IGREJA BATISTA GÊNESIS
Série: TRANSFORME-SE EM QUEM DEUS DIZ QUE VOCÊ É
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LIÇÃO 3 – VENCENDO VENTOS CONTRÁRIOS
TEXTO B ÍBLICO :
(II Corintios 11:25-27) – “Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes
sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; Em viagens muitas vezes, em perigos de
rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em
perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos
irmãos; Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas
vezes, em frio e nudez”.
Ponto Saliente:
O marinheiro diante do vento contrário iça a vela do barco e faz dele seu aliado.
Para conhecer e pensar:
(I Timóteo 1:19) - “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando,
permitiram o naufrágio da sua fé”.
Objetivos deste estudo
 A adversidade é comum a todos, tanto ao que crê como ao que não crê.
 Não podemos utilizar as dificuldades como desculpa do nosso fracasso, muitos fizeram
das dificuldades o trampolim do seu crescimento e sucesso.
 A adversidade nos faz mais forte e resistente.
 Refletirmos na nossa atitude quando atravessamos momentos instáveis.
Conteúdo:
Um dia um rapaz por quem estava orando nos últimos meses, me fez a seguinte indagação:
“Visto que Deus não quer resolver o meu problema, qual a atitude que devo tomar?” A
resposta que dei a ele serve para qualquer um que esteja passando momentos difíceis e não
tenha visto ainda suas orações respondidas: “Mantenha a calma e a serenidade”. Estas duas
forças o auxiliarão a enxergar o caminho, a ver soluções onde a mente em tempestade de
emoções não consegue enxergar, a aguardar a resposta divina que certamente virá. E no caso
dele veio, não muito depois daqueles dias. Veio sem que ele fizesse absolutamente nada,
simplesmente o mal que ele achou que teria que enfrentar foi desfeito e a luta que ele pensou
existir nunca existiu. O medo e a ação do inimigo em sua mente potencializou uma imagem
que ele havia formado, que na verdade nunca correspondeu a realidade.
Não podemos questionar a Deus ao passar dificuldades, acusa-lo de não querer resolver o meu
problema já denotamos uma ponta de murmuração. Deus tem muitas formas de nos auxiliar
na solução de problemas, mas a maneira mais frequente de fazê-lo é nos capacitando para a
vitória. Se ele vencesse a nossas lutas por nós, além de não nos ensinar a lutar por nossas
conquistas, estaria gerando filhos “dengosos, mimados e dependentes”. O próprio Jesus
enfrentou lutas espetaculares, algumas nitidamente sem a ajuda do pai como a da cruz:
Mateus 27:46 - “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá
sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Não pense que estou
ensinando uma heresia, ao cristão levar uma vida independente de Deus. O que estou
tentando mostrar é que existem lutas que você pode vencer apenas com a vida alicerçada na
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palavra, seguindo seus princípios, se fortalecendo em oração, sem necessariamente haver uma
intervenção milagrosa de Deus. Devemos buscar a ajuda e a orientação divina “sempre”, mas
na maioria das vezes o que queremos é um milagre, uma solução instantânea. Precisamos
passar por lutas, por desafios, elas amadurecem a nossa fé, geram dependência de
Deus no cristão, e nos ensina a valorizar uma vida de obediência na presença do Senhor. Jesus
nos alertou que nós passaríamos por elas na vida: (João 16:33) – “Tenho-vos dito isto, para que
em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. Ele
acrescenta aqui uma terceira força, o bom ânimo. Ele é uma verdadeira fábrica de bons
pensamentos para hora de travessias difíceis. O bom ânimo nos ajuda a continuar crendo e
lutando até a hora da vitória final. Paulo, na sua segunda carta aos irmãos de Corinto, nos
alerta para a realidade de que as provações quando suportadas em serenidade, trazem
recompensas eternas: “Esta pequena e passageira aflição pela qual estramos passando vai, se
soubermos nos comportar bem, nos trazer recompensas eternas muito maiores do que os
sofrimentos pelos quais estamos passando. Porque nós prestamos atenção nas coisas que se
veem, mas nas coisas que não se veem” (2 Co 4:17-18).
Ante as dificuldades da travessia, o povo hebreu muitas vezes claudicou, permitindo que suas
emoções fossem influenciadas pelos momentos delicados, senão vejamos: (Números 14:2) –
“E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação
lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! ou, mesmo neste deserto!” A
decisão deles diante das angústias que passavam era completamente contrária ao plano de
Deus: (Números 14:4) – “E diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito”.
Este é o grande perigo que corremos durante a travessia dos momentos difíceis, o risco ao
qual nos submetemos quando não preservarmos a calma, serenidade e não conservamos o
bom ânimo. Os momentos difíceis têm a capacidade de produzir deformações de
comportamento, potencializa os nossos medos, nos leva para bem longe do plano estabelecido
por Deus para nossas vidas.
Para quem devemos olhar nas horas difíceis? Para quem já atravessou momentos semelhantes
com elegância, utilizando estratégias que o fizeram triunfar. José é um belo exemplo de
alguém que soube suportar com serenidade e espiritualidade centrada as provações impostas
pela vida. Usou de três estratégias básicas para atravessar os ventos contrários sem que eles
maculassem o seu testemunho ou atingissem sua fé:
1. Creu no que Deus revelou, apesar de as fases da vida pelas quais passou apontassem
para outro destino.
2. Impediu que o ressentimento atingisse o seu coração.
3. Guardou sua fidelidade em circunstâncias extremas.
O grande ensino deixado por José foi o de que os ventos contrários, as provações e as
dificuldades produzidas pela vida, mais do que uma simples capacitação para os desafios que
vamos ter que enfrentar, servem de meio de transporte para nos conduzir ao centro da
vontade de Deus.
Gosto de pensar que os heróis bíblicos, todos aqueles que enfrentaram tribulações extremas e
se fizeram exitosos, nenhum deles se acharam capazes ou tinham um poder especial, mas
todos foram capacitados por Deus a transformar adversidades em aliados na construção de
um grande testemunho.
Paulo nos fornece uma informação importante, ele revela sete armas utilizadas pelo inimigo
para nos afastar do amor de Deus: (Romanos 8:35) - Quem nos separará do amor de Cristo? A
tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
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Mas perceba como ele inicia a frase, em tom de deboche, desdenhando do poder de cada uma
destas armas agindo isoladamente ou todas agindo em conjunto. A sugestão é que nada pode
nos separar do amor de Deus. Nisto eu também creio, quanto mais provado, mais firme e por
isto mais aprovado. Veja o que Paulo diz das tribulações: (II Coríntios 7:4) - “Estou cheio de
consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações”. Como eu gosto da forma bem
humorada e espiritualmente centrada com a qual Paulo lida com as adversidades da vida. Não
há o que temer, pois a promessa não é a de que seremos vencedores, mas de que seremos
mais de que vencedores através de Cristo Jesus: (Romanos 8:37) - “Mas em todas estas coisas
somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou”.
Conclusão
O texto de Atos fala do valor terapêutico da ajuda mútua na hora das adversidades:
“Fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando
que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22). Este é o
segredo para conquistarmos vitória nas horas difíceis, e aqui está uma das grandes virtudes de
estarmos inseridos em uma comunidade cristã.
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