CARLOS JORGE ROCHA OLIVEIRA Óxido Nítrico Estimula a Via de Ras-MAP Quinase Promovendo a Progressão do Ciclo Celular e Proliferação em Células Endoteliais de Aorta de Coelho Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina para obtenção do Título de Doutor em Ciências São Paulo 2004 CARLOS JORGE ROCHA OLIVEIRA Óxido Nítrico Estimula a Via de Ras-MAP Quinase Promovendo a Progressão do Ciclo Celular e Proliferação em Células Endoteliais de Aorta de Coelho Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina para obtenção do Título de Doutor Ciências Orientador: Prof. Dr. Hugo Pequeno Monteiro. São Paulo 2001 ROCHA OLIVEIRA, Carlos Jorge. Óxido Nítrico Estimula a Via de Ras-MAP Quinase Promovendo a Progressão do Ciclo Celular e Proliferação em Células Endoteliais de Aorta de Coelho. São Paulo, 2004. 121 p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina. 1. Óxido Nítrico. 2. Transdução de Sinal. 3. MAP Quinase 4..Ciclo Celular 5. Ciclinas, quinase dependentes Ciclinas. 6. Proliferação. Minha dedicatória à... Professor Dr. Hugo Pequeno Monteiro, pelo incentivo e espírito de companheirismo e profissionalismo. Aos meus pais Ascenção (Nena) e Jayme (in memorium), pelo amor e sabedoria que sempre refletiram sobre minha conduta pessoal... Às minhas irmãs, Cleomar, Maria Luiza, Lucimar e Fabiana por aprendermos juntos que obstáculos existem para serem vencidos... Aos meus filhos, Carlos (Nê), Juliano (Jú), Gabriela (Gabi) e Carolina (Carol) que me dão forças e a determinação de sempre recomeçar por eles... À Iara, Amiga, Companheira, Confidente, o meu motivo maior para viver e sempre vencer... Meus agradecimentos O crescimento pessoal e profissional do ser humano é construído através das pessoas que o cercam. O presente trabalho é fruto do auxílio de várias pessoas que contribuíram direta e indiretamente oferecendo seu apoio e contribuição, agradeço a todas... ABREVIAÇÕES BSA Albumina Bovina Ca2+ Cálcio cAMP Adenosil monofosfato cíclico CDK Quinase dependente de ciclina cGMP Guanosina monofosfato ciclico cNOS NO sintetase constitutiva DAG Diacilglicerol EGF Fator de crescimento epidérmico EGFR Receptor do fator de crescimento epidérmico ERN Espécies reativas de nitrogênio ERO Espécies reativas de oxigênio FAK "Focal adhesion kinase" GDP Difosfato de guanosina GSH Tripeptídeo redutor glutationa GTP Trifosfato de guanosina H 2O 2 Peróxido de nitrito INO NO sintetase induzível IP3 Trifosfato inositol L-NAME Éster de N-metil-L-arginina L-NMMA Acetato de N-monometil-L-arginina MAPK Quinase proteíca ativada por mitógeno MEK Quinase protéica ativadora de MAPK NO Óxido nítrico O2 Oxigênio O 2- Superóxido OH- Radical hidroxila OONO- Peroxinitrito PDGF Fator de crescimento derivado de plaquetas PI Fosfato inositol PI-3K Fosfatidilinositol 3 quinase PI-3P Fosfatidilinositol 3 fosfato PKA Proteína quinase dependentes de cAMP PKC Proteína quinase C PKG Proteína quinase dependente de cGMP PLC Fosfolipase C PLCγ Fosfolipase Cγ PTK Proteína tirosina quinase PTP Proteína tirosina fosfatase RSNO S-nitrosotiol SBF Soro bovino fetal SH2 "src-homology type 2 domain" SH3 "src-homology type 3 domain" SNAP S-nitroso-N-acetil-penicilamina SNP Nitroprussiato de sódio Tyr Tirosina VEGF Fator de crescimento do endotélio vascular SUMÁRIO 1 - Introdução ..............................................................................................15 1.1 Proteínas tirosina quinases e tirosina fosfatases nas vias de sinalização celular ...........................................................................................................16 1.2 Modulação das atividades de tirosina quinase e tirosina fosfatases por sistemas redox..............................................................................................20 1.3 Células endoteliais ................................................................................22 1.4 Produção de NO e O2- por células musculares lisas e por células endoteliais ....................................................................................................23 1.5 Processos de sinalização dependente de óxido nítrico (NO) ................24 1.6 Efeitos do NO na proliferação de células endoteliais ............................28 1.7 Ciclo celular ............................................................................................29 1.8 Controle do ciclo celular em mamíferos ..................................................33 1.9 Transição G1-S e as quinases cdk 4,6 / ciclina D...................................33 1.10 NO e o ciclo celular ...............................................................................36 2 – Objetivos ..............................................................................................37 3 – Materiais e Métodos ............................................................................39 3.1 Materiais ...............................................................................................40 3.2 Métodos ................................................................................................43 3.3 Transfecção de DNA plasmidial em células endoteliais de aorta de coelho ......................................................................................................................................... 44 3.3.1 Transfecção e isolamento dos clones ................................................45 3.3.2 Caracterização dos clones de células endoteliais de aorta de coelho transfectadas com o mutante negativo dominante de p21Ras ....................46 3.4 Western blot...........................................................................................47 3.5 Análise do ciclo celular ..........................................................................49 3.6 Ensaio de proliferação celular.................................................................49 3.7 Fracionamento citoplasmático e nuclear.................................................50 3.8 Análise estatística ...................................................................................51 3.9 Imunofluorescência Indireta (Imuno-Citoquímica)...................................51 4 – Resultados ............................................................................................53 4.1 Efeitos da inibição de p21Ras na fosforilação e ativação das MAP quinases ERK 1 / ERK 2 em células endoteliais de aorta de coelho mediada por óxido nítrico e soro bovino fetal ..............................................................54 4.2 Translocação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo e conseqüente fosforilação do fator de transcrição Elk-1 estimulada por óxido nítrico, dá início a ativação do ciclo celular...................................................58 4.3 Fator de transcrição Elk-1 fosforilado aumenta e expressão da ciclina D1 e das quinases dependentes de cliclinas cdk4 e cdk 6.................................68 4.4 Associação catalítica da ciclina D1 com as proteínas quinases dependentes de ciclinas Cdk4 e Cdk6 hiperfosforila a proteína retinoblastoma (pRb) quando células endoteliais de aorta de coelho foram estimuladas com doadores de NO e SBF.................................................................................73 4.5 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na progressão do ciclo celular da fase G1 para a fase S em células endoteliais de aorta de coelho ......................................................................................................................76 4.6 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na passagem do ciclo celular da fase G1 para a fase S, através do aumento da expressão da ciclina E...83 4.7 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na passagem do ciclo celular da fase S para a fase G2/M, através do aumento da expressão da ciclina ..85 4.8 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na proliferação de células endoteliais de aorta de coelho ......................................................................91 4.9 Inibição das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 e seus efeitos na proliferação de células endoteliais de aorta de coelho induzida por óxido nítrico e SBF.................... 92 5 – Discussão .............................................................................................96 6 – Referências Bibliográficas ................................................................105 7 – Apêndice..............................................................................................118 RESUMO As vias regulatórias do ciclo celular, como a cascata de proteínas quinases dependentes de ciclina (CDKs), são moduladas por sinais extracelulares, principalmente fatores de crescimento e hormônios. Observações feitas no início da década de 90 (Ziche et al., 1994) que têm sido corroboradas por vários grupos de pesquisa, apontam para a participação do Óxido Nítrico (NO) na angiogênese, processo que envolve a proliferação e a migração de células endoteliais (Folkman & Shing, 1992). Deve-se entretanto ressaltar que o papel do NO na seqüência dos eventos envolvendo a cascata de sinalização Ras-MAP quinases e suas conexões com ciclinas e quinases dependentes de ciclinas, culminando com a proliferação das células endoteliais não foi descrito. Nossa contribuição vem no sentido de preencher esta lacuna. Levando em conta essas observações e os resultados obtidos neste estudo, concluímos que o NO através da cascata de sinalização por ele induzida (Rocha Oliveira, et al, 2003), contribui para o entendimento do mecanismo que marca a participação deste radical na proliferação de células endoteliais de aorta de coelho. Nossos estudos demonstram a participação do NO na progressão do ciclo celular em células endoteliais de aorta de coelho. Seus efeitos são exercidos especificamente sobre a via p21Ras – MAP quinase. A seqüência de eventos: fosforilação de Elk-1, síntese de ciclina D1, cdk4, cdk6, fosforilação da pRb, transição do ciclo celular da fase G1 para a fase S, controlada pela ciclina E, passagem da fase S para G2/M através do aumento da expressão da ciclina A que culmina com a proliferação das células endoteliais de aorta de coelho. ABSTRACT The cell cycle regulation pathways, like cyclin-dependent protein kinase cascade (CDKs), are modulated by extracellular signals, including growth factors and hormones. Investigations made since the 90´s (Ziche et al., 1994) indicate that Nitric Oxide (NO) plays an important role in angiogenesis, which is a process that involves the proliferation and migration of endothelial cells (Folkman & Shing, 1992). However, the role of NO in these events involving Ras-MAP Kinases signaling cascade and its connections with cyclin and cyclin-dependent kinases, culminating with endothelial cells proliferation has not been described. This study intends to fill this gap. Based on the observations of Rocha Oliveira et al., 2003 and the findings of this study we concluded that NO is a important component in the proliferation mechanism and in the cell cycle progression of rabbit aortic endothelial cells. NO acts on the p21Ras – MAP kinase pathway in the following sequence: Elk-1 phosphorilation, cyclin D1, cdk4, cdk6 synthesis, pRb phosphorilation, cycle cell transition from G1 to S phase, controlled by cyclin E, passage from S phase to G2/M through an increase of cyclin A expression concluding in the proliferation of the rabbit aortic endothelial cells. Keywords – Nitric Oxide – Signal Transducer – MAP kinases – Cell Cycle – Cyclins, cdk4 and cdk6 – Proliferation. 1 - INTRODUÇÃO Introdução 16 1.1 Proteínas tirosina quinases e tirosina fosfatases nas vias de sinalização celular. Um dos mais importantes processos através do qual o ambiente transmite informação para o interior das células é a ativação de receptores PTK. A reação de fosforilação em resíduos de tirosina de proteínas celulares é o mecanismo de que fazem uso os fatores de crescimento polipeptídicos (fator de crescimento epidérmico (EGF), insulina, fator de crescimento insulina símile tipo 1 (IGF-1), PDGF, CSF, FGF, etc.), para regularem a proliferação, diferenciação e o metabolismo das células (Schlessinger 2000; Blume-Jensen & Hunter, 2001). Estudos realizados para elucidação das vias de sinalização mediadas por EGF permitiram o estabelecimento de um modelo de via de transdução de sinal mediada por fatores de crescimento polipeptídicos (Ullrich & Schlessinger, 1990). Quando EGF se liga ao seu receptor ele estimula a autofosforilação em resíduos de tirosina do domínio citoplasmático do receptor. O sinal é transferido para a oncoproteína p21Ras, uma proteína que se liga a GTP e desempenha um papel central nos processos de transdução de sinal (Burgering & Bos, 1995). p21Ras alterna-se entre uma forma associada a GDP e outra a GTP e este ciclo é regulado por fatores de troca GDP-GTP e por proteínas que estimulam a atividade GTPase intrínseca de p21Ras (Li et al., 1993). Duas proteínas adaptadoras Grb2 e SoS conectam p21Ras ao receptor ativado. Grb2 através de seus domínios SH3 (“src - homology type 3 domain" - domínios que apresentam afinidade Introdução 17 por regiões ricas em Pro) recruta SoS, um fator que promove a troca GDPGTP, formando um complexo ternário p21Ras associado a GTP (Skolnik et al., 1993). Exclusivamente nesta forma, p21Ras liga-se as moléculas efetoras como a Raf quinase que sofre translocação do citoplasma para a membrana plasmática (Avrunch et al., 1993). Nesta nova localização, Raf quinase é completamente ativada por autofosforilação ou pela atividade de serina/ treonina ou tirosina quinases (Avrunch et al., 1993). Neste ponto da cascata, Raf quinase promove uma alteração nos meios de sinalização passando de processos mediados pela ação de tirosina quinases para processos mediados por serina/treonina quinases. Raf fosforila uma outra quinase a “Mitogen Activated Protein Kinase Kinase” (MAPKK ou MEK) (Dent at al., 1992). MEK por sua vez irá fosforilar uma família de serina / treonina quinases conhecidas por MAP quinases (Gille et al., 1992). As MAP quinases irão fosforilar fatores de transcrição e outras proteínas quinases e até mesmo receptores PTK (Ex: EGF, PDGF) (Schlessinger, 2000), conectando finalmente receptores de fatores de crescimento a fatores de transcrição nucleares (Gille et al, 1992; Davis, 1993) . Importante salientar que dentre as MAP quinases destacam-se dois subgrupos principais: as quinases reguladas por sinais extracelulares (ERKs) e as quinases reguladas por condições de stress (JNKs) (Davis, 1994). Ativação de proteínas constituintes de cada um dos subgrupos parece obedecer a um equilíbrio dinâmico entre ERKs ativadas por fatores de crescimento e JNKs ativadas por stress, o que poderia determinar se uma célula irá sobreviver, proliferar ou sofrer apoptose (Xie et al., 1995). Introdução Além de receptores 18 PTK, um grupo de PTK intracelulares representados pela família Src (Src, Fyn, Yes, Yrk, Hck, Lyn, Lck, Fgr e Blk) (Erpel & Courtneidge, 1995), também pode conectar as vias de transdução de sinal tão diversas quanto aquelas que governam proliferação ou adesão celulares. Receptores que possuem ou não atividade de tirosina quinase interagem com os membros da família Src, que por sua vez funcionarão como condutores do sinal inicial (Erpel & Courtneidge, 1995; Taniguchi, 1995). Fosforilação em tirosina também pode mediar processos de adesão celular dependentes de integrinas. Diversas PTK que podem ser ativadas por integrinas estão intimamente associadas a processos de sinalização integrina-dependentes (Yamada & Miyamoto, 1995). Uma delas a proteína quinase de adesão focal (FAK) que é expressa em regiões especializadas de aderência ao substrato, localizadas na membrana plasmática (Yamada & Miyamoto, 1995), desempenha papel central em processos de sinalização associada à adesão celular (Schaller et al., 1994). FAK é fosforilada em dois resíduos de tirosina (Tyr 397 e Tyr 925) se tornando um sítio de recrutamento para moléculas possuidoras de domínios SH2 tais como Grb2 e Src (Schaller et al., 1994). Essas associações integram FAK à via de sinalização dependente de p21Ras - MAP quinase. Importante salientar que fatores de crescimento também são capazes de interagir com integrinas, de maneira sinérgica ou aditiva, resultando possivelmente em modulação de fosforilação de FAK e outros constituintes da via de sinalização dependente de integrinas (Arora et al., 1995). Introdução 19 A fosforilação reversível em resíduos de tirosina é um mecanismo fundamental de regulação celular (Lemman & Burnett, 1992). As PTPs, responsáveis pela defosforilação de resíduos de tirosina fosforilados se constituem em uma família de enzimas divididas em dois grupos principais citoplasmáticas e do tipo receptor. Algumas PTPs citoplasmáticas foram classificadas como fosfatases de dupla especificidade porque defosforilam resíduos de tirosina e/ou serina/treonina fosforilados. As enzimas do tipo receptor possuem um domínio extracelular e um ou dois domínios catalíticos intracelulares. Recentemente demonstrou-se que as PTPs tipo receptor participam em interações célula-célula não possuindo até o momento ligante específicos identificado (Brady-Kalnay & Tonks, 1995). As PTPs citoplasmáticas possuem um único sítio catalítico, e várias regiões de regulação (Sun & Tonks, 1994). Essas enzimas podem se ligar a sítios específicos pertencentes a domínios intracelulares de proteínas envolvidas em sinalização (Erpel & Courtneidge, 1995). Todas as PTPs sem exceção apresentam uma seqüência altamente conservada de 11 aminoácidos (Ile/Val) - His-Cys-X-Ala-Gly-X-X-Arg-(Ser/Thr) e Gly em seu sítio catalítico. A oxidação ou mutação sítio-dirigida de um resíduo essencial de cisteína presente nesta seqüência torna qualquer PTP catalíticamente inativa (Fischer et al., 1991). A Inibição das atividades de PTP pode resultar em incrementos nos níveis intracelulares de proteínas fosforiladas em tirosina indicando com isso a existência de uma relação dinâmica entre as vias de fosforilação e defosforilação em tirosina. Introdução 20 1.2 Modulação das atividades de tirosina quinase e tirosinas fosfatases por sistemas redox. Embora processos de sinalização ocorram essencialmente pela associação de fatores de crescimento, hormônios e citocinas a seus receptores específicos, várias evidências experimentais sugerem que o estado redox intracelular desempenha um papel fundamental nos mecanismos de ação destes ligantes. O estado redox é controlado pelo tripeptideo redutor glutationa (GSH), e reflete um balanço entre os níveis celulares de sulfidrilas e disulfetos podendo ser alterado pela ação de espécies reativas do oxigênio (ERO) e outros oxidantes (Meister & Anderson, 1983). Assim, as atividades das enzimas sinalizadoras podem ser modificadas por alterações no estado redox intracelular, que modulam estas atividades de forma negativa ou positiva (Monteiro & Stern, 1996). Apesar da especificidade da ligação entre fatores de crescimento e seus respectivos receptores, sistemas oxidantes também podem modular as atividades de PTK. Assim é que, espécies reativas do oxigênio (ERO) produzidas através do processo de oxido-redução de naftoquinonas, são capazes de estimular a fosforilação em resíduos de tirosina de proteínas constituintes da membrana plasmática de células hepáticas de rato (Chan, et al., 1986). O peróxido de hidrogênio potencia a fosforilação em resíduos de tirosina dependente de insulina de uma série de proteínas em células de hepatoma de rato (Heffetz, & Zick, 1989). Conforme discutido anteriormente nesta Introdução, os níveis intracelulares de fosforilação em resíduos de Introdução 21 tirosina de proteínas são determinados a partir da ação conjunta das PTK e das proteínas tirosina fosfatases (PTPs) (Dixon & Walton, 1993). Sabe-se que a reação de defosforilação catalisada por essas enzimas depende essencialmente de um resíduo de cisteina presente no seu sitio catalítico (Tonks et al., 1988), fazendo dessas enzimas excelentes candidatas à modulação por sistemas oxidantes. Conseqüentemente, tem se demonstrado que a atividade das PTPs pode ser inibida por uma variedade de sistemas oxidantes (Swarup et al., 1982; Monteiro et al., 1991; Monteiro et al., 1993), o que poderia resultar em elevação dos níveis intracelulares de fosforilação em tirosina. Destes sistemas o mais bem estudado tem sido o vanadato. Este metal, através de um processo de oxido-redução intracelular com produção de ERO e formação de intermediários mais reativos, peroxovanadil, pervanadato (Liochev & Fridovich, 1990), e um potente inibidor de atividades de PTP, promove elevação dos níveis intracelulares de fosfotirosina e transformação celular (Klarlund, 1985). Monteiro et al., (1991), demonstram que a diamida, um oxidante de grupos - SH inibi atividades de PTP em células HER14 sem alterar as atividades de PTK nestas células. Estes efeitos inibitórios eram revertidos por incubação das células com β mercaptoetanol e EGF (Monteiro et al., 1991). Os mesmos autores mostraram também que o acido ascórbico em concentrações fisiológicas e na presença de traços de ferro, inibe atividades de PTP nas mesmas células. Pre-incubação das células com EGF revertia a inibição das atividades de PTP causada pelo acido ascórbico (Monteiro et al., 1993). Introdução 22 1.3 Células endoteliais. As células endoteliais constituem a chamada camada íntima da parede arterial. Durante muito tempo pensou-se no endotélio vascular simplesmente como uma superfície por onde passava o fluxo sangüíneo. Hoje, no entanto, sabe-se que as células endoteliais não somente se constituem em uma barreira de permeabilidade seletiva entre os espaços vascular e intersticial como também tem um papel muito importante na regulação da homeostase vascular (Lemman & Burnett, 1992). Além disso, de maneira similar às células musculares lisas, as células endoteliais são participantes muito importantes de processos inflamatórios. Estas células, sob estímulo físico, químico ou hormonal, produzem uma variedade de fatores tais como: oxido nítrico (NO), o ânion superoxido (O2-), prostaciclina, endotelina, fator ativador de plaquetas, fator de hiperpolarização derivado do endotélio, interleucinas, fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e fator básico de crescimento de fibroblastos (bFGF) (Flavahan, 1992). Por causa de suas funções variadas e sua localização, o endotélio tem um papel bastante importante na iniciação e/ou progressão das doenças cardiovasculares, incluindo-se ai a arteriosclerose. Por outro lado, as funções do endotélio podem estar comprometidas em estados patológicos como resultado dos efeitos do estresse oxidativo. Similar ao que foi observado em células musculares lisas, o estresse oxidativo pode influenciar a reatividade vascular através de alterações em processos de transdução de sinal dependente de cálcio nas células endoteliais (Schilling & Elliot, 1992). Introdução 1.4 23 Produção de NO e O2- por células musculares lisas e por células endoteliais. A ativação de células endoteliais e células musculares lisas pode levá-las a secretar uma série de fatores reguladores da homeostase do sistema vascular. Dentre estes fatores destacamos os radicais livres NO e O2-. O O2- é produto de redução uni-életrônica do oxigênio molecular produzido principalmente pelas cadeias de transporte eletrônico mitocôndrial e do retículo endoplasmático (Halliwell & Gutteridge, 1989). Inicialmente observou-se que o ionoforo de cálcio A23187 induzia contrações dependentes do endotélio em artérias basilares de cães (Katusic, 1988). Posteriormente, mostrou-se que estas contrações eram devidas ao O2produzido pelas células endoteliais estimuladas com o ionoforo de cálcio (Katusic & Vanhoutte, 1989). Por sua vez, o NO é uma espécie extremamente reativa, que pode mediar uma grande variedade de respostas biológicas, tendo sido identificado como o fator de relaxamento dependente do endotélio, é capaz de promover inibição de proliferação e contração das células musculares lisas, inibição da agregação plaquetária e inibição da adesão de monócitos e plaquetas a superfície endotelial, entre outros fenômenos (Nathan, 1992; Moncada & Higgs, 1993). O NO é gerado a partir do nitrogênio guanidino terminal do aminoacido L-arginina, através da reação catalisada pela enzima NO sintetase (NOS) que é encontrada em muitos tecidos e, existe basicamente como três isoformas, uma NO sintetase induzível (i-NOS) e duas NO Introdução 24 sintetases constitutivas (c-NOS). As c-NOS são dependentes de cálcio e calmodulina e são encontradas em células endoteliais e, em tecido cerebral (Kiechle et al., 1993). Substâncias que elevam a concentração de cálcio intracelular como trombina, ADP, acetilcolina e o ionoforo de cálcio A23187 (Nathan, 1992; Moncada & Higgs, 1993), são capazes de ativar as c-NOS. A c-NOS de células endoteliais possui sítios de ligação para calmodulina e sofre modificações pos-tradução (miristilação, isoprenilação, fosforilação) que podem regular sua atividade e determinar sua localização na célula (Michel & Li, 1993). Por outro lado, a isoforma induzível que se encontra em macrófagos e em células do tecido muscular liso é independente de cálcio e podendo ser induzida por lipopolisacarideo de parede bacteriana (LPS), interleucina 1β (IL-1β) ou interferon γ (Schlessinger & Ullrich, 1990). Marczin et al, (1993), mostraram que a síntese de NO em células musculares lisas de aorta de rato estimulada com LPS ou IL-1β é suprimida na presença de inibidores de atividades de tirosina quinase. Estas observações sugerem o envolvimento destas atividades, na indução de expressão da i-NOS nestas células, tanto por LPS como por IL-1β. 1.5 Processos de sinalização mediados por NO. O NO é um radical livre gasoso relativamente estável, capaz de se difundir através de membranas celulares e atingir alvos biológicos específicos (enzimas) a distâncias relativamente longas. Estas características fazem com que esta pequena molécula seja capaz de Introdução 25 participar de um grande número de processos fisiológicos (Schini-Creth & Vanhoutte, 1995). Devido à suas características químicas, NO é capaz de estimular processos de sinalização através de reações com grupos sulfidrila, ERO ou metais redox. Em condições fisiológicas, NO reage com O2, com o ânion superóxido, metais de transição e sulfidrilas, gerando óxidos de nitrogênio, peroxinitrito, adutos metal-NO e S-nitrosotióis (Stamler, 1994). Estudos têm demonstrado a existência de uma série de alvos celulares do NO, e espécies redox deles derivadas. Dentro deste grupo de proteínas e enzimas com propriedades sinalizadoras capazes de serem ativadas e desativadas por NO, destaca-se a forma solúvel da enzima guanilato ciclase (Wong & Garbers, 1992). A nitrosilação dependente de NO do ferro heme da guanilato ciclase, pode elevar os níveis de guanilil mono fosfato cíclico (cGMP) intracelular, ativando proteínas quinases G dependentes de cGMP (PKG) (Ignarro et al., 1990). Conseqüentemente, tem sido sugerido que a fosforilação de proteínas, é um mecanismo através do qual, a ativação da guanilato ciclase solúvel pelo NO poderia mediar a sinalização celular dependente de PKG. Além da modulação das PKG, outras quinases também podem ter sua atividade modulada pelo radical. Lander et al. (1993), inicialmente mostraram que o transporte de glicose em linfócitos era estimulado por doadores de NO, nitroprussiato de sódio (SNP) ou S-nitroso-acitil-penicilamina (SNAP). Esta ativação de linfócitos é mediada por vias de sinalização dependentes de PTK e PTP. PTP do tipo receptor são ativadas em linfócitos humanos tratados com os doadores de Introdução 26 NO. Ativação da PTK intracelular Lck, membro da família Src, também foi observada nestas células quando as mesmas foram submetidas ao tratamento com SNP ou SNAP. Nenhum dos efeitos acima descritos podia ser mimetizado por 8 BrcGMP, um análogo estável e permeável de cGMP. Trabalhos desenvolvidos na metade dos anos 90 pelo nosso grupo de investigação mostraram que o nível intracelular de proteínas fosforiladas em tirosina era incrementado em fibroblastos de camundongo HER14, quando estes eram incubados com SNP ou SNAP. Um grupo de proteínas com pesos moleculares aparentes de 126, 56 e 43 kDa eram fosforiladas em tirosina após estimulo com os doadores de NO. A pré-incubação de células com oxihemoglobina ou azul de metileno inibia o incremento de fosforilação. A inibição pelo azul de metileno sugere a participação de cGMP no processo. Esta hipótese foi confirmada quando da utilização do 8 BrcGMP, um análogo estável da cGMP, que estimulou a fosforilação do mesmo grupo de proteínas, fosforiladas sob ação dos doadores de NO (Peranovich et al., 1995; .Chiu, et al, 1996; Monteiro et al., 1997) Em trabalho recentemente publicado pelo grupo, as 3 proteínas foram identificadas como sendo as PTKs citoplasmática FAK e SrC quinase, 126 e 56 kDa respectivamente, e a proteína 43 kDa foi identificada como sendo uma das ERKs MAP quinases (Monteiro et al., 2000). Além de uma ação sobre a fosforilação na época pouco caracterizada, demonstramos que o NO é capaz de estimular atividade de PTK dependente de EGF (Monteiro et al., 1994; Peranovich, et al., 1995). Estímulo de fosforilação em tirosina do mesmo grupo de proteínas fosforiladas por ação Introdução 27 direta do doador de NO, ocorre quando as células são incubadas simultaneamente com SNP e EGF. Contrastando com a ativação de PTPs pela ação dos doadores de NO em linfócitos, em células HER14 observamos inibição destas atividades. Analisados em conjunto, estes resultados mostram a diversidade dos processos de sinalização dependentes de fosforilação em tirosina modulados por NO. Tais processos aparentemente operam de acordo com o tipo celular. Lander et al. (1995), mostraram que p21Ras (Ras) pode ser ativado por ação direta do NO, resultando em níveis mais elevados de Ras - GTP. Esta ativação é reversível e ocorre através de S-nitrosilação de um resíduo de cisteina essencial, Cys 118, localizado no domínio da proteína onde ocorre a associação de nucleotídeos GTP-GDP. Ras atua como intermediário central do fluxo de informações gerado a partir de PTKs que se fosforilam, ativando uma cascata de reações catalisadas por outras proteínas quinases. Em trabalho que concluímos durante o desenvolvimento desta Tese de Doutorado (ver Apêndice 2), mostramos inequivocamente que em células endoteliais de aorta de coelho, NO/cGMP ativavam a rota de sinalização Ras-ERK1/2 MAP Kinases e que através desta rota observava-se estimulo da atividade do receptor de EGF e da fosforilação de proteinas em residuos de tirosina. Nossos resultados também sugeriram que o NO ofertado através de doadores exógenos poderia estar estimulando a proliferação de células endoteliais (Rocha Oliveira et al, 2003). Introdução 28 1.6 Efeitos do NO na proliferação de células endoteliais. No caso específico de células do sistema vascular, observou-se que NO é capaz de promover síntese de DNA em células endoteliais (Ziche et al., 1994), estimulando a proliferação destas células. Ao contrário do observado para células endoteliais, doadores de NO inibiam a mitogênese e a proliferação de células musculares lisas do tecido vascular (Garg & Hassid, 1989). Por outro lado, a geração endógena de NO em células musculares lisas irá estimular a mitogênese em um processo que irá depender do estado de confluência das células (Barbosa de Oliveira et. Al., 2001). Além do tipo celular, as concentrações locais de NO também são um fator importante na determinação dos efeitos que este radical livre irá exercer sobre o metabolismo das células. Utilizando um outro modelo experimental, Jenkins et al. (1995), mostraram que células tumorais humanas de adenocarcinoma de colon transfectadas com a forma induzível do NO sintetase e produzindo quantidades de NO variando entre 9 e 14,5 µM. proliferavam mais lentamente que as mesmas células não transfectadas. Entretanto a implantação camundongos subcutânea “nude” destas produziam células tumores tumorais mais transfectadas em vascularizados que proliferavam mais rapidamente do que os tumores originários das células parentais. Uma vez mais se concluiu que o papel dual do NO na proliferação dos tumores poderia estar relacionado às concentrações locais deste radical livre. Como conclusão geral poderia ser dito que tipo celular e concentrações Introdução 29 locais de NO são variáveis importantes na determinação dos efeitos que este radical irá exercer sobre o metabolismo das células. Estudos têm demonstrado que a angiogênese é um processo complexo e se caracteriza pela ativação do crescimento de células endoteliais, pela proliferação e migração fenotípica. Desta forma, fatores de crescimento como bFGF e VEGF são também potentes estimuladores da proliferação e migração (Ziche,1997). Citamos ainda que, a administração sistêmica do NO e inibidor de síntese N-nitro-L-arginine metil ester (L-name) em coelhos que são submetidos a implante córneo do tecido endotelial vascular com fator de crescimento (VEGF), mais não fator básico de crescimento (bFGF), são induzidos a angiogênese. Deste modo podemos concluir que o NO é importante para ativação do (VEGF), mas não induziu o (bFGF) para a angiogênese. Ziche et al, 1994 propõem que, a NO sintetase (NOS) e a guanilato ciclase são controladores em potencial da angiogênese tumoral em resposta a (VEGF). 1.7 Ciclo celular. O ciclo celular é um conjunto de processos altamente ordenados que compreende o período entre duas divisões celulares (Lewin, 1997). Nos organismos eucariotos, esses processos são regulados de tal maneira que as células, em condições normais, nunca iniciam uma etapa do ciclo sem que a etapa anterior tenha sido completamente finalizada (Nasmyth, 1996). Introdução 30 Os primeiros estudos do ciclo celular foram realizados sob microscopia óptica em tecidos somáticos. Naquela época era bem conhecido o fato que, durante a divisão celular ou mitose (M), os cromossomos eram condensados e alinhados no equador do fuso mitótico e as cromátides migravam para pólos opostos da célula. Entretanto, sabia-se muito pouco sobre o intervalo entre duas mitoses sucessivas, também chamadas de interfase, exceto que nessa fase as células cresciam em volume. Somente mais tarde, após o reconhecimento de que a molécula de DNA representava o material genético, é que foi demonstrada, nessa fase, a duplicação cromossômica. Tal achado permitiu dividir didaticamente a interfase em três intervalos: G1, que compreende ao gap entre mitose e duplicação do DNA; S, que é o período da síntese do DNA; e G2, entre a fase S e a mitose seguinte (Nasmyth, 1996). Um outro intervalo foi ainda definido (G0) porque alguns tipos celulares permaneciam por um longo período em um estado quiescente sem que ocorresse a duplicação de seu DNA (Pardee, 1989). As atividades regulatórias responsáveis pela transição de um estágio para outro do ciclo foram principalmente investigadas através de experimentos de fusão de células, um processo obtido com a utilização de agentes químicos ou virais que causam a ligação de membranas plasmáticas, gerando uma célula híbrida com dois ou mais núcleos em um citoplasma comum. Foi observado então que, após a fusão de uma célula na fase S com outra em G1, ambos os núcleos duplicavam seu DNA, indicando que o citoplasma da primeira deveria conter um ativador de duplicação do DNA. Por outro lado, quando uma célula na fase S era fundida com uma em Introdução 31 G2, o seu núcleo continuava a duplicação, mas o núcleo em G2 não se duplicava e atrasava sua entrada na mitose até que o primeiro terminasse o seu processo; então ambos os núcleos entravam sincronicamente em mitose. Isso sugeriu que algum regulador, possivelmente o próprio ativador da fase S, inibisse o início da mitose. Os experimentos de fusão de células também demonstraram a presença de um promotor da fase M em células que estão em divisão, uma vez que essas células quando fundidas com outras em qualquer estágio da interfase induziam, nessas últimas, uma pseudomitose caracterizada pela condensação prematura de cromossomos. A presença desse indutor, do mesmo modo que o de fase S, parecia transitória, já que heterocárions com núcleo em G1 e G2 não exibiam duplicação de DNA ou mitose (Lewin, 1997). Mais recentemente, os resultados de estudos realizados em leveduras, anfíbios e células de mamíferos demonstram que os ativadores de fase S e M constituem uma classe especial de enzimas. Essas enzimas são quinases que representam uma subunidade catalítica ativa somente após sua fosforilação e interação com uma subunidade regulatória instável denominada ciclina, cujo nível, como seu próprio nome indica, oscila nas várias fases do ciclo celular (Murray e Kirschner, 1991; Nasmyth, 1996). A subunidade catalítica é uma fosfoproteína e seu estado de fosforilação é um determinante de sua atividade. Assim para tornar-se ativa, grupos fosfatos precisam estar ausentes em algumas posições e presentes em outras. Como a quinase é autocatalítica, a fosforilação de uma pequena quantidade de enzima é suficiente para a ativação das demais moléculas Introdução 32 (Lewin, 1997). As unidades catalíticas mostram uma homologia de seqüência superior a 40% enquanto essa homologia em ciclinas está freqüentemente limitada a um domínio de aproximadamente 100 aminoácidos, responsável pela ligação e ativação das quinases (Morgan, 1995). A passagem das células de um estágio para o outro do ciclo celular é regulada, então, por fatores que atuam sobre a transcrição dos genes das ciclinas e a degradação dessas proteínas e sobre a modificação por fosforilação da subunidade catalítica da enzima (Nurse, 1990). Esse controle atua na manutenção da ordem dos eventos e possuem pontos de checagem ou checkpoints, responsáveis por assegurar que etapas críticas como duplicação e segregação cromossômicas sejam finalizadas com grande fidelidade. Além disso, tal controle responde através de bloqueio de proliferação quando a integridade do genoma está comprometida (Hartwell & Weinert, 1989). Um dos checkpoints mais importantes é o START, que ocorre em G1 e é também conhecido, em células de mamíferos, como ponto de restrição. Nesse ponto, a célula deve decidir se progride para outro ciclo de duplicação de DNA em função dos estímulos externos e de sua massa molecular. Outros checkpoints também agem na mitose, impedindo que a célula se divida antes que todo o DNA tenha sido duplicado e reparado, e outros atuam na Fase S prevenindo a duplicação de DNA lesado (Hunter & Pines, 1994). Introdução 33 1.8 Controle do ciclo celular em mamíferos. As células de mamíferos estão sujeitas a um grande número de diferentes estímulos extracelulares, como fatores de crescimento, antagonistas de mitose e indutores de diferenciação, aos quais respondem com progressão ou bloqueio de seu ciclo até atingirem a fase G1 tardia. Do mesmo modo que em leveduras, os principais reguladores destas respostas incluem quinases. Entretanto, enquanto uma única subunidade catalítica (cdc2 em S. pombe e CDC28 em S. cerevisiae) é responsável pela transição do ciclo de leveduras, as células de mamíferos sintetizam, além da quinase dependente de ciclina cdc2 tambem conhecida como cdk2, as quinases cdk4 e cdk6. As quinases cdk4 e cdk6 formam complexos com as ciclinas D e atuam nas etapas iniciais do ciclo celular, em resposta a fatores de crescimento e são essenciais para a duplicação do DNA (Hartwell & Kastan, 1994; Graña & Reddy, 1995). 1.9 Transição G1-S e as quinases cdk 4,6 / ciclina D. A primeira quinase a ser ativada em mamíferos após as células serem liberadas do estado quiescente é composta pelas várias ciclinas D e por cdk4 e ou cdk6, dependendo do tipo celular. Suas atividades catalíticas são primeiramente observadas no meio da fase G1, com um pico máximo próximo à transição G1-S, e podem persistir através dos ciclos subseqüentes se os estímulos mitogênicos continuarem presentes, uma vez Introdução 34 que a expressão de ciclina D é ativada por fatores de crescimento. Entretanto, se esses fatores forem removidos, o nível de ciclina D abaixa imediatamente, independente do estágio do ciclo celular (Graña e Reddy, 1995; Sherr, 1996). Existem três tipos de ciclinas D (D1, D2 e D3), que são em parte específicas para cada tipo celular, com a maioria das células expressando D3 juntamente com D1 ou D2. A ciclina D1 é codificada pelo gene CCND1 localizado na banda cromossômica 11q13, que tem sido identificado como o protooncogene PRAD1. A expressão aumentada da ciclina D1 é observada em diferentes tumores e está associada com translocações, inversões, inserções virais e amplificações da região 11q13 (Sherr, 1993). Um melhor entendimento do controle do ciclo celular em G1 tem sido obtido do estudo de genes supressores de tumor, cujos produtos interagem com complexos cdks/ciclinas. O produto do gene RB, por exemplo, que está ausente ou inativo em retinoblastomas e em outros tipos de câncer, são um substrato para os complexos cdk/ciclina D (Lewin, 1997). Em células quiescentes ou durante o início de G1, a proteína pRb, na sua forma hipofosforilada, liga-se ao fator de transcrição E2F, que ativam positivamente a transcrição de genes responsáveis pela transcrição para a fase S, incluindo aqueles das ciclinas A e E. Esse “seqüestro” de E2F pela pRb garante que as células não iniciem a duplicação do DNA. Várias outras proteínas semelhantes a pRb, incluindo a p107 e p130 em mamíferos e a RBF em Drosophila, também regulam os fatores E2F e são capazes de inibir a entrada na fase S (Levine, 1997; Wang, 1977). No ponto de restrição, ou Introdução 35 próximo a ele, a pRb é fosforilada pelas quinases cdk4,6/ciclina D. Essa fosforilação causa então, a liberação de E2F e, conseqüentemente, a transcrição dos genes requeridos para a duplicação do DNA (Nevins, 1992). Algumas oncoproteínas virais tais como o antígeno T do vírus SV40, a proteína E1A do adenovírus e a E7 do vírus papiloma humano, facilitam a progressão do ciclo celular, em parte pela sua ligação a pRb e liberação de E2F (Jansen-Dür, 1996). É interessante que essas proteínas virais contêm seqüências semelhantes à seqüência do terminal amino das ciclinas D, sugerindo que estes resíduos devem ser responsáveis pelas ligações com a pRb. Realmente, mutações em ponto no terminal amino das ciclinas impedem que essa ligação ocorra (Dowdy et al., 1993). Na regulação da transcrição G1-S, a próxima quinase a ser ativada consiste na cdk2/ciclina E. Ao contrário das ciclinas D, a expressão da ciclina E oscila periodicamente e atinge um nível máximo no estágio G1-S e é degradada em S (Dulic et al., 1992; Koff et al., 1992). O complexo também fosforila a pRb, o que resulta num controle retroativo positivo, uma vez que o gene da ciclina E é regulado pelo E2F. A progressão do ciclo, que estava sob a dependência de mitógenos atuando sobre a expressão da ciclina D, passa a ser independente de estímulos externos e dirigidos pela ciclina E (Sherr, 1996). É possível que os fatores E2F também regulem o gene da ciclina A, que forma complexos com a cdk2. Sua síntese é iniciada na fase final de G1-S e é importante para a transição de G1-S, pois sua inibição em cultura pode impedir a duplicação do DNA (Girard et al., 1991; Sherr, 1996). Introdução 1.10 36 NO e o ciclo celular. Em comunicação, Tanner et. al, 2000, propõe que o óxido nítrico inibi a proliferação de células musculares lisas de aorta humana, mudando a expressão e atividade das proteínas regulatórias do ciclo celular. Outros achados sugerem que o doador de óxido nítrico (SNAP) inibi a transição da fase G1/S por inibição da quinase dependente de ciclina Cdk2 que impede a hiperfosforilação da proteína do retinoblastoma (pRb) e induz a ativação da proteína p21 Sdi1/Cip/Waf1 (Ishida et. Al, 1997). Em contraste quando o doador de óxido nítrico (SNAP) é retirado, a proliferação é recuperada (Ishida et. Al, 1997). Em estudos realizados por Pervin et. al, 2001, os autores sugerem que o efeito do óxido nítrico inibi a síntese de ciclina D1 e pode ser relevante em linhagens celulares que expressão essa proteína. 2 - OBJETIVOS Objetivos 38 Este trabalho teve como objetivo fornecer as bases moleculares para o entendimento do papel que o Óxido Nítrico (NO) desempenha em Células endoteliais de aorta de coelho, atuando como modulador positivo de progressão através do ciclo celular e da proliferação celular. 3 - MATERIAIS E MÉTODOS Materiais e Métodos 40 3.1 Materiais Anticorpos Anti ERK 1,2 total (New England Biolabs) Anti ERK 1,2 fosforilada (New England Biolabs) Anti Elk 1 (Cell Signaling) Anti Elk 1 fosforilada (Cell Signaling) Anti cdc 2 (Cell Signaling) Anti-cdk 4 (Cell Signaling) Anti cdk 6 (Cell Signaling) Ciclina D1, E, A (Oncogene) Anti pRb total (Cell Signaling) Anti pRb fosforilada (Cell Signaling) Anti-Mouse IgG, h&L Chain Specific (Goat) Rhodamine Conjugate (Calbiochem). Anti IgG de camundongo e anti IgG de coelho conjugados com peroxidase (Amersham Pharmacia) Drogas e antibióticos S-Nitroso-N-acetylpenicillamine (SNAP), (Calbiochem) Ampicilina (Gibco) Estreptomicina (Gibco) Materiais e Métodos 41 Geneticina (Gibco) Penicilina (Gibco) IPTG (USB) Inibidor de MEK 1 (PD98059), (Calbiochem) lipofectina (Gibco/BRL). Higromicina (Gibco/BRL). Pancreatina (Gibco/BRL). Inibidor da farnesil transferase FPT II (Calbiochem) Meio de cultura e soro Meio F12 (Gibco) Meio LB - 0,1% triptona, 0,5% extrato de levedura, 0,5% NaCl, 0,1% NaOH 1N. Meio LB em placa - 0,1% triptona, 0,5% extrato de levedura, 0,5% NaCl, 0,1% NaOH 1N, 1,5% ágar , pH 7.0 SBF (soro bovino fetal) (Gibco) – inativado a 55ºC durante 1 hora. Meio 2YT - 1,6% triptona, 1% extrato de levedura, 0,5% NaCl Soluções Solução de congelamento - 50% FBS, 20% DMSO, 30% F12. Tampão RIPA pH8.0 - 20mM Tris-HCl, 137mM NaCl, 1%NP40, 10% glicerol, 10µg/ml aprotinina, 10µg/ml leupeptina, 1mM PMSF, 200µM ortovanadato de sodio. Materiais e Métodos 42 Tampão de lise pH7.5 - 20mM Hepes, 150mM NaCl, 10% glicerol, 1% Triton X, 1mM EGTA, 1.5mM MgCl2, 1µg/ml aprotinina, 1µg/ml leupeptina, 1mM PMSF, 1mM ortovanadato de sódio, 100mM pirofosfato de sódio e 500mM fluoreto de sódio. Tampão de lavagem - 50mM Tris pH7.5, 0,5% Triton X 100, 150mM NaCl, 5mM MgCl2, 1mM DTT, 1µg/ml aprotinina, 1µg/ml leupeptina. Tampão de corrida - 500mM glicina, 50mM Tris-base pH 8.3, 1% SDS. Tampão de transferência - 48mM Tris-base, 39mM glicina, 0,037% SDS, 20% metanol. TBST - 10mM Tris-base pH7.6, 150mM NaCl, 0,1% Tween. PBS - 7,78mM Na2HPO4, 2,20mM KH2PO4, 140Mm NaCl, 2,73mM KCl. Tampão Hepes - 10mM Hepes/NaOH pH7.4, 140mM NaCl, 5mM CaCl2. Tampão TE - 100mM Tris-HCl pH8.0, 1mM EDTA. Tris - solução estoque 1.5M pH8.8. Tris - solução estoque 1.0M pH6.8. SDS - solução estoque 10%. Persulfato de amônio - solução estoque 10%. Solução stripping - Tris-HCl pH6.7, 2-mercaptoetanol . Tampão de amostra 4x - 50mM Tris-HCl pH6.8, 5% 2-mercaptoetanol, 2% SDS, 0,05% bromofenol, 10% glicerol. Materiais e Métodos 43 Corante Ponceau S - 5% TCA, 0,5% Ponceau. Reagente de Bradford (Bio Rad). Gel de poliacrilamida 10% - 9,9ml H2O, 10ml solução de poliacrilamida 30%, 7,5ml Tris 1,5M pH8.8, 300µl SDS 10%, 300µL persulfato de amônia, 10µl TEMED. Gel stacking - 6,8ml H2O, 1,7ml solução de poliacrilamida 30%, 1,25ml Tris 1,0M pH6.8, 100µl SDS 10%, 100µL persulfato de amônia, 10µl TEMED. Tampão de extração citoplasmática 1 – 100 mM Tris pH 7.4, 10 mM NaCl, 3 mM MgCl2, 0,5% Nonidete p40, 0,5 mM PMSF, 50 mMNaF, 1 mM NaVO3, 10 µg/ml Leupeptina, 10µg/ml Aprotinina. Buffer 2 para extração nuclear – 1 M de Sacarose. Tampão de extração nuclear 3 – 200 mM Nacl, 100 mM Hepes pH 7.9, 1,5 mM MgCl2, 0,1 mM EDTA, 5% Glicerol, 0,5 mM PMSF, 50 mM NaF, 1 mM NaVO3, 10µg/ml Leupeptina, 10µg/ml Aprotinina. Kits ECL (Amershan). CycleTEST PLUS™ DNA Reagent Kit (Becton Dickinson). 3.2 Métodos Culturas celulares Materiais e Métodos 44 Células endoteliais de aorta de coelho foram gentilmente cedidas pela Dra. Helena Bonciani Nader, professora titular da disciplina de Biologia Molecular (Escola Paulista de Medicina). As células são cultivadas em meio F12. O meio de cultura é suplementado com 10% de soro bovino fetal. As células são mantidas a uma atmosfera de 95% de ar e 5% de CO2 a 37°C. 3.3 Transfecção de DNA plasmidial em células endoteliais de aorta de coelho Linhagens bacterianas, plasmídeos: amplificação e caracterização dos plasmídeos bacterianos. Foi utilizado o plasmídeo pUC 19 obtido comercialmente, e que contém 2686 pares de base e origem de replicação para E. coli, possuindo como marcador o gene que confere resistência a ampicilina e um sítio múltiplo de clonagem pREP4 que possui a marca de resistência para higromicina. Para obtenção das células expressando o mutante negativo dominante de p21ras, foi utilizado o plasmídeo pMMrasDN obtido através do Dr. Ed. Skolnik do Departamento de Farmacologia do Centro Médico da Universidade de Nova York. O plasmídeo contém 4900 pares de base de origem de replicação para E. coli. A linhagem bacteriana de E. coli DH5-· (supE44· alc U 169 · 80 lac Z·M 15) hsd R17 rec Al end gyra 96 thi-l (rel Al), obtida da American Type Culture Collection (ATCC/EUA), foi utilizada para obtenção dos plasmídeos em larga escala. As bactérias foram cultivadas em Meio LB (Tris 10 mM. pH 7,4, MgSO4 , 1 mM. Triptona 1,0%, Extrato de levedura 0,5%, NaCl 0,5%) e Meio SOC (NaCl 10 mM. KCL 2,5 mM, MgCl2 10 mM, MgSO4 10 mM, Glicose 20 nM, Triptona 2,0%, Extrato Materiais e Métodos 45 de levedura 0,5%). As bactérias foram transformadas com os plasmídeos acima descritos, pelo método do cloreto de cálcio descrito por Mandel & Higa, (1970) e Cohen et al. (1973). Após obtenção do DNA plasmidial, a concentração do mesmo foi determinada por espectrofotometria, medindo-se a absorbância a 260 nm, conforme descrito por Sambrook et al. (1989). Os plasmídeos assim obtidos foram digeridos com as enzimas de restrição Pst I, e Bam HI para confirmar sua estrutura. A análise das digestões foi feita através de eletroforese em gel de agarose. A eletroforese foi realizada sob uma corrente de 50 mA durante 90 minutos. O gel é corado com brometo de etídeo (10 µg/ml) e visualizado em trans-iluminador de luz ultravioleta. 3.3.1 Transfecção e isolamento dos clones Células endoteliais de aorta de coelho a uma confluência de 50% (500.000 células/garrafas de cultivo de área igual a 25 cm2) foram transfectadas utilizando-se o método da lipofectina (Gibco/BRL). Foi separada uma mistura de DNA a 100 µl de meio de cultura F12, sem soro e sem antibióticos para a transfecção, conforme esquematizado abaixo: 1) Controle negativo pUC 19 (9 µg) 2) Controle positivo pUC 19 (9 µg) e pREP4 (1 µg) 3) pE1a (9 µg) e pREP4 (1 µg) 4) pHR5 (9 µg) e pREP4 (1 µg). Uma solução é preparada pela mistura de 10 µl de lipofectina com 90 µl de meio F12, sem soro e sem antibióticos e adicionada às misturas de DNA, seguindo-se de incubação à temperatura ambiente durante 15 minutos para Materiais e Métodos 46 obtenção do complexo DNA-lipofectina. O complexo foi diluído em meio F12 sem soro e sem antibióticos, e as células em monocamadas foram incubadas neste meio de transfecção durante 4 horas, a 37°C em atmosfera de 95% de ar e 5% de CO2. Decorrido este período, o meio utilizado para transfecção é substituído por meio de cultivo, F12 suplementado com 10% de soro bovino fetal, e as células permaneceram neste meio por 48 horas. Após este período, as monocamadas celulares são tripsnizadas e subcultivadas em meio F12 suplementado com soro bovino fetal e higromicina na concentração de 100 µg/ml em placas de 24 poços aglomerados durante 18 dias em atmosfera de 95% de ar e 5% de CO2. A cada intervalo de 3 dias, o meio de cultivo suplementado com o antibiótico de seleção será substituído por meio fresco. As colônias formadas (clones) são coletadas por incubação com pancreatina após isolamento em anéis estéreis. Estes clones foram expandidos e posteriormente caracterizados. 3.3.2 Caracterização dos clones de células endoteliais de aorta de coelhos transfectadas com o mutante negativo dominante de p21Ras. Os clones foram caracterizados por “Southern blotting” e “Northern blotting”, para verificação da integração do DNA plasmidial e sua expressão. Respectivamente DNA e RNA são extraídos de aproximadamente 5 x 106 células mantidas em garrafas de cultura de 75 cm2 de área. DNA das células é extraído, digerido por enzimas de restrição e separado em gel de agarose conforme procedimento descrito acima utilizando para isolar DNAs plasmidianos. Procedemos então à transferência desse DNA do gel para Materiais e Métodos 47 membrana de Nylon Hybond-N (Amersham Pharmacia Biotech) pelo método de capilaridade e fixação por irradiação com luz UV. Para extração do RNA, as células são lavadas com PBS e lisadas em solução A (fenol saturado com água, tiociato de guanidina 4 M, citrato de sódio 25 mM, pH 7.0, acetato de sódio 2M, pH 4.0, na proporção 1:1) de acordo com Xie et al., (1995). Ao lisado celular adicionar-se-á igual volume da mistura de clorofórmio álcool isoamilico e após vigorosa agitação, incubação por 30 minutos e centrifugação a 12000 x g., o sedimento é lavado com etanol 70%. O RNA precipitado é dissolvido em água e mantido a -20°C. sendo todas as soluções e materiais, tratados previamente para a eliminação de RNAse. O RNA é então fracionado em gel de agarose contendo formaldeido, transferido para membrana de Nylon Hybond-N e fixado de forma similar ao DNA, conforme descrito por Sambrook et al., (1989). Sondas radioativas são preparadas utilizando-se α[32P] dCTP para marcar o plasmídeo pMMRasDN pelo método “Random Priming” utilizando-se o kit “Random Primers DNA Labeling System” (Gibco/BRL) conforme protocolo do fabricante. As membranas são hibridizadas “overnigth” a 42°C seguindo-se o protocolo convencional, sendo as lavagens finais em condições de alta estrigência. As membranas então são expostas a filmes autoradiográficos pelo tempo necessário para obtenção do sinal. Após caracterização, obtivemos os clones, C1A, C2A e C3A que apresentou a maior expressão negativa dominante, e foi, portanto, utilizado nos experimentos. 3.4 Western blot Materiais e Métodos 48 Nestes experimentos, células foram lisadas em tampão A (Hepes 20 nM. pH 7.5, 150 nM, glicerol 10%, triton X-100 a 1%, MgCl2 1.5 mM, EDTA 1 mM; aprotinina 1 µg/ml; leupeptina 1 µg/ml e PMSF 1 mM) acrescido dos inibidores de proteínas fosfatases, ortovanadato de sódio 2 mM, fluoreto de sódio 50 mM e pirofosfato de sódio 10 mM. A concentração de proteínas nos lisados foi determinada pelo método de Bradford (Bradford, M.M.,1976). Quantidades iguais de proteínas dos lisados foram misturadas com 50 µl de tampão de amostra 4 vezes concentrado (Tris-HCl 150 mM, pH 6.8, βmercaptoetanol 15%, SDS 6%, azul de bromofenol 0,3%), fervidas por 5 min e separadas eletroforéticamente em gel de poliacrilamida e SDS 10%. As reações de Western-blotting foram realizadas em gel de poliacrilamida 10% para ERK, Elk 1, Ciclina D1, E,A, cdk 4, cdk 6 e proteína Rb. As proteínas foram submetidas à eletroforese em tampão de corrida a 250V e 8mA durante toda à noite. A transferência foi realizada em papel de nitrocelulose aplicando-se uma de corrente de 200mA a 250V por 2 horas em cuba de transferência (BioRad). A confirmação da transferência foi realizada rinsando a membrana com Ponceau S; em seguida, a membrana foi lavada com TBST e bloqueada em solução 5% leite para ERK 1 / 2, Elk 1, Ciclina D1, cdc 2, cdk 4, cdk 6 e proteína Rb por 2 horas sob agitação em temperatura ambiente. Após o período a membrana foi lavada 3 vezes por 15 minutos com TBST sob agitação e adicionado o anticorpo primário diluído; ERK (1:2000), Elk 1 (1:2000), Ciclina D1, E, A (1/1000), cdk 4 (1/500) cdk 6 (1/500), Proteína Rb (1/1000) cdc 2 (1/1000) em 5% BSA durante toda a noite, sob agitação a 4ºC. Após a incubação a membrana foi novamente Materiais e Métodos 49 lavada 3 vezes de 15 minutos a temperatura ambiente. O anticorpo secundário anti-IgG de camundongo produzido em cabra; anti-IgG de coelho produzido em suino ou anti-IgG de cabra produzido em coelho foi diluído em TBST 0,1%; ERK (1:3000), Elk 1 (1:3000), Ciclina D1, E, A (1/2000), cdk 4 (1/1000) cdk 6 (1/1000), Proteína Rb (1/2000) cdc 2 (1/2000) e incubado durante 1 hora a temperatura ambiente sob agitação. A membrana foi lavada 1 vez por 15 minutos e 2 vezes por 5 minutos com TBST. A revelação foi realizada utilizando-se kit ECL de quimioluminescência. 3.5 Análise do Ciclo Celular Para a análise do ciclo celular, 104 células/ml foram plaqueadas em placas de 6 poços aglomerados. Após 24 horas as células foram contadas e tratadas com 0,1mM de SNAP e 10% de SBF durante 120 minutos e 300 minutos em atmosfera 5% de CO2 à 37ºC. Para o controle, as células foram mantidas em meio F12 suplementado com 0,5% de SBF. Após o período de incubação as células foram lavadas duas vezes em PBS. Utilizamos o protocolo do “CycleTEST PLUS™ DNA Reagent Kit” da empresa Becton Dickinson para o tratamento das células e sua aquisição. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson). 3.6 Ensaio de proliferação celular Materiais e Métodos 50 Células endoteliais de aorta de coelho foram semeadas em placas de 6 poços aglomerados a uma densidade de 5 x 104 células por poço em meio F12 suplementado com 0,5% de soro bovino fetal. As células foram mantidas nestas condições durante 24 horas a uma atmosfera com 5% de CO2 à 37ºC. Após este período, o doador de NO (SNAP) na concentração de 0,1 mM e soro bovino fetal a 10%, foram adicionados ao meio de cultura e deixados por 300 minutos. Em seguida o meio de cultura foi trocado por meio F12 com suplementação de 0,5% de soro bovino fetal e as células foram incubadas por mais 24 horas. Após este período as células foram contadas em 48 horas para comparações de resultados dos estímulos. Células endoteliais de aorta de coelho nas condições acima, mas sem estímulos foram utilizadas como controles de proliferação basal. Quando do uso do inibidor de MEK 1 (PD98059), as células endoteliais de aorta de coelhos foram incubadas inicialmente por 30 minutos com este inibidor e posteriormente estimuladas com doadores de NO e SBF. De maneira análoga foi o procedimento para as células transfectadas com Ras negativo dominante N17Ras (C3A) e para as transfectadas com plasmídeo vazio pcDNA. Os ensaios de proliferação foram realizados em triplicatas e seus resultados determinados como a média aritmética (±) o desvio padrão. Os resultados finais foram expressos em numero de células contadas (N x 104), obtida em culturas estimuladas, e o basal obtido em culturas não estimuladas (média aritmética (±) o desvio padrão). 3.7 Fracionamento citoplasmático e nuclear Materiais e Métodos 51 Lisar as células em tampão de extração citoplasmática 1 (descrito em material e método) por 20 minutos a 4ºC. Carregar o lisado com 1 ml do buffer 2 (descrito em material e método) em tubo eppendorf. Centrifugar 10 minutos a 4ºC/1.600g. Centrifugar sobrenadante por 10 minutos a 4ºC/13.000g. Sobrenadante contem a fração citoplasmática. Lavar o pellet da primeira centrifugação em tampão de extração nuclear (descrito em material e método). Resuspender o pellet em 100µl de tampão de extração nuclear e incubar por 30 minutos a 4ºC em agitação constante (vortex). Centrifugar o lisado por 10 minutos a 4ºC por 10 minutos/13.000g. Sobrenadante contem fração nuclear. 3.8 Análise Estatística Resultados representam a média do valor de três experimentos. Os resultados são expressos como média aritmética ± S.D. Foram feitas comparações estatísticas com o teste Student's t. Utilizamos também o t Dunnet ANOVA. Foram consideradas estatisticamente significantes as diferenças *P < 0,05. 3.9 Imunofluorescencia Indireta (Imuno-Citoquímica) Células endoteliais de aorta de coelho e células transfectadas com mutante negativo dominante para p21Ras N17Ras (C3A) foram tratadas com doadores de NO (SNAP = 0,1mM) e Soro Bovino Fetal (10%) em tempo de 15 e 30 minutos. Para controle foram utilizadas células mantidas em meio Materiais e Métodos 52 F12 mais suplementação com SBF a 0,5%. Após estímulos as células foram lavadas 3 vezes com PBS e em seguida fixadas com PFA 4% por dez minutos a 4ºC. Após o período, foram lavadas 3 vezes com PBS e permeabilizadas em PBS nonidet P40 0,1% por 30 minutos a 37ºC. Em seguida mais três lavagens com PBS e bloqueadas com PBS Albumina 1% por 30 minutos a 37ºC. Após o bloqueio, as células foram lavadas uma vez com PBS. O anticorpo primário anti-fosfo ERK 1 / ERK 2 e o anticorpo secundário utilizado foram diluídos em albumina 1% e incubados a 37ºC por uma hora para o anticorpo primário e 24 horas para o anticorpo secundário. Os anticorpos encontram-se descritos no item “anticorpos” acima. Após o período as células foram lavadas com PBS quatro vezes por 7 minutos cada sob agitação. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, com aumento final de 1.000 X. 4 - RESULTADOS Resultados 54 4.1 Efeitos da inibição de p21Ras na fosforilação e ativação das MAP quinases ERK 1 / ERK 2 em células endoteliais de aorta de coelho mediada por óxido nítrico e soro bovino fetal. Confirmando observações feitas anteriormente (Rocha Oliveira et. Al., 2003), na figura 1 mostramos que doadores de NO e SBF promovem a fosforilação e conseqüente ativação das MAP quinases ERK 1 / ERK 2, e que este processo dependia da ativação de p21Ras. Observamos que a adição do inibidor da farnesil transferase FPT II inibiu a fosforilação das MAP quinases ERK 1 / ERK 2 após estímulos. Densitometry (arbitrary units) 8 6 * * 4 2 0 Figura 1. Células endoteliais de aorta de coelho foram carenciadas por 24 horas e préincubadas com FPT II na concentração de 25 µM por mais 24 horas. Depois deste período foram feitas as incubações na presença do doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%), por 30 minutos. Após este período as células foram lisadas. A quantidade de proteína utilizada do lisado foi de 75µg. Utilizamos SDS/PAGE (10% gel) e transferência para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A revelação foi feita através de ECL. O autoradiograma é o representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 55 O mesmo efeito foi observado quando utilizamos as células endoteliais de aorta de coelho transfectadas com N17Ras (C3A) que são negativas dominantes para p21Ras, Figura 2A. Densitometry (arbitrary units) 15 * 10 5 0 Figura 2A. Células C3A foram incubadas com doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) por 30 minutos. Após este período as células foram lisadas. A quantidade de proteína utilizada do lisado foi de 75µg. Utilizamos SDS/PAGE (10% gel) e transferência para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK 1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A revelação foi feita através de ECL. O autoradiograma é o representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 56 O controle para verificação de efeitos inequívocos da transfecção foi feito utilizando-se células transfectadas com vetor vazio pcDNA. Foram obtidos resultados semelhantes àqueles obtidos para células parentais, Figura 2B. Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 2B. Células com vetor vazio (pcDNA) foram incubadas com doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) por 30 minutos. Após este período as células foram lisadas. A quantidade de proteína utilizada do lisado foi de 75µg. Utilizamos SDS/PAGE (10% gel) e transferência para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK 1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A revelação foi feita através de ECL. O autoradiograma é o representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 57 Ainda confirmando observações anteriores, o inibidor de MEK PD98059 não permite a fosforilação e a ativação de ERK 1 / ERK 2, caracterizando a participação da via Ras / MEK / ERK 1 / 2 nos eventos de sinalização iniciados por NO, Figura 3. Densitometry (arbitrary units) 8 6 * * 4 2 0 Figura 3. Células endoteliais de aorta de coelho foram carenciadas por 24 horas e préincubadas com inibidor de MEK PD98059 na concentração de 20 µM por 30 minutos. Depois deste período foi feita a incubação na presença do doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) por 30 minutos. Após este período as células foram lisadas. A quantidade de proteína utilizada do lisado foi de 75µg. Utilizamos SDS/PAGE (10% gel) e transferência para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK 1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 e ERK 2. A revelação foi feita através de ECL. O autoradiograma é o representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 58 A cascata de sinalização das MAP kinases ERK 1 / 2 é essencial para regulação da expressão gênica em resposta a sua grande variedade de sinais extracelulares e intracelulares. Entretanto, os eventos que ocorrem após a ativação destas proteínas quinases ainda não são totalmente conhecidas. As MAP Kinases ERK 1 / 2 podem ser funcionalmente redundantes ou não. Chuang & Ng, 1994, mostram que p44 ERK 1 ativa especificamente o fator de transcrição ELK 1, enquanto p42 ERK 2 ativa o gene de resposta imediata C-Myc. Nós fracionamos as células após estímulo com doador de NO ou com soro e estudamos a distribuição celular das formas ativas das MAP quinases ERK 1 / ERK 2. 4.2 Translocação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo e conseqüente fosforilação do fator de transcrição Elk-1 estimulada por óxido nítrico, dá início a ativação do ciclo celular. A utilização do extrato nuclear serviu para demonstrar a translocação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo da célula. Células endoteliais de aorta de coelho foram carenciadas por 24 horas e estimuladas com doador de óxido nítrico SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) por 30 minutos. Após o período as células foram lisadas e submetidas à análise por “immunobloting” utilizando anticorpos específicos para reconhecimento da Resultados 59 forma ativada de ERK 1 / ERK 2 conforme descrito em material e métodos. No extrato nuclear a MAP quinase ERK 1 predominava e se encontrava fosforilada após estímulo com doador de No e SBF, Figura 4A. Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 4A. Células endoteliais de aorta de coelho foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP e SBF em doses previamente descritas. Após 30 min. de incubação as células foram lisadas. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK 1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Nas células que expressam a forma negativa dominante de Ras (C3A), apenas o estímulo com soro promoveu a fosforilação da MAP Resultados 60 quinase p44 ERK 1. Células transfectadas com vetor vazio se comportaram como as células parentais. Figura 4B. Densitometry (arbitrary units) 15 * 10 5 0 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 4B. Células C3A e pcDNA foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) em doses previamente descritas. Após 30 min. de incubação as células foram lisadas. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti ERK 1 / ERK 2 anticorpos e anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 61 Quando utilizamos o inibidor de MEK 1 (PD98059), não verificamos a fosforilação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2, no extrato nuclear de células endoteliais de aorta de coelho submetidas aos dois estímulos (dados não demonstrados). Utilizamos imunofluorescência indireta com o objetivo de confirmarmos a migração para o núcleo das formas fosforiladas das ERKs, após estímulo com soro e com doador de NO. Estimulo com 10% de soro bovino fetal induziram a migração das formas fosforiladas MAP quinases ERKs para o núcleo celular, no curso do tempo inicial. Os dados foram obtidos através da imunofluorescência indireta com leitura em microscopia confocal, Figura 4C. 1 2 3 Figura 4C. Soro bovino fetal (SBF) ativa a translocação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo em células Endoteliais de aorta de coelho. Células foram carenciadas por 24 horas e estimuladas com SBF 10% por 15 minutos e 30 minutos. 1- corresponde a célula controle sem estímulo; 2 – corresponde ao tempo 15 minutos com estimulo de SBF; 3 – corresponde ao tempo 30 minutos com estimulo de SBF. A imunofluorescencia indireta foi elaborada com a utilização de anticorpos anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, aumento final de 1.000 X. Resultados 62 Semelhante resultado foi observado com a utilização de SNAP 0,1 mM, Figura 4D 1 2 3 Figura 4D. Óxido Nítrico ativa a migração das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo de células endoteliais de aorta de coelho. Células foram carenciadas por 24 horas e estimuladas com doador de NO (SNAP=0,1mM) por 15 minutos e 30 minutos. 1corresponde a célula controle sem estímulo; 2 – corresponde ao tempo 15 minutos com estímulo de SNAP; 3 – corresponde ao tempo 30 minutos com estímulo de SNAP. A imunofluorescencia indireta foi elaborada com a utilização de anticorpos anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, aumento final de 1.000 X. Inibidor de MEK 1 PD 98059 inibe a translocação das ERKs para o núcleo da célula em RAEC diante de estimulo com SNAP 0,1 mM. Figura 4E. 1 2 3 Figura 4E. Inibidor de MEK 1 PD 98059 inibe a migração das Map quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo de células endoteliais de aorta de coelho. Células foram carenciadas por 24 horas e pré-incubadas com inibidor de MEK PD98059 na concentração de 20 µM por 30 minutos. Depois deste período foi feita a incubação na presença do doador SNAP (0,1 mM) por 15 e 30 minutos. 1- corresponde a célula controle sem estímulo; 2 – corresponde ao tempo 15 minutos com SNAP; 3 – corresponde ao tempo 30 minutos com SNAP . A imunofluorescencia indireta foi elaborada com a autilização de anticorpos anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, aumento final de 1.000 X. Resultados 63 Resultados semelhantes foram obtidos com a utilização do inibidor de MEK 1 PD 98059 e com estimulo de soto fetal bovino a 10% (dados não apresentados). Como esperado em células C3A, a ausência da forma funcional de Ras não permitiu a translocação nuclear das ERK 1 / 2 após estímulo com NO. Ao contrário, quando estimuladas com soro, as células responderam cm a ocorrência do fenômeno, Figura 4F e 4G. Figura 4F. Células C3A estimuladas com SNAP 0,1 mM. 1 2 3 Figura 4F. Óxido Nítrico não estimula a migração das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo de células endoteliais de aorta de coelho transfectadas com mutante negativo N17Ras, C3A. Células foram carenciadas por 24 horas e estimuladas com doador de NO (SNAP=0,1mM) por 30 minutos. 1- corresponde a célula controle sem estímulo; 2 – corresponde ao tempo 15 minutos com estímulo de SNAP; 3 – corresponde ao tempo 30 minutos com estímulo de SNAP. A imunofluorescencia indireta foi elaborada com a utilização de anticorpos anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, aumento final de 1.000 X. Resultados 64 Figura 4G. Células C3A estimuladas com soro bovino fetal 10%. 1 2 3 Figura 4G. Soro bovino fetal estimula a migração das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo de células endoteliais de aorta de coelho transfectadas com mutante negativo N17Ras, C3A. Células foram carenciadas por 24 horas e estimuladas com SBF 10% por 15 e 30 minutos. 1- corresponde a célula controle sem estímulo; 2 – corresponde ao tempo 15 minutos com estímulo de SBF; 3 – corresponde ao tempo 30 minutos com estímulo de SBF. A imunofluorescencia indireta foi elaborada com a utilização de anticorpos anti-phospho ERK 1 / ERK 2. A leitura foi feita em microscópio confocal com objetiva de 100 X e ocular de 10 X, aumento final de 1.000 X. Nós também observamos a migração das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 para o núcleo em células transfectadas com plasmídeo vazio (pcDNA), (dados não apresentados). Após a caracterização da translocação para o núcleo das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 verificamos a fosforilação do fator de transcrição Elk-1 após 60 minutos de incubação com doador de NO (SNAP 0,1mM) e SBF (10%). A determinação do tempo foi estabelecida através de uma curva de tempo em células estimuladas com SNAP 0,1 mM, figura 4H. Resultado semelhante foi observado com estimulo de SBF 10% (dados não apresentados). Resultados 65 Densitometry (arbitrary units) Figura 4 H. 350 300 250 200 150 100 50 0 * 0 min 15 min 30 min * * 45 min 60 min Figura 4H. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF (10%). Os lisados de extrato nuclear foram obtidos nos tempos 15 min/ 30 min/ 45 mim e 60 min. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti Elk-1 anticorpos e anti-phospho Elk-1. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Com a fosforilação de Ekl -1 em células endoteliais de aorta de coelho através de estimulo com SNAP e SBF por 60 minutos, fomos observar os eventos em células transfectadas C3A e pcDNA, nas mesmas condições descritas para células endoteliais de aorta de coelho, como demonstrado na figura 4 I. Resultados 66 Densitometry (arbitrary units) 15 * 10 5 0 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 4I. Células C3A e pcDNA foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP e SBF em doses previamente descritas. Os lisados de extrato nuclear foi obtido no tempo 60 min. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti Elk-1 anticorpos e antiphospho Elk-1. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. A confirmação da participação da via de p21Ras – MAP quinases ERK 1 e ERK 2 no processo de fosforilação de Elk – 1, foi feita utilizando-se o inibidor de MEK PD 98059 e as células C3A, deficientes em Ras. Resultados 67 Nós observamos que, quando utilizamos o inibidor de MEK 1, PD98059 em células endoteliais de aorta de coelho, a fosforilação de Elk-1 não ocorreu, figura 4J. O mesmo efeito foi observado quando da utilização de células C3A estimuladas com SBF, (dados não apresentados). Figura 4J. Densitometry (arbitrary units) 8 6 * * 4 2 0 Figura 4J. Células endoteliais de aorta de coelho foram carenciadas por 24 horas e préincubadas com inibidor de MEK PD98059 na concentração de 20 µM por 30 minutos. Depois deste período foi feita a incubação na presença do doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) por 30 minutos. Após este período as células foram lisadas. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anti Elk-1 anticorpos e anti-phospho Elk-1. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 68 4.3 Fator de transcrição Elk-1 fosforilado aumenta e expressão da ciclina D1 e das quinases dependentes de cliclinas cdk4 e cdk 6. Como demonstrado acima, a fosforilação das MAP quinases ERK 1 / 2 e a sua conseqüente translocação para o núcleo, fosforila o fator de transcrição Elk-1. Para a progressão do ciclo celular a fosforilação de ELK-1 promove o recrutamento da ciclina D1, cdk4 e cdk 6. Este complexo ternário é necessário para a progressão do ciclo celular. Em células de mamíferos, a ciclina D1, é uma importante ferramenta no controle da transição da fase G1 para fase S (Sherr, 1994 e Hunter, 1994). A ciclina D1 ativa as proteínas dependentes de quinase Cdk4 e Cdk6 (Weinberg, 1995). Em nosso estudo, observamos que o estimulo com doador SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) elevam a expressão da ciclina D1 e das quinases dependente de ciclinas cdk 4 e cdk 6 em células endoteliais de aorta de coelho, e em células transfectadas com vetor vazio pcDNA, figura 5A e 5B. Figura 5A. Densitometry (arbitrary units) 15 10 5 0 * * Resultados 69 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 5A. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF (10%). Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 60 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina D1, anticorpo anti cdk4 e cdk 6. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 70 Densitometry (arbitrary units) Figura 5B 15 10 * * 5 0 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 Densitometry (arbitrary units) 0 15 10 * * 5 0 Figura 5B. Células transfectadas com plasmídeo vazio pcDNA foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF(10%). Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 60 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina D1, anticorpo anti cdk4 e cdk 6. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 71 Utilizamos a expressão da proteína quinase p34cdc2 ou cdc2 como normalizadora na avaliação das alterações de expressão da ciclina D1 e das quinases dependentes de ciclinas cdk4 e cdk6, uma vez que a expressão desta proteína quinase é importante para a transição dos estágios G1-S e G2-M e permanece inalterada ao longo do ciclo celular, (Sherr, 1994). Quando utilizarmos as células Ras negativa dominante, C3A, não verificamos o aumento da expressão da ciclina D1, bem como das quinases dependentes de ciclinas cdk4 e cdk6, quando estas células eram estimuladas com doador de NO (SNAP 0,1mM) por 60 minutos. Ao contrário, quando as células C3A eram estimuladas com soro bovino fetal (10%), como Densitometry (arbitrary units) demonstrado na figura 5C. Densitometry (arbitrary units) 15 10 5 0 15 10 * 5 0 * Resultados 72 Densitometry (arbitrary units) 15 10 * 5 0 Figura 5C. Células Ras dominante negativa, C3A, foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF(10%) em doses previamente descritas. Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 60 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina D1, anticorpo anti cdk4 e cdk 6. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Como esperado o bloqueio da via Ras – MAP quinase em ERK 1 / 2 através do uso de seu inibidor farmacológico PD 98059, inibiu a expressão da ciclina D1, estimulada pelo doador de NO ou por soro, figura 5D. Resultados 73 Densitometry (arbitrary units) 8 6 * * 4 2 0 Figura 5D. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas e pré incubadas com inibidor de MEK PD98059 na concentração de 20µM por 30 minutos. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF (10%). Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 60 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina D1, anticorpo anti cdk4 e cdk 6. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. 4.4 Associação catalítica da ciclina D1 com as proteínas quinases dependentes de ciclinas Cdk4 e Cdk6 hiperfosforila a proteína retinoblastoma (pRb) quando células endoteliais de aorta de coelho foram estimuladas com doadores de NO e SBF. A associação catalítica da ciclina D1 com cdk 4 e cdk 6 é essencial para a fosforilação da proteína Rb. Esta associação catalítica hiperfosforila a proteína do retinoblastoma (pRb) no final da fase G1 (Weinberg, 1995). Nós verificamos que o aumento da expressão de ciclina D1 e das Resultados 74 ciclinas dependentes de quinase cdk 4 e cdk 6, fosforilam a proteína Rb, quando células endoteliais de aorta de coelho foram estimuladas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) ou com SBF (10%) por 60 minutos, figura 6A. Densitometry (arbitrary units) 15 10 * * 5 0 Figura 6A. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF (10%). Os lisados de extrato nuclear foram obtidos nos tempos 15 min/ 30 min/ 45 mim e 60 min. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti pRb e anti-phospho pRb. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Com a fosforilação da proteína Rb em células endoteliais de aorta de coelho através de estimulo com SNAP e SBF por 60 minutos, fomos observar os eventos em células transfectadas C3A e pcDNA, nas mesmas condições descritas para células endoteliais de aorta de coelho, como demonstrado na figura 6B. Resultados 75 Densitometry (arbitrary units) Densitometry (arbitrary units) 15 * 10 5 0 15 10 * * 5 0 Figura 6B. Células C3A e pcDNA foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP e SBF em doses previamente descritas. Os lisados de extrato nuclear foi obtido no tempo 60 min. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti pRb e antiphospho pRb. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é resultado de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. O inibidor de MEK PD98059 bloqueou a fosforilação da proteína Rb mediada tanto por NO quanto por soro (dados não apresentados). Resultados 76 4.5. Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na progressão do ciclo celular da fase G1 para a fase S em células endoteliais de aorta de coelho. Aquisição de células por citometria de fluxo foi elaborada para associar a fosforilação da proteína Rb com a transição do ciclo celular da fase G1 para a fase S. Nós examinamos a participação do doador de NO (SNAP) e SBF no processo com células endoteliais de aorta de coelho. Utilizamos também o inibidor de MEK 1, PD98059 com incubação prévia de 30 minutos e em seguida os estímulos para verificarmos a participação das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 na cascata de sinalização celular. 104 células/ml foram plaqueadas em placas de 6 poços aglomerados. Após 24 horas as células foram tratadas com 0,1mM de SNAP e 10% de SBF durante 120 minutos em atmosfera 5% de CO2 à 37ºC. Para o controle, as células foram mantidas com meio F12 suplementado com 0,5% de SBF. Utilizamos o protocolo do “CycleTEST PLUS™ DNA Reagent Kit” da empresa Becton Dickinson para o tratamento das células para aquisição. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson), Figura 7A. O tempo foi determinado através do acompanhamento das alterações tempo-dependente, (dados não apresentados). Resultados 77 1 2 Resultados 78 3 4 Resultados 79 5 Figura 7A. Para controle células endoteliais de aorta de coelho foram mantidas em meio F12 com suplementação de 0,5% de SBF (Histograma 1). Células endoteliais de aorta de coelho foram tratadas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) , SBF (10%) por 120 minutos (Histograma 2 e 3). Utilizamos também o inibidor de MEK 1 PD98059 (20 µM) por 30 minutos e em seguida estimulo com doador de NO (SNAP 0,1mM) e SBF (10%) por 120 minutos (Histograma 4 e 5). A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson). A significância foi fixada em *p < 0.05. Os dados tabulados são representativos de três experimentos independentes. Com o objetivo de oferecermos suporte experimental adicional para elucidarmos o papel de p21Ras no processo da ativação do ciclo celular mediado pelo NO, utilizamos células negativas dominantes para p21Ras, C3A. Procedemos de maneira análoga às células parentais, figura 7B. Resultados 80 Resultados 81 Figura 7B. Células C3A foram tratadas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) , SBF (10%) por 120 minutos. As células controles foram mantidas em meio F12 com suplementação de SBF 0,5% de SBF. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson). A significância foi fixada em *p < 0.05. Os dados tabulados são representativos de três experimentos independentes. A utilização do inibidor de MEK 1, PD 98059 bloqueou a progressão do ciclo celular da fase G1 para a fase S, quando células C3A foram estimuladas com soro bovino fetal 10%, (dados não apresentados). Com as células transfectadas com o vetor vazio procedemos de maneira análoga às células parentais, figura 7C. Resultados 82 Resultados 83 Figura 7C. Células pcDNA foram tratadas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) , SBF (10%) por 120 minutos. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson). A significância foi fixada em *p < 0.05. Os dados tabulados são representativos de três experimentos independentes. A utilização do inibidor de MEK 1, PD 98059 bloqueou a progressão do ciclo celular da fase G1 para a fase S, quando células pcDNA foram estimuladas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) e soro bovino fetal (10%), (dados não apresentados). 4.6 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na passagem do ciclo celular da fase G1 para a fase S, através do aumento da expressão da ciclina E. Resultados 84 A caracterização dos dados demonstrados nos histogramas, através da passagem do ciclo celular da fase G1 para a fase S, pode ser confirmada com a análise do aumento da expressão da ciclina E, uma vez que a expressão do gene codificador da ciclina E é regulado pelo E2F (Sherr, 1996) como demonstrado na figura 8. Ativação da Ciclina E pode ser observada após 180 minutos de estímulo com doador de NO SNAP=0,1mM e SBF a 10%. O tempo de 180 minutos foi determinado através de uma Desnsitometry arbitrary units cinética de tempo, (dados não apresentados). Figura 8. 100 80 * * * * * 60 40 20 0 Figura 8. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF(10%). Também foram utilizadas células C3A e PcDNA nas mesmas condições. Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 180 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina E. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa e proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 85 4.7 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na passagem do ciclo celular da fase S para a fase G2/M, através do aumento da expressão da ciclina A Para caracterizar a progressão do ciclo celular através da passagem da fase S para a Fase G2/M, determinamos o aumento da expressão da ciclina A. Ativação da Ciclina A após 300 minutos de estímulo com doador de NO SNAP=0,1mM e BFS a 10%. O tempo de 300 minutos foi determinado através de uma cinética de tempo, (dados não demonstrados). Desnsitometry arbitrary units Figura 9A. 100 80 * * * * * 60 40 20 0 Figura 9A. Células Endoteliais de Aorta de Coelhos foram carenciadas por 24 horas. Após este período foram incubadas na presença de SNAP (0,1 mM) e SBF(10%). Também foram utilizadas células C3A e PcDNA nas mesmas condições. Os lisados de extrato nuclear foram obtidos após 300 minutos. A quantidade de proteínas utilizada do lisado nuclear foi de 150µg. A corrida foi feita através de SDS/PAGE (10% gel) e transferida para membranas de nitrocelulose. “Immunoblotting” foi fixado com anticorpo anti ciclina A. Para normalizador foi utilizado anticorpo anti cdc 2. A revelação foi feita por ECL. O autoradiograma é representativo de três experimentos independentes. O nível de fosforilação em cada faixa de proteína observado no autoradiograma foi determinado por densitometria laser. A significância foi fixada em *p < 0.05 em relação ao controle não tratado. Resultados 86 Aquisição de células por citometria de fluxo foi elaborada para associar o aumento da expressão da ciclina A com a transição do ciclo celular da fase S para a fase G2/M. Foram utilizadas células endoteliais de aorta de coelho, células C3A e células pcDNA. 104 células/ml foram plaqueadas em placas de 6 poços aglomerados. Após 24 horas as células foram tratadas com 0,1mM de SNAP e 10% de SBF durante 300 minutos em atmosfera 5% de CO2 à 37ºC. Utilizamos o protocolo do “CycleTEST PLUS™ DNA Reagent Kit” da empresa Becton Dickinson para o tratamento das células e aquisição. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson), Figura 9B. O tempo foi determinado através de uma cinética de tempo, dados não apresentados. Resultados 87 Resultados 88 Resultados 89 Resultados 90 Figura 9B. Células RAEC (EC), C3A e PcDNA foram tratadas com doador de NO (SNAP 0,1 mM) , SBF (10%) por 300 minutos. A aquisição das células foi feita por citometria de fluxo, através do software ModFit LT V 2.0 e a análise dos histogramas pelo software Cell Quest (Becton Dickinson). A significância foi fixada em *p < 0.05. Os dados tabulados são representativos de três experimentos independentes. Resultados 91 Como esperado, quando utilizamos o inibidor de MEK PD98059 e em seguida estímulos com SNAP e SBF em células endoteliais de aorta de coelho, C3A, e pcDNA não observamos a transição do ciclo celular da fase S para a fase G2/M, dados não demonstrados. 4.8 Efeito do óxido nítrico e do soro bovino fetal na proliferação de células endoteliais de aorta de coelho. Uma vez demonstrada a progressão da fase G2/M do ciclo celular, mediada por NO, passamos ao estudo da proliferação sob estímulo de doador de NO. O estímulo dado pelo SBF (10%) foi utilizado como controle positivo. Células endoteliais de aorta de coelho foram estimuladas com doadores de NO e soro bovino fetal nas concentrações: SNAP (0,1 mM) e SBF (10%). Células endoteliais de aorta de coelho em meio de cultura F12 com suplementação de 0,5% de soro bovino fetal foram contadas e semeadas inicialmente a 5X104 células / poço. Novas contagens foram feitas após o intervalo de 24 horas. Estímulo com doadores de NO e com soro bovino fetal foi feito no tempo 24 horas por 300 minutos. A contagem final para comparação entre as diferentes situações foi feita no tempo de 48 horas. Os resultados obtidos demonstram que células endoteliais de aorta de coelho estimuladas com NO e SBF tiveram incrementos na proliferação celular em comparação com células que não receberam estimulo, Figura 10. Resultados 92 Curva de Crescimento Celular Raec 28,52 40 Número de Células 35 15,28 30 8,08 25 20 15 5 10 * 29,9 * EC * EC/SNAP * EC/SBF * 5 0 Inicial 24 h 48 h Tem po 48 h 48 h Figura 10. Células endoteliais de aorta de coelho foram mantidas em meio F12 mais 0,5% de SBF. Contagem após 24 horas. Estímulos com doadores de NO e SBF no tempo 24 horas por 300 minutos. Verificação do efeito dos estímulos na proliferação no tempo 48 horas. Células contadas inicialmente, 5X104 por poço. Resultados são dados de três experimentos independentes e todas as contagens foram feitas em triplicatas. *P < 0,05. Controle vs. SNAP e SBF. 4.9 Inibição das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 e seus efeitos na proliferação de células endoteliais de aorta de coelho induzida por óxido nítrico e SBF. Células endoteliais de aorta de coelho em meio de cultura F12 mais suplementação de 0,5% de SBF foram semeadas inicialmente a 5X104 células / poço. Novas contagens foram feitas no tempo 24 horas. A inibição das MAP quinases ERK 1 e ERK 2 foi feita com o inibidor PD98059 na concentração de 20 µM no tempo de 24 horas por 30 minutos. Estímulos com SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) foram dados por 300 minutos neste tempo. Contagem final no tempo 48 horas foi feita para comparação dos efeitos proliferativos. Os resultados observados mostram que o uso do Resultados 93 inibidor PD98059 afeta diretamente a proliferação de Raec em condições basais e de estímulo por NO e SBF. Figura 11. Número de Células Curva de Crescimento Celular Raec Tratadas com PD 40 35 30 25 20 15 10 5 0 28,41 30,05 * * CTL CTL 15,5 8,15 5 * CTL 8,17 8,19 8,18 ** CTL/PD SNAP SNAP/PD SBF Inicial 24 h 48 h 48 h 48 h 48 h 48 h 48 h SBF/PD Tempo Figura 11. Células endoteliais de aorta de coelho foram contadas no período de 24 horas. Em seguida a Inibição das MAP quinases por PD 98059 no tempo 24 horas e após, estímulo com doadores de NO e SBF por 30 minutos. Verificação do efeito dos estímulos na proliferação no tempo 48 horas Numero de células iniciais de 5X104 por poço. Resultados são dados de três experimentos independentes e todas as contagens foram feitas em triplicatas. *P < 0,05. Controle vs. SNAP e SBF. Ficou demonstrado o papel de p21Ras na modificação mediada por NO quando utilizamos as células C3A. Procedemos de maneira análoga as células parentais. Estímulos com SNAP (0,1 mM) e SBF (10%) foi feito no tempo 24 horas por 300 minutos e a contagem final no tempo 48 horas para comparação dos efeitos em relação às células controles mantidas sem estímulos. O uso do inibidor de MEK 1 PD98059 foi utilizado para verificar seu efeito na proliferação de células C3A quando estimuladas com soro bovino fetal. Células contadas inicialmente, 5X104 por poço. Demonstramos assim Resultados 94 que a proliferação de células C3A estimulada por SBF era independente de Ras, porém dependente de ERK 1 e ERK 2. Figura 12. C3A - Curva de Crescimento Celular 24,5 Número de Células 30 25 7,11 20 15 10 C3A/CTL * 5 * C3A/CTL 10,8 * 7,12 7,12 C3ACTL SNAP SBF SBF/PD 5 0 Inicial 24 h 48 h 48 h 48 h 48 h Tempo Figura 12. Células C3A em meio F12 mais 0,5% de SBF. Contagem após 24 horas. Estímulos nas doses indicadas no tempo 24 horas. Para a inibição das MAP quinases utilizamos o inibidor de MEK 1 PD 98059 30 minutos antes dos estímulos. Verificação do efeito dos estímulos na proliferação no tempo 48 horas. Células contadas inicialmente, 5X104 por poço. Resultados são dados de três experimentos independentes e todas as contagens foram feitas em triplicatas. *P < 0,05. Controle vs. SNAP e SBF. Também foi elaborada uma curva de crescimento para células pcDNA. Os procedimentos foram estabelecidos de maneira análoga aos das células parentais. Figura 13. Resultados 95 Número de Células Curva de Crescimento Celular ECpcDNA 28,97 28,3 35 30 15,26 25 8,13 20 15 5 10 * * ECpcDNA ECpcDNA * ECpcDNA * * EC/SNAP EC/SBF 5 0 Inicial 24 h 48 h 48 h 48 h Tempo Figura 13. Células pcDNA em meio F12 mais 0,5% de SBF. Contagem no tempo 24 horas. Estímulos nas doses indicadas no tempo 24 horas. Verificação do efeito dos estímulos na proliferação no tempo 48 horas. Células contadas inicialmente, 5X104 por poço. Resultados são dados de três experimentos independentes e todas as contagens foram feitas em triplicatas. *P < 0,05. Controle vs. SNAP e SBF. Resultados da curva de crescimento com células pcDNA tratadas com inibidor de MEK, PD 98059 e em seguidas estimuladas com doador de NO, SNAP e SBF, mostrou inibição na proliferação, dados não apresentados. 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Referências Bibliográficas Alessi, D.R.; Cuenda, A.; Cohen, P.; Dudley, D.T.; Saltiel, A.R. J. Biol. Chem., 270: 27489-27494, 1995. Arora, P. D.; Ma, J.; Min, W.; Cruz, T.; Mcculloch, C.A. Interleukin-1 Induced Calcium Flux In Human Fibroblasts Is Mediated Through Focal Adhesions. J. Biol. Chem., 270: 6042-6049, 1995. Avrunch, J.; Zhang, X.F; Kyriakis. J.M. Raf Meets Ras: Completing The Framework Of A Signal Transduction Pathway. Trends Biochem. Sci., 19: 279-283, 1993. Baass, P.C.; Di Guglielmo, G.M.; Authier, F.; Posner, B.I.; Bergeron, J.J.M. Compartmentalized Signal Transduction By Receptor Tyrosine Kinases. Trends Cell. Biol., 5: 465-470, 1995. Barbosa De Oliveira, L.C.; Rocha Oliveira, C.J.; Stern A.; Monteiro, H.P. 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