VI Encontro Nacional da Anppas
18 a 21 de setembro de 2012
Belém – PA – Brasil
Políticas públicas para preservação ambiental: a comunidade
da Ilha de Deus, Recife, PE.
Vilane Gonçalves Sales(UFRPE)
Estudante do curso de Ciências Econômicas
[email protected]
Elida Lourenço de Lima(UFRPE)
Estudante do curso de Ciências Econômicas
[email protected]
Jomar Muniz(UFRPE)
Estudante do curso de Ciências Econômicas
[email protected]
Everton Pardim(UFRPE)
Estudante do curso de Ciências Econômicas
[email protected]
Mauro Luciano Povoas Souto(SUDENE)
Engenheiro Agrônomo, Técnico da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
[email protected]
Introdução
Desde o início, a maior parte da concentração urbana brasileira se localiza na zona costeira já
que este espaço se mostra adequado à implantação e desenvolvimento de cidades, portos, plantações e
outros tipos de intervenções. Contudo, essa ocupação contribuiu e, ainda contribui para a degradação
dos ecossistemas que constituem a paisagem litorânea, dentre elas, as áreas dos manguezais. Nessas
áreas, o desafio de um desenvolvimento sustentável está em como conciliar essa expansão urbana com
a conservação e o uso sustentável e, consequentemente, na problemática da poluição que muito tem
afetado o ambiente e as comunidades que usufruem dos mangues (FERREIRA, 2011).
Dentro desse contexto, encontra-se a Ilha de Deus que é uma área localizada entre os rios
Jordão, Tejipió e Sto. Antônio, em região de mangues, em Recife/PE. A ocupação populacional se iniciou
em meados dos anos 1950, quando o ambiente era sadio e as condições de saneamento eram
favoráveis à pesca de peixes e crustáceos, o que lhes garantia a subsistência e o acesso à alimentação
adequada. A partir dos anos oitenta, a poluição local e em seu entorno tornou-se crônica, afetando
intensamente os moradores. Observa-se então que os problemas ambientais estão modificando o
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ambiente natural e humano em geral e, as famílias da comunidade da Ilha de Deus estão cada vez mais
sentindo a incapacidade da natureza de processar todos os resíduos que são jogados no meio ambiente
(FERREIRA, 2011).
Objetivos
O objetivo geral desta pesquisa é, então, investigar a existência de políticas públicas referentes a
preservação do bioma para a comunidade costeira da Ilha de Deus. Com este intuito, é necessário
investigar as teorias existentes que dão respaldo ao tema da pesquisa; revisar a literatura, em termos de
trabalhos de pesquisa e contribuições técnicas existentes sobre a área em estudo.
Materiais e métodos
Foram utilizados, para tal propósito, materiais de natureza teórica e empírica. Trabalhos de
fontes primárias e secundárias (FERREIRA, Bruno M. Os impactos da poluição sobre a saúde ambiental e
social da população da ilha de deus no Recife. Recife, 2011.), (GALINDO E FERREIRA IRMÃO, 2011. Os
impactos da poluição sobre a saúde social e ambiental da população da Ilha de Deus em Recife. In:
VALLEJO, Fábio (organizador). Saberes Tradicionales. Editora Gente Nueva, Colômbia, 2011) para a
análise teórica. Para a análise empírica, foram coletados dados dispostos em trabalhos publicados sobre
o tema escolhido.
Resultados e discussão
Comumente, entende-se que políticas públicas são um agrupamento de ações e decisões do
governo, voltadas para solucionar os problemas de uma sociedade, esta idealizada no conceito que
envolva os elementos naturais e artificiais. O meio ambiente, por sua vez, é o conjunto dos elementos
físico-químicos, ecossistemas naturais e sociais em que se insere o homem, individual e socialmente.
Dessa forma, a existência de políticas públicas que envolvam a questão ambiental é necessária.
De acordo com a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente , poluição é a degradação da
qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde,
segurança e o bem-estar da população. Por sua vez, os impactos ambientais decorrem de uma ação
individual ou de um conjunto de atividades humanas realizados em um determinado local.
A paisagem atual da bacia hidrográfica que abrange a comunidade da Ilha de Deus é de intensa
poluição das águas, sendo possível visualizar manchas de óleo, lixo, dejetos sólidos e esgoto na
superfície.
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Reconhecendo que o ecossistema manguezal é uma área de interesse social, econômico,
ecológico e turístico, faz-se necessário uma posição do governo para conter a poluição que atinge as
águas dos mangues e o solo da ilha.
Conclusão
Atualmente, a comunidade da Ilha de Deus passa por algumas mudanças de reforma
habitacional. A obra está dividida espacialmente em três etapas, essa divisão se estabeleceu para que
houvesse uma otimização e uma harmonia no processo de urbanização. Essas mudanças refletem uma
tomada de decisão que trará melhorias indiretamente para o ambiente, já que com as reformas, haverá
tratamento de esgoto, recolhimento de lixos domésticos e o sentimento de inclusão social da
comunidade, no contexto urbano da cidade do Recife.
Nota-se no entanto a necessidade de educar a comunidade para essa nova reforma estrutural.
Apesar da urbanização ser fator crucial, o ambiente precisa ser inserido, por parte das ações do governo,
para que seja preservado. A formação do cidadão precisa perpassar a questão ambiental do seu
entorno. A educação ambiental constitui as bases de uma nova política e, de alguma forma, anunciam
um novo lugar para o debate público sobre a viabilidade e importância dos ecossistemas costeiros.
Vê-se que não se trata apenas de uma educação que vise a melhoria da qualidade de vida da
população mas, trata-se de uma forma de aprendizado em que ele possa ser identificado e caracterizado
com a finalidade de agregar valores sociais e ambientais para a sua comunidade.
Referências Bibliográficas
FERREIRA, Bruno M. Os impactos da poluição sobre a saúde ambiental e social da população da ilha de
deus no Recife. Recife, 2011.
GALINDO E FERREIRA IRMÃO, 2011. Os impactos da poluição sobre a saúde social e ambiental da
população da Ilha de Deus em Recife. In: VALLEJO, Fábio (organizador). Saberes Tradicionales. Editora
Gente Nueva, Colômbia, 2011