Amazônia Legal e infância Área de Abrangência 9 750 Municípios distribuídos em 09 Unidades Federativas: Amazonas (62), Amapá (16), Acre (22), Roraima (15), Rondônia (52), Pará (143), Tocantins (139), Maranhão (160) e Mato Grosso (141). 9 Área: 5.033.072 km2, o que representa 61% do território brasileiro. População 9 Total: 24,5 milhões de habitantes1 correspondendo a 12% do contingente populacional brasileiro, dos quais 73% residiam em 2004 em áreas urbanas e 21% eram imigrantes. 9 Alta proporção de crianças, sendo 43% da população da região (incluindo o estado inteiro de Maranhão) é de 0-18 anos e no Amapá atinge 46%.2 9 Densidade populacional: em cada quilômetro quadrado da região tem-se, em média, 3,3 habitantes enquanto que no restante do país essa proporção é de 21,4 habitantes por km2. População dos estados da Amazônia Estado Total Pop. Pop. 0-18 % Pop. 0-18 Maranhão 4.767.255 1.869.516 39,2 Tocantins 1.358.889 506.008 37,2 7.249.184 2.848.872 39,3 636.652 281.641 44,2 3.389.081 1.400.589 41,3 415.281 174.949 42,1 703.447 297.204 42,2 Rondônia 1.590.027 583.220 36,7 Mato Grosso 2.910.255 989.151 34,0 23.020.071 8.951.150 38,9 Pará Amapá Amazonas Roraima Acre Total Fonte: Estimativas da População metodologia AiBi: Datasus: 2007 Diversidade 9 A região é a segunda do país em registros de remanescentes de quilombos3, bem como é onde se concentra a maior parte da população indígena, representando 49% do total. É também onde se encontra o maior percentual de projetos de assentamentos da reforma agrária. PIB 9 Em 2004, o PIB da região foi de R$ 137,9 bilhões (US$ 64,7 bilhões), o que representa apenas 8% do PIB nacional. 9 Em 2000, a região apresentava médio desenvolvimento humano, com um IDH igual a 0,705. 1 2 3 Estimativa Datasus, 2007 Fonte: Estimativas da População: Datasus: 2007 Dados retirados da publicação “Território das comunidades remanescentes de antigos quilombos no Brasil" 1 Pobreza absoluta 9 Na Região Norte 61,1% das crianças vive em famílias com renda familiar mensal per-capita de até 1/2 Salário-mínimo, a taxa chega a 65,5% no Acre.4 9 35% da população da Amazônia viviam, em 2005, em domicílios onde havia insegurança alimentar media ou grave. A situação era mais grave em Roraima (52%) e no Maranhão (50%).5 Gravidez na adolescência 9 Enquanto no Brasil a taxa de bebês nascidos de mães menores de 15 anos de idade é 8,8 por mil nascidos vivos na Região Norte a taxa é de 14,7. 6 9 Na Amazônia, 13% das mulheres entre 15 e 17 anos já possuem filhos. No Brasil, em média, 8% das mulheres nessa idade são mães. O Acre é o Estado brasileiro com a maior proporção de adolescentes mães do Brasil (17%).7 HIV/ aids 9 Em 1990 a taxa da incidência de AIDS era 1,2 por 100 mil habitantes, tendo subido dez vezes, chegando 12,4 por 100 mil habitantes em 2004.8 9 Naquele ano, Rondônia apresentava a menor taxa da doença (6,7). Dados de morbidade (MS 2006h) indicam que em 2003 foram registrados 3,5 óbitos por Aids para cada 100 mil habitantes na Amazônia. Malária 9 A Amazônia responde pela quase totalidade dos casos registrados de malária no país. Os Estados que mais registram casos da doença são Amazonas, Rondônia e Pará. O número de casos da doença na região caiu de 546 mil, em 1990, para 459 mil em 2004. 9 No entanto, ao considerar as tendências de queda anteriores a 2004, nota-se um aumento da doença na Amazônia. 9 Entre 1990 e 2002, o número de casos de malária havia caído 36% e a taxa da doença, 49%. Já entre 2002 e 2004, o número de casos aumentou 32% e a taxa de incidência subiu 19% na região. 9 Em 2004, Rondônia apresentou a maior taxa de incidência da doença (7 mil casos para cada 100 mil habitantes). Os Estados com as menores taxas de incidência de malária foram Tocantins (67), Mato Grosso (236) e Maranhão (239). 9 Dados de morbidade (MS 2006h) indicam que em 2004 foram registrados, em média, 10,4 óbitos por malária para cada 100 mil habitantes na Amazônia. Rondônia, Amazonas e Pará apresentaram mais de 20 óbitos para cada 100 mil habitantes. Registro civil MT AC RJ MS RS SP DF PR SC -0,1 PE -0,6 GO 0,4 PB 0,4 ES 2,6 TO 9,0 MG 7,4 RN 11,1 PA 11,4 MA 12,0 AP 12,6 AL 13,9 PI 13,8 RR 13,9 RO 17,7 19,2 CE Brasil: 12,7 16,3 20,7 SE 19,5 AM 21,9 24,5 BA 22,4 25,2 31,6 29,1 33,7 42,8 Ranking dos estados segundo o sub-registro de nascimento, 2006 (%) Fonte: IBGE/Estatísticas do Registro Civil 2006 4 Fonte UNICEF, Situação Mundial da Infância (SOWC 2008) Fonte: IMAZON, A Amazônia e os Objetivos do Milênio Fonte: UNICEF, Situação Mundial da Infância (SOWC 2008) 7 Fonte: IMAZON, A Amazônia e os Objetivos do Milênio 8 Fonte: IMAZON, A Amazônia e os Objetivos do Milênio 5 6 2 Analfabetismo 9 A taxa de analfabetismo entre maiores de 15 anos no Brasil em 2005 era de 10%, enquanto na Região Norte a mesma taxa chegava a 10,3 %. 9 Na Região Norte as taxas mais altas eram no Acre onde 19%.9 9 O analfabetismo (população ≥ 15 anos de idade) na Amazônia caiu de 20%, em 1990, para 13% em 2005. No Brasil, a queda foi de 8% no mesmo período, atingindo 11% em 2005. 9 Entre 1990 e 2005, Roraima apresentou aumento na taxa de analfabetismo por causa da inclusão das populações indígenas nos últimos censos do IBGE. 9 No Acre e Pará não houve redução do analfabetismo. Nos demais Estados, o analfabetismo foi reduzido, com destaque para o Maranhão, onde a queda foi de 16%. 9 Em 2004, a população rural da Amazônia apresentava taxa de analfabetismo de 22% contra 10% da população urbana. Maranhão e Acre tinham mais de 30% da população rural analfabeta. 9 Na Amazônia, o número médio de anos de estudo da população (≥25 anos de idade) passou de 4,1 anos, em 1990, para 5,9 anos em 2005. No Brasil, subiu de 4,8 para 6,5 anos de estudo. 9 Em todos os Estados da Amazônia registrou-se aumento no número médio de anos de estudo. Em 2005, o Amapá tinha a melhor situação (7,4 anos de estudo), enquanto o Maranhão apresentava a pior, com apenas 4,5 anos. 9 Houve aumento na proporção de crianças entre 7 e 14 anos que freqüentam o ensino fundamental nas áreas urbanas da Amazônia. Em 1990, 85% estavam na escola, enquanto em 2005 essa porcentagem atingiu 96%. No Brasil, passou de 84% para 97% nesse período. 9 Houve melhora relevante no caso de adolescentes (15 a 17 anos) que freqüentam o ensino médio nas áreas urbanas da Amazônia, passando de 62% (1990) para 80% (2005). No Brasil, a evolução foi similar, subindo de 56% para 82% no mesmo período. 9 Em 1990 apenas 62% de adolescentes de 15 a 17 anos freqüentaram o Ensino Médio enquanto em 2005 tinha aumentado até 80%.10 Trabalho infantil: 9 Em 2004, 420 mil crianças entre 10 e 14 anos trabalhavam na região amazônica. 11 Mortalidade infantil 19,3 SC SP RS 13,9 19,5 DF 16,0 PR MS 17,3 ES 16,6 RR 18,5 RJ GO 20,0 RO MG MT 19,6 AP 20,2 PA 21,1 26,8 25,2 28,1 TO AM 21,0 PI 24,6 Brasil: 24,9 CE 29,3 BA AC 31,7 SE 24,4 RN 30,8 PB 35,0 AL MA 34,5 PE 36,1 39,8 39,4 40,7 51,9 Ranking dos estados segundo a Taxa de mortalidade infantil, 2006 Fonte: IBGE/DPE/COPIS, 2006 9 PNAD Fonte: IMAZON, A Amazônia e os Objetivos do Milênio Fonte: IMAZON, O Avanço da Fronteira na Amazônia 10 11 3 Pré-Natal 73,4 65,0 63,3 63,1 61,8 61,1 57,7 56,8 54,3 Brasil: 53,4 56,5 73,3 Ranking dos estados segundo a proporção de gestantes com mais de 6 consultas de pré-natal, 2005 46,5 43,9 43,6 42,4 39,2 38,1 37,9 37,5 35,1 31,8 31,1 29,4 26,9 26,6 23,1 23,1 MA AP AM PA AC BA RO PI CE RN TO PE PB RR AL SE DF MT MG ES GO MS SC RJ RS PR SP Fonte: MS/SVS/DASIS/SINASC Mapa da atenção pré-natal no Brasil 4 Óbitos Maternos 26,4 SC MG PB 32,1 35,4 SP 33,1 46,0 DF GO 36,0 PE AC 45,8 SE 41,4 RR 50,8 RO AM AL 51,6 ES 52,8 RN 53,1 53,4 RS 53,4 PA 55,7 RJ Brasil: 53,4 53,5 AP 59,1 66,1 71,0 TO BA MS PR 63,2 MA MT CE 63,4 PI 70,0 82,1 72,1 85,9 98,5 91,4 Ranking dos estados segundo a Taxa de mortalidade materna, 2005 Fonte: MS/SVS/DASIS-SIM Saneamento 9 A porcentagem da população que vive em domicílios com abastecimento adequado de água aumentou de 48%, em 1990, para 68% em 2005. No Brasil, em 2005, 88% da população em média tinha acesso a esse serviço: 78% com acesso a rede geral e 10% com acesso a outras fontes (poços, nascentes etc.) 9 Entre os Estados da Amazônia, o Acre (50%) e o Maranhão (52%) apresentaram os piores índices de abastecimento de água. Por outro lado, o Amapá apresentou o melhor resultado (91%). 9 A porcentagem da população que vive em domicílios com instalações adequadas de esgoto na Amazônia aumentou de 33%, em 1990, para 48% 9 A pior cobertura de esgoto na região era a de Tocantins (22%), enquanto a melhor situação era a de Roraima (74%). No Brasil, por sua vez, 67% da população brasileira tinha acesso a esse serviço em 2005. As regiões brasileiras com pior cobertura de esgotos eram o Nordeste (44%) e o Centro-Oeste (44%). No entanto, embora a cobertura de sistemas de esgoto tenha aumentado, segundo o Ipea (2004), somente um terço do esgoto coletado no Brasil recebe tratamento. 9 Somente na Amazônia, 11,7 milhões de pessoas vivem em residências sem coleta de esgoto. 9 Apenas 0,8% das despesas orçamentárias dos Estados da Amazônia foram destinados a saneamento em 2005 (MF 2006). 5