Livro de Poesias “À vida” vida” e outras outras Autor: Mairton Backing 2011 À vida. Nada posso exalar Perante legado meu Diante desse infinito Momentos sem explicação Poesia sem canção Frentes que me trazes Alegria e dor Neste pedaço chã. Esperança verde Alegria vento passageira Solo firme, terra árida Botão lembranças Corações verdadeiros A cada momento Renasce a tua luz Branda constante Amor, amado amigo. 2 Bandido eu Há momentos em que eu não compreendo Momentos estes, que diante meus olhos fitam Passando toda a circunstância que ouve Não sei que vida é esta, que vez por outra Sinto-me perdido no vácuo. Não sei explicar As levas da vida lírica em mim O tempo para e eu fico a remoer O que foi que aconteceu? Por um minuto passei por bandido Prisioneiro do meu eu. Que luta em persistir Mesmo quando mudo de caminho Como explicar? Se há solução. Uma resposta se quer? Mundo que gira e passa O tempo se finda nesta terra subjetiva Onde minha vida está metida. 3 Composer Compor a vida O que seria? Assim no vago De mãos postas Continuar É o que seria Nessa sonora luz Velada O coração é este Híbrido Pedaços pelo chão Saudades Contínuo Como o silencio O vento A areia O mar Logo Como Pode Ser Assim Eu. 4 Dor, amiga Ó dor amiga esteja onde estiver Lutarei a dor de tê-la Para prosseguir sem desanimar Carregando o fardo aos pés supremacia. São versos entre historias Ditas no labor do coração Onde o mar diz o refrão São ventos vindos de frente Após maresia, solidão. Não há dor que apague esse amor É quando não sinto mais chão Ás vezes acho que não vai ter fim Aborreço por ver-me assim, na mesma. Deixados pra trás sem valor pessoal. Sinto-te nessa temporada Bem sei que sofri Desmedidamente sonhos Incapazes de partir sem ti ó dor amiga. 5 É... Bem assim. Começa aqui, a nado, a longa jornada. A lua vai brilhar! Quando o tempo cobrar São versos entre historia Ditas no labor do coração Onde o mar diz o refrão São ventos vindos de frente Após maresia, solidão. E quando sol se por não temerei a escuridão Desse temporal, pois a tempestade vai embora. E restará a ventania que me levará até você. É como folhas de outono Secas em vida Mórbidas por fora, a necessidade de água. Como seria o dia sem a lei A natureza a óptica da vista De quaisquer vidas. É bem assim o que devo expressar É quase isso que esta por detrais dos montes. 6 Existencialismo Simplesmente existir É o que basta É o que passa despercebido É o que nada faz. Existir adorável Pensar e existir Como pode? Como soube? Assim. Veras, primaveras e maresia. Pós-inverno solidão É permeável ao ser integralista Existir na busca de viver mais. Posso não ser Posso não querer Posso pensar e logo existir Já na mesma, sou eu mesmo Vivendo as minhas dores E ré existindo a mim. 7 Fica a lição. Eu e minha própria vida Quantas desilusões De sonhos ventos Alísios meramente vãos. Quisera outrora sonhar. Viver os outros não dar Vazio é o que restou Somos acaso ao nosso coração. Bem que queria sim Poder viver o que não vivi Bem que a vida quis assim Assim vai levando não sei Pra onde a minha vaga Impressão do saber ficou. Expressão de linhas Escritas por não ter Alguém bem próximo Junto a mim, fica a coragem. E a imagem da vida Esperança na minha solidão. 8 Nevasca chuvada Que tão sou eu No meu mundo fiz pousar As gotas de chuva A pingos d’água, flor. Cinzas de tão penumbra Margeia sobre o tempo calmaria Tempestade do insólito Fez ventos molhados. Ah pudera ser chuva Ah pudera ser ali A passagem deixando rastros Semeando vida Brotando chão. Chuvas de outono Primavera que eu Ríspida nuvem veluda Sombra ao sol vida Expressão da mais forma de ser, chuva. 9 Que seja assim Sozinho nesta terra Me sentido vazio Sigo sem ir Procuro a mim E quase não acho. Por onde procurar Se a noite em mim é cálida E o sol não apareceu Se o dorso ventre a vida Escondeu-me. Que seja a vida a me levar, Que der sentindo a eu amar, Que sempre o vento me ensine O quanto devo buscar. Procurei fora em mim Sabendo que não acharei Palavras vão e vem Mas o que perdura é a vida. Oh! Luzes pra onde vou. Amigos... 10 Relógio Tempo, poeira, vento que passa. Vida que já passou Sendo assim, velada. Alegria de poder passar. Arrepender-se a não ouvir o coração Pudera arrepender-se um dia E não olhar a intenção. Rumores de nuvens esparsas Branca e cinza Sobre minha esperança Continuo a sorrir. Embora dor Sem morar amor Fico assim A esperar pela vida. 11 Rosa rubra Árida a forma do terraço Meio vago a expressão do lago Chã a radiação da luz branda Como sépalas de orfi. Entre a luz e a escuridão Preso no vácuo desta vida Somos verbos do acaso Quando buscamos ao longe o mar. Ventres de marasmos Ventos do ocaso Vindo de barco Trazido dessas órbitas vento Azulado cor de chambre. Seria a vida Versos e alegria Na dor sombria do azul A pretexto guia Da mais rúbora flor. Rosa pendular Azula cor do mar Da mais ligeira sombra Urgente a clarear. 12 Sais, fontes seja. Varanda à rede Ventos de setembro Busca o chuar do mar E teremos a vida profunda Do amor. São ditos sonhos Em meio à agitação da vila Acha o silêncio por dentro Da brisa sonora limpa Como água límpida flor. Teimosia da existência Aos moldes à lua cheia Na varanda de praia Maresia alegria e recordação. Fontes praias das lugar De grande proteção Dunas imóveis ao por do sol, poente. Posso voltar. 13 Sendo assim, velada. É meio arbóreo Que evita a nevasca da alegria Nela há um quer De luz velada. À primeira vista é sempre luz Debaixo dos alpendres, homens. Que apesar de distantes, humanos. Tento que partir porventura Mais tarde. Posso não ser quem sou Mais ao longe é a beira-mar Das fases lunares serei eu Bem distante do que possas ser. Veleja oh montanha do saber Dentre as noites escuras Busca a luz, ventos vindos Defronte, perante o viver. Cotidianamente caminharás Neste legado teu. 14 Seria o sol. Quando não há lugar Onde pousar o sol Quando não houver luz O mundo será só. Quando não são horas O que ficou ao longe O mundo descobre o porvir. Seja assim O que tem de ser O vento dirá O possa ser O que jamais verei A luz clara dias O que não foi Seria o sol Seria o luar De tempos remotos Que restou Sim, Seria... Com certeza Seria. 15 Sim vai dar tudo certo Já deu! Estar dando Tudo certo Eu já vejo Vou esperar O que já sei que Deu certo. Está tudo melhorando No final tudo é maravilha Vai dar certo Confie Espere Sim... Deu certo! Ótimo, Que legal Estamos indo em frente Um passo após o outro O caminho é longo Mas temos que caminhar E tudo vai dar certo A prosperidade A caridade A confiança O amor A perseverança Já deu certo Já deu! Já J Jamais desanimarei Desconfiarei de mim mesmo E Deus me olhará... 16 Solidão Onde posso ser aquilo que ata A mim mesmo solidão Acaso serei eu o que não fui Esperança no passado Busca de mim Perdido no tempo Achado substancialmente Por aí, sozinho parcialmente Sol Sólido Dão Lida Oli Solidão 17 Trem bala Pensar no porvir Diga-se de passagem, pensar. Rever o que passou Passar o tempo a pensar, passar... O simples O insólido é amor. Ver a vida de olhos abertos Fita o olhar, e ver a vida passar Como um trem bala Única linha Vida passa penso eu. 18 Ventos, amigos na solidão Quanto tempo passou E eu aqui na minha solidão Amigos que restou já não Posso mais fingir. Passou tanto tempo Deixei-os pra trás Como levas de aurora Aos poucos findou. Que dia é assim Mundo gira a favor de mim Que deixei tudo para trás Já não sou o mesmo de dantes Sem amigos, lágrimas véspera. Unha, carne e coração. Tudo passa, mas as lembranças ficam. Por onde formos Também vão à carga de buscar O eterno vento que não passa Pelas nossas vidas. 19 O velho e o menino Era um velho Era um sonho Havia um menino O novo e o fim Havia uma estrada Ante o menino Olho no olho O passado e o futuro Juntos ante a vida. Restam somente viver Esperar o dia ao longe O pequeno e o grande O começo e o velho Luz, aurora e fim de tarde O recomeço assim Era um velho e o menino Ambos sonhavam viver Pra ver o tempo passar Esperando o novo amanhecer. 20 Livro registrado na Fundação Biblioteca Nacional Ministério da Cultura – Escritório dos direitos nacionais. Sobre o registro de nº 517.739 Livro: 982, Folha 152. Rio de Janeiro, 17 de Janeiro de 2011. Intitulado: “À vida’ e outras, poesias, 20 página(s) ©Autor: Mairton Backing. 21