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CAPA
ao criar pessoas, lugares, momentos e isso é o que
mais me fascina. E ele só precisa da imaginação e uma
caneta, nada mais, não é incrível? Lembro-me de que
no Miraflores também sempre existiu essa preocupação
com a leitura. Acho que é por isso que gosto tanto de
ler e escrever,” completa Marina, que hoje tem uma irmã
que também estuda no Miraflores, chamada Olívia Lima,
no Pré-Escolar II.
Para Fernanda Barreto, que já começou a registrar as
histórias que cria para seu filho Arthur, de 2 anos, a
leitura é uma possibilidade de lazer, mas também
de reflexão, de aquisição de conhecimento. “Ler é o
prazer de descobrir e ter contato com outras culturas,
com universos imaginados, e de compreensão da
própria vida. Na vida profissional, a leitura me levou
ao trabalho com livros, design, ilustração, produção e
diagramação”, conta Fernanda, sócia de uma empresa
de comunicação chamada Ilustrarte, junto com a irmã
Ligia Barreto Gonçalves, também ex-aluna do Miraflores.
Sofia, Manuela e a mãe keyla Viola em momento de
lazer entre os livros
barriga”. Carrega consigo a habilidade de dançar todos
os gêneros musicais. Uma vez descoberta a “anomalia”
e suas habilidades, por sua irmã e amigos, o garoto
percebe que há aceitação, respeito e admiração entre
os colegas. Sentindo-se incluso e feliz da vida, o menino
encarna milhares de crianças e adultos complexados
e chama à reflexão sobre a aceitação do diferente,
de uma maneira quase imperceptível. O que salta às
páginas é uma história alegre e criativa que com texto e
ilustração sublimes invade o consciente e o
subconsciente de crianças e adultos e tem
potencial para se tornar uma experiência
inesquecível na memória do leitor.
Na intenção de estimular ainda mais o hábito da leitura,
as novas experiências e descobertas, este ano o Centro
Educacional Miraflores lançou um novo formato para a
Feira Literária, que acontecia durante uma semana, no 2º
semestre. A partir da XXVI edição o evento passou a se
chamar Festival Literário Miraflores (FLIM), com meses
de duração. O novo formato consiste em ampliar ainda
mais o projeto pedagógico voltado para a motivação da
leitura, para a formação de leitores do futuro. Durante o
ano letivo já aconteceram visitas a editoras, a bibliotecas
e a eventos do setor, com ênfase na recepção de autores
na escola, nas contações de histórias dramatizadas e
no estímulo à criatividade dos alunos leitores, escritores,
ilustradores, atores, diretores... Sempre contemplando
a literatura nos dois idiomas (Inglês e Português).
A escritora Marina Ivo, que já havia
publicado “Guia de ateliês de moda no
Rio de Janeiro”, sempre desejou escrever
um livro infantil. Ela conta que, quando
criança, via seus pais lendo livros grandes
e achava aquela cena linda.
“Minha mãe e meu pai estimularam muito
essa relação com a literatura. O adulto e
a escola exercem um papel fundamental
na formação de crianças e adultos
leitores. O livro é mesmo a oportunidade
de conhecer novos lugares, pessoas
e experimentar sentimentos diferentes
sem sair do lugar. Tenho lembranças de
passagens de livros tão fortes na minha
memória que a sensação é que eu mesma
vivi aquilo, sabe? Confesso que quanto
mais eu leio, mas eu tenho vontade de
escrever e criar histórias. Acho que um
escritor brinca um pouco de ser Deus,
Alunas Manuela Viola (de arco verde no cabelo) e Luisa Sette
visitam, com a turma, a Fundação Casa Lygia Bojunga
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ao criar pessoas, lugares, momentos e isso é o que mais me fascina