Belo Horizonte, 2013 TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA José Sabino de Oliveira ■ Oswaldo Trindade Filho Marcus Angelus Jannuzzi de Oliveira Wagner Neder Issa Editores ■ Waldemar Henrique Fernal Marcus Angelus Jannuzzi de Oliveira Luiz Eduardo Parreiras Tálamo TERAPIA intensiva NEONATAL E PEDIÁTRICA Direitos exclusivos Copyright © 2013 by Neocenter Neocenter Unineo MG LTDA Rua Domingues Vieira 587, Santa Efigênia Tel.: (31) 3481-4701 Belo Horizonte, MG – Brasil Telefone (31) 3241-4843 e-mail: [email protected] Hospital Vila da Serra Tel.: (31) 3228-8100 Unidade Octaviano Neves Tel.: (31) 3273-6678 Unidade Felício Rocho Tel.: (31) 3335-3503 Unidade São Camilo Tel.: (31) 3481-4701 Capa e Projeto Gráfico: Folium Editorial – www.folium.com.br Revisão: Magda Barbosa Roquette Taranto Ficha catalográfica T315 Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica / Marcus Angelus Januzzi de Oliveira... [Et al.] – Belo Horizonte: Folium, 2013. 360p. Outros autores: José Sabino de Oliveira, Oswaldo Trindade Filho, Wagner Neder Issa, Waldemar Henrique Fernal. ISBN: 978-85-88361-62-1 1. Cuidados intensivos no período neonatal e pediátrico. I. Oliveira, José Sabino de. II. Trindade Filho, Oswaldo. III. Issa, Wagner Neder. IV. Fernal, Waldemar Henrique. CDU: 616-053.2-78 CDD: 618.9201 Todos os direitos autorais estão reservados e protegidos pela Lei nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução desta obra, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem a permissão prévia, por escrito, do Neocenter. Apresentação No inicio da década de 90 um grupo de Neves. Nos três anos seguintes essa unidade médicos dedicados à Terapia Intensiva Neo- cresceu em tamanho e na qualidade de seus natal e Pediátrica percebeu que os resulta- resultados, confirmando nossa crença de que dos observados e relatados nesse campo, era possível produzir resultados compará- em países ditos do "primeiro mundo", não veis aos obtidos na Europa e Estados Unidos. se repetiam de forma sistemática em nosso Trouxemos de forma pioneira diversas novas meio, o que trazia uma frustração considerá- tecnologias: Ventilação de Alta Frequência, vel para cada um de nós. manuseio não invasivo no cuidados do RNPT, Resolvemos então nos agrupar e organi- suporte extracorpóreo à vida, óxido nítrico. zar nossa atividade profissional objetivando A visibilidade dos resultados ensejou o a superação das dificuldades, tais como a aparecimento de novas parcerias, possibili- impossibilidade de formar equipes dedi- tando a implantação de mais três unidades cadas, de sistematizar as condutas, de ter em Belo Horizonte: uma UTI Pediátrica no acesso a tecnologias de ponta, de possuir Hospital Felício Rocho, uma UTI Neonatal na autonomia administrativa e de estabelecer Maternidade Santa Fé em associação com a parcerias construtivas. Essas, umas vez equipe de Neonatologia local, e uma terceira superadas, facilitariam a maximização do no Hospital São Camilo. O grupo que come- benefício ao paciente. çara apenas com 17 pessoas já contava com Em 1992 abrimos uma pequena unidade mais de trinta colegas intensivistas. de UTI Neonatal com apenas seis leitos em Ao mesmo tempo em que várias organi- um acordo com a Maternidade Octaviano zações hospitalares nos confiavam essa ati- vidade específica como uma forma eficaz de já atendidos no Neocenter, nos possibilita di- responder às suas necessidades em terapia fundir a experiência adquirida através desse intensiva, observamos um crescimento do Manual. Esperamos contribuir com comuni- potencial do grupo Neocenter nas diversas dade médica e para a preservação e difusão áreas da pediatria pelo aumento do conheci- da medicina intensiva pediátrica e neonatal. mento e pela aglutinação de mais pediatras. Esse livro se propõe a servir de manual Nesse contexto, surge no final dos anos 90 o prático para dia a dia do intensivista e para Hospital Vila da Serra com foco na medicina o médico que lida com emergências, dan- da mulher e da criança, um empreendimento do respostas rápidas e linhas de condutas arrojado, liderado pelo Neocenter, contando claras e pautadas em evidencias científicas. com duas unidades de terapia intensiva para No final dos capítulos há um fluxograma que crianças: uma neonatal e outra pediátrica. sistematiza o diagnóstico e conduta, facili- Ao todo hoje superamos 130 leitos de te- tando a visualização. rapia intensiva e contamos com um grupo de Não poderíamos deixar de homenagear mais de 70 pediatras que atuam em diversas aqui o colega Helder Machado Paupério, mé- equipes, nas varias unidades. Fez-se neces- dico cardiologista brilhante, sócio fundador sário ao longo do tempo a implantação de pro- do Neocenter e do Hospital Vila da Serra, que tocolos atualizados e pautados pela Medicina muito contribuiu com a medicina. Foi acima Baseada em Evidências para padronização de tudo uma pessoa de grande coração, que das condutas e o seguimento longitudinal das infelizmente já nos deixou . mesmas. O acompanhamento de trabalhos e meta-análises em periódicos, somados à prática do dia a dia nos milhares de pacientes Coordenadores do Neocenter Prefácio É uma honra prefaciar Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do grupo Neocenter. É também uma felicidade ter acesso a obra tão cuidadosamente elaborada, que contou com po. Criaram uma Escola. Mas não formam intensivistas. Formam Médicos. Os médicos que queremos para nossos filhos (embora rezemos para que não precisem). a dedicação de tantos, em especial com a orga- Grupo que tem um conjunto de carac- nização dos colegas Marcus Angelus Jannuzzi terísticas profissionais e pessoais raras e de Oliveira e Luiz Eduardo Parreiras Tálamo. distintas, que se complementam e impulsio- O intensivista encontra aqui abordagem nam uns aos outros e aos mais jovens. prática, mas suficientemente detalhada, dos Colegas que têm gosto pela assistência, pontos básicos aos mais complexos, como pelo aprendizado constante, pelo ensino, ventilação de alta frequência (recurso que o pela produção de textos de qualidade e, tão grupo Neocenter domina como poucos). importante quanto, pela atuação política, O formato do livro, além dos temas esco- no que esta palavra tem de melhor para o lhidos, faz com que seja de grande utilidade convívio e para o desenvolvimento da terapia também para quem trabalha fora da UTI e intensiva mineira e brasileira. se depara com paciente grave ou com risco de instabilidade. O grupo Neocenter tem nossa admiração desde sua fundação, resultado da impe- Em nome dos pediatras brasileiros (e com sua licença), agradeço aos colegas do Neocenter pelo presente que é o Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica. tuosidade de profissionais competentes e inovadores. Eles criaram mais que um gru- Sérgio Diniz Guerra Lista de Autores e Editores EDITORES AUTORES Marcus Ângelus Jannuzzi de Oliveira José Sabino de Oliveira Médico especialista em Terapia Intensiva Médico pediatra pela sociedade brasileira Pediátrica. Secretário do comitê de Terapia de pediatria habilitado em terapia intensiva Intensiva Pediátrica da SBP. Vice presidente da pediátrica e neonatal. Mestre em Pediatria Associação de Medicina Intensiva Brasileira pela UFMG. Coordenador do Neocenter e (AMIB). Diretor técnico do Neocenter. Chefe do da UTI Pediátrica do Hospital Vila da Serra. Departamento de Terapia Intensiva Pediátrica Presidente da Academia Mineira Pediatria. e Neonatal do Hospital Vila da Serra. Marcus Ângelus Jannuzzi de Oliveira Luiz Eduardo Parreiras Tálamo Médico especialista em Terapia Intensiva Médico especialista em Pediatria pela SBP/ Pediátrica. Secretário do comitê de Terapia AMB e em Terapia Intensiva Neonatal e Pediá- Intensiva Pediátrica da SBP. Vice presidente da trica pela AMIB/AMB. Plantonista do Neocenter Associação de Medicina Intensiva Brasileira Unidade São Camilo. Coordenador Assistente (AMIB). Diretor técnico do Neocenter. Chefe do da Especialização em Terapia Intensiva e Departamento de Terapia Intensiva Pediátrica Neonatal do Neocenter. Professor do Curso de e Neonatal do Hospital Vila da Serra. Pós Graduação em Urgências e Emergências em Pediatria e de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal – Fundação Unimed. Oswaldo Trindade Filho Waldemar Henrique Fernal Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico e Médico pediatra titulado pela Sociedade Neonatal. Professor de Pediatria da Facul- Brasileira de Pediatria/AMB. Intensivista dade de Ciências Médicas de Minas Gerais. pediátrico e neonatal – AMIB/AMB. Coorde- Secretário Geral da Sociedade Mineira de nador clínico do Neocenter e do CTI infantil Pediatria. Coordenador Clínico do Neocen- do Hospital Vila da Serra. Pediatra do corpo ter – Belo Horizonte. Coordenador Clínico clínico do Hospital Felício Rocho. da UTI Neonatal e Pediátrica do Hospital Vila da Serra – Nova Lima. Membro da equipe do CTI pediátrico do Hospital Gov. Israel Pinheiro – Belo Horizonte. Wagner Neder Issa Médico cirurgião pediátrico. Médico Attaché Etrangér e médico assistente do serviço de cirurgia pediátrica da Universidade Luiz Pasteur – França. Especialista em Gestão da Qualidade, FPL-MG. Diretor Presidente do Hospital Vila da Serra, Nova Lima – MG. Lista de Colaboradores Adrieli de Souza Loureiro Amarilis Batista Teixeira Médica Hematologista e Hemoterapeuta Médica Pediatra, Neonatologista, Intensivista Diretora Técnica do HEMOSERVICE Pediátrica e Neonatal e Especialista em Hematologista do IPSEMG. Nutrição Enteral e Parenteral. Mestre e Neocenter e do Hospital Vila da Serra. Doutora em Ciências da Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina da UFMG. Preceptora da residência de Pediatria da FHEMIG. Coordenadora, Plantonista e Diretora Clínica do UNINEO. Alexandra Muzzi Antônio Carlos Santos Pinto Médica cirurgiã geral e pediátrica. Cirurgiã Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico pediatra do Hospital Vila da Serra, Hospital e Neonatal. Plantonista do CTI Infantil do dia e Maternidade Unimed-BH e FHEMIG. Hospital Vila da Serra e do Neocenter. Aline Fonseca Leite Praça Bernardo Vinícius Gontijo de Moraes Médica Pediatra. Especializanda em Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico e Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal Neonatal. Stage d’interne no Hospital Cloche- no Neocenter (segundo ano). ville em Tours – França. Membro do Corpo Alessandra Cazetta Sinhoroto Médica Pediatra, Neonatologista e Intensivista Pediátrica. Membro do Corpo Clínico do Clínico do Neocenter e do Hospital Vila da Serra. Membro do Corpo Clínico da Pedilar. Carla Lima Dias Duarte Cristiane Reis Leonardo Medica pediatra e neonatologista do hospital Médica cirurgiã geral e pediátrica. Mestre do Ipsemg. Intensivista infantil do Hospital em Saúde da Criança e Adolescente – UFMG. Vila da Serra. Plantonista do Neocenter. Residência de urologia Pediátrica no Royal Membro da SMP e SBP e instrutora do Programa de Reanimação Neonatal – SBP. Manchester British Council – Inglaterra – bolsa do The British Council. Cirurgiã e Urologista Pediátrica do HVS, Hospital dia Carlos Milton de Coutinho Ottoni e Maternidade Unimed-BH e FHEMIG. Médico intensivista pediátrico no Neocenter e Hospital Vila da Serra. Professor de Cristina de Paula Tofani Pediatria da Faculdade de Medicina da Médica Pediatra e Intensivista Pediátrica UFMG. Doutorado pelo Curso de Ciências e Neonatal. Membro do Corpo Clínico do da Saúde da Criança e do Adolescente / Neocenter e do Hospital Vila da Serra. UFMG. Especialista em Nutrição Parenteral e Enteral pela SBNPE/SBP. Cristina Sabbatini da Silva Alves Médica especialista em Pediatria pela SBP Carolina Andrade Bragança Capuruço e em Teraia Intensiva Pediátrica e Neonatal Mestre, pediatra e cardiologista pediátrica pela AMIB/AMB. Membro do corpo clínico pela UFMG. Titulada pela SBP e SBC. Car- do Neocenter. diologista e ecocardiografista do HC – UFMG. Coordenadora da cardiologia e ecocardiogra- Daniela Diotaiuti Gregory fia da Maternidade Santa Fé e da UNINEO. Médica pediatra e intensivista pediátrica. Plantonista do Neocenter – Caroline Máximo Batista São Camilo e do CTI Neonatal da Médica pediatra especialista em medicina Maternidade Municipal de Contagem. intensiva pediátrica e neonatal pela sociedade brasileira de pediatria. Membro do Corpo Dea Maria de Melo Iani Clínico do Neocenter/ Hospital Vila da Serra. Médica pediatra especialista em medicina intensiva pediátrica e neonatal pela socieda- Clara Cristina Rodrigues de brasileira de pediatria. Plantonista no CTI de Castro Alves Petrillo Infantil do Hospital Vila da Serra e Emer- Médica pediatra. Especializanda em gencista no pronto Atendimento da Unimed- Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal -BH. Pós graduação em trauma na infância no Neocenter (segundo ano). e adolescência e em Terapia Intensiva. Débora Cristina Valeriano de Barros de pediatria no IPSEMG e Especialização Médica Pediatra e Intensivista neonatal e em Terapia Intensiva pediátrica e neonatal Pediátrica. Plantonista do CTI pediátrico pelo NEOCENTER. e Neonatal do Hospital Belo Horizonte. Plantonista do Hospital João XXIII. João Silvério de Oliveira Médico pediatra e intensivista Pediátrico e Eisler Cristiane Carvalho Viegas Neonatal. Coordenador do CTI infantil do Médica Pediatra e Neurologista infantil. Hospital Vila da Serra e do UNINEO. Mem- Neurologista infantil do Neocenter – Unida- bro do corpo clínico do Neocenter, UNINEO de Felício Rocho. Preceptora da Residência e Hospital Vila da Serra. Medica de Neurologia Infantil do Hospital João Paulo II – FHEMIG. Jose Augusto Almeida Barbosa Médico pediatra, intensivista e cardiologista Hermílio José Carvalho Garcez Júnior pediátrico. Mestre e doutor em saúde criança Graduação em Farmácia (Habilitação e do adolescente – UFMG. Médico pediatra Indústria) pela UFMG. Especialização em habilitado em cardiologia pediátrica no Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde Neocenter, Hospital Vila da Serra e FHEMIG. – AMF/ Universidade Estadual de Montes Claros. Farmacêutico do Neocenter S/A e José Maria Penido da Silva Unineo MG LTDA. Professor Adjunto do Departamento de Pediatria da UFMG; Doutor em Pediatria; Hernani de Alvarenga Machado Nefrologista Pediátrico; Membro da Unidade Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico de Nefrologia Pediátrica do HCUFMG e da e Neonatal. Membro do corpo clínico do Ne- Nefrovila Hospital Vila da Serra. ocenter, UNINEO e Hospital Vila da Serra. Juliana Senra Coelho Inaldo Pacheco Dias Araújo Médica pediatra e intensivista pediátrica. Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico Plantonista do Neocenter Otaviano Neves, e Neonatal. Plantonista do CTI do Hospital do CTI do Pediátrico do Hospital Belo Ho- Infantil João Paulo II (FHEMIG), da UPA rizonte e da Unidade Neonatal do Hospital Venda Nova da Prefeitura de Belo Horizonte Júlia Kubitschek. e do UNINEO. Lina Pinelli Magalhães Duarte Isabella Corrêa Chaves Médica especialista em Pediatra. Médica pediatra e intensivista pediátrica. Intensivista pediátrica e neonatal no Formada pela faculdade de Medicina da Neocenter e Hospital Vila da Serra. Universidade da UFMG. Residência médica Ludimila Peres Silva Max Carsalad Schlobach Médica Pediatra e Intensivista Pediátrica Médico Cirurgião Pediátrico. Coordenador e Neonatal. Plantonista do Neocenter da Residência Médica em Cirurgia Pediá- Unidade São Camilo, da UTI Neonatal da trica do Hospital Felicio Rocho. Ex-Médécin Maternidade Municipal de Contagem e do Attaché do Serviço de Cirurgia Pediátrica CTI Pediátrico do Hospital Belo Horizonte. do “Hôpital Clocheville” Tours – França. Membro do corpo clínico dos Hospitais Márcia Cristina da Silva Felicio Rocho e Vila da Serra – Belo Hori- Médica neurocirurgiã. Mestrado zonte e Hospitais Albert Einstein e Infantil (Master of Science) – University of Toronto, Sabará – São Paulo. Canadá. Clinical fellowship em neurocirurgia pediátrica – The Hospital for Sick Children, Michelle Caroline Ferreira Abreu Moreira Toronto, Canadá. Médica Pediatra, especialista em Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal. Plantonista Maria Letícia Maldonado Versiani Caldeira do CTI Pediátrico do Hospital Belo Horizonte, Médica Pediatra, Pneumologista e Intensi- do Neocenter Otaviano Neves, do Berçário vista Pediátrica. Mestre em Pediatria pela do Hospital Vila da Serra e da UNCP do UFMG. Plantonista do CTI pediátrico do Hospital Odilon Beherens. Hospital Odilon Behrens e do Vila da Serra. Nassim Calixto Júnior Maria Lucia Pessoa de Castro Médico Doutor em Oftalmologia pela Médica Pediatra e Neonatologista – UFMG. Faculdade de Medicina da UFMG. Professor Neonatologista do Hospital das Clínicas – voluntário do Departamento de Retina e UFMG e do Hospital Vila da Serra. Vítreo do Hospital São Geraldo – UFMG. Maria Luiza Carvalho da Silveira Nívio Tadeu Gil de Lima Médica cirurgiã pediátrica, especialista Especialista em Pediatria e Terapia Intensi- pela Sociedade Brasileira de Cirurgia va Pediátrica. Membro do corpo clinico do Pediátrica.Cirurgiã pediátrica do Hospital Neocenter. Coordenador do CTI neonatal e Vila da Serra, Hospital dia e Maternidade pediátrico do Hospital Vila de Serra. Unimed-BH e FHEMIG. Patrícia Ramalho Fonseca Cruvinel Marlice Hallak Martins da Costa Médica especialista em Pediatria pela SBP e Médica pediatra especialista em terapia em cardiologia pediátrica e ecocardiografia intensiva pediátrica e neonatal. Médica pela SBC. Hospital Vila da Serra, Maternida- Plantonista do Neocenter e coordenadora do de UNIMED BH, Ecoar medicina diagnóstica. CTI Pediátrico do Hospital Belo Horizonte. Paulo Sérgio Farinha da Silva Tania Moreira Grillo Pedrosa Médico Pediatra e Intensivista Pediátrico Médica especialista em Clínica Médica e e Neonatal. Intensivista do Neocenter Medicina do Trabalho. Doutora em Medicina Unidade Felício Rocho e do CTI Pediátrico e (UFMG) na área de gestão de riscos assis- Neonatal do Hospital Vila da Serra. tenciais. Professora do Curso de Pós Graduação da Faculdade de Ciências Médicas Priscila Sedassari de Souza de Minas Gerais. Coordenadora do Curso de Médica Pediatra e Intensivista Pediátrica Especialização em Acreditação e do curso e Neonatal. Plantonista do CTI Infantil do de Especialização em Infecção Relacionada Hospital Vila da Serra e do Neocenter. à Assistência –FCMMG/IAG Saúde. Renata Maria Ada Ditta Teresa Cristina Gontijo de Andrade Médica pediatra e Intensivista Neonatal e Pediatra e Neonatologista titulada pela Pediátrica. Plantonista do Neocenter Unidade Sociedade Brasileira de Pediatria. Presi- Otaviano Neves e do Hospital Vila da Serra. dente do Conselho Diretor e coordenadora médica da Maternidade Santa Fé. Diretora Rosemary ribeiro Bahia da qualidade da UNINEO. Médica cirurgiã geral e pediátrica. Cirurgiã pediátrica do Hospital Vila da Serra, Hospital Thiago Silveira Jannuzzi de Oliveira dia e Maternidade Unimed-BH e do Neocenter. Especialista em pediatria pela SBP. Médico intensivsita da UTI Pediátrica e Neonatal do Sérgio Diniz Guerra Hospital Vila da Serra e do Neocenter. Médico Especialista em Terapia Intensiva Pediátrica. Mestre em Ciências da Saúde Tilza Tavares pela UFMG. Coordenador da UTI Pediátrica Médica Pediatria e Intensivista Pediátrica do Hospital João XXIII, Fhemig, BH/MG. e Neonatal. Membro do corpo clínico do Neocenter e Hospital Vila da Serra. Simone Cyrino Monteiro Médica Pediatra e Intensivista Pediátrica Vânia Nunes Viotti Parreira e Neonatal. Plantonista no CTI Infantil Médica especialista em Pediatria e do Hospital Odilon Behrens. Membro do Neonatologia pela SBP. Médica Corpo Clínico do Neocenter e do Hospital plantonista no CTI Pediátrico e Vila da Serra. Neonatal do Hospital Vila da Serra. Wander Campos Wanessa Imaculada Ribeiro Arantes Farmacêutico Especialista em Farmácia Hospitalar – AMF. Pós Graduado Nutrição Clínica – GANEP. Especialista Terapia Nutricional – SBNPE. Diretor Técnico Grupo Aporte / Coordenador do Serviço de Farmácia – Neocenter S/A. Médica pediatra e intensivista pediátrica. Plantonista no Neocenter – São Camilo e no CTI pediátrico do Hospital Belo Horizonte. Sumário 01 Critérios para Admissão e Alta em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica .... 01 02 Escores Preditivos em UTI Pediátrica e Neonatal ........................................................ 07 03 Transporte do Paciente em Estado Grave ...................................................................... 17 04 Acesso Vascular Central ................................................................................................. 25 05 Intubação Traqueal .......................................................................................................... 37 06 Monitorização em Terapia Intensiva ............................................................................... 43 07 Procedimentos Cirúrgicos de Emergência .................................................................... 55 08 Reanimação Cardiorrespiratória (RCP) ......................................................................... 59 09 Ventilação Mecânica ........................................................................................................ 67 10 Choque .............................................................................................................................. 83 11 Interações Medicamentosas ............................................................................................ 95 12 Morte Encefálica ............................................................................................................ 103 13 Suporte Nutricional Parenteral .................................................................................... 111 14 Suporte Nutricional Enteral .......................................................................................... 119 15 Cuidados Especiais com o Recém-nascido Prematuro Extremo ............................... 127 16 Apneia da Prematuridade .............................................................................................. 133 17 Doença de Membrana Hialina ....................................................................................... 137 18 Distúrbios Hidroeletrolíticos do Recém-nascido ......................................................... 143 19 Sepse Neonatal Precoce e Tardia ................................................................................. 155 20 Persistência do Canal Arterial (PCA) ........................................................................... 165 21 Arritmias ......................................................................................................................... 173 22 Displasia Broncopulmonar (DBP) ................................................................................. 179 23 Hipertensão Pulmonar Persistente do Recém-nascido (HPPRN) ............................. 187 24 Sedação e Analgesia no Recém-nascido ..................................................................... 195 25 Convulsão no Período Neonatal ................................................................................... 205 26 Enterocolite Necrosante (ECN) ..................................................................................... 213 27 Retinopatia da Prematuridade ...................................................................................... 217 28 Hemorragia Intraperiventricular .................................................................................. 225 29 Insuficiência Renal Aguda ............................................................................................. 229 30 Insuficiência Adrenal ..................................................................................................... 239 31 Insuficiência Hepática Fulminante – IHF ...................................................................... 245 32 Cetoacidose Diabética ................................................................................................... 253 33 Asma Aguda Grave ......................................................................................................... 261 34 Status Epilepticus ............................................................................................................ 267 35 Traumatismo Crânio-encefálico ................................................................................... 273 36 Trauma Abdominal Fechado ......................................................................................... 283 37 Pós-operatório de Cirurgia Cardiovascular ................................................................. 289 38 Sedação e Analgesia em Pediatria ............................................................................... 303 39 Transfusão de Hemocomponentes ............................................................................... 315 40 Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) ............................................... 335 41 Meningoencefalites ........................................................................................................ 343 42 Bronquiolite .................................................................................................................... 353 Critérios para Admissão e Alta em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica José Sabino de Oliveira Inaldo Pacheco Dias Araújo CONSIDERAÇÕES ■■ CRITÉRIOS DE ADMISSÃO E ALTA DO CTI NEONATAL E PEDIÁTRICA define-se unidade de terapia intensiva (UTI) como a dependência hospitalar Critérios de Admissão destinada ao atendimento a pacientes graves ou com risco de instabilidade, Unidade Neonatal potencialmente recuperáveis, que ne- de Cuidados Intermediários cessitam de vigilância contínua, pesso- ■■ al e/ou tecnológica; ■■ paciente grave é aquele que apresenta nas), pelo menos por 24 horas; ■■ instabilidade de algum de seus sistemas orgânicos devido a alterações da vida. Ex.: ventilação mecânica. peso abaixo de 2.000 g, pelo menos por 24 horas; ■■ agudas ou acutizadas ou necessidade de técnica especial para manutenção prematuridade (IG menor de 35 sema- sinais vitais anormais (ex. taquipneia, taquicardia, hipotensão, febre); ■■ malformações congênitas até estabilização clínica; Critérios para Admissão e Alta em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ... 1 ■■ ■■ distúrbios hidroeletrolíticos ou glicê- ■■ pertensão, cianose, arritmia cardíaca, encefalopatia hipóxico-isquêmica leve doença cardíaca congênita até estabili- (estágio 1 de Sarnat); ■■ ■■ ■■ enterocolite necrosante; fluidos, nutrição parenteral ou drogas, ■■ hidropisia fetal; desde que estável clinicamente. ■■ sepse ou alto risco de sepse. Obs: prematuridade é definida como RN prematuridade (IG menor de 34 sema- com idade gestacional menor de 37 sema- nas ou PN abaixo de 1.500 g); nas completas. condição que necessite de monitoração cardiopulmonar contínua; CTI Pediátrico sistema respiratório: doença respirató- ■■ instabilidade de dados vitais; ■■ necessidade de ventilação mecânica ria grave ou ameaçadora à vida, as con- ou CPAP; dições incluem, mas não se limitam a: ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ 2 zação, choque, insuficiência cardíaca); necessidade de infusão venosa de CTI Neonatal ■■ instabilidade cardíaca (ex. hipo ou hi- micos até a estabilização; ■■ instabilidade de função respiratória necessidade de ventilação mecâni- (ex. taquipneia persistente, baixa sa- ca ou sua potencial necessidade; turação de O2 persistente após 1 hora insuficiência respiratória aguda ou do nascimento, risco ou ocorrência de crônica acutizada; apneia, hérnia diafragmática congêni- barotrauma grave comprometendo ta e outras malformações graves); vias aéreas superiores ou inferiores; pós-operatório de recém-nascidos, doença de progressão rápida em principalmente se submetidos à anes- pulmões ou vias aéreas com risco tesia geral; de insuficiência respiratória e/ou condições que requeiram cirurgia em obstrução de vias aéreas; menos de 48 horas após o nascimento; necessidade de obtenção de via aé- alterações neurológicas ameaçado- rea artificial; ras (ex. convulsões, hipotonia, hiper- traqueostomia recém-implantada; tonia, letargia, apneia, hidrocefalia, necessidade de FiO2 ≥ 0,5; coma, hemorragia em SNC); apneia não revertida espontane- encefalopatia hipóxico-isquêmica gra- amente; ve (estágios 2 ou 3 de Sarnat); necessidade de tratamento de do- alterações metabólicas instáveis (ex. ença respiratória (como asma) com acidose, hipotireoidismo, insuficiência inalações medicamentosas mais adrenal, erro inato do metabolismo, frequentes do que seria considera- distúrbios hidroeletrolíticos graves); do seguro em enfermaria ou uso de necessidade de exsanguineotransfusão; beta-2 agonista venoso contínuo. Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica ■■ sistema circulatório: doenças cardio- inflamação ou infecção no SNC, com vasculares graves ou ameaçadoras à instabilidade metabólica, respirató- vida, as condições incluem, mas não ria, circulatória, depressão senso- se limitam a: rial, presença ou possibilidade de choque que persiste após trata- aumento da pressão intracraniana; mento adequado com fluidos; TCE moderado ou grave; pós-reanimação cardiopulmonar; disfunção neuromuscular progres- necessidade de monitoração car- siva com possível necessidade de diovascular contínua; monitoração contínua e suporte arritmias com instabilidade hemo- respiratório; dinâmica; necessidade de monitoração invasi- insuficiência cardíaca não compensada; va da pressão intracraniana; doença cardíaca congênita instável; derivação ventricular externa; após procedimentos cardiovascula- compressão de medula espinhal res ou torácicos invasivos de maior presente ou iminente. porte ou que apresentem risco de instabilidade após sua realização; ■■ sistema hemopoiético / oncologia: pa- necessidade de monitoração car- cientes com doenças hematológicas ou diovascular invasiva; oncológicas instáveis ou com hemor- necessidade de marca-passo tem- ragia ameaçadora à vida. As condições porário; incluem, mas não se limitam a: necessidade aguda de suporte farma- exsanguineotransfusão; cológico ou mecânico da circulação; plasmaférese ou leucoaférese com edema agudo pulmão. condição clínica instável; coagulopatia com o risco ou presen- ■■ sistema nervoso: doenças neurológicas ça de hemorragias ameaçadoras; ameaçadoras à vida ou instáveis, as con- coagulação intravascular disseminada; dições incluem, mas não se limitam a: anemia grave com instabilidade cir- estado de mal epilético; culatória ou respiratória; depressão neurológico-sensorial complicações graves de crise fal- importante ou com probabilidade de cêmica, como alterações neuro- piora e risco de comprometimento lógicas, síndrome torácica aguda, respiratório ou aspiração do conte- anemia aplástica com instabilidade údo gástrico; hemodinâmica; alteração aguda no sensório; início de quimioterapia com síndro- pós-operatório de procedimentos me de lise tumoral esperada; no SNC; tumores ou massas comprimindo no pré-operatório de condições com ou ameaçando órgãos ou vasos vi- deterioração neurológica; tais ou vias aéreas. Critérios para Admissão e Alta em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ... 3 ■■ sistema endócrino / metabólico: pa- cirurgia crânio-facial; cientes com doenças metabólicas ou cirurgia ortopédica e da coluna; endócrinas instáveis ou ameaçadoras cirurgia geral com risco de instabili- à vida. As condições incluem, mas não dade hemodinâmica ou respiratória; se limitam a: transplante de órgãos; traumas múltiplos com ou sem ins- cetoacidose diabética moderada ou tabilidade hemodinâmica; grave; choque hemorrágico após cirurgia; distúrbios hidroeletrolíticos ou áci- pós-operatórios com anestesia ge- do-básicos graves que requeiram ral de ex-prematuros (nascidos com intervenção emergencial ou moni- menos de 37 semanas completas) toração contínua; até 60 semanas de idade gesta- erros inatos do metabolismo com cional corrigida e RN a termo com deterioração aguda e instabilidade, menos de um mês de vida. requerendo medidas de tratamento ou monitoração intensivos. ■■ sistema renal: pacientes com doenças renais instáveis ou ameaçadoras à ■■ sistema gastrointestinal: pacientes vida, as condições incluem, mas não com doenças gastrointestinais instá- se limitam a: veis ou ameaçadoras à vida. As condi- insuficiência renal aguda; ções incluem, mas não são limitadas a: necessidade de terapia de substitui- hemorragia gastrointestinal grave ção renal em paciente instável; com instabilidade hemodinâmica ou rabdomiólise aguda com insuficiên- respiratória; cia renal. após endoscopia de emergência para remoção de corpos estranhos; ■■ 4 ■■ sistemas múltiplos: pacientes com do- insuficiência hepática aguda levan- enças instáveis ou ameaçadoras à vida do a coma, instabilidade hemodinâ- envolvendo vários sistemas. As condi- mica ou respiratória; ções incluem, mas não se limitam a: pancreatite aguda com instabilida- intoxicação exógena com instabi- de hemodinâmica ou respiratória. lidade orgânica presente ou com indicações cirúrgicas: pacientes em alta probabilidade de ocorrer dada pós-operatório requerendo monitora- a natureza da intoxicação; ção ou intervenções intensivas. As con- síndrome de disfunção de múltiplos dições incluem, mas não se limitam a: órgãos; cirurgia cardiovascular; hipertermia maligna diagnosticada cirurgia torácica; ou suspeita; procedimentos neurocirúrgicos; injúria orgânica grave por eletricidade; cirurgia otorrinolaringológica; choque séptico; Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica queimaduras cobrindo mais de 10% RN com mais de 32 semanas ao da superfície corporal (pacientes nascer: sete dias; referendados, em geral, para uni- ■■ suspensão de drogas vasoativas e dade especializada em queimados); antiarrítmicos endovenosos (dopami- paciente vítima de afogamento que na, dobutamina, etc.) há pelo menos necessite de FIO2 ≥ 0,4 ou com piora progressiva do padrão respiratório. 72 horas; ■■ os distúrbios hidroeletrolíticos, acido-básicos e metabólicos, controlados e estáveis; Critérios de Alta Unidade Neonatal de Cuidados Intermediário ■■ ■■ estabilidade neurológica; ■■ alta aprovada pela equipe assistencial (médicos, enfermeiros e fisioterapeutas); capacidade de manutenção de temperatura corporal fora da incubadora; ■■ estabilidade de funções vitais; ■■ peso acima de 1.800 g; ■■ ganho de peso estável na última semana (15-30 g/dia); ■■ ter assegurada a continuidade dos cuidados e tratamentos. CTI Pediátrico O paciente será considerado apto para alta ■■ idade gestacional ≥ 36 semanas; do CTI pediátrico quando a doença ou condição ■■ ausência de eventos ameaçadores à que tornou necessária sua admissão tiver sido vida por sete dias (mínimo). revertida ou quando não forem mais necessários monitoração ou tratamento intensivos, indisponíveis fora do ambiente do CTI. CTI Neonatal Critérios para alta do CTI pediátrico: ■■ parâmetros hemodinâmicos estáveis; ■■ parâmetros ■■ peso > 1.500 g ou IG > 34 semanas; ■■ estabilidade hemodinâmica; (paciente extubado, parâmetros gaso- ■■ nutrição parenteral em transição para métricos estáveis), via aérea patente; enteral (30% parenteral e 70% enteral); ■■ sepse controlada; ■■ oxigenoterapia de baixo fluxo, com ■■ ■■ respiratórios estáveis ■■ necessidade de O2 suplementar ■■ drogas inotrópicas, vasodilatadoras ou < FiO2 = 0,5; FiO2< 0,4 em doença pulmonar crônica antiarrítmicas não são mais necessá- estável; rias; quando forem, são aplicadas em monitorização após suspensão da ca- baixas doses e em paciente estável; feína por 7 dias; ■■ arritmias cardíacas controladas; monitorização após suspensão da cafeína: ■■ ausência de aparelhagem de monitoração da pressão intracraniana; RN com menos de 28 semanas ao nascer: 12 dias; ■■ RN entre 28 e 32 semanas ao nas- ■■ cer: 10 dias; controle de convulsões; ausência de monitoração hemodinâmica invasiva; Critérios para Admissão e Alta em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ... 5 ■■ pacientes em ventilação mecânica ■■ crônica cuja doença aguda tenha sido paciente em hemodiálise ou diálise peritoneal de rotina, com condição aguda resolvida e que estejam estáveis para resolvida e estabilidade clínica; retorno à unidade semi-intensiva, en- ■■ fermaria ou aos cuidados domiciliares; pacientes com traqueostomia, estáveis, que não requeiram aspiração muito frequente. Prioridade 01 Pacientes criticamente enfermos e instáveis que necessitam de cuidados de terapia intensiva e monitoração que não pode ser provida fora de ambiente de UTI. Usualmente, incluem suporte ventilatório e drogas vasoativas contínuas. Prioridade 02 Pacientes que necessitam de monitoração intensiva e podem potencialmente necessitar de intervenção imediata. Prioridade 03 Pacientes criticamente doentes, mas que têm probabilidade reduzida de sobrevida pela doença de base ou natureza da sua doença aguda. Prioridade 04 Pacientes geralmente não apropriados para admissão em UTI. A admissão deve ser feita em base individual, em circunstâncias não usuais e de acordo com o discernimento do diretor clínico da UTI. Esses pacientes podem ser distribuídos em duas categorias: • categoria A: benefício mínimo com os cuidados intensivos devido ao baixo risco de instabilidade (paciente muito bem para UTI); • categoria B: doença terminal ou irreversível, com probabilidade de morte iminente. Figura 1.1 – Critérios de priorização para internamento em unidade terapia intensiva. 5 Carvalho W B Indicações de admissão e alta das UCI e CI Pediátricas Emergência e Terapia Intensiva Pediátrica ed São Paulo. Editora Atheneu 2004. [Guideline] Committee on fetus and newborn, American Academy of Pediatrics and Committee on obstetric practice, American College of Obstetrics and Gynecology. Use and abuse of the APGAR score. Pediatr. 1996;98:141-142. 6 American Academy of Pediatrics, Committee on Hospital Care and Pediatric Section of the Society of Critical Care Medicine Guidelines and levels of care for pediatric intensive care units. Pediatrics 1993;92:166-175; Crit Care Med 1993; 21:931-937. [Guideline] American Academy of Pediatrics. Relation between perinatal factors and neurological outcome. In: Guidelines for Perinatal Care. 3rd ed. Elk Grove Village, Ill: American Academy of Pediatrics; 1992:221-234. 7 Binda RE, Mestad PH, Perryman KM. Anesthetic considerations. In: Ashcraft KW, Holcomb GW, Muphy JP. Pediatric Surgery. 4 th ed. Philadelphia, PA: Sauderns; 2005:29 – 37. Referências 1 2 3 Santina AZ. et cols. Hypoxic-Ischemic Encephalopathy. http://emedicine.medscape.com/ article/973501-overview 2009. 4 Robert M.Insolft, Capítulo 13, Página 130 do Manual de Neonatologia de John P. Cloherty, Eric C. E. E Ann R. Stark, 5ª ed, 2004. 6 Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica