ANA CLÁUDIA ALVES PEREIRA GRAUS DE TROFIA EM ÁGUAS DO RIO CORRENTE DOS MATÕES DE BOM JESUS/PI BOM JESUS, PI 2011 ii 2 ANA CLÁUDIA ALVES PEREIRA GRAUS DE TROFIA EM ÁGUAS DO RIO CORRENTE DOS MATÕES DE BOM JESUS/ PI Monografia submetida à Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientador: Profº Dr. Márcio Cleto Soares de Moura Co-ordenador: Profº M. Sc. Francisco José de Paula Filho Bom Jesus, PI 2011 iii 3 ANA CLÁUDIA ALVES PEREIRA GRAUS DE TROFIA EM ÁGUAS DO RIO CORRENTE DOS MATÕES DE BOM JESUS/PI Monografia submetida à Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, como parte dos requisitos para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas Aprovada em ____ /_____ / ______ Nota:_______ Banca Examinadora: _____________________________________________ Profº. Dr. Márcio Cleto Soares de Moura Profº. M.Sc. Francisco José de Paula Filho Pesquisador. M.Sc. José Edvar Aguiar iv 4 Aos meus Pais, Iraneide Maria Pereira e Demerval Alves Lustosa, dedico este trabalho. v 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela fé e por me proporcionar a realização de mais um sonho. À minha mãe, que jamais se esquece de suas filhas em suas orações; ao meu pai, que não nunca mediu esforços para a educação de suas filhas; as minhas irmãs, Nayara e Fernanda, os meus avôs (Purcina, João Rufino e Maria Aurenívia), e a minha querida Tia Regina de Fátima, meu muito obrigada a todos vocês por todo apoio prestado; Às minhas grandes amigas, que sempre torceram por mim; Ana Karolina Lima, Lully Castro, Gleidiane de Sousa, Raylane Santos e Jurema Rosal; Ao Campus Professora Cinobelina Elvas da UFPI, no qual me graduei, assim com aos funcionários Odair, Dorgival, Daniel e Edivaldo; Ao meu Orientador, Profº. Dr. Márcio Cleto Soares Moura por toda orientação e compreensão; Ao meu Co-orientador, Prof. M. Sc. Francisco José de Paula Filho, pela ajuda durante todo período de trabalho no projeto de pesquisa; Ao Profº Doze Batista de Oliveira, por ter me ajudado com os mapas, muito obrigada. Ao apoio financeiro e material fornecido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Transferência de Materiais Continente-Oceano (INCT – TMCOcean); Aos colegas que trabalharam comigo no laboratório, Elton Marks (Técnico do Laboratório de Química Analítica), Gabriela Santana, Lázaro Adayrton, Salvador Maia, Aline Trajano, Isolete Costa, Glaucia Víana e Junival lima; A toda minha turma de 2007/02, em especial Ana Marta Martins, Juscelina Fernandes, Rute de Araújo e Maria das Mercês Barros. 6 vi “Ai de nós sonhadores se deixarmos de sonhar sonhos, realmente possíveis” Autor desconhecido vii 7 RESUMO Com o objetivo de diagnosticar o Índice do Estado Trófico (IET) em um rio, foram avaliadas as qualidades físicas – químicas do Rio Corrente dos Matões localizado na zona rural da cidade de Bom Jesus – PI. Os resultados ora apresentados correspondem ao período de coletas de janeiro a outubro de 2011. As coletas, com freqüência mensal, foram realizadas em três pontos de cada rio foram analisados 9 parâmetros (temperatura, pH, condutividade elétrica, turbidez, oxigênio dissolvido, potencial redox, fósforo total, sólidos totais dissolvidos e clorofila “a”). O IET caracterizou o rio Corrente dos Matões como oligomesotrófico. A clorofila “a” gerou os índices mais altos não influenciando nos parâmetros mais baixos do fósforo total. Dessa forma os resultados deste trabalho foram divulgados em forma de palestra em escola publica, na cidade de Bom Jesus – PI, com o intuito de conscientizar a população a preservar este rio e cuidar do meio ambiente. Palavras-chave: Índice de estado trófico, eutrofização e rio corrente. viii8 ABSTRACT In order to diagnose the Trophic State Index (ETI) in a river, we assessed the physical qualities - chemical River Chain of Mato located in the rural town of Bom Jesus - PI. The results presented here correspond to the sampling period from January to October 2011. The collections, often monthly, were held at three points of each river were analyzed 9 parameters (temperature, pH, electrical conductivity, turbidity, dissolved oxygen, redox potential, total phosphorus, total dissolved solids and chlorophyll "a"). The EIT characterized the river current as of Mato oligomesotrófico. Chlorophyll "a" generated the highest rates in the parameters influencing not lower the total phosphorus. Thus the results of this work were published in the form of speech in public school in the town of Bom Jesus - PI, in order to educate the public to preserve the river and take care of the environment. Keywords: trophic state index, eutrophication and river current 9ix LISTA DE FIGURAS FIGURA Página Figura 1. Exemplo de ambiente eutrofizado............................................................. 23 Figura 2. Mapa de localização dos pontos de amostragem, (C1, C2 e C3)............... 25 Figura 3. Ponto C1, Rio corrente dos matões, localidade Taboca............................. 26 Figura 4. Ponto C2, Rio corrente dos matões, localidade Fazenda São Gonçalo. .................................................................................................................... Figura 5. Ponto C3, Rio corrente dos matões, medindo oxigênio na água, localidade Barra Verde.............................................................................. Figura 6. 26 26 Comportamento das variáveis hidroquímicas : ( a ) pH; ( b ) Oxigênio dissolvido (mgL-1); ( c ) Potencial Oxiderrução; ( d ) Saturação do Oxigênio(%); ( e ) Temperatura (Cº); ( f ) Turdidez ; ( g ) Condutividade Elétrica (µS /cm²); ( h ) Sólidos Totais Dissolvidos (ppm)........................ Figura 7. Distribuição do Fósforo Total em agua (PTw), para o rio Corrente dos matões avaliados ao longo de 9 meses de estudo............................ Figura 8. 33 Distribuição dos valores da clorofila a para o rio Corrente dos Matões ao longo dos 9 meses de estudo ................................................ Figura 9. 30 34 Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para o Fósforo Total no rio Corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de Figura 10. Figura 11. estudo........................................................................................................ 35 Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para a clorofila a no rio Corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de estudo..... 36 Resultados obtidos pra os graus de trofia a partir do Índice de Estado Trófico para o Fósforo Total e Clorofila a ao longo dos nove meses de estudo.................................................................................................... 38 x 10 LISTAS DE TABELAS TABELA Tabela 1. Página Descrição dos pontos de amostragem, coordenadas sua localização ................................................................................................................ Tabela 2. Padroes de qualidades das águas de acordo com a resolução (CONAMA 357/05)................................................................................ Tabela 3. Tabela 4. 25 34 Classificação do estado trófico para rios segundo Índice de Carlson Modificado.............................................................................................. 36 Classes do Estado Trófico e suas principais características.................... 37 11xi LISTA DE SIGLAS AGESPISA.................. Campanha de Água e Esgotos do Piauí/ S.A ANA ............................. Agencia Nacional de Águas CONAMA .................... Conselho Nacional do Meio Ambiente e Recursos Não Renováveis IBGE ........................... Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisticas IET ............................... Índice de Estado Trófico NTU............................. Nephelometrica Turbidity Units (unidade nefelométrica de turbidez) pH ............................... Potencial Hidrogênico PTw............................ Fósforo Total em água xii 12 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 14 2. OBJETIVOS 16 2.1. Objetivo geral .................................................................................................... 16 2.2. Objetivos específicos ........................................................................................ 16 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17 3.1. O Estado Trófico de um Rio............................................................................... 18 3.2. Variáveis Ambientais da água............................................................................ 18 3.2.1. Oxigênio Dissolvido.................................................................................. 18 3.2.2. pH.............................................................................................................. 18 3.2.3. Temperatura............................................................................................... 18 3.2.4. Condutividade Elétrica............................................................................... 19 3.2.5. Potencial Redox........................................................................................ 19 3.2.6. Turbidez da água....................................................................................... 19 3.2.7. Sólidos Totais Dissolvidos....................................................................... 19 3.2.8. Clorofila a................................................................................................. 20 3.3. O Fósforo e suas Espécies.................................................................................. 20 3.3.1. Dinâmica e Transferência do Fósforo nas águas Superficiais.................. 21 3.4. Efeito nos corpos Hídricos: Eutrofização.......................................................... 22 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Área de estudo................................................................................................... 24 24 4.2. Método para determinação do Fósforo Total (PTw), segundo Valderrama (1981)................................................................................................................. 27 4.3. Curva de Calibração........................................................................................... 27 4.4. Método para determinação da clorofila a, descrita por NUSH (1980)............. 28 4.4.1. Procedimento com a amostra................................................................... 28 xiii13 4.4.2. Procedimento da extração........................................................................ 28 4.4.3. Leitura Espectrofotométrica..................................................................... 28 4.4.4. Cálculos das Concentrações da Clorofila a.............................................. 29 4.5. Apresentação oral para as turmas de ensino fundamental para alunos da Unidade Escolar Araci Lustosa na cidade de Bom Jesus- PI....................... 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 29 30 5.1. Medidas Hidroquímicas ..................................................................................... 30 6.2. Medidas para frações de Fósforo....................................................................... 32 6.2.1. Fósforo Total na água (PTw)....................................................................... 32 7.3. Medidas para Clorofila a................................................................................... 33 7.3.1 Clorofila a..................................................................................................... 33 8.4. Índice do Estado Trófico.................................................................................... 35 8.4.1. Índice do Estado Trófico (IET) para Fósforo Total e Clorofila a............... 35 8.4.2. Classificação para o Índice de Estado Trófico........................................... 36 9.5. Apresentação dos Resultados na Escola............................................................. 39 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 40 7. REFERÊNCIAS 41 14 1. INTRODUÇÃO O crescimento demográfico e o desenvolvimento socioeconômico são freqüentemente acompanhados de aumentos na demanda por água, cuja quantidade e qualidade são de fundamental importância para saúde e desenvolvimento de qualquer comunidade (BUENO et al., 2005). O lançamento de matéria orgânica, substâncias tóxicas e nutrientes via efluentes domésticos e industriais ou resultantes do manejo inadequado das lavouras e do solo, pode afetar a qualidade do ambiente para os organismos aquáticos ou mesmo a saúde humana, por meio da ingestão das águas contaminadas. Os nutrientes são importantíssimos no ambiente aquático por serem vitais para a vida dos organismos, sendo diretamente absorvido da água pelos vegetais. Sem eles, o fitoplâncton não cresce e não se reproduz, afetando assim toda a cadeia alimentar subseqüente. Os nutrientes são incorporados em tecido orgânico durante a fotossíntese e retornam ao meio durante a excreção ou morte dos organismos. As bactérias são as principais responsáveis pela reposição dos nutrientes ao ambiente. Também entram nos oceanos através dos rios, que carregam nutrientes retirados do solo por onde passam (SCHMIEGELOW, 2004). Os principais nutrientes inorgânicos são íons que contém fósforo e nitrogênio, como por exemplo, os fosfatos e nitratos respectivamente. O Nitrogênio é necessário para as sínteses de proteínas nos organismos clorofilados. Fontes naturais de fósforo são principalmente o intemperismo de rochas fosfóricas e a decomposição de matéria orgânica. Efluentes domésticos (particularmente aqueles que contem detergentes), efluentes industriais e escoamento com fertilizantes contribuem para elevados níveis de fósforo nas águas superficiais. O monitoramento de fontes de água através de variáveis hidroquímicas permite inferir sobre possíveis fontes poluentes que podem prejudicar ao homem ou ao meio ambiente, através da contaminação da água e do solo. Segundo BAIRD (2002), o excesso de íon fosfato em águas naturais pode ter um efeito devastador na ecologia aquática, pois sua alta concentração em meio aquático causa a rápida proliferação de plantas aquáticas. A determinação das concentrações de fósforo no ambiente qualifica a saúde do ecossistema, investiga os processos biogeoquímicos e monitora a presença do nutriente de acordo com a legislação vigente (PIMENTA, 2006). Existem vários tipos de clorofila nas plantas, sendo que a mais importante quantitativamente é a clorofila-a. A determinação das concentrações de clorofila-a 15 proporciona uma estimativa da biomassa fitoplanctônica e os feopigmentos indicam o seu grau fisiológico, uma vez que numa população em declínio, o teor de clorofila-a diminuí, enquanto que seus produtos de degradação (feopigmentos) e os carotenóides aumentam. Isso ocorre por que as clorofilas são facilmente alteradas, por variações no pH, alta incidência luminosa ou temperatura, entre outros fatores, tendo como produto desta alteração, a feofitina (GOLTERMAN et al., 1978). Segundo GUIMARÃES (1985), dentre os componentes específicos dos cloroplastos, os mais importantes são representados pelos pigmentos, principalmente as clorofilas. Dessa forma o presente trabalho de conclusão de curso buscou qualificar as condições Tróficas de água do Rio Corrente dos Matões a partir do uso das concentrações de fósforo e clorofila e aplicá-los na determinação do Índice de Estado Trófico, que constitui uma ferramenta amplamente utilizada na determinação dos diferentes graus de trofia dos corpos aquáticos continentais. 16 2. OBJETIVOS 2.1 . Objetivo geral O objetivo deste trabalho consistiu a determinação dos graus de trofia das águas do Rio Corrente dos Matões no município de Bom Jesus/PI, através do uso do IET. 2.2 . Objetivos específicos 1. Determinar às concentrações de Fósforo Total e Clorofila a nas águas do rio Corrente dos Matões; 2. Quantificar as concentrações de clorofila a nas águas do rio Corrente; 3. Avaliar a evolução da qualidade das águas do rio no período entre janeiro a outubro de 2011; 4. Determinar o IET para cada um dos pontos de coleta; 5. Divulgar os resultados gerados neste estudo em uma escola pública do município de Bom Jesus/PI, contribuindo para despertar a consciência da comunidade estudantil sobre a importância da conservação e preservação dos recursos hídricos do Vale do Gurguéia. 17 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. O Estado Trófico de um Rio Os rios nascem nas regiões mais elevadas do relevo e despejam suas águas em outro rio, num lago ou mesmo no oceano, e tem como uma das principais funções, o transporte de material erodido do continente para o oceano, acúmulo de água doce disponível para os seres vivos em geral. Os rios são cursos naturais de água doce, com canais definidos e fluxo permanente ou sazonal para um oceano, lago ou outro rio (TEIXEIRA, 2000). Os rios constituem os agentes mais importantes no transporte dos materiais intemperizados das áreas elevadas para as mais baixas e dos continentes para o mar, ou seja, os rios funcionam como canais de escoamento, dentro dos processos aluviais, como: erosão; transporte; e sedimentação (CHRISTOFOLETTI, 1980). Nas condições de equilíbrio, o rio é capaz de transportar todo material fornecido pelas vertentes, ou seja, aquelas formadas provenientes da erosão fluvial e aquelas providas das enxurradas nos processos pluviais, (BIGARELLA, 2003). Segundo MILLIMAN (1991), os rios contribuem com aproximadamente 70% do aporte total mundial de sedimentos para o oceano. Um índice de estado trófico funciona como um registro das atividades humanas nas varias bacias hidrográficas, alem de se constituir como uma base para o planejamento, controle da eutrofização e dos usos de bacias hidrográficas (BREZONIC, 1976; DUSSART, 1984). O estado trófico de um rio se refere a sua carga de nutrientes e sua fertilidade. Ele pode ser classificado principalmente em três estados, que são o estado eutrófico, mesotrófico e oligotrófico. Geralmente o estado eutrófico apresenta grande quantidade de nutriente e alta produção primária. O oligotrófico apreóficoe senta características como baixa concentração de nutrientes, baixa biomassa do fitoplâncton por unidade de volume e sedimento, e na maioria dos casos pouca matéria orgânica (ESTEVES, 1998). O estado mesotrófico apresenta características intermediárias entre os estados eutrófico e oligotrófico. Um rio pode atingir o estado eutrófico através de um processo natural de sucessão biológica ou através de processos culturais, envolvendo o homem. O rápido processo de degradação de corpos aquáticos tem se tornado um problema agudo, sobretudo em ambientes aquáticos tropicais. A tipologia destes sistemas alterados por 18 diversas cargas orgânicas e inorgânicas de efluentes, utilizando-se índices de eutrofização podem contribuir para trazer soluções eficazes para o entendimento do funcionamento destes corpos aquáticos (DIAS, 2003). 3.2. Variáveis Hidroquímicas de Corpos Hídricos Fluviais As variáveis hidroquímicas da água que são estudadas neste trabalho desta natureza são: pH, Temperatura, Turbidez, Condutividade Elétrica, Oxigênio Dissolvido, Potencial Redox, Sólidos Totais Dissolvidos. Abaixo, segue uma descrição a respeito da importância e algumas ações de cada uma em ambientes naturais, além dos métodos usados para detecção e quantificação dessas variáveis. 3.2.1. Oxigênio Dissolvido Segundo ESTEVES (1998), o Oxigênio (O2) é um dos mais importantes gases dissolvidos na água para caracterização dos ecossistemas aquáticos. Sua importância se deve ao fato de que a maioria dos organismos vivos consome o O2 dissolvido na água e depende dele para sobreviver. O oxigênio atmosférico é dissolvido na água devido à diferença de pressão parcial e esta é a forma que os seres aquáticos utilizam para realizarem seus processos bioquímicos. 3.2.2. pH O pH pode ser considerado uma das variáveis mais importantes para a caracterização dos ambientes aquáticos, ao mesmo tempo em que pode ser uma das variáveis mais difíceis de interpretar, devido ao grande número de fatores que podem influenciá-lo (ESTEVES, 1998). 3.2.3. Temperatura A temperatura exerce influência nas atividades biológicas de organismos aquáticos e em processos químicos da água. O teor de oxigênio dissolvido na água, além de outros fatores, depende da temperatura, ou seja, em águas mais frias a solubilidade de oxigênio é maior que em águas mais quentes. Em lagos tropicais, a alta temperatura causa o aumento do 19 metabolismo dos organismos aquáticos e, conseqüentemente, a alteração de outros fatores. (ESTEVES, 1998). 3.2.4. Condutividade Elétrica A condutividade é uma expressão numérica da capacidade de uma água conduzir a corrente elétrica, sendo esta, função das concentrações iônicas presentes na água e da temperatura (ESTEVES, 1998; CETESB, 2007). Os valores de condutividade elétrica são expressos em “siemens” (S /cm²). Em condições normais, a condutividade elétrica da água é expressa em µS /cm² (ESTEVES, 1998). 3.2.5. Potencial Redox Potencial redox é uma variável da intensidade de uma reação global do potencial de oxi-redução no sistema e não à capacidade do sistema para a oxidação ou reações específicas de redução (VANCE, 1996). Se há um alto conteúdo de oxigênio (O2), os valores redox são altos, enquanto que em caso de concentração baixa de O2, ou em sua ausência, processos redutivos são dominantes, como, por exemplo, a respiração anaeróbica de bactérias. 3.2.6. Turbidez da Água A turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um feixe de luz sofre ao atravessá-la (e esta redução se dá por absorção e espalhamento, uma vez que as partículas que provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de onda da luz branca), devido à presença de sólidos em suspensão (MEDEIROS, 2003). 3.2.7. Sólidos Totais Dissolvidos Os parâmetros Sólidos Totais Dissolvidos (STD) representam a “medida da quantidade total de substancias dissolvidas contidas em água ou efluente, incluindo matéria orgânica, minerais e outras substancias inorgânicas” (ART, 2001). 20 3.2.8. Clorofila a O pigmento verde da clorofila esta presente na maioria dos organismos fotossintéticos e fornece uma medida indireta da biomassa algal e uma indicação do estado trófico de um corpo d’água. A clorofila existe em três formas a, b e c, sendo que a clorofila a é a mais medida geralmente. Os estudos sobre a variação espaço temporais da clorofila a são de grande importância ecológica, pois permitem avaliar o potencial de produção orgânica dos ecossistemas aquáticos, podendo fornecer indicações sobre a quantidade de matéria orgânica disponível aos demais níveis tróficos (VARELA & MASSA, 1981). A clorofila “a” normalmente predomina sobre outros pigmentos fotossintéticos, sendo por isso muito importante na captura de energia solar para o crescimento algal. A clorofila absorve luz nas regiões do vermelho e do azul do espectro de luz. Uma vez que a luz verde é mais refletida do que absorvida, a clorofila assim possibilita as plantas suas características de cor verde (GUIMARÃES, 1985). . Sendo a clorofila um dos principais responsáveis pela fotossíntese, o conhecimento de sua concentração pode dar indicações da biomassa do fitoplâncton. 3.3. O Fósforo e suas Espécies O fósforo é um nutriente essencial para os organismos vivos e existe nos corpos d’água nas formas dissolvida e particulada. O Fósforo ocorre nas águas de rios como ortofosfato (PO4-3) dissolvido na água e aderido a partículas inorgânicas (predominantemente íons ortofosfatos, FeHPO4+,CaH2PO4+, adsorvidos à agregados inorgânicos e minerais) em suspensão, na forma de moléculas orgânicas dissolvidas e na forma orgânica particulada (compostos orgânicos, fosfatasses e fosfolipídios, etc.; adsorvidos a agregados orgânicos e organismos vivos), principalmente nas bactérias e em partículas dentríticas. O fósforo total inclui todas as formas de P, incluindo aqueles presentes nos organismos, detritos, e adsorvidos a complexos inorgânicos tais como argilas e carbonato (WETZEL, 2001). Todas as formas de fósforo são importantes, entretanto, os ortofosfatos assumem a maior relevância por ser a principal forma de fosfato assimilada pelos vegetais aquáticos (CHESTER, 1990). O fosfato pode ter origem em fontes naturais e antrópicas. Dentre as fontes naturais, as rochas da bacia de drenagem constituem a fonte básica de fosfato. Em outras palavras, 21 significa dizer que a quantidade de fosfato de fonte natural no sistema aquático depende diretamente do conteúdo de fosfato presente nos minerais primários das rochas da bacia de drenagem e dentre as mais significativas está à apatita (ESTEVES, 1998). Como exemplo significativo de fonte antrópica, o esgoto urbano sem tratamento contém o fósforo principalmente na forma de ortofosfato e fosfato orgânico, oriundo de dejetos humanos e efluentes domésticos. O fósforo exportado através de fontes pontuais e difusas pode resultar no aumento da eutrofização dos corpos d’água, com potencial desenvolvimento sazonal de algas tóxicas, podendo ter grandes impactos na qualidade global das águas (ESCHRIQUE, 2007). 3.3.1. Dinâmica e Transferência do Fósforo nas Águas Superficiais As atividades de ocupação dos espaços rurais com práticas agrícolas de preparo e cultivo, abertura de estradas, construção de instalações e criação de animais são algumas ações antrópicas que promovem alterações significativas na dinâmica dos fluxos superficiais e sub-superficiais da água em bacias hidrográficas (BIGARRELLA, 2003). Essas modificações interferem na dinâmica do fósforo na água resultando, na maioria dos casos, em concentrações superiores ao suporte físico, químico e biológico desses recursos hídricos (REYNOLDS & DAVIES, 2001). Segundo ESTEVES (2003), os estudos sobre a dinâmica do fósforo na água em microbacias hidrográficas, bem como de outros “contaminantes”, ajudam a estimar os impactos e suas conseqüências nos ecossistemas aquáticos. Além disso, são importantes ferramentas para despertar a consciência de que o uso e o manejo do solo e da aplicação de insumos, sejam eles industriais ou orgânicos, são fatores que determinam a qualidade da água e do ambiente. O transporte de fósforo pela enxurrada é superior às perdas por lixiviação. Segundo PIERZYNSKY ( et al., 2000) solos arenosos com baixa capacidade de adsorção de P, solos orgânicos e solos que apresentam grande quantidade de macroporos ou fendas são mais propensos à percolação de fosfato do que aqueles de textura argilosa e com altas concentrações de ferro e alumínio. Essa transferência é conduzida via escoamento superficial, pela ação do processo de erosão ou lixiviação através do perfil do solo (PIERZYNSKY et al., 2000; MCDOWEL et al., 2001) em decorrência da interação da água da chuva com a camada superficial do solo de 0 até 5cm, principalmente (SHARPLEY, 1985). 22 Dessa forma e considerando a freqüência em que ocorrem esses eventos, o montante de P transportado pelas partículas de pequeno tamanho pelas chuvas de baixa energia, representa, já que são eventos mais corriqueiros, um potencial de degradação do solo (perda de nutrientes) e dos corpos hídricos (eutrofização), tanto quanto as perdas relativas às chuvas de alta intensidade que são, a princípio, mais esporádicas e as maiores responsáveis pelo arraste de grande massa de solo (QUINTON et al., 2001). E uma vez que a transferência de fósforo para os ecossistemas aquáticos impactam negativamente a qualidade desses recursos e conseqüentemente o bem estar da população, esse assunto é motivo de permanente discussão. É importante frisar que perdas de fósforo relativamente pequenas podem causar sérias conseqüências ambientais, visto que sua presença, mesmo que em quantidades módicas nas águas naturais, pode impulsionar o processo de eutrofização (HART et al., 2004). 3.4. Efeitos nos Corpos Hídricos: Eutrofização O fenômeno de eutrofização é caracterizado pelo crescimento exagerado de organismos aquáticos: cianobactérias e outras plantas aquáticas. Esse processo é decorrente da carga de P que adentra nos corpos hídricos e é condicionado pela interação entre o fósforo e o nitrogênio, bem como entre estes nutrientes e a temperatura, a salinidade, a iluminação e pelas características hidrológicas dos diferentes meios (CORRELL, 1998; PIERZYNSKI et al., 2000). Segundo VON SPERLING (1996) a presença de tais organismos provoca a turbidez da água o que contribui para reduzir a radiação solar. Dessa forma, os organismos fotossintéticos não liberam oxigênio dissolvido no meio líquido. Aliado a esse fato, as condições de anaerobiose proporcionadas pela deposição da matéria orgânica no fundo do leito e pela decomposição bacteriana dos resíduos das algas contribuem para provocar a morte de peixes e outros animais aquáticos. A eutrofização pode causar a proliferação excessiva da flora aquática, constituída por algas e plantas aquáticas. Esta proliferação excessiva pode ter como conseqüências: sabor e odor nas águas; toxidez; elevação da turbidez da água, impedindo a penetração da luz solar e, conseqüentemente, o desenvolvimento de vegetais nas camadas inferiores; produção de grandes massas de matéria orgânica, as quais decompõem-se causando demanda de oxigênio (MOTA, 1995). 23 As características dos corpos d’água brasileiros agravam o problema de eutrofização o (água doce, pH 6-9, temperatura entre 15ºC a 30 C e alta concentração de nutrientes) visto que propicia condições para a ocorrência de florações de cianobactérias durante o ano todo (FUNASA, 2003). No entanto, alguns lagos, rios, reservatórios e estuários podem suportar concentrações de até 100 μg l-1 de fósforo total e para outros, as concentrações de 20 μg l-1 de P total já podem ser suficientes para desencadear o processo de eutrofização. A figura 1 é um exemplo de um ambiente eutrofizado. Figura 1: Exemplo de ambiente eutrofizado. De acordo com o último relatório da CETESB (2005) para qualidade da água do estado de São Paulo, mais de 60% das bacias hidrográficas apresentam níveis de PT acima dos teores sugeridos para a manutenção da qualidade das águas: 25μg/L para águas classe 2 destinadas ao abastecimento público. No entanto, a legislação brasileira que estabelece diretrizes quanto à qualidade dos recursos hídricos (Resolução CONAMA 357/2005) não menciona valores de Fósforo para as cargas oriundas de áreas agrícolas, porém estabelece um limite para fósforo total para os diferentes ecossistemas aquáticos bem como suas classes e sugerem que a qualidade das águas deve ser monitorada se a sua finalidade for o abastecimento publico. 24 4. MATERIAIS E METODOS 4.1. Área de Estudo A Bacia do rio Gurguéia é subdividida em microbacias que cruzam o perímetro urbano da cidade Bom Jesus. “A “microbacia” do rio corrente dos matões possui latitude -09 14’ 07, 98000” e longitude -44 27’ 29, 70000”, é o principal afluente do rio Gurguéia e está localizado a 10 km do município de Bom Jesus, em um povoado denominado Barra Verde. Segundo AGUIAR (2004), o município possui uma altitude média de 277m acima do nível do mar e apresenta temperaturas mínimas de 18 ºC e máximas de 36ºC com clima quente e semi-úmido. Porém já foram registradas na sede do município temperaturas acima dos 40ºC. A precipitação pluviométrica média anual é de (900 mm), definida no Regime Equatorial Continental, com registro anuais variando em torno de 800 e 1200 mm e período chuvoso estendendo-se de novembro a maio. O período mais úmido registrado corresponde aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Historicamente o rio Corrente dos Matões é utilizado como fonte de água para consumo humano, animal e fins recreativos, sendo uma fonte de água mais apreciada pelos primeiros moradores da zona rural, porém com a modernização da cidade, que a partir da década de 70 a prefeitura começou a implantar as primeiras caixas d’água para abastecimento da cidade e de toda zona rural, como relatam funcionários da empresa. No entanto, pessoas ainda fazem uso dessa água como alternativa para produção de alimentos, criação de animais, irrigação de pequenas lavouras e para o lazer. É um riacho perene, suas águas deságuam no rio Gurguéia por isso é o responsável pela maior parte das descargas de nutrientes para o rio desta para o Parnaíba. Representa curso d’água localizado em uma região tipicamente rural e de transição entre a caatinga e o cerrado. A figura 2 abaixo representa o mapa de localização da Microbacia do Rio Corrente dos Matões mostrando seus três pontos de amostragem. 25 Figura 2: Mapa de localização dos pontos de amostragem, (C1, C2 e C3). Esse trabalho foi desenvolvido no período de Janeiro a Outubro de 2011, com exceção do mês de julho que não foi possível realizar coletas, na microbacia do Rio Corrente dos Matões, que fica localizada na zona rural do município de Bom Jesus/PI. As coletas foram realizadas mensalmente nos mesmos pontos selecionados descritos no mapa de localização (figura 3) Na tabela 1 esta descrita a relação dos pontos de amostragem, as coordenadas de cada ponto e sua localidade. Foram selecionados três pontos: C1 (figura 3) (próximo a região da nascente do rio); C2 (figura 4) (localizado mais ou menos na metade do percurso) e C3 (figura 5) (próximo a foz). Tabela 1: Descrição dos pontos de amostragem, coordenadas e suas localidade. PONTOS COORDENADAS LOCALIDADE Corrente dos Matões C1 28 L 0533312/UTM 8990480 Taboca Corrente dos Matões C2 23 L 0550038/UTM 8985224 Fazenda São Gonçalo Corrente dos Matões C3 23 L 0559491/UTM 8978948 Barra Verde 26 Figura 3: Ponto C1- Rio Corrente dos Matões, localidade Taboca. Figura 4: Ponto C2 – Rio Corrente dos Matões, localidade Fazenda São Gonçalo. Figura 5: Ponto C3 – Rio Corrente dos Matões, medindo oxigênio na água, localidade Barra Verde. 27 No local das amostragens foram determinados os seguintes parâmetros hidroquímicos: pH, turbidez (NTU), temperatura (°C), potencial redox (mV), oxigênio dissolvido (mg/L), saturação do oxigênio (%), condutividade elétrica (µS) e sólidos totais dissolvidos (ppm). Os equipamentos utilizados para essas análises foram: Sonda multiparamétrica, turbidímetro, pH metro e oxímetro. Neste, foram determinada o índice de estado trófico para o fosfato e a clorofila a encontrados na água: fosfato total (PTw), segundo VALDERRAMA (1981) e clorofila a de acordo com NUSH ( 1980). 4.2. Método para determinação do PTw, segundo VALDERRAMA (1981). O PT foi determinado medindo-se alíquotas de 30 mL de cada amostra, sem filtrar, e colocados em erlenmeyer de 75mL (com duplicatas), depois foram acrescentados 4mL de reagente de oxidação, fechados com papel alumínio e autoclavados durante 30 minutos com temperatura de 120°C e pressão de 1 atm. Após o resfriamento das amostras, foram acrescentados 1 mL de ácido ascórbico e 1 mL de reagente MIX (solução de àcido sulfúrico + molibdato de amônio + tartarato de antimônio e potássio + água deionizada). Após 15 minutos fez se a leitura em espectrofotômetro com comprimentos de ondas de 882nm utilizando cubetas de 1 cm. Os valores foram dados em “A” (absorbância). Para cada bateria de amostras, foi analisada a água deionizada como se fosse uma amostra, ou seja, utilizando os mesmos procedimentos usados para cada amostra. O resultado encontrado na leitura dessa análise foi utilizado como prova em branco (Br), sendo, portanto, subtraído dos resultados obtidos nas outras amostras. Esse procedimento é importante para evitar que, qualquer resíduo que, por um acaso, esteja presente nos reagentes ou água destilada, venha interferir nos resultados. 4.3. Curva de Calibração Para cada análise das amostras, foi preparada uma bateria de padrões com as concentrações de 0 (prova em branco) até 5μM de Fósforo. Essas concentrações foram obtidas diluindo-se a solução estoque de Fósforo até atingir os valores desejados. No caso de amostras com concentrações elevadas de fósforo, foi necessário realizar diluições de maneira que as leituras das extrações ficam contidas na faixa de concentração de curva de calibração. 28 4.4. Método para a determinação da clorofila a de acordo com NUSH (1980). Extração com Etanol 80% a quente 4.4.1 Procedimento com a amostra Filtrar determinado volume da amostra (500 ml = 0,51), em filtro AP-20 ou GF-C. Manter os filtros no freezer em temperatura menor que 0 C, envoltos em papel alumínio com as informações sobre a amostra (local, data, profundidade, estação, hora, e volume filtrado). Conservar o Etanol a 80 % na geladeira. Para Etanol P.A. 95 % usar 760 ml de etanol e diluir para 1000 ml. 4.4.2 Procedimento da extração Tirar os filtros, no mínimo 6 horas (máximo 12 horas) do freezer antes da determinação; Transferir os filtros para frascos (tubos) com volume aferido; Anotar tubos (no) e local, data, estação, etc., e volume filtrado em litros; Colocar o filtro dobrado no tubo e 10 ml da solução de Etanol 80%; Colocar os tubos em béquer com água (banho Maria), deixar a água atingir 75 C, mantendo durante 5 minutos (75 C); Após isto dar choque térmico, ou seja, passar os tubos direto para água fria; Depois de resfriadas, as extrações devem ser mantidas de 6 a 24 horas em geladeira; Transferir para frascos de 10 ml com tampa (escuros ou com envoltura de papel alumínio), descartar os filtros. 4.4.3 Leitura espectrofotométrica Ler a 665 nm, em cubeta de 1 cm, para clorofila (para o branco utilizar etanol 80 % puro); Ler a 750 nm (seqüencialmente), para feofitina, (zerar o espectrofotômetro novamente neste comprimento de onda com etanol). 29 4.4.4 Cálculos das concentrações de clorofila a Equação 1: Clorofila – a(µ(µg-1) = P x (A665 – A750) x 1.000 x V S x PL Onde: P = Constante de proporcionalidade derivado do coeficiente molar de extinção (tabela 1) A665 = Absorbância do extrato no comprimento de onda 665, corrigida com a absorbância do extrato acidificado em 750; A750 = Absorbância do extrato no comprimento de onda 750, corrigida com absorbância do extrato acidificado em 750; V = Volume de amostra filtrada em mL; S = Volume da amostra filtrada em mL; PL = Comprimento ótico da cubeta 4.5. Apresentação oral para turmas de Ensino Fundamental da Unidade Escolar Araci Lustosa no município de Bom Jesus - PI. A palestra foi realizada, no dia 05 de novembro de 2011, na Unidade Escolar Araci Lustosa na cidade de Bom Jesus, para alunos do Ensino Fundamental. O objetivo dessa palestra foi sensibilizar os alunos sobre as questões ambientais, abordar os temas: conservação dos recursos hídricos e importância da água, com ênfase ao rio Corrente dos Matões localizado zona rural do município de Bom Jesus (PI). Foi discorrido sobre a importância que o rio Corrente dos Matões, apresenta para a zona rural e também para toda a cidade de Bom Jesus, uma vez que suas águas deságuam no rio Gurguéia. Durante a palestra foram apresentadas fotos ilustrativas mostrando as modificações que vêm ocorrendo em suas margens no decorrer dos anos. Além disso, foram divulgados os resultados obtidos durante a pesquisa, relacionando-os com os graus de trofia do rio Corrente dos Matões. Foi discorrido sobre o estado ambiental que se encontram esse rio atualmente, bem como a qualidade de suas águas. Por fim, relatou-se sobre a importância do desenvolvimento de trabalhos que visem à preservação do rio Corrente dos Matões, e da inclusão da classe estudantil em projetos relacionados à manutenção e à conservação de ambientes aquáticos, para uma preservação do meio ambiente e aquático. 30 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Variáveis Hidroquímicas A figura 6 a seguir representa a síntese dos resultados para as variáveis hidroquímicas verificadas durante os meses de estudo, envolvendo o período de janeiro a outubro. 8 C2 6,5 C3 200 150 JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT C1 C2 C3 C3 0 meses 22 C3 C3 meses (f) Comportamento da Turbidez C2 C3 meses (g) Comportamento da Condutividade Elétrica 35 30 25 20 15 10 5 C1 C2 C3 JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT C1 Solidos Totais Dissolvidos (ppm) (e) Comportamento da Temperatura JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT C2 JAN JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT 20 C1 SET C2 7 6 5 4 3 2 1 0 OUT C1 Turbidez 28 JUN 30 24 meses (d) Comportamento da saturação do oxigênio AGO ( c ) Comportamento do Potencial Oxirredução 26 C2 5 JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT 0 C1 10 ABR 40 15 MAI 80 20 MAR 120 Oxigenio (ppm) 160 75 65 55 45 35 25 15 meses (b) Comportamento do oxigênio dissolvido 200 JAN FEV MAR ABR MAI JUN AGO SET OUT Potencial Redox C3 0 (a) Comportamento do pH Temperatura C2 50 6 Condutividade Elétrica C1 100 FEV pH C1 7 Oxigenio (mg.L -1) 250 7,5 meses (h) Comportamento dos Sólidos T.Dissolvidos Figura 6: Comportamento das variáveis hidroquímicas : ( a ) pH; ( b ) Oxigênio dissolvido (mgL-1); ( c ) Potencial Oxiderrução; ( d ) Saturação do Oxigênio(%); ( e ) Temperatura (Cº); ( f ) Turdidez ; ( g ) Condutividade Elétrica (µS /cm²); ( h ) Sólidos Totais Dissolvidos (ppm). 31 O pH para todos os pontos de amostragem nos diferentes meses de coleta (figura 6 - a) permanecem dentro do limite legal (6,0 a 9,0) (CONAMA 357/05) e os valores médios variaram de 6,8 ± 0,1 a 7,6 ± 0,6. Segundo BRANCO (1986) variações muito grandes de pH pode afetar a fauna e a flora de uma massa d’agua. Observamos que os valores de pH mantiveram-se ligeiramente basicos (pH ≥ 7,6) durante todo o periodo de estudo. Os dados para a saturação de oxigênio (%) e do oxigênio dissolvido (mg.L-1) permitiram estudada-las e relacioná-los ao uso e ocupação do solo (Figura 6 - b e d ). Saturação de oxigênio é a quantidade máxima de oxigênio (%) que pode ser dissolvida na água em determinada temperatura e pressão (ESTEVES, 1998), e os seus valores no rio acompanharam as tendências verificadas para o Oxigênio dissolvido em mg.L-1. As águas do Rio Corrente dos Matões apresentaram-se em média, condições oxidas superiores as exigidas pela legislação CONAMA, 357/05, que é de 6,0 mg.L-1 .Atribui-se esta condição, ao forte aporte de carga orgânica proveniente dos despejos domésticos que ocorre nesta microbacia. O teor de oxigênio dissolvido na água é um indicador de suas condições de poluição por matéria orgânica. Assim, uma água não poluída (por matéria orgânica) deve estar saturada de oxigênio. Por outro lado, teores baixos de oxigênio dissolvido podem indicar que houve uma intensa atividade bacteriana decompondo matéria orgânica lançada na água (MOTA, 1995). O comportamento da temperatura das águas para o rio Corrente dos Matões apresentou um padrão bem definido que seguiu a tendência climatológica da região em que foram verificados valores de temperatura, que variaram em média de 21,08 ºC (junho) a 27,0 ºC (janeiro), (figura 6 – e ). Notadamente no primeiro semestre (janeiro a maio) a temperatura se encontrava em um estado mais elevado e no segundo semestre (junho a outubro) se encontravam em valores mais baixos, podemos inferir que os menores valores médios de temperatura estão relacionados às proximidades de suas nascentes, diminuindo a temperatura deste sistema aquático. A turbidez do Rio Corrente dos Matões tendenciaram a valores cada vez mais inferiores no decorrer dos 9 meses de estudo, porém nos meses de março e abril, houve uma elevação considerável na turbidez deste rio devido ao período chuvoso que causou um maior aporte de materiais ao seu leito (Figura 6 – f ). De maneira geral, as condições do potencial redox dos sistemas aquáticos têm influência bastante considerável na química e bioquímica da água, pois várias funções, como a respiração, dependem dela. Concentrações elevadas de oxigênio dissolvido indicam 32 condições oxidantes para o sistema (ORP alto), enquanto em caso de ausência de O2, processos redutivos são dominantes, como a respiração anaeróbica de bactérias. As condições ORPs para rio Corrente dos Matões foram bem diferenciadas apresentando uma maior variabilidade de resultados. Os valores apresentados em todas as campanhas foram positivos. De maneira análoga, a medida dos sólidos totais dissolvidos corresponde ao peso total dos constituintes minerais presentes na água, por unidade de volume. Na maioria das águas naturais, a Condutividade Elétrica (CE) da água, multiplicada por um fator que varia entre 0.55 e 0.75, gera uma boa estimativa de STD. Neste sentido, verificamos que os valores de CE e de STD para o rio Corrente dos Matões (Figuras 6 – g e h ) demonstram de forma emblemática um acentuado aumento da condutividade elétrica e dos sólidos totais em suspensão, principalmente para o exultório da microbacia (C3), mesmo em período chuvoso como o registrado em outubro. O rio apresentou tendência de redução da condutividade e dos sólidos em suspensão em suas águas nos meses de junho a setembro, demonstrando haver uma maior capacidade de diluição da microbacia. 6.2. Medidas para Frações de Fósforo Total 6.2.1. Fósforo Total na água (PTw) A figura 7 apresenta a Distribuição do fósforo total na água nos três pontos da microbacia do Rio Corrente dos Matões, nos nove meses de monitoramento. As concentrações de fósforo total variaram de 0,70 a 3,0µM. De acordo com os gráficos (figura 7) podemos perceber que o rio apresenta valores medios, sendo que o ponto C3 nos meses de fevereiro e abril, sempre apresentou valores mais elevados, principalmente, no mês de abril em que o resultado para o ponto C3 foi (3,0µM) 33 Figura 7 - Distribuição do Fósforo Total em água (PTw), para o rio Corrente dos Matões avaliadas ao longo dos 9 meses de estudo. As médias dos resultados obtidos no período de monitoramento (janeiro a outubro) evidenciaram que as concentrações de Fósforo Total nas águas do Rio Corrente dos Matões estão dentro dos limites estipulados pela legislação CONAMA 357/05, para águas classe III (PT = 4,8 µM). 7.3. Medidas para Clorofila a 7.3.1. Clorofila a (Cl-a) A clorofila a é encontrada em todas as plantas, no entanto existem ainda clorofilas b,c e d. A clorofila d é encontrada apenas em rodofíceas marinhas, no entanto as clorofilas b e c são comuns em ambientes de água doce. As concentrações relativas dessas clorofilas variam dependendo da espécie de alga estudada, no entanto a clorofila a é dominante em todas as algas eucariontes e nas cianobacterias (DIPIN, 2003). A figura 8 - representa os valores da clorofila a existente durante os 9 meses de estudo no Rio Corrente dos Matões, em que a utilização da clorofila a como indicadora da produtividade do sistema também tem sua limitações, pois apresenta ponto de vista analítico e depois porque diferentes espécies podem apresentar concentrações diferentes de clorofila, para a mesma biomassa. 34 Figura 8 – Distribuição dos valores da clorofila a para o rio corrente dos matões avaliadas ao longo dos 9 meses de estudo. Os valores observados foram de 0,56 a 15,62 em que os maiores valores encontrados foram nos meses de junho e agosto para o ponto C3, diferenciando do ponto C1 e C2 que obtiveram os menores valores nos meses de abril e agosto. A tabela 2 abaixo mostra os padroes se qualidade de água de acordo com a resolução CONAMA 357/2005 para classificação das águas doces, para as variaveis hidroquimicas analisadas. Tabela 2: Padroes de qualidades das águas de acordo com a resolução (CONAMA 357/05). Classificação das águas doces O2 (mg.L -1 pH ) Turbidez (NTU) Sólidos Totais Clorofila a PT (µg.L -1 ) -1 (µg.L ) (ppm) Classe I ≥ 6,0 Classe II 6,0 - 9,0 40 500 100 10 ≥ 5,0 6,0 – 9,0 100 500 100 30 Classe III ≥ 4,0 6,0 – 9,0 100 500 150 60 Classe IV ≤ 2,0 6,0 – 9,0 100 500 150 60 35 8.4. Índice de Estado Trófico (IET) O Índice do Estado Trófico tem por finalidade classificar corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas ou ao aumento da infestação de macrofilas aquáticas. Para o cálculo do Índice do Estado Trófico, foram aplicadas apenas duas variáveis: clorofila a e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos, além de muitas vezes não se dispor desses dados. 8.4.1. Índice de Estado Trófico para o Fósforo Total e clorofila a A figura 10 - Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para o Fósforo Total no rio corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de estudo. A figura 11 Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para a Clorofila a no rio corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de estudo Figura 9: Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para o Fósforo Total no rio Corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de estudo. 36 Figura 10: Distribuição dos valores do Índice de Estado Trófico para a clorofila a no rio Corrente dos matões avaliada ao longo dos 9 meses de estudo. Podemos perceber que os valores para o fósforo total foram inferiores aos valores da clorofila a encontrados durante os nove meses de estudo. 8.4.2. Classificação para o Índice de Estado Trófico A tabela 3 mostra a classificação do estado trófico para rios, em que suas categorias se encontram de Ultraoligotrófico a Hipereutrófico, tanto para o fósforo total como para clorofila a. Tabela 3: Classificação do estado trófico para rios segundo o Índice de Carlson Modificado . Classificação do Estado Trófico para rios segundo Índice de Calrson Modificado Lamparelli,(2004). IET ≤ 47 P-total – P (µg.l-1) P ≤ 13 Clorofila a (µg.l-1) CL ≤ 0,74 Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31 Mesotrófico Eutrófico Supereutrófico 52 < IET ≤ 59 59 < IET ≤ 63 63 < IET ≤ 67 35 < P ≤137 137< P ≤296 296 < P ≤640 1,31 < CL ≤ 2,96 2,96 < CL ≤ 4,70 4,70 < CL ≤ 7,46 Hipereutrófico IET > 67 P > 640 CL > 7,46 Categoria estada trófico Ponderação Ultraoligotrófico 37 A tabela 4 mostra as classes do Estado Trófico em que se classificam de ultraoligotrófico a hipereutrófico e suas principais características para rios. Tabela 4: Classes do Estado Trófico e suas principais características. Classes do Estado Trófico Principais Características Ultraoligotrófico Corpos d’ águas limpos, de produtividades muito baixa; Oligotrófico Corpos d’águas limpos, de baixa produtividade; Mesotrófico Corpo d’água com produtividade intermediária; Eutrófico Corpos com alta produtividade em relação as condições naturais; Supereutrófico Corpos d’água com alta produtividade em relação às condições naturais, de baixa transparência; Hipereutrófico Corpos d’água afetados pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes. De acordo com a categoria e a classificação do Indice de Estado Trófico podemos verificar o fósforo total e clorofila a ao longo dos nove meses de estudo no rio Corrente dos Matões. A figura 5 mostra os resultados obtidos para o índice de estado trófico para o fósforo total e clorofila a avaliados ao longo dos nove meses de estudo para o rio Corrente dos Matões. 38 Figura11: Resultados obtidos para o índice de estado trófico para o Fósforo Total e Clorofila a avaliados ao longo dos nove meses de estudo para o rio Corrente dos Matões. Assim podemos avaliar que os valores para o Fósforo Total e clorofila a para o rio Corrente dos Matões durante os nove meses de estudo e demosnstrou que predominaram as condições mesotróficas na maior parte do período de monitoramento nos meses de fevereiro, maio, junho, agosto, setembro e outubro, enquanto que as condições eutroficas foram verificadas nos meses de janeiro, março e abril. Levando em conta cada um dos pontos temos que no Ponto Corrente 1 e Corrente 2 predominaram as condições oligotroficas a mesotróficas, já no ponto Corrente 3 houve predominancia das condições mesotróficas e eutróficas. Em todos sistema do rio Corrente predominaram ao longo do periodo de amostragem condições oligotróficas e mesotróficas. 39 9.5 Apresentação dos Resultados na Escola Os resultados obtidos das analises para os graus de trofia do rio Corrente dos Matões ao longo de nove meses de estudo foram apresentados de forma clara e sucinta aos alunos da 8º serie do ensino fundamental com a finalidade de informar aos alunos em questão, sobre o estado da qualidade da água de cada ambiente estudado. A turma tinha 32 alunos dentre estes houve alguns que faltaram. Um total de 28 alunos fizeram algumas perguntas sobre o rio Corrente dos Matões, percebeu-se que houve comentários sobre a poluíçao da água e suas possíveis soluções para proteger a qualidade desse recurso hidríco. Por fim, relatou-se sobre a importância do desenvolvimento de trabalhos que visem a preservação deste rio, e da inclusão da classe estudantil em projetos relacionados à manutenção e à conservação de ambientes aquáticos. 40 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados obtidos durantes este estudo comprovam que os valores das variáveis hidroquimicas analisadas, contemplam os limites preconizados pela resolução CONAMA 357/05, para classificação de águas classe I. Em geral os valores do Indice de estado trófico pata o fósforo total foram inferiores aos valores do indice de estado trófico para a clorofila a. Em relação ao grau de trofia do sistema, podemos concluir que o corpo aquático apresenta-se classificado entre as categorias oligotrófica e mesotrófica. Pelo IET podemos concluir que o ambiente apresenta produtividade intermediaria não ocorrendo interferências indesejáveis decorrentes da presença de nutrientes. O trabalho de divulgação dos resultados realizado na Unidade Escolar Araci Lustosa na cidade de Bom Jesus revelou que os discentes apresentam um quadro de desconhecimento da importância do rio Corrente dos Matões, bem como dos impactos ambientais que os mesmos são submetidos. Sugerem-se aos gestores públicos do município que sejam desenvolvidos projetos ambientais na tentativa de preservar este rio, mais programas de educação ambiental em escolas para conscientização da sociedade sobre a importância da recuperação do meio aquático. 41 7. REFERÊNCIAS AGUIAR, R. B., Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrâneo, estado do Piauí: diagnóstico do município de Bom Jesus / Organização do texto [por] Robério Bôto de Aguiar [e] José Roberto de Carvalho Gomes, Fortaleza: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2004. ART, Henry W. (Editor Geral). Dicionário de Ecologia e Ciências Ambientais. 2. ed. São Paulo: UNESP/Melhoramentos, 2001. 584 p. BAIRD, C., Química ambiental / Colin Baird; trad. Maria Angeles Lobo Recio e Luiz Carlos Marques Carrera. – 2.ed. – Porto Alegre: Bookman, 2002. BIGARELLA, João José. Estrutura e Origem das Paisagens tropicais e Subtropicais; contribuição de Everton Passos... [et al.]. - Florianópolis: Ed. da UFSC, 2003. 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