NUVENS
Uma nuvem é o resultado da aglomeração de um
grande número de gotículas d’água, cristais de gelo ou a
mistura de ambos. Em geral, as nuvens são sustentadas por
correntes ascendentes na atmosfera e, apesar de parecerem
flutuar, os elementos que as compõem caem lentamente em
relação ao ar circundante.
O diâmetro das gotículas que constituem as
nuvens é muito pequeno, variando de 5 a 15, com um
valor médio de 10. A união de várias destas gotículas
origina um número menor de gotas maiores que se
precipitam em relação ao solo, quando vencem pelo
próprio peso, as correntes ascendentes. De acordo com
o diâmetro, essas gotas recebem o nome de chuvisco ou
chuva.
A formação de uma nuvem se dá quando uma
parte do vapor d’água contido na atmosfera passa para a
fase líquida ou sólida. Para que tal transformação se
realize é preciso que existam determinadas condições
como:
a) Número suficiente de núcleos de condensação ou
aerossóis (partículas em suspensão na atmosfera, núcleos
higroscópicos), ao redor dos quais se fixará o vapor por
condensação ou sublimação;
b) O ar deve estar saturado ou próximo à saturação. A
condensação contínua, exige algum meio de suprimento
contínuo de vapor d’água, a fim de manter a saturação.
A maioria das nuvens se forma devido aos movimentos
verticais.
Vapor  líquido (condensação, evaporação)
Líquido  sólido (congelamento, fusão)
Vapor  sólido (sublimação)
As trocas de fase da água têm um papel primordial na
microfísica da nuvem. As trocas acima, da esquerda para a
direita são de primordial importância meteorológica.
Na atmosfera existem muitos tipos de núcleos de
condensação; alguns deles se umidecem a umidades
inferiores a 100% e são responsáveis pelo aparecimento de
névoas. Os núcleos relativamente grandes podem crescer
até o tamanho de gotículas. Uma característica importante
da atmosfera é a de conter núcleos de condensação
suficientes para a formação de nuvens quando a UR alcança
100%.
Para que haja a formação de gelo na nuvem é
preciso que existam núcleos de congelamento (gelo) e a
temperatura seja inferior a 0C. Nas nuvens pode existir
água a temperaturas abaixo de zero grau (água
subresfriada). Para o congelamento da água pura é preciso
que a temperatura seja inferior a -40C. O número de
núcleos de congelamento é bem menor que o número de
núcleos de condensação.
Para facilitar o estudo da distribuição dos gêneros
de nuvens com a altitude dividimos a atmosfera em 3
camadas, cujos limites são apenas convencionais e variam
do pólo para o Equador.
O limite inferior da camada baixa é a superfície da
Terra, lembrando, porém, que não são classificados como
nuvens os conjuntos de partículas de natureza hídrica
quando justapostos à superfície. Por convenção, a parte da
atmosfera na qual estão presentes as nuvens foi dividida
em 3 estágios ou camadas: Baixa, Média e Alta.
CAMADAS
Regiões polares
Regiões temperadas
Regiões tropicais
Alta
De 3 a 8 km
De 5 a 13 km
De 6 a 18 km
Média
De 2 a 4 km
De 2 a 7 km
De 2 a 8 km
Baixa
Da superfície até
2 km
Da superfície até
2 km
Da superfície até
2 km
Cada estágio está definido pelo conjunto dos níveis em que
as nuvens se apresentam mais freqüentemente, tendo-se, portanto:
Nuvens altas (camada superior)
Cirrus (Ci)
Cirrostratus (Cs)
Cirrocumulus (Cc)
Nuvens médias (camada média)
Altocumulus (Ac)
Altostratus (As)
Nimbostratus (Ns)
Nuvens baixas (camada inferior)
Stratus (St)
Stratocumulus (Sc)
Além dessas, existem as nuvens de grande desenvolvimento
vertical que possuem suas bases na camada inferior, mas penetram
na camada média e alta com freqüência. Cumulus (Cu),
Cumulonimbus (Cb).
Denominamos NEBULOSIDADE total a fração da abóbada
celeste encoberta por todas as nuvens presentes no céu na hora da
observação, a um mesmo nível.
A nebulosidade é expressa em oitavos de céu encoberto e, para
isso, o observador dividi a abóbada celeste em oito partes iguais.
Podemos observar também, a nebulosidade parcial restrita
apenas a um gênero ou grupo de gêneros. Neste caso, as partes do céu
coberto por outras nuvens são consideradas como se não existissem.
De acordo com dados de satélite (Winston, 1969) a
nebulosidade média da Terra é de 45%, portanto, 45% da radiação
solar incidem sobre nuvens.
VISIBILIDADE
É a distância máxima a qual são visíveis os objetos,
e pela claridade com que se percebem seus detalhes.
Desenvolvimento de Nuvens
Os movimentos verticais mais importantes
que ocorrem na atmosfera são:
convecção, ascensão turbulenta, ascensão
orográfica e ascensão lenta sobre vasta área.
CONVECÇÃO
Fase cúmulo do desenvolvimento de uma nuvem
Fase madura do desenvolvimento de uma nuvem
Fase dissipação do desenvolvimento de uma nuvem
Material particulado





É o material em suspensão na atmosfera;
Também conhecido como aerosol;
Existe como líquido ou sólido na atmosfera;
Tem dimensões microscópicas ou submicroscópicas,
porém, maiores que as dimensões moleculares.
Podem ser:
 finos, com um diâmetro menor que 2,5µ;
 Grossos, com um diâmetro maior que 2,5µ;
 Encontram-se presentes, principalmente, próximo à
superfície.
Material particulado

Sua quantidade depende de circunstâncias locais;

Alguns são núcleos higroscópicos, ou seja,
possuem afinidade com moléculas de água,
sendo importantes para a formação de nuvens e
precipitação;

Pode ser de origem natural, antrópica, primária ou
secundária.
Fontes naturais
Erupções vulcânicas
 Erosão
do solo pelo vento
 Incêndios
 Cristais
florestais
de sal da água do mar
 Poeira
cósmica
Fontes naturais
Fontes naturais
Vulcões
Gases
Dióxido de Enxôfre (SO2)
Ações biológicas em
pântanos
Ácido sulfídrico (H2S)
Incêndios florestais
Monóxido de carbono (CO)
Decomposição biológica
Amônia (NH3)
Processos biológicos
Hidrocarbonetos (CH4)
Vulcões
Tempestade de areia
Fontes antrópicas
Indústrias
Queimadas
Transporte
Geração
de energia (carvão mineral,
petróleo)
Atividades agrícolas
Emissão automotiva
Emissões industriais
Geração de energia
Queimadas
Importância do material particulado

Absorção e reflexão de radiação solar;

Cor do céu;

Formação de névoas, nevoeiros e nuvens;

Precipitação (núcleos de condensação).
Absorção e reflexão da radiação solar

O material particulado atua como obstáculo à
radiação solar;
 A radiação solar, antes propagada em uma única
direção, passa a se dispersar;
 Essa dispersão de energia é denominada
espalhamento (e = λ-4);
 A natureza do espalhamento depende do
tamanho das partículas e do comprimento da
onda incidente.
TIPOS DE NEVOEIROS
•Nevoeiro de radiação
• Nevoeiro de advecção
•Nevoeiro de evaporação
•Nevoeiro de precipitação
Nevoeiros Frontais
NEVOEIRO
PRECIPITAÇÃO
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