Gastos dos esm Turistas e Excursionistas INE publica informação histórica sobre os gastos dos turistas e excursionistas em Portugal O INE publicou no passado dia 31 de julho, um estudo onde apresenta os principais resultados do Inquérito aos Gastos Turísticos Internacionais (IGTI) realizado em 2013. Este inquérito teve por objetivo retomar a obtenção de informação estatística relevante sobre os gastos efetuados por visitantes não residentes no âmbito das suas viagens turísticas, apresentando dados atuais sobre os gastos dos turistas e principalmente, dos excursionistas em Portugal. Relembramos que os últimos dados relativos a excursionistas datam de 2007. Para melhor análise dos dados, apresentamos uma breve explicação dos principais conceitos: Visitante não residente - pessoa que visita um país que não seja o de sua residência, por qualquer motivo, podendo ser excursionista ou turista; Excursionista - Visitante que não pernoita no lugar visitado; Turista - Visitante que permanece, pelo menos, uma noite num alojamento coletivo ou particular no lugar visitado; Viagem turística - Deslocação a um ou mais destinos turísticos, incluindo o regresso ao ponto de partida e abrangendo todo o período de tempo durante o qual uma pessoa permanece fora do seu ambiente habitual. Gasto médio diário per capita (GMDpc) - Gasto médio por visitante tendo em conta a permanência média no país de destino. Gastos em Restaurantes, Cafés e Bares De acordo com os dados apresentados pelo INE, relativamente à rubrica de gastos em “Restaurantes, cafés ou bares” é possível observar que: • A rubrica “Restaurantes, cafés ou bares” é a despesa que mais visitantes declararam ter realizado. Cerca de 88,2% dos visitantes gastaram dinheiro nesta rubrica. Esta percentagem desce para 76,9% nos excursionistas, mas sobe para os 90,1% nos turistas. • Em média, os visitantes gastam 299,62€ por viagem nesta rubrica. Segmentando: o Turistas gastam, em média, 338,23€; o Excursionistas gastam 39,72€; • Considerando o GMDpc por visitante em Restaurantes, Cafés e Bares é de 19,17€, sendo do turista de 19,52€ e o do excursionista 16,81€; • Relativamente aos excursionistas e considerando que passam menos de 24 horas no país, é necessário ter em consideração que o GMDpc tem em consideração a permanência média no país. Daí o GMDpc ser diferente do gasto médio por viagem. 1 Gastos em Alojamento Relativamente à despesa de “Alojamento”, destacamos os seguintes pontos: • De acordo com os dados publicados, esta despesa representa cerca de 14,1% do total dos gastos dos visitantes e 15,9% dos turistas. É ainda indicado que 37,1% dos visitantes declararam ter efetuado esta despesa, subindo para 43,6% quando se trata apenas de turistas. Este dado indica que 56,4% dos turistas não utilizam meio de alojamento coletivo. Estes dados apresentam uma discrepância que aparentemente não faz sentido, na medida em que apenas turistas fazem dormidas e, desta forma, os valores deveriam ser iguais entre visitantes e turistas. O INE não indica nenhuma explicação para esta discrepância, que poderá ser explicada pelos critérios aleatórios da entrevista. A AHRESP vai questionar e analisar estes dados com o INE; • Em termos de valor médio por viagem, verifica-se que os turistas gastam cerca de 682,27€ em alojamento. O GMDpc cifra-se nos 38,10€. Visitantes Não Residentes De acordo com os dados o gasto médio diário dos visitantes não residentes que visitaram Portugal, em 2013, cifrou-se em 100,22€. Desagregando por tipologia de visitante verifica-se que Turistas gastam, em média, 104,23€ e excursionistas gastam 77,17€, por dia. Os visitantes não residentes declararam como principais rubricas de gastos turísticos, atendendo aos gasto médio diário “per capita” (GMDpc): • “Transportes internacionais” (peso de 27,3% no total); • “Pacote turístico” (20,1%); • “Restaurantes, cafés ou bares” (16,9% - 19,17€); • “Alojamento” (14,1% - 38,10€); • No caso específico dos turistas (visitantes com dormidas), as principais rubricas de gastos foram as mesmas mas com expressão relativa mais elevada no “pacote turístico” e no “alojamento” em detrimento dos “transportes internacionais” 2