UNINGÁ – UNIVERSIDADE SUPERIOR INGÁ
FACULDADE INGÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CIRURGIA E
TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL
RICARDO AUGUSTO TOZONI
ROTINA DE BANCO DE TECIDOS PARA A REALIZAÇÃO E
UTILIZAÇÃO DE HOMOENXERTOS ÓSSEOS:
ASPECTOS BIOLÓGICOS E TÉCNICOS
PASSO FUNDO
2007
2
ROTINA DE BANCO DE TECIDOS PARA A REALIZAÇÃO E
UTILIZAÇÃO DE HOMOENXERTOS ÓSSEOS:
ASPECTOS BIOLÓGICOS E TÉCNICOS
Monografia apresentada à Unidade de
Pós-graduação da Faculdade IngáUNINGÁ-Passo Fundo-RS como requisito
parcial para obtenção do título de
Especialista em Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial.
Orientador: Prof. Ms. Alexandre Basualdo
PASSO FUNDO
2007
3
RICARDO AUGUSTO TOZONI
ROTINA DE BANCO DE TECIDOS PARA A REALIZAÇÃO E
UTILIZAÇÃO DE HOMOENXERTOS ÓSSEOS:
ASPECTOS BIOLÓGICOS E TÉCNICOS
.
Monografia apresentada à comissão julgadora da
Unidade de Pós-graduação da Faculdade IngáUNINGÁ - Passo Fundo-RS como requisito parcial
para obtenção do título de Especialista em Cirurgia
e Traumatologia Bucomaxilofacial.
Orientador: Prof. Ms. Alexandre Basualdo
Apresentada em 18 / 01 / 2008.
Banca Examinadora:
Prof. Ms. Alexandre Basualdo
Prof. Ms. Marcos Antônio Pedro Knack
Profª. Ms. Alessandra Kunh Dall’Magro
PASSO FUNDO
2007
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, que com muito amor e humildade foram os responsáveis diretos
por minha educação e valores, e, a quem, retribuo este momento especial em minha
vida.......
A minha esposa e filha, com quem compartilho desta vitória, pelo seu amor e
compreensão, me incentivando a todo instante.
Ao professor Alexandre Basualdo, pela valorosa orientação, amizade,
disponibilidade e oportunidade de aprender com uma pessoa formidável com um grande
conhecimento e exemplar profissional, que contribuiu para minha formação, permitindo
assim, não só a realização de um sonho, mas uma nova etapa em minha vida
profissional.
Aos professores do curso de pós-graduação em Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofacial, pelo apoio, amizade, disponibilidade e orientação passada a todos
nós colegas.
A todos os professores, que um dia foram filhos amados, depois alunos
dedicados, e inexplicavelmente através da constante busca do saber, de aprendiz,
conquistaram a difícil arte de educar, e que o conhecimento e a ciência possam
propagar-se sempre, na infindável estrada da humanidade. Obrigado!
Aos eternos amigos do curso de pós-graduação, Fábio, Gilberto, Guilherme,
Karen, Rafael e Tobias, pela amizade e companheirismo durante esta fase de nossas
vidas.
5
EPÍGRAFE
“Eu aprendi que para se crescer como pessoa é preciso
me cercar de gente mais inteligente do que eu.”
William Shakespeare
6
RESUMO
Nesta revisão bibliográfica foram abordados os aspectos do metabolismo e
cicatrização óssea em áreas de enxertia de tecido ósseo autógeno, como padrão para
embasar o comportamento tecidual de osso homólogo humano de banco, para
reconstruções orais e faciais.
Para informar a comunidade odontológica envolvida, revisamos as normas,
condutas e rotinas das seis instituições nacionais credenciadas pelo ministério da saúde
para fornecimento deste material de bioreconstrução.
Palavras-chave: Enxerto ósseo de Banco, Biologia óssea, Protocolo de
processamento.
7
ABSTRACT
On this bibliographic review were tackled the aspects of bone metabolism and
bone healing on sites of autogenous bone graft. Then were used like pattern to explain
the behavior of bank human bone allografts on oral and facial reconstructions
With the aim to inform the odontologyc community involved in this issue, were
revised the norms, procedures and routines of the six national institutions that are
qualified by Brazilian Health Department to supply this kind of bioreconstruction
material.
Key-words: Bone graft of Bank, Bone Biology, Protocol Processing
8
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 09
2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................................09
2.1 TIPOS DE ENXERTO ÓSSEO.....................................................................10
2.2 ENXERTO AUTÓGENO..............................................................................12
2.2.1 BIOLOGIA DO ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO..................................13
2.3 ENXERTO HOMÓLOGO DE BANCO DE TECIDOS MÚSCULOESQUELÉTICO..................................................................................................14
2.3.1 BIOLOGIA ENXERTO HOMÓLOGO DE BANCO DE TECIDO
MÚSCULO-ESQUELÉTICO.............................................................................15
2.3.2 DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE O ENXERTO AUTÓGENO E O
HOMÓGENO......................................................................................................16
2.4 PROTOCOLO DE EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA AUTORIZAÇÃO
DE
FUNCIONAMENTO
DOS
BANCOS DE
TECIDO
MÚSCULO-
ESQUELÉTICOS............................................................................................................16
2.4.1 EQUIPE TÉCNICA E ÁREA FÍSICA DO BANCO DE TECIDO
MÚSCULO-ESQUELÉTICO.........................................................................................17
2.4.2
ROTINAS
PARA
CAPTAÇÃO,
ABLAÇÃO,
TRANSPORTE,
PROCESSAMENTO, ESTOCAGEM, DISPONIBILIZAÇÃO E CONTROLE DA
QUALIDADE DOS TECIDOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS....................................20
3 DISCUSSÃO................................................................................................... 31
4 CONCLUSÃO................................................................................................ 34
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 35
9
1 INTRODUÇÃO
A enxertia oral e maxilo- facial de osso em tecido ósseo sempre foi a forma mais
previsível de reconstrução e reabilitação em várias situações clinicas. Com o advento da
implantodontia oral e da face, as reabilitações evoluíram de estágios iniciais de
implantação em tecido alveolar maxilo- mandibular remanescente conforme sua
quantidade, com pouco enfoque para o aspecto qualitativo (metabólico e estável/denso).
Apartir de 1990, as exigências estéticas, funcionais e, sobretudo de
previsibilidade das reconstruções orais implanto-protéticas eliminaram a restauração
prévia dos rebordos alveolares com enxerto ósseo autógeno, que é por definição o
padrão ideal de agregado ósseo em defeitos anatomo- funcionais, pela possibilidade de
osteogênese, osteoindução e osteocondução óssea promovendo no local de
restabelecimento ósseo-tecidual.
Historicamente, o clínico, o cientista, e o pesquisador industrial preocuparam-se
em “substituir” o tecido doador autógeno por materiais e/ou técnicas que primariamente
poupassem o paciente de doações autógenas, pelos reveses locais e sistêmicos.
A coleta, processamento, armazenagem e fornecimento de material ósseo por
bancos teciduais legal e tecnicamente credenciados por instituições públicas
normatizadoras se tornaram prática não recente e previsível com taxas altas de sucesso
mundial, principalmente na traumatologia e traumato-ortopedia.
Tendo como objetivo do trabalho: revisar a cicatrização do osso homólogo e
autólogo. Demonstrar também o protocolo de processamento de osso de banco,
atribuído pelas seis instituições credenciadas no Ministério da Saúde.
10
2 REVISÃO DE LITERATURA
A enxertia óssea é um dos assuntos mais pesquisados em Cirurgia e
Traumatologia Bucomaxilofacial, Implantodontia e Traumato-ortopedia, pois sempre
buscou-se explorar novas possibilidades de enxerto que superassem as limitações ou
satisfizessem as condições específicas de seu emprego. À medida que as cirurgias de
reabilitação avançam, vai aumentando a necessidade do emprego de enxertos ósseos,
pois um substituto para o osso que tenha suas qualidades biológicas e mecânicas ainda
não foi encontrado. Sendo que a base científica do transplante ósseo foi estabelecida na
metade do século XIX com observações feitas por Ollier, em 1867, sobre as
propriedades osteogênicas do osso e periósteo. (VOLPON & COSTA, 2000).
O transplante de órgãos e tecidos é um procedimento muito empregado em
medicina, sendo que os enxertos ósseos surgiram da necessidade médica de tratar
soldados feridos em guerras e que não tinham condições de serem reabilitados com os
métodos convencionais, sendo que os enxertos homólogos tinham o uso restrito devido
a dificuldades técnicas e financeiras. (HEAD, et. al. 1987).
A primeira referência na literatura sobre enxerto ósseo é de 1682, com Van
Meeken IN Chase & Herndon, que transplantou osso de crânio de cão para um defeito
cranial em humano, com sucesso. Chase & Herndon (1955). O cirurgião foi forçado a
retirar o transplante para evitar a excomunhão pela Igreja. Com o passar do tempo, o
enxerto ósseo começou a ser mais utilizado em função do sucesso clínico deste
procedimento, muito embora houvesse discussão e opiniões contrárias quanto aos
aspectos biológicos e reparacionais dos enxertos.
Barth em 1893, concluiu que o enxerto ósseo estava completamente morto
vários dias após sua transferência, e que somente através de um gradual processo de
invasão por células oriundas do tecido ósseo receptor havia repovoamento com células
vivas, sendo este processo, hoje, convencionalmente denominado de osteocondução.
Phemister (1914), mostrou conclusivamente que algumas células osteogênicas
da superfície do enxerto sobreviviam por difusão de nutrientes advindos do leito
receptor, também concordou com Barth (1893), que a grande maioria das células no
centro do enxerto estavam mortas, mas notou que as células sobreviventes na superfície
desempenhavam importante papel na reabsorção e repovoamento de células ósseas.
11
Fazili et. al. (1978), relata que, passados três anos da realização do enxerto, e
não havendo estímulo ósseo, cerca de 92% do osso enxertado é reabsorvido.
2.1 TIPOS DE ENXERTO ÓSSEO
Os enxertos ósseos podem ser classificados com base nos aspectos morfológicos
e imunológicos. De acordo com o aspecto morfológico são nomeados medular, cortical
ou córtico- medular. O tecido ósseo medular apresenta finas trabéculas separadas por
grandes espaços preenchidos por células hematopoéticas, o que facilita a migração de
vasos, células e deposição de tecidos ósseos, porém não proporciona suporte mecânico
significativo (WEIGEL, 1996).
O enxerto ósseo cortical é obtido em maior quantidade em ossos longos,
apresenta uma estrutura bastante compacta, sendo muito denso, o que dificulta a
deposição de nutrientes e células, e atrasa o processo de neoformação óssea.
(GOLDBERG & STEVENSON, 1987).
Imunologicamente os enxertos ósseos dividem-se em: autógenos, homógenos e
xenógenos (ALEXANDER, 1987).
O enxerto autógeno, uma vez obtido, é transplantado de um sítio a outro no
mesmo individuo, ou entre gêmeos idênticos o que não causa imuno- incompatibilidade,
favorecendo os processos de revascularização e reparação. (BLOOMBERG et. al.
1984).
Como a fonte de osso reside no próprio indivíduo, e a obtenção do osso a ser
enxertado implicam em cirurgia adicional que aumenta o tempo operatório, expõe o
paciente à dor, provoca maior perda sanguínea, apresenta possibilidade de complicações
locais, a quantidade óssea limitada para preencher falhas extensas, e a dificuldade de
tratar pacientes pediátricos pela quantidade limitada de tecido ósseo (FRIEDLAENDER
1983, DEFINO et. al. 1998).
O enxerto homógeno envolve dois indivíduos de mesma espécie com códigos
genéticos diferentes, sujeito a resposta imune diretamente relacionada à diferença
genética entre ambos (ALEXANDER 1987, WEIGEL, 1996).
O enxerto homógeno apresenta ampla aplicação em situações em que se
pretende preencher grandes falhas ósseas, visto a facilidade de ser obtido em várias
dimensões, sem a necessidade de dois ou mais procedimentos cirúrgicos (MANKIN et.
al. 1983).
12
O enxerto ósseo xenógeno é aquele proveniente de um indivíduo de espécie
diferente daquela do receptor, portanto, sem compatibilidade genética. É uma matriz
mineral óssea purificada de origem bovina, similar ao tecido ósseo humano no que
concerne à sua superfície interna, porosidade, tamanho do cristal e relação cálciofósforo. Podendo gerar uma boa vascularização e integração ao tecido ósseo receptor.
Em estudos histológicos demonstrou aumentar significativamente a quantidade e a
densidade óssea. (CORREIA & ALVES, 2002).
Os enxertos ósseos autógeno ou autólogo apresentam osso cortical, medular e
corticomedular. Quando proveniente do mesmo indivíduo. São enxertos considerados
biologicamente ideais, pois possui capacidade osteogênica, osteocondutora e
osteoindutora, o que faz com que a osteoindução seja rápida e eficaz. As desvantagens
da utilização deste tipo de enxerto são a quantidade limitada de osso que pode ser obtido
da área doadora, por vezes insuficiente para correção de grandes perdas ósseas e o
índice de complicações decorrentes da sua extração, que pode variar de 8,6% a 20,6%.
Os enxertos homólogos são provenientes de doadores geneticamente distintos do
receptor, porém de mesma espécie. Por outro lado, o enxerto homólogo pode ser
utilizado para preencher cavidades ou como suporte estrutural nas falhas ósseas
segmentares, estão disponíveis em grande escala e não apresentam as complicações
relacionadas com a área doadora, como ocorre com o enxerto autólogo. Já os enxertos
heterólogo, são os que provem de outra espécie como de origem bovina, vêm sendo
utilizados em razão da facilidade de obtenção e disponibilidade. O osso bovino possui
composição química, porosidade, tamanho, forma e comportamento fisiológico durante
a regeneração óssea semelhantes ao osso humano. (STEPHAN, et. al. 1999).
Além dessas características, fornece estrutura de suporte, osteocondução e alto
conteúdo de cálcio e fósforo, essenciais para a neoformação do tecido ósseo. (DAMIEN
& PARSONS, 1991; OLIVEIRA, et. al. 1999).
2.2 ENXERTO AUTÓGENO
A incorporação do enxerto ósseo depende de sua revascularização, que ocorre a
partir da superfície de contato com o osso vivo do hospedeiro. Há dois tipos básicos de
enxertos ósseos: cortical e medular.
13
Osso cortical não revasculariza facilmente, o que pode resultar em nãoconsolidação do enxerto. As causas prováveis são: a densidade do tecido, a falta de
estabilidade mecânica da reconstrução, e um fenômeno imunológico. Mesmo em
situações de bom resultado clínico e radiológico, mostrando a consolidação do enxerto,
a área de revascularização se limita a aproximadamente 2 mm da junção enxerto-osso
hospedeiro. Em reoperações têm-se observado que o osso transplantado se mantém
avascular em sua maior parte, e o calo ósseo é exclusivamente periostal na zona de
consolidação.
Enxertos ósseos medulares são mais facilmente incorporados, e sua forma de
utilização mais comum é particulado, usado em fragmentos de aproximadamente 1cm³
ou em pequenos blocos. São utilizados em inúmeras situações. A revascularização do
osso esponjoso ocorre por oposição do osso hospedeiro no osso enxertado que atua
como um substrato para o tecido que vai sendo construído pelo organismo. Há
reabsorção lenta do tecido enxertado que pode levar vários anos, ou nunca ser completa.
(FILHO, 2007).
As técnicas de enxerto ósseo autógeno são consideradas padrão ouro na enxertia,
e são utilizados com muita freqüência, porem esta técnica requer alguns tipos de
procedimentos que muitas vezes o paciente não aceita, como a internação hospitalar,
uma equipe maior com auxiliares, médicos traumatologistas e anestesista, elevando o
custo da cirurgia, requerendo também duas áreas cirúrgicas (Doadora/Receptora), alto
grau de morbidade, quantidade limitada de osso, lesão vascular, lesão nervosa,
hematomas, deformidades, dor crônica atribuída ao leito doador e várias outras
complicações decorrentes da sua retirada. (BRAZAITIS, et. al. 1994).
2.2.1 BIOLOGIA DO ENXERTO ÓSSEO AUTÓGENO
Existem três maneiras de formação de tecido ósseo novo através do processo de
ossificação, tudo vai depender do tipo de tecido ósseo usado. Um dos processos é
através da osteogênese, que ocorre em enxertos autógenos, e dependem dos osteoblastos
se manterem viáveis para a produção de substância osteóide. Onde a forma mais eficaz
é o tecido ósseo medular que fornece uma maior concentração destas células. Outra
14
maneira é por osteoindução, onde este processo é mediado por diversas substâncias que
interagem para induzir a produção de tecido ósseo novo. O terceiro processo é por
osteocondução, onde o osso transplantado age como um guia para o crescimento do
tecido ósseo hospedeiro. Grande número de enxertos são exclusivamente
osteocondutivos. (MISCH, 2000.)
Após a enxertia óssea, ocorre uma série de processos histológicos. Iniciando
com uma resposta inflamatória, com invasão de macrófagos. Para a eliminação de
detritos necróticos. Em seguida, surge invasão de células mesenquimais e crescimento
capilar dentro dos espaços medulares e canais haversianos. O processo de osteólise é
continuado e simultaneamente as células mesenquimais diferenciam-se em osteoblastos,
que irão se localizar na superfície do enxerto e nas paredes dos canais haversianos
alargados. Os osteoblastos são os responsáveis pelo processo de osteogênese, que
progressivamente substitui o osso necrótico enxertado por trabéculas de osso vivo.
Finalmente, os espaços medulares são repovoados por células medulares.
(FRIEDLANDER & MANKIN, 1981).
Os enxertos corticais autólogos servem como um arcabouço com propriedades
osteocondutoras e osteoindutoras, onde ocorrerá formação óssea após reabsorção
parcial. (BORJA & MNAYMNEH, 1985. HEAD, et. al. 1987).
Este mesmo fenômeno reparador não acontece com enxertos homólogos, em
que somente a cortical se revasculariza e participa na formação do calo ósseo. Quando
comparados a enxertos autólogos, os enxertos homólogos apresentam capacidade de
revascularização mais lenta e a união entre receptor e enxerto é obtido de forma
consistente, porém não uniforme. (BROWN & CRUES, 1982).
2.3 ENXERTO HOMÓLOGO DE BANCO DE TECIDOS MÚSCULOESQUELÉTICO
Já os transplantes de banco de osso surgiram da necessidade de tratar os
pacientes com grande deficiência óssea, reduzir os índices de morbidade, reduzir o
tempo de cirurgia e anestesia, menos perda sangüínea e as complicações relativas ao
local de doação. Sendo que as desvantagens deste tipo de enxerto são: o risco de
15
transmissão de doença, reação imunológica, taxas de infecções e homoenxerto
contaminado, por isso deve-se avaliar bem o risco/benefício deste tipo de enxerto.
A base científica dos transplantes ósseos foi estabelecida por Ollier (1867), na
metade do século XIX, onde ele estudou as propriedades osteogênicas do osso. Albee
em 1912, inicio o armazenamento de tecido ósseo em ambientes refrigerados. E apartir
de 1985, consegui-se ver a influência benéfica do frio na preservação dos tecidos ósseos
relatado por Friedlander (1985).
O Brasil atualmente tem um bom programa de transplantes de órgãos e tecidos,
desde fevereiro de 1997 quando foi aprovada a lei n° 9.434/97 (Brasil, 1997) que dispõe
a remoção de órgãos, tecidos e parte do corpo humano para fins de transplante e
tratamento (portaria 304-16/02/00).
A forma de armazenamento vai depender do tipo de tecido músculo-esquelético
que o banco tem:
- Congelamento em baixas temperaturas (< 70°C negativos): indicado para a maioria
dos procedimentos ortopédicos.
- Congelamento a seco: Semelhante ao anterior usado também para ligamentos.
- Criopreservação : Especialmente para meniscos ligamentos e cartilagens.
- Desmineralizados: Somente para osso e principalmente experiências com
osteoindução. (RONDINELLI, et. al., 1994).
2.3.1 BIOLOGIA ENXERTO HOMÓLOGO DE BANCO DE TECIDOS
MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Após a enxertia óssea, sucede-se uma série de processos histológicos. Inicia-se
uma resposta inflamatória ao redor do enxerto, com invasão de macrófagos. Estes são
encarregados da eliminação de detritos necróticos. Em seguida, surge invasão de células
mesenquimais e crescimento capilar dentro dos espaços medulares e canais haversianos.
O processo de osteólise é continuado e simultaneamente as células mesenquimais
diferenciam-se em osteoblastos, que irão se localizar na superfície do enxerto e nas
paredes dos canais haversianos alargados. Os osteoblastos são os responsáveis pelo
processo de osteogênese, que progressivamente substitui o osso necrótico enxertado por
trabéculas de osso vivo. Finalmente, os espaços medulares são repovoados por células
medulares. Os enxertos corticais autólogos servem como um arcabouço com
16
propriedades osteocondutoras e osteoindutoras, onde ocorrerá formação óssea após
reabsorção parcial. Este mesmo fenômeno reparador não acontece com enxertos
homólogos, em que somente a cortical se revasculariza e participa na formação do calo
ósseo. (RONDINELLI, et. al., 1994).
2.3.2 DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE O ENXERTO AUTÓLOGO E O
HOMÓLOGO:
Autólogo
Homólogo
Não Apresenta
Pode Apresentar
_
+
Apresenta
Não Apresenta
+
_
Apresenta
Apresenta
+
+
Apresenta
Apresenta
++
+-
Consolidação
Rápida
Lenta
Morbidade na área doadora
Possível
Nenhuma
Quantidade
Limitada
Ilimitada
Risco de transmissão de
doenças
Nenhuma
Possível
Imunogenicidade
Osteogênese
Osteocondução
Osteoindução
(RONDINELLI, et. al. 1994)
17
2.4 PROTOCOLO DE EXIGÊNCIAS ESPECÍFICAS PARA AUTORIZAÇÃO
DE FUNCIONAMENTO DOS BANCOS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
Portaria GM/MS n.º 1686 em 20 de setembro de 2002.
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições legais, considerando
as disposições contidas no item II do Artigo 4º e nos Artigos 8º e 20 do Decreto n.º
2.268, de 30 de junho de 1997, que regulamenta a Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de
1997 para o funcionamento dos Bancos de tecidos músculo-esquelético.
Segundo a determinação do Ministério da Saúde, entende-se por Banco de
tecidos músculo-esqueléticos o serviço que, com instalações físicas, equipamentos,
recursos humanos e técnicas adequadas, seja destinado à captação, triagem clínica,
laboratorial e sorológica, coleta, identificação, processamento, estocagem e distribuição
de tecido músculo-esquelético de procedência humana para fins terapêuticos ou de
pesquisa.
T o d o s o s ba n c o s d e tecidos músculo-esqueléticos existentes no território
nacional tanto aqueles que prestem serviços exclusivamente ao setor privado quanto
aqueles que prestem serviços, mediante cadastro, ao Sistema Único de Saúde, somente
podem funcionar legalmente se forem, previamente autorizados pelo Sistema Nacional
de Transplantes. Assim, o Responsável Técnico pelo Banco que pretenda entrar em
funcionamento deve consultar e cumprir normas junto ao gestor do SUS.
Atualmente, seis (6) bancos de tecidos músculo-esquelético são autorizados pelo
Ministério da Saúde, para funcionamento no país:
INTO – Instituto Nacional de Traumato e Ortopedia – RJ
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo – SP
Hospital Universitário de Marília – Marília –SP
Irmandade Santa Casa Misericórdia de São Paulo – SP
Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná Curitiba – PR
Associação Hospitalar São Vicente de Paulo – Passo Fundo – RS. (SCHLINDWEIN,
2007).
18
2.4.1
EQUIPE TÉCNICA E ÁREA FÍSICA DO BANCO DE TECIDOS
MÚSCULO-ESQUELÉTICO
Equipe Técnica
Para executar suas atividades, o banco deve contar com uma equipe técnica para
atividades internas e uma equipe técnica para captação, ambas com técnicos
devidamente capacitados para a execução de suas tarefas, sendo:
Um diretor técnico – médico que possua treinamento formal em operação de
banco de tecidos ou similar reconhecido nacional ou internacionalmente, com
habilitação para coordenar (seleção, captação, processamento, distribuição e controles
de qualidade de tecidos músculo-esqueléticos).
Um assessor técnico na área de tecidos músculo-esqueléticos - médico com
experiência comprovada na área de transplante de tecidos músculo-esquelético,
responsável em subsidiar o Diretor Técnico quanto às características necessárias aos
produtos do Banco e assessorar aos usuários quanto à melhor forma de utilização dos
tecidos.
Um profissional na área biomédica com treinamento para execução das
atividades concernentes ao processamento, armazenamento e outras rotinas relacionadas
ao banco de tecidos músculo-esquelético;
Um profissional para as tarefas administrativas.
Equipe Técnica de Captação
Esta equipe é responsável, diuturnamente, pelas atividades relativas à etapa cirúrgica do
processo, desde a captação até a entrega do tecido músculo-esquelético, sendo:
Dois médicos, com treinamento específico para esta atividade, responsáveis por
todo o processo de captação.
19
Dois profissionais da área biomédica, com treinamento específico para todo o
processo de captação.
Instalações Físicas
As instalações do Banco de Tecidos devem ser de uso exclusivo do mesmo, com
salas contíguas e construídas de forma a permitir a limpeza e manutenção adequadas,
bem como garantir a qualidade dos tecidos em todas as fases do processo.
Área de Recepção de Tecidos
É a área destinada à recepção inicial dos tecidos imediatamente após sua
captação. Deve ser provida de congelador que atinja temperaturas iguais ou menores
que 20° C negativos para recepção dos materiais. Os materiais podem permanecer nesta
área de estocagem por no máximo 05 (cinco) dias, quando então devem ser devidamente
identificados e transferidos para os ultra-congeladores e refrigeradores pertinentes
localizados na área de armazenamento de tecidos.
Área de Armazenamento dos Tecidos
É a área destinada ao armazenamento de tecidos em quarentena (aguardando
processamento, ou pós-processamento, mas não liberados para uso) câmara de
ultracongelamento para armazenamento, exclusivo de tecidos em quarentena ou não
liberados para uso, provida de alarme de temperatura para variações acima de 10°C e
com suporte para falha elétrica (dióxido de carbono (CO²) ou gerador próprio), que
mantenha os tecidos em temperaturas monitoradas inferiores ou iguais a 80°C
negativos.
Câmara de ultracongelamento para armazenamento exclusivo de tecidos
liberados para uso, provida de alarme de temperatura para variações acima de 10 graus e
com suporte para falha elétrica (dióxido de carbono (CO²) ou gerador próprio), que
mantenha os tecidos em temperaturas monitoradas inferiores ou iguais a 80°C
negativos.
20
Área de Processamento de Tecidos
É a área destinada ao processamento do tecido músculo-esquelético, construída
de acordo com os padrões de acabamento exigidos para salas cirúrgicas, com
condicionamento do ar ambiente assegurando classificação mínima classe 10.000, e
contendo, em seu interior, área para o manuseio dos tecidos, com fluxo laminar e filtros
que garantam qualidade de ar na classificação classe 100.
Área Administrativa
É a área adequada aos trabalhos de secretaria, destinada à recepção e distribuição
de material, registro, arquivamento de documentos e pesquisa de dados.
2.4.2
ROTINAS
PARA
CAPTAÇÃO,
ABLAÇÃO,
TRANSPORTE,
PROCESSAMENTO, ESTOCAGEM, DISPONIBILIZAÇÃO E CONTROLE DA
QUALIDADE DOS TECIDOS MÚSCÚLO-ESQUELÉTICOS
O Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos deve possuir Manual de
Procedimentos que de forma detalhada a rotina de procedimentos utilizados pelo Banco.
Devem estar descritos os seguintes protocolos:
1- Protocolo de Triagem
1.1 - Anamnese com Doador
Deve ser realizada anamnese do doador vivo, ou com familiares, quando doador
cadáver, abordando os seguintes itens, que quando encontrados excluem a doação:
A - Ingestão de substâncias tóxicas ou drogas ilícitas;
B - Comportamentos ou situações que incluam nos doze meses precedentes:
a - homens e/ou mulheres que tenham tido sexo em troca de dinheiro ou de
drogas, e os parceiros sexuais destas pessoas;
b - homens e/ou mulheres que tenham tido múltiplos parceiros sexuais;
c - homens que tiveram relações sexuais com outros homens e as parceiras
sexuais destes;
21
d - pessoas que tenham tido relação sexual com alguém com uma prova positiva
para vírus da imunodeficiência humana (HIV), Hepatite B, Hepatite C ou outra infecção
transmissível pelo sangue; e pessoas que estiveram detidas em uma instituição
carcerária ou policial;
f - pessoas que se submeteram a acupuntura, tatuagens, maquilagem definitiva e
adereços corporais, se realizados ou retocados em intervalo inferior a 12 meses da
doação;
g - pessoas sejam parceiros sexuais de hemodialisados e de pacientes com
história de transfusão sanguínea;
h - Neoplasias malignas;
i - Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA);
j - Doenças auto- imunes;
k - Enfermidades neurológicas degenerativas e debilitantes;
l - Insuficiência renal crônica;
m - Tuberculose ativa ou passada;
n - Doenças sexualmente transmissíveis;
o - Doenças osteometabólicas;
p - Grandes queimaduras;
q - Malária: doença ou residência em área endêmica nos últimos 36 meses;
r - Doenças de etiologia desconhecida;
s - Tratamento com hormônio de crescimento derivado de pituitária humana;
t - Transplante de duramater ou córnea;
u - Tratamento com radioterapia ou quimioterapia;
v - Cirurgias ortopédicas prévias na região da ablação;
x - Cirurgias por causa não definida;
z - Biópsia prévia em suspeita de tumor músculo-esqulético;
aa - Morte de causa desconhecida;
bb - Uso crônico de corticosteróides;
cc - Infecção bacteriana e fúngica diagnosticada no curso da internação
hospitalar;
dd - Imunizações:
- inaptidão por 24 horas: toxóides ou vacinas por germes mortos (difteria, tétano,
cólera, tifo, coqueluche, poliomielite e hepatite B não derivada do plasma);
22
- inaptidão por 2 semanas: soros de origem animal ou vacinas a vírus atenuadas
(sarampo, parotidite e febre amarela);
- inaptidão por 1(um) mês: rubéola;
- inaptidão por 1(um) ano: vacinas em fase experimental, globulina hiperimune
para hepatite B, vacina contra raiva (com antecedente de mordedura de animal raivoso),
imunizações passivas.
ee - História de transfusão de hemoderivados em prazo inferior a 12 meses da
doação;
ff - História de exposição ou acidentes nos últimos doze meses com sangue
suspeito ou confirmado sorologicamente para vírus da imunodeficiência humana (HIV),
Hepatite C ou Hepatite B;
gg - Hemofílicos que tenham recebido hemoderivados em prazo inferior a 12
meses da doação e seus parceiros sexuais recentes;
hh - Hemodiálise crônica
C - Idade Limite do Doador:
a - Para tecido ósseo:
- Menor de 10 anos;
- Maior de 70 anos
1.1 - Exame Físico do Doador
A presença de um ou mais itens abaixo deve merecer investigação complementar
apurada e na ausência de dados objetivos, são excludentes para a doação:
a - Lesões de pele com características que sugiram doenças sexualmente
transmissível ou malignas;
b - Tatuagens, sinais de uso de adereços corporais, maquilagem definitiva;
c - Cicatrizes anteriores ao evento e da captação de órgãos;
d - Lesões sugestivas de doenças sexualmente transmissíveis na genitália ou
região perianal;
e - Lesões puntiformes causadas por agulhas ou e sugestivas de uso de drogas
ilícitas;
f - Icterícia;
g - Hepatomegalia;
h - Linfoadenopatia difusa;
i - Lesões cutâneas violáceas sugestivas de Sarcoma de Kaposi;
1.2 - Rotina Laboratorial
23
Devem ser colhidos 20ml de sangue do provável doador para realização dos
seguintes exames:
a - Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) teste para identificação de
pacientes com sífilis;
b - testes de amplificação e detecção de ácidos nucléicos, para vírus da
imunodeficiência humana (HIV);
c - Pesquisa de doença de Chagas;
d - Toxoplasmose;
e- Citomegalovírus (CMV).
Os exames sorológicos devem ser repetidos após 180 (cento e oitenta) dias em
doadores vivos. A não realização destes exames implica na exclusão do tecido para
transplante.
O soro de um doador deve ser armazenado em congelador a 20°C negativos, por
no mínimo 2 anos. O resultado positivo das sorologias acima excluem a doação, exceto
a pesquisa de Citomegalovírus (CMV) e Toxoplasmose;
Os exames sorológicos para Citomegalovírus (CMV) e Toxoplasmose quando
positivos contra- indicam o uso de tais tecidos em pacientes com imunossupressão
documentada.
2 - Ablação dos Tecidos
A ablação deverá ser realizada pela equipe de retirada do Banco de Tecidos
Músculo-esquelético ou por outra equipe de retirada de tecidos músculo-esqueléticos
devidamente treinada e autorizada pelo Banco. O aceite deste material para
processamento é responsabilidade do Banco.
A ablação dos tecidos músculo-esqueléticos somente pode ser realizada até 12
horas depois de parada cardíaca ou até 24 horas se o cadáver for refrigerado dentro de
06 horas após a parada cardíaca.
A ablação deve ser realizada em ambiente que permita a técnica de assepsia e
antisepsia pertinente a um ato operatório para ablação dos tecidos músculo-esqueléticos,
utilizando instrumentais cirúrgicos estéreis.
Os tecidos músculo-esqueléticos podem ser submetidos à lavagem com solução
antibiótica após colhidas as amostras para exames microbiológicos para patógenos
aeróbicos, anaeróbicos e fungos (esfregaços ou lavados).
3 - Empacotamento Pós-Ablação
24
As peças a serem congeladas devem ser acondicionadas imediatamente em
embalagens plásticas triplas, seladas uma a uma, que suportem ultracongelamento e
esterilização e que sejam registrados ou autorizados pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA).
Os tecidos a serem refrigerados devem ser acondicionados imediatamente em
recipientes duplos contendo solução salina fisiológica ou nutriente e de antibióticos.
Cada unidade de embalagem deverá ser identificada com etiqueta irretocável
contendo o número, conferido ao doador, único e emitido pelo Banco, e a completa
identificação do tecido, data de retirada e data de validade.
4 - Reconstrução do Corpo do Doador
É obrigatória a reconstrução do corpo do doador. Neste trabalho devem ser
utilizados materiais sintéticos ou biológicos que se aproximem da anatomia prévia à
doação.
As vias de acesso deverão ser fechadas meticulosamente.
5 - Transporte dos Tecidos até o Banco de Tecidos Músculo-Esqueléticos.
Os tecidos devem ser transportados em recipientes térmicos identificados como
pertencentes ao Banco e exclusivos para esta finalidade. Devem conter gelo, gelo seco
ou nitrogênio líquido, de forma a garantir a manutenção de temperaturas inferiores ou
iguais a 4°C positivos.
O tempo máximo entre a coleta do material e o início de seu processamento não
deve ultrapassar 05 (cinco) dias.
6 - Exame Bacteriológico e Fúngico
Deve ser realizado por esfregaço de varredura em toda a superfície do enxerto e
líquido do lavado do tecido O material deve ser submetido à cultura de germes
aeróbicos, anaeróbicos e fungos.
A positividade do exame bacteriológico deve ser analisada pelo responsável
técnico do Banco, a fim de determinar se o microorganismo possui patogenicidade que
inviabilize a utilização do tecido para o transplante e leve, assim, ao descarte, ou se está
indicado processo de esterilização complementar.
7 - Exame Radiológico
Os segmentos osteoarticulares e ossos longos mantidos como tal para futuro
transplante devem ser submetidos a exames radiológicos para mensuração e diagnóstico
de anomalias estruturais.
25
Os exames radiológicos devem ser arquivados fisicamente ou digitalizados e
mantidos por no mínimo 25 anos.
8 - Recepção dos Tecidos Músculo- Esqueléticos no Banco
Deve ser realizada checagem das condições e qualidade dos tecidos
transportados.
Deve ser realizado registro lógico de entrada de tecidos músculo-esqueléticos,
criando prontuário único e seqüencial para cada doador
Os tecidos devem ser armazenados na área de recebimento nos ultracongeladores e refrigeradores pertinentes, por período máximo de 05 (cinco) dias.
9 - Armazenamento
Os tecidos congelados, com ou sem criopreservantes, em quarentena, ou
processados e não liberados para uso, devem ser armazenados em ultracongeladores
identificados como de “TECIDOS DE USO NÃO LIBERADO”, e que atinjam
temperaturas inferiores ou iguais a 80°C negativos, com sistema de alarme para
variações de temperatura acima de 10°C e suporte para falhas elétricas (dióxido de
carbono (CO²) ou gerador).
Os tecidos congelados, com ou sem criopreservantes, liberados para uso, devem
ser armazenados em ultracongeladores identificados como “TECIDOS LIBERADOS”
que atinjam temperaturas inferiores ou iguais a 80° C negativos, com sistema de alarme
para variações de temperatura acima de 10°C e suporte para falhas elétricas (dióxido de
carbono (CO²) ou gerador), exclusivos para esta finalidade
Os tecidos refrigerados em quarentena ou processados mas não liberados para
uso, devem ser estocados em 01 (um) refrigerador identificado como “TECIDOS DE
USO NÃO LIBERADO” que atinja temperaturas entre + 4°C / - 2°C com alarme ou
conferência de temperatura a cada 12 horas de temperatura para variações acima de
5°C, com suporte para falhas elétricas (dióxido de carbono (CO²) ou gerador).
Os tecidos refrigerados liberados para uso, devem ser estocados em 01 (um)
refrigerador identificado como “TECIDOS LIBERADOS” que atinja temperaturas entre
+ 4°C / - 2°C com alarme ou conferência de temperatura a cada 12 horas de temperatura
para variações acima de 5°C com suporte para falhas elétricas (dióxido de carbono
(CO²) ou gerador).
Deve existir registro lógico da localização dos tecidos dentro dos
ultracongeladores e dos refrigeradores.
26
A temperatura dos ultracongeladores e refrigeradores deve ser registrada no
mínimo duas vezes ao dia, com intervalo máximo de doze horas entre os registros.
10 - Processamento
Os métodos utilizados pelo banco para o processamento dos vários tecidos
ósteocondro- fáscio- ligamentares devem estar baseados em experiência nacional ou
internacional documentada. Novos métodos devem ter sua eficácia devidamente
comprovada “in vitro” no sentido de manter a integridade biológica dos materiais e “in
vivo” quanto às características desejadas como transplante ou implante.
Os tecidos músculo-esqueléticos de um único doador devem ser processados
isoladamente, não sendo permitido o processamento simultâneo de mais de um doador.
A esqueletização deve ser realizada dentro do espaço privativo do banco em
ambiente controlado e classificado como classe 100 (Organização Internacional para
Padronização ISO 5), dentro de rigorosas técnicas de assepsia.
Os tecidos músculo-esqueléticos podem ser processados de diversas formas
como moído, cubos bicorticais, cubos tricorticais, réguas, segmentos e outros.
Todas as etapas e insumos utilizados nos processos realizados devem ser
registrados e estes dados anexados à documentação do doador.
11 - Esterilização Complementar
Os Bancos de Tecidos Músculo-esqueléticos têm a opção de lançar mão de
técnicas de esterilização complementar homologadas, tais como: o óxido de etileno e a
irradiação gama em centros especializados. Métodos físicos (calor) e químicos para
enxertos com resultado positivo da cultura ou rotineiramente.
Os tecidos provenientes de doadores com sorologia positiva descrita acima, com
espécies radiorresistentes, e contaminações exageradas com agentes patogênicos, devem
ser desprezados.
A dose de irradiação gama deve ser validada para a proposta de esterilização
(SAL 10-6) pelo centro irradiador.
No caso de agentes físicos ou químicos, o processo de esterilização deve ser
documentado e ter sua eficiência comprovada .
12 - Empacotamento Pós-Processamento
Os tecidos músculo-esqueléticos de um único doador devem ser embalados
isoladamente, não sendo permitido o processamento simultâneo de mais de um doador.
27
O empacotamento deve ser realizado dentro do espaço privativo do banco, em
ambiente controlado e classificado como classe 100 (Organização Internacional para
Padronização ISO 5), dentro de rigorosas técnicas de assepsia.
Todas as etapas e insumos utilizados nos processos realizados devem ser
registradas, gerando lotes e itens. Estes dados devem ser anexados à documentação do
doador.
As peças devem ser acondicionadas em embalagens plásticas e/ou de vidro,
triplas, estéreis, seladas uma a uma, que suportem ultracongelamento e esterilização,
quando indicado pelo produto. Estas embalagens devem assegurar a integridade e
manter a esterilidade de seu conteúdo, até o uso do material dentro de seu prazo de
validade, e ser registradas ou autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitário
(ANVISA).
Entre a embalagem mais externa e a intermediária deve ser colocada a etiqueta,
com códigos de barra, contendo as seguintes informações:
a - Nome e endereço do Banco de Tecidos Músculo-esqueléticos;
b - Código do Doador, sem a identificação nominal;
c - Lote de produto pertencente e item;
d - Prazo de validade;
e - Característica de processamento:
- Fresco;
- Congelado;
- Criopreservado;
- Liofilizado;
- Glicerol - mínimo 85%
a - Exposição a produtos químicos residuais em potencial;
- antibióticos (especificar);
- óxido de etileno;
- dimetil dulfoxido;
- outros
b - Método de esterilização complementar (quando aplicável):
- radiação gama;
- óxido de etileno;
- outros
c - Formato para tecido ósseo:
28
- Particulado;
- Cubos bicorticais;
- Cubos tricorticais;
- Réguas;
- Segmento;
- Outros
d - Medidas do tecido (quando aplicável);
e - Condições recomendadas para estocagem até o uso
- Refrigeração;
- Congelador;
- Ar ambiente
f - A distribuição do material deverá ser acompanhada de instruções técnicas,
com informações sobre a adequada utilização dos tecidos músculo-esqueléticos, que
deve descrever:
- informações como o tecido deve ser armazenado e/ou manipulado antes de seu
transplante;
- instruções especiais sobre sua utilização;
- a responsabilidade do médico transplantador em notificar ao receptor do
transplante a ser realizado;
- a responsabilidade do médico transplantador em enviar os dados completos do
receptor para o banco emissor em até 48 horas;
- indicações e contra- indicações de uso, inclusive os possíveis riscos biológicos
presentes no material (contaminantes, contato com alergenos, etc.);
- instruções para descarte como lixo biológico de qualquer material não utilizado
para o transplante. O tecido será emitido para uso único em apenas um receptor.
13 - Estocagem de Tecidos Processados e Liberados
Os tecidos ósseos devem ser armazenados a temperatura igual ou inferior a 80°C
negativos por período máximo de 5 anos. Caso a temperatura de armazenamento seja
entre 20°C e 40°C negativos, o tempo de armazenamento deve ser de no máximo 6
meses. Quedas de temperaturas transitórias por período inferior a 12 horas não
inviabilizam os tecidos ósseos.
Os tecidos ósseos liofilizados podem ser armazenados a temperatura ambiente
por período de 5 anos.
29
Deve existir registro lógico da localização dos tecidos dentro do ultracongelador
e do refrigerador.
A temperatura dos ultracongeladores deve ser registrada no mínimo duas vezes
ao dia, com intervalo máximo de doze horas entre os registros.
A temperatura dos refrigeradores deve ser registrada no mínimo duas vezes ao
dia, com intervalo máximo de doze horas entre os registros.
14 - Disponibilização dos Tecidos Músculo-Esqueléticos
Deve existir programa de controle de qualidade que assegure e comprove a
ausência de patógenos nos tecidos processados e embalados previamente à sua
liberação.
O transporte até o local de utilização deve ser realizado de maneira a assegurar
sua integridade e qualidade.
Os tecidos depois de acondicionados devem ser considerados viáveis se
transportados em recipientes térmicos que assegurem as temperaturas desejadas durante
o período de transporte.
Os tecidos disponibilizados não podem ser reestocados, devendo ser
desprezados.
É de responsabilidade da equipe transplantadora a notificação compulsória ao
banco até 48 horas após o transplante, de todas as informações relativas ao receptor.
É de responsabilidade do banco anexar estes dados ao registro e prontuário do
doador e comunicá-los à Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos em
relatórios periódicos.
15 - Controle de Qualidade
O banco deve desenvolver um programa de controle de qualidade dos tecidos
músculo-esqueléticos que inclua entre outros, registros completos desde a captação até a
distribuição dos tecidos, manuais de procedimentos, propostas de monitoração
ambiental, das temperaturas de ultra-congeladores e refrigeradores, da manutenção de
equipamentos, dos insumos utilizados, efeitos adversos, sistemas de recolhimento e
descarte de materiais impróprios para uso.
Todo tecido músculo-esquelético transplantado deve ter registro lógico que
possibilite seu rastreamento a qualquer momento.
Deve existir sistema de notificação ao Central de Notificação Captação e
Distribuição de Órgãos para a ocorrência de efeitos adversos após o transplante.
16 - Destino dos Tecidos Músculo-Esquelético
30
Os tecidos músculo-esqueléticos com prazo de validade vencido devem ser
desprezados de acordo com as normas vigentes referentes ao lixo hospitalar.
Os tecidos músculo-esqueléticos invalidados por exames laboratoriais e
radiológicos devem ser desprezados de acordo com as normas vigentes referentes ao
lixo hospitalar.
A Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos deve ser notificada
compulsoriamente de todo tecido músculo-esqulético desprezado.
31
3 DISCUSSÃO
A compreensão da relevância, necessidade e emprego da enxertia óssea é bem
estabelecida na literatura médica à décadas como enfatizam Van Meeken, (1682);
V o l p o n e Costa, (2000). O procedimento de transplantação tecidual surgiu da
necessidade clínica de tratamento de mutilações e perdas teciduais, com emprego de
técnicas de obtenção homóloga, que acarretam até os dias atuais dificuldades tanto de
técnica como de custos. (HEAD, et. al. 1987).
As reações teciduais nos enxertos são determinadas clínica e histologicamente
através de estudos conduzidos que revelaram e conceituaram este padrão de
cicatrização. A norma primária de substituição total do enxerto por osso autógeno foi
proposta por Barth (1893), enquanto Phemister (1914), enfatizou a nutrição difusional
do leito receptor, bem como na quimiotaxia promovida pelas células remanescentes.
Para Fazili, et. al. (1978), a carga e o estímulo sobre o leito ósseo enxertado são
fundamentais para diminuir a reabsorção tardia.
Classificados em medular e cortical conforme sua densidade, vascularização e
oferta celular, bem como suporte mecânico, os enxertos conforme Weigel (1996), tem
diferentes morfologias.
Imunogeneticamente conforme Alexander (1987), os enxertos se dividem
autógenos, homógenos e xenógenos respectivamente de indivíduos de mesma espécie e
de espécie diferentes. Os processos de revascularização e reparação são contemplados
conforme a origem óssea, segundo Bloomberg, et. al.(1984), sendo que nos autógenos,
os problemas de cirurgia adicional e tempo operatório são obstáculos, bem como a
quantidade física necessária de osso, mecânica, custo, lesão vascular, nervosa,
hematomas, deformidades, dor crônica e aguda.(FRIEDLAENDER 1983; BRAZAITIS,
et. al. 1994; DEFINO et. al. 1998).
A compatibilidade gênica, a presença de grandes falhas e defeitos, facilidade de
obtenção, sem necessidade de cirurgia em áreas doadoras indicam o enxerto homógeno
como alternativa viável e previsível, sendo que a não compatibilidade genética dos
enxertos xenógenos pode ser um procedimento importante. (ALEXANDER 1987,
MANKIN et. al. 1983).
O resultado final adequado da enxertia óssea em qualidade e volume é melhor
obtido com material autógeno ou homólogo, pois ambos promovem osteoindução, mas
32
com indiscutível superioridade do primeiro, pela osteogenicidade e osteocondução,
respectivamente por células viáveis presentes e facilidade na revascularização
(STEPHAN, et. al., 1999).
A limitação quantitativa de áreas ósseas em enxertos autógenos leva ao emprego
de tecidos ósseos homólogos e heterólogos como o osso bovino pela facilidade de
obtenção e disponibilidade, com composição, química, tamanho, porosidade, forma e
fisiologia semelhante ao tecido humano. (STEPHAN et. al., 1999). Com suporte, aporte
cálcico e de fosfato, bem como osteocondução satisfatórias. (DAMIEN & PARSONS,
1991).
São fundamentais a revascularização e origem óssea para neoformação tecidual,
com consolidação satisfatória, clinica e radiográfica superiores no osso medular com
restituição tecidual do organismo. Filho (2007). Processo este orientado e promovido
pelos osteoblastos viáveis produzindo osteóide inicial, no enxerto utilizado como “guia”
para cicatrização (MISCH, 2000). A eliminação de detritos necróticos, invasão
mesenquimal, eliminação de tecidos inviáveis e osteogênese são responsáveis pela
cicatrização com repovoamento da medular por células ósseas e vasos, ocorrendo isto
mais lentamente no tecido ósseo homólogo, sobretudo a revascularização
(FRIEDLAENDER, MANKIN 1981; BORJA & MNAYMNEH 1985; BROWN &
CRUES, 1982).
A transplantação de banco de osso surgiu da necessidade de tratamento de
grandes deficiências ósseas, evitando cirurgia, anestesia, menor alteração volêmica e
complicações doadoras. Os riscos de infecção, infecção cruzada, imunogenicidade e
contaminação podem contra-indicar estes enxertos. O embasamento científico e
armazenamento refrigerado a muito foi estabelecido com sucesso (OLLIER, 1967;
ALBEE, 1912; FRIEDLAENDER ,1985).
Biologicamente o enxerto homólogo congelado de banco promove uma
cicatrização semelhante ao autógeno, mas com fase inflamatória inicial mais extensa
eliminação de áreas necróticas mais alongada e neoformação óssea mais lenta
(FRIEDLAENDER, MANKIN, 1981).
No Brasil, o programa de armazenamento aprovado em fevereiro 1997
normatiza as condições de captação armazenagem, transporte, processamento,
disponibilização controle e ablação dos tecidos músculo – esqueletais em banco de
hospitais aprovados e credenciados. Conforme o tipo de tecidos armazenados se dará a
33
rotina do banco, onde poucas variáveis ocorrem entre as instituições credenciadas no
país. (BRASIL, 1997).
A estrutura hospitalar deve contemplar uma equipe técnica de administração,
gestão, captação e instalações físicas compatíveis.
Conforme o manual de procedimentos para bancos de tecidos músculoesqueléticos, o protocolo deve abranger: triagem, anamnese do doador, rastreamento,
destino dos tecidos, notificação de captação e distribuição.
As condutas preconizadas pelo ministério da saúde são seguidas, mas entre as
instituições hospitalares existem pequenas variações, na manipulação, proteção à
infecção, armazenagem, antibióticoterapia e esterilização, que parecem não influenciar
significativamente no resultado somente o aspecto osteoindutor pode ser alterado e em
menor grau o volume resultante do enxerto. (PORTARIA, GM/MS n.º 1686 em 20 de
setembro de 2002).
34
4 CONCLUSÃO
Conforme a bibliografia revisada:
1
A incorporação histológica de material ósseo de banco de tecidos
credenciados é previsível e clinicamente viável, o que é atestado pela prática médica
há décadas. Com a supressão dos eventos primários de osteogênese, osteoindução,
ficando a priori a osteocondução como mecanismo único apartir do material
enxertado e do organismo receptor, os resultados qualitativos teciduais locais podem
e devem merecer maior atenção, para finalidade da enxertia.
2
As instituições credenciadas para o fornecimento de biomaterial homólogo de
enxertia óssea humana, atendem os quesitos do ministério da saúde, podendo suprir
as necessidades clínicas em enxertia oral e maxilo-facial em termos de
confiabilidade e previsão histológica, mesmo com pequenas variante em seus
protocolos de processamento e guarda biotecidual.
35
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