> ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS Esta seção será publicada em duas partes. Veja na próxima edição os procedimentos e normas para instalação (serviço). MATERIAL Fachada-cortina OPÇÕES Veja abaixo os tipos de caixilhos >FACHADAS-CORTINA >JANELAS PADRONIZADAS >GUARDA-CORPO / GRADIL >FACHADAS COM PLACAS DE ROCHA E PLACAS CERÂMICAS CHECKLIST Verifique os itens a serem considerados no momento da especificação Características específicas do projeto Dimensões e tolerâncias Estanqueidade à água (dependendo da classe do caixilho e da região de instalação) Permeabilidade ao ar (dependendo da classe do caixilho e da região de instalação) Resistência às cargas de vento (dependendo da classe do caixilho e da região de instalação) Resistência aos esforços de uso (se houver folhas móveis) Durabilidade Requisitos especiais (isolação sonora e resistência ao fogo, por exemplo) Recebimento em obra e armazenamento Controle do serviço (instalação) Fixação (segurança e durabilidade) Preços (material e serviço) Forma de pagamento DEFINIÇÃO De acordo com a NBR 10820, de junho de 1989, as fachadas-cortina são caixilhos estruturados com função de vedação que formam um sistema contínuo, que se desenvolve no sentido da altura e/ou largura do edifício, sem interrupção em pelo menos dois pavimentos. TIPOS As fachadas, mais recentemente, podem ser divididas fundamentalmente em: Fachada “só vidro” ou “sem caixilho”: são sistemas especiais que empregam vidros de segurança temperados e laminados fixados diretamente à estrutura por meio de dispositivos especiais como “aranhas”. A inexistência de caixilho é compensada por peças estruturais que podem ser de alumínio ou aço inoxidável. Pele de vidro: os vidros são encaixilhados e os perfis estruturais são vistos pelo lado interno do ambiente. Fachada com silicone estrutural (structural glazing): utiliza a colagem de placas de vidro em perfis de alumínio com o uso de silicone estrutural ou fita adesiva estrutural dupla face. Fachada unitizada (unitized): consiste em formar o conjunto vidro e caixilho promovendo a instalação conjunta de colunas “subdivididas”. A fachada é modular, na qual cada módulo tem uma coluna desmembrada em macho e fêmea e a altura do pé-direito. Fachada tipo Grid: sistema que realça os perfis externos, formando grelhas quadrangulares ou retangulares. O sistema de montagem é semelhante ao “glazing” e à “pele de vidro”, porém os vidros são colocados após a formação das grelhas. Fontes: Aluparts, nov/2007; Esquadrias de alumínio no Brasil, Antonio B. Cardoso ProEditores, 2004; AC&D Consultoria em Alumínio e Participações Ltda., dez/2007 e Hydro Alumínio Acro S.A., dez/2007. 74 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – CONSTRUÇÃO MERCADO 79 – FEVEREIRO 2008 alternativas tecnologicas79.p65 74 18/1/2008, 15:33 CLASSES DE UTILIZAÇÃO (NBR 10821/2000) CLASSE UTILIZAÇÃO Normal (N) Edifícios de caráter residencial ou comercial simples de até dois pavimentos Melhorada (M) Edifícios de caráter residencial ou comercial de até quatro pavimentos ou 12 m de altura Reforçada (R) Edifícios de caráter comercial pesado ou edifícios residenciais que possuam cinco ou mais pavimentos Excepcional (E) Edifícios de arquitetura especial (shoppings, indústrias, hospitais etc.) Ambiente condicionado Edificação com sistema de refrigeração ou aquecimento central ou restrito ao ambiente onde a janela é instalada ou climatizado REQUISITOS (NBR 10821/2000) Requisitos Gerais > A fachada-cortina deve ser fornecida com todos os acessórios originais e demais componentes que devem manter as características do protótipo previamente ensaiado. > Os acessórios devem ser de materiais compatíveis com os da fachada-cortina, não sofrendo alterações físicas, químicas ou mecânicas que prejudiquem o seu desempenho. > As fachadas-cortina devem ter perfis adequados e devidamente dimensionados, atendendo às normas técnicas específicas. > Os processos construtivos e os perfis não devem apresentar defeitos que comprometam o desempenho, a durabilidade e a resistência das fachadas-cortina. > Todos os componentes da fachada-cortina devem receber tratamento que garanta o desempenho do conjunto em condições normais de uso. A máxima carga devida ao vento, as classes de utilização de estanqueidade à água e permeabilidade ao ar devem ser informadas pelo fabricante, pelo fornecedor ou pelo projetista da fachada-cortina. Requisitos Específicos Estanqueidade à água Quando submetidas à vazão mínima de 4L/min x m 2 e às pressões de ensaio correspondentes do Brasil, as fachadas-cortina não devem apresentar vazamentos que provoquem o escorrimento de água para o interior do edifício. CLASSE DE UTILIZAÇÃO NORMAL REGIÃO DO PAÍS I II III IV V MELHORADA I II III IV V REFORÇADA E EXCEPCIONAL TODAS AS REGIÕES Pressão de ensaio de 40 60 80 100 120 60 90 120 150 180 Para cada região, a pressão de ensaio é igual ao maior dos dois valores: a) 0,15 x Pp1; ou estanqueidade à água – 1 Pp x 0,15 (Pa) 1 b)o valor da pressão definida para a classe Melhorada Pp – pressão de projeto das cargas de vento Resistência às cargas uniformemente distribuídas A resistência às cargas uniformemente distribuídas deve ser determinada conforme consta na NBR 6487/2000. Recomenda-se, entretanto, que o contratante sempre exija o projeto estrutural da fachada-cortina, com as premissas de cálculo, incluindo cargas consideradas. A pressão de ensaio para cargas uniformemente distribuídas é apresentada na tabela a seguir. CLASSE DE UTILIZAÇÃO NORMAL REGIÃO DO PAÍS I Pressão de projeto Pp 300 400 II MELHORADA III IV 550 650 REFORÇADA EXCEPCIONAL TODAS AS REGIÕES TODAS AS REGIÕES 1000 1200 Calcular conforme Calcular conforme 1200 1450 1 a NBR 6123/19882 V I II III IV 850 450 600 800 V Pressão de sucção Pe ~ Pp /0,8 350 500 650 800 1000 550 700 950 Pressão de ensaio Pe ~ Pp x 1,5 800 950 1250 650 900 1200 1500 1800 450 600 a NBR 6123/1988 1 Os valores de pressão, entretanto, não deverão ser inferiores aos valores definidos para a classe Melhorada. 2 Os valores de ensaio, calculados conforme a NBR 6123/1988, quando inferiores aos valores da classe melhorada, deverão ser justificados e assumidos por um responsável técnico. FEVEREIRO 2008 – CONSTRUÇÃO MERCADO 79 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 75 alternativas tecnologicas79.p65 75 18/1/2008, 15:33 Permeabilidade ao ar TIPO DE AMBIENTE LOCALIZAÇÃO: ESTADO DO PAÍS CLASSE DE UTILIZAÇÃO EXIGÊNCIA DE PERMEABILIDADE AO AR Condicionada ou climatizada Qualquer Estado Normal ou melhorada Resistência térmica mínima de 0,15 m²K/W Vazão máxima de ar de 5m³/h.m de juntas abertas, sob pressão de 30 Pa Reforçada ou excepcional Resistência térmica mínima de 0,15 m²K/W Vazão máxima de ar de 5m³/h.m de juntas abertas, sob pressão de 50 Pa Não condicionada São Paulo, Paraná, Santa Catarina ou não climatizada e Rio Grande do Sul Normal ou melhorada Velocidade do ar ≤ 0,5 m/s, a uma distância de 2,0 cm da janela, quando submetida a uma pressão de 30 Pa Reforçada ou excepcional Velocidade do ar ≤ 0,5 m/s, a uma distância de 2,0 cm da janela, quando submetida a uma pressão de 50 Pa Outros Estados Qualquer classe de utilização Não há exigência Nota: A penetração de ar não deve ultrapassar 60m3/h.m2 , avaliada em relação à área total do vão, no caso de caixilhos fixos, sem possibilidade de ventilação, em edificações condicionadas ou climatizadas. Cargas uniformemente distribuídas e estanqueidade à água QUESTÃO AMBIENTAL Classificação do resíduo: conforme resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307, de 5 de julho de 2002, os resíduos de janelas podem ser considerados de classe B. Destinação do resíduo: estes resíduos são reutilizados ou reciclados; quando enviados para áreas de armazenamento temporário, devem ser dispostos de maneira a permitir a reciclagem ou reúso futuros. Para cálculo das pressões de ensaio de cargas uniformemente distribuídas e das pressões de ensaio de estanqueidade à água, considerar a altura em relação ao solo da janela mais alta do edifício. Em caso de edifícios com desnível, considerar a diferença de cota em relação ao ponto mais baixo do terreno e à janela mais alta do edifício, como base de cálculo. Resistência às operações de manuseio As eventuais folhas móveis presentes na fachada-cortina, em geral do tipo maxim-ar, devem resistir aos esforços de uso, sem que ocorram: > deformação residual superior a 0,4% do vão (o comprimento livre do perfil em análise); > ruptura dos vidros; > deterioração de qualquer componente. Para as folhas tipo maxim-ar, os esforços de uso são os seguintes: resistência ao esforço torsor; arrancamento das articulações e resistência à flexão, além dos 10.000 ciclos completos de abertura e fechamento. No caso das classes melhorada, reforçada ou excepcional, as folhas tipo maxim-ar com áreas superiores a 0,64 m2 devem possuir dispositivos (braços ou limitadores) restringindo a abertura das folhas. VEDANTES Silicone A escolha do silicone exige certos cuidados. No caso das fachadas-cortina que utilizam o sistema structural glazing, não podem ser empregados silicones comuns de cura neutra ou acética, mas somente o silicone estrutural de cura neutra. Quando do emprego de vidros laminados, deve ser empregado silicone de cura neutra, pois os produtos de cura acética liberam vapores ácidos que reagem com o polivinilbutiral (PVB), causando manchas e descolamento na região próxima ao perímetro do vidro (delaminação). Silicone estrutural: o uso em fachadas-cortina está condicionado aos seguintes fatores: > interação entre o fabricante do selante e a empresa aplicadora do produto, de forma a certificar-se da correta especificação do selante e sua forma de aplicação; > cálculo das juntas de silicone para suportar os vidros em função do seu peso, dimensões e da carga de vento definida em projeto. Esses cálculos devem ser feitos pelo fabricante do silicone ou pelo projetista da fachada, para cada obra; > envio de amostras do vidro e do alumínio para teste de adesão em laboratórios dos fornecedores de silicone, conforme especificado na norma ASTM C 794 93 – Test Method for Adhesion in Peel of Elastomeric Joint Sealants. > a superfície deve ser limpa com um pano embebido em álcool isopropílico e, em seguida, com um pano seco; o silicone estrutural deve ser aplicado em seguida. Obs.: a aplicação de silicone estrutural deve ser efetuada em local limpo, arejado e com temperatura controlada. Não é recomendado aplicar o silicone estrutural em obra quando não há condições apropriadas. alternativas tecnologicas79.p65 76 18/1/2008, 15:33 O dimensionamento da largura e espessura do cordão de colagem deve considerar: > a dimensão dos painéis de vidro > a espessura > o tipo de perfil e acabamento > cargas dinâmicas (ação dos ventos) > ângulo de inclinação da superfície do vidro A especificação de perfil com aba destinado a eliminar a carga estática ou o peso morto do vidro pode ser necessária em alguns casos. O primer é aplicado para acelerar o processo de cura. Propriedades do silicone SILICONE DE CURA LENTA MÉTODO PROPRIEDADE UNIDADE VALOR OBS. MIL-S-8802 Tempo livre de pegajosidade, 50% UR min. 65 Como fornecido Tempo de cura a 25°C e 50% UR dias 7-14 Adesão total dias 14-21 Escoamento mm 0,1 Tempo de manipulação min. 10-20 Densidade — 1,339 Conteúdo VOC g/L 30 ASTM D 2240 Dureza pontos 40 ASTM D 0412 Máxima resistência à tração psi (MPa) 350 (2,41) Alongamento máximo % 525 ASTM D 0624 Resistência à ruptura ppi 49 ASTM D 0794 Resistência à película ppi 40 ASTM C 1135 Tensão a 25% de alongamento psi (MPa) 48 (0,33) Tensão a 50% de alongamento psi (MPa) 75 (0,51) ASTM C 719 Capacidade de movimentação da junta % ± 50 ASTM C 1135 Tensão a 25% de alongamento psi (MPa) 50 (0,34) Tensão a 50% de alongamento psi (MPa) 78 (0,53) Cura após 7 dias a 25°C, 50% UR Cura após 21 dias a 25°C, 50% UR Cura após 21 dias a 25°C, 50% UR e submetido a 4500 horas na CUV ASTM G-53 SILICONE DE CURA RÁPIDA MÉTODO PROPRIEDADE UNIDADE VALOR OBS. CTM 0044 Densidade — 1,33 Como fornecido ASTM C 1183 Índice de extrusão, condição 6,2 bar, orifício 3,2 mm g/minuto 120 CTM 0663 Profundidade de cura na seção, 8 horas mm 1,40 Profundidade de cura na seção, 24 horas mm 2,64 ASTM D 2377 Tempo livre de pegajosidade min. 25 ASTM D 2202 Escoamento mm < 5,0 CTM D 2240 Dureza pontos 46 Cura após 7 dias a 25°C, 50% UR, 2 mm de espessura de acordo ASTM D 412 Resistência à tração MPa 2,3 com o peso S2, conforme ISO 37 Alongamento % 250 Adesão na superfície, falha de coesão: alumínio % 100 Adesão na superfície, falha de coesão: vidro % 100 Máxima resistência à tração MPa 1,1 Módulo a 25% MPa 0,53 Falha de coesão % 100 ASTM C 794 CTM 1028 Tensão de adesão ao vidro, 12 x 12 x 50 mm junta TA, de acordo com ISO 8339 ppi= pounds per inch; psi= pounds per square inch Fonte: Dow Corning, nov/2007. Silicone de vedação: pode ser de cura neutra ou acética. > Cura neutra pode ser utilizada em superfícies porosas como alvenaria, concreto, granito, cerâmica, pastilha, também podendo ser utilizada para vedar vidro e alumínio. > Cura acética deve ser utilizada em superfícies não porosas, exceto nos vidros laminados, em razão do problema da delaminação. A tabela a seguir apresenta o módulo de elasticidade para tração e compressão dos selantes de silicone. FEVEREIRO 2008 – CONSTRUÇÃO MERCADO 79 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 77 alternativas tecnologicas79.p65 77 18/1/2008, 15:33 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO O critério para amostragem fica a cargo das partes, que podem se reportar à NBR 5426/1985, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos. Os ensaios devem ser realizados com dois corpos-de-prova obedecendo à seguinte ordem: permeabilidade ao ar, estanqueidade à água, resistência a cargas uniformemente distribuídas e permeabilidade ao ar (se necessário, para verificar queda de desempenho) no primeiro corpo-de-prova e, eventualmente, resistência às operações de manuseio em folhas móveis no segundo corpo-deprova. Conforme acordo entre fornecedor e contratante, também poderão ser realizados ensaios na própria obra, em geral de estanqueidade à água, de forma a receber a fachada por trechos. Em razão da dificuldade da realização de ensaios criteriosos em obra, poderão ser adotados ensaios de controle, mais expeditos, desde que a fachada tenha sido previamente ensaiada em laboratório. MÓDULO DE ELASTICIDADE PARA TRAÇÃO E COMPRESSÃO % Baixo +100 e -50 Médio ±50 Alto ±25 Fontes: www.catep.com.br; daybrasil1.locaweb.com.br; Structural glazing, Revista Téchne 96 mar/2005; Aderência do silicone aos substratos, Revista Finestra 37 abr/mai/jun 2004 e Aluparts, nov/2007. Fita adesiva estrutural dupla face As fitas adesivas estruturais dupla face são empregadas em fachadas-cortina que utilizam o sistema structural glazing. A superfície deve estar limpa e a fita é aplicada com o uso de espátula, sendo necessária a aplicação de silano no vidro e uma fina camada de primer na esquadria. Deve haver uma interação entre o projetista, o instalador e o fabricante da fita, de forma a certificar-se da correta especificação e condições de instalação das fitas. A largura e a quantidade de fita estrutural dupla são definidas, considerando-se: > o perfil estrutural, acabamento, tamanho dos painéis e localização do edifício > a presença de abas ou esperas para que o vidro tenha aumentada a segurança de montagem. Fonte: Structural Glazing, Téchne 96 mar/2005. Nota importante: A aplicação do silicone estrutural e da fita dupla face é feita em fábrica em razão dos controles adotados para garantir a qualidade e a segurança do sistema. DESEMPENHO Resistência ao fogo Deve haver um peitoril interno, em geral de pelo menos 1,20 m, considerando a laje, que seja resistente ao fogo. A exigência de resistência ao fogo é função do uso e da altura do edifício, conforme a NBR 14432/2001, regulamentos dos corpos de bombeiros e regulamentos municipais. Isolação térmica, transmissão de radiação solar e transmitância luminosa* Coeficiente global de transmissão de calor para vidros (W/m²) TIPO DE VIDRO (PLANOS) COM DISPOSITIVOS INTERNOS DE SOMBREAMENTO INVERNO VERÃO INVERNO VERÃO Vidro simples incolor 6,2 5,9 4,7 4,6 Vidro duplo – espaço de ar 5 mm 3,5 3,7 3,0 3,3 Vidro duplo – espaço de ar 6 mm 3,3 3,5 2,7 3,1 Vidro duplo – espaço de ar 13 mm 1 2,8 3,2 2,4 3,0 Vidro triplo – espaço de ar 6 mm 2,2 2,5 1,8 2,3 Vidro triplo – espaço de ar 13 mm 1 1,8 2,2 1,5 2,0 Transmitância à radiação solar TIPO DE VIDRO ESPESSURA NOMINAL (MM) TRANSMITÂNCIA À RADIAÇÃO SOLAR Vidro simples incolor 6 0,78 10 0,72 12 0,67 6 0,46 10 0,33 12 0,24 Vidro duplo – externo e interno incolor 6 0,61 Vidro duplo – externo e interno colorido 6 0,36 Vidro simples colorido alternativas tecnologicas79.p65 SEM DISPOSITIVOS INTERNOS DE SOMBREAMENTO 78 18/1/2008, 15:33 Fator solar dos vidros existentes no mercado TIPO DE VIDRO 1 MONOLÍTICO Cor Incolor Verde Bronze Cinza Refletivo Incolor Verde Cinza Azul Rosa Branco opaco Bronze claro Bronze escuro Transmitância luminosa (%) 89 74 50 44 44 88 73 44 76 52 55 28 LAMINADO 57 1) Espessura dos vidros igual a 6 mm; demais, não especificadas, iguais a 3 mm. Classe de transmissão sonora* A classe de transmissão sonora (CTS) depende do projeto e da execução da fachada em obra. As frestas são sempre prejudiciais. Na tabela abaixo é apresentada a classe de transmissão sonora para vidros, considerando panos cegos. TIPO DE VIDRO ESPESSURA (MM) CTS Monolítico 6,3 12,7 9,5 12,7 6,3 9,5 12,7 31 36 28 31 35 36 38 Duplo Laminado *Fonte: Manual técnico de caixilhos e janelas, Pini, ABCI, 1991. O índice Rw das fachadas ensaiadas em laboratório deve ser fornecido diretamente pelo fabricante ou fornecedor da fachada. FORMA DE COMERC IALIZAÇÃO A contratação de fachadas-cortina normalmente é precedida de projeto. Desta forma, no momento da cotação de preços, o comprador deve fornecer o projeto e informar o local da entrega, com a predefinição da classe de utilização e da região de instalação, além do cronograma físico da execução da obra. Durabilidade e vida útil de projeto Alguns dados relativos à vida útil de projeto são apresentados na tabela abaixo. PARTE DA EDIFICAÇÃO EXEMPLOS VIDA ÚTIL DE PROJETO (ANOS) Esquadrias externas (de fachadas) Janelas, (componentes fixos e móveis), portas balcão, gradis, grade de proteção, cobogós, brises. Inclusos complementos de acabamento como peitoris, soleiras, pingadeiras e ferragens de manobra e fechamento MÍNIMO SUPERIOR ≥ 20 ≥ 30 Prazos de garantia SISTEMAS, ELEMENTOS, COMPONENTES E INSTALAÇÕES PRAZOS DE GARANTIA MÍNIMOS Esquadrias de alumínio e de PVC 5 anos Perfis de alumínio, fixadores e revestimentos em painel de alumínio Fonte: Desempenho garantido, Revista Construção Mercado 74 set/2007. O fabricante e o instalador devem especificar as condições, os procedimentos e a freqüência de manutenção. As manutenções preventivas e as de caráter corretivo, que visam não permitir o progresso de pequenas falhas, que poderiam resultar em extensas patologias, devem ser realizadas de acordo com o “Manual de Operação, Uso e Manutenção” fornecido pelo incorporador e/ou construtora. A anodização dos perfis de alumínio deve atender às exigências da NBR 12609/2006, Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Anodização para fins arquitetônicos – Requisitos, para as espessuras e limites de aceitabilidade para camada anódica conforme apresentadas na tabela a seguir. CLASSE ESPESSURA DA CAMADA ANÓDICA (µm) NÍVEL DE AGRESSIVIDADE AMBIENTE TÍPICO A 13 A 18 A 23 11 a 15 16 a 20 21 a 25 Baixa / Média Alta Excessiva Urbano / Rural Litorâneo1 Industrial / Marítimo (1) Ambientes marítimos abrangem os prédios frontais ao mar. Áreas marítimas mais internas são consideradas litorâneas. A pintura dos perfis de alumínio deve atender às recomendações da NBR 14125/06 – Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Revestimento orgânico para fins arquitetônicos – Requisitos, considerando os seguintes itens: a liga de alumínio a ser utilizada; a quantidade de tinta a ser aplicada; o controle no processo de aplicação, quanto ao pré-tratamento e atender às exigências do fornecedor de tinta quanto à cura e testes de conformidade. Fonte: Pintura em superfícies de alumínio, Revista Finestra 40 jan/fev/mar 2005. FEVEREIRO 2008 – CONSTRUÇÃO MERCADO 79 – GUIA DA CONSTRUÇÃO – 79 alternativas tecnologicas79.p65 79 18/1/2008, 15:33 Normas técnicas diretamente relacionadas* NÚMERO DATA DA DA NORMA ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO NBR 10821 NBR 10820 NBR 10831 NBR 6485 NBR 6486 NBR 6487 30/08/2000 01/06/1989 01/06/1989 01/08/2000 01/08/2000 01/08/2000 NBR 6123 01/06/1988 DESCRIÇÃO DA NORMA TIPO DE NORMA Caixilhos para edificação - Janelas Caixilho para edificação - Janela Projeto e utilização de caixilhos para edificações de uso residencial e comercial - Janelas Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa - Verificação da penetração de ar Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa - Verificação da estanqueidade à água Caixilho para edificação - Janela, fachada-cortina e porta externa - Verificação do comportamento, quando submetido a cargas uniformemente distribuídas Forças devidas ao vento em edificações Especificação Terminologia Procedimento Método de ensaio Método de ensaio Método de ensaio Requisitos *Nota importante: As normas brasileiras de caixilhos estão em processo de revisão. Portanto, o leitor deve informar-se sobre a publicação de versão mais atual. barra de 6 m para os perfis de alumínio, m 2 para o vidro, bisnaga de 300 ml para silicone estrutural de cura neutra e rolo de 20m para fita adesiva estrutural dupla face. Preço (R$): PERFIL DE ALUMÍNIO UN LARGURA (MM) ALTURA (MM) SP Arremate interno Coluna central Coluna lateral Complemento arremate interno Fechamento inferior Rufo Tampa do complemento Travessa barra 6 m barra 6 m barra 6 m barra 6 m barra 6 m barra 6 m barra 6 m barra 6 m 69,21 90 69,2 66 141 159 20,8 38 24,5 100 100 24,5 53,4 40,1 9,9 90 54,80 230,00 199,00 68,00 125,00 133,00 15,00 129,00 VIDRO LAMINADO ESPESSURA (MM) UN SP RJ DF PR SC BA PE CE PA Colorido 6 8 10 12 6 m² m² m² m² m² 160,65 167,00 234,53 253,05 170,18 185,75 188,75 272,99 179,33 255,80 136,00 224,67 165,00 193,33 292,99 258,00 234,00 240,52 - 255,50 273,07 161,50 434,06 244,74 - 215,00 308,00 - 8 10 12 m² m² m² 167,14 189,13 216,47 164,65 205,09 248,67 234,85 292,53 354,69 202,08 254,22 290,97 236,88 295,06 357,76 - 234,56 292,17 354,25 - - Incolor VIDRO TEMPERADO ESPESSURA (MM) UN SP RJ MG DF PR SC RS BA PE CE PA Bronze 6 m² 114,36 135,20 135,28 132,36 121,55 125,75 133,59 156,77 151,79 148,90 197,29 8 m² 187,97 179,18 174,46 166,20 153,25 152,73 154,77 171,50 150,03 200,23 240,67 10 m² 234,44 212,88 270,56 208,80 169,21 166,35 182,79 205,21 192,97 250,23 286,91 6 m² 122,86 122,91 117,03 124,29 110,53 119,36 130,82 124,93 127,94 182,44 184,56 8 m² 167,98 166,26 153,99 164,00 143,00 145,44 151,37 155,98 142,18 200,35 228,13 10 m² 211,69 203,72 196,88 199,31 163,49 166,61 187,90 184,94 172,82 249,45 263,72 6 m² 123,69 126,49 129,94 131,41 112,81 121,47 131,21 109,97 111,52 165,06 202,61 8 m² 169,01 169,59 158,10 165,20 153,00 150,62 151,37 177,55 128,83 200,37 231,81 10 m² 212,95 210,42 199,58 205,04 173,44 169,42 187,44 191,72 144,50 237,28 286,91 6 m² 97,88 103,24 109,63 118,54 93,43 97,12 93,02 103,36 86,07 137,29 162,48 8 m² 130,25 128,94 116,33 148,03 114,97 103,22 109,52 136,02 124,01 172,19 204,98 10 m² 165,10 166,59 162,58 171,00 144,50 136,34 147,03 157,81 144,69 205,67 223,58 Cinza Verde Incolor TIPO DE SELANTE UN SP Silicone estrutural de cura neutra – rápido Silicone estrutural de cura neutra – lento Fita adesiva estrutural dupla face - espessura: 12 mm Fita adesiva estrutural dupla face - espessura: 19 mm Bisnaga de 300 ml Bisnaga de 300 ml Rolo de 20 m Rolo de 20 m 26,33 25,25 30,28 47,95 Obs.: Os silicones estruturais cotados são comercializados na cor preta; demais cores são por encomenda, sendo vendido o lote fechado de acordo com projeto detalhado da obra. Dados referenciais de material com data-base out/nov/dez 2007 alternativas tecnologicas79.p65 80 Fernando Benigno 18/1/2008, 15:33