TÍTULO: CONHECIMENTO SOBRE AS AÇÕES TERAPÊUTICAS E TÓXICAS DE ÓLEOS ESSÊNCIAS: NECESSÁRIO AOS PROFISSIONAIS QUE PRESCREVEM FITOTERÁPICOS. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): LUCAS PEIXOTO SALES ORIENTADOR(ES): FERNANDA GALANTE RESUMO Óleos essenciais provindos do metabolismo secundário de plantas medicinais apresentam diversas funções necessárias a sobrevivência vegetal e ainda exercem papel fundamental na defesa contra microrganismos. Atualmente, os óleos essenciais são amplamente utilizados como fragrâncias e sabores nas indústrias de cosméticos, perfumes, medicamentos e alimentos. Ações benéficas são atribuídas a estes óleos podendo citar: antinociceptiva, antimicrobiana, cicatrizante, expectorante, vermífuga e recentemente a literatura relaciona sua atividade antitumoral. Neste contexto, é importante um conhecimento sobre os óleos essenciais e suas ações, levando em conta que alguns podem vir a trazer toxicidade, causando prejuízos à saúde. Palavras-chave: Fitoterapia, óleos essenciais, antifúngica, antibacteriana. INTRODUÇÃO Planta Medicinal segundo a ANVISA (2004) pode ser definida como qualquer planta que possua em um ou mais dos seus órgãos seja ele folha, caule, fruto, raiz, substâncias biologicamente ativas denominadas princípios ativos, com propriedades terapêuticas ou que sirvam como precursoras da síntese de algum fármaco. Dentre as diferentes terapias que utilizam plantas medicinais destaca-se a aromaterapia, sendo esta definida como a arte e a ciência que visa promover a saúde e o bem-estar do corpo, da mente e das emoções, através do uso terapêutico, do aroma natural das plantas por meio de seus óleos essenciais (BRITO; RODRIGUES; BRITO; XAVIER, 2013). Embora os óleos essenciais não tenham indicação por Via Oral e, desta forma, não fazem parte da prescrição do nutricionista, conforme resolução do Conselho Federal de Nutrição N° 556, DE 11 DE ABRIL DE 2015, cabe a estes profissionais conhecer sobre fitoterapia e as diferentes formas de compostos bioativos que uma planta medicinal pode fornecer. OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo descrever as principais ações terapêuticas dos óleos essenciais e apontar os principais cuidados em relação a sua toxicidade. METODOLOGIA A pesquisa foi realizada nas bases de dados MEDLINE, DEDALUS, BIREME, SCIELO e PUBMED, utilizando as palavras chave “óleos essenciais”, “antifúngica”, “Fitoterapia” e “Terpenóides” “Antibacteriana”. Os termos foram utilizados nos idiomas Inglês e Português e a busca limitou-se aos anos de 2000 a 2015. Os termos utilizados para pesquisa foram extraídos do DeCs (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings). Até o momento, 33 artigos científicos foram selecionados. DESENVOLVIMENTO Os constituintes químicos mais abundantes dos óleos essenciais são os terpenos sendo esse termo atribuído a uma molécula de hidrocarboneto simples que sofre modificações estruturais com a adição de radicais passando a ser designada por terpenóides (DIAS, 2013). Entre os terpenóides, os monoterpenos têm sido reportados na literatura por suas importantes atividades farmacológicas, sendo os mais presentes nos óleos essenciais. Estes óleos são extraídos de plantas através da técnica de arraste a vapor, extração por extrusão, hidrodestilação, extração subcrítica entre outras(MAIA; DONATO; FRAGA, 2015). Estudos veem apontam comprovadas ações dos óleos essenciais como: larvicida, atividade antioxidante, ação analgésica e anti-inflamatória, fungicida, antiviral, antiespasmódica, analgésica, antimicrobiana, cicatrizante, expectorante, relaxante, antisséptica das vias respiratórias, vermífuga e atividade antitumoral (NASCIMENTO et al., 2006; ASCENÇAO; FILHO, 2013). RESULTADOS PRELIMINARES Os trabalhos sobre óleos essenciais indicam que a prática milenar da aromaterapia é uma forma de terapia complementar eficaz para a promoção geral do bem-estar e para o tratamento de patologias, com isso diversas ações terapêuticas estão bem estabelecidas, autores como Simões; Spitzer (2003), Santos (2009), Cunha; Cavaleiro; Salgueiro (2005), Bandoni; Czepak (2008) e Brito; Rodrigues; Brito; Xavier (2013) relatam as ações: carminativa, sobre as vias urinarias, antiespasmódica, proteção cardiovascular, anti-helmíntica e antiparasitária, ação no aparelho respiratório, sobre o sistema nervoso, anti-inflamatória, antisséptica e antifúngica. Alguns cuidados em relação aos efeitos colaterais causados pelo uso de plantas medicinais devem ser tomados, como no caso da hipersensibilidade que pode variar de uma dermatite temporária (comum, por exemplo, entre os fitoquímicos) até um choque anafilático. Alguns óleos essenciais também devem ser evitados, como exemplo, os provenientes de bétula (Betula alba), cedro (Cedrela brasiliensis), erva-doce (Pimpinella anisum), jasmim (Jasminum officinalis), manjericão (Origanum basilicum), manjerona (Majorana hortensis), tomilho (Thymus vulgaris), rosa (Rosa sp.) e lavanda (Lavanda angustifolia). Neste último caso, devese evitar o consumo, especialmente nos primeiros meses de gravidez (JUNIOR; PINTO; MACIEL 2OO5). FONTES CONSULTADAS ASCENÇÃO, V. L.; FILHO, V. E. M. Extração, caracterização química e atividade antifúngica de óleo essencial syzygium aromaticum (cravo da índia). Cad. Pesq., São Luís, v. 20, n. especial, julho 2013. FRANÇA, I. S. X. D.; SOUZA, J. A. D.; BAPTISTA, R. S.; BRITTO, V. R. D. S. Popular medicine: benefits and drawbacks of medicinal plants. Revista brasileira de enfermagem. 61(2), 201-208, 2008. LIJU V. B.; JEENA K.; KUTTAN R. An evaluation of antioxidant, antiinflammatory, and antinociceptive activities of essential oil from Curcuma longa. L, Indian journal of pharmacology, 43(5): 526–53, 2011. MAIA, T. F.; DONATO; FRAGA, M. E. ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE OLEOS ESSENCIAIS DE PLANTAS. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.17, n.1, p.105-116, 2015. ROMERO, R. B.; ROMERO, A. L. Inibição de Ciclooxigenases 1 (COX-1) e 2 (COX2) por Monoterpenos: um Estudo in Silico. UNOPAR Científica Ciências Biológicas e da Saúde, v. 16, n. 4, p. 307-16, 2015.