TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Processo nº 2015/502767 Relatório de análise das CONTAS DE GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Exercício 2014 C O N S E L H E I R O R E L ATO R CIPRIANO SABINO DE OLIVEIRA JUNIOR Belém - Pará Maio - 2015 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Sede Belém - Palácio Serzedello Corrêa Tv. Quintino Bocaiúva, 1585 - Nazaré (91) 3210-0555 Cep: 66.035-903 Sede Santarém - Unidade Regional I Tv. Luiz Barbosa, 962 - Caranazal (93) 3522-1718 Cep: 68.041-420 Sede Marabá - Unidade Regional II Av. VP8, Fol. 32, Qd 17, Lote 11 - Nova Marabá (94) 3323-0799 Cep: 68.540-022 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ PLENO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO PARÁ PRESIDENTE Conselheiro Luis da Cunha Teixeira VICE-PRESIDENTE Conselheira Maria de Lourdes Lima de Oliveira CORREGEDOR Conselheiro André Teixeira Dias MEMBROS Conselheiro Nelson Luiz Teixeira Chaves (Coordenador de Sistematização e Consolidação de Jurisprudência) (Presidente do conselho consultivo da Escola de Contas Alberto Veloso) Conselheiro Cipriano Sabino de Oliveira Junior (Coordenador de Tecnologia da Informação) Conselheiro Odilon Inácio Teixeira (Ouvidor) CONSELHEIROS SUBSTITUTOS Auditor Julival Silva Rocha Auditora Milene Dias Cunha TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ COMPOSIÇÃO ADMINISTRATIVA SECRETÁRIO GERAL José Arlindo Siqueira da Silva CHEFA DE GABINETE Tereza Cristina João SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO José Eduardo Rodrigues Lobão SECRETÁRIO DE CONTROLE EXTERNO Carlos Edilson de Melo Resque SECRETÁRIA DE GESTÃO DE PESSOAS Alice Cristina da Costa Loureiro SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO ESTRATÉGICA Lilian Rose Bitar Tandaya Bendahan SECRETÁRIO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Cláudio Moreira Vinagre SECRETÁRIO DE CONTROLE INTERNO Max Ney de Parijós PROCURADOR Luiz Roberto dos Reis Junior SECRETÁRIO DE REPRESENTAÇÃO DA UNIDADE REGIONAL SANTARÉM Arão de Jesus Rocha SECRETÁRIO DE REPRESENTAÇÃO DA UNIDADE REGIONAL MARABÁ Antonio Carlos de Ferreira Meireles Junior DIRETORA GERAL DA ESCOLA DE CONTAS ALBERTO VELOSO Maria de Jesus Amaral Damasceno TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ COMISSÃO DE ANÁLISE DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DO GOVERNO COORDENADOR Reinaldo dos Santos Valino CONSELHEIRO RELATOR Cipriano Sabino de Oliveira Junior MEMBRO José Tuffi Salim Júnior MEMBRO Carlos Alberto Bezerra Lauzid Júnior EQUIPE DE APOIO TÉCNICO Alberto Vieira de Souza Junior Anaclaudia Carmona Rodrigues Carlos Edilson Melo Resque Clóvis Luz da Silva Cristina Machado Ramos Diego Sousa Carmona Clewerson Castelo Branco de Queiroz Érico Lima Silva Geomar Brito de Jesus Helena Yuri Saito Iran Soares dos Santos Jorge Luiz Rego Leandro Alberto Alves de Lima Luiz Gonzaga de Moraes Neto Maria do Socorro Lobão da Silva Paulo Sérgio Batista Ramos Rafael Larêdo Mendonça Raquel Serruya Elmescany Ruth Helena Delgado Bastos Shayenne Cristine Paes Carrero Sônia Abreu da Silva Elias APRESENTAÇÃO O Tribunal de Contas do Estado do Pará aprecia anualmente as contas do Governador do Estado, e o resultado das análises que servem para a elaboração do Parecer Prévio permite à sociedade paraense conhecer o grau de atingimento das metas estabelecidas pela administração pública para o ano em questão, fato que torna tal apreciação a mais importante ação da corte estadual no exercício do controle externo, em atenção aos pressupostos constantes na Constituição Estadual, no Art. 116, Inciso I. Por isso, o relatório ora apresentado traz as análises baseadas nas informações constantes na prestação de contas do Governador Simão Jatene do exercício 2014. E para esse fim o excelentíssimo Conselheiro Relator, Cipriano Sabino, contou com o auxílio de uma comissão e de um grupo técnico de servidores do TCE-PA por ele designados para a elaboração do Parecer Prévio, tudo em consonância com as normas constitucionais, legais e regimentais. As contas do Excelentíssimo Senhor Governador Simão Robison Oliveira Jatene foram encaminhadas a este Tribunal dentro dos prazos constitucional e regimental, e autuadas sob o número 2015/50276-7. Apresentada na forma de um Balanço Geral do Estado, as contas estão assim constituídas: Introdução; Relatório Técnico Contábil; Balanços e Demonstrativos; Relatório de Controle Interno, Relatório do Mapa de Exclusão Social, Anexos da Lei Federal nº 4320/1964 e Anexos complementares, por Poderes. É importante observar que o fato de o Tribunal de Contas do Estado apreciar as contas anuais do Governador do Estado, com ênfase nas ações do Poder Executivo, não significa que os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração pública estadual, não tenham suas contas julgadas pelo tribunal, já que tais julgamentos estão previstos na Constituição Estadual, art. 116, inciso II. Portanto, tais responsáveis devem também encaminhar à Corte de Contas, na forma regimental, as respectivas prestações de contas referentes ao exercício de 2014, sob sua responsabilidade. 7 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Os principais aspectos do relatório em questão estão assim discriminados: 1. O panorama econômico e social do Estado com análise do Produto Interno Bruto, Balança Comercial, Mercado de Trabalho e Mapa da Exclusão Social; 2. Os planos do Governo para o emprego dos recursos públicos e a disponibilização de bens e serviços à sociedade, bem como as ações de controle para o acompanhamento da execução do planejamento; 3. A análise das receitas e despesas, no tocante ao orçamento do Estado; 4. A análise dos demonstrativos contábeis; 5. O cumprimento dos limites e das metas estabelecidos pelas Constituições Federal e Estadual e, ainda, pela Lei de Responsabilidade Fiscal; 6. O monitoramento do cumprimento das recomendações sugeridas por este TCE ao Governo do Estado com base nas ocorrências verificadas na prestação de contas do exercício de 2013; 7. As recomendações formuladas ao Poder Executivo em função das falhas ou ressalvas identificadas no curso das análises efetuadas. As contas apresentadas pelo Governador do Estado ficarão disponíveis durante o ano de 2015 na Assembleia Legislativa, onde serão julgadas definitivamente, e no próprio Tribunal de Contas, em atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal, no artigo 49, tudo para motivar e aprimorar o controle social. No portal do TCE, cujo endereço é: www.tce.pa.gov.br., os cidadãos também poderão acessar o relatório das contas do Governo. 8 “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar. A busca da excelência não deve ser um objetivo, e sim um hábito” (Aristóteles) SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................17 1. MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL............................................................................................................21 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..............................................................................................................21 1.2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL ..........................................................22 1.3. RELATÓRIO DO MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL .............................................................................23 1.3.1. Expectativa de Vida .........................................................................................................................23 1.3.2. Renda...............................................................................................................................................25 1.3.3. Desemprego ....................................................................................................................................26 1.3.4. Educação ........................................................................................................................................28 1.3.5. Saúde...............................................................................................................................................30 1.3.6. Saneamento Básico ........................................................................................................................32 1.3.7. Habitação ........................................................................................................................................34 1.3.8. População em Situação de Risco nas Ruas ...................................................................................35 1.3.9. Segurança........................................................................................................................................36 1.3.10. Inclusão Digital...............................................................................................................................38 1.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................39 2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO..............................................................43 3. CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO................................................................................49 4. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL............................................................55 4.1. PLANO PLURIANUAL - PPA...............................................................................................................55 4.1.1. Apresentação e Composição...........................................................................................................55 4.1.2. Monitoramento e Avaliação..............................................................................................................58 4.1.3. Compatibilidade com a Lei Orçamentária........................................................................................61 4.2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS..........................................................................................66 4.3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA..................................................................................................73 4.3.1. Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.....................................................................................77 4.3.2. Orçamento de Investimento das Empresas.....................................................................................81 5. EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA........................................................................................85 5.1. ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL.......................................................................85 5.1.1. Atualização do Orçamento..............................................................................................................85 5.1.1.1. Abertura de créditos adicionais, acréscimos e reduções..............................................................86 5.1.1.2. Limite para abertura de créditos suplementares..........................................................................87 5.1.2. Arrecadação da Receita...................................................................................................................88 5.1.2.1. Receita bruta e deduções 2014....................................................................................................89 5.1.2.2. Comparativo da receita prevista e a arrecadada por categoria e origem.....................................90 5.1.2.3. Comparativo da receita orçamentária prevista e a arrecadada por categoria e origem...............92 5.1.2.4. Receita por tipo de administração 2014........................................................................................94 5.1.2.5. Demonstrativo da receita própria arrecadada...............................................................................95 5.1.2.6. Evolução da receita própria arrecadada.......................................................................................96 5.1.2.7. Comportamento histórico da arrecadação da receita...................................................................98 5.1.3. Execução da Despesa...................................................................................................................100 5.1.3.1. Despesa por Função...................................................................................................................100 5.1.3.2. Despesa por programa................................................................................................................103 5.1.3.3. Avaliação da agenda mínima do poder executivo.......................................................................108 5.1.3.4. Despesa por categoria econômica e grupo de natureza............................................................. 111 5.1.3.5. Despesas de exercícios anteriores.............................................................................................112 5.1.3.6. Despesas executadas segundo a destinação de recursos.........................................................113 5.1.3.7. Transferências a instituições privadas sem fins lucrativos..........................................................114 5.1.3.8. Utilização dos recursos referentes à taxa mineral......................................................................117 5.2. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO.................................................................................................120 6. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS......................................................................................................125 6.1. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO...........................................................................................................126 6.2. BALANÇO FINANCEIRO..................................................................................................................131 6.3. BALANÇO PATRIMONIAL.................................................................................................................135 6.3.1. Bens e Direitos...............................................................................................................................145 6.3.1.1. Bens móveis e imóveis................................................................................................................145 6.3.1.2. Dívida ativa..................................................................................................................................149 6.3.1.3. Participação Societária................................................................................................................152 6.3.2. Obrigações.....................................................................................................................................156 6.4. DEMONTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS......................................................................158 6.5. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA.......................................................................................162 6.6. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.................................................168 6.7. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS CONTROLADAS..........................................170 6.7.1. Balanço Patrimonial.......................................................................................................................170 6.7.2. Análise por Coeficiente...................................................................................................................172 6.7.3. Demonstração do Resultado do Exercício.....................................................................................174 6.7.4. Fluxo de Caixa...............................................................................................................................176 6.8. CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO – NBCASP PELO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ.............................................178 7. GESTÃO FISCAL................................................................................................................................183 7.1. TRANSPARÊNCIA............................................................................................................................183 7.1.1. Divulgação dos Relatórios .............................................................................................................183 7.1.2. Audiências Públicas.......................................................................................................................184 7.2. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA ......................................................................................................185 7.3. CUMPRIMENTO DE LIMITES..........................................................................................................186 7.3.1. Despesas com Pessoal..................................................................................................................186 7.3.1.1. Despesas com pessoal consolidado do Governo do Estado......................................................188 7.3.1.2. Despesas com pessoal do Poder Executivo...............................................................................189 7.3.2. Dívida Consolidada Líquida...........................................................................................................190 7.3.2.1. Dívida consolidada líquida previdenciária...................................................................................191 7.3.3. Garantias e Contragarantias de Valores........................................................................................192 7.3.4. Operações de Crédito....................................................................................................................193 7.3.5. Regra de Ouro................................................................................................................................194 7.3.6. Despesas da Dívida Pública..........................................................................................................194 7.4. DISPONIBILIDADE DE CAIXA..........................................................................................................195 7.4.1. Disponibilidade de Caixa Consolidada do Governo do Estado......................................................195 7.4.2. Disponibilidade de Caixa do RPPS................................................................................................196 7.4.3. Disponibilidade de Caixa do Poder Executivo................................................................................197 7.5. RESTOS A PAGAR...........................................................................................................................198 7.5.1. Restos a Pagar Consolidado do Governo do Estado.....................................................................199 7.5.2. Restos a Pagar do RPPS...............................................................................................................200 7.5.3. Restos a Pagar do Poder Executivo..............................................................................................200 7.6. METAS FISCAIS ..............................................................................................................................201 7.6.1. Resultado Primário.........................................................................................................................202 7.6.2. Resultado Nominal .......................................................................................................................203 7.7. RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS ..............................................................................205 7.7.1. Perdas em Investimentos do RPPS (Funprev)..............................................................................206 7.8. DAS ALIENAÇÕES DE ATIVO E DAS APLICAÇÕES DOS RECURSOS – ART. 53,§ 1º, INCISO III ANEXO – XIV. ........................................................................................................................212 8. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS ..........................................................................................215 8.1. MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO - MDE........................................................215 8.2. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB)...............................................216 8.3. TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS AOS MUNICÍPIOS ........................................................218 8.4. RECURSOS DESTINADOS ÀS AÇÕES E A SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE .........................219 8.5. DESPESAS COM PUBLICIDADE.....................................................................................................220 8.6. PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO – PASEP..................221 9. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO DE 2013..........................................................................................................................225 9.1. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES...............................................................................225 9.2. RESULTADO DO MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES..................................................240 10. RECOMENDAÇÕES..........................................................................................................................245 11. CONCLUSÕES..................................................................................................................................251 11.1. MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL.......................................................................................................251 11.2. CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO..........................................................................252 11.3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL.......................................................252 11.4. EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA....................................................................................256 11.5. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................................................................260 11.6. GESTÃO FISCAL............................................................................................................................263 11.7. LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS.......................................................................................265 11.8. RESULTADO DO MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES.................................................266 11.9. RECOMENDAÇÕES REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 2014....................................................266 12. ANEXOS............................................................................................................................................269 12.1. DOCUMENTOS EMITIDOS............................................................................................................269 12.2. DOCUMENTOS RECEBIDOS........................................................................................................269 12.3. SIGLAS E ABREVIATURAS............................................................................................................269 ÍNDICE DE TABELAS..............................................................................................................................276 ÍNDICE DE GRÁFICOS...........................................................................................................................279 RELATÓRIO DAS CONTAS ANUAIS DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁEXERCÍCIO DE 2014...............................................................................................................................283 PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS.............................................................................291 MANIFESTAÇÃO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, DR. JOSÉ BARROSO TOSTES NETO, REPRESENTANTE DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO, DR. SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE:........................................................................................................................295 PARECER PRÉVIO..................................................................................................................................303 RESOLUÇÃO Nº. 18.711.........................................................................................................................307 INTRODUÇÃO Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO O presente relatório técnico contém as análises realizadas na prestação de contas do Governador Simão Jatene, exercício 2014, elaborado por comissão e grupo técnico designados pela portaria nº 29.491/2015, presidida pelo excelentíssimo Conselheiro Relator, Cipriano Sabino, em atenção às normas constitucionais, legais e regimentais, evidenciando os resultados alcançados pela Administração Pública Estadual, com enfoque no Poder Executivo. A Carta Estadual, em seu art. 116, Inciso I, atribui competência ao Tribunal de Contas do Estado do Pará para analisar as contas anuais do Governador do Estado e elaborar o Parecer Prévio, o qual será encaminhado à Assembleia Legislativa para julgamento. O Excelentíssimo Senhor Governador, Simão Robison Oliveira Jatene, encaminhou a este Tribunal as contas referentes ao exercício de 2014, que foram protocolizadas sob o número 2015/50276-7, tudo em atenção aos dispositivos constitucional e regimental. A prestação de contas foi apresentada na forma de Balanço Geral do Estado, constituído de: Introdução; Relatório Técnico Contábil; Balanços e Demonstrativos; Relatório de Controle Interno, Relatório do Mapa de Exclusão Social, Anexos da Lei Federal nº 4320/1964 e Anexos complementares, por Poderes. Este Relatório contempla apenas as Contas do Chefe do Poder Executivo, tendo em vista que os efeitos do art. 56 da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, pelo qual as contas do Chefe do Poder Executivo devem conter também as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, estão suspensos pela decisão do Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.238-5. Além de apreciar as contas gerais do Governador, o Tribunal julga as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração pública estadual, os quais devem apresentar junto a esta Corte as respectivas prestações de contas referentes ao exercício de 2014, conforme dispõem a Constituição Estadual, art. 116, inciso II, e o Regimento Interno do TCE. A comissão e o grupo técnico utilizaram o Balanço Geral do Estado – BGE 2014, o Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios – Siafem e as informações fornecidas pelos diversos órgãos e entidades estaduais como fonte de consultas. Com exceção dos valores nominais expressamente indicados no texto, os demais, referentes a outros exercícios e presentes nas tabelas e gráficos, foram corrigidos monetariamente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, tendo como parâmetro o exercício de 2014, a fim de evitar distorções provocadas pelo processo inflacionário. 17 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INTRODUÇÃO Compõem este relatório os seguintes capítulos: Mapa de Exclusão Social; Estrutura Organizacional do Poder Executivo; Controle Interno do Poder Executivo; Instrumentos de Planejamento Governamental; Execução da Receita e da Despesa; Demonstrações Contábeis; Gestão Fiscal; Limites Legais e Constitucionais; Monitoramento das Recomendações Referentes às Contas de Governo de 2013; Recomendações; Conclusão e Anexos. O cenário social do Pará está apresentado por indicadores que formam o Mapa da Exclusão Social, o qual resulta, em seu diagnóstico, da comparação dos dados inerentes ao ano da prestação das contas e aqueles relativos a exercícios anteriores. A Estrutura Organizacional do Poder Executivo se demonstra por áreas de atuação, de acordo com a classificação obtida no SIAFEM/2014. O capítulo contendo a análise do Planejamento verifica se os instrumentos orçamentários cumpriram os programas e atingiram as metas previstos na Lei Orçamentária Anual em conformidade com o Plano Plurianual e Lei de Diretrizes Orçamentárias. A análise da Execução da Receita e da Despesa permite uma visão sobre os valores previstos na lei orçamentária e aqueles efetivamente realizados. As Demonstrações Contábeis trazem as informações relativas aos resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio público no exercício em análise. A situação do Governo do Estado e do Poder Executivo em relação à transparência, o alcance das metas de resultado entre receitas e despesas, bem como o cumprimento de diversos limites definidos em lei demonstra-se na Gestão Fiscal e nos Limites Constitucionais e Legais. O Monitoramento apresenta o resultado do acompanhamento das recomendações feitas no Relatório das Contas de Governo, com as respectivas justificativas e medidas do Poder Executivo para o saneamento das ocorrências detectadas no exercício de 2013. As Recomendações são encaminhadas ao Poder Executivo para a eliminação das falhas ou ressalvas identificadas durante a análise. E nas Conclusões são registrados os resultados dos exames e conferências efetuados. 18 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 1 MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL 1. MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS A exclusão social é o processo pelo qual indivíduos ou grupos são total ou parcialmente excluídos de participarem integralmente da sociedade em que vivem e pode se manifestar tanto pela privação, quanto pela inclusão, de forma precária, às necessidades básicas capazes de garantir um mínimo de condições que assegurem uma vida humana de forma digna. Dentro desse contexto, a Constituição Federal de 1988 elevou à categoria de princípio fundamental a dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, inciso III) e consagrou dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a redução das desigualdades sociais e regionais (CF, art. 3º, III). Soma-se a isso a preocupação do Constituinte de 1988 em garantir um extenso rol de direitos sociais (CF, art. 6º) como forma de proporcionar efetividade ao mínimo existencial necessário à subsistência humana. Harmonizando com essa imposição constitucional, foi criado no âmbito estadual - por meio da Lei nº 6.836, de 13 de fevereiro de 2006 - o Mapa da Exclusão Social que consiste num diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado do Pará, sendo constituído por um conjunto de indicadores sociais, relativo ao ano de referência da prestação das contas governamental e ao ano imediatamente anterior para fins de comparação. De acordo com o art. 3º do referido diploma normativo, os indicadores sociais utilizados na construção do Mapa são os seguintes: expectativa de vida, renda, desemprego, educação, saúde, saneamento básico, habitação, população em situação de risco nas ruas e segurança pública. Acrescente-se, ainda, o indicador de inclusão digital, oriundo de recomendação deste TCE-PA. O diagnóstico acerca do nível de exclusão social no Pará é dado sob a forma de relatório expositivo da evolução, estagnação ou involução dos indicadores, resultante da comparação dos dados inerentes ao ano da prestação das contas e aqueles relativos ao exercício pretérito. O Mapa da Exclusão Social foi concebido pelo legislador estadual como um instrumento destinado a estratificar por meios de indicadores a forma como os processos excludentes sociais se manifestam no espaço geográfico paraense, e como forma de subsidiar à condução de políticas públicas que atendam às necessidades socioeconômicas do Estado. 21 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Sob outra perspectiva, o Mapa reflete o grau de adesão dos sucessivos governos aos compromissos de redução das desigualdades sociais e regionais, combate à marginalização e redução da pobreza, que se consubstanciam nos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. 1.2. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL A Lei nº 6.836/2006, no seu art. 4º, traçou novas exigências para a elaboração do Plano Plurianual de Ação Governamental, propondo que a lei que aprovar o PPA deverá dispor sobre as metas de melhoria dos indicadores sociais contidos no Mapa de Exclusão Social e a estratégia a ser adotada para sua elaboração durante o período de sua vigência. No que tange ao projeto da Lei Orçamentária Anual, o art. 5º do diploma legal supracitado, passou a exigir que seja integrado por um Anexo de Metas Sociais, que conterá as metas de melhoria dos indicadores sociais no Mapa da Exclusão Social a serem atingidas no ano seguinte, bem como a discriminação das ações necessárias para a realização das metas estabelecidas, quantificadas financeira e fisicamente sempre que possível. O Anexo de Metas Sociais também deverá conter a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior (Lei nº 6.836/2006, art. 5º, § único). O PPA para o período 2012-2015, instituído na Lei Estadual nº 7.595, de 28 de dezembro de 2011, foi alterado pela Lei n.º 7.763, de 12 de dezembro de 2013, com reflexos para o período 2014-2015, está em conformidade com as determinações constante na Lei n.º 6836/2006, art. 4º. Essa lei dispõe sobre as metas de melhoria dos indicadores sociais contidos no Mapa da Exclusão Social e define a estratégia a ser adotada para sua elaboração ao longo da vigência do plano. No que se refere ao orçamento anual do Estado para o exercício 2014, aprovado na forma da Lei Estadual n° 7.797, de 14 de janeiro de 2014, verifica-se o cumprimento das exigências do art. 5°, caput. O projeto da LOA foi integrado pelo Anexo de Metas Sociais, o qual fixou as metas de melhoria dos indicadores do Mapa e descreveu as ações a serem desenvolvidas para realização dessas metas, quantificadas física e financeiramente. Cumpre destacar que foi observada a exigência normativa contida na Lei n.º 6836/2006, art. 5°, parágrafo único, tendo em vista que o Anexo de Metas Sociais integrante da LOA de 2014 contém a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. 22 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL 1.3. RELATÓRIO DO MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Em observância às determinações normativas contidas na Lei Estadual nº 6.836/2006, o Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Pará encaminhou a esta Corte de Contas, como parte integrante do Balanço Geral do Estado - BGE, referente ao exercício de 2014, o Mapa de Exclusão Social. Elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará - Fapespa, o documento expõe dados técnicos que retratam o panorama da exclusão social no Pará, desagregados de forma regional, de acordo com a disponibilidade de cada indicador constante nas fontes oficiais utilizadas para análise. Os demonstrativos da desagregação regional foram utilizados nos casos em que há cobertura na área de abrangência de cada fonte, sempre utilizando as Regiões de Integração, com exceção do item segurança que segue a regionalização do Sistema Estadual de Segurança Pública, instituído pela Lei de nº 5.584/2011. Para as variáveis em que não há disponibilidade de informação desagregada regionalmente dentro do estado do Pará, foram utilizados como parâmetro os dados relativos à Região Metropolitana de Belém, Região Norte e Brasil. Todos os indicadores previstos na Lei nº 6.836/2006, no seu art. 3º, a saber: expectativa de vida, renda, desemprego, educação, saúde, saneamento básico, habitação, população em situação de risco nas ruas e segurança, bem como a inclusão digital, oriunda da recomendação feita por este Tribunal, foram apresentados no Mapa de Exclusão Social. Diante deste cenário, vale destacar que o diagnóstico apresentado pelo referido Mapa é extremamente relevante na condução das políticas públicas do Estado, servindo como um norte para atuação do Governo de acordo com as reais necessidades da sociedade paraense, contribuindo, dessa forma, para atender ao comando constitucional insculpido na Carta Magna de 1998, no seu art.3º, inciso III, que prevê como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, a redução das desigualdades sociais e regionais. 1.3.1. Expectativa de Vida A expectativa de vida, também denominada de esperança de vida, consiste na estimativa da quantidade média de anos que um recém-nascido viveria considerando as taxas de mortalidade observadas no ano em análise. Esse indicador social reflete o grau de qualidade de vida da população, sendo calculado 23 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL de acordo com os níveis de saúde pública, do acesso à educação, cultura e lazer, índices de violência e criminalidade entre outros fatores. Conforme as informações extraídas do Mapa de Exclusão Social, a expectativa de vida no Pará de 2013 para 2014 teve um acréscimo de 0,10 anos, tendo em vista que passou de 72,96 para 73,06 anos. Entretanto, esse número ainda é inferior à média nacional de 74,9 anos, que foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE na pesquisa intitulada “Tábua Completa da Mortalidade – 2013”, publicada em 01/12/2014 no Diário Oficial da União. A tabela a seguir demonstra os resultados da expectativa de vida dos indivíduos com menos de 1 ano de idade no estado do Pará e nas 12 Regiões de Integração, nos anos de 2013 e 2014. Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Pará e Regiões de Integração, 2013 e 2014 (Em anos) Pará/Regiões de Integração Expectativa de Vida 2013 2014 Pará 72,96 73,06 Marajó 77,09 77,36 Tocantins 74,77 75,00 Rio Caeté 73,77 74,64 Baixo Amazonas 74,35 73,87 Rio Capim 73,97 73,72 Lago Tucuruí 73,46 73,69 Araguaia 73,41 73,47 Tapajós 73,83 73,26 Guamá 73,02 73,1 Xingu 71,73 71,76 Metropolitana 71,34 71,52 Carajás 71,26 71,22 Fonte: Sespa/Fapespa Elaboração e Cálculo: Fapespa/Seplan Nota (1) As informações sobre óbitos foram informadas pela Sespa e são preliminares. (2) A população por faixa etária para 2013 foi estimada pela Fapespa. Diante destes dados, torna-se relevante destacar que as Regiões de Integração que apresentaram os maiores aumentos nos índices de 2013 para 2014 foram: Rio Caeté (0,87), Marajó (0,27) e Tocantins (0,23) ano, regiões que possuíam em 2014 também as maiores esperanças de vida, (74,64), (77,36) e (75,00) anos respectivamente. 24 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Por outro lado, as Regiões de Integração que tiveram as maiores reduções na expectativa de vida de 2013 para 2014 foram as seguintes: Tapajós (-0,57) e Baixo Amazonas (-0,48), sendo que as menores esperanças de vida em 2014 foram: Carajás (71,22), Metropolitana (71,52) e Xingu (71,76). 1.3.2. Renda A Lei nº 6.836/2006, art. 3°, inciso II, dispõe que os indicadores sociais de renda a serem utilizados na elaboração do Mapa da Exclusão Social são os seguintes: PIB per capita ajustado ao custo de vida local, indicadores de concentração de renda e número de pessoas abaixo da linha da pobreza. Os dados apresentados pelo Mapa apresentaram informações sobre o PIB per capita extraídas das seguintes fontes oficiais: IBGE, IDESP e PNAD, referente ao período de 2009 a 2012. De acordo com os indicadores presentes no diagnóstico de exclusão social, em 2012, o PIB per capita constante (deflacionado a preços do ano anterior) do Estado do Pará, evoluiu para R$11.670,00, o que, em termos percentuais, representou um aumento de 9,6%. Todavia, ainda está muito abaixo do PIB per capita nacional que registrou no mesmo período o montante de R$21.575,00. Os indicadores de concentração de renda foram expressos a partir do Coeficiente de Gini, que é uma medida do grau de distribuição de rendimentos, variando de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade máxima). Os cálculos foram elaborados com base no PIB dos municípios do Estado, disponibilizados pelo IBGE/IDESP, referentes ao período de 2009 a 2012. Vale ressaltar que não foram apresentados os dados relativos ao exercício de 2013 e 2014. Conforme informação extraída do Mapa, o indicador médio de concentração de renda dos municípios do estado apresentou redução de 0,780 em 2011 para 0,767 em 2012, o que representa uma diminuição na acumulação da renda. Em 2012, os maiores indicadores de desigualdade foram observados nas seguintes Regiões de Integração: Carajás (0,805), Metropolitana (0,671) e Guamá (0,606), que juntas representaram 61,5% do PIB estadual. Por outro lado, os menores índices de concentração de renda foram: Marajó (0,285), Araguaia (0,385) e Xingu (0,464). Quanto ao indicador de pessoas abaixo da linha de pobreza, foi adotado o conceito de pobreza absoluta, que representa todas as pessoas que vivem em domicílios cuja renda domiciliar per capita é inferior a meio salário mínimo, considerando o valor de R$208,13 como equivalente a meio salário mínimo de 2004 atualizado a preços de 2013. 25 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Os dados apresentados no Mapa são relativos ao período de 2007/2009 e 2011/2013, com base na Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar - Pnad, divulgada pelo IBGE. As desagregações geográficas referem-se ao Brasil, Região Norte, Pará e Região Metropolitana de Belém, havendo ainda a segregação dos dados conforme o gênero, cor/raça e localidade (urbana/rural). No Estado do Pará, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza apresentou redução de mais de 14 mil pessoas de 2012 para 2013, provocando uma diminuição da proporção de pessoas pobres no estado de 25,6% para 25,4% no período. Dentre as unidades geográficas observadas, a Região Metropolitana de Belém foi a única que teve acréscimo no percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza, passando de 14,0% em 2012 para 14,3% em 2013. No que tange à distribuição da população abaixo da linha da pobreza por gênero, ocorreu um aumento no percentual de mulheres na proporção de pessoas pobres, visto que mudou de 49,9% em 2012 para 50,4% em 2013. Por outro lado, a população do sexo masculino sofreu uma redução de 50,1% em 2012 para 49,6% em 2013. Quanto à proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza por raça/cor, a maior concentração desse indicador foi verificada nos indivíduos de cor/raça preta ou parda, em todas as unidades geográficas analisadas, sendo 71,9%, 81,6%, 83,8% e 78,6%, respectivamente, no Brasil, Região Norte, Pará e Região Metropolitana de Belém. Cabe destacar que o Estado do Pará, apresentou uma redução nesse índice, posto que em 2013 foi registrado o percentual de 83,8% de pessoas abaixo da linha da pobreza de cor/raça preta ou parda, enquanto que em 2012 essa porcentagem registrou 84,3%. Entretanto, mesmo com todos os esforços praticados pelo Governo nos últimos anos, tais números demonstram que ainda há uma elevada concentração de renda no espaço geográfico paraense. 1.3.3. Desemprego Este indicador reflete o percentual da População Economicamente Ativa - PEA que se encontrava desocupada, isto é, indivíduos que não tinham trabalho, em um determinado período de referência, mas estavam dispostos a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva na semana de referência da pesquisa. O Mapa não fornece os indicadores relativos ao exercício de 2014, limitando-se ao período de 2009 26 a 2013, sendo utilizada nos estudos a variável desocupação disponível na PNAD/IBGE. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Em 2013, as taxas de desocupação apresentaram acréscimos em todas as unidades geográficas analisadas: Brasil, Região Norte, Pará e Região Metropolitana de Belém – RMB, conforme pode ser observado abaixo: Indicadores 2012 BR RN 2013 PA RMB BR RN PA RMB PEA* 102.463 8.106 3.799 1.072 103.401 8.104 3.798 1.031 POC* 96.100 7.600 3.579 960 96.659 7.513 3.523 902 População Desocupada* 6.363 506 220 111 6.742 591 275 129 6,2 6,2 5,8 10,4 6,5 7,3 7,2 12,5 Taxa Desocupação % No Estado do Pará, o acréscimo da taxa de desocupação foi de 5,8% em 2012, para 7,2% em 2013, fato que, segundo informação da Fapespa, decorre de um crescimento da população desocupada de 24,8% de 2012 para 2013. Outro dado que merece destaque está na constatação de que, dentre todas as unidades analisadas, a Região Metropolitana de Belém – RMB é a que apresenta o maior percentual de desocupação, registrando a taxa de 12,5% no ano de 2013. No que tange às taxas de desocupação pelo critério da situação do domicílio, verificou-se que tanto as áreas urbanas quanto as áreas rurais apresentaram crescimento em 2013 no indicador para o Brasil, Região Norte, Pará e RMB, em relação a 2012, mantendo-se as maiores taxas nas áreas urbanas. Neste sentido, cabe destacar que o Pará registrou aumento neste índice em 2013, em comparação ao ano anterior, passando de 7,6% para 9,3% na área urbana e 1,7% para 2,9 na área rural, e a RMB foi que apresentou o maior índice de desocupação no período mencionado, mudando de 10,6% para 12,6% na área urbana e 4,3% para 7,5% na área rural. Quanto às desagregações do indicador por gênero, observa-se que as taxas femininas foram muito maiores que as masculinas. Em 2013, o Estado do Pará apresentou uma taxa de desocupação maior em cotejo com o ano anterior, passando de 3,9% a 4,6% para os homens e de 8,6% a 11,3% para as mulheres. Dentre as regiões observadas, as maiores taxas de desocupação para os dois gêneros ocorreram na RMB, onde a taxa de desocupação apresentada entre os homens foi de 7,4% em 2012 para 8,7% em 2013, e a taxa para as mulheres foi de 14,1% para 17,2% no mesmo intervalo. No período de 2012 a 2013, a desagregação do indicador segundo a raça/cor demonstrou que a taxa de desocupação obteve crescimento tanto para os brancos, quanto para os pretos/pardos. Em relação ao Pará, a taxa para pessoas consideradas brancas aumentou de 6,0% para 7,1% e entre pretas TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 27 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL e pardas o acréscimo foi de 5,7% para 7,3%. Das regiões analisadas, a RMB também apresentou os maiores índices, visto que a taxa de desocupação de brancos passou de 9,9% para 10,9%, enquanto a de pretos e pardos passou de 10,5% para 12,9%. O Mapa também apresenta indicadores de emprego no Brasil, Região Norte, Pará e RMB, no período de 2012 a 2013. Essa iniciativa é digna de destaque, visto que a Lei Estadual nº 6.836/2006 não os exige, considerando ainda a contribuição deste estudo para fomentar a adoção de políticas públicas capazes de gerar empregos no estado, fator primordial para promoção da inclusão social. Os indicadores em questão são representados pela População Ocupada - POC, definida pelo IBGE como aquelas pessoas que em um determinado período de referência trabalharam ou que tinham trabalho, mas não o desempenharam por motivo de férias, licença médica, entre outros. As pessoas ocupadas são classificadas em: empregados, conta própria, empregadores e não remunerados. Quanto à população ocupada por posições, em 2013, em todas as regiões observadas, foi constatado um incremento no índice de pessoas empregadas. No Pará, a pesquisa registrou a marca de 49,2%, representando um acréscimo de um ponto percentual em relação a 2012 que teve 48,2%. Entretanto, a participação dos trabalhadores sem carteira assinada também apresentou crescimento de 20,4% em 2012 para 20,6% em 2013. A participação dos trabalhadores por conta própria apresentou redução no estado do Pará de 30,3% em 2012 para 29,2% em 2013, comportamento semelhante ao ocorrido quanto aos trabalhadores domésticos que diminuiu de 6,0% para 5,8% no período citado. Os trabalhadores domésticos com carteira assinada, apesar de serem a minoria dentre o total dessa posição de ocupação, aumentaram sua participação em relação ao total da população ocupada de 0,8% em 2012 para 1,0% em 2013, o que segundo interpretação da Fapespa já são reflexos das regulamentações trabalhistas recentes para a categoria. 1.3.4. Educação Atendendo as exigências constantes na Lei Estadual n° 6.836/2006, a análise da área da educação é realizada por meio de uma combinação da média entre a taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada de matrícula no ensino fundamental, médio e superior. O diagnóstico apresentado pelo Mapa se baseia em dados de pesquisa realizada pelo IBGE/PNAD relativa ao período de 2011 a 2013, não constando informações sobre o exercício de referência da prestação de contas. 28 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Para uma melhor elucidação do atual cenário deste indicador, a tabela abaixo, extraída do Mapa da Exclusão Social, apresenta o indicador de educação estabelecido pela Lei 6.836/2006 referente apenas ao biênio 2012-2013. Tabela 1.2 - Indicador de Educação (2012 e 2013) Área Geográfica Brasil Região Norte Pará RMB Taxa de Alfabetização (15 anos Matrícula Média da Taxa de Alfabetização e Taxa combinada de ou mais) Combinada matrículas 2012 91,34 86,51 1,06 2013 91,48 86,82 1,05 2012 90,04 88,52 1,02 2013 90,48 88,12 1,03 2012 89,49 87,84 1,02 2013 89,95 87,08 1,03 2012 97,08 94,65 1,03 2013 96,58 88,73 1,09 Ano Fonte: IBGE Analisando os dados presentes nesta pesquisa, pode-se notar que a taxa de alfabetização para pessoas com 15 anos ou mais apresentou uma discreta evolução na maioria das unidades geográficas observadas, sendo que no Estado do Pará, este índice subiu de 89,49% em 2012 para 89,95% em 2013. Na contramão desta constatação, a RMB sofreu uma redução nesse indicador, na medida em que regrediu de 97,08% em 2012 para 96,58% em 2013, em que pese continuar com o maior índice em comparação com as demais regiões. No que concerne à taxa combinada de matrícula, verificou-se uma diminuição na maioria dos itens geográficos analisados, sendo que na RMB foi observada a maior diminuição, de 94,65% em 2012 para 88,73% em 2013. No Estado do Pará, este indicador reduziu de 87,84% em 2012 para 87,08% em 2013. Quanto à média entre os dois indicadores supracitados, de 2012 para 2013, o Pará apresentou um aumento de 1,02 para 1,03 ficando praticamente estável. Enquanto que a RMB apresentou uma maior evolução, de 1,03 para 1,09 no período mencionado. O Mapa também apresenta desagregações da taxa de alfabetização por gênero, situação do domicílio e por raça/cor, no período compreendido entre 2012 e 2013. De acordo com esses dados, pode-se observar em quase todos as unidades geográficas, que o gênero feminino possui a maior taxa de alfabetizados, exceto na RMB que em 2013 apresentou uma taxa masculina (96,7%) superior a feminina (96,5%). 29 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Um dado que merece destaque foi a constatação que dentre as unidades analisadas, o Pará possui as menores taxas de alfabetização por gênero, apontando em 2013, 89,1% para os homens e 90,7% para as mulheres. Por situação de domicílio, os dados mostraram que, em 2013, no Pará, na área urbana, a taxa de alfabetização anotou o percentual de 92,7%, demonstrando um aumento pouco expressivo em relação a 2012, quando a taxa foi de 92,6%. Enquanto que em 2013, para zona rural, este índice marcou 83,2%, apresentando um incremento em relação ao ano de 2012, quando foi registrado 81,6%. Entretanto, a Região Metropolitana de Belém apresentou uma redução neste índice, tanto na área urbana, passando de 97,02% em 2012 para 96,09% em 2013, quanto na área rural, que mudou de 94,4% em 2012 para 85,7% em 2013. Vale ressaltar que apesar dessa redução tão significativa, o índice da área rural da RMB foi o maior das regiões geográficas observadas. Com relação à raça/cor, comparando-se as taxas de alfabetização de brancos e pretos/pardos, constata-se, no Estado do Pará, que entre aqueles o índice reduziu de 93,3% em 2012 para 92,8% em 2013, e, entres estes, para o mesmo período, houve uma evolução de 88,5% para 89,3%, evidenciando que no universo de alfabetizados paraenses predominam as pessoas de cor/raça branca. De acordo com informação fornecida pela Fapespa, um dos principais problemas da área educacional a ser enfrentado pelo estado do Pará é a distorção série idade, cuja solução é a intensificação de políticas de aceleração escolar e de redução da evasão escolar. Diante deste cenário, várias ações foram e estão sendo desenvolvidas pelo Governo Estadual com o intuito de melhorar o sistema educacional paraense, com destaque para o “Pacto pela Educação do Pará”, iniciado em 2014, consistindo numa estratégia de integração dos diferentes setores e níveis de governo, da sociedade civil e da iniciativa privada, que tem como objetivo dar efetividade aos anseios sociais relacionadas à educação. 1.3.5. Saúde O diagnóstico deste indicador social é realizado por meio dos seguintes índices: número de postos de saúde, de leitos hospitalares e de agentes comunitários de saúde em relação ao número de habitantes e à mortalidade infantil. A pesquisa constante no Mapa de Exclusão Social foi feita mediante dados oficiais do Datasus, do DAB-MS, ambos vinculados ao Ministério da Saúde, do IBGE e da Secretaria de Estado de Saúde Pública 30 do Pará – Sespa. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL A consolidação dos indicadores da área de saúde observados no Estado do Pará e nas 12 Regiões de Integração, no período de 2013-2014, estão descritos na tabela abaixo. Tabela 1.3 - Indicadores de Saúde previstos pela Lei 6.836/2006 (2012 – 2013) Pará/Regiões de Integração Postos e Centros de Saúde por 10.000 habitantes Leitos Hospitalares¹ por 1.000 habitantes Agentes Comunitários por 1.000 habitantes Taxa de Mortalidade Infantil* 2013 2014 2013 2014 2013 2014 2013 2014 Pará 2,38 2,44 2,16 2,18 1,80 1,81 16,42 16,09 Araguaia Baixo Amazonas Carajás Guamá Lago Tucuruí Marajó Metropolitana Rio Caeté Rio Capim Tapajós Tocantins Xingu 2,74 3,00 2,00 4,10 2,89 3,58 0,78 3,39 2,60 2,47 2,52 3,19 2,74 3,02 1,97 4,28 2,87 3,65 0,83 3,48 2,67 2,45 2,55 3,26 2,46 1,79 1,62 1,91 1,84 0,96 3,25 2,23 1,94 2,28 1,17 1,81 2,38 1,66 1,60 1,81 2,01 0,98 3,36 2,29 2,03 2,27 1,15 1,89 2,27 2,02 1,59 2,42 2,01 2,05 0,86 2,62 2,28 2,00 2,09 2,26 2,26 2,27 1,50 2,41 1,93 2,39 0,76 2,63 2,25 2,05 2,05 2,31 17,99 17,28 14,91 16,89 14,20 17,43 16,81 14,33 14,54 18,81 17,04 16,99 15,30 17,42 13,13 16,45 14,80 16,91 16,37 14,90 15,44 21,95 15,40 19,34 Fonte: DATASUS, IBGE, DAB-MS, SESPA *Nº de óbitos de menores de 1 ano de idade por mil nascidos vivos (Resultados preliminares) (1) Leitos Hospitalares somam os leitos de internações e leitos de UTI. Analisando os referidos dados, percebe-se que o número de postos e centros de saúde para cada grupo de 10.000 habitantes, no Estado do Pará, apresentou pequeno acréscimo de 2,38 em 2013 para 2,44 em 2014. Os resultados mais expressivos foram identificados nas seguintes Regiões de Integração: Guamá (4,28), Marajó (3,65), Rio Caeté (3,48) e Xingu (3,26). Por outro lado, a Região Metropolitana de Belém demonstrou o pior desempenho das unidades geográficas observadas, modificando de 0,78 para 0,83, no período 2013-2014, resultado bem inferior à média estadual. Quanto à proporção de leitos hospitalares por mil habitantes, no Pará foi registrado uma discreta evolução nesse indicador, cuja proporção, em 2013, era de 2,16, passando a 2,18, no ano seguinte. Das 12 Regiões de Integração, as do Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guamá, Tapajós e Tocantins apresentaram redução no número de leitos para cada mil habitantes de 2013 para 2014. As demais demonstraram incrementos no indicador, cabendo destacar que a Região do Marajó, em que pese ter apontado uma leve melhora no indicador, aumentando de 0,96 em 2013 para 0,98 no ano de 2014, assinalou a pior média dentre as áreas analisadas e a Região Metropolitana que evoluiu de 3,25 para 3,36 no período 2013-2014, anotou o maior índice das regiões observadas. 31 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Considerando o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) por grupos de 1.000 habitantes, o Mapa revela que o Pará registrou um pequeno aumento de 1,80 em 2013 para 1,81 em 2014. Quanto as Regiões de Integração, as do Baixo Amazonas, Marajó, Tapajós, Xingu e Rio Caeté apresentaram crescimento, enquanto as demais tiveram diminuição nesse indicador entre 2013 e 2014, com destaque negativo para a Região Metropolitana que no referido período reduziu de 0,86 para 0,76, sendo o menor índice dentre as unidades geográficas pesquisadas. Dentre os indicadores de saúde, merece destaque a taxa de mortalidade infantil que reflete o risco de morte das crianças em seu primeiro ano de vida, assim como as condições de desenvolvimento socioeconômico e de infraestrutura, a qualidade da saúde materna e infantil, dentre outras variáveis correlacionadas. Este indicador é apresentado no Mapa como resultado da proporção do número de óbitos de menores de 1 ano de idade por mil nascidos vivos, na população residente no ano considerado. De acordo com os dados presentes no Mapa, a taxa de mortalidade infantil no Estado do Pará registrou decréscimo no biênio 2013-2014, caindo de 16,42 para 16,09 respectivamente. No mesmo período, esta tendência foi seguida pelas seguintes RI’s: Araguaia (de 17,99 para 15,30), Carajás (de 14,91 para 13,13), Guamá (de 16,89 para 16,45), Marajó (de 17,43 para 16,91), Tocantins (de 17,04 para 15,40) e Metropolitana (de 16,81 para 16,37). Por outro lado, as regiões do Baixo Amazonas, Lago de Tucuruí, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós e Xingu tiveram aumento nas taxas de mortalidade infantil no ano de 2014 em relação a 2013. A menor e a maior taxa de mortalidade infantil, no ano de 2014, ocorreram nas Regiões de Carajás (13,13) e Tapajós (21,95), respectivamente. Diante deste cenário, torna-se relevante ressaltar que a mortalidade infantil se apresenta como o mais sensível dentre os indicadores já analisados, e conhecer seu desempenho anual é importante para a formulação de políticas públicas que possibilitem seu controle e redução. 1.3.6. Saneamento Básico Os indicadores de Saneamento Básico estabelecidos pela Lei nº 6.836/2006 consistem nos percentuais de domicílios com água tratada, coleta e tratamento de esgoto e coleta de lixo. O Mapa da Exclusão Social apresenta dados por aproximação desses indicadores, em face da indisponibilidade de fonte oficial com as especificidades exigidas pela lei. As informações utilizadas são oriundas da PNAD/IBGE, com en- 32 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL foque, em termos geográficos, no Brasil, Região Norte, Estado do Pará e Região Metropolitana de Belém, no período de 2008 a 2013. Em substituição ao indicador de domicílios com água tratada, o Mapa expõe os percentuais de unidades servidas com água proveniente de rede geral e de sistemas próprios de abastecimento de água com canalização interna, a exemplo de condomínios e conjunto habitacionais. O Estado do Pará apresentou redução no percentual de domicílios servidos com abastecimento de água pela rede geral, de 51,43% em 2012 para 49,90% em 2013, interrompendo a tendência crescente verificada nos últimos anos. No mesmo período, o percentual nacional oscilou de 85,40% para 84,98%. No que se refere aos domicílios dotados de sistemas próprios de abastecimento de água com canalização interna, os indicadores são favoráveis. Em 2013, a RMB atingiu o índice de 97,58%, superior ao nacional, de 94,89%. O Estado do Pará alcançou o percentual de 84,38% e a Região Norte 87,23%. Quanto ao indicador de esgotamento sanitário, o Mapa fornece o percentual de domicílios atendidos por rede coletora de esgoto pluvial (rede geral) ou fossa séptica, porém, não disponibiliza informações sobre os índices de tratamento do esgoto. Em 2013, o Estado do Pará apresentou um crescimento de 4.58% no percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica, em relação a 2012, elevando a cobertura para 57,33%. Na Região Metropolitana de Belém observou-se o mesmo comportamento, com evolução de 69,17% em 2012 para 82,84% em 2013. No mesmo período, a Região Norte e o Brasil registraram reduções nesses indicadores, respectivamente, de 56,07% para 54,17% e 77,78% para 76,16%. O indicador de coleta de lixo abrange os domicílios com lixo coletado diretamente por serviço ou empresa de limpeza (pública ou privada) no local onde se situa o domicílio, ou beneficiados por coleta indireta consistente no recolhimento posterior de lixo depositado em caçambas, tanques ou depósitos de serviço ou empresa (pública ou privada), ou ainda outros tipos de coletas não especificados. Em todas as desagregações geográficas analisadas no Mapa houve evolução nos indicadores de 2012 a 2013. Merece destaque o elevado percentual de 98,40% associado à Região Metropolitana de Belém, marcantemente superior aos índices do Brasil (89,35%), Região Norte (78,53%) e Pará (75,05%). A tabela a seguir evidencia os indicadores de saneamento básico no período de 2011 a 2013, segundo as desagregações geográficas constantes do Mapa: 33 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Tabela 1.4 - Saneamento Básico – Percentual de Domicílios Desagregação Geográfica Brasil Região Norte Pará RMB Ano Domicílios com Abastecimento de Água por Rede Geral Domicílios com Abastecimento de Água com Canalização Interna Domicílios com Esgotamento Sanitário Domicílios com por Rede Geral e Fossa Séptica Coleta de Lixo 2011 84,63 94,23 77,19 88,82 2012 85,40 94,72 77,78 88,79 2013 84,98 94,89 76,16 89,35 2011 55,97 81,98 57,30 75,88 2012 58,34 85,97 56,07 77,32 2013 58,25 87,23 54,17 78,53 2011 47,99 76,92 52,99 71,50 2012 51,43 81,26 52,75 73,19 75,05 2013 49,90 84,38 57,33 2011 69,24 93,92 86,89 97,84 2012 70,51 97,49 69,17 97,58 2013 68,90 97,58 82,84 98,40 Fonte: IBGE Embora os investimentos em saneamento básico sejam crescentes segundo relatado no estudo, os resultados verificados indicam a necessidade de aprimoramento de políticas públicas e ampliação das ações neste setor, com especial ênfase nos serviços de distribuição de água tratada e coleta e tratamento de esgoto. 1.3.7. Habitação O indicador de Habitação previsto na Lei nº 6.836/2006 consiste no déficit habitacional medido com base no número de pessoas que vivem em loteamentos irregulares, destacando-se as áreas de risco. Todavia, em decorrência da inexistência de fonte oficial para elaboração do indicador especificado na lei, a Fapespa adotou a metodologia utilizada pela Fundação João Pinheiro – FJP e Ipea, e empregou dados da PNAD/IBGE de 2013 para formular cálculos estimados de alguns dos componentes do déficit habitacional, entre eles: habitações precárias, coabitação familiar e adensamento excessivo de moradores em domicílios alugados. Segundo os cálculos estimados dispostos no Mapa, o Brasil e o Estado do Pará registraram crescimento no percentual de precariedade de habitações e de coabitação familiar, no período de 2012 a 2013. Neste período, o indicador de adensamento excessivo apresentou redução no Pará, mantendo-se estável no Brasil. 34 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL A tabela a seguir, para efeito de análise, concentra as estimativas dos componentes do déficit habitacional do Estado do Pará e do Brasil, no período de 2011 a 2013. Tabela 1.5 - Estimativas do Déficit Habitacional Desagregação Geográfica Brasil Pará Ano Precariedade (Em %) Coabitação Adensamento 2011 1,89 2,94 0,83 2012 1,42 2,86 0,83 0,83 2013 1,52 2,94 2011 5,86 5,63 0,82 2012 3,57 5,14 1,01 2013 3,74 6,11 0,74 Fonte: IBGE/PNAD Elaboração: Fapespa, 2015 Em suma, o estudo considera elevados os índices de carência habitacional e destaca as medidas do Governo do Estado para equacionar o problema do acesso à moradia, descrevendo os investimentos públicos realizados, as atividades da Cohab, o desenvolvimento de programas e ações de construções habitacionais e urbanização de assentamentos precários, assim como a realização de transferência direta de renda por meio do “Cheque Moradia”. 1.3.8. População em Situação de Risco nas Ruas O número de pessoas em situação de risco nas ruas constitui o indicador previsto na Lei nº 6.836/2006. O Mapa, em razão da indisponibilidade da variável consistente na população em situação de risco, empregou alternativamente a metodologia de aproximação e utilizou como indicador o percentual de pessoas vivendo em domicílios improvisados. Entende-se por improvisados os domicílios localizados em unidades desprovidas de dependência destinada exclusivamente à moradia, a exemplo de loja, sala comercial, prédio em construção, embarcação, carroça, tenda, barraca, gruta etc., assim como aqueles com características de vulnerabilidades e exclusão social. A tabela a seguir, para efeito de análise, concentra os dados atinentes aos anos de 2011 e 2013, tendo por fonte as informações da PNAD/IBGE de 2014. 35 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Tabela 1.6 – Percentual de Pessoas Vivendo em Domicílios Improvisados 2011/2013 Ano 2011 2012 2013 Brasil 0,18 0,12 0,17 Região Norte 0,42 0,26 0,40 Pará 0,12 0,28 0,30 (Em %) Fonte: IBGE/PNAD, 2014 Elaboração: Fapespa, 2015 O indicador revela que as regiões geográficas analisadas tiveram crescimento do número de pessoas vivendo em domicílios improvisados no período de 2012 a 2013. A Região Norte destaca-se negativamente com o aumento de 0,26% para 0,40%. O Pará teve um discreto incremento de 0,28% para 0,30%, contudo, o índice registrado pelo estado é significativamente superior em comparação ao indicador nacional, que atingiu o percentual de 0,17% em 2013. O estudo realizado pela Fapespa ressalta importância do acompanhamento desse indicador com vistas à avaliação e direcionamento de políticas públicas, sobretudo porque essa situação domiciliar improvisada está atrelada ao contexto de pobreza e exclusão social. Nesse sentido, o Mapa relaciona as medidas adotadas pelo Governo para suplantar as condições de vulnerabilidade que acometem parcela da população paraense. 1.3.9. Segurança O indicador da função Segurança corresponde ao número de ocorrências per capita, conforme estabelecido pela Lei nº 6.836/2006, art. 3º, inc. IX. O Mapa da Exclusão Social adota a desagregação geográfica do Sistema Estadual de Segurança Pública e Defesa Social - Sieds, instituído pela Lei nº 7.584/2011, que é composto por 15 (quinze) Regiões Integradas de Segurança Pública e Defesa Social Risp. O estudo mensura a quantidade de Boletins de Ocorrências registrados nas unidades policiais que integram cada Risp, assim como estabelece uma razão entre esse quantitativo e o respectivo contingente populacional, evidenciado a informação per capita para grupos de 100.000 habitantes. O Estado do Pará, na comparação entre 2013 e 2014, apresentou um aumento de 1,5% nos registros per capita. Em termos absolutos, houve o crescimento de 561.147 para 575.118 ocorrências. Na 1ª Risp, que abrange Belém e Distritos, ocorreu um decréscimo de 4,8% (per capita), atingindo 15.250 ocorrências para um grupo de 100.00 habitantes. Porém, essa regional é a que apresenta o maior número de ocorrências do estado, registrando 220.382, seguida da 2ª Risp (Metropolitana), com 82.666, em 2014. 36 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL O incremento do indicador no território paraense é explicado pelo crescimento do número de ocorrências em quase todas as regiões, observando-se os maiores acréscimos per capita na 15ª (Tapajós), com 39%, 11ª (Xingu) e 14ª (Alto Xingu), ambas com evolução de 18%. Em 2014, as Risp que reduziram a quantidade de registros foram a 1ª (Capital e Distritos), 3ª (Guamá), 5ª (Marajó Oriental) e 6ª (Caeté). A tabela a seguir demonstra, de forma sintética, o comportamento dos indicadores de Segurança constantes do Mapa, no período de 2012 a 2014. Tabela 1.7 - Total de registros e ocorrências per capita (para grupos de 100.000 hab.) 2012 RISP N° de Ocorrências 2013 N° de Ocorrências per capita N° de Ocorrências 2014 N° de Ocorrências per capita N° de Ocorrências N° de Ocorrências per capita Pará 544.620 6.962 561.147 7.015 575.118 7.120 1ª Capital (Belém e Distritos) 220.087 15.604 228.326 16.013 220.382 15.250 2ª Metropolitana 81.555 12.186 80.572 11.738 82.666 11.882 3ª Guamá 43.921 5.666 43.830 5.535 43.496 5.420 4ª Tocantins 28.527 4.185 29.815 4.263 32.102 4.529 5ª Marajó Oriental 4.014 2.935 4.418 3.138 4.282 3.001 6ª Caeté 26.791 4.506 24.017 3.972 23.532 3.840 12.271 3.977 10.919 3.412 11.845 3.652 5.132 1.400 5.453 1.449 7.202 1.889 16.537 3.787 17.435 3.842 19.071 4.147 7.012 7ª Capim 8ª Marajó Ocidental 9ª Lago do Tucuruí 10ª Carajás 41.798 5.838 47.658 6.450 52.512 11ª Xingu 15.114 5.448 17.051 6.068 20.411 7.168 12ª Baixo Amazonas 22.055 3.195 24.437 3.489 25.656 3.614 13ª Araguaia 10.737 4.537 10.882 4.447 11.850 4.804 14ª Alto Xingu 8.161 3.180 7.865 2.946 9.411 3.478 15ª Tapajós 7.920 2.981 8.529 3.160 10.700 4.403 Fonte: SISP/SIAC/IBGE Elaboração: SISP/FAPESPA Em complementação ao indicador de Segurança previsto na Lei nº 6.836/2006, o Mapa também mensura o número de registros de ocorrências referentes às contravenções penais, aos crimes contra o patrimônio, contra a pessoa e contra a dignidade sexual (delitos reativos). Além disso, são expostos dados atinentes aos delitos enquadrados na Lei de Entorpecentes e no Estatuto do Desarmamento (crimes proativos). No tocante aos crimes reativos, a Região Metropolitana de Belém (1ª e 2ª Risp) obteve indicadores favoráveis, com decréscimos de todos os delitos analisados. De 2013 para 2014 houve redução de 0,40% dos crimes contra o patrimônio, 3,63% dos delitos contra a pessoa, 5,64% dos crimes contra a dignidade sexual e 12,49% de contravenções penais. 37 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL Contudo, o Estado do Pará apresentou aumento no total de crimes reativos, de 316.484 em 2013 para 325.653 no ano de 2014. Isso se deve ao crescimento desses delitos no interior do estado (3ª a 15ª Risp), segundo demonstrado no estudo. Nas regiões interioranas, com exceção dos crimes contra a dignidade sexual, houve incremento de 7,68% dos delitos contra o patrimônio, 15,02% dos crimes contra a pessoa, 13,32% de contravenções. No que tange aos crimes proativos, no comparativo entre 2013 e 2014, houve redução nas ocorrências relacionadas à Lei de Entorpecentes em todas as Risp, de 0,83% na RMB (1ª e 2ª) e 3,71% no interior (3ª a 15ª), o mesmo acontecendo no Pará, com decréscimo de 2,23%. Quanto ao Estatuto do Desarmamento, a RMB reduziu em 7,71% o número de ocorrências, todavia, as Risp do interior e o Estado do Pará tiveram uma elevação de 5,5% e 2,03%, respectivamente. Segundo o estudo, a área de segurança pública é considerada prioritária pelo Governo estadual, o qual desde 2011 realiza investimentos em capacitação, estrutura, equipamentos e mobiliários, modernização, valorização de servidores, assim como desenvolve programas e projetos de inclusão social. A despeito disso, a pesquisa também destaca que a ausência de eficácia das políticas de outras áreas, a exemplo da educação, trabalho, renda e mobilidade urbana, repercute direta e indiretamente na segurança pública. 1.3.10. Inclusão Digital O Mapa da Exclusão Social também apresenta dados sobre o nível de inclusão digital. Essa avaliação é fruto de recomendação deste TCE/PA, motivado pela crescente disponibilização de serviços públicos por meio da internet, situação que ensejaria a exclusão ou restrição de acesso de parcela da população a serviços essenciais, tais como marcação de consultas, matrículas na rede de ensino, registro de ocorrências em delegacias entre outros. A Fapespa elaborou indicadores para aferir o grau de utilização de ferramentas de inclusão digital, representadas por computadores e acesso à internet, no âmbito familiar, baseado em informações extraídas da PNAD/IBGE, com desagregação geográfica para o Brasil, Região Norte, Pará e RMB. O estudo destaca a limitação da abrangência e da diversidade desses índices em virtude da indisponibilidade de dados sobre a utilização dessas ferramentas em escolas, trabalho, celular, cyber café, infocentros e afins, cuja obtenção demandaria pesquisa de campo. Segundo a Fapespa, as informações sobre o nível de acesso por meio de telefonia móvel também não são cobertos pelas pesquisas domiciliares disponíveis, fato que tornou inviável a análise deste aspecto no Mapa. Em termos gerais, no período de 2007 a 2013, os indicadores evidenciam crescimento do percentu- 38 al de domicílios com computador e acesso à internet em todas as áreas geográficas avaliadas. A despeito TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL disso, o estudo revela que há insuficiência de cobertura da internet. Em 2013, o Brasil registrou a média de 48,90% dos domicílios com posse de computador e de 42,40% com acesso à internet. Neste período, o Estado do Pará registrou 25,70% de unidades domiciliares com posse de computadores e apenas 19,90% com acesso à internet, índices muito aquém da média nacional. A RMB apresentou o percentual de 42,90% dos domicílios com computador e 36,30% com disponibilidade de internet. A pesquisa expõe que o Governo reformulou a gestão, aprimorou e expandiu o Programa de inclusão digital NAVEGAPARÁ, com o objetivo de reduzir a exclusão digital de todas as formas, por meio da melhoria da cobertura ou de acesso à internet. 1.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Mapa da Exclusão Social é parte integrante da Prestação de Contas do Chefe do Poder Executivo, consistindo em um diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado do Pará, baseado na comparação entre os indicadores sociais atinentes ao exercício de referência das contas e do ano imediatamente anterior. Consoante as disposições da Lei 6.836/2006, a qual instituiu e tornou obrigatória a elaboração do Mapa, o diagnóstico deve atender aos seguintes requisitos essenciais: avaliação técnica dos dados; indicadores sociais relativos ao exercício de 2014; demonstrações segundo as Regiões de Integração do estado; comparações dos resultados de 2014 em relação aos de 2013. A metodologia utilizada na elaboração do Relatório do Mapa da Exclusão Social de 2014 é clara, objetiva e desenvolvida com base em variáveis e dados oficiais. A avaliação comparativa dos indicadores adota critérios eminentemente técnicos. O estudo contemplou os nove indicadores sociais estabelecidos pela Lei n° 6.836/2006, assim como o concernente à inclusão digital no Estado do Pará, oriundo de recomendação deste TCE. Todavia, exatamente como observado em Mapas apresentados anteriormente, poucos indicadores se referem ao ano de 2014. Dos dez indicadores, apenas três atendem o requisito da tempestividade das informações. Além disso, a desagregação dos indicadores segundo as RIs do Estado do Pará não foi observada em boa parte do estudo. A defasagem da maioria dos indicadores e a inobservância da segregação geográfica das informações mitigam a precisão do diagnóstico do Estado do Pará no ano de 2014. Embora se reconheçam as dificuldades técnicas e operacionais para a elaboração do Mapa nos moldes preconizados pela Lei 6.836/2006, é preciso ter presente que quanto maior a precisão do diagnóstico melhores serão as chances de superar o grave problema da exclusão social. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 39 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL No tocante às disposições da Lei Estadual nº 6.836/2006 incidentes sobre instrumentos de planejamento, verifica-se que o PPA 2012 - 2015 dispôs sobre as metas de melhoria dos indicadores sociais do Mapa da Exclusão Social e estabeleceu as estratégias para sua elaboração durante a vigência do plano. Noutro aspecto, a LOA de 2014 foi integrada pelo Anexo de Metas Sócias e discriminou as ações a serem desenvolvidas para consecução desses objetivos (Quadro 09). Contudo, o Quadro 10 da Lei Orçamentária Anual de 2014 não apresentou a avaliação do cumprimento das metas relativas a 2013. O Mapa expôs, nos anos em destaque, os seguintes aspectos positivos: a) crescimento da expectativa de vida no Estado do Pará (2014); b) evolução positiva do PIB per capita e redução da concentração de renda (2012); c) redução no quantitativo de pessoas abaixo da linha de pobreza (2012); d) melhoria no indicador de educação (média entre a taxa de alfabetização e taxa de matrícula combinada – 2013); e) elevação do número de centros e postos de saúde, leitos hospitalares e agentes comunitários de saúde (2014); f) decréscimo da taxa de mortalidade infantil (2014); g) elevação no percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral e fossa séptica e com coleta de lixo (2013); h) elevação do percentual de domicílios com posse de computadores e acesso à internet (2013). O estudo revelou os seguintes aspectos negativos: a) aumento da taxa de desocupação (desemprego – 2013); b) redução do número de domicílios com abastecimento de água por rede geral, com percentual inferior à metade dos domicílios do estado (2013); c) elevação nas estimativas de domicílios caracterizados como habitações precárias e de coabitação familiar (2013); d) aumento da proporção de pessoas vivendo em domicílios improvisados no Pará (população em situação de risco nas ruas – 2013); e) crescimento do número de ocorrências policiais e da proporção de ocorrências per capita para um grupo de 100.000 habitantes, no Estado do Pará (2014). Embora se observe a necessidade de aprimoramento do Mapa da Exclusão Social, notadamente quanto ao aspecto da tempestividade dos indicadores, o diagnóstico permite identificar tendências positivas, assim como as grandes questões a serem enfrentadas pelo Poder Público para a promoção da inclusão social e superação das vulnerabilidades que atingem significativa parcela da população paraense. 40 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO 2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO A estrutura organizacional do Poder Executivo do Estado do Pará é constituída por órgãos da administração direta e indireta. Para desempenhar suas ações de governo o Poder Executivo dispôs no exercício de 2014 de 133 (centro e trinta e três) unidades administrativas investidas do poder de gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização. Essas unidades integram o Orçamento Geral do Estado OGE/2014. Para melhor visualização das unidades que integram o organograma do Poder Executivo do Estado do Pará, elaborou-se os quadros abaixo contendo todos os Órgãos e Fundos que integram o aparelho estatal a cargo deste Poder. Os quadros apresentam a sigla da unidade gestora, o nome e o código. Estas unidades estão distribuídas e agrupadas em cinco quadros, a saber, (1) Administração Direta, (2) Autarquia, (3) Sociedade de Economia Mista, (4) Empresa Pública, (5) Fundação. A Administração Direta é constituída pelo conjunto de unidades organizacionais que integram a estrutura administrativa (por exemplo: Secretarias de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças), abrangendo inclusive os fundos. Autarquia é a Entidade administrativa autônoma, criada por lei com personalidade jurídica de direito público, patrimônio próprio e atribuições estatais específicas para realizar os fins que a lei lhe atribuir. Sociedade de Economia Mista é a Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao Poder Público. A Empresa Pública é a Entidade empresarial, com personalidade jurídica de direito privado e participação única do Poder Público no seu capital e direção, na forma da lei, sendo de propriedade única do Estado. É pessoa jurídica de direito privado, sem privilégios estatais, salvo as prerrogativas que a lei especificar em cada caso particular, para a realização das atividades desejadas pelo Poder Público. A Fundação Pública é a Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada por lei para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio, e funcionamento custeado, basicamente, por recursos do Poder Público, ainda que sob forma de prestação de serviços. Os levantamentos aqui apresentados estão de acordo com a classificação obtida do SIAFEM/2014 e com a plataforma de dados, Business Objects (BO). 43 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO ADMINISTRAÇÃO DIRETA 44 Nº Sigla UG 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 014 015 016 017 018 019 020 021 022 023 024 025 026 027 028 029 030 031 032 033 034 035 036 037 038 039 040 041 042 043 044 045 046 047 048 049 050 051 052 053 054 055 056 057 058 059 060 061 062 063 064 065 066 067 068 069 070 01 RPS-BELEM 02 RPS-STA.IZABEL 03 RPS-CASTANHAL 04 RPS-CAPANEMA 05 RPS-S.M.GUAMA 06 RPS-BARCARENA 07 RPS-R.DAS ILHAS 08 RPS-BREVES 09 RPS-SANTAREM 10 RPS-ALTAMIRA 11 RPS-MARABA 12 RPS-CON.ARAGUAIA 13 RPS-CAMETA AGE ALEPA CASA CIVIL CASA MILITAR CBM/PA CBM/PA - Encargos CEDEC/PA CGE CREDPARA DP ETSUS FASPM FDE FEAS FEHIS FES FGPM FIPAT - SEFA FISP FUNDEB - SEDUC FUNSAU GAB. VICE HOSP.ABELAR.SANTOS HOSP.REG. DE CAMETA HOSP.REG.CONC.ARAGU HOSP.REG.SALINOPOLI HOSP.REG.TUCURUI JME LACEN - LAB.CENTRAL NAF NGPM-ADMINISTRATIVO NGPM-CREDICIDADAO NGPR NGTM PGE PGE - Encargos PGE - FUNPGE PM / PA POLICIA CIVIL PR.MUN.VERDES-NEPMV PROGEFAZ/PMAE- SEFA RESERVA CONTIGENCIA SAGRI SEAD - Encargos SEAD BELEM SEAS SECOM SECTI SECULT SEDUC SEEL SEEL - EOP SEFA SEFA - Encargos SEGUP SEGUP-NAF-BX.AMAZON SEGUP-NAF-CARAJAS Nome UG 01 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - BELEM 02 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - SANTA IZABEL 03 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - CASTANHAL 04 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - CAPANEMA 05 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL-S.MIGUEL GUAMA 06 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - BARCARENA 07 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - R.DAS ILHAS 08 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - BREVES 09 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - SANTAREM 10 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - ALTAMIRA 11 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - MARABA 12 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL -CONC.ARAGUAIA 13 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - CAMETA AUDITORIA GERAL DO ESTADO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO CASA CIVIL CASA MILITAR CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO PARA ENCARGOS GERAIS SOB A SUP. CORPO DE BOMBEIROS COORDENADORIA ESTADUAL DEFESA CIVIL DO CBM CONSULTORIA GERAL DO ESTADO PROGRAMA DE MICROCRED SOLIDARIO DA GOV.PARA DEFENSORIA PUBLICA_DO ESTADO DO PARA ESCOLA TECNICA DO SUS FUNDO DE ASSIST. SOCIAL DA POLICIA MILITAR FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO ESTADO FUNDO ESTADUAL DE ASSISTENCIA SOCIAL FUNDO ESTADUAL DE HABITACAO DE INTERES.SOCIAL FUNDO ESTADUAL DE SAUDE FUNDO DE GESTAO DA G.P.ETAPA PART. DAS MULTAS FUNDO INVEST.PERMANENTE DA ADM.TRIBUTARIA FUNDO DE INVESTIMENTO DE SEGURANCA PUBLICA FUNDEB - SEDUC FUNDO DE SAUDE DOS SERVIDORES MILITARES GABINETE DO VICE-GOVERNADOR HOSPITAL ABELARDO SANTOS HOSPITAL REGIONAL DE CAMETA HOSPITAL REGIONAL DE CONCEICAO DO ARAGUAIA HOSPITAL REGIONAL DE SALINOPOLIS HOSPITAL REGIONAL DE TUCURUI JUSTICA MILITAR DO ESTADO LABORATORIO CENTRAL NUCLEO ADMINISTRATIVO FINANCEIRO NUCLEO GERENC.PROG.MICROCRED.-ADMINISTRATIVO NUCLEO GERENC.PROG.MICROCREDITO-CREDICIDADAO NUCLEO DE GERENCIAMENTO DO PARA RURAL NUCLEO DE GERENC. DE TRANSPORTE METROPOLITANO PROCURADORIA GERAL DO ESTADO ENCARGOS GERAIS SOB A SUPERVISAO DA PGE PGE - FUNDO ESPECIAL DA PROCURADORIA - FUNPGE POLICIA MILITAR DO ESTADO DO PARA POLICIA CIVIL DO ESTADO DO PARA NUCLEO EXECUTOR PROGRAMA MUNICIPIOS VERDES PROGEFAZ/PMAE- SEFA RESERVA DE CONTIGENCIA SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA ENCARGOS GERAIS SOB A SUPERVISAO DA SEAD SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRACAO SECRETARIA DE ESTADO DE ASSISTENCIA SOCIAL SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICACAO SEC.DE ESTADO DE CIENCIA,TECNOLOGIA,INOVACAO SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCACAO SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTE E LAZER SEEL - EOP - ADM. ESTADIO OLIMPICO DO PARA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA ENCARGOS GERAIS S/A SUPERV. DA SEFA SEC.DE E.DE SEGURANCA PUBLICA_E DEFESA SOCIAL SEGUP-NUCLEO ADM.FINANC.REGIAO BAIXO AMAZONAS SEGUP-NUCLEO ADM.FINANCEIRO REGIAO DE CARAJAS TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Cód. UG 200105 200107 200104 200108 200114 200110 200113 200111 200103 200109 200102 200106 200112 110108 010101 110105 110106 310101 310102 310103 330101 340102 300101 200121 890101 340101 870101 420101 900101 170104 170106 440101 160102 880101 320101 200115 200116 200117 200118 200119 050101 200120 090101 960101 960102 280101 950101 250101 250102 250103 260101 400101 110109 170105 990101 140101 130102 130101 430101 770101 480101 150101 160101 080101 080102 170101 170102 210101 210105 210104 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO Nº 071 072 073 074 075 076 077 078 079 080 081 082 083 084 085 086 Sigla UG Nome UG 001 01 RPS-BELEM 071 SEGUP-NAF-XINGU 002 02 RPS-STA.IZABEL 072 SEICOM 003 SEGUP-NAF-XINGU 03 RPS-CASTANHAL 073 SEIDURB 004 04 RPS-CAPANEMA SEICOM 005 05 RPS-S.M.GUAMA 074 SEJUDH SEIDURB 006 06 RPS-BARCARENA 075 SEJUDH-FEDD SEJUDH 007 07 RPS-R.DAS ILHAS 076 SEMA BELEM 008 08 RPS-BREVES SEJUDH-FEDD 009 09 SEMA RPS-SANTAREM 077 - FEMA SEMA BELEM 010 10 RPS-ALTAMIRA 078 SEOP SEMA11- RPS-MARABA FEMA 011 079 SEPAQ 012 12SEOP RPS-CON.ARAGUAIA 080 SEPOF 013 13 RPS-CAMETA SEPAQ 014 081 SEPOF AGE - Encargos SEPOFALEPA 015 082 SESPA 016 CASA CIVIL SEPOF - Encargos 083 017 CASASETER MILITAR SESPA 018 CBM/PA 084 SETRAN SETER 019 CBM/PA - Encargos 085 SETRAN-CIDE 020 CEDEC/PA SETRAN 086 SETUR 021 CGE SETRAN-CIDE 022 CREDPARA SETUR 023 DP 024 ETSUS 025 FASPM 026 FDE AUTARQUIAS AUTARQUIAS 027 FEAS Nº 028 FEHISSigla UG AUTARQUIAS 029 Nº 030 087 031 032 088 033 089 034 090 035 036 091 037 092 038 093 039 040 094 041 095 042 096 043 044 097 045 098 046 099 047 048 100 049 101 050 102 051 103 052 053 104 054 105 055 106 056 057 107 058 108 059 060 061 062 063 064 065 066 067 068 069 070 01 REGIONAL DEADM.FINANCEIRO PROTECAO SOCIALREGIAO - BELEM SEGUP-NUCLEO DO XINGU 02 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - SANTA IZABEL SECRETARIA DE ESTADO DE IND,COMERC. MINERACAO 03 REGIONAL DEADM.FINANCEIRO PROTECAO SOCIAL -REGIAO CASTANHAL SEGUP-NUCLEO DO XINGU SEC.DE E.DE INTEG.REGIONAL,DES.URB.METROPOLIT 04 REGIONAL PROTECAO - CAPANEMA SECRETARIA DEDE ESTADO DE SOCIAL IND,COMERC. MINERACAO 05 REGIONAL DEDE PROTECAO GUAMA SEC.DE ESTADO JUSTICA ESOCIAL-S.MIGUEL DIREITOS HUMANOS SEC.DE E.DE INTEG.REGIONAL,DES.URB.METROPOLIT 06 REGIONAL DE PROTECAO SOCIAL - BARCARENA SEJUDH-FUNDO ESTADUAL DE DIREITOS DIFUSOS SEC.DE ESTADODE DEPROTECAO JUSTICA SOCIAL E DIREITOS HUMANOS 07 REGIONAL - R.DAS ILHAS SECRETARIA ESTADO DE MEIO AMBIENTE 08 REGIONALDE DEESTADUAL PROTECAO SOCIAL - BREVES SEJUDH-FUNDO DE DIREITOS DIFUSOS 09 REGIONAL PROTECAO SEMA - FEMA DE - FUND ESTAD SOCIAL DE MEIO- SANTAREM AMBIENTE SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE 10 REGIONALDE DEESTADO PROTECAO SOCIALPUBLICAS - ALTAMIRA SECRETARIA DE OBRAS SEMA - FEMA - DE FUND ESTADSOCIAL DE MEIO AMBIENTE 11 REGIONAL PROTECAO - MARABA SECRETARIA DE ESTADO DE PESCA E AQUICULTURA 12 REGIONAL PROTECAO SECRETARIA DEDE ESTADO DE SOCIAL OBRAS-CONC.ARAGUAIA PUBLICAS SECRETARIA DE PLANEJAMENTO ORC.FIN. 13 REGIONALDE DEESTADO PROTECAO SOCIAL - CAMETA SECRETARIA DE ESTADO DE PESCA E AQUICULTURA AUDITORIAGERAIS GERALS/A DO SUPERV ESTADO DA SEPOF ENCARGO SECRETARIA ESTADO DE ORC.FIN. ASSEMBLEIADE LEGISLATIVA DOPLANEJAMENTO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE PUBLICA CASA CIVIL ENCARGO GERAIS S/A SUPERV DA SEPOF SEC.DE ESTADO DE TRABALHO,EMPREGO E RENDA CASA MILITAR SECRETARIA DE ESTADO DE SAUDE PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS DO PARA SECRETARIA DE ESTADOMILITAR DE TRANSPORTES SEC.DE ESTADO DE TRABALHO,EMPREGO E RENDA ENCARGOS GERAIS SOB A SUP. CORPO DE BOMBEIROS SETRAN-CIDE COORDENADORIA ESTADUAL DEFESA CIVIL DO CBM SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES SECRETARIA DEGERAL ESTADO TURISMO CONSULTORIA DODE ESTADO SETRAN-CIDE PROGRAMA DE MICROCRED SOLIDARIO DA GOV.PARA SECRETARIA DEPUBLICA_DO ESTADO DE TURISMO DEFENSORIA ESTADO DO PARA ESCOLA TECNICA DO SUS FUNDO DE ASSIST. SOCIAL DA POLICIA MILITAR FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO ESTADO FUNDO ESTADUAL DE ASSISTENCIA SOCIAL Nome UG FUNDO ESTADUAL DE HABITACAO DE INTERES.SOCIAL FESADEPARA FUNDO ESTADUAL DE SAUDE 087 AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO EST DO PARA Sigla UG Nome UG DAS MULTAS FGPM FUNDO DE GESTAO DA G.P.ETAPA PART. 088 ARCON AG.DE REGULACAO E CONT.DE SER.PUBLICO DO EST. ADEPARA AGENCIA DE DEFESA AGROPECUARIA DO EST DO PARA FIPAT - SEFA FUNDO INVEST.PERMANENTE DA ADM.TRIBUTARIA 089 ACAO SOCIAL INTEGRADA DO PALACIO PUBLICA DO GOVERNO FISP ASIPAG FUNDO INVESTIMENTO DE SEGURANCA ARCON AG.DEDEREGULACAO E CONT.DE SER.PUBLICO DO EST. - SEDUC CHAVES" FUNDEB - SEDUC 090 FUNDEB CPC "RENATO CENTRO DE PERICIAS CIENTIFICAS RENATO CHAVES ASIPAG ACAODE SOCIAL DO PALACIO FUNSAU FUNDO SAUDEINTEGRADA DOS SERVIDORES MILITARESDO GOVERNO 091 DETRAN DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARA CPC "RENATO CHAVES" CENTRO DE PERICIAS CIENTIFICAS RENATO CHAVES GAB. VICE GABINETE DO VICE-GOVERNADOR 092 HOSP.ABELAR.SANTOS EGPA ESCOLA DE GOVERNO DO ESTADO DO PARA HOSPITAL ABELARDO SANTOS DETRAN DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARA CAMETA HOSPITAL REGIONAL DEPREVIDENCIA CAMETA 093 HOSP.REG. DE FINANPREV FUNDO FINAN. DE DO ESTADO DO PARA EGPA ESCOLA DE GOVERNO DO ESTADO DO PARA HOSPITAL REGIONAL DEDE CONCEICAO DO ARAGUAIA 094HOSP.REG.CONC.ARAGU FUNDEFLOR FUNDO ESTADUAL DESENV. FLORESTAL-FUNDEFLOR FINANPREV FUNDO REGIONAL FINAN. DE HOSP.REG.SALINOPOLI HOSPITAL DEPREVIDENCIA SALINOPOLIS DO ESTADO DO PARA 095 HOSP.REG.TUCURUI FUNPREV FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO PARA HOSPITAL DEDE TUCURUI FUNDEFLOR FUNDO REGIONAL ESTADUAL DESENV. FLORESTAL-FUNDEFLOR 096 HOSP.OPHIR LOYOLA JUSTICA HOSPITAL OPHIR LOYOLA JME MILITAR DO ESTADO FUNPREV FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO PARA LABORATORIO CENTRAL DOS SERVIDORES EST.PA 097 LACEN - LAB.CENTRAL IASEP INST.DE ASSISTENCIA HOSP.OPHIR HOSPITAL OPHIR LOYOLA NAF LOYOLA NUCLEO ADMINISTRATIVO FINANCEIRO 098 IDEFLOR INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL EST.PA NGPM-ADMINISTRATIVO NUCLEO GERENC.PROG.MICROCRED.-ADMINISTRATIVO IASEP INST.DE ASSISTENCIA DOS SERVIDORES EST.PA 099 NGPM-CREDICIDADAO IDESP INST.DE DESENV.ECONOMICO,SOCIAL E AMBIENTAL NUCLEO GERENC.PROG.MICROCREDITO-CREDICIDADAO IDEFLOR INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL EST.PA NGPRIGEPREV NUCLEO DE GERENCIAMENTO DO PARA RURAL 100 INSTITUTO DE GESTAO PREVIDENCIARIA DO EST.PA IDESP INST.DE DESENV.ECONOMICO,SOCIAL E AMBIENTAL NGTM NUCLEO DE GERENC. DE TRANSPORTE METROPOLITANO 101 IMETROPARA INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO DO PARA PGE PROCURADORIA DO ESTADO IGEPREV INSTITUTO DEGERAL GESTAO PREVIDENCIARIA DO EST.PA 102 IOEPA IMPRENSA OFICIAL ESTADO PGE - Encargos ENCARGOS GERAIS SOB DO A SUPERVISAO DA PGE DO PARA IMETROPARA INSTITUTO DE METROLOGIA DO ESTADO PGE - FUNPGE PGE INSTITUTO - FUNDO ESPECIAL DA PROCURADORIA 103 IPALEP DE PREVIDENCIA DA ASSEMB.- FUNPGE LEGISLATIVA IOEPA IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO PM / PA POLICIA MILITAR DO ESTADO DO PARA 104 ITERPA INSTITUTO DE TERRAS DO PARA IPALEP INSTITUTO DEESTADO PREVIDENCIA POLICIA CIVIL POLICIA CIVIL DO DO PARADA ASSEMB. LEGISLATIVA 105PR.MUN.VERDES-NEPMV JUCEPA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARA VERDES NUCLEO EXECUTOR PROGRAMA MUNICIPIOS ITERPA INSTITUTO DE TERRAS DO PARA SEFA PROGEFAZ/PMAESEFA DO PARA 106PROGEFAZ/PMAELOTERPA LOTERIA DO ESTADO JUCEPA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARA RESERVA DE CONTIGENCIA 107 RESERVA CONTIGENCIA SUSIPE SUPERINT DO SIST PENITENCIARIO DO EST DO PARA LOTERPA LOTERIA DO ESTADODE DO PARA SAGRI SECRETARIA DE ESTADO AGRICULTURA 108 UEPA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA SEADSUSIPE - Encargos ENCARGOS GERAIS SOB A SUPERVISAO DADO SEAD SUPERINT DO SIST PENITENCIARIO EST DO PARA SEAD BELEM SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRACAO UEPA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA SEAS SECRETARIA DE ESTADO DE ASSISTENCIA SOCIAL SECOM SECRETARIA DE ESTADO DE COMUNICACAO SECTI SEC.DE ESTADO DE CIENCIA,TECNOLOGIA,INOVACAO SECULT SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCACAO SEEL SECRETARIA DE ESTADO DE ESPORTE E LAZER SEEL - EOP SEEL - EOP - ADM. ESTADIO OLIMPICO DO PARA SEFA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA SEFA - Encargos ENCARGOS GERAIS S/A SUPERV. DA SEFA SEGUP SEC.DE E.DE SEGURANCA PUBLICA_E DEFESA SOCIAL SEGUP-NAF-BX.AMAZON SEGUP-NUCLEO ADM.FINANC.REGIAO BAIXO AMAZONAS SEGUP-NAF-CARAJAS SEGUP-NUCLEO ADM.FINANCEIRO REGIAO DE CARAJAS Cód. UG 200105 210103 200107 240101 200104 210103 070101 200108 240101 200114 180101 200110 070101 180102 200113 180101 270101 200111 180102 200103 270102 270101 200109 220101 200102 270102 750101 200106 220101 190101 200112 750101 110108 190102 010101 190101 200101 110105 190102 230101 110106 200101 310101 290101 310102 230101 290102 310103 290101 690101 330101 290102 340102 300101 690101 200121 890101 340101 870101 Cód. UG420101 920201900101 Cód. UG 170104 800201 920201 170106 350201440101 800201 850201160102 350201 880101 660201 850201 320101 830201200115 660201 840202200116 830201 790202200117 840202 200118 840203200119 790202 710201050101 840203 540201200120 710201 090101 790201 960101 540201 600201960102 790201 840201280101 600201 950101 590201 250101 840201 530201250102 590201 060201250103 530201 260101 560201 060201 400101 720201110109 560201 500201170105 720201 520201990101 500201 140101 740201130102 520201 130101 740201 430101 770101 480101 150101 160101 080101 080102 170101 170102 210101 210105 210104 45 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO ECONOMIA MISTA ECONOMIA MISTA Nome UG Cód. UG 109 Nº CEASA MISTA CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO PARA S/A ECONOMIA Sigla UG 580201 110 Nº 111 109 Nº 112 110 109 113 111 110 114 112 111 115 113 112 116 114 113 115 114 116 115 COHAB Sigla UG ECONOMIA MISTA CDI CEASA Sigla UG PARATUR COHAB CEASA BANPARÁ CDI COHAB COSAMPA PARATUR CDI CAZBAR BANPARÁ PARATUR GÁS DO PARÁ COSAMPA BANPARÁ CAZBAR COSAMPA GÁS DO PARÁ CAZBAR COMPANHIA DE HABITACAO DO ESTADO DO Nome PARA UG 670201 Cód. UG 700201 580201 Cód. UG 730201 670201 580201 ... 700201 670201 ... 730201 700201 ... ... 730201 ... ... ... ... ... ... ... 116 COMPANHIA DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO PA CENTRAIS DE DE ABASTECIMENTO DO PARA S/A Nome UG COMPANHIA DE TURISMO COMPANHIA PARAENSE DE HABITACAO DO ESTADO DO PARA CENTRAIS ABASTECIMENTO DO PARA S/A BANCO DODE ESTADO DO PARÁ S/A COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO PA COMPANHIA DE DE SANEAMENTO HABITACAO DODO ESTADO COMPANHIA PARÁ DO PARA COMPANHIA PARAENSE DE TURISMO COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO PA COMPANHIA ADMINISTRADORA BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/ADA ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO DE BARCARENA COMPANHIA DE PARAENSE DE TURISMO COMPANHIA GAS DO PARÁ GÁS DO COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁPARÁ BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A COMPANHIA ADMINISTRADORA DA ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO DE BARCARENA COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ COMPANHIA DE GAS DO PARÁ - GÁS DO PARÁ COMPANHIA ADMINISTRADORA DA ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO DE BARCARENA GÁS DO PARÁ COMPANHIA DE GAS DO PARÁ - GÁS DO PARÁ EMPRESA PÚBLICA Nº Sigla UG EMPRESA PÚBLICA 117 PRODEPA ... Nome UG Cód. UG EMPRESA PÚBLICA EMP.DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PA 550201 118 Nº 119 117 Nº 120 118 117 121 119 118 122 120 119 123 121 120 122 121 123 122 EMATER Sigla UG EMPRESA PÚBLICA EMATER-REG.DE PRODEPA ILHAS Sigla UG EMATER-SAO M.GUAMA EMATER PRODEPA EMATER-CASTANHAL EMATER-REG.DE ILHAS EMATER EMATER-TOCANTINS EMATER-SAO M.GUAMA EMATER-REG.DE CPH - PARAILHAS EMATER-CASTANHAL EMATER-SAO M.GUAMA EMATER-TOCANTINS EMATER-CASTANHAL CPH - PARA EMATER-TOCANTINS EMP.DE ASSISTENCIA TEC.EXTENSAO RURAL Nome UG EST.PA EMATER-REGIONAL DE ILHAS EMP.DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PA Nome UG EMATER-REGIONAL MIGUEL DO GUAMA EMP.DE ASSISTENCIASAO TEC.EXTENSAO RURAL EST.PA EMP.DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DO PA EMATER-REGIONAL EMATER-REGIONAL CASTANHAL DE ILHAS EMP.DE ASSISTENCIATOCANTINS TEC.EXTENSAO RURAL EST.PA EMATER-REGIONAL EMATER-REGIONAL SAO MIGUEL DO GUAMA EMATER-REGIONAL DE ILHAS COMPANHIA DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO PA EMATER-REGIONAL CASTANHAL EMATER-REGIONAL SAO MIGUEL DO GUAMA EMATER-REGIONAL TOCANTINS EMATER-REGIONAL CASTANHAL COMPANHIA DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO PA EMATER-REGIONAL TOCANTINS 570201 Cód. UG 570202 550201 Cód. UG 570203 570201 550201 570204 570202 570201 570205 570203 570202 860201 570204 570203 570205 570204 860201 570205 123 CPH - PARA FUNDAÇÃO COMPANHIA DE PORTOS E HIDROVIAS DO ESTADO PA 860201 Nº 124 Sigla UG 125 FCGUG FUNDAÇÕES Nº Sigla 126 124 Nº 127 125 124 128 126 125 129 127 126 130 128 127 131 129 128 132 130 129 133 131 130 132 131 133 132 Nome UG FCPTN FUNDAÇÃO FUNDAÇÃO FCV FCPTN Sigla UG MISER FUND.STA.CASA FCG FCPTN HEMOPA FCV FCG FHCGV FUND.STA.CASA MISER FCV FUNTELPA HEMOPA FUND.STA.CASA MISER FASEPA FHCGV HEMOPA FAPESPA FUNTELPA FHCGV IAP FASEPA FUNTELPA FAPESPA FASEPA IAP FAPESPA Cód. UG FUNDACAO CULTURAL DO PARA TANCREDO NEVES 460202 FUNDACAO CARLOS GOMES Nome UG 470201 Cód. UG 490201 460202 Cód. UG 610201 470201 460202 620201 490201 470201 640201 610201 490201 650201 620201 610201 680201 640201 620201 780201 650201 640201 820201 680201 650201 780201 680201 820201 780201 FUNDACAO VELHO FUNDACAO CURRO CULTURAL DO PARA TANCREDO NEVES Nome UG FUNDACAO DE MISERICORDIA DO PARA FUNDACAO SANTA CARLOSCASA GOMES FUNDACAO CULTURAL DO PARA TANCREDO NEVES PARA FUND.CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA FUNDACAO CURRO VELHO FUNDACAO CARLOS GOMES FUNDACAO HOSPITAL CLINICAS GASPAR VIANA FUNDACAO SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARA FUNDACAO VELHO FUNDACAO CURRO PARAENSE DE RADIODIFUSAO - FUNTELPA FUND.CENTRO DE HEMOTERAPIA E HEMATOLOGIA PARA FUNDACAO SANTA CASA DE MISERICORDIA DO PARA FUNDACAO DE ATENDIMENTO EDUCATIVA FUNDACAO HOSPITAL CLINICASSOCIO GASPAR VIANA DO PA FUND.CENTRO DE HEMOTERAPIA EDE HEMATOLOGIA PARA FUNDACAO PARAENSE AMAZONIA PARAENSE AMP.A PESQUISA FUNDACAO DE RADIODIFUSAO - FUNTELPA FUNDACAO HOSPITAL CLINICAS GASPAR VIANA INSTITUTO DE ARTES DO PARA FUNDACAO DE ATENDIMENTO SOCIO EDUCATIVA DO PA FUNDACAO PARAENSE DE RADIODIFUSAO - FUNTELPA FUNDACAO AMAZONIA PARAENSE DE AMP.A PESQUISA FUNDACAO DE ATENDIMENTO SOCIO EDUCATIVA DO PA INSTITUTO DE ARTES DO PARA FUNDACAO AMAZONIA PARAENSE DE AMP.A PESQUISA Para finalizar,IAPressalta-se que não foram classificados no sistema Siafem as 133 INSTITUTO DE ARTES DO PARA 820201 Sociedades de Economia Mista: Banpará, a Cosanpa, a companhia Gás Pará e a ParaAdministradora finalizar, ressalta-se quedenão foram classificados no sistema as Companhia da Zona Processamento de Exportação de Siafem Barcarena Sociedades de Economia Mista: Banpará, a Cosanpa, a companhia Gás Pará e a de Eco(CAZBAR). Entretanto, para fins foram deque quantificação de órgãos pertencentes à Para finalizar, ressalta-se não classificadas nototal sistema Siafem as Sociedades Para finalizar, que ressalta-se não foram do classificados no sistema Siafem as Companhia Administradora da Zona de Processamento Exportação de Pará Barcarena estrutura organizacional do Poder Executivo doaEstado, estatais foram computadas. Sociedades dea Economia Mista: Banpará, Cosanpa, ade companhia Gás e da a Zona de nomia Mista: Banpará, Cosanpa, a companhia Gás Pará eestas a Companhia Administradora (CAZBAR). Entretanto, paradafinsZona de quantificação do total órgãos pertencentes à Companhia Administradora de Processamento de de Exportação de Barcarena Processamento deFoi Exportação de Barcarena (Cazbar). para fins de do total de verificado que o Orçamento Geral doEntretanto, Estado – OGE/2014 nãoquantificação apresentou em estrutura organizacional do Poder do Estado, estas estatais foram computadas. (CAZBAR). Entretanto, para finsExecutivo de quantificação do total de órgãos pertencentes à seu Anexo II – Classificação Institucional os mesmos órgãos apresentados no sistema órgãos pertencentes à estrutura do organizacional do Poder Executivo do Estado, estas estatais foram comestrutura organizacional Poder Executivo do Estado, estas estatais foram computadas. Siafem. Foi verificado que o Orçamento Geral do Estado – OGE/2014 não apresentou em putadas. seu Anexo II – Classificação Institucional os mesmos órgãos apresentados no sistema Foi verificado que o Orçamento Geral do Estado – OGE/2014 não apresentou em Siafem. seu Anexo II – Classificação Institucional os mesmos órgãos apresentados no sistema Verificou-se que o Orçamento Geral do Estado – OGE/2014 não apresentou em seu Anexo II – ClasSiafem. 46 sificação Institucional os mesmos órgãos apresentados no sistema Siafem. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 3 CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO 48 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO 3. CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO Versa a Constituição Federal em seu art. 74 que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Já a Constituição do Estado do Pará, em seu art. 121, incisos I a IV acompanha as regras da CF/88 e dispõe ainda em seu art. 23 que a administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos, visando mantê-los dentro dos princípios fundamentais previstos na Carta Maior do Estado, adequando-os às necessidades do serviço e às exigências técnicas, econômicas e sociais. Por força do princípio da supremacia da Constituição, existem as normas situadas em plano inferior. Assim, a Lei Complementar nº 81/2012, Lei Orgânica do TCE/PA, dispõe em seu art. 30, § 1º que a prestação de contas do Governador do Estado consiste no Balanço Geral do Estado e no Relatório do Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, o qual deve abordar a execução dos orçamentos e avaliar a situação da gestão administrativa, nos seus aspectos contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial. O Sistema de Controle Interno no âmbito do Poder Executivo do Estado do Pará foi instituído pela Lei nº 6.176, de 29 de dezembro de 1998, com as alterações introduzidas pela Lei nº 6.275, de 28/12/1999, Lei nº 6.832, de 13/2/2006 e Lei nº 6.876, de 29/06/2006. No mesmo ato normativo, foi criada a Auditoria Geral do Estado - AGE como Órgão Central desse Sistema, responsável pela execução centralizada das atividades de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão. A regulamentação da Lei nº 6.176/1998 e suas alterações ocorreram por meio do Decreto Estadual nº 2.536/2006. Em atendimento às normas supracitadas, a Auditoria Geral do Estado emitiu o Relatório de Controle Interno, às fls. 13 a 171, Vol. II, integrando a composição da prestação de contas do Governador do Estado. 49 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO O Relatório está organizado por assuntos, divididos em tópicos, como segue: 1. Apresentação; 2. Histórico; 3. Competência Institucional; 4. Estrutura Organizacional; 5. Recursos Humanos; 5.1 Quadro de Pessoal; 5.2 Despesa com Pessoal; 5.3 Capacitação; 6. Atividades desenvolvidas; 6.1 Ações de Controle; 6.2 Ações Orientativas; 6.3 Ações Preventivas; 6.4 Ações de Capacitação; 6.5 Ações Institucionais/Normativas; 7. Monitoramento das Recomendações do TCE, exaradas no Parecer Prévio Conclusivo das Contas do Governo do Estado, pertinentes ao exercício de 2013; 8. Execução Orçamentária e Financeira consolidada do Poder Executivo Estadual; 9. Considerações Finais. Analisando o relatório, verifica-se que o Quadro de Pessoal do Executivo Estadual apresenta-se da seguinte forma: Tabela 3.1 - Pessoal do poder executivo, por vínculo VÍNCULO FUNCIONAL 2013 VARIAÇÃO ENTRE 2014 E 2013 2014 QTDA % QTDA % QTDA % ETETIVO 76.438 72,82 77.258 71,64 820 1,07 COMISSIONADO TEMPORÁRIO OUTROS TOTAL 3.222 12.754 12.559 104.973 3,07 12,15 11,96 100 3.218 14.087 13.274 107.837 2,98 13,42 12,31 100 -4 1.333 715 2864 -0,12 10,45 5,69 2,73 Fonte: BGE 2014. Observa-se uma evolução no quadro de pessoal de 2013 (104.973) para 2014 (107.837) com crescimento de 2,73%. Do total em 2014, 77.258 (71,64%) são ocupantes de cargos efetivos ou funções permanentes, 13.274 (12,31%) ocupam empregos públicos, 3.218 (2,98%) são servidores ocupantes de 50 cargos ou funções comissionadas e 14.087 (13,42%) são servidores temporários, sem vínculo efetivo com TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO o serviço público, distribuídos entre os órgãos e entidades da administração direta e indireta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Para fazer cumprir o inciso I, do artigo 121 da Constituição Estadual, verifica-se no item 6 (Atividades desenvolvidas) as ações da AGE exercidas no exercício de 2014. Art. 121. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, com auxílio dos respectivos órgãos de auditoria, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos do Estado; Quanto à avaliação do cumprimento das metas previstas e à execução dos Programas de Governo e Orçamentos, a Auditoria Geral do Estado em articulação com a Seplan, recomendou aos órgãos e entidades do Poder Executivo que fizessem constar nos Relatórios de Auditoria de Gestão, tópicos com padrões mínimos de acompanhamento e controle de metas estabelecidas no plano plurianual e nos orçamentos do Estado. Para tanto, a AGE adotou a Metodologia Sistema de Controle Preventivo – Sinconp, desenvolvida e implementada por servidores próprios, a qual utiliza técnicas de análise de dados, com uma ferramenta de Business Intelligence – BI, a partir da extração dos mesmos do Sistema GP Pará. O Sinconp direciona a análises de modo a indicar qual o nível de execução e comportamento dos mesmos em relação à situação ideal pretendida de execução Financeira x Meta Física Atingida. Tal análise traduz-se em mais uma ferramenta de monitoramento de Programas para o constante aperfeiçoamento da Gestão Pública em conjunto com a Seplan. Pelo que se observou, no exercício 2014, quanto à avaliação do cumprimento das metas previstas no PPA e a execução dos programas de governo do Estado, para efeito de validação da Metodologia Sinconp adotada pela AGE, do universo de 571 Ações realizadas pelo Poder Executivo Estadual, descartadas destas as que apresentavam ausência de informação, pelo método da amostra, 485 Ações foram avaliadas, o que representam 84,94% do total das Ações e 39,45 % das Despesas Financeiras Realizadas no período. Das 485 Ações que responderam por Despesas Realizadas no montante de R$ 6,6 bilhões, 254 Ações (52,37%), somaram despesas realizadas de R$ 4,9 bilhões (74,69%) apresentaram Alta Performance de Desempenho. Portanto, avaliando a execução dos Programas de Governo e dos orçamentos do Estado, a AGE demonstra o cumprimento e conformidade das metas estabelecidas no PPA para o Exercício 2014. 51 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO Por fim, neste aspecto, recomenda-se à Secretaria de Controle Externo do TCE/PA que se faça uma inspeção ordinária na Auditoria Geral do Estado e na Seplan, para atestar o grau de confiabilidade da metodologia utilizada para o acompanhamento e avaliação do cumprimento das metas previstas nos programas de governo do Estado. Quanto ao que dispõe a Constituição Estadual, art. 121, II, o relatório apresentou uma série de ações da AGE no intuito de avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da administração estadual, como a elaboração de Diagnóstico dos Controles Internos do Poder Executivo sobre o exame das Prestações de Contas de Gestão dos Recursos Públicos Anual, além de elaboração de instruções normativas de modo a padronizar procedimentos e facilitar a sua missão institucional de exercer o controle interno do Poder Executivo. Em relação ao Controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Estado, foram apresentadas as seguintes informações: • Receitas com recursos de Operações de Crédito; • Montante das despesas com recursos de operações de crédito Interna e Externa, evidenciando os principais Programas de Governo envolvidos na etapa de aprovação do orçamento; • Operações de crédito por fonte detalhada de recurso; • Demonstração da despesa realizada por grupo de despesa; • Programas financiados com operações de crédito, evidenciando os principais Projetos/Atividades financiados no exercício 2014; • Disponibilidade de recursos provenientes de operações de crédito. O relatório avaliou a compatibilidade das despesas custeadas por recursos de operações de crédito contratados no exercício de 2014 com os objetivos propostos na captação de tais recursos, cumprindo, portanto, o art. 8º, parágrafo único, da Lei de Responsabilidade Fiscal e assim, atendendo recomendação deste Tribunal. Por fim, quanto à missão de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional, AGE informa, no relatório, que monitora as recomendações deste TCE face às constatações consubstanciadas no Parecer Prévio sobre as contas de governo, inclusive reservando um item específico para este assunto (item 7). Além disso, detalha suas ações orientativas, preventivas, normativas e de capacitação. Restou evidente que a AGE, enquanto Órgão Central de Controle Interno do Poder Executivo, realizou diversas ações no exercício de 2014, buscou cumprir sua missão Institucional, apresentando uma avaliação da gestão do Governador do Estado com ênfase nas ações planejadas e nos resultados alcançados, nas adequações dos registros contábeis, bem como apresentando indicadores da gestão da 52 administração pública. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 4 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL 54 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL 4. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O presente capítulo tem por finalidade apresentar o resultado da análise dos instrumentos de planejamento governamental, que consiste em um conjunto de procedimentos contínuos e dinâmicos de que o Estado se utiliza para apresentar planos e programas de trabalho para determinado período. O planejamento governamental se materializa, conforme art. 165 da Constituição Federal e art. 204 da Constituição Estadual, por meio de três instrumentos: Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA. A lei que institui o PPA deve estabelecer, de forma setorizada e regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública estadual, para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas de duração continuada, tendo vigência de 4 anos. À LDO cabe, anualmente, definir as diretrizes para elaboração e execução do orçamento, compreendendo, dentre outras, as metas e prioridades da administração, as disposições sobre as alterações na legislação tributária, a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento e as disposições relativas à despesa com pessoal. Desta forma, a LDO orienta a direção e o sentido dos gastos públicos. A LOA tem como objetivo estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. Sua elaboração deve estar em conformidade com os programas constantes do PPA vigente e orientar-se pelas disposições estabelecidas na LDO aprovada para o exercício. Desta forma, o PPA funciona como plano de Governo e a LOA como instrumento que viabiliza a execução dos programas governamentais, cabendo à LDO ser o elo entre estes. 4.1. PLANO PLURIANUAL - PPA 4.1.1. Apresentação e Composição O Plano Plurianual para o quadriênio 2012-2015, intitulado “Pacto pelo Pará”, instituído pela Lei n° 7.595, de 28-12-2011, foi revisado para o ano-base de 2014, pela Lei nº 7.763 de 12-12-2013, publicada nos suplementos nº 01 a 19 do DOE nº 32.544, de 17-12-2013, e encontra-se divulgado no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Planejamento – Seplan (www.seplan.pa.gov.br). O projeto de lei foi encaminhado à Assembleia Legislativa em 30-08-2013, pela Mensagem nº 023/2013-GG. Com objetivo de assegurar a participação social no processo de revisão, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, art. 48, parágrafo único, inciso I, foram realizadas audiências públicas 55 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL nos dias 08, 12 e 14 de agosto de 2013, respectivamente, nas sedes das Regiões de Integração Carajás (Marabá), Baixo Amazonas (Santarém) e Metropolitana (Belém). Ainda com relação à participação social, no processo de revisão do PPA, foi disponibilizado mecanismo de audiência pública eletrônica no período de 08 a 14 de agosto de 2013, no site da Seplan na Internet. Quanto à conformidade da composição e do conteúdo da lei de revisão para o ano-base 2014 (Lei nº 7.763/2013), houve cumprimento da Lei n° 7.595/2011, art. 10, § 2º, incisos I e II e § 5º. A revisão do Plano para o ano-base 2014 manteve toda a base estratégica concebida quando da elaboração do PPA, permanecendo inalteradas as 05 (cinco) diretrizes e os 25 (vinte e cinco) objetivos estratégicos definidos na Lei n° 7.595/2011. A revisão restringiu-se à inclusão, exclusão e alteração de programas, bem como de suas ações. Com relação a revisão dos programas finalísticos, foi percebido a inclusão de mais 03 (três) programas, todos sob a gestão do Poder Executivo (Assistência Farmacêutica, Gestão Estadual do SUS e Planejamento e Gestão Integrada), bem como ocorreu a exclusão de 17 (dezessete) programas, sendo 15 (quinze) gerenciados pelo Poder Executivo e 02 (dois) do Poder Judiciário. Ainda com relação à revisão dos programas, 14 (quatorze) que estavam sob a responsabilidade do Poder Executivo tiveram seus atributos (objetivo, público-alvo e indicador) modificados. Assim, o Plano Plurianual 2012-2015 que após a revisão para a ano-base 2013 encontrava-se constituído por 82 (oitenta e dois) programas, sendo 81 (oitenta e um) finalísticos e 1 (um) de manutenção da gestão, passou, após a revisão para o ano-base 2014, a ser composto por 66 (sessenta e seis) programas finalísticos, permanecendo o de manutenção da gestão. A composição por tipologia dos programas, poder/ órgão e área aprovada após a revisão encontra-se na tabela a seguir: Tabela 4.1 - Número de Programas do PPA por Tipologia DISCRIMINAÇÃO Nº PROGRAMAS Finalístico 66 Poder Judiciário 06 Poder Legislativo(1) 07 Poder Executivo 51 Proteção e Desenvolvimento Social 12 Promoção Social 07 56 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL DISCRIMINAÇÃO Nº PROGRAMAS Defesa Social e Segurança Pública 05 Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção 07 Infraestrutura e Logística para o Desenvolvimento Sustentável 11 Gestão 09 Ministério Público 01 Defensoria Pública 01 Manutenção da Gestão (Todos os Poderes) 01 Total 67 Fonte: Lei n° 7.595/2011 (Plano Plurianual 2012-2015), com as modificações produzidas pelas Leis nos 7.689/2012 e 7.763/2013. Nota: (1) O programa dos Órgãos Constitucionais Independentes encontra-se apresentado junto ao Poder Legislativo. Quanto as ações que compõem os programas do Plano, no processo de revisão para o ano-base 2014, foram identificadas inclusão de 90 (noventa) ações, sendo 73 (setenta e três) sob responsabilidade do Poder Executivo e 17 (dezessete) do Poder Judiciário. As referidas inclusões afetou 30 (trinta) programas, destes, 25 (vinte e cinco) são gerenciados pelo Poder Executivo e 05 (cinco) pelo Poder Judiciário. Foram excluídas 132 (cento e trinta e dois) ações, estando 128 (cento e vinte e oito) relacionadas a programas vinculados ao Poder Executivo, 03 (três) ao Poder Legislativo e uma ao Poder Judiciário. Ainda foram alterados atributos (título, objetivo, produto, unidade de medida e meta) de 03 (três) ações pertencentes a 03 (três) programas, todas relacionadas a programas do Poder Executivo. Após a revisão para o ano-base de 2014 o número de programas, ações e agenda mínima, por tipologia de programa, apresentam-se conforme tabela a seguir: Tabela 4.2 - Número de Programas e Ações TIPO Finalístico Manutenção da Gestão Total PROGRAMAS AÇÕES AÇÕES AGENDA MÍNIMA 66 601 101 1 9 - 67 610 101 Fonte: Lei n° 7.595/2011 (Plano Plurianual 2012-2015), com as modificações produzidas pelas Leis nos 7.689/2012 e 7.763/2013. Destaca-se que a revisão do PPA pela Lei nº 7.763/2013, para o ano-base de 2014, alterou o número de ações relacionadas à Agenda Mínima do Poder Executivo, passando estas de 116 (cento e dezesseis) para 101 (cento e um). 57 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Na revisão do PPA para ano-base 2014, foram mantidas as ações que não se enquadram nos programas existentes, pois não contribuem para o ciclo produtivo. É o caso das relativas à Dívida Pública que engloba as despesas assumidas pelo ente público decorrente de operações de crédito (interna e externa), ou por meio de refinanciamento de dívidas de curto e longo prazo. 4.1.2. Monitoramento e Avaliação O aperfeiçoamento contínuo do Plano Plurianual passa pelo monitoramento e avaliação anual dos programas. Desta forma, dentre os procedimentos relacionados aos processos em questão destacam-se para análise: a) a obrigação dos órgãos e entidades do Poder Executivo de registrar no GP Pará até o dia 10(dez) de cada mês subsequente, as informações referentes às metas físicas das ações constantes dos programas sob sua responsabilidade; b) a obrigação da Seplan de consolidar o Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual 2012-2015, bem como encaminhá-lo à Alepa e ao TCE/PA; c) a necessidade dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos demais órgãos constitucionais independentes em elaborar e enviar à Seplan a avaliação dos resultados dos programas do PPA 2012-2015, sob suas responsabilidades, relativos ao exercício anterior; d) a incumbência da Seplan em disponibilizar no seu sítio eletrônico na internet o texto atualizado da lei e anexos, resumo das informações constantes do Sistema GP Pará e o Relatório Anual de Avaliação dos Programas. Quanto a essas obrigações, em verificação realizada no GP Pará, constatou-se nos programas sob a gestão do Poder Executivo, que os órgãos responsáveis pelos mesmos registram no Sistema as metas físicas das ações cadastradas no GP Pará. Ressalta-se, entretanto, que das 506 (quinhentos e seis) ações previstas, na Lei nº 7.763 de 1212-2013, para o exercício de 2014, constam no GP Pará somente 447 (quatrocentos e quarenta e sete), demonstrando que não ocorreu o cadastramento no sistema de todas as ações, inviabilizando assim a alimentação dos resultados alcançados. Cabe destacar ainda, que não foram identificados no Sistema GP Pará registros de indicadores de desempenho relativo ao ano de 2014, constantes dos programas do Plano, apesar de haver campo específico para disponibilizar essa informação. 58 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Com relação à obrigação da Seplan de consolidar o Relatório Anual de Avaliação dos Programas e encaminhá-lo à Alepa e ao TCE, não houve como se verificar o cumprimento da obrigação em relação ao ano-base 2014, devido o prazo de encaminhamento ao Tribunal definido no art. 15, § 2º Lei nº 7.595/2011 ter sido alterado pela Lei nº 7.763 de 12-12-2013. Entretanto, com o objetivo de suprir a falta do Relatório Anual de Avaliação dos Programas foi realizada a verificação dos resultados alcançados no exercício de 2014, nas ações dos programas finalísticos sob a responsabilidade do Poder Executivo, por meio dos registros realizados pelos órgãos gestores junto ao Sistema GP Pará. Desta forma, a tabela abaixo apresenta por área o resultado alcançado com relação às metas físicas estabelecidas nas 447 (quatrocentos e quarenta e sete) ações cadastradas no sistema junto aos programas finalísticos sob a gestão do Poder Executivo para o exercício de 2014. Tabela 4.3 - Resultado das Metas PPA Programação ALCANÇADAS % NÃO ALCANÇADAS % TOTAL Proteção e Desenvolvimento Social ÁREA 45 46,39 52 53,61 97 Defesa Social e Segurança Pública 26 40,63 38 59,38 64 Promoção Social Infraestrutura e Logística Desenvolvimento Econômico Gestão Total 38 12 32 33 186 43,18 31,58 35,96 46,48 41,61 50 26 57 38 261 56,82 68,42 64,04 53,52 58,39 88 38 89 71 447 Fonte: Sistema GP Pará. Observa-se com relação às metas estabelecidas por ação, que das 447 (quatrocentos e quarenta e sete) cadastradas no GP Pará somente 186 (cento e oitenta e seis) foram alcançadas ou superadas, análogo a 41,61%, e 261 (duzentos e sessenta e um) não foram alcançadas, o que equivale a 58,39% do total planejado. Com relação as áreas, conforme pode ser observado na tabela acima, todas ficaram abaixo de 50% do resultado desejado, sendo que a de Infraestrutura e Logística foi a que apresentou o menor desempenho 31,58%. Quanto ao resultado alcançado em relação às ações da Agenda Mínima do Poder Executivo das 101 (cento e um) ações previstas, na Lei nº 7.763 de 12-12-2013, para o exercício de 2014, constam no 59 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL GP Pará somente 100 (cem), demonstrando que uma das ações não foi cadastrada no sistema (Apoio ao Cadastro Ambiental Rural, ao Licenciamento Ambiental Rural, a Restauração Florestal e ao Zoneamento). Assim, a tabela abaixo apresenta por área o resultado alcançado com relação às metas físicas estabelecidas nas 100 (cem) ações cadastradas no sistema junto aos programas finalísticos sob a gestão do Poder Executivo para o exercício de 2014. Tabela 4.4 - Resultado das Metas Agenda Mínima ÁREA ALCANÇADAS % NÃO ALCANÇADAS % TOTAL Proteção e Desenvolvimento Social 3 21,43 11 78,57 14 Defesa Social e Segurança Pública 3 23,08 10 76,92 13 Promoção Social 6 30,00 14 70,00 20 Infraestrutura e Logística 9 26,47 25 73,53 34 16 Desenvolvimento Econômico 5 31,25 11 68,75 Gestão 2 66,67 1 33,33 3 Total 28 28,00 72 72,00 100 Fonte: Sistema GP Pará. Da análise das ações identificadas no PPA, como Agenda Mínima do Poder Executivo, verifica-se que das 100 (cem) cadastradas no GP Pará, apenas 28 (vinte e oito) atingiram ou superaram a meta estabelecida, ou seja, foi alcançado somente 28% das metas estabelecidas. Dessa forma, o Poder Executivo não conseguiu cumprir o mínimo desejado. Dentre às áreas, somente a de Gestão ultrapassou a 50% do programado, atingindo 66,67%. Dentre as demais, se constata que, o pior desempenho ficou com a área de Proteção e Desenvolvimento Social, que só alcançou 03 (três) das 14 (quatorze) metas fixadas, o que equivale a 21,43%. Desta forma, considerando as informações presentes no Sistema GP Pará, pode-se concluir que das metas cadastradas, somente 41,61% foram alcançadas. Quanto as relacionadas à agenda mínima, o alcance diminui para 28%, demonstrando assim um baixo desempenho no alcance das metas físicas programadas no PPA pelo Poder Executivo. Com relação à avaliação dos índices alcançados em relação aos índices-meta dos indicadores de desempenho de cada programa, para o ano-base 2014, não houve a sua realização devido não constar registro deste no Sistema GP Pará como anteriormente mencionado. Quanto à obrigação da Seplan em assegurar a transparência do processo de gestão do PPA, ob- 60 serva-se que foram disponibilizados em seu sítio eletrônico o texto atualizado da lei e anexos e o resumo TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL das informações constantes do Sistema GP Pará. Assim, conclui-se que foi observada a Lei nº 7.595/2011, arts. 16 e 17, incisos I e II. Cabe destacar, que com relação ao processo de transparência não foi possível verificar o cumprimento dos arts. 16 e 17, inciso III, quanto à disponibilização do Relatório Anual de Avaliação dos Programas, devido ao prazo de apresentação ter sido alterado pela Lei nº 7.763/2013. 4.1.3. Compatibilidade com a Lei Orçamentária A compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA é norma constitucional, sendo esta reforçada pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A própria dinâmica de funcionamento do modelo planejamento-orçamento, prevista na Constituição Federal de 1988, demonstra essa necessidade de compatibilidade, pois os programas aprovados no Plano Plurianual, só podem ser operacionalizados se programados na Lei Orçamentária Anual e esta, não pode apresentar programas diferentes daqueles aprovados no Plano. As metas financeiras aprovadas na Lei nº 7.595/2011, conforme dispõe seu art. 6º, não são limites à programação da despesa na LOA. Todavia a comparação dos valores dos programas entre os dois instrumentos possibilita aferir a maior ou menor qualidade no processo de planejar (PPA) e de programar (LOA). Desta forma, a tabela abaixo apresenta os programas do PPA com seus respectivos valores aprovados na revisão ano-base 2014, bem como os valores previstos para o exercício de 2014 e as dotações iniciais da Lei Orçamentária para o mesmo exercício. Tabela 4.5 - PPA 2012-2015 x PPA Programação 2014 x LOA Dotação Inicial por Programa 2014 PODER / TIPO PROGRAMA / DENOMINAÇÃO DO PROGRAMA / PODER EXECUTIVO PPA PPA 2012-2015 Prog. 2014 (A) (B) % (B/A)*100 (Em R$ milhares) LOA 2014 % Dot. Inicial (C/B)*100 (C) 49.160.203 12.180.972 24,78 10.748.064 88,24 30.445.471 7.544.410 24,78 6.987.707 92,62 4.648.190 1.224.180 26,34 1.224.180 100,00 7.312 0 0,00 0 0,00 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA (5) 158.675 77.644 48,93 77.644 100,00 ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE 100,00 PROGRAMA FINALÍSTICO PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL ARTESANATO PARAENSE (4) 298.132 41.307 13,86 41.307 ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (4) 78.634 0 0,00 0 0,00 BOLSA TRABALHO 76.415 3.697 4,84 3.697 100,00 COMBATE AS DROGAS 25.568 5.161 20,18 5.161 100,00 CUIDAR PARA VIVER (4) 205.340 0 0,00 0 0,00 33.906 0 0,00 0 0,00 87.691 0 0,00 0 0,00 DOAR E VIDA (4) EDUCAÇÃO NA SAÚDE (4) 61 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL (Em R$ milhares) PODER / TIPO PROGRAMA / DENOMINAÇÃO DO PROGRAMA / PPA PPA % LOA 2014 2012-2015 Prog. 2014 (B/A)*100 Dot. Inicial (A) (B) (C) % (C/B)*100 GERAÇÃO DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA 70.457 11.519 16,35 11.519 100,00 GESTÃO ESTADUAL DO SUS (5) 53.811 27.350 50,83 27.350 100,00 HEMOVIDA (4) 82.642 0 0,00 0 0,00 IGUALDADE ÉTNICO-RACIAL E SOCIAL (1) 16.578 1.295 7,81 1.295 100,00 INCLUSÃO SOCIOPRODUTIVA (2) MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE NA SAÚDE 14.227 0 0 0 0,00 3.061.789 932.375 30,45 927.375 99,46 100,00 PACTO PELOS DIREITOS HUMANOS (1) 55.967 17.723 31,67 17.723 PROTEÇÃO SOCIAL NO SUAS E SINASE 173.696 63.527 36,57 68.527 107,87 58.459 17.995 30,78 17.995 100,00 SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL VIGILÂNCIA EM SAÚDE 88.893 24.588 27,66 24.588 100,00 2.365.706 616.506 26,06 573.390 93,01 60.214 0 0 0 0,00 PACTO PELA LIBERDADE 365.944 109.943 30,04 89.369 81,29 PRÓ-PAZ - POR UMA CULTURA DE PAZ 152.397 19.286 12,65 19.286 100,00 SEGURANÇA NO TRÂNSITO 327.761 55.706 17,00 55.706 100,00 SEGURANÇA PELA PAZ 778.096 253.889 32,63 231.348 91,12 VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR DO SISTEMA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 681.294 177.681 26,08 177.681 100,00 11.468.368 2.674.372 23,32 2.651.337 99,14 9.195.030 2.053.727 22,34 2.053.727 100,00 100,00 DEFESA SOCIAL E SEGURANÇA PÚBLICA GESTÃO INTEGRADA DO CONHECIMENTO (4) PROMOÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE ESPORTE E LAZER: UM CAMINHO PARA A INCLUSÃO SOCIAL 254.204 62.069 24,42 62.069 NOSSA ARTE, NOSSA CULTURA 364.281 113.366 31,12 90.331 79,68 11.975 6.048 50,50 6.048 100,00 O PARÁ QUE LÊ REVITALIZAÇÃO, PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA E IDENTIDADE CULTURAL UNIVERSIDADE PÚBLICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO PARÁ VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR DA EDUCAÇÃO 197.665 52.808 26,72 52.808 100,00 878.864 219.440 24,97 219.440 100,00 566.349 166.913 29,47 166.913 100,00 7.230.105 1.382.661 19,12 1.352.861 97,84 2.145.938 465.630 21,70 445.630 95,70 CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 296.579 82.081 27,68 82.081 100,00 DESENVOLVIMENTO PORTUÁRIO E HIDROVIÁRIO (4) 0,00 INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO 326.152 0 0,00 0 DISSEMINAÇÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO (4) 14.532 0 0,00 0 0,00 ENERGIA NO PARÁ 81.923 3.220 3,93 2.420 75,16 FLORESTA SUSTENTÁVEL (4) 26.947 0 16,89 0 0,00 GESTÃO AMBIENTAL E TERRITORIAL 76.915 12.993 0,00 12.993 100,00 HABITAR PARA VIVER MELHOR 751.075 157.386 20,95 128.386 81,57 INCLUSÃO DIGITAL PARA O DESENVOLVIMENTO - NAVEGAPARÁ 70.799 18.915 26,72 18.915 100,00 660.033 179.364 27,17 179.364 100,00 72.639 20.019 27,56 20.019 100,00 2.076.432 347.717 16,75 347.717 100,00 0,00 0 0,00 17,98 114.042 121,27 100,00 INTEGRAÇÃO METROPOLITANA OBRAS PÚBLICAS SANEAMENTO É VIDA 91.345 SISTEMA PARAENSE DE INOVAÇÃO (4) TERRITÓRIO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL 523.096 VALORIZAÇÃO DA SOCIOBIODIVERSIDADE 94.042 15.699 1.293 8,24 1.293 1.315.901 662.485 50,34 219.387 33,12 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AGROPECUÁRIA 91.885 13.446 14,63 13.446 100,00 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA PESCA E AQUICULTURA 40.629 17.397 42,82 17.397 100,00 MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR 112.716 29.713 26,36 29.713 100,00 MUNICÍPIOS VERDES 116.085 10.687 9,21 5.537 51,81 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 62 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL (Em R$ milhares) PODER / TIPO PROGRAMA / DENOMINAÇÃO DO PROGRAMA / PARÁ COMPETITIVO PROG.REDUÇÃO DA POBREZA E GEST.DOS REC.NAT.DO EST.DO PARÁ - PARÁ RURAL VER-O-PARÁ (3) GESTÃO COMUNICAÇAO PÚBLICA GOVERNAMENTAL DEFESA DOS DIREITOS DO ESTADO (4) FORTALECIMENTO E MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO (4) PPA PPA 2012-2015 Prog. 2014 (A) (B) % (B/A)*100 LOA 2014 Dot. Inicial (C) % (C/B)*100 667.741 500.127 74,90 62.180 12,43 106.114 37.274 35,13 37.274 100,00 100,00 180.731 53.841 29,79 53.841 3.417.201 984.207 28,80 966.552 98,21 212.461 55.276 26,02 55.276 100,00 15.018 0 0,00 0 0,00 662 0 0,00 0 0,00 3.710 0 0,00 0 0,00 251.328 45.449 18,08 45.448 100,00 GESTÃO GOVERNAMENTAL 52.671 13.055 24,79 13.055 100,00 MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO DO ESTADO (4) 24.928 0 0,00 0 0,00 11.957 1.449 12,12 1.449 100,00 100,00 GESTÃO DO PLANEJAMENTO E DE INFORMAÇÕES ESTADUAIS (4) GESTÃO FAZENDÁRIA PACTO PELA CIDADANIA PLANEJAMENTO E GESTÃO INTEGRADA (5) SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO 18.214 14.536 79,81 14.536 1.366.006 389.106 28,48 389.106 100,00 166.014 48.063 28,95 48.063 100,00 100,00 TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL 37.329 4.345 11,64 4.345 VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR PÚBLICO 1.256.903 412.928 32,85 395.273 95,72 18.714.732 4.636.562 24,77 3.760.356 81,10 PROGRAMA MANUTENÇÃO DA GESTÃO 2.176.612 578.009 26,56 622.238 107,65 PROGRAMAS FINALÍSTICOS 1.181.145 308.865 26,15 334.736 108,38 PROGRAMA MANUTENÇÃO DA GESTÃO 995.467 269.144 27,04 287.502 106,82 PODER LEGISLATIVO (6) PODER JUDICIÁRIO PROGRAMAS FINALÍSTICOS PROGRAMA MANUTENÇÃO DA GESTÃO MINISTÉRIO PÚBLICO PROGRAMAS FINALÍSTICO PROGRAMA MANUTENÇÃO DA GESTÃO DEFENSORIA PÚBLICA PROGRAMAS FINALÍSTICO PROGRAMA MANUTENÇÃO DA GESTÃO TOTAL 2.821.249 865.349 30,67 865.349 100,00 1.096.299 301.684 27,52 301.684 100,00 1.724.951 563.664 32,68 563.664 100,00 1.375.236 376.515 27,38 376.515 100,00 1.305.937 353.823 27,09 353.823 100,00 69.299 22.693 32,75 22.693 100,00 433.526 125.090 28,85 125.090 100,00 384.767 110.297 28,67 110.297 100,00 48.759 14.794 30,34 14.794 100,00 55.966.826 14.125.936 25,24 12.737.256 90,17 Fonte: Lei n° 7.595/2011 (com as modificações produzidas pelas Leis nos 7.689/2012 e 7.763/2013) e SIAFEM 2014. Nota: (1) Programas transferidos da área Defesa Social e Segurança Pública para Proteção e Desenvolvimento Social na revisão ano-base 2013. (2) Programa excluído pela revisão ano-base 2013. (3) Consta com a denominação Turismo na Amazônia até a revisão ano-base 2013. (4) Programas excluídos pela revisão ano-base 2014. (5) Programas incluídos pela revisão ano-base 2014. (6) O programa dos Órgãos Constitucionais Independentes encontra-se apresentado junto ao Poder Legislativo. 63 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Conforme tabela acima, se pode constatar que do total de recursos dos programas vinculados ao Poder Executivo para o quadriênio 2012/2015 no PPA (R$49,1 bilhões), 24,78% correspondem ao exercício de 2014, o que equivale a R$12,1 bilhões, sendo que somente 88,24% deste valor foi fixado na LOA para 2014, resultando no total de R$10,7 bilhões. Ao restringirmos à análise aos programas finalísticos, do total de recursos previstos no PPA para o exercício de 2014 (R$7,5 bilhões), apenas 92,62% deste valor (R$6,8 bilhões) foi programado na LOA de 2014. Dentre os 51 (cinquenta e um) programas gerenciados pelo Poder Executivo, 02 (dois) tiveram valores programados acima do previsto no PPA para o exercício de 2014 e 10 (dez) foram fixados com valores abaixo do previsto no Plano. Os programas que tiveram o maior aporte inicial na LOA em relação ao planejado no PPA foram: Território de Integração Regional (121,27%) e Proteção Social no Sistema Único de Assistência Social SUAS e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE (107,87%). Os 10 (dez) programas que tiveram sua programação fixada na LOA abaixo do planejado no PPA, foram: Pará Competitivo (12,43%); Municípios Verdes (51,81%); Energia do Pará (75,16%); Nossa Arte, Nossa Cultura (79,68%); Manutenção da Gestão (81,10%); Habitar para Viver Melhor (81,57%); Segurança pela Paz (91,12%); Caminhos para o Desenvolvimento (95,70%); Valorização do Servidor Público (95,72) e Média e Alta Complexidade na Saúde (99,46%). Com relação à fixação dos programas pelas 6 áreas em que o Poder Executivo se encontra estruturado, percebe-se que a mais prejudicada na alocação de recursos foi a de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção, devido ter sido programados apenas 33,12% do planejado. Nas demais áreas o conjunto dos programas foi orçado em valores superiores a 86,28%, o que equivale à média de programação do Poder Executivo. Assim, com base na análise comparativa entre os valores previstos por programa no PPA para 2014 e os valores totais fixados na LOA pelo Poder Executivo, pode-se concluir que ocorreu descompasso entre o “planejado x programado”, pois a programação correspondeu somente a 88,24% do planejado. Quanto aos demais Poderes, Ministério Público e Defensoria Pública, os valores fixados na LOA correspondem aos previstos no PPA, à exceção do Poder Legislativo, que apresenta uma programação superior (107,65%) no exercício. 64 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL A análise da distribuição de recursos por tipologia de programas busca verificar se o planejamento da ação governamental está voltado para a geração de bens ou serviços a serem oferecidos diretamente à sociedade, por meio dos programas finalísticos, ou voltado para ações de natureza tipicamente administrativas não apropriadas aos programas finalísticos. A distribuição dos recursos por tipologia de programa está demonstrada na tabela abaixo, que apresenta os valores do PPA referentes ao período 2012/2015, conforme revisão ocorrida para o ano-base 2014, os valores previstos para o exercício de 2014 e as dotações iniciais da Lei Orçamentária Anual de 2014. Tabela 4.6 - PPA 2012-2015 x PPA Programação 2014 x LOA Dotação Inicial por Tipologia de Programa 2014 (Poder Executivo) (Em R$ milhares) TIPO DE PROGRAMA PPA % % PPA % % LOA 2014 % % 2012-2015 Part. Part. Prog. 2014 Part. Part. Dot. Inicial Part. Part. Programas Finalísticos 30.445.471 61,93 58,04 7.544.410 61,94 58,85 6.987.707 65,01 40,83 Programa Manutenção da Gestão 18.714.732 38,07 35,68 4.636.562 38,06 36,17 3.760.356 34,99 21,97 49.160.203 3.296.607 52.456.810 100,00 12.180.972 100,00 95,02 638.741 4,98 12.819.713 - 100,00 10.748.063 6.366.077 17.114.140 100,00 62,80 37,20 100,00 Total por Programas Encargos Total 93,72 6,28 - 100,00 - Fonte: Lei n° 7.595/2011, com as modificações produzidas pela Lei nº 7.689/2012 e SIAFEM 2014. A análise da tabela acima permite constatar que a revisão do PPA estabeleceu que 61,93% dos recursos do Poder Executivo seriam direcionados aos programas finalísticos, tendo sido destacado no Plano para o ano de 2014 praticamente o mesmo percentual (61,64%), sendo na programação da LOA destinado o percentual de 65,01%. Entretanto, ao se considerar o total de recursos, observa-se que a participação dos programas finalísticos na LOA corresponde a 40,83% enquanto que estavam projetados 58,04% no PPA para o exercício. Quanto ao programa de manutenção da gestão, o comportamento na programação da LOA em relação ao PPA seguiu o observado nos programas finalísticos ocorrendo uma significativa redução entre o valor planejado (R$4,6 milhões) e o valor programado (R$3,7 milhões). Com relação à análise das despesas referentes aos Encargos Especiais (despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, 65 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins), percebe-se que essas despesas consomem mais recursos que os destinados ao programa de manutenção da gestão e representam 91,10% dos direcionados aos programas finalísticos. Vale destacar ainda que as despesas com Encargos Especiais previstas no PPA de 2012-2015, para serem executadas em 2014, foram de um total de R$3,2 bilhões, porém foi observado na LOA do referido exercício que a programação, para a conta em questão, se deu em R$6,3 bilhões. Desta forma, constata-se que devido o montante de despesa com encargos Especiais não estarem previsto no PPA em sua totalidade, sua execução deixou de ser direcionada para os programas do Plano, pois foram consumidas por esta conta na programação da LOA. 4.2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS As diretrizes orçamentárias para o exercício de 2014 foram previstas na Lei n° 7.722, de 15-072013, publicada no DOE n° 32.440, de 17-07-2013, integrada pelos anexos de metas e riscos fiscais, bem como está estruturada em 71 artigos e 5 anexos. O projeto de lei foi encaminhado à Assembleia Legislativa em 30-04-2013, pela Mensagem nº 009/13-GG. No processo de elaboração e discussão da LDO para o exercício de 2014, foi assegurada a participação popular por meio da realização de audiência pública, em 18-04-2013, cumprindo assim determinação contida no art. 48, parágrafo único, da Lei Complementar nº 101, de 2000. Com relação à composição da LDO foram cumpridas as exigências estabelecidas na Constituição Estadual, art. 204, § 3°, e art. 208, contendo: as prioridades e metas da administração pública estadual; as orientações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual; as disposições sobre as alterações na legislação tributária; e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. A LDO também cumpriu a exigência prevista na Constituição Estadual, art. 208, § 1º, inciso II, ao dispor sobre concessão de vantagem, aumento de remuneração, criação de cargos, empregos e funções, alteração de estrutura de carreiras e admissão ou contratação de pessoal a qualquer título pelos órgãos e entidades da administração Estadual. O texto e os anexos que integraram a LDO atenderam, ainda, as seguintes exigências determinadas na LRF: 66 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL EXIGÊNCIA BASE LEGAL LDO Dispor sobre equilíbrio entre receitas e despesas. art. 4º, inciso I, alínea a art. 3º, inciso I Dispor sobre critérios e forma de limitação de empenho, a serem efetivados nas hipóteses de risco de não cumprimento das metas fiscais ou de ultrapassagem do limite da dívida consolidada. art. 4º, inciso I, alínea b art. 41 Dispor sobre normas relativas ao controle de custos. Dispor sobre normas relativas à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Dispor sobre demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. art. 4º, inciso I, alínea e art. 4º, inciso I, alínea e art. 4º, inciso I, alínea f art. 63 arts. 50 e 51 arts. 21 e 22 Conter Anexo de Metas Fiscais. art. 4º, § 1º Conter avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. art. 4º, § 2º, inc. I demonstrativo I, anexo I demonstrativo II, anexo I art. 4º, § 2º, inciso II demonstrativo III, anexo I Conter demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional. Conter evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos. art. 4º, § 2º, demonstrativos inciso III IV e VIII, anexo I art. 4º, § 2º, inciso demonstrativo V, Conter avaliação da situação financeira e atuarial do regime próprio dos servidores públicos. IV, alínea a anexo I Conter demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão art. 4º, § 2º, demonstrativo VI das despesas obrigatórias de caráter continuado. inciso V e VII, anexo II Conter Anexo de Riscos Fiscais. art. 4º, § 3º anexo V Estabelecer forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, de “Reserart. 5º, inciso III art. 23 § 2º e 3º va de Contingência”. Designar o índice de preços cuja variação limitará a variação do principal da dívida mobiliária refinanart. 5º, § 3º Não apresenta ciada no exercício de referência. Definir os termos sob os quais será estabelecida a programação financeira e o cronograma de execuart. 8º, caput art. 40 ção mensal de desembolso, até 30 dias após a publicação da lei orçamentária. Indicar as despesas que, além das constitucionais e legais e das com o serviço da dívida, não devam art. 41, incisos II, art. 9º, § 2º ser objeto da limitação de empenho e movimentação referida no art. 9º e no art. 31. § 1º, II. III, IV e V Dispor, complementarmente, sobre condições a serem atendidas para a concessão ou ampliação de art. 14, caput Não apresenta incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita. Estabelecer conceito de despesa irrelevante, para efeito de sua exclusão do disposto no art. 16, que art. 26, parágrafo art. 16, § 3º trata de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação que acarrete aumento de despesa. único Estabelecer situações nas quais será possível contratar hora-extra, quando a despesa total com pesso- art. 22, parágrafo art. 54, inciso V al estiver excedendo 95% do limite estabelecido para tal. único, inciso V Estabelecer, complementarmente à LRF, exigências para a realização de transferências voluntárias. art. 25, § 1º art. 20 Estabelecer os termos sob os quais serão incluídos projetos novos na lei orçamentária, respeitando o “adequado” atendimento dos “em andamento” e o atendimento das despesas de conservação do art. 45, caput art. 19 patrimônio público. 67 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Conclui-se, portanto, que a composição da LDO encontra-se em consonância com as exigências contidas na Constituição Estadual e demais legislações que disciplinam a matéria, contendo ainda normas concorrentes a serem observadas na condução da política fiscal pelo Estado. No que diz respeito ao conteúdo presente na LDO, as prioridades e metas relativas à programação de trabalho dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento das Empresas para 2014, estão presentes em seu Anexo I, tendo estas precedência na alocação de recursos junto à Lei Orçamentária, após atendidas as despesas com obrigações constitucionais e com o funcionamento dos órgão e entidades da administração pública estadual. Dentre os principais dispositivos constantes da LDO pode-se destacar: DISPOSITIVO LDO Exigência do encaminhamento da proposta orçamentária contendo anexo com a regionalização das dotações orçamentárias. art. 6º, § 10º Necessidade de realização de plenárias regionais por meio do processo de planejamento estratégico participativo durante o processo de elaboração, aprovação e execução da lei orçamentária. Necessidade de divulgação à sociedade, em tempo real, por meio eletrônico de acesso público, das informações, pormenorizadas, da execução orçamentária e financeira. Definição dos procedimentos para realização das audiências públicas previstas no §4º do art. 9º da LRF. art. 15, § 1º art. 15, § 1º, inciso I art. 15, §§ 4º e 5º Os limites das propostas orçamentárias, para 2014, dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público art. 17 e dos demais Órgãos Constitucionais Independentes. Restrição à utilização pelo Poder Executivo das receitas provenientes da dívida tributária em despesas de art. 18 caráter continuado. Obrigação dos órgãos responsáveis por transferências de recursos do Estado para outro ente da Federação art. 20, § 1º, de: observar as condições de concessão previstas na LDO, proceder os registros no Sistema de Execução incisos I, Orçamentária (SEO) e Siafem e acompanhar a execução das ações desenvolvidas. II e III Obrigação da consignação dos recursos orçamentários destinados ao Plano de Custeio do Regime Estadual art. 27 de Previdência no Igeprev. Vedação à destinação de recursos para pagamento por serviços a título de consultoria ou assistência técnica a servidores da administração pública ou empregado de empresa pública ou de sociedade de economia art. 30, inciso III mista. Vedação à utilização de recursos provenientes de contribuições, auxílios e subvenções sociais para o pagaart. 30, inciso IV mento de pessoal da entidade beneficiada. Vedação à destinação de recursos do orçamento à previdência complementar. Vedação à descentralização de crédito orçamentário para atender despesas que não sejam de atribuição do órgão ou entidade concedente ou quando não puderem ser incorporados ao patrimônio do Estado. Obrigação dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e dos demais Órgãos Constitucionais Independentes, de recolherem, até o trigésimo dia do mês subseqüente, à Conta Única do Estado, a diferença do Imposto de Renda - Pessoa Física, retido na fonte, incidente sobre a remuneração de seus servidores e prestadores de serviços. 68 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ art. 30, inciso V art. 31, § 3º art. 42 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL DISPOSITIVO LDO Obrigação do detalhamento das ações (projetos/atividades/operações especiais) do Poder Executiart. 44 vo no Sistema GP Pará a quando do empenho das despesas. Autorização para que o Poder Legislativo e Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e demais órgãos constitucionais independentes abram créditos suplementares com indicação de art. 47 recursos compensatórios dos próprios órgãos por ato próprio. Obrigação da consignação dos recursos orçamentários destinados ao atendimento das ações e serviços públicos de saúde e para assistência social nos Fundos Estadual de Saúde e de Assistência art. 48 Social. Obrigação dos órgãos do Poder Executivo em fornecer os dados de execução física das ações de governo, bem como outras informações complementares da execução de cada programa via Sistema art. 50, § 2º GP Pará. Obrigação das empresas estaduais integrantes do Orçamento de Investimentos das Empresas encaminharem a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, quadro demonstraart. 52 tivo sobre a execução das ações, ao final de cada quadrimestre, e relatório contendo os principais resultados alcançados nos programas, ao final do exercício financeiro. Autorização para a realização de concurso público. art. 56 Obrigatoriedade dos Poderes, Ministério Público, Defensoria Pública e demais órgãos constitucionais independentes em publicar, até o vigésimo dia do mês subsequente ao bimestre, a remuneraart. 57 ção do pessoal ativo e inativo, na forma de demonstrativo constante na Lei. Regras sobre a inscrição de Restos a Pagar no exercício. art. 67 Autorização para parcelamento dos débitos de exercícios anteriores. art. 68 Ainda quanto aos dispositivos da LDO, consta no art. 17, § 3º, limites percentuais de gastos totais com pessoal para a Assembleia Legislativa (1,46%), Tribunal de Contas dos Municípios (0,68%) e Ministério Público de Contas dos Municípios (0,10%), divergentes dos estabelecidos por este TCE, mediante Resolução TCE nº 17.793, de 10-12-2009. Cabe destacar que a Resolução TCE nº 17.793/2009, ao estabelecer os percentuais de limites de gastos com pessoal dos Poderes e órgãos que integram a Administração Pública Estadual considerou todos os dispositivos da LRF que tratam da matéria, conforme: a) art.19, inciso II - dispõe que o limite máximo de gastos com pessoal em cada período de apuração para os Estados não poderá exceder a 60% da receita corrente líquida; b) art. 20, inciso II - estabelece os percentuais máximos para a repartição do limite de 60% entre Poderes e Órgãos; c) art. 20, § 4º - redefine o limite dos Poderes Legislativo e Executivo aonde houver Tribunal de Contas dos Municípios; 69 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL d) art. 20, § 1º - estabelece a forma de repartição do percentual entre os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário. Assim, em se tratando do Poder Legislativo, o percentual não deve ultrapassar 3,4% que, por sua vez, deve repartir esse limite entre os seus órgãos (Alepa, TCE, TCM, MPCM e MPC, no caso do Estado do Pará) de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da Receita Corrente Líquida, dos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação da LRF, conforme orienta o art. 20, §1º da Lei Complementar nº 101/2000. Desta forma, levando-se em consideração os mecanismos que tratam da matéria na LRF, a Resolução TCE nº 17.793/2009 estabeleceu os limites abaixo discriminados para o Poder Legislativo: PODER LEGISLATIVO Limite Legal 3,40% Assembleia Legislativa do Estado 1,56% Tribunal de Contas do Estado 0,96% Tribunal de Contas dos Municípios 0,60% Ministério Público de Contas do Estado 0,20% Ministério Público de Contas dos Municípios 0,08% Entretanto observa-se que pela LDO, o limite máximo para despesas com pessoal da Assembleia Legislativa do Estado foi fixado em 1,46%, ou seja, reduzido em 0,10%, enquanto que os limites do TCM e MPCM foram fixados em 0,68% e 0,10%, respectivamente, ou seja, acrescidos em razão da redução do limite da Alepa, contrariando o disposto na LRF. Cabe observar que não existe dispositivo na LRF que possibilite alteração dos limites de despesas de pessoal dos Poderes e Órgãos por meio da LDO, pois o § 6º do art. 20 da lei em questão que tratava da matéria foi vetado pelo Poder Executivo Federal e teve sua justificativa acolhida pelo Legislativo quando da apreciação do mesmo. “Art. 20..... § 6º Somente será aplicada a repartição dos limites estabelecidos no caput, caso a lei de diretrizes orçamentárias não disponha de forma diferente. (Vetado) 70 Razões do veto A possibilidade de que os limites de despesas de pessoal dos Poderes e Órgãos Públicos possam ser alterados na Lei de Diretrizes Orçamentárias poderá resultar em demandas ou incentivos, especialmente no âmbito dos Estados e Municípios, para que os gastos com pessoal e encargos sociais de determinado Poder ou Órgão Público sejam ampliados em detrimento de outros, visto que o limite global do ente da Federação é fixado na Lei Complementar.” TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Desta forma, como o legislador entendeu que referido parágrafo prejudicaria o objetivo da lei complementar em estabelecer limites efetivos de gastos de pessoal aos três Poderes, a repartição do limite de gastos dentre órgãos do mesmo Poder a critério de cada Ente também contraria o interesse público, além de dar tratamento desigual aos servidores, porque beneficia um órgão em detrimento de outro, quando não é observada a proporcionalidade de que trata o §1º, do art. 20, da LRF. Observa-se ainda, que o único dispositivo da LRF (art. 20, § 5º) que remete à LDO legislar sobre despesa com pessoal trata da entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal e não de limites de gastos, conforme: “Art. 20..... § 5º Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.”(grifo nosso) Assim, considerando o estabelecido no art. 59, §2º da LRF, que atribui competência aos Tribunais de Contas para verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão definido no art. 20 da mesma lei, o Exmº Conselheiro relator do processo nº 2009/53325-6 que deu origem à Resolução TCE nº 17.793/2009 põe fim ao embate sobre a definição do limite percentual para gastos com pessoal ao se manifestar desta forma: ... “ nos encontramos sobre um conflito aparente de normas, entre a LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal e a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias estadual, entretanto, resta patente que a competência para estabelecer percentuais dos limites de gasto com pessoal, cabe à primeira (LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal), conforme determina a Constituição Federal de 1998 (art. 163 e SS). Face ao exposto, depreende-se que os limites estabelecidos na Lei Complementar nº 101/2000 devem ser obrigatoriamente obedecidos por todos os estados da federação, já que tal instrumento normativo regulamenta o art. 163 da Constituição Federal, não cabendo à LDO estabelecer percentuais de limites de gastos com pessoal divergentes. As Metas Fiscais apresentadas no Demonstrativo de Metas Anuais da LDO apontam resultado primário superavitário para o exercício de 2014, no valor de R$20,9 milhões, mantendo esta tendência para os exercícios de 2015 (R$64,9 milhões) e 2016 (R$38,7 milhões), o que possibilita o equilíbrio orçamentário nos períodos em questão. Por seu lado, o resultado nominal estabelecido aponta para crescimento do endividamento do Estado no exercício de 2014 (R$809 milhões), com previsão de redução em 2015 (R$92,7 milhões) e 2016 71 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL (R$295,1 milhões). O crescimento do endividamento no ano de 2014 elevará a Dívida Consolidada Líquida na ordem de 40,44%, em relação ao valor fixado como meta na LDO de 2013. Com relação aos demais resultados apresentados no Anexo de Metas Fiscais, destacamos o resultado previdenciário negativo de R$701,9 milhões em 2012 do Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Estado do Pará, bem como a projeção atuarial negativa de R$3,7 bilhões para 2014 com tendência de déficit previdenciário de R$1,1 trilhão nos próximos 75 anos. Quanto aos resultados do Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renuncia de Receita encontra-se apresentado uma renúncia na ordem de R$1,1 bilhão para o ano de 2014, com tendência de elevação para os anos de 2015 (10,92%) e 2016 (21,96%). Com relação à análise de conformidade dos demonstrativos do Anexo de Metas Fiscais com o Manual de Demonstrativos Fiscais estabelecido na Portaria STN nº 637, de 18-10-2012, constatam-se as seguintes situações: DEMONSTRATIVO INCONSISTÊNCIA SITUAÇÃO Metas Anuais Apresenta a mais o exercício de 2013, sendo que os valores do ano em questão não guardam conformidade com os previstos na LDO de 2013, nem com os apurados no referido exercício. Não conformidade Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais do Exercício Anterior A meta realizada referente a conta Dívida Consolidada Líquida não apresentam conformidade com o apurado Não no exercício, constando em seu lugar o valor apurado da Dívida Fiscal Líquida . conformidade Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores Os valores dos exercícios de 2011, 2012 e 2013 não apresentam conformidade com os apresentados nas LDO’s dos referidos anos. O demonstrativo não foi elaborado em conformidade com o modelo do Manual de Demonstrativos Fiscais. Não conformidade Evolução do Patrimônio Líquido As contas apresentadas não guardam conformidade com o modelo do Manual de Demonstrativos Fiscais. Não conformidade Origem e Aplicação dos Recursos Obtidos com a Alienação de Ativos - Conformidade Avaliação da Situação Financeira do Regime Próprio de Previdência dos Servidores - Conformidade Avaliação da Situação Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Apresenta a projeção a partir de dois anos antes do ano de referência em vez de um. Apresenta somente a Não projeção de 74 anos considerando o estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais. conformidade Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita Não foi elaborado seguindo o modelo definido pelo Manual de Demonstrativos Fiscais, apresentando a mais os anos de 2012 e 2013. As medidas a serem tomadas a fim de compensar a renúncia de receita prevista não estão de acordo com a LRF, art. 14. Não conformidade Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado As contas Vinculações Legais e Pasep não estão de acordo com as definidas no Manual. O cálculo da Margem Líquida, conforme memória de cálculo apresentada, está incorreto devido: - o valor referente à conta Aumento Permanente da Receita considerar receitas que não crescem por elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição, como as receitas patrimoniais, transferências correntes (voluntárias) e outras receitas correntes; - os valores referentes as contas Vinculações Legais e Pasep estarem reduzindo o valor referente ao Aumento Permanente de Receita; A memória de cálculo não apresenta o detalhamento da conta Outras Despesas, que constitui o Saldo Utilizado da Margem de Expansão das DOCC, inviabilizando assim a apuração da existência no resultado final de outras despesas alocadas de maneira incorreta. Não conformidade 72 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O volume de Riscos Fiscais apontado no Demonstrativo de Riscos e Providências totaliza R$53,4 milhões, todos relacionados a demandas judiciais, não constando outros tipos de riscos fiscais. Quanto ao Demonstrativo de Riscos e Providências do Anexo de Riscos Fiscais, constata-se que o demonstrativo não guarda conformidade com a Portaria STN nº 637, de 18-10-2012, devido não apresentar os passivos contingentes agrupados nas categorias de riscos definidas. 4.3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA O Orçamento Geral do Estado - OGE, referente ao exercício financeiro de 2014, teve seu projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa em 30-09-2013, pela Mensagem nº 031/13-GG, sendo aprovado pela Lei nº 7.797, de 14-01-2014 (Lei Orçamentária Anual -LOA), nos termos do disposto na Constituição Estadual, art. 204, § 5º, tendo sido publicado nos suplementos nº 1 a 49 do DOE nº 32.564, de 17-01-2014, e encontra-se divulgado no sítio eletrônico da Secretaria de Estado de Planejamento - SEPLAN (www. seplan.pa.gov.br). Em atendimento ao disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal, art. 48, parágrafo único, inciso I, e na LDO, art. 15, § 1º, no processo de elaboração e discussão do OGE ocorreram, no período de 08 a 14 de agosto de 2013, as audiências públicas na sede das Regiões de Integração Carajás (Marabá), Baixo Amazonas (Santarém) e Metropolitana (Belém). No que se refere à conformidade da composição da LOA com as disposições constitucionais e legais, a lei cumpriu as exigências previstas na Constituição Estadual, art. 204, § 10, apresentando o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das Empresas, bem como os demonstrativos previstos nos §§ 5º e 11 do referido artigo. Também constam na LOA os demonstrativos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal art. 5º, incisos I e II. Ainda se tratando da conformidade em relação a estrutura e organização, constata-se que a Lei Orçamentária seguiu as determinações da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2014. Relativamente ao conteúdo, a LOA guarda conformidade com o que estabelece a Constituição Estadual, art. 204, § 13, ao estimar a receita e fixar a despesa em R$19,6 bilhões para os Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e o de Investimento das Empresas. A tabela a seguir demonstra a composição do OGE, considerando-se os valores referentes à soma do detalhamento da programação dos órgãos, contida no Anexo da lei. 73 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Tabela 4.7 - Orçamento Geral do Estado 2014 ORÇAMENTO (Em R$ milhares) RECEITA PREVISTA(A) Fiscal % 16.995.732(1) DESPESA FIXADA(B) 86,33 13.416.514 % (A-B) 68,15 3.579.218 Seguridade Social (2) 2.416.859 12,28 5.996.077 30,46 - 3.579.218 SUBTOTAL 19.412.591 98,61 19.412.591 98,61 0 Investimento das Empresas 273.873 1,39 273.873 1,39 0 TOTAL 19.686.464 100,00 19.686.464 100,00 0 Fonte: Lei nº 7.797/2014 (Lei Orçamentária Anual) Nota: (1) Deduzida contribuição de R$2.282.755 ao Fundeb. (2) Inclusa no Orçamento da Seguridade Social a Receita Corrente Intraorçamentária. Com base na tabela acima, pode-se observar que as receitas do Orçamento Fiscal representam 86,33% do OGE, enquanto que as do Orçamento da Seguridade Social e de Investimento das Empresas importam em 12,28% e 1,39% respectivamente. Em se tratando da despesa fixada 68,15% refere-se ao Orçamento Fiscal, 30,46% ao Orçamento da Seguridade Social e 1,39% ao Orçamento Investimento das Empresas. A diferença apresentada entre a receita e a despesa do Orçamento Fiscal gerou um superávit de R$3,5 bilhões, servindo de cobertura ao déficit do Orçamento da Seguridade Social em igual valor, contribuindo para manutenção do equilíbrio orçamentário em sua totalidade. Quanto ao conteúdo dos quadros orçamentários consolidados, anexos à LOA, verificou-se o atendimento às exigências da LDO, art. 13, inciso II combinado com os incisos do § 1º do mesmo artigo. Já sobre a conformidade do conteúdo dos demais demonstrativos que devem constituir o Orçamento Geral do Estado por força da LRF, art. 5º, incisos I e II, e da LDO, art.13, incisos V e X, constatam-se as seguintes inconsistências: DEMONSTRATIVO INCONSISTÊNCIAS SITUAÇÃO Compatibilidade da Programação dos Orçamentos com os Objetivos e Metas Fiscais constantes da LDO, Anexo I Quanto às metas fiscais referentes ao Resultado Nominal e da Dívida não consta memória de calculo com os valores considerados, contudo observa-se que o volume de receita com operações de crédito estimado na LDO foi superior ao da LOA, bem como o montante a ser amortizado da dívida encontra-se a menor na LDO em relação à LOA, desta forma se pode concluir que a igualdade apresentada entre os resultados indica incorreção no cálculo. Não conformidade Regionalizado do Efeito, sobre as Receitas e Despesas, decorrente de Isenções, Anistias, Remissões, Subsídios e Benefícios de Natureza Financeira, Tributária e Creditícia. Os efeitos sobre as receitas e despesas não estão apresentados de forma regionalizada. Não conformidade As contas Vinculações Legais e Pasep não estão de acordo com as definidas no Manual. O cálculo da Margem Líquida, conforme memória de cálculo apresentado está incorreto devido: - o valor referente à conta Aumento Permanente da Receita considerar receitas que não crescem por elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição, como as Margem de Expansão das Despesas receitas patrimoniais, transferências correntes (voluntárias) e outras receitas correntes; Não Obrigatórias de Caráter Continuado - os valores referentes as contas Vinculações Legais e Pasep estarem reduzindo o valor referente ao Aumen- conformidade to Permanente de Receita. A memória de cálculo não apresenta o detalhamento da conta Outras Despesas, que constitui o Saldo Utilizado da Margem de Expansão das DOCC, inviabilizando assim a apuração da existência no resultado final de outras despesas alocadas de maneira incorreta. 74 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Com relação à receita prevista e à programação da despesa fixada por fonte de recursos integrantes do OGE, estas apresentaram equilíbrio quanto a sua totalidade, entretanto dentre as 71 fontes originais, três apresentaram programações divergentes entre os valores de receita e fixação de despesa previstos na LOA e os valores registrados no Siafem, conforme pode ser observado na tabela a seguir: Tabela 4.8 - Programação da Receita LOA x Siafem (Em R$ milhares) COD. FONTE FONTE DE RECURSO 0101 Recursos ordinários 0102 Educação – recursos ordinários 0103 Fes – recursos ordinários PREVISÃO LOA 11.468.608 Total REGISTRO SIAFEM DIFERENÇA 11.464.513 (4.095) 815.320 818.015 2.695 1.643.812 1.645.212 1.400 13.927.740 13.927.740 0,00 Fonte: Lei nº 7.797/2014 (Lei Orçamentária Anual) e Siafem/2014 Dentre as divergências pode-se constatar que: a) o valor da fonte 0101 (Recursos Ordinários) apresenta diferença a menor de R$ 4 milhões entre o previsto na LOA e o registrado no Siafem; b) os valores das fontes 0102 (Educação – Recursos ordinários) e 0103 (FES – Recursos ordinários) apresentam diferença a maior de R$2,6 milhões e R$1,4 milhão, respectivamente, entre o previsto na LOA e o registrado no Siafem; c) o valor registrado a menor na fonte 0101 foi direcionado para as fontes 0102 (Educação – Recursos Ordinários) e 0103 (FES – Recursos Ordinários). Quanto à classificação da despesa na LOA, a função Encargos Especiais (código 28) vem sendo associada de maneira incorreta a subfunções e a programas, pois, conforme a Portaria nº 42/99, art. 4º, parágrafo único, do Ministério do Planejamento, combinado com os Procedimentos Contábeis Orçamentários do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, do Ministério da Fazenda esta não é vinculada a programas, englobando, segundo art. 1º, § 2º, do mesmo dispositivo normativo, apenas despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, bem como só pode ser conjugada com suas subfunções típicas (códigos 841, 842, 843, 844, 845 e 846). Dentre as vinculações incorretas da função Encargos Especiais no nível de subfunção pode-se constatar por órgão/unidade: 75 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL ÓRGÃO/UNIDADE/PROGRAMA DE TRABALHO Secretaria de Estado de Administração Encargo Gerais sob a Supervisão da Secretaria de Estado de Administração 28.331.0000.9025 Encargos com Benefícios Secretaria de Estado da Fazenda Encargo Gerais sob a Supervisão da Secretaria de Estado da Fazenda 28.122.0000.9044 Encargos com Despesas Bancárias, Cartorárias dentre outras 28.331.0000.9037 Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP 28.331.0000.9038 Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP EDUCAÇÃO Com relação às vinculações incorretas da função Encargos Especiais no nível de projetos/atividades/operações especiais tem-se por órgão/unidade: ÓRGÃO/UNIDADE/PROGRAMA DE TRABALHO Secretaria de Estado de Administração Encargo Gerais sob a Supervisão da Secretaria de Estado de Administração 28.846.1297.4608 Pagamento de Obrigações Patronais dos Servidores Secretaria de Estado da Fazenda Encargo Gerais sob a Supervisão da Secretaria de Estado da Fazenda 28.841.1386.9004 Amortização e Encargos de Financiamento 28.842.1386.9001 Transferência a Companhia de Saneamento do Pará 28.843.1386.9006 Amortização e Encargos de Financiamento 28.844.1386.9007 Amortização e Encargos de Financiamento 28.846.1386.9002 Encargos com Débito com a Previdência Processamento de Dados do Estado do Pará Processamento de Dados do Estado do Pará 28.846.1386.9042 Encargos com Débitos com PIS/CONFINS e outras Contribuições Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará 28.846.1386.9042 Encargos com Débitos com PIS/CONFINS e outras Contribuições 76 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL ÓRGÃO/UNIDADE/PROGRAMA DE TRABALHO Centrais de Abastecimento do Pará S/A Centrais de Abastecimento do Pará S/A 28.846.1386.9042 Encargos com Débitos com PIS/CONFINS e outras Contribuições Companhia de Habitação do Estado do Pará Companhia de Habitação do Estado do Pará 28.841.1386.9004 Amortização e Encargos de Financiamento 28.846.1386.9042 Encargos com Débitos com PIS/CONFINS e outras Contribuições A Reserva de Contingência encontra-se presente no Orçamento Fiscal dentro do limite estabelecido na LDO, entretanto a codificação utilizada referente ao nível projeto/atividade/operação especial não se encontra em conformidade com o estabelecido pela LDO, art. 23, § 4º. Quanto à Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor, fixada junto ao programa de trabalho do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará - Igeprev, também não obedece a codificação estabelecida na LDO, art. 23, § 4º, em relação à função e ao programa. 4.3.1. Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social A Lei nº 7.797, de 14 de janeiro de 2014, estimou receita e fixou despesa na ordem de R$19,4 bilhões para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, já deduzida a contribuição do Estado ao Fundeb, de R$2,2 bilhões, compreendendo os Poderes, Fundos, Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta, assim como as Empresas Estatais Dependentes. Relativamente ao conteúdo e composição, conforme exigido pela LDO, art. 13, inciso III, os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social discriminaram a receita e a despesa evidenciando a estrutura de financiamento e o programa de trabalho. O Orçamento Fiscal previu receita, já deduzida a contribuição ao Fundeb em R$16,9 bilhões, e fixou despesa na ordem de R$13,1 bilhões, que adicionada à Reserva de Contingência de R$289 milhões totalizou R$13,4 bilhões, resultando o superávit de R$3,5 bilhões. O Orçamento da Seguridade Social estimou receita no valor de R$2,4 bilhões e fixou despesa na ordem de R$5,4 bilhões, que acrescentada à Reserva de Contingência do RPPS de R$501 milhões totalizou R$5,9 bilhões apresentando déficit de R$3,5 bilhões, a ser coberto com o superávit do Orçamento Fiscal. 77 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O Orçamento Fiscal e da Seguridade Social apresenta as seguintes composições, conforme dados extraídos do OGE: (Em R$ milhares) ORÇAMENTO FISCAL Receitas Correntes 18.392.638 (-) Dedução Fundeb 2.282.755 Subtotal 16.109.882 (-) Despesas Correntes 10.625.216 Superávit Corrente 5.484.666 Receitas de Capital 885.850 (-) Despesas de Capital 2.501.713 Déficit de Capital -1.615.863 Reserva de Contingência 289.585 Superávit do Orçamento Fiscal 3.579.218 (Em R$ milhares) ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Receitas Correntes 1.802.121 Receita Intraorçamentária 539.114 Subtotal 2.341.235 (-) Despesas Correntes 5.270.918 Déficit Corrente -2.929.683 Receitas de Capital 75.624 (-) Despesas de Capital 224.107 Déficit de Capital -148.483 Reserva de Contingência (RPPS) 501.052 Déficit do Orçamento da Seguridade Social -3.579.218 O superávit presumível do Orçamento Fiscal, no montante de R$3 bilhões, e o déficit presumível do Orçamento da Seguridade Social, no valor de R$3,6 bilhões, apresenta a seguinte composição: (Em R$ milhares) ORÇAMENTO FISCAL Total da Receita Prevista 19.278.487 (-) Operações de Crédito 542.996 (-) Alienação de Bens 3.035 Subtotal 18.732.456 (-) Total da Despesa Fixada 13.126.929 (-) Dedução Fundeb (-) Reserva de Contingência Superávit Presumível 78 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 2.282.755 289.585 3.033.187 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL (Em R$ milhares) ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Total da Receita Prevista 2.416.859 (-) Operações de Crédito 53.093 Subtotal 2.363.766 (-) Total da Despesa Fixada 5.495.025 (-) Reserva de Contingência Déficit Presumível 501.052 -3.632.311 O Orçamento Fiscal apresentou superávit presumível de R$3 bilhões e o Orçamento da Seguridade Social revelou déficit no valor de R$3,6 bilhões. No cômputo geral dos dois orçamentos, sobressaiu déficit presumível da ordem de R$599 milhões, o que foi financiado pelos recursos oriundos de Operações de Crédito (R$596 milhões) e Alienação de Bens (R$3 milhões), conforme demonstrado a seguir: (Em R$ milhares) RESULTADOS ORÇAMENTÁRIOS Superávit Presumível do Orçamento Fiscal 3.033.187 Déficit Presumível Orçamento da Seguridade Social -3.632.311 Déficit Presumível -599.124 (Em R$ milhares) CAPTAÇÃO DE RECURSOS Operação de Crédito Alienação de Bens Total de Captação de Recursos 596.089 3.035 599.124 No exercício de 2014, as receitas previstas e as despesas fixadas dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, de acordo com o grupo de natureza da despesa, são apresentadas na tabela a seguir: 79 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Tabela 4.9 - Distribuição de Receita e Despesa segundo a Natureza NATUREZA RECEITA PREVISTA % NATUREZA (Em R$ milhares) DESPESA FIXADA % Receita Corrente 17.912.004 92,27 Despesas Correntes 15.856.135 81,68 Receita Tributária 9.026.446(1) 46,50 Pessoal e Encargos Sociais 9.342.424 48,13 Receita de Contribuições 996.920 5,14 Juros e Encargos da Dívida 344.808 1,78 Receita Patrimonial 478.928 2,47 Outras Despesas Correntes 6.168.903 31,78 477 0,00 Despesas de Capital 2.765.819 14,25 1.866.536 9,62 Receita Agropecuária Receita Industrial Receita de Serviços Transferências Correntes 12.501 0,06 Investimentos 516.384 2,66 Inversões Financeiras 309.168 1,59 6.402.637(1) 32,98 Amortização da Dívida 590.116 3,04 Outras Receitas Correntes 477.712 2,46 Reserva de Contingência 790.637 4,07 Receita de Capital 961.473 4,95 Reserva de Contingência 790.637 4,07 Operações de Crédito 596.089 3,07 19.412.591 100,00 Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências de Capital Outras Receitas de Capital Rec. Corrente Intraorçamentária TOTAL 3.035 0,02 12.763 0,07 309.586 1,59 40.000 0,21 539.114 2,78 19.412.591 100,00 TOTAL Fonte: Lei nº 7.797/2014 (Lei Orçamentária Anual) Nota: (1) Deduzida contribuição ao Fundeb. Com base na tabela anterior, observa-se que a Receita Corrente representa 92,27% da receita total prevista para o exercício de 2014, destacando-se a Receita Tributária e as Transferências Correntes com 46,5% e 32,98%, respectivamente. Quanto a despesa fixada, constata-se que 81,68% do orçamento referem-se às despesas correntes, sendo que destas 48,13% referem-se a Despesa de Pessoal e Encargos Sociais e 31,78% em Outras Despesas Correntes. Quanto às despesas de capital foram destinados ao grupo investimento 9,62% dos recursos projetados. O Orçamento Fiscal, apesar de conter receitas geradas por programas de trabalho de Entidades do Estado que prestam serviços diretamente aos demais órgãos estaduais, como por exemplo, a Imprensa Oficial do Estado e o Processamento de Dados do Estado do Pará, não apresenta registro de operações intraorçamentárias das mesmas, levando desta forma a dupla contagem de receita. 80 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Com relação ainda ao Orçamento Fiscal consta no programa de trabalho da Secretaria de Estado da Fazenda, nos Encargos Gerais sob a Supervisão da SEFA (28.842.1386-9001 Transferência à Companhia de Saneamento do Pará), na rubrica de capital (Inversões Financeiras), despesa fixada de R$3,9 milhões, destinada à Cosanpa, em valor superior ao fixado no Orçamento de Investimento. A programação em questão indica que se trata de uma despesa com Refinanciamento da Dívida Externa (subfunção 842) não se enquadrando nos tipos de investimentos programáveis no Orçamento de Investimento conforme definido no art. 10, parágrafo único, incisos da LDO, entretanto o grupo de natureza da despesa (Inversões Financeiras) programado aponta que os recursos estariam destinados ao aumento do capital da empresa. Desta forma, constata-se que o valor foi fixado de maneira incorreta no programa de trabalho, especificamente no que diz respeito à subfunção utilizada “Refinanciamento da Dívida Externa”, assim como deixou de ser incluído, já que se tratava de aumento de capital, no orçamento de investimento. 4.3.2. Orçamento de Investimento das Empresas A LOA para o exercício de 2014 estimou receita e fixou despesa no valor de R$273,8 milhões para o Orçamento de Investimento das Empresas. Esse orçamento é composto por empresas públicas e sociedades de economia mista consideradas não dependentes, ou seja, aquelas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto e que não tenham recebido, deste, recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Compõe o Orçamento de Investimento das Empresas: Companhia de Saneamento do Pará - Cosanpa, Companhia de Gás do Pará - Gás do Pará, Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportações de Barcarena - Cazbar e Banco do Estado do Pará S/A - Banpará. Quanto à conformidade, o Orçamento de Investimento encontra-se em conformidade com os dispositivos estabelecidos pela LDO, tanto para a discriminação da receita (art. 11, incisos) como para a fixação dos programas de trabalho (art. 10, parágrafo único, incisos). Com relação à composição, constam no Orçamento de Investimento os demonstrativos exigidos pela LDO, art. 13, § 2°, incisos. 81 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL Na tabela a seguir, encontram-se os valores consolidados do Orçamento de Investimento por empresa, programa, função e fonte de recursos. Tabela 4.10 - Consolidação dos Investimentos por Empresa, Programa, Função e Fonte 2014 EMPRESA PROGRAMA Cosanpa SANEAMENTO É VIDA Gás do Pará ENERGIA NO PARÁ CAZBAR PARÁ COMPETITIVO Banpará MANUTENÇÃO DA GESTÃO FUNÇÃO RECURSOS DO TESOURO SANEAMENTO RECURSOS PRÓPRIOS RECURSOS DE OUTRAS FONTES 234.928 - INDÚSTRIA 500 - INDÚSTRIA 18.350 COMÉRCIO E SERVIÇO PARÁ COMPETITIVO TOTAL (Em R$ milhares) TOTAL % 234.928 85,78 1.300 0,47 - 18.350 6,70 - 15.875 15.875 5,80 - 3.420 3.420 1,25 253.778 19.295 273.873 100,00 800 800 Fonte: Lei nº 7.797/2014 (Lei Orçamentária Anual) Conforme evidenciado na tabela acima, foi destinada a empresa Cosanpa o valor de R$234,9 milhões, que equivale a 85,78% do total do Orçamento de investimento reservado no Programa “Saneamento é vida” cujo objetivo é assegurar o acesso e a qualidade da prestação dos serviços de saneamento básico, nas áreas urbana e rural no Estado do Pará. O Banpará não possui previsão de recursos do Tesouro Estadual, sendo que os investimentos de recursos próprios correspondentes ao banco representam 7,05% da composição total deste Orçamento e as empresas Gás do Pará e Cazbar, juntas, representam 7,17% do Orçamento de Investimento. 82 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 5 EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5. EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA A análise da execução orçamentária demonstra como os gestores públicos geriram as receitas arrecadadas e as despesas realizadas no exercício financeiro de 2014, aprovadas na Lei Orçamentária Anual – LOA, para o referido período, relativas às ações planejadas pelo Governo do Estado do Pará, em consonância com a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e o Plano Plurianual - PPA, cuja finalidade precípua é atender as necessidades e as demandas da sociedade. A análise da execução orçamentária está dividida pelos tipos de orçamento: Orçamento Fiscal, da Seguridade Social e Orçamento de Investimento. 5.1. ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL Para o exercício financeiro de 2014 o Orçamento Fiscal e o da Seguridade Social do Estado, aprovado pela Lei Orçamentária Anual n° 7.797 de 14 de janeiro de 2014, estimaram a receita e fixaram a despesa no montante R$19,4 bilhões. Nos referidos orçamentos, as receitas previstas foram de R$16,9 bilhões e R$2,4 bilhões, respectivamente, conforme a seguinte composição: • Orçamento Fiscal ................................ R$16.995.731.987 • Orçamento da Seguridade Social........ R$2.416.859.021 Quanto às despesas, as mesmas foram fixadas em R$13,4 bilhões para o Orçamento Fiscal e R$5,9 bilhões para o Orçamento da Seguridade Social, assim demonstradas: • Orçamento Fiscal ..................................... R$13.416.514.481 • Orçamento da Seguridade Social ........... R$5.996.076.527 5.1.1. Atualização do Orçamento............................................................................................................... As receitas previstas na LOA para o exercício de 2014 tiveram seus valores atualizados em decorrência dos acréscimos causados pela abertura dos créditos adicionais e cancelamentos de dotação, resultando no orçamento final de R$20,8 bilhões. 85 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Ao longo do exercício de 2014, foram efetuadas alterações legais no orçamento inicial de modo a atender aos gastos não previstos ou insuficientemente orçados, por meio do mecanismo denominado créditos adicionais, que consiste nas atualizações do orçamento inicialmente autorizado. 5.1.1.1. Abertura de créditos adicionais, acréscimos e reduções A Lei nº 7.797 de 2014 (Lei Orçamentária Anual), inicialmente previu a receita e fixou a despesa do Estado do Pará, para o exercício financeiro corrente, no total de R$19,4 bilhões. O orçamento do Estado após abertura de créditos adicionais (suplementares e especiais) no valor de R$5,1 bilhões e cancelamentos de R$3,7 bilhões, apresentou acréscimo de dotação na ordem de 7,54%, resultando na dotação autorizada final de R$20,8 bilhões. No exercício em análise, a fonte mais significativa para abertura de créditos adicionais foram as anulações de dotação, chegando ao montante de R$3,3 bilhões (19,25% do orçamento), seguidas do superávit financeiro no valor de R$1,1 bilhão (6,10% do orçamento) e do excesso de arrecadação no montante de R$279 milhões (1,44% do orçamento). Os acréscimos e reduções decorrentes da abertura de créditos adicionais abertos durante o exercício de 2014 encontram-se demonstrados na tabela a seguir, com reflexos nos orçamentos dos Poderes Executivo (81,55%), Legislativo (7,57%), Judiciário (8,62%) e do Ministério Público (2,26%). Tabela 5.1 - Créditos adicionais, acréscimos e reduções dos poderes e do MP – 2014 Acréscimos e Reduções DOTAÇÃO INICIAL Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário (Em R$ milhares) Ministério Público Total % 17.528.816 633.674 865.349 384.752 19.412.591 CRÉDITOS ADICIONAIS 4.781.411 103.654 268.445 45.859 5.199.369 26,78 CRÉDITOS SUPLEMENTARES 4.751.252 103.654 268.445 45.859 5.169.209 26,63 278.897 184 - - 279.081 1,44 Superávit Financeiro 1.058.570 53.164 61.349 11.764 1.184.847 6,10 Operação de Crédito - - - - - - 3.413.785 50.306 207.096 34.095 3.705.282 19,09 30.159 - - - 30.159 0,16 Excesso de Arrecadação - - - - - - Superávit Financeiro - - - - - - 30.159 - - - 30.159 0,16 -3.374.917 -80.843 -220.836 -58.845 -3.735.441 - 19,24 Excesso de Arrecadação Anulação Total ou Parcial CRÉDITOS ESPECIAIS Anulação DOTAÇÃO CANCELADA 86 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Acréscimos e Reduçõesduções Canc. Dotação Ini/Suplem Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário Ministério Público Total % -3.374.917 -80.843 -220.836 -58.845 -3.735.441 - 19,24 - - - - - - -212.624 87.942 78.578 46.105 Destaque Recebido 2.192.572 88.032 78.999 54.831 2.414.434 - Destaque Concedido -2.405.196 -90 -422 -8.726 -2.414.434 - DOTAÇÃO ATUALIZADA 107,54 Canc. Dotação Especial MOVIMENTO DE CRÉDITO - 18.722.686 744.427 991.535 417.871 20.876.519 Dotação Atualizada % por Poder e Órgão 89,68 3,57 4,75 2,00 100,00 ACRÉSCIMO DE DOTAÇÃO 1.193.870 110.752 126.186 33.119 1.463.928 81,55 7,57 8,62 2,26 100,00 Acréscimo % Poder e Órgão 7,54 Fonte: Siafem 2014 5.1.1.2. Limite para abertura de créditos suplementares A Lei Estadual nº 7.797/2014 autorizou o Poder Executivo a alterar os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, mediante abertura de créditos suplementares no limite de 25% ou seja R$4,8 bilhões, da despesa autorizada para o exercício de 2014, em consonância com o estabelecido no art. 6º da referida Lei. Assim sendo, para o ano objeto desta análise, a LOA estimou a despesa em R$19,4 bilhões. O Poder Executivo ficou autorizado a alterar em R$4,8 bilhões, mediante abertura de créditos suplementares. Porém, foram efetuadas alterações no montante de R$5,1 bilhões, com percentual de 1,63% acima do valor autorizado. Contudo, a LOA estabeleceu exclusões ao valor das suplementações para efeito do cumprimento do limite para abertura de créditos suplementares. Expurgadas as referidas exclusões, o total líquido de créditos suplementares abertos no exercício passou a ser de R$3,8 bilhões, ou seja, 19,78% da dotação inicialmente fixada para o exercício, portanto, dentro do limite estabelecido de 25%, conforme demonstrado a seguir: 87 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Tabela 5.2 - Limite de abertura de créditos suplementares - 2014 (Em R$ milhares) Composição dos Créditos Suplementares Valor DOTAÇÃO INICIAL - LOA % 19.412.591 100,00 LIMITE LEGAL (LEI Nº7.797, art. 6º, II) 4.853.148 25,00 TOTAL BRUTO CRÉDITOS SUPLEMENTARES ABERTOS 5.169.209 26,63 EXCLUSÕES PREVISTAS NA LEI Nº7.493 (art.6º, 7º e 10) 1.329.714 6,85 Excesso Arrec SUS (L 7.797, Art 6º, I, d) 18.289 Excesso Arrec FNDE (L 7.797, Art 6º, I, e) 249 Excesso Arrecada. Fundos Estaduais (L 7.797, Art 6º, I, f) 7.486 Dotação p/ Atender Desp c/ Pessoal e Encargos Sociais (L 7.797, Art 6º, III) 93.345 Autoriz p/ Remanej / Realocação / Definir Contrapartidas (L 7.797, Art 7º) 25.499 Superávit Financ Tes apurado no BGE exercício anterior (L 7.797, Art 6º, V) 950.483 Superávit Financ não Tes apurado no BGE exerc anter (L 7.797, Art 6º, V) 234.364 TOTAL LÍQUIDO DAS DOTAÇÕES SULEMENTARES 3.839.496 19,78 Fonte: Siafem 2014 5.1.2. Arrecadação da Receita A receita pública representa a totalidade de ingressos de caráter não devolutivo arrecadados pelo poder público, para custear as despesas públicas e as necessidades de investimentos públicos. A Receita, pelo enfoque orçamentário, representa o ingresso de recursos financeiros ocorridos durante o exercício orçamentário, inclusas também as de operações de crédito, sendo os mesmos destinados exclusivamente à aplicação em programas e ações governamentais. Todavia no decorrer do exercício financeiro algumas receitas orçamentárias apresentam reduções em consonância com legislação vigente. Referidas reduções são denominadas de “deduções da receita bruta” e representam valores que, embora inicialmente arrecadados pelo Estado sob a forma de tributos ou outras receitas classificadas como orçamentárias, não lhe pertencem, ou não serão utilizadas por este para execução de suas ações governamentais, de tal maneira que suas saídas não constituem despesas orçamentárias, e sim deduções da receita bruta. Têm-se como deduções da receita bruta no Estado do Pará, a contribuição para formação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, bem como as restituições da receita tributária. 88 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Por conseguinte, após serem efetuadas as deduções da receita bruta são obtidas as receitas orçamentárias que irão dar cobertura a fixação e a execução da despesa orçamentária do exercício. Dessa forma, as analises a seguir demonstram as receitas auferidas pelo Governo do Estado, comparando-as às correspondentes previsões na LOA, suas composições e evolução nos últimos anos. 5.1.2.1. Receita bruta e deduções 2014 A LOA para o exercício de 2014 previu Receita Bruta no montante de R$21,4 bilhões e Receita Orçamentária, pós-dedução, de R$19,4 bilhões, porém quando da execução orçamentária os referidos valores inicialmente previstos foram atualizados para R$23,1 bilhões e R$20,8 bilhões, respectivamente. O comportamento da receita bruta realizada e das deduções ocorridas no exercício apresentou a seguinte composição: Tabela 5.3 - Receita Bruta x Deduções – 2014 NOME CATEGORIA RECEITA RECEITA BRUTA REALIZADA (Em R$ milhares) REAL 2012 % REAL 2013 % REAL 2014 % 20.674.888 100 21.201.265 100 22.265.031 100,00 RECEITAS CORRENTES 19.795.155 95,74 19.870.097 93,72 20.790.148 93,38 RECEITAS DE CAPITAL 217.320 1,05 626.057 2,95 706.543 3,17 RECEITAS CORRENTES INTRAORCAMENTARIAS 662.413 3,20 705.111 3,33 768.341 3,45 DEDUCOES DA RECEITA RECEITA ORÇAMENTÁRIA -2.214.344 -10,71 -2.305.614 -10,87 -2.528.054 -11,35 18.460.545 89,29 18.895.652 89,13 19.736.977 88,65 Fonte: Siafem 2014. A receita bruta realizada atingiu o montante de R$22,2 bilhões. Em relação a 2013 (R$21,2 bilhões), houve um aumento de 5,02%. Comparando-se com o exercício de 2012 (R$20,6 bilhões), o crescimento foi de 7,69 %. Do montante de recursos orçamentários ingressados nos cofres estaduais (R$22,2 bilhões), 11,35%, ou seja, R$2,5 bilhões, formaram a dedução da receita bruta, recurso não utilizado pelo Estado na execução das ações previstas no orçamento. Do valor pertinente às deduções (R$2,5 bilhões), a parcela mais significativa (R$2,3 bilhões), ou seja, 93,49%, constituiu-se da contribuição do Estado ao Fundeb. Os 6,51% restante no valor de R$164,4 foram referentes às restituições (R$586 mil) e ao rendimento negativo em aplicação financeira. 89 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Ressalte-se que as Deduções da Receita verificadas no Siafem foram compostas somente pelas Receitas Correntes (Tributária, Patrimonial e de Transferências). As Receitas Correntes Brutas efetivamente realizadas (R$20,7 bilhões), bem como as de Receitas de Capital no valor de R$706,5 milhões e as Receitas Intraorçamentárias de R$768,3 milhões, corresponderam proporcionalmente a 93,38%, 3,17% e 3,45%, dos recursos que integraram a Receita Bruta do Estado, respectivamente. Da Receita Bruta ingressa no caixa do Estado (R$22,2 bilhões), após deduções, constituiu a Receita Orçamentária (R$19,7 bilhões), valor a ser utilizado pelo Estado na execução das suas despesas. 5.1.2.2. Comparativo da receita prevista e a arrecadada por categoria e origem A previsão da receita pública tem um papel fundamental no processo de planejamento, posto que dimensiona a capacidade dos gastos públicos para alocação dos programas e ações do governo, com vista a resolver os problemas e atender as demandas e necessidades da sociedade. A previsão da receita é de tamanha importância que a LRF instituiu como requisito essencial de responsabilidade na gestão fiscal a instituição, a previsão e a efetiva arrecadação de todos os tributos de competência do ente. Vale ressaltar que a Lei nº 4.320/1964, art. 6º, estabelece que todas as receitas e despesas constarão da Lei do Orçamento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções. Conforme já acima explicitado, algumas dessas receitas apresentaram restituições e deduções constitucionais e legais tanto na previsão, quanto na execução, resultando na Receita Orçamentária. A receita realizada em 2014, incluídas as receitas intraorçamentárias em relação à previsão, apresentou o comportamento conforme demonstrado na tabela abaixo: Tabela 5.4 - Receita revista x receita realizada por categoria econômica, origem e espécie – 2014 (Em R$ milhares) RECEITA Previsão Inicial (a) Previsão Atualizada (b) Receita Realizada (c ) % % c/b RECEITA BRUTA 21.695.346 23.159.274 22.265.031 96,14 RECEITAS EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIA (I) 18.873.477 20.337.405 18.968.636 93,27 85 RECEITAS CORRENTES 20.194.759 21.576.109 20.790.148 96,36 93 RECEITA TRIBUTÁRIA 10.385.967 10.386.580 10.597.214 102,03 48 90 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 100 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA RECEITA Previsão Inicial (a) IMPOSTOS 9.832.732 Previsão Atualizada (b) Receita Realizada (c ) 9.832.732 10.075.577 % c/b % 102,47 45 2,3 TAXAS 553.235 553.847 521.638 94,18 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 996.920 1.101.170 1.115.583 101,31 5 RECEITA PATRIMONIAL 478.928 479.112 720.240 150,33 3,2 RECEITA AGROPECUARIA RECEITA INDUSTRIAL RECEITAS DE SERVIÇOS 477 477 138 28,96 0 12.501 12.501 13.175 105,39 0,1 516.384 605.203 402.358 66,48 1,8 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 7.325.871 7.326.119 7.512.594 102,55 34 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 477.712 1.664.948 428.845 25,76 1,9 RECEITAS DE CAPITAL 961.473 1.044.051 706.543 67,67 3,2 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 2,8 596.089 678.667 614.212 90,50 ALIENAÇÃO DE BENS 3.035 3.035 2.909 95,85 0 AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 12.763 12.763 6.817 53,41 0 309.586 309.586 82.092 26,52 0,4 TRANSFERENCIAS DE CAPITAL OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL DEDUÇÕES DA RECEITA RESTITUIÇÕES DA RECEITA TRIBUTÁRIA 40.000 40.000 514 1,28 0 -2.282.755 -2.282.755 -2.528.054 -110,75 -11 - - -586 -! -0 -0,7 DEDUÇÕES DIVERSAS - - -163.909 - DEDUÇÕES FUNDEB -2.282.755 -2.282.755 -2.363.559 103,54 -11 RECEITAS TRIBUTÁRIA -1.359.522 -1.359.522 -1.406.510 103,46 -6,3 -923.234 -923.234 -957.049 103,66 -4,3 539.114 539.114 768.341 142,52 3,5 19.412.591 20.876.519 19.736.977 94,54 89 TRANSFERENCIAS INTERVOERNAMENTÁIS RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIA (II) TOTAL III = (I) + (II) Fonte: Siafem 2014. Verifica-se que a Receita Bruta realizada em 2014, no montante de R$22,2 bilhões, apresentou resultado negativo de 3,86% em relação à previsão atualizada, no valor de R$23,1 bilhões. Excluindo-se a Receita Intraorçamentária, o déficit aumenta para 6,73%. Do valor arrecadado, R$2,5 bilhões, ou seja,11,55%, não ficaram no Estado para realização das ações fixadas no orçamento. Vale ressaltar que o Governo do Estado não contabiliza as transferências constitucionais aos municípios como conta redutora de receita, e sim, como despesa orçamentária. As Receitas Correntes no total de R$20,7 bilhões apresentaram resultado negativo de 3,64 em relação à previsão atualizada e teve seu valor reduzido para 18,2 bilhões, em consequência das deduções ocorridas (R$2,5 bilhões). Deste valor R$2,3 bilhões foram destinados à contribuição ao Fundeb. Do valor restante (R$164,4 milhões), a parcela de R$163,9 milhões foi referente a perdas de rendimentos das aplicações efetuadas com recursos do Fundo de Previdenciário do Estado do Pará – Funprev e R$586 milhões, foram referentes às restituições de impostos. 91 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.2.3. Comparativo da receita orçamentária prevista e a arrecadada por categoria e origem A partir deste item, a receita orçamentária arrecadada passa a ser analisada, já desconsideradas as respectivas restituições e deduções da receita bruta. Tabela 5.5 - Receita Orçamentária Prevista x Receita Realizada – 2014 (Em R$ milhares) RECEITA Previsão Inicial (a) Previsão Atualizada (b) Receita Realizada (c ) % c/b % RECEITAS EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIA (I) 18.873.477 20.337.405 18.968.636 93,27 96,11 RECEITAS CORRENTES 17.912.004 19.293.354 18.262.094 94,65 92,53 RECEITA TRIBUTÁRIA 9.026.446 9.027.058 9.190.119 101,81 46,56 IMPOSTOS 8.473.211 8.473.211 8.668.481 102,30 43,92 IRRF 740.946 740.946 828.937 111,88 4,20 IPVA 355.008 355.008 387.217 109,07 1,96 ITCD 10.923 10.923 14.230 130,28 0,07 ICMS 7.366.333 7.366.333 7.438.097 100,97 37,69 TAXAS 553.235 553.847 521.638 94,18 2,64 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 996.920 1.101.170 1.115.583 101,31 5,65 RECEITA PATRIMONIAL 478.928 479.112 556.331 116,12 2,82 RECEITA AGROPECUARIA RECEITA INDUSTRIAL RECEITAS DE SERVIÇOS 477 477 138 28,96 0,00 12.501 12.501 13.175 105,39 0,07 516.384 605.203 402.358 66,48 2,04 TRANSFERENCIAS CORRENTES 6.402.637 6.402.885 6.555.546 102,38 33,21 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 477.712 1.664.948 428.845 25,76 2,17 RECEITAS DE CAPITAL 961.473 1.044.051 706.543 67,67 3,58 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 596.089 678.667 614.212 90,50 3,11 3.035 3.035 2.909 95,85 0,01 0,03 ALIENAÇÃO DE BENS 12.763 12.763 6.817 53,41 TRANSFERENCIAS DE CAPITAL AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 309.586 309.586 82.092 26,52 0,42 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 40.000 40.000 514 1,28 0,00 RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIA ( II ) TOTAL 539.114 539.114 768.341 142,52 3,89 19.412.591 20.876.519 19.736.977 94,54 100,00 Fonte: Siafem 2014. A Receita Orçamentária (R$19,7 bilhões), ou seja, aquela destinada a dar cobertura às ações planejadas no Orçamento, uma vez deduzida a Receita Intraorçamentária no valor R$708,3 bilhões, resulta em R$18,9 bilhões, o que representa 96,11% da receita total realizada, apresentando participação negativa de 6,73%. Incluindo-se a Receita Intraorçamentária ao valor retrocitado, obtêm-se os R$19,7 bilhões, 92 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA podendo-se observar que a inclusão da mesma contribuiu para reduzir o déficit de arrecadação do exercício para 5,46%. As Receitas Correntes (R$18,2 bilhões) como a categoria de receita mais relevante, correspondeu a 92,5% do total arrecadado, resultando numa insuficiência de arrecadação de 5,35%. Destacam-se dentre as receitas que compõe as Receitas Correntes as Receitas Tributárias, no valor de R$9,1 bilhões, já descontada a parcela referente à conta retificadora da receita de R$1,4 bilhão, sendo responsável por 46,56% do montante da Receita Orçamentária arrecadada, apresentando excesso de arrecadação na ordem 1,81%. No computo das Receitas Tributárias se sobressai a Receita de Impostos, cuja arrecadação superou em 2,30% a previsão para o exercício, sendo responsável por 43,92% da receita total realizada. Destaca-se dentre os impostos o ICMS, com arrecadação R$7,4 bilhões, com a arrecadação positiva de 0,97% e participação de 37,67% da Receita Total. O IRRF o IPVA, e o ITCD, também tiveram variação positiva de 11,88% 9,07%, e 30,28%, e participação na Receita realizada de 4,20 %, 1,96% e 0,07%, respectivamente. Contrapondo-se à Receita de Impostos, as Taxas foram 5,82% inferiores a arrecadação com participação no total da receita de 2,64%. Considerada como a segunda maior origem de recursos as Transferências Correntes no valor de R$6,5 bilhões, representaram 33,21% da Receita Orçamentária realizada (R$19,7 bilhões), com realização positiva de 2,38% em relação ao valor previsto. Integram ainda a Categoria Econômica Corrente, com variação positiva de 1,31%, 16,12% e 5,39%, as receitas de Contribuições, Patrimonial, e Industrial respectivamente, que somadas representaram 8,65% da receita realizada. Vale ressaltar que da Receita Patrimonial acima demonstrada foi deduzido o valor de R$163,9 milhões, correspondente ao rendimento negativo da aplicação financeira de recursos do Funprev. Dentre as Receitas de Capital (R$706,5 milhões), os valores estimados para cada origem de recursos foram frustrados, tendo em vista que a realização se deu em valores inferiores aos previstos. As divergências entre previsão e realização, por ordem gradativa das maiores diferenças, foram Outras Receitas de Capital (98,72% inferiores a previsão), Transferências de Capital (73,48% inferiores a previsão), Amortização de Empréstimos (46,59% inferiores a previsão), Operações de Crédito (9,50% inferiores a previsão) e Alienação de Bens (4,15% inferiores a previsão). 93 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Diferentemente das Receitas Correntes, nas Receitas de Capital a arrecadação fica aquém da respectiva previsão. Ressaltando-se que, tendo em vista que os investimentos estaduais dependem de receitas de capital, das quais as receitas de Operações de Crédito e Transferências de Capital. A Receita Intraorçamentária decorrente de operações entre Órgãos, Fundos e Entidades, cujo objetivo é a eliminação de dupla contagem nas demonstrações contábeis Integra o cômputo da Receita Realizada (R$768,3 milhões), registrou variação positiva 42,52% e contribuiu na redução do déficit de arrecadação em 3,89%. 5.1.2.4. Receita por tipo de administração 2014 A tabela a seguir apresenta a distribuição da receita realizada por tipo de administração, bem como o seu comportamento em relação à previsão atualizada. Tabela 5.6 - Receita por tipo de administração 2014 (Em R$ milhares) Tipo Administração Previsto (a) Previsão Atualizada (b) Realizado (c ) % % c/b ADMINISTRACAO DIRETA 16.953.891 17.989.390 17.069.784 94,89 86,49 AUTARQUIA 2.235.568 2.568.508 2.592.764 100,94 13,14 ECONOMIA MISTA 50.664 96.413 19.011 19,72 0,10 EMPRESA PUBLICA 37.764 43.119 27.387 63,51 0,14 134.704 179.089 28.031 15,65 0,14 19.412.591 20.876.519 19.736.977 94,54 100,00 FUNDACAO TOTAL Fonte: Siafem 2014. Do universo das receitas arrecadadas (R$19,7 bilhões), já efetuadas as deduções no valor R$1,5 bilhão e inclusa a receita intraorçamentária de R$768,3 milhões, constata-se que 86,48% foram concentrados na Administração Direta, cabendo à Administração Indireta 13,51%. Comparando-se a receita realizada com a previsão atualizada verifica-se que o melhor desempenho em termo relativo ficou por conta das Autarquias com variação positiva de 0,94%, com participação de 13,14%, da receita seguida da Administração Direta que embora tenha apresentado variação negativa de 5,11%, foi responsável por 86,49% do total da arrecadação. As demais administrações (Fundações, Empresas Públicas e de Economia Mista) obtiveram variação negativa de 84,35%, 36,49% e 80,28% respectivamente, apresentando em conjunto 0,38% de participação na receita total realizada. 94 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.2.5. Demonstrativo da receita própria arrecadada No montante R$12,4 bilhões, a Receita Própria do Estado constituída do somatório dos ingressos das origens Tributária, Contribuições, Patrimonial, Agropecuária, Industrial, Serviço, Outras Receitas Correntes, Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos e Outras Receitas de Capital, resultando no final do exercício em frustração de receita na ordem de 7,42%. As receitas ingressadas sob esse título, assim se apresentam: Tabela 5.7 - Demonstrativo da receita própria 2014 (Em R$ milhares) RECEITA ORÇAMENTÁRIA Previsão Inicial (a) Previsão Atualizada (b) Receita Realizada (c ) RECEITAS EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIA (I) 11.565.165 12.946.266 11.716.787 RECEITAS CORRENTES 11.509.367 12.890.469 RECEITA TRIBUTÁRIA 9.026.446 9.027.058 8.473.211 IMPOSTOS % c/b % 90,50 93,85 11.706.548 90,82 93,76 9.190.119 101,81 73,61 8.473.211 8.668.481 102,30 69,43 IRRF 740.946 740.946 828.937 111,88 6,64 IPVA 355.008 355.008 387.217 109,07 3,10 ITCD 10.923 10.923 14.230 130,28 0,11 ICMS 7.366.333 7.366.333 7.438.097 100,97 59,58 TAXAS 553.235 553.847 521.638 94,18 4,18 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 996.920 1.101.170 1.115.583 101,31 8,94 RECEITA PATRIMONIAL 478.928 479.112 556.331 116,12 4,46 0,00 RECEITA AGROPECUARIA 477 477 138 28,96 12.501 12.501 13.175 105,39 0,11 RECEITAS DE SERVIÇOS 516.384 605.203 402.358 66,48 3,22 RECEITA INDUSTRIAL OUTRAS RECEITAS CORRENTES 477.712 1.664.948 428.845 25,76 3,43 RECEITAS DE CAPITAL 55.798 55.798 10.239 18,35 0,08 ALIENAÇÃO DE BENS 3.035 3.035 2.909 95,85 0,02 12.763 12.763 6.817 53,41 0,05 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 40.000 40.000 514 1,28 0,00 RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIA ( II ) 539.114 539.114 768.341 142,52 6,15 12.104.279 13.485.380 12.485.127 92,58 100,00 TOTAL Fonte: Siafem 2014. Principal origem de recursos do computo da Receita Própria Estado (R$12,4 bilhões), inclusa a Receita Intraorçamentária, a Receita Tributária efetivamente arrecadada foi de R$9,1bilhões, constituída por Impostos (R$8,6 bilhões) e Taxas (R$521, milhões), já deduzida a contribuição ao Fundeb de R$1,4 bilhão 95 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA e a restituição de tributos estaduais no valor de R$586 mil e o valor de R$163 milhões, referentes ao rendimento negativo da aplicação financeira dos recursos do Funprev, foi superior ao valor previsto em 1,81%. A arrecadação líquida do ICMS no exercício foi superior em 0,97%, com participação de 59,58% do total da Receita Própria Realizada (R$12,4 bilhões), sendo considerado pelo volume de recursos como o mais importante imposto estadual, representando 80,94% do conjunto das Receitas tributárias. As demais origens (Contribuição, Patrimonial, Agropecuária, Serviços e Outras Receitas Correntes), que constituem o conjunto das Receitas Correntes, foram responsáveis por 21,50% dessa categoria econômica e 20,16% da receita total. As receitas próprias de Capital totalizaram no exercício R$10,239 milhões: Alienação de Bens (R$2,9 milhões), Amortização de Empréstimos (R$6,8 milhões), e Outras Receitas de Capital (R$514 mil), que somadas representaram no computo das receitas próprias 0,08%. 5.1.2.6. Evolução da receita própria arrecadada A evolução da Receita Própria em valores reais nos exercícios de 2012 a 2014, pode ser visualizada no Gráfico a seguir: Tabela 5.8 - Evolução da receita realizada por categoria econômica e origem (Em R$ milhares) RECEITA ORÇAMENTÁRIA RECEITAS EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIA (I) RECEITAS CORRENTES 2012 2013 2014 VARIAÇÃO VARIAÇÃO VALOR VALOR VALOR 2013/2012 2014/2013 10.893.132 11.019.798 11.716.787 1,16 6,32 10.886.026 10.998.912 11.706.548 1,04 6,43 5,49 RECEITA TRIBUTÁRIA 7.877.761 8.711.507 9.190.119 10,58 IMPOSTOS 7.552.112 8.230.599 8.668.481 8,98 5,32 ICMS 6.501.528 7.077.766 7.438.097 8,86 5,09 IPVA 336.290 363.883 387.217 8,21 6,41 IRRF 701.862 778.973 828.937 10,99 6,41 ITCD 12.432 9.977 14.230 -19,75 42,63 TAXAS 325.650 480.908 521.638 47,68 8,47 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 923.807 1.002.098 1.115.583 8,47 11,32 RECEITA PATRIMONIAL 593.859 380.876 556.331 -35,86 46,07 34 62 138 82,03 122,58 -4,42 RECEITA AGROPECUARIA RECEITA INDUSTRIAL RECEITAS DE SERVIÇOS OUTRAS RECEITAS CORRENTES 13.414 13.784 13.175 2,76 434.670 406.994 402.358 -6,37 -1,14 1.042.481 483.590 428.845 -53,61 -11,32 96 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA RECEITA ORÇAMENTÁRIA RECEITAS DE CAPITAL ALIENAÇÃO DE BENS AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIA ( II ) TOTAL GERAL (I) + (II) = (III) 2012 2013 2014 VARIAÇÃO VARIAÇÃO VALOR VALOR VALOR 2013/2012 2014/2013 7.106 20.886 10.239 193,92 -50,98 10.239 14.230 2.909 344,81 -79,56 3.495 355 6.817 80,30 8,18 44,65 412 6.301 514 -13,90 662.413 705.111 768.341 6,45 8,97 11.555.545 11.724.909 12.485.127 1,47 6,48 Fonte: SIAFEM 2012, 2013 e 2014. Valores reais atualizados pelo IPCA. Verifica-se que a Receita Própria realizada em 2014 totalizou R$12,4 bilhões. Demonstram também os números um consecutivo crescimento anual da Receita Própria do Estado. Em relação a 2013 (R$11,7 bilhões) os valores de 2014 representaram um aumento de 6,48% o mesmo ocorrendo em 2013 em relação a 2012, cujo aumento foi de 1,47%. A Receita Tributária, principal origem de recursos do Estado, registrou no exercício arrecadação no valor R$9,1 bilhões, valor este superior em 5,49 % em relação ao arrecadado em 2013, porém inferior à variação positiva de 10,58%, relativa ao biênio 2013-2012. Como parcela mais relevante da Receita Tributária, os impostos em 2014 atingiram o montante de R$8,6 bilhões, revelando um incremento na arrecadação de 5,32% em relação ao exercício de 2013, que, embora positivo, foi inferior à variação apresentada no período 2013-2012 (8,98%). Das Receitas Correntes, a receita de Contribuições, Patrimonial e Agropecuária, foram as que apresentaram no biênio 2014-2013, variações de 1,32%, 46,07% e 122,58%, respectivamente. Enquanto que no período 2013-2011 somente a Receita de Contribuições e Agropecuária tiveram variações positivas de 8,47% e 82,03%, ficando a Receita patrimonial com resultado negativo de 35,86%. Ressalte-se que mesmo com a dedução do rendimento negativo da aplicação dos recursos do Funprev, a Receita Patrimonial foi superior à de 2013 em 46,07%. As Receitas de Capital relativas aos exercícios 2014-2013, com incremento negativo de 50,98%, contrapõe-se a essa mesma categoria no período de 2013-2012, cuja variação positiva foi de 193,92%, isso devido ao desempenho positivo apresentado nas origens Alienação de Bens (344,81%) e Amortização de Empréstimos (80,30%), e que no exercício de 2014 em relação a 2013 tiveram desempenho negativo de 79,56%, e reduzido de 8,18%. 97 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.2.7. Comportamento histórico da arrecadação da receita A tabela a seguir apresenta evolução da Receita Orçamentária Arrecadada no Estado do Pará em valores reais nos exercícios de 2012 a 2014, assim como a variação (em percentuais) nos biênios 20132012 e 2014-2013. Tabela 5.9 - Evolução da Receita Arrecadada – 2014-2012 RECEITA ORÇAMENTÁRIA (Em R$ milhares) 2012 2013 VALOR 2014 % VALOR VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2013/2012 2014/2013 VALOR % RECEITAS EXCETO INTRAORÇAMENTÁRIA (I) 17.798.132 96,41 18.190.541 96,27 18.968.636 % 96,11 2,20 4,28 RECEITAS CORRENTES 17.580.812 95,23 17.564.484 92,96 18.262.094 92,53 -0,09 3,97 RECEITA TRIBUTÁRIA 7.877.761 42,67 8.711.507 46,10 9.190.119 46,56 10,58 5,49 IMPOSTOS 7.552.112 40,91 8.230.599 43,56 8.668.481 43,92 8,98 5,32 ICMS 6.501.528 35,22 7.077.766 37,46 7.438.097 37,69 8,86 5,09 IPVA 336.290 1,82 363.883 1,93 387.217 1,96 8,21 6,41 IRRF 701.862 3,80 778.973 4,12 828.937 4,20 10,99 6,41 ITCD 12.432 0,07 9.977 0,05 14.230 0,07 -19,75 42,63 TAXAS 325.650 1,76 480.908 2,55 521.638 2,64 47,68 8,47 RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 923.807 5,00 1.002.098 5,30 1.115.583 5,65 8,47 11,32 RECEITA PATRIMONIAL 593.859 3,22 380.876 2,02 556.331 2,82 -35,86 46,07 34 0,00 62 0,00 138 0,00 82,03 122,58 -4,42 RECEITA AGROPECUARIA RECEITA INDUSTRIAL 13.414 0,07 13.784 0,07 13.175 0,07 2,76 434.670 2,35 406.994 2,15 402.358 2,04 -6,37 -1,14 TRANSF. CORRENTES 6.694.786 36,27 6.565.572 34,75 6.555.546 33,21 -1,93 -0,15 OUTRAS REC.CORRENTES RECEITA DE SERVIÇOS 1.042.481 5,65 483.590 2,56 428.845 2,17 -53,61 -11,32 RECEITAS DE CAPITAL 217.320 1,18 626.057 3,31 706.543 3,58 188,08 12,86 OPERACOES DE CREDITO 48.285 0,26 544.740 2,88 614.212 3,11 1028,17 12,75 -79,56 ALIENAÇÃO DE BENS 3.199 0,02 14.230 0,08 2.909 0,01 344,81 AMORTIZAÇÃO DE EMPRESTIMOS 3.495 0,02 6.301 0,03 6.817 0,03 80,30 8,18 161.929 0,88 60.431 0,32 82.092 0,42 -62,68 35,84 44,65 TRANSFER.DE CAPITAL OUTRAS REC.DE CAPITAL 412 0,00 355 0,00 514 0,00 -13,90 662.413 3,59 705.111 3,73 768.341 3,89 6,45 8,97 18.460.545 100,00 18.895.652 100,00 19.736.977 100,00 2,36 4,45 RECEITAS INTRAORÇAMENTÁRIA ( II ) TOTAL GERAL (I) + (II) = (III) Fonte: SIAFEM 2012, 2013 e 2014. Valores reais devidamente atualizados pelo IPCA. A Receita Orçamentária total arrecadada em 2014 (R$19,7 bilhões) apresentou uma variação positiva de 4,45% em relação a 2013 (R$18,8 bilhões), positividade essa também ocorrida em 2013 em relação ao ano de 2012, ou seja, 2,36%. 98 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Quanto à categoria econômica, verifica-se que as Receitas de Capital (12,86%) em termos relativos tiveram maior desempenho do que as Receitas Correntes (-3,97%); situação análoga ocorre quando se compara a variação relativa ao período de 2013-2012 cujas variações foram de 0,97% para as Receitas Correntes e 188,08% para as Receitas de Capital. Como principais origens de receita da Categoria Econômica Corrente, as Receitas Tributárias e as Transferências Correntes corresponderam a 79,77% da arrecadação total da Receita Orçamentária apresentaram variação positiva de 5,49% e 0,15%, quando comparados os anos 2014-2013 respectivamente. No que tange à Receita Tributária esse resultado foi menor do que ocorreu no biênio de 2013-2011 cuja variação positiva foi de 10,58%, porém inversa no que se refere às Transferências Correntes, que no aludido período foram negativas em 1,93%. Em 2014 as demais origens que compõem as Receitas Correntes, somadas, representaram 12,75% da receita total; destas, observa-se que as Receitas de Contribuições, Agropecuária, vêm mantendo crescimento constante, e em relação a 2013 apresentaram crescimento de 11,32%, e 122,58%, respectivamente. A Receita Patrimonial também apresentou variação positiva 46,07%. As receitas Industrial, Serviços e Outras Receitas Correntes apresentaram decréscimos na mesma ordem de 4,42%, 1,14% e 11,32% no mesmo período. No computo das Receitas de Capital, destacam-se em termos relativos as Outras Receitas de Capital e as Transferências de Capital, que no período de 2014-2013 apresentaram acréscimo anual para cada origem na ordem de 44,65% e 35,84% respectivamente. Em comparação ao período acima citado, a variação apresentada no biênio 2013-2012 nessa origem foi negativa em 62,68% e 13,90% respectivamente. Ainda referente às Receitas de Capital, destaca-se a Receita de Operações de Crédito que no exercício em análise representaram 86,93% da receita total, podendo-se verificar que na serie em análise a arrecadação se mantém positiva, apresentando incremento positivo de 12,75% no período 2014-2013 e 188,08% no período 2012-2013. As Receitas Intraorçamentárias alcançaram o montante de R$768,3 milhões, o que em comparação aos exercícios de 2014-2013 representa crescimento na ordem de 8,97%, também observado no período de 2013-2012 (6,45%). 99 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.3. Execução da Despesa A despesa do Governo do Estado do Pará, para o exercício financeiro de 2014, fixada pela LOA (Lei 7.797/2014), foi inicialmente de R$19,4 bilhões, sendo R$13,4 bilhões originários do Orçamento Fiscal e R$5,9 bilhões decorrentes do Orçamento da Seguridade Social. Tendo em vista os créditos adicionais, tanto a receita inicialmente prevista quanto a despesa fixada foram acrescidas em R$ 1,4 bilhão, incrementando o orçamento inicial em 7,54%. Assim, a dotação atualizada atingiu R$20,8 bilhões disponíveis para a execução. Tendo sido empenhadas despesas no montante de R$18,6 bilhões, houve economia orçamentária de R$2,1 bilhões. Verificou-se também superávit orçamentário de R$1 bilhão, decorrente do confronto da receita arrecadada de R$19,7 bilhões com a despesa executada de R$18,6 bilhões. Segue análise da despesa orçamentária sobre diferentes enfoques, com base nos valores empenhados. 5.1.3.1. Despesa por Função A Tabela a seguir apresenta a despesa pública executada por função de governo, segundo os gastos efetuados no exercício pelos Poderes constituídos e pelo Ministério Público: Tabela 5.10 - Despesas por Função Nome da Função Despesas Exceto Intra-Orçamentárias (I) Ministério Público (Em R$ milhares) Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo Total Empenhado (A) Dotação Real (B) % (A/B) % em Relação ao Total (I) Executado 368.170 16.044.591 861.895 682.079 17.956.735 20.114.436 89,27 96,03 54.831 8.241.910 77.827 100.164 8.474.732 9.759.519 86,84 45,32 Assistência Social - 844.395 - - 844.395 903.241 93,49 4,52 Cultura - 120.852 - - 120.852 145.165 83,25 0,65 Desporto e Lazer - 84.302 - - 84.302 95.010 88,73 0,45 Direitos da Cidadania - 28.857 - - 28.857 36.272 79,56 0,15 Educação - 2.720.110 - - 2.720.110 2.977.182 91,37 14,55 54.831 2.405.770 77.827 100.164 2.638.592 3.320.798 79,46 14,11 Saúde - 2.030.566 - - 2.030.566 2.270.648 89,43 10,86 Trabalho - 7.058 - - 7.058 11.204 63,00 0,04 Funções Sociais Previdência Social 100 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Nome da Função Ministério Poder Executivo Público % em Relação Poder Poder Total Judiciário Legislativo Empenhado (A) Dotação Real (B) % (A/B) ao Total (I) Executado Funções de Infraestrutura - 992.629 - - 992.629 1.384.167 71,71 5,31 Comunicações - 62.204 - - 62.204 62.812 99,03 0,33 Energia - 266 - - 266 920 28,88 0,001 Habitação - 80.465 - - 80.465 168.644 47,71 0,43 Saneamento - 206.139 - - 206.139 268.043 76,91 1,10 Transporte - 561.904 - - 561.904 788.511 71,26 3,01 Urbanismo - 81.650 - - 81.650 95.237 85,73 0,44 Funções de Produção 486.324 - 616.252 78,92 2,60 246.604 291.406 84,63 1,32 65.296 - 486.324 Ciência e Tecnologia - 65.296 114.010 57,27 0,35 Comércio e Serviços - 122.195 - - 122.195 142.190 85,94 0,65 Indústria - 33.541 - - 33.541 44.978 74,57 0,18 Organização Agrária Agricultura 246.604 - 18.689 - - 18.689 23.668 78,96 0,10 Funções Típicas de Estado 286.276 2.259.449 784.068 581.915 3.911.708 4.130.264 94,71 20,92 Essencial à Justiça 286.276 379.007 - 14.711 679.995 717.233 94,81 3,64 Judiciária - 422 784.068 - 784.490 845.505 92,78 4,20 Legislativa - - - 567.204 567.204 588.594 96,37 3,03 Segurança Pública - 1.880.020 - - 1.880.020 1.978.932 95,00 10,05 Encargos Especiais 27.063 3.298.071 - - 3.325.133 3.326.860 99,95 17,78 - 690.252 - - 690.252 789.862 87,39 3,69 75.956 - - 75.956 107.512 70,65 0,41 - - - - - - 0,00 0,00 28.553 607.173 39.070 742.248 762.083 97,40 3,97 396.723 16.651.764 721.149 18.698.983 20.876.519 89,57 100,00 Administração Gestão Ambiental Reserva de Contingência Despesas Intra-Orçamentárias (II) Total (III) = (I) + (II) 67.452 929.347 Fonte: Siafem 2014 Da análise de gastos dos poderes, verificou-se a execução do montante de R$18,6 bilhões, representando 89,57% da dotação atualizada do exercício. Excluindo-se as despesas intraorçamentárias, tem-se a execução do montante de R$17,9 bilhões, representando 89,27% da dotação atualizada de despesas no exercício. 101 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Dentre as funções realizadas, as de maior representatividade em relação ao critério de materialidade foram: Encargos Especiais (17,78%), Educação (14,55%), Previdência Social (14,11%), Saúde (10,86%) e Segurança Pública (10,05%), que tiveram participação na ordem de 67,35% da despesa executada. A função com menor materialidade foi Energia, que alcançou 0,001% do total de dispêndios do exercício. A função Encargos Especiais, totalizada em R$3,3 bilhões, apresentou realização de 99,95% de sua dotação autorizada, participando com 17,78% da despesa total empenhada no exercício. Embora essa função configure a maior parcela da despesa total, ela não interfere na aplicação das políticas públicas do Estado, uma vez que se constitui em despesa compulsória. Porém, ressalta-se a execução de despesas em subfunção atípica a essa função no montante de R$93,8 milhões - Subfunção 331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador, contrariando a Portaria n° 42/1999 do Ministério de Orçamento e Gestão, art. 1º, §2º, combinado com o disposto no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 5ª Ed., que restringem a utilização da função encargos especiais a suas subfunções típicas, tais como: “dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra”. Observa-se que tal impropriedade ocorreu de igual forma no exercício 2013, sendo motivo de observação na respectiva análise de Contas de Governo. Considerando-se o enfoque de comparabilidade entre o planejamento e a execução, verificou-se que a maioria das funções consumiu mais de 70% da dotação autorizada, demonstrando compatibilidade entre execução e planejamento. Porém, ressalta-se que 4 (quatro) funções consumiram menos de 70% do valor planejado no orçamento, quais sejam: Trabalho (63%), Energia (28,88%), Habitação (47,71%) e Ciência e Tecnologia (57,27%). Analisando-se as funções executadas por áreas de atuação, verifica-se que as Funções Sociais, por agregar funções que atendem aos cidadãos em seus direitos fundamentais, foi a que mais exigiu aporte de recursos, consumindo 45,32% do total da despesa empenhada, tendo sido executado 86,84% de sua dotação autorizada para o exercício. Por outro lado, as funções de Infraestrutura e de Produção, com dispêndios equivalentes a 5,31% e 2,60%, respectivamente, do total das despesas, constituíram-se nas áreas de menor valor executado em relação ao total de dispêndios. As funções agregadas na área Típica de Estado configuram-se como prioritárias, tanto pela importância quanto pela essencialidade, as quais somaram 20,92% da despesa total executada, com realização de 94,71% em relação ao valor autorizado, demonstrando, portanto, compatibilidade entre planejamento e execução. 102 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.3.2. Despesa por programa Com o objetivo de concretizar os compromissos assumidos junto à sociedade, o Governo do Estado estabeleceu, por meio do PPA 2012-2015, 80 programas finalísticos e 01 programa de Manutenção da Gestão. Os dispêndios com Programas Finalísticos representaram 39,61%; os referentes à Manutenção da Gestão 22,95%; as Ações sem Programas 30,61% e Outros Encargos 3,18% da despesa total do Poder Executivo. Tabela 5.11 - Evolução da Receita Arrecadada – 2014-2012 PROGRAMAS DOTAÇÃO INICIAL (Em R$ milhares) DOTAÇÃO REAL (A) EMPENHADO (B) % (B/A) % EM RELAÇÃO AO TOTAL EXECUTADO PROGRAMAS FINALÍSTICOS 6.884.655 7.936.552 6.596.521 83,12 39,61 MANUTENÇÃO DA GESTÃO 3.462.491 3.866.559 3.821.709 98,84 22,95 AÇÕES SEM PROGRAMAS 5.427.336 5.764.126 5.097.491 88,43 30,61 OUTROS ENCARGOS 3,18 1.228.326 528.962 528.870 99,98 DÍVIDA PÚBLICA 938.741 528.962 528.870 99,98 3,18 RESERVA 289.585 - - - 0,00 DESPESAS INTRA-ORÇAMENTÁRIAS TOTAL GERAL 526.008 626.487 607.173 96,92 3,65 17.528.816 18.722.686 16.651.764 88,94 100,00 Fonte: SIAFEM 2012, 2013 e 2014. Valores reais devidamente atualizados pelo IPCA. Tabela X.X - Programas Finalísticos Detalha-se, a seguir, a execução dos Programas Finalísticos autorizados Em na milhares lei orçamentária para (R$) 2014. Demonstra-se a dotação atualizada e o valor efetivamente empenhado em cada programa. Faz-se uma análise do percentual da despesa empenhada em relação à despesa autorizada, com o objetivo de verificar a compatibilidade entre o planejamento e a execução. Também se realiza uma análise da representatividade de cada programa em relação ao total de despesas, demonstrando os programas priorizados pelo Governo do Estado. Tabela 5.12 - Programas Finalísticos Programas Finalísticos (Em R$ milhares) Dotação Real (A) Empenhado (B) % (B/A) % em relação do Total Executado Assistência Farmacêutica 67.013 53.939 80,49% 0,82% Atenção Primaria de Saúde 18.337 11.890 64,84% 0,18% Atuação Institucional 300 300 100,00% 0,005% 35.796 3.124 8,73% 0,05% Caminhos para o Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável Combate às Drogas 715.841 515.683 72,04% 7,82% 92.148 45.532 49,41% 0,69% 2.566 2.093 81,57% 0,03% Comunicação Publica Governam ental 49.523 43.524 87,89% 0,66% 1.926 1.926 Desenvolvimento Sustentável da Agropecuária TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO 19.741DO PARÁ 16.761 Igualdade Étnico-racial e Social 5.363 622 100,00% 0,03% 84,90% 0,25% 11,61% 0,01% Educação Pública de Qualidade 90,01% 30,94% Municípios Verdes Defesa da Sociedade 2.267.238 2.040.637 103 Programas Finalísticos Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Empenhado (B) % (B/A) % em relação do Total Executado 0,82% Assistência Farmacêutica 67.013 53.939 80,49% Atenção Primaria de Saúde 18.337 11.890 64,84% 0,18% 300 300 100,00% 0,005% 35.796 Dotação 715.841 Real (A) 92.148 3.124 Empenhado 515.683 (B) 45.532 8,73% 72,04% % (B/A) 0,05% % em relação 7,82%do Total Executado 0,69% 2.566 67.013 49.523 18.337 2.093 53.939 43.524 11.890 81,57% 80,49% 87,89% 64,84% 1.926 300 19.741 35.796 5.363 715.841 1.926 300 16.761 3.124 622 515.683 100,00% 100,00% 84,90% 8,73% Atuação Institucional Municípios Verdes Caminhos para o Desenvolvimento Programas Finalísticos Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável Combate àsFarmacêutica Drogas Assistência Comunicação Publica Governam ental Atenção Primaria de Saúde Defesa Sociedade Atuaçãoda Institucional Desenvolvimento Municípios VerdesSustentável da Agropecuária Igualdade e Social Caminhos Étnico-racial para o Desenvolvimento Ciência, Tecnologia Inovação para o Educação Pública dee Qualidade Desenvolvimento Sustentável Eficiência Operacional Combate às Programas Drogas Finalísticos Valorização da Sociobiodiversidade Comunicação Publica Governam ental Esporte e Lazer: um Caminho para a Inclusão Defesa Social da Sociedade Geração de Trabalho, Emprego e Renda Geração de Trabalho, Emprego Renda Desenvolvimento Sustentável daeAgropecuária Gestão Ambiental e Territorial Gestão Ambiental e Territorial Igualdade Étnico-racial e Social Gestão Estadual do SUS Gestão Estadual Educação Públicado deSUS Qualidade Gestão Fazendária Gestão Fazendária Eficiência Operacional Gestão Governam ental Gestão Governam ental Valorização da Sociobiodiversidade Segurança Alimentar ee Nutricional Segurança Alimentar Nutricional Esporte e Lazer: um Caminho para a Inclusão Social para Habitar Habitar para Viver Viver Melhor Melhor Geração de Trabalho, e Renda–– Navega Inclusão Digital Desenvolvimento Inclusão Digital para para oo Emprego Desenvolvimento Navega Pará Gestão Ambiental e Territorial Pará Integração Metropolitana Integração Metropolitana Gestão Estadual do SUS Media Alta Media Alta Complexidade Complexidade na na Saúde Saúde GestãoeeFazendária Desenvolvimento Sustentável da Pesca Desenvolvimento Sustentável da Pesca ee Gestão Governam ental Aqüicultura Aqüicultura Segurança Alimentar e Nutricional Bolsa Trabalho Bolsa Trabalho Habitar para Viver Melhor Nossa Arte, Arte, Nossa Nossa Cultura Nossa Cultura Inclusão Digital para o Desenvolvimento – Navega O Pará que Lê O Pará que Lê Pará Obras Públicas Obras Públicas Integração Metropolitana Pacto pela Cidadania Pacto Cidadania Mediapela e Alta Complexidade na Saúde Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Pacto pela Liberdade Liberdade Pacto pela Aqüicultura Pacto pelos pelos Direitos Direitos Humanos Humanos Pacto Bolsa Trabalho Pará Competitivo Competitivo Pará Nossa Arte, Nossa Cultura Planejamento ee Gestão Gestão Integrada Integrada Planejamento O Pará quedeLêRedução da Pobreza e Gestão dos Programa Programa de Redução da Pobreza e Gestão dos Recursos Naturais do do Estado Estado do do Pará Pará Obras Públicas Recursos Naturais Promoção e Defesa de Direitos Pacto pela Cidadania Promoção e Defesa de Direitos Pacto pela Liberdade Pro-Paz - Por Uma Cultura de Paz 49,41% 0,03% 0,82% 0,66% 0,18% 0,03% 0,005% 0,25% 0,05% 0,01% 7,82% 11,61% 72,04% 90,01% 49,41% 100,00% % (B/A) 81,57% 25,60% 87,89% 88,34% 100,00% 63,75% 63,75% 84,90% 57,45% 57,45% 11,61% 54,82% 54,82% 90,01% 72,91% 72,91% 100,00% 99,82% 99,82% 25,60% 28,28% 28,28% 88,34% 37,18% 37,18% 63,75% 77,14% 77,14% 57,45% 70,42% 70,42% 54,82% 30,94% % em 0,69% 0,002% relação do 0,03% Total 0,005% Executado 0,66% 1,21% 0,03% 0,09% 0,09% 0,25% 0,39% 0,39% 0,01% 0,27% 0,27% 30,94% 0,50% 0,50% 0,002% 0,12% 0,12% 0,005% 0,15% 0,15% 1,21% 0,78% 0,78% 0,09% 0,19% 0,19% 0,39% 2,12% 2,12% 0,27% 138.919 86.383 86.383 7.964 8.683 8.683 9.978 712 712 51.644 65.226 65.226 99,82% 41,24% 41,24% 28,28% 43,62% 43,62% 0,12% 0,13% 0,13% 0,15% 0,01% 0,01% 4.183 4.183 16.469 16.255 16.255 198.770 1.623 1.623 1.135.423 4.042 4.042 12.705 12.943 12.943 139.968 1.611 1.611 965.527 96,63% 96,63% 77,14% 79,63% 79,63% 70,42% 0,06% 0,06% 0,19% 0,20% 0,20% 2,12% 91.188 91.188 21.054 23.366 23.366 1.632 32.516 32.516 86.383 9.592 9.592 4.183 38.669 16.255 38.669 101.432 1.623 101.432 81.411 81.411 8.683 14.787 14.787 712 14.287 14.287 65.226 5.803 5.803 4.042 21.559 12.943 21.559 100.647 1.611 100.647 99,32% 99,32% 85,04% 89,28% 89,28% 41,24% 63,29% 63,29% 43,62% 43,94% 43,94% 75,51% 60,50% 60,50% 96,63% 55,75% 79,63% 55,75% 0,02% 0,02% 14,64% 1,23% 1,23% 0,13% 0,22% 0,22% 0,01% 0,22% 0,22% 0,99% 0,09% 0,09% 0,06% 0,33% 0,20% 0,33% 2.267.238 2.040.637 92.148 45.532 122 122 Dotação Empenhado 2.566 Real 1.326 (A) (B)2.093 340 49.523 43.524 90.261 79.736 1.926 1.926 8.956 5.710 8.956 5.710 19.741 16.761 25.888 45.062 25.888 45.062 5.363 622 32.865 18.017 32.865 18.017 2.267.238 2.040.637 45.687 33.312 33.312 45.687 122 122 7.978 7.964 7.978 7.964 340 1.326 35.285 9.978 9.978 35.285 90.261 79.736 51.644 138.919 138.919 51.644 5.710 8.956 12.705 16.469 12.705 16.469 25.888 45.062 139.968 198.770 198.770 139.968 18.017 32.865 965.527 1.135.423 1.135.423 965.527 33.312 45.687 7.978 21.054 21.054 35.285 1.632 1.632 85,04% 85,04% 72,91% 37,18% 75,51% 75,51% 99,23% 99,32% 99,23% 14,64% 14,64% 0,50% 0,78% 0,99% 0,99% 1,53% 0,02% 1,53% 91.188 10.301 81.411 10.103 89,28% 98,07% 1,23% 0,15% 23.366 52.476 14.787 47.702 63,29% 90,90% 0,22% 0,72% 32.516 12.459 9.592 268.089 14.287 10.011 5.803 206.143 43,94% 80,35% 60,50% 76,89% 0,22% 0,15% 0,09% 3,13% 38.669 3.658 21.559 1.744 55,75% 47,67% 0,33% 0,03% 101.432 131.931 100.647 116.800 99,23% 88,53% 1,53% 1,77% 300.862 223.238 74,20% 3,38% 493.942 471.501 95,46% 7,15% 22.305 20.683 92,73% 0,31% 61.865 54.680 Transparência e Controle Social 3.510 1.728 Universidade Pública para o Desenvolvimento do 226.345 Estado do Pará 233.780 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO Modernização da Agricultura Familiar 49.293DO PARÁ 23.803 88,39% 0,83% 49,23% 0,03% 96,82% 3,43% 48,29% 0,36% Valorização do Servidor da Educação Valorização do Servidor do Sistema Estadual de 95,12% 2,45% Pacto pelos Direitos Humanos Proteção Social no SUAS e SINASE Revitalização, Preservação da Memória e Pará Competitivo Identidade Cultural Planejamento e Gestão Integrada Saneam ento é Vida Programa de Redução da Pobreza e Gestão dos Energia noNaturais Para do Estado do Pará Recursos Promoção enoDefesa de Direitos Segurança Trânsito Segurança pela Paz Seguridade Social do Servidor Público Estadual Tecnologia da Informação e Comunicação 104 Dotação Real (A) Território de Integração Regional 169.679 161.404 Promoção e Defesa de Direitos 101.432 100.647 99,23% 1,53% Pro-Paz - Por Uma Cultura de Paz 10.301 10.103 98,07% 0,15% Proteção Social no SUAS e SINASE Revitalização, Preservação da Memória e Identidade Cultural Saneam ento é Vida 52.476 47.702 90,90% 0,72% 12.459 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 10.011 80,35% 0,15% 268.089 206.143 76,89% 3,13% 3.658 1.744 47,67% 0,03% 131.931 116.800 88,53% 300.862 Dotação Real (A) 493.942 223.238 Empenhado (B) 471.501 74,20% % (B/A) 95,46% Tecnologia da Informação e Comunicação 22.305 20.683 92,73% 1,77% % em 3,38% do relação Total 7,15% Executado 0,31% Assistência Território de Farmacêutica Integração Regional 61.865 67.013 54.680 53.939 88,39% 80,49% 0,83% 0,82% Transparência e Controle Social Atenção Primaria de Saúde Universidade Pública para o Desenvolvimento do Atuação Institucional Estado do Pará Municípios Verdes Modernização da Agricultura Familiar Caminhos para o Desenvolvimento Valorização do Servidor da Educação Ciência, Tecnologia e Inovação para o Valorização do Servidor do Sistema Estadual de Desenvolvimento Sustentável Segurança Pública Combate às Drogas Valorização do Servidor Público Comunicação Publica Governam ental Ver-o-Para Defesa da Sociedade Vigilância em Saúde Desenvolvimento Sustentável da Agropecuária Total Geral Igualdade Étnico-racial e Social Fonte: 20142014 Fonte:SIAFEM SIAFEM Educação Pública de Qualidade 18.337 3.510 11.890 1.728 64,84% 49,23% 0,18% 0,03% 300 233.780 35.796 49.293 715.841 169.679 300 226.345 3.124 23.803 515.683 161.404 100,00% 96,82% 8,73% 48,29% 72,04% 95,12% 0,005% 3,43% 0,05% 0,36% 7,82% 2,45% 92.148 183.158 2.566 405.566 49.523 31.060 1.926 41.808 19.741 7.936.552 5.363 45.532 166.232 2.093 390.981 43.524 19.249 1.926 25.520 16.761 6.596.521 622 49,41% 90,76% 81,57% 96,40% 87,89% 61,97% 100,00% 61,04% 84,90% 83,12% 11,61% 0,69% 2,52% 0,03% 5,93% 0,66% 0,29% 0,03% 0,39% 0,25% 100,00% 0,01% 2.267.238 2.040.637 90,01% 30,94% 122 122 100,00% 0,002% Gestão Estadual do SUS 32.865 18.017 54,82% 0,27% Gestão Fazendária 45.687 33.312 72,91% 0,50% 7.978 7.964 99,82% 0,12% 35.285 9.978 28,28% 0,15% Energia no Para Segurança no Trânsito Segurança pela Paz Programas Social Finalísticos Seguridade do Servidor Público Estadual Eficiência Operacional Os Programas Finalísticos de maior representatividade em relação ao total Valorização da Sociobiodiversidade 340 25,60% 0,005% 1.326 executado foram: Educação de Qualidade (30,94%), Média Alta executado Complexidade naEduEsporte e Lazer: um Caminho para a Inclusão Os Programas Finalísticos dePública maior representatividade em relação aoetotal foram: Social 90.261 (7,82%), 79.736 que 88,34% 1,21% Saúde (14,64%) e Caminhos para o Desenvolvimento juntos representaram cação53,40% PúblicaGeração devalor Qualidade (30,94%), Média e Alta Complexidade na5.710 Saúde63,75% (14,64%)0,09% e Caminhos para de Trabalho, Emprego Renda 8.956 do executado doseprogramas finalísticos. Gestão Ambiental 25.888 57,45% dos 0,39% 45.062 do valor o Desenvolvimento (7,82%),e Territorial que juntos representaram 53,40% executado programas finalísticos. Gestão Governam ental Analisando-se os 10 programas com baixo desempenho no exercício, verificou-se que estes foram Segurança Alimentar e Nutricional orçados em R$324,8 milhões, correspondendo a 4,09% do orçamento. Porém, a execução Habitar para Viver Melhor 138.919 51.644 37,18% 0,78%destes progra- Inclusão Digital para o Desenvolvimento – Navega mas se deu na ordem de R$114,9 milhões, o que corresponde a 35,38% da 77,14% dotação autorizada para tal, 12.705 0,19% Pará 16.469 Metropolitana diminuindo a Integração participação dos mesmos para 1,74% do orçamento executado, como se2,12% pode verificar na 139.968 70,42% 198.770 Media e Alta Complexidade na Saúde 1.135.423 965.527 85,04% tabela abaixo.Desenvolvimento Tabela X.X da - Programas com Menor Desempenho Sustentável Pesca e Aqüicultura Tabela 5.13 - Programas com Menor Desempenho Bolsa Trabalho Nossa Arte, Nossa Cultura O Pará que Lê Programas Finalísticos Obras Públicas Dotação Real (A) Pacto pela Cidadania Pacto pela Liberdade Igualdade Étnico-racial e Social Planejamento e Gestão Integrada de Redução da Pobreza e Gestão dos Valorização da Programa Sociobiodiversidade Recursos Naturais do Estado do Pará Promoção e Defesa de Direitos Segurança Alimentar e Nutricional Habitar para Viver Melhor Desenvolvimento Sustentável Da Pesca E Aquicultura Bolsa Trabalho Pará Competitivo Energia no Pará 8.683 41,24% 1.632 712 43,62% 0,01% 86.383 65.226 75,51% 0,99% 81.411 89,28% 1,23% (Em R$ milhares) % em % em relação 4.183 96,63% Empenhado 4.042 relação 0,06% do % (B/A) ao Total 16.255 (B) 12.943 79,63% Total0,20% Planejado Executado 1.623 1.611 99,32% 0,02% 14.787 63,29%0,05%0,22% 3.124 8,73% 0,45% 9.592 6225.803 11,61% 60,50%0,01%0,09% 0,07% 1.326 38.669 340 25,60% 21.559 55,75%0,005% 0,33% 0,02% 35.796 23.366 Pará Competitivo Em milhares (R$) 0,13% 21.054 91.188 Municípios Verdes Pacto pelos Direitos Humanos 14,64% 5.363 35.285 32.516 101.432 14.287 100.647 43,94% 99,23% 0,22% 1,53% 9.978 28,28% 0,15% 0,44% 138.919 51.644 37,18% 0,78% 1,75% 21.054 8.683 41,24% 0,13% 0,27% 1.632 712 43,62% 0,01% 0,02% 32.516 14.287 43,94% 0,22% 0,41% 3.658 1.744 47,67% 0,03% 0,05% TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 105 Real (A) Municípios Verdes 35.796 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Igualdade Étnico-racial e Social Tabela (B) 3.124 Total Executado Planejado 0,05% 0,45% 8,73% X.X - Programas 5.363 com Menor Desempenho 622 11,61% 0,01% Valorização da Sociobiodiversidade Segurança Alimentar e Nutricional Programas Habitar paraFinalísticos Viver Melhor Desenvolvimento Sustentável Da Pesca E Aquicultura 1.326 340 25,60% 35.285 Dotação Real (A) 138.919 9.978 28,28% Empenhado % (B/A) (B)51.644 37,18% 21.054 0,44% % em relação ao Total 1,75% Planejado 8.683 41,24% % em 0,15% relação do Total 0,78% Executado 0,13% 35.796 1.632 3.124 8,73% 712 43,62% 0,05% 0,01% 0,45% 0,02% 32.516 5.363 14.287 622 43,94% 11,61% 0,22% 0,01% 0,41% 0,07% 1.326 3.658 340 47,67% 25,60% 1.744 0,005% 0,03% 0,02% 0,05% 49.293 35.285 23.803 9.978 48,29% 28,28% 0,36% 0,15% 0,62% 0,44% 324.843 138.919 114.937 51.644 35,38% 37,18% 1,74% 0,78% 4,09% 1,75% 21.054 7.611.709 8.683 85,15% 41,24% 6.481.584 0,13% 98,26% 0,27% 95,91% 1.632 7.936.552 712 83,12% 43,62% 6.596.521 0,01% 100% 0,02% 100,00% 32.516 14.287 43,94% 0,22% 0,41% Bolsa Trabalho Municípios Verdes Pará Competitivo Igualdade Étnico-racial e Social Valorização da Sociobiodiversidade Energia no Pará Modernização da Agricultura Familiar Segurança Alimentar e Nutricional Subtotal Habitar para Viver Melhor Desenvolvimento Sustentável Da Pesca E Outros Programas Aquicultura Bolsa Trabalho Total 0,005% 0,07% Em milhares (R$) 0,02% Fonte: 2014 ParáSIAFEM Competitivo 0,27% Fonte: EnergiaSIAFEM no Pará2014 Em relação às ações dos programas do Poder Executivo, 1.744 os valores realizados mais signifi3.658 47,67%não 0,03% 0,05% Modernização da relação Agricultura Familiar cativos, foram: Apoio à às Emissão Cadastro Ambiental Rural Executivo, (R$11,6 milhões); Apoionão a Elaboração e Em açõesde dos programas do Poder os valores realizados 49.293 23.803 48,29% 0,36% 0,62% Implementação de Planos (R$11,5 milhões); Auxíliode Moradia (R$6,3 milhões) eRural Implementação do Projeto mais significativos, foram: Apoio à Emissão Cadastro Ambiental (R$11,6 milhões); Subtotal 324.843 114.937 35,38% 1,74% 4,09% 7.611.709 6.481.584 85,15% 98,26% 95,91% Apoio a aElaboração e Implementação de Planos às (R$11,5 Moradia (R$6,3 Pintando Liberdade (R$1,3 milhão), que, somando-se demais milhões); ações não Auxílio executadas demonstradas Outros Programas milhões) e Implementação dodos Projeto a Liberdade milhão), que, somandoabaixo, totalizam R$34,9 milhões, quais Pintando R$23,6 milhões (67,71%)(R$1,3 pertencem ao programa Municípios Total 7.936.552 6.596.521 83,12% 100% 100,00% se às demais açõespertencem não executadas demonstradas abaixo, totalizam R$34,9 milhões, dos Verdes; R$6,3 milhões ao programa Valorização do Servidor do Sistema Estadual de Seguran- quais R$23,6 milhões (67,71%) pertencem ao programa Municípios ça Pública (18,15%); R$1,3 milhão pertence ao programa Pacto Pela LiberdadeVerdes; (3,76%);R$6,3 e R$3,6milhões milhões Fonte: SIAFEMao 2014 pertencem programa Valorização dodetalhados Servidor do Sistema Estadual de Segurança Pública pertencem aos demais programas a seguir. 5.1.3.2. DESPESA POR(10,38%) PROGRAMA (18,15%); R$1,3 milhão pertence ao programa Pacto Pela Liberdade (3,76%); e R$3,6 Em5.14 relação às ações dos programas do Poder Executivo, os valores não realizados Tabela - Ações não executadas milhões pertencem aos demais programas (10,38%) detalhados a seguir. Tabela X.X - Ações não executadas milhões); mais significativos, foram: Apoio à Emissão de Cadastro Ambiental Rural (R$11,6 (Em (EmR$R$milhares) milhares) Apoio a Elaboração e Implementação de Planos (R$11,5 milhões); Auxílio Moradia (R$6,3 Programas Ações Dotação Real Apoio à Emissão de Cadastro Ambiental Ruralmilhão), que, somando11.672 milhões) e Implementação do Projeto Pintando a Liberdade (R$1,3 Apoio à Elaboração e Implementação de Planos 11.501 Municípios Verdes se às demais ações não executadas demonstradas abaixo, totalizam R$34,9 milhões, dos Desconcentração e Descentralização da Gestão Verdes; R$6,3 520 quais R$23,6 milhões (67,71%) pertencem ao programa Municípios milhões Valorização do Servidor do Sistema Estadual Auxílio Moradia 6.350 pertencem aode programa Segurança PúblicaValorização do Servidor do Sistema Estadual de Segurança Pública Pacto pela Liberdade pertence ao programa ImplementaçãoPacto do Projeto Pintando Liberdade (18,15%); R$1,3 milhão Pela aLiberdade (3,76%); 1.315 e R$3,6 Vigilância em Saúde Implementação de Ações de Vigilância em Saúde 994 milhões pertencem aos demais programas (10,38%) detalhados a seguir. Saneamento é Vida Realização de Obras de Saneamento Básico em Área Rural 730 Segurança pela Paz Implantação do Sistema de Identificação Biométrica 493 Pará Competitivo Transferência à Companhia Administradora da ZPE-Barcarena 477 do Sistema não Institucional de Informações e Cadastro do Setor TabelaImplantação X.X - Ações executadas Pesqueiro e da Aquicultura do Estado do Pará 477 Implantação de Regionais da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura 460 Desenvolvimento Sustentável da Pesca e Aquicultura 106 TOTAL Fonte: Fonte:SIAFEM SIAFEM2014 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 34.990 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Das ações identificadas como sem programa, foram realizados gastos mais significativos nas seguintes ações: Transferências Financeiras aos Municípios (50,14%) e Encargos com a Previdência Social dos Servidores (46,51%), os quais representam 96,65% das despesas com ações não relacionadas a programas, conforme segue demonstrado: Tabela 5.15 - Desempenho das Ações sem Programa Tabela X.X - Desempenho das Ações sem Programa Ações sem Programa Dotação Real (A) Empenhado (B) (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) % Em Relação % (B/A) ao Total Empenhado 99,99 50,14 Transferências Financeiras aos Municípios 2.556.150 2.555.793 Encargos com a Previdência Social dos Servidores 2.565.149 2.370.705 92,42 46,51 1.020.254 951.868 93,30 18,67 Encargos com a Previdência Social dos Servidores de Diversas Áreas 828.429 743.097 89,70 14,58 Encargos com a Previdência Social dos Servidores da Área Militar 620.711 591.758 95,34 11,61 Encargos com a Previdência Social dos Servidores da Área da Saúde 49.786 48.557 97,53 0,95 Encargos com a Previdência Social dos Servidores do TJE 31.745 28.870 90,94 0,57 8.042 6.555 81,52 0,13 251 0 0,00 0,00 Encargos com a Previdência Social dos Servidores do MP 3.802 0 0,00 0,00 Encargos com a Previdência Social dos Servidores do MP/TCE 1.481 0 0,00 0,00 55 0 0,00 0,00 Encargos com a Previdência Social dos Servidores do TCE 335 0 0,00 0,00 Encargos com a Previdência Social dos Servidores do TCM 258 0 0,00 0,00 Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep 81.643 81.282 99,56 1,59 Encargos com Pensões Especiais 42.732 42.678 99,87 0,84 Encargos com Débitos Precatórios Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep Educação 22.544 22.388 99,31 0,44 12.465 12.337 98,98 0,24 Contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep Saúde 6.372 5.961 93,54 0,12 Reembolso a Instituições 5.759 5.759 100,00 0,11 Encargos com Benefícios 567 560 98,69 0,01 49 29 60,60 0,00 470.696 0 0,00 0,00 Encargos com a Previdência Social dos Servidores da Área Educacional Encargos com a Previdência Social dos Servidores da Alepa Encargos com a Previdência Social dos Servidores da Justiça Militar Encargos com a Previdência Social dos Servidores do MP/TCM Encargos com Acordos Indenizatórios Reserva de Contingencia do Regime Próprio da Previdência Social Encargos com Despesas Bancárias e Cartorárias TOTAL 0 0 0,00 0,00 5.764.126 5.097.491 88,43 100,00 Fonte: SIAFEM 2014 Fonte: SIAFEM 2014 107 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.3.3. Avaliação da agenda mínima do poder executivo A análise a seguir consiste em avaliar as 108 (cento e oito) ações distribuídas em 31 (trinta e um) Programas de Governo, previstas na LOA, como agenda mínima do Poder Executivo no montante de R$1,6 bilhão, incluído o valor das alterações do orçamento. Os quantitativos de ações previstas no PPA e na LOA como agenda mínima apresentaram divergências, pois constaram no PPA 101 (cento e um) ações e na LOA 108 (cento e oito) ações como Agenda Mínima. As ações que constaram como agenda mínima na LOA e que não constaram no PPA são: 6593 - Gestão Organizacional, 6595 - Gestão de Patrimônio, 6596 - Gestão de Pessoas, 6814 - Gestão de Logística, 7497 - Implantação de Espaços Pró-Paz Integrado, 6287 - Implementação do Consórcio Público Multifederativo na Região Metropolitana de Belém (RMB), 7364 - Construção do Novo Hospital Abelardo Santos e 7510 - Ampliação do Hospital Ophir Loyola. A ação Apoio ao Cadastro Ambiental Rural, ao Licenciamento Ambiental Rural, a Restauração Florestal e ao Zoneamento constou somente no PPA como agenda mínima, entretanto não há previsão desta ação na LOA. A seguir apresenta-se a avaliação da agenda mínima de acordo com as ações previstas na LOA, ou seja, 108 (cento e oito) ações distribuídas em 31 (trinta e um) Programas de Governo. O Orçamento inicial e as suas alterações autorizaram despesas no montante de R$1,6 bilhão, acrescentando ao valor previsto no PPA o equivalente a 15,55%. Considerando que as despesas empenhadas nessas ações totalizaram R$1,1 bilhão, significa que o Poder Executivo realizou 68,23% do que foi autorizado na LOA, conforme evidenciado: 5.1.3.3. AVALIAÇÃO DAabaixo AGENDA MÍNIMA DO PODER EXECUTIVO AGENDA MÍNIMA Previsão no PPA (A) 1.433.486 Previsão na LOA (+) Créditos Total Empenhado (C) Suplementares (B) 1.656.347 1.130.129 AH % (B/A) AH% (C/A) AH% (C/B) 115,55 78,84 68,23 Face às alterações orçamentárias ocorridas no exercício, as dotações destinadas às ações da Agenda Mínima alcançaram o montante de R$1,6 bilhão, enquanto que o valor para as mesmas previstas no PPA para 2014 foi de R$ 1,4 bilhão. Dessa forma, observou-se que as despesas empenhadas alcan- 108 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA çaram 78,84% do valor do PPA e 68,23% do que foi autorizado na LOA e Suplementações. Considerando que se trata de agenda mínima, o percentual de execução ideal era de 100%. Observou-se que os maiores dispêndios autorizados na LOA, foram para os programas “CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO”, na ordem de 41,71%; INTEGRACAO METROPOLITANA, correspondente a 12,00% e “HABITAR PARA VIVER MELHOR”, representando 8,31%, os quais responderam por 62,02% em relação ao total da dotação das ações, e por 61,58% das despesas empenhadas. Quanto aos menores dispêndios, ressalte-se a baixa autorização orçamentária do Programa COM- aosvisto menores a baixa orçamentária dode R$3,6 BATE ASQuanto DROGAS, que odispêndios, PPA previu ressalte-se R$3,6 bilhões, a LOAautorização autorizou orçamento inicial Programa COMBATE AS DROGAS, visto que o PPA previu R$3,6 bilhões, a LOA autorizou bilhões, porém o mesmo foi reduzido a R$406 milhões ao final do exercício, o equivalente 10,99% do seu orçamento inicial de R$3,6 bilhões, porém o mesmo foi reduzido a R$406 milhões ao final do valor previsto inicialmente.10,99% do seu valor previsto inicialmente. exercício, o equivalente As As constatações sobre o desempenho dos dos programas da Agenda Mínima do Poder Executivo poconstatações sobre o desempenho programas da Agenda Mínima do Poder Executivo podem serna visualizadas na tabela a seguir: dem ser visualizadas tabela a seguir: Tabela 5.16 - Programas da Agenda do Poder da Executivo Tabela 6.13Mínima - Programas Agenda Mínima do Poder Executivo NOME DO PROGRAMA Valorização do Servidor Público PPA 2014 (A) DOTAÇÃO INICIAL (B) DOTAÇÃO REAL (C) % DOT. REAL AV % VAR. (C/B) AH EMPENHADO (D) (Em (Em R$ R$ milhares) milhares) % EMP. AV % (D/C) - AH 12.326 11.690 11.290 0,68 (3,42) 9.064 0,80 80,28 PRÓ-PAZ - Por uma Cultura de Paz 5.104 5.104 989 0,06 (80,61) 863 0,08 87,25 Energia no Pará 1.000 1.000 2.591 0,16 159,09 1.331 0,12 51,37 85.942 85.942 120.067 7,25 39,71 110.088 9,74 91,69 179.364 179.364 198.770 12,00 10,82 139.968 12,39 70,42 22.617 22.617 18.326 1,11 (18,97) 14.761 1,31 80,54 Habitar para Viver Melhor 154.018 125.018 137.659 8,31 10,11 50.996 4,51 37,05 Saneamento é Vida 164.758 164.757 16.832 1,02 (89,78) 5.263 0,47 31,27 47.878 47.878 25.332 1,53 (47,09) 13.815 1,22 54,54 270 270 1.817 0,11 573,20 1.817 0,16 100,00 8.002 8.002 3.311 0,20 (58,63) 3.232 0,29 97,63 39.220 39.220 5.847 0,35 (85,09) 4.528 0,40 77,44 Média e Alta Complexidade na Saúde Integração Metropolitana Pácto pela Liberdade Ver-o-Pará Universidade Pública para o Desenv. do Estado do Pará Valorização do Servidor do Sistema Est. de Seg. Pública Revitalização, Preservação da Memória e Identidade Cultural Segurança no Trânsito 7.048 7.048 4.073 0,25 (42,21) 2.047 0,18 50,25 Segurança pela Paz 89.691 89.691 86.057 5,20 (4,05) 66.006 5,84 76,70 Inclusão Digital para o Desenv.– NAVEGAPARÁ 18.915 18.915 16.469 0,99 (12,93) 12.705 1,12 77,14 Valorização do Servidor da Educação 1.008 1.008 787 0,05 (21,93) 179 0,02 22,77 Pará Competitivo Modernização da Agricultura Familiar 35.114 35.114 16.873 1,02 (51,95) 1.887 0,17 11,19 8.918 8.918 6.216 0,38 (30,29) 2.230 0,20 35,87 Educação Pública de Qualidade 61.546 61.546 126.014 7,61 104,75 67.481 5,97 53,55 381.259 381.259 690.863 41,71 81,21 504.972 44,68 73,09 (64,64) 1.720 0,15 85,16 75,32 1.435 0,13 74,47 Caminhos para o Desenvolvimento Proteção Social no SUAS e SINASE Gestão Ambiental e Territorial 5.711 5.711 2.019 0,12 DE CONTAS DO1.927 ESTADO DO0,12 PARÁ 1.099 TRIBUNAL1.099 Bolsa Trabalho 864 864 1.466 0,09 69,74 546 0,05 37,25 Igualdade Étnico-Racial e Social 465 465 5.107 0,31 997,72 484 0,04 9,48 109 Revitalização, Preservação da orçamento inicialCultural de R$3,6 bilhões, o mesmo 5.847 foi reduzido ao final do Memória e Identidade 39.220 porém 39.220 0,35 a R$406 (85,09) milhões 4.528 0,40 exercício, o equivalente 10,99% do seu valor previsto inicialmente. Segurança no Trânsito 7.048 7.048 4.073 0,25 (42,21) 2.047 0,18 89.691 dos86.057 5,20 da Agenda (4,05) 66.006do Poder 5,84 As constatações sobre o desempenho programas Mínima Executivo podem ser visualizadas na tabela a seguir: Segurança pela Pazdas Contas de Governo do Estado 89.691 Relatório de Análise do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Inclusão Digital para o Desenv.– NAVEGAPARÁ 18.915 6.13 Valorização do ServidorTabela da Educação Pará Competitivo Modernização da Agricultura FamiliarNOME DO PROGRAMA Educação Pública de Qualidade 18.915 16.469 35.114 16.873 PPA 2014 8.918 (A) 61.546 DOTAÇÃO 8.918 INICIAL (B) 61.546 Valorização do Servidor Público Caminhos para o Desenvolvimento PRÓ-PAZ - Por uma Cultura de Paz 12.326 381.259 5.104 Energia noSocial Pará no SUAS e SINASE Proteção Média eAmbiental Alta Complexidade na Saúde Gestão e Territorial HabitarArte, paraNossa Viver Cultura Melhor Nossa Saneamento é Vida Esporte e Lazer: um Caminho para a Inclusão Ver-o-Pará Geração de Trabalho, Emprego e Universidade Pública para o Desenv. Renda do Estado do Pará Ciência, Tecnologia e Inovação para Valorização do Servidor do Sistema o Desenv. Sustentável Est. de Seg. Pública Revitalização, Preservação da Combate a Drogas Memória e Identidade Cultural Municípios Verdes Planejamento e Gestão Integrada Segurança no Trânsito Segurança Total geralpela Paz 12.705 1,12 50,25 76,70 77,14 0,02 22,77 (Em 0,17R$ milhares) 11,19 (51,95) 1.887 DOTAÇÃO 6.216 REAL (C) 126.014 1,02 % DOT. 0,38 REAL AV 7,61 % (30,29) VAR. (C/B) AH 104,75 EMPENHADO 2.230 (D) 67.481 % EMP. 0,20 AV 5,97 %35,87 (D/C) - AH 53,55 11.690 381.259 5.104 11.290 690.863 989 0,68 41,71 0,06 (3,42) 81,21 (80,61) 9.064 504.972 863 0,80 44,68 0,08 80,28 73,09 87,25 1.000 5.711 85.942 1.099 179.364 864 1.000 5.711 85.942 1.099 179.364 864 2.591 2.019 120.067 1.927 198.770 1.466 0,16 0,12 7,25 0,12 159,09 (64,64) 39,71 75,32 0,12 0,15 9,74 0,13 51,37 85,16 91,69 74,47 22.617 465 154.018 20.972 22.617 465 125.018 20.972 18.326 5.107 137.659 27.782 12,00 0,09 1,11 0,31 12,39 0,05 1,31 0,04 70,42 37,25 80,54 9,48 164.758 47.428 47.878 164.757 47.428 47.878 16.832 72.901 25.332 8,31 1,68 1,02 4,40 1,53 10,82 69,74 (18,97) 997,72 10,11 32,47 1.331 1.720 110.088 1.435 139.968 546 5.384 270 5.384 270 4.493 1.817 5.608 8.002 5.608 8.002 3.695 39.220 4.764 3.695 39.220 4.764 14.761 484 50.996 27.034 (89,78) 53,71 (47,09) 5.263 65.845 13.815 4,51 2,39 0,47 5,83 1,22 37,05 97,31 31,27 90,32 54,54 0,27 0,11 (16,54) 573,20 3.464 1.817 0,31 0,16 77,10 100,00 7.855 3.311 0,47 0,20 40,09 (58,63) 7.855 3.232 0,70 0,29 100,00 97,63 406 5.847 33.189 0,02 0,35 2,00 (89,01) (85,09) 596,67 406 4.528 2.869 0,04 0,40 0,25 100,00 77,44 8,64 13.499 7.048 13.499 7.048 9.017 4.073 0,54 0,25 (33,20) (42,21) 5.238 2.047 0,46 0,18 58,09 50,25 89.691 1.433.486 89.691 1.403.849 86.057 1.656.347 5,20 100,00 (4,05) 17,99 66.006 1.130.129 5,84 100,00 76,70 68,23 18.915 16.469 0,99 (12,93) 12.705 1,12 77,14 Inclusão Digital paraLOA o Desenv.– Fonte: PPA 2013-2015, / LOA Siafem/ 2014. Fonte: PPA 2013-2015, Siafem 2014. NAVEGAPARÁ (12,93) - Programas da Agenda787Mínima 1.008 1.008 0,05 do Poder (21,93) Executivo 179 35.114 Integração Metropolitana Bolsa Trabalho Pácto pelaÉtnico-Racial Liberdade e Social Igualdade 0,99 77,44 18.915 Verifica-se que os gastos 1.008 com Valorização do Servidor da Educação as prioridades do Executivo a chamada 1.008 787Poder 0,05 (21,93) para o exercício, 179 0,02 22,77 Pará Competitivo 35.114 35.114montante 16.873representa 1,02 (51,95) das despesas 1.887 0,17 11,19 Agenda Mínima, totalizaram R$1,1 bilhão. Esse 7,05% empenhas pelo Modernização da Agricultura Poder final do 8.918 exercício de e ainda, 68,23% do2.230 montante Familiar Executivo (R$16 bilhões) ao 8.918 6.2162014,0,38 (30,29) 0,20autorizado 35,87 Educação Pública de Qualidade 61.546 para as prioridades no mesmo período. 61.546 126.014 7,61 104,75 67.481 5,97 53,55 381.259 381.259 690.863 41,71 81,21 504.972 44,68 73,09 5.711 5.711 2.019 0,12 (64,64) 1.720 0,15 85,16 Bolsa Trabalho 864 864 1.466 0,09 69,74 Igualdade Étnico-Racial e Social 465 465 5.107 0,31 997,72 Caminhos para o Desenvolvimento Apresenta-se a seguir um resumo dos programas relacionados à Agenda Mínima do Poder Executi- Proteção Social no SUAS e SINASE vo, evidenciando-se o nível de execução desses relação75,32 à despesa empenhada: Gestão Ambiental e Territorial 1.099 1.099 programas 1.927 em0,12 1.435 0,13 74,47 546 (Em R$ milhares) 484 0,05 0,04 9,48 Nossa Arte, Nossa Cultura 20.972 20.972 27.782 1,68 32,47 27.034 INTERVALO / Nº DE PROGRAMAS % PROGRAMAS EMPENHADO % AV NÍVEL DE EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS Esporte e Lazer: um Caminho para a 2,39 97,31 Inclusão Não Executados Geração de Trabalho, Emprego e Renda Abaixo de 50% 5,83 90,32 47.428 47.428 5.384 5.384 Ciência, Tecnologia e Inovação para De 50 a 80% o Desenv. Sustentável Acima de 80% 5.608 5.608 Combate a Drogas 3.695 3.695 Total Municípios Verdes 4.764 4.764 Fonte: PPA 2013-2015, LOA / Siafem 2014. Planejamento e Gestão Integrada 13.499 13.499 Total geral 1.433.486 1.403.849 72.901 4,40 53,71 8 4.493 0,27 (16,54) 64.455 3.464 5,70 0,31 77,10 40,09 822.989 72,82 7.855 242.685 21,47 0,70 100,00 100,00 0 12 11 7.855 0,02100 2,00 (89,01) 1.130.129 406 100 596,67 2.869 0,04 0,25 8,64 9.017 0,54 (33,20) 5.238 0,46 58,09 1.656.347 100,00 17,99 1.130.129 100,00 68,23 31 406 0,47 - 65.845 - 37,25 33.189 Fonte: PPA 2013-2015, LOA / Siafem 2014. 110 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA 5.1.3.4. Despesa por categoria econômica e grupo de natureza A classificação da despesa por categoria econômica e grupo de natureza de despesa permite a visualização e análise da realização dos dispêndios efetivados pelo Governo do Estado na execução de seus programas, permitindo que a sociedade visualize o que será adquirido e quais os efeitos econômicos dos gastos públicos, tornando o orçamento um instrumento de análise da atuação da política econômica. Por esse critério, o orçamento se divide em dois grandes grupos: as Contas Correntes e Contas de Capital. A tabela a seguir compara, por categoria econômica e grupo de natureza, a evolução das despesas 5.1.3.4. DESPESA POR CATEGORIA ECONÔMICA E GRUPO DE nos exercícios de 2012 a 2014, baseado em valores reais, devidamente atualizados pelo IPCA, destacanNATUREZA do-se as despesas intraorçamentárias. Tabela 5.17 - Despesa por Categoria Econômica e Grupo de Natureza Tabela X.X. - Despesa por Categoria Econômica e Grupo de Natureza 2012 EVOLUÇÃO DAS DESPESAS DESPESAS CORRENTES VALOR 13.248.831 (Emmilhares R$ milhares) Em (R$) 2013 % VALOR 2014 % VALOR % Variação % Variação % 2013/2012 2014/2013 85,89 13.698.662 84,67 14.103.918 84,70 3,40 2,96 Pessoal e Encargos Sociais 7.355.334 47,68 7.633.223 47,18 7.837.123 47,06 3,78 2,67 Outras Despesas Correntes 5.662.555 36,71 5.876.364 36,32 6.072.116 36,47 3,78 3,33 Juros e Encargos da Dívida 230.942 1,50 189.076 1,17 194.679 1,17 -18,13 2,96 DESPESAS DE CAPITAL 1.647.836 10,68 1.904.963 11,77 1.940.673 11,65 15,60 1,87 Investimentos 1.000.003 6,48 1.257.152 7,77 1.418.718 8,52 25,71 12,85 Inversões Financeiras 210.771 1,37 189.182 1,17 187.664 1,13 -10,24 -0,80 Amortização da Dívida 437.062 2,83 458.628 2,83 334.291 2,01 4,93 -27,11 DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 529.268 3,43 574.528 3,55 607.173 3,65 8,55 5,68 15.425.935 100,00 16.178.153 100,00 16.651.764 100,00 4,88 2,93 TOTAL DAS DESPESAS Fonte: 2012-2014. valores referentes aos exercícios 2012foram e 2013 foram atualizados por meio do IPCA. Fonte: SIAFEM SIAFEM 2012-2014. Os Os valores referentes aos exercícios 2012 e 2013 atualizados por meio do IPCA. A análise demonstrou que no exercício de 2014, as Despesas Correntes somaram R$14,1 bilhões, enquanto que as de Capital totalizaram R$1,9 bilhão, o que corresponde, respectivamente, a 84,70% e 11,65% da execução orçamentária do exercício, permitindo inferir que os maiores gastos do governo estão relacionados à manutenção da máquina administrativa e a atividades de prestação de serviços à sociedade. A execução da despesa em 2014 teve incremento de 2,93% em relação ao exercício de 2013, enquanto que nos exercícios de 2012 para 2013 o acréscimo identificado foi de 4,88%. Na Categoria Econômica Despesas Correntes o grupo Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$7,8 bilhões, representou, em 2014, 47,06% do total despendido no exercício, sendo o maior volume de TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 111 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA recursos em relação à dotação orçamentária executada global. No exercício de 2014 esse grupo apresentou acréscimo de 2,67% em relação ao exercício de 2013, menor que a variação ocorrida no período 2012 para 2013, na ordem de 3,78%. Sob esse aspecto, ressalte-se que o grupo registrou decréscimo no triênio de 47,68% do valor total da despesa em 2012, 47,18% em 2013 e 47,06% em 2014. O grupo Outras Despesas Correntes apresentou, em 2014, variação positiva de 3,33% em relação ao apurado no exercício de 2013, e 3,78% no período de 2012 para 2013, resultando, portanto, em redução entre os dois períodos de 0,45%. A análise da evolução das categorias econômicas demonstra que as Despesas Correntes apresentaram crescimento de 2,96% em 2014 e de 3,40% em 2013. Já as Despesas de Capital cresceram 1,87% em 2014, enquanto que em 2013 atingiu 15,60% de variação. As Despesas de Capital atingiram 11,65% do total da despesa no exercício de 2014, 11,77% em 2013 e 10,68% no exercício de 2012, demonstrando crescimento no triênio na ordem de 17,47%. 5.1.3.5.registrado DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A Lei Lei nº nº 4.320/1964 4.320/1964 estabelece estabelece em em seu seu art. art. 37, 37, que que as as despesas despesas de de A exercícios encerrados, para as as quais quais oo orçamento orçamento respectivo respectivo consignava consignava crédito crédito 5.1.3.5.exercícios Despesas de exercícios anteriores encerrados, para próprio com com dotação dotação suficiente suficiente para para atendê-las, atendê-las, mas mas que que não não tenham tenham sido sido próprio Aprocessadas Lei nº 4.320/1964 estabelece em seu art. 37, que as despesas de exercícios encerrados, processadas na na época época própria, própria, podem podem ser ser pagas pagas àà conta conta de de dotação dotação específica específica para as quais o consignada orçamento respectivo consignava crédito próprio comelemento dotação suficiente para consignada no orçamento, orçamento, reconhecidas como elemento Despesas deatendê-las, Exercíciosmas que no reconhecidas como Despesas de Exercícios Anteriores DEA. Anteriores -- DEA. não tenham sido processadas na época própria, podem ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, como elemento Despesas Exercícios Anteriores DEA. Na reconhecidas tabela aa seguir, seguir, apresenta-se comportamento das - despesas despesas Na tabela apresenta-se oo decomportamento das reconhecidas como como DEA DEA do do Poder Poder Executivo, Executivo, destacando-se destacando-se as as despesas despesas intraintrareconhecidas Na tabela a seguir, apresenta-se o comportamento das despesas reconhecidas como DEA do Poder orçamentárias: orçamentárias: Executivo, destacando-se as despesas intra-orçamentárias: Tabela X.X. Despesas de de Exercícios Exercícios Anteriores Anteriores Tabela 5.18 - Despesas de Exercícios Anteriores Tabela X.X. -- Despesas Em milhares (R$) Em (R$) (Emmilhares R$ milhares) GRUPO DE DE NATUREZA NATUREZA DE DE GRUPO DESPESA DESPESA Pessoal ee Encargos Encargos Sociais Sociais Pessoal Outras Despesas Despesas Correntes Correntes Outras Juros ee Encargos Encargos da da Dívida Dívida Juros Investimentos Investimentos Inversões Financeiras Financeiras Inversões Amortização da da Dívida Dívida Amortização Despesas Intra-Orçamentárias Intra-Orçamentárias Despesas TOTAL DAS DAS DESPESAS DESPESAS TOTAL 2012 2012 2013 2013 2014 2014 VALOR VALOR % % VALOR VALOR % % VALOR VALOR % % 13.029 13.029 185.655 185.655 -- 4,07% 4,07% 57,97% 57,97% 0,00% 0,00% 15.966 15.966 285.216 285.216 -- 3,40% 3,40% 60,65% 60,65% 0,00% 0,00% 63.966 63.966 364.874 364.874 49 49 8,47% 8,47% 48,34% 48,34% 0,01% 0,01% 63.299 63.299 -- 19,77% 19,77% 0,00% 0,00% 94.907 94.907 960 960 20,18% 20,18% 0,20% 0,20% 253.659 253.659 3.607 3.607 56.992 56.992 1.266 1.266 17,80% 17,80% 0,40% 0,40% 50.419 50.419 22.782 22.782 10,72% 10,72% 4,84% 4,84% 20.222 20.222 48.402 48.402 320.242 100,00% 100,00% 320.242 470.250 100,00% 100,00% 470.250 Variação Variação Variação % % Variação % % 2014/2013 2014/2013 2013/2012 2013/2012 22,54% 22,54% 53,63% 53,63% 300,65% 300,65% 27,93% 27,93% 33,61% 33,61% 0,48% 0,48% -49,93% 49,93% -- -167,27% 167,27% 275,59% 275,59% 2,68% 2,68% 6,41% 6,41% -11,53% -11,53% 1.699,53% 1.699,53% -59,89% -59,89% 112,46% 112,46% 754.780 100,00% 100,00% 754.780 46,84% 46,84% 60,51% 60,51% Fonte: SIAFEM 2012-2014. Os valores referentes aos exercícios 2012 2012 e2012 2013eeforam atualizados por meio IPCA. Fonte: SIAFEM 2012-2014. Os valores valores referentes aos exercícios exercícios 2013 foram foram atualizados pordo meio do IPCA. IPCA. Fonte: SIAFEM 2012-2014. Os referentes aos 2013 atualizados por meio do 112 As despesas despesas empenhadas empenhadas em em DEA DEA no no exercício exercício de de 2014 2014 sofreram sofreram acréscimo acréscimo As na ordem ordem de de 60,51% 60,51% em em relação relação aa 2013, 2013, oo que que denota denota um um acréscimo acréscimo no no na TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ comprometimento orçamentário do exercício no montante de R$284,5 milhões. comprometimento orçamentário do exercício no montante de R$284,5 milhões. Com exceção exceção de de Amortização Amortização da da Dívida, Dívida, que que teve teve redução redução (-59,89%), (-59,89%), com com Com Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA As despesas empenhadas em DEA no exercício de 2014 sofreram acréscimo na ordem de 60,51% em relação a 2013, o que denota um acréscimo no comprometimento orçamentário do exercício no montante de R$284,5 milhões. Com exceção de Amortização da Dívida, que teve redução (-59,89%), com relação ao exercício anterior, os demais grupos sofreram acréscimo, destacando-se Pessoal e Encargos Sociais, com a expressiva variação de 300,65%. 5.1.3.6. Despesas executadas segundo a destinação de recursos O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, 5ª edição, válido a partir de 2013, estabelece que a classificação orçamentária por fontes/destinações de recursos “tem como objetivo identificar as fontes de financiamento dos gastos públicos”. Por intermédio do orçamento público, associam-se as fontes de recursos às Naturezas de Receitas específicas e sua destinação às respectivas despesas. De acordo com o MCASP, tal procedimento atua como integrador entre receita e despesa: “Para a receita orçamentária, esse código tem a finalidade de indicar a destinação de recursos para a realização de determinadas despesas orçamentárias. Para a despesa orçamentária, identifica a origem dos recursos que estão sendo utilizados”. Portanto, utiliza-se o mesmo código para controle das destinações da receita orçamentária e para controle das fontes financiadoras da despesa orçamentária. Desta forma, este mecanismo contribui para o atendimento da LRF, art. 8º, parágrafo único e o art. 50, inciso I da mesma Lei. Nesse sentido, o MCASP estabelece a classificação das fontes/destinações: • Destinação Vinculada – é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma; • Destinação Ordinária – é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades. Considerando-se a classificação estipulada, constatou-se no Siafem que os ingressos dos recursos livres de destinação (recursos não vinculados) perfizeram R$11,2 bilhões no exercício de 2014 e as despesas realizadas por essa fonte totalizaram R$10,7 bilhões, resultando o superávit de R$465,8 milhões. 113 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ aplicação aplicação de de recursos, recursos, para para atender atender a a quaisquer quaisquer finalidades. finalidades. Considerando-se Considerando-se a a classificação classificação estipulada, estipulada, constatou-se constatou-se no no Siafem Siafem que que os os ingressos dos recursos livres de destinação (recursos não vinculados) perfizeram ingressos dos recursos livres de destinação (recursos não vinculados) perfizeram R$11,2 bilhões bilhões no no exercício exercício de R$11,2 de 2014 2014 e e as as despesas despesas realizadas realizadas por por essa essa fonte fonte totalizaram R$10,7 bilhões, resultando o superávit de R$465,8 milhões. O mesmo totalizaram R$10,7 bilhões, resultando o superávit de R$465,8 milhões. O mesmo se se O mesmo se verificou quanto ingressos de de recursos destinação vinculada, que apresentaram verificou quanto aosaos ingressos de recursoscom com destinação vinculada, que verificou quanto aos ingressos recursos com destinação vinculada, que apresentaram um superávit de milhões, contribuindo o R$1 um superávit de R$572,1 o superávit de R$1 para bilhão, conforme de demonstrado a apresentaram ummilhões, superávitcontribuindo de R$572,1 R$572,1para milhões, contribuindo para o superávit superávit de R$1 bilhão, conforme demonstrado a seguir: bilhão, conforme demonstrado a seguir: seguir: Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Tabela 5.19 - Despesas por Fonte X.X de Recursos Tabela -- Despesas Tabela X.X Despesas por por Fonte Fonte de de Recursos Recursos Execução Execução RECEITA RECEITA REALIZADA REALIZADA (excluídas (excluídas as as intra-orçamentárias intra-orçamentárias (I) (I) Poder Executivo Executivo -- Poder Em milhares (R$) Em (Em milhares (R$) R$ milhares) Recursos Não Não Recursos Vinculados Vinculados 11.252.876 11.252.876 Recursos Recursos Vinculados Vinculados 7.715.760 7.715.760 Total Total do do Orçamento Orçamento 18.968.636 18.968.636 11.252.714 11.252.714 162 162 7.702.279 7.702.279 13.481 13.481 18.954.993 18.954.993 13.643 13.643 -- Poder Poder Legislativo Legislativo Receitas intra-orçamentárias intra-orçamentárias (II) -- Receitas (II) 236 236 768.105 768.105 768.341 768.341 Total Total de de Receitas Receitas (III) (III) == (I) (I) ++ (II) (II) 11.253.112 11.253.112 8.483.865 8.483.865 19.736.977 19.736.977 DESPESA DESPESA REALIZADA REALIZADA (excl. (excl. intra-orçamentárias) intra-orçamentárias) (IV) (IV) Ministério Público Público -- Ministério 10.341.454 10.341.454 333.250 333.250 7.615.281 7.615.281 34.920 34.920 17.956.735 17.956.735 368.170 368.170 8.731.757 8.731.757 663.097 663.097 7.312.834 7.312.834 198.798 198.798 16.044.591 16.044.591 861.895 861.895 613.350 613.350 445.836 445.836 68.729 68.729 296.412 296.412 682.079 682.079 742.248 742.248 10.787.289 10.787.289 7.911.693 7.911.693 18.698.983 18.698.983 465.823 465.823 572.172 572.172 1.037.994 1.037.994 -- Poder Poder Executivo Executivo Poder Judiciário Judiciário -- Poder -- Poder Poder Legislativo Legislativo Despesas Intra-orçamentárias Intra-orçamentárias (V) -- Despesas (V) Total Total de de Despesas Despesas (VI)= (VI)= (IV) (IV) ++ (V) (V) Superávit Superávit (VII) (VII) == (III) (III) -- (VI) (VI) Fonte: SIAFEM 20142014 Fonte: SIAFEM Fonte: SIAFEM 2014 5.1.3.7. Transferências a instituições privadas sem fins lucrativos A destinação de recursos públicos para o setor privado sem fins lucrativos, encontra-se regulamentada pela Lei nº 4.320/1964, art. 16, e pela LRF, art. 26. As informações sobre as transferências de recursos obtidas no Siafem demonstram que no exercício de 2014 foram destinadas às Instituições Privadas sem Fins Lucrativos transferências nominais no montante de R$228,1 milhões, o que representa 1,42% das despesas executadas pelo Poder Executivo. A tabela a seguir identifica os órgãos do Poder Executivo Estadual que destinaram recursos a essas Instituições nos exercícios de 2012 a 2014. 114 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 5.1.3.7. TRANSFERÊNCIAS A INSTITUIÇÕES FINS RelatórioPRIVADAS de Análise das Contas de SEM Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA LUCRATIVOS Tabela X.X - Transferências a Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos 2012-2014 Tabela 5.20 - Transferências a Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos 2012-2014 (Em (EmR$ R$ milhares) milhares) Sigla Órgão 2012 VALOR 2013 % VALOR 2014 % VALOR % Variação % Variação % 2013/2012 2014/2013 ADEPARA 1.298 0,28 147 0,03 450 0,20 -88,64 204,98 ASIPAG 2.344 0,50 1.108 0,22 668 0,29 -52,74 -39,68 COHAB - 0,00 - 0,00 24 0,01 - - EMATER 23 0,00 - 0,00 - 0,00 -100,00 - FAPESPA 4.653 0,99 1.678 0,33 18 0,01 -63,94 -98,93 FASEPA 107 0,02 - 0,00 - 0,00 -100,00 - FASPM 230 0,05 271 0,05 - 0,00 17,98 -100,00 - 0,00 42 0,01 - 0,00 - -100,00 FCPTN 4.026 0,85 3.349 0,65 4.428 1,94 -16,81 32,20 FEAS 2.394 0,51 3.650 0,71 3.576 1,57 52,44 -2,03 FES 30.716 6,52 34.835 6,79 43.324 18,99 13,41 24,37 FCG GAB. DO GOVERNADOR - 0,00 - 0,00 5 0,00 - - IAP 549 0,12 699 0,14 362 0,16 27,33 -48,28 IDEFLOR 933 0,20 55 0,01 - 0,00 -94,14 -100,00 NGPR PARATUR SAGRI - 0,00 400 0,08 366 0,16 - -8,42 307 0,07 128 0,02 20 0,01 -58,31 -84,37 154,25 5.050 1,07 4.238 0,83 10.775 4,72 -16,09 SEAS - 0,00 - 0,00 757 0,33 - - SECTI 5.978 1,27 3.587 0,70 4.712 2,06 -40,01 31,37 SECULT 15.741 3,34 16.918 3,30 9.468 4,15 7,48 -44,03 SEDES 1.172 0,25 774 0,15 - 0,00 -33,92 -100,00 SEDUC 761 0,16 1.558 0,30 1.627 0,71 104,83 4,44 7.588 1,61 6.956 1,36 16.130 7,07 -8,32 131,88 - 0,00 377 0,07 - 0,00 - -100,00 SEICOM 2.762 0,59 4.314 0,84 2.999 1,31 56,19 -30,48 SEIDURB - 0,00 - 0,00 40 0,02 - - 3.940 0,84 3.436 0,67 2.096 0,92 -12,79 -39,02 SEMA 116 0,02 - 0,00 - 0,00 -100,00 - SEOP 3.506 0,74 1.840 0,36 1.263 0,55 -47,52 -31,39 SEPAQ 14 0,00 81 0,02 1.030 0,45 461,26 1165,91 SESPA 361.951 80,55 115.695 50,70 14,15 -72,00 SETER 5.657 1,20 1.589 0,31 1.339 0,59 -71,91 -15,76 SETUR 174 0,04 726 0,14 1.431 0,63 317,43 97,09 SUSIPE 9.433 2,00 7.011 1,37 5.286 2,32 -25,68 -24,60 - 0,00 - 0,00 305 0,13 - - 471.424 100,00 512.943 100,00 228.193 100,00 8,81 -55,51 SEEL SEGUP SEJUDH UEPA Total Geral 76,78 413.174 Fonte: 2013, 2012. Os valores 2013atualizados foram atualizados pelos respectivos do IPCA. Fonte:SIAFEM SIAFEM 2014, 2014, 2013, 2012. Os valores 2012 2012 e 2013eforam pelos respectivos deflatores dodeflatores IPCA. 115 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA As transferências realizadas em 2014 às instituições privadas sem fins lucrativos apresentaram um decréscimo de 55,51% em relação ao exercício de 2013, com um decréscimo de 46,70%, considerando o período (2012/2014). Os órgãos que distribuíram o maior volume de recursos, respondendo por 85,63% dos recursos no exercício 2014 foram: Sespa com R$115,6 milhões, representando 50,70% dos recursos envolvidos, Sespa/FES com R$43,3 milhões (18,99%), Seel com R$16,1 milhões(7,07%), Sagri com R$10,7 milhões (4,72%) e Secult com R$9,4 milhões (4,15%). Destacam-se as alterações, por relevância e materialidade das despesas, realizadas no exercício de 2014 em relação ao exercício de 2013, em termos percentuais com a redução das transferências realizadas pela Sespa (-72,00%), Secult (-44,03%) e Susipe (-24,60%) e o aumento nas transferências realizadas pela Sagri (154,25%), Seel (131,88%) e Sespa/FES (24,37%). Ressalta-se, também, o aumento de transferências realizadas pela Sepaq, que, mesmo considerando sua baixa materialidade (0,45% do total de transferências, no valor de R$1 milhão), representam um aumento de 1.165,91% em relação às transferências realizadas em 2013 pela mesma instituição. A tabela a seguir demonstra a evolução da dotação orçamentária (Inicial x Real) no que concerne às transferências às instituições sem fins lucrativos, no exercício 2014: Tabela 5.21Tabela - Transferências a Instituições Sem FinsaLucrativos - 2014 X.X - Transferências Instituições Sigla UG ADEPARA AGE Dotação Inicial (A) - Dotação Real (B) 450 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) Variação de Dotação (B-A) % Atualização de Dotação (B/A) 450 S/D.I. Despesa Realizada (C) % Executado em relação à Dotação Real (C/B) 450 100 - 5 5 S/D.I. 5 100 ASIPAG 300 668 368 123 668 100 COHAB - 27 27 S/D.I. 24 88 FAPESPA - 18 18 S/D.I. 18 100 320 340 20 6 - - FASPM FCG FCPTN FDE 70 - -70 -100 - - 200 4.442 4.242 2121 4.428 100 - - - 0 - - FEAS 4.203 3.576 -628 -15 3.576 100 FES 18.641 44.525 25.884 139 43.324 97 IAP - 362 362 S/D.I. 362 100 267 110 -157 -59 - - - 366 366 S/D.I. 366 100 IDEFLOR NGPR PARATUR 116 Sem Fins Lucrativos - 2014 32 20 -12 -38 20 100 1.802 11.089 9.287 515 10.775 97 SEAS 736 1.163 427 58 757 65 SECTI 1.410 4.712 3.302 234 4.712 100 SECULT 3.688 9.468 94 SEDUC 1.670 1.750 81 5 1.627 93 SEEL 8.930 18.681 9.751 109 16.130 86 SAGRI 10.032 6.345 DO ESTADO DO PARÁ 172 TRIBUNAL DE CONTAS FASPM 320 340 20 6 - 70 - -70 -100 - - 200 4.442 4.242 2121 4.428 100 - - - FCG FCPTN FDE FEAS - 0 Relatório de Análise das Contas de Governo do-Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA -15 3.576 100E DA DESPESA 4.203 3.576 -628 18.641 44.525 25.884 139 43.324 - 362 362 S/D.I. 362 Tabela X.X - Transferências a Instituições Sem Fins Lucrativos - 2014 FES IAP IDEFLOR NGPR Sigla UG PARATUR ADEPARA SAGRI 267 Dotação Inicial (A) 32 1.802- 110 Dotação Real 366 (B) 20 450 11.089 -157 Variação de 366 Dotação (B-A) -12 450 9.287 -59 % Atualização de S/D.I. Dotação (B/A) -38 S/D.I. 515 Despesa 366 Realizada (C) 20 450 10.775 AGE SEAS ASIPAG SECTI 736300 1.410 5 1.163 668 4.712 5 427 368 3.302 S/D.I. 58 123 234 5 757 668 4.712 COHAB SECULT FAPESPA SEDUC 3.6881.670- 27 10.032 18 1.750 27 6.345 18 81 24 9.468 18 1.627 FASPM SEEL FCG SEGUP 320 8.930 70 161 340 18.681 - 20 9.751 -70 -161 S/D.I. 172 S/D.I. 5 6 109 200 10 -- 4.442 2.999 40- 4.242 2.989 40- FEAS SEJUDH FES SEOP 4.203 3.619 18.641- 3.576 4.054 44.525 1.383 -628 435 25.884 1.383 IAP SEPAQ IDEFLOR SESPA 388267- 362 1.030 110 120.904 362 642 -157 120.904 NGPR SETER PARATUR SETUR 10032- 366 1.339 20 1.431 366 1.239 -12 1.431 1.802 5.403 736- 11.089 5.286 1.163 305 9.287 -117 427 305 SECTI 1.410 TOTAL 51.949 SECULT 3.688 Fonte:SIAFEM SIAFEM 2014 Fonte: 2014 SEDUC S/D.I. – Sem dotação inicial S/D.I.: Sem dotação inicial 1.670 SEEL 8.930 4.712 241.108 10.032 3.302 189.159 6.345 FCPTN SEICOM FDE SEIDURB SAGRI SUSIPE SEAS UEPA -100 2121 29.895 0 S/D.I. -15 12 139 S/D.I. S/D.I. 165 -59 S/D.I. S/D.I. 1239 -38 S/D.I. 515 -2 58 S/D.I. 234 364 172 16.1304.428 2.999 403.576 2.096 43.324 1.263 97 (Em R$100 milhares) - em % Executado relação à 100 Dotação Real (C/B) 100 100 97 100 65 100 100 88 94 100 93 86100 100 100100 52 362 1.030 115.695- 97 91 100 100 96- 366 1.339 20 1.431 100 100 100 10.775 5.286 757 305 97 100 65 100 4.712 228.193 9.468 100 95 94 1.750 81 5 1.627 93 18.681 9.751 109 16.130 86 SEGUP 161 - -161 -100 - - SEICOM 10 2.999 2.989 29.895 2.999 100 SEIDURB Observou-se 40 S/D.I. 40 de 2014 para 100 transfeque,- com relação 40 ao valor previsto na Lei Orçamentária Anual SEJUDH 4.054 435 12 2.096 52 rências a instituições3.619 sem fins lucrativos, correspondente a R$51,9 milhões, houve créditos adicionais na SEOP - 1.383 1.383 S/D.I. 1.263 91 SEPAQ 388 1.030 642 165 1.030 100 SETER 100 1.339 1.239 1239 1.339 100 ordem de R$189,1 milhões, representando um aumento de 364% em relação à dotação inicial, totalizando a Dotação Real de R$241,1 milhões autorizados para transferências SESPA 120.904 120.904 S/D.I. a instituições 115.695 sem fins lucrativos. 96 adicionais foram SETURDentre as unidades - gestoras cujos 1.431 créditos1.431 S/D.I.mais relevantes, 1.431 estão: Sespa 100 (R$120,9 SUSIPE 5.403 5.286 Seel (R$9,7 -117 milhões), Sagri -2 (R$9,2 milhões) 5.286 100(R$6,3 mimilhões), Sespa/FES (R$25,8 milhões), e Secult UEPA Observa-se que- estas são as305 305 S/D.I.que apresentaram 305 100 lhões). mesmas unidades gestoras maior relevância no TOTAL 51.949 241.108 critério de materialidade em relação ao total de189.159 transferências. Fonte: SIAFEM 2014 5.1.3.8. Utilização dos S/D.I. – Sem dotação inicial 364 228.193 95 recursos referentes à taxa mineral A Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários – TFRM foi instituída pela Lei Estadual nº 7.591, de 28 de dezembro de 2011, e regulamentada pelo Decreto nº 386/2012. Esta taxa é proveniente do exercício do poder de polícia do Estado sobre a atividade minerária, cujo objetivo é financiar as atividades de planejamento do uso e gestão, registro, controle e fiscalização dos TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 117 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA recursos minerais e das respectivas autorizações e concessões minerais, sem prejuízo da defesa do meio ambiente. Vale ressaltar que a TFRM instituída no Estado do Pará é alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADIN, sob nº 4.786 no Supremo Tribunal Federal - STF. De acordo com o estabelecido na Lei Estadual nº 7.591/2011, no caput do art. 3º, Incisos I, II e III, Parágrafo único, verifica-se que o exercício do poder de polícia é exercido pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração - Seicom, com o apoio operacional dos seguintes órgãos da Administração Estadual: Secretaria de Estado da Fazenda – Sefa, Secretaria de Estado de Meio Ambiente – Sema e Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação - Secti, observadas as suas respectivas competências legais, conforme demonstrado: Art. 3° O poder de polícia de que trata o art. 2° será exercido pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração - SEICOM para: I - planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, controlar e avaliar as ações setoriais relativas à utilização de recursos minerais e à gestão e ao desenvolvimento de sistemas de produção, transformação, expansão, distribuição e comércio de bens minerais; II - registrar, controlar e fiscalizar as autorizações, licenciamentos, permissões e concessões para pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos minerários; III - controlar, acompanhar e fiscalizar as atividades de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de recursos minerários. Parágrafo único. No exercício das atividades relacionadas no caput, a SEICOM contará com o apoio operacional dos seguintes órgãos da Administração Estadual, observadas as respectivas competências legais: I - Secretaria de Estado da Fazenda - SEFA; II - Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA; III - Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECTI. A análise da execução orçamentária dos recursos originados por meio da TFRM identificou Receita arrecadada no montante de R$363,5 milhões, assim demonstrada: Tabela 5.22 - Arrecadação de Receitas - TFRM Cód. Fonte Recursos Fonte de Recursos (Em R$ milhares) Previsto (LOA 2014) Previsão Atualizada 0101003245 GEP SEFA TAXA MINERAL 0,00 0,00 0103003245 GEP SEFA TAXA MINERAL. 0,00 0,00 TOTAL Receita Realizada Receita a Realizar* 363.501 0,00 0,00 61 0,00 0,00 363.563 0,00 Fonte: SIAFEM Fonte: SIAFEM2014 2014 118 Observa-se que a arrecadação da TFRM não fora prevista na Lei Orçamentária Observa-se que a arrecadação da TFRM não fora prevista na Lei Orçamentária Anual 2014, muito Anual 2014, muito embora tenham sido arrecadados recursos desta natureza naquele embora tenham sido arrecadados recursos desta natureza naquele exercício. exercício. Verificou-se a execução de Despesa no valor de R$275,6 milhões classificadas nos TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Códigos de Detalhamento da Fonte de Recursos nº 0101342 e 03001342, referentes à GEP SEFA TAXA MINERAL. Considerando a receita arrecadada de R$363,5 milhões e despesa TOTAL TOTAL Fonte: SIAFEM 2014 Fonte: SIAFEM 2014 0,00 0,00 0,00 0,00 Observa-se Observa-se que que a a arrecadação arrecadação da da TFRM TFRM não não Anual 2014, muito embora tenham sido arrecadados Anual 2014, muito embora tenham sido arrecadados exercício. exercício. 363.563 363.563 0,00 0,00 fora prevista na Lei Relatório de Análise das Governo do Estado do Pará fora prevista naContas Lei deOrçamentária Orçamentária EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA recursos desta natureza recursos desta natureza naquele naquele Verificou-se a de no valor R$275,6 milhões nos Verificou-se a execução execução de Despesa Despesa noR$275,6 valor de de milhões R$275,6classificadas milhões classificadas classificadas nos Verificou-se a execução de Despesa no valor de nos Códigos de DeCódigos de Detalhamento da Fonte de Recursos nº 0101342 e 03001342, referentes à GEP Códigos de Detalhamento da Fonte de Recursos nº 0101342 e 03001342, referentes à GEP talhamento da Fonte de Recursos nº 0101342 ereceita 03001342, referentes à GEP SEFA TAXA MINERAL. ConSEFA SEFA TAXA TAXA MINERAL. MINERAL. Considerando Considerando a a receita arrecadada arrecadada de de R$363,5 R$363,5 milhões milhões e e despesa despesa siderando a receita arrecadada de R$363,5 milhões esuperávit despesa realizada de R$275,6 milhões verificou-se realizada realizada de de R$275,6 R$275,6 milhões milhões verificou-se verificou-se um um superávit orçamentário orçamentário de de R$87,9 R$87,9 milhões milhões no no exercício de 2014. um superávit de R$87,9 milhões no exercício de 2014. exercícioorçamentário de 2014. A identificou ainda, os executores dos gastos, A análise análise identificou ainda, os órgãos órgãos executores dos respectivos respectivos gastos, conforme conforme A análise identificou ainda, os órgãos executores dos respectivos gastos, conforme demonstra a demonstra a seguir: demonstra a seguir: seguir: Tabela X.X Execução de Despesas com recursos da TFRM Tabela X.Xde--Despesas Execução Despesas Tabela 5.23 - Execução com de recursos da TFRMcom recursos da TFRM ÓRGÃOS EXECUTORES ÓRGÃOS EXECUTORES SEICOM SEICOM ENCARGOS SEFA ENCARGOS SEFA Subtotal (I) Subtotal (I) CPH - PARA CPH - PARA FES FES PM / PA PM / PA POLICIA CIVIL POLICIA CIVIL SECULT SECULT SEDUC SEDUC SEEL SEEL SEGUP SEGUP SEIDURB SEIDURB SEOP SEOP SESPA SESPA SETRAN SETRAN SUSIPE SUSIPE Subtotal (II) Subtotal (II) Total Geral (I) + (II) = (III) Total Geral (I) + (II) = (III) Fonte:SIAFEM SIAFEM 2014 Fonte: Fonte: SIAFEM2014 2014 Dotação Dotação Inicial Inicial - Dotação Real Dotação Real 8.626 8.626 3.336 3.336 11.962 11.962 1.400 1.400 2 2 7.107 7.107 519 519 876 876 48.146 48.146 6.393 6.393 4.757 4.757 12.031 12.031 160.360 160.360 6.111 6.111 149.638 149.638 1.033 1.033 398.374 398.374 410.336 410.336 Despesa Despesa Realizada Realizada 8.536 8.536 3.336 3.336 11.873 11.873 1.400 1.400 7.060 7.060 519 519 876 876 32.611 32.611 6.392 6.392 4.754 4.754 12.014 12.014 132.919 132.919 6.043 6.043 58.221 58.221 936 936 263.743 263.743 275.616 275.616 Em (Em milhares (R$) R$ milhares) Em milhares (R$) % Em relação % Em relação % (B/A) ao total % (B/A) ao total executado executado 98,96% 3,10% 98,96% 3,10% 100,00% 1,21% 100,00% 1,21% 99,25% 4,31% 99,25% 4,31% 100,00% 0,51% 100,00% 0,51% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 99,34% 2,56% 99,34% 2,56% 100,00% 0,19% 100,00% 0,19% 100,00% 0,32% 100,00% 0,32% 67,73% 11,83% 67,73% 11,83% 99,97% 2,32% 99,97% 2,32% 99,94% 1,73% 99,94% 1,73% 99,86% 4,36% 99,86% 4,36% 82,89% 48,23% 82,89% 48,23% 98,88% 2,19% 98,88% 2,19% 38,91% 21,12% 38,91% 21,12% 90,61% 0,34% 90,61% 0,34% 0,00% 95,69% 0,00% 95,69% 67,17% 100,00% 67,17% 100,00% O Órgão por exercer poder de polícia, trata o da O Órgão por exercer deo trata ode art.que 2° da referida lei,2° a Seicom, O responsável Órgão responsável responsável poro poder exercer opolícia, poderde deque polícia, de que trata o art. art. 2° da referida lei, a Seicom, executou despesas no montante de R$8,5 milhões, o equivalente a referida lei, a Seicom, executou despesas noomontante deaR$8,5 equivalente a executou despesas no montante de R$8,5 milhões, equivalente 3,10%;milhões, a Sefa –oEncargos, executou 3,10%; a Sefa – Encargos, executou despesas no montante de R$3,3 milhões, equivalente 3,10%; a Sefa – Encargos, executou despesas no montante de R$3,3 milhões, equivalente despesas no montante de R$3,3 milhões, equivalente em 1,21% do total da despesa executada com reem em 1,21% 1,21% do do total total da da despesa despesa executada executada com com recursos recursos da da TFRM TFRM no no exercício exercício de de 2014, 2014, cursos da TFRM no exercício de 2014, ficando o restante, 95,69% a cargo de outros órgãos. ficando o restante, 95,69% a cargo de outros órgãos. ficando o restante, 95,69% a cargo de outros órgãos. Foi que, no havia sido o uso 97,3% dos Foi observado no exercício o uso de2013, 97,3%já recursos advindos da Companhias Foi observado observado que, 2013 no exercício exercício 2013, jádos havia sido detectado detectado o TFRM uso de depela 97,3% dos recursos advindos da TFRM pela Companhias de Portos e Hidrovias do Estado do Pará -de Portos e Hidrovias Pará - CPH, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa recursos advindosdodaEstado TFRMdo pela Companhias de Portos e Hidrovias do Estado do Pará CPH, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social Segup e Secretaria de CPH, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social - Segup e Secretaria de Social - Segup e Secretaria de Estado de Transporte – Setran, ou seja, naquele exercício, foram utilizados os recursos da TFRM com outros órgãos que não os mencionados na norma legal. 119 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Em 2014, diversos outros órgãos utilizaram, em seus orçamentos, o produto de arrecadação da TFRM, quais sejam: Fundo Estadual de Saúde do Pará - FES, Polícia Militar do Estado do Pará, Polícia Civil do Estado do Pará, Secretaria de Estado de Cultura - Secult, Secretaria de Estado de Educação - Seduc, Secretaria de Estado de Esporte e Lazer - Seel, Secretaria de Estado de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano - Seidurb, Secretaria de Estado de Obras públicas - Seop, Secretaria de Estado de Saúde - Sespa, e Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará - Susipe, incluindo-se ainda os apontados anteriormente, CPH, Segup e Setran. Tais despesas totalizam R$263,7 milhões, correspondente a 95,69% das despesas com utilização dos recursos da arrecadados pela TFRM no ano de 2014. As taxas são tributos vinculados a uma contraprestação do poder público, conforme estabelecido pela Constituição Federal, art. 145, inciso II, c/c Código Tributário Nacional - CTN, art. 77. Conforme o CTN, art. 4º. Tal modalidade tributária não obriga, mas orienta ao legislador dos diversos entes federados a vinculação da destinação desses recursos, se, e somente se, a atividade estatal custeada tiver alguma relação com o fato gerador. Nota-se que se trata de permissão, apenas, mas a jurisprudência atual dos tribunais superiores pátrios indica a necessidade de haver razoável correspondência das receitas arrecadadas com a taxa e os custos relacionados ao exercício do poder de polícia. Assim, em princípio, os recursos obtidos com as taxas devem ser utilizados para compensar o ônus financeiro sofrido pelo Estado em razão do regular desempenho do poder de polícia sobre determinadas atividades privadas. Cabe ressaltar que o presente relatório não contempla atos de responsabilidade dos ordenadores dos Órgãos executores das despesas, com recursos da TFRM, já que constitui objeto de julgamento específico, por isso a análise da execução detalhada da aplicação desses recursos será efetuada por meio das auditorias programadas no Plano Anual de Fiscalização - PAF a ser realizada pelas Controladorias de Contas de Gestão – CCG da Secretaria de Controle Externo – Secex, deste TCE/PA. 5.2. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO O Orçamento de Investimento abrange os investimentos das empresas públicas e sociedades de economia mista em que o Estado, direta ou indiretamente, detém a maioria do capital social com direito a voto e que recebem recursos destinados exclusivamente para aumento de capital com reflexo na participação acionária, não estando incluídas as entidades cujas programações constam integralmente do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 120 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA A Lei Estadual nº 7.797/2012, publicada no Diário Oficial do Estado em 17-01-2014 – LOA 2014 fixou dotação consolidada para o Orçamento de Investimento no montante de R$273,8 milhões (duzentos 5.2 ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO e setenta e três milhões), provenientes da transferência de recursos do tesouro do Estado (recursos ordinários), da geração de recursos próprios e outras fontes, conforme demonstra-se a seguir: (em R$(Emmilhares) R$ milhares) ESPECIFICAÇÃO VALOR 1. Tesouro 253.778 2. Recursos Próprios 19.295 800 3. Outras Fontes TOTAL 273.873 Fonte: Orçamento de Investimento das Empresas/2014-SEPOF A dotação inicial consolidada na Lei Orçamentária Anual para o Orçamento de Investimento de 2014 com recursos do Tesouro foi no montante de R$253,7 milhões, apresentando redução de 21,41% em comparação ao saldo de R$322,8 (trezentos e vinte e dois milhões) programados no exercício de 2013. Na execução do Orçamento de Investimento verificou-se que o saldo da dotação real, após o acréscimo dos créditos suplementados e a dedução dos créditos cancelados, foi de R$197,1 milhões. A análise comparativa entre a programação e execução efetiva do Orçamento de Investimento, denota o saldo de R$164,3 milhões de despesas empenhadas para aplicação de investimentos no setor da indústria (energia) e saneamento. Comparando-se o saldo da despesa empenhada com o saldo de dotação real autorizada de R$197,1 milhões, constata-se que houve redução de 16,63% na execução do orçamento. A evolução da dotação constante da LOA 2014 - Orçamento de Investimento das Empresas e a destinação dos recursos pode ser evidenciada na tabela seguinte: Tabela 5.XX – Execução do Orçamento de Investimento das Empresas Tabela 5.24 – Execução do Orçamento de Investimento das Empresas EMPRESA COSANPA DOTAÇÃO CRÉDITO DOTAÇÃO DESPESA COMPOSIÇÃO% INICIAL SUPLEMENTADO REAL EMPENHADA A.V TESOURO (A) CANCELADO (B) (C)=A-B) (D) PROGRAMA SANEAMENTO É VIDA GÁS DO PARÁ ENERGIA NO PARÁ CAZBAR PARÁ COMPETITIVO BANPARÁ (em R$ milhares) (Em R$ milhares) 234.928 -37.892 197.035 164.233 99,91 500 -353 147 147 0,09 18.350 -18.350 _ _ _ MANUTENÇÃO DA GESTÃO _ _ _ _ _ PARÁ COMPETITIVO _ _ _ _ _ 253.778 -56.595 197.182 164.380 100,00 TOTAL Fonte: Orçamento de Investimento das Empresas/ Siafem 2014 Fonte: Orçamento de Investimento das Empresas/ Siafem 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ á não realizou despesa orçamentaria. 121 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA O montante de R$164,3 milhões de créditos empenhados no exercício de 2014 agrega investimentos para o programa “Saneamento é Vida”, com o saldo de R$164,2 milhões, representando 99,91% do total da despesa empenhada, e para o programa Energia no Pará, destinou-se o saldo de R$147 mil, representando 0,09% do saldo da despesa empenhada. Para a execução do programa “Saneamento é Vida” foram realizadas transferências de recursos à Cosanpa, no total de R$164,2 milhões, com objetivo de aumentar a participação do Estado no capital social da empresa, através de subscrição de ações. Os recursos foram deslocados por meio de Encargos Gerais da Sefa, originados das fontes: recursos ordinários; recursos provenientes de transferências-convênios e outros e operações de crédito internas. Para manutenção do programa Energia no Pará, destinou-se a transferência de recursos ordinários do tesouro estadual no montante de R$147 mil, à Companhia de Gás do Pará, objetivando a constituição do aumento de capital da empresa. Os créditos foram cedidos por meio de Encargos Gerais da Sefa. Houve ainda previsão no Orçamento de Investimento, de Recursos de Outras Fontes no valor de R$800 mil, para o programa “Energia no Pará” destinados à Companhia de Gás do Pará. Foram previstos recursos do tesouro estadual ao programa Pará Competitivo no montante de R$18,3 milhões, que deveriam ser destinados à Companhia Administradora de Zona de Processamento de Exportações de Barcarena - Cazbar, subsidiária da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará - CDI. A destinação do recurso seria para constituição de aumento de capital, entretanto, a dotação inicial foi cancelada, não sendo realizada transferência financeira à Cazbar, e consequentemente não houve execução orçamentaria. No Orçamento de Investimento das Empresas não foram previstos recursos do Tesouro estadual ao Banpará, havendo somente a programação de recursos próprios com o saldo de R$19,2 milhões. Desta forma, o Banpará não realizou despesa orçamentaria. 122 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 124 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis são as peças de evidenciação da gestão patrimonial e de recursos orçamentários, financeiros e econômicos de uma entidade. No setor público não é diferente, elas são ferramentas que garantem visibilidade a todos os registros e informações contábeis, com vistas ao atendimento das necessidades específicas dos diversos usuários e sobre o uso dos recursos públicos empregados no atendimento das necessidades sociais. Com a finalidade de promover a convergência às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público-NBCASP, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN desde 2008 publica portarias para que os entes federativos elaborem práticas de absorção do “novo” pensar contábil ao setor público brasileiro. Este Tribunal de Contas, cumprindo seu papel pedagógico de orientar os órgãos jurisdicionados ao bom procedimento contábil, publicou a resolução nº. 18.269/2012 para que, até ao final do exercício de 2014, o Estado do Pará pudesse por em prática as regras e procedimentos previstos no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP. Em 2013 a Portaria nº 634/STN manteve os prazos para adoção do novo Plano de Contas e das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público - DCASP até o final do ano de 2014, prevendo, ainda, a elaboração e divulgação das Instruções de Procedimentos Contábeis – IPC com o objetivo de fornecer uma noção prática em relação à implementação dos procedimentos contábeis. Por fim, no ano de 2014, a STN, visando dar continuidade no processo de convergência, editou e divulgou a Portaria nº 733 criando cria regras de transição para as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP as quais serão objeto de análise neste tópico. O Conselho Federal de Contabilidade - CFC, por meio da Resolução CFC nº 1.133/2008 alterada pela Resolução CFC nº 1.268/2009, do mesmo modo, considerando as diretrizes a serem observadas no setor público quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, aprova a norma Técnica denominada de NBCT 16.6. Deste modo, este tópico do Relatório se debruça na análise dos demonstrativos contábeis de acordo com a 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) válido para o exercício de 2013 e 2014, com as Resoluções CFC nº 1.133/2008 e nº 1.268/2009 e segundo ao que dispõe a Lei nº 4.320/1964. 125 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.1. BALANÇO ORÇAMENTÁRIO O Balanço Orçamentário é uma peça de evidenciação contábil a qual, segundo a Lei nº 4.320/1964, demonstra as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Conforme Resolução CFC nº 1.268/2009, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, o Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a execução, demonstrando o resultado orçamentário. Ou seja, a estrutura deste balanço evidencia a integração entre o planejamento e a execução orçamentária. A finalidade desta seção é apresentar a análise contábil do Balanço Orçamentário estadual do exercício de 2014. Para tanto, utilizou-se como parâmetro a Parte V da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, mais especificamente, quanto as Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público – DCASP que trata da padronização das demonstrações contábeis a serem apresentadas pelos entes na divulgação das contas anuais. Como metodologia, realizou-se o processo de identificação, compilação e especificações de dados apresentados no Balanço Orçamentário. Na sequência foram aplicadas as técnicas de análise das demonstrações financeiras com vistas a avaliar a gestão orçamentária, e por fim, a análise das informações obtidas dentro dos critérios propostos pelo MCASP e pela teoria contábil. Utilizou-se, como ferramentas de pesquisa e de elaboração dos quadros e tabelas apresentados neste capítulo, o sistema de planilha Excel, o Siafem e o Business Objects – BO. Os valores monetários dos exercícios anteriores a 2014, para efeito de comparação com o corrente exercício, foram atualizados monetariamente por meio Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A senda desta análise técnica está sustentada nas informações contidas na plataforma de dados do sistema SIAFEM e no Balanço Geral do Estado 2014 – BGE2014. Os comentários inseridos nesta seção são de natureza puramente técnica, desenvolvidos a partir de uma exposição de procedimentos fundamentados e emanados do conteúdo jurídico-contábil. Tratando-se da análise da arrecadação estadual, considerou-se como receita arrecadada o total das receitas do Estado, excluindo-se as deduções das receitas correntes para a formação do Fundeb e as operações intraorçamentárias, incluídos o saldo das movimentações de crédito referentes aos destaques e provisões recebidos e concedidos. Quando da análise da execução da receita, elaborada em consonância com as orientações contidas no MCASP, o qual orienta que se deve considerar a receita arrecadada confrontando com a previsão atu- 126 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ movimentações de crédito referentes aos destaques e provisões recebidos e concedidos. Quando Quando da da análise análise da da execução execução da da receita, receita, elaborada elaborada em em consonância consonância com com as as Quando da análise da execução da receita, elaborada em consonância com as orientações contidas no MCASP, o qual orienta que se deve considerar a receita arrecadada orientações contidas no MCASP, o qual orienta que se deve considerar a receita arrecadada Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará orientações contidas no MCASP,atualizada o qual orienta receita, que se deve considerar a receita arrecadada confrontando insuficiência de CONTÁBEIS confrontando com com aa previsão previsão atualizada da da receita, constatou-se constatou-se uma umaDEMONSTRAÇÕES insuficiência de confrontando com a previsão atualizada da receita, constatou-se uma insuficiência de arrecadação na ordem de R$1,1 bilhão, equivalente a um déficit de arrecadação de 5,46%, arrecadação na ordem de R$1,1 bilhão, equivalente a um déficit de arrecadação de 5,46%, arrecadação na ordem dequadro R$1,1 bilhão, equivalente a um déficit de arrecadação de 5,46%, conforme conforme evidenciado evidenciado no no quadro aa seguir: seguir: conforme evidenciado no quadro a seguir: de arrecadação na ordem de R$1,1 bilhão, equivalente alizada da receita, constatou-se uma insuficiência R$ milhares) a um déficit de arrecadação de 5,46%, conforme evidenciado no (Em quadro a seguir: (Em R$ milhares) VALOR VALOR VALOR 19.736.977 Receita Arrecadada 19.736.977 Receita Arrecadada 19.736.977 Arrecadada (Receita - ) Previsão Atualizada da Receita 20.876.519 ( - ) Previsão Atualizada da Receita 20.876.519 ( - ) Previsão de Atualizada da Receita 20.876.519 Insuficiência Arrecadação -1.139.542 Insuficiência de Arrecadação -1.139.542 Insuficiência de Arrecadação -1.139.542 (Em(Em R$ R$ milhares) % milhares) % % 94,54 94,54 94,54 100,00 100,00 100,00 -5,46 -5,46 -5,46 Na Na análise análise da da execução execução da da despesa despesa orçamentária, orçamentária, confrontou-se confrontou-se aa dotação dotação Nadaanálise dacom execução dadas despesa orçamentária, confrontou-se a dotação atualizada despesa os valores dotações comprometidas atualizada da despesa com os valores das dotações comprometidas por por empenhos. empenhos. Desse Desse atualizada da despesa com os valores das dotações comprometidas poratualizada empenhos. Desse confronto, observou-se uma economia orçamentária da ordem de R$2,1 bilhões, conforme Na análise da execução da despesa orçamentária, confrontou-se a dotação da despesa confronto, observou-se uma economia orçamentária da ordem de R$2,1 bilhões, conforme confronto, observou-se uma economia orçamentária da ordem de R$2,1 bilhões, conforme detalhado no quadro aa seguir: com os valores dotações comprometidas por empenhos. Desse confronto, observou-se uma econodetalhado no das quadro seguir: detalhado no quadro a seguir: mia orçamentária da ordem de R$2,1 bilhões, conforme detalhado no quadro a seguir: Dotação Atualizada Dotação Atualizada Atualizada (Dotação - ) Despesa Empenhada ( - ) Despesa Empenhada (Economia - ) Despesa Empenhada Orçamentária Economia Orçamentária Economia Orçamentária VALOR VALOR VALOR 20.876.519 20.876.519 20.876.519 18.698.983 18.698.983 18.698.983 2.177.536 2.177.536 2.177.536 (Em R$ milhares) (Em(Em R$R$ milhares) milhares) (Em R$ milhares) % % % 100,00 100,00 100,00 89,57 89,57 89,57 10,43 10,43 10,43 Ou Ou seja, seja, aa relação relação entre entre as as despesas despesas empenhadas empenhadas com com aa sua sua dotação dotação atualizada atualizada demonstrou que o Estado executou de despesa somente 89,57% do total dos créditos demonstrou quedeodespesa Estado executou de despesa somente 89,57% do dos créditosda o autorizados Estado executou somente 89,57% do total dos créditos autorizados emtotal Lei. O Quociente autorizados em em Lei. Lei. O O Quociente Quociente da da Execução Execução da da Despesa Despesa –– QED, QED, aa seguir, seguir, demonstra, demonstra, autorizados em Lei. O Quociente da Execução da Despesa – QED, a seguir, demonstra, Execução da Despesaoo– anteriormente QED, a seguir, demonstra, matematicamente, exposto. matematicamente, anteriormente exposto. matematicamente, o anteriormente exposto. matematicamente, o anteriormente exposto. Ou seja, aque relação entre asexecutou despesas empenhadas com a sua dotação atualizada que Ou seja, relação entre as despesas empenhadas com a sua demonstrou oa Estado de despesa somente 89,57% do dotação total demonstrou dosatualizada créditos Despesa Empenhada QED = Despesa Empenhada = = QED = Despesa Dotação Empenhada Atualizada QED = Dotação Atualizada = Dotação Atualizada 18.698.983 18.698.983 = 0,8957 18.698.983 = 0,8957 20.876.519 20.876.519 = 0,8957 20.876.519 Quanto à análise da execução da despesa por Poderes e Ministério Público elaborou-se o seguinte Quanto à análise da execução da despesa por Poderes e Ministério Público quadro: elaborou-se o seguinte quadro: (Em R$ milhares) Discriminação PODER EXECUTIVO % PODER LEGISLATIVO % PODER JUDICIÁRIO % MINISTÉRIO PÚBLICO % + Dotação Atualizada 18.722.686 100,00 744.427 100,00 991.535 100,00 417.871 100,00 ( - ) Despesa Empenhada 16.651.764 88,94 721.149 96,87 929.347 93,73 396.723 94,94 = Economia Orçamentária 2.070.922 11,06 23.278 3,13 62.188 6,27 21.148 5,06 Fonte: Siafem 2014 De acordo com o quadro acima, confrontando a dotação atualizada da despesa com a despesa empenhada fica evidenciado que todos os três Poderes e o Ministério Público apresentaram economia orçamentária no exercício, ou seja, o gasto real da despesa CONTAS DO ESTADO DO PARÁ foi menor do que o valor que TRIBUNAL estavaDEprevisto. Em termos percentuais destacam-se em ordem decrescente: 127 PODER EXECUTIVO Discriminação PODER LEGISLATIVO % 18.722.686 100,00 + Dotação Atualizada ( - ) Despesa Empenhada 16.651.764 88,94 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS = Economia Orçamentária 2.070.922 11,06 PODER JUDICIÁRIO % MINISTÉRIO PÚBLICO % % 744.427 100,00 991.535 100,00 417.871 100,00 721.149 96,87 929.347 93,73 396.723 94,94 23.278 3,13 62.188 6,27 21.148 5,06 Fonte: Siafem 2014 De acordo com o acima, quadro acima, confrontando a dotação atualizada despesa De acordo com o quadro confrontando a dotação atualizada da despesa comda a despesa com a despesa empenhada fica os evidenciado todos osPúblico três Poderes e o economia Ministério empenhada fica evidenciado que todos três Poderesque e o Ministério apresentaram Público apresentaram economia orçamentária no exercício, ou seja, o gasto real da despesa foi menor do que o valor que estava previsto. Em termos percentuais destacam-se em to. Em termos percentuais destacam-se em ordem decrescente: ordem decrescente: orçamentária no exercício, ou seja, o gasto real da despesa foi menor do que o valor que estava previs- Discriminação % PODER EXECUTIVO 11,06 PODER JUDICIARIO 6,27 MINISTÉRIO PÚBLICO 5,06 PODER LEGISLATIVO 3,13 Ademais, foi realizada a análise por meio do confronto entre receitas e despesas observando disposto naaLei 4.320/1964, incisosentre I e II, o qualeafirma que observando pertencem o Ademais,ofoi realizada análise por meioart. do 35, confronto receitas despesas ao exercício financeiro art. as35, receitas e pertencem as despesas nele legalmente disposto na Lei 4.320/1964, incisos Inele e II, oarrecadadas qual afirma que ao exercício financeiro as empenhadas. receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. Nos últimos três exercícios (2012 a 2014) o governo estadual Nos últimos três exercícios (2012 a 2014) o apresentou governo resultados estadual orçamentários apresentou resultados orçamentários ou seja,arrecadadas nesses exercícios as receitas superavitários, ou seja, nessessuperavitários, exercícios as receitas foram maiores que asarrecadadas despesas em- foram maiores que asdedespesas empenhadas. No exercício 2014, objeto defoiestudo penhadas. No exercício 2014, objeto de estudo deste relatório, ode resultado positivo acima deste de R$1 relatório, o resultado bilhão, conforme tabela apositivo seguir: foi acima de R$1 bilhão, conforme tabela a seguir: Tabela xxxx – Resultados Orçamentários Consolidados 2012-2014 Tabela 6.1 – Resultados Orçamentários Consolidados 2012-2014 2012 2013 (Em (EmR$ R$ milhares) milhares) 2014 Discriminação Valor % Valor % Valor % 18.460.545 106,76 18.895.652 104,19 19.736.977 105,55 + Receita Arrecadada ( - ) Despesa Empenhada 17.291.229 100,00 18.136.472 100,00 18.698.983 100,00 = Resultado Orçamentário 1.169.316 6,76 759.179 4,19 1.037.994 5,55 Fonte: 2012-2014 Fonte:Siafem Siafem 2012-2014 Com base nas informações acima, ao se apurar o Quociente do Resultado Com base nas informações ao se Quociente do a Resultado Orçamentário – QRO doque Orçamentário – QRO do acima, exercício deapurar 2014,odiscriminado seguir, foi possível constatar exercício 2014, estaduais discriminado a seguir, foi possível que as receitas estaduais superaram em as de receitas superaram em 5,55%constatar as despesas executadas pelo governo. 5,55% as despesas executadas pelo governo. QRO = 128 Receita arrecadada Despesa empenhada = 19.736.977 18.698.983 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ = 1,0555 Em contínua análise, apresenta-se na tabela a seguir o resultado orçamentário consolidado do Estado por categoria econômica. Fonte: Siafem 2012-2014 Com base nas informações acima, ao se apurar o Quociente do Resultado Orçamentário do exercício de 2014,ao discriminado a seguir, foi possível constatar que Com base– QRO nas informações acima, se apurar Quociente do Resultado Relatório deo Análise das Contas de Governo do Estado do Pará as receitas superaram 5,55% as despesas executadas pelo governo. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Orçamentário – estaduais QRO do exercício de em 2014, discriminado a seguir, foi possível constatar que as receitas estaduais superaram em 5,55% as despesas executadas pelo governo. Receita arrecadada 19.736.977 = = 1,0555 Despesa empenhada 18.698.983 Receita arrecadada 19.736.977 = QRO = = 1,0555 Despesa empenhada 18.698.983 QRO = Em contínua análise, apresenta-se na tabela a seguir o resultado orçamentário consolidado do Estado por categoria econômica. Em contínua análise, apresenta-se na tabela ana seguir o resultado orçamentário consolidado do EsEm contínua análise, apresenta-se tabela a seguir o resultado orçamentário tado por categoria consolidado do econômica. Estado por categoria econômica. Tabela xxx - Resultado Orçamentário por Categoria Econômica – Consolidado Tabela 6.2 - Resultado Orçamentário por Categoria Econômica – Tabela xxx - Resultado Orçamentário por Categoria Econômica – Consolidado Consolidado (EmR$ R$milhares) milhares) (Em ESPECIFICAÇÃO Receitas ESPECIFICAÇÃO Correntes VALOR VALOR (Em R$ milhares) 19.030.435 VALOR VALOR (-)Correntes Despesas Correntes Receitas 16.688.797 19.030.435 Superávit do Orçamento Corrente (-) Despesas Correntes 16.688.797 Receitas de CapitalCorrente Superávit do Orçamento (-)de Despesas Receitas Capital de Capital DéficitdedoCapital Orçamento de Capital (-) Despesas 706.543 2.341.638 2.010.186 706.543 -1.303.643 2.010.186 ORÇAMENTÁRIA Déficit =doRESULTADO OrçamentoDA de EXECUÇÃO Capital Fonte: Siafem Fonte: Siafem 20142014 ORÇAMENTÁRIA = RESULTADO DA EXECUÇÃO 2.341.638 1.037.995 -1.303.643 1.037.995 Fonte: Siafem 2014 A metodologia utilizada para evidenciar os valores acima foram as seguintes: Receitas correntes: Equivale ao valor das receitas correntes somadas ao valor da receita corrente intraorçamentária subtraída das deduções de receita. Despesas correntes: Equivale ao valor das despesas correntes somadas as despesas correntes intraorçamentária. Quanto aos valores de receita e despesa de capital são os seus valores integrais encontrados no BGE2014. Os valores da tabela anterior possibilitam inferir que, tratando-se do orçamento corrente, houve um superávit da ordem de R$2,3 bilhões. Quanto ao orçamento de capital, devido ao montante da despesa ter sido maior que o da receita, constatou-se um déficit de capital no valor de R$1,3 bilhão. Dessa forma, nota-se que o resultado orçamentário positivo total de R$1,03 bilhão é proveniente do esforço orçamentário corrente, indicando uma capitalização de recursos, ou seja, a utilização de recursos correntes na formação ou aquisição de bens de capital. 129 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Quanto à análise dos índices, foram utilizados, com objeto desta apreciação, os sugeridos pela MCASP, ou seja: O Índice de Receita Própria - IRP e o Índice de Autossuficiência da Receita Própria IARP. O IRP indica a capacidade de arrecadação do Estado, independente das transferências recebidas a qualquer título e das operações de crédito realizadas. E o IARP demonstra o quanto das despesas orçamentárias do Estado foram custeadas por recursos próprios. Índice de Receita Própria - IRP Procedendo-se aos levantamentos destes índices temos: Índice de Receita - IRP Orçamentária + Op. de Créd.) Índice deReceita Receita PrópriaPrópria - IRP– (Transf. IRP = Índice de Receita Própria IRP Receita Orçamentária IRP = IRP = Receita Orçamentária – (Transf. + Op. de Créd.) Receita Orçamentária – (Transf. + Op. de Créd.) Receita Orçamentária Receita Orçamentária x 100 = x 100 = x 100 = 11.528.080 19.736.977 11.528.080 11.528.080 19.736.977 19.736.977 x 100 = 58,41 x 100 = 58,41 x 100 = 58,41 Índice de Autossuficiência da Receita Própria - IARP Índice de Autossuficiência da Receita Própria - IARP Receita Orçamentária – (Transf. Op. de Créd.) 11.528.079 Índice de Autossuficiência da +Receita Própria - IARP IARP = x 100 = Despesa Orçamentária 18.698.983 Índice de Autossuficiência da Receita Própria - IARP IARP = IARP = Receita Orçamentária – (Transf. + Op. de Créd.) Despesa Orçamentária Receita Orçamentária – (Transf. + Op. de Créd.) x 100 = x 100 = 11.528.079 18.698.983 11.528.079 x 100 = 61,65 x 100 = 61,65 x 100 = 61,65 Despesa Orçamentária 18.698.983 Quanto ao IRP verificou-se que este atingiu o percentual de 58,41%, demonstrando que a arrecadação estadual por meio de recursos próprios foi superior às transferências Quanto aoverificou-se IRP que estecrédito. o percentual dedemonstrando 58,41%, demonstrando Quanto ao IRP que este atingiu oatingiu percentual 58,41%, que a arrecarecebidas somadas comverificou-se as operações de Já ode IARP evidenciou que os recursos Quanto ao IRP verificou-se que este atingiu o percentual de 58,41%, demonstrando que a arrecadação estadual por meio de recursos próprios foi superior às transferências próprios conseguem com 61,65% dofoitotal das despesas orçamentárias. dação estadual por meioarcar de recursos próprios superior às transferências recebidas somadas com as que a arrecadação estadual por meio de recursos próprios foievidenciou superior às transferências recebidas somadas com as operações de crédito. Já o IARP que os recursos operações de crédito. Já o IARP evidenciou que os recursos próprios conseguem arcar com 61,65% do recebidas somadas com as operações de crédito. Já o IARP evidenciou que os recursos próprios Em conseguem arcar com 61,65% do total das na despesas orçamentárias. complemento à análise, demonstra-se tabela a seguir o comportamento dos total das despesas orçamentárias. próprios conseguem arcar com 61,65% do total das despesas orçamentárias. índices IRP e IARP dos exercícios de 2012 a 2014. Em complemento à análise, demonstra-se tabelaoacomportamento seguir o comportamento dos e Em complemento à análise, demonstra-se na tabelana a seguir dos índices IRP Em complemento à análise, demonstra-se na tabela a seguir o comportamento dos índices IRP e IARP dos exercícios de 2012 a 2014. Tabela xxxx - IRP e IARP 2012-2014 IARP dos exercícios de 2012 a 2014. (Em %) índices IRP e IARP dos exercícios de 2012 a 2014. Tabela 6.3 - IRP 2013 e IARP 2014 2012-2014 2013 - 2012 2014 - 2013 Índices 2012 Tabela xxxx - IRP e IARP 2012-2014 (Em%)%) IRP 57,50 57,03 58,41e IARP 0,47 2012-2014 1,38 (Em Tabela xxxx - IRP 2013 - 2012 2014 -(Em 2013 1,97 2,23 %) 2013 2012 2014 2013 Siafem IRPFonte: 57,50 57,03 0,47 1,38 Índices 2012 2012-2014 2013 58,41 2014 Índices 61,39 2012 59,42 2013 61,65 2014 IARP IARP 61,39 57,03 59,42 58,41 61,65 IRP 57,50 Fonte: Siafem 2012-2014 Fonte: Siafem 2012-2014 IARP 61,39 59,42 61,65 a tabela acima, entre 130 1,97 0,47 os 1,97 anos 2,23 1,38 De acordo com de 2,23 2012 a 2013, o IRP e o IARP Fonte: Siafem 2012-2014 de 0,47 e 1,97 pontos percentuais, indicando apresentaram respectivamente um retrocesso De acordo com a tabela acima, entredoosEstado, anos de 2012 a 2013, o IRP e o IARP a diminuição da capacidade de arrecadação independente das transferências De acordo com a de tabela entredeos0,47 anos de 2012 a 2013, o IRP eindicando o IARP apresentaram respectivamente umacima, retrocesso e 1,97 pontos percentuais, recebidas e das operações crédito realizadas. TRIBUNAL DE CONTAS DO DO apresentaram respectivamente retrocesso de 0,47 ePARÁ 1,97 pontos percentuais, indicando a diminuição da capacidade deum arrecadação doESTADO Estado, independente das transferências a diminuição daoperações capacidade arrecadação do Estado, independente das transferências recebidas e das dede crédito realizadas. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS De acordo com a tabela acima, entre os anos de 2012 a 2013, o IRP e o IARP apresentaram respectivamente um retrocesso de 0,47 e 1,97 pontos percentuais, indicando a diminuição da capacidade de arrecadação do Estado, independente das transferências recebidas e das operações de crédito realizadas. Em relação aos anos de 2013 a 2014 o IRP apresentou um acréscimo de 1,38 pontos percentuais, evidenciando um aumento quanto à independência de necessidade de captação de recursos de terceiros, por meio de operações de crédito e de transferências. Por fim, em relação ao IARP, exercícios 2013 a 2014, também verificou-se um acréscimo correspondente a 2,23 pontos percentuais o que demonstrou que a despesa orçamentária executada com recursos de terceiros diminuiu no período em análise e que a maior parcela das despesas do Estado do Pará é custeada com recursos próprios sem necessitar de transferências ou operações de créditos. 6.2. BALANÇO FINANCEIRO Nesta seção é apresentada a análise contábil do Balanço Financeiro estadual do exercício de 2014. Para tanto, utilizou-se como parâmetro a Parte V - Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP que trata da padronização das demonstrações contábeis a serem apresentadas pelos entes na divulgação das contas anuais. De acordo com o Manual supracitado e a Resolução CFC n.º1.268/2009, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, o Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte. Como metodologia, realizou-se o processo de identificação, compilação e especificações de dados apresentados no Balanço Financeiro. Na sequência foi aplicada as técnicas de análise das demonstrações financeiras com vistas a avaliar a gestão financeira, posteriormente, foi feita a análise de informações obtidas dentro dos critérios propostos pelo MCASP e pela teoria contábil. Utilizou-se como ferramenta de pesquisa e base para elaboração dos quadros e tabelas apresentados neste capítulo: o sistema de planilha Excel, o Siafem e o Business Objects – BO. Os valores monetários dos exercícios anteriores a 2014, para efeito de comparação com o corrente exercício, foram atualizados monetariamente por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A senda desta análise técnica está sustentada nas informações contidas na plataforma de dados do 131 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS sistema SIAFEM e do BGE2014. Os comentários inseridos nesta seção são de natureza puramente técnica, desenvolvidos partir de uma exposição de procedimentos fundamentados e emanados do conteúdo De inicio,a é apresentado um apanhado geral do resultado dos exames realizados nas jurídico-contábil. receitas e despesas orçamentárias e nos ingressos e dispêndios extraorçamentários, bem como, a apuração dos coeficientes financeiros orçamentário e extraorçamentário, o fluxo de De inicio, é apresentado um apanhado geral do resultado dos exames realizados nas receitas e caixa, a variação das disponibilidades e a avaliação dos resultados financeiros nos três despesas orçamentárias e nos ingressos e dispêndios extraorçamentários, bem como, a apuração dos coúltimos exercícios. eficientes financeiros orçamentário e extraorçamentário, o fluxo de caixa, a variação das disponibilidades e a avaliação dos resultados financeiros nos três últimos exercícios. Neste sentido, a tabela abaixo, apresenta, de forma sintética, o Balanço Financeiro Neste sentido, a tabela2014, abaixo, apresenta, de forma sintética, BalançoSiafem. Financeiro do exercício em do exercício em análise, conforme dados extraídos do osistema análise, 2014, conforme dados extraídos do sistema Siafem. Tabela 7.XX – Balanço Financeiro - Consolidado Tabela 6.4 – Balanço Financeiro - Consolidado (EmR$ R$milhares) Milhares) (Em INGRESSOS ESPECIFICAÇÃO RECEITA ORÇAMENTÁRIA (I) Ordinária Vinculada DISPÊNDIOS Exercício Exercício 2014 2013 ESPECIFICAÇÃO TOTAL (V) = (I+II+III+IV) Fonte:Siafem Siafem 2012-2014 Fonte: 2014 Exercício 2014 2013 19.736.977 18.895.652 DESPESA ORÇAMENTÁRIA (VI) 18.698.983 18.136.472 Ordinária 14.615.897 11.765.490 Vinculada 7.649.134 6.933.493 (-) Ded. da receita orçamentária - 2.528.054 Transf. Finan. recebidas (II) 19.900.912 19.843.016 Transf. Finan. Concedidas (VII) Receb. extraorçamentários (III) 34.204.644 23.230.253 Pag. Extraorçam. (VIII) Saldo do exercício anterior (IV) Exercício 1.932.249 2.198.002 Saldo p/ o exer. seguinte (IX) 75.774.783 64.166.922 TOTAL (X) = (VI+VII+VIII+IX) 19.900.912 19.843.016 34.886.599 24.077.430 2.288.289 2.110.004 75.774.783 64.166.922 Utilizando-se das informações contidas no Balanço Financeiro acima foi possível analisar a movimentação financeira do Financeiro orçamentoacima do exercício 2014. As Utilizando-se das informações contidasoriunda no Balanço foi possível de analisar a movitransações referentes receitas edo despesas resultou num assuperávit mentação financeira oriundaas do orçamento exercício deorçamentária, 2014. As transações referentes receitas e financeiro de R$1,03 bilhão. despesas orçamentária, resultou num superávit financeiro de R$1,03 bilhão. Tratando-se das movimentações extraorçamentária, verificou-se verificou-se o montante dos Tratando-se das movimentações extraorçamentária, o ingressos montanteextraordos çamentário menores que osforam dispêndios da mesma natureza, o queda ocasionou déficit extraorçaingressosforam extraorçamentário menores que os dispêndios mesmaum natureza, o que mentário de R$681,9 milhões. Na conjugação dos orçamentários e extraorçamentários ocasionou um déficit extraorçamentário de saldos R$681,9 milhões. Na conjugação dosapurou-se saldos um resultado financeiro superavitário (positivo)apurou-se de aproximadamente R$356 milhões. orçamentários e extraorçamentários um resultado financeiro superavitário (positivo) de aproximadamente R$356 milhões. Quanto à apuração dos coeficientes financeiros orçamentários e extraorçamentários, os quais re- 132 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS lacionam a receita e despesa orçamentária e recebimentos e pagamentos extraorçamentário tem-se a Quanto à apuração dos coeficientes financeiros orçamentários e extraorçamentários, os quais relacionam a receita e despesa orçamentária e recebimentos e pagamentos Quanto à apuração dos coeficientes financeiros Coeficiente orçamentário - CFOorçamentários e extraorçamentários, extraorçamentário tem-se afinanceiro seguinte análise. os quais relacionam a receita e despesa orçamentária e recebimentos e pagamentos Coeficiente orçamentário - CFO, extraorçamentário tem-se financeiro a seguinte análise. seguinte análise. Coeficiente Financeiro Coeficiente financeiro orçamentário - CFO, - Orçamentário CFO = RECEITA ORÇAMENTÁRIA 19.736.977 = = Coeficiente Financeiro - Orçamentário DESPESA ORÇAMENTÁRIA 18.698.983 RECEITA ORÇAMENTÁRIA 19.736.977 = - CFE CFO = Coeficiente financeiro extraorçamentário = 1,0555 1,0555 Coeficiente DESPESA financeiro extraorçamentário - CFE, ORÇAMENTÁRIA 18.698.983 Coeficiente Financeiro Coeficiente financeiro extraorçamentário - CFE, - Extraorçamentário CFE = CFE = RECEBIMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS 34.204.644 = = Coeficiente Financeiro - Extraorçamentário 34.886.599 PAGAMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS RECEBIMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS = 34.204.644 = 0,9805 0,9805 34.886.599 Com base noPAGAMENTOS coeficiente EXTRAORÇAMENTÁRIOS financeiro das operações orçamentárias – CFO, constatouse que o Estado do Pará, ao alcançar coeficiente de aproximadamente 1,05, obteve Com basefinanceiros no coeficiente financeiro das operações orçamentárias – CFO, constatouingressos orçamentários suficientes para suprir os dispêndios financeiros de Com base no coeficiente financeiro das operações orçamentárias – CFO, constatou-se que o Estase que o Estado do Pará, ao alcançar coeficiente de aproximadamente 1,05, mesma natureza, resultando no superávit financeiro orçamentário anteriormenteobteve relatado. do do Pará, ao alcançar coeficiente de suficientes aproximadamente ingressos financeiros orçamentários ingressos financeiros orçamentários para 1,05, suprirobteve os dispêndios financeiros de suficientes para suprir os dispêndios financeiros de mesma natureza, resultando no superávit financeiro mesma natureza, resultando no superávit financeirodas orçamentário anteriormente relatado. – Quanto ao Coeficiente Financeiro Operações Extraorçamentárias CFE, orçamentário anteriormente relatado. verificou-se um coeficiente de aproximadamente 0,98, evidenciando que os ingressos Quanto Coeficiente Financeiro das Operações Extraorçamentárias – CFE, Quantoao ao das Operações Extraorçamentárias – CFE,com verificou-se um coefifinanceiros deCoeficiente natureza Financeiro extraorçamento foram insuficientes para arcar os dispêndios verificou-se um coeficiente de aproximadamente 0,98, evidenciando que os ingressos ciente de aproximadamente 0,98, evidenciando que os ingressos financeiros de natureza extraorçamento correspondentes. financeiros de natureza foram insuficientes para arcar com os dispêndios foram insuficientes paraextraorçamento arcar com os dispêndios correspondentes. correspondentes. Em se tratando do levantamento do Fluxo de Caixa Real (demonstrativo a seguir) Em se tratando do levantamento do Fluxo de Caixa Real (demonstrativo a seguir) com vista a evi- com vista a evidenciar as efetivas movimentações financeiras relacionadas com o resultado denciar movimentações financeiras relacionadas com o resultado financeiroa do exercício, foi Em as se efetivas tratando do levantamento do Fluxo de aCaixa Real (demonstrativo seguir) financeiro do exercício, foi desconsiderada análise das transferências financeiras a análise das transferências financeiras recebidasrelacionadas e concedidas,com ambas correspondentes comdesconsiderada vista a evidenciar as efetivas movimentações financeiras o resultado recebidas e concedidas, ambas correspondentes a R$19,9 bilhões e excluiu-se do montante a R$19,9do bilhões e excluiu-se do montante dos recebimentos orçamentários os valoresfinanceiras dos restos a pagar financeiro exercício, foi desconsiderada a análise das transferências dos recebimentos orçamentários os valores dos restos a pagar inscritos no exercício, na inscritos exercício, na ordemcorrespondentes de R$132,9 milhões. Nos recebimentos foram subtraírecebidas e no concedidas, a R$19,9 bilhões e extraorçamentários excluiu-se do montante ordem de R$132,9ambas milhões. Nos recebimentos extraorçamentários foram subtraídos os os valores de receita financeira e os restos a pagar, e nosinscritos pagamentos extraorçamentários foi dos dos recebimentos osdiferida valores dos a pagar na valores de orçamentários receita financeira diferida erestos os restos a pagar, no e exercício, nos pagamentos deduzida somente a receita financeira diferida, alcançando os valores a seguir: ordem de R$132,9 milhões. Nos recebimentos extraorçamentários foramalcançando subtraídososos extraorçamentários foi deduzida somente a receita financeira diferida, valores valores de receita financeira diferida e os restos a pagar, e nos pagamentos a seguir: extraorçamentários foi deduzida somente a receita financeira diferida, alcançando os valores a seguir: 133 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (Em R$ milhares) FLUXO DE CAIXA REAL RECEITA ORÇAMENTÁRIA (I) R$ milhares) 19.736.977 (Em (Em R$ milhares) (-) Dispêndios Orçamentários Pagos (fluxo caixa) REAL FLUXO DEdeCAIXA SUPERÁVIT FINANCEIRO DO ORÇAMENTO (1) RECEITA ORÇAMENTÁRIA (I) 18.566.049 DÉFICIT FINANCEIRO EXTRAORÇAMENTÁRIO RECEBIMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS (III) (2) RESULTADO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO(VIII) (1-2) PAGAMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS -814.888 11.413.158 356.040 12.228.046 1.170.928 19.736.977 11.413.158 18.566.049 12.228.046 1.170.928 RECEBIMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS (III) (-) Dispêndios Orçamentários Pagos (fluxo de caixa) PAGAMENTOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS (VIII) SUPERÁVIT FINANCEIRO DO ORÇAMENTO (1) Fonte: Siafem 2014 DÉFICIT FINANCEIRO EXTRAORÇAMENTÁRIO (2) -814.888 RESULTADO FINANCEIRO DO EXERCÍCIO (1-2) 356.040 DianteFonte: dasSiafem informações do Fluxo de Caixa Real apresentadas se ratificou que os 2014 ingressos orçamentários recebidos pelo Estado superaram os dispêndios orçamentários Diante das informações do Fluxo de Caixa Real apresentadas se ratificou que os ingressos orçaDiante pagos, das informações do Fluxo de Caixa Real apresentadas se ratificou que os efetivamente no montante de R$1,17 bilhão. Em contrapartida, os ingressos mentários recebidos pelo Estado superaram os dispêndios orçamentários efetivamente pagos, no montaningressos orçamentários recebidos pelo Estado superaram os dispêndios orçamentários extraorçamentários não foram suficientes para cobrir os dispêndios extraorçamentários, te de R$1,17 bilhão. Em contrapartida, os ingressos extraorçamentários não foram suficientes para cobrir efetivamente pagos, no montante de R$1,17 bilhão. Em contrapartida,R$815 os ingressos tendo como consequência, um resultado deficitário de aproximadamente milhões. os dispêndios extraorçamentários, tendo como consequência, um resultado deficitário de aproximadaextraorçamentários foram Real suficientes parafinanceiro cobrir osdo dispêndios extraorçamentários, Entretanto pelo Fluxonão de Caixa o resultado exercício também foi positivo, mente R$815 milhões. Entretanto pelo Fluxo de Caixa Real o resultado financeiro do exercício também foi tendo como consequência, resultado deficitário de aproximadamente R$815 milhões. no valor equivalente a R$356um milhões. positivo, no valor equivalente a R$356 milhões. Entretanto pelo Fluxo de Caixa Real o resultado financeiro do exercício também foi positivo, no valor equivalente a R$356 milhões. Tratando-se da análise da disponibilidade de recursos em caixa, o demonstrativo a seguir apreTratando-se da análise da disponibilidade de recursos em caixa, o demonstrativo a senta o resultado financeiro do exercício. O resultado superavitário (positivo) de R$356 (positivo) milhões elevou seguir apresenta o resultado financeiro do exercício. O resultado superavitário de Tratando-se da análise darecursos disponibilidade recursos em caixa, oum demonstrativo em 18,43% a disponibilidade inicial de em caixa,de desta forma,de verificou-se resultado final ado R$356 milhões elevou em 18,43% a disponibilidade inicial recursos em caixa, desta seguir apresenta resultado financeiro exercício. O resultado superavitário (positivo) de exercício no valor de oR$2,2 bilhões. forma, verificou-se um resultado final do do exercício no valor de R$2,2 bilhões. R$356 milhões elevou em 18,43% a disponibilidade inicial de recursos em caixa, desta forma, verificou-se um resultado final doDISPONIBILIDADE exercício no valor de R$2,2 bilhões. R$ milhares %A.V Disponibilidade InicialDISPONIBILIDADE 1.932.249 100,00 (+) Superávit Financeiro do Exercício R$ milhares 356.040 = Disponibilidade Final Disponibilidade Inicial 18,43 %A.V 2.288.289 1.932.249 118,43 100,00 (+) Superávit Financeiro do Exercício 356.040 18,43 Por fim, quanto à= Disponibilidade evolução doFinal resultado financeiro Estado no último triênio, a 2.288.289do118,43 tabela a abaixo apresenta uma série histórica e horizontal desta evolução. apresenta uma série histórica e horizontal desta evolução. Por fim, quanto à evolução do resultado financeiro do Estado no último triênio, a xxxx – Evolução do- Consolidado Resultado2012-2014 Financeiro - Consolidado 2012-2014 Tabela 6.5Tabela – Evolução do Resultado tabela a abaixo apresenta uma Financeiro série histórica e horizontal desta evolução. Por fim, quanto à evolução do resultado financeiro do Estado no último triênio, a tabela a abaixo RESULTADO FINANCEIRO Consolidado (Emmilhares) R$ milhares) (Em R$ 2014/2012 2014/2013 2012 2013 2014 VALOR VALOR VALOR % A.H % A.H 569.729 -87.997 356.040 -37,51 504,60 Siafem 2012-2014 Siafem 2012-2014 134 De acordo com a série histórica acima, nos últimos três exercícios financeiros, verificou-se que o resultado consolidado do Estado no exercício de 2012 foi positivo na TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ ordem de R$570 milhões. Já em 2013 ocorreu um déficit equivalente a R$87,9 milhões. Ao se comparar os resultados financeiros do exercício de 2014 com o de 2012, constata-se Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS De acordo com a série histórica acima, nos últimos três exercícios financeiros, verificou-se que o resultado consolidado do Estado no exercício de 2012 foi positivo na ordem de R$570 milhões. Já em 2013 ocorreu um déficit equivalente a R$87,9 milhões. Ao se comparar os resultados financeiros do exercício de 2014 com o de 2012, constata-se uma variação negativa equivalente a -37,51%. Já na comparação do exercício de 2014 com 2013, notou-se a ocorrência de uma elevada variação positiva equivalente a 504,6%, devido ao resultado financeiro de 2013 ter sido deficitário. 6.3. BALANÇO PATRIMONIAL A Resolução CFC nº 1.255/2009, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, define Balanço Patrimonial como sendo a demonstração contábil que apresenta a posição patrimonial e financeira da entidade de forma a relacionar seus ativos, passivos e patrimônio líquido em uma determinada data. O Balanço Patrimonial é estruturado em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, o qual evidencia qualitativa e quantitativamente a situação patrimonial da entidade pública. Complementando esse entendimento, o Conselho Federal de Contabilidade, por meio da Resolução CFC nº 1.437/2013 norteia que: (a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; (b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; (c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos; (d) Contas de Compensação – compreende os atos que possam vir a afetar o patrimônio. A Lei nº 4.320/1964, em seu art. 105, reza que o Balanço Patrimonial demonstrará: o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação. Segundo a Parte V da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, estes itens são conceituados da seguinte forma: Ativo Financeiro compreende os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários; 135 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ativo Permanente compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa; Passivo Financeiro compreende as dívidas fundadas e outros compromissos exigíveis cujo pagamento independa de autorização orçamentária, como os restos a pagar, os serviços da dívida a pagar, os depósitos e os débitos de tesouraria (operações de crédito por antecipação de receita); Passivo Permanente compreende as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate. Nesta ótica a Lei nº 4.320/1964 confere viés orçamentário ao Balanço Patrimonial, já que separa o Ativo e Passivo em dois grandes grupos em função da dependência ou não de autorização orçamentária. Considerando as normas acima, a análise realizada no Balanço Patrimonial do Estado referente ao exercício 2014, conteve os seguintes objetivos: obter a representatividade percentual dos itens patrimoniais por meio da análise vertical; verificar a variação dos elementos patrimoniais através da análise horizontal; identificar a situação financeira do Estado, por meio da análise por índices da situação financeira. Como metodologia, realizou-se o processo de identificação, compilação e especificações de dados apresentados no Balanço Patrimonial. Na sequência foram aplicadas as técnicas de análise das demonstrações financeiras com vistas a avaliar a gestão econômico-financeira governamental, posteriormente, ocorreu a realização da análise de informações obtidas dentro dos critérios propostos pelo MCASP e pela teoria contábil. Como ferramentas de pesquisa e elaboração dos quadros e tabelas apresentados neste capítulo foram utilizados: o sistema de planilha Excel, o Siafem e o Business Objects – BO. Os valores monetários dos exercícios anteriores a 2014, para efeito de comparação com o corrente exercício, foram atualizados monetariamente por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os comentários inseridos nesta seção são de natureza puramente técnica, desenvolvidos a partir de uma exposição de procedimentos fundamentados e emanados do conteúdo jurídico-contábil. Iniciando-se a análise, a tabela abaixo demonstra, de forma sintética, o Balanço Patrimonial do Estado, exercício 2014, conforme dados extraídos do sistema Siafem. 136 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Tabela xxx – Balanço Tabela 6.6 – Balanço Patrimonial do Estado - 2014 Patrimonial do Estado - 2014 (EmR$ R$ Milhares milhares) Em ATIVO ESPECIFICAÇÃO Ativo circulante PASSIVO Exercício 2014 Exercício 2013 5.629.517 4.593.087 Caixa e equivalente de caixa 2.288.289 2.080.413 Créditos a curto prazo Demais Créd e valores a curto prazo Investimentos apl. Temp. Curto prazo Estoque VPD pagas antecipadamente 108.047 302.973 2.865.968 64.238 2 51.408 91.330 2.327.022 42.914 - 10.793.370 10.214.442 1.484.257 1.544.984 1.461.813 10.080 8.929.264 622.418 -8.278.042 178.093 22.445 1.710.432 135.456 1.409.528 1.723.490 Imobilizado 7.598.597 6.945.876 Bens móveis Bens imóveis Intangível 2.258.669 5.339.928 84 2.254.205 4.691.671 92 Ativo não-circulante Realizável a longo prazo Créditos a longo prazo Empréstimos e Finan. Concedidos Dívida ativa tributária Dívida ativa não tributária (-) Ajuste de Perd. de créd. a LP Demais créditos a longo prazo Estoques Investimentos Total Ativo financeiro Ativo permanente Saldo Patrimonial 16.422.886 5.251.393 11.171.494 14.807.529 4.542.766 10.264.763 Compensações Saldo dos atos Potenciais Ativos 8.617 Fonte: Siafem Fonte: Siafem 20142014 Para se obter a representatividade percentual ATIVO Exercício 2014 Exercício 2013 Passivo circulante Obrig. Trab. Prev. e Ass. a pagar Fornecedores Obrigações fiscais Provisões Demais obrigações 425.434 391.885 Passivo não-circulante Obrig. Trab. Prev. e Ass. a pagar Empréstimos e financiamento Obrigações fiscais Provisões Demais obrigações Total do Passivo ESPECIFICAÇÃO 44.757 - 114.768 8.051 13.712 244.145 266.346 125.539 6.516.370 5.882.812 330.464 - 3.406.934 3.263.411 6.532 2.702.432 70.008 6.941.803 170.906 2.217.996 230.499 6.274.697 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ESPECIFICAÇÃO Patrimônio social e capital social Reservas de capital Reservas de reavaliação Reservas de lucros Resultados acumulados Déficit ou superávit do exercício Total do PL Total Passivo financeiro Passivo permanente Saldo dos atos Potenciais Passivos Exercício 2014 Exercício 2013 7.778.003 6.038.386 35.975 38.980 8.625 321 15 1.667.089 2.446.519 9.481.083 16.422.886 377.079 6.564.724 9.481.083 8.532.831 14.807.528 339.336 5.935.361 8.532.832 6.448.745 R$ Milhares AV% Exercício AV%público, Exercício dos itens que compõem o patrimônio 2014 2014 2013 2013 o pro- pósito da análise vertical desenvolvida foi o de verificar a relação 34 percentual 4.593.087 entre as principais contas (e ATIVO CIRCULANTE 5.629.517 31 ATIVO NÃO-CIRCULANTE 10.793.370 subgrupo de contas) com seu respectivo grupo (Ativo ou Passivo 66 totais). do 10.214.442 TOTAL 16.422.886 100 14.807.529 PASSIVO CIRCULANTE 425.434 391.885 Nesse sentido, o quadro e os gráficos a seguir apresentam a2relação percentual PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.516.370 40 5.882.812 ativo e passivo os totais LÍQUIDO dos correspondentes grupos. TOTALcom DO PATRIMÔNIO 9.481.083 58 8.532.831 TOTAL DO PASSIVO E PL 16.422.886 100 14.807.528 69 100 entre3 os 40 58 100 subgrupos Fonte: Siafem 2013 e 2014 137 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ exercício Total do PL Total 16.422.886 Ativo financeiro 5.251.393 Ativo permanente 11.171.494 Relatório de Saldo Análise das Contas de Governo do Estado do Pará Patrimonial DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Compensações Saldo dos atos Potenciais Ativos 14.807.529 4.542.766 10.264.763 9.481.083 16.422.886 377.079 6.564.724 9.481.083 Total Passivo financeiro Passivo permanente Saldo dos atos Potenciais Passivos 8.617 Fonte: Siafem 2014 Análise verticalxxx... dos subgrupos do Ativo e do Passivo Quadro Análise vertical dos subgrupos 8.532.831 14.807.528 339.336 5.935.361 8.532.832 6.448.745 do Ativo e do Passivo (Em R$ milhares) ATIVO ATIVO ATIVO CIRCULANTE ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO-CIRCULANTE ATIVO NÃO-CIRCULANTE TOTAL TOTAL PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PL TOTAL DO PASSIVO E PL Fonte: Siafem2013 2013 e 2014 Fonte: Siafem Fonte: Siafem 2013ee2014 2014 Exercício Exercício 2014 2014 5.629.517 5.629.517 10.793.370 10.793.370 16.422.886 16.422.886 425.434 425.434 6.516.370 6.516.370 9.481.083 9.481.083 16.422.886 16.422.886 AV% AV% 2014 2014 34 34% 66 66% 100 100% 2 2% 40 40% 58 58% 100 100% Gráficos xxx Análise subgrupos Gráfico 6.1 - Análise vertical dos... subgrupos dovertical Ativo e do dos Passivo R$ Milhares R$ Milhares Exercício AV% Exercício AV% 2013 2013 2013 2013 4.593.087 31 4.593.087 31% 10.214.442 69 10.214.442 69% 14.807.529 100 14.807.529 100% 391.885 3 391.885 3% 5.882.812 40 5.882.812 40% 8.532.831 58 8.532.831 58% 14.807.528 100 14.807.528 100% do Ativo e do Passivo Siafem 2013 e 2014/ Business Objects 2013 e 2014 Fonte: Fonte: Siafem 2013 e 2014/ Business Objects 2013 e 2014 Visualizando-se no quadro e nos gráficos anteriores, em relação ao ativo do Estado do Pará em 2014, ficou evidenciado que 66% do seu valor encontram-se no “ativo não circulante”, por conseguinte o “ativo circulante” compreende 34% do ativo total. Quanto ao passivo de 2014, observou-se que o “patrimônio líquido” é o subgrupo que apresentou a maior representatividade do total das origens de recursos, em seguida o “passivo não circulante” compreendendo 40% e por fim o “passivo circulante” (dívidas de curto prazo) com apenas 2%, evidenciando que a maior parcela das origens de recursos são próprias e a outra é de obrigações a longo prazo, restando apenas 2% de compromissos no curto prazo. 138 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ainda quanto à análise vertical, tendo em vista verificar as contas de maior representatividade em relação aos seus subgrupos elaborou-se o quadro abaixo, no qual foi constatado que o imobilizado do Estado equivale a 70% de todo seu ativo não circulante no ano de 2014 e que os empréstimos a longo prazo equivalem a 52% do total do seu Passivo não circulante. (Em R$ milhares) ATIVO ATIVO CIRCULANTE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA INVESTIMENTOS APL. TEMP. CURTO PRAZO ATIVO NÃO-CIRCULANTE IMOBILIZADO TOTAL PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE FORNECEDORES DEMAIS OBRIGAÇÕES PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO PROVISÕES TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL Exercício 2014 5.629.517 2.288.289 2.865.968 10.793.370 7.598.597 16.422.886 Exercício 2014 425.434 114.768 244.145 6.516.370 3.406.934 2.702.432 6.941.803 Exercício 2014 7.778.003 DÉFICIT OU SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9.481.083 AV% 2014 100 41 51 100 70 AV% 2013 100 45 51 100 68 AV 2014 82 Exercício 2013 4.593.087 2.080.413 2.327.022 10.214.442 6.945.876 14.807.529 Exercício 2013 391.885 266.346 125.539 5.882.812 3.263.411 2.217.996 6.274.697 Exercício 2013 6.038.386 0 2.446.519 29 100 8.532.831 100 AV% 2014 100 27 57 100 52 41 AV% 2013 100 68 32 100 55 38 AV 2013 71 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Quadro xxx... Análise horizontal dos subgrupos do Ativo Quanto à verificação da variação dos elementos patrimoniais realizou-se a análise horizontal a qual é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma grupo de em diferentes exerATIVO 2014 conta ou 2013 Varcontas, (%) ATIVO CIRCULANTE 5.629.517 4.593.087 22,56 cícios financeiros. Assim, no caso em específico, o objetivo desta análise foi verificar a variação dos eleATIVO NÃO CIRCULANTE 10.793.370 10.214.442 5,67 mentos patrimoniais doTOTAL anoDO em estudo, 2014, em relação ao ano 2013, a fim de caracterizar tendências. ATIVO 16.422.886 14.807.529 10,91 Para melhor compreensão elaborou-se os seguintes gráficos e quadros, por grupo do Balanço Patrimonial. Fonte: Siafem 2013 e 2014 Quadro xxx... Análise horizontal dos subgrupos do Passivo PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2014 425.434 6.516.370 6.941.803 9.481.083 16.422.886 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Fonte: Siafem 2013 e 2014 2013 391.885 5.882.812 6.274.697 8.532.831 14.807.529 Var (%) 8,56 10,77 10,63 11,11 10,91 139 DÉFICIT OU SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 0% Exercício 9.481.083 ATIVO Relatório de Análise das ContasCIRCULANTE de Governo do Estado do Pará Fonte: Siafem 2013 e 2014 ATIVO DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA INVESTIMENTOS APL. TEMP. CURTO PRAZO ATIVO NÃO-CIRCULANTE IMOBILIZADO Gráfico 6.2 - Análise horizontal dos subgrupos do Ativo TOTAL 2014 5.629.517 2.288.289 2.865.968 10.793.370 7.598.597 16.422.886 Exercício 2014 425.434 114.768 244.145 6.516.370 3.406.934 2.702.432 6.941.803 Exercício 2014 7.778.003 2.446.519 AV% AV% 100%Exercício 8.532.831 2014 2013 2013 100 4.593.087 100 41 2.080.413 45 51 2.327.022 51 100 10.214.442 100 70 6.945.876 68 14.807.529 AV% Exercício AV% 2014 2013 2013 100 391.885 100 27 266.346 68 57 125.539 32 100 5.882.812 100 52 3.263.411 55 41 2.217.996 38 6.274.697 AV Exercício AV 2014 2013 2013 82 6.038.386 71 29% 100% Gráfico xxx ... Análise horizontal dos subgrupos do Ativo PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE FORNECEDORES DEMAIS OBRIGAÇÕES PASSIVO NÃO-CIRCULANTE EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO PROVISÕES TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO SOCIAL E CAPITAL SOCIAL DÉFICIT OU SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 9.481.083 0 2.446.519 29 100 8.532.831 100 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Análise horizontal dosAnálise subgruposhorizontal do Ativo Quadro xxx... ATIVO dos subgrupos do Ativo 2014 2013 Var (%) CIRCULANTE 5.629.517 4.593.087 nos 22,56 subgrupos do Ativo De acordo com o ATIVO quadro acima, a análise horizontal Quadro xxx... Análise dos subgrupos do Ativo ATIVO NÃO CIRCULANTE horizontal 10.793.370 10.214.442 5,67 emonstrou que o “ativo circulante” teve um aumento de 22,56% enquanto que o “ativo não TOTAL DO ATIVO 16.422.886 14.807.529 10,91 Fonte: Siafem 2013 e 2014ocasionando em um aumento de aproximadamente rculante” aumentou apenas 5,67%, ATIVO 2014 2013 Var (%) 1% do ativo total do estado no período analisado. ATIVO CIRCULANTE 5.629.517 4.593.087 22,56 ATIVO NÃO CIRCULANTE 10.793.370 10.214.442 5,67 De acordo com o quadro acima, a análise horizontal nos subgrupos do Ativo demonstrou que o “atiTOTAL DO ATIVO Fonte: Siafem 2013 e 2014 16.422.886 14.807.529 10,91 vo circulante” teve um aumento de 22,56% enquanto que o “ativo não circulante” aumentou apenas 5,67%, ocasionando em um aumento aproximadamente 11% do dos ativosubgrupos total do estado período analisado. Quadrode xxx... Análise horizontal dono Passivo m 2013 e 2014 Gráfico xxx ... Análise horizontal dos subgrupos do Passivo Gráfico 6.3 - Análise horizontal dos subgrupos do Passivo PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2014 425.434 6.516.370 6.941.803 9.481.083 16.422.886 2013 391.885 5.882.812 6.274.697 8.532.831 14.807.529 Var (%) 8,56 10,77 10,63 11,11 10,91 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 140 Quadro xxx... Análise horizontal dosDO subgrupos do Passivo TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO PARÁ PASSIVO 2014 2013 Var (%) ATIVO CIRCULANTE ATIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO ATIVO 5.629.517 10.793.370 16.422.886 4.593.087 10.214.442 14.807.529 22,56 5,67 10,91 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Fonte: Siafem 2013 e 2014 Quadro xxx... horizontal Análise horizontal dos Análise subgrupos do Passivo dos subgrupos do Passivo Quadro xxx... Análise horizontal dos subgrupos do Passivo PASSIVO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2014 2014 425.434 425.434 6.516.370 6.516.370 6.941.803 6.941.803 9.481.083 9.481.083 16.422.886 16.422.886 2013 2013 391.885 391.885 5.882.812 5.882.812 6.274.697 6.274.697 8.532.831 8.532.831 14.807.529 14.807.529 Var (%) Var (%) 8,56 8,56 10,77 10,77 10,63 10,63 11,11 11,11 10,91 10,91 Fonte:Siafem Siafem 2013 e 2014 Fonte: 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Tratando-se do grupo do Passivo, no presente quadro é possível observar uma evolução de todos os seus subgrupos em média de 10,26% do exercício de 2013 ao de 2014. Tratando-se do grupo do Passivo, no presente quadro é possível observar uma evolução de todos os seus subgrupos em média de 10,26% do exercício de 2013 ao de 2014. A análise por Índice é entendida como a relação que se faz entre contas ou grupos de contas das financeiras, comque a se finalidade fornecer informações quedeA análise pordemonstrações Índice é entendida como a relação faz entre de contas ou grupos de contas das não são identificadas prontamente considerando os aspectos qualitativos e quantitativos da monstrações financeiras, com a finalidade de fornecer informações que não são identificadas prontamente respectiva demonstração contábil. considerando os aspectos qualitativos e quantitativos da respectiva demonstração contábil. Nesta seção, os índices apresentados têm pôr fim identificar a situação financeira do Nesta seção, os índices apresentados têm pôr fim identificar a situação financeira do Estado, estão Estado, estão classificados como: índices de liquidez; solvência (grau de solvência); e classificados como: índices de liquidez; solvência (grau de solvência); e índices de estrutura de capitais. índices de estrutura de capitais. NaNa presente análise utilizou-se os índices: imediata, liquidez corrente, liquidezcorrente, seca, liquipresente análise utilizou-se osliquidez índices: liquidez imediata, liquidez dez geral, seca, índice liquidez de solvência, endividamento geral, composição do endividamento. Todos calculados liquidez geral, índice de solvência, endividamento geral, composição do endividamento. Todos calculados conforme apresentada na Parte V da 5ª conforme metodologia apresentada na Parte V da 5ª metodologia edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público que trata da padronização das demonstrações contábeis a serem apresentadas pelos entes na divulgação das contas divulgação anuais. das contas anuais. Público que trata da padronização das demonstrações contábeis a serem apresentadas pelos entes na OO quadro abaixo discrimina os quocientes calculados nos anos nos 2014anos e 2013 e a variação quadro abaixo discrimina os quocientes calculados 2014 e 2013 destes e a ocorridas interstício temporal estudo. temporal em estudo. variaçãono destes ocorridas noem interstício QUOCIENTES 2014 2013 Var (%) LIQUIDEZ IMEDIATA 5,38 5,31 1,32 LIQUIDEZ CORRENTE 13,23 11,72 12,90 LIQUIDEZ SECA 13,08 11,61 12,66 LIQUIDEZ GERAL 1,02 0,98 4,76 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA 2,37 2,36 0,25 ENDIVIDAMENTO GERAL 0,4227 0,4238 -0,25 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 0,0613 0,0625 -1,87 Fonte: Siafem 2013 e 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 141 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O índice de liquidez imediata relaciona as Disponibilidades do Ativo com o Passivo Circulante. Indica a capacidade financeira da entidade em honrar imediatamente seus compromissos de curto prazo contando apenas com os recursos disponíveis em caixa ou bancos. O índice de liquidez corrente é resultante da relação entre Ativo Circulante e Passivo Circulante. A liquidez corrente demonstra quanto a entidade poderá dispor em recursos a curto prazo (caixa, bancos, clientes, estoques, etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e financiamentos a curto prazo, contas a pagar, etc.). A liquidez seca: (Disponibilidades + Créditos a Curto Prazo) /Passivo Circulante demonstra quanto a entidade poderá dispor de recursos circulantes, sem levar em consideração seus itens não monetários como os estoques, almoxarifados e as despesas antecipadas, para fazer face às suas obrigações de curto prazo. A liquidez geral: (Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante), ou índice de solvência geral, é uma medida de capacidade da entidade em honrar todas as suas exigibilidades, contando, para isso, com os seus recursos realizáveis a curto e longo prazos. Para o exercício de 2014, constatou-se que o Estado apresentou elevados índices de liquidez, pelo fato do ativo circulante do Estado ter sido maior que as suas obrigações de curto prazo. Assim, nota-se a existência de uma folga financeira que possibilita ao Estado a liquidação de todas as suas dívidas. Quanto ao índice de solvência: (Ativo Circulante + Ativo Não-Circulante) / (Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante), no exercício de 2014, demonstrou que o investimento total (ativo) do Estado representou 237% do valor das suas dívidas (passivo exigível). Portanto o total dos ativos é suficiente para pagar os compromissos com um saldo de 137%. Do resultado acima significa dizer que para cada R$ 100 (cem reais) de dívidas o Estado possui R$ 237 (duzentos e trinta e sete reais) de investimentos (ativos). Ressalta-se que uma entidade é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações e ainda apresenta uma situação patrimonial que garanta sua sobrevivência no futuro. O índice endividamento geral: (Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante) / (Ativo Total) demonstra o grau de endividamento da entidade e reflete a sua estrutura de capital. No exercício de 2014, o passivo exigível do Estado representa 42,27% do ativo total. Quanto à composição do endividamento, Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Passivo Não-Circulante), que representa a parcela de curto prazo sobre a composição do endividamento total, o Estado 142 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS demonstrou que a concentração maior das suas dívidas encontra-se no longo prazo, visto que apenas 6,13% das dívidas estão no curto prazo. Para analisar o Balanço Patrimonial sobre a ótica da Lei nº 4.320/1964, a qual confere viés orçamentário a mencionada demonstração, executou-se uma análise horizontal e apurou-se o superávit financeiro e o índice da situação financeira, com base nos seguintes gráfico e quadro. Gráfico 6.4 - Análise horizontal dos itens patrimoniais sobre a ótica orçamentária Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Quadro xxx... Análise horizontal dos itens patrimoniais sobre a ótica Análise xxx... horizontal dos itenshorizontal patrimoniais sobre ótica orçamentária Quadro Análise dosaitens patrimoniais sobre a ótica orçamentária Em R$ Milhares orçamentária Item ATIVO FINANCEIRO ITEM ATIVOFINANCEIRO PERMANENTE ATIVO PASSIVO FINANCEIRO ATIVO PERMANENTE PASSIVO PERMANENTE PASSIVO FINANCEIRO SALDO PATRIMONIAL PASSIVO PERMANENTE Fonte: Siafem 2013 e 2014 SALDO PATRIMONIAL Fonte: Siafem Fonte: Siafem 20132013 e 2014e 2014 2014 5.251 2014 11.171 5.251 377 11.171 6.565 377 9.481 6.565 9.481 (EmMilhares R$ milhares) Em R$ 2013 Var. (%) 4.542 15,60 2013 Var. (%) 10.265 8,83 4.542 15,60 339 11,12 10.265 8,83 5.935 10,60 339 11,12 8.533 11,11 5.935 10,60 8.533 11,11 Conforme se observa no quadro acima, todos os itens expostos evoluíram do exercício 2013 para destacando-se Ativo Financeiro qual apresentou um aumento Conforme se2014, observa no quadroo acima, todos os oitens expostos evoluíram do de 15,60% superando a evolução do Passivo Financeiro em mais de 4%. exercício 2013 para 2014, destacando-se o Ativo Financeiro o qual apresentou um aumento Conforme se observa no quadro acima, todos os itens expostos evoluíram do exercício 2013 para de 15,60% superando a evolução do Passivo Financeiro em mais de 4%. 2014, destacando-se Ativo Financeiro o qual um aumento no de 15,60% superando a evolução O superávito financeiro apurado noapresentou Balanço Patrimonial exercício 2014, conforme doevidencia Passivo mais foi de apurado 4%. o quadro em abaixo, de R$4,87 O Financeiro superávit financeiro nomilhões. Balanço Patrimonial no exercício 2014, conforme evidencia o quadro abaixo, foi de R$4,87 milhões. O superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial noMilhares exercício 2014, conforme evidencia o Em R$ quadro abaixo, foi de R$4,87 milhões. Em R$ Milhares Item 2014 ATIVO FINANCEIRO 5.251 ITEM 2014 PASSIVO FINANCEIRO 377 SUPERÁVIT FINANCEIRO 4.874 ATIVOSiafem FINANCEIRO 5.251 Fonte: 2014 PASSIVO FINANCEIRO 377 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ FINANCEIROcom o Passivo 4.874 Financeiro, encontra-se o Relacionando-se o SUPERÁVIT Ativo Financeiro Quociente da Situação Financeira. Este demonstra a capacidade do Estado em honrar seus 143 de 15,60%2013 superando a evolução do Passivo Financeiro em mais de apresentou 4%. exercício para 2014, destacando-se o Ativo Financeiro o qual um aumento de 15,60% superando a evolução do Passivo Financeiro em mais de 4%. O superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial no exercício 2014, conforme Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará O oCONTÁBEIS superávit financeiro apurado Balanço Patrimonial no exercício 2014, conforme evidencia quadro abaixo, foi de R$4,87no milhões. DEMONSTRAÇÕES evidencia o quadro abaixo, foi de R$4,87 milhões. Em R$ Milhares Em(Em R$R$Milhares milhares) ITEM 2014 ITEM FINANCEIRO ATIVO 2014 5.251 ATIVO FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO 5.251 377 SUPERÁVIT FINANCEIRO PASSIVO FINANCEIRO Fonte: Siafem 2014 SUPERÁVIT FINANCEIRO Fonte: Siafem 2014 4.874 377 4.874 Relacionando-se o Ativo Financeiro com o Passivo Financeiro, encontra-se o Relacionando-se o Ativo Financeiro com demonstra o Passivo Financeiro, encontra-se o Quociente da Situação Quociente da Situação Financeira. a capacidade do Estado em honrar seuso Relacionando-se o Ativo Este Financeiro com o Passivo Financeiro, encontra-se Quociente dademonstra Situação demonstra a capacidade do por Estado honrar seus compromissos de curtoaFinanceira. prazo. PorEste conseguinte, este índice tem objetivo avaliar a Financeira. Este capacidade do Estado em honrar seus compromissos deem curto prazo. Por compromissos de curto prazo. Por conseguinte, este índice tem por objetivo avaliar a capacidade financeira da Administração para saldar seus compromissos de pagamentos conseguinte, este índice tem por objetivo avaliar a capacidade financeira da Administração para saldar com terceirosfinanceira no de curto prazo e demonstrar apara existência de ouaDéficit Financeiro. capacidade da Administração saldar seus compromissos de pagamentos seus compromissos pagamentos com terceiros no curto prazo eSuperávit demonstrar existência de Superávit com terceiros no curto prazo e demonstrar a existência de Superávit ou Déficit Financeiro. ou Déficit Financeiro. Quociente da Situação Financeira - QSF Quociente da Situação - QSF Quociente daFinanceira Situação Financeira - QSF QSF QSF = = Ativo Financeiro = 13,93 Passivo Ativo Financeiro = 13,93 Passivo Financeiro compromissos de de curto prazo. prazo. Por Por conseguinte, conseguinte, este este índice índice tem tem por por objetivo objetivo avaliar avaliar a compromissos Assim, comcurto base no quociente acima, identifica-se que para cada R$1,00 dea capacidade financeira financeira da da Administração Administração para para saldar saldar seus seus compromissos compromissos de de pagamentos capacidade Assim, com base no quociente acima, identifica-se que para cadapagamentos R$1,00 de com terceiros no curto prazo e demonstrar a existência de Superávit ou Déficit Financeiro. com terceiros no curto prazo e demonstrar a existência de Superávit ou Déficit Financeiro. Assim, com base no quociente acima, identifica-se que para cada R$1,00 de obrigações, o Estado Quociente da Situação Situação Financeira QSF possui R$13,93 de recursos no seu Ativo Financeiro. Quociente da Financeira -- QSF Por fim, com objetivo de identificar a situação financeira de cada Poder e do Ministério Público, por Ativo Financeiro QSF = Ativo Financeiro = 13,93 = 13,93 Passivoelaborou-se Financeiro meio da análise por índices da QSF situação financeira os =quadros a seguir. Passivo Financeiro Balanço Patrimonial Consolidado por Poder e Ministério Público 2014 ATIVO ATIVO Circulante Circulante Disponível Disponível Não Circulante Não Circulante Realizável aa Longo Longo Prazo Prazo Realizável Permanente* Permanente* TOTAL TOTAL PASSIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Circulante Não Patrimônio Liquido Patrimônio Liquido TOTAL TOTAL 144 EXECUTIVO EXECUTIVO 5.264.663 5.264.663 1.941.653 1.941.653 10.397.853 10.397.853 1.484.257 1.484.257 8.913.596 8.913.596 15.662.516 15.662.516 EXECUTIVO EXECUTIVO 387.001 387.001 6.516.369 6.516.369 8.759.146 8.759.146 15.662.516 15.662.516 LEGISLATIVO LEGISLATIVO 66.977 66.977 57.830 57.830 90.748 90.748 -90.748 90.748 157.726 157.726 LEGISLATIVO LEGISLATIVO 2.876 2.876 -154.850 154.850 157.726 157.726 JUDICIÁRIO JUDICIÁRIO 190.114 190.114 183.401 183.401 226.816 226.816 -226.816 226.816 416.930 416.930 JUDICIÁRIO JUDICIÁRIO 29.847 29.847 -387.083 387.083 416.930 416.930 MINISTÉRIO MINISTÉRIO PÚBLICO PÚBLICO 107.761 107.761 105.403 105.403 77.950 77.950 -77.950 77.950 185.712 185.712 MINISTÉRIO MINISTÉRIO PÚBLICO PÚBLICO 5.709 5.709 -180.002 180.002 185.712 185.712 Em R$ R$ Milhares (Em R$ milhares) Em Milhares CONSOLIDADO CONSOLIDADO 5.629.516 5.629.516 2.288.289 2.288.289 10.793.369 10.793.369 1.484.257 1.484.257 9.309.112 9.309.112 16.422.886 16.422.886 CONSOLIDADO CONSOLIDADO 425.433 425.433 6.516.369 6.516.369 9.481.083 9.481.083 16.422.886 16.422.886 Fonte: Siafem2014 2014 Fonte: Siafem Fonte: Siafem 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ COEFICIENTES COEFICIENTES EXECUTIVO EXECUTIVO LEGISLATIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO JUDICIÁRIO MINISTÉRIO MINISTÉRIO PÚBLICO PÚBLICO CONSOLIDADO CONSOLIDADO Circulante Disponível Não Circulante Realizável a Longo Prazo Permanente* TOTAL PASSIVO 5.264.663 1.941.653 10.397.853 1.484.257 8.913.596 15.662.516 EXECUTIVO 66.977 57.830 90.748 90.748 157.726 LEGISLATIVO 190.114 107.761 5.629.516 183.401 105.403 2.288.289 226.816 77.950 10.793.369 Relatório-de Análise das Contas do Estado do Pará - de Governo 1.484.257 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 226.816 77.950 9.309.112 416.930 185.712 16.422.886 MINISTÉRIO JUDICIÁRIO CONSOLIDADO PÚBLICO Conforme dados acima, pode-se inferir que, no exercício 2014, todos os Poderes e o Ministério Pú- Circulante 387.001 2.876 29.847 5.709 425.433 blico apresentaram elevados índices6.516.369 de liquidez, em virtude ter sido maior6.516.369 que as suas Não Circulante - do ativo circulante Patrimônio 387.083 180.002 9.481.083 obrigações de Liquido curto prazo. Quanto à8.759.146 composição do154.850 endividamento verificou-se que o Poder Legislativo, TOTAL 15.662.516 157.726 416.930 185.712 16.422.886 o Poder Judiciário e o Ministério Público não possuem dívidas de logo prazo, logo, concentram todas as Fonte: Siafem 2014no curto prazo. suas obrigações COEFICIENTES LIQUIDEZ IMEDIATA LIQUIDEZ CORRENTE EXECUTIVO LEGISLATIVO MINISTÉRIO PÚBLICO JUDICIÁRIO CONSOLIDADO 5,02 20,11 6,14 18,46 5,38 13,6 23,29 6,37 18,87 13,23 LIQUIDEZ SECA 13,45 23,09 6,31 18,62 13,08 LIQUIDEZ GERAL 0,98 23,29 6,37 18,87 1,02 ÍNDICE DE SOLVÊNCIA 2,27 54,84 13,97 32,53 2,37 ENDIVIDAMENTO GERAL 0,44 0,02 0,07 0,03 0,42 0,06 1 1 1 0,06 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO Fonte: Siafem 2014 Conforme dados acima, pode-se inferir que, no exercício 2014, todos os Poderes e o 6.3.1. Bens e Direitos Ministério Público apresentaram elevados índices de liquidez, em virtude do ativo circulante A seguir, ainda em analise ao Balanço Patrimonial do exercício de 2014 do Estado do Pará, são de- talhados os subgrupos do Ativo Não Circulante, em virtude da relevância de seus saldos finais em relação ao saldo total do ativo. 6.3.1.1. Bens móveis e imóveis Antes de serem apresentadas as análises elaboradas nos subgrupos do Ativo Não Circulante, especificamente no ativo imobilizado, faz-se necessário apresentar as seguintes considerações destacadas do Balanço Geral do Estado 2014 no que tange a matéria. O Balanço Geral do Estado – BGE 2014, volume I, fls. 32, item 5: Notas Explicativas gerais, subitem 2.1: Imobilizado, afirma que “os valores do Imobilizado foram registrados pelos valores nominais atribuídos por ocasião de suas respectivas aquisições ou pelo custo de produção ou de construção, conforme preceitua o artigo 106, II, da Lei nº 4.320/1964”. 145 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Quanto à elaboração e apresentação das Demonstrações Contábeis se destacou também do BGE 2014 a afirmação de que alguns procedimentos contábeis não foram concretizados no ano analisado a saber: “reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, imóveis e intangíveis; registro de fenômenos econômicos, resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como depreciação, amortização, exaustão. Ipsis litteris: 5.2.1. Informações Quanto a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis Com a implantação do novo PCASP, houve a necessidade de modificações, implementações e adequações no Sistema Integrado de Administração Financeira para os Estados e Municípios (SIAFEM), com a finalidade de atender aos novos procedimentos de registros contábeis e também à elaboração das Demonstrações Contábeis. Para 2015, os trabalhos serão direcionados aos Procedimentos Contábeis Patrimoniais que não foram concretizados em 2014, tais como: reconhecimento dos créditos de impostos e contribuições; reconhecimento, mensuração e evidenciação das obrigações e provisões por competência; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, imóveis e intangíveis; registro de fenômenos econômicos, resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como depreciação, amortização, exaustão; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos de infraestrutura; e implementação do sistema de custos. (BGE 2014, volume I, fls. 112) Na Na sequência o itemno5.2.12 BGE 2014, volume I, fls. 121, é constatado quadro contendo sequência itemdo 5.2.12 do BGE 2014, volume I, fls. 121,um é constatado um o quadro contendo o detalhamento do grupo de contas do Imobilizado, abaixo apresentado. detalhamento do grupo de contas do Imobilizado, abaixo apresentado. (Em R$ milhares) TÍTULOS 31/12/2014 BENS MOVEIS ARMAMENTOS BENS DE INFORMATICA BENS MOVEIS EM ANDAMENTO DEMAIS BENS MOVEIS MAQUINAS,APARELHOS,EQUIP.E FERRAMENTAS MATERIAIS CULTURAIS,EDUCACIONAIS E COMUNICACA MOVEIS E UTENSILIOS SEMOVENTES VEICULOS BENS IMOVEIS BENFEITORIAS EM PROPRIEDADE DE TERC. BENS DE USO ESPECIAL BENS IMOVEIS EM ANDAMENTO DEMAIS BENS IMOVEIS INSTALACOES (-)DEPRECICAO,EXAUSTAO/AMORTIZACAO ACUMULADAS (-)DEPREC.ACUM.-BENS IMOVEIS (-)DEPREC.ACUM.-BENS MOVEIS TOTAL 2.321.287 39.040 307.242 4.842 182.079 826.188 67.050 439.209 4.353 451.285 5.339.940 10.132 2.267.850 2.995.188 424 66.345 (62.630) (12) (62.618) 7.598.597 BGE 2014 146 A Resolução CFC nº 1.132/2008, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, elucida que são características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público, dentre outros: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ (c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A Resolução CFC nº 1.132/2008, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, elucida que são características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público, dentre outros: (c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. (d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. (e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. (f) Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador. Com base nas informações apresentadas nas Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis do BGE 2014 se verificou que algumas informações contidas no Balanço Patrimonial encontram-se carentes das características mencionadas acima, mesmo considerando todos os esforços da equipe da Contabilidade Geral do Estado à adequação do Estado do Pará as novas normas de contabilidade pública. Para tratar da representatividade percentual do subgrupo do imobilizado em relação ao ativo não Para tratar da representatividade percentual do subgrupo do imobilizado em relação circulante ao ativo total elaborou-se seguinte quadro: o seguinte quadro: ao ativoenão circulante e ao ativoototal elaborou-se Análise vertical dos subgrupos do Ativo Não Circulante Quadro xxx... Análise vertical dos subgrupos do Ativo Não Circulante (Em (EmR$ R$milhares) milhares) ATIVO ATIVO CIRCULANTE Exercício AV% 2014 2014 5.629.517 100% ATIVO NÃO-CIRCULANTE Exercício AV% 2013 2013 4.593.087 100% 10.793.370 100% 10.214.442 100% REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.484.257 14% 1.544.984 15% INVESTIMENTOS 1.710.432 16% 1.723.490 17% IMOBILIZADO 7.598.597 70% 6.945.876 68% 84 0% 92 0% 46% 14.807.529 47% INTANGÍVEL IMOBILIZADO EM RELAÇÃO AO TOTAL DO ATIVO 16.422.886 Fonte:Siafem Siafem 2013 Fonte: 2013e 2014. e 2014. Com base no quadro acima, em relação ao ano de 2014, verificou-se que o imobilizado representou 70% de todo ativo não circulante e 46% do ativo total. Para evidenciar a estrutura deste subgrupo por Poder e Ministério Público elaborou-se o quadro a seguir: Quadro xxx... Composição do Imobilizado por Poder e Ministério Público TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ (Em R$ milhares) 147 INTANGÍVEL 84 0% IMOBILIZADO EM RELAÇÃO AO TOTAL DO ATIVO 16.422.886 92 0% 46% 14.807.529 47% Fonte: Siafem 2013 e 2014. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Com base no quadro acima, em relação ao ano de 2014, verificou-se que o imobilizado representou 70% de todo ativo não circulante e 46% do ativo total. Para evidenciar a estrutura deste subgrupo por Poder e Ministério Público elaborou-se o quadro a Com base no quadro acima, em relação ao ano de 2014, verificou-se que o imobilizado representou seguir: 70% de todo ativo não circulante e 46% do ativo total. Para evidenciar a estrutura deste subgrupo por Po- Quadro Composição Imobilizado por Poder e Ministério Público der e Ministério Públicoxxx... elaborou-se o quadro do a seguir: (Em R$ milhares) Composição do Imobilizado por Poder e Ministério Público ATIVO EXECUTIVO R$ LEGISLATIVO (%) R$ (%) JUDICIÁRIO R$ (Em R$ milhares) MINISTÉRIO PÚBLICO (%) R$ (%) CONSOLIDADO R$ (%) Imobilizado 7.203.090 100 90.749 100 226.817 100 77.941 Bens Móveis 2.053.394 29 29.487 32 133.973 59 41.815 54 2.258.670 30 Bens Imóveis 5.149.696 71 61.261 68 41 36.126 46 5.339.930 70 7.203.090 100 90.749 100 226.817 100 77.941 TOTAL 92.844 100 7.598.600 100 100 7.598.600 100 Fonte: e Balanço GeralGeral do Estado - 2014 - 2014 Fonte:Siafem Siafem e Balanço do Estado De acordo com o quadro apresentado, os Poderes Executivo e Legislativo, em relação ao total do Imobilizado, concentram maiores recursos nos bens imóveis. Já o Poder De acordo com o quadro apresentado, os Poderes Executivo e Legislativo, em relação ao total do Judiciário e o Ministério Público apresentaram uma representatividade maior nos bens Imobilizado, móveis. concentram maiores recursos nos bens imóveis. Já o Poder Judiciário e o Ministério Público apresentaram uma representatividade maior nos bens móveis. Tratando-se da evolução do ativo não circulante constatou-se o que se segue. Tratando-se da evolução do ativo não circulante constatou-se o que se segue. Análise horizontalhorizontal dos subgruposdos do Ativo Não Circulante Quadro xxx... Análise subgrupos do Ativo Não Circulante (Emmilhares) R$ milhares) (Em R$ ATIVO ATIVO NÃO CIRCULANTE 2014 2013 Var (%) 12.077.090 10.214.442 18,24 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.484.257 1.544.984 -3,93 Investimentos 1.710.432 1.723.490 -0,76 7.598.59 6.945.876 9,40 Bens Móveis 2.258.669 2.254.205 0,20 Bens Imóveis 5.339.928 4.691.671 13,82 84 92 -8,70 16.422.886 14.807.529,00 10,91 Imobilizado Intangível TOTAL DO ATIVO Fonte: Siafem 2013 e 2014. Fonte: Siafem 2013 e 2014. Em relação ao exercício de 2013 verificou-se um aumento de 18,24% deste grupo para o exercício de 2014. Quanto ao Imobilizado constatou-se uma evolução de 9,4% sendo que Em em relação relaçãoaoaos bens imóveis ocorreu umumaumento e emgrupo relação bens exercício de 2013 verificou-se aumentode de 13,82% 18,24% deste paraaos o exercício móveis verificou-se um discreto aumento de 0,2%. de 2014. Quanto ao Imobilizado constatou-se uma evolução de 9,4% sendo que em relação aos bens imóveis ocorreu uméaumento de 13,82% e emde relação aos bens do móveis verificou-se um discreto Por fim, apresentado o índice imobilização patrimônio líquido – IPL ouaumento grau dede 0,2%. imobilização – GI (Ativo Permanente/Patrimônio Líquido) indica quanto do patrimônio líquido foi investido no ativo permanente (investimentos, imobilizado, intangível). 148 O Ativo Permanente do Estado correspondeu a R$9,3 bilhões; já o seu Patrimônio Líquido correspondeu a R$9,48 bilhões. Para evidenciar a apuração do IPL elaborou-se o quadro abaixo. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Quadro xxx... Cálculo do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (Em R$ milhares) Fonte: Siafem 2013 e 2014. Em relação ao exercício de 2013 verificou-se um aumento de 18,24% deste grupo Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará para o exercício de 2014. Quanto ao Imobilizado constatou-se uma evolução de 9,4% sendo DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS que em relação aos bens imóveis ocorreu um aumento de 13,82% e em relação aos bens móveis verificou-se um discreto aumento de 0,2%. Por fim, é apresentado o índice de imobilização do patrimônio líquido – IPL ou grau de imobiliza- Por fim, é apresentado o índice de imobilização do patrimônio líquido – IPL ou grau ção GI (Ativo Permanente/Patrimônio Líquido) indica quantoLíquido) do patrimônio foi investido no ativo de– imobilização – GI (Ativo Permanente/Patrimônio indicalíquido quanto do patrimônio líquido foi (investimentos, investido no ativo permanente (investimentos, imobilizado, intangível). permanente imobilizado, intangível). O Ativo Permanente do Estado correspondeu a R$9,3 bilhões; o seu Patrimônio corresO Ativo Permanente do Estado correspondeu a R$9,3já bilhões; já o seuLíquido Patrimônio Líquido correspondeu a R$9,48 bilhões. Para evidenciar a apuração do IPL elaborou-se o pondeu a R$9,48 bilhões. Para evidenciar a apuração do IPL elaborou-se o quadro abaixo. quadro abaixo. Cálculo do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido Quadro xxx... Cálculo do Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido (EmR$R$milhares) milhares) (Em ATIVO 2014 Investimentos 1.710.432 Imobilizado 7.598.597 Intangível 84 Ativo Pemanente 9.309.113 Total do Patrimônio Líquido - PL 9.481.083 Fonte: Siafem 2014. Fonte: Siafem 2014. Conforme quadro verificou-se queimobilizou o Estado 98% líquido, do seuou Conforme quadro anterioranterior verificou-se que o Estado 98% imobilizou do seu Patrimônio Patrimônio líquido, ou seja, para cada R$100 de Patrimônio Líquido o Estado investiu em seja, para cada R$100 (cem reais) de Patrimônio Líquido o Estado investiu em seu Ativo Permanente R$98 seu Ativo Permanente R$98 (noventa e oito reais). (noventa e oito reais). 6.3.1.2. Dívida ativa A Dívida Ativa Tributária é o crédito que o Estado possui, proveniente de obrigações legais relativas a tributos e respectivos adicionais, atualizações monetárias, encargos e multas tributárias. Enquanto que a Dívida Ativa Não Tributária corresponde aos demais créditos da Fazenda Pública. Para o exercício em análise o estoque final da dívida ativa totalizou R$9,55 bilhões. O quadro a seguir apresenta os itens que a compuseram, sendo que esta foi formada pela movimentação de valores referentes à inscrição, correção monetária, cancelamento/dispensas, juros, multas e recebimento de créditos ocorridos ao longo de 2014. 149 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Para o exercício em análise o estoque final da dívida ativa totalizou R$9,55 bilhões. O quadro a seguir apresenta os itens que a compuseram, sendo que esta foi formada pela movimentação de valores referentes à inscrição, correção monetária, Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS cancelamento/dispensas, juros, multas e recebimento de créditos ocorridos ao longo de 2014. (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) VALOR Saldo inicial em 2014 (-) Receita do exercício (recebimentos) (+) Inscrição do período (+) Correção Monetária e juros+multas (-) Cancelamento e Dispensas Saldo Final em 2014 Fonte: Siafem 2014 e BG 2014 A.V.% 7.279.225 76,21 137.294 1.030.529 1.808.521 429.298 9.551.682 1,44 10,79 18,93 4,49 100,00 Fonte: Siafem 2014 e BG 2014 Quando do confronto de valores entre o exercício analisado e o imediatamente anterior, que o entre Saldoo exercício Final do analisado exercício edeo imediatamente 2013 é o mesmo valorconsiderando Quando doconsiderando confronto de valores anterior, atesta-se aumento 31,22%, de houve do que oSaldo SaldoInicial Final de do 2014, exercício de 2013que é ohouve mesmo valor dode Saldo Inicialgerando de 2014,acréscimo atesta-se que 6.3.1.2 - DÍVIDA ATIVA R$2,27 bilhões no estoque final da aumento de 31,22%, gerando acréscimo de dívida. R$2,27 bilhões no estoque final da dívida. Desconsiderando o percentual referente ao saldo anterior equivalente a Desconsiderando o percentual referente ao saldo anterior equivalente a 76,21%, os componentes (Em R$do milhares) 76,21%, os componentes que mais influenciaram no aumento estoque em 2014 que mais influenciaram no aumento do estoque em 2014 foram os itens referentes a correção monetária VALOR A.V.% foram os de itens referentes a correção monetária com o percentual deos18,93% a com o percentual 18,93% e a inscrição no período com o percentual 10,79%, já demais e componenSaldo inicial em 2014 7.279.225 componentes 76,21 inscrição com o percentual 10,79%, já os demais ficaram tes ficaram abaixono de período 5%. (-) Receita do exercício (recebimentos) 137.294 1,44% abaixo de 5%.(+) Inscrição do período 1.030.529 10,79% A seguir, demonstra-se em valores atualizados,1.808.521 a série histórica (+) Correçãograficamente, Monetária e juros+multas 18,93% das seguintes contas: A seguir, demonstra-se graficamente, em valores atualizados, a série histórica (-) Cancelamento e Dispensas 429.298 4,49% Estoque da Dívida, Receita do Exercício e Inscrição de Créditos. 9.551.682 Saldo Final em 2014 100,00 das seguintes Fonte: contas: Estoque da Dívida, Receita do Exercício e Inscrição de Créditos. Siafem 2014 e BG 2014 Gráfico 6.5 - Evolução do Saldo da Dívida Ativa 2012 a 2014 (Em R$ milhões) Gráfico XXX- Evolução do Saldo da Dívida Ativa 2012 a milhões) 2014 (Em R$ (Em R$ milhões) Fonte:Balanço BalançoGeral Geral Estado 2012 a 2014. Fonte: dodo Estado 2012 a 2014. 150 ALTERAÇÕES DA DÍVIDA TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 2012 2013 2014 VALOR VALOR VALOR VARIAÇÃO 2013-2012 2014-2013 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Assim como nos anos anteriores, verificou-se que em 2014 foi mantida a disparidade entre os valores recebidos (R$137 milhões) e os valores inscritos no exercício (R$1,03 bilhão). Embora o Governo tenha apresentado no Balanço Geral do Estado 2014, volume I, fls. 116, as principais medidas adotadas para o combate à sonegação e evasão fiscal, esta situação ainda exige reforço das ações por parte do Governo, com o fim de minimizar a atual conjuntura, agregando maior garantia ao Estado. Observa-se que, ao longo do período 2012-2014, permaneceu a disparidade existente entre os valores do estoque da dívida e os valores recebidos a cada ano. Em 2014, houve queda no recebimento dos créditos de 141,61%, em relação ao exercício de 2013, demonstrando que a arrecadação foi insuficiente para baixar o estoque da dívida. Todavia, quanto às inscrições dos créditos, houve decrescimento em 2013 de 3,38% comparando com exercício de 2012, porém houve um decréscimo maior no exercício de 2014 de 36% em comparação a 2013. Diante dos números apresentados, e ao comparar a previsão inicial para arrecadação (R$65,7 milhões) com o efetivamente arrecadado no exercício (R$124,2 milhões), sem considerar os valores referentes a multas e juros, verifica-se um excesso de arrecadação na ordem de 88,94%. Verificou-se que, no ano 2014, em obediência ao que prevê a legislação específica, o Estado registrou, no Siafem, a provisão para perdas de créditos inscritos em dívida ativa. Entretanto, cabe destacar que do valor do estoque da dívida (R$9,5 bilhões) o Estado registrou, a titulo de provisão para perdas com dívida ativa, o valor de R$ R$8,2 bilhões, o que corresponde a uma provisão de 86,32% do valor total. Sobre o expressivo valor da provisão com perdas, a Nota Explicativa nº 5.2.5, contida no BGE 2014, Vol. I, fls. 116, informou que esta provisão foi calculada com base na metodologia prevista na Portaria STN nº 437/2012 – Procedimentos Contábeis Específicos do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, cuja a metodologia considera a média percentual dos recebimentos passados. Assim, este expressivo valor da provisão é consequência da insignificante cobrança em exercícios anteriores. Conclui-se, então, que o elevado valor apurado para perdas é consequência do baixo percentual referente ao recebimento de créditos ao longo dos exercícios passados, conforme já comentado em parágrafos anteriores. 151 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ baixo percentual referente ao recebimento de créditos ao longo dos exercícios passados, conforme já comentado em parágrafos anteriores. Ainda com base nos registros do Siafem e informações da Coordenadoria de Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Controle e Cobrança da Dívida Ativa da Diretoria de Arrecadação e Informação Fazendária junto à Sefa, inseridas no BGE 2014, o montante da dívida ativa Ainda com baseanos registros do sendo Siafemdistribuído e informações da Coordenadoria de Controle e Cobrança correspondeu R$9,5 bilhões, da seguinte forma: da Dívida Ativa da Diretoria de Arrecadação e Informação Fazendária junto à Sefa, inseridas no BGE 2014, o montante da dívida ativa correspondeu a R$9,5 bilhões, sendo distribuído da seguinte forma: Dívida Ativa Tributária: R$8,9 bilhões, representando 93,48%; e Dívida Ativa Não Tributária: • Dívida Ativa Tributária: R$622,4 milhões, representando 6,52%. R$8,9 bilhões, representando 93,48%; e • Dívida Ativa Não Tributária: R$622,4 da milhões, 6,52%. Considerando que o maior percentual dívidarepresentando ativa está concentrado na parcela Tributária, a composição mesma, como segue: Considerando que o detalhou-se maior percentual da dívida da ativa está concentrado na parcela Tributária, detalhou-se a composição da mesma, como segue: Tabela - Formação da Dívida Tributária - 2012-2014 Tabela 6.7 -xxxx Formação da Dívida Ativa TributáriaAtiva - 2012-2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) ALTERAÇÕES 2012 DA DÍVIDA (a) Saldo Anterior - 2.240.186 (b) Inscrição (c) Correção Monetária + Juros e Multas (h) (-) Cancelamento (i) (-)Reduç.Ord.Judicial TOTAL 2014 VARIAÇÃO (%) VALOR VALOR VALOR 2013-2012 2014-2013 2.752.896 3.606.376 6.743.104 31,00 86,98 Ajuste Exerc. Anteriores (g) (-) Receita 2013 - 100,00 0,00 1.587.058 1.482.827 1.007.923 -6,57 -32,03 17,94 3129,45 45.766 53.978 1.743.183 897.517 329.201 135.694 -63,32 -58,78 18.345 6.474 429.252 -64,71 6530,05 - 1.647 - 100,00 0,00 3.830.124 7.363.427 8.929.264 92,25 21,27 Fonte:Diretoria Diretoria de Arrecadação Fazendária - SEFA. Fonte: ArrecadaçãoeeInformação Informação Fazendária - SEFA. Com base na tabela acima, observa-se que, em 2013-2012, a dívida ativa tributária evidenciou um Com base na tabela acima, observa-se que, em 2013-2012, a dívida ativa aumento de 92,25% e, em 2014-2013, teve uma evolução percentual de 21,27%. Esse crescente aumento tributária evidenciou umeficiente aumento de 92,25% e, emda 2014-2013, uma evolução permademonstra que o Estado não foi e eficaz na cobrança dívida ativateve e, por conseguinte, decrescimento 21,27%. Esse crescente necendopercentual um elevado desses créditos. aumento demonstra que o Estado não foi eficiente e eficaz na cobrança da dívida ativa e, por conseguinte, permanecendo um Destaca-se também, que o item Correção Monetária + Juros e Multas apresentou uma elevada elevado crescimento desses créditos. variação percentual no exercício 2014-2013 em razão da Sefa ter inserido neste grupo o item “Juros e Multas”, o qual era apresentado a parte nos demonstrativos anteriores. 6.3.1.3. Participação Societária Os investimentos do Governo do Estado em Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Controladas são avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial (MEP) e do custo de aquisição e atualização no encerramento do exercício, cujo saldo total de participações societárias foi de R$1,7 bilhão, conforme se demonstra a seguir: 152 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Os Osinvestimentos investimentosdo doGoverno Governodo doEstado Estadoem emEmpresas EmpresasPúblicas PúblicaseeSociedades Sociedadesde de Os investimentos do Governo do Estado em Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Controladas são avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial (MEP) Economia Mista Controladas são avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial (MEP) Mista Controladas são avaliados pelo método da exercício, Equivalência Patrimonial (MEP) eeEconomia do cujo saldo total de Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado docusto custode deaquisição aquisiçãoeeatualização atualizaçãono noencerramento encerramentodo do exercício, cujo saldo total de do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS e do custo de aquisição e atualização no encerramento do exercício, cujo saldo total de participações societárias foi de R$ 1,7 bilhão, conforme se demonstra a seguir: participações societárias foi de R$ 1,7 bilhão, conforme se demonstra a seguir: participações societárias foi de R$ 1,7 bilhão, conforme se demonstra a seguir: (Em R$ milhares) (Em (Em R$ R$milhares) milhares) R$ milhares) Participações Societárias nas Empresas Controladas, avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial. (Em1.704.875 Participações Societárias nas Empresas Controladas, avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial. 1.704.875 Participações Societárias em nas outras Empresas avaliadas avaliadas pelo Método Custo. da Equivalência Patrimonial. 1.704.875 4.978 Participações Societárias Empresas Controladas, pelode Método Participações Societárias em outras Empresas avaliadas pelo Método de Custo. 4.978 Participações Societárias dasem Empresas Dependentes avaliadas Método de Custo. 579 Participações Societárias outras Empresas avaliadas pelopelo Método de Custo. 4.978 Participações Societárias das Empresas Dependentes avaliadas pelo Método de Custo. 579 Participações Societárias das Empresas Dependentes avaliadas pelo Método de Custo. Total 1.710.432579 Total 1.710.432 Total 1.710.432 Em Em 31-12-2014, 31-12-2014, oo saldo saldo da da participação participação societária societária do do Governo Governo do do Estado Estado em em Em 31-12-2014, o saldo damétodo participação societária Patrimonial do Governototalizou do Estado em Empresas Controladas avaliada pelo da Equivalência R$1,7 Em 31-12-2014, o saldo da participação societária do Governo do Estado em Empresas ControlaEmpresas Controladas avaliada pelo método da Equivalência Patrimonial totalizou R$1,7 Empresas Controladas avaliadadopelo método da Equivalência Patrimonial totalizou R$1,7 bilhão, correspondendo aa99,68% da do Esse das avaliada pelo método da Equivalência Patrimonial totalizousocietária R$1,7 bilhão, correspondendo a 99,68% bilhão, correspondendo 99,68% dototal total daparticipação participação societária doGoverno. Governo. Essesaldo saldo bilhão, correspondendo a 99,68% dodototal da participação societária do Governo. Esse nos saldo comparado ao saldo de R$1,5 bilhão exercício de 2013 denota acréscimo de 8,28% do total da participação Governo. Esse saldo aoacréscimo saldo de R$1,5 bilhãonos do exercomparado ao saldosocietária de R$1,5dobilhão do exercício de comparado 2013 denota de 8,28% comparado ao saldo de R$1,5 bilhão do exercício de 2013 denota acréscimo de 8,28% nos investimentos, assim se compondo: cício de 2013 denota acréscimo de 8,28% nos investimentos, assim se compondo: investimentos, assim se compondo: investimentos, assim se compondo: (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) R$ milhares) Participação Societária em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial - 2013 (Em1.574.535 Participação Societária em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial - 2013 1.574.535 (+) Aumento de Societária Capital em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método da Equivalência Patrimonial - 2013 164.381 Participação 1.574.535 (+) Aumento de Capital 164.381 (+) Valorização 214.132 (+) Aumentode deInvestimento Capital 164.381 (+) Valorização de Investimento 214.132 (-) Desvalorização 248.173 (+) Valorização de de Investimento Investimento 214.132 (-) Desvalorização de Investimento 248.173 (-) Desvalorização de-Investimento 248.173 Participação Societária 2014 1.704.875 Participação Societária - 2014 1.704.875 Participação Societária - 2014 1.704.875 AAparticipação societária do do em Controladas, avaliada participação societária doGoverno Governo doEstado Estado emempresas empresas Controladas, A participação societária do Governo do Estado em empresas Controladas, avaliadaavaliada pelo custo de A participação societária do Governo do Estado em empresas Controladas, avaliada pelo custo de aquisição e atualização no encerramento do exercício, refere-se às empresas pelo custo de aquisição e atualizaçãodo noexercício, encerramento do exercício, refere-se às empresas aquisição e atualização no encerramento refere-se às empresas da Administração Indireta pelo custo de aquisição e atualização no encerramento do exercício, refere-se às empresas da Administração Indireta do Estado e outras empresas em que o Estado é possuidor de da Administração Indiretaem doque Estado e outras empresas em que o Estado é possuidor deR$5,5 do Estado e outras empresas o Estado é possuidor de ações, e correspondeu ao saldo de da Administração Indireta do de Estado e milhões, outras empresas em que Estado é possuidor de ações, eecorrespondeu ao saldo R$5,5 evidenciando-se ao seguir: ações, correspondeu ao saldo de R$5,5 milhões, evidenciando-se a seguir: milhões, evidenciando-se a seguir: ações, e correspondeu ao saldo de R$5,5 milhões, evidenciando-se a seguir: (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) (Em (EmR$ R$ milhares) Participação Societária em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método de Custos - milhares) 2014 Participação Societária em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método de Custos - 2014 Participação Societária em Empresas Controladas, avaliadas pelo Método de Custos579 - 2014 Entidades da Administração Indireta do Estado Entidades da Administração Indireta do Estado 579 Outros Investimentos 4.978579 Entidades da Administração Indireta do Estado Outros Investimentos 4.978 Outros Investimentos 4.978 Saldo 5.557 Saldo 5.557 Saldo 5.557 Verifica-se Verifica-seque quenão nãohouve houveacréscimo acréscimono nosaldo saldode departicipação participaçãoacionária acionáriaavaliadas avaliadas Verifica-se que não houve acréscimo no saldo de participação acionária avaliadas pelo custo de aquisição nas Entidades da Administração Indireta do Estado, haja pelo custo de aquisição nas Entidades da Administração Indireta do Estado, haja vista vista pelo custoode aquisição nas Entidades da Administração Indireta do2013. Estado, haja Verifica-se que não saldo houve acréscimo no apresentado saldo de participação acionária avaliadas pelovista custo de permanecer mesmo de R$579 mil no exercício de Em relação permanecer o mesmo saldo de R$579 mil apresentado no exercício de 2013. Em relação permanecer o mesmo saldo de R$579 mil apresentado no exercício de 2013. Em relação aquisição nas Entidades da Administração Indireta do Estado, haja vista permanecer o mesmo saldo de aos aosoutros outrosinvestimentos investimentosrepresentados representadosna naconta contade departicipação participaçãosocietária societáriada daOI OIS/A, S/A,com com aos outros investimentos representados na conta de participação societária da OI S/A, com R$579 mil em apresentado node exercício Em relação aos outrossocietária investimentos representados oosaldo mil eena da no saldo em31-12-2014 31-12-2014 deR$258 R$258de mil2013. naconta contade departicipação participação societária daPetrobrás Petrobrás no na o saldo em 31-12-2014 de R$258 mil e na conta de participação societária da Petrobrás no montante de milhões. conta de participação societária montante deR$4,7 R$4,7 milhões.da OI S/A, com o saldo em 31-12-2014 de R$258 mil e na conta de partimontante de R$4,7 milhões. cipação societária da Petrobrás no montante de R$4,7 milhões. AADemonstração Demonstraçãoda daParticipação Participação Societária Societáriado doEstado Estadoreferente referenteàà avaliação avaliaçãopela pela A Demonstração da Participação Societária do Estado referente à avaliação de pela equivalência patrimonial nas Empresas Controladas integrantes do Orçamento equivalência patrimonial nas Empresas Controladas integrantes do pela Orçamento de patriA Demonstração da Participação Societária do Estado referente à avaliação equivalência equivalência patrimonial nas Empresas Controladas integrantes doGeral Orçamento de Investimento das Empresas do exercício de 2014, apresenta-se no Balanço do Estado Investimento das Empresas dointegrantes exercício de 2014, apresenta-se no Balanço Geral do Estado monial nas Empresas Controladas do Orçamento de Investimento das Empresas do exercício Investimento das Empresas do exercício de 2014, apresenta-se no Balanço Geral do Estado de 2014, apresenta-se no Balanço Geral do Estado às fls.120 e 326, Vol. I, incluindo-se nesse demonstrativo as seguintes empresas: 153 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS às fls.120 e 326, Vol. I, incluindo-se nesse demonstrativo as seguintes empresas: às fls.120 e 326, Vol. I, incluindo-se nesse demonstrativo as seguintes empresas: Tabela XXX - Participação Societária do Estado nas Empresas Controladas Tabela 6.8 - Participação Societária do Estado nas Empresas Controladas (EmR$ R$milhares) milhares) (Em Tabela XXX - Participação Societária do Estado nas Empresas Controladas Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido 569.316 Nome Nome Banco do Estado do Pará Cia de Saneamento do Pará Banco do Estado do Pará Cia. de Gás do Pará Cia de Saneamento do Pará Cia. Adm. da Zona de Process. de Cia. de Gás do Pará Exportações de Barcarena – CAZBAR Cia. Adm. da Zona de Process. de TOTAL Exportações de Barcarena – CAZBAR Fonte: Balanço Estado--2014 2014 TOTAL Fonte: BalançoGeral Geral do do Estado Participação do Estado % Participação do Estado % 99,97 948.104 569.316 165 948.104 23.354 165 99,97 99,97 25,50 99,97 100,00 25,50 23.354 1.540.939 100,00 1.540.939 Total da Participação sobre o Total Líquido da Patrimônio Participação sobre o 569.183Líquido Patrimônio 947.915 569.183 42 947.915 23.354 42 Total do Adiantamento(Em R$ milhares) Total Total do de para Aumento Adiantamento Capital Total para Aumento de 569.183 Capital 164.233 1.112.148 569.183 147 189 164.233 1.112.148 23.354 147 189 23.354 1.540.494 164.380 23.354 1.704.874 1.540.494 164.380 1.704.874 Fonte: Balanço Geral do Estado - 2014 Observa-se na Tabela acima que o saldo mais elevado de participação societária do Estado ocorreu em investimentos na Cosanpa, com o montante de bilhão, equivalente a Observa-se na Tabela acima que mais o saldo mais elevado de R$1 participação societária do Observa-se na Tabela acima que o saldo elevado de participação societária do Estado ocorreu 65,23% do saldoem total de participação estatal. com o montante de R$1 bilhão, equivalente a Estado ocorreu investimentos na Cosanpa, em investimentos na Cosanpa, com o montante de R$1 bilhão, equivalente a 65,23% do saldo total de 65,23%Ressalta-se do saldo total defoi participação estatal. que realizado no Siafem por meio da 2014NL01801, UG 170102 participação estatal. (Encargos da Sefa)que o registro contábil ajusteporreferente participação acionária da Ressalta-se foi realizado no de Siafem meio daà 2014NL01801, UG 170102 Ressalta-se que foi realizado no Siafem por meio daTribunal, 2014NL01801, UG Resolução 170102 (Encargos da Sefa) Cosanpa, em atendimento à recomendação deste conforme 18.590 (Encargos da Sefa) o registro contábil de ajuste referente à participação acionária de da o registro contábil de ajuste referente à participação acionária da Cosanpa, em atendimento à recomen28-05-2014 que aprovou o parecer prévio relativo ao Balanço Geral do Estado do18.590 exercício Cosanpa, em atendimento à recomendação deste Tribunal, conforme Resolução de dação deste Tribunal, conforme Resolução 18.590 de 28-05-2014 que aprovou o parecer prévio relativo de 2013, considerando as divergências encontradas no saldo do Patrimônio Líquido 28-05-2014 que aprovou o parecer prévio relativo ao Balanço Geral do Estado do exercício ao Balanço Geral do do as exercício 2013, do considerando asLíquido divergências encontradas no saldo do apresentado noEstado BGE/2013 com odesaldo Patrimôniono constante do Balanço de 2013, considerando divergências encontradas saldo do Patrimônio Líquido Patrimonial dano Cosanpa/2013. Patrimônio Líquido apresentado BGE/2013 comdoo saldo do Patrimônio constante do Balanço apresentado BGE/2013nocom o saldo Patrimônio Líquido Líquido constante do Balanço Patrimonial da Cosanpa/2013. Patrimonial da Cosanpa/2013. No exercício de 2014, constatou-se a mesma ocorrência do exercício de 2013 em relação No à divergência valor constatou-se do Patrimônio Líquido ocorrência utilizado nodo cálculo pelo método da exercício deno2014, a mesma exercício em No exercício de 2014, constatou-se a mesma ocorrência do exercício de 2013de em2013 relação à diequivalência Patrimonial referente à Participação Acionária da Cazbar,pelo registrado na relação à divergência no valor do Patrimônio Líquido utilizado no cálculo método da vergência no valor do Patrimônio Líquido utilizado no cálculo pelo método da equivalência Patrimonial Demonstração das Participações Societárias do exercício de 2014 fls.120 eregistrado 326, Vol.I do equivalência Patrimonial referente à Participação Acionária daàsdas Cazbar, na referente à Participação Acionária da Cazbar, registrado na Demonstração Participações Societárias BG, com o saldo Patrimônio Líquido apresentado no de Balanço Patrimonial da empresa Demonstração dasdoParticipações Societárias do exercício 2014 às fls.120 e 326, Vol.I do do exercício de 2014 às fls.120 e 326, Vol.I do BG, com o saldo do Patrimônio Líquido apresentado no encaminhado a este em 31-03-2015, por meio do nº 005/2015-DAF/Cazbar e BG, com o saldo doTribunal Patrimônio Líquido apresentado no Ofício Balanço Patrimonial da empresa Balanço Patrimonial da empresa encaminhado a este Tribunal em 31-03-2015, por meio do Ofício nº publicado no Diário Oficial do Estado em 27-03-2015, conforme se demonstra: encaminhado a este Tribunal em 31-03-2015, por meio do Ofício nº 005/2015-DAF/Cazbar e 005/2015-DAF/Cazbar e publicado no Diário Oficial do Estado em 27-03-2015, conforme se demonstra: publicado no Diário Oficial do Estado em 27-03-2015, conforme se demonstra: Demonstração das Participações Societárias – Exercício 2014 - (fls.120 e 326, Vol.I do BG) Demonstração das Participações Societárias – Exercício 2014 - (fls.120 e 326, Vol.I do BG) PATRIMÔNIO PARTICIPAÇÃO DO TOTAL DA PARTICIPAÇÃO TOTAL DO ADIANTAMENTO NOME Demonstração das Participações Societárias – Exercício 2014 - (fls.120 e 326, Vol.I do BG) TOTAL LÍQUIDO ESTADO % SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA AUMENTO DE CAPITAL PATRIMÔNIO PARTICIPAÇÃO DO TOTAL DA PARTICIPAÇÃO TOTAL DO ADIANTAMENTO NOME TOTAL CAZBAR 23.354 23.354 23.354 LÍQUIDO ESTADO 100,00 % SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA AUMENTO DE CAPITAL CAZBAR 154 23.354 100,00 23.354 23.354 Demonstração das Participações Societárias com o saldo do Balanço Patrimonial – 2014 - Cazbar - Publicado no D.O.E, em 27-03-2015 Demonstração das Participações Societárias com o saldo do Balanço Patrimonial – 2014 PATRIMÔNIO PARTICIPAÇÃO DO TOTAL DA PARTICIPAÇÃO TOTAL DO ADIANTAMENTO - Cazbar - Publicado no D.O.E, em 27-03-2015 NOME TOTAL NOME CAZBAR TOTAL 23.484 LÍQUIDO PATRIMÔNIO 23.484 LÍQUIDO Diferença CAZBAR apurada Diferença apurada 23.484 ESTADO % PARTICIPAÇÃO DO ESTADO 100,00 % SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DA PARTICIPAÇÃO 23.484 SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 100,00 23.484 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ PARA AUMENTO DE CAPITAL TOTAL DO ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL 130 23.484 130 NOME Cia. Adm. da Zona de Process. de Exportações de Barcarena - CAZBAR PATRIMÔNIO LÍQUIDO 23.354 PARTICIPAÇà O DO ESTADO % TOTAL DA PARTICIPAÇÃO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO TOTAL DO ADIANTAMENTO PARA AUMENTO DE CAPITAL TOTAL Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 100,00 23.354 23.354 Demonstração das Participações Societárias com o saldo do Balanço Patrimonial – 2014 - Cazbar - –Publicado Demonstração das Participações Societárias com o saldo do Balanço Patrimonial 2014 - Cazbar - Publicado no D.O.E, em 27-03-2015 no D.O.E, em 27-03-2015 NOME Cia. Adm. da Zona de Process. de Exportações de Barcarena - CAZBAR PATRIMÔNI O LÍQUIDO 23.484 PARTICIPAÇÃO DO ESTADO % TOTAL DO TOTAL DA PARTICIPAÇÃO ADIANTAMENTO SOBRE O PATRIMÔNIO PARA AUMENTO DE LÍQUIDO CAPITAL 100,00 23.484 TOTAL 23.484 130 Diferença apurada Nesse sentido, foi encaminhado à Secretaria de Estado da Fazenda – Sefa, o Ofício nº 2015/00882ACG-2014 de 10-04-2015 deste Tribunal, solicitando esclarecimentos e/ou justificativas em relação às divergências encontradas no valor da conta do Patrimônio Líquido da Cazbar contida às fls. 120 e 326 do volume I do Balanço Geral do Estado 2014, com o valor da referida conta, constante na Demonstração Contábil da Cazbar publicada no Diário Oficial do Estado nº 32.856 de 27-03-2015 pela empresa. Nesse sentido, foi encaminhado à Secretaria de Estado da Fazenda – Sefa, o Ofício Em2015/00882-ACG-2014 resposta, a Sefa encaminhou o Ofício nºdeste 210/2015– GS/SEFA de 28-04-2015, em que esclarenº de 10-04-2015 Tribunal, solicitando esclarecimentos e/ou ce quejustificativas a Secretaria em Adjunta do Tesouro Estadual (Sates) no âmbito Secretaria de Estado da Fazenda relação às divergências encontradas nodavalor da conta do Patrimônio (Sefa)Líquido adotou todas as providências para realização apuração completa e consequenda Cazbar contida às necessárias fls. 120 e 326 doavolume I doda Balanço Geral do Estado 2014, com o valor referidadoconta, constante na emitindo Demonstração Cazbar publicada no temente correta do da resultado exercício de 2014, o OfícioContábil Circular da nº 004/2015 de 27-02-2015 Diário Oficial do Estado nº 32.856 de 27-03-2015 pela empresa. estabelecendo data limite para a recepção do Balanço Patrimonial e do Quadro contendo a Participação Acionária referente ao exercício financeiro a ser encerrado empresa não dependente, inclusive a Em resposta, a Sefa encaminhou o Ofício de nº cada 210/2015– GS/SEFA de 28-04-2015, Cazbar. a empresa que não a obedeceu aosAdjunta prazos estabelecidos para fechamento emPorém que esclarece Secretaria do Tesouro Estadual (Sates) das no contas âmbitode daGoverno Secretaria do Estado de de2014. Estado da Fazenda (Sefa) adotou todas as providências necessárias para a realização da apuração completa e consequentemente correta do resultado do exercício de Dessa forma, será necessário o registro contábil de ajuste referente à participação acionária da Cazbar, pela Contabilidade Geral do Estado, com objetivo de demonstrar a realidade estadual da participação societária sobre o patrimônio líquido ajustado da empresa. Quanto à Cazbar, deverá adotar medidas de controle das ações de encerramento do exercício, em tempo de encaminhar demonstrativos ajustados e definitivos para compor a Prestação de Contas do Governo do Estado, obedecendo às normas emanadas pelo próprio governo para levantamento do Balanço Geral do Estado. O valor da participação societária do Estado na Companhia de Gás do Pará foi de R$189 mil e equivale a 0,01% do saldo total de participação nas Empresas Controladas, avaliadas pelo método da equivalência patrimonial. 155 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A participação societária do Governo do Estado no Banpará foi de R$569 milhões, correspondendo a 33,39% do saldo total de participação acionária do Estado avaliada pela equivalência patrimonial. 6.3.2. Obrigações 6.3.2. OBRIGAÇÕES As obrigações do Estado estão evidenciadas no Balanço Patrimonial nos subgrupos passivo circu- As obrigações do Estado estão evidenciadas no Balanço Patrimonial nos subgrupos lante e não circulante, grupo passivo exigível. Para análise da estrutura dessePara grupo passivo circulanteose quais não constituem circulante,o os quais constituem o grupo passivo exigível. elaborou-se quadros a seguirgrupo que apresentam a análise vertical realizada nos itens que compõem análise daosestrutura desse elaborou-se os quadros a seguir que apresentam a análiseos vertical realizada nos itens quecirculante. compõem os subgrupos passivo circulante e não circulante. subgrupos passivo circulante e não (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Obrig. Trab. Prev. E ass. A pagar Fornecedores Obrigações fiscais Provisões Demais obrigações PASSIVO NÃO-CIRCULANTE Obrig. Trab. Prev. E ass. A pagar Empréstimos e financiamento Obrigações fiscais Provisões TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL Exercício 2014 AV% 2014 Exercício 2013 425.434 100% AV% 2013 391.885 100% 44.757 11% - 114.768 27% 266.346 8.051 2% - 13.712 3% - 244.145 57% 125.539 6.516.370 100% 68% 32% 5.882.812 100% 330.464 5% - 3.406.934 52% 3.263.411 55% 6.532 0% 170.906 3% 2.702.432 41% 2.217.996 38% 6.941.803 6.274.697 Fonte: 2013e e2014. 2014. Fonte:Siafem Siafem 2013 No que se refere ao passivo circulante, observa-se no quadro acima que a conta “demais obrigações” concentra 57% deste subgrupo. De acordo com a nota explicativa 5.2.19 (Balanço Geral do Estado 2014,observa-se volume I, no flsquadro 124) esta constituída No que se refere ao passivo circulante, acimaconta que a éconta “demais pelos obrigaseguintes itens: ções” concentra 57% deste subgrupo. De acordo com a nota explicativa 5.2.19 (Balanço Geral do Estado 2014, volume I, fls 124) esta conta é constituída pelos seguintes itens:(Em R$ milhares) TÍTULOS Circulante Não Circulante CONSIGNACOES (52.789) DEPOSITOS JUDICIAIS (35.635) (52.78) 9) (35.65) DEPOSITOS NAO JUDICIAIS (64.118) (64.118) OUTROS CREDORES A L. PRAZO RECURSOS FINANC.DIFERIDOS 156 TOTAL TOTAL (70.008) (91.603) (244.145) (70.008) (91.603) (70.008) Fonte: BGE 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ (314.153) Fonte: Siafem 2013 e 2014. No que se refere ao passivo circulante, observa-se no quadro acima que a conta Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará “demais obrigações” concentra 57% deste subgrupo. De acordo com aDEMONSTRAÇÕES nota explicativa CONTÁBEIS 5.2.19 (Balanço Geral do Estado 2014, volume I, fls 124) esta conta é constituída pelos seguintes itens: (Em R$R$ milhares) (Em milhares) TÍTULOS Circulante Não Circulante TOTAL CONSIGNACOES (52.789) DEPOSITOS JUDICIAIS (35.635) (52.78) 9) (35.65) DEPOSITOS NAO JUDICIAIS (64.118) (64.118) OUTROS CREDORES A L. PRAZO RECURSOS FINANC.DIFERIDOS TOTAL (70.008) (91.603) (70.008) (91.603) (244.145) (70.008) (314.153) Fonte: BGE 2014 Ainda sobre o passivo circulante verificou-se que a conta apresentouapresentou saldo corresAinda sobre o passivo circulante verificou-se que “fornecedores” a conta “fornecedores” saldoa corresponde a 27% totais dose subgrupo, porém comparado com o ano ponde 27% dos valores totaisdos do valores subgrupo, porém comparado com ose ano de 2013 verifica-se uma de 2013 verifica-se uma grande queda considerando que naquele ano a mesma foi de 68%. Já a conta “obrigações trabalhistas, prev. e ass. a pagar” correspondeu a 11%. Esta conta, prev. e ass. acom pagar” correspondeu a 11%. Esta conta, de acordo a nota explicativa de acordo a nota explicativa 5.2.14 (Balanço Geral docom Estado 2014, volume5.2.14 I, fls (Balanço 121) é Geral do Estado 2014, volume I, fls 121) é formada pelos presentes itens: formada pelos presentes itens: grande queda considerando que naquele ano a mesma foi de 68%. Já a conta “obrigações trabalhistas, TÍTULOS PESSOAL A PAGAR DO EXERC. PRECAT. PESSOAL CONTRIB. A REG. PROPRIO DE PREVID. (RPPS) INSS A PAGAR CONTRIB. PREVID. S-DEBITO PARCELADO TOTAL Fonte: BGE 2014 Circulante (9.624) (27.488) (7.538) (107) (44.757) (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) 31/12/2014 Não Circulante TOTAL (9.624) (181.212) (208.700) (7.538) (107) (149.252) (149.252) (330.464) (375.221) Tratando-se do passivo não circulante, as contas que apresentaram maior representatividade perPASSIVO 2014 2013 Var (%) centual foram “empréstimos e financiamentos” com 52% (mantendo a mesma média do exercício anterior PASSIVO CIRCULANTE que foi de 55%) e provisões com 41%. Obrigações Trabalh., Previd. e Assist. a Pagar a Curto Prazo 425.434,00 391.885,00 8,56 44.757,00 0 0 As provisões do passivo são Prazo constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores Fornecedores e Contasexigível a Pagar a Curto 114.768,00 266.346,00 -56,91 de reconhecimento paraFiscais os passivos. Provisões a Curto Prazo compreende os passivos de prazo Obrigações a Curto Prazo 8.051,00 0 ou de valor incertos, com prazodeprovável em até doze meses. Provisões a13.712,00 Longo Prazo compreende os0passivos de Provisões Curto Prazo prazo ou de valor incertos, com prazo da data das demonstrações Demais Obrigações a Curto Prazoprovável após doze meses 244.145,00 125.539,00 94,48 contábeis. PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.516.370,00 5.882.812,00 A nota explicativa 5.2.18 (Balanço Geral do Estado 2014, volume I, fls 123) apresentou 10,77 a discriminação Trabalh., Previd. e Assist. a Pag. de Longo Prazo desta conta porObrigações subgrupo do passivo. 330.464,00 0 0 3.406.934,00 3.263.411,00 4,4 6.532,00 170.906,00 -96,18 2.702.432,00 2.217.996,00 21,84 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Demais Obrigações a Longo Prazo 70.008,00 230.499,00 -69,63 6.274.697,00 10,63 Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo Obrigações Fiscais a Longo Prazo Provisões de Longo Prazo TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL 6.941.803,00 157 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Para estudar o comportamento dos itens que constituem o passivo exigível entre os exercícios 2014-2013 elaborou-se o quadro a seguir. PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Obrigações Trabalh., Previd. e Assist. a Pagar a Curto Prazo Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo Obrigações Fiscais a Curto Prazo Provisões de Curto Prazo Demais Obrigações a Curto Prazo PASSIVO NÃO CIRCULANTE Obrigações Trabalh., Previd. e Assist. a Pag. de Longo Prazo Fornecedores e Contas a Pagar a Longo Prazo Obrigações Fiscais a Longo Prazo Provisões de Longo Prazo Demais Obrigações a Longo Prazo TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL 2014 2013 Var (%) 425.434,00 391.885,00 8,56 44.757,00 0 0 114.768,00 266.346,00 -56,91 8.051,00 - 0 13.712,00 - 0 244.145,00 125.539,00 94,48 6.516.370,00 5.882.812,00 10,77 330.464,00 0 0 3.406.934,00 3.263.411,00 4,4 6.532,00 170.906,00 -96,18 2.702.432,00 2.217.996,00 21,84 70.008,00 230.499,00 -69,63 6.941.803,00 6.274.697,00 10,63 Fonte: Siafem 2013 e 2014 Com base nas informações acima, verificou-se que o passivo exigível aumentou 10,63%. Sendo que o passivo circulante teve uma elevação de 8,56%, sendo contribuído pelaCom conta Demais Obrigações a Curto Prazo e o passivo não circulante de 10,77%. base nas informações acima, verificou-se que o passivo exigível aumentou 10,63%. Sendo que o passivoPara circulante teve salienta-se uma elevação de as 8,56%, sendo contribuído pela conta Demais Obrigações finalizar, que contas “Fornecedores e Contas a Pagar a Curto a Prazo”; Curto Prazo e o passivo não circulante de 10,77%. “Obrigações Fiscais a Longo Prazo”; “Demais Obrigações a Longo Prazo” apresentaram elevados decréscimos dentro do interstício temporal em estudo. Todavia, Para finalizar, salienta-se queocorreu as contas “Fornecedores Contas Pagarde a Curto Prazo”; “Obrigaressalta-se que esta variação devido a adoçãoedo novo aplano contas aplicado ao setor público Pcasp. ções Fiscais a Longo Prazo”; “Demais Obrigações a Longo Prazo” apresentaram elevados decréscimos dentro do interstício temporal em estudo. Todavia, ressalta-se que esta variação ocorreu devido a adoção do novo plano de contas aplicado ao setor público Pcasp. 6.4. DEMONTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS A Resolução CFC n.º 1.268/09, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, define a Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP como sendo a demonstração contábil que evidencia as 158 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS variações quantitativas, o resultado patrimonial e as variações qualitativas decorrentes da execução orçamentária. De acordo com o mesmo diploma legal, as variações qualitativas são decorrentes de transações no setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido. O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações quantitativas aumentativas e diminutivas. Deste modo, a partir da Demonstração das Variações Patrimoniais é possível identificar os itens que influenciaram na formação do resultado patrimonial do período. Tendo em vista essa característica fundamental da DVP, o objetivo da presente análise concentrou-se nas variações quantitativas do patrimônio. Logo, nesta seção, serão apresentadas a apuração do quociente de variação patrimonial e a evolução do resultado patrimonial do Estado no último triênio e suas análises. Como metodologia, realizou-se o processo de identificação, compilação e especificações de dados apresentados na Demonstração das Variações Patrimoniais. Na sequência foram aplicadas as técnicas de análise das demonstrações financeiras com vistas a atingir o objetivo narrado no parágrafo anterior. Posteriormente, foi feita a análise de informações obtidas dentro dos critérios propostos pelo Mcasp e pela teoria contábil. Como ferramenta de pesquisa e elaboração dos quadros e tabelas apresentados neste capítulo foi empregado o sistema de planilha Excel, o Siafem e o Business Objects – BO. Os valores monetários dos exercícios anteriores a 2014, para efeito de análise comparativa com os do corrente exercício, foram atualizados monetariamente por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A senda desta análise técnica está sustentada nas informações contidas na plataforma de dados do sistema Siafem e BGE 2014. Os comentários inseridos nesta seção são de natureza puramente técnica, desenvolvidos a partir de uma exposição de procedimentos fundamentados e emanados do conteúdo jurídico-contábil. Iniciando-se a análise da Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP do exercício 2014, a tabela abaixo, apresenta este demonstrativo de forma sintética, conforme dados extraídos do sistema Siafem. 159 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ análise dado Pará Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP do Relatório deIniciando-se Análise das Contas deaGoverno do Estado DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS exercício 2014, a tabela abaixo, apresenta este demonstrativo de forma sintética, conforme dados extraídos do sistema Siafem. Tabela XXX. Variações Patrimoniais Resumidas 2014 TabelaDemonstração 6.9 - Demonstração das das Variações Patrimoniais Resumidas 2014 (Em R$ milhares) (em R$ milhares) VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS EXERCÍCIO 2014 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 45.612.342 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 11.604.551 Contribuições 1.872.168 Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 441.333 Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 2.472.535 Transferências e Delegações Recebidas 28.161.987 Valorização e Ganhos com Ativos 34.786 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 1.024.981 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS 43.945.253 Pessoal e Encargos 7.988.871 Benefícios Previdenciários e Assistenciais 2.703.007 Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 2.438.081 Variações Patrimoniais diminutivas Financeiras 420.785 Transferências e Delegações Concedidas 25.804.864 Desvalorização e Perda de Ativos 2.628.223 Tributárias 366.345 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 1.595.077 RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO Fonte: Demonstração das Variações Patrimoniais (Siafem 2014: BALANSINT) 1.667.089 Fonte: Demonstração das Variações Patrimoniais (Siafem 2014: BALANSINT) A DVP revela que o resultado patrimonial do exercício em análise, 2014, correspondeu a aproximadamente R$1,6 bilhão, evidenciando um superávit patrimonial em A DVP revela que o resultado aumentativas patrimonial do serem exercício em análise, correspondeu a aproxirazão das variações patrimoniais superiores as2014, variações patrimoniais madamente R$1,6 bilhão, evidenciando um superávit patrimonial em razão das variações patrimoniais diminutivas. aumentativas serem superiores as variações patrimoniais diminutivas. A seguir, a apuração do quociente do resultado das variações patrimoniais, o qual A seguir, a apuração do quociente do resultado das variações patrimoniais, o qual consiste na reconsiste na relação entre o total das variações patrimoniais aumentativas e o total das lação entrediminutivas o total das variações aumentativas e o total das forma variações ocorridas variações ocorridaspatrimoniais no exercício de 2014, indica outra de diminutivas se evidenciar o no exercício de 2014, indica outra forma de se evidenciar o resultado patrimonial (superávit ou déficit resultado patrimonial (superávit ou déficit patrimonial). patrimonial). Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Variações Patrimoniais Aumentativas 45.612.342 Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais QRVP = = Variações Patrimoniais Diminutivas 43.945.253 = 1,03794 De acordo com o QRVP as variações patrimoniais aumentativas superaram em 3,79% as variações patrimoniais diminutivas. 160 A apuração e comparação do Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais do último triênio, 2014-2012, evidencia a variação do resultado TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ patrimonial neste período. Para análise do comportamento do resultado patrimonial dos últimos três exercícios financeiros Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Variações Patrimoniais Aumentativas 45.612.342 QRVP = QRVP = Variações Patrimoniais Diminutivas Variações Patrimoniais Aumentativas Variações Patrimoniais Diminutivas = = 1,03794 43.945.253 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará 45.612.342 = = 1,03794 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 43.945.253 De acordo com o QRVP as variações patrimoniais aumentativas superaram em 3,79% as variações diminutivas. De acordo com o patrimoniais QRVP as variações patrimoniais aumentativas superaram em 3,79% as variações De acordo com o QRVP as variações patrimoniais aumentativas superaram em patrimoniais diminutivas. 3,79% as variaçõesepatrimoniais A apuração comparaçãodiminutivas. do Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais do A apuração e comparação do Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais do último Para triênio, último triênio, 2014-2012, evidencia a variação do resultado patrimonial neste período. A apuração e comparação do Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais do 2014-2012, a variaçãodo do resultado resultado patrimonial neste do comportamento análise doevidencia comportamento patrimonial dosperíodo. últimosPara três análise exercícios financeiros último triênio, 2014-2012, evidencia a variação do resultado patrimonial neste período. Para as seguintes tabelas. doconstruiu-se resultado patrimonial dos últimos três exercícios financeiros construiu-se as seguintes tabelas. análise do comportamento do resultado patrimonial dos últimos três exercícios financeiros Tabela 6.10 –as Resultado Patrimonial Consolidado 2012 - 2014 construiu-se seguintes tabelas. Tabela XXX– Resultado Patrimonial Consolidado 2012 - 2014 Discriminação (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) Tabela XXX– 2012 Resultado Patrimonial Consolidado 2012 -2014 2014 2013 VP Aumentativa Discriminação VP Diminutiva VP Aumentativa = Resultado Patrimonial VP Diminutiva Fonte: Siafem 2014 Fonte: Siafem 2014 = Resultado Patrimonial Valor % 2012 41.237.831 Valor 39.910.495 Valor % Valor (Em R$ milhares) % 103,33 % 100,00 2013 47.595.875 Valor 45.149.356 105,42 % 100,00 45.612.3422014 Valor 43.945.253 41.237.831 1.327.336 39.910.495 103,33 3,33 100,00 47.595.875 2.446.519 45.149.356 105,42 5,42 100,00 45.612.342 1.667.089 43.945.253 1.327.336 3,33 2.446.519 5,42 1.667.089 103,79 %100,00 103,79 3,79 100,00 3,79 Fonte:De Siafem 2014 acordo com os dados da tabela acima, entre os exercícios de 2012 e 2013 houve um aumento do superávit patrimonial, por conseguinte, uma variação positiva do resultado acordo com os dados tabela os exercício exercícios 2012 e 2013 houve De De acordo os dados da tabela acima, acima, entre osentre exercícios de 2012de ede 2013 houve patrimonial. Jácom na comparação doda resultado patrimonial do 2014 com oumdeaumento 2013 um aumento do superávit patrimonial, por conseguinte, uma variação positiva do resultado doverificou-se superávit patrimonial, por conseguinte, uma variação positivaPara do resultado patrimonial. Já na comparauma involução do superávit patrimonial. uma melhor compreensão da patrimonial. Já na comparação do resultado patrimonial do exercício de 2014 com o de 2013 variação do resultado no2014 triênio elaborou-se demonstrativo a ção do resultado patrimonial patrimonial do exercício de com2014-2012 o de 2013 verificou-se umaoinvolução do superávit verificou-se uma involução do superávit patrimonial. Para uma melhor compreensão da seguir. patrimonial. Para uma melhor compreensão da variação do resultado patrimonial no triênio 2014-2012 variação do resultado patrimonial no triênio 2014-2012 elaborou-se o demonstrativo a elaborou-se o demonstrativo a seguir. seguir. Resultado Patrimonial – Comparativo 2012 2013 2014 Resultado Patrimonial – Comparativo Superávit % Superávit % Superávit % 2012 2013 2014 1.327.336 100,00 2.446.519 184,32 1.667.089 68,14 Superávit % Superávit % Superávit % 1.327.336 100,00 2.446.519 184,32 1.667.089 68,14 O demonstrativo acima compara a evolução do resultado patrimonial do triênio a partir do exercício de 2012, assim, verificou-se que em 2013 houve um aumento do O demonstrativo compara a evolução do constatou-se resultado patrimonial do triêniodea superávit patrimonial emacima 184% e no ano de 2014 uma regressão partirO demonstrativo do exercício acima de 2012, assim, verificou-se que patrimonial em 2013 do houve aumento do compara a evolução do resultado triênio um a partir do exercício superávit patrimonial em 184% e no ano de 2014 constatou-se uma regressão de de 2012, assim, verificou-se que em 2013 houve um aumento do superávit patrimonial em 184% e no ano de 2014 constatou-se uma regressão de aproximadamente 32% deste resultado em relação ao de 2013. Por fim, a tabela abaixo discrimina o resultado patrimonial do exercício de 2014 por Poder e Ministério Público. 161 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ aproximadamente 32% deste resultado em relação ao de 2013. aproximadamente 32% deste resultado em relação ao de 2013. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará PorCONTÁBEIS fim, a tabela abaixo discrimina o resultado patrimonial do exercício de 2014 por DEMONSTRAÇÕES Poder ePor Ministério Público. fim, a tabela abaixo discrimina o resultado patrimonial do exercício de 2014 por Poder e Ministério Público. Tabela XXX – Demonstração Variações Patrimoniais Poder e MP 2014 Tabela 6.11 – Demonstraçãodas das Variações Patrimoniais por Poder epor MP 2014 (EmR$ R$ milhares) e MP 2014 Tabela XXX – Demonstração das Variações Patrimoniais (Em por Poder milhares) PODER PODER Executivo Legislativo Executivo Judiciário Legislativo VP AUMENTATIVAS VP DIMINUTIVAS RESULTADO PATRIMONIAL (Em R$ milhares) R$ % % R$ % VP AUMENTATIVAS VP R$ DIMINUTIVAS RESULTADO PATRIMONIAL 43.431.720 95,22 41.830.172 95,19 1.601.548 96,07 R$ % R$ % R$ % 748.843 1,64 752.336 1,71 -3.493 -0,21 43.431.720 95,22 41.830.172 95,19 1.601.548 96,07 983.171 2,16 949.379 2,16 33.791 2,03 748.843 1,64 752.336 1,71 -3.493 -0,21 Ministério 448.608 0,98 413.365 0,94 35.243 Judiciário Público 983.171 2,16 949.379 2,16 33.791 Consolidado 45.612.342 100,00 43.945.253 100,00 1.667.089 Ministério Público 448.608 0,98 413.365 0,94 35.243 Fonte: dasVariações Variações Patrimoniais (Siafem Fonte:Demonstração Demonstração das Patrimoniais (Siafem 2014: 2014: BALANSINPD) Consolidado 45.612.342 100,00 43.945.253 100,00BALANSINPD) 1.667.089 2,11 2,03 100,00 2,11 100,00 Fonte: Demonstração das Variações Patrimoniais (Siafem 2014: BALANSINPD) Com base nas informações acima, é possível verificar que, no exercício de 2014, apenasCom o Poder apresentou um resultado deficitário, correspondente baseLegislativo nas informações acima, é possívelpatrimonial verificar que, no exercício de 2014, Com base nas informações acima,em é possível verificar que, no exercício de0,21% 2014, apenas o Poder a R$3,49 milhões. Este resultado, termos percentuais representou do resultado apenas o Poder Legislativo apresentou um resultado patrimonial deficitário, correspondente Legislativo um resultado patrimonial deficitário, correspondente a R$3,49 milhões. Este resulpatrimonial consolidado do Estado. a R$3,49apresentou milhões. Este resultado, em termos percentuais representou 0,21% do resultado tado, em termos percentuaisdo representou patrimonial consolidado Estado. 0,21% do resultado patrimonial consolidado do Estado. Quanto a contribuição para formação do resultado patrimonial consolidado, o quadro Quanto a contribuição para formação do resultado patrimonial consolidado, o quadro a seguir aprea seguir apresenta os Poderes e Ministério Público em ordem decrescente o qual Quanto a contribuição para formação do resultado patrimonial consolidado, oconfirma quadro senta os Poderes e do Ministério Público ordem decrescente oordem qual confirma o resultado do Poder que o resultado Poder Executivo foi o que mais em contribuiu para a que formação positiva do a seguir apresenta os Poderes e em Ministério Público decrescente o qual confirma Executivo foi o que mais contribuiu para a formação positiva do resultado patrimonial geral do Estado resultado patrimonial geral do Estado do Pará em 2014. que o resultado do Poder Executivo foi o que mais contribuiu para a formação positiva dodo Pará em 2014. resultado patrimonial geral do Estado do Pará em 2014. DISCRIMINAÇÃO % PODER EXECUTIVO DISCRIMINAÇÃO 96,07 % MINISTÉRIO PÚBLICO PODER EXECUTIVO 2,11 96,07 PODER JUDICIARIO MINISTÉRIO PÚBLICO PODER JUDICIARIO LEGISLATIVO PODER 2,03 2,11 -0,21 2,03 PODER LEGISLATIVO -0,21 6.5. DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA O Demonstrativo de Fluxo de Caixa – DFC segundo Marion (2007, p. 426), “indica a origem de todo o recurso financeiro que adentrou no Caixa, bem como a aplicação desse recurso financeiro em determinado período, e, ainda, o Resultado do Fluxo”. A Demonstração dos Fluxos de Caixa, de acordo o Conselho Federal de Contabilidade, pode ser elaborada pelo método direto ou indireto de maneira a evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos seguintes fluxos: (a) das operações; (b) dos investimentos; e (c) dos financiamentos (Resolução CFC n.º1.268/2009). 162 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ainda de acordo com o diploma normativo supramencionado os fluxos das operações; dos investimentos; e dos financiamentos são classificados da seguinte maneira: O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento. O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma natureza. O fluxo de caixa dos financiamentos inclui os recursos relacionados à captação e à amortização de empréstimos e financia. (Resolução CFC n.º1.268/2009) Nesta seção é apresentada a análise contábil da Demonstração do Fluxo de Caixa Estadual do exercício de 2014. Para tanto, utilizou-se como parâmetro a Parte V da 5ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP, que trata da padronização das demonstrações contábeis a serem apresentadas pelos entes na divulgação das contas anuais. Como metodologia, realizou-se o processo de identificação, compilação e especificações de dados apresentados no Balanço Financeiro. Na sequência foram aplicadas as técnicas de análise das demonstrações financeiras com vistas a avaliar a gestão financeira; posteriormente, foi feita a análise da massa de informações obtidas dentro dos critérios propostos pelo MCASP e pela teoria contábil. Utilizou-se como ferramenta de pesquisa e elaboração dos quadros e tabelas apresentados neste capítulo o sistema de planilha Excel, o Siafem e o Business Objects – BO. Os valores monetários dos exercícios anteriores a 2014, para efeito de comparação com o corrente exercício, foram atualizados monetariamente por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Os comentários inseridos nesta seção são de natureza puramente técnica, desenvolvidos a partir de uma exposição de procedimentos fundamentados e emanados do conteúdo jurídico-contábil. Iniciando-se, apresentam-se nas linhas seguintes à demonstração sintética do Fluxo de Caixa do exercício em análise (2014), conforme dados extraídos do sistema Siafem e a apuração de quocientes 163 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS financeiros, a saber, o quociente do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais em relação ao resultado patrimonial; o quociente da capacidade de amortização de dívida e, por fim, o quociente da atividade operacional. Neste sentido, o quadro abaixo, exibe, de forma sintética, a Demonstração do Fluxo de Caixa estadual do exercício de 2014. Demonstração Fluxo–de Caixa - Consolidadodo Tabela do 6.XX Demonstração Fluxo de Caixa - Consolidado (Em R$ milhares) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DAS OPERAÇÕES INGRESSOS RECEITA DERIVADAS RECEITA ORIGINÁRIAS TRANSFERÊNCIAS INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS DESEMBOLSOS PESSOAL E OUTRAS DESPESAS CORRENTES POR FUNÇÃO JUROS E ENCARGOS DA DÍVIDA TRANSFERÊNCIAS DESEMBOLSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DAS OPERAÇÕES (A) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO INGRESSOS ALIENAÇÃO DE BENS AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS DESEMBOLSOS AQUISIÇÃO DE ATIVO NÃO CIRCULANTE CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS OUTROS DESEMBOLSOS DE INVESTIMENTOS FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (B) FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO INGRESSOS OPERAÇÕES DE CRÉDITO DESEMBOLSOS AMORTIZAÇÃO/REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (C) APURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DO PERÍODO GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA (D) = (A+B+C) CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA INICIAL (E) CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA FINAL (F) = (D + E) Fonte: Siafem2014 2014 Fonte: Siafem 164 (Em R$ milhares) VALORES 41.377.511 12.909.397 972.002 27.496.112 34.071.710 38.934.755 13.539.382 194.679 25.200.694 34.886.599 1.627.868 VALORES 9.725 2.909 6.817 1.561.474 1.180.128 9.076 372.271 -1.551.749 VALORES 614.212 614.212 334.291 334.291 279.921 356.040 1.932.249 2.288.289 Quanto ao fluxo de caixa das atividades das operações se observou que a diferença entre os ingressos e desembolsos extraorçamentários resultou em um déficit equivalente a R$814 milhões, o que ocasionou, desta forma, um aumento da dívida flutuante e, por conseguinte, redução do saldo positivo do fluxo de caixa líquido das atividades das operações. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Sobre o fluxo de caixa das atividades de investimento, em uma análise redundante, Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Quanto ao fluxo de caixa das atividades das operações se observou que a diferença entre os ingressos e desembolsos extraorçamentários resultou em um déficit equivalente a R$814 milhões, o que ocasionou, desta forma, um aumento da dívida flutuante e, por conseguinte, redução do saldo positivo do fluxo de caixa líquido das atividades das operações. Sobre o fluxo de caixa das atividades de investimento, em uma análise redundante, observou-se forma, o atividade resultadorepresentaram do fluxo de menos caixa líquido dasseus atividades de investimentos que osDesta ingressos dessa de 1% dos desembolsos, ou seja, menosfoi deum de aproximadamente R$1,55 bilhão. 1% dasdéficit despesas de capital do correspondente grupo. Desta forma, o resultado do fluxo de caixa líquido das atividades de investimentos foi um déficit de aproximadamente R$1,55 bilhão. Em relação ao fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento, verificou-se um saldo positivo de R$279 milhões. Tratando-se da geração de caixa final do exercício, que Em relação ao fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento, verificou-se um saldo positivo consiste no somatório dos fluxos de caixas líquido das três atividades apresentadas na DFC de R$279 milhões. Tratando-se da geração de caixa final do exercício, que no somatório dos de (operacional, investimento e financiamento) observou-se umconsiste superávit financeiro Desta forma, o resultado do fluxo de caixa líquido das atividades de investimentos foi milhões. apresentadas na DFC (operacional, investimento e financia-um fluxos aproximadamente de caixas líquido dasR$356 três atividades déficit de aproximadamente R$1,55 bilhão. mento) observou-se um superávit financeiro de aproximadamente R$356 milhões. Sobre a apuração dos quocientes; do fluxo de caixa líquido das atividades Em relação ao fluxoaoderesultado caixa líquido das atividades de financiamento, verificou-se um operacionais emdos relação patrimonial; quociente da capacidade deem amortização Sobre positivo a apuração quocientes; do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais relação saldo de R$279 milhões. Tratando-se da geração de caixa final do exercício, que de dívida e o quociente da atividade operacional; foram feitas as seguintes ponderações. ao resultado patrimonial; quociente da capacidade delíquido amortização de dívida e o quociente da atividade consiste no somatório dos fluxos de caixas das três atividades apresentadas na DFC (operacional, investimento financiamento) observou-se um superávit financeiro de operacional; foram feitas as seguintes eponderações. aproximadamente R$356 milhões. Quociente do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais em relação ao Quociente do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais em relação ao resultado patrimonial - QFL resultado patrimonial - QFL Sobre a apuração dos quocientes; do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais em relação ao resultado patrimonial; quociente da capacidade de amortização de dívida e o quociente da atividade operacional; foram 1.627.868 feitas as seguintes ponderações. FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS QFL = RESULTADO PATRIMONIAL = 1.667.089 = 0,9765 Quociente do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais em relação ao resultado patrimonial - QFL Com base no QFL é da possível visualizar, termos percentuais, a dispersão Quociente capacidade deem amortização de dívida - QCAD,entre o fluxo de caixa operacional gerado e o resultado patrimonial doATIV. exercício. No caso1.627.868 em específico se verificou que a relaFLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS OPERACIONAIS QFL = = = 0,9765 Em relaçãoeaooPassivo Total Patrimonial resultou em 97,65%. Assim, ção entre o Caixa Líquido GeradoRESULTADO nas Operações Resultado PATRIMONIAL 1.667.089 em outras palavras, pode-se inferir do QFL que dos recursos que constituíram DE CAIXA LÍQUIDO DAS97,65% ATIV. OPERACIONAIS = 1.627.868 = 0,2345 o Resultado PatriQCAD = FLUXO PASSIVO TOTAL 6.941.803 monial do exercício são oriundos das atividades operacionais do Estado. Quociente da capacidadeda de capacidade amortização de dívida - QCAD Quociente de amortização de dívida - QCAD, Em relação ao Passivo Total QCAD = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS = 1.627.868 = PASSIVO TOTAL 6.941.803 Em relação ao Passivo Circulante 0,2345 QCAD = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS = 1.627.868 = PASSIVO CIRCULANTE 425.434 3,8264 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 165 PASSIVO TOTAL 6.941.803 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Em relação ao Passivo Circulante QCAD = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS = 1.627.868 = PASSIVO CIRCULANTE 425.434 3,8264 O QCAD demonstra o quanto foi gerado de caixa líquido das atividades operacionais para paga- O QCAD demonstra o quanto foi gerado de caixa líquido das atividades operacionais mentopara das dívidas de curto e longo prazo. se apurar o quociente capacidade de amortização pagamento das dívidas deAocurto e longo prazo.daAo se apurar o quocientededa dívidacapacidade considerandode todo o passivo estadual verificou-se que o fluxo caixa líquido gerado por meio das amortização de dívida considerando todode o passivo estadual verificou-se que o fluxo de caixafoilíquido gerado meio das atividades foi capaz de cobrir atividades operacionais capaz de cobrir por apenas 23,45% das dívidas operacionais totais do Estado. apenas 23,45% das dívidas totais do Estado. Todavia, quando se apura o QCAD tendo como denominador as dívidas de curto prazo do Estado Todavia, quandoque se oapura o QCAD tendodas como denominador as dívidas de em curto (passivo circulante) constata-se fluxo de caixa líquido atividades operacionais foi superior prazo do Estado (passivo circulante) constata-se que o fluxo de caixa líquido das atividades 382,64%. operacionais foi superior em 382,64%. Quociente da Atividade Operacional - QAO Quociente da Atividade Operacional - QAO QAO = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS = 1.627.868 = GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 356.040 4,5722 O quociente da atividade operacional demonstra a parcela da geração líquida de caixa do Estado PODER PODER PODER MINISTÉRIO Discriminaçãooperacionais. Assim, constatou-se % % de caixa líquido%das atividades ope-% atribuída às atividades que o fluxo LEGISLATIVO JUDICIARIO PÚBLICO EXECUTIVO racionais é 4,5 vezes maior que a geração líquida total de caixa e equivalente de caixa. Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. Operacionais 1.543.739 94,83 3.875,318 0,24 44.751,61 2,75 35.502,200 2,18 Para finalizar, analisando-se a Demonstração do Fluxo de Caixa por Poderes e Ministério Público Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. de elaborou-se o seguinte quadro: Investimento 166 -1.497.403 96,50 Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. de Financiamento 279.921 100,00 = Geração Líquida de Caixa e Equivalente de Caixa 326.257 91,64 -6.626,433 - 0,43 - -2.751,115 -0,77 -36.815,82 7.935,79 2,37 2,23 -10.904,260 - 0,70 - 24.597,940 6,91 Caixa e Equivalente de Caixa Inicial 1.615.396 100,00 60.582 100 183.402 100,00 80.806 100,00 Caixa e Equivalente de Caixa Final 1.941.653 120,00 57.831 95 191.337 104,00 105.403 130,00 Fonte: BGE 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ De acordo com o quadro acima apenas o Poder Legislativo apresentou Geração Líquida de Caixa negativa no exercício, fato que ocasionou uma redução do saldo inicial de Quociente da Atividade Operacional - QAO QAO = FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO DAS ATIV. OPERACIONAIS GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA 1.627.868 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará = 4,5722 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 356.040 = Para finalizar, analisando-se a PODER Demonstração do Fluxo de Caixa por Poderes e PODER PODER MINISTÉRIO Discriminação % % EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIARIO PÚBLICO Ministério Público elaborou-se o%seguinte quadro: % Fluxo de Caixa Líquido das Ativ. Discriminação Operacionais PODER 1.543.739 EXECUTIVO 94,83 % PODER 3.875,318 LEGISLATIVO 0,24 % PODER 44.751,61 JUDICIARIO 2,75 % MINISTÉRIO 35.502,200 PÚBLICO 2,18 % Fluxo de de Caixa Caixa Fluxo Líquido das das Ativ. Ativ. Líquido de Investimento Operacionais -1.497.403 1.543.739 96,50 94,83 -6.626,433 3.875,318 0,43 0,24 -36.815,82 44.751,61 2,37 2,75 -10.904,260 35.502,200 0,70 2,18 Fluxo de de Caixa Caixa Fluxo Líquido das das Ativ. Ativ. Líquido de Investimento Financiamento de 279.921 -1.497.403 100 96,50 -6.626,433 0,43 -36.815,82 2,37 -10.904,260 0,70 279.921 326.257 100 91,64 -2.751,115 -0,77 7.935,79 2,23 24.597,940 6,91 326.257 1.615.396 91,64 100 -2.751,115 60.582 -0,77 100 7.935,79 183.402 2,23 100 24.597,940 80.806 6,91 100 Caixa ee Caixa Equivalente de de Equivalente Caixa Inicial Final Caixa 1.941.653 1.615.396 120 100 57.831 60.582 95 100 191.337 183.402 104 100 105.403 80.806 130 100 CaixaBGE e 2014 Fonte: Equivalente de Caixa Final 1.941.653 120 57.831 95 191.337 104 105.403 130 = Geração Líquida Fluxo de Caixa de Caixadas e Ativ. Líquido Equivalente de de Financiamento Caixa = Geração Líquida Caixa e e de Caixa Equivalente de Caixa Inicial Caixa De acordo com o quadro acima apenas o Poder Legislativo apresentou Geração negativa no exercício, fato que ocasionou uma redução do saldo inicial de acordo caixaDe em 5%. com o quadro acima apenas o Poder Legislativo apresentou Geração Líquida de Caixa Deexercício, acordo com o quadro acima apenasdo o saldo Poderinicial Legislativo apresentou Geração negativa no fato que ocasionou uma redução de caixa em 5%. Líquida de Caixa negativa no exercício, fato que ocasionou uma redução do saldo inicial de caixaAem 5%.se demonstra, em termos percentuais, a geração líquida de caixa gerada no exercício por seguir A seguir se demonstra, em termos percentuais, a geração líquida de caixa gerada no cada Poder e MP tendo como referência a geração líquida de caixa consolidada. Destacam-se os Poderes exercício por cada Poder e MP tendo como referência a geração líquida de caixa em ordem decrescente: consolidada. Destacam-se os Poderes em ordem decrescente: Líquida Caixa Fonte: BGEde 2014 Discriminação % PODER EXECUTIVO 91,64 PODER JUDICIARIO 6,91 MINISTÉRIO PÚBLICO 2,23 PODER LEGISLATIVO -0,77 TOTAL 100,00 Fonte: BGE 2014 167 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.6. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL, de acordo com a Resolução CFC nº 1.268/2009, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, evidencia a movimentação havida em cada componente do Patrimônio Líquido com a divulgação, em separado, dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e da correção de erros. Por meio da DMPL pode-se avaliar a evolução dos itens que compõem o patrimônio líquido, em complemento ao Anexo de Metas Fiscais integrante do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, previsto pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), artigo 4º, § 2º. Para tanto, faz-se necessário que a presente Demonstração seja elaborada em observância aos Princípios e às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Nesse sentido, a Resolução CFC n. 1.132/2008, homologada pelo Conselho Federal de Contabilidade, elucida que são características do registro e da informação contábil no setor público, dentre outras: (c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. (d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. (e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. (f) Integridade – os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador. Assim, tendo em vista o que foi exposto acima, verificou-se por meio do processo de identificação e compilação dos dados apresentados na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Estadual (Balanço Geral do Estado, volume I, fls. 306) que as informações apresentadas nesta demonstração não atenderam aos supracitados normativos jurídico-contábil. A seguir, evidencia-se nesta seção os comentários acerca das principais divergências encontradas na divulgação da presente Demonstração Contábil. Ressalta-se, neste sentido, que não foi possível atingir o objetivo da análise contábil da DMPL que seria o de avaliar a evolução dos itens que compuseram o Patrimônio Líquido do Estado. 168 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A tabela a seguir, apresenta a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, A sintética, tabela a seguir, apresenta a Demonstração das Mutações Patrimônio Líquido, de forma conforme apresentada no Balanço Geral do Estado,dovolume I, fls 306. de forma sintética, conforme apresentada no Balanço Geral do Estado, volume I, fls 306. A tabela a seguir, apresenta a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, de forma sintéTabela 6. XX apresentada - Demonstração das Mutações Patrimônio 2014 tica, conforme no Balanço Geral dodo Estado, volumeLíquido I, fls 306. Tabela 6. XX - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) Tabela 6.12 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2014 ESPECIFICAÇÃO ESPECIFICAÇÃO Patrimônio Social / Patrimônio Social / Capital Social Capital Social Reservas de Reservas Capitalde Capital Saldo Inicial 2013 4.616.377 35.696 Saldo Inicial 2013 4.616.377 35.696 Ajustes de Exer Ant. Ajustes do de Exercício Exer Ant. Result. 913.313 -Result. do Exercício 913.313 Saldo Final 2013 Saldo 5.529.690 35.696 Saldo Final Inicial 20142013 Saldo 5.529.690 35.696 Inicial Ajustes2014 de Exer Ant. 7.898 279 Ajustes do de Exercício Exer Ant. 7.898 279Result. 2.240.415 Result. do Exercício 2.240.415 Saldo Final 2014 7.778.003 35.975Saldo Final 2014 7.778.003 35.975 Fonte: das Mutações do(BGE PL (BGE I, fls 306) Fonte: Demonstração Demonstração das Mutações do PL 2014, 2014, Vol I, flsVol 306) Ajustes de Ajustes de Aval. Pat. Aval. Pat. Reservas de Reservas Lucros de Lucros Demais Demais Reservas Reservas ----- 294 294-294 294 -279 -279 -15 15 7.898 7.898 -7.898 7.898 -7.898 -7.898 Resultados (Em R$ milhares) TOTAL Resultados Acumulados TOTAL Acumulados 913.313 913.313 -2.240.415 2.240.415 -1.667.089 1.667.089 5.573.579 5.573.579 913.313 913.313 7.813.994 7.813.994 2.240.415 2.240.415 9.481.084 9.481.084 Fonte: Demonstração das Mutações do PL (BGE 2014, Vol I, fls 306) Inicialmente destaca-se que não ficou esclarecido no Balanço Geral do Estado quais Inicialmente destaca-se que não ficou esclarecido no Balanço Geral do Estado quais foram os critérios (metodologia) utilizados na elaboração da presente demonstração, sendo destaca-se que não ficou esclarecido no Balanço do Estado quais foramsendo os critéforamInicialmente os critérios (metodologia) utilizados na elaboração da Geral presente demonstração, que a mesma por si só não é suficiente para evidenciar todos os eventos que levaram a sua rios utilizados na elaboração presente demonstração, que a mesma por sia só não que(metodologia) a mesma por si só não é suficientedapara evidenciar todos ossendo eventos que levaram sua conclusão, e desta forma seria necessário complementá-la por meio de Notas Explicativas. e desta formatodos seriaosnecessário por meioe desta de Notas éconclusão, suficiente para evidenciar eventos quecomplementá-la levaram a sua conclusão, formaExplicativas. seria necessário complementá-la de Notas Ainda por de meio acordo com Explicativas. a tabela exposta, verificou-se que a DMPL apresentou Ainda de acordo com a tabela exposta, verificou-se que a DMPL apresentou equívocos na coluna “Resultados Acumulados” e na linha “Resultado do Exercício”, ano Ainda a tabela exposta, verificou-se quelinha a DMPL apresentou na coluna equívocos de naacordo colunacom “Resultados Acumulados” e na “Resultado doequívocos Exercício”, ano 2014. Quanto a coluna “Resultados Acumulados” não ficou demonstrado como o saldo “Resultados Acumulados” e na linha “Resultado do Exercício”, Quanto a coluna 2014. Quanto a coluna “Resultados Acumulados” não ano ficou2014. demonstrado como“Resultados o saldo inicial, em 2013, de R$913 milhões alcançou o patamar de R$2,2 bilhões e, quanto a linha inicial, em 2013, de demonstrado R$913 milhões o patamar dede R$2,2 bilhões quanto oapatamar linha Acumulados” não ficou comoalcançou o saldo inicial, em 2013, R$913 milhõese,alcançou “Resultado do Exercício”, a Demonstração apresentou o valor de R$2,2 bilhões como sendo “Resultado do Exercício”, a Demonstração apresentou o valor de R$2,2 bilhões como sendo de R$2,2 bilhões e, quanto aentretanto, linha “Resultado do Exercício”, a Demonstração apresentou o valor de R$2,2 apurado no exercício, o valor constatado na Demonstração das Variações apurado no exercício, entretanto, o valor constatado na Demonstração das Variações bilhões como sendo apurado no exercício, entretanto, o valor constatado na Demonstração das Variações Patrimoniais foi R$1,67 bilhão. Patrimoniais foi R$1,67 bilhão. Patrimoniais foi R$1,67 bilhão. Desta forma, a DMPL não evidenciou a mutação do resultado acumulado do exercício 2014 nem a mutação do resultado final de 2013, também não demonstrou a exercício 2014 nem a de mutação do resultado final dea origem 2013, do também não demonstrou a mutação 2013, também não demonstrou aumento do Patrimônio Social/ origem do do resultado aumentofinal do Patrimônio Social/ Capital Social. origem do aumento do Patrimônio Social/ Capital Social. Capital Social. Desta forma, a não DMPL não evidenciou a resultado mutaçãoacumulado do resultado acumulado do a Desta forma, a DMPL evidenciou a mutação do do exercício 2014 nem Portanto, considerando todo o exposto, verificou-se que a presente demonstração não apresentou todas as informações pertinentes as mutações do Patrimônio Líquido não as apresentou as informações mutações dodos Patrimônio todas informaçõestodas pertinentes as mutações pertinentes do Patrimônioas Líquido extraídas registros e Líquido dos docuextraídas dos registros e dos documentos que integram o sistema contábil estadual. extraídas registros e doscontábil documentos que integram o sistema contábil estadual. mentos que dos integram o sistema estadual. Portanto, considerando todo otodo exposto, verificou-se que a presente não apresentou Portanto, considerando o exposto, verificou-se que ademonstração presente demonstração 169 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.7. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DAS EMPRESAS CONTROLADAS O Balanço Geral do Estado contempla a consolidação das Demonstrações Contábeis das Empresas Controladas não Dependentes, seguindo os parâmetros estabelecidos pela Lei nº 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, alterada pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009. A consolidação é composta pelas seguintes Empresas Controladas: • Banco do Estado do Pará S/A – Banpará; • Companhia de Saneamento do Pará – Cosanpa; • Companhia de Gás do Pará – Gás do Pará; • Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportações de Barcarena – Cazbar, subsidiária da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará- CDI. O objetivo das Demonstrações Contábeis das Empresas Controladas do Estado é apresentar os resultados das operações e a posição patrimonial-financeira da gestão dos recursos públicos estaduais confiados aos responsáveis dessas Entidades. As demonstrações contábeis consolidadas são peças de grande valor para os usuários das informações contábeis, pois possibilitam uma visão econômica integrada das atividades do grupo. A Situação Patrimonial do Exercício referente às Empresas Controladas do Estado se apresenta demonstrada sinteticamente no Balanço Geral do Estado - 2014, às fls.325 do Volume I. As demonstrações a seguir apresentam a situação patrimonial e financeira das empresas em 31-12-2014 comparativamente ao exercício anterior corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA 2014. 6.7.1. Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação financeira e patrimonial em um determinado momento estático de referência. Funciona espelhando o patrimônio da entidade naquele momento. A análise consolidada dos principais grupos de contas do Balanço Patrimonial das Empresas Controladas apresenta-se comparadamente ao exercício de 2013 com valores atualizados, bem como, exibe análises verticais e horizontais como parâmetro comparativo entre os valores. Em item seguinte será mostrada a evolução destes valores na análise por coeficientes. 170 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Empresas Controladas apresenta-se comparadamente ao exercício de 2013 com valores atualizados, bem como, exibe análises verticais e horizontais como Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará parâmetro comparativo entre os valores. Em item seguinte será mostrada a evolução DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS destes valores na análise por coeficientes. Tabela 6.xx- Balanço - Balanço Patrimonial Consolidado Das Empresas Controladas 2013-2014 Tabela 6.13 Patrimonial Consolidado Das Empresas Controladas 2013-2014 2013 ATIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE PASIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO *VALOR 6.461.373 3.186.569 3.274.804 6.461.373 4.146.071 759.842 1.555.461 (EmR$ R$milhares) milhares) (em 2013-2014 2014 AV(%) 100,00% 49,32% 50,68% 100,00% 64,17% 11,76% 24,07% VALOR 6.567.457 2.993.689 3.573.768 6.567.457 4.200.978 825.538 1.540.940 AV(%) 100,00% 45,58% 54,42% 100,00% 63,97% 12,57% 23,46% AH(%) 1,64 -6,05 9,13 1,64 1,32 8,65 -0,93 Fonte: Balanço Patrimonial Consolidado das Empresas Controladas e 2014 - *Valor Atualizado Fonte: Balanço Patrimonial Consolidado das Empresas Controladas 2013 e 20142013 - *Valor Atualizado O Ativo no exercício de 2014 atingiu o montante de R$6,5 bilhões, que comparado ao saldo do exercício anterior de R$6,4 bilhões, revela incremento de O Ativo no exercício de 2014 atingiu o montante de R$6,5 bilhões, que comparado ao saldo do exer1,64%, decorrente do acréscimo de 9,13% do Ativo Não Circulante que apresentou o cício anterior de R$6,4 bilhões, revela incremento de 1,64%, decorrente do acréscimo de 9,13% do Ativo saldo de R$3,5 bilhões em 2014, com representação de 54,42% (50,68% em 2013) Não Circulante que apresentou o saldo de R$3,5 bilhões em 2014, com representação de 54,42% (50,68% sobre o total do Ativo. Este valor representativo tem origem no Banpará, cujo saldo em 2013) sobre o total do Ativo. Este valor representativo tem origem no Banpará, cujo saldo do Ativo Não do Ativo Não Circulante no exercício de 2014 foi de R$2,1 bilhões, representando Circulante no exercício de 2014 foi de R$2,1 bilhões, representando 59% do total do Não Circulante. 59% do total do Não Circulante. O Ativo Não Circulante com o saldo de R$3,5 bilhões apresentou um acréscimo em relação ao saldo O Ativo Não Circulante com o saldo de R$3,5 bilhões apresentou um acréscimo em relação ao saldo atualizado anterior de 9,13%. As empresas individualmente grupo, quando comparado ao exercício anterior. A representação do Ativo Não Circulante em relação ao apresentaram acréscimos nos saldos deste grupo, quando comparado ao exercício atualizado anterior de 9,13%. As empresas individualmente apresentaram acréscimos nos saldos deste total do Ativo foi de 54,42%. O Passivo Circulante evidencia o saldo de R$4,2 bilhões, expressando evolução de 1,32%, se comparado ao saldo do exercício de 2013, devendo-se o aumento ao crescimento dos saldos das contas do Banpará, no montante de R$4,1 bilhões, sendo responsável por 97% do total do Circulante e 62% do Passivo Total. O saldo do Passivo Não Circulante de R$825,5 milhões aumentou em 8,65% quando comparado ao saldo do exercício de 2013, obtendo participação de 12,57% do Passivo Total. O acréscimo apresentado no saldo deste grupo originou-se da Cosanpa, devido ao aumento em 65,86% do Passivo Não Circulante da empresa, em decorrência, principalmente, do acréscimo no saldo da conta de Impostos e Contribuições. O saldo em 2014 de R$1,5 bilhão do Patrimônio Líquido diminuiu 0,93% em confronto com o saldo do exercício anterior, derivado da redução do Patrimônio Líquido da Cosanpa de 2,91%, verificado principalmente na conta de Reserva de Reavaliação que reduziu de R$239 milhões para R$183 milhões. 171 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.7.2. ANÁLISE POR COEFICIENTE 6.7.2. Análise por Coeficiente A finalidade desta seção é aapresentar a análise contábil dos coeficientes das A finalidade desta seção é apresentar análise contábil dos coeficientes das empresas controladas empresas controladas pelo Estado, ou seja, as Empresas Públicas e Sociedades de pelo Estado, ou seja, as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. A tabela a seguir, apresenta Economia Mista. A tabela a seguir, apresenta os coeficientes e suas respectivas fórmulas os coeficientes e suas respectivas fórmulasde aplicadas nos exercícios de 2012 2014 e adiante aplicadas nos exercícios financeiros 2012 a 2014 e adiantefinanceiros a análise sobre osaresultados. a análise sobre os resultados. Tabela 6.14 - Coeficientes das Empresas Controladas 2012 – 2014 Tabela 6.xx - Coeficientes das Empresas Controladas 2012 – 2014 COEFICIENTES LIQUIDEZ IMEDIATA LIQUIDEZ CORRENTE LIQUIDEZ SECA LIQUIDEZ GERAL PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO RENTABILIDADE SOBRE O INVESTIMENTO RENTABILIDADE SOBRE O ATIVO MARGEM OPERACIONAL MARGEM LÍQUIDA FÓRMULA DISP. PC AC PC DISP. PC AC + RLP PC + ELP PC + ELP Pass. Total PC PC + ELP RES. EXERC. PL RES. EXERC. AT. TOTAL RES. OPER. VENDAS LIQ. RES. EXERC. 1 VENDAS LIQ.1 2012 2013 2014 0,04 0,03 0,04 0,73 0,77 0,71 0,73 0,77 0,71 0,96 1,02 1,02 0,79 0,76 0,77 0,78 0,85 0,84 0,01 0,00 0,04 0,00 0,00 0,01 0,23 0,20 0,11 0,02 0,01 0,11 Fonte: BPconsolidado consolidadoe eDRE DRE das Empresas Controladas Fonte: BP das Empresas Controladas 1 Nota: (1)( Vendas ) Vendas Brutas Bruta) – CMV (ou Deduções daBruta) Rec. Bruta) = Vendas Brutas (ou(ou Rec.Rec. Bruta) – CMV (ou Deduções da Rec. = Vendas LíquidasLíquidas (ou Rec. (ou Líq.)Rec. Líq.) Comparando-se o índice de liquidez imediata de 2014 de 0,04 ao indicador do Comparando-se o índice de liquidez imediataum de 2014 de 0,04 Vale ao indicador do exercício de 2013 exercício de 2013 de 0,03 percebe-se acréscimo. ressaltar que, neste de 0,03 percebe-se um acréscimo. Vale ressaltar que, neste Passivo Circulante, está inclusa a conta de Passivo Circulante, está inclusa a conta de Depósitos à vista do Banpará, que Depósitos à vista do Banpará, que corresponde aos saldos bancários em conta corrente dos seus clientes, aos está saldos bancários em conta corrente como dos seus cuja de cuja corresponde realização imediata limitada a condicionantes pela legislação, o prazoclientes, para a previsão realização saques elevados. imediata está limitada a condicionantes pela legislação, como o prazo para a previsão de saques elevados. Os índices de liquidez corrente e liquidez seca são semelhantes nos três exercícios com indicador no exercício de 2014 de 0,71, mostrando redução em comparação aos outros exercícios. Este índice Os índices de liquidez corrente e liquidez seca são semelhantes nos três revela quanto as empresas possuem de ativos disponíveis para pagar suas obrigações no curto prazo, exercícios com indicador desconsiderando os seus estoques.no exercício de 2014 de 0,71, mostrando redução em comparação aos outros exercícios. Este índice revela quanto as empresas possuem O índice de 1,02 de liquidez geral manteve o verificado em 2013. Esse indicador revela que existe de ativos disponíveis para pagar suas obrigações no curto prazo, desconsiderando R$1,02 de direitos e haveres no circulante e no realizável a longo prazo para cada R$1,00 de dívida, ou seus estoques. seja,os existe uma sobra de R$0,02 centavos. Deve-se, entretanto, considerar os prazos médios de pagamentos e o volume do estoque, para análise conveniente da liquidez das empresas. 172 O índice de 1,02 de liquidez geral manteve o verificado em 2013. Esse indicador revela que existe R$1,02 de direitos e haveres no circulante e no realizável a longo prazo para cada R$1,00 dívida, ou seja, TRIBUNALde DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁexiste uma sobra de R$0,02 centavos. Deve-se, entretanto, considerar os prazos médios de pagamentos e o Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As Empresas Controladas evidenciam no exercício de 2014 o índice de 0,77 de participação de capital de terceiros, indicando que há capital de terceiros na ordem de 77% e capital próprio de 23%. Este índice mostra elevação do percentual de participação de recursos de terceiro, comparado ao exercício de 2013. No longo prazo essa percentagem de capitais de terceiros não poderia ser muito elevada, considerando que aumentaria as despesas financeiras deteriorando a posição de rentabilidade das empresas. Assim, quanto menor o índice, melhor a situação das empresas. O indicador de composição do endividamento de 0,84 sofreu redução em relação ao índice do ano anterior. Este índice demonstra quanto a empresa possui de obrigações de curto prazo para cada R$1,00 de obrigações totais (curto e longo prazo). O índice demonstra que 84% do endividamento total corresponde a dívidas de curto prazo. O quociente de rentabilidade sobre o investimento relaciona o lucro liquido com o valor do investimento, ou seja, indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00 de capital próprio investido. O índice demonstra que a taxa de rentabilidade sobre o capital próprio foi de 0,04, ou seja, o lucro obtido foi superior a 4%. Este índice demonstra que as empresas controladas - com exceção do Banpará, que apresentou em seu resultado o lucro líquido de R$148,1 milhões e rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido de 26% - apresentaram prejuízos e não estão rentabilizando o capital investido. Os ativos representam os recursos totais da empresa considerando capital próprio e de terceiros. A rentabilidade sobre o ativo possibilita identificar quanto a empresa obteve de rentabilidade em relação à quantidade de utilização dos recursos do Ativo. O índice 0,01 indica que houve um pouco mais de 1% de rentabilidade sobre o ativo total. A margem operacional expressa a relação entre o lucro bruto e as operações, ou seja, quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00 produzido. Ressalta-se que o resultado com Vendas Líquidas neste caso é substituído pela Receita Líquida das Empresas. O índice de 0,11 mostra o lucro bruto de 11% sobre as vendas, demonstrando redução se comparado ao índice de 2013, sendo o menor desde 2012. O quociente de margem líquida revela a relação entre o lucro líquido e as operações ou vendas das empresas, evidenciando o quanto conseguem de lucro para cada R$1,00 de Receitas Líquidas. O índice 0,11 indica que houve retorno considerável no nível de resultados consolidados, quando comparados com os indicadores de 2012 e 2013, de 0,02 e 0,01 respectivamente. 173 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.7.3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 6.7.3. Demonstração do Resultado do Exercício O resultado conjunto na em Demonstração do Resultado do Exercício O econômico resultado apresentado econômico em apresentado conjunto na Demonstração do das Resultado do Exercício das Empresas Controladas em 31-12-2014, após o confronto Empresas Controladas em 31-12-2014, após o confronto das receitas e despesas apuradas pelas Empredas receitas e despesas apuradas pelas Empresas pelo regime de competência, sas pelo regime de competência, revela o resultado operacional líquido do exercício com lucro de R$67,3 revela o resultado operacional líquido do exercício com lucro de R$67,3 milhões. milhões. Os componentes que provocaram a alteração anaalteração situação líquida patrimonial, como os resulOs componentes que provocaram na situação líquidabem patrimonial, bem como os resultados dos confrontos das receitas e despesas poderão ser tados dos confrontos das receitas e despesas poderão ser observados em comparação ao resultado do observados em comparação ao resultado do exercício de 2013 (atualizados pelo IPCA exercício2014), de 2013 (atualizados pelovertical IPCA 2014), inclusive a análisetabela vertical e horizontal, conforme tabela inclusive a análise e horizontal, conforme a seguir: a seguir: Tabela 6.15 Consolidado do Exercício das Empresas Controladas Controladas 2013–2014 Tabela 6. -- Resultado Resultado Consolidado do Exercício das Empresas 2013–2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) 31/12/2013 GRUPOS RECEITAS OPERACIONAIS LÍQUIDAS OUTRAS RECEITAS (-) DESPESAS OPERACIONAIS (-) OUTRAS DESPESAS RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 31/12/2014 AH% VALOR AV% VALOR AV% 1.170.775 100,00 1.342.531 100,00 14,67 39.849 3,40 140.380 10,46 252,28 1.056.647 90,25 1.304.515 97,17 23,46 147.254 12,58 111.022 8,27 -24,61 6.723 0,57 67.374 5,02 902,14 Fonte: Consolidado dos Resultados do Exercício das Empresas - 2013/2014. Fonte: Demonstrativo Demonstrativo Consolidado dos Resultados do Exercício das Empresas - 2013/2014. Tabela 6.25 - Gestão Econômica e Financeira das Empresas Controladas - 2013-2014 Destaca-se que as Receitas Operacionais Líquidas são a referência de valor para(Em a R$ Análise milhares)Vertical - AV%. 2014 Resultado do Exercício de 2013 As Receitas Operacionais Receita Oper Outrasno Líquidas realizadas Líquida Receitas Variação 2012/2013(%) Despesa Outras Resultado do exercício de 2014 apresentaram o saldo de Operacional Despesas Exercício R$1,3 bilhão, evidenciando acréscimo de 14,67% em comparação ao saldo do exercício de 2013. Por outro lado, 153.823 1.150.489 9.806 -902.870 -109.361 148.064 Banpará -3,74 o grupo das Outras Receitas expressa o saldo em 31-12-2014 de R$140,3 milhões, revelando aumento de 252,28%Cosanpa em comparação-145.492 ao saldo de192.042 2013, representando 10,46% das receitas operacionais, conforme 130.543 -400.492 -1.659 -79.566 -45,31 verifica-se na Análise Vertical - AV% e Horizontal - AH%. Gás do Pará -758 0 24 -914 -1 -891 17,55 AsCazbar Despesas Operacionais com o saldo de R$1,3 bilhão no exercício de -233 2014 apresentaram in-850 0 7 -239 -1 -72,59 cremento de 23,46%, quando comparadas com o saldo das despesas operacionais do exercício anterior Total 6.723 1.342.531 140.380 -1.304.515 -111.022 67.374 902,14 no montante de R$1 bilhão, e representaram a utilização de 97,17% das Receitas Operacionais deste exercício.Fonte: Demonstrações Contábeis das Empresas - 2013/2014. 174 O resultado do exercício de 2014 do Banpará foi o lucro no montante de R$148 milhões. Esse resultado, seTRIBUNAL comparado ao saldo atualizado de 2013 de R$153,8 DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ milhões, apresenta decréscimo de 3,74%. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O saldo de R$111 milhões das Outras Despesas apresentou redução de 24,61% em relação ao saldo do exercício anterior, que foi de R$147,2 milhões, e utilizou 8,27% das receitas de referência, desprezando neste indicador, a vinculação direta com Outras Receitas. O Resultado Operacional Líquido consolidado das Empresas Controladas no Oexercício Resultadode Operacional Líquido consolidado Empresas Controladas no exercício de 2014, 2014, expressa o saldo dedas R$67,3 milhões. Esse saldo, quando comparado ao saldo do exercício de 2013 de R$6,7 milhões, apresenta expressa o saldo de R$67,3 milhões. Esse saldo, quando comparado ao saldo do exercício de 2013 de desenvolvimento de 902,14%, em função da redução em 45,31% do prejuízo da R$6,7 milhões, apresenta desenvolvimento de 902,14%, em função da redução em 45,31% do prejuízo da Cosanpa e do decréscimo de 72,59% do prejuízo da Cazbar. Cosanpa e do decréscimo de 72,59% do prejuízo da Cazbar. O resultado econômico e financeiro apresentado pelas empresas, no exercício 2014, comparado aofinanceiro resultadoapresentado do exercíciopelas de 2013, apresenta-se conforme tabela Ode resultado econômico e empresas, no exercício de 2014, comparado a seguir: ao resultado do exercício de 2013, apresenta-se conforme tabela a seguir: Tabela - Gestão Econômica e Financeira Empresas Controladas - 2013-2014 Tabela 6.16 6.25 - Gestão Econômica e Financeira das Empresasdas Controladas - 2013-2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) Resultado do Exercício de 2013 Receita Oper Líquida 1.150.489 Outras Receitas 9.806 2014 Despesa Operacional -902.870 Outras Resultado do Despesas Exercício -109.361 148.064 Variação 2012/2013(%) Banpará 153.823 Cosanpa -145.492 192.042 130.543 -400.492 -1.659 -79.566 Gás do Pará -758 0 24 -914 -1 -891 17,55 Cazbar -850 0 7 -239 -1 -233 -72,59 6.723 1.342.531 140.380 -1.304.515 -111.022 67.374 902,14 Total -3,74 -45,31 Fonte: Contábeis dasdas Empresas - 2013/2014. Fonte:Demonstrações Demonstrações Contábeis Empresas - 2013/2014. O resultado do exercício de 2014 do o lucrofoi noomontante R$148 de milhões. O resultado do exercício deBanpará 2014 do foi Banpará lucro no de montante R$148Esse resultado,milhões. se comparado saldo atualizado de 2013 de milhões, apresenta de 3,74%. Esse ao resultado, se comparado aoR$153,8 saldo atualizado de 2013decréscimo de R$153,8 milhões, apresenta decréscimo de 3,74%. A Cosanpa espelha um resultado negativo no exercício, com o prejuízo de R$79,5 milhões, se comA Cosanpa espelha umdenota-se resultadoredução negativo exercício, com o prejuízo parado ao prejuízo do exercício anterior, de no 45,31% no saldo desse prejuízo.de R$79,5 milhões, se comparado ao prejuízo do exercício anterior, denota-se redução de 45,31% no saldo desse prejuízo. O saldo de R$24 mil das outras receitas, apresentadas pela Companhia de Gás do Pará, refere-se a rendimentos de aplicações pois areceitas, empresaapresentadas não realizou receitas, tendo emde vista que O saldo de R$24financeiras, mil das outras pela Companhia Gás do Pará, refere-sesendo a rendimentos aplicaçõesderivada financeiras, pois a empresa não não se encontra em operação, sua receitade operacional da manutenção de seus recursos realizou receitas, tendo em vista que não se encontra em operação, sendo sua receita pré-operacionais. Apresenta o saldo de despesas operacionais de R$914 mil, o qual reflete no resultado operacional derivada da manutenção de seus recursos pré-operacionais. Apresenta o negativosaldo de R$891 mil. Observa-se que esse resultado foioacrescido emno 17,55% no exercício de despesas operacionais de R$914 mil, qual reflete resultado negativodede2014. R$891 mil. Observa-se que esse resultado foi acrescido em 17,55% no exercício de Durante 2014. o exercício de 2014 a Cazbar apresentou prejuízo de R$233 mil, motivado pela não operacionalização da empresa, esse saldo apresenta-se reduzido em 72,59%, se comparado ao saldo do Durante o exercício de 2014 a Cazbar apresentou prejuízo de R$233 mil, motivado pela não operacionalização da empresa, esse saldo apresenta-se reduzido em 72,59%, se comparado ao saldo do exercício de 2013. As receitas apresentadas no montante de R$7 mil são decorrentes de rendimentos de aplicação financeira. A despesa operacional com o saldo de R$239 mil refere-se a custos com a fase de implantação para a inicialização das operações. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 175 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 6.7.4 FLUXO DE CAIXA A Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC é um importante instrumento de avaliação, que permite avaliar e controlar as situações presentes e projetar aplicação financeira. A despesa operacional com o saldo de R$239 mil refere-se a custos com a fase de cenários de fluxos futuros de caixa e equivalentes. As informações dos fluxos de implantação para a inicialização das operações. caixa são úteis aos usuários da informação contábil, na análise do desempenho financeiro do setor público, pois permite uma visão geral da situação das finanças públicas possibilitando efetuar comparações entre ingressos e desembolsos por 6.7.4. Fluxo de Caixa tipo de atividades. exercício de 2013. As receitas apresentadas no montante de R$7 mil são decorrentes de rendimentos de A Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC é um importante instrumento de avaliação, que permite A obrigatoriedade de elaboração e publicação da futuros DFC vigora pore força da avaliar e controlar as situações presentes e projetar cenários de fluxos de caixa equivalentes. As Lei nº alterou art. 176 da Lei nº contábil, 6.404/76, e refere-se às informações dos11.638/2007, fluxos de caixaque são úteis aos ousuários da informação na análise do desempenho sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior ao valor de R$2 milhões de reais; as que possuem patrimônio líquido na data do balanço inferior a efetuar comparações entre ingressos e desembolsos por tipo de atividades. esse valor não são obrigadas à elaboração e publicação desse demonstrativo. financeiro do setor público, pois permite uma visão geral da situação das finanças públicas possibilitando A obrigatoriedade de elaboração e publicação da DFC vigora por força da Lei nº 11.638/2007, que A DFC indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa e equivalentes de caixa da entidade durante um determinado período e o resultado superior ao valor de R$2 milhões de reais; as que possuem patrimônio líquido na data do balanço inferior desse fluxo, identificadas pelos recebimentos e pagamentos realizados de a esse valor não são obrigadas à elaboração e publicação desse demonstrativo. determinadas atividades operacionais. A elaboração da DFC pode ser pelo método ou indireto e evidencia movimentações caixa e seus Adireto DFC indica quais foram as saídas easentradas de dinheiro havidas no caixa enoequivalentes de caixa da equivalentes nos fluxos das atividades: operacionais; de investimentos e de entidade durante um determinado período e o resultado desse fluxo, identificadas pelos recebimentos financiamentos. e pagamentos realizados de determinadas atividades operacionais. A elaboração da DFC pode ser pelo alterou o art. 176 da Lei nº 6.404/76, e refere-se às sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido método direto ou indireto e evidencia as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes nos fluxos O Fluxo de caixa das atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos das Empresas Controladas Não Dependentes; Banpará, Cosanpa, Gás Pará, operacionais, apresentados em suas demonstrações contábeis OCazbar Fluxo de ecaixa dasdo atividades de investimentos e de financiamentos das Empresas encaminhadas ao TCE/PA, em atendimento ao Regimento Interno, apresenta-se Controladas Não Dependentes; Banpará, Cosanpa, Cazbar e Gás do Pará, apresentados em suas deresumidamente na tabela a seguir: das atividades: operacionais; de investimentos e de financiamentos. monstrações contábeis encaminhadas ao TCE/PA, em atendimento ao Regimento Interno, apresenta-se resumidamente na tabela a seguir: Tabela - Demonstração dos Fluxos de Caixa Tabela 6.17 - Demonstração dos7.Fluxos de Caixa (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) FLUXOS DE CAIXA BANPARÁ COSANPA CAZBAR GÁS TOTAL De Atividades Operacionais -41.291 -57.099 -338 -889 -99.618 De Atividades de Investimentos -44.165 -111.991 0 -7 -156.163 De Atividades de Financiamentos -84.881 164.233 0 594 79.946 -170.337 -4.857 -338 -302 -175.834 1.153.512 10.531 340 462 1.164.845 983.175 5.674 2 160 989.011 Aumento/Redução das Disponibilidades Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Período 176 Fonte:Demonstrativo Demonstrativo Consolidado dodo Exercício dasdas Empresas - 2014 Fonte: Consolidadodos dosResultados Resultados Exercício Empresas - 2014 As Empresas Controladas não dependentes, Banpará, Cosanpa e Gás do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Pará, elaboraram e apresentaram as Demonstrações do Fluxo de Caixa, pelo Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As Empresas Controladas não dependentes, Banpará, Cosanpa e Gás do Pará, elaboraram e apresentaram as Demonstrações do Fluxo de Caixa, pelo Método Indireto, o qual parte do lucro ou prejuízo líquido para após os ajustes necessários se chegar ao valor das disponibilidades produzidas no período. Esses ajustes são identificados pelas operações registradas na Demonstração do Resultado do Exercício. A empresa Cazbar elaborou e apresentou a DFC pelo Método Direto, que resume todos os pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades operacionais da empresa, devendo apresentar os componentes do fluxo por seus valores brutos. A Demonstração do Fluxo de Caixa consolidada das Empresas Controladas Não Dependentes, apresentada de forma resumida na tabela anterior, revela o caixa líquido das atividades operacionais com o saldo negativo de R$99,6 milhões, onde são aplicadas as receitas e gastos decorrentes da industrialização, comercialização ou prestação de serviços das empresas. Este saldo decorreu principalmente das variações de ativos e obrigações do Banpará que passou de um saldo positivo de R$403,6 milhões no exercício de 2013, para o saldo negativo de R$369,1 milhões no exercício de 2014, refletindo no saldo negativo de R$41,2 milhões de caixa líquido aplicado em atividades operacionais. O fluxo de caixa das atividades de Investimento inclui os gastos efetuados no Realizado a Longo Prazo; em investimentos, no imobilizado ou no intangível, bem como as entradas por venda de ativos registrados nos referidos subgrupos de contas. O saldo do caixa líquido das atividades de investimento foi negativo de R$156,1 milhões, com aplicação em investimentos de maior relevância ocorrido na Cosanpa no montante de R$111,9 milhões. No Banpará o saldo do caixa líquido proveniente das atividades de investimento foi de R$44,1 milhões, em relação ao investimento no imobilizado da Gás do Pará, o saldo do caixa líquido foi de R$7 mil. As Atividades de Financiamento representam os recursos obtidos do Passivo Não Circulante e do Patrimônio Líquido e devem ser incluídos os empréstimos e financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dividas e os valores pagos aos acionistas a título de dividendos. O saldo das disponibilidades geradas pelas atividades de financiamento foi positivo de R$79,9 milhões, obtidos do registro de adiantamento para futuro aumento de capital da Cosanpa no montante de R$164,2 milhões e do aporte de capital da Gás do Pará no montante de R$594 mil, tendo em vista que o Banpará apresentou o saldo negativo de R$84,8 milhões, devido a pagamentos de juros sobre o capital próprio e dividendos pagos ou provisionados. 177 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A variação líquida de disponibilidades de caixa foi negativa, com o saldo de R$175,8 milhões, em função de redução no saldo de caixa das empresas, tendo em vista, terem apresentado as disponibilidades no inicio do exercício no montante de R$1,1 bilhão e ao final do exercício passou para R$989 milhões. Ressalta-se que foi publicada em 27-03-2015 no Diário Oficial do Estado, em conjunto com as Demonstrações Contábeis do exercício de 2014, a Demonstração do Fluxo de Caixa da Cazbar referente ao exercício de 2013, retificada, apresentando a movimentação completa do fluxo de caixa das atividades operacionais, tendo em vista que ficou ausente na divulgação das Demonstrações Contábeis do exercício de 2013 apresentadas a este Tribunal, considerando a recomendação desta Corte de Contas, conforme Resolução nº 18.590 de 28-05-2014, que aprovou o parecer prévio relativo ao Balanço Geral do Estado do exercício de 2013. 6.8. CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO – NBCASP PELO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ. Com a finalidade de promover a convergência às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público-NBCASP, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN, órgão central de contabilidade da União, desde 2008 publica portarias para que os entes federativos elaborem práticas de absorção do “novo” pensar contábil ao setor público brasileiro. Neste sentido o Conselho Federal de Contabilidade – CFC editou as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público – NBC T 16, em número de onze, as quais traçam os conceitos e procedimentos específicos para a nova contabilidade pública brasileira, em direção às mudanças necessárias no sentido da adequação dos procedimentos contábeis aplicados na área pública. Salienta-se que a principal mudança constatada é no enfoque contábil, ou seja, passando do foco no controle orçamentário, para uma visão patrimonial com a adoção do regime de competência para as receitas e despesas públicas. Em seguida, a STN instituiu três grupos de trabalho: o Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis (GTCON); Grupo Técnico de Padronização de Relatórios (GTREL); e Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais (GTSIS). Por conseguinte, é publicada a Portaria nº 548/10 regulamentando o Decreto Presidencial nº 7.185/10, que cria e define o padrão mínimo do Sistema Integrado de Administração Financeira e Controle (SIAFIC). No final do ano de 2013, foi publicada pela Secretaria do Tesouro Nacional a Portaria nº 634 que estabeleceu regras gerais acerca das diretrizes, normas e procedimentos contábeis aplicáveis aos entes 178 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Padronização de Procedimentos Contábeis (GTCON); Grupo Técnico de Padronização de Relatórios (GTREL); e Grupo Técnico de Sistematização de Informações Contábeis e Fiscais (GTSIS). Por conseguinte, é publicada a Portaria nº 548/10 regulamentando o Decreto Presidencial nº 7.185/10, que cria e define o padrão mínimo do Sistema Integrado Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará de Administração Financeira e Controle (SIAFIC). DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS No final do ano de 2013, foi publicada pela Secretaria do Tesouro Nacional a Portaria nº 634 que estabeleceu regras gerais acerca das diretrizes, normas e procedimentos da Federação, vistas àaos consolidação contas públicas União, Estados, dodas Distrito Federal contábeis com aplicáveis entes dadas Federação, com da vistas à dos consolidação contas públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sob a mesma base e dos Municípios, sob a mesma base conceitual. Além disso, a referida portaria estabeleceu os seguintes conceitual. Além disso, a referida portaria estabeleceu os seguintes prazos à convergência prazos à convergência às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBCASP: às Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – NBCASP: CONVERGÊNCIA ÀS NBCASP Divulgar em meio eletrônico de acesso público o cronograma de ações a adotar e encaminhar documentação comprobatória para a STN e o TCE. Procedimentos Contábeis Específicos (PCE) Procedimentos Contábeis Patrimoniais (PCP) Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP) Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público (DCASP) As Consolidações das contas dos entes da Federação de 2014 com a adoção integral dos novos PCASP e o DCASP. Fonte: Sítio da Secretaria do Tesouro Nacional - STN PRAZOS Até o dia 31 de maio de 2013. Até o termino do exercício 2013. Definidos cfe. Ato específico STN Até o término do exercício 2014. Até o término do exercício 2014. de da de de Em 2015. a Portaria nº 634/2013, a mesma estabeleceu específico a AindaAinda sobre sobre a Portaria nº 634/2013, a mesma estabeleceu capitulocapitulo específico para a para informação informação de custos no qual ressalta que os prazos para a implementação desse sistema, de custos no qual ressalta que os prazos para a implementação desse sistema, a Lei nº 4.320/1964 e a a Lei nº 4.320/1964 e a Lei Complementar nº 101/2000, tornaram obrigatória a sua adoção Lei Complementar nº dos 101/2000, tornaram obrigatória desde a edição referidos diplomas legais. a sua adoção desde a edição dos referidos diplomas legais. No ano de 2014, à STN, visando dar continuidade no processo de convergência às NBCASP, estabeleceu regras para recebimento contábeis e fiscais dos entes daestaNo ano de 2014, a STN, visando dar continuidadedos no dados processo de convergência às NBCASP, Federação para o exercício de 2015, criou regras de transição para os DCASP, tornou as beleceu regras para recebimento dos dados contábeis e fiscais dos entes da Federação para o exercício Demonstrações dos Fluxos de Caixa (DFC) e do Patrimônio Líquido (DMPL) facultativa em de 2015, regras de transição as Demonstrações dos2014 Fluxos Caixa (DFC) 2014,criou porém obrigatória em para 2015oseDCASP, por fim,tornou em 10 de dezembro de foi de editada e publicada a Portaria Conjunta nº 01 e a Portaria nº 700 que aprovaram os procedimentos e do Patrimônio Líquido (DMPL) facultativa em 2014, porém obrigatória em 2015 e por fim, em 10 de dezembro de 2014 foi editada e publicada a Portaria Conjunta nº 01 e a Portaria nº 700 que aprovaram os procedimentos contábeis, PCASP e DCASP da 6ª edição do MCASP, a vigorar na data de publicação com efeitos a partir do exercício financeiro de 2015. No âmbito Estadual, cumprindo seu papel pedagógico de orientar os órgãos jurisdicionados ao bom procedimento contábil, o Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE/PA, por meio da resolução nº 18.269/2012, exigiu cronograma de implantação das práticas às regras e procedimentos previstos no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP dos Poderes, até ao final do exercício de 2014. Em 2013 o Governo do Estado realizou o Seminário de Lançamento do Novo Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios - SIAFEM adequado ao PCASP em conformidade com o MCASP. Com esse Seminário foi dado o início à efetiva implantação do Siafem/PA adequado as 179 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NBCASP, o que resultou na abertura do novo Siafem a partir de janeiro de 2014 para todos os órgãos e entidades da administração pública estadual. Por tudo exposto, ressalta-se que o Estado do Pará deu um passo fundamental no processo de convergência com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público - IPSAS e as NBCASP. A iniciativa atendeu as determinações da STN e do TCE/PA e fez com que o Estado do Pará estivesse entre os 13 Estados da Federação e o Distrito Federal que implantaram o novo PCASP integralmente em 2014. 180 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 7 GESTÃO FISCAL 181 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 182 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7. GESTÃO FISCAL A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com o propósito de assegurar a consecução das metas fiscais, bem como dar transparência dos gastos públicos, pressuposto da “gestão fiscal responsável”. Neste capítulo será evidenciada a situação do Governo do Estado e do Poder Executivo em relação aos aspectos inerentes a LRF, verificando a transparência, o cumprimento de diversos limites definidos em lei, a disponibilidade de caixa, os restos a pagar, bem como o atingimento das metas de resultado entre receitas e despesas. 7.1. TRANSPARÊNCIA A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no art. 1º, §1º, define que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação planejada e transparente. Desse modo, a transparência é fundamental para o agente público ter responsabilidade na gestão fiscal. Como instrumento de transparência, a LRF instituiu o Relatório de Gestão Fiscal - RGF, abrangendo as informações referentes à consecução das metas fiscais e dos limites de que trata a lei em observância aos princípios da publicidade e da transparência. Em 2009, foi criada a chamada Lei da Transparência (LC nº131, de 27 de maio de 2009) que acrescenta dispositivos à LRF ampliando a transparência a ser observada pelos entes da Federação. A referida lei trouxe inovações no sentido de assegurar a transparência mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre as execuções orçamentária e financeira em meios eletrônicos de acesso público. 7.1.1. Divulgação dos Relatórios a) Publicação do Relatório Conforme consulta realizada no Diário Oficial do Estado, o Poder Executivo atendeu ao princípio da publicidade, disponibilizando o RGF e o RREO nos prazos estabelecidos nos arts. 52 e 55, § 2º e no art. 165 § 3º da Constituição Federal, onde disciplina que a publicação do RGF deverá ocorrer até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada quadrimestre, assim como o RREO após 30 (trinta) dias do encerramento de cada bimestre. A seguir será detalhada as datas das publicações. 183 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada quadrimestre, assim como o Constituição Federal, onde disciplina que a publicação do RGF deverá ocorrer RREO após 30 (trinta) dias do encerramento de cada bimestre. A seguir será até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada quadrimestre, assim como o detalhada as datas das publicações. Relatório deRREO Análise das após Contas de30 Governo do Estado do Parádo encerramento de cada bimestre. A seguir será (trinta) dias GESTÃO FISCAL detalhada as datas das publicações. Tabela 7.1 – Demonstrativo da Publicação do RGF PRAZO DA Tabela 7.1PERÍODO – Demonstrativo da Publicação do RGF DATA DA Tabela 7.1 – Demonstrativo da Publicação doPUBLICAÇÃO RGF 1° QUADRIMESTRE/2014 PERÍODO 2° QUADRIMESTRE/2014 3° 1° QUADRIMESTRE/2014 QUADRIMESTRE/2014 PUBLICAÇÃO 30-05-2014 PRAZO DA 30-09-2014 PUBLICAÇÃO 30-01-2014 30-05-2014 30-05-2014 DATA01-10-2014 DA PUBLICAÇÃO 30-01-2015 30-05-2014 2° QUADRIMESTRE/2014 30-09-2014 01-10-2014 CONSOLIDADO 02-03-2015 12-02-2015 QUADRIMESTRE/2014 30-01-2014 30-01-2015 Fonte:3° Sitio da Imprensa Oficial do Estado do Pará – www.ioepa.com.br CONSOLIDADO 02-03-2015 12-02-2015 Fonte: Sitio da Imprensa Oficial do Estado do Pará – www.ioepa.com.br Fonte: Sitio da Imprensa Oficial do Estado do Pará – www.ioepa.com.br A publicação do 2º quadrimestre do RGF foi efetuada fora do prazo, contrariando a legislação supramencionada, bem como a Resolução TCE nº A publicação do 2º quadrimestre do RGF efetuada fora doaprazo, A17.659/2009. publicação do 2º quadrimestre RGF foi fora foi do contrariando suEntretanto, emdorazão daefetuada publicação terprazo, ocorrido, o Estadolegislação não contrariando a legislação supramencionada, bem como a Resolução TCE nº pramencionada, bem como a impostas Resolução pela TCE nº 17.659/2009. razão da publicação ter sofreu as sanções LRF, art. 51, §Entretanto, 2º. Essaem intempestividade 17.659/2009. Entretanto, em razão da publicação ter ocorrido, o Estado nãotambém ocorrido, o Estadonão nãotrouxe sofreu as sanções pela por LRF,este art. 51, § 2º. Essa intempestividade também prejuízo à impostas análise feita TCE. sofreu as sanções impostas pela LRF, art. 51, § 2º. Essa intempestividade não trouxe prejuízo à análise feita por este TCE. também não trouxe prejuízo à análise feita por este TCE. Tabela 7.2 – Demonstrativo da – Publicação do RREO da Publicação do RREO Tabela 7.2 Demonstrativo PRAZO DA7.2 – Demonstrativo DATA DA PRAZO DA Tabela daPERÍODO Publicação do RREO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO 1° BIM/2014 30-03-2014 28-03-2014 4° BIM/2014 30-09-2014 DATA DA PRAZO DA PRAZO DA 2°PERÍODO BIM/2014 30-05-2014 30/05/2014 5°PERÍODO BIM/2014 30-11-2014 PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO PUBLICAÇÃO 3° BIM/2014 30-07-2014 30-07-2014 6° BIM/2014 30-01-2015 1° BIM/2014 30-03-2014 28-03-2014 4° BIM/2014 30-09-2014 Fonte: Sitio da Imprensa Imprensa30-05-2014 OficialdodoEstado Estado Pará – www.ioepa.com.br Fonte: Sitio da Oficial dodo Pará – www.ioepa.com.br 2° BIM/2014 30/05/2014 5° BIM/2014 30-11-2014 PERÍODO 3° BIM/2014 30-07-2014 30-07-2014 6° BIM/2014 Fonte: Sitio da Imprensa Oficial do Estado do Pará – www.ioepa.com.br 30-01-2015 DATA DA PUBLICAÇÃO 30-09-2014 DATA DA 28-11-2014 PUBLICAÇÃO 30-01-2015 30-09-2014 28-11-2014 30-01-2015 b) Divulgação meio eletrônico b) Divulgação meio eletrônico b) Divulgação meioexigidos eletrônico Todos os exigidos relatórios pela Fiscal LRF e(Gestão Fiscal e Resumido de Todos os relatórios pela LRF (Gestão Resumido de Execução Orçamentária) fo- Execução Orçamentária) foram divulgados Fazenda – Sefa, atendendo ao princípio da publicidade, em seu Orçamentária) sitio eletrônico (www.sefa.pa.gov.br). Execução foram divulgados seu sitio eletrônico (www.sefa.pa.gov.br). Fazenda – Sefa, atendendo ao princípio da seu sitio eletrônico (www.sefa.pa.gov.br). pela Secretaria de Estado transparência e publicidade, pela Secretaria de Estado transparência e publicidade, da em da em ram divulgadosTodos pela Secretaria de Estado da Fazenda Sefa,(Gestão atendendo ao princípio da transparência e os relatórios exigidos pela –LRF Fiscal e Resumido de 7.1.2. Audiências Públicas O Poder Executivo realizará audiência pública, onde demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre que deverá ocorrer na comissão referida no art. 166, § 1º da Constituição Federal ou comissão equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais, ao final dos meses de maio, setembro e fevereiro, conforme determina a LRF, art. 9°, § 4°. Segundo a LDO (Lei n° 7.722, de 15-07-2013), art. 15, § 5º, para realização da audiência pública o Poder Executivo deverá encaminhar à Assembleia Legislativa os relatórios de avaliação do cumprimento das metas fiscais, com justificativas de eventuais desvios e indicação das medidas corretivas adotadas, bem como apresentar os relatórios quadrimestrais constantes na LRF, até 3 (três) dias antes da audiência. 184 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa comunicou, por meio dos ofícios de n°s. 010/2014-CFFO/ALEPA (14-05-2014); 013/2014-CFFO/ALEPA (16-09-2014) e 03/2015-CFFO/ALEPA (11-02-2015), a este Tribunal de Contas que as audiências públicas foram realizadas em conjunto com o Poder Executivo, nos dias 14-05-2014, 30-09-2014 e 26-02-2015, respectivamen- 7.2 RECEITA LÍQUIDA te, na ALEPA, cumprindo CORRENTE assim ao disposto na LRF, bem como atendeu às recomendações efetuadas nas contas de Governo de exercícios anteriores. A Receita Corrente Liquida - RCL tem como principal objetivo servir de parâmetro para o montante da reserva de contingência e para os limites da despesa 7.2. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA total com pessoal, da dívida consolidada líquida, das operações de crédito, do serviço da dívida, das operações de crédito por antecipação da receita orçamentária e das A Receita Corrente Liquida - RCL tem como principal objetivo servir de parâmetro para o montante garantias do ente da Federação. da reserva de contingência e para os limites da despesa total com pessoal, da dívida consolidada líquida, acordodo com a Leidade Responsabilidade - LRF, art. 2º, inciso a orçadas operações De de crédito, serviço dívida, das operações Fiscal de crédito por antecipação da IV, receita Receita Corrente Líquida corresponde ao somatório das Receitas tributarias de mentária e das garantias do ente da Federação. contribuições, patrimonial, industrial, agropecuária, de serviços, transferências De acordo com a Lei receitas de Responsabilidade Fiscal - LRF, 2º, inciso IV, a Receita Corrente correntes e outras correntes, deduzidas no art. Estado às parcelas entregues aos Líquida Municípios por força a contribuição dos servidores para o custeio do corresponde ao somatório dasconstitucional, receitas tributarias de contribuições, patrimonial, industrial, agropecuária, sistema de previdência assistência e as receitas provenientes da entrede serviços, transferências correntesee outras receitassocial, correntes, deduzidas no Estado às parcelas compensação financeira entre os diversos sistemas de previdência, conforme dispõe a gues aos Municípios por força constitucional, a contribuição dos servidores para o custeio do sistema de CF/1988, art. 201, parágrafo 9º e será apurada somando-se a receitas arrecadadas no previdência e assistência social, e as receitas provenientes da compensação financeira entre os diversos mês em referencia e nos onzes sistemas de previdência, conforme dispõeanteriores, a CF/1988,excluídas art. 201, §as9ºduplicidades. e será apurada somando-se a receitas arrecadadas noQuanto mês emàreferencia e nos onzesressalte-se anteriores, excluídas duplicidades. Receita Patrimonial, que houveasdedução para perdas em aplicações financeiras do Regime Próprio de Previdência Social no valor de R$163,9 Quanto à Receita Patrimonial, ressalte-se que houve dedução para perdas em aplicações financeimilhões. ras do Regime Próprio de Previdência Social no valor de R$163,9 milhões. Em 2014, a RCL do Estado do Pará totalizou R$15,2 bilhões conforme abaixo Em 2014, a RCL do Estado do Pará totalizou R$15,2 bilhões conforme abaixo demonstrado: demonstrado: milhares) (Em(Em R$R$milhares) ESPECIFICAÇÃO TESPECIFICAÇÃO RECEITAS CORRENTES (I) 20.625.563 RECEITA TRIBUTÁRIA ICMS IPVA OUTRAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 10.596.629 8.797.960 430.606 1.368.463 RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO 1.115.583 RECEITA PATRIMONIAL 556.331 RECEITA AGROPECUÁRIA 138 RECEITA INDUSTRIAL 13.175 RECEITA DE SERVIÇOS 402.358 TRANSFERÊNCIAS CORRENTES COTA-PARTE DO FPE TRANSFERÊNCIA DA LC 87/1996 TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB OUTRAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES OUTRAS RECEITAS CORRENTES TOTAL 7.512.594 4.503.003 63.819 1.740.645 1.205.127 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ DEDUÇÕES (II) TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 428.845 5.533.189 2.555.793 185 Quanto à Receita Patrimonial, ressalte-se que houve dedução para perdas em 10.596.629 8.797.960 Próprio de Previdência Social no valor de R$163,9 RECEITA TRIBUTÁRIA ICMS aplicações financeiras do Regime IPVA milhões. OUTRAS Relatório de Análise das RECEITAS Contas de TRIBUTÁRIAS Governo do Estado do Pará 430.606 1.368.463 CONTRIBUIÇÃO 1.115.583 Em 2014, a RCL do Estado do Pará totalizou R$15,2 bilhões conforme abaixo 556.331 demonstrado: GESTÃO FISCAL RECEITA DE RECEITA PATRIMONIAL RECEITA AGROPECUÁRIA 138 (Em R$ milhares) 13.175 TOTAL 402.358 RECEITA INDUSTRIAL ESPECIFICAÇÃO TESPECIFICAÇÃO RECEITA DE SERVIÇOS RECEITAS CORRENTES (I) TRANSFERÊNCIAS CORRENTES RECEITA TRIBUTÁRIA COTA-PARTE DO FPE ICMS TRANSFERÊNCIA DA LC 87/1996 IPVA TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB OUTRAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 20.625.563 7.512.594 10.596.629 4.503.003 8.797.960 63.819 430.606 1.740.645 1.368.463 1.205.127 RECEITA DE CONTRIBUIÇÃO OUTRAS RECEITAS CORRENTES 1.115.583 428.845 RECEITA PATRIMONIAL DEDUÇÕES (II) TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS RECEITA AGROPECUÁRIA CONTRIBUIÇÃO AO PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR RECEITA INDUSTRIAL DEDUÇÕES DA RECEITA PARA FORMAÇÃO DO FUNDEB RECEITA DE SERVIÇOS 7.3. 556.331 5.533.189 2.555.793 138 613.837 13.175 2.363.559 402.358 RECEITA CORRENTECORRENTES LÍQUIDA (I - II) TRANSFERÊNCIAS COTA-PARTE DO FPE TRANSFERÊNCIA DA LC 87/1996 TRANSFERÊNCIAS DO FUNDEB CUMPRIMENTO DE LIMITES OUTRAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 15.092.464 7.512.594 4.503.003 63.819 1.740.645 1.205.127 OUTRAS RECEITAS CORRENTES 428.845 Os arts. 54 e 55 da LRF estabelecem a obrigatoriedade da elaboração e publicação quadrimestral, DEDUÇÕES (II) inclusive em meio eletrônico, dos Relatórios de Gestão Fiscal TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS CONTRIBUIÇÃO AO PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 da referida lei. DEDUÇÕES DA RECEITA PARA FORMAÇÃO DO FUNDEB - RGF sob a 5.533.189 responsabilidade dos titulares 2.555.793 613.837 2.363.559 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (I - II) 15.092.464 Da mesma forma, dispõe o art. 55 que o RGF deve conter demonstrativos com informações relativas à despesa com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e contragarantias de valores e operações de crédito, acrescidos, no último quadrimestre, dos demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro e das inscrições em Restos a Pagar. Neste tópico apresenta-se a análise quanto à verificação do cumprimento dos limites instituídos pela LRF, dos relatórios de gestão fiscal do 3° quadrimestre/2014, que, seguindo orientações contidas na Portaria n° 637 de 18-10-2012 da Secretaria do Tesouro Nacional - STN e da Resolução n° 17.659 de 2403-2009, deste TCEPA, abrangem o período de janeiro a dezembro de 2014. Para a elaboração do cálculo do cumprimento de limites da LRF, foram considerados os valores registrados no Sistema de Informação da Administração Financeira dos Estados e Municípios - Siafem, utilizando-se o extrator de dados Business Objects - BO, bem como os relatórios disponibilizados em sítios eletrônicos oficiais. 7.3.1. Despesas com Pessoal Como mecanismo de controle do gasto público, a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/00) determina que a despesa total com pessoal não pode exceder, para os Estados, 60% 186 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL da Receita Corrente Líquida (art.19, II da LRF). A repartição desse limite global não poderá, por sua vez, 7.3.1 DESPESAS COM PESSOAL exceder os percentuais por Poder/Órgão definidos pelo art. 20, II, da LRF. ESPECIFICAÇÃO PODER EXECUTIVO LIMITES % 48,60 PODER LEGISLATIVO 3,40 ALEPA - Assembleia Legislativa do Estado 1,56 TCE - Tribunal de Contas do Estado 0,96 TCM - Tribunal de Contas dos Municípios 0,60 MPC - Ministério Público de Contas do Estado 0,20 MPCM - Ministério Público de Contas dos Municípios 0,08 PODER JUDICIÁRIO 6,00 TJE – Tribunal de Justiça do Estado 5,92 JME – Justiça Militar do Estado 0,08 MINISTÉRIO PÚBLICO 2,00 Fonte: Siafem 2014 Considerando o disposto legal, demonstrou-se acima a repartição desse limite global de gastos com (Em R$ milhares) pessoal dos Poderes e órgãos do Governo do Estado do Pará, no qual o Poder Executivo detém 48,60% DESPESAS COM PESSOAL DESPESA REALIZADA desse limite, o Poder Legislativo 3,40% e o Poder Judiciário 6,00%. Complementando, o Ministério Publico DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) possui 2% do referido limite. Pessoal Ativo 9.189.241 7.302.696 Pessoal Pensionista compreende ao somatório dos gastos do ente da 2.711.847 A despesa totalInativo come pessoal Federação com os despesas de pessoal (LRF, art. 18, § 1º) 2.506 ativos, inativos Outras e os pensionistas, com quaisquer espécies remuneratórias, acrescidas, ainda, do montante (-) I. Renda (Resolução TCEPA n° 16.769/2003) 827.808 com contratos de terceirização de mão-de-obra a de servidores e empregados públicos. DESPESAS NÃO COMPUTADAS (LRF, art. 19, em § 1º) substituição (II) 1.765.832 (-) Indenização por Demissão e Incentivos à Demissão Voluntária 7.734 Dessas despesas, segundo a LRF, art. 19, § 1º, são deduzidas aquelas decorrentes de indenização (-) Decorrentes da Decisão Judicial 23.480 por demissão e (-) incentivos demissão voluntária; decorrentes de decisão judicial e despesas de exercíDespesas deàExercícios Anteriores 117.633 (-) Inativos e Pensionistas com Recursos cios anteriores; bem como as despesas com Vinculados inativos e pensionistas custeadas com1.616.985 recursos de fundos DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL - DTP (III)=(I-II) vinculados a tais despesas. RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL (IV) 7.423.409 15.092.464 DESPESA COM PESSOALapenas - DTP sobre RCL (V) = (III/IV)*100 Ressalta-se queTOTAL é considerada a aDespesa Líquida com Pessoal, ou seja,49,19% existem despesas Limite MÁXIMO (LRF, art. 20, incisos I, II e III) 60,00 que, embora configurem gastos com pessoal, não são consideradas para fins de apuração dos referidos Limite PRUDENCIAL, (LRF, art. 22,§ único) 57,00 Limite ALERTA (LRF art.59 inc. II §1º) 54,00 percentuais, conforme legislação vigente. Fonte: Siafem 2014 187 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ ESPECIFICAÇÃO LIMITES % Relatório de Análise das ContasPODER de Governo do Estado do Pará EXECUTIVO GESTÃO FISCAL 48,60 PODER LEGISLATIVO 3,40 ALEPA - Assembleia Legislativa do Estado Na apuração - Tribunal Contas do Estado doTCE limite de de gastos com pessoal, 1,56 0,96 dos vencimentos o TCE não considera a parcela TCM - Tribunal de Contas dos Municípios 0,60 correspondente à retenção do IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte – provenientes da folha de paMPCdeduzindo-o - Ministério Público Contas dode Estado 0,20 gamento dos servidores, do de cômputo gastos com pessoal, consoante dispõe a Resolução n° 16.769/2003. MPCM - Ministério Público de Contas dos Municípios PODER JUDICIÁRIO 0,08 6,00 TJE – Tribunal de Justiça do Estado 5,92 JME – Justiça Militar do Estado 0,08 7.3.1.1. Despesas com pessoal consolidado do Governo do Estado MINISTÉRIO 2,00 A despesa com pessoalPÚBLICO consolidada do Governo do Estado, apurada pelo TCE, deduzido o IRRF da Fonte: Siafem 2014 folha de pagamento dos servidores correspondeu a 49,19% da RCL, situando-se dentro do limite estabe- lecido na LRF, conforme tabela a seguir: Tabela 7.3 – Despesa com Pessoal Consolidado do Governo do Estado - 2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) DESPESAS COM PESSOAL DESPESA REALIZADA DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 9.189.241 Pessoal Ativo 7.302.696 Pessoal Inativo e Pensionista 2.711.847 Outras despesas de pessoal (LRF, art. 18, § 1º) (-) I. Renda (Resolução TCEPA n° 16.769/2003) DESPESAS NÃO COMPUTADAS (LRF, art. 19, § 1º) (II) (-) Indenização por Demissão e Incentivos à Demissão Voluntária (-) Decorrentes da Decisão Judicial (-) Despesas de Exercícios Anteriores (-) Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL - DTP (III)=(I-II) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL (IV) DESPESA TOTAL COM PESSOAL - DTP sobre a RCL (V) = (III/IV)*100 2.506 827.808 1.765.832 7.734 23.480 117.633 1.616.985 7.423.409 15.092.464 49,19% Limite MÁXIMO (LRF, art. 20, incisos I, II e III) 60,00 Limite PRUDENCIAL, (LRF, art. 22,§ único) 57,00 Limite ALERTA (LRF art.59 inc. II §1º) 54,00 Fonte: 2014 Fonte: Siafem Siafem 2014 Ressalta-se que o Demonstrativo Consolidado da Despesa com Pessoal, apurado pelo Governo do Estado e publicado em 12/02/2015, no DOE nº 32.828, apresenta limite de gastos com pessoal de 54,66% da RCL, diferente do obtido pelo TCE (49,19%) justamente por aquele não adotar a Resolução n° 16.769/2003. 188 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.3.1.2. Despesas com pessoal do Poder Executivo A Despesa com Pessoal do Poder Executivo tem seu limite máximo de 48,60% fixado na LRF nos arts. 19, inc. II e 20, II, “c”, § 4° da RCL. Cabe informar que, a Lei Complementar n° 54, de 07-02-2006, em seu art. 4°, combinado com a Emenda Constitucional n° 45/2004, assegurou autonomia funcional e administrativa à Defensoria Pública do Estado do Pará. Porém, quanto à apuração de limites da LRF, a Portaria 637 de 18-10-2012 da STN orientou que os dados referentes às defensorias públicas estaduais deverão estar contemplados nos demonstrativos do RGF do Poderes Executivos Estaduais, não possuir limitePrudencial estabelecido LRF. e da RCL, cumprindo assim o limite Legal depor 48,60%, o limite dena 46,17% o limite de Alerta de 43,74%, conforme demonstrado a seguir. Diante do exposto, o Poder Executivo efetuou gastos com pessoal no exercício de 2014, no montan- te de R$6,2 bilhões, que representou 41,74% da RCL, cumprindo assim o limite Legal de 48,60%, o limite Prudencial de 46,17%Tabela e o limite de–Alerta de 43,74%, conforme demonstrado seguir. x.xx Despesa Com Pessoal Poder Executivoa2014 Tabela 7.4 – Despesa Com Pessoal Poder Executivo 2014 DESPESAS COM PESSOAL (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) DESPESA REALIZADA DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 7.770.140 Pessoal Ativo 5.970.641 Pessoal Inativo e Pensionista 2.419.797 Outras despesas de pessoal (LRF, art. 18, § 1º) (-) I. Renda (Resolução TCEPA n° 16.769/2003) DESPESAS NÃO COMPUTADAS (LRF, art. 19, § 1º) (II) (-) Indenização por Demissão e Incentivos à Demissão Voluntária (-) Decorrentes da Decisão Judicial (-) Despesas de Exercícios Anteriores (-) Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL - DTP (III)=(I-II) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL (IV) 2.293 622.591 1.471.080 332 23.480 64.642 1.382.626 6.299.060 15.092.463 % DESPESA TOTAL COM PESSOAL - DTP sobre a RCL (V) = (III/IV)*100 41,74 Limite MÁXIMO (LRF, art. 20, incisos I, II e III) 48,60 Limite PRUDENCIAL, (LRF, art. 22,§ único) 46,17 Limite ALERTA ( LRF, art. 59, §1º, inc. II) 43,74 Fonte: Siafem Fonte: Siafem 20142014 Por fim, ressalta-se que o valor apurado por esta Corte de Contas quanto ao limite de Despesas Pessoal doo valor Poder Executivo foi Corte de 45,86%, valor queao diverge doDespesas apuradocom e Por fim,com ressalta-se que apurado por esta de Contas quanto limite de publicado pelo Poder Executivo no DOE deque 30-01-2014 Demonstrativo dapelo Despesa com Pessoal do Poder Executivo foi de 45,86%, valor diverge dono apurado e publicado Poder ExecuPessoal, decorrente da não aplicação da Resolução n° 16.769/2003. tivo no DOE de 30-01-2014 no Demonstrativo da Despesa com Pessoal, decorrente da não aplicação da Resolução n° 16.769/2003. 189 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.3.2. Dívida Consolidada Líquida Segundo o art. 29 da LRF, a Dívida Consolidada - DC ou Fundada – DF é o montante total das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a 12 meses, apurada sem duplicidade. Além disso, devem ser incluídos, nesse montante, os precatórios judiciais que foram emitidos a partir do ano de 2000 e que não foram pagos. Os limites de endividamento estão estabelecidos na Resolução nº 40/2001, com as alterações promovidas pela Resolução nº 05/2002, ambas do Senado Federal, onde, está definido que a dívida consolidada líquida corresponde à dívida pública consolidada, deduzida as disponibilidades de caixa, as aplicações financeiras e os demais haveres financeiros líquidos dos Restos a Pagar Processados. E ainda, no art. 3°, inc. I, a mesma resolução estabeleceu que a dívida consolidada dos Estados não poderá exceder a duas vezes, a receita corrente líquida. Destaca-se que, na composição do valor do Ativo Disponível e Restos a Pagar Processados, não estão inclusos os respectivos valores pertencentes ao Regime Previdenciário do Governo do Estado, sendo estes evidenciados e destacados separadamente conforme orienta o Manual de Demonstrativos Fiscais 5º edição da Secretaria do Tesouro Nacional. Essa evidenciação se faz necessária em função da composição e das peculiaridades do patrimônio do RPPS. Conforme os dados registrados no Siafem-2014, verifica-se que a dívida consolidada líquida do Governo do Estado do Pará, no exercício de 2014, atingiu o montante de R$1,5 bilhão, correspondendo a 9,97% da RCL, encontrando-se abaixo do limite estabelecido pelo Senado Federal, que é de 200% da RCL. Na tabela a seguir, demonstra-se o cálculo detalhado da dívida consolidada líquida. Tabela 7.5 - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida 2014 Tabela X.XX - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida 2014 (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) DÍVIDA CONSOLIDADA DÍVIDA CONSOLIDADA - DC (I) 3.562.799 Dívida Contratual (=IV) 3.406.934 Interna 2.811.451 Externa 595.483 Outras Dívidas 155.865 DEDUÇÕES (II) 2.058.739 Disponibilidade de Caixa Bruta 1.994.430 Demais Haveres Financeiros 197.219 (-) Restos a Pagar Processados (Exceto Precatórios) 132.910 DÍV. CONSOLIDADA LÍQUIDA – DCL (III) = (I-II) 190 SALDO DO EXERCÍCIO RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL % DC SOBRE A RCL (I / RCL) % DCL SOBRE A RCL (III / RCL) 1.504.060 15.092.463 23,61 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (200%) 9,97% 30.184.927 Dívida Contratual (=IV) 3.406.934 Interna 2.811.451 Externa 595.483 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará 155.865 GESTÃO FISCAL Outras Dívidas DEDUÇÕES (II) 2.058.739 Tabela X.XX - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida 2014 1.994.430 Disponibilidade de Caixa Bruta (Em R$ milhares) Demais Haveres Financeiros DÍVIDA CONSOLIDADA (-) Restos a Pagar Processados (Exceto Precatórios) 197.219 SALDO DO EXERCÍCIO 132.910 DÍV. CONSOLIDADA LÍQUIDA DÍVIDA CONSOLIDADA - DC (I)– DCL (III) = (I-II) 1.504.060 3.562.799 Dívida Contratual RECEITA CORRENTE(=IV) LÍQUIDA – RCL % DCInterna SOBRE A RCL (I / RCL) 3.406.934 15.092.463 2.811.451 23,61 % DCLExterna SOBRE A RCL (III / RCL) Outras Dívidas LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (200%) DEDUÇÕES (II) LIMITE DE ALERTA (180,00%) Disponibilidade de Caixa Bruta 595.483 9,97% 155.865 30.184.927 2.058.739 27.166.434 1.994.430 Demais Haveres Financeiros DA DÍVIDA CONTRATUAL DETALHAMENTO 197.219 SALDO DO EXERCÍCIO 132.910 3.562.718 1.504.060 15.092.463 155.783 (-) Restos a Pagar Processados (Exceto Precatórios) DÍVIDA CONTRATUAL (IV = V + VI + VII + VIII) DÍV. CONSOLIDADA DÍVIDA DO PPP (V) LÍQUIDA – DCL (III) = (I-II) RECEITA CORRENTE RCL PARCELAMENTO DE LÍQUIDA DÍVIDAS –(VI) %De DCTributos SOBRE A RCL (I / RCL) 23,61 5.100 %De DCL SOBRE A RCLSociais (III / RCL) Contribuições 9,97% 149.984 Previdenciárias LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (200%) 149.252 30.184.927 732 27.166.434 700 Demais Contribuições Sociais LIMITE DE ALERTA (180,00%) Do FGTS DÍVIDA COMDETALHAMENTO INSTITUIÇÃO FINANCEIRA (VII) DA DÍVIDA CONTRATUAL 3.406.934 SALDO DO EXERCÍCIO Interna DÍVIDA CONTRATUAL (IV = V + VI + VII + VIII) Externa DÍVIDA DO PPP (V) 2.811.451 3.562.718 595.483- DEMAIS DÍVIDAS DE CONTRATUAIS PARCELAMENTO DÍVIDAS (VI)(VIII) 155.783- De Tributos OUTROS VALORES NÃO INTEGRANTES DA DC De Contribuições Sociais DEPÓSITOS Previdenciárias 5.100 SALDO DO EXERCÍCIO 149.984 147.575 149.252 Fonte: Siafem 2014 Fonte: Siafem 2014 Demais Contribuições Sociais 732 Do FGTS 700 7.3.2.1 Dívida Consolidada DÍVIDA COM INSTITUIÇÃOLíquida FINANCEIRAPrevidenciária (VII) 7.3.2.1. Dívida consolidada líquida previdenciária 3.406.934 Interna 2.811.451 seguir, é demonstrada a consolidada dívida consolidada do Regime Próprio Social, de Externa 595.483 AAseguir, é demonstrada a dívida líquida do líquida Regime Próprio de Previdência DEMAIS DÍVIDAS CONTRATUAIS (VIII) Previdência Social, orientação da Secretaria do Tesouro Nacional: conforme orientação daconforme Secretaria do Tesouro Nacional: OUTROS VALORES NÃO INTEGRANTES DA DC SALDO DO EXERCÍCIO Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida do RPPS 2014 Tabela X.XX - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida do RPPS 2014 DEPÓSITOS 147.575 Fonte: Siafem 2014 DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA (IX) Passivo Atuarial DEDUÇÕES (X) Disponibilidade de Caixa Bruta Investimentos Demais Haveres Financeiros (-) Restos a Pagar Processados OBRIGAÇÕES NÃO INTEGRANTES DA DC (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) SALDO DO EXERCÍCIO 2.702.432 2.702.432 3.007.827 148.760 2.859.091 DÍV. CONSOLIDADA LÍQUIDA PREVIDENCIÁRIA (XI) = (IX - X) 24 (305.395) Fonte: Siafem 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Cabe evidenciar que o Passivo Atuarial, constante na tabela anterior, compõe-se dos valores dos compromissos do Fundo Previdenciário do Estado com Servidores Ativos, com 191 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Cabe evidenciar que o Passivo Atuarial, constante na tabela anterior, compõe-se dos valores dos compromissos do Fundo Previdenciário do Estado com Servidores Ativos, com Aposentados e com Pensões, menos o valor atual das receitas de contribuições dos segurados e empregadores. Ele é determinado por processo matemático-atuarial, no qual se pressupõem os valores de benefícios a pagar para os 7.3.3 Garantias e Contragarantias de Valores servidores ou beneficiários até o final de suas vidas. A concessão de garantia compreende o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual, assumida por ente da Federação ou entidade a disponibilidade financeira (R$3 bilhões) em patamares superiores aos de suas obrigações (R$2,7 bilhões). ele vinculada. Os Estados, ao concederem garantia às operações de créditos internas e externas, devem demandar a apresentação de contragarantias em valor igualGarantias ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência do tomador 7.3.3. e Contragarantias de Valores relativamente a suas obrigações para com o garantidor e às entidades por ele A concessão de garantia compreende o compromisso de adimplência de obrigação financeira ou controladas, dentre outras exigências. O Regime Previdenciário apurou situação favorável no exercício de 2014, pois demonstra possuir contratual, assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. Os Estados, ao concederem garantia às operações de créditos internas e externas, devem demandar a apresentação de contragarantias O total de garantias concedidas pelo Estado em 2014, foi de R$100,8 milhões, correspondendo a 0,67% da RCL apurada para o período, ficando, suas obrigações para com o garantidor e às entidades por ele controladas, dentre outras exigências. portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução nº 43/01 do Senado Federal, que Oé total de até 22%. concedidas pelo Estado em 2014, foi de R$100,8 milhões, correspondendo a de garantias em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência do tomador relativamente a 0,67% da RCL apurada para o período, ficando, portanto, abaixo do limite estabelecido pela Resolução nº 43/01 do Senado Federal, que é de até 22%. Tabela X.XX - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores - 2014 Tabela 7.6 - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores - 2014 (Em(Em R$R$ milhares) milhares) SALDO DO EXERCÍCIO DE 2014 GARANTIAS CONCEDIDAS EXTERNAS (I) - - Aval ou Fiança em Operações de Crédito - Outras Garantias nos Termos da LRF INTERNAS (II) 100.840 - Aval ou Fiança em Operações de Crédito - Outras Garantias nos Termos da LRF TOTAL DAS GARANTIAS CONCEDIDAS (III) = (I-II) RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL (IV) % DO TOTAL DAS GARANTIAS sobre a RCL LIMITE DEFINIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (22%) LIMITE DE ALERTA (inciso III do §1º do art.59 da LRF) CONTRAGARANTIAS RECEBIDAS 192 - Fonte: 2014 Fonte: Siafem Siafem 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 100.840 100.840 15.092.463 0,67 3.320.342 - Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.3.4. Operações de Crédito 7.3.4 Operações de Crédito Operação de crédito consiste no compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura crédito consiste no financiada compromisso financeiro assumido em razão de de crédito,Operação emissão e de aceite de título, aquisição de bens, recebimento antecipado de valores mútuo, abertura crédito, emissão e aceite de título,mercantil aquisição financiada de assemebens, provenientes de vendadea termo de bens e serviços, arrendamento e outras operações recebimento antecipado de valores provenientes de venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. A Resolução do Senado Federal n. 43/2001 estabelece que o montante global das operações de lhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. créditos interno e externo, realizadas em um exercício financeiro pelos Estados, não poderá ser superior A Resolução do Senado Federal n. 43/2001 estabelece que o montante global das operações de créditos interno e externo, realizadas em um exercício financeiro pelos Estados, não ser superior 16%realizadas da RCL. operações de crédito sujeitas à apuração do limiAo final de poderá 2014 verificou-se que a foram a 16% da RCL. te supracitado no montante de R$614,2 milhões, o que corresponde a 4,07% da RCL apurada no período, estando, portanto, abaixo do limite (16%), conforme demonstrado na tabela a seguir: Tabela X.XX - Demonstrativo das Operações de Crédito 2014 Tabela 7.7 - Demonstrativo das Operações de Crédito 2014 OPERAÇÕES DE CRÉDITO SUJEITAS AO LIMITE PARA FINS DE CONTRATAÇÃO (I) Contratual Interna Abertura de Crédito Outras Operações de Crédito Externa Abertura de Crédito APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DOS LIMITES RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL OPERAÇÕES VEDADAS Do Período de Referência (III) De Períodos Anteriores ao de Referência TOTAL CONSIDERADO PARA FINS DA APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE (IV)=(Ia+III) LIMITE GERAL DEFINIDO POR RESOLUÇAO DO SENADO FEDERAO PARA AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS E EXTERNAS LIMITE DE ALERTA (Inciso III do §1° do art. 59 da LRF) - <%> OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA LIMITE DEFINIFIDO POR RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL PARA AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA TOTAL CONSIDERADO PARA CONTRATAÇÃO DE NOVAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO (V) = (IV) milhares) (Em(Em R$R$milhares) SALDO DO EXERCÍCIO DE 2014 VALOR 15.092.463 - 614.212 614.212 520.224 485.607 34.617 93.988 93.988 % SOBRE A RCL - 614.212 4,07 2.414.794 16,00 - - 1.056.472 614.212 7,00 4,07 Fonte:Siafem Siafem 2014 Fonte: 2014 193 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.3.5. Regra Ouro de Ouro 7.3.5.deRegra A Regra A deRegra ouro foi pela Constituição Federal de 1988 em de seu1988 art.167, deestabelecida ouro foi estabelecida pela Constituição Federal em inc. seu II e reart.167, inc. II e reforçada pela LRF no art.32 § 3º, os quais orientam que o produto forçada pela LRF no art.32 § 3º, os quais orientam que o produto das operações de crédito não podem das ooperações de crédito nãode podem ultrapassar das despesas de capital, ultrapassar montante das despesas capital, com vistaso amontante conter o excesso de operações de crédito com vistas a conter o excesso de operações de crédito que endividavam os entes que endividavam os entes públicos. públicos. O Governo do Estado do Pará no exercício de 2014 totalizou R$614,2 milhões em Operações de O Governo do Estado do Pará no exercício de 2014 totalizou 614,2 milhões em Crédito e realizou umde montante bilhõesum emmontante Despesas de de Capital, atendendo à chamadade Regra de Operações CréditosdeeR$2 realizou R$2 bilhões em Despesas Ouro. Capital, atendendo à chamada Regra de Ouro. Tabela 7.8X.XX - Demonstrativo das Operações de Crédito e de Despesas de e Capital 2014 de Capital 2014 Tabela - Demonstrativo das Operações Crédito Despesas (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) ESPECIFICAÇÃO VALOR RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (I) 614.212 - Operação de Crédito Interna 520.224 - Operação de Crédito Externa 93.988 DESPESAS DE CAPITAL (II) 2.010.186 - Investimentos 1.487.520 - Inversões Financeiras 188.375 - Amortização da Dívida 334.291 RESULTADO DO CUMPRIMENTO DA REGRA DE OURO (III)= (I - II) Fonte: Siafem 2014 (1.395.974) Fonte: Siafem 2014 8.3.4.2. Despesas da dívida pública 7.3.6. Despesas da Dívida Pública No exercício de 2014, o Governo do Estado realizou R$528,9 milhões em No exercício 2014, ocomprometendo Governo do Estado realizou R$528,9 milhões em Despesa dalimite Dívida, comDespesa dadeDívida, apenas 3,5% da RCL, ou seja, abaixo do máximo de 11,5% estabelecido noabaixo art. 7º,doinc. II da Resolução nº43/2001 do Senado prometendo apenas 3,5% da RCL, ou seja, limite máximo de 11,5% estabelecido no art. 7º, inc. Federal, conforme se verifica a seguir: II da Resolução nº43/2001 do Senado Federal, conforme se verifica a seguir: (Em R$ milhares) ESPECIFICAÇÃO DESPESAS DA DÍVIDA PÚBLICA VALOR 528.970 Amortizações 334.291 Juros e Encargos da Dívida 194.679 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 15.092.463 LIMITE DEFINIDO P/RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL (11,5% DA RCL) 194 (Em R$ milhares) % LIMITE APURADO DAS AMORTIZAÇÕES, JUROS E DEMAIS ENCARGOS DA DÍVIDA CONSOLIDADA Fonte: Siafem 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 1.735.633 3,50 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.4. DISPONIBILIDADE DE CAIXA O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa visa dar transparência ao montante disponível para fins da inscrição em Restos a Pagar de Despesas Não Liquidadas, cujo limite, no último ano de mandato da gestão administrativo-financeira é a disponibilidade líquida por vinculação de recursos. Assim, ao assumir uma obrigação de despesa por meio de contrato, de convênio, de acordo, de ajuste ou de qualquer outra forma de contratação, o gestor deve verificar previamente se poderá pagá-la, valendo-se de um fluxo de caixa que levará em conta as despesas compromissadas até o final do exercício. Este demonstrativo deverá ser elaborado pelos Poderes e Órgãos e deverá compor o Relatório de Gestão Fiscal Consolidado, a ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo até 30 dias após a divulgação do relatório do último quadrimestre do exercício. Importante salientar que o controle dos saldos das fontes de recursos recebeu particular reforço e se originou das disposições contidas na LRF, art. 8°, parágrafo único, o qual estabelece que “os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso”. Logo, a apuração da disponibilidade de caixa líquida por fonte de recursos teve como base o saldo da conta contábil n° 8.2.1.1.1.00.00 (Disponibilidade por Fonte de Recursos), existente ao final do mês de dezembro de 2014, obtido por meio dos dados registrados no Siafem 2014, visto que reflete a disponibilidade por fonte de recursos deduzida das despesas liquidadas realizadas ao longo do exercício financeiro. 7.4.1. Disponibilidade de Caixa Consolidada do Governo do Estado O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa Consolidado do Estado do Pará apresentou os valores corretamente segregados por destinação de recursos, assim como as obrigações financeiras; ressalta-se que a Secretaria de Fazenda do Estado deixou de apresentar no Balanço Geral 2014 este Demonstrativo de forma padronizada conforme determina a Secretaria do Tesouro Nacional no Manual de Demonstrativos Fiscais 5ª edição. 195 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL No que se relaciona ao total dos recursos, observa-se que o Estado do Pará apresentou uma dis- de R$377demilhões, o que leva bilhões, a umacom disponibilidade de caixadelíquida R$4,8o que bilhões, ponibilidade caixa bruta de R$5,2 obrigações financeiras R$377 de milhões, leva a evidenciando numerário suficiente para cobrir as despesas assumidas, conforme uma disponibilidade de caixa líquida de R$4,8 bilhões, evidenciando numerário suficiente para cobrir as demonstrado na tabela abaixo por fonte na de tabela recurso. despesas assumidas, conforme demonstrado abaixo por fonte de recurso. Tabela X.XX – Demonstrativo Consolidado da Disponibilidade de Caixa 2014 Tabela 7.9 – Demonstrativo Consolidado da Disponibilidade de Caixa 2014 (Em R$ milhares) DISPONIBILIDADE DE CAIXA BRUTA (a) DESTINAÇÃO DE RECURSOS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (b) (Em R$ milhares) DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) Rec.Prop.Fundo Finan.Prev.Est.Para - Servidor 1.878.104 - 1.878.104 Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev.. do Est. do Pará Patronal 1.065.019 - 1.065.019 Educação – Recursos Ordinários 120.841 1.346 119.495 Receita Próp. Dir. Arrec. pela Adm. Indireta 203.600 4.424 199.176 FES – Recursos Ordinários 168.447 2.810 165.637 Rec.Prop.do Fundo de Reaparelh.do Judiciário 279.673 1.699 277.974 Demais Fontes de Recursos 915.379 265.019 650.360 4.631.063 275.298 4.355.765 Recursos Ordinários 620.329 101.781 518.548 TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (II) 620.329 101.781 518.548 5.251.392 377.079 4.874.313 TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (I) TOTAL (III) = (I + II) Fonte:Siafem Siafem 2014 Fonte: 2014 7.4.2. Disponibilidade de Caixa do RPPS 7.4.2 Caixa do RPPS AsDisponibilidade disponibilidades de de caixa dos regimes de previdência social, ainda que vinculadas a fundos específicos previstos na Constituição, ficarão depositadas em contas separadas das demais disponibilidades As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, ainda que vinculadas deacada enteespecíficos e aplicadas nas condições mercado, com observância à legislação vigente separadas e aos limites fundos previstos na de Constituição, ficarão depositadas em contas e das condições de proteção e prudência demais disponibilidades definanceira. cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância à legislação vigente e aos limites e condições de proteção e prudência O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do RPPS, apresentou disponibilidade de caixa bruta financeira. no montante de R$3 bilhões, suficientes para cumprir com as obrigações financeiras assumidas no valor de R$4,9 milhões, conforme demonstrado na tabelade abaixo pordo fonte de recurso. Vale ressaltar que a disO Demonstrativo da Disponibilidade Caixa RPPS, apresentou disponibilidade ponibilidade de caixa RPPS estádecomprometida com o Passivo Atuarial. de caixa bruta nodomontante R$3 bilhões, suficientes para cumprir com as obrigações financeiras assumidas no valor de R$4,9 milhões, conforme demonstrado na tabela abaixo 196 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Tabela 7.10–Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do RPPS milhares) (Em(Em R$R$ milhares) DESTINAÇÃO DE RECURSOS DISPONIBILIDADE DE CAIXA BRUTA (a) OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (b) DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev. do Est. do Para Servidor 1.875.893 - 1.875.893 Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev. do Est. do Pará Patronal 1.054.491 - 1.054.491 67.452 4.991 62.461 (Em R$ milhares) 3 Receita Próp. Dir. Arrec. pela Adm. Indireta Demais Fontes de Recursos TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (I) DESTINAÇÃO DE RECURSOS Recursos Ordinários 3 DISPONIBILIDADE 2.997.839 DE CAIXA BRUTA (a) 10.013 TOTAL DOS NÃOde VINCULADOS Rec. Próp. doRECURSOS Fundo Financ. Prev. do Est.(II) do Para Servidor TOTAL (III) = (I + II) Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev. do Est. do Pará Fonte: Siafem 2014 Patronal Fonte: Siafem 2014 Receita Próp. Dir. Arrec. pela Adm. Indireta Demais Fontes de Recursos OBRIGAÇÕES DISPONIBILIDADE DE 4.991 2.992.848 FINANCEIRAS CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) 10.013 (b) 10.013 1.875.893 - 10.013 1.875.893 3.007.852 1.054.491 4.991 - 3.002.861 1.054.491 67.452 4.991 62.461 3 - 3 7.4.3. TOTAL Disponibilidade de Caixa (I) do Poder Executivo2.997.839 DOS RECURSOS VINCULADOS 4.991 2.992.848 Recursos Ordinários 10.013 - 10.013 TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (II) 10.013 - 10.013 X.XX–Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do Casa Poderpelo Executivo – 2014 apreOTabela Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa, apresentado nesta Poder Executivo, senta os valores corretamente segregados por destinação de recursos, assim (Em como as obrigações finanR$ milhares) ceiras.TOTAL (III) = (I + II) 3.007.852 DISPONIBILIDADE DE CAIXA BRUTA (a) 4.991 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (b) Educação – Recursos Ordinários 124.462 4.968 119.494 Fes – Recursos Ordinários 172.318 6.681 165.637 9.162 - 9.162 77.260 1.319 75.941 Fonte: Siafem 2014 DESTINAÇÃO DE RECURSOS 3.002.861 DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) Em 2014,a disponibilidade de caixa bruta totalizou R$4,9 bilhões e obrigações financeiras R$339 milhões, o que determinou uma disponibilidade de caixa líquida de R$4,6 bilhões, ou seja, valores suficientes para Royaltie cobrir Mineral as obrigações assumidas, conforme demonstrado na tabela abaixo. – 40% 8.782 Royaltie Hídrico 8.782 Tabela 7.11 – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do Poder Executivo – 2014 Executivo – 2014 Tabela X.XX–Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do Poder Operações de Crédito Internas Operações de Crédito Externas Recursos Provenientes de Transfer. Convênios e outros DESTINAÇÃO Fes – Sus/Fundo a Fundo DE RECURSOS Recursos Prop. Fundo Finan.Prev.Est.Para – Servidor Educação – Recursos Ordinários Demais Fontes de Recursos Fes – Recursos Ordinários TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (II) Royaltie Mineral – 40% Recursos Ordinários Royaltie Hídrico TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (III) Operações de Crédito Internas TOTAL (III) = (I + II) Operações de Crédito Externas Fonte: Siafem 2014 Recursos Provenientes de Transfer. Convênios e outros Fonte: Siafem 2014 Fes – Sus/Fundo a Fundo 53.418 (Em R$ milhares) 183 (Em R$ milhares) 53.235 278.199 OBRIGAÇÕES 1.699 DISPONIBILIDADE DE CAIXA BRUTA FINANCEIRAS 78.887 425 (a)1.875.941 (b) 124.462 4.968 1.705.905 150.633 276.500 DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA 78.462 (c) = (a-b) 1.875.941 172.318 4.384.334 8.782 519.524 9.162 519.524 77.260 4.903.858 53.418 6.681 165.908 172.738 172.738 1.319 338.646 183 119.494 1.555.272 165.637 4.218.426 8.782 346.786 9.162 346.786 75.941 4.565.212 53.235 278.199 1.699 276.500 78.887 425 78.462 Recursos Prop. Fundo Finan.Prev.Est.Para – Servidor 1.875.941 - 1.875.941 Demais Fontes de Recursos 1.705.905 150.633 1.555.272 DO PARÁ TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (II) TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO 4.384.334 165.908 4.218.426 Recursos Ordinários 172.738 346.786 519.524 197 (Em R$ milhares) DESTINAÇÃO DE RECURSOS Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Educação – Recursos Ordinários DISPONIBILIDADE DE CAIXA BRUTA (a) OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS (b) 124.462 4.968 8.782 - DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) 119.494 Tabela X.XX–Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do Poder 2014 Fes – Recursos Ordinários 172.318 6.681 Executivo – 165.637 Royaltie Mineral – 40% Royaltie Hídrico Operações de Crédito Internas DESTINAÇÃO DE RECURSOS Operações de Crédito Externas 9.162 DISPONIBILIDADE OBRIGAÇÕES 77.260 1.319 DE CAIXA BRUTA FINANCEIRAS (a) 53.418 (b) 183 Recursos de Transfer. Convênios e outros EducaçãoProvenientes – Recursos Ordinários Sus/FundoOrdinários a Fundo Fes – Recursos 278.199 124.462 1.699 4.968 (Em R$ milhares) 8.782 9.162 DISPONIBILIDADE DE 75.941 CAIXA LÍQUIDA (c) = (a-b) 53.235 276.500 119.494 78.887 172.318 425 6.681 78.462 165.637 RecursosMineral Prop. Fundo Royaltie – 40%Finan.Prev.Est.Para – Servidor 1.875.941 8.782 - 1.875.941 8.782 Demais Fontes Royaltie Hídricode Recursos 1.705.905 9.162 150.633- 1.555.272 9.162 Operações Crédito Internas TOTAL DOSde RECURSOS VINCULADOS (II) OperaçõesOrdinários de Crédito Externas Recursos 77.260 4.384.334 53.418 519.524 1.319 165.908 183 172.738 75.941 4.218.426 53.235 346.786 Recursos Provenientes Transfer. Convênios TOTAL DOS RECURSOS de NÃO VINCULADOS (III) e outros Fes – Sus/Fundo a Fundo TOTAL (III) = (I + II) Recursos Prop. Fundo Finan.Prev.Est.Para – Servidor Fonte: Siafem 2014 Demais Fontes de Recursos 278.199 519.524 78.887 4.903.858 1.875.941 1.699 172.738 425 338.646 - 276.500 346.786 78.462 4.565.212 1.875.941 1.705.905 150.633 1.555.272 TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (II) 4.384.334 165.908 4.218.426 519.524 172.738 346.786 7.5. RESTOS A PAGAR Recursos Ordinários DOS RECURSOS VINCULADOS (III) deverá compor o Relatório 519.524 346.786no último OTOTAL Demonstrativo deNÃO Restos a Pagar de172.738 Gestão Fiscal somente TOTAL (III) = (IPoder + II) 4.903.858 338.646 quadrimestre pelo Executivo e pelos Poderes e Órgãos, bem como deverá constar4.565.212 no Relatório de Fonte: Siafem 2014 Gestão Fiscal Consolidado a ser elaborado e publicado pelo Poder Executivo até 30 dias após a divulgação do relatório do último quadrimestre do exercício. Uma das razões da exigência deste demonstrativo era a verificação do cumprimento do art. 41 da LRF, o qual tinha o intuito de limitar a inscrição em Restos a Pagar às disponibilidades de caixa de cada Poder/Órgão, não transferindo despesas de um exercício para outro sem a correspondente fonte de recurso, visando atender ao princípio do equilíbrio fiscal, onde a inscrição de despesas em Restos a Pagar deve ser suportada por receita do próprio exercício. Segundo a Nota Técnica nº 73/2011/CCONF/STN, de 25-01-2011, da Secretaria do Tesouro Nacional, o objetivo básico desse demonstrativo é possibilitar a verificação do cumprimento da LRF, art. 42, pelo confronto da coluna dos Restos a Pagar empenhados e não liquidados do exercício com a disponibilidade de caixa líquida, segregados por vinculação dos recursos. 198 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.5.1. Restos a Pagar Consolidado do Governo do Estado No Demonstrativo Consolidado de Restos a Pagar, conforme apresentado a seguir, observou-se que o Governo do Estado do Pará evidenciou suficiente disponibilidade de caixa no valor de R$4,8 bilhões para cobertura de despesas liquidadas e não pagas no montante de R$132,9 milhões. Tabela X.XX – Demonstrativo Consolidado de Restos a Pagar 2014 Tabela 7.12 – Demonstrativo Consolidado de Restos a Pagar 2014 (Em R$ milhares) RESTOS A PAGAR DESTINAÇÃO DE RECURSOS Liquidados e Não Pagos (Processados) De Exercícios Anteriores Do Exercício Empenhados e Não Liquidados (Não Processados) De Exercícios Anteriores Do Exercício EMPENHOS DISPONIBILIDADE NÃO DE CAIXA LÍQUIDA LIQUIDADOS (ANTES DA CANCELADOS INSCRIÇÃO EM (NÃO INSCRITOS RESTOS A PAGAR POR NÃO PROCESSADOS INSUFICIÊNCIA DO EXERCÍCIO) FINANCEIRA) Educação - Recursos Ordinários 1.346 119.494 FES- Recursos Ordinários Rec. Prov. de Transf. - Convênios e Outros Receita Patrimonial – Outros Poderes Rec.Prop.Fundo de Reaparelhamento do Judiciário Rec. Prop. Diretamente Arrec. Pela Adm. Indireta 2.809 165.637 1.699 277.974 3.884 74.884 11.605 40.467 4.424 199.175 5.386 3.478.135 31.153 4.355.766 Recursos Ordinários 101.780 518.548 TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (II) 101.781 518.548 TOTAL (III) = (I + II) 132.934 4.874.314 Demais Fontes de Recursos TOTAL DOS RECURSOS VINCULADOS (I) (Em R$ milhares) Fonte: Siafem2014 2014 Fonte: Siafem 7.5.2 Restos a Pagar do RPPS A seguir apresenta-se o Demonstrativo de Restos a Pagar do RPPS, no qual, verifica-se que há suficiente disponibilidade de caixa (R$3 bilhões) para cumprir com as obrigações de curto prazo (R$24 mil), contudo, ressalta-se que a disponibilidade de caixa do RPPS está comprometida com o Passivo Atuarial. 199 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.5.2. Restos a Pagar do RPPS A seguir apresenta-se o Demonstrativo de Restos a Pagar do RPPS, no qual, verifica-se que há suficiente disponibilidade de caixa (R$3 bilhões) para cumprir com as obrigações de curto prazo (R$24 mil), – Demonstrativo dos Restos Pagar do RPPS contudo, ressalta-seTabela que a X.XX disponibilidade de caixa do RPPS está acomprometida com o Passivo Atuarial. Tabela 7.13 – Demonstrativo dos Restos a Pagar do RPPS R$ milhares) (Em(Em R$ milhares) EMPENHOS DISPONIBILIDADE NÃO DE CAIXA LÍQUIDA LIQUIDADOS (ANTES DA CANCELADOS INSCRIÇÃO EM (NÃO INSCRITOS RESTOS NÃO POR PROCESSADOS DO INSUFICIÊNCIA EXERCÍCIO) FINANCEIRA) RESTOS A PAGAR Empenhados e Não Liquidados (Processados) (Não Processados) Liquidados e Não Pagos DESTINAÇÃO DE RECURSOS De Exercícios Anteriores De Exercícios Anteriores Do Exercício Do Exercício Ajuste de Disponib.Financ. por Fonte de Recursos 2 Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev. do Est. do Para - Servidor 1.875.893 Rec. Próp. do Fundo Financ. de Prev. do Est. do Pará - Patronal 1.054.491 Receita Próp. Diretamente Arrec. pela Administração Indireta 24 62.461 TOTAL DE RECURSOS VINCULADOS (I) - 24 - - 2.992.847 Recursos Ordinários - - - - 10.013 TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (II) - - - - 10.013 TOTAL (III) = (I + II) - 24 - - 3.002.860 - - Fonte: Siafem2014 2014 Fonte: Siafem 7.5.3. Restos a Pagar do Poder Executivo 7.5.3 Restos a Pagar do Poder Executivo O Poder Executivo apresentou suficiente disponibilidade de caixa no montante de R$4,5 bilhões para cumprir com as obrigações assumidas de curto prazo totalizadas em R$104,6 milhões. O Poder Executivo apresentou suficiente disponibilidade de caixa no montante de R$4,5 bilhões para cumprir com as obrigações assumidas de curto prazo totalizadas em R$104,6 milhões. 200 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Tabela X.XX – Demonstrativo dos Restos a Pagar do Poder Executivo 2014 Tabela 7.14 – Demonstrativo dos Restos a Pagar do Poder Executivo 2014 R$ milhares) (Em(Em R$ milhares) RESTOS A PAGAR DESTINAÇÃO DE RECURSOS Liquidados e Não Pagos Empenhados e Não Liquidados (Processados) (Não Processados) De Exercícios Anteriores Do Exercício De Exercícios Anteriores Do Exercício DISPONIBILIDADE DE CAIXA LÍQUIDA (ANTES DA INSCRIÇÃO EM RESTOS NÃO PROCESSADOS DO EXERCÍCIO) Educação - Recursos Ordinários 1.346 119.494 FES- Recursos Ordinários 2.809 165.637 Rec. Prov. de Transf. - Convênios e Outros 1.699 276.500 766 75.940 Rec. Prop.Diret. Arrec. Pela Adm. Indir 4.424 199.152 Demais Fontes de Recursos 4.436 3.381.703 15.480 4.218.426 89.181 346.786 Operações de Credito Internas TOTAL DE RECURSOS VINCULADOS (I) - Recursos Ordinários TOTAL DOS RECURSOS NÃO VINCULADOS (II) - 89.181 346.786 TOTAL (III) = (I + II) - 104.661 4.565.212 EMPENHOS NÃO LIQUIDADOS CANCELADOS (NÃO INSCRITOS POR INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA) Fonte: Siafem2014 2014 Fonte: Siafem 7.6. METAS FISCAIS A LRF foi editada com o objetivo principal de estabelecer condições e exigências para o equilíbrio fiscal sustentável da gestão pública. Nesse contexto, a LDO passou a ter maior importância como instrumento de planejamento governamental, pois lhe foi atribuído o estabelecimento das metas de Resultado Primário, através de mecanismos para indicar a capacidade financeira de cobertura das despesas dos entes da Federação; bem como o Resultado Nominal, quando mede a variação da dívida pública líquida em relação ao exercício anterior. 201 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.6.1. Resultado Primário O resultado primário é definido pela diferença entre receitas e despesas primárias (não financeiras) do governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas não primárias (não financeiras). Caso essa diferença seja positiva, tem-se um superávit primário, caso seja negativa, tem-se um déficit primário. O superávit primário é uma indicação de quanto o governo economizou ao longo de um período de tempo com vistas ao pagamento de juros sobre a sua dívida. A sua apuração fornece uma melhor avaliação do impacto da política fiscal em execução pelo ente da federação e indica se os níveis de gastos orçamentários são compatíveis com a arrecadação e avalia se o Governo está ou não contribuindo para redução ou elevação do endividamento do setor público. Portanto, quanto maior for o resultado primário, maior será a disponibilidade de recursos para amortizar dívidas ou realizar outros investimentos. Em 2014, o resultado primário obtido pelo Governo do Estado do Pará, pode ser demonstrado, conforme abaixo, considerados os critérios estabelecidos pela Portaria n° 637, de 18-10-2012 da Secretaria do Tesouro Nacional: (EmR$ R$milhares) milhares) (Em DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO RECEITAS REALIZADAS 2014 Receita Total 19.900.886 Receitas Correntes 19.194.344 (-) Aplicações Financeiras 605.072 Receita Primária Corrente Líquida (I) Receita Capital 18.589.272 706.543 (-) Alienação de Bens 2.909 (-) Amortização de Empréstimos 6.817 (-) Operações de Crédito 614.212 Receita Primária de Capital (II) 82.605 Receita Primária Líquida (III)=(I+II) 18.671.877 DESPESAS EXECUTADAS Despesa Total 18.698.983 Despesa Corrente 16.686.749 (-) Juros e Encargos da Dívida 194.679 Despesa Fiscal Corrente Líquida (IV) Despesa Fiscal de Capital 2.012.234 (-) Amortização de Empréstimos 334.291 (-) Concessão de Empréstimos 13.041 Despesa Fiscal de Capital Líquida (V) Reserva de Contingência 202 1.664.902 - Despesa Primária Total (VI)=(IV+V) Resultado Primário (III-VI) Fonte: Siafem 2014 16.492.070 18.156.971 514.906 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ (-) Aplicações Financeiras Receita Primária Líquida (III)=(I+II) 605.072 18.671.877 Receita Primária Corrente Líquida (I) DESPESAS EXECUTADAS 18.589.272 Receita Capital Despesa Total 706.543 18.698.983 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará 16.686.749 2.909 GESTÃO FISCAL Despesa Corrente (-) Alienação de Bens de Empréstimos (-) Amortização Juros e Encargos da Dívida 6.817 194.679 (-) Operações Crédito Líquida (IV) Despesa Fiscalde Corrente 614.212 16.492.070 (Em R$2.012.234 milhares) 82.605 Receita Primária Capital (II) Despesa Fiscal dede Capital DEMONSTRATIVO DO RESULTADO PRIMÁRIO Receita PrimáriadeLíquida (III)=(I+II) (-) Amortização Empréstimos DESPESAS (-) Concessão de Empréstimos RECEITAS EXECUTADAS REALIZADAS 18.671.877 334.291 2014 13.041 Total de Capital Líquida (V) Despesa Fiscal Receita Total 18.698.983 1.664.902 19.900.886 Despesa Corrente Reserva Contingência Receitasde Correntes 16.686.749 19.194.344- Despesa Total (VI)=(IV+V) (-) Juros ePrimária Encargos da Dívida Aplicações Financeiras 18.156.971 194.679 605.072 DespesaPrimária Fiscal Corrente Líquida (IV) Resultado Primário (III-VI) Receita Corrente Líquida (I) 16.492.070 514.906 18.589.272 Despesa Fiscal de Capital Receita Capital Fonte: Siafem 2014 (-) Amortização Empréstimos Alienação de de Bens 2.012.234 706.543 (-) Amortização Concessão dede Empréstimos Empréstimos 13.041 6.817 334.291 2.909 Analisando o Resultado de que 2014, Despesa Fiscalde deCrédito Capital Líquida (V) Primário do Estado do Pará no ano 1.664.902 (-) Operações 614.212 Analisando o Resultado Primário do Estado do Pará no ano de 2014, constatou-se houve suconstatou-se que houve superávit primário de R$514,9 milhões, o que permitiu Reserva de Contingência Receita Primária de Capital (II) 82.605- reduzir perávit primário de R$514,9 milhões, o que permitiu reduzir o estoque da dívida líquida, bem como evitou Despesa Primária Total (VI)=(IV+V) 18.156.971 Receita Líquida (III)=(I+II) 18.671.877público. o estoque daPrimária dívida líquida, bem como evitou o aumento do endividamento o aumento endividamento público. conseguinte, possibilitou o pagamento de514.906 juros e encargos de Resultado Primário (III-VI) DESPESAS EXECUTADAS Por do conseguinte, possibilitou oPor pagamento de juros e encargos de R$194,6 milhões e R$194,6 edo deTotal parcela do principal da dívida no valor de R$334,2 milhões. 18.698.983 Despesa demilhões parcela principal Fonte: Siafem 2014 da dívida no valor de R$334,2 milhões. Despesa Corrente 16.686.749 Por fim, Por pode-se afirmar que a meta resultado primário fixado pela fiscalpela Lei fiscal de Diretrizes Orfim, pode-se afirmar quede a meta de resultado primário fixado Lei (-) Juros e Encargos da Dívida 194.679 de Diretrizes Orçamentárias para exercício de 2014, de do R$20,9 milhões cumprida, Analisando o de Resultado Primário do Estado Pará no de 2014, çamentárias para o exercício 2014, de oR$20,9 milhões foi cumprida, posto queano ofoi governo apresentou Despesa Fiscal Corrente Líquida (IV) 16.492.070 posto que o governo apresentou superávit de R$514,9 milhões. constatou-se que houve superávit primário de R$514,9 milhões, o que permitiu reduzir Despesa Fiscal de Capital 2.012.234 superávit de R$514,9 milhões. (-) Amortização de Empréstimos 334.291público. o estoque da dívida líquida, bem como evitou o aumento do endividamento (-) Concessão depossibilitou Empréstimos o pagamento de juros e encargos de R$194,6 13.041 Por conseguinte, milhões e Despesa Fiscal de Capital Líquida (V) 1.664.902 de parcela Nominal do principal da dívida no valor de R$334,2 milhões. 7.6.2. Resultado Reserva de Contingência - Por fim, pode-se afirmar que a meta de primário fixado pela fiscal Lei Líquida Despesa Primária Total O Resultado Nominal, no(VI)=(IV+V) exercício, representa a resultado diferença entre o saldo da18.156.971 Dívida Fiscal de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2014, de R$20,9 milhões foi cumprida, Resultado Primário (III-VI) 514.906 acumulada até o final do exercício de referência e o saldo em 31 de dezembro do exercício anterior. Seu posto que o governo apresentou superávit de R$514,9 milhões. Siafem 2014 objetivo é medir Fonte: a evolução da Dívida Fiscal Líquida no exercício em análise. A Dívida Fiscal Líquida corresponde ao saldo da Dívida Consolidada Líquida somado às receitas de Analisando o Resultado Primário do Estado do Pará no ano de 2014, privatização, deduzidos Passivos reconhecidos, déficitsoocorridos em exercícios constatou-se queoshouve superávit primário decorrentes de R$514,9de milhões, que permitiu reduzir anteriores, enquanto que Dívida líquida, Consolidada corresponde ao saldo Dívida Consolidada, o estoque daa dívida bem Líquida como evitou o aumento do da endividamento público.deduzida conseguinte, o pagamento de dos jurosRestos e encargos R$194,6 milhões e do AtivoPor Disponível e dos possibilitou Haveres Financeiros líquidos a PagardeProcessados. de parcela do principal da dívida no valor de R$334,2 milhões. Apresentamos a seguir o Resultado Nominal de 2014, em comparação com a meta prevista na LDO fim, pode-se afirmar que a meta de resultado primário fixado pela fiscal Lei para o mesmo Por exercício. de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2014, de R$20,9 milhões foi cumprida, posto que o governo apresentou superávit de R$514,9 milhões. 203 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ somado às receitas de privatização, deduzidos os Passivos reconhecidos, decorrentes de déficits ocorridos em exercícios anteriores, enquanto que a Dívida Consolidada Líquida corresponde ao saldo da Dívida Consolidada, deduzida do Ativo Disponível e Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará dos Haveres Financeiros líquidos dos Restos a Pagar Processados. GESTÃO FISCAL Apresentamos a seguir o Resultado Nominal de 2014, em comparação com a meta prevista na LDO para o mesmo exercício. (Em R$ milhares) ESPECIFICAÇÃO DÍVIDA CONSOLIDADA (I) DEDUÇÕES (II) Ativo Disponível Haveres Financeiros (-) Restos a Pagar Processados DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III)=(I - II) RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV) PASSIVOS RECONHECIDOS (V) DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA (III + IV - V) RESULTADO NOMINAL (B - A) META ESTABELECIDA NA LDO PARA O RESULTADO NOMINAL DIFERENÇA EM RELAÇÃO À META DA LDO/2013 REGIME PREVIDENCIÁRIO ESPECIFICAÇÃO DÍVIDA CONSOLIDADA PREVIDENCIÁRIA (I) DEDUÇÕES DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA PREVIDENCIÁRIA 2013 (A) 3.144.997 1.766.183 1.845.546 32.757 112.120 1.378.814 0 156.508 1.222.306 2013 (C) 2.031.144 2.191.231 -160.087 (Em R$ milhares) 2014 (B) 3.562.718 2.058.740 1.994.430 197.219 132.909 1.503.978 0 155.783 1.348.194 125.888 809.090 683.202 2014 (D) 2.702.432 3.007.827 -305.395 A LDO estabeleceu, por meio do Anexo de Metas Fiscais, que o resultado nominal para 2014 deveria ser de R$809 milhões, indicando que a dívida consolidada líquida poderia aumentar nesse montante. A LDO estabeleceu, por meio do Anexo de Metas Fiscais, que o resultado nominal para 2014 deveConstatou-se que o Resultado Nominal obtido de R$125,8 milhões foi inferior ria ser de milhões, indicando queMuito a dívida consolidada líquida nesse montante. aoR$809 previsto nas metas fiscais. embora a dívida fiscalpoderia líquidaaumentar tenha crescido em 10,30%, o que assinala aumento do endividamento público, o mesmo ficou dentro da Constatou-se quena o Resultado Nominal obtido de milhões foi inferior ao previsto nas memeta prevista LDO. Assim, verifica-se queR$125,8 o Estado, ao promover a execução orçamentária, apresentou situação equilibrada na condução da opolítica fiscal aumento e o tas fiscais. Muito embora a dívida fiscal líquida tenha crescido em 10,30%, que assinala do consequente cumprimento da meta de Resultado Nominal. endividamento público, o mesmo ficou dentro da meta prevista na LDO. Assim, verifica-se que o Estado, ao promover a execução apresentou situação equilibrada naPróprio condução política fiscal e o No que seorçamentária, refere ao endividamento do RPPS - Regime de da Previdência Social -, a Dívida Fiscal Líquida apurada foi negativa no valor de R$305,3 milhões, o consequente cumprimento da meta de Resultado Nominal. que significa dizer que o Regime Previdenciário possui disponibilidades financeiras em níveis superiores as da dívida consolidada, o Próprio que denota situação financeira No que se refere ao às endividamento do RPPS - Regime de Previdência Social -, a Dívida positiva de liquidez. Fiscal Líquida apurada foi negativa no valor de R$305,3 milhões, o que significa dizer que o Regime Previdenciário possui disponibilidades financeiras em níveis superiores às as da dívida consolidada, o que denota situação financeira positiva de liquidez. 204 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.7. RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS O Regime Próprio de Previdência Social tem como finalidade garantir a proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público de política previdenciária solidária, inclusiva e sustentável, com o objetivo de promover o bem-estar social, tendo por visão ser reconhecida como patrimônio do trabalhador e sua família, pela sustentabilidade dos regimes previdenciários e pela excelência na gestão, cobertura e atendimento. O regime assegura exclusivamente aos servidores públicos de cargo efetivo, cujas normas básicas estão previstas no art. 40 da CF/1988 e na Lei nº 9.717/1998, sendo vedada a existência de mais de um RPPS para servidor público titular de cargo efetivo por ente federativo. A Previdência Social objetiva prover condições de subsistência ao trabalhador, caso ele não possa mais trabalhar, através de benefícios concedidos a ele próprio ou à sua família, como proteção a maternidade e a gestante, desemprego involuntário, garantia de salário-família, dentre outros. 7.7 - RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS A gestão previdenciária, em 2014, pode ser demonstrada da seguinte forma: TÍTULOS 2014 R$ mil % 1.647.717 100,00 Receitas de Contribuições dos Servidores 611.664 37,12 Contribuição Patronal 768.105 46,62 Receitas Patrimoniais 427.473 25,94 4.385 0,27 Receitas Previdenciárias (I) Outras Receitas Correntes (-) Deduções da Receita Despesas Previdenciárias (II) Administração Geral Previdência Social Outras Despesas Previdenciárias (163.909) (9,95) 2.629.963 100,00 31.684 1,20 2.593.804 98,63 3.380 0,13 1.095 0,04 Despesas Intraorçamentárias Resultado Previdenciário (III) (982.246) - Aportes de Recursos ao RPPS 1.950.339 - 74,16% - Grau de Dependência As receitas destinadas a custear o RPPS, em 2014, totalizaram R$1,6 bilhão e estão formadas, em sua maior parte (46,62%), pela contribuição patronal de R$768,1 milhões e pela contribuição dos servidores R$611,6 milhões (37,12%). As demais receitas perfizeram R$431,8 milhões e corresponderam a 26,21% do total da arrecadação previdenciária. 205 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL No que tange às despesas previdenciárias, pode-se observar que aquelas voltadas para o custeio, isto é, despesas correntes e de capital necessárias à organização e ao funcionamento da unidade gestora do RPPS, inclusive para a conservação do seu patrimônio, perfizeram R$31,6 milhões o equivalente a 1,20% do total geral dos dispêndios. Já as despesas de cunho previdenciário-social, aquelas ligadas às funções básicas de proteção indivíduo e/ou sua família, abrangendo as previdenciárias propriamente ditas e as assistenciais, totalizaram R$2,5 bilhões (98,63%) responderam pela quase totalidade das despesas previdenciárias. Do confronto entre as receitas e despesas previdenciárias resultou o déficit de R$982,2 milhões, ou seja, as despesas no período superaram as receitas. Consequentemente, o RPPS necessitou do aporte de capital dos cofres públicos na ordem de R$1,9 bilhão para cobertura de suas despesas. Por conseguinte, o grau de dependência financeira do RPPS em relação ao Tesouro Estadual chegou a casa dos 74,16%. As causas determinantes dessa relação de dependência atualmente apresentam-se insuperáveis e, somente após os benefícios começarem a cessar, é que se poderá vislumbrar menores aportes ao RPPS. 7.7.1. Perdas em Investimentos do RPPS (Funprev) Da análise do Balanço Geral do Estado, exercício financeiro de 2014, verificou-se que houve perdas nas aplicações financeiras do RPPS no montante de R$163.909.341,50 (cento e sessenta e três milhões, novecentos e nove mil, trezentos e quarenta e um reais e cinquenta centavos) registradas no Siafem, na conta redutora 445219703 – Remuneração dos Investimentos do RPPS. Dessa forma, solicitou-se justificativa ao Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará – Igeprev, por meio do Ofício nº 2015/845ACG, quanto às referidas perdas de remuneração, bem como os extratos bancários das 08 (oito) instituições financeiras, os quais apresentaram rendimentos negativos. O Igeprev, encaminhou a este Tribunal de Contas, por meio do Ofício nº 362/2015-GP/Igeprev Nota Técnica nº 006/2015 justificando a variação negativa das aplicações financeiras do RPPS ocorridas ao longo de 2014 nos investimentos da carteira Funprev, bem como os extratos bancários solicitados. A seguir, apresentam-se os esclarecimentos efetuados pelo Igreprev, na Nota Técnica nº 006/2015, quanto à variação negativa dos fundos de investimento da carteira Funprev. 206 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL O Igeprev informa que os investimentos realizados no ano de 2014 foram norteados pela Política de Investimento 2014 aprovado pelo Conselho Estadual de Previdência em 18-12-2013, bem como menciona que os recursos previdenciários foram aplicados conforme as disposições da resolução 3.922/2010 – Conselho Monetário Nacional-CMN, tendo presentes as condições de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência. Atesta que a carteira de investimento do Funprev encerrou o ano com 85,84% investidos no segmento de Renda Fixa e 14,16% no segmento de Renda Variável, apresentando a distribuição dos recursos por índice de Referência (benchmark), conforme tabela abaixo transcrita da Nota Técnica nº 006/2015: Enquadramento por Benchmark RENDA VARIÁVEL RENDA FIXA BENCH PL % CDI 575.271.609,49 IMA-B 808.525.325,05 IMA-B 5 494.015.833,38 IMA-B 5+ 327.886.336,87 IPCA + 6% 91.840.763,66 IPCA + 7% 40.069.487,50 IPCA + 8% 18.209.049,19 IRF-M 1+ 13.227.764,32 IRF-M 1 67.706.583,65 20,27% 65,58% TOTAL RF 2.436.752.753,12 85,84% Ibovespa 38.175.614,33 1,34% IDIV 141.286.431,18 4,98% SMLL 59.408.285,18 2,09% ISE 7.467.428,02 0,26% IGC 24.745.139,33 0,87% CDI 124.990.504,82 4,40% 5.806.620,98 0,20% 401.880.023,84 14,16% 2.838.632.776,96 100% IPCA + 15% TOTAL RV TOTAL Fonte:NUGIN/IGEPREV NUGIN/IGEPREV Fonte: Esclarece que, de acordo com a tabela, dos 85,84% investidos no segmento de renda fixa, 20,27% foram alocados em fundos CDI, cujos papéis estão atrelados à variação da taxa básica de juros e 65,58% foram alocados em fundos cujas carteiras são predominantemente compostos por títulos públicos indexados à inflação. A Taxa Interna de Retorno – TIR e a volatilidade no contexto do Funprev são fortemente influenciadas por estes ativos e índices ANDIMA (IMA B, IMA B 5+, IRFM1 e IMA B 5), TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ portanto suscetíveis as variações decorrentes da marcação a mercado. 207 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Esclarece que, de acordo com a tabela, dos 85,84% investidos no segmento de renda fixa, 20,27% foram alocados em fundos CDI, cujos papéis estão atrelados à variação da taxa básica de juros e 65,58% foram alocados em fundos cujas carteiras são predominantemente compostos por títulos públicos indexados à inflação. A Taxa Interna de Retorno – TIR e a volatilidade no contexto do Funprev são fortemente influenciadas por estes ativos e índices ANDIMA (IMA B, IMA B 5+, IRFM1 e IMA B 5), portanto suscetíveis as variações decorrentes da marcação a mercado. Segundo a Portaria MPS nº 402/2008, art. 16, inc. VIII: Art. 16. Para a organização do RPPS devem ser observadas as seguintes normas de contabilidade: ........................................................................................................................................ III - os títulos públicos federais, adquiridos diretamente pelos RPPS, deverão ser marcados a mercado, mensalmente, no mínimo, mediante a utilização de parâmetros reconhecidos pelo mercado financeiro de forma a refletir seu real valor. Menciona que os valores das aplicações de recursos do RPPS em cotas de fundos de investimento ou em títulos de emissão do Tesouro Nacional, integrantes da carteira própria do RPPS, deverão ser marcados a mercado – MaM. Marcar a mercado, ou precificar os títulos, significa atualizar diariamente o valor dos títulos que compõem uma carteira de investimentos ao preço de negociação. Ou seja, o valor do título deve refletir o que seria obtido caso este fosse vendido naquele dia. O Igeprev evidenciou que o ano de 2014 foi marcado por vários fatores internos e externos, dentre os quais: disputa política acirrada, valorização do dólar frente ao real e das demais moedas de países emergentes, inflação próximo ao teto da meta e o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras impactando diretamente a bolsa de valores e que esses fatores geraram alto grau de incerteza no mercado interno, aumentando, consideravelmente a volatilidade dos segmentos de renda fixa e renda variável refletindo no desempenho da indústria de fundos de investimento como um todo. Aponta, também, que a rentabilidade dos fundos de investimentos estão sujeitos ao chamado Risco de Mercado. Isto é, investimentos feitos estão sujeitos a variações positivas e variações negativas resultantes da flutuação do mercado. Exemplificando tem-se: operações sujeitas à variação cambial, taxa de juros, preços das ações, preços de mercadorias (commodities), entre outros. No mercado financeiro “Perdas nos Investimentos” só ocorre quando o investidor resgata o valor investido com o preço da cota ou ação inferior ao valor de compra. 208 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL De acordo com as informações prestadas pelo Igeprev na Nota Técnica nº 006/2015 a variação negativa registrada no decorrer do ano de 2014 na carteira Funprev no valor de R$163.909.341,87 correspondeu: i) R$91.394.783,74 – Fundos do segmento de Renda Fixa – Essa variação ocorreu basicamente devido a 65,58% do patrimônio do Funprev está aplicado em fundos cuja a carteira é composta por títulos públicos indexados à inflação, portanto susceptíveis a variação da marcação a mercado; ii) R$72.514.558,13 – Fundos do segmento de Renda Variável – Esses fundos apresentaram alta volatilidade no decorrer de 2014, devido a vários fatores que afetaram o mercado de ações, porém os fundos que o Igeprev possui em sua carteira apresentaram desempenho superior ao índice de referência de cada fundo, ou seja, atenuaram a variação negativa ocorrida com os índices Bovespa (índice de referência do mercado de ações). Bem como justifica que, ao final do período, apenas 05 fundos apresentaram saldo negativo, porém justificado dentro de suas estratégias. Vide quadro abaixo transcrito da Nota Técnica nº 006/2015: Rendimento 2014 FUNDOS RENDA VARIÁVEL Benchmark BTG PACTUAL MULTGESTORES IBOV INSTITUCIONAL FIA ITAÚ FOF RPI IBOVESPA ATIVO FIC AÇÕES BRADESCO DIVIDENDOS FI AÇÕES BRADESCO SMALL CAP PLUS FI AÇÕES BTG PACTUAL INFRAESTRUTURA II FICFIP SALDO Var. Positiva Taxa Interna de Retorno Var. Negativa Saldo TIR Fundo TIR Bench Excesso de Retorno Ibovespa 500.774,70 -544.744,70 -44.608,93 -2,05% -5,82% 3,77% Ibovespa 1.737.589,47 -1.848.633,38 --111.043,92 -1,60% -5,82% 4,22% IDIV 20.215.877,84 -23.633.138,07 -3.417.260,23 -4,4% -17,72% 13,28% SMLL 13.983.640,21 -15.677.406,77 -1.693.766,56 -2,17% -7,17% 4,40% 262.522,36 -273.502,26 -10.979,89 36.699.795,66 -41.977.455,18 -5.277.659,52 IPCA + 15% Dos 05 (cinco) fundos que apresentaram saldo negativo de variação, justificase:Dos 05 (cinco) fundos que apresentaram saldo negativo de variação, justifica-se: Fundo Infraestrutura Pactual Infraestrutura FICFIP umparticipação. fundo de Este fundo O FundoOPactual II FICFIP éII um fundoéde participação. Este fundo encontra-se no seu período de em fase de encontra-se no seu período de investimento, ou seja, os investidores estão investimento, ou seja, os investidores estão em fase de aporte de recursos para investimento. Neste tipo de investimento, há o fenômeno denoaportedede recursos investimento. Neste tipo inicial de do investiminado pelo mercado “curva J”. Issopara significa que, durante o período investimento, há o fenômeno denominado pelo mercado mento, ele não possui geração de receitas para remunerar o capital investido. Em alguns de “curva J”. Isso significa que, durante o período inicial do investimento, ele não possui geração de receitas para remunerar o capital investido. Em alguns casos, ocorrem apenas despesas e a rentabilidade do investimento chega a negativa. Somente com o decorrer do tempo e término da montagem da estrutura é que o projeto entra na maturidade e proporciona a receita esperada pelo investidor (IPCA + 15%); TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Já os fundos BTG Pactual Multigestores, Itaú RPI 209 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL casos, ocorrem apenas despesas e a rentabilidade do investimento chega a negativa. Somente com o decorrer do tempo e término da montagem da estrutura é que o projeto entra na maturidade e proporciona a receita esperada pelo investidor (IPCA + 15%); Já os fundos BTG Pactual Multigestores, Itaú RPI Bovespa, Bradesco Dividendos Ações e Bradesco Small CAP possuem como estratégia acompanhar a rentabilidade do seu índice de referência (Benchmark). Em 2014 os índices Bovespa apresentaram retorno negativo, já os fundos de investimento apresentaram excesso de retorno bem acima do seu benchmark, apesar do saldo negativo, visto que a referência do fundo também foi negativa. Vide quadro acima. Por fim, o Igeprev conclui que: a) O “Ganho” ou “Perda” somente serão reconhecidos no momento da realização dos investimentos, ou seja, quando houver a conversão do investimento em caixa através do resgate do recurso investido; b) Os recursos do RPPS são investidos de forma a buscar atingir a sua meta atuarial (IPCA + 6%); c) Os investimentos do RPPS visam aplicações de longo prazo, visto que as projeções atuariais demonstram as previsões de receita e despesas previdenciárias para um período de 75 anos; d) Os fundos de investimentos da carteira Funprev visam uma estratégia de médio e longo prazo, com possibilidade de ganho ou perda de acordo com as suas estratégias e, portanto passíveis as variações positivas e negativas do mercado financeiro ao longo do período; e) Os fundos de investimento que compõem a carteira Funprev são escolhidos de acordo com a metodologia adotada na Nota Técnica 002/00213 – Critério de Análise de Fundos de Investimentos; f) Os registros das remunerações dos investimentos do RPPS são apresentados na conta do Siafem 445210100, onde pode ser observado o valor da variação positiva do investimento e na conta 445219703, onde é registrada a variação negativa dos investimentos; g) Ao realizar uma análise dos rendimentos dos investimentos do RPPS deve ser considerado o consolidado das variações ocorridas no período. Em 2014 o consolidado dessas variações foi de R$257.108.567,99. 210 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL Diante do exposto pelo Igeprev, observou-se que o patrimônio da carteira Funprev foram aplicados 85,84% em seguimentos de renda fixa e 14,16% em segmento de renda variável, os quais apresentaram R$421.017.909,86 de variação positiva e R$163.909.341,87 de variação negativa. Ao final do período consolidando resultaram rendimento positivo no montante de R$257.108.567,99. Conforme demonstrado pelo Igeprev na Nota Técnica nº 006/2015, bem como registrados nos extratos bancários solicitados, verificou-se ao longo do exercício de 2014, que tanto os investimentos efetuados em renda fixa quanto em renda variável apresentaram variações negativas de rendimentos. Observou-se, também, que alguns investimentos efetuados nos segmentos de renda variável resultaram em saldo negativo de rendimentos, que são: BTG Pactual Multgestores IBOV Institucional FIA; Itaú FOF RPI Ibovespa Ativo FIC Ações; Bradesco Dividendos FI Ações; Bradesco Small Cap Plus FI Ações; e BTG Pactual Infraestrutura II FICFIP. As aplicações de recursos do Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverão observar o disposto na Resolução nº 3.922/2010 do Conselho Monetário Nacional – CMN, bem como seguir as diretrizes estabelecidas nas Portarias nºs 402/2008, 519/2011, 170/2012 do Ministério da Previdência Social – MPS, na Lei Federal nº 9.717/1998 e na Lei Complementar 101/2000. Algumas modalidades de investimentos nos quais são aplicados os recursos do RPPS poderão sofrer variação no valor das respectivas cotas, em função da volatilidade das condições do mercado financeiro e apresentar prejuízo decorrente dessa desvalorização, que poderá ou não configurar responsabilidade de ressarcimento ao erário, entretanto, quando os valores mobiliários forem adquiridos a preços superiores ao de mercado e/ou forem vendidos a preços inferiores poderá caracterizar dano ao erário e consequentemente esses valores deverão ser ressarcidos aos cofres públicos. Em razão disso, considerando que o presente relatório não contempla atos de responsabilidade dos ordenadores de despesa das unidades gestoras, já que constituem objeto de julgamento específico, a análise detalhada do resultado das aplicações financeiras dos recursos do RPPS nos fundos de investimentos será efetuada por meio de auditoria a ser realizada pela Secretaria de Controle Externo deste TCE-PA. 211 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará GESTÃO FISCAL 7.8. DAS ALIENAÇÕES DE ATIVO E DAS APLICAÇÕES DOS RECURSOS – ART. 53,§ 1º, INCISO III ANEXO – XIV. A Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, ao estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, dispõe em seu art. 44 que é vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. Verificou-se, em 2014, receita de Alienação de Ativos (Bens Móveis e Imóveis) no valor de R$2,9 milhões, dos quais referem-se à Alienação de Bens Imóveis, oriunda do patrimônio da Companhia de desenvolvimento Industrial – CDI no valor de R$2 milhões e Alienação de bens móveis do patrimônio do Ministério Publico de Contas do Estado do Pará, Secretaria de Estado da Fazenda e do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará no valor respectivo de R$161,8; R$669,0 e R$29,8 milhares. Em cumprimento ao disposto no supracitado artigo os recursos advindos da receita de Alienação de Ativos foram concentrados exclusivamente nas despesas do grupo Investimentos. 212 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 8 LIMITES LEGAIS E CONTITUCIONAIS Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS 8. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS Em função de exigências constitucionais e legais, parte da receita pública deve ser destinada a ações governamentais específicas com vistas a garantir recursos para áreas consideradas prioritárias. O cumprimento desses limites mínimos de gastos é tratado neste tópico. 8.1. MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO - MDE.............................................................. De acordo com a art. 212 da Constituição Federal de 1988, os recursos a serem aplicados na MDE nos Estados da Federação não deverão ser inferiores a 25% da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais e legais. As ações de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE são gastos que visam alcançar os objetivos básicos da educação nacional. São ações voltadas à obtenção dos objetivos da instituição educacional tais como: despesas relacionadas a aquisição, manutenção e funcionamento das instalações necessárias ao ensino, uso e manutenção de bens e serviços, remuneração e aperfeiçoamento dos profissionais da educação, aquisição de material didático, transporte escolar entre outros. 8. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS A Receita Líquida Resultante de Impostos é a base de cálculo para aplicação do percentual mínimo 8.1.naMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO dos gastos MDE, como pode ser demonstrada abaixo: DO ENSINO - MDE (Em (EmR$ R$milhares) milhares) RECEITAS Receita de Impostos (l) (-)Receita de Impostos Destinada à Formação do Fundeb VALOR 10.344.208 1.406.510 (=)Receita de Impostos após Deduções p/ o Fundeb Receita de Transferências Constitucionais e Legais (ll) 8.937.698 4.859.225 (-)Receita de Transferências Destinada à Formação do Fundeb (=)Receita de Transferências após Deduções p/ o Fundeb (-)Transferências Constitucionais e Legais aos Municípios (lll) 957.049 3.902.176 2.555.527 Receita Líquida Resultante de Impostos (lV=(l+ll-lll) 12.647.906 A receita líquida resultante de impostos arrecadados no exercício financeiro de 2014 atingiu o valor de R$12,6 bilhões. Aplicando-se o percentual de 25% sobre esse valor, obtém-se R$3,1 bilhões, que seria o mínimo a ser aplicado na MDE. O Estado do Pará aplicou R$3,2 bilhões do montante da Receita Líquida Resultante de Impostos, em MDE, ou seja, o equivalente a 25,56% ficando acima do limite mínimo estabelecido na Constituição Federal, art. 212, cumprindo assim, a determinação constitucional. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 215 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS TABELA x.xx Na Tabela a seguir apresenta-se a evolução da aplicação de recursos em MDE, na série histórica GASTOS NA MANUTENÇÃOTABELA E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO 2012 A 2012-2014. x.xx 2014 GASTOS NA MANUTENÇÃO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO 2012 A Tabela 8.1 - Gastos na Manutenção e Desenvolvimento do EEnsino 2012 a 2014 2014 ANOS 2012 BASE DE CÁLCULO VALOR TOTAL APLICADO ANOS BASE DE CÁLCULO 10.152.691 2013 2012 10.152.691 11.271.361 2014 2013 11.271.361 12.647.906 2014 (Em milhares) (EMR$ MILHARES) VALOR TOTAL APLICADO 2.556.898 12.647.906 (EM MILHARES) % % 25,18 2.556.898 2.954.032 25,18 26,21 2.954.032 26,21 3.233.607 25,56 25,56 3.233.607 Fonte: da da Execução Orçamentária e Siafem 2012-2014 Fonte:Relatório Relatórioresumido resumido Execução Orçamentária e Siafem 2012-2014 Fonte: Relatório resumido da Execução Orçamentária e Siafem 2012-2014 Graficamente, demonstra-seoo comportamento comportamento dosdos gastos com acom MDE anoMDE no Graficamente, demonstra-se gastos Estado doem Pará, em termos percentuais,nos nos últimos três anos: Estado do Pará, termos percentuais, últimos três anos: Graficamente, demonstra-se o comportamento dos gastos com a MDE no Estado do Pará, em ter- mos percentuais, nos últimos três anos: GRÁFICO x.xx EVOLUÇÃO DOS GASTOS NA MANUTENÇÃO GRÁFICO x.xxE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO EM PERCENTUAL DA RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS do 8.1 - Evolução gastos na manutenção e desenvolvimento EVOLUÇÃOGráfico DOS GASTOS NAdos MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO 2012 A 2014 em percentual da receita líquida de impostos 2012DE a 2014 ENSINOensino EM PERCENTUAL DA RECEITA LÍQUIDA IMPOSTOS 2012 A 2014 DO 26,4 26,4 26,02 26,02 25,64 25,26 25,64 25,26 24,88 24,5 2012 2013 2014 24,88 24,5 8.2. FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO 2012 2013 DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB). 2014 O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) foi criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 e pelo Decreto nº 6.253/2007, em substituição ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que vigorou de 1998 a 2006. 216 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS É um fundo especial, de natureza contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e Distrito Federal, num total de vinte e sete fundos), formado, na quase totalidade, por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, vinculados à educação por força do disposto no Art. 212 da Constituição Federal. Além desses recursos, ainda compõe o Fundeb, a título de complementação, uma parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada estado, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. Independentemente da origem, todo o recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica. 8.2 - FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA De acordo com EDUCAÇÃO as disposições da Lei Federal n° 11.494/07, recursos do Fundeb serão calculados BÁSICA E DE osVALORIZAÇÃO DOS sobre 20% das seguintes rubricas, incluídos multas, juros e dívida ativa e excluídas PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB ). as transferências aos Municípios. milhares) (Em(Em R$ R$ milhares) Contribuição ao Fundeb Impostos Valor Arrecadado (a) % (b) Base de Cálculo (c)=(aXb) % (d) Valor Devido (e)=(cXd) Transferido no exercício (f) Saldo a Transferir 2015 (g)=(e-f) ICMS 9.063.083 75 6.797.312 20 1.359.462 1.344.487 14.975 IPVA 433.897 50 216.949 20 43.390 43.138 252 18.290 100 18.290 20 3.658 3.658 0 1.406.510 1.391.283 15.227 ITCMD Total 9.515.270 7.032.551 ITCD--Imposto Impostosobre sobreTransmissão Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos; ITCD Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos; ICMS--Imposto Impostosobre sobreOperações Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, ICMS Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal Intermunicipal e de Comunicação; e de Comunicação; IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; Cota-Parte FPE - Fundo de Participação dos Estados; Cota-Parte FPE - Fundo de Participação dos Estados; Cota-Parte IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; Cota-Parte IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados; Lei Complementar n° 87/96 - Recursos recebidos da União pela desoneração das exportações (Lei Kandir). Lei Complementar n° 87/96 - Recursos recebidos da União pela desoneração das exportações (Lei Kandir). Conforme se demonstra, no cálculo da contribuição ao Fundeb sobre os recursos arrecadados de impostos, chega-se ao valor de R$1,4 bilhão. Do valor devido ao fundo, o montante de R$15,2 milhões não foi transferido no exercício, sendo o mesmo registrado, no encerramento do exercício, na conta Restos a Pagar Processados para crédito na conta financeira do Fundeb, no exercício de 2015. Conforme consulta ao Siafem/2014 e 2015, esse valor foi integralmente recolhido ao fundo, em cumprimento o disposto no art. 17, § 2º da Lei nº 11.494/07. 217 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ fundo, em cumprimento o disposto no art.para 17, § 2º da repassados Lei nº 11.494/07. União, foram retidos R$957,0 milhões, serem ao Fundeb conforme segue: Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS Dos recursos provenientes das transferências constitucionais recebidas da (Em R$ milhares) União, foram retidos ao Fundeb conforme FPER$957,0 milhões, para serem repassados 900.600 IPI 43.684 Dos recursos provenientes das transferências constitucionais recebidas da União, foram retidos segue: Desoneração ICMS/Exportações 12.764 TOTAL 957.048 R$957,0 milhões, para serem repassados ao Fundeb conforme segue: (EmR$ R$milhares) milhares) (Em Adicionando-se o valor decorrente da arrecadação900.600 dos impostos ao das FPE IPI 43.684 transferências constitucionais, chega-se ao montante de R$2,312.764 bilhões de contribuição Desoneração ICMS/Exportações TOTAL do Estado ao Fundeb, no exercício de 2014. 957.048 Adicionando-se o valor decorrente arrecadação impostos ao constituciodas Entretanto, o Estado do Pará recebeuda desse Fundo R$1,7 proveniente Adicionando-se o valor decorrente da arrecadação dos impostos aodos dasbilhão, transferências transferências constitucionais, chega-se ao montante R$2,3 bilhões denocontribuição de retorno e complementação da União, inclusive as receitas de aplicação financeira. nais, chega-se ao montante de R$2,3 bilhões de contribuição dode Estado ao Fundeb, exercício de 2014. do Estado aoque Fundeb, no exercício 2014. ao Fundeb superou os valores recebidos Constata-se a contribuição dode Estado Entretanto, o Estado do Pará recebeu desse Fundo R$1,7 bilhão, proveniente de retorno e comdesse Fundo, conforme detalhamento a seguir:desse Fundo R$1,7 bilhão, proveniente o Estado do Paráderecebeu plementação daEntretanto, União, inclusive as receitas aplicação financeira. Constata-se que a contribuição do Estado ao os valores recebidos desse Fundo, detalhamento a seguir: de Fundeb retorno superou e complementação da União, inclusive asconforme receitas de aplicação financeira. (EmR$ R$milhares) milhares) Constata-se que a contribuição do Estado ao Fundeb superou os valores recebidos (Em Total Transferido ao Fundeb (A): desse Fundo, conforme detalhamento a seguir: -ICMS, ITCMD e IPVA -Transferências de impostos recebidos da União Total Recebido do Fundeb (B): 2.363.559 1.406.510 957.048 1.743.620 -Valor do retorno do Fundeb -Complementação Total Transferido aorecebida Fundeb da (A):União -ReceitaITCMD de Aplicação -ICMS, e IPVA Financeira dos Recursos do Fundeb (Em R$ 1.009.674 milhares) 731.209 2.363.559 RESULTADO LÍQUIDO DO Fundeb (B-A) da União -Transferências de impostos recebidos 2.737 1.406.510 619.939 957.048 Total Recebido do Fundeb (B): 1.743.620 -Valor do retorno do Fundeb 1.009.674 Na distribuição dos recursos do Fundeb, no mínimo 60% serão destinados à -Complementação recebida da União 731.209 -Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do Fundeb da educação básica em efetivo 2.737 remuneração dos profissionais do magistério exercício RESULTADOdos LÍQUIDO DO Fundeb (B-A) 619.939 Na distribuição recursos do Fundeb, no mínimo 60% serão destinados à remuneração na rede pública, conforme estabelece o artigo 22 da Lei Federal n° 11.494/07. Emdos pro- fissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública, conforme estabelece o 2014, este limite ficou na de R$1,04 bilhão.noContudo, Estado do destinados Pará aplicou Na distribuição dosordem recursos do Fundeb, mínimo o60% serão à artigo 22 da Lei Federal n° 11.494/07. Em 2014, este limite ficou na ordem de R$1,04 bilhão. Contudo, o R$1,72 bilhão, ou seja, 98,93% do valor recebido do fundo, cumprindo, portanto, o remuneração profissionais doseja, magistério básica efetivo exercício Estado do Pará aplicoudos R$1,72 bilhão, ou 98,93%da doeducação valor recebido doem fundo, cumprindo, portanto, nadispositivo rede pública, o referido legal.conforme estabelece o artigo 22 da Lei Federal n° 11.494/07. Em 2014, este limite ficou na ordem de R$1,04 bilhão. Contudo, o Estado do Pará aplicou R$1,72 bilhão, ou seja, 98,93% do valor recebido do fundo, cumprindo, portanto, o 8.3. TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS AOS MUNICÍPIOS De acordo com o arts. 158 da Constituição Federal e 225 da Constituição Estadual, no exercício de 2014 foi apurado a título de transferência aos municípios R$2,5 bilhões, sendo que deste montante deixou de ser repassado no exercício o valor de R$6,5 milhões, que foram efetivamente pagos em 2015 conforme Ordens Bancárias nº. 2015OB00011, nº. 2015OB00012 e nº. 2015OB00013 evidenciadas no Siafem. 218 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS 8.3 - TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS AOS MUNICÍPIOS milhares) (Em (Em R$ R$ milhares) Valor Devido Transferido no Exercício A Transferir em 2015 Incidência (a) (b) (c)=(a-b) 25% do ICMS 2.265.771 2.260.981 4.790 50% do IPVA 216.947 216.132 815 25% do IPI 72.807 71.844 963 265 265 0 2.555.790 2.549.222 6.568 25% da CIDE TOTAL 8.4 - RECURSOS DESTINADOS ÀS AÇÕES E A SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE Fonte: Siafem 2014 Fonte: Siafem 2014 8.4. RECURSOS DESTINADOS ÀS AÇÕES E A SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE A Constituição Federal estabelece que os estados devem aplicar em ações e serviços públicos saúde oque valor mínimo devem correspondente 12%edo produto da de A Constituição Federal de estabelece os estados aplicar em aações serviços públicos arrecadação dos impostos, acrescido das transferências de recursos provenientes da saúde o valor mínimo correspondente a 12% do produto da arrecadação dos impostos, acrescido das União deduzidos os valores transferidos aos municípios, relativos à participação transferências denas recursos provenientes da União deduzidos os valores transferidos aos municípios, reladestes receitas dos estados. tivos à participação destes nas receitas dos estados. Segundo a Constituição Federal no seu art. 196 a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à Segundo a Constituição Federal no seu art. 196 a saúde é direito de todos e dever do Estado, garanredução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às tido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. A Receita Líquida Resultante de Impostos é a base de cálculo para aplicação do percentual mínimo dos gastos nas ações e serviços públicos de saúde, como pode A Receita Líquida Resultante de Impostos é a base de cálculo para aplicação do percentual mínimo ser demonstrado abaixo: dos gastos nas ações e serviços públicos de saúde, como pode ser demonstrado abaixo: (Em R$ milhares) RECEITAS VALOR Receita Resultante de Impostos 10.344.208 (+) Receitas de Transferências Constitucionais e Legais 4.859.225 (-) Transferências Constitucionais e Legais 2.555.527 = RECEITA LÍQUIDA RESULTANTE DE IMPOSTOS 12.647.906 A receita líquida resultante de impostos arrecadados no exercício financeiro de A receita líquida resultante de impostos arrecadados no exercício financeiro de 2014 atingiu o va2014 atingiu o valor de R$12,6 bilhões. Aplicando-se o percentual mínimo de 12% lor de R$12,6 Aplicando-se percentual de mínimo de 12% sobre a Receita LíquidadeResultante sobrebilhões. a Receita Líquida oResultante Impostos, chega-se ao montante R$1,5 de Impostos,bilhão, chega-se montante de R$1,5 ounas seja,ações o mínimo a ser aplicado ou ao seja, o mínimo a ser bilhão, aplicado e serviços públicosnas de ações saúde,e serviços no referido públicos de saúde,exercício. no referido exercício. O Governo do Estado demonstrou ter aplicado R$1,6 bilhão em despesas próprias com saúde, correspondente a 12,97% da Receita Líquida de Impostos, consideradas somente as despesas que possuíam caráter universal. Este percentual é superior ao mínimo a ser aplicado de 12%, para o exercício de 2014, o que atende à determinação constitucional. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ A evolução dos gastos com saúde, nos últimos três exercícios, apresentou o seguinte comportamento: 219 A receita líquida resultante de impostos arrecadados no exercício financeiro de 2014 atingiu o valor de R$12,6 bilhões. Aplicando-se o percentual mínimo de 12% Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará sobreE CONSTITUCIONAIS a Receita Líquida Resultante de Impostos, chega-se ao montante de R$1,5 LIMITES LEGAIS bilhão, ou seja, o mínimo a ser aplicado nas ações e serviços públicos de saúde, no referido exercício. O Governo do Estadodo demonstrou ter aplicado ter R$1,6 bilhão em despesas com saúde, corO Governo Estado demonstrou aplicado R$1,6 bilhãopróprias em despesas próprias com saúde, correspondente a 12,97% da Receita Líquida de Impostos, respondente a 12,97% da Receita Líquida de Impostos, consideradas somente as despesas que possuíam somente as despesas possuíam caráter universal. caráterconsideradas universal. Este percentual é superiorque ao mínimo a ser aplicado de 12%,Este parapercentual o exercícioé de 2014, superior ao mínimo a ser aplicado de 12%, para o exercício de 2014, o que atende à o que atende à determinação constitucional. determinação constitucional. A evolução dos gastos com saúde, nos últimos três exercícios, apresentou o seguinte comportaA evolução dos gastos com saúde, nos últimos três exercícios, apresentou o mento:seguinte comportamento: EXERCÍCIO VALOR APLICADO EM SAÚDE RECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS % CORRESPONDENTE 2012 1.401.837 10.152.691 13,83 2013 1.525.770 11.271.361 13,54 2014 1.640.857 12.647.906 12,97 8.5 DESPESAS COM PUBLICIDADE 8.5. DESPESAS PUBLICIDADE De COM acordo com o art. 22, § 2º da Constituição Estadual a despesa com publicidade de cada Poder não excederá a 1% da respectiva dotação orçamentária. De acordo com o art. 22, § 2º da Constituição Estadual a despesa com publicidade de cada Poder a seguir, a orçamentária. composição das despesas com publicidade dos não excederáApresenta-se, a 1% da respectiva dotação Poderes e do Ministério Público do Estado, em 2014: Apresenta-se, a seguir, a composição das despesas com publicidade dos Poderes e do Ministério Público do Estado, em 2014: (Em R$ milhares) (Em R$ milhares) PODERES DESPESA TOTAL EMPENHADA (A) DESPESA TOTAL AUTORIZADA (B) PARTICIPAÇÃO % (A/B) Legislativo 3.699 744.427 0,50 Judiciário 488 991.535 0,05 - 417.871 - Executivo 34.114 18.722.686 0,18 Total 38.301 20.876.519 0,18 Ministério Público Fonte: Siafem Fonte: Siafem 2014 2014 Observa-se que os gastos com publicidade dos Poderes e órgãos não excederam ao limite estabelecido pela Constituição Observa-seEstadual. que os gastos com publicidade dos Poderes e órgãos não excederam ao limite estabelecido pela Constituição Estadual. Na tabela a seguir demonstra-se tais despesas no período de 2012 a 2014, em valores nominais e em números relativos autorizadas. tais despesas no período de 2012 a 2014, em Na tabelaàsadespesas seguir demonstra-se 220 valores nominais e em números relativos às despesas autorizadas. TABELA x.xx DESPESAS COM PUBLICIDADE 2012 a 2014 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Na tabela a seguir demonstra-se tais despesas no período de 2012 a 2014, em valores nominais e em números relativos às despesas autorizadas. Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS TABELA x.xx DESPESAS COM PUBLICIDADE Tabela 8.2 - Despesas com publicidade 2012 A2012 2014 a 2014 2012 PODERES DESPESA EMPENHADA Ministério Público milhares) (Em(Em R$ R$ milhares) 2013 % 2014 DESPESA EMPENHADA % DESPESA EMPENHADA % - - - - - - Executivo 38.354 0,25 38.376 0,22 34.114 0,18 Legislativo 2.095 0,33 3.260 0,49 3.699 0,50 Judiciário 134 0,02 32 0,00 488 0,05 Fonte: Siafem 2014 Fonte: Siafem 2014 Portanto, constata-se que, nos últimos 3 exercícios, os percentuais de gastos Portanto, constata-se que, nos últimos exercícios, de gastos com publicidade com publicidade situaram-se dentro3do limite deos 1%percentuais estabelecido pela Constituição do situaram-se Estado. dentro do limite de 1% estabelecido pela Constituição do Estado. 8.6. PROGRAMA DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO – PASEP Instituído pela da Lei Complementar n° 8, de 3 de dezembro de 1970 o PASEP - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público – é regulamentado pelo Decreto n° 4.751, de 17 de junho de 2003, e incide à alíquota mensal de 1% sobre o valor das receitas correntes arrecadadas e das transferências correntes e de capital recebidas por pessoas jurídicas de direito público. Tem a finalidade de promover a participação dos servidores estaduais na receita dos órgãos e entidades integrantes da administração pública direta e indireta, nos âmbitos federal, estadual e municipal e das fundações. Ressalta-se que, com a edição da Lei nº 12.810, de 15 de maio de 2013, passou-se a admitir a de- PROGRAMA DE da FORMAÇÃO PATRIMÔNIO 8.6 dução das- Transferências de Convênios base de cálculo doDO PASEP. DO SERVIDOR PÚBLICO – PASEP O valor devido pelo Poder Executivo Estadual, a cargo da SEFA, a título de contribuição para o PASEP, pode ser demonstrado da seguinte forma: (Em (Em R$ R$milhares) milhares) CONTRIBUIÇÃO PARA O PASEP - 2014 Receita Corrente Administração Direta (I) CÁLCULO TCE CÁLCULO SEFA DIFERENÇA 18.733.590 18.733.590 - 78.836 78.836 - Subtotal (III) = (I+II) 18.812.426 18.812.426 - (-) Deduções da Base de Cálculo:(IV) - 105.000 Receita de Transferência de Capital Administração Direta (II) 13.852.881 13.957.881 - Transf. aos Municípios 2.748.936 2.748.936 - Transf. Financeiras p/Administração Indireta 2.841.545 2.946.545 - 105.000 - Transf. a Outros Poderes 2.013.062 2.013.062 - - Deduções por Retenção na Fonte do PASEP 5.080.659 5.080.659 - - Receita Recebida do FUNDEB 1.009.435 1.009.435 - 159.242 159.242 - 4.959.544 4.854.544 105.000 49.595 48.545 1.050 50.806 50.806 - 100.405 99.355 1.050 - Transf. De Convênios ou Congêneres Base de Cálculo (V) = (III-IV) PASEP Devido (Vx1%) TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ PASEP Retido na Fonte pela União Total da contribuição do Governo do Pará ao PASEP 221 Receita Corrente Administração Direta (I) 8.6 - 18.733.590 18.733.590 - 78.836 78.836 - - Transf. aos Municípios 2.748.936 2.748.936 - Transf. Financeiras p/Administração Indireta 2.841.545 2.946.545 - Transf. a Outros Poderes 2.013.062 (Em R$ milhares) 2.013.062 - Receita de Transferência de Capital Administração Direta (II) PROGRAMA DE FORMAÇÃO 18.812.426 DO PATRIMÔNIO DO Subtotal (III) = (I+II) 18.812.426 SERVIDOR PÚBLICO – PASEP 13.852.881 13.957.881 - 105.000 Relatório de Análise das (-) Contas de Governo do de Estado do Pará Deduções da Base Cálculo:(IV) LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS PASEP - 2014 - DeduçõesCONTRIBUIÇÃO por Retenção naPARA FonteOdo PASEP - 105.000 CÁLCULO TCE CÁLCULO SEFA DIFERENÇA5.080.659 5.080.659 -Receita ReceitaCorrente RecebidaAdministração do FUNDEB Direta (I) 1.009.435 18.733.590 1.009.435 18.733.590 78.836 159.242 78.836 159.242 - Subtotal (III) = (I+II) Base de Cálculo (V) = (III-IV) 18.812.426 4.959.544 18.812.426 4.854.544 105.000- (-) Deduções Base de Cálculo:(IV) PASEP Devidoda(Vx1%) 13.852.881 49.595 13.957.881 48.545 - 105.000 1.050 - Transf.Retido aos Municípios PASEP na Fonte pela União 2.748.936 50.806 2.748.936 50.806 - -Total Transf. da Financeiras contribuiçãop/Administração do Governo do Indireta Pará ao PASEP 2.841.545 100.405 2.946.545 99.355 - 105.000 1.050 - Transf. a Outros Poderes 2.013.062 2.013.062 - - Deduções por Retenção na Fonte do PASEP 5.080.659 5.080.659 - - Receita Recebida do FUNDEB 1.009.435 1.009.435 - Capital Administração Direta (II) -Receita Transf.de DeTransferência Convênios oude Congêneres - Transf. De Convênios ou Congêneres DO RECOLHIMENTO DO PASEP 159.242 DEMONSTRATIVO Base de Cálculo (V) = (III-IV) COMPOSIÇÃO PASEP Devido (Vx1%) Através de DARF 49.598.442,20 PASEP Retido Fonte pela União pela União PornaRetenção na Fonte 50.806.591,42 APURADO 159.242 DIFERENÇA 4.959.544 4.854.544 REALIZADO 49.595 48.545 48.545.443,24 1.052.998,96 50.806 50.806 50.806.591,42 - Total da contribuição do Governo do Pará ao PASEP 100.405 99.355 TOTAL 100.405.033,63 99.352.034,66 1.052.998,96 - 105.000 1.050 1.050 Os dados apontam que o Poder Executivo deveria contribuir para formação do PASEP com R$100.405.033,63. Constatou-se que, em 2014, contribuiu com R$99.352.034,66, restando a recolher para os cofres da União a importância de R$1.052.998,96, o que deverá ocorrer em 2015, em atendimento aos preceitos legais que regem a matéria. 222 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 9 MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 223 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 224 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 9. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO DE 2013 O Monitoramento é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Pará para verificar o cumprimento de suas deliberações e os resultados delas advindos, nos termos do art. 85 de seu Regimento Interno. No Parecer Prévio das Contas de Governo de 2013, o TCE-PA, mediante Resolução nº 18.590, de 28 de maio de 2014, emitiu recomendações para a adoção de medidas saneadoras às ocorrências verificadas na prestação de contas, fixando-se prazo de 180 dias para o encaminhamento de informações acerca das providências adotadas. Por meio dos Ofícios nº 974/2014 e nº 975/2014 da Auditoria Geral do Estado anexados aos autos (fls. 14 a 36 e fls. 37 a 124, volume 4) foram encaminhadas, tempestivamente, as justificativas e providências adotadas pelo Poder Executivo, visando sanear as impropriedades detectadas. Constam também do Balanço Geral do Estado do exercício de 2014, as providências informadas pela AGE e outras complementares, conforme se vê às fls. 133 a 151, volume I. Apresentam-se, a seguir, as recomendações formuladas e as providências adotadas, com base nas informações prestadas, bem como as respectivas análises técnicas. As recomendações estão organizadas pela natureza do assunto e identificadas como reiteradas (aquelas formuladas em exercícios anteriores à prestação de contas de 2013, mas não atendidas), e novas (aquelas formuladas em razão das novas ocorrências verificadas na prestação de contas do exercício de 2013). 9.1. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES QUANTO AO MAPA DE EXCLUSÃO SOCIAL 9.1.1. Que seja realizada a efetiva coleta de dados, direta ou indiretamente, para fins de elaboração de indicadores que reflitam tempestivamente o quadro de Exclusão Social do Estado, em atenção à Lei nº 6.836/2006. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: O Idesp reitera as justificativas anteriores sobre a impossibilidade de gerar os indicadores estabelecidos pela Lei n° 6.836/2006 com a temporalidade exigida e no nível de desagregação definido. Segundo aquele Instituto, a medida adotada para tornar a lei exequível e solucionar em definido as pendências junto ao TCE, “foi a elaboração de um projeto de alteração na Lei n° 6.836/2006, construído 225 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 conjuntamente pelo IDESP, SEPOF, SEFA e AGE. Esse projeto de alteração de lei foi encaminhado à Casa Civil, que já fez remessa à Procuradoria Geral do Estado e essa, conjuntamente com o IDESP, estão realizando os últimos ajustes no referido projeto de lei e elaborando a mensagem do Exmo. Governador do Estado que acompanhará o projeto de alteração de lei.” ANÁLISE: Dos dez indicadores constantes do Mapa da Exclusão Social, apenas três apresentam dados relativos ao exercício de 2014 (expectativa de vida, saúde e segurança), conforme determina a Lei n° 6.836/2006. Os indicadores de renda, desemprego, educação, saneamento básico, habitação, população em situação de risco nas ruas e de inclusão digital não se referem ao exercício objeto de análise e não observam a desagregação geográfica prevista na lei, prejudicando o diagnóstico social e a avaliação do desempenho do Governo ao longo de 2014. Dessa forma, em que pese a justificativa apresentada pelo Poder Executivo, considera-se não atendida a recomendação, pois enquanto a Lei n° 6.836/2006 estiver em vigor suas diretrizes e determinações devem ser observadas pela Administração Pública. 9.1.2. Que, em cumprimento ao que dispõe a Lei nº 6.836/2006, art. 5º, parágrafo único, faça constar, no Anexo de Metas Sociais integrante do Projeto de Lei Orçamentária Anual, a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, a avaliação do cumprimento das Metas Sociais foi apresentada no “Quadro 10 – Avaliação do Cumprimento das Metas Relativas ao Ano Anterior”, que integrou a Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 7.797, de 14-01-2014, que estima e receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício financeiro de 2014 e dá outras providências. Na LOA nº 8.095, de 30-12-2014, que estima a receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício de 2015, a avaliação foi apresentada em formato de texto. ANÁLISE: A Lei Orçamentária Anual n° 7.797, de 14 de janeiro de 2014, que fixa as despesas e estima as receitas do exercício de 2014, em seu Quadro 10, apresenta a avaliação do cumprimento das metas sociais relativas aos anos de 2011 e 2012. Todavia, a Lei n° 6.836/2006, art. 5°, parágrafo único, determina que a avaliação constante da Lei Orçamentária Anual se refira às metas do ano anterior. Desse modo, visto que o Quadro 10 da LOA 2014 contemplou a avaliação do cumprimento das metas, porém, deixou de inserir a avaliação em relação ao ano anterior (2013), considera-se parcialmente atendida a recomendação. 226 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 QUANTO AO CONTROLE INTERNO 9.1.3. Que a AGE proceda ao monitoramento da baixa de estoque no sistema Simas, como quesito imprescindível para o controle de entradas e saídas de materiais no almoxarifado dos órgãos e entidades, promovendo testes de aderência entre os registros do sistema e o estoque físico. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a AGE, “as ações realizadas, de forma direta por esta AGE ou em parceria com outros Órgãos componentes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual, proporcionaram a testificação do SIMAS em ambiente interno da UG e pelo Sistema de Controle Interno, em diferentes níveis: I – por Comissão de Inventário especialmente designada, composta por 3 servidores públicos, utilizando o procedimento de levantamento físico/inventário, realizado por ocasião do encerramento do exercício, objetivando emissão de Declaração de Conformidade anexada ao Balanço Anual; II – pelo APC, membro do Sistema de Controle Interno, subordinado tecnicamente a esta AGE, Órgão Central do Sistema de Controle Interno, por ocasião do encaminhamento do Relatório de Controle Interno Anual sobre as Contas de Gestão, tendo por base Relatórios do SIMAS (...) III – no âmbito centralizado, com controle e monitoramento constante das baixas do SIMAS realizado pela SEAD. (...) ANÁLISE: A AGE demonstrou ter adotado providências para que os Órgãos do poder Executivo Estadual procedessem à conciliação da contagem física dos bens móveis e materiais de consumo com os Registros no Simas, fazendo-se testes de aderência, embora o quadro Demonstrativo do monitoramento elaborado pela AGE, fls. 90 a 100, volume 4, revele que 48,42% das Unidades Gestoras não constituíram comissão de inventário. Considerando as iniciativas adotas pela AGE, a recomendação foi avaliada como atendida. A ausência de conciliação da contagem física dos estoques com os registros no SIMAS dos Órgãos que não constituíram Comissão de Inventário, conforme instrução da AGE, deve ser objeto de análise da prestação de contas anual do Gestor responsável. 227 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 QUANTO À ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO PODER EXECUTIVO 9.1.4. Que as denominações dos Órgãos/Entidades apresentadas no Siafem, no Orçamento Geral do Estado, nos sítios eletrônicos e nas respectivas leis de criação e alterações sejam uniformes entre si. (Nova) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sead, foi emitido Ofício Circular a todos os Órgãos/Entidades do Poder Executivo Estadual, no sentido de observar e corrigir, se necessário, as respectivas denominações nos sistemas e sítios do governo estadual. ANÁLISE: Com o advento da Lei nº 8.096, de 1º de janeiro de 2015, o Poder Executivo reorganizou sua estrutura administrativa ao extinguir, criar, fundir órgãos e entidades e alterar as denominações. Verificou-se que no Siafem/2015 já foram consideradas as alterações emanadas do art. 2º, II, da citada Lei. Já no Orçamento Geral do Estado/2015, as alterações não foram contempladas, considerando que a sua aprovação ocorreu anteriormente à promulgação da Lei nº 8.096/2015. Quanto aos sítios eletrônicos, apenas os domínios não foram modificados, mas os respectivos portais já contemplam as novas denominações, pelo o que consideramos a recomendação atendida. QUANTO AOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL 9.1.5. Que no Relatório de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual constem todos os índices dos indicadores de desempenho relacionados aos programas finalísticos. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, “o Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual, exercício 2013, encaminhado pela SEPOF ao TCE em abril de 2014, apresenta 85% dos indicadores de desempenho dos Programas Finalísticos devidamente mensurados. Para os 15% restantes, não aferidos, foram apresentadas as devidas justificativas, dentre elas: - Dependência de estatísticas oficiais que possuem temporalidades diversas do período de elaboração do Relatório Anual de Avaliação; - Encerramento de alguns Programas, Projetos e Ações no exercício de 2012, inviabilizando a apuração de seus indicadores para o exercício de 2013; - Conclusão parcial de ações de alguns Programas Finalísticos, no exercício de 2013, cujos indicadores estavam vinculados à execução total, inviabilizando a apuração dos mesmos.” 228 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como parcialmente atendida, pois, do universo dos indicadores referentes aos programas do PPA sob gestão do Poder Executivo, somente 85% foram apresentados no Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual, exercício 2013, conforme a própria Sepof declarou. 9.1.6. Que conste no Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual a avaliação de todas as metas das ações previstas por programas finalísticos. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, “o Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual, exercício 2013, encaminhado ao TCE, em abril de 2014, atende integralmente a recomendação.” ANÁLISE: A recomendação foi considerada parcialmente atendida, pois conforme análise do Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual, exercício 2013, nem todos os programas finalísticos tiveram a totalidade de suas ações avaliadas. 9.1.7. Que faça constar no Anexo de Metas Fiscais da LDO o Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, evidenciando a condição utilizada, dentre as previstas na LRF, art. 14, para cada situação de renúncia de receita, em consonância com o Manual Técnico de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: A Sefa informa que se encontra em desenvolvimento um sistema informatizado que deverá atender as exigências da LRF, especificamente com relação às modalidades de renúncia fiscal para cada espécie de tributo, nos termos do art. 14. No referido sistema já se encontram disponíveis as informações referentes aos benefícios fiscais concedidos, classificados por modalidade e de maneira regionalizada. Contudo, a Sefa ressalta que: 1. “A Lei que concede os benefícios por meio da Política de Incentivos ao Desenvolvimento Socioeconômico do Estado do Pará é do ano de 2002”. 2. “A Sefa já vem cumprido o que determina à LRF quando atende a, pelo menos, uma das condições estabelecidas nos incisos I e II do artigo 14 da referida Lei, visto que a estimativa de renúncia de receita foi incluída na metodologia de cálculo da projeção da arrecadação efetiva do ICMS. Desta forma, fica observado o atendimento do disposto no art. 14, inciso I, da LRF, que determina que a renúncia deva 229 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 ser considerada na estimativa da receita da lei orçamentária e de que não afetará às metas de resultados fiscais. Sendo assim, não se fazem necessárias as medidas de compensação, conforme demonstrado no quadro de estimativa da renúncia de receitado do Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 8.095 para o exercício de 2015.” 3. “A Lei Complementar Nº 87/96, estabelece, benefícios e incentivos fiscais, como às desonerações de ICMS das mercadorias destinadas a exportação, que vigora em todos os Estados brasileiros e, também, pelo seu caráter genérico, não são considerados como renúncia de receitas”. 4. “Os demais benefícios tributários concedidos em caráter geral, não representam renúncia de receita, de acordo com a Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, pois são autorizados e concedidos pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) e incorporados à legislação estadual por Decretos do Poder Executivo Estadual.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como atendida, pois as renúncias apresentadas no Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita da LDO 2014, são inerentes a exercícios anteriores ao ano de referência da lei, desta forma, já compensadas e não consideradas na previsão de receita para o exercício em questão. 9.1.8. Que no cálculo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, no Anexo de Metas Fiscais da LDO, não se incluam receitas e despesas que não atendam ao disposto na LRF, art. 17. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “essa recomendação será corrigida na elaboração do Projeto de Lei para o exercício de 2016, visto que a LDO de 2015, já foi aprovada em julho de 2014, sem a devida alteração”. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, devido à impossibilidade de avaliar o PLDO para 2016, pois o mesmo não se encontra disponibilizado. 9.1.9. Que a memória de cálculo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente o detalhamento da conta Outras Despesas. (Reiterada) 230 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “essa recomendação será corrigida na elaboração do Projeto de Lei da LDO para o exercício de 2016, visto que a LDO de 2015, já foi aprovada em julho de 2014, sem o devido ajuste”. Informa, porém, que o detalhamento da conta Outras Despesas está composto de despesas com: Publicidade, Plano de Assistência dos Servidores, Pensões Especiais e o Custeio da manutenção dos Órgãos. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, devido à impossibilidade de avaliar o PLDO para 2016, pois o mesmo não se encontra disponibilizado. 9.1.10. Que o PLOA apresente o Demonstrativo Regionalizado dos Percentuais de Incidência sobre as Receitas e Despesas, decorrentes de Isenções, Anistias, Remissões, Subsídios e Benefícios de Natureza Financeira, Tributária e Creditícia, conforme exigência da Constituição Estadual, art. 204, § 11. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sefa, “a recomendação foi atendida na Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 8.095, de 30/12/2014, que estima a receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício de 2015.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como atendida, conforme levantamento efetuado junto à LOA 2014. 9.1.11. Que faça constar as medidas de compensação que serão adotadas, conforme exigência da LRF, art. 5º, inciso II, no Demonstrativo de Estimativa do Impacto Orçamentário-financeiro, decorrentes da Concessão ou Ampliação de Incentivos ou Benefícios de Natureza Tributária da qual decorra Renúncia de Receita, presente na LOA. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sefa, “no que se refere ao processo de atendimento desta recomendação, considerando o aspecto quanto à apresentação do Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA) Nº 8.095, para o exercício de 2015, a LRF, no artigo 14, estabelece como exigência, que a renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, portanto aqueles benéficos de caráter permanente concedidos pelo Estado que já foram considerados em mais de dois anos seguintes à sua implementação não deverão mais serem observados nas exigências do referido dispositivo legal.” 231 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 (...) “a Lei que concede os benefícios por meio da Política de Incentivos ao Desenvolvimento Socioeconômico do Estado do Pará é do ano de 2002.” “Assim sendo, necessário se faz ressaltar, que, à SEFA já vem cumprido o que determina à LRF quando atende a, pelo menos, uma das condições estabelecidas nos incisos I e II do artigo 14 da referida Lei, visto que a estimativa de renúncia de receita foi incluída na metodologia de cálculo da projeção da arrecadação efetiva do ICMS. Desta forma, fica observado o atendimento do disposto no art. 14, inciso I, da LRF, que determina que a renúncia deva ser considerada na estimativa da receita da lei orçamentária e de que não afetará às metas de resultados fiscais. Sendo assim, não se fazem necessárias medidas de compensação, conforme demonstrado no quadro de estimativa da renúncia de receita Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, inserido na Lei Orçamentária Anual (LOA) nº 8.095 para o exercício de 2015.” ANÁLISE: A recomendação foi atendida, pois as renúncias apresentadas no Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, da LOA 2014, são inerentes a exercícios anteriores ao ano de referência da lei, desta forma, já compensadas e não consideradas na previsão de receita para o exercício em questão. 9.1.12. Que no cálculo do Demonstrativo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, da LOA, não se incluam receitas e despesas que não atendam ao disposto na LRF, art. 17. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, a “recomendação foi atendida quando da elaboração do Projeto de Lei da LOA referente ao exercício de 2015, que foi entregue à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA), no dia 30-09-2014, e se transformou na Lei nº 8.095, de 30-12-2014, que estima e receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício financeiro de 2015.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme levantamento efetuado junto à LOA 2015 constata-se que continuam sendo incluídas, no cálculo do Demonstrativo, receitas e despesas que não atendem ao disposto na LRF, art. 17. 9.1.13. Que ao elaborar o PLOA considere a função “Encargos Especiais”, corretamente, a quando da classificação da despesa orçamentária. (Reiterada) 232 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, nas “Leis Orçamentárias Anuais (LOA’s) para os exercícios de 2013 e 2014 foram observadas as retificações necessárias na maioria da classificação da despesa orçamentária relativas às funções “Encargos Especiais”. Na Lei (LOA) nº 8.095, de 30-12-2014, que estima e receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício financeiro de 2015 foi realizado um novo rastreamento no sistema para detectar e corrigir eventuais outras classificações que porventura ainda se encontrem indevidamente informada na função “Encargos Especiais” e foi procedido os ajustes”. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme se observa das Leis Orçamentárias para os exercícios de 2014 e 2015, a função “Encargos Especiais” ainda é utilizada de maneira incorreta no processo de classificação da despesa. 9.1.14. Que, ao elaborar o PLDO e o PLOA, faça constar as operações intraorçamentárias, com vistas a evitar a dupla contagem dos valores financeiros correspondentes às operações realizadas entre Órgãos, Fundos e Entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “a recomendação foi acatada na LOA de 2013, na qual todos os Órgãos que possuem contrato com outros órgãos estão operacionalizando na modalidade de aplicação “91” – Aplicação direta decorrente de operações entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos orçamentos fiscais e da seguridade social. Na Lei Orçamentária Anual – LOA de 2014 foi retificada a operacionalização dos Fundos para a modalidade de aplicação “91” ”. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme se observa das Leis Orçamentárias para os exercícios de 2014 e 2015, as operações somente são utilizadas em relação às despesas, não sendo utilizadas quando se trata das receitas, gerando assim duplicidade quando da apuração da receita corrente líquida. 9.1.15. Que a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor, fixada junto ao programa de trabalho do Igeprev, obedeça à codificação no nível de função e programa, conforme art. 8º, da Portaria Interministerial nº 163/2001, e atualizações. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, “a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor não foi corrigida na LOA para o exercício de 2014. Na Lei (LOA) nº 8.095, de 30-12-2014, que estima a receita 233 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício financeiro de 2015 foi retificada a referida função passando de “0000” para “9999”, conforme art. 8º, da Portaria Interministerial nº 163/2001, e atualizações.” ANÁLISE: A recomendação foi atendida, pois conforme a LOA para o exercício de 2015, a codificação da Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor atende ao disposto no art. 8º da Portaria Interministerial nº 163/2001. 9.1.16. Que os órgãos gestores dos programas do Poder Executivo registrem no Sistema GP Pará os índices dos indicadores de desempenho relacionados aos programas finalísticos. (Nova) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sepof, “foram mensurados 85% dos indicadores de desempenho dos Programas Finalísticos e registrados no Sistema GP-Pará. Além disso, foram registrados os indicadores relativos ao exercício de 2012 que até então não haviam sido aferidos. Para os 15% restantes, não apurados em 2013, foram apresentadas as devidas justificativas no Relatório Anual de Avaliação, exercício 2013.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme levantamento efetuado junto ao GP Pará, não constam os registros dos índices dos indicadores de desempenho relacionados aos programas finalísticos referentes ao exercício de 2014. 9.1.17. Que os percentuais de limites da despesa total com pessoal para os Poderes e órgãos sejam estabelecidos na LDO em conformidade com os definidos pela LRF. (Nova) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “já consta na LDO 2015 em seu Art. 53 o limite máximo, de acordo com a LRF, a ser gasto pelo Estado com Pessoal e em seu Parágrafo Único a referência legal sobre a repartição dos limites estabelecidos por poder”. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois conforme LDO’s dos exercícios de 2014 e 2015, continuam sendo estabelecidos percentuais de limites da despesa total com pessoal, para os Poderes e órgãos, em desacordo com a LRF. 9.1.18. Que os valores correntes referentes aos três exercícios anteriores do Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, guardem confor- 234 midade com os apresentados nas LDO’s dos referidos exercícios. (Nova) TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, o título do Anexo será corrigido, visto que se trata de “Metas Fiscais Fixadas”. Segundo a Sefa, “foram adotadas as providências necessárias para o atendimento da recomendação supracitada, procedendo os ajustes e as inclusões no Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores (valores correntes) da conformidade dos valores apresentados nos três exercícios anteriores. Esses ajustes e inclusões de valores, visando a guardar de conformidade, foram realizados na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2015.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme a LOA para o exercício de 2015, as metas fiscais, em valores correntes apresentadas como fixadas nos três exercícios anteriores, não guardam conformidade com as apresentadas nas LDO’s dos referidos exercícios. 9.1.19. Que os valores constantes referentes aos três exercícios anteriores do Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, sejam atualizados com base nos valores correntes apresentados nas LDO’s dos referidos exercícios. (Nova) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “em função desta recomendação estar relacionada com a recomendação anterior” (10.1.18), “ao mesmo tempo que aquela for atendida, esta também será.” Segundo a Sefa, “foram adotadas as providências necessárias para o atendimento da recomendação supracitada, procedendo os ajustes e as inclusões no Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores (valores correntes) da conformidade dos valores apresentados nos três exercícios anteriores. Esses ajustes e inclusões de valores, visando a guarda de conformidade, foram realizados na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2015.” ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como não atendida, pois, conforme a LOA para o exercício de 2015, as metas fiscais, em valores constantes apresentadas como fixadas nos três exercícios anteriores, não guardam conformidade com as apresentadas nas LDO’s dos referidos exercícios. 9.1.20. Que a base de regionalização seja a mesma para as receitas e despesas quando da apresentação no PLOA do Demonstrativo Regionalizado e Setorizado das Receitas e Despesas, conforme Constituição Estadual, art. 204, § 5º. (Nova) 235 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, essa recomendação foi corrigida na Lei (LOA) nº 8.095, de 30/12/2014, que estima e receita e fixa a despesa do Estado do Pará para o exercício financeiro de 2015. ANÁLISE: A recomendação foi avaliada como atendida, conforme levantamento efetuado junto à LOA 2014. QUANTO À EXECUÇÃO DA RECEITA E DESPESA 9.1.21. Que as operações de crédito sejam codificadas com fonte detalhada de recursos, no Siafem, de modo a permitir o seu acompanhamento e controle, visando dar transparência à destinação dos recursos e facilitar o gerenciamento dos mesmos. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sefa, “no exercício de 2014, foram procedidos todos os detalhamentos das fontes de recursos dos ingressos das receitas orçamentárias dos recursos provenientes de operações de crédito, e, consequentemente, essas fontes de recursos foram destinadas para a realização das despesas orçamentárias, também nas mesmas fontes detalhadas.” ANÁLISE: Observa-se no Siafem, que, a partir da recomendação expedida, foram realizados os ajustes nas fontes detalhadas de receitas e despesas orçamentárias, de modo a especificar cada origem e aplicação de recursos de operações de crédito. Dessa forma, conclui-se que a recomendação foi atendida. Porém, considerando que a fonte detalhada não identifica claramente a natureza do recurso, este TCE, por meio dos instrumentais de fiscalização, examinará os senões na prestação de contas anual da autoridade administrativa competente. QUANTO À GESTÃO PATRIMONIAL 9.1.22. Que as ações referentes à gestão patrimonial relacionada à elaboração do inventário de bens imóveis do Estado seja concluída. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Nota Técnica nº 005/2014-CPAI/DGP/SEAD, “para a conclusão do inventário de bens imóveis do Estado, resta realizar a identificação, levantamento físico e avaliação dos imóveis próprios estaduais localizados na região Sudoeste do Pará, que corresponde à aproximadamente 20% do total dos imóveis próprios estaduais.” (...) “Está sendo realizado pesquisa cadastral junto à Secretaria Estadual de Educação, (...) que possui o maior número de imóveis que restam para concluir o 236 inventário em pauta.” TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 ANÁLISE: Diante das informações acima, nota-se que ações recomendadas por esta Corte de Contas estão sendo implementadas pela Sead, no entanto, sem a devida conclusão. Desta forma, a recomendação foi avaliada como não atendida. QUANTO AO USO DO SISTEMA DE PUBLICAÇÃO 9.1.23. Que para a publicação dos decretos de abertura de créditos adicionais seja utilizado formulário eletrônico adequado do Sistema de Controle e Publicação de Atos - Publica, de acordo com o que determina a Resolução TCE n. 17.608, de 04 de novembro de 2008, art. 3º, inciso X. (Reiterada) PROVIDÊNCIAS: De acordo com a Sepof, “o sistema SEOWEB encontra-se pronto para exportação dos dados dos Decretos de Crédito, inclusive já gerando os devidos arquivos. Após contato com o TCE em função de problemas apresentados nos testes realizados, ficou acertado que seriam necessários novos ajustes, os quais foram realizados pela PRODEPA no prazo estabelecido até o dia 12/09/14. Entretanto, o Estado/IOE adquiriu um novo sistema de publicação, o qual seria implantado até o dia 19/09/2014, data essa combinada com o TCE, e que demandará novamente ajustes nos formulários. Sendo assim, a presente recomendação se torna defasada diante de novo cenário.” ANÁLISE: Em 2013, quando da análise das contas do governo do Estado referente ao Exercício de 2012, o TCE recomendou que, para a publicação dos decretos de abertura de créditos adicionais, fosse utilizado formulário eletrônico adequado do Sistema de Controle e Publicação de Atos, denominado “Publica”, de acordo com o que determina a Resolução do TCE nº 17.608, art. 3, inciso X, de 4 de novembro de 2008. O TCE, no exercício de 2013, disponibilizou tempestivamente as telas do sistema “Publica”, devidamente ajustadas para os jurisdicionados. Mas, constatou-se que os mesmos não utilizaram o Sistema, sendo reiterada a recomendação no ano de 2014, quando da análise das contas de governo referentes a 2013. Porém, novamente, os jurisdicionados não fizeram uso dos formulários eletrônicos adequados, portanto, tem-se que a recomendação não foi atendida. Vale mencionar que a Imprensa Oficial do Estado implantou ao final do exercício de 2014, um novo sistema para publicação de suas matérias, o qual não possibilitava a migração de dados para o sistema “Publica”. Diante disso, o TCE desativou o “Publica” e passou a desenvolver uma nova ferramenta em substituição ao mesmo. Diante do exposto, entende-se que a recomendação, embora não atendida, não deva ser reiterada, tendo em vista a extinção do Sistema. 237 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 QUANTO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 9.1.24. Que a Contabilidade Geral do Estado realize os ajustes necessários, referentes ao registro da participação acionária da Cosanpa, a fim de refletir a realidade estadual sobre o patrimônio líquido ajustado da empresa. (Nova) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sefa, “o registro de ajuste foi realizado no SIAFEM, por meio da 2014NL01801, na UG nº 170102.” ANÁLISE: Constata-se no Siafem, por meio da 2014NL01801 da UG 170102 (Encargos da Sefa), o registro contábil de ajuste, referente à participação acionária da Cosanpa, em razão das divergências encontradas no saldo do Patrimônio Líquido apresentado no BGE/2013 com o saldo do Patrimônio Líquido constante do Balanço Patrimonial da Cosanpa/2013. Dessa forma, considera-se atendida a recomendação. 9.1.25. Que o Balanço Patrimonial Consolidado das Empresas Controladas Não Dependentes, apresentado junto ao BGE, seja elaborado em observância ao Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, volume I - Procedimentos Contábeis Patrimoniais e IV - Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, considerando a nomenclatura na classificação dos elementos patrimoniais do Ativo e Passivo em “Não Circulante”. (Nova) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sefa, “esta recomendação foi atendida quando da elaboração e a respectiva entrega do Balanço Geral do Estado referente ao exercício financeiro de 2014.” ANÁLISE: A recomendação foi atendida, tendo em vista que a estrutura do Balanço Patrimonial, apresentada no BGE 2014, observa a nomenclatura dos elementos patrimoniais do Ativo e do Passivo em “Circulante” e “Não Circulante”, conforme orienta o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público - MCASP, volume I - Procedimentos Contábeis Patrimoniais e IV - Plano de Contas Aplicado ao Setor Público. 9.1.26. Que a Cosanpa estabeleça controles das ações de encerramento do exercício, referentes a levantamento e análise de saldos; apuração e registro do resultado do exercício; levantamento dos demonstrativos contábeis; aprovação dos referidos demonstrativos; apreciação dos mesmos por Auditoria Independente e realização dos ajustes porventura recomendados, em tempo de en- 238 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 caminhar os Demonstrativos ajustados e definitivos para compor o BGE, e que os mesmos sejam encaminhados na prestação de contas de gestão ao TCE/PA. (Nova) PROVIDÊNCIAS: Segundo a Cosanpa, “a Administração da Companhia de Saneamento do Pará – COSANPA, adotou as providências necessárias e implementou ações a fim de viabilizar a antecipação dos prazos para a elaboração das suas Demonstrações Contábeis, estabelecidos pela Lei Nº 6.404/76 e alterações, para atender o cronograma de encerramento do Balanço Geral do Estado – BGE.” ANÁLISE: Não foram encontradas divergências entre o valor do Patrimônio Líquido da Cosanpa, apresentado na Demonstração das Participações Societárias do exercício de 2014 às fls.120 e 326, Vol.I do BGE, e o saldo do Patrimônio Líquido dessa empresa, apresentado no Balanço Patrimonial encaminhado a este Tribunal em 31-03-2015, por meio do Ofício nº 148-P/2015 de 30-03-2015. Tendo em vista não haver divergências entre os saldos das Demonstrações Contábeis apresentadas ao Tribunal, considera-se atendida a recomendação. 9.1.27. Que a Cazbar elabore a Demonstração do Fluxo de Caixa de acordo com as normas emanadas pela Lei nº 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, alterada pela Lei nº 11.638/2007 e Lei nº 11.941/2009, tendo em vista que ficou ausente a divulgação da movimentação completa (de caixa e equivalentes) em seus fluxos, considerando a transação redutora do saldo de caixa no início do período, com o saldo ao fim do período. (Nova) PROVIDÊNCIAS: A Cazbar encaminhou a retificação da Demonstração dos Fluxos de Caixa, publicada em conjunto com a prestação de contas do exercício de 2014. ANÁLISE: Foi publicada em 27-03-2015 no Diário Oficial do Estado, em conjunto com as Demonstrações Contábeis do exercício de 2014, a Demonstração do Fluxo de Caixa da Cazbar, referente ao exercício de 2013, apresentando a movimentação completa do fluxo de caixa das atividades operacionais. Tendo em vista que a Demonstração Contábil da Cazbar foi retificada, tem-se que a recomendação foi atendida. QUANTO À GESTÃO FISCAL 9.1.28. Que faça constar do Balanço Geral do Estado os demonstrativos da Disponibilidade de Caixa e Restos a Pagar do Poder Executivo. (Nova) 239 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 PROVIDÊNCIAS: Segundo a Sefa, “esta recomendação foi atendida quando da elaboração e a respectiva entrega do Balanço Geral do Estado (BGE) referente ao exercício financeiro de 2014.” ANÁLISE: Recomendação foi atendida, já que os demonstrativos da Disponibilidade de Caixa e Restos a Pagar do Poder Executivo constam do BGE, às fls.177 a 183, volume I, embora não estejam nos padrões definidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, segundo o Manual dos Demonstrativos Fiscais. Contudo, mediante expediente protocolizado neste TCE/PA, nº 2015/01842-5, a Secretaria de Estado da Fazenda encaminhou os referidos Demonstrativos nos padrões estabelecidos, conforme se observa às fls.134 e 135, volume 4. Sanado o impasse, considera-se a recomendação atendida. 9.2. RESULTADO DO MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES 9.2. RESULTADO DO MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES Examinadas as providencias adotadas pelo Poder Executivo, em razão das 28 recomendações Examinadas as providencias adotadas pelo Poder Executivo, em razão das 28 recomendações emitidas pelo TCE-PA, verifica-se que 46% das recomendações foram atendidas, conforme se demonstra: emitidas pelo TCE-PA, verifica-se que 46% das recomendações foram atendidas, conforme se demonstra: RECOMENDAÇÕES ITEM Mapa da Exclusão Social Estrutura Organizacional Controle Interno Instrumentos de Planejamento Execução das Receitas e Despesas Gestão Patrimonial Uso do Publica Demonstrações Contábeis Gestão Fiscal TOTAL Percentual FORMULADAS 2 1 1 16 1 1 1 4 1 28 100% ATENDIDAS 1 1 5 1 4 1 13 46,43% NÃO ATENDIDAS 1 9 1 1 12 42,86% PARCIALMENTE ATENDIDAS 1 2 3 10,71% Fonte: TCE/PA Das 12 recomendações não atendidas, 75% referem-se aos Instrumentos de Planejamento, os quais foram responsáveis por 57% das recomendações emitidas no exercício de 2013, demonstrando ser Das 12 recomendações não atendidas, 75% referem-se aos Instrumentos de Planejamento, os quais foram responsáveis por 57% das recomendações emitidas no exercício de 2013, demonstrando ser a matéria de maior pendência no cumprimento das decisões do TCE. a matéria de maior pendência no cumprimento das decisões do TCE. O gráfico a seguir permite visualizar as constatações, demonstrando-se suas composições: 240 Gráfico XX – Resultado do Monitoramento das Recomendações TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Das 12 recomendações não atendidas, 75% referem-se aos Instrumentos de Planejamento, os quais foram responsáveis por 57% das Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará recomendações emitidas no exercício de 2013, demonstrando ser a matéria de MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 maior pendência no cumprimento das decisões do TCE. O gráfico a seguir permite visualizar as constatações, demonstrando-se O gráfico a composições: seguir permite visualizar as constatações, demonstrando-se suas composições: suas Gráfico – Resultado dodo Monitoramento das Recomendações Gráfico XX9.1 – Resultado Monitoramento das Recomendações Fonte: TCE/PA Fonte: TCE/PA A fim de avaliar o desempenho do Poder Executivo no atendimento às recomendações deste TCE, foram comparadas as informações referentes à foram comparadas as informações referentes à série histórica de 04 exercícios, como segue: série histórica de 04 exercícios, como segue: A fim de avaliar o desempenho do Poder Executivo no atendimento às recomendações deste TCE, RECOMENDAÇÕES 2010 AV% 2011 AV% 2012 AV% 2013 AV% Atendidas 33 62,26 14 51,85 08 34,78 13 46,43 Não Atendidas 14 26,41 12 44,44 13 56,52 12 42,86 Parcialmente Atendidas 6 11,32 1 3,70 02 8,70 03 10,71 TOTAL 53 100 27 100 23* 100 28 100 *Total de recomendações possíveis de avaliação *Total de recomendações possíveis de avaliação No período examinado, observa-se queda no total de recomendações formuladas até o exercício de 2012, ocorrendo, no exercício seguinte, aumento de 22%. Fato este que o Poder Executivo deve atentar-se para que a tendência de aumento nos exercícios posteriores não se propague. Observando-se a proporção das qualificações das recomendações aos seus respectivos totais, verifica-se que, até o exercício de 2012, foi crescente o TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ percentual de recomendações não atendidas, chegando-se ao ápice de 56% em 2012. Essa tendência foi quebrada no exercício seguinte (2013) ao haver 241 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO 2013 No período examinado, observa-se queda no total de recomendações formuladas até o exercício de 2012, ocorrendo, no exercício seguinte, aumento de 22%. Fato este que o Poder Executivo deve atentar-se para que a tendência de aumento nos exercícios posteriores não se propague. Observando-se a proporção das qualificações das recomendações aos seus respectivos totais, verifica-se que, até o exercício de 2012, foi crescente o percentual de recomendações não atendidas, chegando-se ao ápice de 56% em 2012. Essa tendência foi quebrada no exercício seguinte (2013) ao haver redução no descumprimento das decisões do TCE. As recomendações ainda não atendidas ou parcialmente atendidas encontram-se reiteradas no presente relatório e serão objeto de monitoramento até a sua real implementação. 242 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 10 RECOMENDAÇÕES 243 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 244 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará RECOMENDAÇÕES 10. RECOMENDAÇÕES Apresentam-se, a seguir, as recomendações formuladas, classificadas como reiterada (aquela for- 10. mulada em exercícioRECOMENDAÇÕES anterior à prestação de contas de 2014, mas não atendida ou atendida parcialmente) 10. formulada RECOMENDAÇÕES e nova (aquela em razão das ocorrências verificadas na prestação de contas do exercício de Apresentam-se, a seguir, as recomendações formuladas, classificadas como 2014), sendo, portanto 14 reiteradas e 20 novas, totalizando 34 recomendações. Apresentam-se, a seguir, as recomendações formuladas, classificadas reiterada (aquela formulada em exercício anterior à prestação de contas de 2014,como mas reiterada (aquela formulada em exercício anterior à prestação de contas de 2014, mas não atendida ou atendida parcialmente) e nova (aquela formulada em razão das não atendida ou atendida parcialmente) e nova (aquela formulada em razão das QUANTOAO AOMAPA MAPADE DEEXCLUSÃO EXCLUSÃO SOCIAL QUANTO SOCIAL QUANTO AO MAPA DE EXCLUSÃO SOCIAL 1 1 2 2 Que seja realizada a efetiva coleta de dados, direta ou indiretamente, para fins de elaboração indicadores o quadro de Que seja realizada de a efetiva coletaque de reflitam dados, tempestivamente direta ou indiretamente, para Exclusão Social do comque a devida geográfica, fins de elaboração de Estado, indicadores reflitamdesagregação tempestivamente o quadro em de atenção à Social Lei nº 6.836/2006; Exclusão do Estado, com a devida desagregação geográfica, em Que, em cumprimento ao que dispõe a Lei nº 6.836/2006, art. 5º, parágrafo atenção à Lei nº 6.836/2006; único, faça constar, no Anexo Metas Sociais integrante art. do Projeto de Lei Que, em cumprimento ao que de dispõe a Lei nº 6.836/2006, 5º, parágrafo Orçamentária Anual,no a avaliação cumprimento das metas único, faça constar, Anexo de do Metas Sociais integrante dorelativas Projeto ao de ano Lei anterior; Orçamentária Anual, a avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; Reiterada Reiterada Reiterada Reiterada QUANTO AOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO QUANTO DEDE PLANEJAMENTO QUANTOAOS AOSINSTRUMENTOS INSTRUMENTOS PLANEJAMENTO 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 Que no Relatório de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual constem todosno osRelatório índices dos de desempenho aos programas Que de indicadores Avaliação dos Programas dorelacionados Plano Plurianual constem finalísticos; todos os índices dos indicadores de desempenho relacionados aos programas finalísticos; Que conste no Relatório Anual de Avaliação dos Programas do Plano Plurianual a avaliação de todas as de metas das ações por programas Anual Avaliação dosprevistas Programas do Plano Que conste no Relatório finalísticos;a avaliação de todas as metas das ações previstas por programas Plurianual finalísticos; Que os órgãos gestores dos programas do Poder Executivo registrem no Reiterada Reiterada Sistema Parágestores os índices dosprogramas indicadoresdodePoder desempenho relacionados Que os GP órgãos dos Executivo registrem aos no programas Sistema GPfinalísticos; Pará os índices dos indicadores de desempenho relacionados aos programas finalísticos; Que no cálculo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Reiterada Reiterada Obrigatórias de de Caráter Continuado, Anexo de de Expansão Metas Fiscais da LDO, das Despesas Que a memória cálculo da MargemdoLíquida apresente o detalhamento da conta Outras Despesas; Obrigatórias de Caráter Continuado, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente o detalhamento da conta Outras total Despesas; Que os percentuais de limites da despesa com pessoal para os Poderes e Reiterada Reiterada Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Que os valores correntes referentes aos três exercícios anteriores do Exercícios Anteriores, guardem com oscom apresentados Demonstrativo de Metas Fiscais conformidade Atuais Comparadas as Fixadasnas nosLDO’s Três dos referidos exercícios; Exercícios Anteriores, guardem conformidade com os apresentados nas LDO’s dos referidos exercícios; Que os valores constantes referentes aos três exercícios anteriores do Reiterada Reiterada Caráter Continuado, no Anexo dedeMetas Fiscais LDO, não se incluam Que no cálculo da Margem Líquida Expansão das da Despesas Obrigatórias de receitas e despesas que não atendam ao disposto na LRF, art. 17; Caráter Continuado, no Anexo de Metas Fiscais da LDO, não se incluam receitas e despesas não atendam ao disposto na LRF, art. 17; Expansão das Despesas Que a memória de que cálculo da Margem Líquida de órgãos sejam estabelecidas em conformidade compara os definidos pela Que os percentuais de limitesna da LDO despesa total com pessoal os Poderes e LRF; sejam estabelecidas na LDO em conformidade com os definidos pela órgãos LRF; Que os valores correntes referentes aos três exercícios anteriores do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 10 Reiterada Reiterada Demonstrativo de constantes Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Que os valores referentes aos três exercícios anteriores do Exercícios Anteriores, com base nos Demonstrativo de Metassejam Fiscaisatualizados Atuais Comparadas com as valores Fixadas correntes nos Três Reiterada Reiterada Reiterada Reiterada Reiterada Reiterada 245 receitas e despesas que não atendam ao disposto na LRF, art. 17; Que a memória de cálculo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente detalhamento Relatório de Análise das Contas deoGoverno do Estado doda Paráconta Outras Despesas; Reiterada 8 Que os percentuais de limites da despesa total com pessoal para os Poderes e órgãos sejam estabelecidas na LDO em conformidade com os definidos pela LRF; Reiterada 9 Que os valores correntes referentes aos três exercícios anteriores do Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, guardem conformidade com os apresentados nas LDO’s dos referidos exercícios; 10 Que os valores constantes referentes aos três exercícios anteriores do Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, sejam atualizados com base nos valores correntes apresentados nas LDO’s dos referidos exercícios; 11 Que no cálculo do Demonstrativo da Margem Líquida de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado, da LOA, não se incluam receitas e despesas que não atendam ao disposto na LRF, art. 17; Reiterada 12 Que ao elaborar o PLOA considere a função “Encargos Especiais”, corretamente, a quando da classificação da despesa orçamentária; Reiterada 13 Que, ao elaborar o PLDO e o PLOA, faça constar as operações intraorçamentárias, com vistas a evitar a dupla contagem dos valores financeiros correspondentes às operações realizadas entre Órgãos, Fundos e Entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; Reiterada 7 RECOMENDAÇÕES 14 15 16 17 18 19 20 21 246 22 23 Que o Demonstrativo de Metas Anuais, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Demonstrativo de Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais do Exercício Anterior, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o valor referente a conta Dívida Consolidada Líquida, do Demonstrativo de Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais do Exercício Anterior, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o apurado no exercício; Que o Demonstrativo de Metas Fiscais Atuais Comparadas com as Fixadas nos Três Exercícios Anteriores, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que as contas do Demonstrativo de Evolução do Patrimônio Líquido, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresentem conformidade com as estabelecidas no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Demonstrativo de Avaliação da Situação Atuarial do Regime Próprio de Previdência dos Servidores, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que ao elaborar o Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, não se incluam renuncias que não atendam ao disposto na LRF, art. 14; Que os passivos contingentes do Demonstrativo de Riscos e Providências, do Anexo de Riscos Fiscais da LDO, sejam agrupados nas categorias de riscos definidas no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Resultado Nominal e a Dívida sejam atualizados com base nos TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ indicadores estabelecidos para a estimativa da receita e fixação da despesa, guardando no processo de atualização conformidade com o estabelecido na Reiterada Reiterada Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova 20 21 22 23 24 25 26 Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, Nova do Anexo de Metas Fiscais da LDO, apresente conformidade com o modelo Secretaria dodasTesouro estabelecido no Manual de Demonstrativos Fiscais daRelatório de Análise Contas de Governo do Estado do Pará Nacional; RECOMENDAÇÕES Que ao elaborar o Demonstrativo de Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, do Anexo de Metas Fiscais da LDO, não se incluam renuncias que Nova não atendam ao disposto na LRF, art. 14; Que os passivos contingentes do Demonstrativo de Riscos e Providências, do Anexo de Riscos Fiscais da LDO, sejam agrupados nas categorias de riscos Nova definidas no Manual de Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; Que o Resultado Nominal e a Dívida sejam atualizados com base nos indicadores estabelecidos para a estimativa da receita e fixação da despesa, Nova guardando no processo de atualização conformidade com o estabelecido na LDO; Que o Demonstrativo Regionalizado do Efeito, sobre as Receitas e Despesas, Nova decorrente de Isenções, Anistias, Remissões, Subsídios e Benefícios de Natureza Financeira, Tributária e Creditícia, apresente os percentuais de incidência de forma regionalizada; Que somente sejam apresentadas as medidas de compensação de renúncia de receita no caso de concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de Nova natureza tributária previstos no art. 14 da LRF; Que a Reserva de Contingência, fixada junto ao Orçamento Fiscal obedeça a codificação no nível de projeto/atividade/operação especial conforme Nova estabelecido na LDO; QUANTOÀ ÀGESTÃO GESTÃO PATRIMONIAL QUANTO PATRIMONIAL Que as ações referentes à gestão patrimonial relacionada à elaboração do 27 de PATRIMONIAL bens imóveis do Estado sejam concluídas; QUANTOinventário À GESTÃO Reiterada Que as ações referentes à gestão patrimonial relacionada à elaboração do 27 QUANTOinventário ÀS DEMONSTRAÇÕES de bens imóveisCONTÁBEIS do Estado sejam concluídas; Reiterada Que no da realizaçãoCONTÁBEIS da análise de balanço, os valores referentes ao QUANTO ÀSmomento DEMONSTRAÇÕES exercício anterior sejam atualizados monetariamente a fim de se mitigar 28 QUANTO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS distorções e aproximar ao máximo da realidade o resultado dos coeficientes Nova 28 29 29 30 30 31 Que no momento da de balanço, valores do referentes ao da realização realização da da análise Demonstração das os Mutações Patrimônio exercício sejam apresentadas atualizados monetariamente a fim pertinentes de se mitigar Liquido - anterior DMPL sejam todas as informações as distorções e aproximar aolíquido máximo da realidade o resultado dosdocumentos coeficientes que mutações do patrimônio extraídas dos registros e dos integram o sistema contábil estadual, e em complemento, notas explicativas Que no momento da realização da Demonstração das Mutações do Patrimônio acerca dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e de correção de Liquido - DMPL sejam apresentadas todas as informações pertinentes as erros; os critérios utilizados na sua elaboração; bem como outros eventos não mutações do patrimônio líquido extraídas dos registros e dos documentos que suficientemente evidenciados ou não constantes na mesma; integram o sistema contábil estadual, e em complemento, notas explicativas acerca dos mantidos efeitos das nas políticas contábeis e de correção de Que sejam osalterações esforços para adoção dos procedimentos contábeis erros; os critérios na sua elaboração; bem como não patrimoniais que utilizados não puderam ser observados em outros 2014, eventos tais como: suficientemente não constantes na obrigações mesma; reconhecimento,evidenciados mensuraçãoou e evidenciação das e provisões por competência; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, Que sejam mantidos os esforços para adoção dos procedimentos contábeis imóveis e intangíveis em suas totalidades; registro de fenômenos econômicos, patrimoniais que não puderam ser observados em 2014, tais como: resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como reconhecimento, mensuração e evidenciação das obrigações e provisões por depreciação, amortização e exaustão; reconhecimento, mensuração e competência; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, evidenciação dos ativos de infraestrutura; e implementação do sistema de imóveis e intangíveis em suas totalidades; registro de fenômenos econômicos, custos; resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como depreciação, amortização exaustão; mensuração e Que a Contabilidade Geral doe Estado realizereconhecimento, os ajustes necessários referentes evidenciação ativos da de infraestrutura; e implementação do sistema de à participaçãodos acionária Cazbar, com objetivo de demonstrar a realidade TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ custos; estadual de participação societária sobre o patrimônio líquido ajustado da empresa; Que a Contabilidade Geral do Estado realize os ajustes necessários referentes Nova Nova Nova Nova Nova Nova 247 QueÀS no momento da realização da Demonstração das Mutações do Patrimônio QUANTO CONTÁBEIS Que noDEMONSTRAÇÕES momento da realização da análise de balanço, os valores referentes ao Liquido - DMPL sejam apresentadas todas as informações pertinentes as exercício anterior sejam atualizados monetariamente a fim de se mitigar 28 mutações do patrimônio líquido extraídas dos registros e dos documentos que Relatório de Análise das Contas deeGoverno do Estado Pará distorções aproximar aodomáximo realidade o resultado dos coeficientes Que no momento da contábil realização da da análise de complemento, balanço, os valores ao 29 integram o sistema estadual, e em notasreferentes explicativas RECOMENDAÇÕES exercício anterior sejam atualizados monetariamente a fim de se mitigar 28 acerca dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e de correção de Que no momento da realização da Demonstração das Mutações do Patrimônio distorções e aproximar máximo realidade obem resultado coeficientes erros; utilizados na suada elaboração; como dos outros eventos não Liquidoos- critérios DMPL sejamaoapresentadas todas as informações pertinentes as suficientemente evidenciados ou não constantes na mesma; mutações do patrimônio líquido extraídas dos registros e dos documentos que Que no momento da realização da Demonstração das Mutações do Patrimônio 29 integram sistema contábil estadual, e em complemento, notas explicativas Liquido - oDMPL sejam informações pertinentes as Que sejam mantidos os apresentadas esforços para todas adoçãoasdos procedimentos contábeis acerca dosdoefeitos das alterações nas políticas contábeis e documentos de correçãoque de mutações patrimônio líquido extraídas dos registros e dos patrimoniais que não puderam ser observados em 2014, tais como: erros; os critérios utilizados sua elaboração; bem como outros eventos não 29 integram o sistema contábilna estadual, e em complemento, notas explicativas reconhecimento, mensuração e evidenciação das obrigações e provisões por suficientemente evidenciados ou nãonas constantes nacontábeis mesma; e de correção de acerca dos efeitos das alterações políticas competência; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, erros; ose critérios utilizados na totalidades; sua para elaboração; bem outros econômicos, eventos não 30 imóveis intangíveis em registro decomo fenômenos Que sejam mantidos os suas esforços adoção dos procedimentos contábeis suficientemente evidenciados ou não constantes na mesma; resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como patrimoniais que não puderam ser observados em 2014, tais como: depreciação, amortização e e exaustão; reconhecimento, e reconhecimento, mensuração evidenciação das obrigações emensuração provisões por Que sejam mantidos os esforços para adoção dos procedimentos contábeis evidenciação dos ativos de infraestrutura; implementação do sistema de competência; reconhecimento, mensuração e evidenciação dos bens móveis, patrimoniais que não puderam ser observados em 2014, tais como: custos; 30 imóveis e intangíveis em suas etotalidades; registro de fenômenos econômicos, reconhecimento, mensuração evidenciação das obrigações e provisões por resultantes ou independentesmensuração da execução orçamentária, taismóveis, como competência; reconhecimento, e evidenciação dos bens Que a Contabilidade Geral do Estado realize os ajustes necessários referentes depreciação, amortização e totalidades; exaustão; registro reconhecimento, mensuração e 30 imóveis e intangíveis em da suas à participação acionária Cazbar, com objetivo de de fenômenos demonstrar econômicos, a realidade 31 evidenciação dos ativos de infraestrutura; e implementação do sistema de resultantes independentes da sobre execução orçamentária, tais como estadual de ou participação societária o patrimônio líquido ajustado da custos; depreciação, amortização e exaustão; reconhecimento, mensuração e empresa; evidenciação dos ativos de infraestrutura; e implementação do sistema de Que a Contabilidade Geral do Estado realize os ajustes necessários referentes Quanto a Cazbar, adote medidas de controle das ações de encerramento do custos; à participação acionária da Cazbar, com objetivo de demonstrar a realidade exercício, em tempo de encaminhar demonstrativos ajustados e definitivos para 31 estadual de participação societária sobre oospatrimônio líquido ajustado da Que a Contabilidade Geral do Estado realizedo ajustesobedecendo necessários referentes 32 compor a Prestação de Contas do Governo Estado, às normas empresa; à participação Cazbar, comlevantamento objetivo de demonstrar realidade emanadas peloacionária próprio da governo para do Balançoa Geral do 31 estadual participação societária o das patrimônio líquido ajustado do da Estado; Quanto a de Cazbar, adote medidas de sobre controle ações de encerramento empresa; exercício, em tempo de encaminhar demonstrativos ajustados e definitivos para 32 compor de Contas do Governo do das Estado, obedecendo às normas Quanto a a Prestação Cazbar, adote medidas de controle ações de encerramento do emanadas pelo próprio governo para levantamento do Balanço Geralpara do exercício, em tempo de encaminhar demonstrativos ajustados e definitivos QUANTO À GESTÃO FISCAL Estado; a Prestação de Contas do Governo do Estado, obedecendo às normas 32 compor emanadas pelo próprio governo para levantamento do Balanço Geral do Que os demonstrativos da disponibilidade de caixa e restos a pagar constantes Estado; QUANTO À GESTÃO do BGE sejam FISCAL publicados por fontes detalhadas de recursos, conforme 33 QUANTO À GESTÃOdoFISCAL padronização Manual dos Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional; QUANTO GESTÃO FISCAL da disponibilidade de caixa e restos a pagar constantes QueÀ os demonstrativos do BGE sejam publicados por fontes detalhadas de recursos, conforme 33 padronização do Manual Demonstrativos Fiscais da Secretaria Tesouro QueAOS os demonstrativos dados disponibilidade de caixa e restos a pagar do constantes QUANTO LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS Nacional; do BGE sejam publicados por fontes detalhadas de recursos, conforme 33 padronização do Manual dos Demonstrativos Fiscais da Secretaria do Tesouro Que o Poder Executivo proceda ao recolhimento de R$1,04 milhão aos cofres Nacional; 34 da União, decorrente da diferença verificada na apuração da base de cálculo QUANTO LIMITES ao CONSTITUCIONAIS E LEGAIS no item 8.6 deste relatório. dasAOS contribuições Pasep, conforme demonstrado Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova Nova QUANTO AOS LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS QUANTO LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS de R$1,04 milhão aos cofres QueAOS o Poder Executivo proceda ao recolhimento 34 da União, decorrente da diferença verificada na apuração da base de cálculo das contribuições ao Pasep, conforme demonstrado item 8.6 desteaos relatório. Que o Poder Executivo proceda ao recolhimento deno R$1,04 milhão cofres 34 da União, decorrente da diferença verificada na apuração da base de cálculo das contribuições ao Pasep, conforme demonstrado no item 8.6 deste relatório. 248 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Nova Nova 11 CONCLUSÕES 249 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 250 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES 11. CONCLUSÕES 11.1. MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL • Dos dez indicadores sociais expostos no Mapa apenas três se referem ao exercício da prestação de contas (2014). Além disso, a maioria das informações não está desagregada segundo as Regiões de Integração do Estado do Pará. Essas desconformidades contrastam com as disposições da Lei nº 6.836/2006, art. 2º e comprometem a análise comparativa dos indicadores nos anos de 2013 e 2014; • O Quadro 10, integrante do Projeto da Lei Orçamentária Anual atinente ao exercício de 2014, não expôs a avaliação do cumprimento das metas sociais estabelecidas para o ano anterior (2013). Este quadro registrou observações concernentes às metas de 2011 e 2012, contrariando o que prescreve a Lei nº 6.836/2006, art. 5º, parágrafo único; • Em termos comparativos e segundo os períodos avaliados no Mapa, houve evoluções nos seguintes indicadores: aumento da expectativa de vida (2013-2014), crescimento do PIB per capita (2011-2012), discreta melhoria na distribuição de renda (2011-2012), redução na população abaixo da linha de pobreza (2012-2013), elevação da taxa de alfabetização (2012-2013), incremento do número de centros e postos de saúde, leitos hospitalares e de agentes comunitários de saúde (2013-2014), diminuição da taxa de mortalidade infantil (2013-2014), aumento no percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e beneficiados com coleta de lixo (2012-2013), elevação da proporção de domicílios com posse de computador e acesso à internet (2012-2013); • Quanto aos aspectos desfavoráveis, os indicadores evidenciam: aumento da taxa de desocupação (2013-2013), redução da proporção de domicílios com abastecimento de água por rede geral (2012-2013), elevação das estimativas de domicílios caracterizados como habitações precárias e de coabitação familiar (2012-2013), incremento da população em situação de risco nas ruas (20122013), crescimento do número de ocorrências policiais per capita; • No geral, o Mapa da Exclusão Social descreve um cenário favorável, em vista das melhoras na maior parte dos indicadores estabelecidos pela Lei n° 6.836/2006. Todavia, o estudo também ressalta que essas variações positivas nos índices são discretas e aquém das necessidades da parcela da população paraense mais vulnerável, e estão muito distantes das médias do Brasil ou dos parâmetros de referência adotados por organismos nacionais e internacionais. O diagnóstico final indica a necessidade de maior intervenção e intensificação de ações do Poder Público, com vistas à erradicação da pobreza, redução das desigualdades sociais e regionais no Estado do Pará. 251 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES 11.2. CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO • A AGE, enquanto Órgão Central de Controle Interno do Poder Executivo, emitiu relatório contendo as ações desenvolvidas no exercício de 2014, apresentando uma avaliação da gestão do Governador do Estado, enfatizando as ações planejadas e os resultados alcançados. 11.3. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL • O Plano Plurianual para o quadriênio 2012-2015, intitulado “Pacto pelo Pará”, instituído pela Lei n° 7.595, de 28-12-2011, foi revisado para o ano-base de 2014, pela Lei nº 7.763 de 12-12-2013, publicada no DOE nº 32.544, de 17-12-2013; •Foram realizadas audiências públicas nos dias 08, 12 e 14 de agosto de 2013, respectivamente, nas sedes das Regiões de Integração Carajás (Marabá), Baixo Amazonas (Santarém) e Metropolitana (Belém). Também foi assegurada a participação popular, por meio da realização de audiência pública, no processo de elaboração da LDO e da LOA; • Quanto à conformidade da composição e do conteúdo da lei de revisão para o ano-base 2014 (Lei nº 7.763/2013), houve cumprimento da Lei n° 7.595/2011, art. 10, § 2º, incisos I e II e § 5º; • Na revisão do PPA para o ano-base 2014 foram incluídos 3 (três) programas finalísticos todos sob a gestão do Poder Executivo (Assistência Farmacêutica, Gestão Estadual do SUS e Planejamento e Gestão Integrada), bem como ocorreu a exclusão de 17 (dezessete) programas, sendo 15 (quinze) gerenciados pelo Poder Executivo e 02 (dois) do Poder Judiciário; • O PPA 2014 encontra-se constituído por 67 (sessenta e sete) programas, sendo 66 programas finalísticos e 1 (um) de manutenção da gestão. Quanto aos programas finalísticos 51 (cinquenta e um) estão sob a responsabilidade do Poder Executivo; • Quanto às ações que compõem o PPA ano-base 2014, houve a inclusão de 90 (noventa) sendo 73 (setenta e três) do Poder Executivo e 17 (dezessete) do Poder Judiciário e a exclusão de 132 (cento e trinta e duas) ações, estando 128 (cento e vinte e oito) relacionadas a programas vinculados ao Poder Executivo, 03 (três) ao Poder Legislativo e uma ao Poder Judiciário; • A revisão do PPA ano-base 2013 alterou o número de ações relacionadas à agenda mínima do Poder Executivo, passando de 116 para 101; 252 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • Foram mantidas as ações que não se enquadram em nenhum programa. É o caso das relativas à Dívida Pública que engloba as despesas assumidas pelo ente público decorrente de operações de crédito (interna e externa), ou por meio de refinanciamento de dívidas de curto e longo prazo; • No processo de monitoramento dos programas pelo Poder Executivo, observa-se que das 506 (quinhentos e seis) ações previstas, na Lei nº 7.763 de 12-12-2013, para o exercício de 2014, constam no GP Pará somente 447 (quatrocentos e quarenta e sete), demonstrando que não ocorreu o cadastramento no sistema de todas as ações, inviabilizando assim a alimentação dos resultados alcançados; • No Sistema GP Pará constatou-se que não foram identificados os registros de indicadores de desempenho relativo ao ano de 2014, constantes dos programas do Plano, apesar de haver campo específico para disponibilizar essa informação; • O Relatório Anual de Avaliação dos Programas ano-base 2014 não foi analisado devido o prazo de encaminhamento ao Tribunal, definido no art. 15, § 2º Lei nº 7.595/2011, ter sido alterado quando da edição da Lei nº 7.763/2013; • Das metas estabelecidas, para 2014, por ação constante nos programas finalísticos do Poder Executivo, 58,39% foram alcançadas conforme o Sistema GP Pará; • Na Agenda Mínima do Poder Executivo das 101 ações previstas, na Lei nº 7.763 de 12-12-2013, para o exercício de 2014, constam no GP Pará somente 100, demonstrando que uma das ações não foi cadastrada no sistema (Apoio ao Cadastro Ambiental Rural, ao Licenciamento Ambiental Rural, a Restauração Florestal e ao Zoneamento); • Das metas de 2014 relacionadas à Agenda Mínima somente 28% foram registradas como atingidas no Sistema GP Pará; • Dos 51 programas vinculados ao Poder Executivo, 02 tiveram valores programados acima do previsto no PPA para o exercício de 2014 e 10 foram fixados com valores abaixo do previsto no Plano; • As diretrizes orçamentárias para o exercício de 2014 foram previstas na Lei n° 7.722, de 15-072013, publicada no DOE n° 32.440, de 17-07-2013, integrada pelos anexos de metas e riscos fiscais, bem como está estruturada em 71 artigos e 5 anexos; • Quanto à conformidade da composição a LDO para o exercício de 2014, foram cumpridas as exigências previstas na Constituição Estadual e nas demais legislações que disciplinam a matéria; 253 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • Com relação ao conteúdo, foram estabelecidas na LDO as prioridades e metas relativas à programação de trabalho dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimentos das empresas para 2014; • Da análise dos limites de gastos totais com pessoal constatou-se que a LDO instituiu outros percentuais para a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas dos Municípios e Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará, em desconformidade com o estabelecido na LRF, art. 20, § 1º; • No Demonstrativo de Metas Anuais da LDO as metas fiscais apontam resultado primário superavitário para o exercício de 2014, no valor de R$20,9 milhões, mantendo esta tendência para os exercícios de 2015 (R$64,9 milhões) e 2016 (R$38,7 milhões); • O resultado nominal estabelecido aponta para o crescimento do endividamento do Estado no exercício de 2014 (R$809 milhões), com previsão de redução em 2015 (R$92,7milhões) e 2016 (R$295,1 milhões); • No anexo de metas fiscais, destaca-se o resultado previdenciário negativo de R$701,9 milhões em 2012 do Regime Próprio de Previdência dos Servidores do Estado do Pará, bem como a projeção atuarial negativa de R$3,7 bilhões para 2014 com tendência de déficit previdenciário de R$1,1 trilhão nos próximos 75 anos; • Dos demonstrativos do Anexo de Metas Fiscais verificou-se que 7 (sete) não estão de acordo com o Manual de Demonstrativos Fiscais estabelecido na Portaria STN nº 637, de 18-10-2012; • Quanto ao Demonstrativo de Riscos e Providências do Anexo de Riscos Fiscais, constata-se que o demonstrativo não guarda conformidade com a Portaria STN nº 637, de 18-10-2012, devido não apresentar os passivos contingentes agrupados nas categorias de riscos definidas; • O Orçamento Geral do Estado, aprovado pela Lei nº 7.797/2014, para o exercício de 2014, estimou a receita e fixou a despesa da Administração Pública Estadual, no montante de R$19,6 bilhões, compreendendo o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das Empresas; • Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social estimaram receitas e fixaram despesas no montante de R$19,4 bilhões, já deduzida a contribuição do Estado ao Fundeb (R$2,2 bilhões), contendo déficit presumível total de R$599 milhões, composto pelos superávits presumíveis do Orçamento Fiscal (R$3 bilhões) e do Orçamento da Seguridade Social (R$3,6 bilhões); 254 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • O Orçamento de Investimento das Empresas estimou receita e fixou despesa no montante de R$273,8 milhões. Dentre as empresas integrantes desse orçamento, a maior beneficiada com recursos do Tesouro Estadual foi a Cosanpa, com R$234,9 milhões destinados ao programa Saneamento é Vida; • A composição da LOA atendeu as exigências previstas na Constituição Estadual, art. 204, § 10, apresentando o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das Empresas, bem como os demonstrativos previstos nos §§ 5º e 11º do referido artigo; • Quanto à estrutura e organização, a LOA seguiu as determinações da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2014; • Com relação à conformidade do conteúdo dos demais demonstrativos que devem constituir o Orçamento Geral do Estado por força da LRF, art. 5º, incisos I e II, e da LDO, art.13, incisos V e X, constatou-se 03 demonstrativos em desconformidade. São eles: Demonstrativo de Compatibilidade da Programação dos Orçamentos com os Objetivos e Metas Fiscais, Demonstrativo Regionalizado do Efeito, sobre as Receitas e Despesas, decorrente de Isenções, Anistias, Remissões, Subsídios e Benefícios de Natureza Financeira, Tributária e Creditícia e Demonstrativo da Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado; • A receita prevista e a programação da despesa fixada por fonte de recursos integrantes do OGE apresentaram equilíbrio na sua totalidade, entretanto dentre as 71 fontes originais, três apresentaram programações divergentes entre os valores de receita e fixação de despesa previstos na LOA e os valores registrados no Siafem/2014; • Na LOA, a classificação das despesas referentes à função “Encargos Especiais” apresenta subfunções, bem como o projetos/atividades/operações especiais associadas de maneira incorreta; • A Reserva de Contingência encontra-se com a codificação no nível projeto/atividade/operação especial em desconformidade com o estabelecido pela LDO, art. 23, § 4º; • Quanto à Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor, fixada junto ao programa de trabalho do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará - Igeprev, também não obedece a codificação estabelecida na LDO, art. 23, § 4º, em relação à função e ao programa; • O Orçamento Fiscal não apresenta operações intraorçamentárias, apesar de conter a receita e o programa de trabalho de entidades que prestam serviços diretamente aos demais órgãos estaduais; 255 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • No Orçamento Fiscal consta despesa fixada de R$3,9 milhões no programa de trabalho da Secretaria de Estado da Fazenda nos Encargos Gerais sob a Supervisão da Sefa objetivando repasse de recursos à Cosanpa na rubrica de capital em valor superior ao fixado no Orçamento de Investimento. 11.4. EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA • Autorizados pela Lei nº 7.797 de 14-01-2014 (Lei Orçamentária Anual – LOA), os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social promoveram alterações por meio de abertura de créditos adicionais (suplementares e especiais) no valor de R$5,1bilhões, que deduzidas as Anulações Parciais e Totais de Dotação (R$3,7 bilhões), perfizeram o total de R$1,4 bilhão, correspondendo ao reajuste de 7,54% tanto para receita quanto para despesa inicialmente orçadas em R$19,4 bilhões, resultando no orçamento final de R$20,8 bilhões; • O Poder Executivo foi autorizado pela LOA 2014, a efetuar alterações nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, mediante créditos adicionais suplementares no limite de 25% da despesa fixada, nos termos do art. 6º,II, assim como as exclusões previstas no mesmo artigo e a dos arts. 7º e 10. Portanto, o percentual líquido de créditos abertos alcançou 19,78%, o equivalente a R$3,8 bilhões; • A Receita Bruta arrecadada pelo Estado do Pará, constituída de Receitas Correntes (R$20,7 bilhões), Receitas de Capital de R$706,5 milhões e Receita Intraorçamentária no valor de R$768,3 milhões, em 2014, alcançou o montante de R$22,2 bilhões; • A Receita Orçamentária (R$19,7 bilhões), Resultante da Receita Bruta (R$22,2 bilhões), excluídas aquelas destinadas à formação do Fundeb no montante de R$2,3 bilhões, as restituições de impostos (R$586 mil) e o rendimento negativo das aplicações dos recursos do FUNPREV no valor de R$163,9 milhões, apresentou realização de 94,54% em relação à previsão atualizada, ou seja, 5,46% aquém do valor estimado para o exercício; • As Receitas Correntes, excluída a contribuição ao Fundeb (R$2,3 bilhões) e demais deduções (R$164,4 milhões), alcançaram o montante de R$18,2 bilhões, o que representa 92,53% do total dos recursos arrecadados no exercício, apresentando variação negativa de 5,35% em relação a previsão atualizada; • A Receita Tributária sobressai entre as demais origens que constituem essa categoria, com realização que somou R$9,1 bilhões, representando 50,32% na arrecadação da categoria das Receitas Correntes e 46,56% do total dos recursos arrecadados no exercício, demonstrando variação positi- 256 va de R$1,81% em relação ano exercício de 2013; TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • A arrecadação do ICMS no valor de R$7,4 bilhões representa a parcela mais significativa da receita estadual, com participação de 37,69% da receita total realizada no exercício. Tendo apresentado realização positiva de 0,97% em relação à previsão atualizada; • As Transferências Correntes cuja arrecadação totalizou R$6,5 bilhões representaram 33,21% do total da receita e foram 2,38% superior ao valor previsto atualizado; • Constituída pelas contribuições sociais, a Receita de Contribuições, configura-se na segunda maior origem de arrecadação própria do Estado, R$1,1 bilhão, valor esse superior em 1,31%, quando comparado ao valor previsto, com participação de 5,65% na arrecadação total; • Quanto à Receita Patrimonial, o valor arrecadado no valor de R$556,3 milhões, já deduzido o valor relativo ao rendimento negativo da aplicação financeira do Funprev de R$163,9 milhões, foi superior a previsão atualizada em 16,12%, participando com 2,82% da arrecadação; • Na categoria de Receitas Correntes, constam também as Receitas Agropecuárias, as Receitas de Serviços, a Receita Industrial e Outras Receitas Correntes, que somadas representam 4,28% da receita realizada no exercício de 2014. Com exceção da Receita Industrial, as citadas receitas (Agropecuária, Serviços e Outras Receitas Correntes) foram inferiores ao valor previsto em 71,04%, 33,52% e 74,24, respectivamente; • A arrecadação de Receitas de Capital, R$706,5 milhões, representou 67,67 % da previsão atualizada para o exercício, destacando-se as Operações de Crédito, que registraram o montante de R$614,2 milhões, frustrando a arrecadação nessa origem de receita em 9,50%; • A Receita Própria no total de R$12,4 bilhões, realizou 92,58% em relação ao valor previsto para 2014, com variação positiva em relação a 2013 na ordem de 6,48%. Valor esse superior ao biênio 2013 – 2012, cuja variação foi de 1,47%; • No computo das origens que constituem as receitas próprias, levando-se em consideração a aderência à previsão atualizada, o maior desempenho ficou por conta da Receita Patrimonial (16,12%). Das rubricas que constituem a espécie Impostos, maior desempenho ficou por conta do ITCD, 30,28%; • Ainda em relação à Receita Própria e tomando-se como parâmetro a aderência à previsão atualizada e a materialidade, tem-se a origem Receita Tributaria com arrecadação de R$ 9,1 bilhões, e desempenho superior a previsão atualizada em 1,81%, de onde se constata que houve equilíbrio entre o planejamento e a operacionalização da aludida origem de receita; 257 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • O equilíbrio também mantido pela espécie impostos cuja previsão foi de R$8,4 bilhões frente a uma previsão de R$8,6 bilhões. Quanto às Taxas, embora tenham apresentado variação negativa (5,19%), também se pode inferir o equilíbrio das mesmas; • A receita realizada, no montante de R$19,7 bilhões, referente ao biênio 2013-2014 apresentou em valores reais variação positiva na ordem de 4,45%, superior ao valor apresentado no período 20122013, cujo crescimento foi de 2,36%. No biênio em análise (2013/2014) a origem Receita Agropecuária e Receita Patrimonial que somadas totalizaram R$556,4 milhões, foram as que apresentaram maior desempenho, 46,07% e 122,58%, respectivamente; • As Receitas de Operações de Crédito (1.028,17%) e Alienação de Bens (344,81%), que no biênio 2012 – 2013, foram as que apresentaram maior performance no período 2013-2014, tiveram suas variações reduzidas para 12,75% e -79,56%; • A Despesa do Governo do Estado do Pará foi inicialmente fixada em R$19,4 bilhões, sendo R$13,4 bilhões originários do Orçamento Fiscal e R$5,9 bilhões decorrentes do Orçamento da Seguridade Social; • Da despesa executada no exercício, R$8,4 bilhões foram canalizados à área social, na qual se destacaram, em volume de gastos, as funções Educação (R$2,7 bilhões), Previdência Social (R$2,6 bilhões) e Saúde (R$2 bilhões). Das funções da área típica de estado, Segurança Pública (R$1,8 bilhão) consumiu 10,05% da despesa total executada; • A função Encargos Especiais apresentou execução de despesas em subfunções atípicas, sendo classificados R$93,8 milhões na subfunção 331 - Proteção e Benefícios ao Trabalhador, contrariando dispositivos da Portaria n° 42/1999, combinado com o disposto no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 5ª Ed., que restringem a utilização da função Encargos Especiais às suas subfunções típicas; • Os programas Finalísticos de Governo do Estado que se destacaram em relação ao valor total executado foram: Educação Pública de Qualidade, com percentual de execução da despesa de 30,94%, Média e Alta Complexidade na Saúde (14,64%) e Caminhos para o Desenvolvimento (7,82%), que juntos representaram 53,40% do valor executado dos programas finalísticos; • As Ações da Agenda Mínima de Governo, consideradas o compromisso de realização mínima pelo Poder Executivo, com um orçamento autorizado no montante de R$1,6 bilhão, acrescentou ao valor previsto no PPA o equivalente a 15,55%. Considerando que as despesas empenhadas nessas 258 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES ações totalizaram R$1,1 bilhão, significa que o Poder Executivo realizou 68,23% do que foi autorizado na LOA; • A análise da evolução das categorias econômicas demonstra que as Despesas Correntes apresentaram crescimento de 3,40% em 2013, e de 2,96% em 2014. Já as Despesas de Capital cresceram 15,60% em 2013, enquanto que em 2014 atingiram 1,87% de variação; • A execução da despesa em 2014 teve incremento de 2,93% em relação ao exercício de 2013, enquanto que nos exercícios de 2013/2012 foram identificados 4,88%; • No que se refere a Despesas Correntes, o grupo Pessoal e Encargos Sociais, no valor de R$7,8 bilhões, representou 47,06 % do total despendido no exercício, sendo o maior volume de recursos em relação à dotação orçamentária executada global, R$16,6 bilhões; • As despesas empenhadas em Despesas de Exercícios Anteriores no exercício de 2014 sofreram acréscimo na ordem de 60,51%, o que denota um acréscimo no comprometimento orçamentário do exercício em análise no montante de R$284,5 milhões. Com exceção de Amortização da Dívida, que teve redução de (-59,89%), com relação ao exercício anterior, os demais grupos sofreram acréscimo, destacando-se Pessoal e Encargos Sociais, com variação positiva de 300,65%; • Os ingressos dos recursos livres de destinação (recursos não vinculados) perfizeram, no exercício de 2014, R$11,2 bilhões, e as despesas realizadas por essa fonte totalizaram R$10,7 bilhões, resultando o superávit de R$465,8 milhões. O mesmo se verificou quanto aos ingressos de recursos com destinação vinculada, que apresentaram superávit de R$572,1 milhões, contribuindo para o superávit orçamentário de R$1 bilhão; • As transferências realizadas em 2014 às instituições privadas sem fins lucrativos apresentaram um decréscimo de 55,51% em relação ao exercício de 2013, com um decréscimo de 46,70%, considerando o período (2012/2014); • Os órgãos que distribuíram o maior volume de recursos, respondendo por 85,63% dos recursos no exercício 2014, foram: Sespa com R$115,6 milhões, representando 50,70% dos recursos envolvidos, Sespa/FES com R$43,3 milhões (18,99%), Seel com R$16,1 milhões (7,07%), Sagri com R$10,7 milhões (4,72%) e Secult com R$9,4 milhões (4,15%); • A Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários gerou receita arrecadada no montante de R$363,5 milhões e despesa realizada de R$275,6 milhões, o que gerou um superávit orçamentário de R$87,9 milhões no exercício de 2014. 259 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES 11.5. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS • A análise da execução da receita (receita arrecadada/previsão atualizada da receita) evidenciou uma insuficiência de arrecadação na ordem de R$1,1 bilhão, equivalente a um déficit de arrecadação de 5,46%; • A análise da execução da despesa orçamentária (dotação atualizada da despesa/ dotações comprometidas por empenhos) demonstrou uma economia orçamentária de 10,43% correspondente a R$2,1 bilhões; • O resultado orçamentário positivo total de R$1,03 bilhão é proveniente do esforço orçamentário corrente, tendo em vista que no orçamento corrente, houve um superávit da ordem de R$2,3 bilhões e no orçamento de capital um déficit de capital no valor de R$1,3 bilhão; • As transações referentes as receitas e despesas orçamentária, resultou num superávit financeiro de R$1,03 bilhão. Nas movimentações extraorçamentárias verificou-se um déficit extraorçamentário de R$681,9 milhões. Na conjugação dos saldos apurou-se um resultado financeiro superavitário (positivo) de aproximadamente R$356 milhões; • O resultado financeiro consolidado do Estado no triênio demonstrou que no exercício de 2012 houve um superávit de R$570 milhões, em 2013 ocorreu um déficit equivalente a R$87,9 milhões; • Ao se comparar os resultados financeiros do exercício de 2014 com o de 2012, constatou-se uma variação negativa equivalente 37,51%. Já na comparação do exercício de 2014 com 2013, notou-se a ocorrência de uma elevada variação positiva equivalente a 504,6%, devido ao resultado financeiro do exercício anterior (2013) ter sido deficitário; • A Demonstração das Variações Patrimoniais revelou que o resultado patrimonial do exercício em análise, 2014, correspondeu a aproximadamente R$1,67 bilhão, evidenciando um superávit patrimonial em razão das variações patrimoniais aumentativas serem superiores as variações patrimoniais diminutivas; • Entre os exercícios de 2012 e 2013 houve um aumento do superávit patrimonial, por conseguinte, uma variação positiva do resultado patrimonial. Já na comparação do resultado patrimonial do exercício de 2014 com o de 2013 verificou-se uma involução do superávit patrimonial; • A comparação da evolução do resultado patrimonial do triênio a partir do exercício de 2012 permitiu inferir que em 2013 houve um aumento do superávit patrimonial em 184% e no ano de 2014 constatou-se uma regressão de aproximadamente 32% deste resultado em relação ao de 2013; 260 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • A diferença entre os ingressos e desembolsos extraorçamentários resultou em um déficit equivalente a R$814 milhões o que ocasionou um aumento da dívida flutuante e, por conseguinte, redução do saldo positivo do fluxo de caixa líquido das atividades das operações; • O resultado do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais foi um superávit de aproximadamente R$1,6 bilhão. O resultado do fluxo de caixa líquido das atividades de investimentos foi um déficit de aproximadamente R$1,55 bilhão. O fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento foi um saldo positivo de R$279 milhões; • A geração de caixa final do exercício, que consiste no somatório dos fluxos de caixas líquido das três atividades apresentadas na DFC (operacional, investimento e financiamento) foi um superávit financeiro de aproximadamente R$356 milhões; • O superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial no exercício foi de R$4,87 milhões; • Em relação ao ativo de 2014, 66% deste grupo referem-se ao subgrupo “ativo não circulante”, por conseguinte o “ativo circulante” compreende 34% do ativo total. O “ativo circulante” teve um aumento de 22,56% enquanto que o “ativo não circulante” aumentou apenas 5,67%. Houve uma evolução do patrimônio do Estado (bens, direitos e obrigações) de 10,91% em relação ao exercício anterior; • O Estado apresentou elevados índices de liquidez, pelo fato do seu ativo circulante ter sido maior que as suas obrigações de curto prazo. Assim, nota-se a existência de uma folga financeira que possibilita ao Estado a liquidação de todas as suas dívidas; • O ativo imobilizado representou 70% de todo ativo não circulante e 46% do ativo total. Em comparação ao ano anterior este evoluiu 9,4%. Os bens imóveis aumentaram 13,82% enquanto que os bens móveis aumentaram 2%; • O Ativo Permanente do Estado (investimentos, imobilizado, intangível) correspondeu a R$9,3 bilhões já o seu Patrimônio Líquido correspondeu a R$9,48 bilhões; • O estoque da dívida ativa aumentou 31,22%, ou seja acresceu em R$2,27 bilhões, o que resultou no saldo final de R$9,5 bilhões. Desse montante, R$8,9 bilhões referem-se a dívida ativa tributária (93,48%) enquanto que o restante (6,52%) correspondem a dívida ativa não tributária, R$622,4 milhões; • Do valor do estoque da dívida (R$9,5 bilhões) o Estado registrou, a título de provisão para perdas com dívida ativa, o valor de R$8,2 bilhões, o que corresponde a uma provisão de 86,32% do valor total; 261 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • Em relação ao exercício anterior o passivo exigível do Estado aumentou 10,63%, sendo que o passivo circulante teve uma elevação de 8,56% e o passivo não circulante de 10,77%; • O índice endividamento geral demonstrou que o passivo exigível do Estado representou 42,27% do ativo total. O índice composição do endividamento evidenciou que a concentração maior das dívidas do Estado encontra-se no longo prazo, visto que apenas 6,13% das suas dívidas estão no curto prazo; • Todos os Poderes e Ministério Público apresentaram elevados índices de liquidez, em virtude do ativo circulante ter sido maior que as suas obrigações de curto prazo. Quanto a composição do endividamento verificou-se que o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Ministério Público não apresentaram dívidas de longo prazo, assim, notou-se que estes concentraram todas as suas obrigações no curto prazo; • Dentre os três poderes e o Ministério Público, o Poder legislativo apresentou a menor economia orçamentária (3,13%) e foi o único Poder a apresentar um resultado patrimonial deficitário, correspondente a R$3,49 milhões e uma Geração Líquida de Caixa negativa, correspondente a R$2,75 milhões, o que evidenciou, por conseguinte, uma redução no patrimônio público em 2014; • Na execução do Orçamento de Investimentos para o programa Saneamento é Vida, destinado à Cosanpa, foi realizada transferência de adiantamento para aumento de capital, no montante de R$164,2 milhões, representando 99,91% do saldo total executado do orçamento. Para a Companhia de Gás do Pará foi registrado o saldo de despesa realizada e empenhada de R$147 mil. Não houve execução orçamentária em relação à Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportações de Barcarena – Cazbar, tendo em vista o cancelamento da despesa prevista de R$18,3 milhões, bem como, não houve execução orçamentária ao Banpará considerando que a previsão no Orçamento foi apenas de recursos próprios; • A participação societária do Governo do Estado nas Empresas Estatais Não Dependentes foi de R$1,7 bilhão, esse saldo comparado ao saldo do exercício de 2013 de R$1,5 bilhão, revelou crescimento de 8,38%; • O valor do Patrimônio Líquido da Cazbar registrado na Demonstração das Participações Societárias e no resumo do Balanço Patrimonial Consolidado das Empresas Controladas no BGE 2014, difere do valor constante do Balanço Patrimonial da empresa encaminhado a este TCE; • O Patrimônio Líquido consolidado das Empresas Controladas Não Dependentes atingiu o montante de R$1,5 bilhão; comparado ao saldo atualizado do exercício de 2013 de R$1,5 bilhão revela 262 redução de 0,93%; TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • A consolidação do Resultado Operacional Líquido das Empresas Controladas Não Dependentes apresentou saldo positivo com o lucro de R$67,3 milhões no exercício de 2014; comparado ao lucro do exercício de 2013 de R$6,7 milhões, revela incremento de 902,14%. 11.6. GESTÃO FISCAL • A Receita Corrente Líquida no exercício de 2014 totalizou em R$15 bilhões, que serviu de parâmetro para os limites da despesa total com pessoal, da dívida consolidada líquida, das operações de crédito, do serviço da dívida, das operações de crédito por antecipação de receita orçamentária e das garantias do ente da Federação; • Atendendo ao princípio da transparência e da publicidade estabelecida na LRF, art. 48, o Poder Executivo divulgou os relatórios de Gestão Fiscal e Execução Orçamentária em seu sítio eletrônico (www.sefa.pa.gov.br) e publicou-os no Diário Oficial do Estado; • No Demonstrativo da Despesa com Pessoal Consolidado apurado pelo TCE/PA, está deduzido o IRRF da folha de pagamento dos servidores, atingindo o percentual de 49,19% da RCL, divergindo do apurado pelo Governo do Estado, o qual resultou em 54,66% da RCL por não adotar a Resolução TCE n° 16.769/2003; • Os gastos com pessoal do Poder Executivo para fins de limite estabelecido na LRF, apurou o montante de R$6,3 bilhões, representando 41,74% da RCL, abaixo do limite legal de 48,60% e do prudencial de 46,17%. No entanto, no Demonstrativo da Despesa com Pessoal apurado pelo Poder Executivo o limite foi de 45,86%, decorrente da não aplicação da Resolução n° 16.769/2003; • A Dívida Consolidada Líquida do Governo do Estado atingiu o índice de 9,97%, em relação à RCL, portanto, abaixo, do limite para endividamento definido pela Resolução do Senado Federal nº 40/01 que é de 200%; • A Dívida Consolidada Líquida Previdenciária do Governo do Estado apresentou situação favorável no montante de R$305,3 milhões, suficientes para cobrir o seu passivo atuarial; • Quanto às garantias concedidas em 2014, o Governo do Estado do Pará utilizou apenas 0,67% da RCL, bem abaixo do limite de 22%, estabelecido pelo Senado Federal através da Resolução nº 43/2001; • As operações de Crédito atingiram 4,07% da RCL em 2014, ficando abaixo do limite de 16% sobre a RCL estabelecido na Resolução do Senado Federal n° 43/2001, art. 7º, inc. I. Assim como não 263 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES houve contratação de operações de crédito por antecipação da receita, previsto na Resolução do senado Federal n.º 43/2001, limitadas a 7% da RCL; • O Governo do Estado do Pará cumpriu a chamada Regra de Ouro, ou seja, as Operações de Crédito no montante de R$614,2 milhões foram inferiores às despesas de capital realizadas no valor de R$2 bilhões, cumprindo assim os dispositivos constitucional e legal; • O percentual apurado da Despesa da Dívida Pública de 3,50% da RCL foi cumprido conforme estabelecido na Resolução do Senado Federal n° 43/2001, art. 7º, inc. II, a qual estipula o percentual máximo de 11,5% da RCL; • A Disponibilidade de Caixa Consolidado do Governo do Estado demonstrou situação de equilíbrio financeiro totalizando R$5,2 bilhões para cobertura das obrigações, no montante de R$377 milhões pendentes de pagamentos em todas as fontes de recursos; • A Disponibilidade de Caixa do RPPS apresentou R$3 bilhões, suficiente para cumprir com as obrigações financeiras totalizado em R$4,9 milhões. Ressaltou-se que a disponibilidade de caixa do RPPS está comprometida com o Passivo Atuarial; • A Disponibilidade de Caixa Líquida do Poder Executivo apresentou montante de R$4,9 bilhões, demonstrando assim saldo suficiente para garantir o pagamento das obrigações financeiras na ordem de R$338,6 milhões; • O Governo do Estado, em seu Demonstrativo Consolidado de Restos a Pagar, evidenciou disponibilidade financeira no total de R$4,9 bilhões, suficiente para cobrir as despesas liquidadas no montante de R$132,9 milhões; • Verificou-se no Demonstrativo de Restos a Pagar do RPPS suficiente disponibilidade de caixa no montante de R$3 bilhões para cumprir com as obrigações de curto prazo no total de R$24 mil, ressaltando que a disponibilidade de caixa do RPPS está comprometida com o Passivo Atuarial; • O Poder Executivo no Demonstrativo de Restos a Pagar apresentou disponibilidade de caixa no montante de R$4,6 bilhões, suficiente para cumprir com o pagamento de despesas liquidadas no total de R$104,6 milhões; • O Resultado Primário foi superavitário em R$514,9 milhões, cumprindo-se a meta prevista na LDO, que estabeleceu superávit de R$20,9 milhões; 264 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • O Governo do Estado apresentou Resultado Nominal positivo de R$125,8 milhões, evidenciando crescimento da dívida fiscal líquida em 10,29%. Contudo, ficou dentro da meta prevista na LDO 2014, cujo resultado permitia aumento da dívida de até R$809 milhões; • As receitas destinadas ao RPPS 2014 somaram R$1,6 bilhão. Já as despesas previdenciárias totalizaram R$2,6 bilhões. Do confronto desses totais resultou o déficit de R$982 milhões; • A receita de Alienação de Ativos do patrimônio publico apresentou montante de R$2,9 milhões, dos quais 100% foram totalmente aplicado no grupo de despesas investimentos, portanto cumprindo a determinação do art. 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal. 11.7. LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS • A Constituição Federal de 1988 regulamentou, em seu art. 212, que o Estado não pode deixar de aplicar menos de 25% da Receita Liquida Resultante de Impostos em educação. Constata-se que, no ano de 2014, o Estado do Pará aplicou o montante de R$3,2 bilhões destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, ou seja, o equivalente a 25,56% da Receita Líquida Resultante de Impostos, respeitando assim o limite mínimo estabelecido pela Carta Magna Federal; • O Governo do Estado do Pará destinou no ano de 2014 R$2,3 bilhões para a formação do Fundeb, atendendo dispositivo constitucional presente no ADCT, art. 60, inc. II e § 5º, alínea a; • Do cálculo da contribuição ao Fundeb sobre os recursos arrecadados de impostos em 2014, R$1,3 bilhão foi efetivamente transferido dentro do exercício, e R$15 milhões em 2015; • O Estado do Pará recebeu recursos provenientes do Fundeb, acrescidos da complementação da União e receita de aplicação financeira, na ordem de R$1,7 bilhão. Desse total, 98,93% foram aplicados na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública, atendendo ao preceito contido na Lei Federal n° 11.494/2007, art. 22; • Observando as Constituições Federal, art. 158 e Estadual, art. 225, as Transferências Constitucionais aos Municípios totalizaram em 2014 R$2,5 bilhões, dos quais R$6,5 milhões foram registrado em Restos a Pagar e transferidos ao fundo, em 2015; • A Constituição Federal, ADCT, art. 77, II define o limite mínimo de 12% da Receita Líquida Resultante de Impostos para aplicação em ações e serviços públicos de saúde. No Estado do Pará o percentual apurado foi de 12,97% correspondentes a R$1,6 bilhão, o que atende à determinação constitucional; 265 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará CONCLUSÕES • A Constituição Estadual em seu art. 22, § 2º determina o limite máximo, de 1% das respectivas dotações orçamentárias, para gastos com publicidade de cada Poder e Ministério Público. Em 2014, os gastos do Poder Executivo totalizaram R$34,1 milhões, que corresponde a 0,18% da despesa autorizada, portanto situando-se abaixo do limite permitido; • As contribuições do Governo Estadual ao Pasep totalizaram R$99,3 milhões, de acordo com o Balanço Geral do Estado/2014, em divergência ao total apurado pelo TCE/PA, em R$1,04 milhão, a ser recolhido aos cofres da União. 11.8. RESULTADO DO MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES • O monitoramento das 28 recomendações formuladas no exercício de 2013 revela o cumprimento de 13 recomendações, equivalentes a 46,43%, e, ainda, 03 recomendações parcialmente atendidas, equivalentes a 10,71%; • Das 12 recomendações não atendidas, 75% referem-se aos Instrumentos de Planejamento, os quais foram responsáveis por 57% das recomendações emitidas no exercício de 2013; • Na série histórica 2010-2013, observando-se a proporção das qualificações das recomendações aos seus respectivos totais, verifica-se que, até o exercício de 2012, foi crescente o percentual de recomendações não atendidas, chegando-se ao ápice de 56% em 2012. Essa tendência foi rompida no exercício seguinte (2013) com a redução no descumprimento das decisões do TCE. 11.9. RECOMENDAÇÕES REFERENTES AO EXERCÍCIO DE 2014 • Foram formuladas 34 recomendações ao Poder Executivo, sendo 14 reiteradas e 20 novas. Belém, 12 de maio de 2015. Reinaldo dos Santos Valino José Tuffi Salim Júnior Carlos A. B. Lauzid Júnior Coordenador Membro Membro 266 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 12 ANEXOS 267 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 268 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ANEXOS 12. ANEXOS DOCUMENTOS EMITIDOS 12.1.12.1DOCUMENTOS EMITIDOS 12.1DOCUMENTOS EMITIDOS DOCUMENTO DOCUMENTO DESTINATÁRIO DESTINATÁRIO ASSUNTO ASSUNTO SITUAÇÃO SITUAÇÃO Solicita de cadastro e senhas GP PARÁ. Solicita de cadastro e senhas GP PARÁ. Atendido Atendido Solicita de cadastro e senhas Siafem Solicita de cadastro e senhas Siafem Atendido Atendido Ofício nº 2015/00684-ACG-2014 Ofício nº 2015/00684-ACG-2014 SEPLAN SEPLAN Ofício nº 2015/00685-ACG- 2014 Ofício nº 2015/00685-ACG- 2014 SEFA SEFA Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 IGEPREV IGEPREV Solicita justificativas. Solicita justificativas. Atendido Atendido Ofício nº 2015/00882-ACG- 2014 Ofício nº 2015/00882-ACG- 2014 SEFA SEFA Solicita justificativas. Solicita justificativas. Atendido Atendido Ofício nº 2015/01032-ACG-2014 Ofício nº 2015/01032-ACG-2014 SEFA SEFA Solicita Justificativas Solicita Justificativas Atendido Atendido - DOCUMENTOS RECEBIDOS 12.2.12.2 DOCUMENTOS RECEBIDOS 12.2 - DOCUMENTOS RECEBIDOS REFERÊNCIA REFERÊNCIA DOCUMENTOS RECEBIDOS/ASSUNTO DOCUMENTOS RECEBIDOS/ASSUNTO SITUAÇÃO SITUAÇÃO Ofício AGE Nº 974/2014-GAB Ofício AGE Nº 974/2014-GAB Reporta-se à Resolução nº 18.590 Reporta-se à Resolução nº 18.590 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 14 à 35 vol. 4 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 14 à 35 vol. 4 Ofício AGE Nº 975/2014-GAB Ofício AGE Nº 975/2014-GAB Reporta-se à Resolução nº 18.590 Reporta-se à Resolução nº 18.590 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 37 à 125 vol. 4 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 37 à 125 vol. 4 Ofício nº 0789/2014/GS/SEPOF Solicita retificação relatório Ofício nº 0789/2014/GS/SEPOF Solicita retificação relatório Ofício nº 075/2015-GS/SEFA Ofício nº 075/2015-GS/SEFA Reporta-se à Resolução nº 17.659 Reporta-se à Resolução nº 17.659 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 127 à 128 vol. 4 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 127 à 128 vol. 4 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 130 à 136 vol. 4 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 130 à 136 vol. 4 Ofício nº 155/2015/GS/SEPLAN Reporta-se ao Ofício nº 2015/00684-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 140 à 143 vol. 4 Ofício nº 155/2015/GS/SEPLAN Reporta-se ao Ofício nº 2015/00684-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 140 à 143 vol. 4 Ofício nº 355/2015-GP/IGEPREV Reporta-se ao Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 Ofício nº 355/2015-GP/IGEPREV Reporta-se ao Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 151 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 151 Ofício nº 362/2015-GP/IGEPREV Reporta-se ao Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 Ofício nº 362/2015-GP/IGEPREV Reporta-se ao Ofício nº 2015/00845-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 493 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 493 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 496 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 496 Ofício nº 209/2015-GS/SEFA Reporta-se ao Ofício nº 2015/01032-ACG-2014 Ofício nº 210/2015-GS/SEFA Ofício nº 210/2015-GS/SEFA SIGLA/ABREVIATURA Reporta-se ao Ofício nº 2015/00882-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 508 Reporta-se ao Ofício nº 2015/00882-ACG-2014 Juntada Processo nº 2015/50276-7 fls. 508 DENOMINAÇÃO 12.3.Ofício SIGLAS E ABREVIATURAS nº 209/2015-GS/SEFA Reporta-se ao Ofício nº 2015/01032-ACG-2014 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS AC Ativo Circulante ACG Análise das Contas do Governo ACS Agentes Comunitários de Saúde ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Adepará Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará Adin Ação Direta de Inconstitucionalidade AGE Auditoria Geral do Estado AH Análise Horizontal Alepa Assembleia Legislativa do Estado do Pará Arcon Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará ARO Antecipação de Receita Orçamentária Art. Artigo TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 269 SIGLA/ABREVIATURA AC DENOMINAÇÃO Ativo Circulante ACG Análise das Contas do Governo Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ANEXOS ACS Agentes Comunitários de Saúde ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS 270 Adepará Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará Adin SIGLA/ABREVIATURA Ação Direta de Inconstitucionalidade AGE AC Auditoria Geral do Estado Ativo Circulante AH ACG Análise das Horizontal Contas do Governo Alepa ACS Assembleia Legislativa de do Saúde Estado do Pará Agentes Comunitários DENOMINAÇÃO Arcon ADCT Agência de Regulação e Controle de Transitórias Serviços Públicos do Estado do Pará Ato das Disposições Constitucionais ARO Adepará Antecipação de Receita Orçamentária Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Estado do Pará Art. Adin ArtigoDireta de Inconstitucionalidade Ação Asipag AGE Ação Social Integrada do Palácio do Governo Auditoria Geral do Estado AV AH Análise Vertical Análise Horizontal Balansint Alepa Balanço Sintético Assembleia Legislativa do Estado do Pará Banpará Arcon Banco dodeEstado do Pará S/A Agência Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará BGE ARO Balanço GeraldedoReceita EstadoOrçamentária Antecipação BI Art. Business Artigo Intelligence BO Asipag Business Objects Ação Social Integrada do Palácio do Governo BR AV Brasil Vertical Análise Cazbar Balansint Companhia Administrativa da Zona de Processamento de Exportação - Barcarena Balanço Sintético CBMPA Banpará Corpo Militar Banco de do Bombeiros Estado do Pará S/Ado Estado Pará CCG BGE Controladoria Balanço Geral de do Contas Estado de Gestão CDI BI Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará Business Intelligence Ceasa BO Centrais Abastecimento do Pará S/A. Business de Objects CEDEC/PA BR Coordenadoria Estadual Defesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará Brasil CF Cazbar Constituição Federal Companhia Administrativa da Zona de Processamento de Exportação - Barcarena CFC CBMPA Conselho Federal de Contabilidade Corpo de Bombeiros Militar do Estado Pará CFE CCG Coeficiente Financeiro Extraorçamentário Controladoria de Contas de Gestão CFFO/Alepa CDI Comissão dede Fiscalização Financeira e Orçamentário Companhia Desenvolvimento Industrial do Pará da Assembléia Legislativa do Estado do Pará CFO Ceasa Coeficiente Orçamentário Centrais de Financeiro Abastecimento do Pará S/A. CGE CEDEC/PA Consultoria Geral do Estado Coordenadoria Estadual Defesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará CGC CF Controladoria de Contas de Gestão Constituição Federal Cia CFC Companhia Conselho Federal de Contabilidade Cide CFE Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Coeficiente Financeiro Extraorçamentário Cofins CFFO/Alepa Contribuição para Financiamento daeSeguridade Social Comissão de Fiscalização Financeira Orçamentário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará Cohab CFO Companhia de Habitação do Estado do Pará Coeficiente Financeiro Orçamentário Confaz CGE Conselho Nacional deEstado Política Fazendária Consultoria Geral do Cosanpa CGC Companhia dede Saneamento do Pará Controladoria Contas de Gestão CPC Cia Centro de Perícias Científicas Renato Chaves Companhia CPH Cide Companhia e Hidrovias do Estado do Pará ContribuiçãodedePortos Intervenção no Domínio Econômico Credpará Cofins Programa de Microcrédito Solidário Governo do Pará Contribuição para Financiamento dado Seguridade Social CTN Cohab Código Tributário Anual do Estado do Pará Companhia de Habitação DAB+A206 Confaz Departamento Atenção BásicaFazendária da Secretaria de Atenção à Saúde Conselho Nacional de Política Datasus Cosanpa Departamento de Informática Sistema Único de Saúde Companhia de Saneamento dodo Pará DC CPC Dívida CentroConsolidada de Perícias Científicas Renato Chaves DCASP CPH Demonstrações Contábeis Aplicadas SetordoPúblico Companhia de Portos e Hidrovias do ao Estado Pará DCL Credpará Dívida Consolidada Líquida Solidário do Governo do Pará Programa de Microcrédito CTN Código Tributário Anual DAB+A206 Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde Datasus Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DC Dívida Consolidada DCASP Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ANEXOS 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS SIGLA/ABREVIATURA DENOMINAÇÃO DEA AC Despesas de Exercícios Anteriores Ativo Circulante Detran ACG Departamento de Trânsito do Estado do Pará Análise das Contas do Governo DFC ACS Demonstração do FluxodedeSaúde Caixa Agentes Comunitários Disp ADCT Disponibilidade Ato das Disposições Constitucionais Transitórias DMPL Adepará Demonstração das do Patrimônio Agência Estadual deMutações Defesa Agropecuária doLíquido Estado do Pará DOCC Adin Despesas Obrigatórias de Caráter Continuado Ação Direta de Inconstitucionalidade DOE AGE Diário Oficial dodo Estado Auditoria Geral Estado DP AH Defensoria Pública Análise Horizontal DVP Alepa Demonstração das Variações Patrimoniais Assembleia Legislativa do Estado do Pará EGPA Arcon Escola dedeGoverno do Estado do Pará Agência Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará ELP ARO Exigível a Longo Prazo Orçamentária Antecipação de Receita Emater Art. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará Artigo Estoq. Asipag Estoque Ação Social Integrada do Palácio do Governo ETSUS AV Escola técnica Análise Verticaldo SUS Fapespa Balansint Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará Balanço Sintético Fasepa Banpará Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará Banco do Estado do Pará S/A FASPM BGE Fundo deGeral Assistência Social da Polícia Militar Balanço do Estado FCG BI FundaçãoIntelligence Carlos Gomes Business FCPTN BO FundaçãoObjects Cultural do Pará "Tancredo Neves" Business FCV BR Fundação Curro Velho Brasil FDE Cazbar Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado do Pará Companhia Administrativa da Zona de Processamento de Exportação - Barcarena Feas CBMPA Fundo de Estadual de Assistência Corpo Bombeiros Militar doSocial Estado Pará FEDD CCG Fundo EstadualdedeContas Direitos Controladoria de Difusos Gestão Fehis CDI Fundo Estadual de Habitação e deIndustrial Interessedo Social Companhia de Desenvolvimento Pará Fema Ceasa Fundo Estadual de Meio Ambiente Centrais de Abastecimento do Pará S/A. FES CEDEC/PA Fundo EstadualEstadual de SaúdeDefesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará Coordenadoria FGPM CF Fundo de Gestão de Gratificação de Produtividade Etapa de Participação nas Multas Constituição Federal FHCGV CFC FundaçãoFederal Pública de Estadual Hospital de Clínicas "Gaspar Vianna" Conselho Contabilidade Finanprev CFE Fundo Financeiro de Previdência do Estado do Pará Coeficiente Financeiro Extraorçamentário FIPAT CFFO/Alepa Fundo de Investimento Administração Comissão de FiscalizaçãoPermanente Financeira edaOrçamentário daTributária Assembléia Legislativa do Estado do Pará Fisp CFO Fundo de Investimento de Segurança Pública Coeficiente Financeiro Orçamentário FJP CGE FNDE CGC Fundação João Pinheiro Consultoria Geral do Estado Fundo Nacional Desenvolvimento Controladoria dede Contas de Gestão da Educação FPE Cia Fundeb Cide Cofins Fundeflor Cohab Funpeg Confaz Funprev Cosanpa Funreap CPC Funsau CPH Funtelpa Credpará FUNTCE Fundo de Participação dos Estados Companhia Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Educação Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal Companhia de Habitação do Estado do Pará Fundo Especial da Procuradoria Geral do Estado Conselho Nacional de Política Fazendária Fundo Previdenciário do Estado do Pará Companhia de Saneamento do Pará Fundo de Modernização e Reaparelhamento e Aperfeiçoamento Centro de Perícias Científicas Renato Chaves Fundo de Saúde da Polícia Militar Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará Fundação Paraense de Radiodifusão Programa de Microcrédito Solidário do Governo do Pará Fundo de Modernização Reaparelhamento e Aperfeiçoamento do Tribunal de Contas do Estado do Pará CTN Gab Vice DAB+A206 Gás do Pará Datasus GEP Código Tributário Anual Gabinete do Vice-Governador Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde Companhia de Gás do Pará Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde Gabinete de Estratégia e Planejamento DC GI DCASP GP Pará Dívida Consolidada Grau de Imobilização Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Sistema de Gestão de Programas do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 271 Fundeb Fundeflor Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal Funpeg Fundo daPará Procuradoria Geral do Relatório de Análise das Contas de Governo do Especial Estado do ANEXOS Estado Funprev Fundo Previdenciário do Estado do Pará Funreap Fundo de Modernização e Reaparelhamento e Aperfeiçoamento Funsau Fundo de Saúde da Polícia Militar 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS 272 Funtelpa SIGLA/ABREVIATURA Fundação Paraense de Radiodifusão FUNTCE AC Gab Vice ACG FundoCirculante de Modernização Reaparelhamento e Aperfeiçoamento do Tribunal de Contas do Estado do Pará Ativo Gabinete doContas Vice-Governador Análise das do Governo Gás do Pará ACS GEP ADCT Companhia de Gás do Pará Agentes Comunitários de Saúde Gabinete de Estratégia e Planejamento Ato das Disposições Constitucionais Transitórias GI Adepará GP Pará Adin Grau de Estadual Imobilização Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará Sistema de Gestão de Programas do Estado do Pará Ação Direta de Inconstitucionalidade Hemopa AGE Fundação Geral Centro Hemoterapia e Hematologia do Pará Auditoria dodeEstado HOSP AH IAP Alepa HospitalHorizontal Análise Instituto de Legislativa Artes do Pará Assembleia do Estado do Pará IARP Arcon Índice dede Autossuficiência da Receita Própria Públicos do Estado do Pará Agência Regulação e Controle de Serviços DENOMINAÇÃO Iasep ARO Instituto de Assistência Servidores do Estado do Pará Antecipação de Receita dos Orçamentária IBGE Art. Instituto Artigo Brasileiro de Geografia e Estatística Asipag ICMS AV Ideflor Balansint Idesp Banpará Igeprev BGE Imetropara BI INSS BO IOEPA BR Ipalep Cazbar IPCA CBMPA Ipea CCG IPI CDI IPL Ceasa IPVA CEDEC/PA IRP CF IRRF CFC ITCD CFE Iterpa CFFO/Alepa JME CFO Jucepa CGE Lacen CGC LDO Cia LOA Cide Loterpa Cofins LRF Cohab MCASP Confaz MDE Cosanpa MDF CPC MEP CPH MP Credpará MPC CTN MPCM DAB+A206 MS Datasus NAF DC NBCASP DCASP NBCT Imposto S/ Oper. Rel àdo Circulação deGoverno Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Ação Social Integrada Palácio do Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação Análise Vertical Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará Balanço Sintético Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Banco do Estado do Pará S/A Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará Balanço Geral do Estado Instituto de Metrologia do Estado do Pará Business Intelligence Instituto Nacional da Seguridade Social Business Objects Imprensa Oficial do Estado Brasil Instituto de Previdência da Assembleia Legislativa do Pará Companhia Administrativa da Zona de Processamento de Exportação - Barcarena Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Corpo de Bombeiros Militar do Estado Pará Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Controladoria de Contas de Gestão Imposto sobre Produtos Industrializados Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido Centrais de Abastecimento do Pará S/A. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores Coordenadoria Estadual Defesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará Índice de Receita Própria Constituição Federal Imposto de Renda Retido na Fonte Conselho Federal de Contabilidade Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação Coeficiente Financeiro Extraorçamentário Instituto de Terras do Estado do Pará Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará Justiça Militar do Estado do Pará Coeficiente Financeiro Orçamentário Junta Comercial do Estado do Pará Consultoria Geral do Estado Laboratório Central Controladoria de Contas de Gestão Lei de Diretrizes Orçamentárias Companhia Lei Orçamentária Anual Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Loteria do Estado do Pará Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Lei de Responsabilidade Fiscal Companhia de Habitação do Estado do Pará Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público Conselho Nacional de Política Fazendária Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Companhia de Saneamento do Pará Manual de Demonstrativo Fiscal Centro de Perícias Científicas Renato Chaves Método de Equivalência Patrimonial Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará Ministério Público Estadual Programa de Microcrédito Solidário do Governo do Pará Ministério Público de Contas do Estado do Pará Código Tributário Anual Ministério Público de Contas dos Municípios do Pará Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde Ministério da Saúde Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Núcleo Administrativo e Financeiro Dívida Consolidada Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica LOA Lei Orçamentária Anual Loterpa Loteria do Estado do Pará LRF Lei de Responsabilidade Fiscal MCASP Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público MDE Manutenção e Desenvolvimento do Ensino MDF Manual de Demonstrativo Fiscal MEP Método de Equivalência Patrimonial Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ANEXOS 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS MPSIGLA/ABREVIATURA Ministério Público Estadual MPC AC MPCM ACG Ministério Público de Contas do Estado do Pará Ativo Circulante Ministério dos Municípios do Pará Análise dasPúblico Contas de do Contas Governo MS ACS NAF ADCT Ministério da Saúde de Saúde Agentes Comunitários Núcleo e Financeiro Transitórias Ato das Administrativo Disposições Constitucionais NBCASP Adepará NBCT Adin Normas Estadual Brasileiras Contabilidade Aplicadas ao Setor Público Agência dede Defesa Agropecuária do Estado do Pará Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica Ação Direta de Inconstitucionalidade NEPMV AGE NGPM AH Núcleo Executor doEstado Programa Municípios Verdes Auditoria Geral do Núcleo de Gerenciamento do Programa de Microcrédito Análise Horizontal NGPR Alepa NGTM Arcon OGE ARO Núcleo de Gerenciamento do ParádoRural Assembleia Legislativa do Estado Pará Núcleo de de Transporte Metropolitano Agência deGerenciamento Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará Orçamento Geral do Estado Antecipação de Receita Orçamentária PA Art. PM/PA Asipag Pará Artigo PolíciaSocial Militar do Estado Pará do Governo Ação Integrada do do Palácio PAF AV Paratur Balansint Plano Anual de Fiscalização Análise Vertical Companhia Paraense de Turismo Balanço Sintético Pasep Banpará PC BGE Programa de Formação Patrimônio do Servidor Público Banco do Estado do Parádo S/A Passivo Circulante Balanço Geral do Estado PCASP BI Plano de Intelligence Contas Aplicado ao Setor Público Business PCE BO Procedimentos Business ObjectsContábeis Específicos PCP BR PEA Cazbar Procedimentos Contábeis Patrimoniais Brasil População Economicamente Companhia Administrativa daAtiva Zona de Processamento de Exportação - Barcarena PGE CBMPA PIB CCG Procuradoria Geral doMilitar Estado Corpo de Bombeiros do Estado Pará Produto Interno Controladoria deBruto Contas de Gestão PIS CDI PL Ceasa Programa dedeIntegração Social Industrial do Pará Companhia Desenvolvimento Patrimônio Líquido Centrais de Abastecimento do Pará S/A. PLDO CEDEC/PA PLOA CF PMAE CFC Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias Coordenadoria Estadual Defesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará Projeto de LeiFederal Orçamentária Anual Constituição ProgramaFederal de Modernização da Administração das Receitas e da Gestão Fiscal, Financeira e Patrimonial das Conselho de Contabilidade Administrações Estaduais Coeficiente Financeiro Extraorçamentário Polícia Militar do Estado do Pará Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar Coeficiente Financeiro Orçamentário População Ocupada Consultoria Geral do Estado Plano Plurianual de Ação Governamental Controladoria de Contas de Gestão Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará Companhia Programa de Consolidação da Gestão Fazendária Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Quociente da Atividade Operacional Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Quociente da Capacidade de Amortização de Dívida Companhia de Habitação do Estado do Pará Quociente da Execução da Despesa Conselho Nacional de Política Fazendária Quociente do Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais em Relação ao Resultado Patrimonial Companhia de Saneamento do Pará Quociente do Resultado Orçamentário Centro de Perícias Científicas Renato Chaves Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará Quociente da Situação Financeira Programa de Microcrédito Solidário do Governo do Pará Receita Corrente Líquida Código Tributário Anual Regiões de Integração Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde Regiões Integradas de Segurança Pública e Defesa Social Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde Relatório de Gestão Fiscal DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ TRIBUNAL Dívida Consolidada Realizável a Longo Prazo Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público Região Metropolitana de Belém CFE PMPA CFFO/Alepa Pnad CFO POC CGE PPA CGC Prodepa Cia Progefaz Cide QAO Cofins QCAD Cohab QED Confaz QFL Cosanpa QRO CPC QRVP CPH QSF Credpará RCL CTN RIs DAB+A206 Risp Datasus RGF DC RLP DCASP RMB DENOMINAÇÃO 273 Progefaz Programa de Consolidação da Gestão Fazendária QAO Quociente da Atividade Operacional QCAD Quociente da Capacidade de Amortização de Dívida QEDde Análise das Contas de Governo Quociente da Execução Relatório do Estado do Pará ANEXOS da Despesa QFL Quociente do Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais em Relação ao Resultado Patrimonial QRO Quociente do Resultado Orçamentário QRVP Quociente do Resultado das Variações Patrimoniais 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS 274 QSFSIGLA/ABREVIATURA Quociente da Situação Financeira RCL AC Receita Corrente Líquida Ativo Circulante RIs ACG Regiões Análise de dasIntegração Contas do Governo Risp ACS Regiões de Segurança AgentesIntegradas Comunitários de Saúde Pública e Defesa Social RGF ADCT Relatório de Gestão Fiscal Ato das Disposições Constitucionais Transitórias DENOMINAÇÃO RLP Adepará Realizável a Longode Prazo Agência Estadual Defesa Agropecuária do Estado do Pará RMB Adin Região Metropolitana de Belém Ação Direta de Inconstitucionalidade RN AGE Região Norte Auditoria Geral do Estado RPPS AH Regime de Previdência Social Análise Próprio Horizontal RPS Alepa Regional de Proteção Assembleia LegislativaSocial do Estado do Pará RREO Arcon Relatório Resumido da eExecução Agência de Regulação ControleOrçamentária de Serviços Públicos do Estado do Pará Sagri ARO Secretaria de de Estado de Agricultura Antecipação Receita Orçamentária Sead Art. Secretaria de Estado de Administração Artigo Seas Asipag Secretaria deIntegrada Estado dedoAssistência Ação Social Palácio doSocial Governo Secom AV Secretaria de Estado de Comunicação Análise Vertical Secti Balansint Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação Balanço Sintético Secex Banpará Secretaria de Controle Externo Banco do Estado do Pará S/A Secult BGE Secretaria de Estado de Cultura Balanço Geral do Estado Sedes BI Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Social Business Intelligence Seduc BO Secretaria de Estado de Educação Business Objects Seel BR Secretaria de Estado de Esporte e Lazer Brasil Seel EOP Cazbar Sefa CBMPA Secretaria deAdministrativa Estado de Esporte e Lazer - Administraçãode Estádio Olímpico do Pará Companhia da Zona de Processamento Exportação - Barcarena Secretaria de Estado da Fazenda Corpo de Bombeiros Militar do Estado Pará Segup CCG Secretaria de Estado de Segurança Controladoria de Contas de GestãoPública Seicom CDI Secretaria dede Estado de Industria, Industrial Comérciodo e Mineração Companhia Desenvolvimento Pará Seidurb Ceasa Secretaria deAbastecimento Estado de Integração Desenvolvimento Urbano e Metropolitano Centrais de do ParáRegional, S/A. Sejudh CEDEC/PA Secretaria de Estado de Justiça Direitos Humanos Coordenadoria Estadual DefesaeCivil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará Sema CF Secretaria de Estado Constituição Federalde Meio Ambiente SEO CFC Sistema deFederal Execução Conselho de Orçamentária Contabilidade Seop CFE Secretaria deFinanceiro Estado deExtraorçamentário Obras Públicas Coeficiente Sepaq CFFO/Alepa Secretaria de Pesca e Aquicultura Comissão de de Estado Fiscalização Financeira e Orçamentário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará Seplan CFO Secretaria deFinanceiro Estado deOrçamentário Planejamento Coeficiente Sepof CGE Secretaria deGeral Estado Planejamento, orçamento e finanças Consultoria dode Estado Sespa CGC Secretaria de Estado de Saúde Pública Controladoria de Contas de Gestão Seter Cia Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda Companhia Setran Cide Secretaria de Estado de Transportes Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Setur Cofins Secretaria de Estado de Turismo da Seguridade Social Contribuição para Financiamento Siafem Cohab Sistema Integrado de Administração Companhia de Habitação do Estado Financeira do Pará para Estados e Municípios Siconp Confaz Sistema deNacional Controlede Preventivo Conselho Política Fazendária Sieds Cosanpa Sistema Estadual de Segurança Companhia de Saneamento doPública Pará e Defesa Social Simas CPC SINASE CPH Sistema Integrado MateriaisRenato e Serviços Centro de Períciasde Científicas Chaves Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará Sisp Credpará Sistema Integrado de Segurança Pública Programa de Microcrédito Solidário do Governo do Pará STF CTN Supremo Tribunal Federal Código Tributário Anual STN DAB+A206 Secretaria do Tesouro Nacional Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde SUAS Datasus Sistema Único de Social Departamento deAssistência Informática do Sistema Único de Saúde SUS DC Sistema Único de Saúde Dívida Consolidada Susipe DCASP Superintendência do Sistema Penitenciário do Público Estado do Pará Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Setran Secretaria de Estado de Transportes Setur Secretaria de Estado de Turismo Siafem Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios Siconp Sistema de Controle Preventivo Sieds Sistema Estadual de Segurança Pública e Defesa Social Simas Sistema Integrado de Materiais e Serviços SINASE Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ANEXOS 12.3 SIGLAS E ABREVIATURAS SispSIGLA/ABREVIATURA Sistema Integrado de Segurança Pública STF AC STN ACG Supremo Tribunal Federal Ativo Circulante Secretaria Tesouro Nacional Análise dasdo Contas do Governo SUAS ACS SUS ADCT Sistema Único de Assistência Social Agentes Comunitários de Saúde Sistema Único de Saúde Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Susipe Adepará S/A Adin Superintendência doDefesa SistemaAgropecuária PenitenciáriododoEstado EstadododoPará Pará Agência Estadual de Sociedade Anônima Ação Direta de Inconstitucionalidade TCEPA AGE Tribunal de Contas do Estado do Pará Auditoria Geral do Estado TCMPA AH TCU Alepa TribunalHorizontal de Contas dos Municípios do Estado do Pará Análise Tribunal de Legislativa Contas da União Assembleia do Estado do Pará TFRM Arcon ARO TJE Art. UEPA Asipag Taxa de Controle, Acompanhamento e Fiscalização dasdo Atividades Pesquisa, Lavra, Exploração e Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos Estado dodePará Aproveitamento de Recursos Minerários Antecipação de Receita Orçamentária Tribunal de Justiça do Estado do Pará Artigo Universidade do Estado do Pará Ação Social Integrada do Palácio do Governo AV Análise Vertical Balansint Balanço Sintético Banpará Banco do Estado do Pará S/A DENOMINAÇÃO BGE Balanço Geral do Estado BI Business Intelligence BO Business Objects BR Brasil Cazbar Companhia Administrativa da Zona de Processamento de Exportação - Barcarena CBMPA Corpo de Bombeiros Militar do Estado Pará CCG Controladoria de Contas de Gestão CDI Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará Ceasa Centrais de Abastecimento do Pará S/A. CEDEC/PA Coordenadoria Estadual Defesa Civil do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Pará CF Constituição Federal CFC Conselho Federal de Contabilidade CFE Coeficiente Financeiro Extraorçamentário CFFO/Alepa Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará CFO Coeficiente Financeiro Orçamentário CGE Consultoria Geral do Estado CGC Controladoria de Contas de Gestão Cia Companhia Cide Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Cofins Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Cohab Companhia de Habitação do Estado do Pará Confaz Conselho Nacional de Política Fazendária Cosanpa Companhia de Saneamento do Pará CPC Centro de Perícias Científicas Renato Chaves CPH Companhia de Portos e Hidrovias do Estado do Pará Credpará Programa de Microcrédito Solidário do Governo do Pará CTN Código Tributário Anual DAB+A206 Departamento Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde Datasus Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde DC Dívida Consolidada DCASP Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 275 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ÍNDICE DE TABELAS ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivíduos menores de 1 ano de idade segundo Pará e Regiões de Integração, 2013 e 2014................................................................................................................... 22 Tabela 1.2 - Indicador de Educação (2012 e 2013)................................................................................................................. 27 Tabela 1.3 - Indicadores de Saúde previstos pela Lei 6.836/2006 (2012 – 2013)..................................................................... 29 Tabela 1.4 - Saneamento Básico – Percentual de Domicílios.................................................................................................. 32 Tabela 1.5 - Estimativas do Déficit Habitacional.................................................................................................................... 33 Tabela 1.6 – Percentual de Pessoas Vivendo em Domicílios Improvisados 2011/2013........................................................... 34 Tabela 1.7 - Total de registros e ocorrências per capita (para grupos de 100.000 hab.)......................................................... 35 Tabela 3.1 - Pessoal do poder executivo, por vínculo............................................................................................................. 48 Tabela 4.1 - Número de Programas do PPA por Tipologia...................................................................................................... 54 Tabela 4.2 - Número de Programas e Ações.......................................................................................................................... 55 Tabela 4.3 - Resultado das Metas PPA Programação.............................................................................................................. 57 Tabela 4.4 - Resultado das Metas Agenda Mínima................................................................................................................ 58 Tabela 4.5 - PPA 2012-2015 x PPA Programação 2014 x LOA Dotação Inicial por Programa 2014............................................ 59 Tabela 4.6 - PPA 2012-2015 x PPA Programação 2014 x LOA Dotação Inicial por Tipologia de Programa 2014 (Poder Executivo)...................................................................................................................... 63 Tabela 4.7 - Orçamento Geral do Estado 2014....................................................................................................................... 72 Tabela 4.8 - Programação da Receita LOA x Siafem............................................................................................................... 73 Tabela 4.9 - Distribuição de Receita e Despesa segundo a Natureza...................................................................................... 78 Tabela 4.10 - Consolidação dos Investimentos por Empresa, Programa, Função e Fonte 2014............................................... 80 Tabela 5.1 - Créditos adicionais, acréscimos e reduções dos poderes e do MP – 2014........................................................... 84 Tabela 5.2 - Limite de abertura de créditos suplementares - 2014......................................................................................... 86 Tabela 5.3 - Receita Bruta x Deduções – 2014....................................................................................................................... 87 Tabela 5.4 - Receita revista x receita realizada por categoria econômica, origem e espécie – 2014........................................ 88 Tabela 5.5 - Receita Orçamentária Prevista x Receita Realizada – 2014................................................................................. 90 276 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ÍNDICE DE TABELAS Tabela 5.6 - Receita por tipo de administração 2014............................................................................................................. 92 Tabela 5.7 - Demonstrativo da receita própria 2014.............................................................................................................. 93 Tabela 5.8 - Evolução da receita realizada por categoria econômica e origem....................................................................... 94 Tabela 5.9 - Evolução da Receita Arrecadada – 2014-2012..................................................................................................... 96 Tabela 5.10 - Despesas por Função....................................................................................................................................... 98 Tabela 5.11 - Evolução da Receita Arrecadada – 2014-2012................................................................................................. 101 Tabela 5.12 - Programas Finalísticos.................................................................................................................................... 101 Tabela 5.13 - Programas com Menor Desempenho............................................................................................................. 103 Tabela 5.14 - Ações não executadas.................................................................................................................................... 104 Tabela 5.15 - Desempenho das Ações sem Programa.......................................................................................................... 105 Tabela 5.16 - Programas da Agenda Mínima do Poder Executivo......................................................................................... 107 Tabela 5.17 - Despesa por Categoria Econômica e Grupo de Natureza................................................................................. 109 Tabela 5.18 - Despesas de Exercícios Anteriores.................................................................................................................. 110 Tabela 5.19 - Despesas por Fonte de Recursos.................................................................................................................... 112 Tabela 5.20 - Transferências a Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos 2012-2014............................................................ 113 Tabela 5.21 - Transferências a Instituições Sem Fins Lucrativos - 2014................................................................................. 114 Tabela 5.22 - Arrecadação de Receitas - TFRM.................................................................................................................... 116 Tabela 5.23 - Execução de Despesas com recursos da TFRM................................................................................................ 117 Tabela 5.24 – Execução do Orçamento de Investimento das Empresas................................................................................ 119 Tabela 6.1 – Resultados Orçamentários Consolidados 2012-2014........................................................................................ 126 Tabela 6.2 - Resultado Orçamentário por Categoria Econômica – Consolidado.................................................................... 127 Tabela 6.3 - IRP e IARP 2012-2014....................................................................................................................................... 128 Tabela 6.4 – Balanço Financeiro - Consolidado.................................................................................................................... 130 Tabela 6.5 – Evolução do Resultado Financeiro - Consolidado 2012-2014............................................................................ 132 Tabela 6.6 – Balanço Patrimonial do Estado - 2014............................................................................................................. 135 Tabela 6.7 - Formação da Dívida Ativa Tributária - 2012-2014............................................................................................. 150 Tabela 6.8 - Participação Societária do Estado nas Empresas Controladas........................................................................... 152 277 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ÍNDICE DE TABELAS Tabela 6.9 - Demonstração das Variações Patrimoniais Resumidas 2014............................................................................. 158 Tabela 6.10 – Resultado Patrimonial Consolidado 2012 - 2014............................................................................................ 159 Tabela 6.11 – Demonstração das Variações Patrimoniais por Poder e MP 2014................................................................... 160 Tabela 6.12 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2014............................................................................. 167 Tabela 6.13 - Balanço Patrimonial Consolidado Das Empresas Controladas 2013-2014........................................................ 169 Tabela 6.14 - Coeficientes das Empresas Controladas 2012 – 2014...................................................................................... 170 Tabela 6.15 - Resultado Consolidado do Exercício das Empresas Controladas 2013–2014................................................... 172 Tabela 6.16 - Gestão Econômica e Financeira das Empresas Controladas - 2013-2014......................................................... 173 Tabela 6.17 - Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................................................................... 174 Tabela 7.1 – Demonstrativo da Publicação do RGF.............................................................................................................. 182 Tabela 7.2 – Demonstrativo da Publicação do RREO............................................................................................................ 182 Tabela 7.3 – Despesa com Pessoal Consolidado do Governo do Estado - 2014..................................................................... 186 Tabela 7.4 – Despesa Com Pessoal Poder Executivo 2014 .............................................................................................. 187 Tabela 7.5 - Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida 2014......................................................................................... 188 Tabela 7.6 - Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores - 2014................................................................... 190 Tabela 7.7 - Demonstrativo das Operações de Crédito 2014................................................................................................ 191 Tabela 7.8 - Demonstrativo das Operações de Crédito e Despesas de Capital 2014.............................................................. 192 Tabela 7.9 – Demonstrativo Consolidado da Disponibilidade de Caixa 2014........................................................................ 194 Tabela 7.10–Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do RPPS ...................................................................................... 195 Tabela 7.11 – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa do Poder Executivo – 2014......................................................... 195 Tabela 7.12 – Demonstrativo Consolidado de Restos a Pagar 2014...................................................................................... 197 Tabela 7.13 – Demonstrativo dos Restos a Pagar do RPPS................................................................................................... 198 Tabela 7.14 – Demonstrativo dos Restos a Pagar do Poder Executivo 2014.......................................................................... 199 Tabela 8.1 - Gastos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 2012 a 2014.................................................................. 214 Tabela 8.2 - Despesas com publicidade 2012 A 2014........................................................................................................... 219 278 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará ÍNDICE DE GRÁFICOS ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráficos 6.1 - Análise vertical dos subgrupos do Ativo e do Passivo..................................................................................... 136 Gráfico 6.2 - Análise horizontal dos subgrupos do Ativo...................................................................................................... 138 Gráfico 6.3 - Análise horizontal dos subgrupos do Passivo................................................................................................... 138 Gráfico 6.4 - Análise horizontal dos itens patrimoniais sobre a ótica orçamentária............................................................. 141 Gráfico 6.5 - Evolução do Saldo da Dívida Ativa 2012 a 2014............................................................................................... 148 Gráfico 8.1 - Evolução dos gastos na manutenção e desenvolvimento do ensino em percentual da receita líquida de impostos 2012 a 2014......................................................................................................... 214 279 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ APRECIAÇÃO DO PARECER PRÉVIO 282 RELATÓRIO DAS CONTAS ANUAIS DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ- EXERCÍCIO DE 2014 Hoje, em sessão extraordinária, o Tribunal de Contas do Estado do Pará reúne-se para apreciar e emitir parecer prévio conclusivo acerca das contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado, em estrita obediência à Constituição do Estado do Pará, art. 116, inciso I, exercendo com isso sua função opinativa, oferecendo elementos técnicos essenciais ao Poder Legislativo para o julgamento das contas. O presente processo trata da Prestação de Contas do Governo do Estado do Pará, pertinente ao exercício financeiro de 2014, cuja responsabilidade compete ao Excelentíssimo Senhor Governador SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE. As Contas de Governo ingressaram neste Tribunal no dia 1º de abril de 2015, cumprindo o prazo estabelecido na Constituição do Estado do Pará, art. 135, inciso XIX e foi autuado sob o número 2015/50276-7. O Processo está em ordem, teve tramitação regular e contém os elementos exigidos pelo Regimento Interno, art. 98, destacando-se, entre eles, o Balanço Geral do Estado e o Relatório de Controle Interno. Importante ressaltar que a análise efetuada nas presentes Contas, não alcança as contas dos ordenadores de despesa dos órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública do Estado, as quais serão objetos de exame e julgamento próprios nesta Corte. Para analisar as Contas do Governador, foi instituída Comissão por meio da Portaria nº 29.639, de 11/05/2015, por mim presidida e auxiliada por Grupo de Apoio Técnico, cuja atribuição principal foi a elaboração do relatório de natureza técnica e informativa, constante das fls. 01 a 265 do volume V. O relatório apresenta análises sobre a elaboração dos balanços; a observância das normas constitucionais, legais e regulamentares na execução dos orçamentos públicos estaduais, além da realização do monitoramento das recomendações feitas na prestação de contas referente ao exercício anterior. As análises sintetizadas serão apresentadas a seguir, destacando pontos importantes constantes do relatório ora submetidos ao Pleno deste Tribunal: 283 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ MAPA DA EXCLUSÃO SOCIAL O Mapa da Exclusão Social é parte integrante da Prestação de Contas do Chefe do Poder Executivo, mediante as disposições da Lei 6.836/2006, a qual instituiu e tornou obrigatória a sua elaboração. Consiste em um diagnóstico anual e regionalizado da exclusão social no Estado do Pará, baseado na comparação entre os indicadores sociais atinentes ao exercício de referência das contas e do ano imediatamente anterior. O Mapa expôs no exercício de 2014 aspectos positivos como: crescimento da expectativa de vida no Estado do Pará; decréscimo da taxa de mortalidade infantil; e elevação do número de centros e postos de saúde, leitos hospitalares e agentes comunitários de saúde. No entanto, o Mapa apresentou dados de indicadores que necessitam de ações para que se reduza a desigualdade social e melhore a qualidade de vida do paraense, tendo em vista que houve aumento da taxa de desocupação (desemprego – 2013); redução do número de domicílios com abastecimento de água por rede geral, com percentual inferior à metade dos domicílios do estado (2013); e crescimento do número de ocorrências policiais e da proporção de ocorrências per capita para um grupo de 100.000 habitantes, no Estado do Pará (2014). CONTROLE INTERNO DO PODER EXECUTIVO O Relatório de Controle Interno apresentado pela Auditoria Geral do Estado - AGE, como parte integrante do Balanço Geral do Estado 2014, contém informações acerca de sua atuação. AGE, enquanto Órgão Central de Controle Interno do Poder Executivo realizou diversas ações no exercício de 2014, buscou cumprir sua missão Institucional, apresentando uma avaliação da gestão do Governador do Estado com ênfase nas ações planejadas e nos resultados alcançados, nas adequações dos registros contábeis, bem como apresentando indicadores da gestão da administração pública. INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL O Plano Plurianual do quadriênio 2012-2015, intitulado “Pacto pelo Pará” foi revisado para o ano-base de 2014 pela Lei nº 7.763 de 12-12-2013. Na revisão, foram incluídos 3 (três) programas finalísticos todos sob a gestão do Poder Executivo, bem como ocorreu a exclusão de 17 (dezessete) programas, sendo 15 (quinze) gerenciados pelo Poder Executivo e 02 (dois) do Poder Judiciário. 284 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Das metas estabelecidas para 2014, por ação constante dos programas finalísticos do Poder Executivo, 58,39% foram alcançadas, conforme dados extraídos do Sistema GP Pará. Em suma, tanto a LOA quanto a LDO atenderam às exigências previstas na Constituição Estadual. No entanto, nos demonstrativos do Anexo de Metas Fiscais verificou-se que 7 (sete) não estão de acordo com o Manual de Demonstrativos Fiscais estabelecido na Portaria STN nº 637, de 18-10-2012. EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social estimaram receitas e fixaram despesas no montante de R$19,4 bilhões, já deduzida a contribuição do Estado ao Fundeb de R$2,2 bilhões. Após os ajustes autorizados por lei, os orçamentos resultaram no valor de R$20,8 bilhões. Já o Orçamento de Investimento das Empresas estimou receita e fixou despesa no montante de R$273,8 milhões. A receita arrecadada em 2014 atingiu o montante de R$19,7 bilhões, enquanto que as despesas somaram 18,7 bilhões, resultando superávit de R$1 bilhão. Da despesa executada no exercício, R$8,4 bilhões foram canalizados à área social, na qual se destacaram, em volume de gastos, as funções Educação (R$2,7 bilhões), Previdência Social (R$2,6 bilhões) e Saúde (R$2 bilhões). Das funções da área típica de estado, Segurança Pública (R$1,8 bilhão) consumiu 10,05% da despesa total executada. A Agenda Mínima de Governo, com as ações consideradas como compromisso de realização mínima pelo Poder Executivo teve um orçamento autorizado de R$1,6 bilhão, considerando que as despesas empenhadas nessas ações totalizaram R$1,1 bilhão, o Poder Executivo realizou 68,23% do que foi autorizado na LOA. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Em síntese, o exame das demonstrações contábeis apresentaram os seguintes resultados: No Balanço Orçamentário verificou-se que a receita arrecadada em relação à sua previsão atualizada evidenciou uma insuficiência de arrecadação na ordem de R$1,1 bilhão, equivalente a 5,46%. Enquanto que a despesa orçamentária (dotação atualizada da despesa/dotações comprometidas por empenhos) demonstrou uma economia orçamentária de 10,43% correspondente a R$2,1 bilhões; 285 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ O Balanço Financeiro evidenciou resultado financeiro consolidado superavitário de R$356 milhões; O Estado apresentou em 2014 um superávit financeiro apurado no Balanço Patrimonial, na ordem de R$4,87 milhões; A Demonstração das Variações Patrimoniais resultou no superávit patrimonial de R$1,6 bilhão. GESTÃO FISCAL Quanto ao cumprimento de limites, percentuais e de metas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2014 verificou-se que: O Estado do Pará efetuou despesas com pessoal equivalentes a 49,19% da Receita Corrente Líquida - RCL, situando-se dentro do limite de 60% estabelecido na LRF, assim como o Poder Executivo, ao efetuar despesas com pessoal de 41,74%, observou ao limite máximo de 48,60%; O Poder Executivo atendeu aos dispositivos da LRF quanto ao limite de endividamento do Estado; à concessão de garantia em operações de crédito e à contratação de operações de crédito. Assim como apresentou disponibilidade de caixa líquida suficiente para cumprir com as obrigações de curto prazo. As operações de crédito realizadas foram inferiores às despesas de capital, cumprindo assim a regra de ouro estabelecida na Constituição Federal; O Poder Executivo obteve Resultado Primário superavitário de R$514,9 milhões, cumprindo-se a meta prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estabeleceu resultado de R$20,9 milhões; O Resultado Nominal foi positivo em R$125,8 milhões, evidenciando crescimento da dívida fiscal líquida em 10,29%. Contudo, ficou dentro da meta prevista na LDO 2014, cujo resultado permitia aumento da dívida de até R$809 milhões. LIMITES LEGAIS E CONSTITUCIONAIS No que se refere ao cumprimento de limites percentuais estabelecidos pela Constituição Estadual e normas infraconstitucionais, verificou-se que: Na manutenção e desenvolvimento do ensino, o Governo do Estado aplicou o equivalente a 25,56% da receita líquida resultante de impostos, cumprindo o limite mínimo de 25% estabelecido na Constituição 286 Federal; TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Para a formação do Fundeb, o Estado contribui com R$2,3 bilhões, atendendo à Constituição Federal. Os recursos recebidos desse Fundo totalizaram R$1,7 bilhão, dos quais 98,93% foram aplicados na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública, atendendo ao limite mínimo de 60% estabelecido na Lei Federal n° 11.494/2007; As aplicações do Governo em ações e serviços públicos de saúde somaram R$1,6 bilhão, correspondente a 12,97% da Receita Líquida Resultante de Impostos, portanto, superando o limite mínimo aplicável de 12%, previsto na Constituição Federal; As despesas com publicidade do Poder Executivo não excederam a 1% da respectiva dotação orçamentária, conforme determina a Constituição Estadual. Os gastos do Poder Executivo atingiram o percentual de 0,18%. MONITORAMENTO DAS RECOMENDAÇÕES REFERENTES ÀS CONTAS DE GOVERNO DE 2013 O monitoramento das 28 recomendações formuladas no exercício de 2013 revela o cumprimento de 13 recomendações, equivalentes a 46,43%, e, ainda, 03 recomendações parcialmente atendidas, equivalentes a 10,71%. Das 12 recomendações não atendidas, 75% referem-se aos Instrumentos de Planejamento, os quais foram responsáveis por 57% das recomendações emitidas no exercício de 2013. As recomendações ainda não atendidas pelo Estado foram reiteradas no Relatório Técnico e serão monitoradas por este TCE até a sua real efetivação. A elas foram adicionadas novas recomendações formuladas a partir das análises e constatações inerentes à prestação de contas do exercício em exame. RECOMENDAÇÕES Foram formuladas 34 recomendações ao Poder Executivo, sendo 14 reiteradas e 20 novas. Do total, 24 recomendações referem-se aos Instrumentos de Planejamento, representando cerca de 70%. 287 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ CONCLUSÃO A análise realizada por este Tribunal de Contas no Balanço Geral do Estado permitiu a elaboração do projeto de parecer prévio para a apreciação deste Plenário. O Douto Ministério Público de Contas, às fls. 268 a 270, vol. V do processo, emitiu parecer destacando alguns aspectos importantes. Dentre eles, a necessidade do Mapa da Exclusão Social demonstrar, a tempo, a realidade do quadro de Exclusão Social do Estado, devidamente separada geograficamente de acordo com a Lei nº 6.836/2006. No que concerne aos limites constitucionais e legais, o MPC endossa a recomendação feita no relatório técnico para que o Poder Executivo efetue o recolhimento da importância de R$1,04 milhão aos cofres da União, referente à diferença da base de cálculo das contribuições ao Pasep. Ao final, o MPC conclui pelo encaminhamento do Parecer Prévio à Augusta Assembleia Legislativa do Estado, nos termos do art. 92, inciso XXVI, da Constituição Estadual. Por fim, a análise nos remete à conclusão de que o Poder Executivo Estadual observou às normas constitucionais, legais e regulamentares na execução dos orçamentos públicos estaduais, bem como seus balanços observaram aos princípios de contabilidade aplicados ao setor público, demonstrando adequadamente as posições financeira, orçamentária e patrimonial do Estado em 31 de dezembro de 2014. É o Relatório. Conselheiro CIPRIANO SABINO DE OLIVEIRA JUNIOR Relator 288 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS Processo nº 2015/50276-7 Pela Procuradoria: Tratam os presentes autos das contas anuais do Exmo. Sr. Simão Robison Oliveira Jatene, Governador do Estado do Pará, referentes ao Exercício de 2014, submetidas à apreciação do Egrégio Tribunal de Contas do Estado por força do disposto no Art. 116, I da Constituição do Estado, com vistas à elaboração do competente Parecer Prévio a ser encaminhado a julgamento pela Augusta Assembleia Legislativa do Estado. Apresentadas na forma de Balanço Geral do Estado-BGE, em três volumes, as referidas contas, constituídas de Introdução, Relatório Técnico Contábil, Relatórios e Indicadores da Gestão Fiscal, Balanços e Demonstrações, Relatório de Controle Interno, Relatório do Mapa de Exclusão Social, Anexos da Lei Federal nº 4320/1964 e Anexos Complementares, por Poderes (Balanços/Demonstrativos), foram alvo do exaustivo e percuciente exame realizado pelos competentes técnicos componentes da Comissão de Análise, liderada pelo insigne Conselheiro Cipriano Sabino de Oliveira Junior, Relator do feito. Seguindo seu regular iter processual, vêm os autos ao Ministério Público de Contas, órgão promotor da defesa da ordem jurídica, ao qual cabe, nos termos do Art. 11, II de sua Lei Orgânica (Lei Complementar nº 09/1992, alterada pela Lei Complementar nº 85/2013), dizer do direito sobre os assuntos sujeitos à apreciação do Tribunal de Contas do Estado, sendo obrigatória sua audiência, dentre outros, em processos de contas, como in casu. Nessas condições, passamos a expender nosso parecer quanto às contas em apreço, destacando os seguintes aspectos: • No que se refere ao Mapa de Exclusão Social, constata-se a ausência de indicadores que mostrem, a tempo, a realidade do quadro de Exclusão Social do Estado, devidamente separada geograficamente de acordo com a Lei nº 6.836/2006, além do que deve constar no Projeto da Lei Orçamentária Anual, no Anexo de Metas Sociais, a avaliação do cumprimento das metas do ano anterior. • No que tange aos Instrumentos de Planejamento, deve ser estabelecido na LDO os percentuais de limites da despesa total com pessoal para os Poderes e Órgãos, calculados com base no art. 20, inciso II e § 4º da Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000 – LRF. Aliás, esta recomendação já consta do Projeto de Lei da LDO para o exercício financeiro de 2016, art. 17, § 3º, III. Também devem ser apresentados, de forma regionalizada, os percentuais de incidência decorrentes de Isenções, Anistias, Remissões, Subsídios e Benefícios de Natureza Financeira, Tributária e Creditícia. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 291 Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ • No que toca à Gestão Patrimonial deve ser efetuada a conclusão das ações referentes à gestão patrimonial relativa ao inventário dos bens imóveis do Estado. • Quanto às Demonstrações Contábeis deve ser efetuada a atualização monetária dos valores constantes do balanço do exercício anterior, com o objetivo de chegar a coeficientes bem próximos à realidade, por ocasião da análise de balanço, bem como adotar os procedimentos contábeis patrimoniais não observados em 2014, quanto ao reconhecimento, mensuração e evidenciação: das obrigações e provisões por competência; dos bens móveis, imóveis e intangíveis em suas totalidades; dos ativos de infraestrutura; registro de fenômenos econômicos, resultantes ou independentes da execução orçamentária, tais como: depreciação, amortização e exaustão; e implementação do sistema de custo. Observando que esta recomendação consta do Plano de Implantação dos Procedimentos Contábeis e Patrimoniais previsto no art. 13 da Portaria STN nº 634/2013, cuja minuta da Portaria que regulamenta esse artigo, a Secretaria do Tesouro Nacional está disponibilizando em seu site na internet (http:// www.tesouro.fazenda..gov.br/documents) para consulta pública até o dia 29/05/2015. A publicação da Portaria que aprovará sua versão final está prevista para o final de junho/2015, com prazo de aplicação dos procedimentos que vão de 01/01/2016 a 01/01/2023, muito embora a própria minuta da Portaria prevê que “os prazos estabelecidos não impedem que cada ente da Federação implante determinado procedimento antes da data estabelecida.” Além de que a Empresa Cazbar encerre e encaminhe seus demonstrativos ajustados e definitivos a tempo de compor a Prestação de Contas do Governo do Estado. • No que concerne aos limites constitucionais e legais, deve ser efetuado pelo Poder Executivo o recolhimento aos cofres da União da importância de R$ 1,04 milhão referente à diferença da base de cálculo das contribuições ao Pasep. Assim, pugnando pelo atendimento às recomendações formuladas, somos, após a competente apreciação das presentes contas pelo douto Plenário do Egrégio Tribunal de Contas do Estado, nos termos do Art. 116, I da Constituição do Estado, pelo encaminhamento do Parecer Prévio à Augusta Assembléia Legislativa do Estado do Pará para as providências que lhe são inerentes, a teor do estabelecido expressamente no Art. 92, XXVI da Lei Magna Paraense. É o parecer. Belém/PA, 20 de maio de 2015. ANTONIO MARIA FILGUEIRAS CAVALCANTE 292 Procurador Geral de Contas do Estado TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ MANIFESTAÇÃO DO REPRESENTANTE DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO MANIFESTAÇÃO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, DR. JOSÉ BARROSO TOSTES NETO, REPRESENTANTE DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO, DR. SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE: Excelentíssimo Senhor Conselheiro Luis Cunha, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Pará; Excelentíssimo Senhor Antônio Maria Cavalcante, Procurador-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado do Pará. Quero nesse momento agradecer as palavras elogiosas, o que só faz aumentar a minha responsabilidade. Quero cumprimentar também os Conselheiros, Nelson Chaves, Lourdes Lima, Cipriano Sabino, Relator das contas do Estado referente ao ano de 2014; Conselheiro Odilon Teixeira, os Conselheiros, Conselheira Milene Cunha, Conselheiro Julival Rocha. Quero cumprimentar todos os servidores do Tribunal de Contas do Estado através dos servidores Rafael Laredo e Leandro Lima, que fizeram uma apresentação bastante elucidativa do trabalho realizado pelo Tribunal de Contas e que só demonstra a qualidade, o nível técnico dos servidores do Tribunal. Quero cumprimentar os Secretários José Colares da SEPLAN e Roberto Amoras da Auditoria-Geral do Estado e os servidores dos respectivos órgãos, a Secretária-Adjunta do Tesouro, Adélia Macedo, Diretor Hélio Góes e toda a equipe da Secretaria da Fazenda que trabalha e trabalhou em todos esses números que estão apresentados para a consideração e análise do Tribunal. É, de fato vimos a demonstração através da apresentação feita pelos servidores do TCE que o Estado do Pará alcançou todas as metas indicadas na Lei de Responsabilidade Fiscal no ano de 2014. Aliás, quero fazer um parêntese Presidente, para saudar os 15 anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que estamos comemorando agora, inúmeros eventos alusivos a esta data, ressaltando a importância para a melhoria, o aprimoramento da gestão pública no Brasil, a construção e aprovação desta lei há 15 anos. Não obstante a lei estar na adolescência, elevou a qualidade da gestão pública a um patamar adulto no Brasil. O que não significa que ela não possa ser aprimorada e aperfeiçoada e é esse exatamente o momento de reflexão e avaliação para que nós possamos propor melhorias, aperfeiçoamentos nesse disciplinamento legal que tão bem tem feito ao país, e realmente de uma forma muito precisa, a preocupação com a responsabilidade fiscal, sobretudo o equilíbrio fiscal sustentável, condição realmente indispensável para que o Estado possa atender as necessidades da população. Então o momento é esse, nós temos certamente muitas propostas, aqui o Tribunal de Contas certamente deverá também contribuir nessas discussões para o aperfeiçoamento da Lei de Responsabilidade 295 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Fiscal, para que nós possamos continuar nesse trilho, nesse caminho de melhoria da qualidade da gestão no Brasil. Mas não obstante, o Estado ter conseguido alcançar todas as metas, eu queria Presidente, além de agradecer a oportunidade de dizer algumas palavras, falar, pontuar algumas questões para que possamos ter uma ideia das dificuldades que o Estado enfrenta e está enfrentando para manter essa diretriz do equilíbrio fiscal sustentável, uma vez que nós temos um cenário de dificuldades cada vez maiores, que só fazem aumentar o tamanho do desafio e do enfrentamento que tem que ser feito para que os indicadores fiscais se enquadrem dentro dos parâmetros que a lei estabelece. Primeiro, nós estamos vivendo um cenário de crise econômica que é muito maior do que se possa imaginar, sem paralelos e muito mais forte do que a crise que foi observada nos anos de 2008 e 2009, e até mesmo daquela de 10 anos anteriores, do ano de 1998. Então essa crise tem se mostrado de efeitos muito mais perversos em termos da redução da atividade econômica, do comprometimento do crescimento com efeitos na questão do emprego, com efeitos nas finanças públicas, com reduções de receitas, que evidentemente não são acompanhadas de redução de despesas na mesma proporção até porque umas despesas são fixas, e não tem realmente como reduzir. O fato é que esse cenário econômico adverso, negativo, cujos efeitos certamente ainda se farão sentir pelo menos nos próximos 2 anos, quer dizer, é ilusório nós acharmos que estamos caminhando para sair desta crise, esses efeitos, pelo menos nos próximos 2 anos ainda se farão sentir, e se nós conseguirmos ultrapassar esses 2 anos, aí sim, que nós poderemos vislumbrar a partir desse período, nós retomarmos uma trilha de crescimento que é indispensável para o nosso país. Mas os efeitos dessa crise tem se refletido de forma extremamente perversa nas finanças públicas brasileiras. O Governo Federal teve que principalmente a partir de 2009, adotar uma política de desoneração fiscal, principalmente no IPI, no Imposto de Renda, tributos federais que são a fonte principal dos fundos constitucionais do FPE e do FPM e que cujo efeito disso segundo um estudo recente do Tribunal de Contas da União onde ele fez uma análise sobre os efeitos dessas desonerações, sobre os fundos. Publicou recentemente, aliás, um trabalho também muito bem feito, que eu recomendo a leitura, segundo cálculos do TCU no período de 2008 a 2012, deixaram de ser repassados aos estados e municípios 190 bilhões de reais. 190 bilhões de reais deixaram de ser repassados aos municípios por conta dessas desonerações. E o problema não é só o montante que deixou de ser repassado, mas especialmente conforme essa análise 296 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ do TCU é que esse montante acabou não sendo útil para reverter toda essa crise e esse cenário negativo que nós nos referimos. Quer dizer, a efetividade dessa renúncia fiscal é incompatível com o montante que deixou de ser arrecadado, conforme esta análise do TCU. Ou seja, além de não termos recebido esse montante todo, ele acabou não servindo para a finalidade para qual ele foi proposto e implementado. Então nós podemos imaginar como os estados e municípios podem estar, não recebendo 190 bilhões em 4 anos. Ressaltar que o efeito disso realmente é muito grande, por exemplo: também segundo estudo recente, apenas 4 municípios capitais no Brasil, apenas 4, tem arrecadação própria maior do que as transferências, ou seja, todo o conjunto dos demais municípios tem nas transferências a maior fonte das suas arrecadações. Só 4 tem arrecadação própria maior que as transferências. Então você pode imaginar o quê que isso provoca em termos de desequilíbrio fiscal nas finanças dos entes federativos. Esse mecanismo de transferência, ele precisa urgentemente ser revisto, porque o mecanismo de transferência saudável, de acordo com os princípios mais recomendados nos países federativos mais equilibrados, pressupõe que as transferências entre entes governamentais guarde pelo menos 3 características. A primeira delas a flexibilidade, ou seja, nós temos que ter mecanismos que possam se adequar conforme as mudanças assim o impuserem. O segundo, a previsibilidade e a regularidade, não pode haver flutuações e alterações, sobretudo, nos montantes a serem transferidos ao sabor dos momentos. Quer dizer, nós temos que ter o mínimo de previsibilidade, regularidade nessas transferências. E a terceira característica que é a preservação da autonomia do ente federativo. Então os nossos mecanismos de transferências não observam nenhuma dessas 3 características, nenhuma delas. A flexibilidade e as regras da FPE são as mesmas desde 1989. O país hoje é completamente diferente do que era em 1989, as regras são as mesmas. O Supremo determinou que o Congresso aprovasse uma nova lei, atualizando os critérios de distribuição do FPE, que não mais traduzem a realidade de 89. O Congresso depois de um bom tempo, o prazo que o Supremo deu foi de 3 anos, e já no apagar das luzes, com uma prorrogação que foi concedida de 6 meses, aprovou uma lei com algumas alterações nos critérios, mas cujos efeitos desses novos critérios, na melhor das hipóteses estarão integralmente implantados no horizonte de 300 anos. Ora, significa que a mudança foi feita para que tudo continue como está. Como é que pode você aprova um conjunto de critérios, cuja integral implantação vai levar no mínimo 300 anos. Então quer dizer, essa flexibilidade não existe. Segundo, a regularidade e a previsibilidade. Ora, como é que pode ao longo do ano, no decorrer da execução orçamentária, serem adotadas medidas e decisões que alteram os valores a serem repassados que já constaram do orçamento aprovado. 297 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Quer dizer, o ente caba tendo que conviver com uma quebra de orçamento, porque aquilo que estava inicialmente aprovado não vai ser realizado e ele só sabe disso no decorrer do próprio exercício. E a questão da autonomia, quer dizer, isso compromete de forma irreversível a autonomia que deve existir entre os entes em uma federação. Os efeitos disso. Vou citar aqui alguns números. Em 2008, foram aprovadas e creditadas aos estados, ao conjunto de todos os estados, um volume de operações de créditos no montante de 4 bilhões e 500 milhões. 6 anos agora, depois agora em 2014, foram repassados através de operações de créditos aos estados, 44 bilhões de reais. 10 vezes mais. E o montante de operações de crédito em análise, é muito superior a isso, o que significa um caminho de endividamento perigoso no conjunto dos estados que poderá nos levar a uma situação semelhante àquela que lá em 1997 e que levou à criação do Programa de Ajuste Fiscal. Em função desse crescimento exponencial do endividamento dos estados. No ano de 2014, somente 8 unidades das 27, tiveram resultado primário positivo. Significa que, 19 estados tiveram resultado primário negativo, alguns em montantes assim excepcionais de diferenças entre gastos e receitas. A situação do Estado do Pará, portanto, não obstante esse cenário de dificuldades, ainda é de equilíbrio à custa de uma diretriz implantada desde o início da gestão de 2011 e da busca incessante do equilíbrio fiscal sustentável. Principalmente via aumento das receitas próprias, isso especificamente em relação ao aperfeiçoamento dos instrumentos de geração de receita e um controle mais efetivo dos gastos e do endividamento. Por conta disso, o Estado teve em 2014 um crescimento na arrecadação do ICMS que é o principal tributo de 6.4 % reais, descontada a inflação e no período de 2011 a 2014, o Estado do Pará alcançou um crescimento real na arrecadação de ICMS de39% em termos reais. É o maior crescimento entre as 27 unidades nesse período. Foi importante também como suporte a melhoria dos instrumentos de geração de arrecadação própria, a criação da taxa de fiscalização mineral, que trouxe maior capacidade de geração de receita própria, e mais recentemente a taxa de fiscalização sobre recursos hídricos, cuja incidência começou o mês passado, e esse mês agora teremos o primeiro vencimento da arrecadação. Por conta desse esforço enorme nesse cenário completamente adverso, o Estado do Pará apresenta hoje o menor índice de endividamento na proporção da dívida consolidada líquida em relação à receita corrente líquida abaixo de 10%. Abaixo de 10%, é o menor índice de comprometimento das 27 unidades. 21 estados têm um comprometimento da sua receita líquida acima de 30% com a dívida. Alguns chegam a mais de 200%, nós temos estados que tem um comprometimento de mais de 200% da sua receita corrente líquida com a sua dívida. 298 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Isso para a gente ter realmente uma noção exata da importância que esses indicadores que aí foram demonstrados têm para sanear a manter o Estado do Pará em equilíbrio. E evidentemente que sempre é bom ressaltar porque o Estado precisa encontrar uma saída para esse fator, essa situação que lhe traz um prejuízo crescente a cada ano, que é o efeito e as consequências da desoneração do imposto referente às exportações. Aqui para ter uma ideia de números, o Estado do Pará deixou de arrecadar o montante de 2 bilhões e 700 milhões de reais de ICMS por conta da desoneração das exportações, 1 ano. Isso representa mais de 30% da arrecadação anual do ICMS. Para essa perda de 2 bilhões e 700, o Estado receberia uma compensação da bagatela de 240 milhões no ano. O que significa uma compensação abaixo de 10% das perdas, algo em torno de 8%. Pior, além de uma compensação irrisória nesse montante, 170 milhões referente aos 240 simplesmente não foi repassado até hoje, nós estamos em maio e os 170 milhões referente a 2014 não foram repassados a nenhum estado. Além dessa falta de repasse da compensação das exportações, deixaram de ser repassados, valores referentes ao REFIS Federal, e atrasos mensais, tanto nos royalties como no próprio Fundeb, como em outros fundos que ao longo do ano de 2014, talvez vocês tenham lido na imprensa ou ouvido falar em pedaladas. O Governo Federal deu pedalada que foi no sentido de engolir 1 mês dos 12, deixando para 2015 e alguns desses repasses, como é o caso do Fundo de Exportação, até hoje não foi repassado. Isso afeta tremendamente o princípio da previsibilidade, da regularidade e cada um que tem que se virar, para suprir o que eu me referia há pouco como uma quebra de orçamento. De uma receita que está aprovada e não vai ser realizada, e não foi realizada. Além disso, uma aprovação de leis federais, impondo responsabilidades gastos maiores aos estados e municípios, que não leva em consideração, primeiro, a capacidade deles em suportarem esses novos encargos, e segundo, as enormes desigualdades que existem entre os estados e entre os municípios. Quando você cria, por exemplo, um chamado piso nacional, a capacidade dos estados pagarem varia de um para outro. E o efeito é desigual, em termos de impacto e isso não está sendo levado em conta. Na semana passada, houve uma reunião na quarta-feira, o Presidente do Congresso, convidou todos os governadores para um debate no Congresso sobre questões federativas e sobre esse momento delicado que vivemos da federação brasileira. Estiveram os 27 governadores, e houve entre vários assuntos que foram discutidos, um que tem unanimidade entre todos, um pedido, um apelo dramático dos 27 governadores que o Congresso não 299 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ aprove novas responsabilidades e encargos sem indicar a fonte de onde virão esses recursos, vez que o desequilíbrio já tomou uma dimensão quase que irrecuperável em alguns estados. Então é nesse cenário de dificuldades, de crise que nós vivenciamos, que eu quero aqui ressaltar o esforço que tem sido feito pelo Estado, para preservar o seu equilíbrio, manter as finanças públicas em uma situação fiscal responsável e dentro dos parâmetros que a lei estabelece, mas não tem sido fácil. Até mesmo porque isso contrasta com o ambiente em que a sociedade de uma forma justa, reivindica a melhoria da qualidade dos serviços públicos, com pleitos e reivindicações que são justos, e que os estados precisam atender. Quero ressaltar aqui um fato de forma relevante, que foi o estado, através do esforço desenvolvido pela Secretaria da Fazenda, com o apoio de outros órgãos, ter conseguido implantar as novas normas de contabilidade aplicadas ao setor público, durante o ano de 2014, trazendo as demonstrações contábeis para o patamar moderno, com novos conceitos adequados a esse novo cenário que nós vivenciamos. Destacar o esforço realizado pela equipe da Secretaria da Fazenda da área do Tesouro, para conseguir isto. E também não foi fácil e para ter uma ideia, somente 13 unidades hoje, conseguiram implantar as novas normas de contabilidade aplicadas ao setor público. Nós temos ainda mais da metade das unidades que ainda estão em esforços para tentar implantar isto. E ressaltar e agradecer aqui ao Tribunal de Contas do Estado, ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas pela parceria, pela cooperação, pelo relacionamento construtivo que nós temos tido ao longo do tempo com esclarecimentos das questões com encaminhamento de orientações que tem permitido ao Estado atender a todas as regras e as normas que estão estabelecidas. Aliás, quanto à parceria eu quero aproveitar também para agradecer, assinamos aqui com o Tribunal de Contas, uma semana atrás um Termo de Cooperação, que traz para dentro do Programa Nota Fiscal Cidadã, o Tribunal de Contas como parte integrante e responsável pela lisura, pela qualidade do programa e, sobretudo, pela garantia dos resultados que o programa pretende em termos da melhoria da educação fiscal da sociedade paraense. Então agradeço também ao Tribunal de Contas por esta parceria. E pela oportunidade de participarmos e podermos aqui dizer algumas palavras e algumas observações sobre esse contexto extremamente difícil que os estados e os entes de modo geral, os municípios também tem enfrentado, que certamente também vem sendo percebido pelos órgãos de contas que também tem um importante papel no apontamento destas distorções que tantos efeitos maléficos produzem em uma federação como a nossa, tão grande, difícil, complexa, com tantas carências e com tantos desafios a serem enfrentados, muito obrigado Senhor Presidente, um bom dia. 300 Belém, 25 de maio de 2015. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ RARECER PRÉVIO PARECER PRÉVIO Ante o exposto no Relatório Técnico e na manifestação do Ministério Público de Contas, e por tudo mais que dos autos consta, e; CONSIDERANDO a competência constitucional do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO, de acordo com o disposto art. 116, inciso I, da Constituição Estadual e que as Contas do Poder Executivo atinente ao exercício financeiro de 2014, foram prestadas pelo Governador do Estado à Assembleia Legislativa no prazo previsto no art. 135, inciso XIX, da Constituição Estadual; CONSIDERANDO que o Relatório que acompanha este Parecer Prévio, cumpriu os termos do art. 100 do Regimento Interno deste Tribunal e que o Balanço Geral do Estado está escriturado conforme preceitos de contabilidade pública e expressa os resultados da gestão orçamentária, financeira e patrimonial do Poder Executivo; CONSIDERANDO que a análise técnica efetuada sobre as Contas concernentes a 2014 prestadas pelo Governador do Estado, bem como a emissão deste Parecer Prévio, não interferem nem condicionam o posterior julgamento, por este Tribunal, das contas dos administradores e demais jurisdicionados da Administração Pública Estadual, conforme dispõe o art. 116, inciso II, da Constituição Estadual; Apresento meu VOTO nos seguintes termos: 1. Pela EMISSÃO DE PARECER PRÉVIO FAVORÁVEL, visto que o Balanço Geral do Estado representa adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial em 31 de dezembro de 2014, bem como o resultado das operações estão de acordo com os princípios de contabilidade aplicados ao setor público, razão pela qual as Contas do Poder Executivo referentes ao exercício financeiro de 2014, de responsabilidade do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Pará, SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE, estão aptas de serem aprovadas, pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará; 2. Pela fixação do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação deste Parecer no Diário Oficial do Estado, para que o Poder Executivo encaminhe informações acerca das providências adotadas em relação às recomendações constantes do Relatório Técnico, subsidiando a plena fiscalização deste Tribunal de Contas mediante monitoramento; 303 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 3. Pela remessa dos presentes autos e do Parecer Prévio desta Corte de Contas, à Assembleia Legislativa do Estado do Pará até o dia 29 de maio de 2015, cumprindo o prazo constitucional. É o voto. Conselheiro CIPRIANO SABINO DE OLIVEIRA JUNIOR Relator 304 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO Nº. 18.711 (Processo nº. 2015/50276-7) O Plenário do Tribunal de Contas do Estado do Pará, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais, Considerando o disposto no art. 116, inciso I, da Constituição do Estado, combinado com o art. 30 da Lei Complementar n. 081, de 26 de abril de 2012 (Lei Orgânica do TCE-PA) e com as normas constantes da Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal); Considerando o disposto no art. 102 do Regimento do Tribunal de Contas do Estado do Pará; Considerando o que consta do Processo 2015/50276-7; Considerando os votos dos Excelentíssimos Senhores Conselheiros (Anexo II); RESOLVE, por unanimidade, aprovar o Parecer Prévio (Anexo I), apresentado pelo Excelentíssimo Senhor Conselheiro Cipriano Sabino de Oliveira Junior, o qual, conclusivamente, assim dispõe: 1. Pela EMISSÃO DE PARECER PRÉVIO FAVORÁVEL, visto que o Balanço Geral do Estado representa adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial em 31 de dezembro de 2014, bem como o resultado das operações estão de acordo com os princípios de contabilidade aplicados ao setor público, razão pela qual as Contas do Poder Executivo referentes ao exercício financeiro de 2014, de responsabilidade do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Pará, SIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE, estão aptas de serem aprovadas, pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará; 2. Pela fixação do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicação deste Parecer no Diário Oficial do Estado, para que o Poder Executivo encaminhe informações acerca das providências adotadas em relação às recomendações constantes do Relatório Técnico, subsidiando a plena fiscalização deste Tribunal de Contas mediante monitoramento; 307 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ Relatório de Análise das Contas de Governo do Estado do Pará TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ 3. Pela remessa dos presentes autos e do Parecer Prévio desta Corte de Contas, à Assembleia Legislativa do Estado do Pará até o dia 29 de maio de 2015, cumprindo o prazo constitucional. Plenário “Conselheiro Emílio Martins”, em Sessão Extraordinária de 25 de maio de 2015. LUIS DA CUNHA TEIXEIRA CIPRIANO SABINO DE OLIVEIRA JUNIOR Presidente Relator NELSON LUIZ TEIXEIRA CHAVES MARIA DE LOURDES LIMA DE OLIVEIRA ODILON INÁCIO TEIXEIRA Presente à sessão o Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Dr. ANTÔNIO MARIA FILGUEIRAS CAVALCANTE. 308 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ