Aula 00
- 360 questões comentadas de economia para o
Instituto Rio Branco
- Professores: Fábio Dáquilla e Luís Crisóstomo
Economia - Aula 00 - Demonstrativa
Instituto Rio Branco
Fábio Dáquilla e Luís Crisóstomo
AULA 00: Demonstrativa
Sumário
Sumário .................................................................................................................................................... 2
1.
Apresentação. .................................................................................................................................. 4
1.1.
A Banca. ....................................................................................................................................... 4
1.2.
Metodologia das aulas. ................................................................................................................ 4
1.3.
Observações finais. ...................................................................................................................... 4
2.
Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma). ................................................ 5
3.
Resolução de Questões .................................................................................................................... 5
4.
Lista das Questões Utilizadas na Aula. ........................................................................................... 15
5. Gabaritos ............................................................................................................................................ 18
Olá pessoal, é um grande prazer estar com vocês para ministrar um curso de Economia para
a primeira fase do Instituto Rio Branco. Como todos sabemos, o concurso para a carreira
diplomática é um dos mais concorridos do Brasil, com editais extremamente extensos e
complexos. Trabalho com preparação para essa prova há cerca de 3 anos com alunos em
todo o Brasil e temos conseguido ótimos resultados. Dado o edital extenso, a prova do Rio
Branco nos últimos anos tem sido bastante “aleatória”. O examinador escolhe alguns
tópicos a serem trabalhados e literalmente esquece o resto. A grande questão é que não há
aparentemente um critério para a seleção desses tópicos, de forma que o candidato deve se
preparar para todo o tipo de item. Devido a isso, estou selecionando um compêndio de 360
questões do CESPE comentadas para dar aquele complemento para a sua preparação. Pude
observar nesses anos que alguns alunos estudam muito essa matéria, e alguns tomam como
seu “ponto fraco”. Nesse sentido, leem muitos livros teóricos e acabam por esquecer de
treinar a pegada da banca, que é algo tão importante quanto, ou até mais importante, que o
conhecimento
teórico.
Desde
já
disponibilizo
o
meu
e-mail
para
dúvidas:
[email protected], além do meu facebook caso queiram acompanhar meus
novos cursos e materiais lançados em tempo real:
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Bons estudos!
Fábio Dáquilla
• Professor de Microeconomia, Macroeconomia, Economia Brasileira, Economia
Internacional e Finanças Públicas.
• Graduado em Matemática pela Universidade de Brasília, com 8 anos de experiência em
preparação para concursos públicos nas disciplinas Economia, Matemática e Raciocínio
lógico.
• Analista de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional.
Luís Crisóstomo
• Graduado em Economia pelo Centro Universitário do Distrito Federal – UDF.
• Economista do Ministério da Agricultura. Aprovado em concursos para economista da
CONAB, Ministério das Cidades, SUDECO e PROCON-DF, entre outros.
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1. Apresentação.
1.1.
A Banca.
A nossa banca será o CESPE/UNB, que tem realizado as provas dos últimos anos do Instituto.
O edital seguiu os padrões dos concursos anteriores, sem surpresa para os candidatos que já
vinham se preparando. Para ir bem em uma prova do CESPE de economia, o foco é fixar
bem os conceitos e saber as palavras com precisão. Os itens com frequência abordam
assertivas corretas com uma palavrinha trocada, que os tornam errados. Logo, é
imprescindível muita atenção na leitura e um conhecimento sólido dos conceitos
econômicos. Outro item importante é saber analisar os gráficos e curvas apresentados, pois
frequentemente são cobrados itens com esse tema. Apesar de ser uma matéria com itens
que envolvem cálculos, o foco do CESPE tem sido predominantemente conceitual, com uma
menor tendência de cobrar números. De qualquer forma, o curso será completo, abordando
todos os tipos de questões de noções de economia que foram cobradas nos últimos anos.
1.2.
Metodologia das aulas.
Teremos, além da aula de apresentação com 20 questões, um bloco único de 340 questões
comentadas,
abordando
primeiro
os
tópicos
de
microeconomia,
em
seguida
macroeconomia e, ao final, economia brasileira e internacional. As questões são
apresentadas e em seguida temos o comentário de cada uma delas. No caso de questões
com escolha de alternativas, temos o comentário individual de cada alternativa
apresentada. Caso contrário, temos a resolução seguida do gabarito.
1.3.
Observações finais.
Em se tratando de aulas textuais, algum nível de informalidade fará parte delas para que
tenhamos o maior nível de integração possível entre nós. Se você quisesse livros cheios de
formalidade e teorias, compraria em livrarias, então vamos abusar desta nossa interface.
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2. Conteúdo programático e planejamento das aulas (Cronograma).
O nosso conteúdo seguirá o edital de Diplomata (terceiro secretário) apresentado pelo
CESPE, apresentando subtópicos quando necessário para detalhar a matéria.
Aula
Aula 0
Demonstrativa
Aula 1
Conteúdo a ser trabalhado
Noções de Economia

Conceitos microeconômicos básicos.

Todos os Principais tópicos do Edital
Seguiremos com a nossa aula de demonstração e vejam que já com tal conhecimento e no
formato apresentado, algumas questões já serão resolvidas. Então vamos começar falando
de alguns conceitos fundamentais na economia:
3. Resolução de Questões
1. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco) Por elevar o custo de oportunidade do consumo, a
especialização constitui uma das bases do comércio internacional, o que contradiz a lei das
vantagens comparativas.
Comentários:
ERRADO – A especialização condiz com a lei das vantagens comparativas. Tal lei afirma que o
comércio internacional leva à especialização completa nas atividades produtivas dos países. Além
disso, a questão erra ao afirmar que a especialização eleva o custo de oportunidade. O custo de
oportunidade é menor com o comércio, já que, com a especialização no bem em que o país é mais
produtivo, as vantagens comparativas permitem que os bens sejam produzidos e trocados a um
custo menor.
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2. (CESPE - 2011 - Correios) A respeito das estratégias de crescimento econômico, julgue os itens a
seguir.
Estratégias de desenvolvimento mediante a substituição de importação, por se basearem nas
vantagens comparativas, garantiram, aos países que as adotaram, fortes taxas de crescimento da
renda per capita.
Comentários:
ERRADO – De fato observou-se crescimento da renda per capita nos países que adotaram a política
de substituição de importações. Entretanto, esta política não se baseia em vantagens comparativas.
A industrialização por substituição de importações busca tornar países menos desenvolvidos
independentes da necessidade de importar produtos industrializados, que, por possuírem maior
valor agregado e necessidade de capital intelectual para a produção, são mais vantajosos nas trocas
internacionais. A ideia é o investimento em um setor inicialmente pouco produtivo (industrial)
buscando a independência dos produtos estrangeiros no longo prazo. Nega, portanto, o
recomendado pela teoria das vantagens comparativas, que é a especialização em um produto único,
que determinado país seja mais eficiente.
3. (CESPE - 2011 - STM) Governos atuam por meio da implementação de políticas econômicas,
visando elevar positivamente o nível de atividade, emprego e preços da economia. No sentido
microeconômico, governos também interferem em mercados específicos por meio de impostos
e subsídios, entre outros meios. Com relação a esse assunto, julgue os itens que se seguem.
Aumentar os impostos sobre o consumo de bens preço-elásticos é uma medida eficaz para
aumentar a arrecadação tributária estatal.
Comentários:
ERRADO – Bens preço-elásticos deixam de ser consumidos com facilidade quando há algum aumento
nos preços, logo, o aumento de impostos, provoca uma redução ainda maior no consumo, o que
resulta em uma menor arrecadação, mesmo com o aumento das alíquotas. Logo, tal medida não é
eficaz para aumentar a arrecadação tributária estatal.
Lembre-se: Pela regra de tributação ótima de Ramsey, sabemos que o imposto sobre um bem de
consumo deve ser inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda, ou seja, quanto
maior a elasticidade-preço da demanda, menor será o consumo do bem quando da incidência do
imposto, e, portanto, menor será a arrecadação tributária. Logo, a melhor forma de arrecadar
impostos é quando estes incidem sobre produtos inelásticos.
4. (CESPE - 2011 - STM) Se a equalização do preço de consultas de psicólogos e psiquiatras gerar
redução do número de psiquiatras formados pelas escolas de medicina, então, para os
psiquiatras, a curva de oferta de longo prazo será mais elástica que a curva de oferta de curto
prazo.
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Comentários:
CERTO – Como regra geral, curvas de oferta de curto prazo tendem a ser mais inelásticas que as de
longo prazo, pois assume-se que os insumos de produção estão fixos no curto prazo. No item, a
mudança de preço de consultas psiquiátricas não terá efeito sobre a formação de profissionais no
curto prazo, pois a mudança de especialidade é custosa (como abandonar a faculdade) ou
demorada (como se formar em outra especialização). Entretanto, no longo prazo novos
profissionais escolherão outras especialidades em detrimento da psiquiatria, reduzindo a oferta
destes profissionais. Um exemplo concreto desta questão aconteceu no Brasil com as faculdades de
engenharia. Com o período de crescimento da década passada e a escassez de engenheiros no país,
a remuneração destes profissionais elevou-se. Com o passar do tempo, os vestibulares para os
cursos de engenharia passaram a ser mais concorridos.
5. (CESPE - 2011 - STM) Políticas de combate às drogas focadas na apreensão e destruição desses
narcóticos elevam os gastos dos usuários e afetam relativamente pouco o consumo desses
bens.
Comentários:
CERTO – Em geral, por causarem dependência química, as drogas provocam resistência do
consumidor a deixar de consumir. Logo, devido ao comportamento inelástico dos usuários, a
apreensão de drogas deixa apenas a oferta menor (desloca para a esquerda), fato que, frente a uma
demanda inelástica, provoca grande aumento de preços, mas pequena redução na quantidade
consumida (deslocamento do ponto A para o ponto B na figura abaixo.
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6. (CESPE - 2011 - STM) O fato de um consumidor gastar toda sua renda com alimentos, vestuário
e educação é consistente com a existência de elasticidades-renda superiores à unidade para
esses três grupos de bens.
Comentários:
ERRADO - Se um consumidor gasta toda a sua renda com alimentos, vestuário e educação, significa
que tais bens são essenciais dentro do seu padrão de consumo, pois ele abre mão de todos os
outros bens restantes para consumir estes. Tal fato denota que, com alimentação, vestuário e
educação, o comportamento do consumidor é inelástico, ou seja, tal fato é consistente com
elasticidade-renda menor que 1.
Outra forma possível de resolver é que, pela agregação de Engel, sabemos que ∑
, sendo
o percentual da renda gasta com o bem i e a elasticidade renda da demanda do bem i. Observe
que ∑
e
. Portanto, se existe um bem de luxo (bem cuja elasticidade renda da
demanda é superior à unidade) deve existir pelo menos um bem necessário (elasticidade renda não
negativa e inferior à unidade) ou um bem inferior (elasticidade renda negativa). Neste caso, se um
dos três bens é um bem de luxo, pelo menos um dos outros dois bens deve possuir elasticidade
renda inferior à unidade.
7. (CESPE - 2011 - STM) Considerando que, quando o preço de determinado bem aumenta de R$
100,00 para R$ 150,00, a quantidade demandada desse bem cai de 400 unidades para 100
unidades, então, nesse caso, a elasticidade preço da demanda, computada no ponto médio, é
igual a -3.
Comentários:
ERRADO – Sabemos que Elasticidade-preço é a variação percentual da quantidade demandada
dividida pela variação percentual do preço, ambas calculadas com relação aos pontos médios, ou
seja:
Preço inicial: Pi = 100
Preço final: Pf = 150
Preço médio:
Quantidade inicial: Qi = 400
Quantidade final: Qf = 100
Quantidade média:
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Cuidado! A elasticidade-preço é calculada em módulo, ou seja, despreza-se o sinal no final. Logo ao
final temos que Ep = 3, em vez de -3. Caso o candidato soubesse que elasticidade-preço só pode ter
valores positivos, poderia marcar errado no item logo na leitura inicial ao observar o valor -3.
8. (CESPE - 2011 - STM) A predominância do efeito renda sobre o efeito substituição explica a
inclinação negativa da curva de demanda para quase todos os bens inferiores.
Comentários:
ERRADO – A predominância do efeito renda sobre o efeito substituição ocorre apenas no bem de
Giffen. Tal bem é uma exceção à lei da demanda, pois a inclinação da curva de demanda é positiva.
Ou seja, quando o preço desse tipo de bem aumenta, seu consumo aumenta.
Detalhe: Quase todos os bens inferiores (todos, exceto os bens de Giffen) possuem inclinação
negativa na curva de demanda. O bem de Giffen também é inferior.
Lembre-se: Quando ocorre aumentos nos preços dos produtos:
Tipo de Bem
Normal
Superior
Inferior
Efeito
Renda
ou -
Bem de Giffen*
Efeito
Substituição
-
+
-
+
-
Quem é maior em Efeito
Preço
módulo?
(Demanda final)
Indiferente
Negativo (demanda
decrescente)
Efeito Substituição
Negativo (demanda
decrescente)
Efeito Renda
Positivo (demanda
crescente)
9. (CESPE - 2011 - STM) Quando pessoas altamente qualificadas e bem pagas se dispõem a pagar
mais caro por bens e serviços entregues em domicílio, para evitar filas em lojas e
supermercados, observa- se um comportamento que reflete o fato de que esses indivíduos se
confrontam com um custo de oportunidade do tempo mais baixo.
Comentários:
ERRADO – Custo de oportunidade é o valor da melhor opção que abrimos mão, ou seja, quando
tomamos a decisão de realizar a atividade X em vez da atividade Y, o valor de Y é o custo de
oportunidade, o custo daquilo que estamos deixando de fazer. Quando uma pessoa qualificada e
bem paga opta por pagar mais caro para se livrar de filas, leva em consideração que ao gastar o
tempo em uma fila de supermercado, estaria deixando de realizar outra atividade que lhe traria um
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benefício maior. Ou seja, esses indivíduos se confrontam com um custo de oportunidade do tempo
mais alto.
10. (CESPE - 2011 - STM) No fluxo circular de bens e serviços, as firmas demandam fatores de
produção que são ofertados pelas famílias e, nesse processo, os fluxos monetários vão das
empresas para as famílias.
Comentários:
CERTO – Segundo o modelo de fluxo circular da riqueza, no mercado de Fatores de Produção, as
firmas demandam e toda a receita gerada é distribuída às famílias na forma de remuneração destes
fatores (salários, juros, aluguel, etc.). Quando a banca se referir a fluxo circular, está fazendo
referência ao fluxo circular simplificado, sem a adição de governo ou resto do mundo, conforme a
figura abaixo:
11. (CESPE - 2011 - STM) A redução dos impostos sobre a caderneta de poupança e os fundos de
investimentos concorre para deslocar, para cima e para a direita, a fronteira de possibilidades
de produção da economia.
Comentários:
CERTO – Em geral, em qualquer tipo de economia, os investimentos são realizados com recursos
provenientes das poupanças dos agentes. Logo, a redução de impostos induz ao aumento da
poupança, e consequentemente ao aumento dos capitais disponíveis para investimento. O
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aumento de fatores de produção (entre eles o capital) contribui para deslocar para cima e para a
direita a fronteira de possibilidades de produção, pois amplia o potencial produtivo da economia.
12. (CESPE - 2010 - MS) Elasticidades-preço cruzadas em mercados de bens com competição
monopolística são elevadas, mas não são infinitas, pois tais bens não são substitutos perfeitos.
Comentários:
CERTO – Nos modelos de concorrência monopolística, apesar de haver um grande número de
produtores concorrendo entre si, os bens são heterogêneos, o que garante algum grau de
monopólio a um produtor específico, visto que o seu produto possui algumas características que o
diferenciam dos demais. Apesar de diferenciados, os bens são vistos como substitutos entre si, o
que provoca elasticidades-preço cruzadas elevadas, pois o consumidor tem facilidade em deixar de
consumir um bem, para consumir outro caso os preços subam. Porém, não são substitutos
perfeitos, devido justamente à diferenciação, o que garante que a elasticidade preço-cruzada da
demanda não seja infinita. Um exemplo clássico de concorrência monopolística é o de montadoras
de carros. Carros de marcas diferentes são vistos como bens heterogêneos, porém, em alguma
medida, são substitutos entre si.
13. (CESPE - 2010 - MS) Curva de demanda de elasticidade unitária significa que o gasto total do
consumidor é constante ao longo da curva de demanda.
Comentários:
CERTO – Basta observar que, pela definição, se a elasticidade for maior que 1, temos um
comportamento elástico, ou seja, o consumidor deixa de consumir o bem quando seu preço
aumenta, reduzindo seu gasto total. Ao contrário, se a elasticidade for menor que 1, o consumidor
tem comportamento inelástico, tendo resistência a deixar de consumir o bem e aumentando seu
gasto total. A elasticidade igual a 1 é a fronteira entre o aumento e a redução de gastos, ou seja, é o
ponto em que o gasto do consumidor se mantém constante.
14. (CESPE - 2010 - MS) Quando a elasticidade da demanda é constante ao longo de toda a curva de
demanda, diz-se que a curva é isoelástica. A função de demanda linear é um exemplo de
isoelasticidade.
Comentários:
ERRADO – Quando a elasticidade é constante, temos que
.
Uma função de demanda linear, por ser uma reta, possui inclinação constante. A inclinação da reta
é dada por
. Porém, dependendo do ponto da reta escolhido para cálculo da
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elasticidade, os valores de P e Q variam, logo a primeira parcela de ,
varia. Logo o resultado
é constante, mas o valor de
não é constante no caso de demandas lineares.
Adicionalmente, supondo-se uma função de demanda linear,
, a elasticidade desta
curva de demanda é dada por
. Agora, observe que quando
,
| |
e a curva é elástica. Quando
,| |
e a curva é inelástica. Quando
,| |
e a curva possui elasticidade unitária. Esta é uma propriedade importante da curva de demanda
linear: no seu ponto médio,
, a elasticidade da curva é unitária.
15. (CESPE - 2010 - MS) Para um bem de Giffen, tem-se efeito renda negativo, que domina o efeito
substituição positivo.
Comentários:
ERRADO – Para um bem de Giffen, o efeito renda positivo domina o efeito substituição negativo.
Lembre-se: O efeito substituição é sempre negativo, e o efeito renda no bem de Giffen é positivo
(por ser um bem inferior) Como o bem de Giffen não tem substitutos próximos, o efeito renda
supera o efeito substituição.
16. (CESPE - 2010 - MS) Diminuição na renda do consumidor faz que o efeito renda diminua a
demanda pelo bem em questão.
Comentários:
ERRADO – Não necessariamente uma diminuição na renda faz o efeito renda diminuir o consumo.
Tal fato acontece nos bens normais, mas com bens inferiores, o efeito renda favorece o aumento
do consumo. Como exemplo, quando a renda de uma pessoa diminui sua demanda por transporte
coletivo aumenta, já que não é mais capaz de custear um carro. Neste exemplo, transporte público
é um bem inferior e transporte privado é um bem normal.
17. (CESPE - 2010 - MS) Efeito substituição também é chamado de variação na demanda
compensada.
Comentários:
CERTO – O efeito substituição é a recomposição da cesta de consumo dada uma mudança nos
preços relativos e mantido o poder de compra original. A demanda compensada (ou demanda
compensada de Slutsky) é aquela que, frente a mudanças nos preços, compensa a renda do
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consumidor buscando produtos alternativos. Disto, percebemos a equivalência de conceitos entre o
efeito substituição a variação da demanda compensada.
18. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia) O modelo do fluxo circular da renda e do produto não
pressupõe uma economia aberta com governo.
Comentários:
CERTO – O modelo de fluxo circular é uma simplificação da economia, de modo a enxergá-la como
um sistema fechado. Neste caso, não há governo ou mercado internacional. Famílias demandam
bens e serviços com o objetivo de maximização da utilidade. Famílias ofertam fatores de produção
e recebem renda das empresas. Empresas ofertam bens e serviços e recebem a receita das famílias.
Lembre-se: Quando a banca se referir a fluxo circular, estará fazendo referência ao fluxo circular
simplificado, sem a adição de governo ou resto do mundo. Quando se referir a fluxo circular
expandido, estará se referindo a um modelo de fluxo com adição do governo e do resto do mundo.
19. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia)
Tarifa de ônibus pode ir para 1,90
A proposta de aumento das passagens de ônibus de Belém e Ananindeua sai segunda-feira, 1.º de
fevereiro. Segundo o DIEESE, uma planilha de custos mostra que há defasagem na atual tarifa, já
que, segundo justificativas das empresas, houve aumento do salário mínimo, de peças e de
combustível. No dia seguinte, a companhia chegou a divulgar uma planilha técnica com a proposta
do aumento da passagem de R$ 1,70 para R$ 1,90, com reajuste de 11,76%.
O Liberal, 29/1/2010 (com adaptações).
Com referência ao assunto abordado no texto acima, julgue o item que se segue.
Com demanda inelástica, o aumento da oferta de transporte com a colocação de mais ônibus nas
ruas aumenta a receita dos empresários.
Comentários:
ERRADO – Aumento na quantidade de ônibus desloca a curva de oferta para a direita, o que provoca
redução nos preços e aumento na quantidade consumida. Porém, como a demanda é inelástica, os
consumidores têm resistência a alterar o seu padrão de consumo, de forma que reduções nos preços
provocam uma pequena expansão na quantidade consumida. Logo tal fato reduz a receita dos
empresários, pois o aumento na demanda não compensa a redução dos preços. Basta desenhar um
gráfico com oferta comum deslocando para a direita e demanda vertical (inelástica) para observar
alteração relevante apenas nos preços para baixo (Equilíbrio do ponto A para o ponto B).
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20. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia) Caso o coeficiente de elasticidade da demanda por
transporte público de ônibus em Belém e Ananindeua seja igual a 0,5, então haverá uma
redução, entre 8% e 10%, na quantidade demandada por transporte público.
Comentários:
ERRADO – Se o coeficiente da elasticidade é de 0,5, então o aumento de 11,76% no preço reduz em
X% a quantidade demandada. Pela definição de Elasticidade:
Logo, o item é errado, pois o valor não se encontra entre 8% e 10%.
Aqui finalizamos a nossa aula demonstrativa. Esperoque tenham gostado! Na próxima aula
seguiremos com os próximos 340 itens CESPE para a sua preparação pro TPS do Rio Branco.
Obrigado pela atenção e até a próxima aula!
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4. Lista das Questões Utilizadas na Aula
1. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco) Por elevar o custo de oportunidade do consumo, a
especialização constitui uma das bases do comércio internacional, o que contradiz a lei das
vantagens comparativas.
2.
(CESPE - 2011 - Correios) A respeito das estratégias de crescimento econômico, julgue os itens a
seguir.
Estratégias de desenvolvimento mediante a substituição de importação, por se basearem nas
vantagens comparativas, garantiram, aos países que as adotaram, fortes taxas de crescimento da
renda per capita.
3. (CESPE - 2011 - STM) Governos atuam por meio da implementação de políticas econômicas,
visando elevar positivamente o nível de atividade, emprego e preços da economia. No sentido
microeconômico, governos também interferem em mercados específicos por meio de impostos
e subsídios, entre outros meios. Com relação a esse assunto, julgue os itens que se seguem.
Aumentar os impostos sobre o consumo de bens preço-elásticos é uma medida eficaz para
aumentar a arrecadação tributária estatal.
4. (CESPE - 2011 - STM) Se a equalização do preço de consultas de psicólogos e psiquiatras gerar
redução do número de psiquiatras formados pelas escolas de medicina, então, para os
psiquiatras, a curva de oferta de longo prazo será mais elástica que a curva de oferta de curto
prazo.
5. (CESPE - 2011 - STM) Políticas de combate às drogas focadas na apreensão e destruição desses
narcóticos elevam os gastos dos usuários e afetam relativamente pouco o consumo desses
bens.
6. (CESPE - 2011 - STM) O fato de um consumidor gastar toda sua renda com alimentos, vestuário
e educação é consistente com a existência de elasticidades-renda superiores à unidade para
esses três grupos de bens.
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7. (CESPE - 2011 - STM) Considerando que, quando o preço de determinado bem aumenta de R$
100,00 para R$ 150,00, a quantidade demandada desse bem cai de 400 unidades para 100
unidades, então, nesse caso, a elasticidade preço da demanda, computada no ponto médio, é
igual a -3.
8. (CESPE - 2011 - STM) A predominância do efeito renda sobre o efeito substituição explica a
inclinação negativa da curva de demanda para quase todos os bens inferiores.
9.
(CESPE - 2011 - STM) Quando pessoas altamente qualificadas e bem pagas se dispõem a pagar
mais caro por bens e serviços entregues em domicílio, para evitar filas em lojas e
supermercados, observa- se um comportamento que reflete o fato de que esses indivíduos se
confrontam com um custo de oportunidade do tempo mais baixo.
10. (CESPE - 2011 - STM) No fluxo circular de bens e serviços, as firmas demandam fatores de
produção que são ofertados pelas famílias e, nesse processo, os fluxos monetários vão das
empresas para as famílias.
11. (CESPE - 2011 - STM) A redução dos impostos sobre a caderneta de poupança e os fundos de
investimentos concorre para deslocar, para cima e para a direita, a fronteira de possibilidades
de produção da economia.
12. (CESPE - 2010 - MS) Elasticidades-preço cruzadas em mercados de bens com competição
monopolística são elevadas, mas não são infinitas, pois tais bens não são substitutos perfeitos.
13. (CESPE - 2010 - MS) Curva de demanda de elasticidade unitária significa que o gasto total do
consumidor é constante ao longo da curva de demanda.
14. (CESPE - 2010 - MS) Quando a elasticidade da demanda é constante ao longo de toda a curva de
demanda, diz-se que a curva é isoelástica. A função de demanda linear é um exemplo de
isoelasticidade.
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15. (CESPE - 2010 - MS) Para um bem de Giffen, tem-se efeito renda negativo, que domina o efeito
substituição positivo.
16. (CESPE - 2010 - MS) Diminuição na renda do consumidor faz que o efeito renda diminua a
demanda pelo bem em questão.
17. (CESPE - 2010 - MS) Efeito substituição também é chamado de variação na demanda
compensada.
18. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia) O modelo do fluxo circular da renda e do produto não
pressupõe uma economia aberta com governo.
19. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia)
Tarifa de ônibus pode ir para 1,90
A proposta de aumento das passagens de ônibus de Belém e Ananindeua sai segunda-feira, 1.º de
fevereiro. Segundo o DIEESE, uma planilha de custos mostra que há defasagem na atual tarifa, já
que, segundo justificativas das empresas, houve aumento do salário mínimo, de peças e de
combustível. No dia seguinte, a companhia chegou a divulgar uma planilha técnica com a proposta
do aumento da passagem de R$ 1,70 para R$ 1,90, com reajuste de 11,76%.
O Liberal, 29/1/2010 (com adaptações).
Com referência ao assunto abordado no texto acima, julgue o item que se segue.
Com demanda inelástica, o aumento da oferta de transporte com a colocação de mais ônibus nas
ruas aumenta a receita dos empresários.
20. (CESPE - 2010 - Banco da Amazônia) Caso o coeficiente de elasticidade da demanda por
transporte público de ônibus em Belém e Ananindeua seja igual a 0,5, então haverá uma
redução, entre 8% e 10%, na quantidade demandada por transporte público.
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Economia - Aula 00 - Demonstrativa
Instituto Rio Branco
Fábio Dáquilla e Luís Crisóstomo
5. Gabaritos
1- E
2- E
3- E
4- C
5- C
6- E
7- E
8- E
9- E
10- C
11- C
12- C
13- C
14- E
15- E
16- E
17- C
18- C
19- E
20- E
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Aula 00 - 360 questões comentadas de economia para o Instituto