Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) 22 Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) A aposta na humanização ao serviço dos doentes O Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), é hoje um hospital com várias valências. No entanto, a sua referência está muito ligada à Ortopedia, fruto do seu passado. A par da diferenciação, dos seus médicos e procedimentos, o HOSA aposta sobretudo na humanização junto dos seus doentes. Como conta à Painetwork o Dr. Gomes Peres, administrador e diretor clínico do HOSA, «podemos não ter o hospital mais novo e inovador a nível das instalações, mas prezamos muito o nível de humanização que temos e que espelha a forma como são tratadas as pessoas que por cá passam». 23 Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) F Dr. Gomes Peres, administrador e diretor clínico do HOSA Retrato humano do Hospital Ortopédico de Sant’Ana • • • • • • • • • • 24 3 chefes de Serviço 47 médicos 18 médicos de Ortopedia 8 internos da especialidade de Ortopedia 2 médicos de Medicina Física e de Reabilitação 2 médicos de Reumatologia 5 médicos de Anestesiologia 64 auxiliares de ação médica 72 enfermeiros 38 técnicos Diagnóstico e Terapêutica undado em 1904, o Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), foi criado como Sanatório de Sant’Ana para tratar a tuberculose óssea. A sua localização na Parede, junto ao mar, revela-nos a importância deste estabelecimento no tratamento da tuberculose óssea. Mais tarde, o Sanatório de Sant’Ana passou a Hospital Ortopédico, vocacionando-se para o tratamento e reabilitação de casos relacionados com a Ortopedia, nomeadamente patologia do aparelho musculosquelético. De acordo com o Dr. Gomes Peres, administrador e diretor clínico do HOSA, «este Hospital teve sempre uma certa propensão para tratar de forma abrangente toda as áreas da Ortopedia, desde a Ortopedia Infantil à Ortopedia Geriátrica, e acrescenta: «Tem a vantagem de ser um Hospital específico e diferenciado na Ortopedia, tendo, obviamente, algumas carências comparativamente a um hospital integrado ou geral, mas com o apoio de outras especialidades procuramos sempre dar resposta e colmatar essas necessidades.» Nos anos 80, o HOSA entrou também na área da Traumatologia «com o apoio às urgências no Hospital Distrital de Cascais e depois através do Hospital de São Francisco de Xavier, do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, assumindo cerca de 50% das urgências dessa instituição». Em termos de perfil do doente, relacionado com a assistência ortopédica, e como nos conta o Dr. Gomes Peres, «a grande maioria são pessoas seniores, habitualmente por alterações degenerativas articulares. Há ainda doentes que dizem respeito à nossa intervenção na área da Ortopedia pediátrica, no âmbito de patologias do desenvolvimento infantil (deformidades da coluna, nomeadamente tratamentos da escoliose e da cifose) e patologias neuromusculares. Neste último caso, temos parcerias estabelecidas com o Centro de Paralisia Cerebral e com o Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão, também da SCML». No aparelho musculosquelético, «a intervenção exerce-se a nível de todas alterações degenerativas, desde substituições articulares (próteses da anca, do joelho, do ombro, etc.), intervenção do foro traumatológico, da patologia degenerativa da coluna vertebral (óssea e discal), entre outras». Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) A referência em Ortopedia e o valor da humanização Questionado sobre o que faz do HOSA uma referência em Ortopedia, o administrador e diretor clínico evidencia, por um lado «a tradição… É verdade que, durante muitos anos, o HOSA teve conotado com o sistema musculosquelético e teve uma cobertura mais ampla na Ortopedia, ao contrário de outras instituições que sempre se dividiram entre a Ortopedia e a Traumatologia. Quando as pessoas necessitavam de uma consulta “dos ossos”, a ligação com o HOSA era imediata. Hoje em dia, também dispomos da Traumatologia, mas ficámos com o conhecimento passado e com um vínculo mais forte à Ortopedia, sendo uma das razões pelas quais os doentes nos procuram». Por outro lado, «devo salientar a eficácia dos procedimentos que fazemos e a oferta de tratamento para determinadas patologias, já referenciadas. Além disso, o HOSA encontra-se organizado em subespecialidades de Ortopedia. Cada vez mais estas subespecialidades levam ao desenvolvimento e à inovação. Nesse aspeto, foi desde sempre a nossa preocupação trabalhar nesse sentido, o que nos permite ter médicos mais diferenciados (como nas cirurgias da mão, da anca, do joelho, do pé e desportiva) que prestam um melhor serviço». Mas para o Dr. Gomes Peres há ainda uma questão incontornável no trabalho que é desenvolvido no Hospital. «O que mais prezo nesta atividade é a humanização, que espelha a forma como são tratadas as pessoas que por cá passam. Quando alguém procura um médico ou uma consulta, muitas vezes, quer algo mais do que tratar aquela dor que tem na anca ou no joelho. As pessoas precisam que olhem para elas, que lhes deem algum conforto e tratem-nas como pessoas», revela, acrescentando: Embora haja mais pressão nas instituições de saúde, do que há uns anos atrás, não podemos descuidar o lado humano, principalmente quando as pessoas estão doentes e, consequentemente, mais frágeis.» No contexto ortopédico, a dor é o primeiro motivo de consulta e é também a dor que nos induz a optar por determinado procedimento/abordagem perante o doente. «Podemos ter uma alteração degenerativa da anca em que o doente se encontra assintomático. Neste tipo de situação, a minha posição poderá não ser cirúrgica. Porém, se esse doente sentir dor, irei operá-lo. Ou seja, o indicador número um para uma cirurgia de substituição será a existência ou não de dor», refere o Dr. Gomes Peres, sublinhando: «A dor de caráter inflamatório faz parte mais do âmbito da Reumatologia. Na Ortopedia lidamos com dois tipos de dor: dor aguda e dor crónica. A primeira está mais relacionada com as situações agudas, como fraturas ou hérnias discais que, com o tempo e consoante a abordagem que é realizada, podem tornar-se crónicas ou não. A dor do pós-operatório é uma dor aguda e como costumo dizer “é matar um mal maior, com um mal menor” porque sabemos que a cirurgia é uma agressão física e psíquica, mas que visa a melhoria do doente. Nas consultas de Ortopedia, a dor está, habitualmente, relacionada com os processos de degeneração articular, tornando-se crónica e um verdadeiro suplício para o doente.» 25 Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) A vertente assistencial e formativa Situados numa área entre Cascais e Lisboa, a abrangência geográfica do HOSA, em termos de assistência à população, é de sensivelmente de 300 mil habitantes e cerca de 80% são referenciados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS). No que diz respeito à vertente assistencial, «os doentes chegam ao HOSA por duas vias: ou via direta pelo Serviço de Urgência/Traumatologia, sendo colocados no internamento quando é necessária cirurgia; ou por via da consulta externa», esclarece o Dr. Gomes Peres. A consulta externa do HOSA encontra-se dividida em consultas de Ortopedia geral e de subespecialidades, tais como coluna, ombro, mão, joelho, pé e tornozelo, Ortopedia infantil e Ortopedia geriátrica. Ainda dentro da área complementar à Ortopedia, existem as consultas de Reumatologia, de Anestesiologia e de Medicina Números do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (referentes a 2014) • • • • • • • • • • • • • 26 Número de camas: 53 Número de enfermarias: 2 serviços de enfermarias e 1 serviço de quartos particulares Número de ginásios: 1 Número de departamento de Terapia Ocupacional: 1 Número de Blocos Operatórios: 1 Bloco Operatório com 3 salas Número de gabinetes de consulta externa: 12 Número de doentes tratados: 2491 doentes Número total de consultas de Ortopedia: 22734 Número total de consultas Externas: 33262 Número total de doentes tratados em Medicina Física e Reabilitação: 4143 Número total de tratamentos efetuados em Medicina Física e Reabilitação: 131786 Número total de cirurgias: 2255 Número total de cirurgias ortopédicas: 2014 Física e de Reabilitação (Fisiatria). Fora do âmbito da Ortopedia, o Hospital dispõe ainda de outras valências, nomeadamente de Cirurgia Plástica (Estética e Reconstrutiva), Dermatologia, Medicina Interna, Nutrição, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Psicologia e Imagiologia. «Como estamos integrados na SCML, que dispõe de outras unidades de saúde, complementamos os nossos serviços como, por exemplo, com consultas e cirurgias que não existem nas outras instituições, seguindo a lógica de um sistema integrado. Em relação ao Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão, somos consultores em Ortopedia quando os doentes têm indicação cirúrgica, tanto na área de adultos como de crianças; além disso recorrem ao HOSA em outras áreas, como é exemplo da Imagiologia.» No campo da formação, o Dr. Gomes Peres salienta que «o HOSA é um hospital que sempre apostou na formação de médicos ortopedistas, com idoneidade total. Atualmente temos 8 internos. Felizmente, posso adiantar que os internos que por cá passam e vão para outras instituições têm levado o nosso nome a bom porto, o que muito nos orgulha». Principais desafios e expetativas Classificado como Monumento de Interesse Público, pela Direção-Geral do Património Cultural, o HOSA dispõe de algumas limitações no que diz respeito ao edifício principal que faz parte desta instituição e onde se localiza o internamento, o bloco operatório, o Centro de Estudos e os serviços administrativos. Neste sentido, «a SCML tem feito um enorme esforço para dar resposta à constante necessidade de atualização dos espaços físicos. Deste modo, um desafio muito importante é a construção de uma unidade hospitalar, a ser concluída em dois anos, que vai substituir toda a área de internamento e do bloco operatório», refere o Dr. Gomes Peres. O Centro de Estudos também deverá ser estabelecido num novo edifício, atualmente devoluto. A importância do Centro de Estudo justifica-se pelo arquivo que detém de publicações e revistas científicas atualizadas e que são consultadas por muitos colegas de outras unidades hospitalares. A ideia de passar para um novo edifício, será para ampliar o seu espaço de modo a poder conciliar com um espaço maior de reuniões, tal como um anfiteatro. Toda a área referente à Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) Recuperar a capacidade funcional aliada às expetativas No Serviço de Medicina Física e de Reabilitação (MFR) do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), encontram-se «situações agudas ou crónicas que são tratadas ortopédica e cirurgicamente. Posteriormente, as estruturas anatómicas sob as quais houve uma intervenção terapêutica necessitam de ser reabilitadas, ou seja, tornar a ter habilitação/capacidade para funcionar», esclarece o Dr. Francisco Machado, diretor do Serviço de MFR do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA). A Reabilitação é uma das fases que origina bastante expectativa nos doentes. Para o Dr. Francisco Machado, «a expetativa é natural que surja. As nossas técnicas e os nossos meios no âmbito da Fisiatria têm o objetivo de atribuir novamente a função àquela estrutura anatómica que sofreu uma intervenção terapêutica, tenha sido cirúrgica ou não. É nesta medida que podemos trazer alguma vantagem ao doente. A capacidade funcional pode ser a nível das atividades de vida diárias (AVD) e de atividades funcionais mais complexas, como voltar a praticar uma modalidade desportiva. São níveis de exigência e de expetativas diferentes consoante o doente que temos à nossa frente». O principal desafio é «cumprir a expetativa do doente. Porém, podem existir expetativas inadequadas e, como tal, a nossa primeira missão é adequar as expetativas do doente à sua realidade e, depois, torná-la exequível». A Fisiatria é, neste contexto, «o internismo aplicado ao aparelho locomotor». Segundo o Dr. Francisco Machado, «esta é melhor definição que encontro e que foi transmitida por um colega e mestre. Por internismo, aplicado à nossa especialidade, entenda-se a relação que existe entre a perspetiva neurológica e a perspetiva musculosquelética do movimento. É a partir desta simbiose que se concentra toda a nossa atividade». consulta externa, sendo relativamente moderna, deverá manter-se. Na área científica, «o desafio é permanente e o nosso objetivo é procurar estar sempre dentro da atualidade, com cursos, formações, publicações de trabalhos de ordem científica em eventos de caráter nacional e internacional. Termos formação com idoneidade total também é um estímulo para os que cá trabalham porque o formar obriga o próprio formando a manter-se atualizado e a formar-se», conclui o administrador e diretor clínico do HOSA. Unidade de Ortopedia Geriátrica e Grupo de Prevenção de Quedas A primeira Unidade de Ortopedia Geriátrica nacional foi criada no HOSA, através do Dr. Carlos Evangelista, ortopedista deste Hospital e coordenador da Unidade. De acordo com o Dr. Carlos Evangelista, «a Unidade de Ortopedia Geriátrica, surgiu há cerca de 7 anos, tendo por base o conceito de tratamento multidisciplinar de pessoas geriátricas. No HOSA, esta Unidade é constituída por duas vertentes: a reconstrução articular e a traumatológica. A vertente da Traumatologia, para além ter como objetivo operar o doente em 24 horas, envolve um acompanhamento multidisciplinar, quer seja da Medicina Interna, Anestesiologia, Fisiatria e Fisioterapia, Nutrição, Psicologia Geriátrica, Assistência Social, entre outras especialidades». Deste modo, na vertente da Traumatologia, «para qualquer doente que chega ao nosso Hospital, procuramos saber se tem capacidade 27 Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) Dr. Carlos Evangelista, ortopedista do HOSA de recuperação ou não. Perante a resposta que obtemos, toda a equipa é orientada para o fim de incentivar a recuperação. Por exemplo, a assistente social preocupa-se de imediato com a integração do doente na família e os cuidados que devem ser adotados. Ou seja, há toda uma rede de apoio multidisciplinar com o intuito de fazer com que o indivíduo regresse o mais depressa possível à sociedade, seja integrado na mesma, de modo a que, aquele que foi um acidente de percurso – a sua fatura – não deixe de ser somente isso: um acidente de percurso com a menor mazela possível», esclarece o coordenador da Unidade de Ortopedia Geriátrica, acrescentando: «A grande diferença de um ortopedista para um ortopedista geriátrico prende-se com o conceito da multidisciplinaridade. Não podemos ter apenas a preocupação de realizar o procedimento para resolver o problema em questão. É preciso preocuparmo-nos com o pós-operatório e com isso saber se a pessoa é carenciada do ponto de vista de 28 cálcio, por exemplo; se vai ter forças para recuperar, etc. Temos de olhar para o indivíduo como um todo e não para uma parte dele. O sucesso terapêutico envolve diversos fatores e se não houver este tipo de sinergias, a cirurgia pode ter corrido bem, mas a resposta do doente não vai ser plena.» Na vertente da reconstrução articular, o Dr. Carlos Evangelista defende que, «as pessoas, independentemente da sua idade, têm de ter qualidade de vida. Como tal, julgo importante desmistificar o conceito da idade junto da classe médica e da população, ou seja, a idade não é uma contraindicação para cirurgia». A par da Unidade de Ortopedia Geriátrica, desenvolveu-se o Grupo de Prevenção de Quedas, há cerca de três anos. «Uma vez que um dos grandes problemas da população geriátrica é a fratura do colo do fémur, este Grupo surgiu para realizar sessões de formação para a comunidade sénior, sensibilizando-a para a prevenção das quedas», explica o coordenador da Unidade de Ortopedia Geriátrica. O HOSA é o único hospital que mantém com regularidade (realizadas trimestralmente), sessões gratuitas de esclarecimento sobre a importância de prevenir quedas na população sénior abertas à comunidade. Estas sessões contam com a presença de uma equipa multidisciplinar, formada por Dr. Carlos Evangelista (coordenador), Leonor Carvalho (enfermeira), António Marques (terapeuta ocupacional) e João Alves (fisioterapeuta). Neste âmbito, e dada a importância da prevenção de quedas na população sénior, a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), resolveu criar este ano a campanha “Não caia nisso”, sendo o Dr. Carlos Evangelista o responsável nacional. O objetivo «é sensibilizar para a prevenção dos acidentes domésticos que são, na sua maioria, responsáveis pelas quedas que originam fraturas. Retirar tapetes que não sejam antiderrapantes, evitar locais com pouca iluminação e pavimentos molhados, tomar banho sentado num banco, não subir às cadeiras para tirar objetos dos armários, manter o telemóvel sempre junto a si são algumas das recomendações que fazem parte desta campanha», revela, acrescentando: «As sessões de prevenção de quedas decorrem em lares de terceira idade, universidades seniores e ações de rua.» Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) A história inscrita nas paredes do Hospital Ortopédico de Sant’Ana Os corredores e as salas do Hospital Ortopédico de Sant’Ana (HOSA), com a sua magnífica capela e o Jardim de Inverno, permitem-nos ainda deslumbrar um pouco do passado deste Hospital, fundado em 1904, como Sanatório de Sant’Ana. Na luta contra a tuberculose, o Dr. Sousa Martins conseguiu o apoio do casal Biester para a construção de um sanatório, num local onde o clima e todas as características da região fossem indicados para o tratamento da patologia. Com a morte do casal Biester, a tia e herdeira D. Claudina Chamiço, na altura com 79 anos, dá prosseguimento ao projeto visionário de Amélia Biester. A inauguração do Sanatório de Sant’Ana data de 31 de julho de 1904 e, em 1910, a assistência dos doentes era assumida pelas Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, congregação religiosa que ainda hoje mantém presença no Hospital. Após a morte de D. Claudina Chamiço, em 1913, a gestão do Sanatório foi assegurada por uma Comissão de sete membros, entre eles o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML). Em 1927, a Comissão decidiu entregar a gestão do Sanatório à SCML. Finais dos anos 50, e com uma nova dinâmica e modificações profundas, surgiram os especialistas de Ortopedia, Anestesiologia e Medicina Física de Reabilitação (o primeiro Serviço de MFR no País), permitindo uma maior qualidade no tratamento dos doentes. Mais tarde, o HOSA, vocacionado essencialmente para prevenção, tratamento e reabilitação musculosquelética, iniciou em 1981, a cobertura traumatológica da área circundante de Cascais/ /Sintra. No futuro, está prevista a ampliação do Hospital com a construção de um edifício dentro do perímetro. Neste novo edifício serão instalados blocos operatórios, uma unidade de cuidados intensivos e quartos para internamento. A entrada em funcionamento deste novo edifício transformará o HOSA num Hospital de proximidade para servir a população com novas valências como a Pediatria ou a Cardiologia. Classificado como Monumento de Interesse Público, pela Direção-Geral do Património Cultural, o HOSA, em articulação com a Direção de Cultura da SCML, promove visitas guiadas todas as terceiras quintas-feiras do mês. 29