Mercados informação global Peru Ficha de Mercado Novembro 2014 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Índice 1. Dados Gerais 3 2. Economia 6 2.1. Situação Económica e Perspetivas 6 2.2. Comércio Internacional 8 2.3. Investimento Estrangeiro 11 2.4. Turismo 11 3. Relações Económicas com Portugal 12 3.1. Comércio de Bens 12 3.2. Serviços 16 3.3. Investimento 16 3.4. Turismo 16 4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 16 4.1. Regime Geral de Importação 16 4.2. Regime de Investimento Estrangeiro 19 5. Informações Úteis 23 6. Contactos Úteis 24 7. Endereços de Internet 25 2 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) 1. Dados Gerais Mapa: Fonte: EIU- The Economist Intelligence Unit 2 Área: 1 285 216 Km População: 30,8 milhões de habitantes (estimativa 2014) Densidade populacional: 24 hab. /Km 2 3 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Designação oficial: República do Peru Chefe do Estado e do Governo: Ollanta Humala Tasso (desde julho de 2011) Data da atual Constituição: Promulgada em 29 de dezembro de 1993 Principais Partidos Políticos: Governo: Gana Peru Oposição: Força Popular (FP); Peru Possível (PP); Somos Perú (SP); Ação Popular (AP); Aliança para a Grande Mudança (APGP); Partido de Solidariedade Nacional (PSN); Partido Aprista Peruano (APRA). As próximas eleições, presidenciais e legislativas, terão lugar em abril de 2016 Capital: Lima – 8,2 milhões de habitantes Outras cidades importantes: Piura (1,7 milhões); La Libertad (1,6 milhões); Cajamarca (1,4 milhões); Puno (1,3 milhões) Religião: Mais de 80% da população professa o catolicismo. A Igreja evangélica recolhe cerca de 13% de aderentes Língua: O Castelhano (falado por 80% da população), o Quechua e o Aymara são as línguas oficiais Unidade monetária: Novo Sol do Peru (PEN) 1 EUR = 3,6614 PEN (fim de outubro 2014) Risco País: Risco geral - BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) Risco político - BBB Risco da estrutura económica - BB Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) – COSEC, outubro 2014 Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo – Aberta sem condições restritivas. Operações de Médio / Longo prazo – Clientes soberanos: Aberta sem condições restritivas. Clientes públicos e privados: Aberta, caso a caso, com eventual exigência de garantia soberana ou bancária – COSEC – Outubro 2014 Principais relações internacionais e regionais: Banco Interamericano de Desenvolvimento (Inter-American Development Bank – IDB), Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) e Organização das Nações Unidas (United Nations – UN) e suas agências especializadas (Specialized Agencies, Related Organizations, Funds, and Other UN Entities). Integra, ainda, a Organização Mundial de Comércio (World Trade Organization – WTO), desde 1 de janeiro de 1995. Ao nível regional, o Peru faz parte da Comunidade Andina (Comunidad Andina – CAN), da Associação Latino-americana de 4 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Integração (Asociación Latinoamericana de Integración – ALADI), do Sistema Económico Latino-americano e do Caribe (Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe – SELA), da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União de Nações Sul Americanas (Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR), do Fórum de Cooperação Económica da Ásia e do Pacífico (Asia-Pacific Economic Cooperation – APEC) e é membro associado do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL); de referir, ainda, que tem desenvolvido uma rede extensa de relações de parceria, através de uma negociação cuidadosa de acordos comerciais preferenciais (Acuerdos Comerciales) Relacionamento com a União Europeia (UE): No que respeita às relações entre a UE e o Peru estas enquadram-se no contexto regional com os países da Comunidade Andina. As negociações entre a UE e os quatro membros da CAN (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru), com vista à celebração de um acordo de associação (que previa, designadamente a liberalização do comércio), foram encetadas em 2007, mas suspensas em junho de 2008, após três rondas de conversação, devido às crescentes divergências internas entre os países andinos quanto à abordagem de determinadas questões comerciais essenciais. Posteriormente, o Peru, a Colômbia e o Equador solicitaram formalmente à Comissão Europeia a negociação individual de acordos bilaterais de comércio livre. Em janeiro de 2009, tiveram lugar novas negociações para um acordo comercial multilateral com perspetiva regional, entre a UE, por um lado, e o Peru, a Colômbia e o Equador, por outro. As negociações com o Peru e a Colômbia foram concluídas em 2011, após várias rondas de negociações (o Equador suspendeu a sua participação), sendo que o Acordo Comercial (Decisão do Conselho n.º 2011/735/UE, JOUE L 354, de 21 de Dezembro de 2012) foi objeto de assinatura em junho de 2012 e está em aplicação, a título provisório (até à conclusão das formalidades necessárias à sua entrada definitiva em vigor), desde 1 de Março de 2013, relativamente ao Peru. Mais informação sobre o relacionamento bilateral entre as partes pode ser consultada nas seguintes páginas: European External Action Service (EEAS) – Republic of Peru; EU / Andean Community – Trade Agreement with Colombia and Peru (EEAS); e Acuerdo Comercial entre Perú y la Unión Europea (Ministerio de Comercio Exterior y Turismo) 5 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Ambiente de Negócios Competitividade (Rank Global Competitiveness Index 2014-15) 65ª Facilidade de Negócios Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2013) 38ª Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) (Rank no Doing Business Rep. 2015) 35ª 49ª 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspetivas A economia do Peru reflete a sua diversidade geográfica – uma região costeira árida, mas rica em recursos piscatórios, e uma zona central montanhosa fértil em importantes recursos minerais, nomeadamente cobre, prata, ouro, minério de ferro e carvão. No contexto da América Latina, o país posiciona-se como a 6ª maior economia e o 4º país em superfície e população, sendo assinalável o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4% que o Peru vem registando desde 2002. Não obstante o forte desempenho macroeconómico, a sua dependência das exportações do sector extrativo e das importações dos produtos alimentares colocam a economia peruana exposta às flutuações das cotações internacionais destes produtos. Os efeitos de uma envolvente externa menos favorável continuam a fazer-se sentir, quer nas exportações, quer ainda na confiança dos consumidores e investidores o que se traduziu, nos primeiros oito meses do ano, num crescimento de apenas 2,4% do PIB. Atualmente está a ser executado o programa de medidas de estímulo, anunciado pelo Governo, que injetará na economia o equivalente a 1,7% do PIB até ao final do mandato presidencial; no entanto, o seu efeito na procura não tem correspondido às expectativas. Neste cenário, o Economist Intelligence Unit (EIU) perspetiva, para 2014, um crescimento do PIB de 3,3% e de 4,5% para o ano seguinte. Impulsionado pela implementação gradual de grandes projetos infraestruturais (novas linhas de metro em Lima, um novo pipeline de gás no sul do país, um novo aeroporto em Cusco) e pelo início da atividade de dois grandes projetos extrativos – as minas de cobre de Toromocho e de Las Bambas -, em 2016 o crescimento do PIB deverá atingir 5,3%. Embora significativamente inferior ao registado na década anterior, entre 2015 e 2019 o consumo privado deverá crescer a uma média anual de 4,6%, beneficiando da melhoria do acesso ao crédito, da redução dos índices de pobreza e das desigualdades, mas sendo contido pela inépcia do combate ao sector informal, um dos mais elevados da região. Do mesmo modo, o investimento em estradas, utilities e projetos industriais apenas atenuará parcialmente a quebra do investimento estrangeiro privado em grandes projetos dos sectores extrativo e energético. Neste contexto, o EIU antecipa que, para o período 2015-2019, o investimento cresça a uma média anual de 5,6%, menos de 50% dos índices alcançados entre 2010 e 2013. Por outro lado, o aumento da produção de cobre (que colocará o país como o 2º produtor mundial) terá impacto no crescimento das exportações que, por sua vez, será suplantado pelo crescimento das compras ao exterior, o que influenciará negativamente o crescimento do PIB. 6 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Do lado da oferta, a economia peruana continuará a ser dominada pelo sector extrativo, mas os principais ganhos de produtividade, com fortes níveis de crescimento registados nos últimos anos, provêm dos sectores agroindustriais. Os projetos infraestruturais públicos e os grandes projetos do sector privado no retalho e na energia são fundamentais para garantir o crescimento do sector da construção; por outro lado, os serviços beneficiam de um sector do retalho em expansão, mas também do turismo e dos transportes. No curto prazo, a volatilidade dos preços dos produtos alimentares a nível doméstico exerce uma pressão inflacionista mas, em contraponto, o abrandamento da atividade económica (que se verifica desde o final de 2013) tem contribuído para que índice de preços se situe entre 1% e 3%, o objetivo definido pelo Banco Central. Tendo em conta o controlo salarial no sector privado, o EIU avança para uma taxa de inflação de 3,2% em 2014 e de 2,8% no ano seguinte. As perspetivas de um maior crescimento económico, entre 2016 e 2019, deverão fazer subir este indicador para uma média anual de 3,2%. A baixa cotação do cobre e do ouro afetarão negativamente, no médio prazo, as exportações peruanas, contribuindo para que o défice da balança corrente se mantenha elevado, pese embora os ainda fortes fluxos de capital que impedem grandes desequilíbrios nas contas externas. Posteriormente, e com a entrada em laboração de novos projetos extrativos, as receitas das exportações aumentarão, mas a balança comercial só deverá voltar a terreno positivo em 2018-2019 e de forma ligeira, apenas 0,4% do PIB. O défice da balança de serviços e o saldo da balança de transferências deverão continuar estáveis, a uma média anual (2015-2019) de 0,7% e 1,9% do PIB, respetivamente. Em oposição, o défice da balança de rendimentos deverá situar-se bem abaixo da média verificada na década anterior, 4,9% do PIB, graças à diminuição da repatriação dos lucros das empresas estrangeiras, refletindo o fim do boom do sector extrativo. Assim, o défice da balança corrente baixará de forma gradual, devendo fixar-se em 3,2% do PIB em 2019. Os crónicos défices da balança corrente serão confortavelmente financiados pelo forte investimento estrangeiro, permitindo uma acumulação contínua de reservas de moeda estrangeira; no entanto, esta acumulação de reservas abrandará, dada a sua utilização pelas autoridades peruanas no sentido de assegurar a estabilidade da moeda. Assim, a cobertura média dos meses de importações deverá cair de 15,9 no corrente ano para 11,4 meses em 2019. A política económica do país tem sido de abertura aos negócios, e assim se deverá manter nos próximos anos. No entanto, um pronunciado abrandamento do crescimento económico, refletindo uma fraca procura externa e um decréscimo do investimento, apresenta-se como um importante desafio para o Governo peruano. Se bem que o Executivo tenha anunciado uma série de medidas destinadas a impulsionar a procura e a melhorar o ambiente de negócios no curto prazo, incluindo um aumento das transferências para os Governos regionais, uma redução dos custos de contexto das empresas e a simplificação do processo administrativo, o crescimento do PIB entre 2015 e 2019 será inferior ao registado na década anterior. 7 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) No atual quadro político peruano, o EIU considera pouco provável que, nos próximos 5 anos, o Executivo consiga enfrentar com sucesso deficiências estruturais críticas, tais como uma baixa produtividade, um complexo regime fiscal, um mercado laboral rígido com mão-de-obra pouco qualificada e infraestruturas inadequadas. Em contraponto, espera-se uma gestão prudente das finanças públicas, incluindo uma regra que imponha um teto à despesa e ao aumento do endividamento. Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População Milhões PIB a preços de mercado 10 PEN PIB a preços de mercado 2011 a 2012 a 2013 a b 2014 2015 c 2016 c 29,8 30,1 30,5 30,8 31,2 31,5 9 486,2 526,4 558,1 591,7 635,8 688,0 10 USD 9 176,5 199,6 206,5 208,6 214,3 228,0 USD 5 925 6 623 6 777 6 770 6 878 7 246 % 6,5 5,9 5,7 3,3 4,5 5,3 Consumo privado Var. % 6,0 6,1 5,3 4,3 4,5 4,6 Consumo público Var. % 4,8 8,1 6,8 7,8 9,0 8,5 Formação bruta de capital fixo Var. % 5,1 16,8 8,1 1,0 4,0 6,0 Taxa de desemprego (média) % 7,9 7,7 7,7 7,6 8,1 7,7 Taxa de inflação (média) % 3,4 3,7 2,7 3,2 2,8 3,2 Dívida pública % do PIB 19,9 17,9 16,3 15,8 15,5 14,8 Saldo do setor público % do PIB 2,0 2,2 0,9 -0,1 -0,4 0,1 Dívida externa % do PIB 25,5 27,1 26,9 27,1 26,8 25,9 Dívida externa 10 USD 9 45,0 54,1 55,6 56,5 57,5 59,1 Balança corrente 10 USD 6 -3 177 -6 282 -9 126 -10 630 Balança corrente % PIB -1,8 -3,1 -4,4 -5,1 -4,9 -4,7 1 USD= X PEN 2,70 2,55 2,80 2,94 2,99 3,05 PIB per capita Crescimento real do PIB Taxa de câmbio (final do período) Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Notas: a) valores atuais -10 414 -10 798 b) estimativas c) previsões PEN –Novo Sol 2.2 Comércio Internacional No contexto das relações comerciais internacionais, o Peru posicionou-se, em 2013, no 59º lugar no ranking de exportadores, com uma quota de mercado de 0,22% e no 58º lugar no de importadores, com uma quota de mercado de 0,23%. Em relação a 2009 manteve o seu posicionamento como exportador, e subiu oito posições no ranking de importadores. 8 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Evolução da balança comercial 6 (10 USD) 2009 2010 2011 2012 2013 Exportação fob 26 962 35 803 46 376 46 367 42 177 Importação fob 21 814 30 030 37 747 42 274 43 670 Saldo 5 148 5 773 8 629 4 093 -1 493 Coeficiente de cobertura (%) 135,8 119,2 122,9 109,7 96,6 Posição no “ranking” mundial Como exportador 59ª 59ª 58ª 59ª 59ª Como importador 66ª 61ª 58ª 59ª 58ª Fontes: WTO – World Trade Organization No período compreendido entre 2009 e 2013, as exportações, com oscilações negativas nos dois últimos anos, cresceram a uma taxa média de 13,3% ao ano e as importações, sempre em ciclo ascendente, evoluíram a uma taxa média de 19,7% ao ano. A taxa de cobertura das importações pelas exportações evoluiu negativamente de 135,8% para 96,6%, com o saldo da balança comercial a entrar em terreno negativo em 2013. De acordo com as previsões do EIU, o saldo da balança comercial deverá manter-se deficitário até 2017. Principais Clientes 2011 2012 2013ª Mercado Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição China 15,3 1ª 17,1 1ª 20,6 1ª E.U.A. 13,3 2ª 14,2 2ª 20,4 2ª Canadá 9,2 4ª 7,5 4ª 7,2 3ª Japão 4,8 5ª 5,6 5º 6,4 4ª Coreia do Sul 3,7 8ª 3,4 8ª 4,8 5ª 0,09 43º 0,09 42º 0,06 43ª Portugal Fonte: ITC – International Trade Centre (a) – Mirror statistics: informação obtida a partir dos dados reportados pelos parceiros No âmbito dos principais parceiros comerciais, no ranking de clientes destaca-se a China, com 20,6% do total das exportações peruanas em 2013 e os EUA (20,4%); no ranking de fornecedores, são de evidenciar os EUA, com 26,5% do total das importações peruanas, e a China (16,3%). A partir de 2011, é de assinalar igualmente o surgimento da China como principal cliente substituindo os EUA. Do lado dos fornecedores, é de destacar a constância do posicionamento dos 5 principais exportadores para o Peru. 9 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Principais Fornecedores 2011 2012 2013ª Mercado Quota Posição Quota Posição Quota Posição E.U.A. 19,7 1ª 19,0 1ª 26,5 1ª China 16,7 2ª 18,5 2ª 16,3 2ª Brasil 6,4 3ª 6,1 3ª 5,7 3ª Equador 5,0 4ª 4,8 4ª 5,2 4ª Argentina 4,9 5ª 4,6 5ª 4,9 5ª Portugal 0,06 51ª 0,08 47ª 0,10 40ª ITC – International Trade Centre Fonte: (a) – Mirror statistics: informação obtida a partir dos dados reportados pelos parceiros Em 2013, Portugal ocupou o 43º lugar no ranking de clientes, com uma quota de mercado de 0,06%, e o 40º lugar no ranking de fornecedores, com uma quota de mercado de 0,10%, tendo, em relação a 2011, mantido o seu lugar enquanto cliente, mas ganho 11 lugares como fornecedor do Peru. Nos últimos três anos, como cliente a sua quota de mercado regrediu de 0,09% para 0,06%, melhorando, como fornecedor, a sua quota de 0,06% para 0,10%. Quanto à estrutura das exportações peruanas, é de salientar alguma concentração nos minérios, escórias e cinzas (32% do total em 2013), nomeadamente os minérios de cobre, ferro, chumbo e zinco. Os cinco principais produtos exportados representam 68,5% das exportações do Peru e, excetuando as pérolas, pedras e metais preciosos, todos registaram acréscimos de quota em 2013 face ao ano anterior. Principais Produtos Transacionados - 2013 Exportações / Sector % Importações / Sector % Minérios, escórias e cinzas 32,0 Máquinas e equipamentos mecânicos 15,3 Pérolas, pedras e metais preciosos 14,5 Combustíveis e óleos minerais 12,9 Combustíveis e óleos minerais 11,7 Veículos automóveis 11,9 Cobre s suas obras 6,4 Máquinas e equipamentos elétricos 8,8 Frutas, cascas de citrinos e de melões 3,9 Plásticos e suas obras 5,1 Fonte: ITC – International Trade Centre Por outro lado, as importações são constituídas fundamentalmente por máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos (24,1% em 2013), e por combustíveis e óleos minerais (12,9%). Seguem-se, por ordem decrescente de representatividade, os veículos automóveis e partes (11,9%) e os plásticos (5,1%). Este conjunto de produtos foi responsável por 54% das importações totais em 2013, sendo que apenas os veículos automóveis e os plásticos registaram ligeiros acréscimos de quota face ao ano anterior. 10 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) 2.3 Investimento Relativamente ao Investimento Direto Estrangeiro (IDE), o Peru, enquanto recetor, ocupou o 31º lugar no ranking mundial em 2013. Como emissor de fluxos de investimento, posicionou-se em 78º lugar no mesmo ano. Segundo a agência ProInversion, no final de 2013 o IDE acumulado no Peru ascendia a cerca de 72 mil milhões de USD, apesar da quebra de 16,4% em relação a 2012. Investimento Direto 9 (10 USD) 2009 2010 2011 2012 2013 Investimento estrangeiro no Perú 6,4 8,5 8,2 12,2 10,2 Investimento do Perú estrangeiro 0,4 0,3 0,1 -0,05 0,1 Como recetor 38ª 32ª 40ª 26ª 31ª Como emissor 61ª 68ª 75ª 150ª 78ª Posição no “ranking” mundial Fonte: World Investment Report Tomando como referência o IDE acumulado, constituído unicamente pelas participações no capital social das empresas, surgiam, em 2013, como principais países emissores a Espanha com 20% do IDE acumulado, seguida do Reino Unido (19%), dos EUA (14%), dos Países Baixos (7%) e do Chile com 6% do total. No final do ano transato, o IDE acumulado encontrava-se distribuído, principalmente, pelos seguintes sectores: a indústria extrativa figura à cabeça, respondendo por 24% do total, seguida do sector financeiro com 19%; das comunicações (17%); da indústria transformadora (14%) e da energia (13%). Os investimentos estrangeiros procuram principalmente estes sectores que, em conjunto, absorveram mais de 87% do IDE acumulado. 2.4 Turismo O Peru é um destino privilegiado para o turismo e para o investimento no sector. Com uma história e tradição rica, o país alberga uma das maiores biodiversidades do planeta e reúne 84 das 1117 zonas de vida identificadas no planeta. As planícies costeiras ocidentais (a Costa) estão separadas pelas terras baixas orientais cobertas pela selva da bacia do Amazonas (a Selva) e pelas altas e escarpadas montanhas dos Andes (a Sierra). Conta com o lago navegável a maior altitude do mundo (Titicaca), a cordilheira tropical mais alta do planeta (la Cordillera Blanca), e os desfiladeiros mais profundos da terra (Colca e Cotahuasi); dispõe de mais de 50 000 espécies de plantas diferentes. A UNESCO atribuiu a 12 lugares no Peru o estatuto de Património da Humanidade, onde se destacam, entre outros, a cidade de Cusco, o santuário de Machu Picchu, a zona arqueológica de Chan Chan e o centro histórico de Lima. 11 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Indicadores do Turismo 2008 3 Turistas (10 ) a 3 Dormidas (10 ) b 3 Receitas (10 USD) Fonte: OMT – Organização Mundial de Turismo Notas: (a) Inclui apenas as dormidas na hotelaria global; 2009 2010 2011 2012 2 058 2 140 2 299 2 598 2 846 8 325 7 607 8 130 9 849 12 625 2 912 3 288 2 396 2 440 2 475 (b) Não inclui as receitas de transporte; No período de 2006-2012, tanto o número de turistas como o montante de receitas em divisas têm vindo a aumentar continuamente, com taxas médias de crescimento anual de 14,7% e 16,5%, respetivamente. Em 2012 (último ano disponível), as receitas em divisas representaram 1,6% do PIB. Ainda em 2012, a maioria dos turistas que visitou o país era originária da América do Sul (55,8% do total), seguida da América do Norte (19,7%), a Europa (17,8%) e a Ásia (4,9%). Em termos de países emissores destacavam-se o Chile (28,4% do total), EUA (15,7%), Equador (6,2%), Argentina (5,6%), Colômbia (4,7%), Brasil (4,4%) e Espanha (3,9%). 3. Relações Económicas com Portugal 3.1. Comércio de Bens O mercado peruano apresenta-se com uma importância relativamente modesta para a economia portuguesa. Em 2013, o Peru posicionou-se como 68º cliente de Portugal, absorvendo 0,06% do valor global das exportações, e de janeiro a agosto do corrente ano, com o ligeiro incremento das compras a Portugal, em temos homólogos, encontrava-se na 65ª posição com uma quota de 0,06%. Como fornecedor situou-se na 79ª posição, representando 0,03% do total das aquisições portuguesas no estrangeiro, situação que nos primeiros oito meses de 2014 se veio a deteriorar, caindo para a 91ª posição e representado 0,02% do total importado pelo nosso país. No período de 2009-2013, as vendas de Portugal ao Peru melhoraram substancialmente, passando de 92º cliente em 2009 para 68º em 2013. Do lado das nossas compras, melhorou igualmente o posicionamento do Peru: de 87º em 2009 para 79º no ano transato. Segundo o International Trade Centre (ITC), em 2013, Portugal assumia também uma posição algo modesta na balança comercial peruana, posicionando-se como seu 43º cliente, absorvendo 0,06% do valor global das exportações peruanas, e como seu 40º fornecedor, respondendo por 0,10% das importações daquele país, assumindo, assim, posições e quotas mais relevantes do que as do Peru na balança comercial portuguesa. 12 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Importância do Peru nos Fluxos Comerciais com Portugal 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Jan/Ago Posição 92ª 70ª 71ª 69ª 68ª 65ª % Export. 0,02 0,05 0,04 0,05 0,06 0,06 Posição 87ª 70ª 65ª 73ª 79ª 91ª % Import. 0,03 0,04 0,05 0,04 0,03 0,02 Peru como cliente de Portugal Peru como fornecedor de Portugal Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Embora com oscilações mais ou menos acentuadas, no período de 2009-2013, a balança comercial luso-peruana, à exceção de 2013, foi continuamente desfavorável para Portugal. Contudo, nos primeiros oito meses de 2014 o saldo é francamente positivo. No período em análise, as exportações cresceram a uma taxa média de 58,3% ao ano e as importações a uma taxa média de 14,3% ao ano, resultando daí uma melhoria significativa da taxa de cobertura das importações pelas exportações de 44,9% para 151,1%. É de realçar também que o valor exportado em 2013 mais que quadruplicou o registado em 2009, enquanto o valor importado também superou, ainda que de forma mais modesta, o alcançado em 2009. Em relação a período homólogo de 2013, nos primeiros oito meses de 2014, as exportações registaram um ligeiro crescimento de 1%, enquanto as importações acusaram uma contração de 42,2%, o que resultou, como se referiu, numa melhoria, quer do saldo comercial (de 4,1 milhões para 10,7 milhões de EUR), quer da taxa de cobertura das importações (de 127,3% para 222,5%). Evolução da Balança Comercial Bilateral a 3 (10 EUR) Var. 2013 2014 13/09 Jan/Ago Jan/Ago b Var. 14/13 2010 2011 2012 2013 6 313 17 028 15 894 23 983 28 598 58,3 19 255 19 452 1,0 Chegadas 14 051 25 587 28 926 24 509 18 932 14,3 15 127 8 742 -42,2 Saldo -7 738 -8 558 -13 032 -526 9 667 -- 4 128 10 710 -- 44,9 66,6 54,9 97,9 151,1 -- 127,3 222,5 -- Expedições Coef. cobertura 2009 Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013 (b) Taxa de variação homóloga 2009 a 2012: resultados definitivos; 2013: resultados provisórios; 2014: resultados preliminares As exportações portuguesas para o Peru acusavam, em 2013, um grau de concentração relativamente elevado, uma vez que apenas três grupos de produtos – máquinas e aparelhos, pastas celulósicas e papel e os metais comuns – representaram mais de 69% do valor global exportado para aquele mercado, embora menos acentuado do que em 2012 (74%). Com um crescimento de 60,5% verificado nos primeiros oito meses de 2014, as máquinas e aparelhos passam a representar quase metade das vendas de Portugal ao Peru. 13 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Dos restantes grupos de produtos, destacavam-se ainda, em 2013, os produtos químicos (7,1% do total), os plásticos e borracha (6,7%), os veículos e outro material de transporte (6,7%), e os minerais e minérios com 2,5% do total exportado. De referir que estes grupos averbaram subidas de quota em relação a 2012. Numa análise mais detalhada, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (NC), verifica-se que em 2013 os cinco produtos mais representativos, por ordem decrescente, foram os seguintes: papel e cartão n/revestidos (22,5%, com um acréscimo de 32,3% face a 2012); construções e suas partes de ferro fundido, ferro/aço (13,3% do total, e um acréscimo superior a 1 000%); fios e outros condutores, isolados p/ usos elétricos (6,8% do total, e com uma subida de 225,6%); transformadores elétricos, conversores, bobinas (5,6% do total, mas com um decréscimo de 52,8% face ao ano anterior); automóveis de passageiros e outros veículos de transporte de passageiros (5,1% do total e sem qualquer registo em 2012). Exportações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) % Tot 09 2009 Máquinas e aparelhos % Tot 12 2012 % Tot 13 2013 Var % 13/12 1 866 29,6 10 461 43,6 8 223 28,8 -21,4 Pastas celulósicas e papel 477 7,6 4 867 20,3 6 432 22,5 32,2 Metais comuns 190 3,0 2 414 10,1 5 105 17,8 111,4 Químicos 701 11,1 1 400 5,8 2 042 7,1 45,9 Plásticos e borracha 417 6,6 763 3,2 1 929 6,7 152,9 Veículos e outro mat. transporte 779 12,3 314 1,3 1 905 6,7 507,4 Minerais e minérios 155 2,4 355 1,5 711 2,5 100,2 Madeira e cortiça 112 1,8 2 234 9,3 587 2,1 -73,7 1 0,0 95 0,4 571 2,0 500,9 41 0,7 292 1,2 372 1,3 27,3 0 0,0 160 0,7 253 0,9 58,5 23 0,4 157 0,7 129 0,5 -18,0 Calçado 1 0,0 39 0,2 64 0,2 62,1 Instrum. de ótica e precisão 2 0,0 57 0,2 44 0,2 -22,8 Agrícolas 0 0,0 4 0,0 20 0,1 475,1 Peles e couros 42 0,7 0 0,0 0 0,0 § Outros produtos 106 1,7 372 1,6 212 0,7 -43,0 Valores confidenciais 1 399 22,2 0 0,0 0 0,0 § Total 6 313 100,0 23 983 100,0 28 598 100,0 19,2 Combustíveis minerais Matérias têxteis Vestuário Alimentares Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Nota: § - Coeficiente de variação> = 1000% ou valor zero em 2012 14 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Em termos de grau de intensidade tecnológica, a estrutura exportadora, em 2013, repartiu-se pelos produtos de média-alta tecnologia, com 37,9% do total exportado, seguida dos produtos de baixa tecnologia (28,4%), média-baixa tecnologia (25,9%) e de alta tecnologia (7,8%). Ao longo do período 2008-2012, e de acordo com os dados do INE, verifica-se que o número de empresas portuguesas que exportaram produtos para o Peru conheceu uma subida significativa em 2012, ano que atingiu 167 empresas (116 empresas em 2011). O grau de concentração das importações supera largamente o das exportações, uma vez que 95,5% do valor global importado em 2013 diz respeito apenas a três grupos de produtos - agrícolas (43,4%), metais comuns (29,1%) e químicos (23%) -, situação que melhorou ligeiramente para 91,5% nos primeiros oito meses de 2014. Importações por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2009 % Tot 09 2012 % Tot 12 % Tot 13 2013 Var % 13/12 Agrícolas 6 954 49,5 9 440 38,5 8 220 43,4 -12,9 Metais comuns 2 835 20,2 7 649 31,2 5 512 29,1 -27,9 Químicos 2 120 15,1 5 394 22,0 4 351 23,0 -19,3 Peles e couros 85 0,6 1 213 5,0 328 1,7 -73,0 Matérias têxteis 2 0,0 17 0,1 229 1,2 § 1 127 8,0 707 2,9 136 0,7 -80,8 Plásticos e borracha 363 2,6 3 0,0 69 0,4 § Vestuário 194 1,4 41 0,2 39 0,2 -4,8 27 0,2 3 0,0 26 0,1 786,8 279 2,0 34 0,1 9 0,0 -74,7 19 0,1 0 0,0 8 0,0 § Pastas celulósicas e papel 1 0,0 5 0,0 2 0,0 -53,6 Madeira e cortiça 3 0,0 2 0,0 0 0,0 -95,0 Calçado 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § Combustíveis minerais 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § Veículos e outro mat. transporte 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 42 0,3 2 0,0 4 0,0 88,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 § 14 051 100,0 24 509 100,0 18 932 100,0 -22,8 Alimentares Minerais e minérios Máquinas e aparelhos Instrumentos de ótica e precisão Outros produtos Valores confidenciais Total Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística Nota: § - Coeficiente de variação> = 1000% ou valor zero em 2012 Numa ótica mais desagregada (NC a 4 dígitos), a estrutura das importações foi, em 2013, dominada pelo zinco em formas brutas, com 28,2% do total das compras, pelos legumes de vagem, secos, ou em grão, mesmo pelados ou partidos (13,5%), pelos moluscos com ou sem concha, vivos, invertebrados 15 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) aquáticos, farinhas (11,1%), pelos cloretos/oxicloretos/hidroxicloretos, brometos/oxibrometos, iodetos /oxiiodetos (9,5%), pelas uvas frescas ou secas (9,5%) e pelos sulfatos, alúmenes, peroxossulfatos (5,5%). Nos primeiros oito meses de 2014 a estrutura de produtos importados mantém-se, em termos gerais, idêntica. No que respeita ao grau de intensidade tecnológica, na estrutura importadora em 2013, dominam os produtos de média-baixa tecnologia, com 41,1% do total, e de média-alta tecnologia, com 32%. Embora o grau de intensidade tecnológica das importações continue baixo e muito aquém do registado nas exportações, é de realçar a sua evolução positiva, com o peso das importações de médio-baixo e baixo teor tecnológico, diminuindo de 73,2% em 2009 para 67,9% em 2013. 3.2 Serviços De acordo com o Banco de Portugal, não há registo de relacionamento, em matéria de serviços, entre Portugal e o Peru. 3.3 Investimento Segundo o Banco de Portugal, não há registo de fluxos de investimento, entre Portugal e o Peru. 3.4 Turismo O Instituto Nacional de Estatística não regista quaisquer entradas de turistas peruanos no nosso país. 4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 4.1 Regime Geral de Importação Com vista a simplificar a gestão da tramitação das operações de comércio externo de mercadorias, as autoridades peruanas implementaram em 2006-2007 o sistema eletrónico VUCE (Ventanilla Única de Comercio Exterior). A importação da esmagadora maioria das mercadorias é livre, no entanto, alguns produtos estão sujeitos a restrições ou proibições. Os bens submetidos a restrições necessitam de cumprir requisitos de licenciamento, autorização e registo sanitário, junto das diversas entidades competentes (Ministérios). Os interessados podem consultar no Site da Superintendencia Nacional de Aduanas y de Administración Tributaria (SUNAT) mais informações sobre as mercadorias proibidas ou sujeitas a restrições nos seguintes temas: • Mercancías Restringidas y Prohibidas / Arancel – Mercancía Restringida. 16 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) De referir que o Peru dispõe de um quadro regulamentar sobre segurança alimentar exigente e bem desenvolvido, por forma a assegurar que os produtos introduzidos no seu território não têm qualquer doença devendo, para o efeito, ser acompanhados de certificados fitossanitários e/ou sanitários emitidos pelo país de origem. A este propósito importa referir que quando da exportação de produtos de origem animal (ex.: carnes; lacticínios; ovos) e de produtos de origem vegetal (ex.: plantas; frutas; sementes; e legumes), as empresas portuguesas devem previamente inquirir junto da Divisão de Internacionalização e Mercados (DIM), da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), sobre a possibilidade de realizar a operação. Com efeito, pode não ser possível, desde logo, exportar este tipo de bens para o Peru pelo facto de Portugal não se encontrar habilitado para a exportação (necessidade de acordo entre os serviços veterinários/fitossanitários de Portugal e país de destino no que se refere ao procedimento e/ou modelo de certificado sanitário/fitossanitário); é o caso, por exemplo, dos produtos de origem animal. As barreiras não tarifárias às exportações do sector agroalimentar podem ser consultadas no Portal GlobalAgriMar (ver tema “Facilitação da Exportação” e, depois, “Constrangimentos à Exportação”), do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP, do Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). O facto de determinados produtos não constarem na referida lista de restrições não significa que Portugal esteja habilitado a exportar para o mercado. Eventualmente, pode nunca ter existido qualquer intensão de exportação por parte de empresas portuguesas, condição indispensável para a DGAV iniciar o processo de habilitação. Para melhor entendimento das várias fases destes processos, consultar, no referido Portal, as apresentação esquemática sobre os processos de habilitação para a exportação de: • Animais, Produtos Animais e Produtos/Subprodutos de Origem Animal / Vegetais e Produtos Vegetais com Risco Fitossanitário. Para além das formalidades indicadas de certificação, podem existir outras exigências, como por exemplo, a necessidade de registo sanitário junto da Dirección General de Salud Ambiental (DIGESA), no caso de produtos alimentares e bebidas, ou junto da Dirección General de Medicamentos, Insumos y Drogas (DIGEMID), no caso de produtos cosméticos e farmacêuticos. Nesta matéria importa referir o projeto de alteração legislativa do Decreto Supremo n.º 016-2011-SA, que revê vários artigos do “Regulamento para o Registo, Controlo e Vigilância Sanitária de Produtos Farmacêuticos, Dispositivos Médicos e Produtos Sanitários”, entre eles a inclusão de Portugal na lista de países que praticam a alta vigilância sanitária no fabrico de produtos farmacêuticos (artigo 9.º do referido projeto), e que foi objeto de notificação pelo Governo peruano à OMC (Comité de Obstáculos Técnicos ao Comércio) em outubro de 2014, o qual dispõe de 90 dias para se pronunciar – Modificación del Reglamento para el Registro, Control y Vigilancia Sanitaria de Productos Farmaceuticos, Dispositivos Médicos y Productos Sanitarios. 17 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Da referida lista já constam países como a França, a Holanda, o Reino Unido, os EUA, o Canadá, o Japão, a Suíça, a Alemanha, a Espanha, a Austrália a Dinamarca, a Itália, a Noruega, a Bélgica e a Suécia. Após a publicação e entrada em vigor da versão definitiva das já mencionadas alterações, a inclusão de Portugal nesta lista permitirá a simplificação do processo de registo dos produtos farmacêuticos junto da entidade reguladora, designadamente no que se refere à prova da eficácia e segurança dos produtos. No que respeita à rotulagem dos produtos os rótulos devem conter todas as informações consideradas necessárias ao consumidor, sendo obrigatória a utilização da língua castelhana: nome do produto, país de origem, nome e morada do importador/distribuidor, data de validade, condições de armazenagem, precauções, cuidados e instruções (quando aplicável); no caso de produtos farmacêuticos e cosméticos os requisitos de rotulagem são mais detalhados. Para informações mais pormenorizadas os interessados deverão contactar com o Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual (INDECOPI) que disponibiliza, desde Janeiro de 2014, uma plataforma eletrónica gratuita sobre rotulagem designada Etiqueta Fácil. O sistema peruano de normalização/qualidade baseia-se, regra geral, nas normas internacionais. O INDECOPI, através da Comisión de Normalización y Fiscalización de Barreras Comerciales no Arancelarias (CNB), é o organismo competente, entre outras atribuições, pela aprovação de Normas Técnicas Peruanas (NTP) para todos os sectores de atividade e pela acreditação de entidades que ficam autorizadas a certificar produtos e serviços com base na observância das normas em vigor (Servicio Nacional de Acreditatión – SNA). Não obstante a natureza voluntária das normas nacionais, para alguns produtos, a conformidade com regulamentação técnica específica é obrigatória, sendo necessário obter o respetivo certificado (junto dos organismos acreditados no INDECOPI). Relativamente à Pauta Aduaneira o Peru aplica a Nomenclatura Comum dos Países Membros do Acordo da Comunidade Andina (NANDINA), que se baseia no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação das Mercadorias (SH). Os direitos aduaneiros são ad valorem (em regra) e incidem sobre o valor CIF (Cost, Insurance and Freight / Custo, Seguro e Frete) das mercadorias. Para além destes encargos, no ato do desalfandegamento, recai ainda sobre a maioria dos bens, outros impostos/taxas adicionais, com destaque para os seguintes: • Imposto Geral de Vendas (Impuesto General a las Ventas / IGV) – idêntico ao IVA, recai sobre a importação de bens no país à taxa única de 18%, Este valor inclui uma taxa de 2% a título de Imposto de Promoção Municipal (Impuesto de Promoción Municipal / IPM); • Imposto Seletivo ao Consumo (Impuesto Seletivo al Consumo / ISC) – incide (a taxas variáveis) sobre a importação de produtos específicos como: bebidas alcoólicas; tabaco; alguns veículos a motor e outros produtos considerados de luxo; 18 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) • Taxa de Seguro (Seguro) – recai sobre a generalidade dos bens a taxas reduzidas que variam consoante os produtos (1,50%, 2,25%, etc.). No âmbito do relacionamento comercial com a UE e ao abrigo do Acordo celebrado neste domínio, entre as partes, as mercadorias provenientes do território da União Europeia beneficiam de isenções/reduções das taxas dos direitos quando da importação no Peru. Para que os bens possam ter acesso a este regime/tratamento preferencial, a origem comunitária dos mesmos deve ser comprovada mediante a apresentação do certificado de circulação de mercadorias EUR. 1 (emitido pelas alfândegas do país de origem) ou de declaração emitida pelo exportador, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente designada por declaração na fatura). A declaração de origem na fatura pode ser feita por qualquer exportador no caso de remessas de mercadorias cujo valor não exceda 6 000 euros, ou por um “exportador autorizado” no que diz respeito a remessas de mercadorias de valor superior a esse montante. Caso o valor da mercadoria seja inferior a 6.000 euros, é aconselhável a utilização da declaração na fatura por qualquer exportador apenas para envios ocasionais de mercadoria. Se os envios de mercadorias forem frequentes, mesmo que inferiores a 6000 euros cada, pode haver problemas no mercado de destino e ser exigido o estatuto de “exportador autorizado”; este deverá ser solicitado, por escrito, ao Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), acompanhado de um dossier, em duplicado, de onde conste a informação referida no ponto 5.4.5. (página 99) do Manual de Origem das Mercadorias. As incidências alfandegárias cobradas à entrada dos produtos no Peru, bem como a documentação geral e específica exigida para a respetiva importação, podem ser consultadas no Site Market Access Database (MADB), nos temas Tariffs e Procedures and Formalities (abordagem geral disponível no subtema – Country Overview), respetivamente. Aos produtos originários da União Europeia aplicam-se os direitos aduaneiros da coluna EU (European Union); os critérios de pesquisa são os seguintes: seleccionar o mercado – Country / Peru; introduzir as posições pautais dos produtos – Product Code – 4/6 dígitos; clicar em Search e aceitar as condições em Accept. Clicando no código pautal específico do produto (classificação mais desagregada), os utilizadores têm acesso a outras imposições fiscais para além dos direitos aduaneiros (ex.: IGV e ISC). O Site da SUNAT disponibiliza, igualmente, informação sobre a matéria – Orientación Aduanera – Aranceles. 4.2 Regime de Investimento Estrangeiro Em matéria de investimento estrangeiro o Governo adotou um regime liberal das operações a realizar no país, sendo permitido o acesso à grande maioria das atividades económicas sem restrições ou necessidade de obtenção de autorização prévia por parte das autoridades locais. 19 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) No Peru, o investimento estrangeiro é regulado por vários instrumentos legais (Marco Legal para la Inversión – Régimen General), sendo os principais o Decreto Legislativo n.º 662 (Aprueba el Régimen de Estabilidad Jurídica a la Inversión Extranjera), complementado pelo Decreto Legislativo n.º 757 (Aprueba la Ley Marco para el Crecimiento de la Inversión Privada), ambos de 1991, o Decreto Supremo n.º 16292-EF (Aprueba el Reglamento de los Regímenes de Garantía a la Inversión Privada) e as posteriores alterações, nomeadamente o Decreto Legislativo n.º 1011 (que modifica el artículo 10 del Decreto Legislativo Nº 662 y el artículo 38 del Decreto Legislativo Nº 757, e incorpora el supuesto de suscripción de Convenios de Estabilidad Jurídica con posterioridad a la obtención del título habilitante). Entre os direitos básicos garantidos ao investidor estrangeiro destacam-se: • Igualdade de tratamento entre promotores nacionais e estrangeiros; • Liberdade de exercício de atividade económica (comercial e industrial), sendo muito poucos os sectores sujeitos a restrições, como é o caso do transporte aéreo e marítimo, a segurança privada, o investimento em zonas naturais protegidas e o fabrico de armas de guerra; • Garantia da livre repatriação de lucros e capitais; • Acesso ao crédito interno nas mesmas condições que o investidor nacional; • Celebração de contratos de transferência de direitos de propriedade industrial e de tecnologias; • Acesso à propriedade privada (carácter excecional da expropriação, sempre com direito a justa indemnização). No entanto, dentro de 50 Km das fronteiras, os estrangeiros não podem adquirir ou possuir minas, terras, bosques, águas, combustíveis nem fontes de energia, exceto em casos de necessidade pública devidamente declarada por Decreto Supremo do Conselho de Ministros peruano. Os promotores externos têm direito a organizar e desenvolver a sua atividade da forma que considerem mais adequada e conveniente, de acordo com a legislação relativa aos tipos de sociedades existentes e observando, com rigor, as regras sobre a segurança industrial, conservação da natureza e proteção da saúde pública. A Agencia de Promoción de la Inversión Privada (ProInversión) é o organismo responsável pela promoção e execução da política de investimento direto, nacional e estrangeiro, cabendo-lhe, também, negociar instrumentos de carácter bilateral, regional e multilateral em matéria de investimentos, de forma a estabelecer garantias e acesso a mecanismos de solução de conflitos que possam surgir no âmbito do desenvolvimento de projetos e efetuar o registo do investimento estrangeiro. 20 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) O processo de estabelecimento de um investidor estrangeiro deve seguir os seguintes passos (Sociedades – Cómo Establecer una Empresa): • Escolha da forma jurídica da sociedade a criar; • Elaboração (assinada por advogado) da minuta de contrato social; • Abertura de conta bancária num banco local; • Registo da sociedade junto da Superintendencia Nacional de los Registros Públicos (SUNARP); • Obtenção do Registro Único de Contribuyentes (RUC) na Superintendencia Nacional de Aduanas y de Administración Tributaria (SUNAT); • Abertura e legalização da documentação contabilística, obtenção junto do Ministerio de Trabajo y Promoción del Empleo (MTPE) do Libro de Planillas, assim como da licença municipal de funcionamento junto do respetivo Município (ex.: atividades industriais; comerciais; e de serviços); • Registo do Investimento Estrangeiro (Registro de Inversión Extranjera) na Agencia de Promoción de la Inversión Privada (ProInversión) conferindo ao promotor, a partir desse momento, o direito de transferir para o exterior, assim o entenda, capital, em moeda livremente convertível, sem necessidade de autorização prévia por parte de qualquer autoridade governamental ou entidade pública descentralizada. No que respeita aos incentivos o Governo peruano criou vários apoios ao investimento que se traduzem, designadamente: • Celebração de Convénios de Estabilidade Jurídica (Convenios de Estabilidad Jurídica / Trámite) entre o Estado, através da ProInversión, e os promotores de investimentos, com duração de 10 anos (no caso das concessões o prazo da vigência do convénio estende-se pelo prazo de vigência da concessão), em que, por um lado, o Estado oferece garantias que os projetos não são afetados com alterações legislativas posteriores a nível fiscal e laboral e, por outro, os promotores assumem compromissos no que respeita à entrada de capital em determinadas áreas da economia ou aquisição de uma determinada percentagem de ações de sociedades em privatização (os interessados podem aceder aos diplomas legislativos relativos ao investimento privado no Site ProInversión / tema – Normas Legales / Normas sobre Convenios de Estabilidad Jurídica); • Devolução do Imposto Geral de Vendas – IGV (Régimen de Recuperación Anticipada del IGV / Trámite) que incidiu na importação e/ou aquisição local de bens empregues diretamente na execução de projetos de investimento que cumpram determinados requisitos; 21 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) • Apoio ao Desenvolvimento de Infraestruturas públicas (Ley de Obras por Impuestos) – visa incentivar a intervenção do investimento privado, individualmente ou em consórcio, na realização de projetos prioritários no domínio das obras públicas e consiste numa forma específica de efetuar o pagamento do Imposto sobre o Rendimento, pelo qual as empresas podem optar – através da implementação de um projeto a nível municipal ou regional, sem recurso a financiamento público; os requisitos podem ser consultados nas Perguntas Frecuentes – FAQs; • Parcerias Público Privadas (Asociaciones Público-Privadas – APP), cujo quadro legal foi publicado em maio de 2008, pelo Decreto Legislativo n.º 1012 (com alterações posteriores), com o objetivo de criar emprego produtivo e estabelecer normas para agilizar os processos de promoção do investimento privado; • A “Lei da Amazónia” (Ley de Promoción de Inversiones de la Amazonía), cuja finalidade é promover o desenvolvimento sustentável da Amazónia, estabelece condições fiscais favoráveis (por exemplo, redução/isenção do pagamento do Imposto sobre o Rendimento e do Imposto Seletivo de Consumo) às empresas situadas na região que se dediquem principalmente ao exercício de atividades económicas como a aquicultura, a agropecuária, a pesca e o turismo; • Centros de Exportação, Transformação, Indústria, Comercialização e Serviços (Centros de Exportación, Transformación, Industria, Comercialización y Servicios – CETICOS) – áreas geográficas delimitadas que funcionam como polos de desenvolvimento industrial/tecnológico e que disponibilizam às empresas instaladas um conjunto significativo de isenções fiscais (ex.: Imposto de Renda; Imposto Geral de Vendas; Imposto Seletivo de Consumo; Imposto de Promoção Municipal) e aduaneiras; • Zona Franca de Tacna (Zona Franca de Tacna – ZOFRATACNA) – permite às empresas que aí se estabeleçam, para o desenvolvimento de atividades industriais, agroindustriais, de reparação, acondicionamento, embalagem, entre outras, o acesso a isenções fiscais, nomeadamente de natureza aduaneira (Beneficios Tributarios, Aduaneros, y Logísticos). Na Site do Ministerio de Relaciones Exteriores encontra-se disponível o Guía de Negocios e Inversión en el Perú 2014 – 2015 (Ernst & Young), com informações sobre o clima de negócios no Peru, formas jurídicas de estabelecimento de empresas, análise de sectores de aposta e desenvolvimento, tributação, regime laboral, etc. Pela sua atualidade e estrutura, sugere-se, também, a consulta das seguintes publicações: Doing Business in Peru 2014 (Baker & McKenzie, 2014); e Peru Highlights 2014 (Deloitte, 2014). Finalmente, importa referir que entre Portugal e o Peru foi celebrado um Acordo sobre a Promoção e Proteção Recíprocas de Investimentos e Respetivo Protocolo, uma Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e um Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo, todos em vigor. 22 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Nota: Para mais informação legislativa sobre mercados externos, os interessados podem aceder ao Site da aicep Portugal Global, nos temas – Mercados Externos ou “Livraria Digital”. 5. Informações Úteis Formalidades na Entrada Passaporte: Exigido a todos os visitantes. Os cidadãos portugueses não necessitam de visto prévio para estadias de curta duração. O visto é concedido à entrada no país por um prazo que poderá ir no máximo até 180 dias. Hora Local G.M.T. - 5 horas (no Peru não existe horário de verão e inverno, a hora mantém-se igual todo o ano). Horários de Funcionamento Os horários mais comuns são os seguintes: Serviços Públicos: Das 9h00 / 17h00 no inverno e das 8h00 / 15h00 no verão Bancos: Das 9h00 / 13h00 e das 15h00 / 18h00 (de segunda a sexta-feira). A maioria dos bancos abre aos sábados, até ao meio-dia. Empresas: Das 8h00 às 18h00 (a maior parte das empresas encerra aos domingos e sábados da parte da tarde). Comércio: Das 9h00 / 20h00 Geralmente as lojas, os shoppings e os mercados de artesanato abrem todos os dias (inclusivamente nos feriados). 23 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Feriados 2015 1 de janeiro - Dia de Ano novo 2 de abril – Quinta feira Santa 3 de abril – Sexta Feira Santa 1 de maio – Dia do Trabalhador 29 de junho – S. Pedro e S. Paulo 28 de julho – Dia da Independência 30 de agosto – Dia de Santa Rosa de Lima 8 de outubro - Batalha de Angamos 1 de novembro – Dia de todos os Santos 8 de dezembro – Dia da Imaculada Conceição 25 de dezembro – Dia de Natal Corrente Elétrica 220 Volts, 60 Hz Sistemas de pesos e medidas O Perú adota o Sistema Métrico Internacional. 6. Contactos Úteis Em Portugal Embaixada do Peru Rua Castilho, 50 – 4º Dtº 1250-071 Lisboa – Portugal Tel.: +351 213 827 470 E-mail: [email protected] | http://www.embaixadaperu.pt/ aicep Portugal Global Rua Júlio Dinis, 748, 8º Dto 4050-012 Porto Tel.: +351 226 055 300 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt (Atendimento Comercial no 9º andar) 24 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa Tel.: +351 217 909 500 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direção Internacional Av. da República, n.º 58 1069-057 Lisboa Tel.: +351 21 791 3700 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt No Perú Embaixada de Portugal Calle Antequera, 777 – 3º piso - San Isidro Lima 27 – Peru Tel.: +51 1 628 71 64/5/6 I Fax: +51 1 442 96 55 E-mail: [email protected] Banco Central de Reserva del Peru Jr. António Miró Quesada, 441-445 Lima 1 – Peru Tel.: +51 1 613 20 00 http://www.bcrp.gob.pe 7. Endereços de Internet A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no Site da Agência, nomeadamente, nas seguintes páginas: • Guia do Exportador • Guia da Internacionalização • Temas de Comércio Internacional • Mercados Externos (Peru) • Livraria Digital 25 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) Outros endereços: • Acuerdo Comercial entre Perú y la Unión Europea (Ministerio de Comercio Exterior y Turismo) • Agencia de Promoción de la Inversión Privada (ProInversión) • Asia-Pacific Economic Cooperation (APEC) • Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI) • Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) • Banco Central de Reserva del Perú • Cámara de Comercio de Lima • Centros de Exportación, Transformación, Industria, Comercialización y Servicios (CETICOS) • Comisión de Promoción del Perú para la Exportación y el Turismo (PROMPERÚ) • Comunidad Andina (CAN) • Delegation of the European Union to Peru • Diario Oficial El Peruano • Dirección General de Salud Ambiental (DIGESA) • Dirección General de Medicamentos, Insumos y Drogas (DIGEMID) Doing Business in Australia 2015 / Starting a Business 2014 / Business Reforms 2013 (World Bank Group) Etiqueta Fácil – INDECOPI (PCM) European External Action Service – Republic of Peru (EEAS) • Guia Prático – Destacamento de Trabalhadores de Portugal para Outros Países (Instituto da Segurança Social) • Guía de Negocios e Inversión en el Perú 2014 – 2015 (Ernst & Young / Ministerio de Relaciones Exteriores Perú) 26 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) • Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual (INDECOPI) • Instituto Nacional de Estadística e Informática (INEI) • Market Access Database (Tariffs, Procedures and Formalities, Trade Barriers; etc.) • Mercado Comum do Sul (MERCOSUL, o Peru é membro associado) / Página brasileira do MERCOSUL • Ministerio de Agricultura y Riego (MINAGRI) • Ministerio de Comercio Exterior y Turismo (MINCETUR) • Ministerio de Economía e Finanzas (MEF) • Ministerio de Energía y Minas (MEM) • Ministerio de Relaciones Exteriores (MRE) • Ministerio de Salud (MINSA) • Ministerio del Trabajo y Promoción del Empleo (MTPE) • Organismo Supervisor de las Contrataciones del Estado (OSCE) • Organização dos Estados Americanos (OEA) • Portal GlobalAgriMar (aceder ao tema “Facilitação da Exportação” e, depois, “Constrangimentos à Exportação”) • Portal Institucional e Información sobre la Actividad Parlamentaria y Legislativa del Estado Peruano (Congreso de la República) • Portal das Comunidades Portuguesas (Peru) • Portal de Reglamentos Técnicos • Portal de Servicios al Ciudadano y Empresas 27 aicep Portugal Global Peru – Ficha de Mercado (novembro 2014) • Portal del Estado Peruano / Portal del Estado Peruano (Normas Legales) • Presidencia de la República del Perú • Presidencia del Consejo de Ministros (Agenda Ministerial) • Servicio Nacional de Sanidad Agraria (SENASA) • Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA) • Superintendencia Nacional de Aduanas y de Administración (SUNAT) / Orientación Aduanera / Orientación Tributaria • União de Nações Sul-Americanas (UNASUR) • United Nations (UN) / Specialized Agencies, Related Organizations, Funds, and Other UN Entities • Ventanilla Única de Comercio Exterior (VUCE) • Zona Franca de Tacna (ZOFRATACNA) • WAPA – PERÚ • World Trade Organization (WTO) 28 Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 980,00 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120