação dos jovens, que são coordenados por coletivos e organizações sociais. A necessidade de apresentarmos esses espaços e atividades surgiu durante a interação com os alunos da EEEFM “Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto”, pois frequentemente eles afirmavam não 28 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS conhecer determinados espaços presentes em Vitória. A organização da sociedade civil é fundamental no desenvolvimento das cidades. É por meio de coletivos, fóruns e outros espaços de debates e formação social que as pessoas se tornam cidadãs atuantes e passam a se reconhecer como integrantes da comunidade em que vivem, cumprindo suas obrigações e exigindo os seus direitos junto ao poder público. Atualmente, a formação integral dos jovens tem se tornado foco das políticas públicas e é evidente a necessidade de resgatarmos a juventude para o cenário de militância e formação crítica, pois a escola por si só não consegue abranger todos os aspectos da formação integral que devemos proporcionar aos jovens. ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ATRAVÉS DO GÊNERO CORDEL: DIMINUINDO O PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA ESCOLA Cleuzeni Felberg Betini TAQUINI Gelyélida Vanelyse Moreira CARVALHO Vanderléia de Lima AGUIAR Valéria da Fonseca Ribeiro MARTINS Neste artigo, apresentamos o resultado de uma sequência didática feita em uma sala de aula do ensino fundamental de uma escola estadual localizada na cidade Iúna/ES. O foco central do trabalho recai sobre o ensino da variação linguística, com ênfase na variedade regional, utilizando como prática o gênero cordel, valorizando a grande diversidade cultural, considerando também o preconceito que rodeia tal realidade linguística. Inicialmente realizamos um estudo sobre as necessidades e a importância dos temas referidos anteriormente. Para tal, buscou-se aporte teórico em Bagno (2007), Labov (2008 [1972]), Marcuschi (2011), Bakhtin (1997), Geraldi (2012) e os PCNs (1997). Ao final da sequência didática observou-se que essa prática é uma proposta pertinente para o docente, visto que esses dois conteúdos juntos trouxeram vários benefícios para o ensino da variação, propiciando aos alunos uma evolução em seus conhecimentos, sobre dessemelhantes formas e aplicação da linguagem, tanto escrita como oral, e trazendo um conhecimento mais amplo quanto a essa variedade e quanto à necessidade de erradicar o preconceito linguístico. 29 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS FANFIC EM SALA DE AULA Thays Sacramento dos SANTOS Andréa Rocha OLIVEIRA O projeto Fanfic em sala de aula foi desenvolvido na EMEF São Vicente de Paulo, com uma turma de sétima série. Nosso objetivo foi o de incentivar a leitura, a imaginação e a escrita dos alunos. Para alcançarmos esse objetivo, dividimos o projeto em algumas etapas. Num primeiro momento, foram selecionados três livros para que os alunos lessem e escolhessem uma personagem para elaborar a fanfic. Os livros selecionados foram: Espelho, espelho meu; Neco, o sonhador; O estudante. Feita a escolha da personagem de um dos livros mencionados, os alunos escolheram mais três personagens de sua preferência para dar início ao trabalho. Para tanto, estabelecemos que a fanfic deveria ter três capítulos. Ao término dos capítulos, procedemos à correção dos textos, a partir da qual os alunos fizeram a reescrita e, usando a imaginação, confeccionaram as fanfics. JOGANDO COM A LÍNGUA PORTUGUESA Karla Renata Assis de AQUINO Michelly Cristina Alves LOPES Andréa ROMAN Andréa Rocha OLIVEIRA O presente trabalho foi elaborado pelo Pibid, via subprojeto Letras Presencial do Ifes, Campus Vitória, e aplicado aos alunos da 7ª (sétima) série “B”, turno vespertino da EMEF São Vicente de Paulo. Sabendo das dificuldades enfrentadas nas escolas de ensino fundamental II, quando se trata da prática docente da gramática, estudou-se a possibilidade de trabalhar com formas lúdicas para viabilizar um aprendizado significativo. As ferramentas educativas são materiais fundamentais no processo de ensinagem e o jogo didático pode potencializar a capacidade de apropriação do conhecimento do aluno. O projeto aqui descrito consiste na criação e aplicação de jogos, como atividade de fixação de conteúdo da gramática da língua portuguesa articulando aulas teóricas e atividades lúdicas. Tais jogos foram aplicados no decorrer do 3º 30 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS trimestre, após o encerramento de cada tema abordado, como revisão dos conteúdos. O objetivo norteador do labor foi possibilitar um aprendizado concreto de forma contextualizada e eficiente. Sendo assim, sua proposta tem se mostrado efetiva, e os resultados obtidos têm sido positivo no processo de ensino-aprendizagem, bem como na interação dos alunos. LETRAMENTO: O USO DA ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL Débora Augusta de Andrade BRAGA Érika PETERLE Fernanda Oza Correa Moraes JANUÁRIO Alcelon da Silva AMARAL Neste artigo, apresentamos o resultado de um trabalho desenvolvido com alunos do ensino médio de uma escola estadual em Piúma/ES, embasado na teoria do Letramento, Soares (2013), e no trabalho com gênero textual na escola, Marcuschi (2007), que buscou relacionar escola, ensino e sociedade. O objetivo do trabalho é incentivar a leitura e escrita, oportunizando simultaneamente a análise sistemática do gênero textual notícia e a experiência extraclasse. Faz-se, inicialmente, em sala, um estudo sobre o gênero textual notícia. Na sequência, considerando que o processo de leitura e escrita é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e conhecimentos do leitor/produtor (KOCH e ELIAS, 2006), conduzimos os alunos em uma pesquisa de campo realizada no Instituto Nova Aliança – Reabilitação em Dependências Químicas. As informações captadas nesta atividade, adjuntas ao estudo realizado inicialmente em sala, proporcionariam a confecção de um jornal que, posteriormente, seria distribuído com o intuito de mobilizar a sociedade na doação de livros para leitura dos internos. Não obstante, este trabalho preocupa-se em mostrar a importância da leitura e da escrita na prática da produção de texto em sala de aula e nas práticas sociais. Ao final do trabalho, observou-se que a interação entre escola e sociedade é uma proposta interessante para o professor, pela capacidade de relacionar diferentes temas de estudos, e para a sociedade, pela oportunidade de integrar-se desenvolvimento intelectual do cidadão. 31 diretamente ao processo de Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS LITERATURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA PRODUZIDA NO ESPÍRITO SANTO: UMA PROPOSTA PARA A SALA DE AULA Thaiza Cardoso CARLOS Márcia Correia da SILVA Ellison Christian Freire RAFAEL Este trabalho apresenta atividades aplicadas a duas turmas de primeiro ano do turno matutino da Escola Estadual de Ensino Médio Maria Ortiz, em Vitória-ES, por meio do projeto voltado ao ensino de Literatura brasileira contemporânea produzida no Espírito Santo. Compartilhamos em sala de aula algumas obras literárias de escritores contemplados no edital de literatura da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), adquiridas em evento que ocorreu em 2014, na Biblioteca Pública Estadual do Espírito Santo. As atividades desenvolvidas com os alunos envolveram leitura e análise de textos literários. Foi feita uma pesquisa com o professor supervisor e com os alunos, a fim de constatar o conhecimento da produção literária do Espírito Santo e o tratamento dado ao texto literário em sala de aula. Percebemos, no entanto, o desconhecimento das obras literárias por parte dos alunos. Nesse sentido, o projeto contribuiu para o nosso aprendizado, oportunizou a reflexão sobre a prática docente, as estratégias de ensino e a aprendizagem. LIVRO NA MÃO: MUITAS HISTÓRIAS E DIVERSÃO Tatiana de Souza Vieira GHETLER Shirlei Ferreira França SANTIAGO Patrícia Ortolani Santana SANTANA Marilete Buss GARCIAS As avaliações sistêmicas, promovidas pelas esferas governamentais e aplicadas aos alunos da educação básica, têm constatado o fraco desempenho da maioria dos estudantes brasileiros na compreensão de textos em língua materna. O presente trabalho desenvolvido na EEEFM “ESCOLA JOSÉ PINTO COELHO” nas 1ª e 3ª séries do Ensino Médio, pela professora supervisora do Pibid Marilete Buss Garcias e pelas alunas bolsistas Patricia Ortolani Santana, Shirlei Ferreira França Santiago e Tatiana de Souza Vieira Guetler, estudantes do curso de Licenciatura em Letras/Português do IFES, 32 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS visa garantir experiência de ensino eficaz que proporcione aos alunos da escola básica a apropriação efetiva da leitura, tornando-se leitores proficientes. Durante o contato direto das pibidianas com os alunos, percebeu-se muitas dificuldades dos mesmos em relação à disciplina, o que permitiu “traçar” caminhos a serem seguidos para a realização do projeto intitulado “LIVRO NA MÃO, MUITAS HISTÓRIAS E DIVERSÃO”, cujo objetivo é incentivar a valorização da leitura, da interpretação e da escrita, além de estimular o desenvolvimento crítico e a criatividade dos educandos. Para isso, o grupo optou por desenvolver uma dinâmica gincana literária organizada durante as aulas de Língua Portuguesa, para ajudá-los a superarem as deficiências observadas ao longo do processo de desenvolvimento do projeto. NARRATIVAS A PARTIR DE LIVROS-IMAGENS: DA ESCRITA PARA A LEITURA Griza Rafaela ROSA Amanda Simões de SOUZA Andréa Rocha OLIVEIRA Este trabalho visa a apresentar o projeto Narrativas a partir livros-imagens. O projeto foi desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Vicente de Paulo, com os alunos do sexto ano. Durante o período em sala de aula, observamos a dificuldade dos alunos em produzir textos e um desinteresse evidente pela leitura. Esse desinteresse costuma ter influência direta na produção textual dos alunos, e proporcionalmente, a dificuldade em se expressar na escrita interfere negativamente nos hábitos de leitura. O projeto foi criado com o intuito de melhorar a habilidade de escrita dos alunos por meio do reconhecimento do que é uma narrativa e de como ela se desenvolve, com começo, meio e fim. Assim, partimos da imagem para a narrativa escrita e do texto escrito para a leitura. Primeiro, apresentamos aos alunos o tipo textual narração, para em seguida eles terem contato com o livro-imagem, que possui histórias somente ilustradas, para posteriormente produzirem o próprio texto. Por último, observamos se o estímulo à produção textual teve algum impacto em provocar nos alunos a curiosidade em conhecer outras narrativas e, assim, incentivar a leitura de outros textos, para, a partir dessa experiência, desenvolver a escrita de outros gêneros textuais. 33 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS NINGUÉM PRECISA VOLTAR SOZINHO: DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA Aline Suave NUNES Patrícia Seibert LYRIO Este trabalho refere-se às atividades desenvolvidas na sétima série da E.M.E.F. São Vicente de Paulo, localizada no Centro de Vitória. Partindo do pressuposto de que a sala de aula é um ambiente onde a homofobia e o machismo são reproduzidos, foram formuladas atividades envolvendo debates e produções de textos focados na desconstrução desses preconceitos. Utilizando o filme em curta metragem “Eu não quero voltar sozinho”, de 2010, dirigido por Daniel Ribeiro, os alunos conheceram a história de Léo, um adolescente cego, sua relação com os amigos da escola e a descoberta de sua primeira paixão por uma pessoa do mesmo gênero. Conheceram também a canção “Desconstruindo Amélia”, da cantora e compositora Pitty. Ambos os gêneros escolhidos, filme e canção, abriram a oportunidade de discussão sobre homofobia e machismo, respectivamente. Encerrados os debates, os alunos produziram textos narrativos relacionados aos temas discutidos. Posteriormente, os textos foram publicados em um blog e foram criados cartazes contra o preconceito a partir de figuras e temas previamente escolhidos para cada grupo de alunos. Optar por incluir a diversidade sexual e de gênero nas aulas de Língua Portuguesa pode contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos e apropriação de conhecimentos que contribuem para o convívio social, ao mesmo tempo em que o domínio de produções textuais é adquirido e avaliado. 34 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS NOVAS TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: AS CONTRIBUIÇÕES DA FERRAMENTA GOOGLE DOCS PARA AS AULAS DE PRODUÇÃO DE TEXTO Eliziete Zuqui RIBEIRO Marcília Rolim Souza de PAULA Thayane kamila Liquer ALMEIDA Alcelon da Silva AMARAL Neste artigo, apresentamos uma sequência didática aplicada a uma turma do 1º ano da EEEFM “Professora Filomena Quitiba”, Piúma/ES. Para desenvolvimento da sequência didática foi escolhido o gênero textual notícia. Embora a utilização do gênero notícia seja relevante para o desenvolvimento dos estudantes, o objetivo principal do referido projeto não foi o ensino e aprendizagem do gênero textual em questão, e sim, o uso da ferramenta que seria utilizada para a produção textual final, o Google Docs, aplicativo de produção e edição textual em nuvem, cujo uso já era de conhecimento dos alunos, embora pouco explorada e utilizada. Dessa forma, o ensino do gênero notícia serviu de suporte para o desenvolvimento de habilidades relativas ao domínio de tecnologias de informação e comunicação (TICs). Muitos dos recursos tecnológicos exigem dos usuários uma adequada alfabetização tecnológica, conforme versa Soares (2002), cabendo à escola desenvolver em seus alunos tais habilidades e competências, o que Lévy (1996) aponta como sendo conhecimento por simulação, visto que os sujeitos contemporâneos embora nativos digitais não se apropriaram com competência de alguns dos muitos recursos disponíveis, principalmente daqueles relacionados à educação e ao mercado de trabalho, o que requer também do professor uma formação adequada, conforme orienta Valente (2010). O artigo descreve a aplicação da sequência didática, com a devida utilização das ferramentas do aplicativo e procura identificar dificuldades apresentadas e outras potencialidades para seu uso em ambientes de aprendizagem, estimulando a produção colaborativa na perspectiva da aprendizagem ativa. 35 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS O ENSINO DA CLASSE DE PALAVRA NUMERAL A PARTIR DE JOGOS Laysimar dos Santos Rudio FREITAS Emanuelly Carneiro ANTUNES O trabalho em questão foi desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio “Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto”, em Vitória – ES. A execução do projeto se deu a partir de aulas lecionadas em turmas do 1° ano do Ensino Médio do período matutino como conteúdo de revisão para os alunos. Para a apresentação e desenvolvimento do tema foram utilizados recursos como data show, a ferramenta de apresentação Prezi, aparelho de som, além de um jogo constituído de dados e fichas em que os alunos deveriam produzir textos de diversos gêneros. A proposta teve como objetivo rememorar a classe de palavra numeral, possibilitando a percepção dos diversos gêneros textuais, tais como canções, trechos de romances e contos, poemas e textos publicitários, utilizando o jogo e a premiação como fontes de incentivo. O FOMENTO DA PRODUÇÃO ESCRITA NO ENSINO MÉDIO Jocimar Nazareno PIAO João Vitor Santos SCHWAB Ellison Christian Freire RAFAEL Este trabalho trata de atividades de produção de texto realizadas pelos alunos das turmas 2º M1 e 2º M2 da Escola Estadual de Ensino Médio Maria Ortiz. As atividades em sala foram fomentadas e orientadas pelos alunos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). A iniciativa dessa proposta se deu pela necessidade evidente da produção de texto pelos alunos no ambiente escolar, o que propicia também ao discente uma interação e um diálogo com outros textos diferentes daqueles vistos no livro didático ou com os modelos já conhecidos por eles. Para tanto, as produções foram desenvolvidas em diferentes gêneros textuais. Como metodologia, utilizamos a intermediação dos orientadores a partir das modalidades oral e escrita da língua, além do gênero canção, para criar discussões em sala de aula, a fim de que as ideias pudessem se materializar em forma de texto escrito. 36 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS OS PRIMEIROS PASSOS PARA UMA PESQUISA CIENTÍFICA: CONHECENDO AS NORMAS DA ABNT Carla Maria Zizuiê NAKAYAMA Elaine Cristina Borges SOUZA Emanuely Carneiro ANTUNES A normalização de trabalhos acadêmicos segundo as determinações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é parte do currículo básico das escolas que integram a rede de ensino do Estado do Espírito Santo. Especificamente, aparece como componente curricular a ser iniciado no último ano do ensino fundamental, na disciplina de Língua Portuguesa. Embora num primeiro momento o conteúdo seja introdutório, o tema não pode aparecer isolado de outros aspectos relativos à padronização e à pesquisa científica. Este trabalho pretende apresentar o projeto Normas da ABNT: a pesquisa científica e seus primeiros desafios, desenvolvido na Escola Estadual Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto com os alunos da oitava série / nono ano do ensino fundamental. O projeto teve como ponto partida o primeiro contato dos alunos com a formatação de trabalhos acadêmicos e abordou temas como plágio, o propósito da padronização e a qualidade da produção realizada pelos alunos. Os alunos receberam uma apostila especialmente preparada para esse fim, instruções sobre cada passo da formatação e foram levados a refletir sobre a dimensão daquilo que leem, pesquisam e escrevem. O TEATRO DA CORRUPÇÃO Giulender Felipe da FONSECA Denilsa Aparecida LANA Karla Ivana MOREIRA Na intensão de sensibilizar os alunos sobre a corrupção, questão social intensamente divulgada pela mídia, este trabalho mostra aos alunos que essa prática poderia estar em qualquer ambiente onde as pessoas se relacionam. Além disso, enfatizamos, aos alunos, as diferentes formas de corrupção existentes em nossa sociedade. Para contextualizar, elaboramos uma peça teatral, na qual a corrupção foi personificada como o protagonista da história, representada por um aluno. Ela é entrevistada com perguntas relacionadas 37 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS à presença da mesma nos diferentes contextos sociais. Enquanto isso, do outro lado do cenário, o restante da turma de alunos representa toda a sociedade, que por sua vez, irá confrontar-se com a corrupção. Mais importante do que identificar um problema, é encontrar formas concretas para resolvê-lo. Por isso, pensamos em formas possíveis de se combater à corrupção, que foram ilustradas, pelos alunos, com faixas e cartazes que manifestaram indignações sobre o tema, infelizmente, banalizado. Ao término das apresentações, solicitamos a produção individual de texto dissertativo-argumentativo sobre a corrupção. Depois, com o auxílio da professora supervisora Karla Ivana e da pibidiana Denilsa Aparecida Lana, observamos a estrutura dos pensamentos argumentativos dos alunos e corrigimos os erros ortográficos, com a reescrita e leitura de um texto final. SEMINÁRIOS DE LEITURA: CONTRIBUINDO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES Ana Cláudia GOULART Kátia Cruz da OLIVEIRA Sara Sobrinho BELO Valéria da Fonseca Ribeiro MARTINS A presente pesquisa apresenta o resultado do trabalho com uma sequência didática aplicada aos alunos de 7ª série de uma escola estadual localizada no município de Iúna/ES. O objetivo principal do trabalho é estimular a leitura nos alunos, e através dessa atividade promover a formação de verdadeiros leitores, habilitados para atuarem em uma sociedade cada vez mais ávida de conhecimento. Faz-se, inicialmente, um estudo apontando os principais benefícios advindos do exercício da leitura. Para tal buscamos embasamento teórico em Coelho (2000), Breda (2009) e o PCN (2000), abordando também o papel do professor e sua forte expressão para esse ganho, por partirem dele as práticas pedagógicas que levarão o aluno ao aperfeiçoamento de suas habilidades e à conquista da autonomia como sujeito. A sequência aplicada no “Projeto de Leitura” com os referidos alunos demonstra a didática aplicada para o conhecimento dos discentes sobre as obras a serem trabalhadas e os procedimentos para o seu desenvolvimento, priorizamos dentre as inúmeras habilidades pessoais e sociais acarretadas pela leitura despertar no aluno a familiaridade e olhar crítico sobre a leitura, a ponto de formar leitores cientes e ativos. Para Cagliari (2004, p. 148), “A leitura é a 38 Instituto Federal do Espírito Santo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência I Seminário Integrado dos Subprojetos de Letras do Pibid/Ifes CADERNO DE RESUMOS extensão da escola na vida das pessoas. A leitura é uma herança maior do que qualquer diploma.” Ao final desse trabalho, observou-se que o hábito de ler e a concretização de reais leitores tornaram-se evidenciados, pois os alunos não apenas perceberam a importância do livro para sua visão e atuação no mundo, mas a ligação do mesmo com situações cotidianas da vida, e como esse novo saber pode contribuir para uma melhor postura e atuação em sociedade. TRABALHANDO A PRODUÇÃO DE TEXTO NO ENSINO MÉDIO: O GÊNERO NOTÍCIA EM DESTAQUE Paula Leal FERNANDES Daniele dos Santos LIBERATO Silaine Rosa SPAVIER Alexsandra Lopes Novaes GODOY Neste artigo, apresentamos o resultado de uma sequência didática voltada à produção de texto do gênero notícia feita em uma sala de aula do ensino médio de uma escola estadual localizada em Cachoeiro de Itapemirim/ES. O foco central do trabalho recai sobre a escrita de textos do gênero notícia. Faz-se, inicialmente, um estudo de como deve ser a produção escrita na escola, para tal, buscamos aporte teórico em Koch (2005), Antunes (2003) e Geraldi (1997). O presente trabalho visa relatar e refletir sobre o desenvolvimento de estratégias de escritas, baseadas em atividades diferenciadas aplicadas em sala de aula. Como objetivo central do trabalho desenvolvido, está o intuito de despertar o interesse e motivação para a melhoria da escrita dos alunos. Para tal, propusemos uma metodologia para o ensino de produção de texto na escola, com base na realização de leitura de textos do gênero notícia, identificação das características deste gênero textual e orientação da produção de textos do gênero através de uma sequência didática. 39