Caso Lucélia Negado pedido de revisão criminal a Sílvia Calabresi Empresária, condenada na Justiça estadual por torturar menina, também terá de cumprir pena imposta pela Justiça do Trabalho Vandré Abreu 06 de dezembro de 2012 (quinta-feira) Empresária Sílvia Calabresi foi presa em 2008 O pedido de revisão criminal realizado pela defesa da empresária Sílvia Calabresi, de 46 anos, foi negado na tarde de ontem pela desembargadora relatora Lília Mônica de Castro Borges Escher. O advogado Rogério Rodrigues de Paula, que defende a empresária condenada por torturar a menina Lucélia Santos, de 12 anos à época, em 2008, alega que agora nada mais pode ser feito e que Sílvia Calabresi deve cumprir a pena. No entanto, como ela trabalha no Presídio Feminino e tem bom comportamento, pode se beneficiar da progressão de regime e ser solta em 2014. A condenação por tortura deu a Sílvia Calabresi uma pena de 14 anos, 11 meses e 5 dias. Rogério de Paula afirma que a defesa não tentará nenhuma alternativa jurídica para livrá-la da cadeia e que mesmo a progressão de pena pode não ser o bastante. O fato é que a empresária também foi condenada a 10 anos e 6 meses por trabalho escravo no mesmo caso, na 10ª Vara do Trabalho de Goiânia. A defesa recorre à segunda instância do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) por entender que o caso é o mesmo por qual Sílvia já foi julgada. Presa desde 2008 Caso o recurso da defesa não seja aceito pelo TRF1, Silvia deve continuar presa por este processo a partir de 2014, mesmo com a progressão de regime da Justiça estadual. Em 2009, Rogério de Paula havia tentado obter um habeas-corpus para a empresária, o que também foi negado pela Justiça, à época. Sílvia Calabresi está detida desde 2008, após ser denunciada anonimamente à polícia por manter a adolescente Lucélia Santos em cárcere privado, torturá-la e obrigá-la a trabalhar em sua residência. Lucélia vivia com Sílvia desde 2006. Além de Silvia, também foram denunciados e condenados a funcionária da empresária, Vanice Maria Novais, a 7 anos e 11 dias, e o marido de Sílvia, Marco Antônio Calabresi Lima, a 2 anos. Ele cumpriu a pena em liberdade. Segundo Rogério de Paula, Sílvia Calabresi diz querer cumprir sua pena com dignidade, sair do presídio e voltar a viver em sociedade para cuidar de um dos seus filhos, que ainda é menor de idade. “Ela se comporta bem e se dá bem com as presas”, conta.