4 Cidades - [email protected] Diário de Caxias Anele de Paula [email protected] Não será permitida a entrada do eleitor no local de votação portando celular ou qualquer outro tipo de aparelho eletrônico. O Estado do Maranhão - São Luís, 5 de outubro de 2014 - domingo Cidadania E spero que quando você começar a ler essa coluna de hoje já tenha ido às urnas exercer sua cidadania ou pelo menos já tenha programado o seu horário para fazer isso. Hoje é dia de escolher nossos novos patrões. Se todos pensassem assim, teriam mais consciência da importância de não faltar às urnas hoje, visto que justamente nesse tipo de eleição que acontecem esses maiores índices. Mais importante do que votar é você lembrar as suas escolhas. Não apenas para cobrar durante o mandato, mas para lembrar se ele fez algo errado no exercício do seu mandato. Porque só assim você terá a oportunidade de pedir seu cargo de volta. Cidadania é mais ou menos isso. É acreditar que político não lhe faz um favor, ele Merece, ainda há uma minoria que merece essa consideração mesmo que às vezes seus feitos sejam esquecidos ou deixados de lado pelos inúmeros casos de corrupção, mas é neles hoje que Cidadania é mais ou menos isso. É acreditar que político não lhe faz um favor, ele deve estar ao seu favor para lhe representar no Executivo e no Legislativo deve estar ao seu favor para lhe representar no Executivo e no Legislativo. Se político merece respeito? devemos focar nossas escolhas. Para não nos arrependermos daqui a seis meses quando já terão dito para o que foram eleitos. Construção civil é o setor que mais absorve mão de obra em Caxias e região Pelo quarto ano consecutivo, a procura por profissionais da área é tão grande que está faltando trabalhadores no mercado; pedreiros comemoram a fase Fotos/Divulgação Anele de Paula Da equipe de O Estado C AXIAS – Pelo quarto ano consecutivo, o setor da construção civil é o que mais tem absorvido mão de obra em Caxias. A procura por um profissional da área tem sido tão grande que em algumas obras já faltam trabalhadores. O pedreiro Antônio Augusto Vieira afirma que não está sem emprego desde o começo do ano passado. Ele, que trabalha há oito anos na profissão, assegura que esta é a melhor fase da sua vida profissional graças ao aquecimento do setor da construção civil no município. “Eu já fiquei meses sem trabalhar. Agora está bom demais porque tem sempre obra para a gente fazer”, enfatiza. Se depender da construção civil, vagas no mercado não vão faltar para aqueles que estão qualificados. Ano que vem começa a obra de construção do primeiro shopping de Caxias, que vai gerar 1.100 vagas, somente na fase de construção do empreendimento. Quem comemora é o pedreiro Romualdo Santana. Há quatro anos com a carteira de trabalho assinada, o profissional acredita que será um dos chamados para trabalhar na obra do shopping. “Eu já estou interessado em fazer parte da obra desde que eles anunciaram a construção. Se eu conseguir vai ser mais um período que vou ficar empregado”, acredita o trabalhador. Aquecimento - A construção civil não está aquecida apenas por causa das grandes obras. Fim de ano também é período em que muitos caxienses já receberam a primeira parcela do 13° salário e investem em melhorias nos locais onde moram. O difícil mesmo é encontrar mão de obra disponível. Caxias hoje é um canteiro de obras e qualquer pedaço de terreno pode virar um ponto comercial ou uma casa destinada à venda ou ao aluguel. Sorte do pedreiro José Manuel de Oliveira, que não fica parado há mais de dois anos. Ele tem emendado uma obra a outra e Operários da construção civil estão tendo mercado de trabalho amplo em Caxias nos últimos anos acredita que o próximo ano não será diferente para o setor. “Para mim foi bom que trabalho como pedreiro desde criança e já faz dois anos que eu trabalho consecutivamente. Às vezes, a obra é grande, às vezes pequena, mas a gente nunca fica parado”, destacou. Valores -Com tanto aquecimento, o que também cresce é o valor da mão de obra, cada vez mais cara em Caxias. Como recebem por trabalho, a cobrança é feita conforme o tamanho do serviço, diferentemente das obras contratadas por empreiteiras que costumam oferecer salário, auxílio-alimentação e carteira assinada. Os outros tipos de obra não oferecem o mesmo direito e segundo o Sindicato da Construção Civil de Caxias também não se costuma estabelecer um teto por esse tipo de trabalho. A construção de uma residência de cinco cômodos, por exemplo, contratada com um único pedreiro pode custar entre R$ 5 mil a R$ 15 mil e o que vale nessa hora é pesquisar preços. Na maioria das vezes, o pedreiro ou mestre de obras é contratado por indicação de alguém. “Quando a gente vai fechar o serviço dá o preço, conforme o que a gente vai fazer. Se vai construir do chão para entregar pronta é claro que ela vai gastar mais. A única coisa que às vezes a gente cobra por metro é para assentar o piso”, explica o pedreiro. Aumenta rendimento de operários e auxiliares Com o setor da construção civil em alta, muitos profissionais passaram a valorizar a sua própria mão de obra. Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Caxias, hoje o pagamento desses profissionais está distribuído em duas categorias, os que recebem por obra construída e os diaristas. No caso dos diaristas, os valores variam conforme a função que exercem na obra. O ajudante de pedreiro costuma receber hoje R$ 35,00 por dia, o pedreiro a partir de R$ 110,00 e o mestre de obras de R$ 150,00 a R$ 250,00 por obra. Outros profissionais, como gesseiro, ceramista, marceneiros, dentre outros, também recebem com base nos valores do pedreiro, dependendo da obra. As que pagam as diárias mais altas são as obras federais. É por causa desse tipo de empreendimento que o pedreiro Aparecido de Souza mudou de vida nos últimos dois anos. Hoje, além de casa própria, ele também tem carro na garagem e consegue dar melhor qualidade de vida a família de cinco pessoas. Quanto ganha, Aparecido de Souza não revela, mas comenta que tem sido bem remunerado. O suficiente para querer alçar voos mais altos e montar a sua própria equipe de construtores. “Se eu e meus amigos temos folga a gente se junta no sábado e no domingo para trabalhar. Às vezes a gente consegue levantar uma casa em dois fins de semana, trabalhando em mutirão. Com rapidez, a gente recebe o dinheiro na hora que termina o serviço e racha o que ganhou”, explica o pedreiro. Cursos - Em um mercado de trabalho tão concorrido, o que ainda falta na construção civil são cursos de qualificação voltados para os profissionais do setor. Com exceção do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), atualmente em Caxias, nenhuma outra instituição oferece cursos gratuitos para esses profissionais. Os existentes, como eletricista predial, estão com turmas lotadas, uma vez que este é um dos cursos que capacitam profissionais para a fase de acabamento de uma construção. TRE Sessões Só para lembrar o eleitorado de Caxias, a votação termina às cinco horas da tarde. Para votar, o eleitor pode ir munido tanto do título de eleitor quanto com qualquer outro documento de identificação com foto. Não há motivo para não votar hoje. No município de Caxias, as seções eleitorais que acomodam um maior número de eleitores estão nas escolas Clóvis Vidigal, Aluizio Azevedo, Duque de Caxias, Santos Dumont e Déborah Pereira. O eleitor dessas seções devem atentar para as filas. Celular Eleitores Não será permitida a entrada do eleitor no local de votação portando celular ou qualquer outro tipo de aparelho eletrônico. Seu voto é secreto e na urna é somente você e suas escolhas. Não esqueça de que o voto é individual e secreto. Isso é importante. Em Aldeias Altas, o maior número de eleitores se concentrará nas seções das escolas Antonieta Castelo e Teófilo Dias. Em São João do Sóter, o maior volume de eleitores se concentra na escola Mariano Campos e nos povoados Pedras e Axixá. Com aquecimento da área, aumenta venda de material de construção Areia e cimento estão com preços abusivos, segundo a Ademi e o Sinduscon-MA O aquecimento da construção civil também impulsionou o crescimento de outro setor, o do comércio especializado em material do ramo. Enquanto umas são pequenas e oferecem material específico, outros estabelecimentos, situados em Caxias, se transformaram em um grande varejo e vendem tanto para pequenos consumidores quanto para obras maiores, como as realizadas pelo setor público. Em Caxias, se encontra desde os itens mais populares aos artigos mais supérfluos. Foi montando uma loja de material de construção com o valor recebido pela rescisão contratual da empresa onde trabalhava, que Jesus de Oliveira se deu bem. Depois de dois anos de investimento, começa a contabilizar os lucros. “Foi um bom negócio porque deu para começar quando esse aquecimento do setor estava começando”, justifica o comerciante. O vendedor Luís Fernando da Costa só conseguiu o primeiro emprego formal em uma loja de material de construção. Contratado com carteira assinada há três anos, ele e outros três colegas de trabalho viram no setor a oportunidade de fazer parte do mercado formal. Fernando da Costa, que tem apenas 24 anos, declarou que o começo não foi fácil, pois não sabia o nome de peças, marcas e muito menos os itens necessários usados na construção civil. Agora, depois de treinamento, ele aprendeu e diz que não se vê trabalhando em outro setor. “Aprendi a gostar e entender, porque antes eu só sabia o que era tijolo e cimento”, garante o empregado. Preços - O aumento do número de lojas do setor da construção civil tem ajudado muito os caxienses, primeiro porque a multiplicação de lojas impulsiona a concorrência a oferecer mais produtos, melhores preços e promoções, mesmo que alguns itens apresentem alta acima do normal, como é o caso da areia e do cimento. Uma carrada de areia custa R$ 300,00 e o cimento, nas últimas semanas saltou de R$ 25,00 para R$ 35,00, o saco. Segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Maranhão, a alta no preço é devido à escassez do produto no mercado e a alta procura, que está provocando prejuízos no setor. O reajuste considerado abusivo pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA) e Associação dos Dirigentes de Empresas Imobiliárias do Maranhão (Ademi-MA), já que em setembro, a média de preço do saco do produto era R$ 19,00 no mercado local. A situação preocupa as duas entidades. De acordo com o presidente do Sinduscon, Fábio Nahuz, não há explicações plausíveis para o aumento do preço do cimento em tão pouco tempo. “Não há cimento no mercado local e os distribuidores que têm em estoque estão cobrando preço alto pelo produto, o que inviabiliza o andamento de obras, provocando prejuízos para as empresas, que acabam tendo que atrasar o cronograma”, avalia. O cimento é o insumo principal da construção civil e as empresas precisam cumprir seus cronogramas de entrega de empreendimentos. Os trabalhadores também são prejudicados com este problema, pois ficam sem ter como executar os serviços. Valor do saco de cimento saltou de R$ 25,00 para R$ 35,00 em Caxias