REPUBLICO
Rio dc Janeiro
N. 145.
25 Abril de
1855.
MIITOn aMMaPONSAVRI.—Kmirlel© Doelllnger «unlor.
Snriscrcve-íe pra esla siJadp e Minerei a 611000, para qualquer outra parle a litlf.00 por seis meies, pa«os adianliidiis.
Correspondência do « Republico.
São João d'El-llei, 10 de abril dciSoi.
Perlo eslá o 3 de maio, esse dia solenine, esse
dia de esperanças por tantos annos baldadas, em
(|ite sc abrirá a terceira sessão da presente legislatina, lleos a fade bem, e permilta que os illusIres ei digníssimos representantes da nação complelein cheios dc gloria sua árdua tarefa, a qual
seja toda consagrada no bem do paiz, e que Icnhão
sempre em vistas as seguintes considerações.
Que o Povo tem o direito de observar o procediinento de seus represeniaiiles.
Que lem também o Povo o direito de castigar
com a não reeleição a candidatos ineptos, e serlvis, que vão inutilmente oecupar os assentos paraiiieii lares.
Que esles direitos pertencem a nm Povo livre.
Que o Povo Brasileiro deve estar no gozo d'eslcs
direitos.
Que se o Povo Brasileiro não eslá no gozo
(1'eslcs direilos, é porque o Povo brasileiro não
é um Povo livre.
li não é uai l'u\o livre, porque o governo, além
«le mil oulros allenlados contra as liberdades publicas, intervém nas eleições.
Mas ò Povo se ora dorme, seu somno será como
o de Júpiter, que acorda lançando raios: elle
recuperará e gozará da liberdade em toda a sua
plenitude.
Democrata Mineiro.
CIEI1
-.1,7.1
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PARAGÜAY.
A falta de atensão faz que mal apreciemos os
faclos istoiicos.
Confunde-se o Brazil com o gabinete de S.
tlhrislovain cumpre porém não esquecer, que o.
llrazil nâo tem aesão ua administração do eslado,
*• que a respeito das republicas do Praia o gabinele de S. Chrislovam tem sido sempre liei as
antigas tradições, e aos preconseitos, e pretensões
da caza de bragansa.
Não foi pois o llrazil que se intrometeu na
questão do Paragnay com o veneravcl l.ozas como
xefe da confederação arjentina; mas o gabinete
de S. Chrislovam no interesse de ler um apoio ali
para suas emprezas monárquicas.
U gabinete de S. Ohrislovnui quanlo fez a resloucos
peito do Paiaguay foi no interesse de seus
semplanos, e não por bem d'aquele eslado. que
pie considerou como fácil preza.
Mas o defendem escritores d'cssns mesmas ren valeupublicas do Praia ... Quem pode rezislir
lia d'este argumento? Sileiisio 1... ,\ snlna pnli
lira do nobre marquez tem defensores uo llio da
Prata,...
Não negará lá o ouro ? e não podem aver acerrimos partidislas de llozas, que, segos inda, pro-
curem vingar-se do Parngnry desacreditando o
seu governo, a ver si volta a fazer parte da confederação 1
Mas, lambem no Prata ha escritores qne eslignializam o procedimento do governo imperial,
e (pie iicuzauí suas vislas ambiciozas ; e parece
a defeza : a
que a acuzação vale mais do que
acnxação é filha da consiencia dos respectivos escrilores, emqiianlo a defeza pode ser filha do ouro
do governo imperial.
l.a eslá o Pedro Angelis, que aqui esleve. e
foi comissionado para emprezas laes, como ja
tivemos ocazião de advirlil-o, e como Pedro Angelis ha por Ia muitos.
Ninguém pode razoavelmente abonar a condula do governo imperial: o imbecil encarre— o governo ungado de negócios foi despedido
— preparou
perial nada dice então, nada reclamou
sua esquadra, e depois que a preparou, foi que
fez constar o seu destino. Esle modo de tratar
as relações internacionaes é novo.
Mas o que vai pelo Paraguay 1
A caria do nosso correspondente nos parece sufiicente. Eil-a:
t Montevidco \idc abril.
. Confirma-se a de 7 do corrente pelo paquete
Camila.
a Temos noticias do Paraguay por via de Entre-Hios alé 16 de março, somente se sabe da Assiinição (pie o prezidente publicou dois decretos,
iimoílerccendo prêmios nos estrangeiros que quei
lão loniar armas, e outro mandando (picos habiInrites das margens do llio abandonem suas habitaçõos.
< A frota imperial continuava a permanecer nas
trez bocas, lugar abaixo (Ias baterias Paraguayas.
• Havia chegado á fortaleza de Tambará 13 pessas de calibre 2J e 30 remetidas de Buenos Ayres.
10' singular deixarem passar essa anilharia, assim
como deixarão o vapor Paraguayo Taquary de (i
rodízios. Eaz crer que as vislas do governo impeliai são, nunca loniar a posição de beligerante, e
somente demonstração de poder, pois que a ser o
contrario não conseiileria o aumento de meios de
rezistencia, que se acumulou depois da chegada da
esquadra; dando cauza a que Lopez considere ser
simples força de ameaçar, e não de obrar.
« Mal pensarão, se crerão ser hostil nâo deixar
subir barcos e armamentos; mais hostil é, ou
igual, o entrar com força pelo llio Paraguay sem o
necessário consentimento! d'aquelle governo, sem
que por esse motivo sc rompesse as hostilidades.
«Apezar da proelamação e partes officiaes de
que já deverão Ia ter noticias; pronto saberemos
(Io rczuttado, que será mais ou menos o que jã ilie
dice mu a minha cilada de 7.
i Contiriun a remeter-se dVsla matilimenlo de
boca e de guerra em quantidade, prova de que
nada se sabe de oilieial a respeito de irem bem as
couzas, pois que os transportes levão dois mezes
de viiijem. »
— Agora aualizai, 0 compreendei aquele parecer da camara dos deputados do eslado Orirula! a
respeito do orsa incuto do poder executivo, —considerai como se procurou ali comprimir na ultima
eleição o voto do povo, para que os que deviam
ser os seus eleitos fossem os impostos pelo prezidente Flores, e consequentemente pelo pretelorado brazileiro, — e lereis o rezultado dos inji-ules sacrifícios que esle governo demônio lia forsado o paiz a fazer no interesse de monarquizar as
republicas do Prata.
Breve virá o dia em que os nossos conterrâneos
da America do Sul compreendam a necessidade de
formarem uma republica federal, lendo por niodelo a organização do Xile apurada de acordo
com a nova doutrina social, tpte toda se funda no
evanjelio; e então a America virá a ser uma e conforme, sem que mais n'ela reinem os prejuízos da
velha sociedade.
Ouanto ao que se passa no Paraguay deixaremos sempre falar o nosso correspondente, que. livre corno eslá n'estas nossas relações, pode e deve
expor tudo o que pensa, embora mesmo cm aiguina couza não estejamos de acordo.
Não esqueçamos porém, que estamos a braços
com uma guerra sivil, somente porque In nos ultimos extremos do paiz os nossos vizinhos nos
contestam o direito a alguns palmos dc terra I !...
quero governo que briguemos para salisfação de
seus caprixos, que briguemos irmãos com irmãos
a prelexfo «"esses palmos de terra, quando a que
lemos não será suficientemente povoada mesmo
nos dez séculos, que se seguirem a este ;—quando
a que lemos dada enfiteulicameiite aos que oje a
povoam para a desfrutarem por si e seus decend<'tites, daria a cada um indivíduo patrimônio., que não
poderia por ele só ser lodo cultivado.
Vede. por alguns palmos de terra nos forsa o
governo d'esla monarquia a derramar o nosso sangue e o sangue de nossos irmãos; — emquanto
que na Jíepubiiea dos lísladns-llnidos faz-se a
aquizição de grandes territórios aos naturaes do
paiz por compra, e assim lambem aos vizinhos.
li não obstante islo. quer o governo que todos
digam estar a razão da sua parle.
Lamentamos, deploramos o comprometimento
dos nossos patrícios, que partiram para tão espinho/.a missão. Ali! si para iá partissem o imperador, seus minislros e conselheiros, e corressem os
azares da guerra, estremeceríamos sempre, por
que afinal são omens; mas ao menos veríamos
tf islo alguma moralidade da sua parte ; porém sacrilicarem uma parle tão importante do nosso
exersito de terra e mar, e ficarem aqui a bailar, é
couza, orrivel.
Vj quando com lal governo assim se biralea o
nosso repouzo. o nosso sangue, a nossa vida, querem que nos conformemos. Seriamente com a republica não seriamos expostos a caprixos do xefe
do estado c seus ministros.
A Constituição.
O poder de resucitar os monos Jesus Clirislo
so consedeu a seus apóstolos, porque eu\i\o era
mister pura fazer os incrédulos crerem na sua missão selestial, na sua missão rejeneradora ; podem
pois muito fiizer os colegas, menos reMiciiiir a
defunta,
I0:n oulros lempos a bandeira asleada pelo*
colegas fora alguma couza, oje com esta descrensu.
O REPUBLICO.
c com esla dissolução, so um prinsipio novo pode
guiar e rejenerar a sociedade.
apuros
Quantas vezes as facsfles nos ultiinos
teem invocado a conslituição para ultrajal-a? Eis
ahi porque não se crê mais n'essas promessas
falazes, que as facsões da monarquia fazem para
conquistarem o poder.
Os colegas ria opozição carlisla lamentam que
não aja na imprensa d'esta sidade um atalaia dos
prinsipios sagrados da nossa organização polilica, e apenas o exajerado e violentíssimo orgam
da opinião republicana, —que so com o seu titulo
arrcdii de si as simpatias nacionaes. São vilões,
que so prejudicam a cauza monárquica, e não
a nossa cauza republicana, que lem por si as
simpatias nacionaes.
Mas quem lem culpa d'essa falta ? quem tem
culpa que so se faça ouvir o orgam republicano ?
Seriamente.ns constitueionaes. E por que fiijirain
do prelio ? Por cansados. Qucixem-se pois de si.
Sempre vem a tempo o que se propõe a pôr
dique a desorganização social; bem vindo pois
é o colega, a que dezejamos estabilidade para ajuriar-nos no empenho rie prolligar a administração
mais prostituída, que ha tido o Brazil desde o
primeiro reinado.
Quanto ao juizo que faz o colega da publicação
«Io ltepublico, eslá no seu direilo, visto como se
proclama inonarquista, e cie que a nação (píer
esla forma riezasüada, que a tem abismado.
A bandeira vermelha de 1831, a bandeira catucá.
Muilo bem escrito, muilo bem pensado é o
artigo d» colega da Constituição, cujo lema é —
a verdade acerca, dos omens e das couzas.
Não atendeu entretanto o colega, que na sociedade brazileira ha um antagonismo que não pode
(lesaparecer, sem que desapareça o sistema monarquico constitucional.
l)'ahi vem, que os partidos monárquico e repulilicano não podemdelinharnem mnrrer.emquanto
não desaparecer a monarquia constitucional.
A lula perene provinria rio antagonismo «1'esses
partidos monárquico e republicano deve arruinar
íi um dYles e proscrevel-o. e como o colega afirma
ser o despotismo impossível n'esla terru. que
tios viu nacer, segue-se que é possivel o rejiiueti
republicano, ou como xaina o colega a anarquia,
republica nu.
Garantimos ao colega que a bandeira, vermelha,
de 1831, a bandeira, ratará é abraçada pela
grande maioria do Urazil, e que breve será arvorada em lodo o paiz, quer seja por um movimento
jeral e unanime, quer por uma nova rebelião,
que os vermelhos ou catucás apresentem.
E isto sucederá, porque so« bandeira vermelha
de 1831, « bandeira cutuca, pode dar ao Brazil
com uma organização duradoura paz e prosperidade: — fazendo com que o comèrsio a retalho
seja rios nacionaes, assim como a pequena inilustria ; — fazendo com que os brazileiros tenham
trabalho para adquirirem o pão, sessaurio a miseria em que oje vivem; — fazendo com que os
empregados públicos tenham meios de subzistensia, sem se darem estas escaudalozas acumulações
«le oje, nacionalizando-se lambem a ariministração; — fazendo com que sesse o ignouiiniozo
castigo da xibata no exersiio, e ao soldado se dê
soldo suficicnle paia suas necessidades, sem que
mais se veja o escândalo rie um olicial ter o
ridículo soldo de 30, AO e 50<g) por mez, que
o forsa a uma vida mizeravel ; — fazendo com que
o exersito nâo esteja sujeito ao cnprixo. e seja
também nacionalizado, repartindo-se por todos
os sidadãos esse imposto de sangue, e garantindo
ao sidadao que serviu uo exersito o tempo que
lhe marcou a lei, em igualdade dc merecimento,
—
prcfereiisia para os empregos administrativos;
fazendo com que a religião lenha o explendor
que lhe compete, c os seus ministros a devida
consideração, sem que possa mais o clero eslran— fazendo com
jeiro preterir o clero brazileiro;
que os agricultores encontrem braços para o trabalho, e nâo sofram ônus na exportação de seus
produtos ; — finalmente, fazendo com que todos
os direitos sejam garantidos e guardados.
Oje todos recrutam para o Republico, c o proprio colega ha «le recrutar ; é verdade (pie o
mais forte c assíduo recrutado!' é o governo.
Estas reflexões não imporiam oslilidade ao colega, antes nossos votos são para que prosiga
em sua marxa ; e si os seus subirem ao poder,
e qiiizerem tentar pela primeira vez o governo
do Brazil pela constituição, desde ja lhe ipolecamos nossa palavra, que si os acreditarmos,
ludo empenharemos para ajudal-os siusera e lealmente, té que a pratica os convensa da impralicabilidiulc do absurdo sistema monárquico constitucional.
O passeio do Sr. Paulino, crismado
visconde do Uruguay.
Por mais que se insista, nunca é perdido o
tempo que consumimos na apreciação dos fados
escandalozos e bárbaros da administração actual,
todos sempre regulados no interesse do pilha.
Unia missão de estrondo foi cometida ao sr.
Paulino Jozé Soares de Souza — a de ir passear
a Europa para não estar na próxima sessão lejislaliva.
llrjiciria em rapaz, inda agora velho ê o sr.
Paulino rusgiieiuo, porque não conhece ninguém
capaz para o ministério de estranjeiros, senão a
sua muilo esdrúxula pessoa ; em estando fora
ha ile conspirar, de modo que cumpria a parsialidade do pilha ter decretado a vilaliciedade do
lugar de ministro de estranjeiros, ou a sua ereriilariedade na pessoa do sr. visconde.
Descuido rie pecados ; e como não sabem dar
— pague a bolsa rio povo.
golpes rie estado,
O sr. Paulino jurara pelo anjo da sua guarda
não (lar descanso ao ministério, de que não fizesse
ele parte, c assim estava ameaçada a exislensia do
exselso Onorio e Comp.
Este porém que sabe cortar largo, e qne nunca
esqueceu a regra — furtar e repartir, veio com
sua espada rie Bolando, com o enteio de Pedro
Panara e cortou o nó gorriio.
Va o ornem para a Europa com 60 contos fortes ; — si depois de Ia estar quizer ir passear a
Pioina. terá mais 30 contos fortes — fora os
caídos.
A proposta ê de arromba, e não pode ser rejeitada ; niaxinie quando licam arranjados todos
os parentes, e logo em expectativa o caro filho,
que concilie seus estudos. Este meio de vida é
mais seguro, e menos comprometedor do que o
meio de vida ministerial,—-e fora loucura, que
o antigo xefe dos rejicidas o recuzasse.
Islo não é tão onesto e decoroso? Como é o
sr. Paulino, não foi comprado — seguiu para uma
missão de importansia, como são todas as serretas, como essa que tocou ao sr. Paulino.
Veja o Brasil entretanto como se esbanja o
seu suor, como se zomba rios seus direitos, e
da sua dignidade, — como por interesses de mizeraveis piratas se sacrifica a regra rio justo e
do onesto.
A missão do sr. Paulino não cosia a nação
menos rie 200 contos de réis. Oual o proveito
d'essa missão? que lim tem ela?
Nem ao menos n ministério conseguiu mauleid-se, como pretendia, — uma vez que nio era
o sr. Paulino o único que oferecia dificuldades
a sua marxa. lis te escouceava pelo seu eu, mais
outros lambem o fazem pela mesma cana»; e outros por amor da cauza publica.
Si pois não avia no tezouro com que sufocar o
brado de todos ; — porque não viu o ministério
como em pura perda era o sacrifício leito par»
livrar-se «Io ainuamenlo do sr. Paulino ? porque
anles o sr. Onorio Ermeto não distribuiu essa
soma pelos seus porta pastas, que coitados, tão
carecidos andam d'esses cobres ?
Entretanto a missão paulina acoroçoon aos descontentes fracos, que entraram a repelir — a fortuna ajuda aos audaciozns.
li notai, que o sr. Paulino é um rios estadistas
mais acreditados d'esla edite ; vede pois como.
as couzas andam por aqui.
Os taes liberaes monarquislas são uns asnos,
nem ao menos teem animo de fazer justiça aos
seus: aprendam, aprendam.
Não pensem, que desejamos que aprendam a
governar roubando, não; — aprendam a governar
sem medo, e a distribuir com os seos justiça.
A administração em Mina» e **. 8*nu9o: <clVi~
toa «Ia « consiliação* c <la pilhagem ».
Ostentam os pregoeiros comprados do governo
do imperador o muilo que ele faz, e o bem que
faz, porque ludo quanto faz é bom ; e quando
menos esperávamos, eil-os a nos subm.iiistrareui
eles mesmos documentos contra a moralidade do
seu governo, da sua administração.
Minas e S. Paulo, são oje testemunhas irrecuzaveis da imoralidade do governo.
lim quanto cuidam em materializar, porque so,
assim podem pacificamente pilhar, abandonam o
progresso moral, poein entraves ao seu desenvolviolento, e nos levam a barbaria.
Na capital de S» Paula os ratoneiros não descansam, e o povo é obrigado a policiar para livrar-se d'esse novo meio rie governar.
Na provinsia de Minas além do deseiupeno com
que em alguns lugares andam reos de policia, se
«lá o notável escândalo de uão ter movimento a
administração rio correio.
lim Barbacena ficaram as malas-de S. João rie
El-llei, e rios mais pontos que seguem n'essu
linha; na vila ria Pomba o mesmo se dá com as
malas rio libá, Goinz, e Cuiabá.
Consta-nos, que outras linhas sofrem o mesmo
embargo.
li entretanto os que as contrataram recebem a
importansia do contraio sem fazerem o serviço.
O que prova isto ? Que tudo marxa no sistema
do sr. Onorio, e como o sistema é de pescaria,
cada qual trabalha com mais ânsia para enxer o
seu samburá, bem serto, que isto nãoé administração, e que o paiz não pode sofrer por muito
tempo este estado exsepsional e bárbaro.
Factos d'esla ordem condenam a actualidade,
e felisinenle são autenticados pelo Jornal do
Comèrsio, e Bom Senso jornal olicial da prezidensia de Minas.
E' pois como temos dito : a administração está
abandonada, os omens so cuidam no que lhes
pode dar dinheiro para as aljibeiras, seja como
for; e como para locupletarem-se o melhor é falar
em nome do progresso material, eil-os de envolta
com a matéria, para em nome d'ela iludirem e
sacrificarem o povo.
Fala-se rie progresso material para dar-se lugar
a emprezas iinajinarias, e que entretanto facilitam
meios para pilhar-se — a pretexto de exames e
explorações, e organizações de companhias — uma
outra Iraficansia da primeira ordem, e qne entrega em mão de alguns afortunados a fortuna de
nm grande numero de indivíduos, que vão atras rio
lucro calculado por unia baze puramente licticia.
O REPUBLICO.
os venos SUMVrilSU)llil(Hȟ,
suhvensioiiados, US
ftMII17.UIII U!í
Entretanto dizem
-essa opozição republiqtieira so faz decla«liar, não argumenta, não aprezenta factos.
de »jhc
averiguar '•«;
orem «iu
ahi traiu
eslá |>«U
O pílIZ |IOI'i:ih
que
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— Uo |IMI&
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não pode
VJXIVal
3
Irazão;
It Í.HVI t —
ilMlH CSltt
querei
paiz IIUU
puUU
h<«m<~.A iiiiin.iiit»imiiiiln
ladra.
imoral íie Í'iilríi
linentemente imnrol
tjuando pensarem, que o paiz está morto, vel-o-ão
levantar-se como um jigaute,— e ai dos Ira tan Its,
qualquer que seja a sua categoria.
A crire ministerial.
Não ha crize, o ministério caminha seguro ; pois
liem ; não está lonje o tempo dos irabalhos hjislaíivos, e então vetemos.
Nós porém não dezcjamO' a crize; a nossa malima é ¦—quanto peior melhor.
Oi roriza-nos esse sistema maquiavélico , que
está sempre pronto a mistiíicar o s*mitimento do
paiz. disliluindo um ministério quando o espirito
publico quer mear a mela do exaltainento ; no estado cm que nos axamos, convém an partido repu
blicano a pirmiincnsia do ministério actual.
Desenvolvido c activo como vai ficando o parlido republicano, a queda do ininisterio actual viria pol-o em pasmaceira, rezulladn de iluzorias
esptransiis. tpie sempre se tem nos novos vindos.
A qiiiolação é o estado normal do omem, em
quanto que a ajitação é estado extraordinário
n'elc; por isso sempre que ha probabilidade tle repouso, espera ; probabilidade que traz sempre a
inutlitnsa do pessoal na suprema administração do
estado.
Ja vedes pois, que o (pie nós queremos é que o
ministério actual continue, eque cada vez se apure
mais no desempenho da sabia politica Ao nobre
marquez.
Infelizmente para nós os republicanos, isto não
acontecerá.
O «Brado» e a instrucção.
Sem duvida o arbítrio nas mãos do execulivo é
sempre funesto, e muito mais no que respeita a
intruesão publica, a educação do povo.
Os omens da actualidade são da escola liberal,
não a querem porém quanto a instruesão.
Por amor da liberdade não querem eles tocar no
monopólio mercantil e industrial, que nos arruina
e nos implanta n'este solo fértil o pauperismo com
ss nojentos andrajos, que o cobre na Europa ; —
entretanto deve ler exsepção esse sistema quanto
a educação do povo. para que possa aver o monopolio, sendo d'ele xefe o poder.
O arbitrário, qne o ministro do império se rezervou foi calculado como meio administrativo, e
para o fim de submeter osprofessores particulares;
os quaes são obrigados a tirar anualmente titulos
cuja despeza exsede de 50$.
Quem pois lotou o ganho de cada um professor
particular, para o sujeitar a tão pezado ônus?
Estas despezas, como as da folha corrida, &c.,
nada são para os ministros, que teem a sua dispozição o lezouro publico, mas para os professores
particulares, que se axaurein para ter apenas pão
de rala, são muito.
Mas notamos a contradição do ministro em suas
referensias ao que se passa nos Estados-Unidos e
Fransa, e nem palavra a este respeito ; entretanto
dizem — que não aprezentamos razões: nem mesmo consideradas foram as quedemos para deduzir
a preferensia do antigo sistema de ensino, como
nos deixou el-rei nosso senhor.
Nâo vos acompanharemos nas individualidades.
e só vos asseguramos, que é em vão o vosso trilhalho de domar o caracter brazileiro ;—outros mais
abeis do que vós. e em limpos remotos o não conseguiram ; — não o conseguireis vós outros oje.
O' que birra!...
Um anônimo.
Deram os srs. Onorio, Jozé Tomaz, e Pedreira,
em não querer ser redaclores do Jírndo, que lhes
é mais fácil enforcarem-se, do que confessarem,
que o são.
Nem um dezar vem a um ministro do rei de escrever gazetas para defender seus aclos, entretanto
os redaclores do Brado do Amazonas presidente
do conselho, ministro da justiça, e ministro do imperio, preferem que a defeza de seus aclos apareça sob a ejide do nianstieto sr. Maranhense.
Nós entendíamos, que (lavamos mais consideração as assersões do Brado asseverando, que parliam do alio, daemiuensia einque se axam os onrados ministros; não o entendem eles assim; não
brigaremos por amor d'isto.
Saibam pois lodos que o sr. Onorio Ermeto, e
osr. Jozé Tomaz, e o sr. Pedreira, muito altos e
muilo poderozos ministros do imperador Pedro II,
que lhes tem dado irrefragaveis provas, de que
Ihemerecemasua PLENAdesconfmnsa. não querem
ser lidos como redaclores do Brado do Amazonas,
e por isso não o são, e nem nós o afirmamos mais
d'ora em diante, porque nào podemos duvidar das
ouradas palavras.
Ja vêem poisos colegas, que por esta nossa proteslaçâo uão queremos empurrara cabeça de enconlro a parede.
Deixemos poisos colegas Onorio, Nabuco, e Pedreira, uão nesse engano (Calma, ledo e sego, si
não u'essa mentira, que lauto lizonjea o seu orgulho e depravado amor próprio.
Remeteram-nos uma nota anônima, na qual se
nos pede de avizarmos ao publico, que o Grito ja
se axa disposlo pelos actuaes dominadores para
combater o ministério, que se organizar, priusipalmcntc si entrar n'ele o sr. Euzebio, c (pie n'este
caio voltará a cantiga, — republica como ftm>
constituinte como meio.
Por mais que o assegure o anônimo não o ailinilimos, e tanto mais quanto não basta a qualquer
escrever pro ou contra para utilizar a uma cauza
qualquer, — é mister que tenha o escritor uma
reputação feita, uão pela grita das faesões ; mas
pelo seu trabalho, pelo seu procedimento.
Si é verdade, como afirma o anônimo, que para
desacreditar a qualquer basta o Grito louvai, e
lambem verdadeira a propozição contraria — hasta
o Grito sensurar para se ficar acreditado, e n'este
cazo nada perderia o novo ministério, e menos
o sr. lítizebio»
Porém na situação do Grito nem louvor, nem
vituperio fazem inóça ; por que dizem — pagam
uns para ser louvados, — pagam outros para ser
vituperados — querendo assim cada mu almjir a seu fim.
Essa mizeravel monila. dos corlezãos ja está
bem conhecida, e não lhes aproveita.
Não nos dispomos a dezenvolver esta matéria,
talvez o façamos n'oiitr;i ocazião.
Um atentado.
A istoria inda não se abriu para o senador
Alencar, e por isso a paixão politica não permite
considerar a sua vida publica debaixo do verdadeiro ponto de visla ; e quando seus amigos o podessem vitoriozamenle fazer, ha sempre um acaiiliamenlo limito natural, porque, nem tudos conlieccndo o que escreve dos vivos, pode alguém
supor, que o faz por motivos secundários, e
alheios a imparcialidade e a verdade.
O colega da Constituição felicila ao sr. Alencar
por se ter dado um assassinato jurídico na execução do infeliz Coqueiro, referindo-se por essa
ocazião a execução de Pinto Madeira.
Os dois factos são inteiramente diversos. Pinto
Madeira era o terror do Seara, a rebelião se
axavadecolo alsado em vários pontos do paiz —
esse terror precipitou ao juiz municipal.
O que cumpria ao prezidente? Oque fez o senador Alencar, estranhar o procedimento, e mais
nada, pena de expor a tranqüilidade publica.
E tanto assim esse facto foi considerado, que
todasas administrações, que sucederam a sua, não
fizeram responsabilizar o juiz municipal, ein
quanto não prescreveu o delito.
Quanto pois difere islo do assassinato jurídico
de Coqueiro II... O juiz municipal eu!orca-o sem
ler a seutensa, e somente porque recebeu ordem
do ministro da justiça!...
Com tal juiz ninguém tem ávida segura, querendo o ministro da justiça, que mesmo sem processo) pode mandar enforcar.
. r.eeordação d'esta ordem para molestar a um sidadão importante, e cujo favor, e etiju adezão deveria procurar um orgam du oposição cartista. não
se compreende ; e faz que se duvide du sinsendatle
com que se deceaiirena ostentando foi os de opozieiouista.
llellila o colega, e reconhecerá, que de modo
algum pode estar no seu caminho tão remoto aconleciuieuto, um faclo passado a 22 ano».
Uma Ianxa armada em Botafogo.
Esta pobre jente o que faz com as mãol desmansa com os pés.
Consta-nos, que em frente da rezidensia do imperailor Pedro II ao Botafogo mandou o sr. Muria de tal Paranhos, ministro da marinha, estacionar um lanxâo armado com um rodízio.
Não é S. M. tão amado d'estes seus vassalas ?
o que pode pois temer V para que essas precaiições? c quando mesmo predominassem os inimigos da monarquia, o que teria a temer a pessoa
do imperador?
O imperador so eslá em perigo guardado por
vós, que o podeis apunhalar ou envenenar em um
dia aziago ; — emquanto que estaria no meio dos
revolucionários sempre seguro, como o esteve
Luiz Filipe no momento critico.
Dcixai-vos pois de patacuadas, omens desgraçados do pilha.
CORRESPONDÊNCIA.
Muito gostamos de ler o Republico dc 17 de
fevereiro por vir n'clle as mais puras verdades
a respeito dos Srs. generaes Caldwel, e Francisco
Felix, e de certo só quem conhece esses dous senhores como eu pôde avaliar a precisão com que
o seu correspondente se pronunciou, e assim
mesmo deixou muitas cousas no silencio, e tiin.t
d'ellas é a seguinte : — Sendo despachado aiferes
um cadete da divisão brasileira em Montevidéu,
foi como devia, apresentar-se ao Sr. general
Francisco Felix, e pedio-lhe tpie lhe mandasse
abonar pela repartição competente tres mezes dsoldo pura se fardar ; o general respondendo-lhe
vender
que sim, acrescentou que elle linha para
honeles, bandas, espadas, etc, tudo do nove» uniforme, e que cm nenhuma parle elle aiferes encontraria mais barato do que elle lhe dava. O
novo aiferes vexado com este oficreciniento (!<¦
S. Ex. aceitou logo o olferecimciHo recebendo otaes uniformes com a condição de pagar quando
lhe fosse dado os ti','» mezes de soldo tpie podia:
I e no d;a seguinte loi entregar o requerimenio
O KF.PUBI.ICO.
ninguém so pode
pedindo os Ires mezes de soldo, cujo requeri- matérias ser o seu próprio juiz; —
o maio. e o meiiieolo foi logo despachado faioravel. sem se exibir declarai' de seu próprio inotit
i;ne viesse pelos caiines conipeleiiles, o que foi Unir de Iodos.
O simples bom senso mostra que o governo de
mais admirável por se mosliiu-em certas cousas
S. Ex. lão amigo da disciplina, mas era tanta a uu, povo deve compelir ao homem mais moraligana que S. K\. linha em vender os uniformes, sado. mais ii.telligente, e que mais capa/, seja (le
que se olvidou d'esla regra. O alferes depois de dirigir esse povo no caminho da prosperidade.
Onde porem o critério para se conhecer o horeceber os Ires mezes de soldo e pagar, porjS. Ex.
(oi encarregado de procurar ...ais freguezes, e foi mein dotado dessas qualidades? Ja lá foram os
tão feliz, que apezar das muitas pragas dos sir- tempos cm que Deus por meio ile seus proplietas
gueiios d'esta terra, bem depressa vendeu sua escolhia os Saíies e os Davids, e os mandava unfnclura de uniformes, ainda que muitos compras
gir. A annuencia da maioria dos membros de nina
sem só por deferencia a S. Ex., como por cxem- sociedade c o único critério conhecido para conpio : o alferes Domingos do 7.° batalhão, que indo ferir o titulo de maior capacidade a um indivíduo
ao quartel general o Sr. general vinidedor de uni- qualquer para conferir-lhe a suprema autoridade
formes, se chegou a elle como general que quer — a autoridade de construir a lei e de íazel-a
a mais rigorosa uniformidade, e medio-lhe as executar.
Achar, portanto,-o juizo da maioria é o grande
franjas da banda, e depois lhe disse que elle não
eslava como marca o plano, por não ter as devidas problema a resolver de maneira a dar á autoridade
polegadas, que era necessário andar conforme um caracter legitimo.
A conquista, a u/.iirpação, são meios immoraes
íi ordem, e podia levar unia das bandas que etíe
linha, que erão da ordem. O pobre alferes não que a razão reprova, e que o bom senso repelle
teve remédio senão agüentara espiga, e chegando iinniediatamente.
As sociedades modernas não podem assentara
;io quartel dn batalhão contou o suecedido a seus
companheiros. Dizem os capelas, qne por isso era legitimidade dos governos senão sobre o princi*-,. Ex. lão acurado cm dar ordens
para que todos pio das maiorias; porque é passada a época das
andassem com os uniformes marcados no novo conquistas e a denominação material.
A foiça bruta não pode ser a medida dos direiligumio, e nfto lia duvida que com este seu pio(eder bem facilitou a venda (le seus uniformes, los de ninguém. A violência pôde gerar um facto,
mas para não haver gostos perfeitos teve S. líx. mas nunca o direito, nunca legitimidade.
Muitas cii-cuinslancias podem influir na organiuu. desgosto, e foi, resta.ido-lbe ainda algumas
jic-Ç.is dos uniformes, S. Kx. mandou pedir ao sir- sação civil de um povo, que podem mais ou menos
giiei.o Luiz para as pôr á venda eu. sua loja, alterar o principio tendente a manifestar-se. a (lesporém estando o Luii zangado com S. En. por se captivar-se dos sophismas que o desuaturaliter feito vendedor de uniformes, lirando-lhe. assim saiu.
Achado o critério humano pelo qual se pôde
seu direito, respondeu em bilhete a S. Ex., que
não'podia fazer esle favo,', que se S. Es. queria, conhecer o maior grau de merecimento, entra em
elle lhe mandaria sua Ia boleta para enliocar na questão se a autoridade deve ser conferida a um
porta ilo quartel general do coniinaiido da divisão indivíduo ou a muitos; se o supremo poder deve
ser depositado n'uin homem, ou se em muitos hobrasileira em Monte, iiléo. Que vergonha !
meus. E a historia da humanidade, assim como o
O Soldado.
raciocinio. apoiado pelos factos, determinam a
reprovação de governos individuaes. As monarMonlevidéo. 10 de abril de 1855.
cliias absolutas nâo pertencem ao século actual.
IVahi os estudos dos publicistas para distinguirem os diversos poderes do estado e determinarem a orbita dentro da qual devem elies funccionar.
Os abusos são da humana natureza ; e por isso
Imprensa liberal realista.
cumpre ter muito cuidado com os abusos, que se
A MOX.lRCHli CONSTITUCIONAL 1)0 BIIASII, UESCr.lPTA.
podem effeituar por dous modos: — a violência e
ANAL, SAIU. niiFIMI.A E ANATOMICAMERTE 111SSEa corrupção. Para evitar, pois, os abusos é mister
CUIA PEI.OS r.EOACTOBES L1BEUAES 11EAL1STAS DO
que se lenha muilo em vista o bom emprego da
,, I.115E1UL PZllNAMRÜCANO. >
força e a boa distribuição das graças.
Dois grandes adversários do princio das maiorias
Allendei, brasileiros:
são:—a heredilariedade e a vilalicidade. K por
A soberania nacionalé a única fonte rasoavel da
isso é grave questão saber-se: 1.° se 6 possível
. autoridade.
prescindir-se desse dois principios nas organisaQuem tem o direito ale governar um paiz? ções sociaes; 2." reconhecida a necessidade delles,
.Aquelle que por Deos houve,' sírio destinado. Mas qual o meio de se evitarem os efíeitos de sua reae«¦Ma resposta não satisfaz a pergunta, porque nada ção sobre o restante da sociedade.
D,do um governo qualquer, em cuja combinasr faz. mormente em relação ao destino geral do
Jiomein ou da humanidade, senão pela vontade de ção entrem os dois principios, é mister segnil-os
Jteiis. Pergunta-se, qual éa fonte innnediala do de perto cm seus planos de uznrpação.
lissa usiii-pação.da. autoridade suprema pelo
poder e da autoridade em uni corpo social qual(píer? Dizemos, po.-exemplo, que é eleito papa principio hereditário ou pelo principio vitalício,
aquelle que nos disignins de Deus mais convém á se nâo faz de súbito ; mas pouco e pouco e em
i::'t-j,i; mas o meio de constituir alguém papa é ri nome das conveniências sociaes, Kl les começam
, i,.i,,ão prlo coiWlave. Uni padre que. em nome por se aliribuirein um pretorado, fingindo para
de Deus ou com -í^íipoiodo uma propliecia. se sen- isso qne a sociedade vai a dissolver-se uo meio da
lasse uii cadeira dé*Í| ífcdro, sem que fosse regu- monarchia.
Seus meios sorrateiros são:—o desprezo da
1 ii mente eleito. uãól|>odétú'a ser reconhecido pela
(.'lirislandade. Assimiaífjor mais que a acção da educação do povo, porque convém lhes que o povo
vontade divina se faça sentir nos negócios deste seja consei indo na ignorância, para o fim de desmundo, não é d Tecla meu te dessa vontade que os conhecer us seus direitos e diminuir a sua intervenção nos negócios publieos; a substituição
acmi teci meu los diuianão.
Dada uma sociedade qualquer, quem se poderia do principio dc eleição pelo principio de nojulgar bastante folie e poderoso, paia dizer: — a menção ; a compressão e mililarisação do povo,
ujiiii compele dirigil-a? Ninguém pôde cm taes que deve ser considerado como instrumento; o
TBANSCHIÇÀO DE JOMMES.
derramamento das graças no intuito ile constituir
classes privilegiadas e que por lilulos vãos se
coi.slilu.im o esla.lo-maior do poder; o afastamento do povo da intervenção dos negócios publicos con, a propagação de doutrinas tendentes a
converter em dogma o indiffereniisuio politico; —
leis compressivas, aniqiiiladoras do «le.uei.lo
popular.
Quando o governo de um paiz procede por esses
meios, está-se em vésperas de uma mudança, e o
povo deve preparar-se para receber o golpe que
não está longe de lhe ser desfechado.
Um publicista notável exprime-se nos seguintes
lermos:
« A constituição do estado e suas leis são a
base da tranqüilidade publica, o mais solido apoio
da autoridade politica, e o penhor da liberdade
dos cidadãos. Mas esla constituição é um vão
phantasma, e as melhores leis são imiteis, se não
são religiosamente observadas. Deve portanto, a
nação estar constantemente de atalaia paia lazel-as respeitar lanto por aquelles que governai»
como pelo povo destinado a obedecer. Atacar a
constituição do estado, violar as suas leis. é um
crime capital conlra a sociedade; e se aquelle»
que o perpetram são pessoas revestidas de autori
dade, juntam ao crime em si um pérfido abuso do
poder que lhes é confiado. A naçãodcw inressantemente reprimil-os com todo o vigore vigilância,
que requer a importância do objecto. E' rarover,
que se ataquem de frente as leis e a constituição de
um estado; é conlra os ataques surdos e lentos,
qiiea nação devera estar particularmente de vigia.
As revoluções subilas ferem a imaginação dos liomens; escreve-se a historia dellas, desenvolvem-se
as suas molas, e desprezum-se as mudanças que
iiiscnsivetmente se fazem, por uma longa serie ele
graus pouco assignalados. Fora prestar ás nações
imporiam,- serviço, mostrar-lhes pela historia
quantos estados teem assim mudado totalmente de
natureza, e perdido sua primeira constituição.
I)espeilai-se-hia a attenção dos povos; e d'aln em
diante cheios desta excellente máxima, não menos
essencial em politica do que em moral—prinripiis
obsla, — não fecharia... mais os olhos sobre ii.novações pouco consideráveis em si; inas que servem
de degraus para chegar-se a emprezas mais altas e
perniciosas. »
Este conselho do grande escriplor deve nesta
actualidadeser tomado em muila consideração.
Executemol-o, appliquemos a anaiyse aos actos
suecessivos do governo, e ao estado em que se
acham as cousas, e nos convenceremos de que estantos em vésperas de uma revolução do poder.
A nossa forma degoverno eslá em evidente perigo,
e já o governo se achou bastanle forte para. com
prejuízo do principio de eleição, dar o principio
de nomeação como origem da autoridade.
E' chegado o mouienlo de bradarmos ao Brasil
todo — Alerta
("Do Guaycurú).
Lansetadas.
Já se rezolveu o sr. Onorio Ermeto a inteirar o
publico da importansia daqueles cobrinhos, que
o bom sogro (leu de dote, c que originaram a ninharia, que oje possue?
Afirmam-nos que o nobre marquez do Paraná
eslá muito ocupado com o balanso da sua caza,
no qual se demonstra a orijeni dos seus leies,
dando-se a razão e progresso de cada uma das esIradas.
XIP. GUANABARENSE HEI.. A. F. 0E MENEZES ,
Kua de S. José n. 47.—1803.
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Rio dc Janeiro N. 145. REPUBLICO 25 Abril de 1855.