Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 PREGÃO ELETRÔNICO N. 2013/187 ANEXO 1 TERMO DE REFERÊNCIA – MATA SANTA GENEBRA 1- OBJETO 1.1- Restauração Florestal da Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra – ARIE MSG, conforme o “PROJETO DE RESTAURAÇÃO DE 27,9810 HECTARES DA “ÁREA QUEIMADA” DA MATA SANTA GENEBRA”, em cumprimento aos Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental nº: 044/07, 050/07, 370/03, 181/03, 312/01, 002/05, 030/03, 035/07, 110/01, 178/06, 063/07, 4173/08, 4170/08, 85185/08, 85168/08, 071/07, 84646/08, 080/07, 44003/08, 84648/08, 84641/08, 49267/10, 55251/10, 072/07, 1393/07, 464/07, 051/06 e 56064/08 firmados junto a CETESB. 2- LOCAL DO SERVIÇO 2.1- Área de Relevante Interesse Ecológico Mata Santa Genebra – ARIE MSG, sito a Rua Mata Atlântica, 447 – Bosque de Barão – Campinas – SP. 3- QUANTITATIVOS 3.1- Deverão ser restaurados 27,9810 ha, através do plantio de espécies arbóreas nativas da região, conforme o cronograma descrito neste termo de referência. 3.2- As metodologias que poderão ser utilizadas pela CONTRATADA para a restauração estão descritas no item 4.2 do projeto (Anexo 5). Ressalta-se que a decisão final quanto à metodologia a ser adotada em cada área ficará a encargo do responsável da SANASA e da equipe técnica da Fundação José Pedro de Oliveira (responsável pela ARIE- MSG), em visita a área após a realização da limpeza da mesma pela CONTRATADA, em cada ano de restauração. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 LOTE 1 ITEM CÓDIGO 01 98631-5 02 98632-3 MESES DESCRIÇÃO HECTARES QUANTIDADE - 27,9810 27,9810 24 27,9810/mês 671,544 MANUTENÇÃO Serviço de restauração florestal - plantio Serviço de restauração florestal - manutenção 4- OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA 4.1- DAS OBRIGAÇÕES 4.1- A CONTRATADA deverá fornecer mão-de-obra, maquinário, mudas de árvores nativas regionais adquiridas de viveiros registrados no RENASEM e insumos próprios para todas as ações de implantação e manutenção do projeto de restauração da ARIE MSG. 4.2- São de responsabilidade da CONTRATADA o transporte e armazenamento das mudas e insumos, bem como a reposição de suas eventuais perdas. No caso de perdas de mudas causadas por incêndio, vandalismo e crime ambiental a SANASA será responsável pela aquisição das mudas de reposição, para que a empresa CONTRATADA faça o replantio durante o cronograma de manutenção da área restaurada, sem quaisquer ônus adicionais para a SANASA. No caso de outras perdas, inclusive nos casos de perdas naturais, por erros no manejo da área reflorestada, e/ou danos no transporte das mesmas, a CONTRATADA será responsável pela aquisição das mudas de reposição. 4.3- Os colaboradores deverão receber da CONTRATADA e utilizar nas atividades de restauração, equipamentos de proteção individual, tais como: calçado de segurança, perneira, óculos de proteção, protetor auricular, luvas de ráfia, luvas de borracha, protetor solar etc. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 4.4- A CONTRATADA deverá disponibilizar banheiros químicos, separados por sexo, lavatório e área de descanso e alimentação para os colaboradores. 4.5- A CONTRATADA deverá fornecer transporte, alimentação e água potável gelada para os colaboradores. 5- LEGISLAÇÃO 5.1- A empresa CONTRATADA deverá atender o previsto na Norma SAN.A.IN.NA 07 (Gestão de Contratos de Fornecimento de Materiais) e a NR31, mesmo no caso de mão-de-obra terceirizada. 5.2- Para a metodologia de restauração deverão ser observadas as Resoluções SMA nº 08/2008, 47/2003 e 21/2001, Resolução CONAMA nº 429/2011 e Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente nº 5/2009. 6- DESCRIÇÃO DAS AÇÕES OPERACIONAIS DE RESTAURAÇÃO - A CONTRATADA deverá realizar as seguintes ações operacionais de restauração: 6.1- Reconhecimento da área 6.1.1- O reconhecimento da área envolverá a análise da área de trabalho por parte da CONTRATADA que irá executar o plantio, junto à equipe técnica da FJPO (Fundação José Pedro de Oliveira) e do responsável da SANASA, para a escolha da metodologia de restauração a ser adotada, descrição das atividades a serem desenvolvidas no processo de restauração florestal. 6.1.2- O reconhecimento da área deverá ser feito antes e após a realização da limpeza da mesma (que deverá ser executada pela empresa CONTRATADA), em cada ano de restauração. 6.1.3- Nesta etapa o Responsável Técnico da CONTRATADA pela execução do projeto e seu Encarregado deverão estar presentes. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 6.2- Limpeza da área 6.2.1- A limpeza da área consiste na retirada de todo lixo e entulho da área a restaurar, e no controle inicial do mato competição, através dos seguintes métodos: Controle de gramíneas exóticas agressivas e outras plantas daninhas herbáceas: esta atividade consiste basicamente na roçada, utilizando roçadeira ou outros equipamentos manuais, que deve ser iniciada preferencialmente 15 dias antes do plantio; Controle de lianas: o corte das lianas será realizado rente ao solo e a 2 metros de altura, sendo que elas deverão ser mantidas na copa das árvores, a fim de se evitar a quebra de galhos ou até mesmo a queda de árvore; Controle de espécies arbustivo-arbóreas exóticas: consiste em realizar o corte de todas as espécies exóticas invasoras, tais como: Pinus spp, Tecoma stans, Eucalyptus spp, Leucena leucocephala, Cordia abissynica, Melia azedarach, Muntigia calabura, Psidium guajava e outras espécies constantes na Base de Dados do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, com utilização de motosserra ou outras ferramentas adequadas para o porte das árvores. Manejo de bambu: deverá ser cortada a touceira de bambu e raleada a sua volta, para minimizar a sua propagação. O material resultante do corte dos bambus poderá ser utilizado na área como estacas. 6.2.2- Os resíduos de madeira, bambu e outros serão de responsabilidade da empresa CONTRATADA, que deverá dar destinação ambientalmente adequada. 6.2.3- É proibido o uso de herbicidas nos trabalhos de recuperação realizados no interior e no entorno da área. 6.2.4- A biomassa proveniente da roçada e do corte dos bambus e lianas poderá ser enleirada na entrelinha de plantio, exceto no perímetro da área restaurada, que deverá ser mantido limpo a fim de evitar o risco de incêndios. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 6.2.5- Poderão ser utilizados os seguintes equipamentos na execução do projeto: perfurador manual para abertura de covas, roçadeira costal, motosserra, roçadeira mecanizada para o aceiro dos carreadores e triturador de galhos. 6.2.6- Nos trechos sem regeneração natural significativa, a operação de limpeza inicial poderá ser feita com o uso de trator mecanizado para roçada e gradagem das áreas. 6.3- Revolvimento do solo 6.3.1- Nas linhas de plantio (com um metro de largura) deverá ser feito o revolvimento do solo, a uma profundidade de 10 cm, a fim de estimular o banco de sementes local. O revolvimento deverá ser feito através de enxadas, enxadão ou maquinário apropriado. 6.4- Controle inicial de formigas cortadeiras 6.4.1- Como não será permitida a utilização de formicidas no interior da área, o método de controle deverá ser feito através de barreiras físicas que evitem o contato das formigas com as mudas, como por exemplo, aplicação de géis ou outros materiais repelentes, tiras plásticas cobertas com vaselina ou graxa, cones invertidos de plástico firme e liso, ou géis adesivos. 6.5- Plantio e adubação de plantio 6.5.1 - Deverão ser utilizadas somente mudas de tubetes, com altura mínima de 15 cm de altura, de espécies nativas da região - no mínimo 80 espécies, conforme a lista de espécies constantes nos Anexos I e II do Projeto. As mudas deverão ser procedentes de viveiros registrados no Registro Nacional de Sementes e Mudas (RENASEM) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e deverão ser acompanhadas de nota fiscal e Termo de Conformidade. 6.5.2- A nota fiscal das mudas e o Termo de Conformidade deverão ser apresentados à equipe técnica da FJPO e ao responsável da SANASA antes do plantio/replantio das mudas. A critério da equipe técnica da FJPO e do Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 responsável da SANASA a CONTRATADA deverá providenciar a substituição das mudas que estiverem em desconformidade com os itens previstos no item 4.1 do projeto (Anexo 5). 6.5.3- A calagem e adubação de plantio deverão ser feitas com base nos resultados obtidos na análise de solo, a ser realizada sob a responsabilidade da empresa CONTRATADA. 6.5.4- No fundo de cada cova de plantio (que deverá ter as dimensões de: 40 x 40 x 40 cm, e poderá ser aberta mecanicamente) deverá ser feita a aplicação de hidrogel, hidratado na dose de 500 ml da solução por cova. 6.5.5- Após a retirada total do recipiente, a muda deve ser colocada no centro da cova, mantendo-se o torrão um pouco abaixo do solo (1 cm), o qual deve ser levemente compactado para evitar a formação de bolsão de ar próximo ao torrão da muda. 6.5.6- As mudas serão plantadas de acordo com a metodologia a ser adotada para cada área. Devendo, no entanto, manter o espaçamento de dois metros entre plantas e três metros entre linhas sempre que possível. 6.5.7- As linhas de plantio deverão ser inteiramente capinadas, resultando em corredores de 1 metro de largura. 6.6- Irrigação 6.6.1- A CONTRATADA é responsável pela execução das irrigações, a serem feitas conforme a necessidade das mudas, após quatro dias sem chuvas nos primeiros meses. As irrigações deverão ser feitas através de caminhão pipa ou trator com tanque. 6.6.2- Caso haja necessidade de captação de água em curso d’água ou em poço, a CONTRATADA será responsável por todo processo de licenciamento e outorga junto aos órgãos ambientais responsáveis. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 7- DESCRIÇÃO DAS AÇÕES DE MANUTENÇÃO DAS ÁREAS RESTAURADAS 7.1- A manutenção das áreas plantadas deverá ocorrer ao longo de toda a execução do projeto, de forma que essas áreas deverão permanecer recebendo manutenção mesmo quando as atividades de plantio estejam se concentrando em outras áreas. Assim, a CONTRATADA deverá realizar as seguintes ações de manutenção das áreas restauradas: 7.1.1- Carpa manual e roçada mecanizada 7.1.2- As linhas de plantio deverão ser inteiramente capinadas, resultando em corredores de 1 (um) metro de largura. Os indivíduos regenerantes localizados fora das linhas de plantio deverão ser coroados, fazendo-se a capina num raio mínimo de 30 cm a partir do indivíduo. 7.1.3- Nas entrelinhas de plantio deverá ser feita a roçada mecanizada, através de roçadeiras costais. A massa vegetal resultante da carpa da linha de plantio poderá ser acumulada nas entrelinhas. 7.1.4- As lianas, os bambus e os espécimes exóticas invasoras de porte arbóreo/arbustivos deverão ser controlados conforme descrito no item 6.2 deste Termo de Referência. 7.1.5- Periodicidade: mensalmente. 7.2 – Replantio 7.2.1- Em caso de mortalidade superior a 5% (cinco por cento) deverá ser realizado o replantio, que consiste em repor as mudas que morreram. 7.2.2- Deverá ser utilizado hidrogel no fundo das covas, na dose 0,5 L de hidrogel hidratado por muda, e as irrigações deverão ser feitas conforme a necessidade. 7.2.3- Periodicidade: mensalmente nos meses de novembro a março. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 7.3- Adubação de cobertura 7.3.1- O número de adubações de cobertura será definido conforme a necessidade de área, sendo que a primeira deverá ser feita aos 30 (trinta) dias após o plantio e as próximas com intervalos de dois meses, com base na análise de solo, em semi-coroa, durante a estação das chuvas, ou na dose a ser proposta pela CONTRATADA, mediante aprovação prévia e por escrito pelo responsável da SANASA. 7.3.2- Periodicidade: bimestralmente no período entre novembro a março. 7.4- Controle de formigas cortadeiras e pragas 7.4.1- Como não será permitida a utilização de formicidas no interior da área, o método de controle deverá ser feito através de barreiras físicas que evitem o contato das formigas com as mudas, como por exemplo, aplicação de géis ou outros materiais repelentes, tiras plásticas cobertas com vaselina ou graxa, cones invertidos de plástico firme e liso, ou géis adesivos. 7.4.2- Periodicidade: mensalmente, ou em periodicidade superior, conforme a necessidade. 7.5- Aceiros 7.5.1- A empresa responsável pela execução do plantio deverá se responsabilizar pela limpeza e manutenção de todo o aceiro no perímetro da área restaurada (9km), a fim de minimizar a ocorrência de incêndios na vegetação (objetivando causar a descontinuidade da condução do fogo pela falta de combustível). 7.5.2- A limpeza e a manutenção de todo o aceiro deverão ser realizadas com uma periodicidade bimestral, visando à supressão da vegetação regenerante na faixa do aceiro através de ações de roçada e capina que poderá envolver a utilização de: moto niveladora, com lâmina direcional ou retroescavadeira com tração nas 4 rodas; rolo compactador; roçadeira costal ou trator com roçadeira; plaina ou enxada. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 8- CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO E PRAZO PARA O INÍCIO DO PLANTIO 8.1- A implantação do projeto de restauração florestal dos 27,9810 hectares será feita em três anos (Tabela 1), nos trechos indicados na Figura 1. Tabela 1: Cronograma de plantio, a ser realizado em cada uma das etapas de execução. Área de Período de Área a Nº de mudas de execução execução restaurar árvores nativas a (ha) plantar (de acordo com a Fig. 1) 1 2013-2014 9,33 15.548 2 2014-2015 9,33 15.548 3 2015-2016 9,33 15.548 Total: _________ 27,9810 46.644 Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 Figura 1: Divisão da área de plantio em quatro trechos (área 1, área 2 e área 3) a serem restaurados ao longo de três anos, totalizando os 27,9810 ha. 8.2- A CONTRATADA deverá iniciar as ações operacionais de limpeza e plantio em Novembro de 2013, conforme as Tabelas 2 e 3. Tabela 2: Cronograma de plantio, a ser realizado em cada uma das etapas de execução. Atividade Diagnóstico trecho Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out do a restaurar para escolha da(s) metodologia(s) de x restauração. Limpeza da área x x x Controle inicial de x x x x x x x x x x x x Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 formigas cortadeiras Plantio Irrigação (se necessária) x x x x x x x x x x Tabela 3: Cronograma de manutenção da área, a ser realizado a partir do 2º mês de cada etapa de execução (Tabela 2), pelo prazo de dois anos ou até o estabelecimento da area1 Atividade / Mês Jan Replantio Adubação de cobertura Irrigação (se necessária) Controle formigas cortadeiras Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x de Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 Roçada e capina das linhas de x x x x x x x x x x x x plantio Aceiro do entorno da ARIE Mata x x x x x x Snata Genebra Relatórios de acompanhamento x x x x x x x x x x x x ¹ ¹ a serem confeccionados no modelo CETESB, devendo ser anexadas as notas fiscais das mudas adquiridas (que deverão ser procedentes de viveiro com RENASEM), e o Termo de Conformidade das Mudas. 8.3- Estes documentos deverão ser entregues à SANASA em três vias impressas e uma digital. 9- PRAZO PARA O TÉRMINO DOS TRABALHOS 9.1- A CONTRATADA deverá realizar as ações operacionais de restauração e manutenção das áreas por um período de 2 (dois) anos após a execução de cada etapa (área) de plantio, prorrogável a critério da SANASA. 10- RELATÓRIOS DE ACOMPANHAMENTO 10.1- A CONTRATADA deverá apresentar à SANASA relatórios mensais de acompanhamento da área restaurada, no modelo do Relatório Técnico de Monitoramento do Plantio/Regeneração Natural da CETESB, acompanhado de fotos e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, notas fiscais e Termo de Conformidade das mudas adquiridas. Sociedade de Abastecimento de Água de Saneamento S/A ISO 9001 10.2- Os relatórios deverão ser apresentados até o dia 10 de cada mês, ficando o pagamento mensal dos serviços prestados condicionados a aprovação dos relatórios pela Gerência de Meio Ambiente da SANASA. 11 -REFERÊNCIAS 11.1- IBOT – INSTITUTO DE BOTÂNICA. Restauração Florestal. Disponível em: http://www.ibot.sp.gov.br/pesquisa_cientifica/restauracao_ecologica/RELAÇÃO% 20DE%20MUDAS.pdf. Acesso em 16 dez 2011. 11.2- INSTITUTO HÓRUS DE DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL. Espécies Exóticas Invasoras: Fichas técnicas. Disponível em: http://www.institutohorus.org.br/inf_fichas.htm. Acesso em 21 de Março de 2013.