Repressão na infância e
seus aspectos negativos
na vida adulta
Carla Andréa Luvizetto Selistre
Truda
Justificativa do projeto:
• Este projeto tem como objetivo a
pesquisa, a análise e definição de
resultados que a repressão na
infância acarreta na vida adulta, uma
vez que as fobias,ataques de pânico e
obsessões,muitas vezes, têm como
início a repressão sofrida na infância.
“A
partir de suas pesquisas, conclui
que a variedade de reações
emocionais é responsável
por mudanças profundas na
paisagem do corpo e do cérebro.
O conjunto dessas mudanças constitui
o substrato para os padrões neurais
que se tornam sentimentos de
emoção.” (TRANSFORMAÇÕES NA
CONVIVÊNCIA SEGUNDO
MATURANA Luciane M. Corte
Real).
Definição de
inconsciente:
• Inconsciente são os processos
mentais e outras formas de
comportamentos que estão além dos
limites do conhecimento e que não
podem ser trazidos imediatamente à
consciência.
Os círculos amarelos são os eventos
conscientes. As setinhas são os elos
que ligam um evento consciente a
outro, que chamamos de inconsciente.
Freud descobriu, ao analisar, que a
grande maioria de pensamentos e
desejos reprimidos referiam-se à
conflitos de ordem sexual localizados
nos primeiros anos de vida das
pessoas,ou seja, as experiências de
caráter traumático,reprimidas e
geradoras dos sintomas
atuais,confirmando o que ocorre
neste período de vida deixam marcas
profundas na estruturação da
personalidade.
• É a partir daí que aparecem os
mecanismos de defesa, que são os
diferentes tipos de operações em que
a defesa pode ser especificada.
Existem mecanismos predominantes
que diferem segundo o grau de
elaboração do conflito defensivo,a
etapa genética,etc.
•
A repressão é um destes
mecanismos de defesa.É um processo
inconsciente caracterizado pelo
esquecimento seletivo de material
que é provocador de ansiedade.
• Freud nos diz que a vida em
sociedade só é possível com a
repressão dos impulsos agressivos e
sexuais,somente através destes
impulsos subjugados pela lei é
possível a convivência com o
outro,já que não é possível viver em
sociedade seguindo os pressupostos
do princípio do prazer, da
realização imediata do desejo.
E o que acontece quando a
repressão falha ou não funciona?
• Freud dizia, até sua morte em 1939
que, quando a repressão não funciona
surgem as doenças mentais:
fobias,ataques de pânico e obsessões.
• O objetivo da psicoterapia, portanto,
era rastrear os sintomas neuróticos
até suas raízes inconscientes e
aniquilar seu poder através de sua
confrontação com a análise
madura e racional.
Origem da repressão:
• A origem da repressão está no fato de
tornar inoperante o impulso instintual.
Impulsos instintuais são impulsos descritos
como sublimados, impedidos por
resistências internas, de alcançá-los,
contentando-se com certas aproximações à
satisfação, conduzindo assim, à ligações
especialmentes firmes e permanentes entre
os seres humanos.
• Podemos citar como exemplo, as relações
afetuosas entre pais e filhos.Originalmente
eram inteiramente sexuais,não podendo
serem satisfeitos,serem
alcançados,conformam-se com a satisfação
causada com as aproximações, criando os
laços permanentes entre as partes.
Definição de repressão:
• Segundo Freud, repressão é afastar
ou recalcar da consciência um afeto,
uma idéia ou apelo do instinto.Um
acontecimento que por algum motivo
envergonha uma pessoa pode ser
completamente esquecido e se tornar
não evocável.
Características da
repressão:
• As características principais da
repressão são, segundo Freud, o fato
de ela ser individual e também ser
extremamente móvel(por isso não
deve ser encarado como algo que
acontece uma vez).
Exemplo de repressão na
infância:
• Hitler foi espancado continuamente
na sua infância, foi humilhado e
envergonhado de forma perniciosa
por um pai sádico que era um filho
bastardo de um cabo judeu. Veja
como ele usou a crueldade que usaram
consigo contra milhões de inocentes.
O QUE A REPRESSÃO NA
INFÂNCIA PODE CAUSAR NA
VIDA ADULTA:
A pessoa pode:
- Considerar-se alguém horrível;
- Criar um "falso eu" que lhe permitirá
sobreviver no mundo(cria uma fachada);
- Manter os "indesejáveis" afastados;
- Quando algo não correr como quer, gritar e
bater (agressões expontâneas);
-Não ser persistente;
-Não ter auto-confiança;
- Enxergar todos como seus inimigos;
- Não ter um círculo de amigos por medo de
expôr-se;
-Considerar-se mau;
-Tornar-se obsessivamente controlador;
-Ser depressivo;
-Acabar desenvolvendo alguma doença física;
-Tornar-se alcoólico, fumante
pesado,obcecado sexual,jogador;
Estudo de caso:
Bernardo (nome fictício), 29 anos, natural de
Belo Horizonte, solteiro,estudou Patologia
Clínica, nível técnico. Residia na casa dos
pais com três irmãos. Era evangélicopraticante; porém, discordava de algumas
crenças da sua igreja.Na época de sua
primeira consulta, Bernardo já estava, há
aproximadamente cinco anos, afastado de
seu emprego como arquivista, em
conseqüência de Distrofia Simpática
ocasionada por um trauma físico. O
paciente não exercia nenhuma atividade,
quando nos foi encaminhado pela Clínica da
Dor.
•
• Bernardo se apresentou queixando-se de
que, todos os dias, no início da noite,
cumpria o ritual de esconder todos os
objetos perfurocortantes e desligar o gás
da casa. Durante a noite, acordava várias
vezes para conferir se os objetos e o gás
permaneciam da mesma forma que a
deixada por ele. A motivação para tal
atitude seria o medo de sofrer alguma
agressão e, também, de executar algo
contra terceiros. Os sintomas tinham se
iniciado há três anos e o incomodavam
muito. Bernardo era capaz de identificar,
precisamente, o fato desencadeador dos
sintomas. Segundo relatou, sua tia revelara
que ele foi rejeitado pelo pai do
nascimento até os dois anos de idade. O
motivo da rejeição fora a cor da pele, que
era mais clara do que a do seu genitor.
• Desde então, passou a sentir, em relação a este,
um ódio imenso, que dizia ser insuperável.Bernardo
apresentou ideações suicidas desde o começo dos
sintomas.Havia planejado o ato, mas não o colocou
em prática. Apesar de sua vontade ser a de viver,
Bernardo dizia que era como se sua mente
repetisse, a todo o momento, que para seus
problemas não existiam soluções, e que a única
saída seria a morte. Esses pensamentos eram
invasivos e incontroláveis. Além disso, quando
assistia a filmes de terror, Bernardo tinha
pesadelos de que era um dos personagens e,
muitas vezes, o personagem assassino.
Curiosamente, mesmo sendo orientado por outro
terapeuta a não assistir mais a filmes de terror,
ele se sentia atraído por esses
• filmes e, conseqüentemente, os sonhos
continuavam causando-lhe grande apreensão.
• Bernardo relatou ainda que, durante uma
apresentação teatral na sua igreja, na qual
fez o papel de um assassino, sentiu como se
fossem realidade as cenas apresentadas, o
que foi intensamente prazeroso para ele.
Conta que, num dia em que conversava com
a irmã, pensou em esfaqueá-la, porém, no
mesmo momento, foi para o quarto por não
ser sua vontade realizar tal ato. Bernardo
dizia ter a impressão de que os
pensamentos eram introjetados e
descontrolados.Em outro episódio,
Bernardo disse ter visto sangue nas mãos
da irmã enquanto ela cortava legumes na
cozinha e, preocupado com o possível
ferimento, alertou-a. Contudo, para sua
surpresa, não havia ferimento algum, o que
o deixou bastante constrangido.
Antecedentes Pessoais
Bernardo sempre terminava as consultas dizendo que
queria contar um fato, mas que ainda não era o
momento. Considerávamos isso uma forma de ele
se fazer interessante para o terapeuta, sempre
deixando um mistério no seu discurso. Uma vez,
entretanto, convidado a falar, contou a seguinte
história: quando criança, perto dos seus 8-9 anos,
estava brincando com a irmã, um bebê. Por
acidente, a irmãzinha caiu do seu colo e chocou,
violentamente, a cabeça no chão. Com receio das
represálias, usualmente rigorosas dos pais, calouse sobre o acontecido.Com o decorrer do dia, a
criança foi ficando chorosa e a mãe resolveu levála para o hospital; Bernardo preferiu contar sobre
o acidente somente em seu retorno. No entanto,
inesperadamente, a mãe retornou com um pequeno
caixão: a criança havia falecido.
Desesperado, ele contou o ocorrido para a mãe, mas
ela o isentou de culpa, alegando outra causa para a
morte. Desde então, Bernardo passou a relembrar
esses fatos quase que diariamente e se considera
culpado pela morte da irmã. Quando ocorrem
brigas, os familiares (inclusive a mãe),
freqüentemente, chamam-no de assassino.
Bernardo afirma que, durante a infância, possuía
um relacionamento bom com o pai, mas observava
que ele tinha uma certa preferência por seus
irmãos. Achava aquilo normal, não se sentia
rejeitado e considerava que a mãe compensava a
falta de carinho do pai.Nega histórias de
internações psiquiátricas, uso de drogas e álcool.
Histórico Familiar
•
Tia com esquizofrenia.
»Evolução
» O paciente foi atendido no
ambulatório, semanalmente, durante
aproximadamente sete meses.
» Durante as consultas, Bernardo
conseguiu identificar o pai como a
pessoa motivadora dos seus sintomas.
A idéia de parricídio era freqüente:
responsabilizava-o por seu
comportamento estranho e a
convivência entre eles tornou-se
impraticável
• O paciente contou que, em uma viagem de
automóvel com o pai, teve ímpetos de agarrar a
direção bruscamente e jogar o carro contra o
barranco. Porém, conseguiu evitar o acidente,
pensando na mãe e no sofrimento que proviria
dessa atitude. Durante os sonhos, normalmente,
ele era o assassino do pai; entretanto, em outras
vezes, ele era a vítima e o pai o assassino. Em uma
ocasião, disse ter observado um tratamento
diferenciado do pai em relação ao irmão recémchegado dos Estados Unidos, o que lhe causou um
ódio imenso, que o fez ter vontade de assassinar o
irmão. Bernardo permanecia sem realizar nenhuma
atividade diária, fato indesejado, pois fazia com
que ele se considerasse inútil, exacerbando os
sintomas depressivos.
• Apesar disso, Bernardo negava estar preparado
para retornar a suas atividades diárias; dizia ter
medo de não conseguir conviver com outras
pessoas no ambiente de trabalho. Na última
avaliação do INSS realizada há cerca de dois
meses, devido ao período extenso de afastamento,
aventou-se a possibilidade de sua aposentadoria.
Mas Bernardo não recebeu bem essa alternativa,
culminando com uma tentativa de auto-extermínio.
Propusemos entãoque o afastamento fosse
prolongado por mais um ano. Com o decorrer das
consultas, o paciente mostrou interesse em
praticar atividades físicas e em ser acompanhado
por uma psicóloga do Posto de Saúde. Além disso,
estamos avaliando, conjuntamente, sua inserção
nas atividades do serviço de saúde mental da
prefeitura de Belo Horizonte, como na produção
artística, por exemplo.
• Bernardo apresentou uma melhora clínica
significativa e conseguiu evoluir na sua análise
psicológica, o que foi atribuído a uma boa resposta
às medidas terapêuticas. Na época em que foi
encaminhado pela Clínica da Dor, houve relato de
relações homossexuais. Entretanto, ele abdicou
desse assunto no início do atendimento e, quando
indagado, contentava-se em dar
respostas evasivas e pouco esclarecedoras. Nas
últimas consultas, revelou possuir um problema
que, hoje, seria motivador de sua ansiedade. Sem
falar explicitamente o que seria tal problema,
disse que teve início quando ele tinha 14 anos e
que o fazia sentir nojo dele próprio quando se
olhava no espelho. O assunto era abordado
freqüentemente na sua igreja, e os familiares o
condenavam e suspeitavam de seus amigos. Possuía
um amigo na mesma condição, mas este possuía
melhor aceitação. Somente com esse amigo havia
conversado sobre o assunto.
• No final, apesar da forma de abordagem utilizada
por Bernardo para tratar dessa questão, para nós
não houve dúvida quanto a sua preferência sexual.
• Bernardo toma medicamento.
Discussão
• Analisaremos, inicialmente, peculiaridades que nos
ajudam a entender a estrutura do paciente.
Bernardo era supersticioso, freqüentava a igreja
semanalmente, embora com frequência fosse
capaz de questionar as argumentações do pastor.
Os sonhos influenciavam enormemente seu dia-dia.
Seus pontos de vista dependiam de suas atitudes
momentâneas perante seu distúrbio. As
superstições eram proeminentes quando vivenciava
as obsessões,encontrando, em coincidências,
explicações possíveis para seus sintomas. No início
dos atendimentos, tínhamos dúvidas quanto ao
diagnóstico de neurose ou psicose, devido às
referências sobre alucinações visuais (“sangue nas
mãos da irmã”) e auditivas (“ordens para o
suicídio”).
• Entretanto, a incerteza era a marca na descrição
desses sintomas, com citações do tipo “parece
que”, “era como se houvesse”, “tipo uma voz”. O
tipo de engajamento do psicótico em seus
sintomas não deixa espaço para a dúvida. Segundo
Freud, “A criação da incerteza é um dos métodos
utilizados pela neurose a fim de atrair o paciente
para fora da realidade e isolá-lo do mundo, o que é
uma das tendências de qualquer distúrbio
psiconeurótico.”Narrativa sem repressões para
seus desejos. A experiência mostra que uma
ordem obsessiva pode ter seu texto esclarecido
nos sonhos: o gozo obtido através deles se torna
implacavelmente atraente.
• Por isso, o conselho para que deixasse de assistir
aos filmes que inspiravam os
• seus sonhos não tinha capacidade de se contrapor
a tão poderoso mecanismo.
• Bernardo foi capaz de identificar, na primeira
consulta, um possível acontecimento
desencadeador dos sintomas (a revelação da tia
sobre a rejeição do pai). Diferentemente da
histeria, em que as causas precipitadoras cedem
lugar à amnésia, na neurose obsessivo-compulsiva
os motivos imediatos da doença são retidos na
memória. Parece que a repressão utiliza outro
mecanismo de defesa, que seria a destruição da
catexia afetiva do trauma. Diz Freud: “Isto
explica a surpreendente circunstância de o
paciente, ao tentar o analista, com ajuda dele,
• descobrir a data da primeira ocorrência de uma
idéia obsessiva, ser obrigado a retrocedê-la mais à
medida que prossegue a análise, e estar
constantemente encontrando primeiras ocasiões
de surgimento da obsessão.”
• e o desenvolvimento do desejo de parricídio, traz
importantes visualizações. A vontade de matar o
pai, até então escondida, torna-se pronunciada
com o desenrolar da análise. Parece que Bernardo
não reconhecia o contexto verbal de suas próprias
idéias. Citamos: “Durante o processo de uma
psicanálise, não é apenas o paciente que ganha
coragem, mas também sua doença...” “... o que
acontece é o paciente, que até então abstinha-se,
horrorizado, de encarar suas próprias produções
patológicas, começar a dar-lhes atenção e
conseguir uma opinião mais nítida e detalhada a
respeito dela.”
• Por isso, no fim, não restou nenhum
questionamento quanto à estrutura neurótica do
paciente. O sonho, questão freqüente no discurso
de Bernardo, fornecia uma. Entretanto, apesar de
Bernardo acreditar que aquele evento
desencadeou a sua doença, o trauma original deve
ter ocorrido posteriormente.
• Até onde levantamos sua história, o primeiro
evento sugestivo de idéia obsessiva ocorreu após a
morte da irmãzinha, quando ele tinha nove anos. A
evolução do paciente, localizando o pai como
causador de sofrimento A morte é o pano de
fundo do relato de Bernardo. Ela aparece na
tentativa de auto-extermínio, parricídio,
assassinato dos irmãos. Não ficamos surpresos
com tal sintomatologia, pois, para os neuróticos
obsessivos, a morte funciona como válvula de
escape, uma alternativa, quando não encontram
soluções para os seus conflitos. Freud nos alerta
de que isso ocorre principalmente na matéria do
amor: “Assim em todo conflito que se introduz em
suas vidas, ficam à espreita de que ocorra a morte
de alguém, que lhes é importante, em geral de
alguém a quem amam como um de seus pais, um
rival, ou um dos objetos de seu amor entre os
quais hesitam as suas inclinações”
• No caso que abordamos, a questão sexual constitui
um assunto espinhoso. Apesar da empobrecida
história de homossexualismo, a compreensão do
mecanismo de morte dos neuróticos conseguiria,
em princípio, explicar com argumentações
plausíveis algumas considerações de Bernardo.
• A relação com o pai deve ser avaliada em
separado. Além do homossexualismo, o qual por si
só já deveria estar refletindo alguma desavença
no desenvolvimento do complexo de Édipo,
Bernardo descrevia o relacionamento com o pai
enfatizando, sempre, o ódio existente. Porém,
contraditoriamente, no momento em que percebe
um carinho paterno maior por seu irmão, sente
vontade de matar o irmão.
• Parece antagônico acreditar em ódio com
manifestação de ciúme, uma particularidade de
quem ama. Poderia causar estranheza maior ainda
a afirmação de que o amor e ódio coexistiam no
paciente. Entretanto, na neurose obsessivocompulsiva, essa é uma possibilidade real e, além
disso, nos oferece pistas sobre a possível origem
da doença. A ambivalência é o resultado direto de
uma mudança nas características da vida pulsional.
Considera-se dentro da normalidade, durante a
fase anal sádica, a criança vivenciar amor e ódio
pelo mesmo objeto, simultaneamente. Doravante,
os pacientes com neurose obsessivo compulsiva,
quando ameaçados pela perda de um objeto
amoroso, abandonam a posição edipiana e retornam
para esse estágio contraditório, relacionado com a
fase anal. Assim, o conflito de sentimentos surge
nos padrões de comportamento anormais (fazer e
desfazer, fazer e conferir se foi feito) e na
dúvida cruel frente a definições.
Conclusão
• Procuramos, com a breve descrição
desse caso, localizar semiologicamente*
as apresentações da neurose obsessivocompulsiva. A bibliografia de Freud nos
oferece material farto para uma
interpretação explicativa da doença, o
que resulta numa melhor abordagem
diagnóstica e terapêutica dos
pacientes.
*semiológico=parte da medicina que
trata dos sintomas das doenças
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