III Mostra de Pesquisa
da Pós-Graduação
PUCRS
EDUCAÇÃO PERMANENTE: UMA DIMENSÃO
FORMATIVA NO SERVIÇO SOCIAL
Nome do Aluno da Pós: Rosa Maria Castilhos Fernandes
Nome do Orientador: Profª. Drª. Jussara Maria Rosa Mendes
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social-Doutorado
Faculdade de Serviço Social? PUCRS.
Resumo
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O Projeto de Pesquisa construído a partir de nossa inserção no Programa de Pós-Graduação
em Serviço Social da PUCRS, tem como objetivo analisar como os Assistentes Sociais da área da
saúde do Município de Porto Alegre, vêm vivenciando experiências de educação permanente no seu
processo de trabalho. A pesquisa tem como referencial epistemológico o método dialético crítico de
investigação e caracteriza-se como uma pesquisa do tipo qualitativa.
Nessa caminhada investigativa, percorre-se por trilhas nunca antes percorridas,
buscando a inserção nas brechas abertas pela ciência para o diálogo do conhecimento com a
realidade social. Entretanto, para que isto, a intenção neste estudo é construir as trilhas desta
investigação, a partir do diálogo com os sujeitos envolvidos, os Assistentes Sociais. Através
deste diálogo teve-se, como objetivo, analisar como os assistentes sociais que atuam no
campo da saúde, vêm desenvolvendo processos de educação permanente no trabalho.
III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2008
O ato de investigar e de indagar as contradições da realidade social é desafiador a
cada dia. Não são poucas as situações que nos deixam perplexas e, ao mesmo tempo, nos
inserem num permanente movimento de busca, em que não apenas nos damos conta das
situações desta complexa realidade, como nos mobilizamos para nela intervir.
As demarcações no Brasil nos anos 1990, caracterizadas pela combinação da
reestruturação produtiva (novo padrão de acumulação flexível), com as políticas neoliberais e
com a globalização acirraram o problema do desemprego e do emprego precário. Todo este
ritmo de inovações no mundo moderno altera as formas de gestão da força de trabalho,
requerendo um envolvimento dos trabalhadores na busca de metas de qualidade e
produtividade, em benefício do capital. Alteram-se, também, a demanda da mão-de-obra, os
padrões de qualificação e as exigências para formação profissional.
Desta forma, as dinâmicas das mudanças que se sucederam, mesmo em sociedades de
desenvolvimento industrial avançado, podem ser visualizadas sob diferentes prismas e com
efeitos nefastos sobre as condições de vida de segmentos expressivos da sociedade: ampliação
do desemprego, redução dos empregos estáveis nas empresas, terceirização, precarização das
relações de trabalho, elevados níveis de exigência de qualificação técnica, acentuada redução
nos níveis de sindicalização, violação dos direitos sociais, desmonte dos sistemas de proteção
social, a naturalização da desigualdade social, e, conseqüentemente, o surgimento de uma
nova pobreza.
Se as demarcações da atualidade vêm imprimindo diferentes formas de manifestações
e expressões vivenciadas pela população brasileira, em especial à classe trabalhadora, é
exatamente este cenário marcado por mudanças de toda ordem social, econômica e política,
que nos convoca para construção de estratégias de enfrentamento da questão social.
Uma destas estratégias está na possibilidade de considerarmos a Educação Permanente
que é a reflexão crítica sobre o processo de trabalho, como uma dimensão formativa no
âmbito do Serviço Social, pois as situações de trabalho vivenciadas pelos assistentes sociais
podem se constituir em experiências de aprendizagem significativas que incidem na qualidade
dos serviços prestados, uma vez que possam atender às necessidades sociais da população
usuária. Cabe, assim, aos profissionais, o compromisso de interrogar a lógica desse processo
de exclusão e problematizar os seus rebatimentos na vida cotidiana dos sujeitos,
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considerando-se cada história de vida e a forma como esta se expressa como demanda nos
espaços sócio-ocupacionais.
A partir deste quadro de transformações, desenhado em parte aqui e as demandas que
dele advêm, que marcam o início deste século XXI, ganha-se fôlego para repensar a
articulação entre temática educação e trabalho. Ancorando-se neste foco temático, busca-se
trilhar os caminhos desta investigação, refletindo sobre os saberes necessários aos assistentes
sociais, sobre as experiências educativas vivenciadas pelos mesmos e sobre o quanto os
espaços sócio-ocupacionais, podem se constituir num lócus de produção de conhecimentos,
que deve ser objeto de estudo no âmbito do Serviço Social.
Estudar e debruçar-se continuamente sobre os problemas de nossa época é reconhecer
a contraditória, complexa e dinâmica realidade que o assistente social interage em seu
cotidiano profissional. Mesmo que se tenha clareza dos objetivos profissionais e do lugar que
ocupamos de uma prática profissional, produto e protagonista, das transformações necessárias
para o enfrentamento na questão social, propõe-se investir na educação permanente enquanto
uma estratégia de formação profissional e de possibilidade real de superação de velhas
práticas para a consolidação do projeto ético-político do Serviço Social.
A primeira parte da pesquisa constitui-se de dois capítulos. No primeiro, tem-se com
objetivo
percorrer
sobre
as
configurações
contemporâneas
caracterizadas
pelas
transformações societárias de toda ordem: econômica, social, política, cultural, trazendo
alguns elementos que ilustram a forma como estas impactam, não somente a vida dos
trabalhadores, mas também os sistemas de educação e formação na sociedade. Tarefa esta
nada simples, pois, por mais que se tenha a intenção de percorrer sobre as configurações
atuais, sempre algo fica de fora, portanto não se teve a pretensão de dar conta desta totalidade
complexa. Entretanto, procura-se tratar sobre alguns dos aspectos de tais transformações, em
destaque os processos de reestruturação produtiva e a interface com as concepções de
formação e trabalho e, ainda, a relação existente sobre a educação e trabalho. Com estes
traçados, vai se desenhando a compreensão e os pressupostos teóricos que fundamentam a
investigação.
O segundo capítulo inicia com a revisão bibliográfica sobre a categoria processo de
trabalho e a concepção de questão social, evidenciando-se a articulação destes conteúdos e a
profundidade que os mesmos denotam. Por isso, a importância de se criar espaços
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compartilhados para problematização dos mesmos, seja no espaço acadêmico ou nos espaços
sócio ocupacionais, pois é neste último que se desvendam as múltiplas expressões da questão
social e se materializam as intenções do profissional, dando sentido e direção ao seu fazer.
Aborda-se também, a dinâmica dos elementos constitutivos do processo de trabalho dos
assistentes sociais: o objeto, os meios e o produto, trazendo nesta parte, o campo da saúde
como um dos espaços privilegiados de atuação. Também, discorre-se a respeito das
considerações do trabalho prescrito e o trabalho real, fazendo uma articulação com o Serviço
Social.
Na segunda parte da tese, discorre-se sobre as trilhas metodológicas percorridas nesta
trajetória de investigação que são demonstradas no capítulo 3. Mais do que uma descrição
formalizada do método, dos instrumentos e do processo operacional em si, constam
peculiaridades desta investigação, sobretudo quanto às escolhas feitas, das aproximações
daquilo que é empírico, dos sujeitos implicados na pesquisa, dos critérios utilizados, das
subjetividades da pesquisadora, dos achados iniciais, enfim, constam as pegadas deixadas nas
trilhas percorridas até aqui, quais sejam: a construção do objeto de investigação, a busca do
estado da arte, as aproximações empíricas através de um estudo exploratório através da
aplicação do formulário junto aos Assistentes Sociais e a trilha do grupo focal sobre educação
permanente, realizado com quinze assistentes sociais que atuam em diferentes espaços da
saúde em Porto Alegre.
O capítulo 4 consiste nos resultados da pesquisa. Parte-se do entendimento que este
momento da investigação tem uma relevância que não se sobrepõe as outras, mas sua
diferença está sobretudo na sistematização do significado atribuído pelos assistentes sociais às
suas experiências de educação permanente, desvendadas através da reflexão coletiva e das
narrativas expressadas durante a realização dos grupos focais. Os assistentes sociais que
participaram dos grupos puderam relatar uma experiência de educação permanente, cujas
narrativas são em relação, ou seja, de acordo com cada percurso profissional, pois a
identidade pessoal só se torna narrativa ao ser relatada. “É no e através do ‘relato de si
próprio’ que o seu íntimo reflexivo se torna uma história” (DUBAR, 2006, p.175). A memória
ativa produtora de sentido, e ao mesmo tempo de uma direção ( linha de vida) e de um
significado (compreensão dialógica) é evidenciada pelos assistentes sociais, sujeitos desta
investigação (DUBAR,2006) a partir das relações sociais vivenciadas nos espaços sócio
ocupacionais do campo da saúde.
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Assim, a cada narrativa de uma situação vivenciada de educação permanente, de
reflexão critica sobre o processo de trabalho, traziam suas percepções sobre as possibilidades
e dificuldades existentes, as estratégias, as habilidades e atitudes necessárias aos profissionais,
os espaços compartilhados, o trabalho interdisciplinar, a relação com os usuários, as
necessidades em saúde, as demandas do serviço social e da saúde pública, enfim, pode-se
apreender o como estes profissionais desenvolvem educação permanente nos processos de
trabalho na saúde.
As narrativas, as experiências profissionais vivenciadas nas situações de trabalho, as
concepções construídas coletivamente sobre educação permanente no Serviço Social, o novo,
as categorias que emergem, o desejo, o dimensão ético-político, a partilha dos saberes, a
escuta da demanda, a dinâmica organizacional, enfim, as descobertas do pesquisador e
também dos pesquisados, são contributos à profissão e que respondem a questão central da
pesquisa: Como os Assistentes Sociais que atuam no campo da saúde do município de Porto
alegre vêm vivenciando experiências de Educação permanente nos seus processos de
trabalho?
Introdução
Já faz algum tempo que a questão da educação e o trabalho é uma temática que
desperta na pesquisadora uma necessidade de aprofundamento teórico e, para além disto,
provoca uma curiosidade científica que nos levaram à construção do objeto para esta
pesquisa. Portanto, a delimitação da temática como um dos elementos constitutivos da
realização de uma pesquisa é o que nos direciona para a definição do objeto a ser investigado.
Iniciar a aproximação, o namoro com a questão a ser investigada requer um olhar, uma escuta,
sobre e da realidade na qual se está inserido, pois não há dúvida de que a escolha do tema aqui
proposto emergiu de uma trajetória histórica, o que permitiu, aos poucos, definir o que
exatamente se pretende tratar sobre a educação e o trabalho no âmbito do Serviço Social. Foi
nesta aproximação com a temática que se iniciou a construção e a problematização do objeto.
Tratar sobre a temática deste estudo pressupõe a necessidade da reflexão critica acerca
do processo de trabalho dos assistentes sociais, que requer um processo de educação
permanente no seu cotidiano profissional. Diante do cenário societário contemporâneo,
entende-se ser esta uma estratégia para a intervenção mais comprometida com resultados que
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possam inverter esta lógica política e econômica, excludente, reconhecida como neoliberal,
imposta pela questão social na realidade atual.
Para o encaminhamento desta reflexão é importante perceber que o espaço
privilegiado da intervenção profissional é o cotidiano, o dia a dia do trabalho, a lida, como
costumamos referir, que se revela como um ambiente propício para apreensão de
conhecimentos e aquisição habilidades que, segundo Iamamoto (2000), fazem parte da
instrumentalidade do Serviço Social. A superação de velhas práticas requer dos profissionais
um debate sobre o significado de suas intervenções e os resultados alcançados, diante das
mutações da questão social, já que esta e suas diferentes expressões se constituem no objeto
de intervenção do profissional.
Citando Iamamoto (2000), ao colocar-se como objeto de sua própria pesquisa, o
Serviço Social volta-se sobre si mesmo e descortina ângulos inusitados para o desdobramento
de diferentes estudos sobre a profissão. Além disto, pesquisar no e o Serviço Social é
conhecer as respostas que a profissão vem formulando para enfrentamento e superação das
diferentes expressões da Questão Social, sobretudo a contribuição dos mesmos para a
efetividade e consolidação dos princípios do projeto ético-político profissional. É então,
através do ângulo da educação permanente, que pretendemos descortinar as possibilidades da
reflexão crítica sobre o processo de trabalho destes profissionais. A educação permanente
pressupõe a aprendizagem no próprio local de trabalho, nas situações de trabalho, a troca de
saberes, o trabalho coletivo, o respeito pelas diferenças.
Neste estudo, privilegia-se o trabalho dos assistentes sociais na área da saúde, pois se
observa o quanto neste campo são muitos os desafios postos para a profissão, sobretudo o da
promoção e proteção da saúde da população brasileira, um direito conquistado pela sociedade
no final dos anos 1980 e que vem sendo consolidado com a implementação de uma política
pública instituída como o Sistema Único de Saúde - SUS.1
Sendo o Assistente Social reconhecido como trabalhador da saúde, e, por ser este um
profissional que se caracteriza como “um dos principais articuladores de equipes
multiprofissionais” (VASCONCELOS, 2003, p.26) é que se faz necessário investigar junto a
esta categoria as experiências de educação permanente, vivenciadas a partir do trabalho
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desenvolvido nas equipes de saúde, portanto de construção coletiva. Tornou-se profícuo
eleger para este estudo o campo da saúde, uma vez que a educação permanente é instituída
como vertente pedagógica no estatuto de política pública na área da saúde. O reconhecimento
e a identificação da educação permanente, em saúde está atrelado a um processo educativo
que coloca o cotidiano do trabalho - ou da formação - na saúde em análise (CECCIM, 2005).
Em que pese, a relevância da pesquisa junto aos assistentes sociais da saúde,
reconhece-se que diferentes profissões necessitam construir estratégias para compreenderem e
comprometerem-se com estes novos tempos de profundas mudanças de toda ordem societária.
A idéia de que compreensão e comprometimento associam–se através do sentido atribuído ao
prefixo comum com, que rompe com a idéia do pensamento burguês, que é o do
individualismo, e considera “à idéia de associação, de coletividade” (RIOS, 2003, p.63). Para
estar comprometido com a construção de uma sociedade com justiça social, democrática e
com a garantia de direitos, é fundamental a compreensão no sentido ético de envolvimento
com aquilo que se tem por objetivos profissionais. “Compreensão é, portanto, saber
aprofundado, e envolvimento ético-político do saber” (RIOS, 2003, p.64). Trazemos as
reflexões de Rios (2003) por entender-se que não é de hoje que tais exigências fazem parte da
agenda dos assistentes sociais. Entretanto, a inovação e a reorientação no processo de trabalho
destes profissionais sinalizam a compreensão do e o compromisso com o projeto éticopolítico diante as mudanças da realidade social.
Não podemos negar que vivenciamos um processo de construção de novas práticas e
temos clareza de que estas devem vir acompanhadas por um conjunto de ações estratégicas e
articuladas, incluindo os sujeitos que demandam a intervenção técnico-operativa. Dentre as
estratégias, escolheu-se, nesta investigação, a educação permanente, pois, a partir do processo
de trabalho, se pode identificar quais exigências e saberes são necessários ao assistente social
para a qualificação e provisão das necessidades sociais demandadas pelos usuários dos
serviços, em especial os da saúde, por se tratar do recorte empírico desta investigação.
Quando o profissional permite-se refletir criticamente sobre o processo de trabalho em
que está inserido, identificando a natureza dos fenômenos existentes e suas conseqüências,
cria-se um mecanismo para identificar com mais clareza as situações a serem superadas
1
Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõem sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras
providências. Ver Coletânea de Leis - CRESS, 2000.
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mediante uma ação educativa sistemática. É aí que a educação está presente. Ela está inserida
no espaço de trabalho e deve ser considerada como parte dele: formar e formar-se é trabalhar.
Portanto nesta investigação tem-se a intenção de anunciar as experiências formativas
de EP vivenciadas pelos AS e, sobretudo, dar visibilidade ao como vivenciam estas
experiências. Experiências estas que só podem ser apreendidas na sua singularidade, nos
elementos particulares que o constituem, enfim, “na experiência desenvolvida pelos sujeitos”
(VENDRAMINI, 2006, p.128) sem perder de vista o contexto histórico e ampliado em que
“as experiências são desenvolvidas, para podermos compreender suas potencialidades e seus
limites que são históricos”(2006,p.128). Ao tomar-se a acepção de que “experiência é o
vivido, são acontecimentos, as ações e ao mesmo tempo, o sentido a ela atribuído”
(VENDRAMINI, 2006,p.126), interessa nesta investigação não somente conhecer, mas
apreender o como vivenciam, ou melhor, de que modo se desenvolvem as experiências de
educação permanente vivenciadas pelos
assistentes sociais, compondo assim a questão
central desta investigação.
Partindo das considerações colocadas propõe-se desenvolver uma pesquisa que
responda a seguinte questão: Como os Assistentes Sociais do município de Porto Alegre do
Rio Grande do Sul, que atuam no campo da saúde, vêm vivenciando experiências de educação
permanente no seu processo de trabalho? A definição do objeto de pesquisa direciona para
uma revisão bibliográfica aprofundada sobre o tema, procedimento este, fundamental na etapa
inicial da investigação, pois “uma vez definido o objeto, é proceder a uma ampla pesquisa
bibliográfica, capaz de projetar luz e permitir melhor ordenação e compreensão da realidade
empírica” (MINAYO, 2006, p.183).
Inicialmente, foi preciso recorrer a diferentes referenciais no campo da educação que
pudessem inserir a pesquisadora num contexto da discussão da educação permanente, da
interlocução da educação e trabalho, de uma forma ampla e que possibilitasse a reflexão tanto
dos estudos clássicos sobre o objeto em questão, como, dos estudos mais contemporâneos. Foi
neste processo que se deu o fichamento das obras lidas. Destacou-se em cada uma aquilo que
tinha relação com o objeto de estudo em questão, traçando então o contorno teórico das
categorias explicitadas anteriormente, na primeira parte desta sistematização, quanto os
conceitos e concepções atribuídos pelos autores. Entre as revisões realizadas e autores
estudados no âmbito da educação, destacamos Freire (2003), Gadotti (1999), Arroyo (2003),
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Canário (1997), Correia (1997; 2007), Charlot (2000; 2004) Cattani (2006), Santos (2003),
Schwartz (2003), Dubar ( 2006), entre outros.
Entretanto, para além da explicitação dos pressupostos teóricos das categorias
reflexivas desta pesquisa, foi preciso uma imersão em diferentes leituras sobre a temática
educação permanente no campo da saúde, sobretudo no âmbito do Serviço Social. Ao iniciarse a revisão de bibliográfica junto às produções do Serviço Social, foi inevitável percorrer
sobre a temática formação, até pela proximidade e compreensão das categorias educação e
formação.
Dada a relevância da revisão bibliográfica, parte-se para a área do Serviço Social com
o intuito de reconhecer a produção de conhecimento sobre o objeto em questão, mais
precisamente sobre os estudos da educação permanente junto aos Assistentes Sociais. Como
esta é uma discussão que vêm ocorrendo na área da saúde, realizamos leituras de diferentes
textos que pudessem nos situar sobre esta discussão no Serviço Social na Saúde. A discussão
sobre a implementação do Sistema Único de Saúde –SUS é discussão presente no âmbito do
Serviço Social dada a importância desta política pública, que tem como princípios a
universalidade, eqüidade, integralidade, participação popular. Estes princípios articulam-se
com o projeto ético-político da profissão, com a garantia de direitos, sendo então um tema
presente nas produções bibliográficas no Serviço Social tanto no que se refere à discussão da
garantia de direitos quanto às produções que discutem as ações profissionais, dentre os quais
destacamos Bravo (1996), Nogueira (2002 e 2006), Vasconcelos (2003), Matos (2003), Mioto
(2006), Mota (2006) entre outros estudos empíricos não tratados aqui.
Encontra-se, na área da saúde, diferentes estudos sobre este objeto, entre eles, Haddad
(1990), Davini (1990), Roschke (1994), Ceccim (2005), Feuerwerker (2003), Motta (2005),
entre outros. Há uma produção textual brasileira, oriunda das discussões preconizadas pelo
Ministério da Saúde a partir de 2003, quando toma a educação permanente como idéia central
da política de gestão da educação no trabalho em saúde e passa a desenvolver ações indutoras
significativas no interior do Sistema Único de Saúde (MOTTA, 2005).
Metodologia
Tendo em vista a necessidade de explicitar a direção metodológica adotada na
pesquisa, neste capítulo propõe-se sistematizar as trilhas metodológicas percorridas pela
pesquisadora, bem como, do pressuposto epistemológico norteador da investigação. A
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pesquisa tem como referencial epistemológico o método dialético de investigação e
caracteriza-se como uma pesquisa do tipo qualitativa. Trata-se de um método que permite
buscar “a ligação, a unidade e o movimento que engendra os contraditórios, que os opõe, que
faz com que se choquem, que os quebra ou os supera” (LEFRBVRE, 1991, p.238).
Destaca-se, entre as categorias do método, a totalidade, a particularidade, a
contradição e a historicidade que enrijecem o fio condutor desta investigação contribuindo
para apreensão da interlocução entre a educação e o trabalho. Tais categorias são dotadas de
significados,
pois
são
construções
históricas
em
movimento que atravessam
o
desenvolvimento do conhecimento e, portanto, permitem penetrar no objeto de pesquisa e na
realidade social. Então, se o real está em movimento, “que nosso pensamento também se
ponha em movimento e seja pensamento desse movimento. Se o real é contraditório, então
que o pensamento seja pensamento consciente da contradição” (LEFRBVRE, 1991, p.174).
É nesta realidade em movimento que se busca construir e conhecer o objeto desta
pesquisa, não o investigando como algo isolado, mas tomado na totalidade das interações
complexas que se ligam através das relações reais. (LEFEBVRE, 1991). O recorte realizado
na investigação aqui proposta, constitui-se em uma particularidade de determinada totalidade,
que é apreendida no conjunto de suas relações, portanto, expressa suas especificidades através
das manifestações sócio-históricas da realidade da qual faz parte. Assim, o método dialético
valoriza a contradição dinâmica dos fatos e das ações dos sujeitos, o que permite ao
pesquisador observar as relações entre o todo e a parte para explicar a vida social e humana
(LEFEBVRE, 1991).
As trilhas metodológicas percorridas nesta investigação não são trilhadas por um
pesquisador sozinho e, sim, pelos sujeitos pesquisados que vão se envolvendo e contribuindo
com a sua percepção sobre o problema pesquisado. O pesquisador no processo investigativo,
ao fazer a apreensão do real, vai definindo estratégias e percorrendo novas trilhas, que vão lhe
permitir materializar o processo empírico.
Parte-se de um entendimento epistemológico que o trabalho científico é um trabalho
desenvolvido por um investigador com vista a desvendar uma verdade oculta, que lhe préexiste, isto é, que está latente no objeto. Assim, o diálogo experimental será nesta perspectiva
encarado como uma interrogação que o sujeito dirige ao objeto de forma a que este desvende
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a verdade oculta. O trabalho científico é portanto, um trabalho persistente, onde a invenção
está ausente (CORREIA,2007).
É necessário ressaltar que mesmo sendo esta pesquisa do tipo qualitativa, faz-se o uso
de instrumentos que acessam dados quantitativos que trazem um acréscimo compreensivo à
investigação. Referenciando Minayo, o uso das abordagens qualitativas e quantitativas revela
que as mesmas “não são incompatíveis e podem ser integradas, num mesmo projeto de
pesquisa” (2006, p.76). Entretanto, tem-se o entendimento de “que o arcabouço qualitativo é o
que melhor se coaduna a estudos e situações particulares, grupos específicos e universos
simbólicos” (MINAYO, 2006, p.76).
Entre os pressupostos que fundamentam a escolha da metodologia qualitativa para esta
pesquisa, considera-se aqueles tratados por Martinelli (1994), quais sejam: o reconhecimento
da singularidade do sujeito, o que significa conhecê-lo, escutá-lo e permitir que se revele; o
reconhecimento da importância em se conhecer a experiência social do sujeito, o que significa
compreender a sua trajetória histórica no contexto social e ainda, por último, que o
conhecimento do modo de vida do sujeito pressupõe o conhecimento de sua experiência social
(MARTINELLI, 1994).
O trabalho de campo que embasa a pesquisa inicia-se com a aproximação do objeto de
investigação, a revisão bibliográfica existente sobre o tema que é a busca do estado da arte,
mais especificamente sobre a discussão da educação e sua relação com o trabalho em um
contexto sócio-histórico. Como categorias explicativas da realidade, privilegia-se: formação,
educação permanente e processo de trabalho, trazidas no estudo como pressupostos teóricos
que fundamentam a caminhada metodológica deste processo investigativo. A outra trilha
percorrida refere-se à aproximação empírica e neste recorte inserem-se os sujeitos com os
quais interagiu-se, que são os Assistentes Sociais que atuam no campo da saúde do município
de Porto Alegre.
O estudo exploratório iniciou-se se com a aplicação de um formulário disponibilizado
na internet com o intuito de identificar, através das questões formuladas, se o profissional
estaria ou não desenvolvendo processos de educação permanente. Assim o formulário foi
encaminhado aos assistentes sociais que atuavam nestes espaços, quais sejam: Secretaria
Municipal de Saúde de Porto Alegre, Hospital de Clinicas de Porto Alegre, ao Grupo
Hospitalar Conceição e o Complexo Hospitalar Santa Casa. (conforme universo definido a
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partir do quadro de localização) por endereço eletrônico disponibilizado na ocasião em um
site na Internet: www.formulariodepesquisa.rg3.net, atendendo aos critérios de regulamento
para realização de pesquisa. A partir da análise das informações obtidas através do formulário,
partiu-se para outra trilha da pesquisa que foi o grupo focal. Com a intenção de obter
informações de caráter qualitativo em profundidade, parte-se para um espaço mais delimitado
realizando grupo focal sobre educação permanente com os assistentes sociais que foram
selecionados intencionalmente, e que já participaram do estudo exploratório inicial
caracterizado pela aplicação do formulário.
A escolha do grupo focal como instrumento de pesquisa, dá-se pelo fato deste
proporcionar a publicização, a troca de experiências e a interação entre os sujeitos da
pesquisa, os Assistentes Sociais.
Privilegiar esta metodologia é uma forma de viabilizar um espaço de reflexão crítica
aos profissionais participantes sobre a educação permanente no Serviço Social, a geração de
conceitos, impressões e concepções sobre a temática. Além disto, o grupo focal pode
possibilitar o conhecimento das diferentes experiências (ou não vivenciadas) de educação
permanente e as perspectivas dos participantes com relação a este processo de aprendizagem
no trabalho. Foram realizados 2 grupos focais participando destes um total de 15 assistentes
sociais. Procurou-se destacar as partes das narrativas que correspondiam às perguntas do
roteiro do grupo focal, elaboradas de acordo com os objetivos e questões norteadoras da
pesquisa. São feitas marcações e comentários a respeito dos enunciados no próprio texto das
transcrições das falas, como forma de sistematizar a descrição das análises daquilo que
emergiu destes GF. Ainda sobre a escolha deste instrumento e a oportunidade proporcionada,
o depoimento de Camila (nome fictício) quando na realização do GF, exemplifica a
importância do mesmo: “ a gente não tem como saber tudo! Tem que estar sempre em busca
de... e isso que vai agregar, com essa própria prática de está sempre trazendo questões novas,
a gente estar sempre buscando e trocando. Aqui por exemplo, este grupo focal, é um espaço
de educação permanente, é uma troca de saberes riquíssima”.
O processo de análise das informações coletadas exigiu da pesquisadora uma imersão
nos significados que os assistentes sociais compartilham sobre suas vivências de educação no
trabalho. Parafraseando Minayo (2007) um aspecto a ser considerado durante a análise dos
resultados de uma pesquisa, diz respeito a necessidade de “administração das provas”, o que
foi possível de ser realizado, através do balizamento entre os achados, os objetivos, as
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questões norteadoras e os pressupostos teóricos. Pressupostos estes, demarcados na revisão
bibliográfica desta investigação que iluminam a leitura compreensiva e interpretativa das
narrativas dos assistentes sociais, quais sejam, educação permanente, educação e formação,
produção de saberes, processo de trabalho, destacando-se a questão social como uma
subcategoria desta última.
Resultados (ou Resultados e Discussão)
Durante a investigação, pode-se constatar, mais precisamente no processo de análise,
algumas categorias pertinentes das experiências dos assistentes sociais emergiam como
“palavras identitárias” (DUBAR, p.175) entre os achados, tais como, desejo, escuta das
demandas, partilha de saberes, dinâmica organizacional, a problematização e aprendizagem
significativa e reflexões peculiares à forma identitária e sua relação com o projeto ético
político do Serviço Social. Foi possível também captar algumas nuances destas categorias
emergentes como, compromisso profissional, empatia, questionamentos sobre o meios e
resultados do trabalho, habilidades e atitudes, a relevância da pesquisa, os registros do
profissional, os relatórios, a interdisciplinariedade e o trabalho em rede, consolidando a
intersetorialidade e a articulação da teoria e prática.
As experiências são vivenciadas através do desejo. Observou-se a importância que
atribuíam ao desejo e o compromisso que os profissionais assumem no trabalho, como uma
escolha não somente subjetiva, individual, mas principalmente coletiva no sentido de
responsabilização com os resultados das ações e com o processo formativo que dele advém. O
desejo do profissional, assume nestas narrativas um dispositivo fundamental para que haja
uma desacomodação que poderá implicar os sujeitos na efetivação de mudanças necessárias
que podem se dar através da problematização de uma situação posta no trabalho.
Outra questão referida diz respeito a escuta da demanda: a geração de necessidades
formadoras. Mais do que escutar é preciso interpretar o que está sendo dito está foi a idéia
central defendida pelos assistentes sociais quando evidenciaram a importância da escuta da
demanda no âmbito da saúde. Este aspecto foi reiterado por todos assistentes sociais e em
especial em algumas narrativas esta escuta significa uma habilidade necessária para que se
possa construir estratégias de ação. Emerge deste entendimento a importância da empatia que
o profissional deve ter para escutar o que está sendo dito pelo usuário. A empatia pressupõe
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despir-se de preconceitos. É uma habilidade meio invisível, mas fundamental para a escuta
profunda das necessidades dos usuários, que se materializam em forma de demanda.
Sobre os determinantes da dinâmica organizacional, percebe-se nesta investigação,
que há entre os assistentes sociais uma consciência crítica com relação a influência da
dinâmica organizacional caracterizada por diferentes padrões de relações de trabalho, que
podem favorecer ou não, a criação de espaços compartilhados para a aprendizagem e
formação profissional no âmbito dos serviços de saúde. “O contexto de trabalho é
reconhecidamente um espaço-tempo de produção de identidades” (SOUZA, 2007, p.93), pois
nas discussões do grupo focal, reconhecem que é nestes contextos que se desenvolvem
dinâmicas e interações que potencializam ou limitam as possibilidades de estruturação de
desejos e do projeto profissional. Por outro lado, as diferenças existentes entre os saberes, as
especificidades, as identidades, entre outras, de acordo com cada situação e sujeitos
envolvidos, são reconhecidas por este grupo como dispositivos para mudança, ou melhor,
dispositivos reconstrutivos, o que demonstra um ruptura dos processos cognitivos, nos modos
de pensar a organização do trabalho (Correia,ano). Isto quer dizer, que existe um modo de
pensar que contribui para superação de obstáculos comumente identificados, como por
exemplo, as diferenças existentes entre os profissionais.
A partilha dos saberes é outro aspecto que se dá nas vivencias destes profissionais. A
educação, neste estudo empírico, é pensada como experiência vivida por sujeitos envolvidos
em processos formativos, cujo sentido atribuído aos mesmos possibilita a construção de si e
do mundo, por isso “empenhado numa experiência que ele partilha com outros seres
humanos”(CHARLOT, 2004, p.19). A partilha dos saberes no trabalho surge nas narrativas
dos assistentes sociais como algo imbricado nas experiências vividas de EP na saúde, pois a
“relação destes profissionais com o saber implica uma atividades do sujeito”
(CHARLOT,2000, p.78) que é exercida junto a uma política publica de saúde. Sabe-se que
não é fácil a tarefa de criar um clima propício à partilha dos saberes e de reflexão sobre
situações complexas do trabalho e admitir que necessita-se de ajuda. O que dá sentido à
educação permanente é o diálogo entre os profissionais de uma equipe, a análise rigorosa do
processo de trabalho, das intervenções e a procura coletiva de melhores formas de agir através
da interlocução dos saberes..
Neste contexto as fronteiras do saberes ao serem rompidas possibilitam uma
compreensão do que é especifico de cada profissão, reconhecendo-se a suas atribuições e
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particularidades técnico-operativas. É na articulação dos diferentes saberes que se pode buscar
atender as necessidades dos usuários
A problematização que se dá no processo de trabalho permite a vivencia da
aprendizagem significativa. A aprendizagem é significativa porque atribui um sentido ao
trabalho, a um serviço prestado que ao ser problematizado questiona e avalia o processo, caso
contrário, qual o sentido, o significado, a intenção do serviço? Este questionamento é um
ponto de partida para a reflexão crítica dos processos de trabalho, e fundamentalmente, base
para a instauração de sistemas formativos a partir das experiências vivenciadas no trabalho. É
presente na s narrativas das experiências de educação permanente dos pesquisados, a função
crítica do questionamento pertinente ao modo de fazer. É a reflexão na ação que proporciona
ao profissional questionar a estrutura assumida e repensar o modo de intervir. É como
revisitar o pensamento que levou a agir de determinada forma e neste processo poder pensar
em novas estratégias de ação. Pensar de forma coletiva, construindo junto aqueles que são
beneficiados com o serviço prestado, razão do fazer profissional, os usuários.
Pode-se observar também que as experiências de EP estão organizadas em torno de
assistentes sociais fortemente comprometidos com a profissão. São profissionais que querem
evoluir e se juntam com outros colegas para refletirem sobre o seu processo de trabalho, na
busca de melhores resultados dos serviços na saúde. As narrativas explicitam o quanto a
presença da dimensão ético-política é pertinente a experiência de educação permanente no
campo da saúde. As argumentações trazidas pelos sujeitos desta pesquisa revelam um
“universo de crenças, de formas lingüísticas” que são agrupadas neste processo de análise e
interpretadas como formas identitárias (DUBAR, 2006, p.176).
Ao refletirem sobre o projeto ético-político fazem referência a um conjunto de fatores
que são levados em conta ao questionarem a efetividade dos seus princípios. Um dos fatores
diz respeito ao compromisso e interação com os sujeitos que demandam a intervenção do
Assistente Social, se há por parte destes profissionais, preocupação e esta é posta em
movimento incidindo nestas relações, há aí uma evidencia com os resultados do processo de
trabalho e com o enraizamento do projeto ético político nas ações cotidianas.
Neste processo investigatório foi construído coletivamente o desenho da concepção de
EP no Serviço Social, a partir das reflexões realizadas pelos AS que ao narrarem suas
experiências vivenciadas nos seus processos de trabalho na saúde, revelaram-se como
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apreendentes que assumem um papel ativo na sua formação, de onde resultam aprendizagens
estruturantes e significativas na vida destes profissionais. Assim, a concepção existente entre
os sujeitos desta investigação sobre EP não foi construída no final do processo grupal, mas foi
ponto de partida deste processo reflexivo e porque não dizer educativo. A concepção aqui
desenhada tem sua origem na vivência, na prática profissional, no dia a dia, no confronto com
a realidade sócio-histórica em que estão inseridos. Portanto, são estes AS que aprendem é que
podem enunciar o significado daquilo que vivenciam em seus processos de trabalho, ou seja,
as experiências de EP e a concepção que possuem sobre a mesma.
A concepção que acompanha as experiências de EP destes profissionais, estão fincadas
em princípios éticos-políticos, que direcionam a construção de uma sociedade com justiça
social e de cidadania emancipatória. Entretanto há uma predisposição para tal construção, pois
a Educação Permanente para ocorrer, o sujeito deve estar impregnado por valores éticos e
conscientes da dimensão política que a sua função exerce sobre as mudanças na sociedade, a
consciência crítica de sujeitos dotados de desejo, de conhecimentos, capazes de refletirem
sobre seus atos, portanto, sem a mediação de blocos econômicos vigentes.
Conclusão
A educação permanente para estes profissionais se constituí numa estratégia de
formação profissional a partir da possibilidade de construir-se e transformar-se no e o mundo
do trabalho em um movimento dinâmico mediado por valores éticos e políticos. Foi a partir
desta dinâmica que os enunciados destacados no capítulo das narrativas da tese, nos
permitiram dar visibilidade à concepção que os Assistentes Sociais atribuem a Educação
Permanente e a maneira como vivenciam experiências de EP em seus processos de trabalho.
A tese que defendemos nesta pesquisa é de que a educação permanente, sendo
reflexão crítica sobre o processo de trabalho, se constituí numa dimensão formativa
vivenciada nas situações de trabalho dos assistentes sociais, que se dá através da
problematização coletiva das demandas que se apresentam, do desejo político e ético
profissional, portanto, uma estratégia de formação profissional e de possibilidade de mudança
e superação das práticas organizacionais, para consolidação de um projeto ético-político
comprometido com a defesa intransigente dos direitos humanos, da justiça , da democracia e
da emancipação da cidadania.
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ROSA MARIA CASTILHOS FERNANDES